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A PRIMEIRA REVISTA ELETRÔNICA BRASILEIRA EXCLUSIVA DE ASTRONOMIA macroCOSMO .com .liÉ WW 9 ISSN 1808-0731 Ano II - Edição n° 22 - Setembro de 2005 / Planetas ' * Extrasolares Detecção, dinâmica e origem Construindo um heliostato ISS - A Estação Espacial Internacional

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Page 1: Planetas ' * Extrasolaresacervoastronomico.org/acervo/MACROCOSMO/macrocosmo22.pdf · 2020. 2. 21. · provável a existência de vida em outros pontos do Universo. Somente no nosso

A PRIMEIRA REVISTA ELETROcircNICA BRASILEIRA EXCLUSIVA DE ASTRONOMIA

macroCOSMO comliEacute WW 9

ISSN 1808-0731 Ano II - Ediccedilatildeo ndeg 22 - Setembro de 2005

Planetas Extrasolares

Detecccedilatildeo dinacircmica e origem

Construindo um heliostato

ISS - A Estaccedilatildeo Espacial Internacional

revista macroCOSMOlAno II - Ediccedilatildeo ndeg 22 - Setembro de

com2005 Editorial

Estamos soacutes no Universo Estaacute tem sido uma pergunta constante que permeia a mente do homem haacute vaacuterios seacuteculos mas que continua sendo uma grande incoacutegnita Estariacuteamos vivendo num Universo desabitado onde a vida eacute algo extremamente raro a ponto de que em apenas num pequeno planeta azul na periferia de uma galaacutexia igual a tantas outras teria sido possiacutevel Um Universo de possibilidades criado exclusivamente para conter apenas uma civilizaccedilatildeo

Se nos guiarmos pelas leis da probabilidade descobririacuteamos que eacute muito provaacutevel a existecircncia de vida em outros pontos do Universo Somente no nosso Sistema Solar haacute indiacutecios que jaacute poderia ter existido vida em Marte atualmente exista vida em Europa sateacutelite de Juacutepiter e que Titatilde sateacutelite de Saturno no futuro seja o novo celeiro da vida do nosso Sistema Solar

Os mesmos elementos que deram origem agrave vida na Terra estatildeo espalhados por todo o Universo e depois que ultrapassamos o nuacutemero de centenas de planetas extrasolares descobertos provando que a formaccedilatildeo de planetas natildeo eacute tatildeo raro quanto se imaginava aumenta as chances de existecircncia de planetas suscetiacuteveis ao surgim ento da vida Mas entatildeo se isso eacute tatildeo provaacutevel onde estaratildeo os nossos irmatildeos coacutesmicos Por que civilizaccedilotildees inteligentes ainda natildeo realizaram o seu primeiro contato com a Terra

A ciecircncia afirma que ateacute o momento natildeo existem evidecircncias de que a vida desen vo lveu -se em outra parte do U niverso e m uito m enos que seres in te lig en tes v ia jantes pela g alaacutex ia estejam nos v is itand o Um m eteorito marciano encontrado na Antaacutertica com micro-fosseis em seu interior poderia ser considerado uma prova da existecircncia de vida fora da Terra mas natildeo uma prova defin itiva jaacute que o mesmo poderia te r sido contam inado com vida microbioloacutegica terrestre

Infelizmente para muitos isto natildeo eacute suficiente e estes acabam recorrendo agraves ciecircncias miacutesticas e ideacuteias conspiratoacuterias se envolvendo em teorias absurdas como civilizaccedilotildees avanccediladas desaparecidas inexplicavelm ente alieniacutegenas sen d o c o n fu n d id o s com o d eu ses por povos do p assad o p o rta is interdim ensionais em vaacuterias regiotildees da Terra como o combalido ldquoTriacircngulo das Bermudasrdquo Terra Oca e civilizaccedilotildees intraterrenas onde os governos do mundo sempre teriam algo a esconder sobre estes e outros assuntos

Haacute anos programas como o SETI que busca contato com seres alieniacutegenas atraveacutes de radiotelescoacutepios ainda natildeo obtiveram sucesso As grandes duacutevidas satildeo para onde apontar os radiotelescoacutepios Em qual dia Em qual horaacuterio Em qual frequumlecircncia

Previsto para ser lanccedilado no proacuteximo ano o sateacutelite europeu COROT teraacute a finalidade de procurar planetas parecidos com a Terra com patiacuteveis para o desenvolvimento da vida o qual o Brasil estaacute sendo convidado para participar Ateacute o final desta deacutecada tambeacutem deve entrar em operaccedilatildeo o geneacuterico americano do COROT o Programa Origins da NASA

Mas seraacute mesmo prioritaacuterio e necessaacuterio este esforccedilo global voltado para a busca de vida e x tra te rres tre O que gan hariacuteam os (ou p erd eriacuteam o s) se entraacutessemos em contato com uma civilizaccedilatildeo inteligente mais avanccedilada Se uma civilizaccedilatildeo mais evoluiacuteda tecnologicamente que a nossa fizesse contato natildeo correriacuteamos o risco de sermos subjulgados pela sua cultura assim como foram os indiacutegenas americanos pela colonizaccedilatildeo europeacuteia durante as Grandes Navegaccedilotildees Nossa civilizaccedilatildeo natildeo deveria evoluir num ritmo natural sem uma ajuda externa Se eles existem na realidade quem sabe natildeo seja este o receio de seres de outros planetas contatarem a nossa civilizaccedilatildeo

Haacute apenas 5 milecircnios viviacuteamos nas cavernas utilizando-se de instrumentos rudimentares para sobreviver Atualmente estamos comeccedilando a dar os nossos primeiros passos rumo agrave exploraccedilatildeo do espaccedilo Este eacute um intervalo de tempo m uito curto na escala U n iversal por isso considerado um grande salto tecnoloacutegico da hum anidade Quem sabe nos proacuteximos 5 m ilecircnios quando alcanccedilarmos a tecnologia da viagem interestelar rotineira iremos nos deparar com uma civilizaccedilatildeo menos desenvolvida que a nossa e nos perguntaremos se realmente vale a pena interferir no desenvolvimento natural de uma civilizaccedilatildeo com tecnologia preacute-espacial

Boa leitura e ceacuteus limpos sem poluiccedilatildeo luminosa

Hemerson Brandatildeo Diretor Editor Chefe

editorrevistamacrocosmocom

Redaccedilatildeoredacao revistam acrocosm ocom

Diretor Editor Chefe Hemerson Brandatildeohem ersonbrandao yahoocom br

Diagramadores Hemerson Brandatildeohem ersonbrandao yahoocom br

Rodolfo Saccanidonsaccani yahoocom br

Sharon Camargosharoncam argo uolcom br

RevisatildeoTasso Napoleatildeotassonapoleao igcom br

W alkiria Schulzw schu lz cettconaegovar

Artista Graacutefico Rodrigo Beloterodrigobelote terracom br

Redatores Audem aacuterio Prazeresaudemariogmailcom

Edgar I Smaniottoedgarsm aniotto yahoocom br

Fernanda Calipofecalipo hotmailcom

Heacutelio ldquoGandhirdquo Ferrarigandhiferrari yahoocom br

Laeacutercio F Oliveirala fo tec thew aynetcom br

Ricardo Diazricardodiaz ninufm sbr

Rosely Greacutegiorgregio uolcom br

Seacutergio A Caixetasca ixeta ibestcom br

ldquoZecardquo Joseacute Agustoniagustoni yahoocom

Colaboradores Cristiaacuten Beaugeacutebeauge oacuncoredu

Daniel Binsbinsbr gmailcom

Joseacute Carlos Dinizdin izastro terra com br

Tasso Napoleatildeotassonapoleao igcom br

2 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

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revista macroCOSMOcomredacaorevistamacrocosmocom sumaacuterio

macroNOTICIAS___________________Saturno Marcos Pontes e Deep ImpactPergunte aos Astros________________Telescoacutepios e Softwares PlanetaacuteriosmacroEVENTOS___________________XXXI - Encontro da SAB

Astronaacuteutica______________________ISS - A Estaccedilatildeo Espacial Internacional

Planetologia______________________Planetas Extrasolares

Astronomia Observacional___________Cataacutelogo REA-Brasil

macroGALERIA_______ ^ ________Cruzeiro do Sul

Efemeacuterides__________ ^ ___________Setembro de 2005

Constelaccedilotildees Zodiacais_____________Constelaccedilatildeo de Aquaacuterio

Clique Astronocircmico________________Planetaacuteriode ItatibamacroOFICINA____________________Construccedilatildeo de um Heliostato

q Difusatildeo Astronocircmica______ ________Olimpiacuteada Brasileira de Astronomia

macroRESENHAS_________________Marcelo Gleiser e Rogeacuterio VasconcellosDicas Digitais_____________________Navegando pelas constelaccedilotildees

0507091339505659717475 86 90 94

Capa da Ediccedilatildeo Conceccedilatildeo artiacutestica de planetas extrasolares orbitando uma estrela binaacuteriacopy NASA JPL-Caltech

E permitida a reproduccedilatildeo total ou parcial desta revista desde que citando sua fonte para uso pessoal sem fins lucrativos sempre que solicitando uma preacutevia autorizaccedilatildeo agrave redaccedilatildeo da Revista macroCOSMOcom

A Revista macroCOSMOcom natildeo se responsabiliza pelas opiniotildees vertidas pelos nossos colaboradores Versatildeo distribuiacuteda gratuitamente na versatildeo PDF em httpwwwrevistamacrocosmocom

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 3

A Revista macroCOSMOcom gostaria de de agradecer as centenas de astrocircnomos que jaacute participaram e convidar aqueles que ainda natildeo o fizeram para participarem do Censo Astronocircmico 2005

A finalidade deste Censo eacute identificar o perfil e os interesses dos astrocircnomos brasileiros onde eles estatildeo e quantos satildeo Estatildeo convidados para participar deste censo todos aqueles que dedicam sua vida agrave astronomia desde o simples entusiasta que possui interesse sobre os astros mas natildeo participa de atividades ligadas agrave astronomia passando pelo astrocircnomo amador que participa dessas atividades mas natildeo eacute graduado em astronomia ateacute os profissionais graduados ou poacutes-graduados tanto os que atuam no Brasil quanto os que estatildeo no exterior

Atraveacutes do resultado deste Censo poderemos saber quais satildeo os nichos em que a astronomia se aglomera e assim estimular um maior contato entre eles organizando encontros regionais e nacionais com maior eficaacutecia aleacutem de destacar aquelas regiotildees aonde a astronomia ainda natildeo chegou planejando assim estrateacutegias de divulgaccedilatildeo astronocircmica

Existem quatro versotildees de questionaacuterios especiacuteficos para Astrocircnomos entusiastas amadores profissionais ou astrocircnomos brasileiros no exterior e natildeo leva mais que 2 minutos para ser respondido As questotildees procuram identificar o perfil localidade e que tipo de observaccedilatildeo fazem os astrocircnomos quanto tempo dedicam agrave esta atividade e como se informam

O Censo estaraacute online ateacute a meia-noite do dia 1deg de novembro de 2005 O levantam ento final seraacute aberto e publicado nas ediccedilotildees da Revista macroCOSMOcom

Algumas mateacuterias na imprensa sobre o Censo Astronocircmico 2005

httpcienciahojeuolcombrcontrolPanelmateriaview3218httpwwwcomcienciabr200412noticias2005astronomiahtm

httpwwwjornaldacienciaorgbrDetalhejspid=25159

Para acessar o questionaacuterio clique em

httpwwwrevistamacrocosmocomcensohtm

Maiores informaccedilotildees censorevistamacrocosmocom

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Novos dados sobre Saturno espantam cientistas

Novos dados enviados pela sonda Cassini deixou os cientistas espantados com as agitadas nuvens de gaacutes de Saturno a beleza e turbulecircncia inesperada de seus aneacuteis e a diversidade de suas luas segundo uma conferecircncia celebrada nesta segunda-feira 5 de setem bro na Inglaterra

Em dezem bro a m issatildeo de trecircs bilhotildees de doacutelares enviou a sonda europeacuteia Huygens em um m ergulho suicida a Titatilde uma das luas de Saturno cuja bizarra fotoquiacutem ica - uma neacutevoa de metano e outros com postos de carbono - faz dela um dos corpos celestes mais intrigantes do sistem a

Uma das surpresas eacute a grande diversidade de nuvens na atm osfera profunda de Saturno ldquo Diferente da nebulosa extensa e grande fa ixa de nuvens vistas regularm ente na alta atm osfera de Saturno muitas das nuvens mais profundas parecem ser aspectos isolados localizadosrdquo disse Kevin Baines m em bro da equipe de m apeam ento espectrocircm etro visual e infraverm elho do Laboratoacuterio de Jato-Propulsatildeo da Nasa

ldquoElas aparecem em uma grande variedade de tam anhos e form as inclusive em form atos circular e oval de rosca e redem oinhosrdquo explicou Estas nuvens se encontram em uma parte profunda da atm osfera cerca de 30 km abaixo das nuvens mais altas norm alm ente vistas em Saturno

Segundo o Laboratoacuterio de Jato Propulsatildeo elas tam beacutem se com portam diferentem ente daquelas na parte m ais alta da atm osfera e se com potildeem de outros m ateriais Satildeo feitas de am ocircnio hidrosulfito ou aacutegua mas natildeo de am ocircnia o elem ento quiacutem ico geralm ente apontado na com posiccedilatildeo das nuvens mais altas A atm osfera turva e sufocante de Saturno tam beacutem eacute dom inada por enorm es tem pestades de relacircm pagos do tam anho de um continente terrestre Um evento catacliacutesm ico registrado pelas cacircm eras da Cassini foi batizado de ldquoTem pestade Dragatildeordquo (Dragon Storm ) porque a sua form a lembrou a de um dragatildeo explicou Matson

Longe de ser uma regiatildeo de tranquumlilidade e constacircncia os fragm entos rochosos dos sete aneacuteis de Saturno colidem e se separam dom inados pela forccedila da gravidade do planeta e rasgados pela passagem das luas O anel A - o mais externo - ldquoeacute acim a de tudo espaccedilo vaziordquo pois os fragm entos se aglom eraram foram separados e entatildeo voltaram a se reunir graccedilas agrave forccedila de gravidade do planeta Parte do anel D - o mais proacutexim o do planeta - se tornou opaco e m oveu-se para dentro na direccedilatildeo de Saturno por cerca de 200 km desde que foi observado pela Voyager em 1980 e 1981

O sistem a dos aneacuteis ldquoeacute uma regiatildeo absolutamente dinacircmica Os aneacuteis estatildeo constantemente se movendo com a interaccedilatildeo da gravidade e possivelm ente de cam pos m agneacuteticosrdquo disse Carolyn Porco do Instituto de C iecircncia Espacial de Boulder Colorado

Outra grande surpresa eacute que um anel espiral envolve o planeta com o uma mola Este ldquobraccedilo esp ira lrdquo existe em torno do anel F e poderia ser a consequumlecircncia de luas que elas proacuteprias atraiacutedas pela gravidade de Saturno liberaram algum tipo de material Esta descoberta levantou a questatildeo de que o anel F poderia ser instaacutevel ou ateacute m esm o te r vida curta

Quanto agraves 46 luas de Saturno a Enceladus se uniu agrave Titatilde com o fonte de especulaccedilotildees sobre com o foram form adas um processo que lanccedila luz sobre o nascim ento da Terra e outros planetas rochosos que orbitam perto do Sol O poacutelo sul deste sateacutelite coberto de gelo eacute raiado com fendas profundas e longas apelidadas de ldquo listras de tig rerdquo

Sensores teacuterm icos m ostram que esta aacuterea eacute um ponto quente em bora ainda muito frio para os padrotildees da Terra e com uma atm osfera localizada de vapor d rsquoaacutegua A ideacuteia eacute que possa existir ali sob a superfiacutecie um oceano quente Mas com o isto teria acontecido Teoricam ente a Enceladus eacute m uito pequena para desenvolver calor interno suficiente para fazer isto A conferecircncia de cinco dias reuacutene ateacute sexta-feira membros da Sociedade Am ericana de Astronom ia e da Sociedade Real Britacircnica de Astronom ia

AFP

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macroNOTIacuteCIAS

1deg astronauta brasileiro iraacute ao espaccedilo em abril

A primeira missatildeo de um astronauta brasileiro no espaccedilo seraacute em abril de 2006 A Agecircncia Espacial Brasileira (AEB) deve fechar nos proacuteximos dias um contrato com a agecircncia espacial russa para o envio do tenente-coronel Marcos Pontes agrave Estaccedilatildeo Espacial Internacional numa missatildeo da espaccedilonave Soyuz Pontes deve iniciar ainda este mecircs o treinamento na Ruacutessia Desde 1998 ele se prepara para uma missatildeo especial na Nasa (agecircncia espacial americana)

De acordo com o presidente da Agecircncia Espacial Brasileira Seacutergio Gaudenzi a missatildeo deve durar de uma a duas semanas Pontes vai levar 15 quilos de material de universidades e empresas brasileiras como a Petrobras para experimentos no espaccedilo

Aleacutem de trabalhar com as experiecircncias brasileiras Pontes deveraacute realizar tarefas especiacuteficas para a Estaccedilatildeo Espacial Internacional que ainda natildeo foram definidas Na estaccedilatildeo o astronauta deveraacute ter um canal especial de voz e viacutedeo para manter contato com o Brasil durante a missatildeo

Cometa Tempel 1 eacute soacute uma bola de neve dizem cientistas

O cometa Tempel 1 que no dia 4 de julho recebeu o impacto de um projeacutetil lanccedilado da sonda Deep Impact (Impacto Profundo) eacute soacute uma enorme bola de neve que vaga pelo espaccedilo revelaram hoje cientistas que participaram da elaboraccedilatildeo da missatildeo ldquoEm sua maior parte o cometa eacute muito poroso e estaacute vazio Em toda sua estrutura eacute formado por pequenos gracircnulos de gelordquo destacou Michael ArsquoHearn especialista da Universidade de Maryland numa teleconferecircncia

Os resultados do primeiro estudo feito de maneira direta sobre a estrutura de um cometa seratildeo publicados na revista Science ldquoO cometa eacute incrivelmente fraacutegil Tem menos densidade que uma bola de neverdquo disse ArsquoHearn

A sonda Deep Imapct partiu em direccedilatildeo ao cometa em janeiro de 2005 e 172 dias depois disparou um projeacutetil equipado com cacircmeras fotograacuteficas e instrumentos contra o corpo celeste Na colisatildeo um dos experimentos cientiacuteficos mais precisos realizados ateacute hoje foi observada por mais de 70 telescoacutepios na Terra pelos observatoacuterios espaciais da Nasa e pela sonda Rosetta da Agecircncia Espacial Europeacuteia

O estudo da estrutura do cometa foi motivado principalmente pela crenccedila de que estes corpos carregam os primeiros materiais da criaccedilatildeo do sistema solar Os cientistas destacaram que a anaacutelise do material lanccedilado pelo impacto identificou uma grande quantidade de moleacuteculas de carvatildeo Isto faz supor que outros cometas como o Tempel contecircm uma quantidade substancial de material orgacircnico e que este possivelmente chegou agrave Terra quando o impacto de asteroacuteides e meteoritos era algo comum disseram os cientistas

Na seacuterie de artigos que a Science publicaraacute os cientistas destacam que a anaacutelise da informaccedilatildeo recebida confirma que o cometa eacute um exemplar tiacutepico dos cometas da famiacutelia do planeta Juacutepiter

EFE

Primeiro Asteroacuteide com sateacutelites eacute descoberto

Astrocircnomos Americanos anunciaram hoje terem descoberto sateacutelites orbitando um grande asteroacuteide A descoberta na verdade eacute de trecircs asteroacuteides com orbitas que se parecem a planetas com sateacutelites

O grupo de asteroacuteides chamado 87 Sylvia eacute um dos maiores asteroacuteides que orbitam o sol entre Marte e Jupiter tem o formato de uma batata com 280 quilocircmetros de diacircmetro Ele foi descoberto em 1866

A primeira lua foi descoberta quatro anos atraacutes a segunda foi anunciada hoje

Seacutergio A Caixeta | Astronomus Brasilissca ixeta ibestcom br

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Pergunte aosAstros

Qual a configuraccedilatildeo miacutenima de um telescoacutepio para observar com detalhe os planetas do Sistema Solar

Denis 20 anos ManausAM

P I

3 uuml -

Denis a olho nu eacute possiacutevel observar 5 ou 6 planetas (Mercuacuterio Vecircnus MarteJuacutepiter Saturno eou Urano) como sendo um ponto luminoso semelhante a uma estrela Urano eacute o sexto e uacuteltimo que pode ser visiacutevel a olho nu na magnitude limite do olho a depender da acuidade visual de cada observador Tambeacutem conseguimos observar e diferenciar a cor e o brilho destes planetas

Com um bom binoacuteculo 10x50 jaacute podemos distinguir a forma ovalada de Saturno e vemos a sua lua Titatilde Tambeacutem observamos o disco de Juacutepiter e suas 4 luas galileanas aleacutem das fases de Vecircnus Comeccedilamos a observar Netuno como uma pequena estrela

Com uma pequena luneta de 50 mm de abertura e 50 x podemos separar os aneacuteis de Saturno do corpo do planeta (os aneacuteis ainda visiacuteveis como se fosses um uacutenico anel) ver dois cinturotildees de Juacutepiter e observar as fases de Mercuacuterio

Aumentando para um telescoacutepio de 120mm observamos com 100 x ou mais a calota polar de Marte e manchas na sua superfiacutecie mais cinturotildees e detalhes das nuvens de Juacutepiter e a Grande Mancha Vermelha Tambeacutem distinguimos os aneacuteis A B a C de Saturno a divisatildeo de Cassini entre o A e o B uma ou outra faixa no planeta e mais 4 ou 5 luas Comeccedilamos a ver o pequeno disco de Urano e Netuno ainda continua um pequeno ponto

Com aberturas maiores que 300 mm comeccedilamos a observar alguma alteraccedilatildeo de tonalidade em Urano em funccedilatildeo da presenccedila ou natildeo de nuvens mas de Netuno apenas o pequeno disco Comeccedilamos a observar Plutatildeo como um ponto

Somente grandes telescoacutepios conseguem observar detalhes das superfiacutecies de Urano e Netuno

Para estas observaccedilotildees se supotildee o uso de instrumentos de qualidade em noite de ceacuteu limpo escuro e sem turbulecircncia Para observaccedilatildeo de detalhes de planetas usamos a maior ampliaccedilatildeo que o instrumento pode fornecer ainda com qualidade de imagem por isso a importacircncia da qualidade do instrumento e do ceacuteu (condiccedilotildees atmosfeacutericas) A maior ampliaccedilatildeo que um instrumento pode fornecer eacute aproximadamente igual a sua abertura em miliacutemetros vezes 25 (exemplo uma luneta de 60mm fornece no maacuteximo 150x um telescoacutepio de 200mm 500x) Estas observaccedilotildees ainda requerem um certo treino do olho do observador Natildeo espere observar tudo isso (nem metade disso) com qualquer luneta barata em qualquer noite e dentro de uma cidade com toda a sua poluiccedilatildeo luminosa

Por ldquoZecarsquo Joseacute Agustoni | Revista macroCOSMOcomagustoniyahoocom

Para enviar suas duacutevidas astronocircmicas para a seccedilatildeo ldquoPergunte aos astrosrdquo envie um e-mail para pergunterevistamacrocosmocom acompanhado do seu nome idade e cidade onde reside As questotildees poderatildeo ser editadas para melhor compreensatildeo ou limitaccedilatildeo de espaccedilo

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Pergunte aosAstros

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V Resido em Campo MouratildeoPR distante de 100 km de Maringaacute que eacute cortada pela linha do Troacutepico de Capricoacuternio Gostaria de saber como utilizar um mapa estelar para localizar as Trecircs Marias aleacutem

3 I de identificar e gravar as principais constelaccedilotildees e suas estrelasQuais satildeo os melhores livros recomendados para introduccedilatildeo da

-Astronomia Amadora

Sidney Kuerten 18 anos Campo MouratildeoPR

Sidney os softwares planetaacuterios satildeo oacutetimas ferramentas para explorar o ceacuteu Satildeo muitas vezes freewares que mostram o ceacuteu como ele eacute visto das coordenadas

de suas localidade e na hora que desejares observar Um muito bom e gratuito eacute o ldquoCartes du Cielrdquo (possui a versatildeo em portuguecircs do Brasil)

httpwwwstargazingnetastropcdownloadhtml irsquo Faccedila o download do pacote baacutesico (satildeo 14 MB) e efetue a instalaccedilatildeo Quando

for solicitado insira as coordenadas de sua cidade e o fuso horaacuterio correspondente Para comeccedilar a localizar as constelaccedilotildees e suas principais estrelas imprima mapas das dias e horaacuterios que pretende observar Nesta eacutepoca por volta das 20h (horaacuterio de Brasiacutelia) observar uma estrela brilhante e avermelhada bem no alto do ceacuteu (no zecircnite) Antares que faz parte da constelaccedilatildeo do Escorpiatildeo Partindo desta estrela vai perceber uma sequumlecircncia de estrelas indo para o sul e depois para o oeste que fazem uma forma de gancho de quase um palmo de extensatildeo (meccedila com o braccedilo extendido) simbolizando a cauda com o ferratildeo do Escorpiatildeo A partir daiacute vocecirc teraacute a referecircncia de tamanho e posiccedilatildeo para as demais constelaccedilotildees que estejam ao redor Eacute a melhor maneira de identificar as constelaccedilotildees

As ldquoTrecircs Mariasrdquo fazem parte da constelaccedilatildeo de Oacuterion que nesta eacutepoca comeccedila a ser visiacutevel pouco antes do amanhecer no leste A melhor eacutepoca para vecirc-las eacute

mdash-o veratildeoPara os iniciantes na Astronomia um livro recomendado eacute o ldquoManual do

Astrocircnomordquo do Ronaldo Rogeacuterio Mouratildeo que caso vocecirc natildeo encontre em sua cidade poderaacute encomenda-lo pela internet em alguma livraria virtual

Na internet vocecirc pode encontrar muito material pesquisando em sites de busca por ldquoastronomia amadorardquo Outras sugestotildees satildeo os grupos virtuais de discussatildeo sobre Astronomia Um bastante conhecido eacute o Urania_BR aberto a todos

bull interessados em discutir sobre todos assuntos relacionado com a Astronomia httpbrgroupsyahoocomgroupurania_br

Por ldquoZecarsquo Joseacute Agustoni | Revista macroCOSMOcom agustoniyahoocom

Para enviar suas duacutevidas astronocircmicas para a seccedilatildeo ldquoPergunte aos astrosrdquo envie um e-mail para pergunterevistamacrocosmocom acompanhado do seu nome idade e cidade onde reside As questotildees poderatildeo ser editadas para melhor compreensatildeo ou limitaccedilatildeo de espaccedilo

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8 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

macroEVENTOS m

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Participantes atentos agraves palestras do XXI Encontro da SAB

XXXI Encontrod a C A D

REUNINDO TRABALHOS DE ASTRONOMIA DE TODO BRASIL W I l V

Fernanda Calipo | Revista macroCOSMOcom fecalipohotmailcom

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Aacuteguas de LindoacuteiaSP foi o ponto de encontro de 295 congressistas que participaram do XXXI Encontro da SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira realizada de 31 de julho a 4 de agosto no Vacance Hotel

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REacutesmacroEVENTOS]

Foram 280 trabalhos divididos em 50 orais e 230 pocircsteres dos quais parte das pesquisas em Astronomia se concentram nas aacutereas de Astrofiacutesica Estelar Astronomia Extragalaacutetica Meio Interestelar Sistema Solar Instrumentaccedilatildeo A strom etria e A stronom ia D inacircm ica Eacute importante ressaltar a crescente demanda de trabalhos observacionais e sobre Ensino Histoacuteria e Divulgaccedilatildeo de Astronomia que receberam um destaque especial no Encontro com uma tarde exclusiva para apresentaccedilotildees orais somente sobre temas afins

Natildeo podemos deixar de citar que Naelton Mendes de Arauacutejo (RJ) redator da Revista m acroCOSMOcom apresentou um pocircster sobre algum as iniciativas da d ivulgaccedilatildeo astronocircm ica entre e las a R evis ta macroCOSMOcom ldquoUracircnia ENAST e Revista macroCOSMOcom experiecircncias virtuais em divulgaccedilatildeo cientiacuteficardquo

A SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira foi fundada em 1974 pela com unidade de astrocircnomos brasileiros e desde entatildeo tem promovido reuniotildees anuais para discussotildees de trabalhos cientiacuteficos aleacutem da promoccedilatildeo de simpoacutesios reuniotildees de trabalho e servir de contato com os oacutergatildeos vinculados agrave pesquisa no paiacutes A tu a lm en te a SAB conta com ap rox im ad am en te 400 soacutecios D estes aproximadamente 200 satildeo portadores do tiacutetulo de Doutor em Ciecircncias ou estatildeo em vias de obter a titulaccedilatildeo

ldquoA Reuniatildeo Anual da SAB eacute o evento mais importante da Astronomia Brasileira Uma oportunidade iacutempar para que seus membros divulguem seus trabalhos e possam discutir tem as de interesse geral da com unidade astronocircmica Para os astrocircnomos jovens ainda em form accedilatildeo trata-se de uma excelente

Prof Liacutecio da Silva presidente da SAB

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Naelton Mendes de Araujo expondo seu trabalho sobre divulgaccedilatildeo astronocircmica virtuais destacando o trabalho da lista de discussatildeo Uracircnia Brasil os ENASTs (Encontros Nacionais de Astronomia) e a Revista MacroCOSMOcom

oportunidade para interagir com colegas mais experientesrdquo afirma o presidente da SAB Prof Dr Licio da Silva (ONMCT)

As reuniotildees da SAB tecircm como objetivos principais como a apresentaccedilatildeo e discussatildeo de trabalhos de pesquisa em andamento no paiacutes aleacutem de temas atuais de interesse da comunidade tais como a poliacutetica cientiacutefica do paiacutes a implantaccedilatildeo de novos te lescoacute p io s o d esenvo lv im ento de instrumentaccedilatildeo para os telescoacutepios jaacute existentes entre outros Outro objetivo eacute a reciclagem de conhecim entos a traveacutes da rea lizaccedilatildeo de conferecircncias de revisatildeo ou simpoacutesios sobre temas especiacuteficos Aleacutem da oportunidade do intercacircmbio de inform accedilotildees com os colegas da aacuterea os congressitas tiveram a oportunidade de participarem de conferecircncias dos mais variados temas inclusive internacionais entre elas

- ldquoA aurora da astrofiacutesica oacuteptica brasileirardquo Carlos Alberto Torres (LNA)

- ldquoThe Square Kilometer Array (SKA)rdquo Richard Schilizzi (International SKA Project Director Dwingeloo The Netherlands)

- ldquoSituaccedilatildeo da mulher na Astronomia brasileirardquo Adriana V R Silva (CRAAMMackenzie)

- ldquoStatus of SOAR and first sciencerdquo SO Kepler (IFUFRG S amp SOAR Telescope)

- ldquoCosmic magnetic fieldsrdquo Elisabete M G dal Pino (IAGUSP)

- ldquoInstrumentaccedilatildeo para o telescoacutepio G EM IN Irdquo Claacuteudia Mendes de Oliveira (IAGUSP)

- ldquoSimulating stellar photometric surveys with the TR ILEG A L coderdquo Leo Girardi (Observatoacuterio Astronocircmico di Trieste-INAF Itaacutelia)

- ldquoO sateacutelite CoRoT dia D menos um anordquo Eduardo Janot Pacheco (IAGUSP)

Paralelo agrave programaccedilatildeo do Encontro a CESAB - Comissatildeo de Ensino da SAB realizou mini-cursos para mais de 50 professores da regiatildeo como forma de estiacutemulo a reciclagem e capacitaccedilatildeo jaacute que a maioria tem formaccedilatildeo em outras aacutereas de exatas ou ciecircncias

CONTATOSSOCIEDADE ASTRONOcircMICA BRASILEIRAhttpwwwsab-astroorgbrRua do Matatildeo 1226 Cidade Universitaacuteria05508-900 Satildeo Paulo SPTel 011 3091 27 05 FAX 011 3091 28 60E-mail secretsab-astroorgbr

Fernanda Calipo Cossia eacute Jornalista publicitaacuteria locutora de raacutedio assessora de comunicaccedilatildeo e poacutes graduada em relaccedilotildees Puacuteblicas Trabalhou 5 anos na Universidade Metodista de Satildeo Paulo e acumulou experiecircncias para hoje atuar na aacuterea de assessoria de comunicaccedilatildeo para os mais diversos segmentos Atualmente ela dedica-se agrave especializaccedilatildeo na aacuterea de jornalismo cientiacutefico

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ISS - A Estaccedilatildeo EspacialInternacional

Daniel Bins | Cosmonaacuteutica binsbrgmailcom

A Estaccedilatildeo Espacial Internacional - ISS (International SpaceStation) eacute um projeto multinacional composto por 16 paiacuteses Estados Unidos Ruacutessia Japatildeo Canadaacute Dinamarca Noruega Beacutelgica Holanda Franccedila A lem anha Espanha Inglaterra Sueacutecia Suiacuteccedila e Brasil com um custo estim ado de 60 bilhotildees de doacutelares

A ideacute ia de c o n s tru ir um a e s ta ccedilatilde o e sp a c ia l in te rn a c io n a l su rg iu inicialmente no governo de Ronald Reagan durante os anos 80 e chamava- se Freedom (Liberdade) Posteriormente com a queda da Uniatildeo Sovieacutetica iniciou-se uma colaboraccedilatildeo entre os dois antigos rivais e em 1993 o projeto passou a se cham ar Alpha Posteriorm ente foi rebatizado com o ISS para dar uma aparecircncia m ultinacional para o nome da estaccedilatildeo

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DAS PRANCHETAS PARA O ESPACcedilO

A ISS comeccedilou a sair do papel com o projeto Shuttle-Mir A construccedilatildeo da ISS foi dividida em trecircs partes

Fase I (1994-1997) Os astronautas americanos fariam parte das tripulaccedilotildees da estaccedilatildeo espacial russa Mir sendo conhecido como projeto Shuttle- Mir Em junho de 1995 o ocircnibus espacial Atlantis na missatildeo STS-71 acoplou com a Mir Foi a segunda vez que uma nave americana acoplou com uma nave russa A partir daiacute no periacuteodo de 1 995 a 1 9 9 8 vaacuterias m issotildees a m erican as acoplaram na estaccedilatildeo russa e os astronautas americanos passaram a fazer parte das tripulaccedilotildees

da Mir Estes intercacircmbios tinham como objetivo os preparativos para a construccedilatildeo da estaccedilatildeo espacial internacional O recorde de permanecircncia no espaccedilo americano foi obtido pela astronauta Shannon Lucid que ficou 188 dias no espaccedilo dentro da estaccedilatildeo Mir em 1996 O moacutedulo Spektr foi utilizado como moacutedulo de habitaccedilatildeo pelos astronautas americanos O astronauta Norman Thagard foi o primeiro americano a decolar numa nave russa fazendo parte da missatildeo Soyuz TM- 21 em 1995 Da m esm a form a os russos passaram a fazer parte das tripulaccedilotildees dos ocircnibus espaciais americanos O primeiro deles foi Serguei Krikalev que fez parte da tripulaccedilatildeo do STS-60 em 1994

A experiecircncia ShuttleMIR

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Fase II (1997-1999) Iniacutecio da construccedilatildeo e estabelecimento de uma estrutura miacutenima para 3 astronautas A estaccedilatildeo comeccedilaria a ser habitada quando o moacutedulo de serviccedilo estivesse em oacuterbita

Fase III (1999-2002) Teacutermino da construccedilatildeo da estaccedilatildeo com a chegada do moacutedulo de habitaccedilatildeo e dos moacutedulos cientiacuteficos

Como podemos ver a fase 3 do projeto continua Os atrasos motivados pela crise econocircmica russa e pelo acidente do ocircnibus espacial Coluacutembia atrasaram consideravelmente o teacutermino da estaccedilatildeo

Os astronautas americanos passaram mais de1000 dias a bordo da estaccedilatildeo Mir Como resultado dezenas de sugestotildees foram implementadas para a construccedilatildeo da ISS Poreacutem muitos comentaacuterios negativos foram feitos Veja alguns deles

- Deveria existir um melhor suporte para os experimentos cientiacuteficos

- A agenda diaacuteria deveria ser feita pelo controle em terra e natildeo pela tripulaccedilatildeo

- O lixo e o armazenamento foram considerados um problema Um inventaacuterio de todo o equipamento com a sua localizaccedilatildeo deveria ser providenciado

- Para trabalhar de forma segura seria necessaacuterio uma melhor compreensatildeo do idioma russo Foi sugerido a utilizaccedilatildeo exclusiva do inglecircs para as tarefas na ISS

- Os astronautas am ericanos receberam treinamento limitado para reparos

- Eles receberam treinamento para serem passageiros e natildeo pilotos das naves Soyuz

- As atividades cientiacuteficas americanas foram limitadas devido a problemas de comunicaccedilatildeo com as equipes de controle em terra

- Natildeo existia comunicaccedilatildeo ldquohorizontalrdquo entre as organizaccedilotildees russas As inform accedilotildees iam diretamente de uma organizaccedilatildeo a outra sem as demais tomarem conhecimento

- Os astronautas americanos natildeo estavam satisfeitos com a comunicaccedilatildeo entre os membros da tripulaccedilatildeo e o controle em Terra

- A comunicaccedilatildeo entre a estaccedilatildeo e o controle em terra tinha seus defeitos Era impossiacutevel falar e ouvir outras pessoas durante uma videoconferecircncia

- A Ruacutessia limitou o acesso aos detalhes teacutecnicos sobre a estrutura da Mir Soyuz e Progress incluindo-se s istem as eleacutetricos mecacircnicos e sistemas de suporte vitais

- Os cosmonautas recebiam um bocircnus de1000 doacutelares a mais por cada tarefa considerada perigosa como uma saiacuteda no espaccedilo um mecircs a mais na estaccedilatildeo ou um acoplamento feito de form a m an u a l Is to seg u n do a N A SA aum entaria o risco ao qual os astronautas am ericanos estariam expostos dentro da estaccedilatildeo A colisatildeo com um cargueiro Progress em 1997 ocorreu devido a um erro durante um acoplamento manual

O INICIO DA CONSTRUCcedilAtildeO

O primeiro moacutedulo o russo Zarya financiado pelos Estados Unidos foi lanccedilado em novembro de 1998 O moacutedulo seguinte o norte americano Unity foi enviado em dezembro de 1998 Para levar o moacutedulo Zarya ao espaccedilo foi utilizado um foguete Proton Para levar o Unity foi utilizado um ocircnibus espacial americano

A estaccedilatildeo foi colocada numa oacuterbita terrestre baixa em torno de 300 km de altura com inclinaccedilatildeo de 516 graus Este grau de inclinaccedilatildeo eacute bem maior que o do ocircnibus espacial e foi utilizado por causa dos russos devido ao local de lanccedilamento das naves Como a maioria era lanccedilada do Casaquistatildeo que era a repuacuteblica mais ao sul da URSS o caminho

dos foguetes natildeo atravessava nem a Mongoacutelia nem a China Isso quer dizer que em caso de falhas os foguetes cairiam dentro do territoacuterio sovieacutetico e natildeo nos paiacuteses vizinhos Como consequumlecircncia disso os foguetes russos utilizam sua maacutexima capacidade enquanto isso o ocircnibus espacial precisa gastar mais combustiacutevel para atingir a estaccedilatildeo

Um intervalo de 1 ano e meio ocorreu ateacute a chegada do proacuteximo componente o moacutedulo de habitaccedilatildeo russo Zvezda apenas enviado em julho de 2000 devido a dificuldades financeiras russas e a defeitos no foguete Proton durante o ano de 1999 O Zvezda originalmente tinha sido planejado para substituir a estaccedilatildeo espacial Mir sendo muito parecido com ela

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A configuraccedilatildeo atual da ISS

Estando o moacutedulo de serviccedilo acoplado agrave estaccedilatildeo comeccedilou a ocupaccedilatildeo da mesma sendo a primeira tripulaccedilatildeo transportada numa nave Soyuz e a partir daiacute as demais tripulaccedilotildees foram transportadas pelos ocircnibus espaciais Periodicamente os russos lanccedilariam naves Soyuz pois a vida uacutetil de cada uma eacute de 6 meses Isso permaneceria assim ateacute o acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia

Para abastecer a estaccedilatildeo satildeo utilizados ocircnibus espaciais americanos e naves cargueiras russas Progress Enquanto se estaacute na fase de construccedilatildeo a tripulaccedilatildeo eacute de 3 tripulantes mas se espera que ao concluir a estaccedilatildeo possa abrigar 6 tripulantes

Os lanccedilamentos satildeo feitos desde o coacutesmodromo de Baikonur e desde Cabo Canaveral na Floacuterida O controle das missotildees eacute feito desde Houston no Texas e desde Korolev proacuteximo a Moscou Os norte- am ericanos possuem sateacutelites que permitem

comunicaccedilatildeo 24 horas e os russos utilizavam o mesmo recurso na eacutepoca da Mir Atualmente a comunicaccedilatildeo eacute obtida quando a estaccedilatildeo estaacute sobre a aacuterea de cobertura das estaccedilotildees de comunicaccedilatildeo russas

No final de 2000 foram acrescentadas as estruturas Z1 Truss P6 Truss paineacuteis solares PVA A primeira tripulaccedilatildeo chegou no final de outubro

Em 2001 a estaccedilatildeo recebeu o moacutedulo cientiacutefico Destiny o braccedilo robocirc canadense o Airlock e o Docking Compartment russo Pirs aleacutem da parte central da larga estrutura de segmentos o S0 T russ Em 08 de outubro de 2001 os cosmonautas Vladimir Dezhurov e Mikhail Tyurin se tornaram os primeiros tripulantes a conduzir uma caminhada espacial fora da estaccedilatildeo espacial internacional O primeiro cientista a bordo foi a bioquiacutemica Peggy Whitson da NASA

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No ano seguinte foi a vez de receber mais segmentos o S1 e o P1 O acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia em fevereiro de 2003 paralisou momentaneamente a montagem do complexo que em grande parte depende dele

Mesmo em construccedilatildeo a ISS recebeu a visita de 2 turistas a bordo de naves Soyuz russas O primeiro foi o norte americano Dennis Tito em 2001 e o segundo foi o sul africano Mark Shuttleworth em 2002 Eles ficaram 7 dias no espaccedilo e pagaram 20 milhotildees de doacutelares pela viagem Dennis Tito tinha pagado para ir a estaccedilatildeo espacial Mir mas como ela foi derrubada em marccedilo de 2000 os russos o levaram ateacute a ISS Outros vocircos com turistas foram suspensos devido ao acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia

Com o novo governo americano do presidente Bush e o acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia a ISS sofre alguns cortes onde o moacutedulo de habitaccedilatildeo o moacutedulo de propulsatildeo e o CRV (Crew Return Vehicle) foram cancelados O plano do governo americano eacute concluir sua parte quando o moacutedulo Node 2 for entregue pois ele permite o acoplamento dos moacutedulos do Japatildeo e da Europa As centriacutefugas originalmente planejadas tiveram o mesmo destino A uacuteltima revisatildeo do projeto da estaccedilatildeo foi feita em julho de 2004

Os cortes foram causados pelo novo rumo adotado pelo governo americano em querer um programa de exploraccedilatildeo marciana mais robusto e que natildeo estaacute disposto a pagar pelos custos extras da estaccedilatildeo Os custos extras se devem a muitos fatores como a demora no lanccedilamento do moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda atrasado em 1 ano e os constantes aumentos no preccedilo da construccedilatildeo dos moacutedulos americanos

Com isso a utilizaccedilatildeo cientiacutefica da ISS fica comprometida pois para se desenvolver trabalhos seacuterios seria necessaacuterio uma tripulaccedilatildeo maior Atualmente apenas 3 astronautas podem ocupar a estaccedilatildeo pois eacute o maacuteximo que as caacutepsulas Soyuz com portam Se mais uma caacutepsula fosse disponibilizada entatildeo a tripulaccedilatildeo poderia ser aumentada para 6 pessoas Isso implica numa maior participaccedilatildeo dos russos no projeto

Poreacutem devido ao acidente com o ocircnibus espacial a tripulaccedilatildeo teve que ser reduzida a duas pessoas Desta forma a quantidade de lanccedilamentos de

cargueiros de reabastecimento Progress pode ser mantida A cada 3 meses os russos lanccedilam um sateacutelite cargueiro natildeo tripulado levando comida aacutegua combustiacutevel e equipamentos para a estaccedilatildeo Com uma tripulaccedilatildeo de 3 a periodicidade dos vocircos deveria ser maior o que acarretaria maiores custos para os russos

As tripulaccedilotildees atuais permanecem 6 meses na estaccedilatildeo Antes do acidente em media uma tripulaccedilatildeo permanecia entre 3 e 4 meses no espaccedilo

O CRV seria um ocircnibus espacial em miniatura que seria utilizado apenas em caso de emergecircncia para a tripulaccedilatildeo da ISS abandonar a estaccedilatildeo e retornar em seguranccedila para a Terra Jaacute o moacutedulo de propulsatildeo foi projetado pensando-se na possibilidade do fracasso do moacutedulo russo Zvezda mas natildeo foi concluiacutedo Para retornar agrave Terra em caso de emergecircncia utilizam-se as naves russas Soyuz

Apesar da Ruacutessia gastar o equivalente a 6 do custo total do projeto ela vai ter direito a utilizar 30 dos recursos da estaccedilatildeo Isso se deve ao custo de construccedilatildeo dos moacutedulos que eacute bem menor que nos EUA e agrave forma de lanccedilamento Um foguete Proton custa em torno de 50 milhotildees de doacutelares Um lanccedilamento do ocircnibus espacial implica em gastos de 500 milhotildees de doacutelares O total de moacutedulos e componentes da estaccedilatildeo eacute de 36 A parte russa eacute composta de 11 moacutedulos Destes provavelmente 2 teratildeo ajuda da iniciativa privada e 1 foi financiado pelos EUA (Zarya)

A PARTE DE CADA UM

A parte que seraacute construiacuteda pelos Estados Unidos inclui o moacutedulo cientiacutefico Destiny Z1 Truss Node 1 (Unity) e Node 2 uma estrutura metaacutelica de 96 metros de comprimento composta de 10 segmentos para acomodar os paineacuteis solares e o Airlock Para colocar sua parte no espaccedilo os norte americanos utilizaratildeo seus 3 ocircnibus espaciais (Discovery Atlantis e Endeavour) O Coluacutembia era o uacutenico da frota que natildeo estava preparado para acoplar com a estaccedilatildeo espacial O custo da parte norte americana deve ser no miacutenimo de 11 bilhotildees de doacutelares

A parte russa da estaccedilatildeo seraacute composta por um moacutedulo de comando e controle (Zvezda) que seraacute utilizado como habitaccedilatildeo durante a construccedilatildeo da estaccedilatildeo 2 moacutedulos cientiacuteficos baseados nas naves

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Soyuz 1 moacutedulo de carga (Zarya financiado pelos Estados Unidos) um moacutedulo com vaacuterios pontos de acoplamento chamado Universal Docking Module 2 docking compartments uma nave Soyuz de emergecircncia para abandonar a estaccedilatildeo enquanto ela estiver em construccedilatildeo uma estrutura para acomodar os paineacuteis solares chamada Scientific Power Plataform e talvez 2 moacutedulos comerciais feitos em parceria com as empresas norte americanas Boeing e Spacehab e as russas Energia e Khrunichev Os russos utilizaratildeo suas naves Soyuz para transportar os cosmonautas e as naves autom aacuteticas P rogress M para reabastecer a estaccedilatildeo

D evido a restriccedilotildees o rccedilam en taacuterias os componentes do segmento russo podem sofrer reduccedilotildees ou ateacute ser excluiacutedos da configuraccedilatildeo final da estaccedilatildeo Com o acidente do ocircnibus espacial os americanos poderiam comprar naves russas Soyuz ou mais cargueiros Progress para suprir melhor a estaccedilatildeo Entretanto isso natildeo eacute possiacutevel pois existe uma lei americana que impede a NASA e outras empresas norte americanas de comprar tecnologia russa Isto ocorreu porque a Ruacutessia facilitou tecnologia nuclear para o Iratilde uma naccedilatildeo considerada do Eixo do Mal

A parte da Agecircncia Espacial Europeacuteia inclui um laboratoacuterio cientiacutefico um pequeno braccedilo robocirc a ser instalado no segmento russo e naves automaacuteticas de reabastecimento que acoplaratildeo no moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda Ao total o custo estimado da participaccedilatildeo europeacuteia eacute de 47 bilhotildees de doacutelares

As naves de carga automaacuteticas europeacuteias se chamaratildeo ATV e seratildeo lanccediladas por foguetes Ariane-5 da base de Kourou na Guiana Francesa

A parte japonesa inclui 1 laboratoacuterio cientiacutefico com uma plataforma para experimentos fora da estaccedilatildeo ao custo total de 31 bilhotildees de doacutelares

O Canadaacute iraacute fornecer um braccedilo robocirc de 18 metros de comprimento e uma estrutura composta de trilhos para deslocar o braccedilo pela estrutura metaacutelica da estaccedilatildeo O custo da contribuiccedilatildeo canadense eacute de 1 bilhatildeo de doacutelares

A Itaacutelia construiu 3 moacutedulos logiacutesticos denominados MPLM (Multi Purpose Logistics Module) batizados Leonardo Rafaello e Donatello ao custo de 550 milhotildees de doacutelares Em troca dos moacutedulos a Itaacutelia poderaacute mandar seus astronautas para a estaccedilatildeo

O Brasil inicialmente iria construir paletas para colocar experimentos fora da estaccedilatildeo (Express Palet) ao custo de 120 milhotildees de doacutelares Cada paleta com peso de 1 tonelada e vida uacutetil estimada de 10 anos poderia levar 6 cargas de 225 Kg Tambeacutem teria um astronauta proacuteprio o tenente aviador Marcos Cesar Pontes que foi treinado para subir para a estaccedilatildeo atraveacutes do ocircnibus espacial e foi escolhido em 1998 Poreacutem devido a problemas orccedilamentaacuterios a participaccedilatildeo do Brasil foi reduzida a 21 equipamentos menores que seratildeo construiacutedos sem custo pelo SESI Quanto ao astronauta brasileiro foram feitas negociaccedilotildees com a agecircncia espacial russa para enviar Marcos Pontes em uma nave Soyuz em abril de 2006

Astronauta brasileiro Marcos Pontes escalado para a 13deg expediccedilatildeo agrave ISS conforme acordo

brasilerio com a Agecircncia Espacial Russa

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TRIPULACcedilOtildeES DA ISS

1deg Expediccedilaotilde31-10-2000Baikonur

O primeiro grupo permanente enviado agrave ISS foi transportado pela Soyuz TM -31 e composto pelo comandante norte americano Bill Sheperd e pelos russos Yuri Gidzenko e Serguei Krikalev Esta missatildeo preparou seus sistemas para utilizaccedilatildeo permanente e recebeu os primeiros paineacuteis solares feitos nos Estados Unidos e o moacutedulo laboratoacuterio norte americano Destiny A tripulaccedilatildeo permaneceu 140 dias 23 horas e 28 minutos no espaccedilo retornando para a Terra em 18 de marccedilo de 2001

2deg Expediccedilatildeo10-3-2001Cabo Canaveral

A 2deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante cosmonauta Yuri Usachev e os seus colegas norte americanos Susan Helms e James Voss Eles foram a bordo da STS-102 Discovery Durante sua missatildeo foi adicionado o CanadArm e o moacutedulo Quest (Joint Pressurized Airlock) Este grupo tambeacutem recebeu o primeiro turista espacial o milionaacuterio norte americano Dennis Tito Eles ficaram no espaccedilo 167 dias 6 horas e 41 minutos retornando agrave Terra em 22 de agosto de 2001

3deg Expediccedilatildeo10-8-2001Cabo Canaveral

A 3deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante norte americano Frank Culbertson e pelos russos Vladimir Dezhurov e Mikhail Tyurin Eles foram transportados agrave estaccedilatildeo pelo STS-105 Discovery Permanecircncia no espaccedilo de 128 dias 20 horas e 45 minutos retorno em 17 de dezembro de 2001

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4deg Expediccedilatildeo5-12-2001Cabo Canaveral

A 4deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Yuri Onufrienko e pelos norte americanos Carl E W alz e D an ie l W Bursch E les foram transportados para a estaccedilatildeo pelo S T S -108 Endeavour Permanecircncia no espaccedilo de 195 dias 19 horas e 39 minutos retorno em 19 de junho de 2002

5deg Expediccedilatildeo5-6-2002Cabo Canaveral

A 5deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Valery Korzun pela norte-americana Peggy Whitson e pelo russo Sergei Treschev Retornaram no dia 07 de dezem bro de 2 0 0 2 apoacutes permanecerem 184 dias 22 horas e 14 minutos no espaccedilo

6deg Expediccedilatildeo23-11-2002Cabo Canaveral

A 6deg Expediccedilatildeo foi comandada por mais um veterano da Mir Nikolai Budarin e seus colegas am ericanos Donald Pettit e Ken Bowersox Perm aneceram na ISS 161 dias 1 hora e 17 minutos retornando agrave Terra em 03 de maio de 2003

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7deg Expediccedilatildeo25-4-2003Baikonur

A 7deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Yuri Malenchenko e pelo norte americano Ed Lu Permaneceram no espaccedilo 184 dias 21 horas e 47 minutos retornando agrave Terra em 27 de outubro de 2003

8deg Expediccedilatildeo18-10-2003Baikonur

A 8deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Aleksandr Kaleri e pelo norte americano Michael Foale Retornou em 29 de abril de 2004 Permanecircncia de 194 dias 18 horas e 35 minutos

9deg Expediccedilatildeo18-4-2004Baikonur

A 9deg Expediccedilatildeo foi composta pelo engenheiro de vocirco norte americano Mike Fincke e pelo comandante russo Gennady Padalka Permanecircncia a bordo da ISS de 187 dias 21 horas e 17 minutos retornando em 23 de outubro de 2004

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10deg Expediccedilatildeo13-10-2004Baikonur

A 10deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante norte americano Leroy Chiao e pelo russo Salizhan Sharipov Retornaram agrave Terra em 24 de abril de 2005 apoacutes 192 dias 19 horas e 2 minutos

11deg Expediccedilatildeo14042005Baikonur

A 11deg Expediccedilatildeo eacute composta pelo comandante russo Sergei Krikalev e pelo norte americano John Phillips Seu retorno estaacute previsto para 7 de outubro de 2005 Serguei Krikalev eacute o novo recordista em permanecircncia no espaccedilo recorde este quebrado durante a missatildeo atual

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DADOS SOBRE A ISS ATEacute O FINAL DA EXPEDICcedilAtildeO 10

Aacuterea habitaacutevel 425 metros cuacutebicosDimensotildees 75 metros de largura entre os paineacuteis solares 275 metros de altura 438 metros do moacutedulo cientiacutefico Destiny ateacute o moacutedulo de serviccedilo Zvezda 513 metros com uma nave Progress acopladaPeso 18303 toneladasVocircos 16 vocircos norte americanos e 28 vocircos russosAtividades Extraveiculares 65 saiacutedas sendo 25 partindo de dentro do Ocircnibus Espacial totalizando 348 horas e 15 minutosExperimentos cientiacuteficos Ateacute o final da Expediccedilatildeo 7 em agosto de 2003 tinham sido feitos 129 experimentos

COMPONENTES DA ESTACcedilAtildeO

ZARYA20-11-199820000 Kg Baikonur - Proton

Moacutedulo russo tambeacutem conhecido como FGB (Functional Cargo Block em inglecircs) Possui 126 metros de com primento por 4 05 metros de diacircmetro e 2 paineacuteis solares Possui 2 acopladores 1 utilizado pelo moacutedulo Unity e outro que pode ser utilizado por naves Soyuz ou Progress

UNITY3-12-199820000 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Moacutedulo norte americano Possui 45 metros de comprimento por 66 metros de diacircmetro Possui 2 acopladores 1 utilizado pelo moacutedulo Zarya e outro que pode ser utilizado pelos ocircnibus espaciais americanos Este moacutedulo eacute feito inteiramente em alumiacutenio

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ZVEZDA12-7-200020000 Kg Baikonur - Proton

Moacutedulo russo tambeacutem conhecido como Service Module Possui 2 paineacuteis solares e 4 acopladores sendo que 1 na parte traseira e 3 na parte dianteira Possui 13 metros de comprimento e 405 metros de diacircmetro O Zvezda possui 14 janelas e seu interior eacute dividido em 3 compartimentos Possui cabines para os tripulantes e seraacute utilizado como moacutedulo de habitaccedilatildeo durante a construccedilatildeo da ISS

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Z1 TRUSS5-10-20008280 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Serve como central de com unicaccedilotildees do segmento americano Tambeacutem eacute utilizado como base para a estrutura P6 Truss Possui 4 giroscoacutepios utilizados para estabilizar a estaccedilatildeo e uma antena de telecomunicaccedilotildees Custo de 273 milhotildees de doacutelares

P6 TRUSS30-11-200017000 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Estrutura que serve para acomodar os radiadores e os imensos paineacuteis solares PVA (PhotoVoltaic Arrays) Satildeo ao todo 4 PVAs com comprimento de 73 metros de ponta a ponta e 3 radiadores Custo de 600 milhotildees de doacutelares

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DESTINY7-2-200114515 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Peccedila central da parte cientiacutefica da Estaccedilatildeo Espacial Internacional Feito em alumiacutenio possui 85 metros de comprimento peso de 14515 Kg e 45 metros de diacircmetro Possui 3 seccedilotildees ciliacutendricas e capacidade para alocar 24 racks com experimentos Responsaacutevel pelo controle da estaccedilatildeo em substituiccedilatildeo ao moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda

MPLM LEONARDORAFAELLODONATELLO10-3-20014100 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Os MPLM (Multi-Purpose Logistics Modules) foram construiacutedos pela Agecircncia Espacial Italiana ASI e pela empresa Alenia Aerospazio localizada em Turin na Itaacutelia Estes moacutedulos pressurizados servem para transportar e trazer carga para a Estaccedilatildeo Sua construccedilatildeo foi iniciada em 1996 Possuem 64 metros de comprimento por 46 metros de diacircmetro Podem transportar 91 toneladas de carga em 16 racks standard

CANADARM19-4-200117000 KgsCabo Canaveral - Space Shuttle

Primeira parte do braccedilo roboacutetico canadense ldquoCanadArmrdquo Este braccedilo com seus 177 metros de comprimento e suas 17 toneladas de peso seraacute utilizado para construir a estaccedilatildeo Anexado ao moacutedulo Destiny possui a singular capacidade de andar pelo moacutedulo o que aumenta seu raio de atuaccedilatildeoCusto de 600 milhotildees de doacutelares

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JOINT AIRLOCK QUEST12-7-20016500 KgsCabo Canaveral - Space Shuttle

Airlock (saiacuteda externa da estaccedilatildeo) anexa ao moacutedulo Unity Compatiacutevel com roupas espaciais americanas e russas Custo de 164 milhotildees de doacutelares

CO-1 PIRSDOCKING COMPARTMENT13-9-20015000 Kgs Baikonur - Proton

Moacutedulo russo que possui um pequeno airlock para saiacutedas extraveiculares compatiacutevel apenas com trajes russos Serve tambeacutem como ponto de acoplamento para naves Soyuz e Progress M Acoplado ao moacutedulo Zvezda Possui comprimento de aproximadamente 5 metros e diacircmetro maacuteximo de 280 metros Foi transportado para a estaccedilatildeo atraveacutes de um moacutedulo de serviccedilo Progress adaptado

S0 TRUSS5-6-200212247 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Primeira parte da estrutura principal da ISS composta por 9 partes Possui comprimento de 134 x 46 metros Nele foi fixado o Mobile Transporter que permite ao braccedilo robocirc CanadArm se deslocar pela estaccedilatildeo

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S1 TRUSS7-10-200215000Cabo Canaveral - Space Shuttle

Com prim ento de 137 metros peso de 15 toneladas eacute o terceiro componente da seccedilatildeo central da estaccedilatildeo composta por 11 peccedilas Foi anexado ao segmento S0 Possui 2 cameras de TV um segundo canal S-Band de comunicaccedilatildeo e o primeiro Thermal Radiator Rotary Joint

P1 TRUSS23-11-2002 12400 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Comprimento de 137 metros peso de 124 toneladas anexado ao segmento S0 Possui uma antena de UHF e da mesma forma que o segmento S1 possui radiadores e tambeacutem tem instalado o Crew and Equipment Translation Aid (CETA)

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FOGUETES

Foguetes empregados para levar naves e componentes para a ISS

SOYUZComprimento 345 m Diacircmetro 3 m Peso 297 toneladas Estaacutegios 3 ou 4 Carga uacutetil LEO 7 toneladas

Descriccedilatildeo dos sistemasPrimeiro estaacutegio 4 exaustores 42810 Kg 101600

kgf Isp 314 sec Tempo de Queima 118 segundos Isp(sl) 257 sec LoxKerosene Motores 1RD-107- 11D511P

Segundo estaacutegio 101160 Kg 103100 kgf Isp 319 segundos Tempo de Queima 286 segundos Isp(sl) 252 segundos LoxKerosene Motores 1 RD- 108-11D512P

Terceiro estaacutegio 25400 Kg 30400 kgf Isp 330 segundos Tempo de Queima 250 segundos Isp(sl) 0 segundos LoxKerosene Motores 1 RD-0110 (4) IkarFregatrdquo

HistoacutericoO Soyuz eacute um foguete da famiacutelia R7 composto

de 2 estaacutegios desenvolvido em 1963 capaz de co locar 7 to n e la d a s num a oacuterb ita de 200 quilocircmetros de altitude Foi utilizado para lanccedilar a p ro x im a d a m e n te m e ta d e das m issotildees espacia is tripu ladas e natildeo tripu ladas Os foguetes Soyuz tambeacutem foram utilizados para co locar em oacute rb ita s a teacute lite s m ilita res de reconhecimento

Fam iacuteliaR-7 8K71 Sputnik 8K71PS Luna 8K72 R-7A

8K74 Sputnik 8A91 Molniya 8K78 Vostok 8K72 Vostok 8K72K Molniya 8K78L Vostok 8A92 Polyot 11A 59 Voskhod 11A 57 M olniya 8K78MVostok 11A510 Vostok 8A92M Soyuz 11A511 Soyuz 11A514 Soyuz 11A511L Soyuz 11A511M Soyuz 11A511U Soyuz 11A511U2 Soyuz 11A511 UIkar Soyuz M

28 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

PROTONComprimento 57 mDiacircmetro 42 mPeso 707 toneladasEstaacutegios 3 ou 4Carga uacutetil LEO 20 toneladasCarga uacutetil GEO 55 toneladas

Descriccedilatildeo dos sistemasPrimeiro estaacutegio 450510 Kg 1067659 kgf Isp

316 segundos Tempo de Queima 124 segundos Isp(sl) 267 segundos N2O4UDMH Motores 6 RD- 253-11D48

Segundo estaacutegio 167828 Kg 244652 kgf Isp 327 segundos Tempo de Queima 206 segundos Isp(sl) 230 segundos N 2O 4U D M H Motores 4 RD-0210

Terceiro estaacutegio 50747 Kg 64 260 kgf Isp 325 segundos Tempo de Queima 238 segundos Isp(sl) 230 segundos N 2O 4U D M H Motores 1 RD-0212

Quarto estaacutegio 14000 Kg 8670 kgf Isp 352 segundos Tempo de Queima 570 segundos Lox Kerosene Motores1 RD-58M

HistoacutericoOs foguetes Proton comeccedilaram a ser utilizados

em 1965 Foi o primeiro foguete sovieacutetico que natildeo foi baseado num miacutessil baliacutestico intercontinental O Proton pode utilizar 3 ou 4 estaacutegios e foi utilizado para a maioria das missotildees espaciais sovieacuteticas como as estaccedilotildees Salyut Mir e sondas espaciais Versotildees de 4 estaacutegios satildeo utilizadas para colocar em oacuterbita sateacutelites geoestacionaacuterios

O primeiro estaacutegio do Proton tem 6 motores e possui empuxo de 2 mil toneladas O terceiro estaacutegio pode colocar em oacuterbita cargas de 20 toneladas

