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PLANEJAMENTO ( Parlendas/ Trava-línguas/ Provérbios/ Ditos populares) Professor (a): Véra Lúcia Ziero PARLENDAS / DITOS POPULARES Competências Oralidade; leitura; produção textual. Objetivo Geral Objetivos Específicos Desenvolver a compreensão e a interpretação na leitura e a produção textual através de parlendas e ditos populares. Usar o dicionário com autonomia no estudo do significado de vocábulos; Reconhecer ditos populares e parlendas; Compreender o significado de cada dito popular; Desenvolver a expressão corporal; Estratégias em Língua Portuguesa 1) Introdução lúdica , através do Jogo da Forca, de vocábulos como: FOLCLORE, PARLENDAS, TRAVA-LÍNGUAS, DITOS POPULARES; 2) Distribuição lúdica de dicionários com a parlenda “UNI, DUNI, TE/ SALAMÊ, MINGUÊ/ UM SORVETE COLORÊ/ UM PRA MIM , UM PRA VOCÊ” A- A professora faz a demonstração e a ação será repetida pelo(a) aluno(a) que recebeu o

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PLANEJAMENTO ( Parlendas/ Trava-línguas/ Provérbios/ Ditos populares)

Professor (a): Véra Lúcia Ziero

PARLENDAS / DITOS POPULARES

Competências Oralidade; leitura; produção textual.

Objetivo Geral

Objetivos Específicos

Desenvolver a compreensão e a interpretação na leitura e a produção textual através de parlendas e ditos populares. Usar o dicionário com autonomia no estudo do significado de vocábulos;

Reconhecer ditos populares e parlendas;

Compreender o significado de cada dito popular;

Desenvolver a expressão corporal;

Estratégias em Língua

Portuguesa

1) Introdução lúdica , através do Jogo da Forca, de vocábulos como: FOLCLORE,

PARLENDAS, TRAVA-LÍNGUAS, DITOS POPULARES;

2) Distribuição lúdica de dicionários com a parlenda “UNI, DUNI, TE/ SALAMÊ, MINGUÊ/

UM SORVETE COLORÊ/ UM PRA MIM , UM PRA VOCÊ”

A- A professora faz a demonstração e a ação será repetida pelo(a) aluno(a) que recebeu o

dicionário e assim segue até que todos tenham um exemplar;

B- Uma folha/cartaz com a parlenda “Uni, duni, tê” é exposta no mural/quadro para

leitura silenciosa (anexo 1);

C- Formam-se grupos para analisar e sugerir alguma mudança na parlenda tentando

adequá-la à ação já realizada na distribuição lúdica dos dicionários;

D- Cada grupo apresenta sua sugestão oralmente e por escrito em folha/cartaz;

E- Os cartazes são expostos e analisados quanto a ortografia, estrutura e criatividade;

OBS.: Espera-se a mudança de “ UM SORVETE COLORÊ” para “UM DICIONÁRIO

PORTUGUÊ”, por exemplo.

3) Cada grupo recebe um dos vocábulos listados no Jogo da Forca para pesquisar no

dicionário e expor à turma, num segundo momento, através de leitura e

exemplificação;

4) Registro da pesquisa:

A- A professora escreve , no quadro ou em cartaz, a definição apresentada pelos grupos;

B- A turma copia individualmente no caderno;

C- Professora e aluno(a) fazem revisão ortográfica e de estrutura textual do registro feito

no caderno.

5) Apresentação de uma relação de ditos populares, em folha ou cartaz, para leitura

silenciosa, individual e coletiva ( anexo 2).

6) Cada aluno(a) sorteia uma ficha ( anexo 3) com um dos ditos populares acima para

apresentá-lo com mímica. A turma tenta adivinhar relacionando o que assiste aos ditos

já relacionados anteriormente;

OBS. Como tarefa de casa, pesquisar com familiares outro dito popular ampliando assim a

possibilidade dessa brincadeira.

7) Ler texto em ficha com o significado e o histórico (anexo 4), pensar e copiar o ditado

correspondente. Sublinhar palavras novas para pesquisa do significado em dicionário.

8) Produção textual : Selecionar um dito popular para analisar e explicar o significado:

A- Coletivamente;

B- Em duplas;

C- Individualmente.