Fam iacuteliaUR-100 Monoblock UR-500 Polyblock UR-500

UR -200 Proton 8K82 Proton 8K82K11S824 Proton 8K82K UR-700 UR-70011D54 UR-700RD- 350 UR-700RO-31 UR-900 UR-700M Proton 8 K 8 2 K 1 1S 8 6 U R -5 0 0 M K Proton 8K 8 2K 11S824M U R -100N U R -530 Proton 8K82K 11S861 Proton 8K82K11S824F Rokot Proton 8K82K 11S861-01 Proton 8K82KDM 1 Proton 8K82KDM3 Strela Proton 8K82K17S40 Proton 8K82KDM2 Proton 8K82KDM4 Proton 8K82KM

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SPACE SHUTTLEComprimento 56 m Diacircmetro 87m Peso 2040 toneladas Estaacutegios 2()Carga uacutetil LEO 275 toneladas ()

Descriccedilatildeo dos sistemasFoguetes de combustiacutevel soacutelido 2 SRB 589670 kg

1174713 kgf Isp 269 segundos Tempo de Queima 124 segundos Isp(sl) 237 segundos Motores de Combustiacutevel Soacutelido 1 SRB

Tanque externo (Shuttle External Tank) 750975 kg 0 kgf Isp 455 segundos Tempo de Queima 480 segundos Isp(sl) 363 segundos LoxLH2 Motores 0

Ocircnibus Espacial Shuttle Orbiter Gross 99318 kg 696905 kgf Isp 455 segundos Tempo de Queima 480 segundos Isp(sl) 363 segundos Lox LH2 Motores 3 SSME

HistoacutericoO sistema do ocircnibus espacial eacute composto por 2

foguetes la tera is de com bustiacuteve l soacutelido denominados SRB (Solic Rocket Booster) que impulsionam a nave durante a fase inicial da subida Ao se esgotar o combustiacutevel satildeo ejetados e o Shuttle utiliza seus 3 motores SSME alimentados pelo imenso tanque de combustiacutevel de cor laranja para completar o resto da subida ateacute atingir a oacuterbita terrestre

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m 7 MASTRONAUTICA

NAVES ESPACIAIS

Veja a seguir a descriccedilatildeo das naves tripuladas utilizadas para chegar na ISS

SOYUZ TMAPeso 7250 Kg Comprimento 75 m Diacircmetro 27 m Aacuterea uacutetil 9 m3

Descriccedilatildeo dos sistemasAs Soyuz satildeo compostas por 3 moacutedulos O

moacutedulo de descida com capacidade para 3 cosmonautas tem 22 m de comprimento por 22 m de diacircmetro Pesa 3000 Kg e possui 4 m3 Possui paacutera-quedas para descida sistemas de telemetria e um periscoacutepio digital O pouso eacute amortecido por motores de combustiacutevel soacutelido utilizados no final da descida Os cosmonautas utilizam roupas pressurizadas na decolagem e descida O moacutedulo orbital tem 3 metros de comprimento por 23 metros de diacircmetro Tem 5 m3 e pesa 1300 Kg Nele estaacute

instalado o sistem a de rendez vous Kurs composto de 2 antenas aleacutem de 1 janela O m oacutedulo de serviccedilo pesa 2 9 5 0 Kg e tem comprimento de 23 m e diacircmetro de 21 m A Soyuz utiliza como fonte de energia paineacuteis solares de 10 m2 e consome em meacutedia 060 Kw

HistoacutericoDesenvolvidas nos anos 60 as Soyuz foram

criadas para fazer viagens da Terra para a Lua mas acabaram sendo utilizadas para levar cosmonautas para as estaccedilotildees espaciais Salyut e Mir Satildeo utilizadas atualm ente para levar cosm onautas para a estaccedilatildeo espac ia l internacional Uma versatildeo natildeo tripulada da Soyuz denominada Progress eacute utilizada desde os anos 70 para reabastecer as estaccedilotildees espaciais russas

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ltCOltcopy

SPACE SHUTTLEPeso Total 104328 kg Comprimento 372 m Envergadura 238 m Aacuterea uacutetil 72 m3T ripulaccedilatildeo 8 astronautas com tempo em oacuterbita 16 dias Combustiacutevel 21600 Kg Carga 21190 KgPeso do escudo teacutermico18500 Kg Sistema eleacutetrico baterias combustiacuteveis

Descriccedilatildeo dos sistemasOs ocircnibus espaciais foram produzidos para

transportar astronautas para o espaccedilo e lanccedilar ou reparar sateacutelites Seus primeiros estudos

foram nos anos 70 e o primeiro a ser construiacutedo o E n te rp rise nunca foi lan ccedilad o Foram construiacutedas 5 naves a prim eira cham ada Coluacutembia fez seu vocirco inaugural em 12 de abril de 1981 e foi destruiacutedo durante o retorno a Terra em fe v e re iro de 2 0 0 3 D epo is v ie ram a Challenger destruiacutedo em 1986 Discovery Atlantis e o Endeavour construiacutedo para substituir o Challenger Em 1995 o Discovery foi o primeiro ocircnibus espacial a acoplar com uma estaccedilatildeo espacial ao unir-se agrave estaccedilatildeo Mir Foram feitas 9 missotildees durante 3 anos no projeto conjunto Shuttle-Mir Atualmente transportam peccedilas e tr ip u la ccedil otilde e s para a E s taccedil atildeo E s p ac ia l Internacional

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m 7 MASTRONAUTICA

PROGRESS_MAs Progress possuem formato idecircntico agraves naves

Soyuz Possuem 7 metros de comprimento 27 metros de diacircmetro peso de 72 toneladas e uma aacuterea destinada aos suprimentos de 76 metros cuacutebicos Possui 2 paineacuteis solares com 10 metros quadrados de aacuterea que geram 13 KW de forccedila

As Progress levam suprim entos para aproximadamente 2 meses para uma tripulaccedilatildeo de

ateacute 3 cosmonautas Sateacutelites cargueiros satildeo na verdade versotildees natildeo tripuladas das naves Soyuz Foram fabricadas para reabastecer as estaccedilotildees esp ac ia is S a lyu t posterio rm ente a Mir e atualmente a ISS As Progress M aleacutem de terem uma carga uacutetil maior que sua antecessora podem transportar uma caacutepsula recuperaacutevel chamada Raduga que permite transportar de volta para a Terra experimentos feitos nas estaccedilotildees espaciais

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DA TERRA PARA O INFINITO

Para chegar da Terra ateacute a estaccedilatildeo espacial por enquanto existem dois centros espaciais o de Baikonur no Casaquistatildeo localizado na Aacutesia Central e o de Cabo Canaveral localizado na Floacuterida nos Estados Unidos Veremos um pouco da histoacuteria de cada um deles a seguir

Cabo CanaveralLatitude 2845 N Longitude 8053 WIniacutecio de operaccedilatildeo 1949

Cabo Canaveral eacute a maior e mais importante base espacial dos Estados Unidos Foi dela que partiram as missotildees lunares Apollo O Cabo Canaveral eacute utilizado para todos os lanccedilamentos tripulados Tambeacutem eacute utilizado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos

A escolha da base de lanccedilamentos foi feita em 11 de maio de 1949 Uma seacuterie de estaccedilotildees de rastream en to foi ins ta lada nas B aham as Oficialmente a base de Cabo Canaveral entrou em funcionamento em 01 de outubro de 1949 Os primeiros lanccedilamentos de foguetes (V2 modificadas

do tipo Bumper) foram feitos em julho de 1950 Durante os anos 60 foram construiacutedas imensas instalaccedilotildees e plataformas para o programa lunar Apollo Nos anos 70 estas instalaccedilotildees foram aproveitadas para o programa do ocircnibus espacial A primeira vez que a base foi aberta ao puacuteblico foi em 19 de maio de 1961 Os primeiros testes do ocircnibus espacial foram feitos em 23 de julho de 1979 utilizando-se o ocircnibus espacial Enterprise (OV- 101)Os lanccedilamentos satildeo feitos com inclinaccedilatildeo miacutenima de 28 graus e maacutexima de 57 graus Existem plataformas para lanccedilar o Ocircnibus Espacial e foguetes Atlas Delta e Titan As principais plataformas satildeo as 39A e 39B utilizadas pelos imensos foguetes lunares Saturn V e atualmente utilizadas pelo ocircnibus espacial

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BaikonurLatitude 4563 N Longitude 6326 EIniacutecio de Operaccedilatildeo 1955

Localizado no Casaquistatildeo Baikonur eacute o maior cosmoacutedromo utilizado pela Ruacutessia para a maioria dos lanccedilamentos e por todos os lanccedilamentos tripulados

O cosmoacutedromo ocupa uma aacuterea aproximada de 7360 quilocircmetros quadrados numa aacuterea proacutexima ao rio Syr Darya na regiatildeo de Kyzl-Orda Oblast no Casaquistatildeo a 380 quilocircmetros da velha cidade de Baikonur O Cosmoacutedromo fica proacutexima do velho vilarejo de Tyuratam e da cidade de Zarya que foi rebatizada como Leninsk em 1958 e rebatizada como Baikonur em 1996

Inicialmente conhecido como Tashkent-50 a constuccedilatildeo foi iniciada em 12 de janeiro de 1955 Os construtores se referiam ao Cosmoacutedromo como Zvezdograd durante a eacutepoca da construccedilatildeo A cidade de Leninsk teve sua populaccedilatildeo ampliada de 50000 habitantes em 1975 para 75000 habitantes em 1990 A aprovaccedilatildeo para a construccedilatildeo do Cosmoacutedromo foi atraveacutes do Decreto do Conselho de Ministros da Uniatildeo Sovieacutetica nuacutemero 2 82 -181 no qual o complexo era chamado de Aacuterea de Teste nuacutemero 5 O primeiro lanccedilamento feito em Baikonur foi o de um foguete baliacutestico SS-6 em 15 de maio de 1957 mas o lanccedilamento falhou O primeiro lanccedilamento bem sucedido foi em 03 de agosto de 1957 Baikonur eacute comparado ao centro de lanccedilamentos de Cabo Canaveral na

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Floacuterida Estados Unidos devido a importacircncia e tam an h o mas o com plexo de B aikonur eacute consideravelmente mais extenso

O cosm oacutedrom o possui 9 com plexos de lanccedilamento incluindo 15 plataformas para os foguetes do tipo Soyuz Molniya Zenith Rockot Proton entre outros Aleacutem disso tem 11 linhas de

montagem e revisatildeo de sateacutelites e espaccedilonaves 3 pontos de abastecimento de combustiacutevel centro meacutedico para cosmonautas 2 aeroportos de grande porte plantas de nitrogecircnio oxigecircnio e gaacutes sistemas de abastecimento de energia eleacutetrica e aacutegua e para concluir um grande sistema de estradas e de vias ferroviaacuterias iJ

Daniel Sanchez Bins eacute o autor do site Cosmonaacuteutica dedicado ao programa espacial russo e usuaacuterio e colaborador da Espacialcomhttpwwwcosmonauticacjbnet

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Participe apoie divulgue o siteWWWCOMITEMARCOSPONTESCJBNET

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CAMPANHA NACIONAL DE APOIO AO 1D VOcircO ORBITAL DO ASTRONAUTA BRASILEIRO EA CONTINUIDADE DO BRASIL

NO PROJETO DA ESTACcedilAtildeO ESPACIAL INTERNACIONAL

A campanha ldquoSim eu quero vero verdee

amarelo no espaccedilordquo lanccedilada pelo Comitecirc

Marcos Pontes tem o objetivo de apoiar a

Agecircncia Espacial Brasileira na viabilizaccedilatildeo

do primeiro vocirco orbital do nosso astronauta

atraveacutes da continuidade da participaccedilatildeo

brasileira no projeto da Estaccedilatildeo Espacial

Internacional (EEI)

Para isso conta com a colaboraccedilatildeo da

populaccedilatildeo brasileira que pode manifestar

mobilizaccedilatildeo em prol da campanha assinando

um abaixo-assinado no site

wwwcomitemarcospontescjbnet

Decirc sua contribuiccedilatildeo Vamos apoiar o Brasil nesse projeto que traz oportunidades uacutenicas de estar agrave frente em experimentos e tecnologia de ponta

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copy N

AS

A

revista

PLANETOLOGIA

Planetas Extrasolares

Detecccedilatildeo Dinacircmica amp Origem

W alkiria Schulz | Revista macroCOSMOcomwschulzcettconaegovar

Cristiaacuten Beaugeacute | Colaboradorbeaugeoacuncoredu

Quantas vezes olhamos para o ceacuteu e nos perguntamos se estamos sozinhos neste Universo Quais satildeo as chances reais de existir outra civilizaccedilatildeo Para responder a estas e outras perguntas os astrocircnomos estatildeo se dedicando a uma nova aacuterea de pesquisa a Mecacircnica de Planetas Extrasolares A ideacuteia eacute desenvolver novas tecnologias capazes de detectar planetas eou sistemas planetaacuterios em outras estrelas e a partir daiacute estudar as caracteriacutesticas que possam representar condiccedilotildees ambientais de presenccedila de vida

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PLANETOLOGIA

A descoberta de planetas fora do nosso Sistema Solar eacute um fato recente Ateacute cerca de 10 anos atraacutes noacutes natildeo dispunhamos de instrumentos sensiacuteveis o suficiente para detectar corpos tatildeo pequenos distantes e pouco luminosos Foi necessaacuterio desenvolver aparelhos de detecccedilatildeo com uma precisatildeo jamais vista e anexaacute-los a telescoacutepios dedicados a este tipo de investigaccedilatildeo

Aleacutem de vislum brar a possibilidade de natildeo estarmos sozinhos os planetas extrasolares tambeacutem representam uma oportunidade para a M ecacircnica Celeste de estudar sistem as com dinacircmicas diferentes das encontradas no Sistema Solar Estes estudos podem vir a ser fontes de corroboraccedilatildeo de teorias cosmogocircnicas atuais que foram desenvolvidas baseando-se no conhecimento de um uacutenico sistema planetaacuterio o nosso

Ao comeccedilar a encontrar planetas extrasolares a primeira pergunta que surgiu foi estes novos objetos satildeo compatiacuteveis com as nossas ideacuteias de formaccedilatildeo planetaacuteria Para entender um pouco melhor esta questatildeo vamos comeccedilar falando sobre o que se sabe a respeito do nosso Sistema Solar

Teorias de Formaccedilatildeo do Sistema Solar

Existem trecircs formas de construir um modelo para explicar como se formou o Sistema Solar

1 A partir de modelos de formaccedilatildeo estelar extrapolando para a frente

2 A partir da estrutura atual do nosso Sistema Solar extrapolando para traacutes

3 Analisando e comparando as caracteriacutesticas de outros sistemas planetaacuterios em etapas distintas de evoluccedilatildeo

Na verdade todas estas possibilidades satildeo complementares e as informaccedilotildees provenientes de cada uma devem ser coerentes entre si

Modelos Comeccedilamos com uma nuvem proto- estelar similar agraves observadas na nebulosa de Oacuterion A interaccedilatildeo entre a contraccedilatildeo e a rotaccedilatildeo desta nuvem de material provocou um colapso que resultou em uma estrutura achatada onde a maioria da massa se encontrava no centro (proto-sol) enquanto o resto formava um disco ao redor

Dentro desta nuvem existiam dois componentes gaacutes (aproximadamente 96) e material soacutelido (4) A pressatildeo interna mantinha o equilibrio hidrostaacutetico do gaacutes mas natildeo das partiacuteculas soacutelidas que sofriam fricccedilatildeo com o gaacutes caindo no plano da nuvem e mais perto do proto-sol Como resultado deste processo o disco se dividiu em uma nebulosa gasosa exterior (formada de elementos como hidrogecircnio heacutelio e nitrogecircnio) e um disco compacto interno composto de partiacuteculas soacutelidas de mais ou menos 1 cm de raio (com elementos tais como carbono niacutequel e ferro)

A partir deste ponto existem duas possibilidades para a evoluccedilatildeo destas partiacuteculas ateacute planetesimais de raios entre 10 e 100 m No primeiro caso o conjunto de pequenas partiacuteculas continua caindo em direccedilatildeo ao plano ateacute formar um disco tatildeo denso que torna-se gravitacionalmente instaacutevel provocando um colapso do material em planetesimais maiores A segunda possibilidade sugere um processo mais lento onde a formaccedilatildeo de corpos maiores deu-se por colisotildees entre as partiacuteculas pequenas No entanto ambas teorias tecircm problemas e ainda natildeo

P R O T O -S O L (~ 9 9 M A S S A )

Formaccedilatildeo de um sistema planetaacuterio a partir de uma nebulosa primordial

N E B U L O S A P R IM O R D IA L (~ 1 M A S S A )

ocopy

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possuimos um bom modelo para explicar a transiccedilatildeo entre partiacutecu las de 1 cm e planetesim ais de 100 m de raio Este problema eacute conhecido em Inglecircs como o Meter Size Hurdle ou o obstaacuteculo do tamanho de um metro em uma traduccedilatildeo literal

No entanto in d ep en d en tem en te do mecanismo que produziu estes objetos a partir de uma populaccedilatildeo de planetesimais com raios entre 10 e 100 m sabe-se que a evoluccedilatildeo do disco rochoso se deu atraveacutes da com binaccedilatildeo entre gravitaccedilatildeo muacutetua e colisotildees Os corpos do nosso Sistema Solar apresentam uma seacuterie de evidecircncias destas colisotildees como fragmentaccedilotildees e crateras No entanto se a velocidade relativa entre os corpos eacute suficientemente pequena as colisotildees datildeo origem a um processo construtivo conhecido como acreccedilatildeo que eacute o mecanismo baacutesico de formaccedilatildeo planetaacuteria

A princiacutepio o processo de acreccedilatildeo soacute funciona para corpos soacutelidos e natildeo para o gaacutes No entanto e considerando que a temperatura do gaacutes decai com a distacircncia ao Sol existe um valor criacutetico desta distacircncia tal que a tem peratura do gaacutes seja suficientemente baixa para que a componente volaacutetil da nuvem condense Esta distacircncia criacutetica eacute conhecida como a ldquolinha do gelordquo e corresponde a aproximadamente 4 ou 5 UA Portanto aleacutem deste valor os elementos quimicos leves (eg HHeN)

Crateras na Lua evidecircncias de um periacuteodo decolisotildees

tambeacutem participaram do processo de acreccedilatildeo e deram origem a planetas ricos em elementos leves os chamados planetas Gigantes (Juacutepiter Saturno Urano e Netuno) Enquanto isso na regiatildeo mais proacutexima da proto-estrela os planetesimais jaacute apresentavam raios da ordem de 100 km e eram embriotildees planetaacuterios

Entre 6 e 10 milhotildees de anos de evoluccedilatildeo do sistema o proto-Sol entrou em uma fase conhecida como T-Tauri na qual a nuvem de gaacutes remanescente comeccedilou a se dissipar Assim as etapas finais de formaccedilatildeo dos planetas terrestres continuaram em um cenaacuterio praticamente livre de gaacutes A presenccedila do recentemente formado Juacutepiter tambeacutem afetou

SOLCOLISOES ENTRE OS EMBRIOtildeES PLANETAacuteRIOS

Juacutepiter

1

y -----

ACRECcedilAtildeO

y ------------

FRAGMENTACcedilAO

SOL Mercuacuterio Vecircnus Terra Marte Asteroides Juacutepiter ltgt

ocopy

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PLANETOLOGIA

esta formaccedilatildeo planetaacuteria invertendo o proceso de acreccedilatildeo e provocando fragmentaccedilotildees nos embriotildees planetaacuterios que encontravam-se perto do planeta gigante Esta fragm entaccedilatildeo deu origem aos asteroacuteides que hoje encontramos entre as oacuterbitas de Marte e Juacutepiter Nos 100 milhotildees de anos seguintes os planetas terrestres se formaram

Em forma muito resumida este eacute o modelo cosmogocircnico mais aceito atualmente Ele consegue explicar a existecircncia de planetas gigantes e terrestres a localizaccedilatildeo dos planetas gigantes aleacutem de 4-5 UA oacuterbitas praticamente coplanares e circulares a presenccedila de asteroacuteides e objetos do cinturatildeo de Kuiper e a existecircncia de aneacuteis e sateacutelites No entanto existem alguns problemas Talvez o principal deles seja a impossibilidade de formar Urano e Netuno antes da dissipaccedilatildeo da nuvem de gaacutes Devido agrave baixa densidade de partiacuteculas soacutelidas e gaacutes na parte externa da nuvem o processo de acreccedilatildeo necessitaria tempos maiores que a idade do Sistema Solar A suposiccedilatildeo de que a nuvem primordial fosse mais massiva eacute pouco provaacutevel jaacute que seria necessaacuterio algum mecanismo para eliminar a massa restante depois da formaccedilatildeo dos planetas e natildeo conhecemos nenhum que seja eficiente neste sentido Uma outra alternativa para Urano e Netuno seria que os planetas gigantes natildeo se formaram por acreccedilatildeo e sim por instabilidade gravitacional do gaacutes Simulaccedilotildees com esta teoria levam a condiccedilotildees planetaacuterias diferentes das que encontramos nos planetas atuais A composiccedilatildeo quiacutemica de Saturno por exemplo eacute incompatiacutevel com os resultados das simulaccedilotildees Explicar as origens dos sistem as planetaacuterios eacute um dos problem as cientiacuteficos mais im portantes da atualidade (NASA 2003)

Dinacircmica Outra forma de estudar nosso Sistema Solar eacute atraveacutes de sua dinacircmica em particular sua estabilidade orbital Por estabilidade se entende que com o passar do tempo as oacuterbitas dos corpos maiores permanecem quase-circulares quase- planares e natildeo existe a possibilidade dos planetas se chocarem Procuramos indiacutecios de estabilidade orbital para tentar explicar a configuraccedilatildeo atual dos planetas e prever seu futuro

Na deacutecada de 90 foram realizadas vaacuterias simulaccedilotildees em computador da evoluccedilatildeo das oacuterbitas de todos os planetas por tempos da ordem da idade do Sistema Solar (Laskar 1994) A ideacuteia era corroborar que as oacuterbitas nuncam se cruzam No

ESTAacuteVEL

INSTAacuteVEL

Oacuterbitas estaacuteveis e instaacuteveis

entanto foi encontrado que existe a possibilidade de que em aproximadamente 36 bilhotildees de anos Mercuacuterio cruze a oacuterbita de Vecircnus Se natildeo houver um mecanismo de proteccedilatildeo natural eacute possiacutevel que os planetas se choquem e como consequumlecircncia a oacuterbita de Vecircnus sofreria grandes mudanccedilas podendo inclusive chocar-se com a Terra Embora estes resultados possam depender da modelagem utilizada sua conclusatildeo mais importante eacute que o Sistema Solar interno pode natildeo ser estaacutevel para sempre embora o seja por periacuteodos de tempo da ordem de 4 bilhotildees de anos

Seja o que for que aconteccedila daqui a 4 bilhotildees de anos o Sistema Solar eacute um dos sistemas dinacircmicos mais estaacuteveis que se conhece no Universo Sendo assim como eacute possiacutevel que um processo de formaccedilatildeo caoacutetico e colisional tatildeo sensiacutevel agraves condiccedilotildees iniciais decirc origem a um sistem a planetaacuterio tatildeo estaacutevel Apoacutes muitos anos realizando

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PLANETOLOGIA

simulaccedilotildees da uacuteltima etapa da formaccedilatildeo planetaacuteria sem conseguir obter nenhum Sistema Solar sinteacutetico que reproduza o nuacutemero correto de planetas nem sua estabilidade chegou-se agrave conclusatildeo de que as posiccedilotildees atuais dos planetas devem ter sido ldquodefinidasrdquo nas primeiras etapas do processo de acreccedilatildeo O problema eacute que realizar estudos destas etapas eacute tecn icam ente com plexo jaacute que eacute necessaacuterio simular a evoluccedilatildeo de milhotildees de partiacuteculas planetesimais por gravitaccedilatildeo e por colisotildees por periacuteodos de tempo muito grandes Os computadores de uso geral natildeo possuem velocidade de caacutelculo suficiente para realizar estas simulaccedilotildees A soluccedilatildeo foi construir super-com putadores especiacuteficos que pudessem ser utilizados para as simulaccedilotildees de formaccedilatildeo planetaacuteria O projeto japonecircs G R A PE tomou esta tarefa para si e desenvolveu um super-computador equivalente a 1 milhatildeo de PCs de hoje com capacidade de realizar simulaccedilotildees que levariam 2 anos em apenas 1 minuto

Entre os resultados preliminares do projeto GRAPE se destaca a conclusatildeo de que a interaccedilatildeo entre colisotildees e a dinacircmica de muitos planetesimais cria um fenocircmeno conhecido como repulsatildeo de em briotildees planetaacuterios Segundo esta teoria se a distacircncia entre dois proto-planetas eacute maior que um certo valor criacutetico d os dois corpos crescem por acreccedilatildeo alimentando-se dos planetesimais ao redor sem variar sua posiccedilatildeo relativa No entanto se a distacircncia inicial entre os dois proto-planetas eacute menor que aquele valor criacutetico os corpos se repelem e se afastam ateacute que a distacircncia entre eles seja maior que d Este processo suave e determiniacutestico poderia explicar a quantidade correta de planetas que encontramos hoje em oacuterbitas dinam icamente estaacuteveis

Resum indo embora ainda existam problemas natildeo resolvidos (Meter Size Hurdle formaccedilatildeo de Urano e Netuno) atualmente dispomos de um modelo de formaccedilatildeo planetaacuteria baseado em um processo de acreccedilatildeo de corpos soacutelidos que consegue reproduzir a maioria das caracteriacutesticas do nosso Sistema Solar Seraacute que o mesmo processo aconteceu em todos os sistemas planetaacuterios ou soacute aqui Natildeo existe garantia de que todos os planetas se formaram seguindo as mesmas condiccedilotildees mas a possibilidade de avaliar o que acontece em outras regiotildees do Universo abre toda uma nova perspectiva para a Mecacircnica Celeste

Os Planetas Extrasolares Conhecidos ldquo Zoologiardquo e Detecccedilatildeo

Em 1995 os astrocircnomos Michel Mayor e Didier Queloz do Observatoacuterio de Genebra descobriram o primeiro planeta extrasolar ao redor de uma estrela do tipo sequecircncia principal A estrela eacute 51 Pegasi (G2 distacircncia agrave Terra = 147 pc) e o planeta tem uma massa aproximadamente igual agrave metade da massa de Juacutepiter

No ano seguinte os americanos Geoffrey Marcy e Paul Butler descobriram mais dois planetas O primeiro orbita a estrela 70 Virgo (G5 distacircncia agrave Terra = 181 pc) e parece ter mais de 7 vezes a massa do nosso planeta gigante O segundo estaacute ao redor de 47 Uma (G0 distacircncia agrave Terra = 141 pc) e tem 25 vezes a massa de Juacutepiter

A populaccedilatildeo atual de planetas aleacutem do nosso Sistema Solar contabiliza ao redor de 160 objetos todos com massas inferiores a 18 vezes a massa de Juacutepiter Entre os casos mais interessantes encontram-se 15 sistemas planetaacuterios

- 12 sistemas com 2 planetas- 2 sistemas com 3 planetas (Ups And e GJ876)- 1 sistema com 4 planetas (55 Cnc)Curiosamente tambeacutem foram encontrados vaacuterios

planetas orbitando estrelas binaacuterias Entre eles podemos mencionar 16 Cyg B t Boo e y Cephei B

Nuacutemero de planetas extrasolares descobertos ateacute maio de 2005 copy Cristiaacuten Beaugeacute

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Recentemente foi descoberto um planeta orbitando uma estrela pertencente a um sistema estelar triplo

P ra ticam en te todos os p lanetas extrasolares conhecidos foram detectados por tracircnsito ou variaccedilatildeo da velocidade radial da estrela (Doppler) Existem outros meacutetodos de detecccedilatildeo que exigem configuraccedilotildees especiais de posiccedilotildees relativas mais dificieis de encontrar (por exemplo microlentes)

Eacute importante ter em conta que os planetas extrasolares tambeacutem conhecidos como exoplanetas satildeo objetos de luminosidade muito baixa Um planeta como Juacutepiter possui uma luminosidade equivalente a 10-9 da luminosidade do Sol Ou seja os exoplanetas natildeo satildeo observados diretamente A exceccedilatildeo eacute GQ Lupi observado com o Very Large Telescope - VLT

No entanto eacute possiacutevel perceber quando os planetas passam em frente ao disco da estrela Este eacute o meacutetodo de detecccedilatildeo via tracircnsito que permite medir o periacuteodo orbital (consequumlentemente o semi- eixo maior) e o raio do planeta As limitaccedilotildees deste meacutetodo incluem soacute eacute possiacutevel observar objetos em oacuterbitas a 90o com a esfera celeste eacute mais faacutecil detectar planetas gigantes e em oacuterbitas muito proacuteximas da estrela eacute muito difiacutecil (embora natildeo seja impossiacutevel) detectar mais de um objeto e este meacutetodo natildeo oferece dados sobre a excentricidade orbital

Existem vaacuterios projetos preocupados com a detecccedilatildeo de exoplanetas via tracircnsito e eacute muito

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GQ Lupi

provaacutevel que em um futuro proacuteximo a maioria dos planetas extrasolares seja descoberta por este meacutetodo Entre estes projetos um particularmente importante para o Brasil eacute o COROT Trata-se de um sateacutelite projetado pela CNES (Franccedila) com participaccedilatildeo de paiacuteses como Alemanha Auacutestria Beacutelgica Brasil e Espanha Com lanccedilamento previsto para junho de 2006 este sateacutelite levaraacute ao espaccedilo um telescoacutepio de 30 cm de diacircmetro Seu objetivo seraacute estudar Sismologia Estelar e Exoplanetas e para tanto a n a liza raacute as curvas de luz de aproximadamente 12 mil estrelas com magnitudes menores que 155 A populaccedilatildeo de estrelas a ser estudada ainda estaacute sendo definida pela comunidade cientiacutefica

Mesmo sendo invisiacuteveis os planetas extrasolares podem ser suficientemente massivos para provocar movimentos na estrela que possam ser detectados daqui da Terra Os meacutetodos de detecccedilatildeo indireta

se aproveitam do fato de que devido agrave presenccedila de um ou mais planetas a estrela se move ao redor do centro de massa do sistema

Embora natildeo possamos observar o planeta podemos deduzir suas massa e oacuterbita atraveacutes da mediccedilatildeo do movimento proacuteprio da estrela Observando as variaccedilotildees perioacutedicas na velocidade radial da estrela por efeito Doppler podemos estimar a velocidade orbital No entanto a velocidade medida por Doppler natildeo eacute a velocidade total e sim sua projeccedilatildeo sobre a linha que une a estrela ao observador Esta limitaccedilatildeo de medida provoca uma grande imprecisatildeo sobre as estimativas pois natildeo se conhece a inclinaccedilatildeo orbital em relaccedilatildeo agrave linha de visada

Sateacutelite COROT

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PLANETOLOGIA

Graacutefico dos planetas extrasolares detectados em unidades de massa de Juacutepiter por semi-eixo maior(J corresponde a Juacutepiter e S a Saturno) copy Cristiaacuten Beaugeacute

foi similar ao dos nossos planetas Segundo esta teoria apoacutes a formaccedilatildeo existiu um processo de Migraccedilatildeo Planetaacuteria que levou os corpos ateacute a sua localizaccedilatildeo atual com oacuterbitas muito excecircntricas No entanto para que esta hipoacutetese tenha sentido necessitamos uma evidecircncia dinacircmica de migraccedilatildeo e um mecanismo para tornaacute-la efetiva

Origem dos Planetas Extrasolares Hipoacutetese da Migraccedilatildeo

Com o objetivo de explicar os pequenos valores de semi-eixo maior e as altas excentricidades surge a Hipoacutetese da Migraccedilatildeo Existem trecircs propostas de mecacircnismos para explicar a migraccedilatildeo dos planetas ateacute suas posiccedilotildees atuais scattering planetaacuterio interaccedilatildeo com o disco de planetesimais e interaccedilatildeo com o disco de gaacutes

Scattering planetaacuterio No prim eiro caso imaginemos um cenaacuterio onde dois planetas gigantes encontram-se ao redor de uma estrela em oacuterbitas

As limitaccedilotildees dos meacutetodos de detecccedilatildeo de planetas extrasolares provocam uma espeacutecie de seleccedilatildeo natural sobre os objetos que conseguimos ver Assim a maioria dos exoplanetas apresenta grandes massas localiza-se perto das estrelas e tem oacuterbitas muito excecircntricas

O problema neste caso nem eacute tanto pela pouca quantidade de planetas tipo Juacutepiter ou Saturno encontrados (receacutem estamos em condiccedilotildees de observaacute-los) mas que a maioria dos exoplanetas descobertos tem c a ra c te riacutes tic as que consideraacutevamos impossiacuteveis de existir quando soacute conheciacuteamos o nosso sistema Temos planetas gigantes em oacuterbitas de planetas terrestres Temos excentricidades tatildeo altas quanto as de estrelas binaacuterias Como explicaacute-los

Existem duas escolas ou linhas de pesquisa Uma acredita que estes planetas foram formados por mecanismos diferentes dos do nosso Sistema Solar por exemplo via instabilidade gravitacional Esta linha eacute defendida principalmente por astrofiacutesicos estelares A segunda escola composta na maioria por dinacircmicos acredita que o processo de formaccedilatildeo

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PLANETOLOGIA

coplanares e com excentricidades pequenas Se estes planetas natildeo sofrem encontros proacuteximos entre si podemos supor que exista uma espeacutecie de acoplamento entre as suas excentricidades Isto significa que um planeta influenciacutea o outro de tal forma que se a excentricidade de um aumenta a do outro diminui O acoplamento e-e funciona como um mecanismo de proteccedilatildeo evitando encontros proacuteximos entre os planetas a menos que os semi- eixos sejam muito parecidos No caso em que os semi-eixos satildeo similares a interaccedilatildeo gravitacional eacute tatildeo forte que o acoplamento e-e natildeo consegue evitar encontros proacuteximos e podem ocorrer colisotildees com acreccedilatildeo de ambos planetas ou o scattering que significa a ejeccedilatildeo de um dos planetas Com o scattering o planeta que natildeo eacute ejetado do sistema se aproxima da estrela (diminuindo seu semi-eixo) e sua excentricidade aum enta Embora este mecanismo possa funcionar em casos isolados natildeo eacute geral o suficiente para explicar a migraccedilatildeo de tantos exoplanetas

Interaccedilatildeo com o disco de planetesimais Estemecanismo foi inicialmente proposto para explicar a migraccedilatildeo no nosso Sistema Solar Segundo esta teoria as interaccedilotildees gravitacionais entre os planetas gigantes (Juacutepiter Saturno Urano Netuno) e o disco de planetesimais remanescentes provocaram a ejeccedilatildeo final destes planetesimais para o cinturatildeo de Kuiper Como consequumlecircncia o semi-eixo maior de Juacutepiter diminuiu enquanto os semi-eixos de Saturno Urano e Netuno aumentaram Portanto os locais de formaccedilatildeo dos planetas teriacuteam sido diferentes dos atuais Os problemas com esta teoria satildeo numeacutericos Para que um exoplaneta migrasse de 4 ou 5 UA para perto da estrela a massa do disco primordial deveriacutea haver sido da ordem de 1 massa solar Aleacutem deste disco ser altamente instaacutevel este mecanismo de migraccedilatildeo natildeo explica as a ltas excen tric id ad es encontradas nos exoplanetas

Interaccedilatildeo com o disco de gaacutes No final dadeacutecada de 70 os astrocircnomos Peter Goldreich e Scott Trem aine analizaram a interaccedilatildeo entre planetas gasosos e um disco massivo de gaacutes (G oldreich e Trem aine 1979 e 1980) Eles encontraram que se essa interaccedilatildeo fosse muito forte a troca de energia e momento angular resultante poderia causar uma diminuiccedilatildeo draacutestica nos semi-eixos dos planetas Ao natildeo existir evidecircncia

de tal migraccedilatildeo planetaacuteria em nosso Sistema Solar esta teoria caiacuteu em descreacutedito No entanto a descoberta de outros sistemas planetaacuterios provocou o renascimento desta hipoacutetese de migraccedilatildeo e hoje ela eacute a preferida entre os cientistas que se dedicam a estudar os exoplanetas

O problema eacute que este tipo de migraccedilatildeo eacute muito raacutepida Ao causar uma migraccedilatildeo durante o processo de acreccedilatildeo dos planetas natildeo haveria tempo suficiente para completar a formaccedilatildeo antes destes caiacuterem na estrela A soluccedilatildeo encontrada para este problema foi propor um comportamento diferenciado Segundo este a migraccedilatildeo muda quando a massa do planeta eacute superior a 30 massas terrestres pois forma-se um buraco no disco que modifica a velocidade da migraccedilatildeo

A pergunta seguinte seriacutea e como freiar esta migraccedilatildeo Embora nenhuma resposta elegante tenha surgido nos uacuteltimos tempos umas das possibilidades em estudo eacute a de que natildeo haacute freio possiacutevel e o que estamos observando satildeo os Uranos e Netunos que ainda natildeo foram engolidos por suas estrelas

Concluiacutendo dadas as hipoacuteteses de formaccedilatildeo e os sistemas conhecidos hoje em dia podemos dizer que as oacuterbitas dos exoplanetas detectados natildeo satildeo compatiacuteveis com o processo de formaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do nosso Sistema Solar Por que O nosso sistem a eacute especial Ou soacute estam os detectando objetos viciados devido agraves nossas limitaccedilotildees instrumentais Parece que a descoberta de outros sistemas planetaacuterios abriu uma ldquocaixa de Pandorardquo trazendo mais perguntas que respostas

Juacutepiteres Quentes Binaacuterias e Outros Bichosrdquo (Planetas Habitaacuteveis)

Entre a ldquofaunardquo de objetos descobertos ao redor de outras estrelas alguns se destacam por caracteriacutesticas natildeo esperadas Se a nossa motivaccedilatildeo inicial era procurar planetas gecircmeos da Terra para averiguar se estamos ou natildeo sozinhos neste Universo qual natildeo foi a nossa surpresa ao perceber que muitos exoplanetas satildeo mundos jamais imaginados se quer por escritores de ficccedilatildeo cientiacutefica

Juacutepiteres Quentes Os primeiros objetos a surpreender os observadores terrestres foram os

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PLANETOLOGIA

entatildeo batizados Hot Jupiters ou Juacutepiteres Quentes em uma traduccedilatildeo literal Tratam-se de exoplanetas massivos muito proacuteximos da estrela (semi-eixo maior lt 01 UA) Segundo dados obtidos por Doppler estes corpos estariam em oacuterbitas quase circulares (excentricidade aproximadamente igual a zero) Uma combinaccedilatildeo de observaccedilotildees por Doppler e por tracircnsito indica que o raio destes planetas eacute muito maior que o esperado e existem evidecircncias de que estes estariam sendo aquecidos pela estrela Modelos atmosfeacutericos indicam que alguns dos Juacutepiteres Quentes mais proacuteximos de suas estrelas (semi-eixo maior lt 001 UA) podem estar sofrendo evaporaccedilatildeo de sua componente gasosa

Eacute praticamente impossiacutevel explicar a formaccedilatildeo in situ destes objetos A hipoacutetese de migraccedilatildeo eacute a melhor candidata mas eacute atraveacutes do estudo da dinacircmica destes corpos que se espera encontrar mais respostas A proximidade entre a estrela e um planeta tipo Juacutepiter Quente faz com que estes natildeo possam ser assumidos como massas puntuais Assim o estudo destes s istem as tem que considerar efeitos de mareacute como no conjunto Terra- Lua Estrelas do tipo solar tecircm velocidades de

rotaccedilatildeo da ordem de 27 dias Esta velocidade combinada com distacircncias menores que 017 UA sugerem que estes exoplanetas deveriam estar caindo em direccedilatildeo ao centro de massa do sistema As estimativas satildeo muito dependentes da estrutura interna das estrelas mas os caacutelculos atuais prevecircm um tempo de aproximadamente 100 milhotildees de anos para que as estrelas ldquoengulamrdquo seus planetas do tipo Juacutepiteres Quentes

Planetas em Estrelas Binaacuterias Atualmente se conhecem trecircs sistemas estelares binaacuterios (com distacircncia entre as estrelas lt 20 UA) com pelo menos um planeta gigante acoplado Em todos os casos os planetas se encontram proacuteximos agraves estrelas mais massivas de forma que natildeo existem problemas de estabilidade No entanto natildeo se sabe ainda como explicar a formaccedilatildeo destes objetos

Mais surpreendente ainda foi a detecccedilatildeo de um planeta orbitando uma estrela pertencente a um conjunto triplo Esta descoberta eacute tatildeo recente que os dados a respeito deste objeto ainda estatildeo sendo discutidos

Estima-se que aproximadamente metade das estrelas conhecidas sejam binaacuterias Uma vez que

Ilustraccedilatildeo de um planeta recentemente descoberto orbitando a Estrela 55 cancri

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algumas possuem planetas gigantes possiacuteveis de serem detectados nos perguntamos se podem exitir planetas do tipo terrestres ao redor das companheiras Esta pergunta nos leva ao objetivo final deste artigo a busca de planetas habitaacuteveis

Planetas Habitaacuteveis Existem duas questotildees- chaves quando comeccedilamos a falar neste assunto

1 Sob que condiccedilotildees uma estrela pode possuir um planeta habitaacutevel

2 Sob que condiccedilotildees um planeta pode ser habitaacutevel

Eacute necessaacuterio ter em conta que o criteacuterio de ldquohabitabilidaderdquo eacute completamente baseado no nosso conceito geocecircntrico de vida Nada impede que existam outros criteacuterios Apenas natildeo somos capazes de extrapolar o nosso conhecimento e imaginar outras condiccedilotildees para o desenvolvimento de vida

Um artigo muito esclarecedor sobre este assunto foi publicado recentemente por um astrocircnomo da Seacutervia e Montenegro (^ irk o v ireg 2005) Milan ^ irko v ireg define os limites do que se usa chamar de ldquozonas de habitabilidaderdquo na nossa proacutepria galaacutexia e demonstrou que o Sol ocupa uma posiccedilatildeo muito bem definida dentro desta regiatildeo Esta nova aacuterea de pesquisa aplica conhecim entos de Astrofiacutesica Dinacircmica e Astrobiologia

Para que uma regiatildeo da galaacutexia seja considerada como um possiacutevel berccedilaacuterio de planetas habitaacuteveis eacute importante combinar fatores que propiciam o desenvolvim ento de vida (por exemplo uma composiccedilatildeo quiacutemica baacutesica) junto com uma baixa incidecircncia de fatores que poderiam inviabilizar este processo (determinados niacuteveis de radiaccedilatildeo) Os tempos disponiacuteveis para a formaccedilatildeo de sistemas planetaacuterios tambeacutem satildeo considerados neste estudo

Estrela Secundaacuteria

p laneta

Oacuterbita do primeiro planeta descoberto ao redor de sistema binaacuterio Gamma Cephei O planeta dista da estrela 2 UA orbitando a mesma durante 25 anos A estrela secundaacuteria orbita a primaacuteria em uma oacuterbita entre 28 e 30 UA O tamanho do planeta e estrelas natildeo estatildeo em escala

Entre os criteacuterios de h ab itab ilidade para exoplanetas mais importantes estatildeo

1 Semi-eixo maior tal que exista aacutegua em forma liacutequida (Hart 1978) Este valor deveria estar entre 08 e 12 UA para um planeta em oacuterbita ao redor de uma estrela com massa solar

2 Oacuterbitas quase-circulares de tal forma que outros planetas possiacuteveis fontes de perturbaccedilatildeo se encontrem longe

3 Pelo menos 20 da superfiacutecie do planeta coberta por oceanos

A habitabilidade tambeacutem depende das idades do planeta e da estrela

B aseando-se nestes criteacuterios embora natildeo possamos observaacute-los diretamente podemos analisar se as estrelas com planetas gigantes conhecidos poderiacuteam ter planetas que satisfizessem estas condiccedilotildees Um estudo de 85 sistemas extrasolares com um ou mais planetas mostrou que aproximadamente 25 destes podem ter corpos pequenos em oacuterbitas estaacuteveis dentro da regiatildeo habitaacutevel (Menou e Tabachnik 2003) Nos casos estudados a principal causa de instabilidade eacute a presenccedila de corpos pertubadores em oacuterbitas muito excecircntricas Vale lembrar que a alta excentricidade eacute uma caracteriacutestica intriacutenseca da maioria dos planetas extraso lares conhecidos devido a lim itaccedilotildees dos instrum entos de detecccedilatildeo Considerando que este estudo foi realizado com base em uma populaccedilatildeo aparentemente viciada a proporccedilatildeo de de estrelas candidatas a abrigar ao menos um planeta habitaacutevel eacute muito promissora

Onde procurar mais informaccedilatildeo

The Extrasolar Planets Encyclopedia(Jean Schneider CNRS Paris)

httpcfa-wwwharvardeduplanetsencyclhtml

The Geneva Extrasolar Planet Search Programmes(M Mayor)

httpobswwwunigech~udryplanetplanethtml

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Comentaacuterios Finais

Os planetas que conhecemos hoje tiveram uma origem desenvolveram uma dinacircmica e foram detectados por noacutes em algum momento mais avanccedilado de suas existecircncias Esta eacute a ordem causal das coisas A origem destes objetos determinou caracteristicas intriacutensecas tais como suas localizaccedilotildees tipos de oacuterbitas e massas

O estudo da dinacircmica destes corpos trata de entender suas evoluccedilotildees orbitais estabilidades e efeitos sobre a estrela No entanto eacute a nossa capacidade de deduccedilatildeo que nos habilita a detectaacute- los Na praacutetica invertemos a ordem causal e a partir das caracteriacutesticas orbitais e de massa que detectamos aplicamos dinacircmicas conhecidas sobre estabilidade e evoluccedilatildeo orbital para tentar entender a origem destes corpos celestes Estamos fazendo uma espeacutecie de Arqueologia dos sistemas planetaacuterios buscando caracteriacutesticas dinacircmicas atuais que sejam indiacutecios do que aconteceu no passado

Eacute importante lembrar que o estudo dos planetas extrasolares representa uma aacuterea muito nova de conhecimento A primeira determinaccedilatildeo orbital

ldquoconfiaacutevelrdquo de um sistema muacuteltiplo exoplanetaacuterio data de 2001 Portanto ainda existem muitas perguntas sem respostas e satildeo muito poucas as que podemos responder completamente

As oacuterbitas estimadas dos exoplanetas sugerem formaccedilotildees eou evoluccedilotildees diferentes quando comparadas com o nosso proacuteprio Sistema Solar Embora apresente problemas a explicaccedilatildeo mais aceita pelos pesquisadores para a evoluccedilatildeo destes sistemas eacute a migraccedilatildeo Entre os mecanismos propostos o que melhor se encaixa nos dados disponiacuteveis eacute a hipoacutetese de migraccedilatildeo por interaccedilatildeo entre planetas e discos de gaacutes

Quanto agrave possibilidade de encontrarmos planetas s em elh an tes ao nosso a inda estam os engatinhando Nossa incapacidade instrumental vem sendo compensada pela criatividade teoacuterica Enquanto natildeo desenvolvemos aparelhos de medida capazes de detectar objetos tatildeo pequenos vamos elaborando criteacuterios de seleccedilatildeo para as estrelas onde devemos encontrar fontes mais promissoras De qualquer forma o importante eacute que natildeo perdemos de vista a ideacuteia de que ldquoencontrar-nos sozinhos neste imenso Universo seria um tremendo desperdiacutecio de espaccedilordquo (in Contato Carl Sagan) pound

Referecircncias

- Cirkovic MM (2005) Boundaries of the habitable zone unifying dynamics astrophysics and astrobiology In Dynamics of Populations of Planetary Systems Proceedings IAU Colloquium No 197 Z Knezevic amp A Milani Eds Cambridge University Press- Goldreich P e Tremaine S (1979) The excitation of density waves at the Lindblad and corotation resonances by an external potential The Astrophysical Journal 233 857-871- Goldreich P e Tremaine S (1980) Disk-satellite interactions The Astrophysical Journal 241 425shy441- Hart MH (1978) Habitable zones about main sequence stars Icarus 37 351357- Laskar J (1994) Large-scale chaos in the solar system Astronomy amp Astrophysics 287 L9-L12- Menou K e Tabachnik S (2003) Dynamics habitability of known extrasolar planetary systems The Astrophysical Journal 583 473-488- NASA 2003

Walkiria Schulz eacute astrocircnoma formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutora em Engenharia e Tecnologia Espaciais pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Atualmente trabalha para a Comisioacuten Nacional de Actividades Espaciales (CONAE - Argentina)

Cristiaacuten Beaugeacute eacute astrocircnomo formado pela Universidad Nacional de Coacuterdoba (UNC - Argentina) e doutor pelo Instituto de Astronocircmia Geofiacutesica e Ciecircncias Atmosfeacutericas (IAG) da Universidade de Satildeo Paulo (USP) Atualmente daacute aulas e realiza pesquisas no Observatoacuterio Astronoacutemico de Coacuterdoba (OAC - UNC)

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RetificaccedilatildeoCaros leitores a Revista macroCOSMOcom retifica

nesta ediccedilatildeo o artigo nomeado nCataacutelogo Jatobaacute publicado em nossa ultima ediccedilatildeo (Ano II - Ediccedilatildeo ndeg 21 - Agosto de 2005) por conter informaccedilotildees errocircneas redigidas pelos seus autores O cataacutelogo utilizado e nomeado pelos autores como Cataacutelogo Jatobaacute na realidade se chama Cataacutelogo REA-Brasil um cataacutelogo de objetos difusos para o Hemisfeacuterio Sul tendo sido preparado originalmente pelo astrocircnomo amador Tasso Napoleatildeo para a APAA (Associaccedilatildeo Portuguesa de Astrocircnomos Amadores) natildeo tendo em sua criaccedilatildeo nenhuma participaccedilatildeo de membros da Associaccedilatildeo de Amadores de Astronomia de Satildeo Paulo conforme citado no artigo mesmo porque essa entidade jaacute havia deixado de existir mais de vinte anos antes

O cataacutelogo foi criado por Tasso Napoleatildeo nos anos 90 e natildeo nos 80 conforme relatado pelos autores Subsequumlentemente agrave sua criaccedilatildeoesse cataacutelogo sofreu diversas atualizaccedilotildees sendo que a versatildeo publicada na uacuteltima ediccedilatildeo da Revista macroCOSMOcom estava tam beacutem desatua lizada Na presente ediccedilatildeo apresentamos aos leitores e por gentileza de seu criador Tasso Napoleatildeo a lista completa do nCataacutelogo REA-Brasil um cataacutelogo de objetos difusos para o Hemisfeacuterio Sulem sua uacuteltima revisatildeo feita em fins de 2004

Hemerson Brandatildeo Revista macroCOSMOcom

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ASTRONOMIAOBSERVACIONAL

Nebulosa do Esquimoacute

C a t aacute l o g o REA-BrasilUm cataacutelogo de Objetos Difusos para o Hemisfeacuterio Sul

Tasso Augusto Napoleatildeo | REA-Brasiltassonapoleaoigcombr

As referecircncias histoacutericas aos objetos difusos (na eacutepoca chamados genericamente de ldquonebulosasrdquo) iniciam-se no seacuteculo XVII A famosa ldquonebulosardquo de Androcircmeda (a galaacutexia que conhecemos por M31) foi mencionada pela primeira vez por Simon Marius em 1612 Jaacute a nebulosa de Oacuterion (M42) eacute referida em trabalhos do jesuiacuteta Johannes Cysat (ou Cysatus) em Ingolstadt Alemanha em 1619 e foi descrita detalhadamente pelo grande astrocircnomo e fiacutesico holandecircs Christiaan Huygens (1629-1695) no ano de 1694

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O primeiro cataacutelogo organizado de objetos difusos data de 1771 e foi elaborado pelo astrocircnomo francecircs Charles Messier (1730-1817) para distinguir esses objetos de cometas Sua versatildeo revista seria publicada por Messier em 1781 e ateacute hoje mais de duzentos anos depois ela ainda eacute uma referecircncia baacutesica para os astrocircnomos amadores

O grande avanccedilo na catalogaccedilatildeo das ldquonebulosasrdquo entretanto eacute devido a William Herschel (1738-1822) que com o auxiacutelio de sua irmatilde Caroline publicaria em 1786 o seu ldquoCatalogue of a Thousand New Nebulae and Star Clusters seguido em 1789 por um segundo cataacutelogo com mais mil objetos e em 1802 por quinhentos objetos adicionais Os trabalhos de Herschel seriam enriquecidos por seu filho John Herschel que publicaria em 1864 o ldquoGeneral Cataloguersquorsquo com 5079 objetos Finalmente John Dreyer em 1888 catalogaria 13226 objetos

em seu ldquoNew General Catalogue of Nebulae and Clusters of Stars (NGC) e seu suplemento ldquoIndex Cataloguersquorsquo (IC) Esses dois trabalhos se tornaram praticamente o padratildeo geral para a identificaccedilatildeo de objetos difusos inclusive os austrais

No entanto ainda nos dias de hoje a referecircncia mais utilizada pelos astrocircnomos amadores do hemisfeacuterio sul continua sendo o cataacutelogo de Messier Isto traz uma desvantagem evidente natildeo estatildeo incluiacutedos nele os objetos com declinaccedilotildees mais austrais (e sabemos que o hemisfeacuterio sul celeste eacute particularmente rico nestes objetos) A soluccedilatildeo mais comum eacute o uso dos cataacutelogos NGC e IC Entretanto por serem estes muito extensos nem sem pre os astrocircnom os am adores estatildeo fam ilia rizad o s com sua nom encla tu ra Pouquiacutessimas satildeo as publicaccedilotildees em que se tentou listar um cataacutelogo resumido dos objetos difusos

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ASTRONOMIAOBSERVACIONAL

mais s ignificativos quando observados do Hemisfeacuterio Sul

O cataacutelogo a seguir com 112 objetos pretende ser uma recomendaccedilatildeo do autor para a observaccedilatildeo dos objetos difusos mais atraentes vistos desde latitudes de cerca de 23deg sul A seleccedilatildeo dos objetos foi criteacuterio pessoal do autor e foi baseada em anos de observaccedilatildeo dos mesmos com instrumentos que vatildeo desde binoacuteculos 7x50 mm ateacute telescoacutepios com aberturas de 500 mm mdash ou seja uma faixa acessiacutevel agrave m aior parte dos instrum entos am adores Naturalmente natildeo haacute a pretensatildeo de tornaacute-lo um cataacutelogo formal mas apenas a de orientar os observadores iniciantes para a contemplaccedilatildeo destes beliacutessimos objetos

Estatildeo incluiacutedos aqui todos os objetos geralmente catalogados como ldquodifusosrdquo galaacutexias nebulosas difusas aglom erados abertos aglom erados

coordenadas e dos paracircmetros relevantes a cada classe satildeo fornecidos os nomes populares de cada objeto Naturalmente nesta relaccedilatildeo omitimos alguns objetos que apesar de importantes estatildeo muito ao norte para permitir uma boa visualizaccedilatildeo nas latitudes consideradas neste caso estatildeo por exemplo as interessantes galaacutexias M81 (NGC 3031) e M82 (NGC 3034) em Ursa Maior a nebulosa planetaacuteria ldquoda corujardquo M97 (NGC 3587) etc De forma geral nosso ldquocorterdquo foi feito na declinaccedilatildeo de 50deg norte

Em contrapartida estatildeo incluiacutedos objetos beliacutessimos como os aglomerados abertos de Carina Vela e Puppis as Nuvens de Magalhatildees uma seacuterie de objetos em Centaurus Crux Ara Tucana e Sculptor e diversos outros que geralmente natildeo satildeo m encionados nos cataacutelogos p reparados especificamente para os observadores do Hemisfeacuterio Norteglobulares e nebulosas planetaacuterias Aleacutem das

Referecircncias recomendadas para objetos adicionais aos mencionados no presente cataacutelogo

- Burnham Robert Celestial Handbook Dover 1978 (3 vols)- Jones Kenneth Glyn (ed) Webb Society Deep Sky Observerrsquos Handbook Enslow 1987 (7 vols)- Malin David and Frew David Hartungrsquos Astronomical Objects for Southern Telescopes Cambridge 1995

Tasso Augusto Napoleatildeo eacute engenheiro quiacutemico pela POLI-USP com mestrado pela FGV-SP tendo estudado astronomia e astrofiacutesica no Instituto de Astronomia Geofiacutesica e Ciecircncias Atmosfeacutericas da USP Fundador (em 1988) e atualmente Diretor Cientiacutefico da REA BRASIL (Rede de Astronomia Observacional) Tasso dedica-se no momento agrave fotometria CCD de estrelas variaacuteveis particularmente as cefeidas de periacuteodo ultracurto (USPCs) agrave espectrometria de estrelas peculiares e agrave busca de supernovas extragalaacutecticas com telescoacutepios robotizados dentro do programa BRASS (Brazilian Supernovae Search) que jaacute descobriu nove supernovas em seu primeiro ano de operaccedilatildeo

1 Na tabela a seguir estatildeo indicados (ordenados por ascensatildeo reta)1 Ref Nuacutemero de referecircncia no presente cataacutelogo2 NGC Nuacutemero do objeto no cataacutelogo NGC (ou quando indicado IC)3 AR Ascensatildeo Reta (equinoacutecio 20000)4 Dec Declinaccedilatildeo do objeto (equinoacutecio 20000)5 Tipo Tipo do objeto

GA - galaacutexia A A - aglom erado aberto AG - aglom erado globular ND - nebulosa difusa NP - nebulosa planetaacuteria RSN - restos de supernova

6 mv M agnitude visual integrada do objeto7 Dim Dim ensatildeo do objeto em minutos (ou quando indicado segundos) de arco8 Const Conste laccedilatildeo9 Notas Outras designaccedilotildees do objeto (como o nuacutem ero M essier ou os nomes populares)

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Cataacutelogo REA-BRASILRef NGC

AR (200 DD)

Dec(2DDDD)

Tipo mv Dim C onsl Notas

001 55 OOh 140 -30 1 11 GA 70 30x5 Sl

002 104 OOh 241 -72deg 06 AG 40 31 Tuc 47 Tucanae

003 - OOh 525 - 72deg 43 GA 15 210 Tuc Pequena Nuvem de Magalhatildees

004 224 OOh 427 -H 4r 15 GA 34 130x50 And M31 - Galaacutexia de Androcircmeda

005 253 OOh 475 -25deg 17 GA 72 25x7 Sl Moeda de Praia

005 352 01 h 032 -70 0 51 AG 55 13 Tuc

007 503 01 h 330 +30deg 30 GA 57 50x40 Tri M33 - Galaacutexia do Triacircngulo

003 523 01 h 357 +15deg 47 GA 01 10 Psc M74

000 1053 02h 427 -00deg 01 GA 30 5x5 Cet M77

010 1007 02h 453 -30deg 17 GA 03 0x7 For

011 1201 03h 173 -41 1 03 GA 35 10x0 Eri

012 1315 03h 227 -37deg 12 GA 33 7x5 For Fornax A

013 - 03h 470 +24deg 07 AA 12 110 Tau Pleiades

014 1535 04h 142 -12deg 44 NP 05 20 Eri PK 205 - 401

015 - 04h 157 +15deg 31 AA 300 Tau Hyades

015 - 05h210 -53deg 20 GA 10 400 Dor Grande Nuvem de Magalhatildees

017 1052 05h 344 +22deg 01 RSN 34 5x4 Tau M1

013 1075 05h 354 -05deg 27 ND 30 50 Ori M42 - Nebulosa de Orion

010 1050 05h 351 +34deg 03 AA 50 12 Aur M35

020 2070 05h 337 -50deg 05 ND 54 40x25 Dor Nebulosa Taracircntula 30 Dor

021 IC 434 05h 335 -02deg 25 ND 50x15 Ori Inclui a cabeccedila de cavalo

022 2024 05h 410 - O r 51 ND 10x4 Ori

023 2000 05h 524 +32deg 33 AA 50 23 Aur M37

024 2153 05h 030 +24deg 20 AA 52 30 Gem M35

025 2244 05h 324 +04deg 52 AAND 43 24 Mon Nebulosa da Roseta

025 2237 05h 470 -20deg 44 AA 43 33 CMa M41027 2302 07h 202 +20deg 55 NP 01 40 Gem Nebulosa do Esquimoacute

023 2422 07h 355 -14deg 30 AA 43 20 Pup M47

0202437

243307h 413 -14deg 40 AANP 51 27 Pup

Aglomerado aberto M45

com a NP2433 no interior

030 2440 07h 410 -13deg 13 NP 04 20 Pup PK 234 +021

031 2447 07h 445 -23deg 52 AA 55 22 Pup M03

032 2451 07h 454 -37deg 53 AA 37 45 Pup

033 2477 07h 523 -33deg 33 AA 53 25 Pup

034 2515 07h 533 -50deg 52 AA 33 30 Car

035 2547 03h 107 -40deg 15 AA 47 20 Vel035 2545 0$h 124 -37deg 33 AA 52 40 Pup

037 2543 0$h 133 -05deg 43 AA 55 54 Hya M43

033 2532 OSh 401 +10deg 50 AA 31 05 Cnc M44 - Preseacutepio

030 2303 OOh 120 -54deg 52 AG 52 14 Car

040 2357 OOh 214 -53deg 10 NP 07 12 Car PK 273 - 51

041 3114 10h 027 -50deg 07 AA 42 35 Car

042 3132 10h 077 -40deg 25 NP 02 45 Vel PK 272 +1 21

043 3242 10h 243 -13deg 33 NP 77 40 Hya Fantasma de Juacutepiter

044 3203 10h 353 -53deg 14 AA 47 5 Car

045 IC 2502 10h 432 -54deg 24 AA 10 50 Car Pleiades do Sul

045 3351 10h 440 +11deg 42 GA 07 5x7 Leo M05

047 3372 10h 451 -50deg 41 ND 25 120 Car Nebulosa de Ela Carinae

043 3353 10h 453 +11deg 40 GA 01 5x7 Leo M05

040 3532 11 h 054 -53deg 40 AA 31 55 Car

050 3523 11 h 130 +13deg 05 GA 03 10x3 Leo M55

051 3527 11 h 202 +12deg 50 GA 00 0x4 Leo M55

052 3755 11 h 351 -51 deg 37 AA 45 12 Cen

053 3013 11 h 503 -57deg 11 PN 31 12 Cen

054 4254 12h 133 +14deg 25 GA 03 5 Com M00

055 4253 12h 100 +17deg 13 GA 33 13x7 CVh M105

54 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

1 Ref NGCAR

(200 00)Dec

(20000)Tipo mv Dim Const Notas

056 4303 12h 219 +04 28 GA 97 6x5 Vir M61057 4321 12h 229 +1549 GA 94 6 Com M100

058 4374 12h 251 +12ldquo 53 GA 93 5x4 Vir M84

059 4382 12h 254 +18 11 GA 93 7x5 Vir M85

060 4406 12h 262 +1257 GA 91 7x5 Vir M86

061 4472 12h 298 +08 00 GA 84 9x7 Vir M49

062 4486 12h 308 +1224 GA 86 7 Vir M87 Viacutergo A

063 4501 12h 320 +1425 GA 95 6x3 Com M88

064 4565 12h 363 +25 59 GA 96 16x3 Com

065 4569 12h 368 +1310 GA 95 9x4 Vir M90

066 4579 12h 377 +11 49 GA 98 5x4 Vir M58

067 4594 12h 400 -11 3 7 GA 80 8x4 Vir M104 Sombrero

068 4621 12h 420 +11 39 GA 98 5x3 Vir M59

069 4649 12h 437 +11 33 GA 88 7x6 Vir M60

070 4736 12h 509 +41 07 GA 82 10 CVn M94

071 4755 12h 536 -60 20 AA 42 10 Cru Caixa cie Joacuteias

072 4826 12h 567 +21 41 GA 85 9x5 Com M44 Olho Negro

073 4945 13h 051 -49 28 GA 84 20x4 Cen

074 5055 13h 158 +42 02 GA 86 12x8 CVn M63 Girassol

075 5128 13h 255 +4301 GA 68 18x14 Cen Centaurus A

076 5139 13h 268 -47 29 AG 35 36 Cen Omega Centauri

077 5194 13h 299 +4712 GA 84 12x6 CVn M51 Redemoinho

078 5236 13h 370 -29 52 GA 75 10 Hya M83079 5272 13h 422 +28 23 AG 63 19 CVn M3

080 5904 15h 186 +02 05 AG 58 20 Ser M5

081 6121 16h 236 -26 32 AG 59 24 Sco M4

082 6205 16h 417 +36 28 AG 58 17 Her M13

083 6218 16h 472 -01 57 AG 68 14 Oph M12

084 6254 16h 571 -04 06 AG 66 15 Oph M10

085 6266 17h 012 -30 07 AG 67 14 Oph M62

086 6273 17h 026 -26 1 6 AG 67 13 Oph M19

087 6302 17h 137 -37 06 NP 96 15x05 Sco PK 349+011

088 6362 17h 319 -67 03 AG 76 11 Ara

089 6388 17h 363 -44 44 AG 67 9 Sco

090 6405 17h 401 -32 1 3 AA 46 14 Sco M6 Borboleta

091 6397 17h 407 -53 40 AG 58 25 Ara

092 6475 17h 539 -34 49 AA 33 80 Sco M7

093 6494 17h 568 -19 0 1 AA 55 27 Sqr M23

094 6514 18h 026 -23 02 ND 70 29x27 Sqr M20 Triacutefida

095 6523 18h 038 -24 23 ND 40 90x40 Sqr M8 Laquna

096 6541 18h 080 -43 42 AG 66 13 CrA

097 6611 18h 188 -13 4 7 NDAA 60 8 Ser Nebulosa da Aguia

098 6618 18h 208 -16 1 1 ND 60 46x37 Sqr Nebulosa Om eqaou Cisne

099 6626 18h 245 -24 52 AG 70 11 Sqr M28

100 6656 18h 364 -23 54 AG 51 24 Sqr M22

101 6705 18h 511 -06 1 6 AA 58 13 Sct M11

102 6720 18h 536 +33 02 NP 88 1 Lyr Nebulosa do Anel

103 6744 19h 098 -63 5 1 GA 84 16x10 Pav

104 6752 19h 109 -59 59 AG 54 20 Pav

105 Col 399 19h 254 +2011 AA 36 60 Vul Cabide

106 6809 19h 400 -30 58 AG 63 19 Sqr M55

107 6818 19h 440 -14 0 9 NP 93 25 Sgr PK 025 -17 1

108 6853 19h 596 +22 43 NP 74 8x4 Vul Nebulosa do Sino109 7009 21 h 042 -11 2 2 NP 80 05x15 Aqr Nebulosa Saturno

110 7078 21 h 300 +1210 AG 63 12 Peg M15

111 7089 21 h 335 -00 49 AG 64 11 Aqr M2

112 7293 22h 296 -20 48 NP 65 15x11 Aqr Nebulosa da Heacutelice

Com pilaccedilatildeo Tasso Napoleatildeo Novembro de 2004

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 55

- e

macroGALERIA

L - i l VV bull rsquo- - bull bull t bull

gt

V iacute I V -

Embora-dispeacutense maacuteioacuteregraves apresentaccedilotildees rsquo os V objetos L - _ _ _ iacute ________ t___A _ _ iacute _ o - i _

v T gt - vi carvatildeo aglomerado aberto NGC 4852 The running

chicken (IC 2944) aglomerado aberto NGC 4052 aleacutem de - -vaacuteriacuteas nebulosas escuras Foram utilizadas uma Camera

O T n lsquo J n r gt _ r u ___ _ l i a l mdashI l a _ j _ A a ___ ___ _

Nikon 50mm a f4 com 10 sub-integraccedilotildees de 3m e montagem TakacirchaacuteshjVEMio- gentilmente cedida por pedrp Reacute A fotpforfeitanoacute Observatoacuterio Mamalluca na

cidade de Vicuna Chile em Abril de 2005

- Joseacute Carlos Dinizr bull bull raquo bull - n_ - raquo - w f i dinizastroterracombr

56 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

R6A

Campanhas observacionais - REA BRASIL SetembroOutubro de 2005

httpwwwreabrasilorg

A Secccedilatildeo Lunar juntamente com as Secccedilotildees Lunissolar e Estaccedilatildeo Costeira 1 da REA-Brasil novamente convida a todos para que em cadeia nacional faccedilam observaccedilatildeo e registro (reporte e imagem) desses eventos celestes para as devidas reduccedilotildees cientiacuteficas

07092005 - Impactos Lunares (Chuva de Meteoros Pupideos)A possibilidade de avistamento de impacto eacute de 44 na porccedilatildeo natildeo iluminada da

Lua agraves 0206 TU + 11 hrs Maiores informaccedilotildees httplunarastrodatabasenet

04102005 - Emersatildeo de Mercuacuterio

Emersatildeo de Mercuacuterio (-06 mag) na borda iluminada da Lua5h 46m 8s HL Nascer do Sol

6h 22m 4s HL Nascer da Lua Magnitude -48 Fase 00056h 24m 16s HL Nascer de Mercuacuterio Magnitude -06 Fase 0946

Cidade Emersatildeo (hh mm ss TU) na borda iluminada da LuaRio de Janeiro 102937 TUMacaeacute 102847 TUSalvador 095636 TUM ococa 10259 TU

Esta Emersatildeo de Mercuacuterio eacute um evento desafiador para observaccedilatildeo porque acontece agrave luz do dia e a cerca de 12 graus acima do horizonte Aleacutem disso a Lua vai estar com a idade de apenas 1 dia ou seja um finiacutessimo crescente iluminado em apenas 12

Ainda temos o Sol que estaraacute a 12 graus acima da Lua Interessante notar que Juacutepiter estaraacute a 2 graus a Leste da Lua e Spica (mag 104) a 2 graus a Oeste da foice iluminada

Para a cidade do Rio de Janeiro seraacute possiacutevel acompanhar a Imersatildeo na borda escura da Lua com Mercuacuterio a 4 graus acima do horizonte enquanto que a Emersatildeo acontece a 18 graus acima do horizonte Em todo caso este eacute um bom momento para encontrar Juacutepiter (mag -17) a luz do dia utilizando binoacuteculo tendo a Lua como referecircncia httplunarastrodatabasenet

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 57

R6A

19 e 20102005 - Ocultaccedilatildeo das PlecirciadesPlecirciades (mag 30) diacircmetro 100 elongaccedilatildeo solar 147

Mapa de Visibilidade global (IOTA) httplunarastrodatabasenetocult_pleiades_20out05jpg

Mapa da Trajetoacuteria do evento para algumas cidades brasileiras (Joseacute Agustoni - Zeca) httppaginasterracombrlazerzecaastronomiaindexhtm

Condiccedilotildees individuais para algumas estrelas do M45 (em relaccedilatildeo as coordenadas Lat 4721S e Long 2118W) - Hora Local de Brasiacutelia GM T -3

Estrela e Magnitude Imersatildeo(1910)

Emersatildeo(1910) Notas

SAO 76131 E LEC TR A (17 TAURI) 38 mag

22h038m 22h301 m Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76172 M E R O P E (23 TAURI) 42 mag 22h124m 23h127m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76126 CELAENO (16 TAURI) 54 mag - -

224h - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76140 T AY G E T A (19 TAURI) 44 mag

- -228h - Lua passa a 04 graus de

separaccedilatildeo da estrelaSAO 76199 A L C Y O N E (ETA T AU R I) 30 mag 22h482m 23h532m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76155 MAIA (20 TAURI) 40 mag - -

229h - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76215 104 B TAURI 5 5m ag

- - 23Oh - Lua passa a 06 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76137 18 TAURI 56mag - -

2 3 1h - Lua passa a 07 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76159 A S T E R O P E

(21 TAURI) 58 mag- -

2 3 1h - Lua passa a 04 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 9056 PLEIONE (28 BU TAU R I) 4 8m ag

1910 as 23h440m

2010 as 0h427m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

Glose to SAO 76228 ATLAS (27 TAURI) 38

mag- -

24Oh - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

Alexandre Am orimCoordenador da Costeira 1 e Secccedilatildeo Cometas REA-Br

httpcosteira1astrodatabasenet Dennis W eaver de Medeiros Lima

Gerente de Projeto Ocultaccedilotildees Lunares - dwastronomiayahoocombrHeacutelio C Vital

Coordenador da Secccedilatildeo Eclipse REA-Br (Site Lunissolar) httpwwwgeocitiescomlunissolar2003

Rosely Gregio Coordenadora da Secccedilatildeo Lunar - REA-Brasil

rgregiouolcombr REA Brasil httpwwwreabrasilorg

58 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

FASES DA LUA

Dia 3 de Setembro - Lua Nova Dia 11 de Setembro - Lua Quarto Crescente

Dia 17 de Setembro - Lua Cheia Dia 25 de Setembro - Quarto Minguante

2005SETEMBRO

Rosely Greacutegio | Revista macroCOSMOcom rgregiouolcombr

MUDANCcedilA DE ESTACcedilAtildeO 22 de Setembro 19h232m - Equinoacutecio da Primavera para o Hemisfeacuterio Sul e Equinoacutecio de Outono para o Hemisfeacuterio Norte

COMETAS VISIacuteVEIS (ATEacute 12 MAGNITUDE)Salvo novas descobertas e explosotildees de brilho temos

Hemisfeacuterio Sul

A n o ite c e r N o ite A m a n h e c e r IC2004 EM (LINEAR)

mag 10C2004 EM (LINEAR)

maq 10C2004 EM (LINEAR)

mag 10

9P Tem pe i 1 mag 11 9P Tem pe l 1 mag 1121 PGiacobini- Zinner

maq 12C2005 E2 (McNaught)

Maq 11C2005 E2 (McNaught)

Maq 11C2005 E2 (McNaught)

Mag 11C2004 Q2 (Machholz)

Maq 12- -

Hemisfeacuterio Norte

A n o ite c e r N o ite A m a n h e c e r j161P 2004 V2 (Hart ley- IRAS)

mag 10C2005 E2 (McNaught)

mag 11C2004 EM (LINEAR)

mag 11

9P Tem pe i 1 mag 11 -21 PGiaco bini- Zinner

mag 12C2005 E2 (McNaught)

mag 11- -

C2004 Q2 (Machholz) mag 12 - -

CHUVA DE METEOROS

I R a d ia n te D u ra ccedil atilde o M aacute x im o |Gamma A quar idas 1 a 14 de setembro 78 de setembroAlpha Tr iangulidas 5 a 15 de setembro 1112 de setembroAlpha Aurig idas (AUR) 25 de aqo a 6 de setembro 12 de setembroEta Draconidas 28 de aqo a 23 de setembro 1213 de setembroGamma Piscidas 26 de aqo a 22 de outubro 2324 de setembroPisc idas Sul (SPI) 12 de aqosto a 7 de outubro De 11 a 20 de setembro

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 59

EFEMERIDES

Quinta-feira 1 de setembro

Lanccedilamento NROL-25 Delta 4M Asteroacuteide 5554 Keesey passa proacuteximo da Terra

(0915 UA)Equaccedilatildeo de Tempo -005 min Urano em Oposiccedilatildeo02h Urano Mag=57 m melhor observado de 191h

- 55h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-10m melhor observado de

230h - 60h LCT (Ari)5h090m Nascer da Lua no ENE (Cnc)59h Mercuacuterio Mag=-11m melhor observado de

57h - 60h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

46h - 60h LCT (Cnc)6h205m Nascer do Sol no E 16h217m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h023m Ocaso do Sol no W 183h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)183h Juacutepiter Mag=-18m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)18h43m Vecircnus passa a 12 graus de Juacutepiter 19 6h V ia-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo

Sexta-feira 2 de setembro

Cometa P2004 VR8 (LONEOS) em Perieacutelio (2376 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 026 min 01h Urano Mag=57 m melhor observado de 188h

- 53h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-11m melhor observado de

229h - 60h LCT (Ari)5h452m Nascer da Lua no ENE (Leo)60h Mercuacuterio Mag=-11m melhor observado de

58h - 60h LCT (Leo)60h Saturno Mag=03 m melhor observado de

45h - 60h LCT (Cnc)6h196m Nascer do Sol no E 17h133m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h025m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -207h LCT (Vir)19 6h V ia-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo

AGENDADIAacuteRIA

Plutatildeo Estacionaacuterio Iniciando M ovim ento Progressivo

Saacutebado 3 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 31 (OTM-31) Cometa P1998 W1 (Spahr) em Perieacutelio (1730

UA)Equaccedilatildeo de Tempo 058 min 01h Urano Mag=57 m melhor observado de 188h

- 52h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-11m melhor observado de

229h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-12m melhor observado de

58h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

44h - 59h LCT (Cnc)6h185m Nascer da Lua no ENE (Leo)6h187m Nascer do Sol no E 15h454m Lua Nova 18h028m Ocaso do Sol no W 18h036m Ocaso da Lua no W (Leo)184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -207h LCT (Vir)195h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo

Domingo 4 de setembro

Em 1905 Paul Gotz descobria o Asteroacuteide 571 Dulcineia

No Calendaacuterio Hebreu eacute o Primeiro dia do Elul mecircs 13 do ano 5765 comeccedilando ao ocaso do Sol (Ano Bissexto)

No Calendaacuterio Islacircmico Tabular eacute o Primeiro dia do Sharsquoban mecircs 8 do ano 1426 comeccedilando ao pocircr- do-sol

Equaccedilatildeo de Tempo 091 min 44h Marte Mag=-11m melhor observado de

228h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-12m melhor observado de

58h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

44h - 59h LCT (Cnc)6h178m Nascer do Sol no E 6h499m Nascer da Lua no E (Leo)12h55m Mercuacuterio passa a 11 graus da estrela

Regulus mag 14 (Leo)

60 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMERIDES

18h030m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -206h LCT (Vir)18h531m Ocaso da Lua no W (Vir)19h068m Io (62 mag) Iniacutecio do T racircnsito 19 4h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h523m Io (62 mag) Iniacutecio do Tracircnsito da

Sombra20h127m Io (62 mag) em Conjunccedilatildeo Inferior 239h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 51 h LCT (Aqr)

Segunda-feira 5 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 124 min 44h Marte Mag=-11m melhor observado de

228h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-13m melhor observado de

59h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

43h - 59h LCT (Cnc)6h168m Nascer do Sol no E 7h205m Nascer da Lua no E (Vir)18h033m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado

de 184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado

de 184h -206h LCT (Vir)194h Via-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo19h240m Io (62 mag) Final do Eclipse 19h428m Ocaso da Lua no W (Vir)239h Urano Mag=57 m melhor observado

de 189h - 50h LCT (Aqr)

Em

18h035m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -20 9h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -20 5h LCT (Vir)193h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo20h336m Ocaso da Lua no W (Vir)21 h Chuveiro de Meteoros Arietiacutedeos de Outubro

(Cet)

Quarta-feira 7 de setembro

Campanha Observacional Secccedilatildeo Lunar REA- Brasil - Impactos Lunares (Chuveiro Pupideos (PUP) A possibilidade de avistamento de impacto eacute de 44 na porccedilatildeo natildeo iluminada da Lua Todas as informaccedilotildees em httplunarastrodatabasenet Participe

Ocultaccedilatildeo de Vecircnus pela Lua para parte da Aacutefrica e Antarctica a 8h TU

httpwwwlunar-occultationscomiotaplanets 0907venushtm

Equaccedilatildeo de Tempo 191 min

7 de setembro de 2005 a sonda Cassini sobrevoa a lua Titan de Saturno httpsaturnjplnasagov

Terccedila-feira 6 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 158 min 43h Marte Mag=-11m melhor observado

de 22 7h - 59h LCT (Ari)59h Saturno Mag=03 m melhor observado

de 43h - 59h LCT (Cnc)6h159m Nascer do Sol no E 7h515m Nascer da Lua no E (Vir)9h34m Vecircnus passa a 17 graus da estrela

Spica 1 mag (Vir)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

copy NA

SA

JPL

S

pace

Sc

ience

In

stitu

te

61

EFEMEacuteRIDES

43h Marte Mag=-12m melhor observado de 227h - 59h LCT (Ari)

59h Saturno Mag=03 m melhor observado de 42h - 59h LCT (Cnc)

6h150m Nascer do Sol no E 8h240m Nascer da Lua no ESE (Vir)18h038m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -205h LCT (Vir)19 2h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo20h015m Europa (68 mag) Elongaccedilatildeo Oeste 21 h265m Ocaso da Lua no W S W (Vir)237h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 49h LCT (Aqr)

Quinta-feira 8 de setembro

Haacute 40 anos atraacutes Karou Ikeya e Tsutomu Seki descobriam o cometa Ikeya-Seki httpcosteira1astrodatabasenetcometaindexhtm

Em 1960 nascia a instituiccedilatildeo norte-americano do Marshall Space Center httpwwwmsfcnasagov

Em 1905 nascia Thomas Keith Glennan o primeiro administrador da NASA formalmente estabelecida em 1 de outubro de 1958

Equaccedilatildeo de Tempo 226 min 42h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 59h LCT (Ari)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

41 h - 59h LCT (Cnc)6h141m Nascer do sol no E 8h595m Nascer da Lua no ESE (Lib)

18h040m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -204h LCT (Vir)192h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h519m Io (62 mag) Elongaccedilatildeo Oeste 19h520m Europa (68 mag) Final do Eclipse 22h225m Ocaso da Lua no W S W (Lib)237h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 48h LCT (Aqr)

Sexta-feira 9 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 260 min 42h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

41h - 58h LCT (Cnc)6h131m Nascer do Sol no E 9h394m Nascer da Lua Az=1132 deg ESE (Lib) 18h042m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -204h LCT (Vir)19 1 h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h251m Lua em Libraccedilatildeo Oeste 217h Lua Passa a 04 graus da estrela SAO

183686 42 LIBRAE 51mag 23h218m Ocaso da Lua no W SW (Sco)236h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 47h LCT (Aqr)

Em 8 de setembro de 1975 era lanccedilada a sonda Viking 2 (Marte OrbiterLander)httpnssdcgsfcnasagovplanetaryvikinghtml

62 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

Saacutebado 10 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 32 (OTM- | 32)

Asteroacuteide 5836 (1993 MF) passa proacuteximo ao Asteroacuteide Vesta (0027 UA)

Asteroacuteide 5143 Heracles passa proacuteximo da Terra (2216 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 295 min41 h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

40h - 58h LCT (Cnc)6h122m Nascer do Sol no E 10h253m Nascer da Lua no ESE (Sco) 18h045m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -210h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -203h LCT (Vir)1 9 0h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo235h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 47h LCT (Aqr)

Domingo 11 de setembro

Cometa Singer Brewster em Perieacutelio (2041 UA) Em 1985 a sonda ICE ldquoInternational Cometary

Explorerrdquo passava pela cauda de iacuteon do cometa Giacobini-Zinner

httphyperphysicsphy-astrgsueduhbasesolargzhtml

Equaccedilatildeo de Tempo 330 min 0h241m Ocaso da Lua no W SW (Sco)41 h Marte Mag=-12m melhor observado de

225h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

40h - 58h LCT (Cnc)6h113m Nascer do Sol no E 8h366m Lua em Quarto Crescente 11h185m Nascer da Lua no ESE (Oph) 18h047m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -210h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -203h LCT (Vir)1 9 0h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo

Em 12 de Setembro de 1970 era lanccedilada a sonda Luna 16 (Soviet Lua Sample Return)

httpwwwcalskycomobserverluna16html

235h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 46h LCT (Aqr)

Segunda-feira 12 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 365 min 10h Lua passa a 02 graus da estrela SAO

185755 X SAGITTARII 42mag 1 h274m Ocaso da Lua no W S W (Sgr)40h Marte Mag=-13m melhor observado de

225h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

39h - 58h LCT (Cnc)6h103m Nascer do Sol no E 12h188m Nascer da Lua no ESE (Sgr)18h050m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -210h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -202h LCT (Vir)189h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo234h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 45h LCT (Aqr)

Terccedila-feira 13 de setembro

Asteroacuteide 9349 Lucas passa proacuteximo da Terra (0890 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 400 min 2h291m Ocaso da Lua no W S W (Sgr)3h455m Lua em Libraccedilatildeo Norte 40h Marte Mag=-13m melhor observado de

224h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

39h - 58h LCT (Cnc)6h094m Nascer do Sol no E 13h248m Nascer da Lua no ESE (Sgr)18h052m Ocaso do Sol no W

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 63

EFEMEacuteRIDES

185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de 185h -210h LCT (Vir)

185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 185h -202h LCT (Vir)

1 8 8h V ia-laacutectea m elhor posicionada para observaccedilatildeo

233h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 45h LCT (Aqr)

Quarta-feira 14 de setembro

Cometa Helin-Roman-Alu 2 passa proacuteximo da Terra (1384 UA)

Em 1915 nascia John Dobson Equaccedilatildeo de Tempo 436 min 00h Lua passa a 12 graus da estrela SAO

188742 59 SAGITTARII 46mag 04h Lua passa a 05 graus da estrela SAO

188722 OMEGA SAGITTARII 48mag 17h Lua passa a 06 graus da estrela SAO

188778 60 SAGITTARII 50mag 3h263m Ocaso da Lua no W SW (Sgr)39h Marte Mag=-13m melhor observado de

224h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=04 m melhor observado de

38h - 58h LCT (Cnc)6h084m Nascer do Sol no E 14h333m Nascer da Lua no ESE (Cap) 18h054m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -210h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -201h LCT (Vir)1 8 8h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h213m Ganimedes (58 mag) em Elongaccedilatildeo

Este233h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 44h LCT (Aqr)

Quinta-feira 15 de setembro

Cometa C2004 V3 passa proacuteximo da Terra (3320 UA)

Asteroacuteide 4116 Elachi passa proacuteximo da Terra (1012 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 472 min39h Marte Mag=-13m melhor observado de

223h - 58h LCT (Ari)

4h178m Ocaso da Lua no W S W (Cap)58h Saturno Mag=04 m melhor observado de

37h - 58h LCT (Cnc)6h075m Nascer do Sol no E 15h414m Nascer da Lua no ESE (Cap)18h057m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -201h LCT (Vir)187h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo232h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 43h LCT (Aqr)

Sexta-feira 16 de setembro

Asteroacuteide 1282 Utopia passa proacuteximo da Terra (1862 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 507 min

38h Marte Mag=-14m melhor observado de 223h - 57h LCT (Ari)

5h037m Ocaso da Lua no W S W (Aqr)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

37h - 57h LCT (Cnc)6h065m Nascer do Sol no E 10h518m Lua em Perigeu 16h474m Nascer da Lua no ESE (Aqr)18h059m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -200h LCT (Vir)V186h Via-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo19h110m Io (62 mag) Elongaccedilatildeo Este231h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 43h LCT (Aqr)

Saacutebado 17 de setembro

Asteroacuteide 6373 Stern passa proacuteximo da Terra (1883 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 543 min 38h Marte Mag=-14m melhor observado de

222h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

36h - 57h LCT (Cnc) 48d

64 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMEacuteRIDES

5h453m Ocaso da Lua no W (Aqr)6h056m Nascer do Sol no E 17h508m Nascer da Lua no E (Aqr)18h062m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -200h LCT (Vir)18 6h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo23h008m Lua Cheia230h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 42h LCT (Aqr)236h Mercuacuterio em Conjunccedilatildeo

Domingo 18 de setembro

Vecircnus oculta a estrela PPM 228686 (96 Mag) Equaccedilatildeo de Tempo 579 min 37h Marte Mag=-14m melhor observado de

222h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

36h - 57h LCT (Cnc)6h046m Nascer do Sol no E 6h242m Ocaso da Lua no W (Psc)18h064m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -199h LCT (Vir)1 8 5h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo18h523m Nascer da Lua no E (Cet)230h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 41 h LCT (Aqr)

S

Sonda Cassini Manobra Orbital 33 (OTM-33) Em 1905 Paul Gotz descobria os asteroacuteides 572

Rebekka 573 Recha 574 Reginhild e o 575 Renate Equaccedilatildeo de Tempo 615 min

37h Marte Mag=-14m melhor observado de 221h - 57h LCT (Ari)

57h Saturno Mag=04 m melhor observado de 35h - 57h LCT (Cnc)

6h036m Nascer do sol no E 7h020m Ocaso da Lua no W (Psc)

egunda-feira 19 de setembro

18h066m Ocaso do Sol no W 184h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -199h LCT (Vir)19h528m Nascer da Lua no E (Psc)229h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 41 h LCT (Aqr)

Terccedila-feira 20 de setembro

Asteroacuteide 1999 RQ36 passa pela Terra (0033 UA) Equaccedilatildeo de Tempo 650 min 36h Marte Mag=-14m melhor observado de

221h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

34h - 57h LCT (Cnc)6h027m Nascer do Sol no E 7h402m Ocaso da Lua no W N W (Ari)18h069m Ocaso do Sol no W 184h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -198h LCT (Vir)20h531m Nascer da Lua no ENE (Ari)228h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 40h LCT (Aqr)

Quarta-feira 21 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 686 min 36h Marte Mag=-15m melhor observado de

220h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

34h - 57h LCT (Cnc)6h017m Nascer do Sol no E 8h202m Ocaso da Lua no W N W (Ari)18h071m Ocaso do Sol no W 183h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -198h LCT (Vir)21 h534m Lua Nasce no ENE (Ari)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 65

EFEMERIDES

228h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 39h LCT (Aqr)

Quinta-feira 22 de setembro

Asteroacuteide 16035 Sasandford passa proacuteximo da Terra (1690 UA)

Em 1905 Paul Gotz descobria o Asteroacuteide 576 Emanuela

Equaccedilatildeo de Tempo 721 min 02h Lua passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 9048 TAU ARIETIS 52mag 35h Marte Mag=-15m melhor observado de

219h - 56h LCT (Ari)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

33h - 56h LCT (Cnc)6h008m Nascer do Sol no E 9h031m Ocaso da Lua no W N W (Tau) 18h074m Ocaso do Sol no W 18 2h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -197h LCT (Vir)19h232m Equinoacutecio de Prim avera para o

H em isfeacuterio Sul e Equinoacutecio Outonal para o Hemisfeacuterio Norte

227h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 39h LCT (Aqr)

22h535m Lua Nasce no ENE (Tau)236h Lua passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 76485 44 TAURI (IM) 54mag

Sexta-feira 23 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 34 (OTM-34) Asteroacuteide 2003 UV11 passa a 0032 UA do planeta

MercuacuterioAsteroacuteide 2865 Laurel passa proacuteximo da Terra

(1632 UA)Equaccedilatildeo de Tempo 757 min No Calendaacuterio Persa eacute o Primeiro dia do mehr

mecircs 7 do ano 1384 Marte Mag=-15m melhor observado de 2 1 9h -

56h LCT 34h (Tau)52h Lua Passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 76573 CHI TAURI 54mag 56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

33h - 56h LCT (Cnc)

5h598m Nascer do Sol no E 9h497m Ocaso da Lua no W N W (Tau)18h076m Ocaso do Sol no W 182h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -197h LCT (Vir)19h211 m Ganimedes (58 mag) iniacutecio do Tracircnsito

da Sombra226h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 38h LCT (Aqr) =157d 23h522m Nascer da Lua no ENE (Tau)

Saacutebado 24 de setembro

Em 1930 nascia John Young Pelo Calendaacuterio Civil Indiano eacute o Primeiro dia do

Asvina mecircs 7 do ano 1927Equaccedilatildeo de Tempo 792 min 34h Marte Mag=-15m melhor observado de

21 8h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

32h - 56h LCT (Cnc)5h589m Nascer do Sol no E 10h398m Ocaso da Lua no W N W (Tau)18h079m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -196h LCT (Vir)21 h Chuveiro de Meteoros Andromedideos (Psc) 226h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 37h LCT (Aqr)

Domingo 25 de setembro

Asteroacuteide 9342 Carygrant passa proacuteximo da Terra (0894 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 826 min 0h480m Nascer da Lua no ENE (Aur)33h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 8h - 56h LCT (Tau)3h408m Lua em Quarto Minguante 56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

31h - 56h LCT (Cnc)5h579m Nascer do Sol no E 11h327m Ocaso da Lua no W N W (Aur)18h082m Ocaso do Sol no W

66 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMEacuteRIDES

185h Mercuacuterio Mag=-10m melhor observado de 185h -185h LCT (Vir)

185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de 185h -213h LCT (Lib)

185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 185h -196h LCT (Vir)

225h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 37h LCT (Aqr)

Segunda-feira 26 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 861 min 1 h396m Nascer da Lua no ENE (Gem)2h305m Lua em Libraccedilatildeo Sul33h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 7h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

31h - 56h LCT (Cnc)5h570m Nascer do sol no E 12h272m Ocaso da Lua no W N W (Gem) 18h084m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-09m melhor observado de

185h -186h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -195h LCT (Vir)224h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 36h LCT (Aqr)

Em 26 de setembro de 2005 a sonda Cassini sobrevoa a lua Hiperion de Saturno

Terccedila-feira 27 de setembro

Lanccedilam ento Soyuz T M A -7 Soyuz FG (International Space Station 12S)

Vecircnus oculta a estrela PPM 229625 (109 Mag)Equaccedilatildeo de Tempo 895 min2h261 m Nascer da Lua no ENE (Gem)32h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 7h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

30h - 56h LCT (Cnc)5h560m Nascer do Sol no E 13h218m Ocaso da Lua no W N W (Cnc)18h087m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-09m melhor observado de

185h -187h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -195h LCT (Vir)224h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 35h LCT (Aqr)

Quarta-feira 28 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 35 (OTM-35) Asteroacuteide 1620 Geographos passa proacuteximo da

Terra (0740 UA)Em 1605 nascia Ismael BullialdusEquaccedilatildeo de Tempo 929 min 3h078m Nascer da Lua no ENE (Cnc)5h551m Nascer do Sol no E

12h198m Lua em Apogeu 14h153m Ocaso da Lua no W N W (Cnc) 18h090m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-08m melhor observado

de 185h-187h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41 m melhor observado

de 185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado

de 185h-194h LCT (Vir)223h Urano Mag=57 m melhor observado

de 190h - 35h LCT (Aqr)

Quinta-feira 29 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 962 min 31h Marte Mag=-16m melhor observado de

215h - 55h LCT (Tau)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 67

EFEMEacuteRIDES

3h452m Nascer da Lua no ENE (Leo)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

29h - 55h LCT (Cnc)5h542m Nascer do Sol no E 15h074m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h092m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-08m melhor observado de

185h -188h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -194h LCT (Vir)222h Urano Mag=57 m melhor observado de

190h - 34h LCT (Aqr)

Sexta-feira 30 de setembro

Lanccedilamento NROL-21 Delta 2 Em 1975 Charles Kowal descobria a lua Themisto

de Juacutepiter Equaccedilatildeo de Tempo 995 min 30h Marte Mag=-17m melhor observado de

215h - 55h LCT (Tau)4h194m Lua Nasce no ENE (Leo)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

28h - 55h LCT (Cnc)5h532m Sol Nasce no E 15h582m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h095m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-07m melhor observado de

185h -188h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185h -214h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -193h LCT (Vir)222h Urano Mag=57 m melhor observado de

190h - 33h LCT (Aqr)

Saacutebado 1 de outubroSonda Cassini em Manobra Orbital 36 (OTM-

36)Asteroacuteide 2001 SE270 passa a 0050 UA da Terra 00h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 33m LCT (Aqr)29h Marte Mag=-17m melhor observado de

2 1 4m a 55m LCT (Tau)4h514m Nascer da Lua no E (Leo)55h Saturno M ag=04 m melhor observado

de 28m a 55m LCT (Cnc)

5h523m Nascer do sol no E 6h45m Marte estacionaacuterio Iniciando Movimento

Retroacutegrado16h481m Ocaso da Lua no W (Leo)18h098m Ocaso do sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-07m melhor observado de

185m a 188m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 193m LCT (Vir)

Domingo 2 de outubro

Em 1935 era fundado o Hayden Planetariumhttpwwwhaydenplanetariumorg

Vecircnus oculta a estrela PPM 264162 (94 mag) Asteroacuteide Asteroid 1886 Lowell passa a 1507 UA

da Terra29h Marte Mag=-17m melhor observado de

213m a 55m LCT (Tau)5h223m Lua nasce no E (Vir)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

27m a 55m LCT (Cnc)5h514m Nascer do Sol no E 17h381m Ocaso da Lua no W (Vir)18h101m Ocaso do sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-06m melhor observado de

185m a 189m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 192m LCT (Vir)220h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 32m LCT (Aqr)

Segunda-feira 3 de outubro

Ano Novo Hebreu Primeiro dia do mecircs Rosh Hashanah do ano 5766 comeccedilando ao pocircr-do-sol

Calendaacuterio Tabular Islacircmico Primeiro dia do Ramadan nono mecircs do ano 1426 iniciando ao ocaso do Sol

Em 1815 era descoberto o meteorito marciano Chassigny

httpwwwjplnasagovsncchassignyhtml Asteroacuteide 2004 HR56 passa a 0033 UA de Marte Asteroacuteide 4664 Hanner passa a 1715 UA da Terra

68 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

7

EFEMEacuteRIDES

28h Marte Mag=-17m melhor observado de 213m a 55m LCT (Tau)

Eclipse Anular do sol visiacutevel da Aacutefrica 4h35m33s Iniacutecio do Eclipse Solar Visiacutevel na Aacutefrica 55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

27m a 55m LCT (Cnc)5h41 m04s Iniacutecio do Eclipse Umbral 5h505m Sol Nasce no E 5h533m Lua Nasce no E (Vir)7h279m Lua Nova7h31m419s Eclipse Solar Anular Maior

Duraccedilatildeo= 4m264s Magnitude=958httpsunearthgsfcnasagoveclipseSEmono

ASE2005ASE2005html Eclipse Solar Anular visiacutevel da Aacutefrica Obscuraccedilatildeo=918 ET-UT=653sec 9h22m33s Final do Eclipse Umbral 10h27m53s Final do Eclipse Solar 18h104m Ocaso do Sol no W 18h290m Ocaso da Lua no W (Vir)185h Mercuacuterio Mag=-06m melhor observado de

185m a 190m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 191m LCT (Vir)19h04m Marte passa a 91 graus das Plecirciades

(M45)220h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 31m LCT (Aqr)

Terccedila-feira 4 de outubroOcultaccedilatildeo de Mercuacuterio pela Lua27h Marte Mag=-17m melhor observado de

212m a 55m LCT (Tau)55h Saturno Mag=04m melhor observado de

26m a 55m LCT (Cnc)6h256m Lua Nasce no E (Vir)157h Vecircnus em Apogeu 185h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

185m a 190m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 191m LCT (Vir)18h58m Mercuacuterio passa a 19 graus de Spica19h219m Lua Ocaso no W SW (Vir)21 9h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 31m LCT (Aqr)

Quarta-feira 5 de outubro

Asteroacuteide 1877 Marsden passa a 2658 UA da Terra

Cometa Chernykh passa a 1464 da Terra 27h Marte Mag=-18m melhor observado de

211m a 54m LCT (Tau)54h Saturno Mag=04 m melhor observado de

25m a 54m LCT (Cnc)5h486m Sol Nasce no E 7h004m Lua Nasce no ESE (Vir)16h40m Mercuacuterio passa a 13 graus de Juacutepiter 18h110m Ocaso do Sol no W 186h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

186m a 191m LCT (Vir)186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

186m a 215m LCT (Lib)186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

186m a 190m LCT (Vir)20h175m Ocaso da Lua no W SW (Lib)218h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 30m LCT (Aqr)

Quinta-feira 6 de outubro

26h Marte Mag=-18m melhor observado de 211m a 54m LCT (Tau)

54h Saturno Mag=04m melhor observado de 25m a 54m LCT (Cnc)

5h477m Sol Nasce no E 7h392m Lua Nasce no ESE (Lib)18h113m Ocaso do Sol no W 186h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

186m -191m LCT (Vir)

httpulyssesjplnasagov

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 69

EFEMERIDES

186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de 186m -215m LCT (Lib)

186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 186m -190m LCT (Vir)

20h315m Lua em Libraccedilatildeo Oeste21 h163m Lua Ocaso no W S W (Lib)2 1 8h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m - 29m LCT (Aqr)

Sexta-feira 7 de outubro

25h Marte Mag=-18m melhor observado de 210m - 54m LCT (Tau)

54h Saturno Mag=04 m melhor observado de 24m - 54m LCT (Cnc)

5h469m Sol Nasce no E 8h234m Lua Nasce no ESE (Sco)18h116m Ocaso do sol no W

186h Mercuacuterio Mag=-04m melhor observado de 186m -192m LCT (Vir)

186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de 186m -215m LCT (Sco)

186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 186m -189m LCT (Vir)

20h089m Imersatildeo da estrela SAO 184336 AL NIYAT (SIGMA SCORPI) 29 mag na borda escura da Lua

20h233m Emersatildeo da estrela SAO 184336 AL NIYAT (S IG M A S C O R P I) 2 9 mag na borda iluminada da Lua

2 1 7h Urano Mag=57 m melhor observado de 190m - 28m LCT (Aqr)

219h Lua passa a 09 graus de separaccedilatildeo da estrela SAO 184415 ANTARES (ALPHA SCORPI) 09mag

22h179m Lua Ocaso no W S W (Sco)

Fontes consultadasCarta celeste para ambos os hemisfeacuterios em PDF httpwwwskymapscomindexhtmlhttpreabrasilastrodatabasenethttpgeocitiesyahoocombrreabrasilhttpaerithnetindexhtmlhttpwwwjplnasagovcalendarhttpingaufubr~silvestrhttpwwwcalskycomhttpwwwtodayinscicomhttpwwwpamsueduabramsSkyWatchersDiaryDiaryhtmlhttpcometsamsmeteorsorgmeteorscalendarhtmlhttpwwwimonethttpwwwlunaroccultationscomiota2003bstarebstarehtmhttpwwwlunaroccultationscomiota2003planetsplanetshtmhttpwwwjplnasagovhttpsunearthgsfcnasagoveclipseeclipsehtmlhttpssdjplnasagov

Rosely Greacutegio eacute formada em Artes e Desenho pela UNAERP Grande difusora da Astronomia atualmenteparticipa de programas de observaccedilatildeo desenvolvidos no Brasil e exterior envolvendo meteoros cometasLua e recentemente o Solhttprgregioastrodatabasenethttprgregiositesuolcombrhttpmembersfortunecitycommeteor4indexhtmhttpgeocitiesyahoocombrrgregio2001httpwwwconstelacoeshpgcombr

70 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EPSILON f

MIM72

M73

NGC7009

1

^ 9 CONSTELACcedilOtildeES

Z odiacais

CAPRICOacuteRNIO

PEIXE AUSTRAL

bull |ALPHA

THETA NGC7293

ZETA

AQUAacuteRIO

DELTA

LAMBDA

DELTA88

PEIXEk

mdash mdashr mdashFI

LEGEINDAMagnitude das estrelas

Limites das constelaccedilotildeesi

bull

bull bull bull bull laquo gt Grelha de coordenadasbull BALEIA

- 1 0 1 2 3 -1 otilde equatoriais V

mmdash revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

M2

copy CA

RTES

DU

C

IEL

71

CONSTELACcedilOtildeESZODIACAIS

CONSTELACcedilAtildeO DE

uaacuterioAquarius Aquaacuterio Abreviaccedilatildeo Aqr Genitivo Aquarii Significado O portador de Aacutegua Ascensatildeo Reta 23 horas Declinaccedilatildeo -15 graus Visiacutevel entre latitudes 65 e -90 grausConstelaccedilotildees Limiacutetrofes Cap PsA Scl Cet Psc Peg Equ e AqlAquaacuterio eacute visiacutevel no outono para o Hemisfeacuterio Norte e na primavera para o Hemisfeacuterio Meridional

Rosely Greacutegio | Revista macroCOSMOcom rgregiouolcombr

A Constelaccedilatildeo do Aquaacuterio estaacute representada em vaacuterias culturas antigas e sempre associada a aacutegua pois seu aparecimento no ceacuteu ou quando localizada no Zecircnite significava o anuncio da chegada das chuvas eou da inundaccedilatildeo dos rios Isto significava fonte de vida e alimento para os povos que viviam nas terras aacuteridas como por exemplo a Babilocircnia e o Egito Aquaacuterio eacute uma constelaccedilatildeo bastante lacircnguida que natildeo seria famosa se natildeo fizesse parte do Zodiacuteaco Na maioria das culturas eacute tido como um homem que verte aacutegua de um balde Isto pode surgir do fato que o Sol entra em Aquaacuterio no iniacutecio do inverno quando a estaccedilatildeo chuvosa comeccedila em muitas partes do mundo

Aquaacuterio tem algumas binaacuterias agradaacuteveis de serem observadas uma variaacutevel sem igual e alguns objetos de ceacuteu fundo um pouco interessantes (mas os Objetos Messier aqui geralmente natildeo satildeo muito interessantes) As estrelas geralmente satildeo de quarta magnitude

___________________ Estrelas Nomeadas

Albali (Epsilo Aqr) Ancha (Theta Aqr) Situla (Kappa Aqr)

_Estrelas Duplas

Zeta2 A q uarii e zeta1 A q uarii formam um sistema binaacuterio de duas estrelas brancas iguais com uma oacuterbita de 760 anos Zeta2 Aquarii eacute a primaacuteria 44 46 PA 266deg atual e separaccedilatildeo 23 ldquo

Struve 2944 eacute um sistema triplo agradaacutevel com todos os trecircs em uma linha reta AB 70 75 PA 276deg separaccedilatildeo 25 ldquo C 84 PA 106deg separaccedilatildeo 50 ldquo

Struve 2988 eacute um par muito atraente de estrelas iguais 72 72 PA 101deg separaccedilatildeo 35 ldquo A binaacuteria estaacute a 3deg SW de psi1 Aquarii

Estrelas Variaacuteveis

SADALMELIK Alpha Aquarii (Alpha Aqr) eacute um supergigante com cem vezes o tamanho do Sol Estaacute apenas haacute mil anos-luz de distacircncia e brilha com uma magnitude visual de 296 A lpha Aquarii (Sadalmelik) e beta A q uarii (Sadalsuud) satildeo supergigantes gecircmeas com nomes quase idecircnticos Os nom es significam respectivam ente ldquoO Afortunado do Reirdquo e ldquoO mais Afortunado dos Afortunadosrdquo

Sadalsuud (Beta Aqr)Sadalachbia (Gama Aqr)Skat (Delta Aqr)

A variaacutevel mais notaacutevel na constelaccedilatildeo eacute R Aquarii normalmente listada como uma ldquovariaacutevelrdquo do tipo Mira Contudo esta gigante vermelha natildeo eacute uma variaacutevel de longo-periacuteodo normal eacute uma estrela lsquorsquosimbiocircnticarsquorsquo se assemelhando a Z Andromedae Estrelas do tipo ldquoZ Andromedaerdquo satildeo aquelas que apresentam dois espectros separados indicando duas temperaturas bastante diferentes um esfria e outra muito quente Este fenocircmeno eacute causado por um mesmo sistema binaacuterio onde a estrela maior e mais fria e a outra estrela (talvez uma pequena anatilde branca) a quente E de fato R Aquarii tem uma pequena companheira azul que eacute cercada por uma nuvem de gaacutes Quando acontece eclipse da estrela

72 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

CONSTELACcedilOtildeESZODIACAIS

pequena pela gigante a magnitude visual da primaacuteria varia A estrela tem um periacuteodo de 38696 dias e um alcance de 58 a 124 o melhor momento para ver esta estrela seraacute na primeira semana de setembro em 2005

______________ Objetos de Ceacuteu Profundo

M2 (NGC 7089) - E um aglomerado globular compacto e luminoso mag 65 situado haacute 50000 anos-luz de distacircncia O aglomerado estaacute a 5deg N de beta Aquarii

M72 (NGC 6981) - Tambeacutem eacute um aglomerado globular mag 93 aproximadamente 3deg W S W da Nebulosa de Saturno

M73 (NGC 6994) - E outro aglomerado globular um agrupamento de estrelas de mag 89 que incluiu quatro estrelas sem conexotildees aproximadamente a 15deg leste de M 72

M73 (sistema ou asterismo de 4 estrelas) eacute notaacutevel por fazer o proacuteprio jarro de aacutegua inclinado e vertendo aacutegua Este pequeno asterismo que no campo de visatildeo binocular podem ser vistos em sua totalidade eacute composto de zeta Aqr e trecircs outras estrelas

NGC 7009 ldquoNebulosa de Saturnorsquorsquo - E umanebulosa p lanetaacuteria de mag 8 3 bastante espetacular visiacutevel em instrumentos grandes Tem raios que estende de ambos os lados do disco principal A nebulosa estaacute a 1deg a oeste de nu Aqrrdquo

NGC 7293 lsquorsquoNebulosa da Heacutelicersquorsquo (ou ldquoNebulosa Helicoidalrdquo) - E outra nebulosa planetaacuteria cujo nome aparentemente adveacutem de sua semelhanccedila a heacutelice dupla do DNA Realmente eacute uma nebulosa de anel com mag 65 soacute muito maior e mais lacircnguido que a Nebulosa de Anel mais notaacutevel em Lyra A nebulosa estaacute a 15deg W de upsilon Aquarii ou 210 no devido sul de zeta Aquarii ^

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Clique Astronocircmico

Planetaacuterio Municipal ldquo Prof Benedito RelardquoSituado na cidade de ItatibaSP e inaugurado em 07 de novembro de 2003 eacute o primeiro e uacutenico planetaacuterio no Paiacutes desenvolvido com tecnologia 100 nacional (Projeto Sphaera) O Planetaacuterio Benedito Rela eacute o 18deg do Brasil e o 3deg construiacutedo por uma Prefeitura Municipal e tem capacidade para abrigar ateacute 65 pessoas sentadas em sua sala de projeccedilatildeo Com uma cuacutepula de oito metros e totalmente automatizado foi montado pelo astrocircnomo Carlos Eduardo Mariano de CampinasSP O objetivo da Prefeitura de Itatiba por meio da Secretaria da Educaccedilatildeo eacute a realizaccedilatildeo de cursos palestras seminaacuterios exposiccedilotildees atividades de observaccedilatildeo astronocircmica e encontros sobre planetaacuterios e ensino de Astronomia O projetor SPHAERA I fabricado pela empresa brasileira Sphaera Planetaria Ltda reproduz o ceacuteu estrelado de qualquer regiatildeo do planeta e em qualquer eacutepoca com ateacute 10000 estrelas aleacutem da Via-Laacutectea Sol Lua planetas visiacuteveis figuras das constelaccedilotildees e muitos outros recursos Neste segundo semestre estaraacute em funcionamento no Planetaacuterio o projetor SPHAERA MIDIA Com esse equipamento que iraacute trabalhar em conjunto com o projetor SPHAERA I seraacute possiacutevel projetar graacuteficos e animaccedilotildees de alta definiccedilatildeo e ateacute em 3D Anualmente cerca de 20000 pessoas de Itatiba e cidades vizinhas participam das diversas atividades oferecidas pelo Planetaacuterio Todas as atividades realizadas pelo Planetaacuterio satildeo totalmente gratuitas

Maiores informaccedilotildees httpwwwprefeituraitatibacombrplanetarioplanetariohtmAgendamento de visitas (11) 4538-4547

74 revista macroCOSMOcom | setembro de

copy He

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2005

Construccedilatildeo de umHeliostato

Joseacute Carlos Diniz | REACARJCANFdinizastroterracombr

O Heliostato eacute um instrumento simples quepermite a observaccedilatildeo do Sol por longos periacuteodos de forma segura Deve ser instalado preferencialmente mas natildeo obrigatoriamente de forma fixa de modo a facilitar a aquisiccedilatildeo de imagens Eacute particularmente uacutetil em observatoacuterios para mostras puacuteblicas palestras e estudo sistemaacutetico do Sol

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 75

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Sempre me dediquei agrave fotografia quer seja quando jovem como forma de sustento quer jaacute na meia idade quando me iniciei na astronomia Sempre me encantaram as imagens muito mais do que qualquer outro ramo da astronomia Em 1997 conheci e me maravilhei com o observatoacuterio solar de Rogeacuterio Marcon onde havia um Heliostato e fiquei entre assustado e apaixonado por aquele instrumento Mais tarde conheci Paulo R Moser e seu admiraacutevel trabalho sobre o Sol Com ele aprendi um pouco de observaccedilatildeo solar nas nossas conversas e atraveacutes da paacutegina solar da REA

Comprei filtros Thousand Oaks II e Baader Planetarium e por algum tempo fotografei o Sol O eclipse total de 1998 o novo ciclo solar e as observaccedilotildees puacuteblicas que fazemos no Clube que presido foram o estiacutemulo que faltava para me lanccedilar agrave aventura de construir meu proacuteprio Heliostato para natildeo soacute fotografar mas para observar o Sol

Haacute muito pouca literatura disponiacutevel talvez devido agrave sua simplicidade Os modelos que pesquisei eram voltados mais para a espectroscopia usando instrumentos de focal longa e com aparato complexo Desta forma procurei aprender para simplificar ao maacuteximo sua construccedilatildeo

Um Heliostato nada mais eacute do que um espelho plano montado numa estrutura que permite apontamento polar e movimento sincronizado com o Sol A imagem assim obtida eacute capturada por uma luneta (ou mesmo um doubleto acromaacutetico) e projetada sobre um anteparo O tamanho da imagem vai depender da distacircncia focal da luneta da ocular empregada e da distacircncia da projeccedilatildeo

Caso empreguemos um soacute espelho o Sol sofreraacute um movimento de rotaccedilatildeo ao longo da observaccedilatildeo por isso optei pelo modelo de dois espelhos onde essa rotaccedilatildeo natildeo existe

Neste modelo o espelho primaacuterio reflete a imagem solar para o espelho secundaacuterio que a envia agrave luneta Os espelhos devem ser planos e de boa qualidade (Agrave8) O espelhamento torna a imagem mais brilhante mas eacute possiacutevel prescindir dele Utilizei dois espelhos de 10 cm de diacircmetro feitos pelo Sr Weber (AraraquaraSP)

Uma outra observaccedilatildeo importante eacute que a velocidade de acompanhamento deve ser a metade da velocidade sideral porque a cada movimento do espelho o raio refletido altera-se o dobro desta forma o espelho primaacuterio deve dar uma volta completa a cada 48 horas

Procurei utilizar na construccedilatildeo materiais simples e ao alcance de todos (fig 1) como madeira compensada parafusos dobradiccedilas e rolamentos facilmente encontrados no mercado Apenas uma dimensatildeo eacute fundamental no setor a distacircncia entre o furo por onde passa o eixo principal e o sem-fim deve ser exatos 1455 cm para que tenhamos a velocidade de deslocamento correta de uma volta a cada 48 horas As outras dimensotildees das demais peccedilas natildeo satildeo importantes e podemos adapta-las ao nosso gosto

76 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

macroOFICINA

Na figura 1 temos a relaccedilatildeo das peccedilas

1 - Alumiacutenio dobrado para sustentar o espelho primaacuterio

2 - Discos de madeira para prender os espelhos

3 - Parafuso motor Prende o setor na placa de sustentaccedilatildeo

4 - Dobradiccedila de latatildeo

5 - Peccedila de latatildeo dobrada para ajuste de altura

6 - Parafusos que formam os peacutes da montagem

7 - Pequenos cilindros de madeira que formam as cabeccedilas dos parafusos

Aleacutem disso temos o setor garfo do espelho secundaacuterio placa de sustentaccedilatildeoe rolamentos (2) de rdquo de diacircmetro

FIG 1

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 77

T -

macroOFICINA

0 conjunto eacute montado sobre uma peccedila de madeira Haacute ainda uma pequena torre

que sustenta o espelho secundaacuterio (fig 2) nela vemos

1 - Torre

2 - Mesa onde se fixa o setor

3 - Tubo de latatildeo que prende o espelho secundaacuterio

78 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

FIG 3

lsquo14

J l f 1 mdash

o

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macroOFICINA

Torneamos um eixo de latatildeo (fig 3) que passa por dentro dos ro lam entos de esfera e que prende de um lado o setor do sem fim e do outro o espelho primaacuterio

Esse eixo possui de um lado rosca de 38rdquo e do outro rdquo Duas arruelas de alumiacutenio ajudam na fixaccedilatildeo do suporte do espelho primaacuterio ao setor

Escolhem os passar o eixo pelos rolamentos para dar um movimento suave e uniforme ao espelho e fa c ilita r o p o sic ionam ento do espelho primaacuterio

A figura 4 mostra o conjunto em fase de montagem

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 79

macroOFICINA

Revendo velhas revistas SampT deparei-me com uma soluccedilatildeo muito interessante para construccedilatildeo do sem fim dobrar dois parafusos de latatildeo de rdquo e 20 espiras por polegada e prende-los na parte de baixo do setor onde fizemos um sulco (fig 5 e 6)

A traccedilatildeo se daraacute por um parafuso igual ao do sem-fim acoplado ao motor de de volta por m inuto Esta re laccedilatildeo proporciona um deslocamento de metade da velocidade sideral O motor foi conseguido de um velho timer de uma maacutequina de lavar pratos e o suporte do parafuso feito em madeira no formato de U

Uma mola manteacutem o acoplamento e facilita o reposicionamento do setor (fig 7 8 e 9)

80 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 81

Um dado importante para o correto alinhamento polar eacute que o plano do espelho primaacuterio deve obrigatoriamente coincidir com o Poacutelo O ajuste do Poacutelo se faz com a pequena peccedila de latatildeo conforme ilustrado nas figuras 10 e 11 Embora simples eacute eficaz e permite alinhar-se com boa precisatildeo

82 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

V gt

macroOFICINA

Uso para o alinhamento um inclinocircmetro uma buacutessola e um niacutevel de bolha (fig 12)A torre que conteacutem o espelho secundaacuterio permite-nos aproximaacute-lo e afastaacute-lo do espelho primaacuterio

para obtermos a reflexatildeo da imagem Conforme a posiccedilatildeo do Sol no Solstiacutecio ou Equinoacutecio precisamos movimentaacute-la para obter a imagem a ser projetada

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 83

1 ^ 1Apoacutes posicionar o espelho primaacuterio com o motor

em funcionamento movemos o secundaacuterio ateacute obtermos a reflexatildeo e em seguida o movemos para direcionar a luneta vista ao fundo junto agrave cuacutepula (fig 13 ) O motor eacute siacutencrono e ligado a corrente eleacutetrica atraveacutes de um variador de frequumlecircncia o que permite acelerar e retardar o movimento da imagem Observei que o conjunto sem fim ainda necessita de ajustes mas permite uma observaccedilatildeo por tempo razoaacutevel (10 a 15 minutos) com poucas correccedilotildees

No momento o instrumento encontra-se em testes Pretendo construir uma base soacutelida para recebecirc-lo e desta forma facilitar a obtenccedilatildeo de imagens solares de modo mais confortaacutevel no interior da minha modesta cuacutepula e abrigado dos raios

V ~

solares podendo desta forma observaacute-lo de forma longa e produtiva A im agem refletida pelo secundaacuterio seraacute projetada atraveacutes de uma luneta para um anteparo onde seraacute observada Cartas de Waldmeier foram impressas em transparecircncia e satildeo ajustadas agraves imagens (16 cm de diacircmetro)

Adiantando ou atrasando a rotaccedilatildeo do motor podemos fazer a imagem do Sol tocar as bordas da carta determinando assim a linha Leste e o Oeste e por consequumlecircncia o Norte e o Sul desta forma podemos posicionar a carta e saber em que setor as manchas estatildeo anotaacute-las e segui-las com maior precisatildeo A imagem pode ser fotografada e uma animaccedilatildeo mostrando a rotaccedilatildeo das manchas eacute possiacutevel

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As figuras 14 e 15 mostram o instrumento terminado

Espero ter contribuiacutedo para despertar interesse e motivaccedilatildeo no estudo do Sol O Heliostato eacute de grande im portacircncia para observatoacuterios e associaccedilotildees por permitir de forma simples obter im agens de qualid ad e com conforto e a popularizaccedilatildeo do estudo do Sol

Qualquer duvida estou sempre agrave disposiccedilatildeo Meus profundos agradecimentos a Rogeacuterio Marcon e a Paulo Roberto Moser pelos ensinamentos Este projeto eacute dedicado agrave memoacuteria de Jean Nicolini mestre da observaccedilatildeo e exemplo de paixatildeo pela astronomia M

Nota Este artigo eacute parte integrante do Reporte Anual da REA-BRASIL (REDE DE ASTRONOM IA OBSERVACIONAL BRASIL) - REPORTE Ndeg 11 editado em DEZEMBRO2003 Nossos agradecimentos ao amigo Joseacute Carlos Diniz bem como ao atual Coordenador Geral da REA Edvaldo Joseacute Trevisan por nos permitir divulgar e veicular na Revista macroCOSMOcom mais este trabalho realizado pelos membros da REA-BRASIL Este e demais reportes estatildeo disponiacuteveis em no site da REA-BRASIL Conheccedila o trabalho desenvolvido pelos membros da REA e participe httpwwwreabrasilorg

Joseacute Carlos Diniz eacute Meacutedico Cardiologista (Rio de JaneiroRJ) astrocircnomo amador astrofotoacutegrafo e ATM Membro da REA CARJ CANF e NG C51 Tem se destacado por seu magniacutefico trabalho contra a Poluiccedilatildeo Luminosa emeacuterito e premiado astrofotoacutegrafo construtor de vaacuterios instrumentos astronocircmicos e divulgador destas nobres artes cujos trabalhos podem ser apreciados em httpwwwastrosurfcomdiniz e http wwwdinizastrodatabasenet

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Equipe que iraacute para a Olimpiacuteada internacional em 2005 na China No centro o presidente da SAB Licio da Silva e Prof Joatildeo Canalle coordenador nacional da OBA

Olimpiacuteada Brasileira de Astronomia eDESPERTANDO INTERESSE DE A c t m n C I I

ALUNOS PELA CIEcircNCIA M b Ll U N dU LILrd

Fernanda Calipo | Revista macroCOSMOcomfecalipohotmailcom

Aleacutem de muacutesica balada e outros atrativos da idade alunos descobrem uma paixatildeo diferente A Astronom ia A O BA - O lim piacuteada B ras ile ira de A s tro n o m ia e A s tro n aacute u tica eacute um even to edu ca tivo responsaacutevel por despertaacute-los a se aplicar neste segm ento cientiacutefico A O lim piacuteada jaacute estaacute em sua oitava ediccedilatildeo e eacute prom ovida anualm ente pela SAB - Sociedade Astronocircm ica Brasileira sociedade cientiacutefica que reuacutene os profissionais envolvidos em pesquisa cientiacutefica de todas as aacutereas da Astronom ia e Astrofiacutesica do Brasil e pela Agecircncia Espacial Brasileira (AEB)

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A OBA tem o objetivo de fomentar o interesse dos jovens pela Astronomia Astronaacuteutica e Ciecircncias afins aleacutem de promover a difusatildeo dos conhecimentos baacutesicos de uma form a luacutedica e cooperativa mobilizando natildeo soacute os alunos mas professores coordenadores pedagoacutegicos diretores pais e escolas planetaacuterios observatoacuterios municipais e particulares espaccedilos centros e museus de ciecircncia associaccedilotildees e clubes de astronomia astrocircnomos profissionais e amadores entre outros num soacute mutiratildeo nacional aleacutem de distribuir materiais educacionais de astronomia para os professores representantes da OBA nas escolas participantes

ldquoA Astronomia eacute a ciecircncia com o maior nuacutemero de sociedades amadoras mas paradoxalmente natildeo eacute objeto de uma disciplina especiacutefica nos curriacuteculos dos ensinos fundamental e meacutedio Em geral ela fica a cargo de um profissional de ensino que natildeo possui habilitaccedilatildeo especiacutefica no tema e muito frequumlentemente nem eacute formado em ciecircncias exatas A OBA busca portanto estimular nos estudantes o gosto pelo tem a bem como divulgar corretam ente os conteuacutedos entre estudantes e professores realizando um diagnoacutestico ainda que parcial do quatildeo tais conteuacutedos estatildeo ou natildeo corretamente apreendidosrdquo afirma o coordenador nacional da OBA Prof Dr Joatildeo Batista Garcia Canalle professor titu lar no Instituto de F iacutes ica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) onde tam beacutem estaacute sediada a Coordenaccedilatildeo Nacional da Olimpiacuteada Brasileira

Quem participa Todos alunos que estejam estudando entre a primeira serie do ensino fundamental ateacute os da ultima do ensino meacutedio Natildeo haacute restriccedilatildeo quanto ao nuacutemero miacutenimo ou maacuteximo de alunos participantes por escola Se a escola onde o aluno estuda natildeo estiver cadastrada para participar da OBA o estudante interessado poderaacute recorrer a uma outra escola cadastrada ou a outra instituiccedilatildeo cadastrada A inscriccedilatildeo do aluno deveraacute ser feita pelo professor que aplicaraacute a prova

As provas dividem-se em quatro niacuteveis a saber

Prof Joatildeo Canalle coordenador nacional da OBA

Niacutevel 1 destinada aos alunos da 1a e 2a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 2 destinada aos alunos da 3a e 4a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 3 destinada aos alunos de 5a agrave 8a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 4 destinada aos alunos de qualquer seacuterie do ensino meacutedio ou que jaacute concluiacuteram o ensino meacutedio haacute menos de dois anos (a contar da data da prova da OBA) e natildeo estatildeo matriculados em nenhuma instituiccedilatildeo de ensino superior

As questotildees das provas visam muito mais a dar informaccedilotildees corretas e atualizadas aos alunos do que extrair informaccedilotildees deles As provas satildeo compatiacuteveis com os conteuacutedos abordados pela maioria dos livros didaacuteticos do ensino fundamental e meacutedio A prova eacute constituiacuteda de 7 perguntas de Astronomia e 3 de Astronaacuteutica (o que inclui lanccedilamento de foguetes sateacutelites artificiais e sensoriamento remoto) Dentre as 7 perguntas de A stronom ia haacute uma ou duas perguntas observacionais Para responder a estas perguntas observacionais o aluno precisa fazer previamente uma atividade observacional divulgada com antecedecircncia sobre a qual seraacute baseada a pergunta

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Assim sendo os alunos podem fa ze r individualmente ou em grupos estas atividades observacionais No dia da Olimpiacuteada contudo cada aluno deveraacute estar de posse das suas mediccedilotildees respostas caacutelculos e resultados da atividade observacional que foi solicitada pela Organizaccedilatildeo da OBAUma novidade em 2005 foi a parceria com a Agecircncia Espacial Brasileira (AEB) passando a se cham ar O lim piacuteadas Brasileira de Astronomia e Astronaacuteutica ldquoA Agecircncia tem um interesse em divulgar mais seus avanccedilos tecnoloacutegicos brasileiros principalmente para quem ainda estaacute na fase de aprendizado Temos um brasileiro em constante treinamento na NASA o Marcos Pontes aleacutem de uma parceria com a China na aacuterea de sateacutelites Enfim muitas coisas para acrescentar como conhecimento na prova que teraacute 3 questotildees voltadas para este temardquo ressalta o Prof Canalle

Os alunos com m elhor desem penho na Olimpiacuteada nacional satildeo convidados a receber um treinamento para participarem da Olimpiacuteada Internacional devendo passar por uma outra prova que selecionaraacute entre 4 e 6 participantes para

representarem o Brasil laacute fora Como a equipe eacute formada por membros de diferentes unidades da federaccedilatildeo o treinamento contou com astrocircnomos membros da Sociedade Astronocircmica Brasileira os proacuteprios professores dos estudantes e ainda com listas de exerciacutecios compiladas por ex-participantes que tambeacutem jaacute participaram da Olimpiacuteada nacional ou internacional

ldquoA Olimpiacuteada muito mais que uma competiccedilatildeo eacute uma maneira de despertar a curiosidade cientiacutefica nos jovens Assim pretende-se utilizar a OBA como uma espeacutec ie de recurso pedagoacutegico um instrumento que muito mais do que de premiar os melhores estudantes tem o objetivo de cativar o interesse pela ciecircncia entre os jovens atraveacutes de uma prova com questotildees interessantes e bem elaboradas que natildeo lsquoassustersquo o estudante pela falta de conhecimento necessaacuterio retendo assim a sua atenccedilatildeo e despertar a sua imaginaccedilatildeo e o interesse cientiacutefico Sem duacutevida o evento serve tambeacutem para revelar talentos precoces A OBA seleciona os integrantes da equipe internacional tendo poreacutem um objetivo bem maior do que esterdquo finaliza o Prof Canalle