Estratégias para outras áreas

do conhecimento.

1- Confeccionar jogo de memória coletivo a partir de fichas de ditos populares:

A. Cada aluno faz uma ilustração para representar um dos ditos populares previamente

selecionado com as fichas do anexo nº 3 .

B. Cada ficha e desenho são colados em uma base de E.V.A ou cartolina.

Anexo 1. Para atividade 2B.

Uni, duni, tê

Salamê, minguê

Um sorvete colorê

Um pra mim, um pra você

Anexo 2. Ditos populares para atividade nº 5.

1º Do arco da velha.

2º Chato de galocha.

3º A voz do povo, a voz de Deus.

4º Chegar de mãos abanando.

5º Ficar a ver navios.

6ºCair no conto do vigário.

7º Sem eira nem beira.

8º Santinha do pau oco.

9º Não entender patavina.

10º Pensando na morte da bezerra.

11º Onde Judas perdeu as botas.

12º Casa de mãe Joana.

13º O pior cego é o que não quer ver.

14º Quem tem boca vai a Roma.

15º Cuspido e escarrado.

16º Quem não tem cão caça com gato.

17º Cor de burro quando foge.

Anexo 3. Fichas para sorteio - 3ª e 8ª atividade.

Do arco da velha. Chato de galocha. A voz do povo, a voz de Deus.

Chegar de mãos abanando. Ficar a ver navios. Cair no conto do vigário.

Sem eira nem beira. Santinha do pau oco. Não entender patavina.

Pensando na morte da

bezerra.

Onde Judas perdeu as

botas.

Casa de mãe Joana.

O pior cego é o que não

quer ver.

Quem tem boca vai a

Roma.

Cuspido e escarrado.

Quem não tem cão caça

com gato.

Cor de burro quando foge.

Anexo 4. Fichas com textos para atividade nº 7.

Significado: Chegar em algum lugar sem levar nada, de mãos vazias.

Histórico: Os imigrantes, no século passado, deveriam trazer as ferramentas para o trabalho na terra.

Aqueles que chegassem sem elas, ou seja, de mãos abanando, davam um indicativo de que não vinham

dispostos ao trabalho árduo da terra virgem.

Ditado: .................................................................................................................................................

Significado: Quem realmente sabe das coisas é o povo.

Histórico: As pessoas consultavam o deus Hermes, na cidade grega de Acaia, e faziam uma pergunta ao

ouvido do ídolo. Depois o crente cobria a cabeça com um manto e saía à rua. As primeiras palavras que ele

ouvisse eram a resposta a sua dúvida.

Ditado: .........................................................................................................................................................

Significado: Coisas do arco-da-velha são coisas inacreditáveis, absurdas.

Histórico: Arco-da-velha é como é chamado o arco-íris em Portugal, e existem muitas lendas sobre suas

propriedades mágicas. Uma delas é beber a água de um lugar e devolvê-la em outro – tanto que há quem

defenda que “arco-da-velha” venha de arco da bere (”de beber”, em italiano).

Ditado: ..........................................................................................................................................

Significado: Diz-se da pessoa que não quer ver o que está bem na sua frente. Nega-se a ver a verdade.

Histórico: Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D’Argenrt fez o

primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época,

menos para Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o

mundo que ele imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar

no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não

quis ver.

PS: Claro que muita coisa que está aqui foi graças a ajuda de alguém, e agradeço ao meu Professor João

Moreira que ''deu a Luz'' a alguns destes ditados.

Ditado: ..........................................................................................................................................................

Significado: Pessoa muito chata, resistente e insistente.

Histórico: Infelizmente, os chatos continuam a existir, ao contrário do acessório que deu origem a essa

expressão. A galocha era um tipo de calçado de borracha colocado por cima dos sapatos para reforçá-los e

protegê-los da chuva e da lama. Por isso, há uma hipótese de que a expressão tenha vindo da habilidade

de reforçar o calçado. Ou seja, o chato de galocha seria um chato resistente e insistente, explica Valter

Kehdi, professor de Língua Portuguesa e Filologia da Universidade de São Paulo. De acordo com Kehdi, há

ainda a expressão chato de botas, calçados também resistentes, o que reafirma a ideia do chato reforçado.

Ditado: ........................................................................................................................................................