Carla Fernanda (hoje na POLI - USP) e Gulherme (Univale - SC) ambos com 17 anos e medalhistas da Olimpiacuteada internacional de 2004 na Ucracircnia

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Astronomia Brasileira leva prata e bronze em Olimpiacuteada Internacional de 2004 e prepara equipe para China em 2005

Configurando o melhor resultado de todas as participaccedilotildees nacionais trecircs dos quatro integrantes da equipe que representou o Brasil na IX Olimpiacuteada Internacional de Astronomia realizada em outubro de 2004 na Crimeacuteia retornaram laureados A equipe dividida nas duas faixas etaacuterias do certame era formada por Carla Fernanda de Arauacutejo e Silva estudante do Coleacutegio Objetivo (Satildeo PauloSP) e Guilherme Rohden Echelmeier estudante do Coleacutegio de Aplicaccedilatildeo da Univale (ItajaiacuteSC) pertencentes agrave faixa etaacuteria dos membros de ateacute 17 anos A faixa etaacuteria daqueles de ateacute 15 anos contou com Fernanda Vilela de Aquino da Escola Estadual Pe Anchieta (CoqueiralMG) e Felipe Ferreira Villar Coelho estudante do Coleacutegio Metropolitano (Serra ES) Carla e Guilherme obtiveram medalhas de bronze enquanto Filipe obteve a ineacutedita para o Brasil medalha de prata para a menor faixa etaacuteria A equipe contou ainda com os liacutederes Profa Nuricel Aguilera Villalonga (Coleacutegio Objetivo) Dr Carlos Alexandre W uenche do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Dr Roberto Pereira Ortiz (UFES)

A Olimpiacuteada foi realizada em Simeiz uma pequena cidade na costa sul da Crimeacuteia (no Mar Negro) a 105 km de Sinferopol T recircs diferentes tipos de provas foram aplicados teoacuterica praacutetica e observacional A prova praacutetica consiste na in terpretaccedilatildeo de informaccedilotildees astronocircmicas Para esta prova os estudantes natildeo podem ter mais de 17 anos nem estar na universidade

Hemisfeacuterio Norte - A equipe brasileira eacute uma das duas uacutenicas originaacuterias do Hemisfeacuterio Sul A outra eacute a equipe Indoneacutesia Entretanto as olimpiacuteadas internacionais de Astronomia desde sua criaccedilatildeo sempre foram organizadas no Hemisfeacuterio Norte Ao contraacuterio de outras Olimpiacuteadas Cientiacuteficas isto sempre foi uma desvantagem adicional para a equipe brasileira Aleacutem de conhecimentos teoacutericos e praacuteticos sobre Astrofiacutesica Astronomia e suas teacutecnicas os participantes se defrontaram com provas observacionais frente a um ceacuteu familiar a praticamente todas as equipes do Hemisfeacuterio Norte Para piorar as coisas algumas constelaccedilotildees que podem ser avistadas de ambos os Hemisfeacuterios

aparecem invertidas quando se vai de um hemisfeacuterio para outro Procurando sanar esta dificuldade a equipe recebeu da mesma forma que em 2003 um treinamento especial no Planetaacuterio de Rio de Janeiro uma semana antes de seu embarque para a Ucracircnia Na cuacutepula da Fundaccedilatildeo Planetaacuterio do Rio de Janeiro foi reproduzido o ceacuteu da Crimeacuteia agrave eacutepoca e horaacuterios provaacuteveis das provas observacionais

China 2005 o grupo que iraacute para China este ano marcou presenccedila no XXXI Encontro da SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira realizado no Hotel Vacance em Aacuteguas de LindoacuteiaSP de 3107 a 0308 quando recebeu um treinamento avanccedilado de profissionais em astronomia ex-participantes e o apoio do coordenador Prof Canalle e do presidente da SAB Prof Licio da Silva (ONMCT)

Divulgaccedilatildeo e ConhecimentoComparando os dados da I OBA em 1998 quando

a prova foi aplicada para alunos de apenas 21 instituiccedilotildees em 8 cidades hoje o nuacutemero chega a surpreender Na VIII OBA realizada em maio de 2005 o total de escolas cadastradas chegou agrave marca de 3300 somando cerca de 180000 alunos que efetivamente realizaram a prova Vale ressaltar que todos os alunos professores e escolas receberatildeo um certificado e os 10000 com melhor classificaccedilatildeo seratildeo condecorados com medalhas em eventos promovidos pelas proacuteprias instituiccedilotildees de origem dos alunos

Natildeo haacute taxa de inscriccedilatildeo para escolas ou alunos participarem da OBA O envio do material de divulgaccedilatildeo cartaz cartas circulares provas e gabaritos satildeo totalmente gratuitos inclusive a postagem dos m esm os A im pressatildeo dos certificados e a confecccedilatildeo das medalhas tambeacutem eacute gratuita As uacutenicas despesas das escolas participantes satildeo as coacutepias das provas pois eacute enviado somente um original de cada niacutevel para aplicaccedilatildeo aleacutem da postagem dos kits com medalhas certificados e materiais de apoio apoacutes a realizaccedilatildeo total do evento

Para maiores informaccedilotildees httpwwwobaorgbr

Fernanda Calipo Cossia eacute Jornalista publicitaacuteria locutora de raacutedio assessora de comunicaccedilatildeo e poacutes graduada em relaccedilotildees Puacuteblicas Trabalhou 5 anos na Universidade Metodista de Satildeo Paulo e acumulou experiecircncias para hoje atuar na aacuterea de assessoria de comunicaccedilatildeo para os mais diversos segmentos Atualmente ela dedica-se agrave especializaccedilatildeo na aacuterea de jornalismo cientiacutefico

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Da religiatildeo a Ciecircncia

uma aventura do conhecimento humano

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GLEISER Marcelo O fim da Terra e do Ceacuteu O apocalipse na Ciecircncia e na Religiatildeo Satildeo Paulo Companhia das Letras 2001

Quais satildeo os limites que separam ciecircncia e religiatildeo Satildeo saberes complementares ou antagocircnicos Satildeo estas as perguntas feitas por Marcelo Gleiser em ldquoO fim da Terra e do Ceacuteu O apocalipse na Ciecircncia e na Religiatildeo Experiente cosmoacutelogo e divulgador cientiacutefico o autor presenteia o leitor com uma fantaacutestica abordagem histoacuterica das principais questotildees astronocircmicas e cosmoloacutegicas a preocupar o homem durante sua existecircncia Impossibilitado de responder estas questotildees de forma cientiacutefica estes recorreram ao que chamamos hoje de religiatildeo

Para Marcelo natildeo existiu uma ruptura abrupta entre o pensamento religioso e o pensamento cientiacutefico Simplesmente perguntas que antes eram respondidas pela religiatildeo passaram a serem respondidas pela ciecircncia Ele segue esse caminho sem apelar para o relativismo tatildeo em moda que coloca segundo alguns filoacutesofos entre eles Richard Rorty os deuses gregos no mesmo patamar que a moderna astrofiacutesica Para este ambas as explicaccedilotildees da origem o cosmo seriam validas e natildeo haveria como escolher de forma racional entre uma e outra sendo esta uma escolha subjetiva

Marcelo Gleiser natildeo cai nesta armadilha relativista Ele reconhece sim o papel que teve a religiatildeo como uma das formas de pensamento desenvolvidas pelo homem para tentar explicar fenocircmenos naturais mas tambeacutem reconhece as limitaccedilotildees destas explicaccedilotildees uma vez que a fiacutesica e a astronomia moderna ainda que natildeo se julguem detentoras da verdade conseguiram explicar os fenocircmenos expostos natildeo apenas de forma mais satisfatoacuteria mas tambeacutem de maneira racional experimental e capaz de fazer previsotildees Componentes estes indispensaacuteveis a qualquer ciecircncia E fora do acircmbito da religiatildeo

Um dos fenocircmenos mais perturbadores para o homem antigo era a mudanccedila nos ciclos dos movimentos celestes (tais como os eclipses aparecimento de cometas e chuva de meteoros) Em geral estes fenocircmenos celestes representavam a prediccedilatildeo de eventos maleacuteficos (pragas doenccedilas escassez nas colheitas fome ou ira dos

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deuses) A uacutenica exceccedilatildeo segundo o autor eacute a tribo Kung da N am iacutebia que considerava a passagem destes objetos celestes como pressaacutegio de boa sorte Esta visatildeo eacute decorrente de crenccedilas que consideravam os ceacuteus como morada dos d euses portanto um lugar de perfe iccedilatildeo e imutabilidade Podendo ser qualquer mudanccedila no ciclo regular dos movimentos dos ceacuteus considerada como mudanccedila no temperamento dos proacuteprios deuses Natildeo eacute estranho assim que o livro de Apocalipse o ultimo livro do Novo Testamento trazer referencias ao fim do mundo como um evento de ordem cosmoloacutegica (queda de estrelas na Terra escurecimento do Sol entre outros) isto sem falar por exemplo em 2deg Pedro 3 3-13 1 deg Joatildeo 2 18 no Livro de Daniel no Ecircxodo e etc apenas para ficarmos nas referencias culturais mais proacuteximas de noacutes mesmos

Natildeo se preocupe leitor Gleiser vai muito mais longe do que isso em sua histoacuteria da religiatildeo comprada agrave astronomia e cosmologia moderna Passamos assim a conhecer as mais diversas crenccedilas religiosas e miacuteticas que a seu modo tentam exp licar os fenocircm enos ce lestes Egiacutepcios japoneses gauleses incas povos ameriacutendios povos africanos chineses judeus hindus e europeus tem suas mitologias dissecadas de forma bastante competente pelo autor

Apoacutes a apresentaccedilatildeo destas o autor recorre ao arcabouccedilo teoacuterico experimental e histoacuterico da cosmologia e da astronomia explicando questotildees levantadas e trabalhadas pelo pensamento miacutestico- relig ioso a traveacutes das ultim as desco b ertas cientiacuteficas O meacutetodo de exposiccedilatildeo perpassa todas as quatro partes do livro prim eiram ente eacute apresentada uma questatildeo de ordem astronocircmico- cosmoloacutegica em seguida a explicaccedilatildeo dada pelas religiotildees a estes fenocircm enos seguidas pela exposiccedilatildeo das explicaccedilotildees dadas por filoacutesofos e cientistas em diversas eacutepocas ao mesmo fenocircmeno somente entatildeo o leitor eacute confrontado com as explicaccedilotildees mais recentes dadas pela ciecircncia moderna Organizaccedilatildeo esta bastante didaacutetica certamente muito apraziacutevel e uacutetil para expor questotildees astronocircmicas ao puacuteblico leigo

Seguindo este meacutetodo o leitor apoacutes ser exposto ao legitimo perigo representado por asteroacuteides e cometas para a existecircncia da vida humana ou no miacutenimo os enormes prejuiacutezos que a queda de um meteorito provocaria ao se chocar em uma cidade populosa Perigo este de certa forma jaacute contemplado no pensamento miacutestico-religioso de vaacuterios povos passa a entender a origem formaccedilatildeo constituiccedilatildeo geoloacutegica e oacuterbita destes objetos celestes para entatildeo ser apresentado as ultimas medidas tomadas por cientistas e militares para catalogar estes objetos e possivelmente evitar uma colisatildeo

Vejamos uma breve passagem ldquoComo sabiam os egiacutepcios japoneses incas e tantas outras culturas que idolatraram o Sol atraveacutes dos tempos o destino do Sol eacute diretamente relevante para o nosso destino e sobrevivecircncia neste planeta Durante aproximadamente 10 bilhotildees de anos hidrogecircnio funde-se em heacutelio gerando pressatildeo suficiente para contraba lanccedilar a contraccedilatildeo gravitacional Com o passar do tempo a quantidade de heacutelio na regiatildeo central da estrela aumenta enquanto a quantidade de hidrogecircnio diminui paacuteg 195 Este processo levara o Sol a se tornar uma gigante vermelha destruindo toda a vida na Terra

Daiacute o autor passa a explorar os buracos negros misteriosos turbilhotildees coacutesmicos dignos de Jasatildeo e Gilgamesh entre tantos outros fenocircmenos e objetos celestes Apoacutes uma longa viagem por mitos religiotildees filosofias e histoacuteria da ciecircncia o autor fecha o livro com um fantaacutestico capiacutetulo referente agrave formaccedilatildeo do universo e a interaccedilatildeo de suas forccedilas a luz da fiacutesica contemporacircnea

Apoacutes percorrermos este longo caminho descrito por Gleiser terminamos a leitura com uma uacutenica certeza somos seres extremamente limitados e insignificantes perante a grandeza do Universo entretanto fomos capaz de lhe dar um significado e uma explicaccedilatildeo Ainda temos muito para conhecer Com certeza Mas certamente daremos passos ainda maiores pois a vida humana soacute tem valor na medida em que podemos dar significado ao mundo que nos cerca aumentando nosso entendimento deste Vocecirc leitor pode ser o proacuteximo a dar este passo Ateacute laacute soacute posso lhe desejar uma boa leitura

Edgar Indalecio Smaniotto filoacutesofo professor e escritor E-mail edgarsmaniottoyahoocombr

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Viag ens no tempoe Universos Paralelos

Explorando os limites da Fiacutesica

VASCONCELLOS Rogeacuterio Amaral de Vaca Profana Encruzilhadas Livro 1 Ndeg 00 [S C] Sistema Literaacuterio Experimental Virtual (SLEV) 2005 (Coleccedilatildeo SLEV 2004 - Fase I) Compras em httpwwwslevorg R$ 1200

Nos uacuteltimos anos a fiacutesica teoacuterica vem expandindo-se gradualmente incorporando a seu arcabouccedilo de conceitos ideacuteias ateacute entatildeo de domiacutenio da ldquometafiacutesicardquo ou seja algo que antes era feito por filoacutesofos tornou-se agora parte da fiacutesica Processo este que ocorre pelo menos desde Nietzsche o uacuteltimo grande filoacutesofo a tratar de questotildees cosmoloacutegicas E tambeacutem aquele que decretou a morte da metafiacutesica entregando para os fiacutesicos a responsabilidade de explicar e criar hipoacuteteses que decircem sentido a organizaccedilatildeo do cosmo

Entretanto os fiacutesicos ao contrario dos filoacutesofos ainda que tendem a levantar hipoacuteteses muitas vezes surpreendentes tem que tornar estas ldquoverificaacuteveisrdquo via experimentaccedilatildeo Suas hipoacuteteses devem ter um referencial no mundo natural capaz de ser observado por seus pares Em outras palavras mesmo que apresentem uma teoria elegantemente organizada e sustentada racionalmente por criteacuterios loacutegicos e matemaacuteticos esta natildeo seraacute aceita caso natildeo se verifique sua correlaccedilatildeo com o mundo natural

Mas alguns cientistas mais ousados entre eles J Richard Gott (Viagens no Tempo No universo de Einstein Rio de Janeiro Ediouro 2002) natildeo se importam em fazer extrapolaccedilotildees bastante distantes das possibilidades da ciecircncia moderna em verificar sua correlaccedilatildeo com o mundo natural Abrindo assim amplos campos para a especulaccedilatildeo cientiacutefica campo este rapidamente ocupado pelos escritos de ficccedilatildeo cientiacutefica

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D estacam os aqui o livro ldquoV aca P ro fa n a E n c ru z ilh a d a s rdquo de R ogeacuterio A m aral de Vasconcellos recentemente lanccedilado Tudo bem concordo que o titulo eacute um tanto esquisito eu tam beacutem natildeo gostei mas o livro tem muitas qualidades que independem deste

Basicamente estamos falando de Universos Paralelos e V iagens no Tempo Neste caso seriamos habitantes de um Multiverso Assim o autor trab a lh a com as teo rias da in flaccedilatildeo cosmoloacutegica ou seja a ideacuteia de que aleacutem do alcance de nossos telescoacutepios existem outras regiotildees do espaccedilo que parecem idecircnticas a nossa Para muitos cosmoacutelogos alguns destes Universos poderiam ateacute ter leis fiacutesicas diferentes do nosso Basicamente esta eacute a ideacuteia que perpassa a histoacuteria do livro

A histoacuteria propriamente dita comeccedila quando uma poderosa entidade alieniacutegena conhecida como o Zelador que possui tecnologia capaz de se deslocar entre estes universos comeccedila a reunir um grupo de seres humanos e alieniacutegenas de diversos universos e tempos diferentes A intenccedilatildeo do autor eacute trabalhar com o conceito de Histoacuteria Alternativa Basicamente neste tipo de ficccedilatildeo cientifica o autor pega um determinado ponto chave da histoacuteria e modifica este m udado assim todo o restante da histoacuteria conhecida

Por exemplo se Hitler tivesse conseguido a bomba atocircmica antes dos aliados se a Intentona Comunista tivesse obtido sucesso em derrubar Getulio Vargas ou se a Confederaccedilatildeo dos Tamoios tivesse vencido a guerra contra os portugueses como seria nossa historia hoje Entre diversas outras possibilidades

Mas todas estas soacute satildeo possiacuteveis se estivermos falando de um Multiverso infinito onde todos os seres humanos e fatos histoacutericos podem ter todos os seus desdobramentos possiacuteveis ocorrendo Neste caso a viagem no tempo natildeo seria uma viajem ao nosso proacuteprio passado mas uma viagem a um outro universo onde nossa presenccedila laacute jaacute estava assegurada Assim todas as possibilidades que nossa existecircncia poderia seguir realmente existem nestes diferentes universos

P arecem ideacute ias um tanto m eta fiacutes icas Certamente Mas o artigo ldquoO jogo de espelho dos Universos Paralelosrdquo de Max Tegmark (Scientific American Ano 2 ndeg 13) e o jaacute citado livro de J Richard Gott tornam estas possibilidades bastante plausiacuteveis ainda que estejamos a seacuteculos de distancia de uma tecnologia que nos permita mesmo visualizar estes universos paralelos ou viajar no tempo como admitem os proacuteprios autores citados Vasconcellos como todo o escritor de ficccedilatildeo cientiacutefica que se preze explora este campo ainda nebuloso da fiacutes ica ateacute suas ultim as consequumlecircncias

Neste primeiro livro impresso a coleccedilatildeo completa jaacute tem mais de 3 dezenas de volumes disponiacuteveis em e-book na Internet (httpwwwslevorg) o autor faz uma apresentaccedilatildeo dos personagens e do norte narrativo da histoacuteria Satildeo reunidos seres de vaacuterios tempos e universos em sua grande maioria humanos apenas alguns satildeo alieniacutegenas para cumprir algumas missotildees em diferentes realidades alternativas

A apresentaccedilatildeo destes personagens e de seus mundos eacute feita com bastante competecircncia Temos dois arqueoacutelogos Andreacuteas Nikolos Papandriu e Dimitri Diogovitc na segunda metade do seacuteculo XIX envoltos com o debate acerca da origem da vida (evolucionismo versus criacionismo) A descriccedilatildeo de seres vivos inteligentes evoluiacutedos a partir do reino vegetal que podem usar metano gaacutes carbocircnico e eacuteter para sobrevivecircncia metaboacutelica aleacutem de um sofisticado conversor orgacircnico com ceacutelulas verdes -fotossinteacuteticas- em accedilatildeo

Este personagem (Zandra de Harboor) eacute dos mais interessantes do livro por viver em um mundo onde a magia ainda predomina tendo serias dificuldades com a aristocracia local para levar ad ian te suas pesquisas astronocircm icas e astronaacuteuticas O leitor se defrontara com bastantes questotildees interessantes mas teraacute que acompanhar a serie toda Natildeo se desespere cada livro custa apenas 200 reais no sistema e-book De qualquer forma eacute uma excelente pedida para quem gosta de uma boa literatura com pitadas de ciecircncia e muita fantasia Boa leitura

Edgar Indalecio Sm aniotto filoacutesofo professor e escritor E-mail edgarsmaniottoyahoocombr

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dicasdigitais

Navegando pelas constelaccedilotildeesEm setembro tem iniacutecio a estaccedilatildeo das flores Novas constelaccedilotildees estaratildeo melhores posicionadas

no ceacuteu noturno nas noites quentes de primavera para o hemisfeacuterio austral e outonal para o hemisfeacuterio boreal Assim nesta ediccedilatildeo vamos dar um giro por websites que falam dessas miriacuteades de estrelas e dos objetos que estatildeo em suas direccedilotildeesAntes de entrarmos no mundo digital vai uma dica natildeo digital para os neoacutefitos que querem saber

onde estatildeo as constelaccedilotildees e como localiza-las Nossa sugestatildeo vai para um livro com 87 paacuteginas de faacutecil entendimento e muito bem estruturado Eacute um pequeno guia praacutetico para observaccedilatildeo do ceacuteu que leva o observador a identificar estrelas e constelaccedilotildees sem o auxiacutelio de instrumentos Rumo agraves Estrelas do autor Delerue Alberto (1999) editora Jorge Zahar

Como diria o grande poeta parnasiano Olavo Bilac (1865-1918) cujas estrelas tecircm presenccedila marcante em seus versos que ora aparecem como confidentes ora como testemunhas ou conhecedoras do misteacuterio da vida

ldquoOra (direis) ouvir estrelas Certo Perdeste o sensordquo E eu vos direi no entanto

Que para ouvi-las muita vez desperto E abro as janelas paacutelido de espantoE conversamos toda a noite enquanto A Via Laacutectea como um paacutelio aberto

Cintila E ao vir do sol saudoso e em prantoInda as procuro pelo ceacuteu desertoDireis agora ldquoTresloucado amigo

que conversas com elas Que sentido Tem o que dizem quando estatildeo contigordquo

E eu vos direi ldquoAmai para entendecirc-lasPois soacute quem ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelasrdquo

Via-Laacutectea (Olavo Bilac)

Os websites relacionados nessa ediccedilatildeo contem inuacutemeras informaccedilotildees sobre esfera celeste estrelas constelaccedilotildees e muito mais Vale a pena navegar por cada um deles e usufruir desse vasto conhecimento depositado na internet Clique no mouse e feliz navegaccedilatildeo

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dicas digitais

Kepler de Souza Oliveira Filho e Maria de Faacutetima Oliveira Saraiva (em portuguecircs)lt

Constelaccedilotildees httpastroifufrgsbrconsthtm pound3Coordenadas das Constelaccedilotildees httpastroifufrgsbrconst1htm |

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Sebastiaacuten Otero (em inglecircs) 1280(05) 1290 (06)

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Imagens de Constelaccedilotildees - httpdavidmalincomfujiifujii_indexhtmlDavid Malin (em inglecircs)Paacutegina com a coleccedilatildeo completa de Akira FujiiDMI

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revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 95

dicasdigitais

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The Constellations Web Page - httpwwwdibonsmithcomconstelhtmRichard Dibon-Smith (em inglecircs)

lsquo i - lsquoTabela com- alfabeto gregolsquohttpwwwdibonsmithcomgreekhtm

raquo bull i _ Tabela de dados estelares httpwwwdibonsmithcomdatahtm -1

^ Localizaccedilatildeo de objetos atraveacutes de binoacuteculos httpwwwdibonsmithcombinoc_tbhtm Graacuteficos de cosntej accedilotildees para o hemisfeacuterio sul httpwwwdibohsmithcomgraph_shhtmEsquema de todas as constelaccedilotildees httpwwwdibonsmithcomgraphicshtmV rsquo rsquo raquo bull

Orbita de 150 estrelas binaacuterias visuais httpwwwdibonsmithcomorbitshtm Nomes mitojoacutegicos das lsquoconstelaccedilotildeesrsquo httptowwdibonsmithcommythnamehtm kCataacutelogo Messier httpwwwdibonsmithcommessierhtm

Rosely Greacutegio eacute formada em Artes e Desenho pela UNAERP Grande difusora da Astronomia atualmenteparticipa de programas de observaccedilatildeo desenvolvidos no Brasil e exterior envolvendo meteoros cometasLua e recentemente o Solhttprgregioastrodatabasenethttprgregiositesuolcombrhttpmembersfortunecitycommeteor4indexhtmhttpgeocitiesyahoocombrrgregio2001httpwwwconstelacoeshpgcombr

96 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

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AstroHaEacutearteDigital

Eacute com grande satisfaccedilatildeo que a Revista macroCOSMOcom inaugura uma nova seccedilatildeo chamada ldquoAstro Arte Digitalrdquo O objetivo dessa seccedilatildeo eacute a de ser um local de exposiccedilotildees de arte digital sobre temas astronocircmicos dando para aqueles leitores que possuem talento artiacutestico uma oportunidade para exporem seus trabalhos Todos estatildeo convidados para participarem

Regulamento

1deg O tema eacute livre contato que aborde algum tema relacionado agrave Astronomia ou Ciecircncias afins2deg Podem participar artistas de todas as idades e de diferentes localidades do Brasil e Exterior 3deg Cada artista poderaacute enviar quantos trabalhos desejar4deg Os trabalhos deveratildeo ser gerados digitalmente no tamanho 950X640 pixels (300 dpi) e natildeo poderatildeo exceder o tamanho de 1 MB podendo ser utilizado qualquer programa de desenho e modelagem graacutefica Tambeacutem seratildeo aceitos trabalhos feitos a ldquomatildeo livrerdquo no tamanho A4 (297cm X 21 cm) sendo que estes deveratildeo ser enviados digitalizados no tamanho 950X640 pixels (300 dpi) 5deg Os trabalhos enviados deveratildeo possuir tiacutetulo descriccedilatildeo da imagem o nome completo do artista cidade estado e paiacutes onde reside e o nome dos programas que utilizou para a criaccedilatildeo da sua arte ou do material utilizado no caso da arte ter sido feita a ldquomatildeo livrerdquo6deg Os trabalhos deveratildeo ser enviados para o e-mail astroartedigitalrevistamacrocosmocom

7deg Todos os trabalhos recebidos passaratildeo por um criteacuterio de avaliaccedilatildeo e escolha Os melhores trabalhos seratildeo publicados nas ediccedilotildees da Revista macroCOSMOcom8deg Natildeo existem prazos para envio dos trabalhos A avaliaccedilatildeo para a escolha dos melhores trabalhos para publicaccedilatildeo soacute teraacute iniacutecio apenas quando atingirmos o nuacutemero miacutenimo de 20 trabalhos recebidos

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 97

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rmacroCOSMO comA primeira revista eletrocircnica brasileira de Astronomia

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Ediccedilatildeo ndeg 13Dezembro de 2004

Ediccedilatildeo ndeg 14Janeiro de 2005

Ediccedilatildeo ndeg 15Fevereiro de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 16Marccedilo de 2004

Ediccedilatildeo ndeg 17Abril de 2005

Ediccedilatildeo ndeg 18Maio de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 19Junho de 2005

Reloacutegios Solares

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Ediccedilatildeo ndeg 20Julho de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 21Agosto de 2005

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Page 2: Planetas ' * Extrasolaresacervoastronomico.org/acervo/MACROCOSMO/macrocosmo22.pdf · 2020. 2. 21. · provável a existência de vida em outros pontos do Universo. Somente no nosso

revista macroCOSMOlAno II - Ediccedilatildeo ndeg 22 - Setembro de

com2005 Editorial

Estamos soacutes no Universo Estaacute tem sido uma pergunta constante que permeia a mente do homem haacute vaacuterios seacuteculos mas que continua sendo uma grande incoacutegnita Estariacuteamos vivendo num Universo desabitado onde a vida eacute algo extremamente raro a ponto de que em apenas num pequeno planeta azul na periferia de uma galaacutexia igual a tantas outras teria sido possiacutevel Um Universo de possibilidades criado exclusivamente para conter apenas uma civilizaccedilatildeo

Se nos guiarmos pelas leis da probabilidade descobririacuteamos que eacute muito provaacutevel a existecircncia de vida em outros pontos do Universo Somente no nosso Sistema Solar haacute indiacutecios que jaacute poderia ter existido vida em Marte atualmente exista vida em Europa sateacutelite de Juacutepiter e que Titatilde sateacutelite de Saturno no futuro seja o novo celeiro da vida do nosso Sistema Solar

Os mesmos elementos que deram origem agrave vida na Terra estatildeo espalhados por todo o Universo e depois que ultrapassamos o nuacutemero de centenas de planetas extrasolares descobertos provando que a formaccedilatildeo de planetas natildeo eacute tatildeo raro quanto se imaginava aumenta as chances de existecircncia de planetas suscetiacuteveis ao surgim ento da vida Mas entatildeo se isso eacute tatildeo provaacutevel onde estaratildeo os nossos irmatildeos coacutesmicos Por que civilizaccedilotildees inteligentes ainda natildeo realizaram o seu primeiro contato com a Terra

A ciecircncia afirma que ateacute o momento natildeo existem evidecircncias de que a vida desen vo lveu -se em outra parte do U niverso e m uito m enos que seres in te lig en tes v ia jantes pela g alaacutex ia estejam nos v is itand o Um m eteorito marciano encontrado na Antaacutertica com micro-fosseis em seu interior poderia ser considerado uma prova da existecircncia de vida fora da Terra mas natildeo uma prova defin itiva jaacute que o mesmo poderia te r sido contam inado com vida microbioloacutegica terrestre

Infelizmente para muitos isto natildeo eacute suficiente e estes acabam recorrendo agraves ciecircncias miacutesticas e ideacuteias conspiratoacuterias se envolvendo em teorias absurdas como civilizaccedilotildees avanccediladas desaparecidas inexplicavelm ente alieniacutegenas sen d o c o n fu n d id o s com o d eu ses por povos do p assad o p o rta is interdim ensionais em vaacuterias regiotildees da Terra como o combalido ldquoTriacircngulo das Bermudasrdquo Terra Oca e civilizaccedilotildees intraterrenas onde os governos do mundo sempre teriam algo a esconder sobre estes e outros assuntos

Haacute anos programas como o SETI que busca contato com seres alieniacutegenas atraveacutes de radiotelescoacutepios ainda natildeo obtiveram sucesso As grandes duacutevidas satildeo para onde apontar os radiotelescoacutepios Em qual dia Em qual horaacuterio Em qual frequumlecircncia

Previsto para ser lanccedilado no proacuteximo ano o sateacutelite europeu COROT teraacute a finalidade de procurar planetas parecidos com a Terra com patiacuteveis para o desenvolvimento da vida o qual o Brasil estaacute sendo convidado para participar Ateacute o final desta deacutecada tambeacutem deve entrar em operaccedilatildeo o geneacuterico americano do COROT o Programa Origins da NASA

Mas seraacute mesmo prioritaacuterio e necessaacuterio este esforccedilo global voltado para a busca de vida e x tra te rres tre O que gan hariacuteam os (ou p erd eriacuteam o s) se entraacutessemos em contato com uma civilizaccedilatildeo inteligente mais avanccedilada Se uma civilizaccedilatildeo mais evoluiacuteda tecnologicamente que a nossa fizesse contato natildeo correriacuteamos o risco de sermos subjulgados pela sua cultura assim como foram os indiacutegenas americanos pela colonizaccedilatildeo europeacuteia durante as Grandes Navegaccedilotildees Nossa civilizaccedilatildeo natildeo deveria evoluir num ritmo natural sem uma ajuda externa Se eles existem na realidade quem sabe natildeo seja este o receio de seres de outros planetas contatarem a nossa civilizaccedilatildeo

Haacute apenas 5 milecircnios viviacuteamos nas cavernas utilizando-se de instrumentos rudimentares para sobreviver Atualmente estamos comeccedilando a dar os nossos primeiros passos rumo agrave exploraccedilatildeo do espaccedilo Este eacute um intervalo de tempo m uito curto na escala U n iversal por isso considerado um grande salto tecnoloacutegico da hum anidade Quem sabe nos proacuteximos 5 m ilecircnios quando alcanccedilarmos a tecnologia da viagem interestelar rotineira iremos nos deparar com uma civilizaccedilatildeo menos desenvolvida que a nossa e nos perguntaremos se realmente vale a pena interferir no desenvolvimento natural de uma civilizaccedilatildeo com tecnologia preacute-espacial

Boa leitura e ceacuteus limpos sem poluiccedilatildeo luminosa

Hemerson Brandatildeo Diretor Editor Chefe

editorrevistamacrocosmocom

Redaccedilatildeoredacao revistam acrocosm ocom

Diretor Editor Chefe Hemerson Brandatildeohem ersonbrandao yahoocom br

Diagramadores Hemerson Brandatildeohem ersonbrandao yahoocom br

Rodolfo Saccanidonsaccani yahoocom br

Sharon Camargosharoncam argo uolcom br

RevisatildeoTasso Napoleatildeotassonapoleao igcom br

W alkiria Schulzw schu lz cettconaegovar

Artista Graacutefico Rodrigo Beloterodrigobelote terracom br

Redatores Audem aacuterio Prazeresaudemariogmailcom

Edgar I Smaniottoedgarsm aniotto yahoocom br

Fernanda Calipofecalipo hotmailcom

Heacutelio ldquoGandhirdquo Ferrarigandhiferrari yahoocom br

Laeacutercio F Oliveirala fo tec thew aynetcom br

Ricardo Diazricardodiaz ninufm sbr

Rosely Greacutegiorgregio uolcom br

Seacutergio A Caixetasca ixeta ibestcom br

ldquoZecardquo Joseacute Agustoniagustoni yahoocom

Colaboradores Cristiaacuten Beaugeacutebeauge oacuncoredu

Daniel Binsbinsbr gmailcom

Joseacute Carlos Dinizdin izastro terra com br

Tasso Napoleatildeotassonapoleao igcom br

2 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

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macroNOTICIAS___________________Saturno Marcos Pontes e Deep ImpactPergunte aos Astros________________Telescoacutepios e Softwares PlanetaacuteriosmacroEVENTOS___________________XXXI - Encontro da SAB

Astronaacuteutica______________________ISS - A Estaccedilatildeo Espacial Internacional

Planetologia______________________Planetas Extrasolares

Astronomia Observacional___________Cataacutelogo REA-Brasil

macroGALERIA_______ ^ ________Cruzeiro do Sul

Efemeacuterides__________ ^ ___________Setembro de 2005

Constelaccedilotildees Zodiacais_____________Constelaccedilatildeo de Aquaacuterio

Clique Astronocircmico________________Planetaacuteriode ItatibamacroOFICINA____________________Construccedilatildeo de um Heliostato

q Difusatildeo Astronocircmica______ ________Olimpiacuteada Brasileira de Astronomia

macroRESENHAS_________________Marcelo Gleiser e Rogeacuterio VasconcellosDicas Digitais_____________________Navegando pelas constelaccedilotildees

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Capa da Ediccedilatildeo Conceccedilatildeo artiacutestica de planetas extrasolares orbitando uma estrela binaacuteriacopy NASA JPL-Caltech

E permitida a reproduccedilatildeo total ou parcial desta revista desde que citando sua fonte para uso pessoal sem fins lucrativos sempre que solicitando uma preacutevia autorizaccedilatildeo agrave redaccedilatildeo da Revista macroCOSMOcom

A Revista macroCOSMOcom natildeo se responsabiliza pelas opiniotildees vertidas pelos nossos colaboradores Versatildeo distribuiacuteda gratuitamente na versatildeo PDF em httpwwwrevistamacrocosmocom

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 3

A Revista macroCOSMOcom gostaria de de agradecer as centenas de astrocircnomos que jaacute participaram e convidar aqueles que ainda natildeo o fizeram para participarem do Censo Astronocircmico 2005

A finalidade deste Censo eacute identificar o perfil e os interesses dos astrocircnomos brasileiros onde eles estatildeo e quantos satildeo Estatildeo convidados para participar deste censo todos aqueles que dedicam sua vida agrave astronomia desde o simples entusiasta que possui interesse sobre os astros mas natildeo participa de atividades ligadas agrave astronomia passando pelo astrocircnomo amador que participa dessas atividades mas natildeo eacute graduado em astronomia ateacute os profissionais graduados ou poacutes-graduados tanto os que atuam no Brasil quanto os que estatildeo no exterior

Atraveacutes do resultado deste Censo poderemos saber quais satildeo os nichos em que a astronomia se aglomera e assim estimular um maior contato entre eles organizando encontros regionais e nacionais com maior eficaacutecia aleacutem de destacar aquelas regiotildees aonde a astronomia ainda natildeo chegou planejando assim estrateacutegias de divulgaccedilatildeo astronocircmica

Existem quatro versotildees de questionaacuterios especiacuteficos para Astrocircnomos entusiastas amadores profissionais ou astrocircnomos brasileiros no exterior e natildeo leva mais que 2 minutos para ser respondido As questotildees procuram identificar o perfil localidade e que tipo de observaccedilatildeo fazem os astrocircnomos quanto tempo dedicam agrave esta atividade e como se informam

O Censo estaraacute online ateacute a meia-noite do dia 1deg de novembro de 2005 O levantam ento final seraacute aberto e publicado nas ediccedilotildees da Revista macroCOSMOcom

Algumas mateacuterias na imprensa sobre o Censo Astronocircmico 2005

httpcienciahojeuolcombrcontrolPanelmateriaview3218httpwwwcomcienciabr200412noticias2005astronomiahtm

httpwwwjornaldacienciaorgbrDetalhejspid=25159

Para acessar o questionaacuterio clique em

httpwwwrevistamacrocosmocomcensohtm

Maiores informaccedilotildees censorevistamacrocosmocom

4 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

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Novos dados sobre Saturno espantam cientistas

Novos dados enviados pela sonda Cassini deixou os cientistas espantados com as agitadas nuvens de gaacutes de Saturno a beleza e turbulecircncia inesperada de seus aneacuteis e a diversidade de suas luas segundo uma conferecircncia celebrada nesta segunda-feira 5 de setem bro na Inglaterra

Em dezem bro a m issatildeo de trecircs bilhotildees de doacutelares enviou a sonda europeacuteia Huygens em um m ergulho suicida a Titatilde uma das luas de Saturno cuja bizarra fotoquiacutem ica - uma neacutevoa de metano e outros com postos de carbono - faz dela um dos corpos celestes mais intrigantes do sistem a

Uma das surpresas eacute a grande diversidade de nuvens na atm osfera profunda de Saturno ldquo Diferente da nebulosa extensa e grande fa ixa de nuvens vistas regularm ente na alta atm osfera de Saturno muitas das nuvens mais profundas parecem ser aspectos isolados localizadosrdquo disse Kevin Baines m em bro da equipe de m apeam ento espectrocircm etro visual e infraverm elho do Laboratoacuterio de Jato-Propulsatildeo da Nasa

ldquoElas aparecem em uma grande variedade de tam anhos e form as inclusive em form atos circular e oval de rosca e redem oinhosrdquo explicou Estas nuvens se encontram em uma parte profunda da atm osfera cerca de 30 km abaixo das nuvens mais altas norm alm ente vistas em Saturno

Segundo o Laboratoacuterio de Jato Propulsatildeo elas tam beacutem se com portam diferentem ente daquelas na parte m ais alta da atm osfera e se com potildeem de outros m ateriais Satildeo feitas de am ocircnio hidrosulfito ou aacutegua mas natildeo de am ocircnia o elem ento quiacutem ico geralm ente apontado na com posiccedilatildeo das nuvens mais altas A atm osfera turva e sufocante de Saturno tam beacutem eacute dom inada por enorm es tem pestades de relacircm pagos do tam anho de um continente terrestre Um evento catacliacutesm ico registrado pelas cacircm eras da Cassini foi batizado de ldquoTem pestade Dragatildeordquo (Dragon Storm ) porque a sua form a lembrou a de um dragatildeo explicou Matson

Longe de ser uma regiatildeo de tranquumlilidade e constacircncia os fragm entos rochosos dos sete aneacuteis de Saturno colidem e se separam dom inados pela forccedila da gravidade do planeta e rasgados pela passagem das luas O anel A - o mais externo - ldquoeacute acim a de tudo espaccedilo vaziordquo pois os fragm entos se aglom eraram foram separados e entatildeo voltaram a se reunir graccedilas agrave forccedila de gravidade do planeta Parte do anel D - o mais proacutexim o do planeta - se tornou opaco e m oveu-se para dentro na direccedilatildeo de Saturno por cerca de 200 km desde que foi observado pela Voyager em 1980 e 1981

O sistem a dos aneacuteis ldquoeacute uma regiatildeo absolutamente dinacircmica Os aneacuteis estatildeo constantemente se movendo com a interaccedilatildeo da gravidade e possivelm ente de cam pos m agneacuteticosrdquo disse Carolyn Porco do Instituto de C iecircncia Espacial de Boulder Colorado

Outra grande surpresa eacute que um anel espiral envolve o planeta com o uma mola Este ldquobraccedilo esp ira lrdquo existe em torno do anel F e poderia ser a consequumlecircncia de luas que elas proacuteprias atraiacutedas pela gravidade de Saturno liberaram algum tipo de material Esta descoberta levantou a questatildeo de que o anel F poderia ser instaacutevel ou ateacute m esm o te r vida curta

Quanto agraves 46 luas de Saturno a Enceladus se uniu agrave Titatilde com o fonte de especulaccedilotildees sobre com o foram form adas um processo que lanccedila luz sobre o nascim ento da Terra e outros planetas rochosos que orbitam perto do Sol O poacutelo sul deste sateacutelite coberto de gelo eacute raiado com fendas profundas e longas apelidadas de ldquo listras de tig rerdquo

Sensores teacuterm icos m ostram que esta aacuterea eacute um ponto quente em bora ainda muito frio para os padrotildees da Terra e com uma atm osfera localizada de vapor d rsquoaacutegua A ideacuteia eacute que possa existir ali sob a superfiacutecie um oceano quente Mas com o isto teria acontecido Teoricam ente a Enceladus eacute m uito pequena para desenvolver calor interno suficiente para fazer isto A conferecircncia de cinco dias reuacutene ateacute sexta-feira membros da Sociedade Am ericana de Astronom ia e da Sociedade Real Britacircnica de Astronom ia

AFP

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 5

macroNOTIacuteCIAS

1deg astronauta brasileiro iraacute ao espaccedilo em abril

A primeira missatildeo de um astronauta brasileiro no espaccedilo seraacute em abril de 2006 A Agecircncia Espacial Brasileira (AEB) deve fechar nos proacuteximos dias um contrato com a agecircncia espacial russa para o envio do tenente-coronel Marcos Pontes agrave Estaccedilatildeo Espacial Internacional numa missatildeo da espaccedilonave Soyuz Pontes deve iniciar ainda este mecircs o treinamento na Ruacutessia Desde 1998 ele se prepara para uma missatildeo especial na Nasa (agecircncia espacial americana)

De acordo com o presidente da Agecircncia Espacial Brasileira Seacutergio Gaudenzi a missatildeo deve durar de uma a duas semanas Pontes vai levar 15 quilos de material de universidades e empresas brasileiras como a Petrobras para experimentos no espaccedilo

Aleacutem de trabalhar com as experiecircncias brasileiras Pontes deveraacute realizar tarefas especiacuteficas para a Estaccedilatildeo Espacial Internacional que ainda natildeo foram definidas Na estaccedilatildeo o astronauta deveraacute ter um canal especial de voz e viacutedeo para manter contato com o Brasil durante a missatildeo

Cometa Tempel 1 eacute soacute uma bola de neve dizem cientistas

O cometa Tempel 1 que no dia 4 de julho recebeu o impacto de um projeacutetil lanccedilado da sonda Deep Impact (Impacto Profundo) eacute soacute uma enorme bola de neve que vaga pelo espaccedilo revelaram hoje cientistas que participaram da elaboraccedilatildeo da missatildeo ldquoEm sua maior parte o cometa eacute muito poroso e estaacute vazio Em toda sua estrutura eacute formado por pequenos gracircnulos de gelordquo destacou Michael ArsquoHearn especialista da Universidade de Maryland numa teleconferecircncia

Os resultados do primeiro estudo feito de maneira direta sobre a estrutura de um cometa seratildeo publicados na revista Science ldquoO cometa eacute incrivelmente fraacutegil Tem menos densidade que uma bola de neverdquo disse ArsquoHearn

A sonda Deep Imapct partiu em direccedilatildeo ao cometa em janeiro de 2005 e 172 dias depois disparou um projeacutetil equipado com cacircmeras fotograacuteficas e instrumentos contra o corpo celeste Na colisatildeo um dos experimentos cientiacuteficos mais precisos realizados ateacute hoje foi observada por mais de 70 telescoacutepios na Terra pelos observatoacuterios espaciais da Nasa e pela sonda Rosetta da Agecircncia Espacial Europeacuteia

O estudo da estrutura do cometa foi motivado principalmente pela crenccedila de que estes corpos carregam os primeiros materiais da criaccedilatildeo do sistema solar Os cientistas destacaram que a anaacutelise do material lanccedilado pelo impacto identificou uma grande quantidade de moleacuteculas de carvatildeo Isto faz supor que outros cometas como o Tempel contecircm uma quantidade substancial de material orgacircnico e que este possivelmente chegou agrave Terra quando o impacto de asteroacuteides e meteoritos era algo comum disseram os cientistas

Na seacuterie de artigos que a Science publicaraacute os cientistas destacam que a anaacutelise da informaccedilatildeo recebida confirma que o cometa eacute um exemplar tiacutepico dos cometas da famiacutelia do planeta Juacutepiter

EFE

Primeiro Asteroacuteide com sateacutelites eacute descoberto

Astrocircnomos Americanos anunciaram hoje terem descoberto sateacutelites orbitando um grande asteroacuteide A descoberta na verdade eacute de trecircs asteroacuteides com orbitas que se parecem a planetas com sateacutelites

O grupo de asteroacuteides chamado 87 Sylvia eacute um dos maiores asteroacuteides que orbitam o sol entre Marte e Jupiter tem o formato de uma batata com 280 quilocircmetros de diacircmetro Ele foi descoberto em 1866

A primeira lua foi descoberta quatro anos atraacutes a segunda foi anunciada hoje

Seacutergio A Caixeta | Astronomus Brasilissca ixeta ibestcom br

6 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

Pergunte aosAstros

Qual a configuraccedilatildeo miacutenima de um telescoacutepio para observar com detalhe os planetas do Sistema Solar

Denis 20 anos ManausAM

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Denis a olho nu eacute possiacutevel observar 5 ou 6 planetas (Mercuacuterio Vecircnus MarteJuacutepiter Saturno eou Urano) como sendo um ponto luminoso semelhante a uma estrela Urano eacute o sexto e uacuteltimo que pode ser visiacutevel a olho nu na magnitude limite do olho a depender da acuidade visual de cada observador Tambeacutem conseguimos observar e diferenciar a cor e o brilho destes planetas

Com um bom binoacuteculo 10x50 jaacute podemos distinguir a forma ovalada de Saturno e vemos a sua lua Titatilde Tambeacutem observamos o disco de Juacutepiter e suas 4 luas galileanas aleacutem das fases de Vecircnus Comeccedilamos a observar Netuno como uma pequena estrela

Com uma pequena luneta de 50 mm de abertura e 50 x podemos separar os aneacuteis de Saturno do corpo do planeta (os aneacuteis ainda visiacuteveis como se fosses um uacutenico anel) ver dois cinturotildees de Juacutepiter e observar as fases de Mercuacuterio

Aumentando para um telescoacutepio de 120mm observamos com 100 x ou mais a calota polar de Marte e manchas na sua superfiacutecie mais cinturotildees e detalhes das nuvens de Juacutepiter e a Grande Mancha Vermelha Tambeacutem distinguimos os aneacuteis A B a C de Saturno a divisatildeo de Cassini entre o A e o B uma ou outra faixa no planeta e mais 4 ou 5 luas Comeccedilamos a ver o pequeno disco de Urano e Netuno ainda continua um pequeno ponto

Com aberturas maiores que 300 mm comeccedilamos a observar alguma alteraccedilatildeo de tonalidade em Urano em funccedilatildeo da presenccedila ou natildeo de nuvens mas de Netuno apenas o pequeno disco Comeccedilamos a observar Plutatildeo como um ponto

Somente grandes telescoacutepios conseguem observar detalhes das superfiacutecies de Urano e Netuno

Para estas observaccedilotildees se supotildee o uso de instrumentos de qualidade em noite de ceacuteu limpo escuro e sem turbulecircncia Para observaccedilatildeo de detalhes de planetas usamos a maior ampliaccedilatildeo que o instrumento pode fornecer ainda com qualidade de imagem por isso a importacircncia da qualidade do instrumento e do ceacuteu (condiccedilotildees atmosfeacutericas) A maior ampliaccedilatildeo que um instrumento pode fornecer eacute aproximadamente igual a sua abertura em miliacutemetros vezes 25 (exemplo uma luneta de 60mm fornece no maacuteximo 150x um telescoacutepio de 200mm 500x) Estas observaccedilotildees ainda requerem um certo treino do olho do observador Natildeo espere observar tudo isso (nem metade disso) com qualquer luneta barata em qualquer noite e dentro de uma cidade com toda a sua poluiccedilatildeo luminosa

Por ldquoZecarsquo Joseacute Agustoni | Revista macroCOSMOcomagustoniyahoocom

Para enviar suas duacutevidas astronocircmicas para a seccedilatildeo ldquoPergunte aos astrosrdquo envie um e-mail para pergunterevistamacrocosmocom acompanhado do seu nome idade e cidade onde reside As questotildees poderatildeo ser editadas para melhor compreensatildeo ou limitaccedilatildeo de espaccedilo

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Pergunte aosAstros

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V Resido em Campo MouratildeoPR distante de 100 km de Maringaacute que eacute cortada pela linha do Troacutepico de Capricoacuternio Gostaria de saber como utilizar um mapa estelar para localizar as Trecircs Marias aleacutem

3 I de identificar e gravar as principais constelaccedilotildees e suas estrelasQuais satildeo os melhores livros recomendados para introduccedilatildeo da

-Astronomia Amadora

Sidney Kuerten 18 anos Campo MouratildeoPR

Sidney os softwares planetaacuterios satildeo oacutetimas ferramentas para explorar o ceacuteu Satildeo muitas vezes freewares que mostram o ceacuteu como ele eacute visto das coordenadas

de suas localidade e na hora que desejares observar Um muito bom e gratuito eacute o ldquoCartes du Cielrdquo (possui a versatildeo em portuguecircs do Brasil)

httpwwwstargazingnetastropcdownloadhtml irsquo Faccedila o download do pacote baacutesico (satildeo 14 MB) e efetue a instalaccedilatildeo Quando

for solicitado insira as coordenadas de sua cidade e o fuso horaacuterio correspondente Para comeccedilar a localizar as constelaccedilotildees e suas principais estrelas imprima mapas das dias e horaacuterios que pretende observar Nesta eacutepoca por volta das 20h (horaacuterio de Brasiacutelia) observar uma estrela brilhante e avermelhada bem no alto do ceacuteu (no zecircnite) Antares que faz parte da constelaccedilatildeo do Escorpiatildeo Partindo desta estrela vai perceber uma sequumlecircncia de estrelas indo para o sul e depois para o oeste que fazem uma forma de gancho de quase um palmo de extensatildeo (meccedila com o braccedilo extendido) simbolizando a cauda com o ferratildeo do Escorpiatildeo A partir daiacute vocecirc teraacute a referecircncia de tamanho e posiccedilatildeo para as demais constelaccedilotildees que estejam ao redor Eacute a melhor maneira de identificar as constelaccedilotildees

As ldquoTrecircs Mariasrdquo fazem parte da constelaccedilatildeo de Oacuterion que nesta eacutepoca comeccedila a ser visiacutevel pouco antes do amanhecer no leste A melhor eacutepoca para vecirc-las eacute

mdash-o veratildeoPara os iniciantes na Astronomia um livro recomendado eacute o ldquoManual do

Astrocircnomordquo do Ronaldo Rogeacuterio Mouratildeo que caso vocecirc natildeo encontre em sua cidade poderaacute encomenda-lo pela internet em alguma livraria virtual

Na internet vocecirc pode encontrar muito material pesquisando em sites de busca por ldquoastronomia amadorardquo Outras sugestotildees satildeo os grupos virtuais de discussatildeo sobre Astronomia Um bastante conhecido eacute o Urania_BR aberto a todos

bull interessados em discutir sobre todos assuntos relacionado com a Astronomia httpbrgroupsyahoocomgroupurania_br

Por ldquoZecarsquo Joseacute Agustoni | Revista macroCOSMOcom agustoniyahoocom

Para enviar suas duacutevidas astronocircmicas para a seccedilatildeo ldquoPergunte aos astrosrdquo envie um e-mail para pergunterevistamacrocosmocom acompanhado do seu nome idade e cidade onde reside As questotildees poderatildeo ser editadas para melhor compreensatildeo ou limitaccedilatildeo de espaccedilo

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8 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

macroEVENTOS m

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Participantes atentos agraves palestras do XXI Encontro da SAB

XXXI Encontrod a C A D

REUNINDO TRABALHOS DE ASTRONOMIA DE TODO BRASIL W I l V

Fernanda Calipo | Revista macroCOSMOcom fecalipohotmailcom

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Aacuteguas de LindoacuteiaSP foi o ponto de encontro de 295 congressistas que participaram do XXXI Encontro da SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira realizada de 31 de julho a 4 de agosto no Vacance Hotel

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 9

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REacutesmacroEVENTOS]

Foram 280 trabalhos divididos em 50 orais e 230 pocircsteres dos quais parte das pesquisas em Astronomia se concentram nas aacutereas de Astrofiacutesica Estelar Astronomia Extragalaacutetica Meio Interestelar Sistema Solar Instrumentaccedilatildeo A strom etria e A stronom ia D inacircm ica Eacute importante ressaltar a crescente demanda de trabalhos observacionais e sobre Ensino Histoacuteria e Divulgaccedilatildeo de Astronomia que receberam um destaque especial no Encontro com uma tarde exclusiva para apresentaccedilotildees orais somente sobre temas afins

Natildeo podemos deixar de citar que Naelton Mendes de Arauacutejo (RJ) redator da Revista m acroCOSMOcom apresentou um pocircster sobre algum as iniciativas da d ivulgaccedilatildeo astronocircm ica entre e las a R evis ta macroCOSMOcom ldquoUracircnia ENAST e Revista macroCOSMOcom experiecircncias virtuais em divulgaccedilatildeo cientiacuteficardquo

A SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira foi fundada em 1974 pela com unidade de astrocircnomos brasileiros e desde entatildeo tem promovido reuniotildees anuais para discussotildees de trabalhos cientiacuteficos aleacutem da promoccedilatildeo de simpoacutesios reuniotildees de trabalho e servir de contato com os oacutergatildeos vinculados agrave pesquisa no paiacutes A tu a lm en te a SAB conta com ap rox im ad am en te 400 soacutecios D estes aproximadamente 200 satildeo portadores do tiacutetulo de Doutor em Ciecircncias ou estatildeo em vias de obter a titulaccedilatildeo

ldquoA Reuniatildeo Anual da SAB eacute o evento mais importante da Astronomia Brasileira Uma oportunidade iacutempar para que seus membros divulguem seus trabalhos e possam discutir tem as de interesse geral da com unidade astronocircmica Para os astrocircnomos jovens ainda em form accedilatildeo trata-se de uma excelente

Prof Liacutecio da Silva presidente da SAB

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Naelton Mendes de Araujo expondo seu trabalho sobre divulgaccedilatildeo astronocircmica virtuais destacando o trabalho da lista de discussatildeo Uracircnia Brasil os ENASTs (Encontros Nacionais de Astronomia) e a Revista MacroCOSMOcom

oportunidade para interagir com colegas mais experientesrdquo afirma o presidente da SAB Prof Dr Licio da Silva (ONMCT)

As reuniotildees da SAB tecircm como objetivos principais como a apresentaccedilatildeo e discussatildeo de trabalhos de pesquisa em andamento no paiacutes aleacutem de temas atuais de interesse da comunidade tais como a poliacutetica cientiacutefica do paiacutes a implantaccedilatildeo de novos te lescoacute p io s o d esenvo lv im ento de instrumentaccedilatildeo para os telescoacutepios jaacute existentes entre outros Outro objetivo eacute a reciclagem de conhecim entos a traveacutes da rea lizaccedilatildeo de conferecircncias de revisatildeo ou simpoacutesios sobre temas especiacuteficos Aleacutem da oportunidade do intercacircmbio de inform accedilotildees com os colegas da aacuterea os congressitas tiveram a oportunidade de participarem de conferecircncias dos mais variados temas inclusive internacionais entre elas

- ldquoA aurora da astrofiacutesica oacuteptica brasileirardquo Carlos Alberto Torres (LNA)

- ldquoThe Square Kilometer Array (SKA)rdquo Richard Schilizzi (International SKA Project Director Dwingeloo The Netherlands)

- ldquoSituaccedilatildeo da mulher na Astronomia brasileirardquo Adriana V R Silva (CRAAMMackenzie)

- ldquoStatus of SOAR and first sciencerdquo SO Kepler (IFUFRG S amp SOAR Telescope)

- ldquoCosmic magnetic fieldsrdquo Elisabete M G dal Pino (IAGUSP)

- ldquoInstrumentaccedilatildeo para o telescoacutepio G EM IN Irdquo Claacuteudia Mendes de Oliveira (IAGUSP)

- ldquoSimulating stellar photometric surveys with the TR ILEG A L coderdquo Leo Girardi (Observatoacuterio Astronocircmico di Trieste-INAF Itaacutelia)

- ldquoO sateacutelite CoRoT dia D menos um anordquo Eduardo Janot Pacheco (IAGUSP)

Paralelo agrave programaccedilatildeo do Encontro a CESAB - Comissatildeo de Ensino da SAB realizou mini-cursos para mais de 50 professores da regiatildeo como forma de estiacutemulo a reciclagem e capacitaccedilatildeo jaacute que a maioria tem formaccedilatildeo em outras aacutereas de exatas ou ciecircncias

CONTATOSSOCIEDADE ASTRONOcircMICA BRASILEIRAhttpwwwsab-astroorgbrRua do Matatildeo 1226 Cidade Universitaacuteria05508-900 Satildeo Paulo SPTel 011 3091 27 05 FAX 011 3091 28 60E-mail secretsab-astroorgbr

Fernanda Calipo Cossia eacute Jornalista publicitaacuteria locutora de raacutedio assessora de comunicaccedilatildeo e poacutes graduada em relaccedilotildees Puacuteblicas Trabalhou 5 anos na Universidade Metodista de Satildeo Paulo e acumulou experiecircncias para hoje atuar na aacuterea de assessoria de comunicaccedilatildeo para os mais diversos segmentos Atualmente ela dedica-se agrave especializaccedilatildeo na aacuterea de jornalismo cientiacutefico

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ISS - A Estaccedilatildeo EspacialInternacional

Daniel Bins | Cosmonaacuteutica binsbrgmailcom

A Estaccedilatildeo Espacial Internacional - ISS (International SpaceStation) eacute um projeto multinacional composto por 16 paiacuteses Estados Unidos Ruacutessia Japatildeo Canadaacute Dinamarca Noruega Beacutelgica Holanda Franccedila A lem anha Espanha Inglaterra Sueacutecia Suiacuteccedila e Brasil com um custo estim ado de 60 bilhotildees de doacutelares

A ideacute ia de c o n s tru ir um a e s ta ccedilatilde o e sp a c ia l in te rn a c io n a l su rg iu inicialmente no governo de Ronald Reagan durante os anos 80 e chamava- se Freedom (Liberdade) Posteriormente com a queda da Uniatildeo Sovieacutetica iniciou-se uma colaboraccedilatildeo entre os dois antigos rivais e em 1993 o projeto passou a se cham ar Alpha Posteriorm ente foi rebatizado com o ISS para dar uma aparecircncia m ultinacional para o nome da estaccedilatildeo

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DAS PRANCHETAS PARA O ESPACcedilO

A ISS comeccedilou a sair do papel com o projeto Shuttle-Mir A construccedilatildeo da ISS foi dividida em trecircs partes

Fase I (1994-1997) Os astronautas americanos fariam parte das tripulaccedilotildees da estaccedilatildeo espacial russa Mir sendo conhecido como projeto Shuttle- Mir Em junho de 1995 o ocircnibus espacial Atlantis na missatildeo STS-71 acoplou com a Mir Foi a segunda vez que uma nave americana acoplou com uma nave russa A partir daiacute no periacuteodo de 1 995 a 1 9 9 8 vaacuterias m issotildees a m erican as acoplaram na estaccedilatildeo russa e os astronautas americanos passaram a fazer parte das tripulaccedilotildees

da Mir Estes intercacircmbios tinham como objetivo os preparativos para a construccedilatildeo da estaccedilatildeo espacial internacional O recorde de permanecircncia no espaccedilo americano foi obtido pela astronauta Shannon Lucid que ficou 188 dias no espaccedilo dentro da estaccedilatildeo Mir em 1996 O moacutedulo Spektr foi utilizado como moacutedulo de habitaccedilatildeo pelos astronautas americanos O astronauta Norman Thagard foi o primeiro americano a decolar numa nave russa fazendo parte da missatildeo Soyuz TM- 21 em 1995 Da m esm a form a os russos passaram a fazer parte das tripulaccedilotildees dos ocircnibus espaciais americanos O primeiro deles foi Serguei Krikalev que fez parte da tripulaccedilatildeo do STS-60 em 1994

A experiecircncia ShuttleMIR

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Fase II (1997-1999) Iniacutecio da construccedilatildeo e estabelecimento de uma estrutura miacutenima para 3 astronautas A estaccedilatildeo comeccedilaria a ser habitada quando o moacutedulo de serviccedilo estivesse em oacuterbita

Fase III (1999-2002) Teacutermino da construccedilatildeo da estaccedilatildeo com a chegada do moacutedulo de habitaccedilatildeo e dos moacutedulos cientiacuteficos

Como podemos ver a fase 3 do projeto continua Os atrasos motivados pela crise econocircmica russa e pelo acidente do ocircnibus espacial Coluacutembia atrasaram consideravelmente o teacutermino da estaccedilatildeo

Os astronautas americanos passaram mais de1000 dias a bordo da estaccedilatildeo Mir Como resultado dezenas de sugestotildees foram implementadas para a construccedilatildeo da ISS Poreacutem muitos comentaacuterios negativos foram feitos Veja alguns deles

- Deveria existir um melhor suporte para os experimentos cientiacuteficos

- A agenda diaacuteria deveria ser feita pelo controle em terra e natildeo pela tripulaccedilatildeo

- O lixo e o armazenamento foram considerados um problema Um inventaacuterio de todo o equipamento com a sua localizaccedilatildeo deveria ser providenciado

- Para trabalhar de forma segura seria necessaacuterio uma melhor compreensatildeo do idioma russo Foi sugerido a utilizaccedilatildeo exclusiva do inglecircs para as tarefas na ISS

- Os astronautas am ericanos receberam treinamento limitado para reparos

- Eles receberam treinamento para serem passageiros e natildeo pilotos das naves Soyuz

- As atividades cientiacuteficas americanas foram limitadas devido a problemas de comunicaccedilatildeo com as equipes de controle em terra

- Natildeo existia comunicaccedilatildeo ldquohorizontalrdquo entre as organizaccedilotildees russas As inform accedilotildees iam diretamente de uma organizaccedilatildeo a outra sem as demais tomarem conhecimento

- Os astronautas americanos natildeo estavam satisfeitos com a comunicaccedilatildeo entre os membros da tripulaccedilatildeo e o controle em Terra

- A comunicaccedilatildeo entre a estaccedilatildeo e o controle em terra tinha seus defeitos Era impossiacutevel falar e ouvir outras pessoas durante uma videoconferecircncia

- A Ruacutessia limitou o acesso aos detalhes teacutecnicos sobre a estrutura da Mir Soyuz e Progress incluindo-se s istem as eleacutetricos mecacircnicos e sistemas de suporte vitais

- Os cosmonautas recebiam um bocircnus de1000 doacutelares a mais por cada tarefa considerada perigosa como uma saiacuteda no espaccedilo um mecircs a mais na estaccedilatildeo ou um acoplamento feito de form a m an u a l Is to seg u n do a N A SA aum entaria o risco ao qual os astronautas am ericanos estariam expostos dentro da estaccedilatildeo A colisatildeo com um cargueiro Progress em 1997 ocorreu devido a um erro durante um acoplamento manual

O INICIO DA CONSTRUCcedilAtildeO

O primeiro moacutedulo o russo Zarya financiado pelos Estados Unidos foi lanccedilado em novembro de 1998 O moacutedulo seguinte o norte americano Unity foi enviado em dezembro de 1998 Para levar o moacutedulo Zarya ao espaccedilo foi utilizado um foguete Proton Para levar o Unity foi utilizado um ocircnibus espacial americano

A estaccedilatildeo foi colocada numa oacuterbita terrestre baixa em torno de 300 km de altura com inclinaccedilatildeo de 516 graus Este grau de inclinaccedilatildeo eacute bem maior que o do ocircnibus espacial e foi utilizado por causa dos russos devido ao local de lanccedilamento das naves Como a maioria era lanccedilada do Casaquistatildeo que era a repuacuteblica mais ao sul da URSS o caminho

dos foguetes natildeo atravessava nem a Mongoacutelia nem a China Isso quer dizer que em caso de falhas os foguetes cairiam dentro do territoacuterio sovieacutetico e natildeo nos paiacuteses vizinhos Como consequumlecircncia disso os foguetes russos utilizam sua maacutexima capacidade enquanto isso o ocircnibus espacial precisa gastar mais combustiacutevel para atingir a estaccedilatildeo

Um intervalo de 1 ano e meio ocorreu ateacute a chegada do proacuteximo componente o moacutedulo de habitaccedilatildeo russo Zvezda apenas enviado em julho de 2000 devido a dificuldades financeiras russas e a defeitos no foguete Proton durante o ano de 1999 O Zvezda originalmente tinha sido planejado para substituir a estaccedilatildeo espacial Mir sendo muito parecido com ela

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A configuraccedilatildeo atual da ISS

Estando o moacutedulo de serviccedilo acoplado agrave estaccedilatildeo comeccedilou a ocupaccedilatildeo da mesma sendo a primeira tripulaccedilatildeo transportada numa nave Soyuz e a partir daiacute as demais tripulaccedilotildees foram transportadas pelos ocircnibus espaciais Periodicamente os russos lanccedilariam naves Soyuz pois a vida uacutetil de cada uma eacute de 6 meses Isso permaneceria assim ateacute o acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia

Para abastecer a estaccedilatildeo satildeo utilizados ocircnibus espaciais americanos e naves cargueiras russas Progress Enquanto se estaacute na fase de construccedilatildeo a tripulaccedilatildeo eacute de 3 tripulantes mas se espera que ao concluir a estaccedilatildeo possa abrigar 6 tripulantes

Os lanccedilamentos satildeo feitos desde o coacutesmodromo de Baikonur e desde Cabo Canaveral na Floacuterida O controle das missotildees eacute feito desde Houston no Texas e desde Korolev proacuteximo a Moscou Os norte- am ericanos possuem sateacutelites que permitem

comunicaccedilatildeo 24 horas e os russos utilizavam o mesmo recurso na eacutepoca da Mir Atualmente a comunicaccedilatildeo eacute obtida quando a estaccedilatildeo estaacute sobre a aacuterea de cobertura das estaccedilotildees de comunicaccedilatildeo russas

No final de 2000 foram acrescentadas as estruturas Z1 Truss P6 Truss paineacuteis solares PVA A primeira tripulaccedilatildeo chegou no final de outubro

Em 2001 a estaccedilatildeo recebeu o moacutedulo cientiacutefico Destiny o braccedilo robocirc canadense o Airlock e o Docking Compartment russo Pirs aleacutem da parte central da larga estrutura de segmentos o S0 T russ Em 08 de outubro de 2001 os cosmonautas Vladimir Dezhurov e Mikhail Tyurin se tornaram os primeiros tripulantes a conduzir uma caminhada espacial fora da estaccedilatildeo espacial internacional O primeiro cientista a bordo foi a bioquiacutemica Peggy Whitson da NASA

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No ano seguinte foi a vez de receber mais segmentos o S1 e o P1 O acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia em fevereiro de 2003 paralisou momentaneamente a montagem do complexo que em grande parte depende dele

Mesmo em construccedilatildeo a ISS recebeu a visita de 2 turistas a bordo de naves Soyuz russas O primeiro foi o norte americano Dennis Tito em 2001 e o segundo foi o sul africano Mark Shuttleworth em 2002 Eles ficaram 7 dias no espaccedilo e pagaram 20 milhotildees de doacutelares pela viagem Dennis Tito tinha pagado para ir a estaccedilatildeo espacial Mir mas como ela foi derrubada em marccedilo de 2000 os russos o levaram ateacute a ISS Outros vocircos com turistas foram suspensos devido ao acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia

Com o novo governo americano do presidente Bush e o acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia a ISS sofre alguns cortes onde o moacutedulo de habitaccedilatildeo o moacutedulo de propulsatildeo e o CRV (Crew Return Vehicle) foram cancelados O plano do governo americano eacute concluir sua parte quando o moacutedulo Node 2 for entregue pois ele permite o acoplamento dos moacutedulos do Japatildeo e da Europa As centriacutefugas originalmente planejadas tiveram o mesmo destino A uacuteltima revisatildeo do projeto da estaccedilatildeo foi feita em julho de 2004

Os cortes foram causados pelo novo rumo adotado pelo governo americano em querer um programa de exploraccedilatildeo marciana mais robusto e que natildeo estaacute disposto a pagar pelos custos extras da estaccedilatildeo Os custos extras se devem a muitos fatores como a demora no lanccedilamento do moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda atrasado em 1 ano e os constantes aumentos no preccedilo da construccedilatildeo dos moacutedulos americanos

Com isso a utilizaccedilatildeo cientiacutefica da ISS fica comprometida pois para se desenvolver trabalhos seacuterios seria necessaacuterio uma tripulaccedilatildeo maior Atualmente apenas 3 astronautas podem ocupar a estaccedilatildeo pois eacute o maacuteximo que as caacutepsulas Soyuz com portam Se mais uma caacutepsula fosse disponibilizada entatildeo a tripulaccedilatildeo poderia ser aumentada para 6 pessoas Isso implica numa maior participaccedilatildeo dos russos no projeto

Poreacutem devido ao acidente com o ocircnibus espacial a tripulaccedilatildeo teve que ser reduzida a duas pessoas Desta forma a quantidade de lanccedilamentos de

cargueiros de reabastecimento Progress pode ser mantida A cada 3 meses os russos lanccedilam um sateacutelite cargueiro natildeo tripulado levando comida aacutegua combustiacutevel e equipamentos para a estaccedilatildeo Com uma tripulaccedilatildeo de 3 a periodicidade dos vocircos deveria ser maior o que acarretaria maiores custos para os russos

As tripulaccedilotildees atuais permanecem 6 meses na estaccedilatildeo Antes do acidente em media uma tripulaccedilatildeo permanecia entre 3 e 4 meses no espaccedilo

O CRV seria um ocircnibus espacial em miniatura que seria utilizado apenas em caso de emergecircncia para a tripulaccedilatildeo da ISS abandonar a estaccedilatildeo e retornar em seguranccedila para a Terra Jaacute o moacutedulo de propulsatildeo foi projetado pensando-se na possibilidade do fracasso do moacutedulo russo Zvezda mas natildeo foi concluiacutedo Para retornar agrave Terra em caso de emergecircncia utilizam-se as naves russas Soyuz

Apesar da Ruacutessia gastar o equivalente a 6 do custo total do projeto ela vai ter direito a utilizar 30 dos recursos da estaccedilatildeo Isso se deve ao custo de construccedilatildeo dos moacutedulos que eacute bem menor que nos EUA e agrave forma de lanccedilamento Um foguete Proton custa em torno de 50 milhotildees de doacutelares Um lanccedilamento do ocircnibus espacial implica em gastos de 500 milhotildees de doacutelares O total de moacutedulos e componentes da estaccedilatildeo eacute de 36 A parte russa eacute composta de 11 moacutedulos Destes provavelmente 2 teratildeo ajuda da iniciativa privada e 1 foi financiado pelos EUA (Zarya)

A PARTE DE CADA UM

A parte que seraacute construiacuteda pelos Estados Unidos inclui o moacutedulo cientiacutefico Destiny Z1 Truss Node 1 (Unity) e Node 2 uma estrutura metaacutelica de 96 metros de comprimento composta de 10 segmentos para acomodar os paineacuteis solares e o Airlock Para colocar sua parte no espaccedilo os norte americanos utilizaratildeo seus 3 ocircnibus espaciais (Discovery Atlantis e Endeavour) O Coluacutembia era o uacutenico da frota que natildeo estava preparado para acoplar com a estaccedilatildeo espacial O custo da parte norte americana deve ser no miacutenimo de 11 bilhotildees de doacutelares

A parte russa da estaccedilatildeo seraacute composta por um moacutedulo de comando e controle (Zvezda) que seraacute utilizado como habitaccedilatildeo durante a construccedilatildeo da estaccedilatildeo 2 moacutedulos cientiacuteficos baseados nas naves

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Soyuz 1 moacutedulo de carga (Zarya financiado pelos Estados Unidos) um moacutedulo com vaacuterios pontos de acoplamento chamado Universal Docking Module 2 docking compartments uma nave Soyuz de emergecircncia para abandonar a estaccedilatildeo enquanto ela estiver em construccedilatildeo uma estrutura para acomodar os paineacuteis solares chamada Scientific Power Plataform e talvez 2 moacutedulos comerciais feitos em parceria com as empresas norte americanas Boeing e Spacehab e as russas Energia e Khrunichev Os russos utilizaratildeo suas naves Soyuz para transportar os cosmonautas e as naves autom aacuteticas P rogress M para reabastecer a estaccedilatildeo

D evido a restriccedilotildees o rccedilam en taacuterias os componentes do segmento russo podem sofrer reduccedilotildees ou ateacute ser excluiacutedos da configuraccedilatildeo final da estaccedilatildeo Com o acidente do ocircnibus espacial os americanos poderiam comprar naves russas Soyuz ou mais cargueiros Progress para suprir melhor a estaccedilatildeo Entretanto isso natildeo eacute possiacutevel pois existe uma lei americana que impede a NASA e outras empresas norte americanas de comprar tecnologia russa Isto ocorreu porque a Ruacutessia facilitou tecnologia nuclear para o Iratilde uma naccedilatildeo considerada do Eixo do Mal

A parte da Agecircncia Espacial Europeacuteia inclui um laboratoacuterio cientiacutefico um pequeno braccedilo robocirc a ser instalado no segmento russo e naves automaacuteticas de reabastecimento que acoplaratildeo no moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda Ao total o custo estimado da participaccedilatildeo europeacuteia eacute de 47 bilhotildees de doacutelares

As naves de carga automaacuteticas europeacuteias se chamaratildeo ATV e seratildeo lanccediladas por foguetes Ariane-5 da base de Kourou na Guiana Francesa

A parte japonesa inclui 1 laboratoacuterio cientiacutefico com uma plataforma para experimentos fora da estaccedilatildeo ao custo total de 31 bilhotildees de doacutelares

O Canadaacute iraacute fornecer um braccedilo robocirc de 18 metros de comprimento e uma estrutura composta de trilhos para deslocar o braccedilo pela estrutura metaacutelica da estaccedilatildeo O custo da contribuiccedilatildeo canadense eacute de 1 bilhatildeo de doacutelares

A Itaacutelia construiu 3 moacutedulos logiacutesticos denominados MPLM (Multi Purpose Logistics Module) batizados Leonardo Rafaello e Donatello ao custo de 550 milhotildees de doacutelares Em troca dos moacutedulos a Itaacutelia poderaacute mandar seus astronautas para a estaccedilatildeo

O Brasil inicialmente iria construir paletas para colocar experimentos fora da estaccedilatildeo (Express Palet) ao custo de 120 milhotildees de doacutelares Cada paleta com peso de 1 tonelada e vida uacutetil estimada de 10 anos poderia levar 6 cargas de 225 Kg Tambeacutem teria um astronauta proacuteprio o tenente aviador Marcos Cesar Pontes que foi treinado para subir para a estaccedilatildeo atraveacutes do ocircnibus espacial e foi escolhido em 1998 Poreacutem devido a problemas orccedilamentaacuterios a participaccedilatildeo do Brasil foi reduzida a 21 equipamentos menores que seratildeo construiacutedos sem custo pelo SESI Quanto ao astronauta brasileiro foram feitas negociaccedilotildees com a agecircncia espacial russa para enviar Marcos Pontes em uma nave Soyuz em abril de 2006

Astronauta brasileiro Marcos Pontes escalado para a 13deg expediccedilatildeo agrave ISS conforme acordo

brasilerio com a Agecircncia Espacial Russa

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TRIPULACcedilOtildeES DA ISS

1deg Expediccedilaotilde31-10-2000Baikonur

O primeiro grupo permanente enviado agrave ISS foi transportado pela Soyuz TM -31 e composto pelo comandante norte americano Bill Sheperd e pelos russos Yuri Gidzenko e Serguei Krikalev Esta missatildeo preparou seus sistemas para utilizaccedilatildeo permanente e recebeu os primeiros paineacuteis solares feitos nos Estados Unidos e o moacutedulo laboratoacuterio norte americano Destiny A tripulaccedilatildeo permaneceu 140 dias 23 horas e 28 minutos no espaccedilo retornando para a Terra em 18 de marccedilo de 2001

2deg Expediccedilatildeo10-3-2001Cabo Canaveral

A 2deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante cosmonauta Yuri Usachev e os seus colegas norte americanos Susan Helms e James Voss Eles foram a bordo da STS-102 Discovery Durante sua missatildeo foi adicionado o CanadArm e o moacutedulo Quest (Joint Pressurized Airlock) Este grupo tambeacutem recebeu o primeiro turista espacial o milionaacuterio norte americano Dennis Tito Eles ficaram no espaccedilo 167 dias 6 horas e 41 minutos retornando agrave Terra em 22 de agosto de 2001

3deg Expediccedilatildeo10-8-2001Cabo Canaveral

A 3deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante norte americano Frank Culbertson e pelos russos Vladimir Dezhurov e Mikhail Tyurin Eles foram transportados agrave estaccedilatildeo pelo STS-105 Discovery Permanecircncia no espaccedilo de 128 dias 20 horas e 45 minutos retorno em 17 de dezembro de 2001

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4deg Expediccedilatildeo5-12-2001Cabo Canaveral

A 4deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Yuri Onufrienko e pelos norte americanos Carl E W alz e D an ie l W Bursch E les foram transportados para a estaccedilatildeo pelo S T S -108 Endeavour Permanecircncia no espaccedilo de 195 dias 19 horas e 39 minutos retorno em 19 de junho de 2002

5deg Expediccedilatildeo5-6-2002Cabo Canaveral

A 5deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Valery Korzun pela norte-americana Peggy Whitson e pelo russo Sergei Treschev Retornaram no dia 07 de dezem bro de 2 0 0 2 apoacutes permanecerem 184 dias 22 horas e 14 minutos no espaccedilo

6deg Expediccedilatildeo23-11-2002Cabo Canaveral

A 6deg Expediccedilatildeo foi comandada por mais um veterano da Mir Nikolai Budarin e seus colegas am ericanos Donald Pettit e Ken Bowersox Perm aneceram na ISS 161 dias 1 hora e 17 minutos retornando agrave Terra em 03 de maio de 2003

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7deg Expediccedilatildeo25-4-2003Baikonur

A 7deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Yuri Malenchenko e pelo norte americano Ed Lu Permaneceram no espaccedilo 184 dias 21 horas e 47 minutos retornando agrave Terra em 27 de outubro de 2003

8deg Expediccedilatildeo18-10-2003Baikonur

A 8deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Aleksandr Kaleri e pelo norte americano Michael Foale Retornou em 29 de abril de 2004 Permanecircncia de 194 dias 18 horas e 35 minutos

9deg Expediccedilatildeo18-4-2004Baikonur

A 9deg Expediccedilatildeo foi composta pelo engenheiro de vocirco norte americano Mike Fincke e pelo comandante russo Gennady Padalka Permanecircncia a bordo da ISS de 187 dias 21 horas e 17 minutos retornando em 23 de outubro de 2004

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10deg Expediccedilatildeo13-10-2004Baikonur

A 10deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante norte americano Leroy Chiao e pelo russo Salizhan Sharipov Retornaram agrave Terra em 24 de abril de 2005 apoacutes 192 dias 19 horas e 2 minutos

11deg Expediccedilatildeo14042005Baikonur

A 11deg Expediccedilatildeo eacute composta pelo comandante russo Sergei Krikalev e pelo norte americano John Phillips Seu retorno estaacute previsto para 7 de outubro de 2005 Serguei Krikalev eacute o novo recordista em permanecircncia no espaccedilo recorde este quebrado durante a missatildeo atual

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DADOS SOBRE A ISS ATEacute O FINAL DA EXPEDICcedilAtildeO 10

Aacuterea habitaacutevel 425 metros cuacutebicosDimensotildees 75 metros de largura entre os paineacuteis solares 275 metros de altura 438 metros do moacutedulo cientiacutefico Destiny ateacute o moacutedulo de serviccedilo Zvezda 513 metros com uma nave Progress acopladaPeso 18303 toneladasVocircos 16 vocircos norte americanos e 28 vocircos russosAtividades Extraveiculares 65 saiacutedas sendo 25 partindo de dentro do Ocircnibus Espacial totalizando 348 horas e 15 minutosExperimentos cientiacuteficos Ateacute o final da Expediccedilatildeo 7 em agosto de 2003 tinham sido feitos 129 experimentos

COMPONENTES DA ESTACcedilAtildeO

ZARYA20-11-199820000 Kg Baikonur - Proton

Moacutedulo russo tambeacutem conhecido como FGB (Functional Cargo Block em inglecircs) Possui 126 metros de com primento por 4 05 metros de diacircmetro e 2 paineacuteis solares Possui 2 acopladores 1 utilizado pelo moacutedulo Unity e outro que pode ser utilizado por naves Soyuz ou Progress

UNITY3-12-199820000 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Moacutedulo norte americano Possui 45 metros de comprimento por 66 metros de diacircmetro Possui 2 acopladores 1 utilizado pelo moacutedulo Zarya e outro que pode ser utilizado pelos ocircnibus espaciais americanos Este moacutedulo eacute feito inteiramente em alumiacutenio

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ZVEZDA12-7-200020000 Kg Baikonur - Proton

Moacutedulo russo tambeacutem conhecido como Service Module Possui 2 paineacuteis solares e 4 acopladores sendo que 1 na parte traseira e 3 na parte dianteira Possui 13 metros de comprimento e 405 metros de diacircmetro O Zvezda possui 14 janelas e seu interior eacute dividido em 3 compartimentos Possui cabines para os tripulantes e seraacute utilizado como moacutedulo de habitaccedilatildeo durante a construccedilatildeo da ISS

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Z1 TRUSS5-10-20008280 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Serve como central de com unicaccedilotildees do segmento americano Tambeacutem eacute utilizado como base para a estrutura P6 Truss Possui 4 giroscoacutepios utilizados para estabilizar a estaccedilatildeo e uma antena de telecomunicaccedilotildees Custo de 273 milhotildees de doacutelares

P6 TRUSS30-11-200017000 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Estrutura que serve para acomodar os radiadores e os imensos paineacuteis solares PVA (PhotoVoltaic Arrays) Satildeo ao todo 4 PVAs com comprimento de 73 metros de ponta a ponta e 3 radiadores Custo de 600 milhotildees de doacutelares

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DESTINY7-2-200114515 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Peccedila central da parte cientiacutefica da Estaccedilatildeo Espacial Internacional Feito em alumiacutenio possui 85 metros de comprimento peso de 14515 Kg e 45 metros de diacircmetro Possui 3 seccedilotildees ciliacutendricas e capacidade para alocar 24 racks com experimentos Responsaacutevel pelo controle da estaccedilatildeo em substituiccedilatildeo ao moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda

MPLM LEONARDORAFAELLODONATELLO10-3-20014100 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Os MPLM (Multi-Purpose Logistics Modules) foram construiacutedos pela Agecircncia Espacial Italiana ASI e pela empresa Alenia Aerospazio localizada em Turin na Itaacutelia Estes moacutedulos pressurizados servem para transportar e trazer carga para a Estaccedilatildeo Sua construccedilatildeo foi iniciada em 1996 Possuem 64 metros de comprimento por 46 metros de diacircmetro Podem transportar 91 toneladas de carga em 16 racks standard

CANADARM19-4-200117000 KgsCabo Canaveral - Space Shuttle

Primeira parte do braccedilo roboacutetico canadense ldquoCanadArmrdquo Este braccedilo com seus 177 metros de comprimento e suas 17 toneladas de peso seraacute utilizado para construir a estaccedilatildeo Anexado ao moacutedulo Destiny possui a singular capacidade de andar pelo moacutedulo o que aumenta seu raio de atuaccedilatildeoCusto de 600 milhotildees de doacutelares

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JOINT AIRLOCK QUEST12-7-20016500 KgsCabo Canaveral - Space Shuttle

Airlock (saiacuteda externa da estaccedilatildeo) anexa ao moacutedulo Unity Compatiacutevel com roupas espaciais americanas e russas Custo de 164 milhotildees de doacutelares

CO-1 PIRSDOCKING COMPARTMENT13-9-20015000 Kgs Baikonur - Proton

Moacutedulo russo que possui um pequeno airlock para saiacutedas extraveiculares compatiacutevel apenas com trajes russos Serve tambeacutem como ponto de acoplamento para naves Soyuz e Progress M Acoplado ao moacutedulo Zvezda Possui comprimento de aproximadamente 5 metros e diacircmetro maacuteximo de 280 metros Foi transportado para a estaccedilatildeo atraveacutes de um moacutedulo de serviccedilo Progress adaptado

S0 TRUSS5-6-200212247 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Primeira parte da estrutura principal da ISS composta por 9 partes Possui comprimento de 134 x 46 metros Nele foi fixado o Mobile Transporter que permite ao braccedilo robocirc CanadArm se deslocar pela estaccedilatildeo

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S1 TRUSS7-10-200215000Cabo Canaveral - Space Shuttle

Com prim ento de 137 metros peso de 15 toneladas eacute o terceiro componente da seccedilatildeo central da estaccedilatildeo composta por 11 peccedilas Foi anexado ao segmento S0 Possui 2 cameras de TV um segundo canal S-Band de comunicaccedilatildeo e o primeiro Thermal Radiator Rotary Joint

P1 TRUSS23-11-2002 12400 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Comprimento de 137 metros peso de 124 toneladas anexado ao segmento S0 Possui uma antena de UHF e da mesma forma que o segmento S1 possui radiadores e tambeacutem tem instalado o Crew and Equipment Translation Aid (CETA)

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FOGUETES

Foguetes empregados para levar naves e componentes para a ISS

SOYUZComprimento 345 m Diacircmetro 3 m Peso 297 toneladas Estaacutegios 3 ou 4 Carga uacutetil LEO 7 toneladas

Descriccedilatildeo dos sistemasPrimeiro estaacutegio 4 exaustores 42810 Kg 101600

kgf Isp 314 sec Tempo de Queima 118 segundos Isp(sl) 257 sec LoxKerosene Motores 1RD-107- 11D511P

Segundo estaacutegio 101160 Kg 103100 kgf Isp 319 segundos Tempo de Queima 286 segundos Isp(sl) 252 segundos LoxKerosene Motores 1 RD- 108-11D512P

Terceiro estaacutegio 25400 Kg 30400 kgf Isp 330 segundos Tempo de Queima 250 segundos Isp(sl) 0 segundos LoxKerosene Motores 1 RD-0110 (4) IkarFregatrdquo

HistoacutericoO Soyuz eacute um foguete da famiacutelia R7 composto

de 2 estaacutegios desenvolvido em 1963 capaz de co locar 7 to n e la d a s num a oacuterb ita de 200 quilocircmetros de altitude Foi utilizado para lanccedilar a p ro x im a d a m e n te m e ta d e das m issotildees espacia is tripu ladas e natildeo tripu ladas Os foguetes Soyuz tambeacutem foram utilizados para co locar em oacute rb ita s a teacute lite s m ilita res de reconhecimento

Fam iacuteliaR-7 8K71 Sputnik 8K71PS Luna 8K72 R-7A

8K74 Sputnik 8A91 Molniya 8K78 Vostok 8K72 Vostok 8K72K Molniya 8K78L Vostok 8A92 Polyot 11A 59 Voskhod 11A 57 M olniya 8K78MVostok 11A510 Vostok 8A92M Soyuz 11A511 Soyuz 11A514 Soyuz 11A511L Soyuz 11A511M Soyuz 11A511U Soyuz 11A511U2 Soyuz 11A511 UIkar Soyuz M

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PROTONComprimento 57 mDiacircmetro 42 mPeso 707 toneladasEstaacutegios 3 ou 4Carga uacutetil LEO 20 toneladasCarga uacutetil GEO 55 toneladas

Descriccedilatildeo dos sistemasPrimeiro estaacutegio 450510 Kg 1067659 kgf Isp

316 segundos Tempo de Queima 124 segundos Isp(sl) 267 segundos N2O4UDMH Motores 6 RD- 253-11D48

Segundo estaacutegio 167828 Kg 244652 kgf Isp 327 segundos Tempo de Queima 206 segundos Isp(sl) 230 segundos N 2O 4U D M H Motores 4 RD-0210

Terceiro estaacutegio 50747 Kg 64 260 kgf Isp 325 segundos Tempo de Queima 238 segundos Isp(sl) 230 segundos N 2O 4U D M H Motores 1 RD-0212

Quarto estaacutegio 14000 Kg 8670 kgf Isp 352 segundos Tempo de Queima 570 segundos Lox Kerosene Motores1 RD-58M

HistoacutericoOs foguetes Proton comeccedilaram a ser utilizados

em 1965 Foi o primeiro foguete sovieacutetico que natildeo foi baseado num miacutessil baliacutestico intercontinental O Proton pode utilizar 3 ou 4 estaacutegios e foi utilizado para a maioria das missotildees espaciais sovieacuteticas como as estaccedilotildees Salyut Mir e sondas espaciais Versotildees de 4 estaacutegios satildeo utilizadas para colocar em oacuterbita sateacutelites geoestacionaacuterios

O primeiro estaacutegio do Proton tem 6 motores e possui empuxo de 2 mil toneladas O terceiro estaacutegio pode colocar em oacuterbita cargas de 20 toneladas

Fam iacuteliaUR-100 Monoblock UR-500 Polyblock UR-500

UR -200 Proton 8K82 Proton 8K82K11S824 Proton 8K82K UR-700 UR-70011D54 UR-700RD- 350 UR-700RO-31 UR-900 UR-700M Proton 8 K 8 2 K 1 1S 8 6 U R -5 0 0 M K Proton 8K 8 2K 11S824M U R -100N U R -530 Proton 8K82K 11S861 Proton 8K82K11S824F Rokot Proton 8K82K 11S861-01 Proton 8K82KDM 1 Proton 8K82KDM3 Strela Proton 8K82K17S40 Proton 8K82KDM2 Proton 8K82KDM4 Proton 8K82KM

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SPACE SHUTTLEComprimento 56 m Diacircmetro 87m Peso 2040 toneladas Estaacutegios 2()Carga uacutetil LEO 275 toneladas ()

Descriccedilatildeo dos sistemasFoguetes de combustiacutevel soacutelido 2 SRB 589670 kg

1174713 kgf Isp 269 segundos Tempo de Queima 124 segundos Isp(sl) 237 segundos Motores de Combustiacutevel Soacutelido 1 SRB

Tanque externo (Shuttle External Tank) 750975 kg 0 kgf Isp 455 segundos Tempo de Queima 480 segundos Isp(sl) 363 segundos LoxLH2 Motores 0

Ocircnibus Espacial Shuttle Orbiter Gross 99318 kg 696905 kgf Isp 455 segundos Tempo de Queima 480 segundos Isp(sl) 363 segundos Lox LH2 Motores 3 SSME

HistoacutericoO sistema do ocircnibus espacial eacute composto por 2

foguetes la tera is de com bustiacuteve l soacutelido denominados SRB (Solic Rocket Booster) que impulsionam a nave durante a fase inicial da subida Ao se esgotar o combustiacutevel satildeo ejetados e o Shuttle utiliza seus 3 motores SSME alimentados pelo imenso tanque de combustiacutevel de cor laranja para completar o resto da subida ateacute atingir a oacuterbita terrestre

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m 7 MASTRONAUTICA

NAVES ESPACIAIS

Veja a seguir a descriccedilatildeo das naves tripuladas utilizadas para chegar na ISS

SOYUZ TMAPeso 7250 Kg Comprimento 75 m Diacircmetro 27 m Aacuterea uacutetil 9 m3

Descriccedilatildeo dos sistemasAs Soyuz satildeo compostas por 3 moacutedulos O

moacutedulo de descida com capacidade para 3 cosmonautas tem 22 m de comprimento por 22 m de diacircmetro Pesa 3000 Kg e possui 4 m3 Possui paacutera-quedas para descida sistemas de telemetria e um periscoacutepio digital O pouso eacute amortecido por motores de combustiacutevel soacutelido utilizados no final da descida Os cosmonautas utilizam roupas pressurizadas na decolagem e descida O moacutedulo orbital tem 3 metros de comprimento por 23 metros de diacircmetro Tem 5 m3 e pesa 1300 Kg Nele estaacute

instalado o sistem a de rendez vous Kurs composto de 2 antenas aleacutem de 1 janela O m oacutedulo de serviccedilo pesa 2 9 5 0 Kg e tem comprimento de 23 m e diacircmetro de 21 m A Soyuz utiliza como fonte de energia paineacuteis solares de 10 m2 e consome em meacutedia 060 Kw

HistoacutericoDesenvolvidas nos anos 60 as Soyuz foram

criadas para fazer viagens da Terra para a Lua mas acabaram sendo utilizadas para levar cosmonautas para as estaccedilotildees espaciais Salyut e Mir Satildeo utilizadas atualm ente para levar cosm onautas para a estaccedilatildeo espac ia l internacional Uma versatildeo natildeo tripulada da Soyuz denominada Progress eacute utilizada desde os anos 70 para reabastecer as estaccedilotildees espaciais russas

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SPACE SHUTTLEPeso Total 104328 kg Comprimento 372 m Envergadura 238 m Aacuterea uacutetil 72 m3T ripulaccedilatildeo 8 astronautas com tempo em oacuterbita 16 dias Combustiacutevel 21600 Kg Carga 21190 KgPeso do escudo teacutermico18500 Kg Sistema eleacutetrico baterias combustiacuteveis

Descriccedilatildeo dos sistemasOs ocircnibus espaciais foram produzidos para

transportar astronautas para o espaccedilo e lanccedilar ou reparar sateacutelites Seus primeiros estudos

foram nos anos 70 e o primeiro a ser construiacutedo o E n te rp rise nunca foi lan ccedilad o Foram construiacutedas 5 naves a prim eira cham ada Coluacutembia fez seu vocirco inaugural em 12 de abril de 1981 e foi destruiacutedo durante o retorno a Terra em fe v e re iro de 2 0 0 3 D epo is v ie ram a Challenger destruiacutedo em 1986 Discovery Atlantis e o Endeavour construiacutedo para substituir o Challenger Em 1995 o Discovery foi o primeiro ocircnibus espacial a acoplar com uma estaccedilatildeo espacial ao unir-se agrave estaccedilatildeo Mir Foram feitas 9 missotildees durante 3 anos no projeto conjunto Shuttle-Mir Atualmente transportam peccedilas e tr ip u la ccedil otilde e s para a E s taccedil atildeo E s p ac ia l Internacional

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m 7 MASTRONAUTICA

PROGRESS_MAs Progress possuem formato idecircntico agraves naves

Soyuz Possuem 7 metros de comprimento 27 metros de diacircmetro peso de 72 toneladas e uma aacuterea destinada aos suprimentos de 76 metros cuacutebicos Possui 2 paineacuteis solares com 10 metros quadrados de aacuterea que geram 13 KW de forccedila

As Progress levam suprim entos para aproximadamente 2 meses para uma tripulaccedilatildeo de

ateacute 3 cosmonautas Sateacutelites cargueiros satildeo na verdade versotildees natildeo tripuladas das naves Soyuz Foram fabricadas para reabastecer as estaccedilotildees esp ac ia is S a lyu t posterio rm ente a Mir e atualmente a ISS As Progress M aleacutem de terem uma carga uacutetil maior que sua antecessora podem transportar uma caacutepsula recuperaacutevel chamada Raduga que permite transportar de volta para a Terra experimentos feitos nas estaccedilotildees espaciais

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DA TERRA PARA O INFINITO

Para chegar da Terra ateacute a estaccedilatildeo espacial por enquanto existem dois centros espaciais o de Baikonur no Casaquistatildeo localizado na Aacutesia Central e o de Cabo Canaveral localizado na Floacuterida nos Estados Unidos Veremos um pouco da histoacuteria de cada um deles a seguir

Cabo CanaveralLatitude 2845 N Longitude 8053 WIniacutecio de operaccedilatildeo 1949

Cabo Canaveral eacute a maior e mais importante base espacial dos Estados Unidos Foi dela que partiram as missotildees lunares Apollo O Cabo Canaveral eacute utilizado para todos os lanccedilamentos tripulados Tambeacutem eacute utilizado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos

A escolha da base de lanccedilamentos foi feita em 11 de maio de 1949 Uma seacuterie de estaccedilotildees de rastream en to foi ins ta lada nas B aham as Oficialmente a base de Cabo Canaveral entrou em funcionamento em 01 de outubro de 1949 Os primeiros lanccedilamentos de foguetes (V2 modificadas

do tipo Bumper) foram feitos em julho de 1950 Durante os anos 60 foram construiacutedas imensas instalaccedilotildees e plataformas para o programa lunar Apollo Nos anos 70 estas instalaccedilotildees foram aproveitadas para o programa do ocircnibus espacial A primeira vez que a base foi aberta ao puacuteblico foi em 19 de maio de 1961 Os primeiros testes do ocircnibus espacial foram feitos em 23 de julho de 1979 utilizando-se o ocircnibus espacial Enterprise (OV- 101)Os lanccedilamentos satildeo feitos com inclinaccedilatildeo miacutenima de 28 graus e maacutexima de 57 graus Existem plataformas para lanccedilar o Ocircnibus Espacial e foguetes Atlas Delta e Titan As principais plataformas satildeo as 39A e 39B utilizadas pelos imensos foguetes lunares Saturn V e atualmente utilizadas pelo ocircnibus espacial

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BaikonurLatitude 4563 N Longitude 6326 EIniacutecio de Operaccedilatildeo 1955

Localizado no Casaquistatildeo Baikonur eacute o maior cosmoacutedromo utilizado pela Ruacutessia para a maioria dos lanccedilamentos e por todos os lanccedilamentos tripulados

O cosmoacutedromo ocupa uma aacuterea aproximada de 7360 quilocircmetros quadrados numa aacuterea proacutexima ao rio Syr Darya na regiatildeo de Kyzl-Orda Oblast no Casaquistatildeo a 380 quilocircmetros da velha cidade de Baikonur O Cosmoacutedromo fica proacutexima do velho vilarejo de Tyuratam e da cidade de Zarya que foi rebatizada como Leninsk em 1958 e rebatizada como Baikonur em 1996

Inicialmente conhecido como Tashkent-50 a constuccedilatildeo foi iniciada em 12 de janeiro de 1955 Os construtores se referiam ao Cosmoacutedromo como Zvezdograd durante a eacutepoca da construccedilatildeo A cidade de Leninsk teve sua populaccedilatildeo ampliada de 50000 habitantes em 1975 para 75000 habitantes em 1990 A aprovaccedilatildeo para a construccedilatildeo do Cosmoacutedromo foi atraveacutes do Decreto do Conselho de Ministros da Uniatildeo Sovieacutetica nuacutemero 2 82 -181 no qual o complexo era chamado de Aacuterea de Teste nuacutemero 5 O primeiro lanccedilamento feito em Baikonur foi o de um foguete baliacutestico SS-6 em 15 de maio de 1957 mas o lanccedilamento falhou O primeiro lanccedilamento bem sucedido foi em 03 de agosto de 1957 Baikonur eacute comparado ao centro de lanccedilamentos de Cabo Canaveral na

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Floacuterida Estados Unidos devido a importacircncia e tam an h o mas o com plexo de B aikonur eacute consideravelmente mais extenso

O cosm oacutedrom o possui 9 com plexos de lanccedilamento incluindo 15 plataformas para os foguetes do tipo Soyuz Molniya Zenith Rockot Proton entre outros Aleacutem disso tem 11 linhas de

montagem e revisatildeo de sateacutelites e espaccedilonaves 3 pontos de abastecimento de combustiacutevel centro meacutedico para cosmonautas 2 aeroportos de grande porte plantas de nitrogecircnio oxigecircnio e gaacutes sistemas de abastecimento de energia eleacutetrica e aacutegua e para concluir um grande sistema de estradas e de vias ferroviaacuterias iJ

Daniel Sanchez Bins eacute o autor do site Cosmonaacuteutica dedicado ao programa espacial russo e usuaacuterio e colaborador da Espacialcomhttpwwwcosmonauticacjbnet

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Participe apoie divulgue o siteWWWCOMITEMARCOSPONTESCJBNET

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CAMPANHA NACIONAL DE APOIO AO 1D VOcircO ORBITAL DO ASTRONAUTA BRASILEIRO EA CONTINUIDADE DO BRASIL

NO PROJETO DA ESTACcedilAtildeO ESPACIAL INTERNACIONAL

A campanha ldquoSim eu quero vero verdee

amarelo no espaccedilordquo lanccedilada pelo Comitecirc

Marcos Pontes tem o objetivo de apoiar a

Agecircncia Espacial Brasileira na viabilizaccedilatildeo

do primeiro vocirco orbital do nosso astronauta

atraveacutes da continuidade da participaccedilatildeo

brasileira no projeto da Estaccedilatildeo Espacial

Internacional (EEI)

Para isso conta com a colaboraccedilatildeo da

populaccedilatildeo brasileira que pode manifestar

mobilizaccedilatildeo em prol da campanha assinando

um abaixo-assinado no site

wwwcomitemarcospontescjbnet

Decirc sua contribuiccedilatildeo Vamos apoiar o Brasil nesse projeto que traz oportunidades uacutenicas de estar agrave frente em experimentos e tecnologia de ponta

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copy N

AS

A

revista

PLANETOLOGIA

Planetas Extrasolares

Detecccedilatildeo Dinacircmica amp Origem

W alkiria Schulz | Revista macroCOSMOcomwschulzcettconaegovar

Cristiaacuten Beaugeacute | Colaboradorbeaugeoacuncoredu

Quantas vezes olhamos para o ceacuteu e nos perguntamos se estamos sozinhos neste Universo Quais satildeo as chances reais de existir outra civilizaccedilatildeo Para responder a estas e outras perguntas os astrocircnomos estatildeo se dedicando a uma nova aacuterea de pesquisa a Mecacircnica de Planetas Extrasolares A ideacuteia eacute desenvolver novas tecnologias capazes de detectar planetas eou sistemas planetaacuterios em outras estrelas e a partir daiacute estudar as caracteriacutesticas que possam representar condiccedilotildees ambientais de presenccedila de vida

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PLANETOLOGIA

A descoberta de planetas fora do nosso Sistema Solar eacute um fato recente Ateacute cerca de 10 anos atraacutes noacutes natildeo dispunhamos de instrumentos sensiacuteveis o suficiente para detectar corpos tatildeo pequenos distantes e pouco luminosos Foi necessaacuterio desenvolver aparelhos de detecccedilatildeo com uma precisatildeo jamais vista e anexaacute-los a telescoacutepios dedicados a este tipo de investigaccedilatildeo

Aleacutem de vislum brar a possibilidade de natildeo estarmos sozinhos os planetas extrasolares tambeacutem representam uma oportunidade para a M ecacircnica Celeste de estudar sistem as com dinacircmicas diferentes das encontradas no Sistema Solar Estes estudos podem vir a ser fontes de corroboraccedilatildeo de teorias cosmogocircnicas atuais que foram desenvolvidas baseando-se no conhecimento de um uacutenico sistema planetaacuterio o nosso

Ao comeccedilar a encontrar planetas extrasolares a primeira pergunta que surgiu foi estes novos objetos satildeo compatiacuteveis com as nossas ideacuteias de formaccedilatildeo planetaacuteria Para entender um pouco melhor esta questatildeo vamos comeccedilar falando sobre o que se sabe a respeito do nosso Sistema Solar

Teorias de Formaccedilatildeo do Sistema Solar

Existem trecircs formas de construir um modelo para explicar como se formou o Sistema Solar

1 A partir de modelos de formaccedilatildeo estelar extrapolando para a frente

2 A partir da estrutura atual do nosso Sistema Solar extrapolando para traacutes

3 Analisando e comparando as caracteriacutesticas de outros sistemas planetaacuterios em etapas distintas de evoluccedilatildeo

Na verdade todas estas possibilidades satildeo complementares e as informaccedilotildees provenientes de cada uma devem ser coerentes entre si

Modelos Comeccedilamos com uma nuvem proto- estelar similar agraves observadas na nebulosa de Oacuterion A interaccedilatildeo entre a contraccedilatildeo e a rotaccedilatildeo desta nuvem de material provocou um colapso que resultou em uma estrutura achatada onde a maioria da massa se encontrava no centro (proto-sol) enquanto o resto formava um disco ao redor

Dentro desta nuvem existiam dois componentes gaacutes (aproximadamente 96) e material soacutelido (4) A pressatildeo interna mantinha o equilibrio hidrostaacutetico do gaacutes mas natildeo das partiacuteculas soacutelidas que sofriam fricccedilatildeo com o gaacutes caindo no plano da nuvem e mais perto do proto-sol Como resultado deste processo o disco se dividiu em uma nebulosa gasosa exterior (formada de elementos como hidrogecircnio heacutelio e nitrogecircnio) e um disco compacto interno composto de partiacuteculas soacutelidas de mais ou menos 1 cm de raio (com elementos tais como carbono niacutequel e ferro)

A partir deste ponto existem duas possibilidades para a evoluccedilatildeo destas partiacuteculas ateacute planetesimais de raios entre 10 e 100 m No primeiro caso o conjunto de pequenas partiacuteculas continua caindo em direccedilatildeo ao plano ateacute formar um disco tatildeo denso que torna-se gravitacionalmente instaacutevel provocando um colapso do material em planetesimais maiores A segunda possibilidade sugere um processo mais lento onde a formaccedilatildeo de corpos maiores deu-se por colisotildees entre as partiacuteculas pequenas No entanto ambas teorias tecircm problemas e ainda natildeo

P R O T O -S O L (~ 9 9 M A S S A )

Formaccedilatildeo de um sistema planetaacuterio a partir de uma nebulosa primordial

N E B U L O S A P R IM O R D IA L (~ 1 M A S S A )

ocopy

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possuimos um bom modelo para explicar a transiccedilatildeo entre partiacutecu las de 1 cm e planetesim ais de 100 m de raio Este problema eacute conhecido em Inglecircs como o Meter Size Hurdle ou o obstaacuteculo do tamanho de um metro em uma traduccedilatildeo literal

No entanto in d ep en d en tem en te do mecanismo que produziu estes objetos a partir de uma populaccedilatildeo de planetesimais com raios entre 10 e 100 m sabe-se que a evoluccedilatildeo do disco rochoso se deu atraveacutes da com binaccedilatildeo entre gravitaccedilatildeo muacutetua e colisotildees Os corpos do nosso Sistema Solar apresentam uma seacuterie de evidecircncias destas colisotildees como fragmentaccedilotildees e crateras No entanto se a velocidade relativa entre os corpos eacute suficientemente pequena as colisotildees datildeo origem a um processo construtivo conhecido como acreccedilatildeo que eacute o mecanismo baacutesico de formaccedilatildeo planetaacuteria

A princiacutepio o processo de acreccedilatildeo soacute funciona para corpos soacutelidos e natildeo para o gaacutes No entanto e considerando que a temperatura do gaacutes decai com a distacircncia ao Sol existe um valor criacutetico desta distacircncia tal que a tem peratura do gaacutes seja suficientemente baixa para que a componente volaacutetil da nuvem condense Esta distacircncia criacutetica eacute conhecida como a ldquolinha do gelordquo e corresponde a aproximadamente 4 ou 5 UA Portanto aleacutem deste valor os elementos quimicos leves (eg HHeN)

Crateras na Lua evidecircncias de um periacuteodo decolisotildees

tambeacutem participaram do processo de acreccedilatildeo e deram origem a planetas ricos em elementos leves os chamados planetas Gigantes (Juacutepiter Saturno Urano e Netuno) Enquanto isso na regiatildeo mais proacutexima da proto-estrela os planetesimais jaacute apresentavam raios da ordem de 100 km e eram embriotildees planetaacuterios

Entre 6 e 10 milhotildees de anos de evoluccedilatildeo do sistema o proto-Sol entrou em uma fase conhecida como T-Tauri na qual a nuvem de gaacutes remanescente comeccedilou a se dissipar Assim as etapas finais de formaccedilatildeo dos planetas terrestres continuaram em um cenaacuterio praticamente livre de gaacutes A presenccedila do recentemente formado Juacutepiter tambeacutem afetou

SOLCOLISOES ENTRE OS EMBRIOtildeES PLANETAacuteRIOS

Juacutepiter

1

y -----

ACRECcedilAtildeO

y ------------

FRAGMENTACcedilAO

SOL Mercuacuterio Vecircnus Terra Marte Asteroides Juacutepiter ltgt

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PLANETOLOGIA

esta formaccedilatildeo planetaacuteria invertendo o proceso de acreccedilatildeo e provocando fragmentaccedilotildees nos embriotildees planetaacuterios que encontravam-se perto do planeta gigante Esta fragm entaccedilatildeo deu origem aos asteroacuteides que hoje encontramos entre as oacuterbitas de Marte e Juacutepiter Nos 100 milhotildees de anos seguintes os planetas terrestres se formaram

Em forma muito resumida este eacute o modelo cosmogocircnico mais aceito atualmente Ele consegue explicar a existecircncia de planetas gigantes e terrestres a localizaccedilatildeo dos planetas gigantes aleacutem de 4-5 UA oacuterbitas praticamente coplanares e circulares a presenccedila de asteroacuteides e objetos do cinturatildeo de Kuiper e a existecircncia de aneacuteis e sateacutelites No entanto existem alguns problemas Talvez o principal deles seja a impossibilidade de formar Urano e Netuno antes da dissipaccedilatildeo da nuvem de gaacutes Devido agrave baixa densidade de partiacuteculas soacutelidas e gaacutes na parte externa da nuvem o processo de acreccedilatildeo necessitaria tempos maiores que a idade do Sistema Solar A suposiccedilatildeo de que a nuvem primordial fosse mais massiva eacute pouco provaacutevel jaacute que seria necessaacuterio algum mecanismo para eliminar a massa restante depois da formaccedilatildeo dos planetas e natildeo conhecemos nenhum que seja eficiente neste sentido Uma outra alternativa para Urano e Netuno seria que os planetas gigantes natildeo se formaram por acreccedilatildeo e sim por instabilidade gravitacional do gaacutes Simulaccedilotildees com esta teoria levam a condiccedilotildees planetaacuterias diferentes das que encontramos nos planetas atuais A composiccedilatildeo quiacutemica de Saturno por exemplo eacute incompatiacutevel com os resultados das simulaccedilotildees Explicar as origens dos sistem as planetaacuterios eacute um dos problem as cientiacuteficos mais im portantes da atualidade (NASA 2003)

Dinacircmica Outra forma de estudar nosso Sistema Solar eacute atraveacutes de sua dinacircmica em particular sua estabilidade orbital Por estabilidade se entende que com o passar do tempo as oacuterbitas dos corpos maiores permanecem quase-circulares quase- planares e natildeo existe a possibilidade dos planetas se chocarem Procuramos indiacutecios de estabilidade orbital para tentar explicar a configuraccedilatildeo atual dos planetas e prever seu futuro

Na deacutecada de 90 foram realizadas vaacuterias simulaccedilotildees em computador da evoluccedilatildeo das oacuterbitas de todos os planetas por tempos da ordem da idade do Sistema Solar (Laskar 1994) A ideacuteia era corroborar que as oacuterbitas nuncam se cruzam No

ESTAacuteVEL

INSTAacuteVEL

Oacuterbitas estaacuteveis e instaacuteveis

entanto foi encontrado que existe a possibilidade de que em aproximadamente 36 bilhotildees de anos Mercuacuterio cruze a oacuterbita de Vecircnus Se natildeo houver um mecanismo de proteccedilatildeo natural eacute possiacutevel que os planetas se choquem e como consequumlecircncia a oacuterbita de Vecircnus sofreria grandes mudanccedilas podendo inclusive chocar-se com a Terra Embora estes resultados possam depender da modelagem utilizada sua conclusatildeo mais importante eacute que o Sistema Solar interno pode natildeo ser estaacutevel para sempre embora o seja por periacuteodos de tempo da ordem de 4 bilhotildees de anos

Seja o que for que aconteccedila daqui a 4 bilhotildees de anos o Sistema Solar eacute um dos sistemas dinacircmicos mais estaacuteveis que se conhece no Universo Sendo assim como eacute possiacutevel que um processo de formaccedilatildeo caoacutetico e colisional tatildeo sensiacutevel agraves condiccedilotildees iniciais decirc origem a um sistem a planetaacuterio tatildeo estaacutevel Apoacutes muitos anos realizando

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PLANETOLOGIA

simulaccedilotildees da uacuteltima etapa da formaccedilatildeo planetaacuteria sem conseguir obter nenhum Sistema Solar sinteacutetico que reproduza o nuacutemero correto de planetas nem sua estabilidade chegou-se agrave conclusatildeo de que as posiccedilotildees atuais dos planetas devem ter sido ldquodefinidasrdquo nas primeiras etapas do processo de acreccedilatildeo O problema eacute que realizar estudos destas etapas eacute tecn icam ente com plexo jaacute que eacute necessaacuterio simular a evoluccedilatildeo de milhotildees de partiacuteculas planetesimais por gravitaccedilatildeo e por colisotildees por periacuteodos de tempo muito grandes Os computadores de uso geral natildeo possuem velocidade de caacutelculo suficiente para realizar estas simulaccedilotildees A soluccedilatildeo foi construir super-com putadores especiacuteficos que pudessem ser utilizados para as simulaccedilotildees de formaccedilatildeo planetaacuteria O projeto japonecircs G R A PE tomou esta tarefa para si e desenvolveu um super-computador equivalente a 1 milhatildeo de PCs de hoje com capacidade de realizar simulaccedilotildees que levariam 2 anos em apenas 1 minuto

Entre os resultados preliminares do projeto GRAPE se destaca a conclusatildeo de que a interaccedilatildeo entre colisotildees e a dinacircmica de muitos planetesimais cria um fenocircmeno conhecido como repulsatildeo de em briotildees planetaacuterios Segundo esta teoria se a distacircncia entre dois proto-planetas eacute maior que um certo valor criacutetico d os dois corpos crescem por acreccedilatildeo alimentando-se dos planetesimais ao redor sem variar sua posiccedilatildeo relativa No entanto se a distacircncia inicial entre os dois proto-planetas eacute menor que aquele valor criacutetico os corpos se repelem e se afastam ateacute que a distacircncia entre eles seja maior que d Este processo suave e determiniacutestico poderia explicar a quantidade correta de planetas que encontramos hoje em oacuterbitas dinam icamente estaacuteveis

Resum indo embora ainda existam problemas natildeo resolvidos (Meter Size Hurdle formaccedilatildeo de Urano e Netuno) atualmente dispomos de um modelo de formaccedilatildeo planetaacuteria baseado em um processo de acreccedilatildeo de corpos soacutelidos que consegue reproduzir a maioria das caracteriacutesticas do nosso Sistema Solar Seraacute que o mesmo processo aconteceu em todos os sistemas planetaacuterios ou soacute aqui Natildeo existe garantia de que todos os planetas se formaram seguindo as mesmas condiccedilotildees mas a possibilidade de avaliar o que acontece em outras regiotildees do Universo abre toda uma nova perspectiva para a Mecacircnica Celeste

Os Planetas Extrasolares Conhecidos ldquo Zoologiardquo e Detecccedilatildeo

Em 1995 os astrocircnomos Michel Mayor e Didier Queloz do Observatoacuterio de Genebra descobriram o primeiro planeta extrasolar ao redor de uma estrela do tipo sequecircncia principal A estrela eacute 51 Pegasi (G2 distacircncia agrave Terra = 147 pc) e o planeta tem uma massa aproximadamente igual agrave metade da massa de Juacutepiter

No ano seguinte os americanos Geoffrey Marcy e Paul Butler descobriram mais dois planetas O primeiro orbita a estrela 70 Virgo (G5 distacircncia agrave Terra = 181 pc) e parece ter mais de 7 vezes a massa do nosso planeta gigante O segundo estaacute ao redor de 47 Uma (G0 distacircncia agrave Terra = 141 pc) e tem 25 vezes a massa de Juacutepiter

A populaccedilatildeo atual de planetas aleacutem do nosso Sistema Solar contabiliza ao redor de 160 objetos todos com massas inferiores a 18 vezes a massa de Juacutepiter Entre os casos mais interessantes encontram-se 15 sistemas planetaacuterios

- 12 sistemas com 2 planetas- 2 sistemas com 3 planetas (Ups And e GJ876)- 1 sistema com 4 planetas (55 Cnc)Curiosamente tambeacutem foram encontrados vaacuterios

planetas orbitando estrelas binaacuterias Entre eles podemos mencionar 16 Cyg B t Boo e y Cephei B

Nuacutemero de planetas extrasolares descobertos ateacute maio de 2005 copy Cristiaacuten Beaugeacute

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Recentemente foi descoberto um planeta orbitando uma estrela pertencente a um sistema estelar triplo

P ra ticam en te todos os p lanetas extrasolares conhecidos foram detectados por tracircnsito ou variaccedilatildeo da velocidade radial da estrela (Doppler) Existem outros meacutetodos de detecccedilatildeo que exigem configuraccedilotildees especiais de posiccedilotildees relativas mais dificieis de encontrar (por exemplo microlentes)

Eacute importante ter em conta que os planetas extrasolares tambeacutem conhecidos como exoplanetas satildeo objetos de luminosidade muito baixa Um planeta como Juacutepiter possui uma luminosidade equivalente a 10-9 da luminosidade do Sol Ou seja os exoplanetas natildeo satildeo observados diretamente A exceccedilatildeo eacute GQ Lupi observado com o Very Large Telescope - VLT

No entanto eacute possiacutevel perceber quando os planetas passam em frente ao disco da estrela Este eacute o meacutetodo de detecccedilatildeo via tracircnsito que permite medir o periacuteodo orbital (consequumlentemente o semi- eixo maior) e o raio do planeta As limitaccedilotildees deste meacutetodo incluem soacute eacute possiacutevel observar objetos em oacuterbitas a 90o com a esfera celeste eacute mais faacutecil detectar planetas gigantes e em oacuterbitas muito proacuteximas da estrela eacute muito difiacutecil (embora natildeo seja impossiacutevel) detectar mais de um objeto e este meacutetodo natildeo oferece dados sobre a excentricidade orbital

Existem vaacuterios projetos preocupados com a detecccedilatildeo de exoplanetas via tracircnsito e eacute muito

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GQ Lupi

provaacutevel que em um futuro proacuteximo a maioria dos planetas extrasolares seja descoberta por este meacutetodo Entre estes projetos um particularmente importante para o Brasil eacute o COROT Trata-se de um sateacutelite projetado pela CNES (Franccedila) com participaccedilatildeo de paiacuteses como Alemanha Auacutestria Beacutelgica Brasil e Espanha Com lanccedilamento previsto para junho de 2006 este sateacutelite levaraacute ao espaccedilo um telescoacutepio de 30 cm de diacircmetro Seu objetivo seraacute estudar Sismologia Estelar e Exoplanetas e para tanto a n a liza raacute as curvas de luz de aproximadamente 12 mil estrelas com magnitudes menores que 155 A populaccedilatildeo de estrelas a ser estudada ainda estaacute sendo definida pela comunidade cientiacutefica

Mesmo sendo invisiacuteveis os planetas extrasolares podem ser suficientemente massivos para provocar movimentos na estrela que possam ser detectados daqui da Terra Os meacutetodos de detecccedilatildeo indireta

se aproveitam do fato de que devido agrave presenccedila de um ou mais planetas a estrela se move ao redor do centro de massa do sistema

Embora natildeo possamos observar o planeta podemos deduzir suas massa e oacuterbita atraveacutes da mediccedilatildeo do movimento proacuteprio da estrela Observando as variaccedilotildees perioacutedicas na velocidade radial da estrela por efeito Doppler podemos estimar a velocidade orbital No entanto a velocidade medida por Doppler natildeo eacute a velocidade total e sim sua projeccedilatildeo sobre a linha que une a estrela ao observador Esta limitaccedilatildeo de medida provoca uma grande imprecisatildeo sobre as estimativas pois natildeo se conhece a inclinaccedilatildeo orbital em relaccedilatildeo agrave linha de visada

Sateacutelite COROT

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Graacutefico dos planetas extrasolares detectados em unidades de massa de Juacutepiter por semi-eixo maior(J corresponde a Juacutepiter e S a Saturno) copy Cristiaacuten Beaugeacute

foi similar ao dos nossos planetas Segundo esta teoria apoacutes a formaccedilatildeo existiu um processo de Migraccedilatildeo Planetaacuteria que levou os corpos ateacute a sua localizaccedilatildeo atual com oacuterbitas muito excecircntricas No entanto para que esta hipoacutetese tenha sentido necessitamos uma evidecircncia dinacircmica de migraccedilatildeo e um mecanismo para tornaacute-la efetiva

Origem dos Planetas Extrasolares Hipoacutetese da Migraccedilatildeo

Com o objetivo de explicar os pequenos valores de semi-eixo maior e as altas excentricidades surge a Hipoacutetese da Migraccedilatildeo Existem trecircs propostas de mecacircnismos para explicar a migraccedilatildeo dos planetas ateacute suas posiccedilotildees atuais scattering planetaacuterio interaccedilatildeo com o disco de planetesimais e interaccedilatildeo com o disco de gaacutes

Scattering planetaacuterio No prim eiro caso imaginemos um cenaacuterio onde dois planetas gigantes encontram-se ao redor de uma estrela em oacuterbitas

As limitaccedilotildees dos meacutetodos de detecccedilatildeo de planetas extrasolares provocam uma espeacutecie de seleccedilatildeo natural sobre os objetos que conseguimos ver Assim a maioria dos exoplanetas apresenta grandes massas localiza-se perto das estrelas e tem oacuterbitas muito excecircntricas

O problema neste caso nem eacute tanto pela pouca quantidade de planetas tipo Juacutepiter ou Saturno encontrados (receacutem estamos em condiccedilotildees de observaacute-los) mas que a maioria dos exoplanetas descobertos tem c a ra c te riacutes tic as que consideraacutevamos impossiacuteveis de existir quando soacute conheciacuteamos o nosso sistema Temos planetas gigantes em oacuterbitas de planetas terrestres Temos excentricidades tatildeo altas quanto as de estrelas binaacuterias Como explicaacute-los

Existem duas escolas ou linhas de pesquisa Uma acredita que estes planetas foram formados por mecanismos diferentes dos do nosso Sistema Solar por exemplo via instabilidade gravitacional Esta linha eacute defendida principalmente por astrofiacutesicos estelares A segunda escola composta na maioria por dinacircmicos acredita que o processo de formaccedilatildeo

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coplanares e com excentricidades pequenas Se estes planetas natildeo sofrem encontros proacuteximos entre si podemos supor que exista uma espeacutecie de acoplamento entre as suas excentricidades Isto significa que um planeta influenciacutea o outro de tal forma que se a excentricidade de um aumenta a do outro diminui O acoplamento e-e funciona como um mecanismo de proteccedilatildeo evitando encontros proacuteximos entre os planetas a menos que os semi- eixos sejam muito parecidos No caso em que os semi-eixos satildeo similares a interaccedilatildeo gravitacional eacute tatildeo forte que o acoplamento e-e natildeo consegue evitar encontros proacuteximos e podem ocorrer colisotildees com acreccedilatildeo de ambos planetas ou o scattering que significa a ejeccedilatildeo de um dos planetas Com o scattering o planeta que natildeo eacute ejetado do sistema se aproxima da estrela (diminuindo seu semi-eixo) e sua excentricidade aum enta Embora este mecanismo possa funcionar em casos isolados natildeo eacute geral o suficiente para explicar a migraccedilatildeo de tantos exoplanetas

Interaccedilatildeo com o disco de planetesimais Estemecanismo foi inicialmente proposto para explicar a migraccedilatildeo no nosso Sistema Solar Segundo esta teoria as interaccedilotildees gravitacionais entre os planetas gigantes (Juacutepiter Saturno Urano Netuno) e o disco de planetesimais remanescentes provocaram a ejeccedilatildeo final destes planetesimais para o cinturatildeo de Kuiper Como consequumlecircncia o semi-eixo maior de Juacutepiter diminuiu enquanto os semi-eixos de Saturno Urano e Netuno aumentaram Portanto os locais de formaccedilatildeo dos planetas teriacuteam sido diferentes dos atuais Os problemas com esta teoria satildeo numeacutericos Para que um exoplaneta migrasse de 4 ou 5 UA para perto da estrela a massa do disco primordial deveriacutea haver sido da ordem de 1 massa solar Aleacutem deste disco ser altamente instaacutevel este mecanismo de migraccedilatildeo natildeo explica as a ltas excen tric id ad es encontradas nos exoplanetas

Interaccedilatildeo com o disco de gaacutes No final dadeacutecada de 70 os astrocircnomos Peter Goldreich e Scott Trem aine analizaram a interaccedilatildeo entre planetas gasosos e um disco massivo de gaacutes (G oldreich e Trem aine 1979 e 1980) Eles encontraram que se essa interaccedilatildeo fosse muito forte a troca de energia e momento angular resultante poderia causar uma diminuiccedilatildeo draacutestica nos semi-eixos dos planetas Ao natildeo existir evidecircncia

de tal migraccedilatildeo planetaacuteria em nosso Sistema Solar esta teoria caiacuteu em descreacutedito No entanto a descoberta de outros sistemas planetaacuterios provocou o renascimento desta hipoacutetese de migraccedilatildeo e hoje ela eacute a preferida entre os cientistas que se dedicam a estudar os exoplanetas

O problema eacute que este tipo de migraccedilatildeo eacute muito raacutepida Ao causar uma migraccedilatildeo durante o processo de acreccedilatildeo dos planetas natildeo haveria tempo suficiente para completar a formaccedilatildeo antes destes caiacuterem na estrela A soluccedilatildeo encontrada para este problema foi propor um comportamento diferenciado Segundo este a migraccedilatildeo muda quando a massa do planeta eacute superior a 30 massas terrestres pois forma-se um buraco no disco que modifica a velocidade da migraccedilatildeo

A pergunta seguinte seriacutea e como freiar esta migraccedilatildeo Embora nenhuma resposta elegante tenha surgido nos uacuteltimos tempos umas das possibilidades em estudo eacute a de que natildeo haacute freio possiacutevel e o que estamos observando satildeo os Uranos e Netunos que ainda natildeo foram engolidos por suas estrelas

Concluiacutendo dadas as hipoacuteteses de formaccedilatildeo e os sistemas conhecidos hoje em dia podemos dizer que as oacuterbitas dos exoplanetas detectados natildeo satildeo compatiacuteveis com o processo de formaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do nosso Sistema Solar Por que O nosso sistem a eacute especial Ou soacute estam os detectando objetos viciados devido agraves nossas limitaccedilotildees instrumentais Parece que a descoberta de outros sistemas planetaacuterios abriu uma ldquocaixa de Pandorardquo trazendo mais perguntas que respostas

Juacutepiteres Quentes Binaacuterias e Outros Bichosrdquo (Planetas Habitaacuteveis)

Entre a ldquofaunardquo de objetos descobertos ao redor de outras estrelas alguns se destacam por caracteriacutesticas natildeo esperadas Se a nossa motivaccedilatildeo inicial era procurar planetas gecircmeos da Terra para averiguar se estamos ou natildeo sozinhos neste Universo qual natildeo foi a nossa surpresa ao perceber que muitos exoplanetas satildeo mundos jamais imaginados se quer por escritores de ficccedilatildeo cientiacutefica

Juacutepiteres Quentes Os primeiros objetos a surpreender os observadores terrestres foram os

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entatildeo batizados Hot Jupiters ou Juacutepiteres Quentes em uma traduccedilatildeo literal Tratam-se de exoplanetas massivos muito proacuteximos da estrela (semi-eixo maior lt 01 UA) Segundo dados obtidos por Doppler estes corpos estariam em oacuterbitas quase circulares (excentricidade aproximadamente igual a zero) Uma combinaccedilatildeo de observaccedilotildees por Doppler e por tracircnsito indica que o raio destes planetas eacute muito maior que o esperado e existem evidecircncias de que estes estariam sendo aquecidos pela estrela Modelos atmosfeacutericos indicam que alguns dos Juacutepiteres Quentes mais proacuteximos de suas estrelas (semi-eixo maior lt 001 UA) podem estar sofrendo evaporaccedilatildeo de sua componente gasosa