Significado: Esperando algo que não aconteceu ou não apareceu. Esperar em vão.

Histórico: O rei de Portugal, Dom Sebastião, morreu na batalha de Alcácer-Quibir, mas o corpo não foi

encontrado. A partir de então (1578), o povo português esperava sempre o sonhado retorno do monarca

salvador. Lembremos que, em 1580, em função da morte de Dom Sebastião, abre-se uma crise sucessória

no trono vago de Portugal. A conseqüência dessa crise foi a anexação de Portugal à Espanha (1580 a 1640),

governada por Felipe II. Evidentemente, os portugueses sonhavam com o retorno do rei, como forma

salvadora de resgatar o orgulho e a dignidade da pátria lusa. Em função disso, o povo passou a visitar com

freqüência o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, esperando, ansiosamente, o retorno do dito rei. Como ele

não voltou, o povo ficava apenas a ver navios.

Ditado: .............................................................................................................................................

Significado: Pessoas sem bens, sem posses.

Histórico: Eira é um terreno de terra batida ou cimento onde grãos ficam ao ar livre para secar. Beira é a

beirada da eira. Quando uma eira não tem beira, o vento leva os grãos e o proprietário fica sem nada. Na

região nordeste este ditado tem o mesmo significado, mas outra explicação. Dizem que antigamente as

casas das pessoas ricas tinham um telhado triplo: a eira, a beira e a tribeira como era chamada a parte

mais alta do telhado. As pessoas mais pobres não tinham condições de fazer este telhado triplo, então

construíam somente a tribeira ficando assim “sem eira nem beira”.

Ditado: ............................................................................................................................................

Significado: Pessoa que se faz de boazinha, mas não é.

Histórico: Nos século XVIII e XIX os contrabandistas de ouro em pó, moedas e pedras preciosas utilizavam

estátuas de santos ocas por dentro. O santo era “recheado” com preciosidades roubadas e enviado para

Portugal.

Ditado: .....................................................................................................................................................

Significado: Ser enganado por algum vigarista.

Histórico: Duas igrejas em Ouro Preto receberam um presente: uma imagem de santa. Para verificar qual

da paróquias ficaria com o presente, os vigários resolveram deixar por conta da mão divina, ou melhor, das

patas de um burro. Exatamente no meio do caminho entre as duas igrejas, colocaram o tal burro, para

onde ele se dirigisse, teríamos a igreja felizarda. Assim foi feito, e o vigário vencedor saiu satisfeito com a

imagem de sua santa. Mas ficou-se sabendo mais tarde que o burro havia sido treinado para seguir o

caminho da igreja vencedora.

Ditado: ........................................................................................................................................................

Significado: Lugar longe, distante, inacessível.

Histórico: Como todos sabem, depois de trair Jesus e receber 30 dinheiros, Judas caiu em depressão e culpa, vindo a se

suicidar enforcando-se numa árvore. Acontece que ele se matou sem as botas. E os 30 dinheiros não foram encontrados

com ele. Logo os soldados partiram em busca das botas de Judas, onde, provavelmente, estaria o dinheiro. A história é

omissa daí pra frente. Nunca saberemos se acharam ou não as botas e o dinheiro. Mas a expressão atravessou vinte

séculos.

Ditado: .....................................................................................................................................................................

Significado: Estar distante, pensativo, alheio a tudo.

Histórico: Esta é bíblica. Como vocês sabem, o bezerro era adorado pelos hebreus e sacrificados para Deus

num altar. Quando Absalão, por não ter mais bezerros, resolveu sacrificar uma bezerra, seu filho menor,

que tinha grande carinho pelo animal, se opôs. Em vão. A bezerra foi oferecida aos céus e o garoto passou

o resto da vida sentado do lado do altar “pensando na morte da bezerra”. Consta que meses depois veio a

falecer.

Ditado: ................................................................................................................................................

Significado: Não saber nada sobre determinado assunto. Nada mesmo.

Histórico: Tito Lívio, natural de Patavium (hoje Pádova, na Itália), usava um latim horroroso, originário de

sua região. Nem todos entendiam. Daí surgiu i Patavinismo, que originariamente significava não entender

Tito Lívio, não entender patavina.

Ditado: ..........................................................................................................................................................

Bibliografia- Caio Fernando Abreu in Morangos Mofados