Eacute praticamente impossiacutevel explicar a formaccedilatildeo in situ destes objetos A hipoacutetese de migraccedilatildeo eacute a melhor candidata mas eacute atraveacutes do estudo da dinacircmica destes corpos que se espera encontrar mais respostas A proximidade entre a estrela e um planeta tipo Juacutepiter Quente faz com que estes natildeo possam ser assumidos como massas puntuais Assim o estudo destes s istem as tem que considerar efeitos de mareacute como no conjunto Terra- Lua Estrelas do tipo solar tecircm velocidades de

rotaccedilatildeo da ordem de 27 dias Esta velocidade combinada com distacircncias menores que 017 UA sugerem que estes exoplanetas deveriam estar caindo em direccedilatildeo ao centro de massa do sistema As estimativas satildeo muito dependentes da estrutura interna das estrelas mas os caacutelculos atuais prevecircm um tempo de aproximadamente 100 milhotildees de anos para que as estrelas ldquoengulamrdquo seus planetas do tipo Juacutepiteres Quentes

Planetas em Estrelas Binaacuterias Atualmente se conhecem trecircs sistemas estelares binaacuterios (com distacircncia entre as estrelas lt 20 UA) com pelo menos um planeta gigante acoplado Em todos os casos os planetas se encontram proacuteximos agraves estrelas mais massivas de forma que natildeo existem problemas de estabilidade No entanto natildeo se sabe ainda como explicar a formaccedilatildeo destes objetos

Mais surpreendente ainda foi a detecccedilatildeo de um planeta orbitando uma estrela pertencente a um conjunto triplo Esta descoberta eacute tatildeo recente que os dados a respeito deste objeto ainda estatildeo sendo discutidos

Estima-se que aproximadamente metade das estrelas conhecidas sejam binaacuterias Uma vez que

Ilustraccedilatildeo de um planeta recentemente descoberto orbitando a Estrela 55 cancri

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algumas possuem planetas gigantes possiacuteveis de serem detectados nos perguntamos se podem exitir planetas do tipo terrestres ao redor das companheiras Esta pergunta nos leva ao objetivo final deste artigo a busca de planetas habitaacuteveis

Planetas Habitaacuteveis Existem duas questotildees- chaves quando comeccedilamos a falar neste assunto

1 Sob que condiccedilotildees uma estrela pode possuir um planeta habitaacutevel

2 Sob que condiccedilotildees um planeta pode ser habitaacutevel

Eacute necessaacuterio ter em conta que o criteacuterio de ldquohabitabilidaderdquo eacute completamente baseado no nosso conceito geocecircntrico de vida Nada impede que existam outros criteacuterios Apenas natildeo somos capazes de extrapolar o nosso conhecimento e imaginar outras condiccedilotildees para o desenvolvimento de vida

Um artigo muito esclarecedor sobre este assunto foi publicado recentemente por um astrocircnomo da Seacutervia e Montenegro (^ irk o v ireg 2005) Milan ^ irko v ireg define os limites do que se usa chamar de ldquozonas de habitabilidaderdquo na nossa proacutepria galaacutexia e demonstrou que o Sol ocupa uma posiccedilatildeo muito bem definida dentro desta regiatildeo Esta nova aacuterea de pesquisa aplica conhecim entos de Astrofiacutesica Dinacircmica e Astrobiologia

Para que uma regiatildeo da galaacutexia seja considerada como um possiacutevel berccedilaacuterio de planetas habitaacuteveis eacute importante combinar fatores que propiciam o desenvolvim ento de vida (por exemplo uma composiccedilatildeo quiacutemica baacutesica) junto com uma baixa incidecircncia de fatores que poderiam inviabilizar este processo (determinados niacuteveis de radiaccedilatildeo) Os tempos disponiacuteveis para a formaccedilatildeo de sistemas planetaacuterios tambeacutem satildeo considerados neste estudo

Estrela Secundaacuteria

p laneta

Oacuterbita do primeiro planeta descoberto ao redor de sistema binaacuterio Gamma Cephei O planeta dista da estrela 2 UA orbitando a mesma durante 25 anos A estrela secundaacuteria orbita a primaacuteria em uma oacuterbita entre 28 e 30 UA O tamanho do planeta e estrelas natildeo estatildeo em escala

Entre os criteacuterios de h ab itab ilidade para exoplanetas mais importantes estatildeo

1 Semi-eixo maior tal que exista aacutegua em forma liacutequida (Hart 1978) Este valor deveria estar entre 08 e 12 UA para um planeta em oacuterbita ao redor de uma estrela com massa solar

2 Oacuterbitas quase-circulares de tal forma que outros planetas possiacuteveis fontes de perturbaccedilatildeo se encontrem longe

3 Pelo menos 20 da superfiacutecie do planeta coberta por oceanos

A habitabilidade tambeacutem depende das idades do planeta e da estrela

B aseando-se nestes criteacuterios embora natildeo possamos observaacute-los diretamente podemos analisar se as estrelas com planetas gigantes conhecidos poderiacuteam ter planetas que satisfizessem estas condiccedilotildees Um estudo de 85 sistemas extrasolares com um ou mais planetas mostrou que aproximadamente 25 destes podem ter corpos pequenos em oacuterbitas estaacuteveis dentro da regiatildeo habitaacutevel (Menou e Tabachnik 2003) Nos casos estudados a principal causa de instabilidade eacute a presenccedila de corpos pertubadores em oacuterbitas muito excecircntricas Vale lembrar que a alta excentricidade eacute uma caracteriacutestica intriacutenseca da maioria dos planetas extraso lares conhecidos devido a lim itaccedilotildees dos instrum entos de detecccedilatildeo Considerando que este estudo foi realizado com base em uma populaccedilatildeo aparentemente viciada a proporccedilatildeo de de estrelas candidatas a abrigar ao menos um planeta habitaacutevel eacute muito promissora

Onde procurar mais informaccedilatildeo

The Extrasolar Planets Encyclopedia(Jean Schneider CNRS Paris)

httpcfa-wwwharvardeduplanetsencyclhtml

The Geneva Extrasolar Planet Search Programmes(M Mayor)

httpobswwwunigech~udryplanetplanethtml

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Comentaacuterios Finais

Os planetas que conhecemos hoje tiveram uma origem desenvolveram uma dinacircmica e foram detectados por noacutes em algum momento mais avanccedilado de suas existecircncias Esta eacute a ordem causal das coisas A origem destes objetos determinou caracteristicas intriacutensecas tais como suas localizaccedilotildees tipos de oacuterbitas e massas

O estudo da dinacircmica destes corpos trata de entender suas evoluccedilotildees orbitais estabilidades e efeitos sobre a estrela No entanto eacute a nossa capacidade de deduccedilatildeo que nos habilita a detectaacute- los Na praacutetica invertemos a ordem causal e a partir das caracteriacutesticas orbitais e de massa que detectamos aplicamos dinacircmicas conhecidas sobre estabilidade e evoluccedilatildeo orbital para tentar entender a origem destes corpos celestes Estamos fazendo uma espeacutecie de Arqueologia dos sistemas planetaacuterios buscando caracteriacutesticas dinacircmicas atuais que sejam indiacutecios do que aconteceu no passado

Eacute importante lembrar que o estudo dos planetas extrasolares representa uma aacuterea muito nova de conhecimento A primeira determinaccedilatildeo orbital

ldquoconfiaacutevelrdquo de um sistema muacuteltiplo exoplanetaacuterio data de 2001 Portanto ainda existem muitas perguntas sem respostas e satildeo muito poucas as que podemos responder completamente

As oacuterbitas estimadas dos exoplanetas sugerem formaccedilotildees eou evoluccedilotildees diferentes quando comparadas com o nosso proacuteprio Sistema Solar Embora apresente problemas a explicaccedilatildeo mais aceita pelos pesquisadores para a evoluccedilatildeo destes sistemas eacute a migraccedilatildeo Entre os mecanismos propostos o que melhor se encaixa nos dados disponiacuteveis eacute a hipoacutetese de migraccedilatildeo por interaccedilatildeo entre planetas e discos de gaacutes

Quanto agrave possibilidade de encontrarmos planetas s em elh an tes ao nosso a inda estam os engatinhando Nossa incapacidade instrumental vem sendo compensada pela criatividade teoacuterica Enquanto natildeo desenvolvemos aparelhos de medida capazes de detectar objetos tatildeo pequenos vamos elaborando criteacuterios de seleccedilatildeo para as estrelas onde devemos encontrar fontes mais promissoras De qualquer forma o importante eacute que natildeo perdemos de vista a ideacuteia de que ldquoencontrar-nos sozinhos neste imenso Universo seria um tremendo desperdiacutecio de espaccedilordquo (in Contato Carl Sagan) pound

Referecircncias

- Cirkovic MM (2005) Boundaries of the habitable zone unifying dynamics astrophysics and astrobiology In Dynamics of Populations of Planetary Systems Proceedings IAU Colloquium No 197 Z Knezevic amp A Milani Eds Cambridge University Press- Goldreich P e Tremaine S (1979) The excitation of density waves at the Lindblad and corotation resonances by an external potential The Astrophysical Journal 233 857-871- Goldreich P e Tremaine S (1980) Disk-satellite interactions The Astrophysical Journal 241 425shy441- Hart MH (1978) Habitable zones about main sequence stars Icarus 37 351357- Laskar J (1994) Large-scale chaos in the solar system Astronomy amp Astrophysics 287 L9-L12- Menou K e Tabachnik S (2003) Dynamics habitability of known extrasolar planetary systems The Astrophysical Journal 583 473-488- NASA 2003

Walkiria Schulz eacute astrocircnoma formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutora em Engenharia e Tecnologia Espaciais pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Atualmente trabalha para a Comisioacuten Nacional de Actividades Espaciales (CONAE - Argentina)

Cristiaacuten Beaugeacute eacute astrocircnomo formado pela Universidad Nacional de Coacuterdoba (UNC - Argentina) e doutor pelo Instituto de Astronocircmia Geofiacutesica e Ciecircncias Atmosfeacutericas (IAG) da Universidade de Satildeo Paulo (USP) Atualmente daacute aulas e realiza pesquisas no Observatoacuterio Astronoacutemico de Coacuterdoba (OAC - UNC)

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RetificaccedilatildeoCaros leitores a Revista macroCOSMOcom retifica

nesta ediccedilatildeo o artigo nomeado nCataacutelogo Jatobaacute publicado em nossa ultima ediccedilatildeo (Ano II - Ediccedilatildeo ndeg 21 - Agosto de 2005) por conter informaccedilotildees errocircneas redigidas pelos seus autores O cataacutelogo utilizado e nomeado pelos autores como Cataacutelogo Jatobaacute na realidade se chama Cataacutelogo REA-Brasil um cataacutelogo de objetos difusos para o Hemisfeacuterio Sul tendo sido preparado originalmente pelo astrocircnomo amador Tasso Napoleatildeo para a APAA (Associaccedilatildeo Portuguesa de Astrocircnomos Amadores) natildeo tendo em sua criaccedilatildeo nenhuma participaccedilatildeo de membros da Associaccedilatildeo de Amadores de Astronomia de Satildeo Paulo conforme citado no artigo mesmo porque essa entidade jaacute havia deixado de existir mais de vinte anos antes

O cataacutelogo foi criado por Tasso Napoleatildeo nos anos 90 e natildeo nos 80 conforme relatado pelos autores Subsequumlentemente agrave sua criaccedilatildeoesse cataacutelogo sofreu diversas atualizaccedilotildees sendo que a versatildeo publicada na uacuteltima ediccedilatildeo da Revista macroCOSMOcom estava tam beacutem desatua lizada Na presente ediccedilatildeo apresentamos aos leitores e por gentileza de seu criador Tasso Napoleatildeo a lista completa do nCataacutelogo REA-Brasil um cataacutelogo de objetos difusos para o Hemisfeacuterio Sulem sua uacuteltima revisatildeo feita em fins de 2004

Hemerson Brandatildeo Revista macroCOSMOcom

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ASTRONOMIAOBSERVACIONAL

Nebulosa do Esquimoacute

C a t aacute l o g o REA-BrasilUm cataacutelogo de Objetos Difusos para o Hemisfeacuterio Sul

Tasso Augusto Napoleatildeo | REA-Brasiltassonapoleaoigcombr

As referecircncias histoacutericas aos objetos difusos (na eacutepoca chamados genericamente de ldquonebulosasrdquo) iniciam-se no seacuteculo XVII A famosa ldquonebulosardquo de Androcircmeda (a galaacutexia que conhecemos por M31) foi mencionada pela primeira vez por Simon Marius em 1612 Jaacute a nebulosa de Oacuterion (M42) eacute referida em trabalhos do jesuiacuteta Johannes Cysat (ou Cysatus) em Ingolstadt Alemanha em 1619 e foi descrita detalhadamente pelo grande astrocircnomo e fiacutesico holandecircs Christiaan Huygens (1629-1695) no ano de 1694

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O primeiro cataacutelogo organizado de objetos difusos data de 1771 e foi elaborado pelo astrocircnomo francecircs Charles Messier (1730-1817) para distinguir esses objetos de cometas Sua versatildeo revista seria publicada por Messier em 1781 e ateacute hoje mais de duzentos anos depois ela ainda eacute uma referecircncia baacutesica para os astrocircnomos amadores

O grande avanccedilo na catalogaccedilatildeo das ldquonebulosasrdquo entretanto eacute devido a William Herschel (1738-1822) que com o auxiacutelio de sua irmatilde Caroline publicaria em 1786 o seu ldquoCatalogue of a Thousand New Nebulae and Star Clusters seguido em 1789 por um segundo cataacutelogo com mais mil objetos e em 1802 por quinhentos objetos adicionais Os trabalhos de Herschel seriam enriquecidos por seu filho John Herschel que publicaria em 1864 o ldquoGeneral Cataloguersquorsquo com 5079 objetos Finalmente John Dreyer em 1888 catalogaria 13226 objetos

em seu ldquoNew General Catalogue of Nebulae and Clusters of Stars (NGC) e seu suplemento ldquoIndex Cataloguersquorsquo (IC) Esses dois trabalhos se tornaram praticamente o padratildeo geral para a identificaccedilatildeo de objetos difusos inclusive os austrais

No entanto ainda nos dias de hoje a referecircncia mais utilizada pelos astrocircnomos amadores do hemisfeacuterio sul continua sendo o cataacutelogo de Messier Isto traz uma desvantagem evidente natildeo estatildeo incluiacutedos nele os objetos com declinaccedilotildees mais austrais (e sabemos que o hemisfeacuterio sul celeste eacute particularmente rico nestes objetos) A soluccedilatildeo mais comum eacute o uso dos cataacutelogos NGC e IC Entretanto por serem estes muito extensos nem sem pre os astrocircnom os am adores estatildeo fam ilia rizad o s com sua nom encla tu ra Pouquiacutessimas satildeo as publicaccedilotildees em que se tentou listar um cataacutelogo resumido dos objetos difusos

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mais s ignificativos quando observados do Hemisfeacuterio Sul

O cataacutelogo a seguir com 112 objetos pretende ser uma recomendaccedilatildeo do autor para a observaccedilatildeo dos objetos difusos mais atraentes vistos desde latitudes de cerca de 23deg sul A seleccedilatildeo dos objetos foi criteacuterio pessoal do autor e foi baseada em anos de observaccedilatildeo dos mesmos com instrumentos que vatildeo desde binoacuteculos 7x50 mm ateacute telescoacutepios com aberturas de 500 mm mdash ou seja uma faixa acessiacutevel agrave m aior parte dos instrum entos am adores Naturalmente natildeo haacute a pretensatildeo de tornaacute-lo um cataacutelogo formal mas apenas a de orientar os observadores iniciantes para a contemplaccedilatildeo destes beliacutessimos objetos

Estatildeo incluiacutedos aqui todos os objetos geralmente catalogados como ldquodifusosrdquo galaacutexias nebulosas difusas aglom erados abertos aglom erados

coordenadas e dos paracircmetros relevantes a cada classe satildeo fornecidos os nomes populares de cada objeto Naturalmente nesta relaccedilatildeo omitimos alguns objetos que apesar de importantes estatildeo muito ao norte para permitir uma boa visualizaccedilatildeo nas latitudes consideradas neste caso estatildeo por exemplo as interessantes galaacutexias M81 (NGC 3031) e M82 (NGC 3034) em Ursa Maior a nebulosa planetaacuteria ldquoda corujardquo M97 (NGC 3587) etc De forma geral nosso ldquocorterdquo foi feito na declinaccedilatildeo de 50deg norte

Em contrapartida estatildeo incluiacutedos objetos beliacutessimos como os aglomerados abertos de Carina Vela e Puppis as Nuvens de Magalhatildees uma seacuterie de objetos em Centaurus Crux Ara Tucana e Sculptor e diversos outros que geralmente natildeo satildeo m encionados nos cataacutelogos p reparados especificamente para os observadores do Hemisfeacuterio Norteglobulares e nebulosas planetaacuterias Aleacutem das

Referecircncias recomendadas para objetos adicionais aos mencionados no presente cataacutelogo

- Burnham Robert Celestial Handbook Dover 1978 (3 vols)- Jones Kenneth Glyn (ed) Webb Society Deep Sky Observerrsquos Handbook Enslow 1987 (7 vols)- Malin David and Frew David Hartungrsquos Astronomical Objects for Southern Telescopes Cambridge 1995

Tasso Augusto Napoleatildeo eacute engenheiro quiacutemico pela POLI-USP com mestrado pela FGV-SP tendo estudado astronomia e astrofiacutesica no Instituto de Astronomia Geofiacutesica e Ciecircncias Atmosfeacutericas da USP Fundador (em 1988) e atualmente Diretor Cientiacutefico da REA BRASIL (Rede de Astronomia Observacional) Tasso dedica-se no momento agrave fotometria CCD de estrelas variaacuteveis particularmente as cefeidas de periacuteodo ultracurto (USPCs) agrave espectrometria de estrelas peculiares e agrave busca de supernovas extragalaacutecticas com telescoacutepios robotizados dentro do programa BRASS (Brazilian Supernovae Search) que jaacute descobriu nove supernovas em seu primeiro ano de operaccedilatildeo

1 Na tabela a seguir estatildeo indicados (ordenados por ascensatildeo reta)1 Ref Nuacutemero de referecircncia no presente cataacutelogo2 NGC Nuacutemero do objeto no cataacutelogo NGC (ou quando indicado IC)3 AR Ascensatildeo Reta (equinoacutecio 20000)4 Dec Declinaccedilatildeo do objeto (equinoacutecio 20000)5 Tipo Tipo do objeto

GA - galaacutexia A A - aglom erado aberto AG - aglom erado globular ND - nebulosa difusa NP - nebulosa planetaacuteria RSN - restos de supernova

6 mv M agnitude visual integrada do objeto7 Dim Dim ensatildeo do objeto em minutos (ou quando indicado segundos) de arco8 Const Conste laccedilatildeo9 Notas Outras designaccedilotildees do objeto (como o nuacutem ero M essier ou os nomes populares)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 53

Cataacutelogo REA-BRASILRef NGC

AR (200 DD)

Dec(2DDDD)

Tipo mv Dim C onsl Notas

001 55 OOh 140 -30 1 11 GA 70 30x5 Sl

002 104 OOh 241 -72deg 06 AG 40 31 Tuc 47 Tucanae

003 - OOh 525 - 72deg 43 GA 15 210 Tuc Pequena Nuvem de Magalhatildees

004 224 OOh 427 -H 4r 15 GA 34 130x50 And M31 - Galaacutexia de Androcircmeda

005 253 OOh 475 -25deg 17 GA 72 25x7 Sl Moeda de Praia

005 352 01 h 032 -70 0 51 AG 55 13 Tuc

007 503 01 h 330 +30deg 30 GA 57 50x40 Tri M33 - Galaacutexia do Triacircngulo

003 523 01 h 357 +15deg 47 GA 01 10 Psc M74

000 1053 02h 427 -00deg 01 GA 30 5x5 Cet M77

010 1007 02h 453 -30deg 17 GA 03 0x7 For

011 1201 03h 173 -41 1 03 GA 35 10x0 Eri

012 1315 03h 227 -37deg 12 GA 33 7x5 For Fornax A

013 - 03h 470 +24deg 07 AA 12 110 Tau Pleiades

014 1535 04h 142 -12deg 44 NP 05 20 Eri PK 205 - 401

015 - 04h 157 +15deg 31 AA 300 Tau Hyades

015 - 05h210 -53deg 20 GA 10 400 Dor Grande Nuvem de Magalhatildees

017 1052 05h 344 +22deg 01 RSN 34 5x4 Tau M1

013 1075 05h 354 -05deg 27 ND 30 50 Ori M42 - Nebulosa de Orion

010 1050 05h 351 +34deg 03 AA 50 12 Aur M35

020 2070 05h 337 -50deg 05 ND 54 40x25 Dor Nebulosa Taracircntula 30 Dor

021 IC 434 05h 335 -02deg 25 ND 50x15 Ori Inclui a cabeccedila de cavalo

022 2024 05h 410 - O r 51 ND 10x4 Ori

023 2000 05h 524 +32deg 33 AA 50 23 Aur M37

024 2153 05h 030 +24deg 20 AA 52 30 Gem M35

025 2244 05h 324 +04deg 52 AAND 43 24 Mon Nebulosa da Roseta

025 2237 05h 470 -20deg 44 AA 43 33 CMa M41027 2302 07h 202 +20deg 55 NP 01 40 Gem Nebulosa do Esquimoacute

023 2422 07h 355 -14deg 30 AA 43 20 Pup M47

0202437

243307h 413 -14deg 40 AANP 51 27 Pup

Aglomerado aberto M45

com a NP2433 no interior

030 2440 07h 410 -13deg 13 NP 04 20 Pup PK 234 +021

031 2447 07h 445 -23deg 52 AA 55 22 Pup M03

032 2451 07h 454 -37deg 53 AA 37 45 Pup

033 2477 07h 523 -33deg 33 AA 53 25 Pup

034 2515 07h 533 -50deg 52 AA 33 30 Car

035 2547 03h 107 -40deg 15 AA 47 20 Vel035 2545 0$h 124 -37deg 33 AA 52 40 Pup

037 2543 0$h 133 -05deg 43 AA 55 54 Hya M43

033 2532 OSh 401 +10deg 50 AA 31 05 Cnc M44 - Preseacutepio

030 2303 OOh 120 -54deg 52 AG 52 14 Car

040 2357 OOh 214 -53deg 10 NP 07 12 Car PK 273 - 51

041 3114 10h 027 -50deg 07 AA 42 35 Car

042 3132 10h 077 -40deg 25 NP 02 45 Vel PK 272 +1 21

043 3242 10h 243 -13deg 33 NP 77 40 Hya Fantasma de Juacutepiter

044 3203 10h 353 -53deg 14 AA 47 5 Car

045 IC 2502 10h 432 -54deg 24 AA 10 50 Car Pleiades do Sul

045 3351 10h 440 +11deg 42 GA 07 5x7 Leo M05

047 3372 10h 451 -50deg 41 ND 25 120 Car Nebulosa de Ela Carinae

043 3353 10h 453 +11deg 40 GA 01 5x7 Leo M05

040 3532 11 h 054 -53deg 40 AA 31 55 Car

050 3523 11 h 130 +13deg 05 GA 03 10x3 Leo M55

051 3527 11 h 202 +12deg 50 GA 00 0x4 Leo M55

052 3755 11 h 351 -51 deg 37 AA 45 12 Cen

053 3013 11 h 503 -57deg 11 PN 31 12 Cen

054 4254 12h 133 +14deg 25 GA 03 5 Com M00

055 4253 12h 100 +17deg 13 GA 33 13x7 CVh M105

54 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

1 Ref NGCAR

(200 00)Dec

(20000)Tipo mv Dim Const Notas

056 4303 12h 219 +04 28 GA 97 6x5 Vir M61057 4321 12h 229 +1549 GA 94 6 Com M100

058 4374 12h 251 +12ldquo 53 GA 93 5x4 Vir M84

059 4382 12h 254 +18 11 GA 93 7x5 Vir M85

060 4406 12h 262 +1257 GA 91 7x5 Vir M86

061 4472 12h 298 +08 00 GA 84 9x7 Vir M49

062 4486 12h 308 +1224 GA 86 7 Vir M87 Viacutergo A

063 4501 12h 320 +1425 GA 95 6x3 Com M88

064 4565 12h 363 +25 59 GA 96 16x3 Com

065 4569 12h 368 +1310 GA 95 9x4 Vir M90

066 4579 12h 377 +11 49 GA 98 5x4 Vir M58

067 4594 12h 400 -11 3 7 GA 80 8x4 Vir M104 Sombrero

068 4621 12h 420 +11 39 GA 98 5x3 Vir M59

069 4649 12h 437 +11 33 GA 88 7x6 Vir M60

070 4736 12h 509 +41 07 GA 82 10 CVn M94

071 4755 12h 536 -60 20 AA 42 10 Cru Caixa cie Joacuteias

072 4826 12h 567 +21 41 GA 85 9x5 Com M44 Olho Negro

073 4945 13h 051 -49 28 GA 84 20x4 Cen

074 5055 13h 158 +42 02 GA 86 12x8 CVn M63 Girassol

075 5128 13h 255 +4301 GA 68 18x14 Cen Centaurus A

076 5139 13h 268 -47 29 AG 35 36 Cen Omega Centauri

077 5194 13h 299 +4712 GA 84 12x6 CVn M51 Redemoinho

078 5236 13h 370 -29 52 GA 75 10 Hya M83079 5272 13h 422 +28 23 AG 63 19 CVn M3

080 5904 15h 186 +02 05 AG 58 20 Ser M5

081 6121 16h 236 -26 32 AG 59 24 Sco M4

082 6205 16h 417 +36 28 AG 58 17 Her M13

083 6218 16h 472 -01 57 AG 68 14 Oph M12

084 6254 16h 571 -04 06 AG 66 15 Oph M10

085 6266 17h 012 -30 07 AG 67 14 Oph M62

086 6273 17h 026 -26 1 6 AG 67 13 Oph M19

087 6302 17h 137 -37 06 NP 96 15x05 Sco PK 349+011

088 6362 17h 319 -67 03 AG 76 11 Ara

089 6388 17h 363 -44 44 AG 67 9 Sco

090 6405 17h 401 -32 1 3 AA 46 14 Sco M6 Borboleta

091 6397 17h 407 -53 40 AG 58 25 Ara

092 6475 17h 539 -34 49 AA 33 80 Sco M7

093 6494 17h 568 -19 0 1 AA 55 27 Sqr M23

094 6514 18h 026 -23 02 ND 70 29x27 Sqr M20 Triacutefida

095 6523 18h 038 -24 23 ND 40 90x40 Sqr M8 Laquna

096 6541 18h 080 -43 42 AG 66 13 CrA

097 6611 18h 188 -13 4 7 NDAA 60 8 Ser Nebulosa da Aguia

098 6618 18h 208 -16 1 1 ND 60 46x37 Sqr Nebulosa Om eqaou Cisne

099 6626 18h 245 -24 52 AG 70 11 Sqr M28

100 6656 18h 364 -23 54 AG 51 24 Sqr M22

101 6705 18h 511 -06 1 6 AA 58 13 Sct M11

102 6720 18h 536 +33 02 NP 88 1 Lyr Nebulosa do Anel

103 6744 19h 098 -63 5 1 GA 84 16x10 Pav

104 6752 19h 109 -59 59 AG 54 20 Pav

105 Col 399 19h 254 +2011 AA 36 60 Vul Cabide

106 6809 19h 400 -30 58 AG 63 19 Sqr M55

107 6818 19h 440 -14 0 9 NP 93 25 Sgr PK 025 -17 1

108 6853 19h 596 +22 43 NP 74 8x4 Vul Nebulosa do Sino109 7009 21 h 042 -11 2 2 NP 80 05x15 Aqr Nebulosa Saturno

110 7078 21 h 300 +1210 AG 63 12 Peg M15

111 7089 21 h 335 -00 49 AG 64 11 Aqr M2

112 7293 22h 296 -20 48 NP 65 15x11 Aqr Nebulosa da Heacutelice

Com pilaccedilatildeo Tasso Napoleatildeo Novembro de 2004

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 55

- e

macroGALERIA

L - i l VV bull rsquo- - bull bull t bull

gt

V iacute I V -

Embora-dispeacutense maacuteioacuteregraves apresentaccedilotildees rsquo os V objetos L - _ _ _ iacute ________ t___A _ _ iacute _ o - i _

v T gt - vi carvatildeo aglomerado aberto NGC 4852 The running

chicken (IC 2944) aglomerado aberto NGC 4052 aleacutem de - -vaacuteriacuteas nebulosas escuras Foram utilizadas uma Camera

O T n lsquo J n r gt _ r u ___ _ l i a l mdashI l a _ j _ A a ___ ___ _

Nikon 50mm a f4 com 10 sub-integraccedilotildees de 3m e montagem TakacirchaacuteshjVEMio- gentilmente cedida por pedrp Reacute A fotpforfeitanoacute Observatoacuterio Mamalluca na

cidade de Vicuna Chile em Abril de 2005

- Joseacute Carlos Dinizr bull bull raquo bull - n_ - raquo - w f i dinizastroterracombr

56 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

R6A

Campanhas observacionais - REA BRASIL SetembroOutubro de 2005

httpwwwreabrasilorg

A Secccedilatildeo Lunar juntamente com as Secccedilotildees Lunissolar e Estaccedilatildeo Costeira 1 da REA-Brasil novamente convida a todos para que em cadeia nacional faccedilam observaccedilatildeo e registro (reporte e imagem) desses eventos celestes para as devidas reduccedilotildees cientiacuteficas

07092005 - Impactos Lunares (Chuva de Meteoros Pupideos)A possibilidade de avistamento de impacto eacute de 44 na porccedilatildeo natildeo iluminada da

Lua agraves 0206 TU + 11 hrs Maiores informaccedilotildees httplunarastrodatabasenet

04102005 - Emersatildeo de Mercuacuterio

Emersatildeo de Mercuacuterio (-06 mag) na borda iluminada da Lua5h 46m 8s HL Nascer do Sol

6h 22m 4s HL Nascer da Lua Magnitude -48 Fase 00056h 24m 16s HL Nascer de Mercuacuterio Magnitude -06 Fase 0946

Cidade Emersatildeo (hh mm ss TU) na borda iluminada da LuaRio de Janeiro 102937 TUMacaeacute 102847 TUSalvador 095636 TUM ococa 10259 TU

Esta Emersatildeo de Mercuacuterio eacute um evento desafiador para observaccedilatildeo porque acontece agrave luz do dia e a cerca de 12 graus acima do horizonte Aleacutem disso a Lua vai estar com a idade de apenas 1 dia ou seja um finiacutessimo crescente iluminado em apenas 12

Ainda temos o Sol que estaraacute a 12 graus acima da Lua Interessante notar que Juacutepiter estaraacute a 2 graus a Leste da Lua e Spica (mag 104) a 2 graus a Oeste da foice iluminada

Para a cidade do Rio de Janeiro seraacute possiacutevel acompanhar a Imersatildeo na borda escura da Lua com Mercuacuterio a 4 graus acima do horizonte enquanto que a Emersatildeo acontece a 18 graus acima do horizonte Em todo caso este eacute um bom momento para encontrar Juacutepiter (mag -17) a luz do dia utilizando binoacuteculo tendo a Lua como referecircncia httplunarastrodatabasenet

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 57

R6A

19 e 20102005 - Ocultaccedilatildeo das PlecirciadesPlecirciades (mag 30) diacircmetro 100 elongaccedilatildeo solar 147

Mapa de Visibilidade global (IOTA) httplunarastrodatabasenetocult_pleiades_20out05jpg

Mapa da Trajetoacuteria do evento para algumas cidades brasileiras (Joseacute Agustoni - Zeca) httppaginasterracombrlazerzecaastronomiaindexhtm

Condiccedilotildees individuais para algumas estrelas do M45 (em relaccedilatildeo as coordenadas Lat 4721S e Long 2118W) - Hora Local de Brasiacutelia GM T -3

Estrela e Magnitude Imersatildeo(1910)

Emersatildeo(1910) Notas

SAO 76131 E LEC TR A (17 TAURI) 38 mag

22h038m 22h301 m Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76172 M E R O P E (23 TAURI) 42 mag 22h124m 23h127m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76126 CELAENO (16 TAURI) 54 mag - -

224h - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76140 T AY G E T A (19 TAURI) 44 mag

- -228h - Lua passa a 04 graus de

separaccedilatildeo da estrelaSAO 76199 A L C Y O N E (ETA T AU R I) 30 mag 22h482m 23h532m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76155 MAIA (20 TAURI) 40 mag - -

229h - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76215 104 B TAURI 5 5m ag

- - 23Oh - Lua passa a 06 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76137 18 TAURI 56mag - -

2 3 1h - Lua passa a 07 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76159 A S T E R O P E

(21 TAURI) 58 mag- -

2 3 1h - Lua passa a 04 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 9056 PLEIONE (28 BU TAU R I) 4 8m ag

1910 as 23h440m

2010 as 0h427m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

Glose to SAO 76228 ATLAS (27 TAURI) 38

mag- -

24Oh - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

Alexandre Am orimCoordenador da Costeira 1 e Secccedilatildeo Cometas REA-Br

httpcosteira1astrodatabasenet Dennis W eaver de Medeiros Lima

Gerente de Projeto Ocultaccedilotildees Lunares - dwastronomiayahoocombrHeacutelio C Vital

Coordenador da Secccedilatildeo Eclipse REA-Br (Site Lunissolar) httpwwwgeocitiescomlunissolar2003

Rosely Gregio Coordenadora da Secccedilatildeo Lunar - REA-Brasil

rgregiouolcombr REA Brasil httpwwwreabrasilorg

58 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

FASES DA LUA

Dia 3 de Setembro - Lua Nova Dia 11 de Setembro - Lua Quarto Crescente

Dia 17 de Setembro - Lua Cheia Dia 25 de Setembro - Quarto Minguante

2005SETEMBRO

Rosely Greacutegio | Revista macroCOSMOcom rgregiouolcombr

MUDANCcedilA DE ESTACcedilAtildeO 22 de Setembro 19h232m - Equinoacutecio da Primavera para o Hemisfeacuterio Sul e Equinoacutecio de Outono para o Hemisfeacuterio Norte

COMETAS VISIacuteVEIS (ATEacute 12 MAGNITUDE)Salvo novas descobertas e explosotildees de brilho temos

Hemisfeacuterio Sul

A n o ite c e r N o ite A m a n h e c e r IC2004 EM (LINEAR)

mag 10C2004 EM (LINEAR)

maq 10C2004 EM (LINEAR)

mag 10

9P Tem pe i 1 mag 11 9P Tem pe l 1 mag 1121 PGiacobini- Zinner

maq 12C2005 E2 (McNaught)

Maq 11C2005 E2 (McNaught)

Maq 11C2005 E2 (McNaught)

Mag 11C2004 Q2 (Machholz)

Maq 12- -

Hemisfeacuterio Norte

A n o ite c e r N o ite A m a n h e c e r j161P 2004 V2 (Hart ley- IRAS)

mag 10C2005 E2 (McNaught)

mag 11C2004 EM (LINEAR)

mag 11

9P Tem pe i 1 mag 11 -21 PGiaco bini- Zinner

mag 12C2005 E2 (McNaught)

mag 11- -

C2004 Q2 (Machholz) mag 12 - -

CHUVA DE METEOROS

I R a d ia n te D u ra ccedil atilde o M aacute x im o |Gamma A quar idas 1 a 14 de setembro 78 de setembroAlpha Tr iangulidas 5 a 15 de setembro 1112 de setembroAlpha Aurig idas (AUR) 25 de aqo a 6 de setembro 12 de setembroEta Draconidas 28 de aqo a 23 de setembro 1213 de setembroGamma Piscidas 26 de aqo a 22 de outubro 2324 de setembroPisc idas Sul (SPI) 12 de aqosto a 7 de outubro De 11 a 20 de setembro

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 59

EFEMERIDES

Quinta-feira 1 de setembro

Lanccedilamento NROL-25 Delta 4M Asteroacuteide 5554 Keesey passa proacuteximo da Terra

(0915 UA)Equaccedilatildeo de Tempo -005 min Urano em Oposiccedilatildeo02h Urano Mag=57 m melhor observado de 191h

- 55h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-10m melhor observado de

230h - 60h LCT (Ari)5h090m Nascer da Lua no ENE (Cnc)59h Mercuacuterio Mag=-11m melhor observado de

57h - 60h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

46h - 60h LCT (Cnc)6h205m Nascer do Sol no E 16h217m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h023m Ocaso do Sol no W 183h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)183h Juacutepiter Mag=-18m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)18h43m Vecircnus passa a 12 graus de Juacutepiter 19 6h V ia-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo

Sexta-feira 2 de setembro

Cometa P2004 VR8 (LONEOS) em Perieacutelio (2376 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 026 min 01h Urano Mag=57 m melhor observado de 188h

- 53h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-11m melhor observado de

229h - 60h LCT (Ari)5h452m Nascer da Lua no ENE (Leo)60h Mercuacuterio Mag=-11m melhor observado de

58h - 60h LCT (Leo)60h Saturno Mag=03 m melhor observado de

45h - 60h LCT (Cnc)6h196m Nascer do Sol no E 17h133m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h025m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -207h LCT (Vir)19 6h V ia-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo

AGENDADIAacuteRIA

Plutatildeo Estacionaacuterio Iniciando M ovim ento Progressivo

Saacutebado 3 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 31 (OTM-31) Cometa P1998 W1 (Spahr) em Perieacutelio (1730

UA)Equaccedilatildeo de Tempo 058 min 01h Urano Mag=57 m melhor observado de 188h

- 52h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-11m melhor observado de

229h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-12m melhor observado de

58h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

44h - 59h LCT (Cnc)6h185m Nascer da Lua no ENE (Leo)6h187m Nascer do Sol no E 15h454m Lua Nova 18h028m Ocaso do Sol no W 18h036m Ocaso da Lua no W (Leo)184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -207h LCT (Vir)195h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo

Domingo 4 de setembro

Em 1905 Paul Gotz descobria o Asteroacuteide 571 Dulcineia

No Calendaacuterio Hebreu eacute o Primeiro dia do Elul mecircs 13 do ano 5765 comeccedilando ao ocaso do Sol (Ano Bissexto)

No Calendaacuterio Islacircmico Tabular eacute o Primeiro dia do Sharsquoban mecircs 8 do ano 1426 comeccedilando ao pocircr- do-sol

Equaccedilatildeo de Tempo 091 min 44h Marte Mag=-11m melhor observado de

228h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-12m melhor observado de

58h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

44h - 59h LCT (Cnc)6h178m Nascer do Sol no E 6h499m Nascer da Lua no E (Leo)12h55m Mercuacuterio passa a 11 graus da estrela

Regulus mag 14 (Leo)

60 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMERIDES

18h030m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -206h LCT (Vir)18h531m Ocaso da Lua no W (Vir)19h068m Io (62 mag) Iniacutecio do T racircnsito 19 4h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h523m Io (62 mag) Iniacutecio do Tracircnsito da

Sombra20h127m Io (62 mag) em Conjunccedilatildeo Inferior 239h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 51 h LCT (Aqr)

Segunda-feira 5 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 124 min 44h Marte Mag=-11m melhor observado de

228h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-13m melhor observado de

59h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

43h - 59h LCT (Cnc)6h168m Nascer do Sol no E 7h205m Nascer da Lua no E (Vir)18h033m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado

de 184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado

de 184h -206h LCT (Vir)194h Via-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo19h240m Io (62 mag) Final do Eclipse 19h428m Ocaso da Lua no W (Vir)239h Urano Mag=57 m melhor observado

de 189h - 50h LCT (Aqr)

Em

18h035m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -20 9h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -20 5h LCT (Vir)193h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo20h336m Ocaso da Lua no W (Vir)21 h Chuveiro de Meteoros Arietiacutedeos de Outubro

(Cet)

Quarta-feira 7 de setembro

Campanha Observacional Secccedilatildeo Lunar REA- Brasil - Impactos Lunares (Chuveiro Pupideos (PUP) A possibilidade de avistamento de impacto eacute de 44 na porccedilatildeo natildeo iluminada da Lua Todas as informaccedilotildees em httplunarastrodatabasenet Participe

Ocultaccedilatildeo de Vecircnus pela Lua para parte da Aacutefrica e Antarctica a 8h TU

httpwwwlunar-occultationscomiotaplanets 0907venushtm

Equaccedilatildeo de Tempo 191 min

7 de setembro de 2005 a sonda Cassini sobrevoa a lua Titan de Saturno httpsaturnjplnasagov

Terccedila-feira 6 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 158 min 43h Marte Mag=-11m melhor observado

de 22 7h - 59h LCT (Ari)59h Saturno Mag=03 m melhor observado

de 43h - 59h LCT (Cnc)6h159m Nascer do Sol no E 7h515m Nascer da Lua no E (Vir)9h34m Vecircnus passa a 17 graus da estrela

Spica 1 mag (Vir)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

copy NA

SA

JPL

S

pace

Sc

ience

In

stitu

te

61

EFEMEacuteRIDES

43h Marte Mag=-12m melhor observado de 227h - 59h LCT (Ari)

59h Saturno Mag=03 m melhor observado de 42h - 59h LCT (Cnc)

6h150m Nascer do Sol no E 8h240m Nascer da Lua no ESE (Vir)18h038m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -205h LCT (Vir)19 2h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo20h015m Europa (68 mag) Elongaccedilatildeo Oeste 21 h265m Ocaso da Lua no W S W (Vir)237h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 49h LCT (Aqr)

Quinta-feira 8 de setembro

Haacute 40 anos atraacutes Karou Ikeya e Tsutomu Seki descobriam o cometa Ikeya-Seki httpcosteira1astrodatabasenetcometaindexhtm

Em 1960 nascia a instituiccedilatildeo norte-americano do Marshall Space Center httpwwwmsfcnasagov

Em 1905 nascia Thomas Keith Glennan o primeiro administrador da NASA formalmente estabelecida em 1 de outubro de 1958

Equaccedilatildeo de Tempo 226 min 42h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 59h LCT (Ari)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

41 h - 59h LCT (Cnc)6h141m Nascer do sol no E 8h595m Nascer da Lua no ESE (Lib)

18h040m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -204h LCT (Vir)192h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h519m Io (62 mag) Elongaccedilatildeo Oeste 19h520m Europa (68 mag) Final do Eclipse 22h225m Ocaso da Lua no W S W (Lib)237h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 48h LCT (Aqr)

Sexta-feira 9 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 260 min 42h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

41h - 58h LCT (Cnc)6h131m Nascer do Sol no E 9h394m Nascer da Lua Az=1132 deg ESE (Lib) 18h042m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -204h LCT (Vir)19 1 h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h251m Lua em Libraccedilatildeo Oeste 217h Lua Passa a 04 graus da estrela SAO

183686 42 LIBRAE 51mag 23h218m Ocaso da Lua no W SW (Sco)236h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 47h LCT (Aqr)

Em 8 de setembro de 1975 era lanccedilada a sonda Viking 2 (Marte OrbiterLander)httpnssdcgsfcnasagovplanetaryvikinghtml

62 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

Saacutebado 10 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 32 (OTM- | 32)

Asteroacuteide 5836 (1993 MF) passa proacuteximo ao Asteroacuteide Vesta (0027 UA)

Asteroacuteide 5143 Heracles passa proacuteximo da Terra (2216 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 295 min41 h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

40h - 58h LCT (Cnc)6h122m Nascer do Sol no E 10h253m Nascer da Lua no ESE (Sco) 18h045m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -210h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -203h LCT (Vir)1 9 0h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo235h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 47h LCT (Aqr)

Domingo 11 de setembro

Cometa Singer Brewster em Perieacutelio (2041 UA) Em 1985 a sonda ICE ldquoInternational Cometary

Explorerrdquo passava pela cauda de iacuteon do cometa Giacobini-Zinner

httphyperphysicsphy-astrgsueduhbasesolargzhtml

Equaccedilatildeo de Tempo 330 min 0h241m Ocaso da Lua no W SW (Sco)41 h Marte Mag=-12m melhor observado de

225h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

40h - 58h LCT (Cnc)6h113m Nascer do Sol no E 8h366m Lua em Quarto Crescente 11h185m Nascer da Lua no ESE (Oph) 18h047m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -210h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -203h LCT (Vir)1 9 0h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo

Em 12 de Setembro de 1970 era lanccedilada a sonda Luna 16 (Soviet Lua Sample Return)

httpwwwcalskycomobserverluna16html

235h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 46h LCT (Aqr)

Segunda-feira 12 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 365 min 10h Lua passa a 02 graus da estrela SAO

185755 X SAGITTARII 42mag 1 h274m Ocaso da Lua no W S W (Sgr)40h Marte Mag=-13m melhor observado de

225h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

39h - 58h LCT (Cnc)6h103m Nascer do Sol no E 12h188m Nascer da Lua no ESE (Sgr)18h050m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -210h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -202h LCT (Vir)189h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo234h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 45h LCT (Aqr)

Terccedila-feira 13 de setembro

Asteroacuteide 9349 Lucas passa proacuteximo da Terra (0890 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 400 min 2h291m Ocaso da Lua no W S W (Sgr)3h455m Lua em Libraccedilatildeo Norte 40h Marte Mag=-13m melhor observado de

224h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

39h - 58h LCT (Cnc)6h094m Nascer do Sol no E 13h248m Nascer da Lua no ESE (Sgr)18h052m Ocaso do Sol no W

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 63

EFEMEacuteRIDES

185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de 185h -210h LCT (Vir)

185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 185h -202h LCT (Vir)

1 8 8h V ia-laacutectea m elhor posicionada para observaccedilatildeo

233h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 45h LCT (Aqr)

Quarta-feira 14 de setembro

Cometa Helin-Roman-Alu 2 passa proacuteximo da Terra (1384 UA)

Em 1915 nascia John Dobson Equaccedilatildeo de Tempo 436 min 00h Lua passa a 12 graus da estrela SAO

188742 59 SAGITTARII 46mag 04h Lua passa a 05 graus da estrela SAO

188722 OMEGA SAGITTARII 48mag 17h Lua passa a 06 graus da estrela SAO

188778 60 SAGITTARII 50mag 3h263m Ocaso da Lua no W SW (Sgr)39h Marte Mag=-13m melhor observado de

224h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=04 m melhor observado de

38h - 58h LCT (Cnc)6h084m Nascer do Sol no E 14h333m Nascer da Lua no ESE (Cap) 18h054m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -210h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -201h LCT (Vir)1 8 8h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h213m Ganimedes (58 mag) em Elongaccedilatildeo

Este233h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 44h LCT (Aqr)

Quinta-feira 15 de setembro

Cometa C2004 V3 passa proacuteximo da Terra (3320 UA)

Asteroacuteide 4116 Elachi passa proacuteximo da Terra (1012 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 472 min39h Marte Mag=-13m melhor observado de

223h - 58h LCT (Ari)

4h178m Ocaso da Lua no W S W (Cap)58h Saturno Mag=04 m melhor observado de

37h - 58h LCT (Cnc)6h075m Nascer do Sol no E 15h414m Nascer da Lua no ESE (Cap)18h057m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -201h LCT (Vir)187h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo232h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 43h LCT (Aqr)

Sexta-feira 16 de setembro

Asteroacuteide 1282 Utopia passa proacuteximo da Terra (1862 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 507 min

38h Marte Mag=-14m melhor observado de 223h - 57h LCT (Ari)

5h037m Ocaso da Lua no W S W (Aqr)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

37h - 57h LCT (Cnc)6h065m Nascer do Sol no E 10h518m Lua em Perigeu 16h474m Nascer da Lua no ESE (Aqr)18h059m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -200h LCT (Vir)V186h Via-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo19h110m Io (62 mag) Elongaccedilatildeo Este231h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 43h LCT (Aqr)

Saacutebado 17 de setembro

Asteroacuteide 6373 Stern passa proacuteximo da Terra (1883 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 543 min 38h Marte Mag=-14m melhor observado de

222h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

36h - 57h LCT (Cnc) 48d

64 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMEacuteRIDES

5h453m Ocaso da Lua no W (Aqr)6h056m Nascer do Sol no E 17h508m Nascer da Lua no E (Aqr)18h062m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -200h LCT (Vir)18 6h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo23h008m Lua Cheia230h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 42h LCT (Aqr)236h Mercuacuterio em Conjunccedilatildeo

Domingo 18 de setembro

Vecircnus oculta a estrela PPM 228686 (96 Mag) Equaccedilatildeo de Tempo 579 min 37h Marte Mag=-14m melhor observado de

222h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

36h - 57h LCT (Cnc)6h046m Nascer do Sol no E 6h242m Ocaso da Lua no W (Psc)18h064m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -199h LCT (Vir)1 8 5h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo18h523m Nascer da Lua no E (Cet)230h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 41 h LCT (Aqr)

S

Sonda Cassini Manobra Orbital 33 (OTM-33) Em 1905 Paul Gotz descobria os asteroacuteides 572

Rebekka 573 Recha 574 Reginhild e o 575 Renate Equaccedilatildeo de Tempo 615 min

37h Marte Mag=-14m melhor observado de 221h - 57h LCT (Ari)

57h Saturno Mag=04 m melhor observado de 35h - 57h LCT (Cnc)

6h036m Nascer do sol no E 7h020m Ocaso da Lua no W (Psc)

egunda-feira 19 de setembro

18h066m Ocaso do Sol no W 184h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -199h LCT (Vir)19h528m Nascer da Lua no E (Psc)229h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 41 h LCT (Aqr)

Terccedila-feira 20 de setembro

Asteroacuteide 1999 RQ36 passa pela Terra (0033 UA) Equaccedilatildeo de Tempo 650 min 36h Marte Mag=-14m melhor observado de

221h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

34h - 57h LCT (Cnc)6h027m Nascer do Sol no E 7h402m Ocaso da Lua no W N W (Ari)18h069m Ocaso do Sol no W 184h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -198h LCT (Vir)20h531m Nascer da Lua no ENE (Ari)228h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 40h LCT (Aqr)

Quarta-feira 21 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 686 min 36h Marte Mag=-15m melhor observado de

220h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

34h - 57h LCT (Cnc)6h017m Nascer do Sol no E 8h202m Ocaso da Lua no W N W (Ari)18h071m Ocaso do Sol no W 183h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -198h LCT (Vir)21 h534m Lua Nasce no ENE (Ari)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 65

EFEMERIDES

228h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 39h LCT (Aqr)

Quinta-feira 22 de setembro

Asteroacuteide 16035 Sasandford passa proacuteximo da Terra (1690 UA)

Em 1905 Paul Gotz descobria o Asteroacuteide 576 Emanuela

Equaccedilatildeo de Tempo 721 min 02h Lua passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 9048 TAU ARIETIS 52mag 35h Marte Mag=-15m melhor observado de

219h - 56h LCT (Ari)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

33h - 56h LCT (Cnc)6h008m Nascer do Sol no E 9h031m Ocaso da Lua no W N W (Tau) 18h074m Ocaso do Sol no W 18 2h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -197h LCT (Vir)19h232m Equinoacutecio de Prim avera para o

H em isfeacuterio Sul e Equinoacutecio Outonal para o Hemisfeacuterio Norte

227h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 39h LCT (Aqr)

22h535m Lua Nasce no ENE (Tau)236h Lua passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 76485 44 TAURI (IM) 54mag

Sexta-feira 23 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 34 (OTM-34) Asteroacuteide 2003 UV11 passa a 0032 UA do planeta

MercuacuterioAsteroacuteide 2865 Laurel passa proacuteximo da Terra

(1632 UA)Equaccedilatildeo de Tempo 757 min No Calendaacuterio Persa eacute o Primeiro dia do mehr

mecircs 7 do ano 1384 Marte Mag=-15m melhor observado de 2 1 9h -

56h LCT 34h (Tau)52h Lua Passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 76573 CHI TAURI 54mag 56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

33h - 56h LCT (Cnc)

5h598m Nascer do Sol no E 9h497m Ocaso da Lua no W N W (Tau)18h076m Ocaso do Sol no W 182h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -197h LCT (Vir)19h211 m Ganimedes (58 mag) iniacutecio do Tracircnsito

da Sombra226h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 38h LCT (Aqr) =157d 23h522m Nascer da Lua no ENE (Tau)

Saacutebado 24 de setembro

Em 1930 nascia John Young Pelo Calendaacuterio Civil Indiano eacute o Primeiro dia do

Asvina mecircs 7 do ano 1927Equaccedilatildeo de Tempo 792 min 34h Marte Mag=-15m melhor observado de

21 8h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

32h - 56h LCT (Cnc)5h589m Nascer do Sol no E 10h398m Ocaso da Lua no W N W (Tau)18h079m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -196h LCT (Vir)21 h Chuveiro de Meteoros Andromedideos (Psc) 226h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 37h LCT (Aqr)

Domingo 25 de setembro

Asteroacuteide 9342 Carygrant passa proacuteximo da Terra (0894 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 826 min 0h480m Nascer da Lua no ENE (Aur)33h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 8h - 56h LCT (Tau)3h408m Lua em Quarto Minguante 56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

31h - 56h LCT (Cnc)5h579m Nascer do Sol no E 11h327m Ocaso da Lua no W N W (Aur)18h082m Ocaso do Sol no W

66 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMEacuteRIDES

185h Mercuacuterio Mag=-10m melhor observado de 185h -185h LCT (Vir)

185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de 185h -213h LCT (Lib)

185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 185h -196h LCT (Vir)

225h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 37h LCT (Aqr)

Segunda-feira 26 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 861 min 1 h396m Nascer da Lua no ENE (Gem)2h305m Lua em Libraccedilatildeo Sul33h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 7h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

31h - 56h LCT (Cnc)5h570m Nascer do sol no E 12h272m Ocaso da Lua no W N W (Gem) 18h084m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-09m melhor observado de

185h -186h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -195h LCT (Vir)224h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 36h LCT (Aqr)

Em 26 de setembro de 2005 a sonda Cassini sobrevoa a lua Hiperion de Saturno

Terccedila-feira 27 de setembro

Lanccedilam ento Soyuz T M A -7 Soyuz FG (International Space Station 12S)

Vecircnus oculta a estrela PPM 229625 (109 Mag)Equaccedilatildeo de Tempo 895 min2h261 m Nascer da Lua no ENE (Gem)32h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 7h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

30h - 56h LCT (Cnc)5h560m Nascer do Sol no E 13h218m Ocaso da Lua no W N W (Cnc)18h087m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-09m melhor observado de

185h -187h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -195h LCT (Vir)224h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 35h LCT (Aqr)

Quarta-feira 28 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 35 (OTM-35) Asteroacuteide 1620 Geographos passa proacuteximo da

Terra (0740 UA)Em 1605 nascia Ismael BullialdusEquaccedilatildeo de Tempo 929 min 3h078m Nascer da Lua no ENE (Cnc)5h551m Nascer do Sol no E

12h198m Lua em Apogeu 14h153m Ocaso da Lua no W N W (Cnc) 18h090m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-08m melhor observado

de 185h-187h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41 m melhor observado

de 185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado

de 185h-194h LCT (Vir)223h Urano Mag=57 m melhor observado

de 190h - 35h LCT (Aqr)

Quinta-feira 29 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 962 min 31h Marte Mag=-16m melhor observado de

215h - 55h LCT (Tau)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 67

EFEMEacuteRIDES

3h452m Nascer da Lua no ENE (Leo)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

29h - 55h LCT (Cnc)5h542m Nascer do Sol no E 15h074m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h092m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-08m melhor observado de

185h -188h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -194h LCT (Vir)222h Urano Mag=57 m melhor observado de

190h - 34h LCT (Aqr)

Sexta-feira 30 de setembro

Lanccedilamento NROL-21 Delta 2 Em 1975 Charles Kowal descobria a lua Themisto

de Juacutepiter Equaccedilatildeo de Tempo 995 min 30h Marte Mag=-17m melhor observado de

215h - 55h LCT (Tau)4h194m Lua Nasce no ENE (Leo)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

28h - 55h LCT (Cnc)5h532m Sol Nasce no E 15h582m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h095m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-07m melhor observado de

185h -188h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185h -214h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -193h LCT (Vir)222h Urano Mag=57 m melhor observado de

190h - 33h LCT (Aqr)

Saacutebado 1 de outubroSonda Cassini em Manobra Orbital 36 (OTM-

36)Asteroacuteide 2001 SE270 passa a 0050 UA da Terra 00h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 33m LCT (Aqr)29h Marte Mag=-17m melhor observado de

2 1 4m a 55m LCT (Tau)4h514m Nascer da Lua no E (Leo)55h Saturno M ag=04 m melhor observado

de 28m a 55m LCT (Cnc)

5h523m Nascer do sol no E 6h45m Marte estacionaacuterio Iniciando Movimento

Retroacutegrado16h481m Ocaso da Lua no W (Leo)18h098m Ocaso do sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-07m melhor observado de

185m a 188m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 193m LCT (Vir)

Domingo 2 de outubro

Em 1935 era fundado o Hayden Planetariumhttpwwwhaydenplanetariumorg

Vecircnus oculta a estrela PPM 264162 (94 mag) Asteroacuteide Asteroid 1886 Lowell passa a 1507 UA

da Terra29h Marte Mag=-17m melhor observado de

213m a 55m LCT (Tau)5h223m Lua nasce no E (Vir)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

27m a 55m LCT (Cnc)5h514m Nascer do Sol no E 17h381m Ocaso da Lua no W (Vir)18h101m Ocaso do sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-06m melhor observado de

185m a 189m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 192m LCT (Vir)220h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 32m LCT (Aqr)

Segunda-feira 3 de outubro

Ano Novo Hebreu Primeiro dia do mecircs Rosh Hashanah do ano 5766 comeccedilando ao pocircr-do-sol

Calendaacuterio Tabular Islacircmico Primeiro dia do Ramadan nono mecircs do ano 1426 iniciando ao ocaso do Sol

Em 1815 era descoberto o meteorito marciano Chassigny

httpwwwjplnasagovsncchassignyhtml Asteroacuteide 2004 HR56 passa a 0033 UA de Marte Asteroacuteide 4664 Hanner passa a 1715 UA da Terra

68 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

7

EFEMEacuteRIDES

28h Marte Mag=-17m melhor observado de 213m a 55m LCT (Tau)

Eclipse Anular do sol visiacutevel da Aacutefrica 4h35m33s Iniacutecio do Eclipse Solar Visiacutevel na Aacutefrica 55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

27m a 55m LCT (Cnc)5h41 m04s Iniacutecio do Eclipse Umbral 5h505m Sol Nasce no E 5h533m Lua Nasce no E (Vir)7h279m Lua Nova7h31m419s Eclipse Solar Anular Maior

Duraccedilatildeo= 4m264s Magnitude=958httpsunearthgsfcnasagoveclipseSEmono

ASE2005ASE2005html Eclipse Solar Anular visiacutevel da Aacutefrica Obscuraccedilatildeo=918 ET-UT=653sec 9h22m33s Final do Eclipse Umbral 10h27m53s Final do Eclipse Solar 18h104m Ocaso do Sol no W 18h290m Ocaso da Lua no W (Vir)185h Mercuacuterio Mag=-06m melhor observado de

185m a 190m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 191m LCT (Vir)19h04m Marte passa a 91 graus das Plecirciades

(M45)220h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 31m LCT (Aqr)

Terccedila-feira 4 de outubroOcultaccedilatildeo de Mercuacuterio pela Lua27h Marte Mag=-17m melhor observado de

212m a 55m LCT (Tau)55h Saturno Mag=04m melhor observado de

26m a 55m LCT (Cnc)6h256m Lua Nasce no E (Vir)157h Vecircnus em Apogeu 185h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

185m a 190m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 191m LCT (Vir)18h58m Mercuacuterio passa a 19 graus de Spica19h219m Lua Ocaso no W SW (Vir)21 9h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 31m LCT (Aqr)

Quarta-feira 5 de outubro

Asteroacuteide 1877 Marsden passa a 2658 UA da Terra

Cometa Chernykh passa a 1464 da Terra 27h Marte Mag=-18m melhor observado de

211m a 54m LCT (Tau)54h Saturno Mag=04 m melhor observado de

25m a 54m LCT (Cnc)5h486m Sol Nasce no E 7h004m Lua Nasce no ESE (Vir)16h40m Mercuacuterio passa a 13 graus de Juacutepiter 18h110m Ocaso do Sol no W 186h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

186m a 191m LCT (Vir)186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

186m a 215m LCT (Lib)186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

186m a 190m LCT (Vir)20h175m Ocaso da Lua no W SW (Lib)218h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 30m LCT (Aqr)

Quinta-feira 6 de outubro

26h Marte Mag=-18m melhor observado de 211m a 54m LCT (Tau)

54h Saturno Mag=04m melhor observado de 25m a 54m LCT (Cnc)

5h477m Sol Nasce no E 7h392m Lua Nasce no ESE (Lib)18h113m Ocaso do Sol no W 186h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

186m -191m LCT (Vir)

httpulyssesjplnasagov

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 69

EFEMERIDES

186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de 186m -215m LCT (Lib)

186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 186m -190m LCT (Vir)

20h315m Lua em Libraccedilatildeo Oeste21 h163m Lua Ocaso no W S W (Lib)2 1 8h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m - 29m LCT (Aqr)

Sexta-feira 7 de outubro

25h Marte Mag=-18m melhor observado de 210m - 54m LCT (Tau)

54h Saturno Mag=04 m melhor observado de 24m - 54m LCT (Cnc)

5h469m Sol Nasce no E 8h234m Lua Nasce no ESE (Sco)18h116m Ocaso do sol no W

186h Mercuacuterio Mag=-04m melhor observado de 186m -192m LCT (Vir)

186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de 186m -215m LCT (Sco)

186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 186m -189m LCT (Vir)

20h089m Imersatildeo da estrela SAO 184336 AL NIYAT (SIGMA SCORPI) 29 mag na borda escura da Lua

20h233m Emersatildeo da estrela SAO 184336 AL NIYAT (S IG M A S C O R P I) 2 9 mag na borda iluminada da Lua

2 1 7h Urano Mag=57 m melhor observado de 190m - 28m LCT (Aqr)

219h Lua passa a 09 graus de separaccedilatildeo da estrela SAO 184415 ANTARES (ALPHA SCORPI) 09mag

22h179m Lua Ocaso no W S W (Sco)

Fontes consultadasCarta celeste para ambos os hemisfeacuterios em PDF httpwwwskymapscomindexhtmlhttpreabrasilastrodatabasenethttpgeocitiesyahoocombrreabrasilhttpaerithnetindexhtmlhttpwwwjplnasagovcalendarhttpingaufubr~silvestrhttpwwwcalskycomhttpwwwtodayinscicomhttpwwwpamsueduabramsSkyWatchersDiaryDiaryhtmlhttpcometsamsmeteorsorgmeteorscalendarhtmlhttpwwwimonethttpwwwlunaroccultationscomiota2003bstarebstarehtmhttpwwwlunaroccultationscomiota2003planetsplanetshtmhttpwwwjplnasagovhttpsunearthgsfcnasagoveclipseeclipsehtmlhttpssdjplnasagov

Rosely Greacutegio eacute formada em Artes e Desenho pela UNAERP Grande difusora da Astronomia atualmenteparticipa de programas de observaccedilatildeo desenvolvidos no Brasil e exterior envolvendo meteoros cometasLua e recentemente o Solhttprgregioastrodatabasenethttprgregiositesuolcombrhttpmembersfortunecitycommeteor4indexhtmhttpgeocitiesyahoocombrrgregio2001httpwwwconstelacoeshpgcombr

70 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EPSILON f

MIM72

M73

NGC7009

1

^ 9 CONSTELACcedilOtildeES

Z odiacais

CAPRICOacuteRNIO

PEIXE AUSTRAL

bull |ALPHA

THETA NGC7293

ZETA

AQUAacuteRIO

DELTA

LAMBDA

DELTA88

PEIXEk

mdash mdashr mdashFI

LEGEINDAMagnitude das estrelas

Limites das constelaccedilotildeesi

bull

bull bull bull bull laquo gt Grelha de coordenadasbull BALEIA

- 1 0 1 2 3 -1 otilde equatoriais V

mmdash revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

M2

copy CA

RTES

DU

C

IEL

71

CONSTELACcedilOtildeESZODIACAIS

CONSTELACcedilAtildeO DE

uaacuterioAquarius Aquaacuterio Abreviaccedilatildeo Aqr Genitivo Aquarii Significado O portador de Aacutegua Ascensatildeo Reta 23 horas Declinaccedilatildeo -15 graus Visiacutevel entre latitudes 65 e -90 grausConstelaccedilotildees Limiacutetrofes Cap PsA Scl Cet Psc Peg Equ e AqlAquaacuterio eacute visiacutevel no outono para o Hemisfeacuterio Norte e na primavera para o Hemisfeacuterio Meridional

Rosely Greacutegio | Revista macroCOSMOcom rgregiouolcombr

A Constelaccedilatildeo do Aquaacuterio estaacute representada em vaacuterias culturas antigas e sempre associada a aacutegua pois seu aparecimento no ceacuteu ou quando localizada no Zecircnite significava o anuncio da chegada das chuvas eou da inundaccedilatildeo dos rios Isto significava fonte de vida e alimento para os povos que viviam nas terras aacuteridas como por exemplo a Babilocircnia e o Egito Aquaacuterio eacute uma constelaccedilatildeo bastante lacircnguida que natildeo seria famosa se natildeo fizesse parte do Zodiacuteaco Na maioria das culturas eacute tido como um homem que verte aacutegua de um balde Isto pode surgir do fato que o Sol entra em Aquaacuterio no iniacutecio do inverno quando a estaccedilatildeo chuvosa comeccedila em muitas partes do mundo

Aquaacuterio tem algumas binaacuterias agradaacuteveis de serem observadas uma variaacutevel sem igual e alguns objetos de ceacuteu fundo um pouco interessantes (mas os Objetos Messier aqui geralmente natildeo satildeo muito interessantes) As estrelas geralmente satildeo de quarta magnitude

___________________ Estrelas Nomeadas

Albali (Epsilo Aqr) Ancha (Theta Aqr) Situla (Kappa Aqr)

_Estrelas Duplas

Zeta2 A q uarii e zeta1 A q uarii formam um sistema binaacuterio de duas estrelas brancas iguais com uma oacuterbita de 760 anos Zeta2 Aquarii eacute a primaacuteria 44 46 PA 266deg atual e separaccedilatildeo 23 ldquo

Struve 2944 eacute um sistema triplo agradaacutevel com todos os trecircs em uma linha reta AB 70 75 PA 276deg separaccedilatildeo 25 ldquo C 84 PA 106deg separaccedilatildeo 50 ldquo

Struve 2988 eacute um par muito atraente de estrelas iguais 72 72 PA 101deg separaccedilatildeo 35 ldquo A binaacuteria estaacute a 3deg SW de psi1 Aquarii

Estrelas Variaacuteveis

SADALMELIK Alpha Aquarii (Alpha Aqr) eacute um supergigante com cem vezes o tamanho do Sol Estaacute apenas haacute mil anos-luz de distacircncia e brilha com uma magnitude visual de 296 A lpha Aquarii (Sadalmelik) e beta A q uarii (Sadalsuud) satildeo supergigantes gecircmeas com nomes quase idecircnticos Os nom es significam respectivam ente ldquoO Afortunado do Reirdquo e ldquoO mais Afortunado dos Afortunadosrdquo

Sadalsuud (Beta Aqr)Sadalachbia (Gama Aqr)Skat (Delta Aqr)

A variaacutevel mais notaacutevel na constelaccedilatildeo eacute R Aquarii normalmente listada como uma ldquovariaacutevelrdquo do tipo Mira Contudo esta gigante vermelha natildeo eacute uma variaacutevel de longo-periacuteodo normal eacute uma estrela lsquorsquosimbiocircnticarsquorsquo se assemelhando a Z Andromedae Estrelas do tipo ldquoZ Andromedaerdquo satildeo aquelas que apresentam dois espectros separados indicando duas temperaturas bastante diferentes um esfria e outra muito quente Este fenocircmeno eacute causado por um mesmo sistema binaacuterio onde a estrela maior e mais fria e a outra estrela (talvez uma pequena anatilde branca) a quente E de fato R Aquarii tem uma pequena companheira azul que eacute cercada por uma nuvem de gaacutes Quando acontece eclipse da estrela

72 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

CONSTELACcedilOtildeESZODIACAIS

pequena pela gigante a magnitude visual da primaacuteria varia A estrela tem um periacuteodo de 38696 dias e um alcance de 58 a 124 o melhor momento para ver esta estrela seraacute na primeira semana de setembro em 2005

______________ Objetos de Ceacuteu Profundo

M2 (NGC 7089) - E um aglomerado globular compacto e luminoso mag 65 situado haacute 50000 anos-luz de distacircncia O aglomerado estaacute a 5deg N de beta Aquarii

M72 (NGC 6981) - Tambeacutem eacute um aglomerado globular mag 93 aproximadamente 3deg W S W da Nebulosa de Saturno

M73 (NGC 6994) - E outro aglomerado globular um agrupamento de estrelas de mag 89 que incluiu quatro estrelas sem conexotildees aproximadamente a 15deg leste de M 72

M73 (sistema ou asterismo de 4 estrelas) eacute notaacutevel por fazer o proacuteprio jarro de aacutegua inclinado e vertendo aacutegua Este pequeno asterismo que no campo de visatildeo binocular podem ser vistos em sua totalidade eacute composto de zeta Aqr e trecircs outras estrelas

NGC 7009 ldquoNebulosa de Saturnorsquorsquo - E umanebulosa p lanetaacuteria de mag 8 3 bastante espetacular visiacutevel em instrumentos grandes Tem raios que estende de ambos os lados do disco principal A nebulosa estaacute a 1deg a oeste de nu Aqrrdquo

NGC 7293 lsquorsquoNebulosa da Heacutelicersquorsquo (ou ldquoNebulosa Helicoidalrdquo) - E outra nebulosa planetaacuteria cujo nome aparentemente adveacutem de sua semelhanccedila a heacutelice dupla do DNA Realmente eacute uma nebulosa de anel com mag 65 soacute muito maior e mais lacircnguido que a Nebulosa de Anel mais notaacutevel em Lyra A nebulosa estaacute a 15deg W de upsilon Aquarii ou 210 no devido sul de zeta Aquarii ^

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Clique Astronocircmico

Planetaacuterio Municipal ldquo Prof Benedito RelardquoSituado na cidade de ItatibaSP e inaugurado em 07 de novembro de 2003 eacute o primeiro e uacutenico planetaacuterio no Paiacutes desenvolvido com tecnologia 100 nacional (Projeto Sphaera) O Planetaacuterio Benedito Rela eacute o 18deg do Brasil e o 3deg construiacutedo por uma Prefeitura Municipal e tem capacidade para abrigar ateacute 65 pessoas sentadas em sua sala de projeccedilatildeo Com uma cuacutepula de oito metros e totalmente automatizado foi montado pelo astrocircnomo Carlos Eduardo Mariano de CampinasSP O objetivo da Prefeitura de Itatiba por meio da Secretaria da Educaccedilatildeo eacute a realizaccedilatildeo de cursos palestras seminaacuterios exposiccedilotildees atividades de observaccedilatildeo astronocircmica e encontros sobre planetaacuterios e ensino de Astronomia O projetor SPHAERA I fabricado pela empresa brasileira Sphaera Planetaria Ltda reproduz o ceacuteu estrelado de qualquer regiatildeo do planeta e em qualquer eacutepoca com ateacute 10000 estrelas aleacutem da Via-Laacutectea Sol Lua planetas visiacuteveis figuras das constelaccedilotildees e muitos outros recursos Neste segundo semestre estaraacute em funcionamento no Planetaacuterio o projetor SPHAERA MIDIA Com esse equipamento que iraacute trabalhar em conjunto com o projetor SPHAERA I seraacute possiacutevel projetar graacuteficos e animaccedilotildees de alta definiccedilatildeo e ateacute em 3D Anualmente cerca de 20000 pessoas de Itatiba e cidades vizinhas participam das diversas atividades oferecidas pelo Planetaacuterio Todas as atividades realizadas pelo Planetaacuterio satildeo totalmente gratuitas

Maiores informaccedilotildees httpwwwprefeituraitatibacombrplanetarioplanetariohtmAgendamento de visitas (11) 4538-4547

74 revista macroCOSMOcom | setembro de

copy He

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2005

Construccedilatildeo de umHeliostato

Joseacute Carlos Diniz | REACARJCANFdinizastroterracombr

O Heliostato eacute um instrumento simples quepermite a observaccedilatildeo do Sol por longos periacuteodos de forma segura Deve ser instalado preferencialmente mas natildeo obrigatoriamente de forma fixa de modo a facilitar a aquisiccedilatildeo de imagens Eacute particularmente uacutetil em observatoacuterios para mostras puacuteblicas palestras e estudo sistemaacutetico do Sol

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 75

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Sempre me dediquei agrave fotografia quer seja quando jovem como forma de sustento quer jaacute na meia idade quando me iniciei na astronomia Sempre me encantaram as imagens muito mais do que qualquer outro ramo da astronomia Em 1997 conheci e me maravilhei com o observatoacuterio solar de Rogeacuterio Marcon onde havia um Heliostato e fiquei entre assustado e apaixonado por aquele instrumento Mais tarde conheci Paulo R Moser e seu admiraacutevel trabalho sobre o Sol Com ele aprendi um pouco de observaccedilatildeo solar nas nossas conversas e atraveacutes da paacutegina solar da REA

Comprei filtros Thousand Oaks II e Baader Planetarium e por algum tempo fotografei o Sol O eclipse total de 1998 o novo ciclo solar e as observaccedilotildees puacuteblicas que fazemos no Clube que presido foram o estiacutemulo que faltava para me lanccedilar agrave aventura de construir meu proacuteprio Heliostato para natildeo soacute fotografar mas para observar o Sol

Haacute muito pouca literatura disponiacutevel talvez devido agrave sua simplicidade Os modelos que pesquisei eram voltados mais para a espectroscopia usando instrumentos de focal longa e com aparato complexo Desta forma procurei aprender para simplificar ao maacuteximo sua construccedilatildeo

Um Heliostato nada mais eacute do que um espelho plano montado numa estrutura que permite apontamento polar e movimento sincronizado com o Sol A imagem assim obtida eacute capturada por uma luneta (ou mesmo um doubleto acromaacutetico) e projetada sobre um anteparo O tamanho da imagem vai depender da distacircncia focal da luneta da ocular empregada e da distacircncia da projeccedilatildeo

Caso empreguemos um soacute espelho o Sol sofreraacute um movimento de rotaccedilatildeo ao longo da observaccedilatildeo por isso optei pelo modelo de dois espelhos onde essa rotaccedilatildeo natildeo existe

Neste modelo o espelho primaacuterio reflete a imagem solar para o espelho secundaacuterio que a envia agrave luneta Os espelhos devem ser planos e de boa qualidade (Agrave8) O espelhamento torna a imagem mais brilhante mas eacute possiacutevel prescindir dele Utilizei dois espelhos de 10 cm de diacircmetro feitos pelo Sr Weber (AraraquaraSP)

Uma outra observaccedilatildeo importante eacute que a velocidade de acompanhamento deve ser a metade da velocidade sideral porque a cada movimento do espelho o raio refletido altera-se o dobro desta forma o espelho primaacuterio deve dar uma volta completa a cada 48 horas

Procurei utilizar na construccedilatildeo materiais simples e ao alcance de todos (fig 1) como madeira compensada parafusos dobradiccedilas e rolamentos facilmente encontrados no mercado Apenas uma dimensatildeo eacute fundamental no setor a distacircncia entre o furo por onde passa o eixo principal e o sem-fim deve ser exatos 1455 cm para que tenhamos a velocidade de deslocamento correta de uma volta a cada 48 horas As outras dimensotildees das demais peccedilas natildeo satildeo importantes e podemos adapta-las ao nosso gosto

76 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

macroOFICINA

Na figura 1 temos a relaccedilatildeo das peccedilas

1 - Alumiacutenio dobrado para sustentar o espelho primaacuterio

2 - Discos de madeira para prender os espelhos

3 - Parafuso motor Prende o setor na placa de sustentaccedilatildeo

4 - Dobradiccedila de latatildeo

5 - Peccedila de latatildeo dobrada para ajuste de altura

6 - Parafusos que formam os peacutes da montagem

7 - Pequenos cilindros de madeira que formam as cabeccedilas dos parafusos

Aleacutem disso temos o setor garfo do espelho secundaacuterio placa de sustentaccedilatildeoe rolamentos (2) de rdquo de diacircmetro

FIG 1

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 77

T -

macroOFICINA

0 conjunto eacute montado sobre uma peccedila de madeira Haacute ainda uma pequena torre

que sustenta o espelho secundaacuterio (fig 2) nela vemos

1 - Torre

2 - Mesa onde se fixa o setor

3 - Tubo de latatildeo que prende o espelho secundaacuterio

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FIG 3

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Torneamos um eixo de latatildeo (fig 3) que passa por dentro dos ro lam entos de esfera e que prende de um lado o setor do sem fim e do outro o espelho primaacuterio

Esse eixo possui de um lado rosca de 38rdquo e do outro rdquo Duas arruelas de alumiacutenio ajudam na fixaccedilatildeo do suporte do espelho primaacuterio ao setor

Escolhem os passar o eixo pelos rolamentos para dar um movimento suave e uniforme ao espelho e fa c ilita r o p o sic ionam ento do espelho primaacuterio

A figura 4 mostra o conjunto em fase de montagem

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Revendo velhas revistas SampT deparei-me com uma soluccedilatildeo muito interessante para construccedilatildeo do sem fim dobrar dois parafusos de latatildeo de rdquo e 20 espiras por polegada e prende-los na parte de baixo do setor onde fizemos um sulco (fig 5 e 6)

A traccedilatildeo se daraacute por um parafuso igual ao do sem-fim acoplado ao motor de de volta por m inuto Esta re laccedilatildeo proporciona um deslocamento de metade da velocidade sideral O motor foi conseguido de um velho timer de uma maacutequina de lavar pratos e o suporte do parafuso feito em madeira no formato de U

Uma mola manteacutem o acoplamento e facilita o reposicionamento do setor (fig 7 8 e 9)

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Um dado importante para o correto alinhamento polar eacute que o plano do espelho primaacuterio deve obrigatoriamente coincidir com o Poacutelo O ajuste do Poacutelo se faz com a pequena peccedila de latatildeo conforme ilustrado nas figuras 10 e 11 Embora simples eacute eficaz e permite alinhar-se com boa precisatildeo

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Uso para o alinhamento um inclinocircmetro uma buacutessola e um niacutevel de bolha (fig 12)A torre que conteacutem o espelho secundaacuterio permite-nos aproximaacute-lo e afastaacute-lo do espelho primaacuterio

para obtermos a reflexatildeo da imagem Conforme a posiccedilatildeo do Sol no Solstiacutecio ou Equinoacutecio precisamos movimentaacute-la para obter a imagem a ser projetada

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1 ^ 1Apoacutes posicionar o espelho primaacuterio com o motor

em funcionamento movemos o secundaacuterio ateacute obtermos a reflexatildeo e em seguida o movemos para direcionar a luneta vista ao fundo junto agrave cuacutepula (fig 13 ) O motor eacute siacutencrono e ligado a corrente eleacutetrica atraveacutes de um variador de frequumlecircncia o que permite acelerar e retardar o movimento da imagem Observei que o conjunto sem fim ainda necessita de ajustes mas permite uma observaccedilatildeo por tempo razoaacutevel (10 a 15 minutos) com poucas correccedilotildees

No momento o instrumento encontra-se em testes Pretendo construir uma base soacutelida para recebecirc-lo e desta forma facilitar a obtenccedilatildeo de imagens solares de modo mais confortaacutevel no interior da minha modesta cuacutepula e abrigado dos raios

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solares podendo desta forma observaacute-lo de forma longa e produtiva A im agem refletida pelo secundaacuterio seraacute projetada atraveacutes de uma luneta para um anteparo onde seraacute observada Cartas de Waldmeier foram impressas em transparecircncia e satildeo ajustadas agraves imagens (16 cm de diacircmetro)

Adiantando ou atrasando a rotaccedilatildeo do motor podemos fazer a imagem do Sol tocar as bordas da carta determinando assim a linha Leste e o Oeste e por consequumlecircncia o Norte e o Sul desta forma podemos posicionar a carta e saber em que setor as manchas estatildeo anotaacute-las e segui-las com maior precisatildeo A imagem pode ser fotografada e uma animaccedilatildeo mostrando a rotaccedilatildeo das manchas eacute possiacutevel

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As figuras 14 e 15 mostram o instrumento terminado

Espero ter contribuiacutedo para despertar interesse e motivaccedilatildeo no estudo do Sol O Heliostato eacute de grande im portacircncia para observatoacuterios e associaccedilotildees por permitir de forma simples obter im agens de qualid ad e com conforto e a popularizaccedilatildeo do estudo do Sol

Qualquer duvida estou sempre agrave disposiccedilatildeo Meus profundos agradecimentos a Rogeacuterio Marcon e a Paulo Roberto Moser pelos ensinamentos Este projeto eacute dedicado agrave memoacuteria de Jean Nicolini mestre da observaccedilatildeo e exemplo de paixatildeo pela astronomia M

Nota Este artigo eacute parte integrante do Reporte Anual da REA-BRASIL (REDE DE ASTRONOM IA OBSERVACIONAL BRASIL) - REPORTE Ndeg 11 editado em DEZEMBRO2003 Nossos agradecimentos ao amigo Joseacute Carlos Diniz bem como ao atual Coordenador Geral da REA Edvaldo Joseacute Trevisan por nos permitir divulgar e veicular na Revista macroCOSMOcom mais este trabalho realizado pelos membros da REA-BRASIL Este e demais reportes estatildeo disponiacuteveis em no site da REA-BRASIL Conheccedila o trabalho desenvolvido pelos membros da REA e participe httpwwwreabrasilorg

Joseacute Carlos Diniz eacute Meacutedico Cardiologista (Rio de JaneiroRJ) astrocircnomo amador astrofotoacutegrafo e ATM Membro da REA CARJ CANF e NG C51 Tem se destacado por seu magniacutefico trabalho contra a Poluiccedilatildeo Luminosa emeacuterito e premiado astrofotoacutegrafo construtor de vaacuterios instrumentos astronocircmicos e divulgador destas nobres artes cujos trabalhos podem ser apreciados em httpwwwastrosurfcomdiniz e http wwwdinizastrodatabasenet

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Equipe que iraacute para a Olimpiacuteada internacional em 2005 na China No centro o presidente da SAB Licio da Silva e Prof Joatildeo Canalle coordenador nacional da OBA

Olimpiacuteada Brasileira de Astronomia eDESPERTANDO INTERESSE DE A c t m n C I I

ALUNOS PELA CIEcircNCIA M b Ll U N dU LILrd

Fernanda Calipo | Revista macroCOSMOcomfecalipohotmailcom

Aleacutem de muacutesica balada e outros atrativos da idade alunos descobrem uma paixatildeo diferente A Astronom ia A O BA - O lim piacuteada B ras ile ira de A s tro n o m ia e A s tro n aacute u tica eacute um even to edu ca tivo responsaacutevel por despertaacute-los a se aplicar neste segm ento cientiacutefico A O lim piacuteada jaacute estaacute em sua oitava ediccedilatildeo e eacute prom ovida anualm ente pela SAB - Sociedade Astronocircm ica Brasileira sociedade cientiacutefica que reuacutene os profissionais envolvidos em pesquisa cientiacutefica de todas as aacutereas da Astronom ia e Astrofiacutesica do Brasil e pela Agecircncia Espacial Brasileira (AEB)

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A OBA tem o objetivo de fomentar o interesse dos jovens pela Astronomia Astronaacuteutica e Ciecircncias afins aleacutem de promover a difusatildeo dos conhecimentos baacutesicos de uma form a luacutedica e cooperativa mobilizando natildeo soacute os alunos mas professores coordenadores pedagoacutegicos diretores pais e escolas planetaacuterios observatoacuterios municipais e particulares espaccedilos centros e museus de ciecircncia associaccedilotildees e clubes de astronomia astrocircnomos profissionais e amadores entre outros num soacute mutiratildeo nacional aleacutem de distribuir materiais educacionais de astronomia para os professores representantes da OBA nas escolas participantes

ldquoA Astronomia eacute a ciecircncia com o maior nuacutemero de sociedades amadoras mas paradoxalmente natildeo eacute objeto de uma disciplina especiacutefica nos curriacuteculos dos ensinos fundamental e meacutedio Em geral ela fica a cargo de um profissional de ensino que natildeo possui habilitaccedilatildeo especiacutefica no tema e muito frequumlentemente nem eacute formado em ciecircncias exatas A OBA busca portanto estimular nos estudantes o gosto pelo tem a bem como divulgar corretam ente os conteuacutedos entre estudantes e professores realizando um diagnoacutestico ainda que parcial do quatildeo tais conteuacutedos estatildeo ou natildeo corretamente apreendidosrdquo afirma o coordenador nacional da OBA Prof Dr Joatildeo Batista Garcia Canalle professor titu lar no Instituto de F iacutes ica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) onde tam beacutem estaacute sediada a Coordenaccedilatildeo Nacional da Olimpiacuteada Brasileira

Quem participa Todos alunos que estejam estudando entre a primeira serie do ensino fundamental ateacute os da ultima do ensino meacutedio Natildeo haacute restriccedilatildeo quanto ao nuacutemero miacutenimo ou maacuteximo de alunos participantes por escola Se a escola onde o aluno estuda natildeo estiver cadastrada para participar da OBA o estudante interessado poderaacute recorrer a uma outra escola cadastrada ou a outra instituiccedilatildeo cadastrada A inscriccedilatildeo do aluno deveraacute ser feita pelo professor que aplicaraacute a prova

As provas dividem-se em quatro niacuteveis a saber

Prof Joatildeo Canalle coordenador nacional da OBA

Niacutevel 1 destinada aos alunos da 1a e 2a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 2 destinada aos alunos da 3a e 4a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 3 destinada aos alunos de 5a agrave 8a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 4 destinada aos alunos de qualquer seacuterie do ensino meacutedio ou que jaacute concluiacuteram o ensino meacutedio haacute menos de dois anos (a contar da data da prova da OBA) e natildeo estatildeo matriculados em nenhuma instituiccedilatildeo de ensino superior

As questotildees das provas visam muito mais a dar informaccedilotildees corretas e atualizadas aos alunos do que extrair informaccedilotildees deles As provas satildeo compatiacuteveis com os conteuacutedos abordados pela maioria dos livros didaacuteticos do ensino fundamental e meacutedio A prova eacute constituiacuteda de 7 perguntas de Astronomia e 3 de Astronaacuteutica (o que inclui lanccedilamento de foguetes sateacutelites artificiais e sensoriamento remoto) Dentre as 7 perguntas de A stronom ia haacute uma ou duas perguntas observacionais Para responder a estas perguntas observacionais o aluno precisa fazer previamente uma atividade observacional divulgada com antecedecircncia sobre a qual seraacute baseada a pergunta

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Assim sendo os alunos podem fa ze r individualmente ou em grupos estas atividades observacionais No dia da Olimpiacuteada contudo cada aluno deveraacute estar de posse das suas mediccedilotildees respostas caacutelculos e resultados da atividade observacional que foi solicitada pela Organizaccedilatildeo da OBAUma novidade em 2005 foi a parceria com a Agecircncia Espacial Brasileira (AEB) passando a se cham ar O lim piacuteadas Brasileira de Astronomia e Astronaacuteutica ldquoA Agecircncia tem um interesse em divulgar mais seus avanccedilos tecnoloacutegicos brasileiros principalmente para quem ainda estaacute na fase de aprendizado Temos um brasileiro em constante treinamento na NASA o Marcos Pontes aleacutem de uma parceria com a China na aacuterea de sateacutelites Enfim muitas coisas para acrescentar como conhecimento na prova que teraacute 3 questotildees voltadas para este temardquo ressalta o Prof Canalle

Os alunos com m elhor desem penho na Olimpiacuteada nacional satildeo convidados a receber um treinamento para participarem da Olimpiacuteada Internacional devendo passar por uma outra prova que selecionaraacute entre 4 e 6 participantes para

representarem o Brasil laacute fora Como a equipe eacute formada por membros de diferentes unidades da federaccedilatildeo o treinamento contou com astrocircnomos membros da Sociedade Astronocircmica Brasileira os proacuteprios professores dos estudantes e ainda com listas de exerciacutecios compiladas por ex-participantes que tambeacutem jaacute participaram da Olimpiacuteada nacional ou internacional

ldquoA Olimpiacuteada muito mais que uma competiccedilatildeo eacute uma maneira de despertar a curiosidade cientiacutefica nos jovens Assim pretende-se utilizar a OBA como uma espeacutec ie de recurso pedagoacutegico um instrumento que muito mais do que de premiar os melhores estudantes tem o objetivo de cativar o interesse pela ciecircncia entre os jovens atraveacutes de uma prova com questotildees interessantes e bem elaboradas que natildeo lsquoassustersquo o estudante pela falta de conhecimento necessaacuterio retendo assim a sua atenccedilatildeo e despertar a sua imaginaccedilatildeo e o interesse cientiacutefico Sem duacutevida o evento serve tambeacutem para revelar talentos precoces A OBA seleciona os integrantes da equipe internacional tendo poreacutem um objetivo bem maior do que esterdquo finaliza o Prof Canalle

Carla Fernanda (hoje na POLI - USP) e Gulherme (Univale - SC) ambos com 17 anos e medalhistas da Olimpiacuteada internacional de 2004 na Ucracircnia

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Astronomia Brasileira leva prata e bronze em Olimpiacuteada Internacional de 2004 e prepara equipe para China em 2005

Configurando o melhor resultado de todas as participaccedilotildees nacionais trecircs dos quatro integrantes da equipe que representou o Brasil na IX Olimpiacuteada Internacional de Astronomia realizada em outubro de 2004 na Crimeacuteia retornaram laureados A equipe dividida nas duas faixas etaacuterias do certame era formada por Carla Fernanda de Arauacutejo e Silva estudante do Coleacutegio Objetivo (Satildeo PauloSP) e Guilherme Rohden Echelmeier estudante do Coleacutegio de Aplicaccedilatildeo da Univale (ItajaiacuteSC) pertencentes agrave faixa etaacuteria dos membros de ateacute 17 anos A faixa etaacuteria daqueles de ateacute 15 anos contou com Fernanda Vilela de Aquino da Escola Estadual Pe Anchieta (CoqueiralMG) e Felipe Ferreira Villar Coelho estudante do Coleacutegio Metropolitano (Serra ES) Carla e Guilherme obtiveram medalhas de bronze enquanto Filipe obteve a ineacutedita para o Brasil medalha de prata para a menor faixa etaacuteria A equipe contou ainda com os liacutederes Profa Nuricel Aguilera Villalonga (Coleacutegio Objetivo) Dr Carlos Alexandre W uenche do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Dr Roberto Pereira Ortiz (UFES)

A Olimpiacuteada foi realizada em Simeiz uma pequena cidade na costa sul da Crimeacuteia (no Mar Negro) a 105 km de Sinferopol T recircs diferentes tipos de provas foram aplicados teoacuterica praacutetica e observacional A prova praacutetica consiste na in terpretaccedilatildeo de informaccedilotildees astronocircmicas Para esta prova os estudantes natildeo podem ter mais de 17 anos nem estar na universidade

Hemisfeacuterio Norte - A equipe brasileira eacute uma das duas uacutenicas originaacuterias do Hemisfeacuterio Sul A outra eacute a equipe Indoneacutesia Entretanto as olimpiacuteadas internacionais de Astronomia desde sua criaccedilatildeo sempre foram organizadas no Hemisfeacuterio Norte Ao contraacuterio de outras Olimpiacuteadas Cientiacuteficas isto sempre foi uma desvantagem adicional para a equipe brasileira Aleacutem de conhecimentos teoacutericos e praacuteticos sobre Astrofiacutesica Astronomia e suas teacutecnicas os participantes se defrontaram com provas observacionais frente a um ceacuteu familiar a praticamente todas as equipes do Hemisfeacuterio Norte Para piorar as coisas algumas constelaccedilotildees que podem ser avistadas de ambos os Hemisfeacuterios

aparecem invertidas quando se vai de um hemisfeacuterio para outro Procurando sanar esta dificuldade a equipe recebeu da mesma forma que em 2003 um treinamento especial no Planetaacuterio de Rio de Janeiro uma semana antes de seu embarque para a Ucracircnia Na cuacutepula da Fundaccedilatildeo Planetaacuterio do Rio de Janeiro foi reproduzido o ceacuteu da Crimeacuteia agrave eacutepoca e horaacuterios provaacuteveis das provas observacionais

China 2005 o grupo que iraacute para China este ano marcou presenccedila no XXXI Encontro da SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira realizado no Hotel Vacance em Aacuteguas de LindoacuteiaSP de 3107 a 0308 quando recebeu um treinamento avanccedilado de profissionais em astronomia ex-participantes e o apoio do coordenador Prof Canalle e do presidente da SAB Prof Licio da Silva (ONMCT)

Divulgaccedilatildeo e ConhecimentoComparando os dados da I OBA em 1998 quando

a prova foi aplicada para alunos de apenas 21 instituiccedilotildees em 8 cidades hoje o nuacutemero chega a surpreender Na VIII OBA realizada em maio de 2005 o total de escolas cadastradas chegou agrave marca de 3300 somando cerca de 180000 alunos que efetivamente realizaram a prova Vale ressaltar que todos os alunos professores e escolas receberatildeo um certificado e os 10000 com melhor classificaccedilatildeo seratildeo condecorados com medalhas em eventos promovidos pelas proacuteprias instituiccedilotildees de origem dos alunos

Natildeo haacute taxa de inscriccedilatildeo para escolas ou alunos participarem da OBA O envio do material de divulgaccedilatildeo cartaz cartas circulares provas e gabaritos satildeo totalmente gratuitos inclusive a postagem dos m esm os A im pressatildeo dos certificados e a confecccedilatildeo das medalhas tambeacutem eacute gratuita As uacutenicas despesas das escolas participantes satildeo as coacutepias das provas pois eacute enviado somente um original de cada niacutevel para aplicaccedilatildeo aleacutem da postagem dos kits com medalhas certificados e materiais de apoio apoacutes a realizaccedilatildeo total do evento

Para maiores informaccedilotildees httpwwwobaorgbr

Fernanda Calipo Cossia eacute Jornalista publicitaacuteria locutora de raacutedio assessora de comunicaccedilatildeo e poacutes graduada em relaccedilotildees Puacuteblicas Trabalhou 5 anos na Universidade Metodista de Satildeo Paulo e acumulou experiecircncias para hoje atuar na aacuterea de assessoria de comunicaccedilatildeo para os mais diversos segmentos Atualmente ela dedica-se agrave especializaccedilatildeo na aacuterea de jornalismo cientiacutefico

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Da religiatildeo a Ciecircncia

uma aventura do conhecimento humano

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GLEISER Marcelo O fim da Terra e do Ceacuteu O apocalipse na Ciecircncia e na Religiatildeo Satildeo Paulo Companhia das Letras 2001

Quais satildeo os limites que separam ciecircncia e religiatildeo Satildeo saberes complementares ou antagocircnicos Satildeo estas as perguntas feitas por Marcelo Gleiser em ldquoO fim da Terra e do Ceacuteu O apocalipse na Ciecircncia e na Religiatildeo Experiente cosmoacutelogo e divulgador cientiacutefico o autor presenteia o leitor com uma fantaacutestica abordagem histoacuterica das principais questotildees astronocircmicas e cosmoloacutegicas a preocupar o homem durante sua existecircncia Impossibilitado de responder estas questotildees de forma cientiacutefica estes recorreram ao que chamamos hoje de religiatildeo

Para Marcelo natildeo existiu uma ruptura abrupta entre o pensamento religioso e o pensamento cientiacutefico Simplesmente perguntas que antes eram respondidas pela religiatildeo passaram a serem respondidas pela ciecircncia Ele segue esse caminho sem apelar para o relativismo tatildeo em moda que coloca segundo alguns filoacutesofos entre eles Richard Rorty os deuses gregos no mesmo patamar que a moderna astrofiacutesica Para este ambas as explicaccedilotildees da origem o cosmo seriam validas e natildeo haveria como escolher de forma racional entre uma e outra sendo esta uma escolha subjetiva

Marcelo Gleiser natildeo cai nesta armadilha relativista Ele reconhece sim o papel que teve a religiatildeo como uma das formas de pensamento desenvolvidas pelo homem para tentar explicar fenocircmenos naturais mas tambeacutem reconhece as limitaccedilotildees destas explicaccedilotildees uma vez que a fiacutesica e a astronomia moderna ainda que natildeo se julguem detentoras da verdade conseguiram explicar os fenocircmenos expostos natildeo apenas de forma mais satisfatoacuteria mas tambeacutem de maneira racional experimental e capaz de fazer previsotildees Componentes estes indispensaacuteveis a qualquer ciecircncia E fora do acircmbito da religiatildeo

Um dos fenocircmenos mais perturbadores para o homem antigo era a mudanccedila nos ciclos dos movimentos celestes (tais como os eclipses aparecimento de cometas e chuva de meteoros) Em geral estes fenocircmenos celestes representavam a prediccedilatildeo de eventos maleacuteficos (pragas doenccedilas escassez nas colheitas fome ou ira dos

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deuses) A uacutenica exceccedilatildeo segundo o autor eacute a tribo Kung da N am iacutebia que considerava a passagem destes objetos celestes como pressaacutegio de boa sorte Esta visatildeo eacute decorrente de crenccedilas que consideravam os ceacuteus como morada dos d euses portanto um lugar de perfe iccedilatildeo e imutabilidade Podendo ser qualquer mudanccedila no ciclo regular dos movimentos dos ceacuteus considerada como mudanccedila no temperamento dos proacuteprios deuses Natildeo eacute estranho assim que o livro de Apocalipse o ultimo livro do Novo Testamento trazer referencias ao fim do mundo como um evento de ordem cosmoloacutegica (queda de estrelas na Terra escurecimento do Sol entre outros) isto sem falar por exemplo em 2deg Pedro 3 3-13 1 deg Joatildeo 2 18 no Livro de Daniel no Ecircxodo e etc apenas para ficarmos nas referencias culturais mais proacuteximas de noacutes mesmos

Natildeo se preocupe leitor Gleiser vai muito mais longe do que isso em sua histoacuteria da religiatildeo comprada agrave astronomia e cosmologia moderna Passamos assim a conhecer as mais diversas crenccedilas religiosas e miacuteticas que a seu modo tentam exp licar os fenocircm enos ce lestes Egiacutepcios japoneses gauleses incas povos ameriacutendios povos africanos chineses judeus hindus e europeus tem suas mitologias dissecadas de forma bastante competente pelo autor

Apoacutes a apresentaccedilatildeo destas o autor recorre ao arcabouccedilo teoacuterico experimental e histoacuterico da cosmologia e da astronomia explicando questotildees levantadas e trabalhadas pelo pensamento miacutestico- relig ioso a traveacutes das ultim as desco b ertas cientiacuteficas O meacutetodo de exposiccedilatildeo perpassa todas as quatro partes do livro prim eiram ente eacute apresentada uma questatildeo de ordem astronocircmico- cosmoloacutegica em seguida a explicaccedilatildeo dada pelas religiotildees a estes fenocircm enos seguidas pela exposiccedilatildeo das explicaccedilotildees dadas por filoacutesofos e cientistas em diversas eacutepocas ao mesmo fenocircmeno somente entatildeo o leitor eacute confrontado com as explicaccedilotildees mais recentes dadas pela ciecircncia moderna Organizaccedilatildeo esta bastante didaacutetica certamente muito apraziacutevel e uacutetil para expor questotildees astronocircmicas ao puacuteblico leigo

Seguindo este meacutetodo o leitor apoacutes ser exposto ao legitimo perigo representado por asteroacuteides e cometas para a existecircncia da vida humana ou no miacutenimo os enormes prejuiacutezos que a queda de um meteorito provocaria ao se chocar em uma cidade populosa Perigo este de certa forma jaacute contemplado no pensamento miacutestico-religioso de vaacuterios povos passa a entender a origem formaccedilatildeo constituiccedilatildeo geoloacutegica e oacuterbita destes objetos celestes para entatildeo ser apresentado as ultimas medidas tomadas por cientistas e militares para catalogar estes objetos e possivelmente evitar uma colisatildeo

Vejamos uma breve passagem ldquoComo sabiam os egiacutepcios japoneses incas e tantas outras culturas que idolatraram o Sol atraveacutes dos tempos o destino do Sol eacute diretamente relevante para o nosso destino e sobrevivecircncia neste planeta Durante aproximadamente 10 bilhotildees de anos hidrogecircnio funde-se em heacutelio gerando pressatildeo suficiente para contraba lanccedilar a contraccedilatildeo gravitacional Com o passar do tempo a quantidade de heacutelio na regiatildeo central da estrela aumenta enquanto a quantidade de hidrogecircnio diminui paacuteg 195 Este processo levara o Sol a se tornar uma gigante vermelha destruindo toda a vida na Terra

Daiacute o autor passa a explorar os buracos negros misteriosos turbilhotildees coacutesmicos dignos de Jasatildeo e Gilgamesh entre tantos outros fenocircmenos e objetos celestes Apoacutes uma longa viagem por mitos religiotildees filosofias e histoacuteria da ciecircncia o autor fecha o livro com um fantaacutestico capiacutetulo referente agrave formaccedilatildeo do universo e a interaccedilatildeo de suas forccedilas a luz da fiacutesica contemporacircnea

Apoacutes percorrermos este longo caminho descrito por Gleiser terminamos a leitura com uma uacutenica certeza somos seres extremamente limitados e insignificantes perante a grandeza do Universo entretanto fomos capaz de lhe dar um significado e uma explicaccedilatildeo Ainda temos muito para conhecer Com certeza Mas certamente daremos passos ainda maiores pois a vida humana soacute tem valor na medida em que podemos dar significado ao mundo que nos cerca aumentando nosso entendimento deste Vocecirc leitor pode ser o proacuteximo a dar este passo Ateacute laacute soacute posso lhe desejar uma boa leitura

Edgar Indalecio Smaniotto filoacutesofo professor e escritor E-mail edgarsmaniottoyahoocombr

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Viag ens no tempoe Universos Paralelos

Explorando os limites da Fiacutesica

VASCONCELLOS Rogeacuterio Amaral de Vaca Profana Encruzilhadas Livro 1 Ndeg 00 [S C] Sistema Literaacuterio Experimental Virtual (SLEV) 2005 (Coleccedilatildeo SLEV 2004 - Fase I) Compras em httpwwwslevorg R$ 1200

Nos uacuteltimos anos a fiacutesica teoacuterica vem expandindo-se gradualmente incorporando a seu arcabouccedilo de conceitos ideacuteias ateacute entatildeo de domiacutenio da ldquometafiacutesicardquo ou seja algo que antes era feito por filoacutesofos tornou-se agora parte da fiacutesica Processo este que ocorre pelo menos desde Nietzsche o uacuteltimo grande filoacutesofo a tratar de questotildees cosmoloacutegicas E tambeacutem aquele que decretou a morte da metafiacutesica entregando para os fiacutesicos a responsabilidade de explicar e criar hipoacuteteses que decircem sentido a organizaccedilatildeo do cosmo

Entretanto os fiacutesicos ao contrario dos filoacutesofos ainda que tendem a levantar hipoacuteteses muitas vezes surpreendentes tem que tornar estas ldquoverificaacuteveisrdquo via experimentaccedilatildeo Suas hipoacuteteses devem ter um referencial no mundo natural capaz de ser observado por seus pares Em outras palavras mesmo que apresentem uma teoria elegantemente organizada e sustentada racionalmente por criteacuterios loacutegicos e matemaacuteticos esta natildeo seraacute aceita caso natildeo se verifique sua correlaccedilatildeo com o mundo natural

Mas alguns cientistas mais ousados entre eles J Richard Gott (Viagens no Tempo No universo de Einstein Rio de Janeiro Ediouro 2002) natildeo se importam em fazer extrapolaccedilotildees bastante distantes das possibilidades da ciecircncia moderna em verificar sua correlaccedilatildeo com o mundo natural Abrindo assim amplos campos para a especulaccedilatildeo cientiacutefica campo este rapidamente ocupado pelos escritos de ficccedilatildeo cientiacutefica

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D estacam os aqui o livro ldquoV aca P ro fa n a E n c ru z ilh a d a s rdquo de R ogeacuterio A m aral de Vasconcellos recentemente lanccedilado Tudo bem concordo que o titulo eacute um tanto esquisito eu tam beacutem natildeo gostei mas o livro tem muitas qualidades que independem deste

Basicamente estamos falando de Universos Paralelos e V iagens no Tempo Neste caso seriamos habitantes de um Multiverso Assim o autor trab a lh a com as teo rias da in flaccedilatildeo cosmoloacutegica ou seja a ideacuteia de que aleacutem do alcance de nossos telescoacutepios existem outras regiotildees do espaccedilo que parecem idecircnticas a nossa Para muitos cosmoacutelogos alguns destes Universos poderiam ateacute ter leis fiacutesicas diferentes do nosso Basicamente esta eacute a ideacuteia que perpassa a histoacuteria do livro

A histoacuteria propriamente dita comeccedila quando uma poderosa entidade alieniacutegena conhecida como o Zelador que possui tecnologia capaz de se deslocar entre estes universos comeccedila a reunir um grupo de seres humanos e alieniacutegenas de diversos universos e tempos diferentes A intenccedilatildeo do autor eacute trabalhar com o conceito de Histoacuteria Alternativa Basicamente neste tipo de ficccedilatildeo cientifica o autor pega um determinado ponto chave da histoacuteria e modifica este m udado assim todo o restante da histoacuteria conhecida

Por exemplo se Hitler tivesse conseguido a bomba atocircmica antes dos aliados se a Intentona Comunista tivesse obtido sucesso em derrubar Getulio Vargas ou se a Confederaccedilatildeo dos Tamoios tivesse vencido a guerra contra os portugueses como seria nossa historia hoje Entre diversas outras possibilidades

Mas todas estas soacute satildeo possiacuteveis se estivermos falando de um Multiverso infinito onde todos os seres humanos e fatos histoacutericos podem ter todos os seus desdobramentos possiacuteveis ocorrendo Neste caso a viagem no tempo natildeo seria uma viajem ao nosso proacuteprio passado mas uma viagem a um outro universo onde nossa presenccedila laacute jaacute estava assegurada Assim todas as possibilidades que nossa existecircncia poderia seguir realmente existem nestes diferentes universos

P arecem ideacute ias um tanto m eta fiacutes icas Certamente Mas o artigo ldquoO jogo de espelho dos Universos Paralelosrdquo de Max Tegmark (Scientific American Ano 2 ndeg 13) e o jaacute citado livro de J Richard Gott tornam estas possibilidades bastante plausiacuteveis ainda que estejamos a seacuteculos de distancia de uma tecnologia que nos permita mesmo visualizar estes universos paralelos ou viajar no tempo como admitem os proacuteprios autores citados Vasconcellos como todo o escritor de ficccedilatildeo cientiacutefica que se preze explora este campo ainda nebuloso da fiacutes ica ateacute suas ultim as consequumlecircncias

Neste primeiro livro impresso a coleccedilatildeo completa jaacute tem mais de 3 dezenas de volumes disponiacuteveis em e-book na Internet (httpwwwslevorg) o autor faz uma apresentaccedilatildeo dos personagens e do norte narrativo da histoacuteria Satildeo reunidos seres de vaacuterios tempos e universos em sua grande maioria humanos apenas alguns satildeo alieniacutegenas para cumprir algumas missotildees em diferentes realidades alternativas

A apresentaccedilatildeo destes personagens e de seus mundos eacute feita com bastante competecircncia Temos dois arqueoacutelogos Andreacuteas Nikolos Papandriu e Dimitri Diogovitc na segunda metade do seacuteculo XIX envoltos com o debate acerca da origem da vida (evolucionismo versus criacionismo) A descriccedilatildeo de seres vivos inteligentes evoluiacutedos a partir do reino vegetal que podem usar metano gaacutes carbocircnico e eacuteter para sobrevivecircncia metaboacutelica aleacutem de um sofisticado conversor orgacircnico com ceacutelulas verdes -fotossinteacuteticas- em accedilatildeo

Este personagem (Zandra de Harboor) eacute dos mais interessantes do livro por viver em um mundo onde a magia ainda predomina tendo serias dificuldades com a aristocracia local para levar ad ian te suas pesquisas astronocircm icas e astronaacuteuticas O leitor se defrontara com bastantes questotildees interessantes mas teraacute que acompanhar a serie toda Natildeo se desespere cada livro custa apenas 200 reais no sistema e-book De qualquer forma eacute uma excelente pedida para quem gosta de uma boa literatura com pitadas de ciecircncia e muita fantasia Boa leitura

Edgar Indalecio Sm aniotto filoacutesofo professor e escritor E-mail edgarsmaniottoyahoocombr

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dicasdigitais

Navegando pelas constelaccedilotildeesEm setembro tem iniacutecio a estaccedilatildeo das flores Novas constelaccedilotildees estaratildeo melhores posicionadas

no ceacuteu noturno nas noites quentes de primavera para o hemisfeacuterio austral e outonal para o hemisfeacuterio boreal Assim nesta ediccedilatildeo vamos dar um giro por websites que falam dessas miriacuteades de estrelas e dos objetos que estatildeo em suas direccedilotildeesAntes de entrarmos no mundo digital vai uma dica natildeo digital para os neoacutefitos que querem saber

onde estatildeo as constelaccedilotildees e como localiza-las Nossa sugestatildeo vai para um livro com 87 paacuteginas de faacutecil entendimento e muito bem estruturado Eacute um pequeno guia praacutetico para observaccedilatildeo do ceacuteu que leva o observador a identificar estrelas e constelaccedilotildees sem o auxiacutelio de instrumentos Rumo agraves Estrelas do autor Delerue Alberto (1999) editora Jorge Zahar

Como diria o grande poeta parnasiano Olavo Bilac (1865-1918) cujas estrelas tecircm presenccedila marcante em seus versos que ora aparecem como confidentes ora como testemunhas ou conhecedoras do misteacuterio da vida

ldquoOra (direis) ouvir estrelas Certo Perdeste o sensordquo E eu vos direi no entanto

Que para ouvi-las muita vez desperto E abro as janelas paacutelido de espantoE conversamos toda a noite enquanto A Via Laacutectea como um paacutelio aberto

Cintila E ao vir do sol saudoso e em prantoInda as procuro pelo ceacuteu desertoDireis agora ldquoTresloucado amigo

que conversas com elas Que sentido Tem o que dizem quando estatildeo contigordquo

E eu vos direi ldquoAmai para entendecirc-lasPois soacute quem ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelasrdquo

Via-Laacutectea (Olavo Bilac)

Os websites relacionados nessa ediccedilatildeo contem inuacutemeras informaccedilotildees sobre esfera celeste estrelas constelaccedilotildees e muito mais Vale a pena navegar por cada um deles e usufruir desse vasto conhecimento depositado na internet Clique no mouse e feliz navegaccedilatildeo

94 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

dicas digitais

Kepler de Souza Oliveira Filho e Maria de Faacutetima Oliveira Saraiva (em portuguecircs)lt

Constelaccedilotildees httpastroifufrgsbrconsthtm pound3Coordenadas das Constelaccedilotildees httpastroifufrgsbrconst1htm |

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Sebastiaacuten Otero (em inglecircs) 1280(05) 1290 (06)

1297 (06)891 (-01)

Imagens de Constelaccedilotildees - httpdavidmalincomfujiifujii_indexhtmlDavid Malin (em inglecircs)Paacutegina com a coleccedilatildeo completa de Akira FujiiDMI

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revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 95

dicasdigitais

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The Constellations Web Page - httpwwwdibonsmithcomconstelhtmRichard Dibon-Smith (em inglecircs)

lsquo i - lsquoTabela com- alfabeto gregolsquohttpwwwdibonsmithcomgreekhtm

raquo bull i _ Tabela de dados estelares httpwwwdibonsmithcomdatahtm -1

^ Localizaccedilatildeo de objetos atraveacutes de binoacuteculos httpwwwdibonsmithcombinoc_tbhtm Graacuteficos de cosntej accedilotildees para o hemisfeacuterio sul httpwwwdibohsmithcomgraph_shhtmEsquema de todas as constelaccedilotildees httpwwwdibonsmithcomgraphicshtmV rsquo rsquo raquo bull

Orbita de 150 estrelas binaacuterias visuais httpwwwdibonsmithcomorbitshtm Nomes mitojoacutegicos das lsquoconstelaccedilotildeesrsquo httptowwdibonsmithcommythnamehtm kCataacutelogo Messier httpwwwdibonsmithcommessierhtm

Rosely Greacutegio eacute formada em Artes e Desenho pela UNAERP Grande difusora da Astronomia atualmenteparticipa de programas de observaccedilatildeo desenvolvidos no Brasil e exterior envolvendo meteoros cometasLua e recentemente o Solhttprgregioastrodatabasenethttprgregiositesuolcombrhttpmembersfortunecitycommeteor4indexhtmhttpgeocitiesyahoocombrrgregio2001httpwwwconstelacoeshpgcombr

96 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

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AstroHaEacutearteDigital

Eacute com grande satisfaccedilatildeo que a Revista macroCOSMOcom inaugura uma nova seccedilatildeo chamada ldquoAstro Arte Digitalrdquo O objetivo dessa seccedilatildeo eacute a de ser um local de exposiccedilotildees de arte digital sobre temas astronocircmicos dando para aqueles leitores que possuem talento artiacutestico uma oportunidade para exporem seus trabalhos Todos estatildeo convidados para participarem

Regulamento

1deg O tema eacute livre contato que aborde algum tema relacionado agrave Astronomia ou Ciecircncias afins2deg Podem participar artistas de todas as idades e de diferentes localidades do Brasil e Exterior 3deg Cada artista poderaacute enviar quantos trabalhos desejar4deg Os trabalhos deveratildeo ser gerados digitalmente no tamanho 950X640 pixels (300 dpi) e natildeo poderatildeo exceder o tamanho de 1 MB podendo ser utilizado qualquer programa de desenho e modelagem graacutefica Tambeacutem seratildeo aceitos trabalhos feitos a ldquomatildeo livrerdquo no tamanho A4 (297cm X 21 cm) sendo que estes deveratildeo ser enviados digitalizados no tamanho 950X640 pixels (300 dpi) 5deg Os trabalhos enviados deveratildeo possuir tiacutetulo descriccedilatildeo da imagem o nome completo do artista cidade estado e paiacutes onde reside e o nome dos programas que utilizou para a criaccedilatildeo da sua arte ou do material utilizado no caso da arte ter sido feita a ldquomatildeo livrerdquo6deg Os trabalhos deveratildeo ser enviados para o e-mail astroartedigitalrevistamacrocosmocom

7deg Todos os trabalhos recebidos passaratildeo por um criteacuterio de avaliaccedilatildeo e escolha Os melhores trabalhos seratildeo publicados nas ediccedilotildees da Revista macroCOSMOcom8deg Natildeo existem prazos para envio dos trabalhos A avaliaccedilatildeo para a escolha dos melhores trabalhos para publicaccedilatildeo soacute teraacute iniacutecio apenas quando atingirmos o nuacutemero miacutenimo de 20 trabalhos recebidos

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 97

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rmacroCOSMO comA primeira revista eletrocircnica brasileira de Astronomia

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Ediccedilatildeo ndeg 13Dezembro de 2004

Ediccedilatildeo ndeg 14Janeiro de 2005

Ediccedilatildeo ndeg 15Fevereiro de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 16Marccedilo de 2004

Ediccedilatildeo ndeg 17Abril de 2005

Ediccedilatildeo ndeg 18Maio de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 19Junho de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 20Julho de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 21Agosto de 2005

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Page 3: Planetas ' * Extrasolaresacervoastronomico.org/acervo/MACROCOSMO/macrocosmo22.pdf · 2020. 2. 21. · provável a existência de vida em outros pontos do Universo. Somente no nosso

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macroNOTICIAS___________________Saturno Marcos Pontes e Deep ImpactPergunte aos Astros________________Telescoacutepios e Softwares PlanetaacuteriosmacroEVENTOS___________________XXXI - Encontro da SAB

Astronaacuteutica______________________ISS - A Estaccedilatildeo Espacial Internacional

Planetologia______________________Planetas Extrasolares

Astronomia Observacional___________Cataacutelogo REA-Brasil

macroGALERIA_______ ^ ________Cruzeiro do Sul

Efemeacuterides__________ ^ ___________Setembro de 2005

Constelaccedilotildees Zodiacais_____________Constelaccedilatildeo de Aquaacuterio

Clique Astronocircmico________________Planetaacuteriode ItatibamacroOFICINA____________________Construccedilatildeo de um Heliostato

q Difusatildeo Astronocircmica______ ________Olimpiacuteada Brasileira de Astronomia

macroRESENHAS_________________Marcelo Gleiser e Rogeacuterio VasconcellosDicas Digitais_____________________Navegando pelas constelaccedilotildees

0507091339505659717475 86 90 94

Capa da Ediccedilatildeo Conceccedilatildeo artiacutestica de planetas extrasolares orbitando uma estrela binaacuteriacopy NASA JPL-Caltech

E permitida a reproduccedilatildeo total ou parcial desta revista desde que citando sua fonte para uso pessoal sem fins lucrativos sempre que solicitando uma preacutevia autorizaccedilatildeo agrave redaccedilatildeo da Revista macroCOSMOcom

A Revista macroCOSMOcom natildeo se responsabiliza pelas opiniotildees vertidas pelos nossos colaboradores Versatildeo distribuiacuteda gratuitamente na versatildeo PDF em httpwwwrevistamacrocosmocom

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 3

A Revista macroCOSMOcom gostaria de de agradecer as centenas de astrocircnomos que jaacute participaram e convidar aqueles que ainda natildeo o fizeram para participarem do Censo Astronocircmico 2005

A finalidade deste Censo eacute identificar o perfil e os interesses dos astrocircnomos brasileiros onde eles estatildeo e quantos satildeo Estatildeo convidados para participar deste censo todos aqueles que dedicam sua vida agrave astronomia desde o simples entusiasta que possui interesse sobre os astros mas natildeo participa de atividades ligadas agrave astronomia passando pelo astrocircnomo amador que participa dessas atividades mas natildeo eacute graduado em astronomia ateacute os profissionais graduados ou poacutes-graduados tanto os que atuam no Brasil quanto os que estatildeo no exterior

Atraveacutes do resultado deste Censo poderemos saber quais satildeo os nichos em que a astronomia se aglomera e assim estimular um maior contato entre eles organizando encontros regionais e nacionais com maior eficaacutecia aleacutem de destacar aquelas regiotildees aonde a astronomia ainda natildeo chegou planejando assim estrateacutegias de divulgaccedilatildeo astronocircmica

Existem quatro versotildees de questionaacuterios especiacuteficos para Astrocircnomos entusiastas amadores profissionais ou astrocircnomos brasileiros no exterior e natildeo leva mais que 2 minutos para ser respondido As questotildees procuram identificar o perfil localidade e que tipo de observaccedilatildeo fazem os astrocircnomos quanto tempo dedicam agrave esta atividade e como se informam

O Censo estaraacute online ateacute a meia-noite do dia 1deg de novembro de 2005 O levantam ento final seraacute aberto e publicado nas ediccedilotildees da Revista macroCOSMOcom

Algumas mateacuterias na imprensa sobre o Censo Astronocircmico 2005

httpcienciahojeuolcombrcontrolPanelmateriaview3218httpwwwcomcienciabr200412noticias2005astronomiahtm

httpwwwjornaldacienciaorgbrDetalhejspid=25159

Para acessar o questionaacuterio clique em

httpwwwrevistamacrocosmocomcensohtm

Maiores informaccedilotildees censorevistamacrocosmocom

4 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

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Novos dados sobre Saturno espantam cientistas

Novos dados enviados pela sonda Cassini deixou os cientistas espantados com as agitadas nuvens de gaacutes de Saturno a beleza e turbulecircncia inesperada de seus aneacuteis e a diversidade de suas luas segundo uma conferecircncia celebrada nesta segunda-feira 5 de setem bro na Inglaterra

Em dezem bro a m issatildeo de trecircs bilhotildees de doacutelares enviou a sonda europeacuteia Huygens em um m ergulho suicida a Titatilde uma das luas de Saturno cuja bizarra fotoquiacutem ica - uma neacutevoa de metano e outros com postos de carbono - faz dela um dos corpos celestes mais intrigantes do sistem a

Uma das surpresas eacute a grande diversidade de nuvens na atm osfera profunda de Saturno ldquo Diferente da nebulosa extensa e grande fa ixa de nuvens vistas regularm ente na alta atm osfera de Saturno muitas das nuvens mais profundas parecem ser aspectos isolados localizadosrdquo disse Kevin Baines m em bro da equipe de m apeam ento espectrocircm etro visual e infraverm elho do Laboratoacuterio de Jato-Propulsatildeo da Nasa

ldquoElas aparecem em uma grande variedade de tam anhos e form as inclusive em form atos circular e oval de rosca e redem oinhosrdquo explicou Estas nuvens se encontram em uma parte profunda da atm osfera cerca de 30 km abaixo das nuvens mais altas norm alm ente vistas em Saturno

Segundo o Laboratoacuterio de Jato Propulsatildeo elas tam beacutem se com portam diferentem ente daquelas na parte m ais alta da atm osfera e se com potildeem de outros m ateriais Satildeo feitas de am ocircnio hidrosulfito ou aacutegua mas natildeo de am ocircnia o elem ento quiacutem ico geralm ente apontado na com posiccedilatildeo das nuvens mais altas A atm osfera turva e sufocante de Saturno tam beacutem eacute dom inada por enorm es tem pestades de relacircm pagos do tam anho de um continente terrestre Um evento catacliacutesm ico registrado pelas cacircm eras da Cassini foi batizado de ldquoTem pestade Dragatildeordquo (Dragon Storm ) porque a sua form a lembrou a de um dragatildeo explicou Matson

Longe de ser uma regiatildeo de tranquumlilidade e constacircncia os fragm entos rochosos dos sete aneacuteis de Saturno colidem e se separam dom inados pela forccedila da gravidade do planeta e rasgados pela passagem das luas O anel A - o mais externo - ldquoeacute acim a de tudo espaccedilo vaziordquo pois os fragm entos se aglom eraram foram separados e entatildeo voltaram a se reunir graccedilas agrave forccedila de gravidade do planeta Parte do anel D - o mais proacutexim o do planeta - se tornou opaco e m oveu-se para dentro na direccedilatildeo de Saturno por cerca de 200 km desde que foi observado pela Voyager em 1980 e 1981

O sistem a dos aneacuteis ldquoeacute uma regiatildeo absolutamente dinacircmica Os aneacuteis estatildeo constantemente se movendo com a interaccedilatildeo da gravidade e possivelm ente de cam pos m agneacuteticosrdquo disse Carolyn Porco do Instituto de C iecircncia Espacial de Boulder Colorado

Outra grande surpresa eacute que um anel espiral envolve o planeta com o uma mola Este ldquobraccedilo esp ira lrdquo existe em torno do anel F e poderia ser a consequumlecircncia de luas que elas proacuteprias atraiacutedas pela gravidade de Saturno liberaram algum tipo de material Esta descoberta levantou a questatildeo de que o anel F poderia ser instaacutevel ou ateacute m esm o te r vida curta

Quanto agraves 46 luas de Saturno a Enceladus se uniu agrave Titatilde com o fonte de especulaccedilotildees sobre com o foram form adas um processo que lanccedila luz sobre o nascim ento da Terra e outros planetas rochosos que orbitam perto do Sol O poacutelo sul deste sateacutelite coberto de gelo eacute raiado com fendas profundas e longas apelidadas de ldquo listras de tig rerdquo

Sensores teacuterm icos m ostram que esta aacuterea eacute um ponto quente em bora ainda muito frio para os padrotildees da Terra e com uma atm osfera localizada de vapor d rsquoaacutegua A ideacuteia eacute que possa existir ali sob a superfiacutecie um oceano quente Mas com o isto teria acontecido Teoricam ente a Enceladus eacute m uito pequena para desenvolver calor interno suficiente para fazer isto A conferecircncia de cinco dias reuacutene ateacute sexta-feira membros da Sociedade Am ericana de Astronom ia e da Sociedade Real Britacircnica de Astronom ia

AFP

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 5

macroNOTIacuteCIAS

1deg astronauta brasileiro iraacute ao espaccedilo em abril

A primeira missatildeo de um astronauta brasileiro no espaccedilo seraacute em abril de 2006 A Agecircncia Espacial Brasileira (AEB) deve fechar nos proacuteximos dias um contrato com a agecircncia espacial russa para o envio do tenente-coronel Marcos Pontes agrave Estaccedilatildeo Espacial Internacional numa missatildeo da espaccedilonave Soyuz Pontes deve iniciar ainda este mecircs o treinamento na Ruacutessia Desde 1998 ele se prepara para uma missatildeo especial na Nasa (agecircncia espacial americana)

De acordo com o presidente da Agecircncia Espacial Brasileira Seacutergio Gaudenzi a missatildeo deve durar de uma a duas semanas Pontes vai levar 15 quilos de material de universidades e empresas brasileiras como a Petrobras para experimentos no espaccedilo

Aleacutem de trabalhar com as experiecircncias brasileiras Pontes deveraacute realizar tarefas especiacuteficas para a Estaccedilatildeo Espacial Internacional que ainda natildeo foram definidas Na estaccedilatildeo o astronauta deveraacute ter um canal especial de voz e viacutedeo para manter contato com o Brasil durante a missatildeo

Cometa Tempel 1 eacute soacute uma bola de neve dizem cientistas

O cometa Tempel 1 que no dia 4 de julho recebeu o impacto de um projeacutetil lanccedilado da sonda Deep Impact (Impacto Profundo) eacute soacute uma enorme bola de neve que vaga pelo espaccedilo revelaram hoje cientistas que participaram da elaboraccedilatildeo da missatildeo ldquoEm sua maior parte o cometa eacute muito poroso e estaacute vazio Em toda sua estrutura eacute formado por pequenos gracircnulos de gelordquo destacou Michael ArsquoHearn especialista da Universidade de Maryland numa teleconferecircncia

Os resultados do primeiro estudo feito de maneira direta sobre a estrutura de um cometa seratildeo publicados na revista Science ldquoO cometa eacute incrivelmente fraacutegil Tem menos densidade que uma bola de neverdquo disse ArsquoHearn

A sonda Deep Imapct partiu em direccedilatildeo ao cometa em janeiro de 2005 e 172 dias depois disparou um projeacutetil equipado com cacircmeras fotograacuteficas e instrumentos contra o corpo celeste Na colisatildeo um dos experimentos cientiacuteficos mais precisos realizados ateacute hoje foi observada por mais de 70 telescoacutepios na Terra pelos observatoacuterios espaciais da Nasa e pela sonda Rosetta da Agecircncia Espacial Europeacuteia

O estudo da estrutura do cometa foi motivado principalmente pela crenccedila de que estes corpos carregam os primeiros materiais da criaccedilatildeo do sistema solar Os cientistas destacaram que a anaacutelise do material lanccedilado pelo impacto identificou uma grande quantidade de moleacuteculas de carvatildeo Isto faz supor que outros cometas como o Tempel contecircm uma quantidade substancial de material orgacircnico e que este possivelmente chegou agrave Terra quando o impacto de asteroacuteides e meteoritos era algo comum disseram os cientistas

Na seacuterie de artigos que a Science publicaraacute os cientistas destacam que a anaacutelise da informaccedilatildeo recebida confirma que o cometa eacute um exemplar tiacutepico dos cometas da famiacutelia do planeta Juacutepiter

EFE

Primeiro Asteroacuteide com sateacutelites eacute descoberto

Astrocircnomos Americanos anunciaram hoje terem descoberto sateacutelites orbitando um grande asteroacuteide A descoberta na verdade eacute de trecircs asteroacuteides com orbitas que se parecem a planetas com sateacutelites

O grupo de asteroacuteides chamado 87 Sylvia eacute um dos maiores asteroacuteides que orbitam o sol entre Marte e Jupiter tem o formato de uma batata com 280 quilocircmetros de diacircmetro Ele foi descoberto em 1866

A primeira lua foi descoberta quatro anos atraacutes a segunda foi anunciada hoje

Seacutergio A Caixeta | Astronomus Brasilissca ixeta ibestcom br

6 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

Pergunte aosAstros

Qual a configuraccedilatildeo miacutenima de um telescoacutepio para observar com detalhe os planetas do Sistema Solar

Denis 20 anos ManausAM

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Denis a olho nu eacute possiacutevel observar 5 ou 6 planetas (Mercuacuterio Vecircnus MarteJuacutepiter Saturno eou Urano) como sendo um ponto luminoso semelhante a uma estrela Urano eacute o sexto e uacuteltimo que pode ser visiacutevel a olho nu na magnitude limite do olho a depender da acuidade visual de cada observador Tambeacutem conseguimos observar e diferenciar a cor e o brilho destes planetas

Com um bom binoacuteculo 10x50 jaacute podemos distinguir a forma ovalada de Saturno e vemos a sua lua Titatilde Tambeacutem observamos o disco de Juacutepiter e suas 4 luas galileanas aleacutem das fases de Vecircnus Comeccedilamos a observar Netuno como uma pequena estrela

Com uma pequena luneta de 50 mm de abertura e 50 x podemos separar os aneacuteis de Saturno do corpo do planeta (os aneacuteis ainda visiacuteveis como se fosses um uacutenico anel) ver dois cinturotildees de Juacutepiter e observar as fases de Mercuacuterio

Aumentando para um telescoacutepio de 120mm observamos com 100 x ou mais a calota polar de Marte e manchas na sua superfiacutecie mais cinturotildees e detalhes das nuvens de Juacutepiter e a Grande Mancha Vermelha Tambeacutem distinguimos os aneacuteis A B a C de Saturno a divisatildeo de Cassini entre o A e o B uma ou outra faixa no planeta e mais 4 ou 5 luas Comeccedilamos a ver o pequeno disco de Urano e Netuno ainda continua um pequeno ponto

Com aberturas maiores que 300 mm comeccedilamos a observar alguma alteraccedilatildeo de tonalidade em Urano em funccedilatildeo da presenccedila ou natildeo de nuvens mas de Netuno apenas o pequeno disco Comeccedilamos a observar Plutatildeo como um ponto

Somente grandes telescoacutepios conseguem observar detalhes das superfiacutecies de Urano e Netuno

Para estas observaccedilotildees se supotildee o uso de instrumentos de qualidade em noite de ceacuteu limpo escuro e sem turbulecircncia Para observaccedilatildeo de detalhes de planetas usamos a maior ampliaccedilatildeo que o instrumento pode fornecer ainda com qualidade de imagem por isso a importacircncia da qualidade do instrumento e do ceacuteu (condiccedilotildees atmosfeacutericas) A maior ampliaccedilatildeo que um instrumento pode fornecer eacute aproximadamente igual a sua abertura em miliacutemetros vezes 25 (exemplo uma luneta de 60mm fornece no maacuteximo 150x um telescoacutepio de 200mm 500x) Estas observaccedilotildees ainda requerem um certo treino do olho do observador Natildeo espere observar tudo isso (nem metade disso) com qualquer luneta barata em qualquer noite e dentro de uma cidade com toda a sua poluiccedilatildeo luminosa

Por ldquoZecarsquo Joseacute Agustoni | Revista macroCOSMOcomagustoniyahoocom

Para enviar suas duacutevidas astronocircmicas para a seccedilatildeo ldquoPergunte aos astrosrdquo envie um e-mail para pergunterevistamacrocosmocom acompanhado do seu nome idade e cidade onde reside As questotildees poderatildeo ser editadas para melhor compreensatildeo ou limitaccedilatildeo de espaccedilo

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 7

Pergunte aosAstros

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V Resido em Campo MouratildeoPR distante de 100 km de Maringaacute que eacute cortada pela linha do Troacutepico de Capricoacuternio Gostaria de saber como utilizar um mapa estelar para localizar as Trecircs Marias aleacutem

3 I de identificar e gravar as principais constelaccedilotildees e suas estrelasQuais satildeo os melhores livros recomendados para introduccedilatildeo da

-Astronomia Amadora

Sidney Kuerten 18 anos Campo MouratildeoPR

Sidney os softwares planetaacuterios satildeo oacutetimas ferramentas para explorar o ceacuteu Satildeo muitas vezes freewares que mostram o ceacuteu como ele eacute visto das coordenadas

de suas localidade e na hora que desejares observar Um muito bom e gratuito eacute o ldquoCartes du Cielrdquo (possui a versatildeo em portuguecircs do Brasil)

httpwwwstargazingnetastropcdownloadhtml irsquo Faccedila o download do pacote baacutesico (satildeo 14 MB) e efetue a instalaccedilatildeo Quando

for solicitado insira as coordenadas de sua cidade e o fuso horaacuterio correspondente Para comeccedilar a localizar as constelaccedilotildees e suas principais estrelas imprima mapas das dias e horaacuterios que pretende observar Nesta eacutepoca por volta das 20h (horaacuterio de Brasiacutelia) observar uma estrela brilhante e avermelhada bem no alto do ceacuteu (no zecircnite) Antares que faz parte da constelaccedilatildeo do Escorpiatildeo Partindo desta estrela vai perceber uma sequumlecircncia de estrelas indo para o sul e depois para o oeste que fazem uma forma de gancho de quase um palmo de extensatildeo (meccedila com o braccedilo extendido) simbolizando a cauda com o ferratildeo do Escorpiatildeo A partir daiacute vocecirc teraacute a referecircncia de tamanho e posiccedilatildeo para as demais constelaccedilotildees que estejam ao redor Eacute a melhor maneira de identificar as constelaccedilotildees

As ldquoTrecircs Mariasrdquo fazem parte da constelaccedilatildeo de Oacuterion que nesta eacutepoca comeccedila a ser visiacutevel pouco antes do amanhecer no leste A melhor eacutepoca para vecirc-las eacute

mdash-o veratildeoPara os iniciantes na Astronomia um livro recomendado eacute o ldquoManual do

Astrocircnomordquo do Ronaldo Rogeacuterio Mouratildeo que caso vocecirc natildeo encontre em sua cidade poderaacute encomenda-lo pela internet em alguma livraria virtual

Na internet vocecirc pode encontrar muito material pesquisando em sites de busca por ldquoastronomia amadorardquo Outras sugestotildees satildeo os grupos virtuais de discussatildeo sobre Astronomia Um bastante conhecido eacute o Urania_BR aberto a todos

bull interessados em discutir sobre todos assuntos relacionado com a Astronomia httpbrgroupsyahoocomgroupurania_br

Por ldquoZecarsquo Joseacute Agustoni | Revista macroCOSMOcom agustoniyahoocom

Para enviar suas duacutevidas astronocircmicas para a seccedilatildeo ldquoPergunte aos astrosrdquo envie um e-mail para pergunterevistamacrocosmocom acompanhado do seu nome idade e cidade onde reside As questotildees poderatildeo ser editadas para melhor compreensatildeo ou limitaccedilatildeo de espaccedilo

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8 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

macroEVENTOS m

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Participantes atentos agraves palestras do XXI Encontro da SAB

XXXI Encontrod a C A D

REUNINDO TRABALHOS DE ASTRONOMIA DE TODO BRASIL W I l V

Fernanda Calipo | Revista macroCOSMOcom fecalipohotmailcom

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Aacuteguas de LindoacuteiaSP foi o ponto de encontro de 295 congressistas que participaram do XXXI Encontro da SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira realizada de 31 de julho a 4 de agosto no Vacance Hotel

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 9

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REacutesmacroEVENTOS]

Foram 280 trabalhos divididos em 50 orais e 230 pocircsteres dos quais parte das pesquisas em Astronomia se concentram nas aacutereas de Astrofiacutesica Estelar Astronomia Extragalaacutetica Meio Interestelar Sistema Solar Instrumentaccedilatildeo A strom etria e A stronom ia D inacircm ica Eacute importante ressaltar a crescente demanda de trabalhos observacionais e sobre Ensino Histoacuteria e Divulgaccedilatildeo de Astronomia que receberam um destaque especial no Encontro com uma tarde exclusiva para apresentaccedilotildees orais somente sobre temas afins

Natildeo podemos deixar de citar que Naelton Mendes de Arauacutejo (RJ) redator da Revista m acroCOSMOcom apresentou um pocircster sobre algum as iniciativas da d ivulgaccedilatildeo astronocircm ica entre e las a R evis ta macroCOSMOcom ldquoUracircnia ENAST e Revista macroCOSMOcom experiecircncias virtuais em divulgaccedilatildeo cientiacuteficardquo

A SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira foi fundada em 1974 pela com unidade de astrocircnomos brasileiros e desde entatildeo tem promovido reuniotildees anuais para discussotildees de trabalhos cientiacuteficos aleacutem da promoccedilatildeo de simpoacutesios reuniotildees de trabalho e servir de contato com os oacutergatildeos vinculados agrave pesquisa no paiacutes A tu a lm en te a SAB conta com ap rox im ad am en te 400 soacutecios D estes aproximadamente 200 satildeo portadores do tiacutetulo de Doutor em Ciecircncias ou estatildeo em vias de obter a titulaccedilatildeo

ldquoA Reuniatildeo Anual da SAB eacute o evento mais importante da Astronomia Brasileira Uma oportunidade iacutempar para que seus membros divulguem seus trabalhos e possam discutir tem as de interesse geral da com unidade astronocircmica Para os astrocircnomos jovens ainda em form accedilatildeo trata-se de uma excelente

Prof Liacutecio da Silva presidente da SAB

10 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

Naelton Mendes de Araujo expondo seu trabalho sobre divulgaccedilatildeo astronocircmica virtuais destacando o trabalho da lista de discussatildeo Uracircnia Brasil os ENASTs (Encontros Nacionais de Astronomia) e a Revista MacroCOSMOcom

oportunidade para interagir com colegas mais experientesrdquo afirma o presidente da SAB Prof Dr Licio da Silva (ONMCT)

As reuniotildees da SAB tecircm como objetivos principais como a apresentaccedilatildeo e discussatildeo de trabalhos de pesquisa em andamento no paiacutes aleacutem de temas atuais de interesse da comunidade tais como a poliacutetica cientiacutefica do paiacutes a implantaccedilatildeo de novos te lescoacute p io s o d esenvo lv im ento de instrumentaccedilatildeo para os telescoacutepios jaacute existentes entre outros Outro objetivo eacute a reciclagem de conhecim entos a traveacutes da rea lizaccedilatildeo de conferecircncias de revisatildeo ou simpoacutesios sobre temas especiacuteficos Aleacutem da oportunidade do intercacircmbio de inform accedilotildees com os colegas da aacuterea os congressitas tiveram a oportunidade de participarem de conferecircncias dos mais variados temas inclusive internacionais entre elas

- ldquoA aurora da astrofiacutesica oacuteptica brasileirardquo Carlos Alberto Torres (LNA)

- ldquoThe Square Kilometer Array (SKA)rdquo Richard Schilizzi (International SKA Project Director Dwingeloo The Netherlands)

- ldquoSituaccedilatildeo da mulher na Astronomia brasileirardquo Adriana V R Silva (CRAAMMackenzie)

- ldquoStatus of SOAR and first sciencerdquo SO Kepler (IFUFRG S amp SOAR Telescope)

- ldquoCosmic magnetic fieldsrdquo Elisabete M G dal Pino (IAGUSP)

- ldquoInstrumentaccedilatildeo para o telescoacutepio G EM IN Irdquo Claacuteudia Mendes de Oliveira (IAGUSP)

- ldquoSimulating stellar photometric surveys with the TR ILEG A L coderdquo Leo Girardi (Observatoacuterio Astronocircmico di Trieste-INAF Itaacutelia)

- ldquoO sateacutelite CoRoT dia D menos um anordquo Eduardo Janot Pacheco (IAGUSP)

Paralelo agrave programaccedilatildeo do Encontro a CESAB - Comissatildeo de Ensino da SAB realizou mini-cursos para mais de 50 professores da regiatildeo como forma de estiacutemulo a reciclagem e capacitaccedilatildeo jaacute que a maioria tem formaccedilatildeo em outras aacutereas de exatas ou ciecircncias

CONTATOSSOCIEDADE ASTRONOcircMICA BRASILEIRAhttpwwwsab-astroorgbrRua do Matatildeo 1226 Cidade Universitaacuteria05508-900 Satildeo Paulo SPTel 011 3091 27 05 FAX 011 3091 28 60E-mail secretsab-astroorgbr

Fernanda Calipo Cossia eacute Jornalista publicitaacuteria locutora de raacutedio assessora de comunicaccedilatildeo e poacutes graduada em relaccedilotildees Puacuteblicas Trabalhou 5 anos na Universidade Metodista de Satildeo Paulo e acumulou experiecircncias para hoje atuar na aacuterea de assessoria de comunicaccedilatildeo para os mais diversos segmentos Atualmente ela dedica-se agrave especializaccedilatildeo na aacuterea de jornalismo cientiacutefico

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ISS - A Estaccedilatildeo EspacialInternacional

Daniel Bins | Cosmonaacuteutica binsbrgmailcom

A Estaccedilatildeo Espacial Internacional - ISS (International SpaceStation) eacute um projeto multinacional composto por 16 paiacuteses Estados Unidos Ruacutessia Japatildeo Canadaacute Dinamarca Noruega Beacutelgica Holanda Franccedila A lem anha Espanha Inglaterra Sueacutecia Suiacuteccedila e Brasil com um custo estim ado de 60 bilhotildees de doacutelares

A ideacute ia de c o n s tru ir um a e s ta ccedilatilde o e sp a c ia l in te rn a c io n a l su rg iu inicialmente no governo de Ronald Reagan durante os anos 80 e chamava- se Freedom (Liberdade) Posteriormente com a queda da Uniatildeo Sovieacutetica iniciou-se uma colaboraccedilatildeo entre os dois antigos rivais e em 1993 o projeto passou a se cham ar Alpha Posteriorm ente foi rebatizado com o ISS para dar uma aparecircncia m ultinacional para o nome da estaccedilatildeo

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DAS PRANCHETAS PARA O ESPACcedilO

A ISS comeccedilou a sair do papel com o projeto Shuttle-Mir A construccedilatildeo da ISS foi dividida em trecircs partes

Fase I (1994-1997) Os astronautas americanos fariam parte das tripulaccedilotildees da estaccedilatildeo espacial russa Mir sendo conhecido como projeto Shuttle- Mir Em junho de 1995 o ocircnibus espacial Atlantis na missatildeo STS-71 acoplou com a Mir Foi a segunda vez que uma nave americana acoplou com uma nave russa A partir daiacute no periacuteodo de 1 995 a 1 9 9 8 vaacuterias m issotildees a m erican as acoplaram na estaccedilatildeo russa e os astronautas americanos passaram a fazer parte das tripulaccedilotildees

da Mir Estes intercacircmbios tinham como objetivo os preparativos para a construccedilatildeo da estaccedilatildeo espacial internacional O recorde de permanecircncia no espaccedilo americano foi obtido pela astronauta Shannon Lucid que ficou 188 dias no espaccedilo dentro da estaccedilatildeo Mir em 1996 O moacutedulo Spektr foi utilizado como moacutedulo de habitaccedilatildeo pelos astronautas americanos O astronauta Norman Thagard foi o primeiro americano a decolar numa nave russa fazendo parte da missatildeo Soyuz TM- 21 em 1995 Da m esm a form a os russos passaram a fazer parte das tripulaccedilotildees dos ocircnibus espaciais americanos O primeiro deles foi Serguei Krikalev que fez parte da tripulaccedilatildeo do STS-60 em 1994

A experiecircncia ShuttleMIR

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Fase II (1997-1999) Iniacutecio da construccedilatildeo e estabelecimento de uma estrutura miacutenima para 3 astronautas A estaccedilatildeo comeccedilaria a ser habitada quando o moacutedulo de serviccedilo estivesse em oacuterbita

Fase III (1999-2002) Teacutermino da construccedilatildeo da estaccedilatildeo com a chegada do moacutedulo de habitaccedilatildeo e dos moacutedulos cientiacuteficos

Como podemos ver a fase 3 do projeto continua Os atrasos motivados pela crise econocircmica russa e pelo acidente do ocircnibus espacial Coluacutembia atrasaram consideravelmente o teacutermino da estaccedilatildeo

Os astronautas americanos passaram mais de1000 dias a bordo da estaccedilatildeo Mir Como resultado dezenas de sugestotildees foram implementadas para a construccedilatildeo da ISS Poreacutem muitos comentaacuterios negativos foram feitos Veja alguns deles

- Deveria existir um melhor suporte para os experimentos cientiacuteficos

- A agenda diaacuteria deveria ser feita pelo controle em terra e natildeo pela tripulaccedilatildeo

- O lixo e o armazenamento foram considerados um problema Um inventaacuterio de todo o equipamento com a sua localizaccedilatildeo deveria ser providenciado

- Para trabalhar de forma segura seria necessaacuterio uma melhor compreensatildeo do idioma russo Foi sugerido a utilizaccedilatildeo exclusiva do inglecircs para as tarefas na ISS

- Os astronautas am ericanos receberam treinamento limitado para reparos

- Eles receberam treinamento para serem passageiros e natildeo pilotos das naves Soyuz

- As atividades cientiacuteficas americanas foram limitadas devido a problemas de comunicaccedilatildeo com as equipes de controle em terra

- Natildeo existia comunicaccedilatildeo ldquohorizontalrdquo entre as organizaccedilotildees russas As inform accedilotildees iam diretamente de uma organizaccedilatildeo a outra sem as demais tomarem conhecimento

- Os astronautas americanos natildeo estavam satisfeitos com a comunicaccedilatildeo entre os membros da tripulaccedilatildeo e o controle em Terra

- A comunicaccedilatildeo entre a estaccedilatildeo e o controle em terra tinha seus defeitos Era impossiacutevel falar e ouvir outras pessoas durante uma videoconferecircncia

- A Ruacutessia limitou o acesso aos detalhes teacutecnicos sobre a estrutura da Mir Soyuz e Progress incluindo-se s istem as eleacutetricos mecacircnicos e sistemas de suporte vitais

- Os cosmonautas recebiam um bocircnus de1000 doacutelares a mais por cada tarefa considerada perigosa como uma saiacuteda no espaccedilo um mecircs a mais na estaccedilatildeo ou um acoplamento feito de form a m an u a l Is to seg u n do a N A SA aum entaria o risco ao qual os astronautas am ericanos estariam expostos dentro da estaccedilatildeo A colisatildeo com um cargueiro Progress em 1997 ocorreu devido a um erro durante um acoplamento manual

O INICIO DA CONSTRUCcedilAtildeO

O primeiro moacutedulo o russo Zarya financiado pelos Estados Unidos foi lanccedilado em novembro de 1998 O moacutedulo seguinte o norte americano Unity foi enviado em dezembro de 1998 Para levar o moacutedulo Zarya ao espaccedilo foi utilizado um foguete Proton Para levar o Unity foi utilizado um ocircnibus espacial americano

A estaccedilatildeo foi colocada numa oacuterbita terrestre baixa em torno de 300 km de altura com inclinaccedilatildeo de 516 graus Este grau de inclinaccedilatildeo eacute bem maior que o do ocircnibus espacial e foi utilizado por causa dos russos devido ao local de lanccedilamento das naves Como a maioria era lanccedilada do Casaquistatildeo que era a repuacuteblica mais ao sul da URSS o caminho

dos foguetes natildeo atravessava nem a Mongoacutelia nem a China Isso quer dizer que em caso de falhas os foguetes cairiam dentro do territoacuterio sovieacutetico e natildeo nos paiacuteses vizinhos Como consequumlecircncia disso os foguetes russos utilizam sua maacutexima capacidade enquanto isso o ocircnibus espacial precisa gastar mais combustiacutevel para atingir a estaccedilatildeo

Um intervalo de 1 ano e meio ocorreu ateacute a chegada do proacuteximo componente o moacutedulo de habitaccedilatildeo russo Zvezda apenas enviado em julho de 2000 devido a dificuldades financeiras russas e a defeitos no foguete Proton durante o ano de 1999 O Zvezda originalmente tinha sido planejado para substituir a estaccedilatildeo espacial Mir sendo muito parecido com ela

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A configuraccedilatildeo atual da ISS

Estando o moacutedulo de serviccedilo acoplado agrave estaccedilatildeo comeccedilou a ocupaccedilatildeo da mesma sendo a primeira tripulaccedilatildeo transportada numa nave Soyuz e a partir daiacute as demais tripulaccedilotildees foram transportadas pelos ocircnibus espaciais Periodicamente os russos lanccedilariam naves Soyuz pois a vida uacutetil de cada uma eacute de 6 meses Isso permaneceria assim ateacute o acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia

Para abastecer a estaccedilatildeo satildeo utilizados ocircnibus espaciais americanos e naves cargueiras russas Progress Enquanto se estaacute na fase de construccedilatildeo a tripulaccedilatildeo eacute de 3 tripulantes mas se espera que ao concluir a estaccedilatildeo possa abrigar 6 tripulantes

Os lanccedilamentos satildeo feitos desde o coacutesmodromo de Baikonur e desde Cabo Canaveral na Floacuterida O controle das missotildees eacute feito desde Houston no Texas e desde Korolev proacuteximo a Moscou Os norte- am ericanos possuem sateacutelites que permitem

comunicaccedilatildeo 24 horas e os russos utilizavam o mesmo recurso na eacutepoca da Mir Atualmente a comunicaccedilatildeo eacute obtida quando a estaccedilatildeo estaacute sobre a aacuterea de cobertura das estaccedilotildees de comunicaccedilatildeo russas

No final de 2000 foram acrescentadas as estruturas Z1 Truss P6 Truss paineacuteis solares PVA A primeira tripulaccedilatildeo chegou no final de outubro

Em 2001 a estaccedilatildeo recebeu o moacutedulo cientiacutefico Destiny o braccedilo robocirc canadense o Airlock e o Docking Compartment russo Pirs aleacutem da parte central da larga estrutura de segmentos o S0 T russ Em 08 de outubro de 2001 os cosmonautas Vladimir Dezhurov e Mikhail Tyurin se tornaram os primeiros tripulantes a conduzir uma caminhada espacial fora da estaccedilatildeo espacial internacional O primeiro cientista a bordo foi a bioquiacutemica Peggy Whitson da NASA

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No ano seguinte foi a vez de receber mais segmentos o S1 e o P1 O acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia em fevereiro de 2003 paralisou momentaneamente a montagem do complexo que em grande parte depende dele

Mesmo em construccedilatildeo a ISS recebeu a visita de 2 turistas a bordo de naves Soyuz russas O primeiro foi o norte americano Dennis Tito em 2001 e o segundo foi o sul africano Mark Shuttleworth em 2002 Eles ficaram 7 dias no espaccedilo e pagaram 20 milhotildees de doacutelares pela viagem Dennis Tito tinha pagado para ir a estaccedilatildeo espacial Mir mas como ela foi derrubada em marccedilo de 2000 os russos o levaram ateacute a ISS Outros vocircos com turistas foram suspensos devido ao acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia

Com o novo governo americano do presidente Bush e o acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia a ISS sofre alguns cortes onde o moacutedulo de habitaccedilatildeo o moacutedulo de propulsatildeo e o CRV (Crew Return Vehicle) foram cancelados O plano do governo americano eacute concluir sua parte quando o moacutedulo Node 2 for entregue pois ele permite o acoplamento dos moacutedulos do Japatildeo e da Europa As centriacutefugas originalmente planejadas tiveram o mesmo destino A uacuteltima revisatildeo do projeto da estaccedilatildeo foi feita em julho de 2004

Os cortes foram causados pelo novo rumo adotado pelo governo americano em querer um programa de exploraccedilatildeo marciana mais robusto e que natildeo estaacute disposto a pagar pelos custos extras da estaccedilatildeo Os custos extras se devem a muitos fatores como a demora no lanccedilamento do moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda atrasado em 1 ano e os constantes aumentos no preccedilo da construccedilatildeo dos moacutedulos americanos

Com isso a utilizaccedilatildeo cientiacutefica da ISS fica comprometida pois para se desenvolver trabalhos seacuterios seria necessaacuterio uma tripulaccedilatildeo maior Atualmente apenas 3 astronautas podem ocupar a estaccedilatildeo pois eacute o maacuteximo que as caacutepsulas Soyuz com portam Se mais uma caacutepsula fosse disponibilizada entatildeo a tripulaccedilatildeo poderia ser aumentada para 6 pessoas Isso implica numa maior participaccedilatildeo dos russos no projeto

Poreacutem devido ao acidente com o ocircnibus espacial a tripulaccedilatildeo teve que ser reduzida a duas pessoas Desta forma a quantidade de lanccedilamentos de

cargueiros de reabastecimento Progress pode ser mantida A cada 3 meses os russos lanccedilam um sateacutelite cargueiro natildeo tripulado levando comida aacutegua combustiacutevel e equipamentos para a estaccedilatildeo Com uma tripulaccedilatildeo de 3 a periodicidade dos vocircos deveria ser maior o que acarretaria maiores custos para os russos

As tripulaccedilotildees atuais permanecem 6 meses na estaccedilatildeo Antes do acidente em media uma tripulaccedilatildeo permanecia entre 3 e 4 meses no espaccedilo

O CRV seria um ocircnibus espacial em miniatura que seria utilizado apenas em caso de emergecircncia para a tripulaccedilatildeo da ISS abandonar a estaccedilatildeo e retornar em seguranccedila para a Terra Jaacute o moacutedulo de propulsatildeo foi projetado pensando-se na possibilidade do fracasso do moacutedulo russo Zvezda mas natildeo foi concluiacutedo Para retornar agrave Terra em caso de emergecircncia utilizam-se as naves russas Soyuz

Apesar da Ruacutessia gastar o equivalente a 6 do custo total do projeto ela vai ter direito a utilizar 30 dos recursos da estaccedilatildeo Isso se deve ao custo de construccedilatildeo dos moacutedulos que eacute bem menor que nos EUA e agrave forma de lanccedilamento Um foguete Proton custa em torno de 50 milhotildees de doacutelares Um lanccedilamento do ocircnibus espacial implica em gastos de 500 milhotildees de doacutelares O total de moacutedulos e componentes da estaccedilatildeo eacute de 36 A parte russa eacute composta de 11 moacutedulos Destes provavelmente 2 teratildeo ajuda da iniciativa privada e 1 foi financiado pelos EUA (Zarya)

A PARTE DE CADA UM

A parte que seraacute construiacuteda pelos Estados Unidos inclui o moacutedulo cientiacutefico Destiny Z1 Truss Node 1 (Unity) e Node 2 uma estrutura metaacutelica de 96 metros de comprimento composta de 10 segmentos para acomodar os paineacuteis solares e o Airlock Para colocar sua parte no espaccedilo os norte americanos utilizaratildeo seus 3 ocircnibus espaciais (Discovery Atlantis e Endeavour) O Coluacutembia era o uacutenico da frota que natildeo estava preparado para acoplar com a estaccedilatildeo espacial O custo da parte norte americana deve ser no miacutenimo de 11 bilhotildees de doacutelares

A parte russa da estaccedilatildeo seraacute composta por um moacutedulo de comando e controle (Zvezda) que seraacute utilizado como habitaccedilatildeo durante a construccedilatildeo da estaccedilatildeo 2 moacutedulos cientiacuteficos baseados nas naves

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Soyuz 1 moacutedulo de carga (Zarya financiado pelos Estados Unidos) um moacutedulo com vaacuterios pontos de acoplamento chamado Universal Docking Module 2 docking compartments uma nave Soyuz de emergecircncia para abandonar a estaccedilatildeo enquanto ela estiver em construccedilatildeo uma estrutura para acomodar os paineacuteis solares chamada Scientific Power Plataform e talvez 2 moacutedulos comerciais feitos em parceria com as empresas norte americanas Boeing e Spacehab e as russas Energia e Khrunichev Os russos utilizaratildeo suas naves Soyuz para transportar os cosmonautas e as naves autom aacuteticas P rogress M para reabastecer a estaccedilatildeo

D evido a restriccedilotildees o rccedilam en taacuterias os componentes do segmento russo podem sofrer reduccedilotildees ou ateacute ser excluiacutedos da configuraccedilatildeo final da estaccedilatildeo Com o acidente do ocircnibus espacial os americanos poderiam comprar naves russas Soyuz ou mais cargueiros Progress para suprir melhor a estaccedilatildeo Entretanto isso natildeo eacute possiacutevel pois existe uma lei americana que impede a NASA e outras empresas norte americanas de comprar tecnologia russa Isto ocorreu porque a Ruacutessia facilitou tecnologia nuclear para o Iratilde uma naccedilatildeo considerada do Eixo do Mal

A parte da Agecircncia Espacial Europeacuteia inclui um laboratoacuterio cientiacutefico um pequeno braccedilo robocirc a ser instalado no segmento russo e naves automaacuteticas de reabastecimento que acoplaratildeo no moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda Ao total o custo estimado da participaccedilatildeo europeacuteia eacute de 47 bilhotildees de doacutelares

As naves de carga automaacuteticas europeacuteias se chamaratildeo ATV e seratildeo lanccediladas por foguetes Ariane-5 da base de Kourou na Guiana Francesa

A parte japonesa inclui 1 laboratoacuterio cientiacutefico com uma plataforma para experimentos fora da estaccedilatildeo ao custo total de 31 bilhotildees de doacutelares

O Canadaacute iraacute fornecer um braccedilo robocirc de 18 metros de comprimento e uma estrutura composta de trilhos para deslocar o braccedilo pela estrutura metaacutelica da estaccedilatildeo O custo da contribuiccedilatildeo canadense eacute de 1 bilhatildeo de doacutelares

A Itaacutelia construiu 3 moacutedulos logiacutesticos denominados MPLM (Multi Purpose Logistics Module) batizados Leonardo Rafaello e Donatello ao custo de 550 milhotildees de doacutelares Em troca dos moacutedulos a Itaacutelia poderaacute mandar seus astronautas para a estaccedilatildeo

O Brasil inicialmente iria construir paletas para colocar experimentos fora da estaccedilatildeo (Express Palet) ao custo de 120 milhotildees de doacutelares Cada paleta com peso de 1 tonelada e vida uacutetil estimada de 10 anos poderia levar 6 cargas de 225 Kg Tambeacutem teria um astronauta proacuteprio o tenente aviador Marcos Cesar Pontes que foi treinado para subir para a estaccedilatildeo atraveacutes do ocircnibus espacial e foi escolhido em 1998 Poreacutem devido a problemas orccedilamentaacuterios a participaccedilatildeo do Brasil foi reduzida a 21 equipamentos menores que seratildeo construiacutedos sem custo pelo SESI Quanto ao astronauta brasileiro foram feitas negociaccedilotildees com a agecircncia espacial russa para enviar Marcos Pontes em uma nave Soyuz em abril de 2006

Astronauta brasileiro Marcos Pontes escalado para a 13deg expediccedilatildeo agrave ISS conforme acordo

brasilerio com a Agecircncia Espacial Russa

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TRIPULACcedilOtildeES DA ISS

1deg Expediccedilaotilde31-10-2000Baikonur

O primeiro grupo permanente enviado agrave ISS foi transportado pela Soyuz TM -31 e composto pelo comandante norte americano Bill Sheperd e pelos russos Yuri Gidzenko e Serguei Krikalev Esta missatildeo preparou seus sistemas para utilizaccedilatildeo permanente e recebeu os primeiros paineacuteis solares feitos nos Estados Unidos e o moacutedulo laboratoacuterio norte americano Destiny A tripulaccedilatildeo permaneceu 140 dias 23 horas e 28 minutos no espaccedilo retornando para a Terra em 18 de marccedilo de 2001

2deg Expediccedilatildeo10-3-2001Cabo Canaveral

A 2deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante cosmonauta Yuri Usachev e os seus colegas norte americanos Susan Helms e James Voss Eles foram a bordo da STS-102 Discovery Durante sua missatildeo foi adicionado o CanadArm e o moacutedulo Quest (Joint Pressurized Airlock) Este grupo tambeacutem recebeu o primeiro turista espacial o milionaacuterio norte americano Dennis Tito Eles ficaram no espaccedilo 167 dias 6 horas e 41 minutos retornando agrave Terra em 22 de agosto de 2001

3deg Expediccedilatildeo10-8-2001Cabo Canaveral

A 3deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante norte americano Frank Culbertson e pelos russos Vladimir Dezhurov e Mikhail Tyurin Eles foram transportados agrave estaccedilatildeo pelo STS-105 Discovery Permanecircncia no espaccedilo de 128 dias 20 horas e 45 minutos retorno em 17 de dezembro de 2001

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4deg Expediccedilatildeo5-12-2001Cabo Canaveral

A 4deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Yuri Onufrienko e pelos norte americanos Carl E W alz e D an ie l W Bursch E les foram transportados para a estaccedilatildeo pelo S T S -108 Endeavour Permanecircncia no espaccedilo de 195 dias 19 horas e 39 minutos retorno em 19 de junho de 2002

5deg Expediccedilatildeo5-6-2002Cabo Canaveral

A 5deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Valery Korzun pela norte-americana Peggy Whitson e pelo russo Sergei Treschev Retornaram no dia 07 de dezem bro de 2 0 0 2 apoacutes permanecerem 184 dias 22 horas e 14 minutos no espaccedilo

6deg Expediccedilatildeo23-11-2002Cabo Canaveral

A 6deg Expediccedilatildeo foi comandada por mais um veterano da Mir Nikolai Budarin e seus colegas am ericanos Donald Pettit e Ken Bowersox Perm aneceram na ISS 161 dias 1 hora e 17 minutos retornando agrave Terra em 03 de maio de 2003

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7deg Expediccedilatildeo25-4-2003Baikonur

A 7deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Yuri Malenchenko e pelo norte americano Ed Lu Permaneceram no espaccedilo 184 dias 21 horas e 47 minutos retornando agrave Terra em 27 de outubro de 2003

8deg Expediccedilatildeo18-10-2003Baikonur

A 8deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Aleksandr Kaleri e pelo norte americano Michael Foale Retornou em 29 de abril de 2004 Permanecircncia de 194 dias 18 horas e 35 minutos

9deg Expediccedilatildeo18-4-2004Baikonur

A 9deg Expediccedilatildeo foi composta pelo engenheiro de vocirco norte americano Mike Fincke e pelo comandante russo Gennady Padalka Permanecircncia a bordo da ISS de 187 dias 21 horas e 17 minutos retornando em 23 de outubro de 2004

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10deg Expediccedilatildeo13-10-2004Baikonur

A 10deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante norte americano Leroy Chiao e pelo russo Salizhan Sharipov Retornaram agrave Terra em 24 de abril de 2005 apoacutes 192 dias 19 horas e 2 minutos

11deg Expediccedilatildeo14042005Baikonur

A 11deg Expediccedilatildeo eacute composta pelo comandante russo Sergei Krikalev e pelo norte americano John Phillips Seu retorno estaacute previsto para 7 de outubro de 2005 Serguei Krikalev eacute o novo recordista em permanecircncia no espaccedilo recorde este quebrado durante a missatildeo atual

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DADOS SOBRE A ISS ATEacute O FINAL DA EXPEDICcedilAtildeO 10

Aacuterea habitaacutevel 425 metros cuacutebicosDimensotildees 75 metros de largura entre os paineacuteis solares 275 metros de altura 438 metros do moacutedulo cientiacutefico Destiny ateacute o moacutedulo de serviccedilo Zvezda 513 metros com uma nave Progress acopladaPeso 18303 toneladasVocircos 16 vocircos norte americanos e 28 vocircos russosAtividades Extraveiculares 65 saiacutedas sendo 25 partindo de dentro do Ocircnibus Espacial totalizando 348 horas e 15 minutosExperimentos cientiacuteficos Ateacute o final da Expediccedilatildeo 7 em agosto de 2003 tinham sido feitos 129 experimentos

COMPONENTES DA ESTACcedilAtildeO

ZARYA20-11-199820000 Kg Baikonur - Proton

Moacutedulo russo tambeacutem conhecido como FGB (Functional Cargo Block em inglecircs) Possui 126 metros de com primento por 4 05 metros de diacircmetro e 2 paineacuteis solares Possui 2 acopladores 1 utilizado pelo moacutedulo Unity e outro que pode ser utilizado por naves Soyuz ou Progress

UNITY3-12-199820000 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Moacutedulo norte americano Possui 45 metros de comprimento por 66 metros de diacircmetro Possui 2 acopladores 1 utilizado pelo moacutedulo Zarya e outro que pode ser utilizado pelos ocircnibus espaciais americanos Este moacutedulo eacute feito inteiramente em alumiacutenio

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ZVEZDA12-7-200020000 Kg Baikonur - Proton

Moacutedulo russo tambeacutem conhecido como Service Module Possui 2 paineacuteis solares e 4 acopladores sendo que 1 na parte traseira e 3 na parte dianteira Possui 13 metros de comprimento e 405 metros de diacircmetro O Zvezda possui 14 janelas e seu interior eacute dividido em 3 compartimentos Possui cabines para os tripulantes e seraacute utilizado como moacutedulo de habitaccedilatildeo durante a construccedilatildeo da ISS

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Z1 TRUSS5-10-20008280 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Serve como central de com unicaccedilotildees do segmento americano Tambeacutem eacute utilizado como base para a estrutura P6 Truss Possui 4 giroscoacutepios utilizados para estabilizar a estaccedilatildeo e uma antena de telecomunicaccedilotildees Custo de 273 milhotildees de doacutelares

P6 TRUSS30-11-200017000 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Estrutura que serve para acomodar os radiadores e os imensos paineacuteis solares PVA (PhotoVoltaic Arrays) Satildeo ao todo 4 PVAs com comprimento de 73 metros de ponta a ponta e 3 radiadores Custo de 600 milhotildees de doacutelares

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DESTINY7-2-200114515 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Peccedila central da parte cientiacutefica da Estaccedilatildeo Espacial Internacional Feito em alumiacutenio possui 85 metros de comprimento peso de 14515 Kg e 45 metros de diacircmetro Possui 3 seccedilotildees ciliacutendricas e capacidade para alocar 24 racks com experimentos Responsaacutevel pelo controle da estaccedilatildeo em substituiccedilatildeo ao moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda

MPLM LEONARDORAFAELLODONATELLO10-3-20014100 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Os MPLM (Multi-Purpose Logistics Modules) foram construiacutedos pela Agecircncia Espacial Italiana ASI e pela empresa Alenia Aerospazio localizada em Turin na Itaacutelia Estes moacutedulos pressurizados servem para transportar e trazer carga para a Estaccedilatildeo Sua construccedilatildeo foi iniciada em 1996 Possuem 64 metros de comprimento por 46 metros de diacircmetro Podem transportar 91 toneladas de carga em 16 racks standard

CANADARM19-4-200117000 KgsCabo Canaveral - Space Shuttle

Primeira parte do braccedilo roboacutetico canadense ldquoCanadArmrdquo Este braccedilo com seus 177 metros de comprimento e suas 17 toneladas de peso seraacute utilizado para construir a estaccedilatildeo Anexado ao moacutedulo Destiny possui a singular capacidade de andar pelo moacutedulo o que aumenta seu raio de atuaccedilatildeoCusto de 600 milhotildees de doacutelares

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JOINT AIRLOCK QUEST12-7-20016500 KgsCabo Canaveral - Space Shuttle

Airlock (saiacuteda externa da estaccedilatildeo) anexa ao moacutedulo Unity Compatiacutevel com roupas espaciais americanas e russas Custo de 164 milhotildees de doacutelares

CO-1 PIRSDOCKING COMPARTMENT13-9-20015000 Kgs Baikonur - Proton

Moacutedulo russo que possui um pequeno airlock para saiacutedas extraveiculares compatiacutevel apenas com trajes russos Serve tambeacutem como ponto de acoplamento para naves Soyuz e Progress M Acoplado ao moacutedulo Zvezda Possui comprimento de aproximadamente 5 metros e diacircmetro maacuteximo de 280 metros Foi transportado para a estaccedilatildeo atraveacutes de um moacutedulo de serviccedilo Progress adaptado

S0 TRUSS5-6-200212247 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Primeira parte da estrutura principal da ISS composta por 9 partes Possui comprimento de 134 x 46 metros Nele foi fixado o Mobile Transporter que permite ao braccedilo robocirc CanadArm se deslocar pela estaccedilatildeo

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S1 TRUSS7-10-200215000Cabo Canaveral - Space Shuttle

Com prim ento de 137 metros peso de 15 toneladas eacute o terceiro componente da seccedilatildeo central da estaccedilatildeo composta por 11 peccedilas Foi anexado ao segmento S0 Possui 2 cameras de TV um segundo canal S-Band de comunicaccedilatildeo e o primeiro Thermal Radiator Rotary Joint

P1 TRUSS23-11-2002 12400 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Comprimento de 137 metros peso de 124 toneladas anexado ao segmento S0 Possui uma antena de UHF e da mesma forma que o segmento S1 possui radiadores e tambeacutem tem instalado o Crew and Equipment Translation Aid (CETA)

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FOGUETES

Foguetes empregados para levar naves e componentes para a ISS

SOYUZComprimento 345 m Diacircmetro 3 m Peso 297 toneladas Estaacutegios 3 ou 4 Carga uacutetil LEO 7 toneladas

Descriccedilatildeo dos sistemasPrimeiro estaacutegio 4 exaustores 42810 Kg 101600

kgf Isp 314 sec Tempo de Queima 118 segundos Isp(sl) 257 sec LoxKerosene Motores 1RD-107- 11D511P

Segundo estaacutegio 101160 Kg 103100 kgf Isp 319 segundos Tempo de Queima 286 segundos Isp(sl) 252 segundos LoxKerosene Motores 1 RD- 108-11D512P

Terceiro estaacutegio 25400 Kg 30400 kgf Isp 330 segundos Tempo de Queima 250 segundos Isp(sl) 0 segundos LoxKerosene Motores 1 RD-0110 (4) IkarFregatrdquo

HistoacutericoO Soyuz eacute um foguete da famiacutelia R7 composto

de 2 estaacutegios desenvolvido em 1963 capaz de co locar 7 to n e la d a s num a oacuterb ita de 200 quilocircmetros de altitude Foi utilizado para lanccedilar a p ro x im a d a m e n te m e ta d e das m issotildees espacia is tripu ladas e natildeo tripu ladas Os foguetes Soyuz tambeacutem foram utilizados para co locar em oacute rb ita s a teacute lite s m ilita res de reconhecimento

Fam iacuteliaR-7 8K71 Sputnik 8K71PS Luna 8K72 R-7A

8K74 Sputnik 8A91 Molniya 8K78 Vostok 8K72 Vostok 8K72K Molniya 8K78L Vostok 8A92 Polyot 11A 59 Voskhod 11A 57 M olniya 8K78MVostok 11A510 Vostok 8A92M Soyuz 11A511 Soyuz 11A514 Soyuz 11A511L Soyuz 11A511M Soyuz 11A511U Soyuz 11A511U2 Soyuz 11A511 UIkar Soyuz M

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PROTONComprimento 57 mDiacircmetro 42 mPeso 707 toneladasEstaacutegios 3 ou 4Carga uacutetil LEO 20 toneladasCarga uacutetil GEO 55 toneladas

Descriccedilatildeo dos sistemasPrimeiro estaacutegio 450510 Kg 1067659 kgf Isp

316 segundos Tempo de Queima 124 segundos Isp(sl) 267 segundos N2O4UDMH Motores 6 RD- 253-11D48

Segundo estaacutegio 167828 Kg 244652 kgf Isp 327 segundos Tempo de Queima 206 segundos Isp(sl) 230 segundos N 2O 4U D M H Motores 4 RD-0210

Terceiro estaacutegio 50747 Kg 64 260 kgf Isp 325 segundos Tempo de Queima 238 segundos Isp(sl) 230 segundos N 2O 4U D M H Motores 1 RD-0212

Quarto estaacutegio 14000 Kg 8670 kgf Isp 352 segundos Tempo de Queima 570 segundos Lox Kerosene Motores1 RD-58M

HistoacutericoOs foguetes Proton comeccedilaram a ser utilizados

em 1965 Foi o primeiro foguete sovieacutetico que natildeo foi baseado num miacutessil baliacutestico intercontinental O Proton pode utilizar 3 ou 4 estaacutegios e foi utilizado para a maioria das missotildees espaciais sovieacuteticas como as estaccedilotildees Salyut Mir e sondas espaciais Versotildees de 4 estaacutegios satildeo utilizadas para colocar em oacuterbita sateacutelites geoestacionaacuterios

O primeiro estaacutegio do Proton tem 6 motores e possui empuxo de 2 mil toneladas O terceiro estaacutegio pode colocar em oacuterbita cargas de 20 toneladas

Fam iacuteliaUR-100 Monoblock UR-500 Polyblock UR-500

UR -200 Proton 8K82 Proton 8K82K11S824 Proton 8K82K UR-700 UR-70011D54 UR-700RD- 350 UR-700RO-31 UR-900 UR-700M Proton 8 K 8 2 K 1 1S 8 6 U R -5 0 0 M K Proton 8K 8 2K 11S824M U R -100N U R -530 Proton 8K82K 11S861 Proton 8K82K11S824F Rokot Proton 8K82K 11S861-01 Proton 8K82KDM 1 Proton 8K82KDM3 Strela Proton 8K82K17S40 Proton 8K82KDM2 Proton 8K82KDM4 Proton 8K82KM

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SPACE SHUTTLEComprimento 56 m Diacircmetro 87m Peso 2040 toneladas Estaacutegios 2()Carga uacutetil LEO 275 toneladas ()

Descriccedilatildeo dos sistemasFoguetes de combustiacutevel soacutelido 2 SRB 589670 kg

1174713 kgf Isp 269 segundos Tempo de Queima 124 segundos Isp(sl) 237 segundos Motores de Combustiacutevel Soacutelido 1 SRB

Tanque externo (Shuttle External Tank) 750975 kg 0 kgf Isp 455 segundos Tempo de Queima 480 segundos Isp(sl) 363 segundos LoxLH2 Motores 0

Ocircnibus Espacial Shuttle Orbiter Gross 99318 kg 696905 kgf Isp 455 segundos Tempo de Queima 480 segundos Isp(sl) 363 segundos Lox LH2 Motores 3 SSME

HistoacutericoO sistema do ocircnibus espacial eacute composto por 2

foguetes la tera is de com bustiacuteve l soacutelido denominados SRB (Solic Rocket Booster) que impulsionam a nave durante a fase inicial da subida Ao se esgotar o combustiacutevel satildeo ejetados e o Shuttle utiliza seus 3 motores SSME alimentados pelo imenso tanque de combustiacutevel de cor laranja para completar o resto da subida ateacute atingir a oacuterbita terrestre

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m 7 MASTRONAUTICA

NAVES ESPACIAIS

Veja a seguir a descriccedilatildeo das naves tripuladas utilizadas para chegar na ISS

SOYUZ TMAPeso 7250 Kg Comprimento 75 m Diacircmetro 27 m Aacuterea uacutetil 9 m3

Descriccedilatildeo dos sistemasAs Soyuz satildeo compostas por 3 moacutedulos O

moacutedulo de descida com capacidade para 3 cosmonautas tem 22 m de comprimento por 22 m de diacircmetro Pesa 3000 Kg e possui 4 m3 Possui paacutera-quedas para descida sistemas de telemetria e um periscoacutepio digital O pouso eacute amortecido por motores de combustiacutevel soacutelido utilizados no final da descida Os cosmonautas utilizam roupas pressurizadas na decolagem e descida O moacutedulo orbital tem 3 metros de comprimento por 23 metros de diacircmetro Tem 5 m3 e pesa 1300 Kg Nele estaacute

instalado o sistem a de rendez vous Kurs composto de 2 antenas aleacutem de 1 janela O m oacutedulo de serviccedilo pesa 2 9 5 0 Kg e tem comprimento de 23 m e diacircmetro de 21 m A Soyuz utiliza como fonte de energia paineacuteis solares de 10 m2 e consome em meacutedia 060 Kw

HistoacutericoDesenvolvidas nos anos 60 as Soyuz foram

criadas para fazer viagens da Terra para a Lua mas acabaram sendo utilizadas para levar cosmonautas para as estaccedilotildees espaciais Salyut e Mir Satildeo utilizadas atualm ente para levar cosm onautas para a estaccedilatildeo espac ia l internacional Uma versatildeo natildeo tripulada da Soyuz denominada Progress eacute utilizada desde os anos 70 para reabastecer as estaccedilotildees espaciais russas

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SPACE SHUTTLEPeso Total 104328 kg Comprimento 372 m Envergadura 238 m Aacuterea uacutetil 72 m3T ripulaccedilatildeo 8 astronautas com tempo em oacuterbita 16 dias Combustiacutevel 21600 Kg Carga 21190 KgPeso do escudo teacutermico18500 Kg Sistema eleacutetrico baterias combustiacuteveis

Descriccedilatildeo dos sistemasOs ocircnibus espaciais foram produzidos para

transportar astronautas para o espaccedilo e lanccedilar ou reparar sateacutelites Seus primeiros estudos

foram nos anos 70 e o primeiro a ser construiacutedo o E n te rp rise nunca foi lan ccedilad o Foram construiacutedas 5 naves a prim eira cham ada Coluacutembia fez seu vocirco inaugural em 12 de abril de 1981 e foi destruiacutedo durante o retorno a Terra em fe v e re iro de 2 0 0 3 D epo is v ie ram a Challenger destruiacutedo em 1986 Discovery Atlantis e o Endeavour construiacutedo para substituir o Challenger Em 1995 o Discovery foi o primeiro ocircnibus espacial a acoplar com uma estaccedilatildeo espacial ao unir-se agrave estaccedilatildeo Mir Foram feitas 9 missotildees durante 3 anos no projeto conjunto Shuttle-Mir Atualmente transportam peccedilas e tr ip u la ccedil otilde e s para a E s taccedil atildeo E s p ac ia l Internacional

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m 7 MASTRONAUTICA

PROGRESS_MAs Progress possuem formato idecircntico agraves naves

Soyuz Possuem 7 metros de comprimento 27 metros de diacircmetro peso de 72 toneladas e uma aacuterea destinada aos suprimentos de 76 metros cuacutebicos Possui 2 paineacuteis solares com 10 metros quadrados de aacuterea que geram 13 KW de forccedila

As Progress levam suprim entos para aproximadamente 2 meses para uma tripulaccedilatildeo de

ateacute 3 cosmonautas Sateacutelites cargueiros satildeo na verdade versotildees natildeo tripuladas das naves Soyuz Foram fabricadas para reabastecer as estaccedilotildees esp ac ia is S a lyu t posterio rm ente a Mir e atualmente a ISS As Progress M aleacutem de terem uma carga uacutetil maior que sua antecessora podem transportar uma caacutepsula recuperaacutevel chamada Raduga que permite transportar de volta para a Terra experimentos feitos nas estaccedilotildees espaciais

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DA TERRA PARA O INFINITO

Para chegar da Terra ateacute a estaccedilatildeo espacial por enquanto existem dois centros espaciais o de Baikonur no Casaquistatildeo localizado na Aacutesia Central e o de Cabo Canaveral localizado na Floacuterida nos Estados Unidos Veremos um pouco da histoacuteria de cada um deles a seguir

Cabo CanaveralLatitude 2845 N Longitude 8053 WIniacutecio de operaccedilatildeo 1949

Cabo Canaveral eacute a maior e mais importante base espacial dos Estados Unidos Foi dela que partiram as missotildees lunares Apollo O Cabo Canaveral eacute utilizado para todos os lanccedilamentos tripulados Tambeacutem eacute utilizado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos

A escolha da base de lanccedilamentos foi feita em 11 de maio de 1949 Uma seacuterie de estaccedilotildees de rastream en to foi ins ta lada nas B aham as Oficialmente a base de Cabo Canaveral entrou em funcionamento em 01 de outubro de 1949 Os primeiros lanccedilamentos de foguetes (V2 modificadas

do tipo Bumper) foram feitos em julho de 1950 Durante os anos 60 foram construiacutedas imensas instalaccedilotildees e plataformas para o programa lunar Apollo Nos anos 70 estas instalaccedilotildees foram aproveitadas para o programa do ocircnibus espacial A primeira vez que a base foi aberta ao puacuteblico foi em 19 de maio de 1961 Os primeiros testes do ocircnibus espacial foram feitos em 23 de julho de 1979 utilizando-se o ocircnibus espacial Enterprise (OV- 101)Os lanccedilamentos satildeo feitos com inclinaccedilatildeo miacutenima de 28 graus e maacutexima de 57 graus Existem plataformas para lanccedilar o Ocircnibus Espacial e foguetes Atlas Delta e Titan As principais plataformas satildeo as 39A e 39B utilizadas pelos imensos foguetes lunares Saturn V e atualmente utilizadas pelo ocircnibus espacial

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BaikonurLatitude 4563 N Longitude 6326 EIniacutecio de Operaccedilatildeo 1955

Localizado no Casaquistatildeo Baikonur eacute o maior cosmoacutedromo utilizado pela Ruacutessia para a maioria dos lanccedilamentos e por todos os lanccedilamentos tripulados

O cosmoacutedromo ocupa uma aacuterea aproximada de 7360 quilocircmetros quadrados numa aacuterea proacutexima ao rio Syr Darya na regiatildeo de Kyzl-Orda Oblast no Casaquistatildeo a 380 quilocircmetros da velha cidade de Baikonur O Cosmoacutedromo fica proacutexima do velho vilarejo de Tyuratam e da cidade de Zarya que foi rebatizada como Leninsk em 1958 e rebatizada como Baikonur em 1996

Inicialmente conhecido como Tashkent-50 a constuccedilatildeo foi iniciada em 12 de janeiro de 1955 Os construtores se referiam ao Cosmoacutedromo como Zvezdograd durante a eacutepoca da construccedilatildeo A cidade de Leninsk teve sua populaccedilatildeo ampliada de 50000 habitantes em 1975 para 75000 habitantes em 1990 A aprovaccedilatildeo para a construccedilatildeo do Cosmoacutedromo foi atraveacutes do Decreto do Conselho de Ministros da Uniatildeo Sovieacutetica nuacutemero 2 82 -181 no qual o complexo era chamado de Aacuterea de Teste nuacutemero 5 O primeiro lanccedilamento feito em Baikonur foi o de um foguete baliacutestico SS-6 em 15 de maio de 1957 mas o lanccedilamento falhou O primeiro lanccedilamento bem sucedido foi em 03 de agosto de 1957 Baikonur eacute comparado ao centro de lanccedilamentos de Cabo Canaveral na

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Floacuterida Estados Unidos devido a importacircncia e tam an h o mas o com plexo de B aikonur eacute consideravelmente mais extenso

O cosm oacutedrom o possui 9 com plexos de lanccedilamento incluindo 15 plataformas para os foguetes do tipo Soyuz Molniya Zenith Rockot Proton entre outros Aleacutem disso tem 11 linhas de

montagem e revisatildeo de sateacutelites e espaccedilonaves 3 pontos de abastecimento de combustiacutevel centro meacutedico para cosmonautas 2 aeroportos de grande porte plantas de nitrogecircnio oxigecircnio e gaacutes sistemas de abastecimento de energia eleacutetrica e aacutegua e para concluir um grande sistema de estradas e de vias ferroviaacuterias iJ

Daniel Sanchez Bins eacute o autor do site Cosmonaacuteutica dedicado ao programa espacial russo e usuaacuterio e colaborador da Espacialcomhttpwwwcosmonauticacjbnet

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Participe apoie divulgue o siteWWWCOMITEMARCOSPONTESCJBNET

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CAMPANHA NACIONAL DE APOIO AO 1D VOcircO ORBITAL DO ASTRONAUTA BRASILEIRO EA CONTINUIDADE DO BRASIL

NO PROJETO DA ESTACcedilAtildeO ESPACIAL INTERNACIONAL

A campanha ldquoSim eu quero vero verdee

amarelo no espaccedilordquo lanccedilada pelo Comitecirc

Marcos Pontes tem o objetivo de apoiar a

Agecircncia Espacial Brasileira na viabilizaccedilatildeo

do primeiro vocirco orbital do nosso astronauta

atraveacutes da continuidade da participaccedilatildeo

brasileira no projeto da Estaccedilatildeo Espacial

Internacional (EEI)

Para isso conta com a colaboraccedilatildeo da

populaccedilatildeo brasileira que pode manifestar

mobilizaccedilatildeo em prol da campanha assinando

um abaixo-assinado no site

wwwcomitemarcospontescjbnet

Decirc sua contribuiccedilatildeo Vamos apoiar o Brasil nesse projeto que traz oportunidades uacutenicas de estar agrave frente em experimentos e tecnologia de ponta

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copy N

AS

A

revista

PLANETOLOGIA

Planetas Extrasolares

Detecccedilatildeo Dinacircmica amp Origem

W alkiria Schulz | Revista macroCOSMOcomwschulzcettconaegovar

Cristiaacuten Beaugeacute | Colaboradorbeaugeoacuncoredu

Quantas vezes olhamos para o ceacuteu e nos perguntamos se estamos sozinhos neste Universo Quais satildeo as chances reais de existir outra civilizaccedilatildeo Para responder a estas e outras perguntas os astrocircnomos estatildeo se dedicando a uma nova aacuterea de pesquisa a Mecacircnica de Planetas Extrasolares A ideacuteia eacute desenvolver novas tecnologias capazes de detectar planetas eou sistemas planetaacuterios em outras estrelas e a partir daiacute estudar as caracteriacutesticas que possam representar condiccedilotildees ambientais de presenccedila de vida

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PLANETOLOGIA

A descoberta de planetas fora do nosso Sistema Solar eacute um fato recente Ateacute cerca de 10 anos atraacutes noacutes natildeo dispunhamos de instrumentos sensiacuteveis o suficiente para detectar corpos tatildeo pequenos distantes e pouco luminosos Foi necessaacuterio desenvolver aparelhos de detecccedilatildeo com uma precisatildeo jamais vista e anexaacute-los a telescoacutepios dedicados a este tipo de investigaccedilatildeo

Aleacutem de vislum brar a possibilidade de natildeo estarmos sozinhos os planetas extrasolares tambeacutem representam uma oportunidade para a M ecacircnica Celeste de estudar sistem as com dinacircmicas diferentes das encontradas no Sistema Solar Estes estudos podem vir a ser fontes de corroboraccedilatildeo de teorias cosmogocircnicas atuais que foram desenvolvidas baseando-se no conhecimento de um uacutenico sistema planetaacuterio o nosso

Ao comeccedilar a encontrar planetas extrasolares a primeira pergunta que surgiu foi estes novos objetos satildeo compatiacuteveis com as nossas ideacuteias de formaccedilatildeo planetaacuteria Para entender um pouco melhor esta questatildeo vamos comeccedilar falando sobre o que se sabe a respeito do nosso Sistema Solar

Teorias de Formaccedilatildeo do Sistema Solar

Existem trecircs formas de construir um modelo para explicar como se formou o Sistema Solar

1 A partir de modelos de formaccedilatildeo estelar extrapolando para a frente

2 A partir da estrutura atual do nosso Sistema Solar extrapolando para traacutes

3 Analisando e comparando as caracteriacutesticas de outros sistemas planetaacuterios em etapas distintas de evoluccedilatildeo

Na verdade todas estas possibilidades satildeo complementares e as informaccedilotildees provenientes de cada uma devem ser coerentes entre si

Modelos Comeccedilamos com uma nuvem proto- estelar similar agraves observadas na nebulosa de Oacuterion A interaccedilatildeo entre a contraccedilatildeo e a rotaccedilatildeo desta nuvem de material provocou um colapso que resultou em uma estrutura achatada onde a maioria da massa se encontrava no centro (proto-sol) enquanto o resto formava um disco ao redor

Dentro desta nuvem existiam dois componentes gaacutes (aproximadamente 96) e material soacutelido (4) A pressatildeo interna mantinha o equilibrio hidrostaacutetico do gaacutes mas natildeo das partiacuteculas soacutelidas que sofriam fricccedilatildeo com o gaacutes caindo no plano da nuvem e mais perto do proto-sol Como resultado deste processo o disco se dividiu em uma nebulosa gasosa exterior (formada de elementos como hidrogecircnio heacutelio e nitrogecircnio) e um disco compacto interno composto de partiacuteculas soacutelidas de mais ou menos 1 cm de raio (com elementos tais como carbono niacutequel e ferro)

A partir deste ponto existem duas possibilidades para a evoluccedilatildeo destas partiacuteculas ateacute planetesimais de raios entre 10 e 100 m No primeiro caso o conjunto de pequenas partiacuteculas continua caindo em direccedilatildeo ao plano ateacute formar um disco tatildeo denso que torna-se gravitacionalmente instaacutevel provocando um colapso do material em planetesimais maiores A segunda possibilidade sugere um processo mais lento onde a formaccedilatildeo de corpos maiores deu-se por colisotildees entre as partiacuteculas pequenas No entanto ambas teorias tecircm problemas e ainda natildeo

P R O T O -S O L (~ 9 9 M A S S A )

Formaccedilatildeo de um sistema planetaacuterio a partir de uma nebulosa primordial

N E B U L O S A P R IM O R D IA L (~ 1 M A S S A )

ocopy

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possuimos um bom modelo para explicar a transiccedilatildeo entre partiacutecu las de 1 cm e planetesim ais de 100 m de raio Este problema eacute conhecido em Inglecircs como o Meter Size Hurdle ou o obstaacuteculo do tamanho de um metro em uma traduccedilatildeo literal

No entanto in d ep en d en tem en te do mecanismo que produziu estes objetos a partir de uma populaccedilatildeo de planetesimais com raios entre 10 e 100 m sabe-se que a evoluccedilatildeo do disco rochoso se deu atraveacutes da com binaccedilatildeo entre gravitaccedilatildeo muacutetua e colisotildees Os corpos do nosso Sistema Solar apresentam uma seacuterie de evidecircncias destas colisotildees como fragmentaccedilotildees e crateras No entanto se a velocidade relativa entre os corpos eacute suficientemente pequena as colisotildees datildeo origem a um processo construtivo conhecido como acreccedilatildeo que eacute o mecanismo baacutesico de formaccedilatildeo planetaacuteria

A princiacutepio o processo de acreccedilatildeo soacute funciona para corpos soacutelidos e natildeo para o gaacutes No entanto e considerando que a temperatura do gaacutes decai com a distacircncia ao Sol existe um valor criacutetico desta distacircncia tal que a tem peratura do gaacutes seja suficientemente baixa para que a componente volaacutetil da nuvem condense Esta distacircncia criacutetica eacute conhecida como a ldquolinha do gelordquo e corresponde a aproximadamente 4 ou 5 UA Portanto aleacutem deste valor os elementos quimicos leves (eg HHeN)

Crateras na Lua evidecircncias de um periacuteodo decolisotildees

tambeacutem participaram do processo de acreccedilatildeo e deram origem a planetas ricos em elementos leves os chamados planetas Gigantes (Juacutepiter Saturno Urano e Netuno) Enquanto isso na regiatildeo mais proacutexima da proto-estrela os planetesimais jaacute apresentavam raios da ordem de 100 km e eram embriotildees planetaacuterios

Entre 6 e 10 milhotildees de anos de evoluccedilatildeo do sistema o proto-Sol entrou em uma fase conhecida como T-Tauri na qual a nuvem de gaacutes remanescente comeccedilou a se dissipar Assim as etapas finais de formaccedilatildeo dos planetas terrestres continuaram em um cenaacuterio praticamente livre de gaacutes A presenccedila do recentemente formado Juacutepiter tambeacutem afetou

SOLCOLISOES ENTRE OS EMBRIOtildeES PLANETAacuteRIOS

Juacutepiter

1

y -----

ACRECcedilAtildeO

y ------------

FRAGMENTACcedilAO

SOL Mercuacuterio Vecircnus Terra Marte Asteroides Juacutepiter ltgt

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PLANETOLOGIA

esta formaccedilatildeo planetaacuteria invertendo o proceso de acreccedilatildeo e provocando fragmentaccedilotildees nos embriotildees planetaacuterios que encontravam-se perto do planeta gigante Esta fragm entaccedilatildeo deu origem aos asteroacuteides que hoje encontramos entre as oacuterbitas de Marte e Juacutepiter Nos 100 milhotildees de anos seguintes os planetas terrestres se formaram

Em forma muito resumida este eacute o modelo cosmogocircnico mais aceito atualmente Ele consegue explicar a existecircncia de planetas gigantes e terrestres a localizaccedilatildeo dos planetas gigantes aleacutem de 4-5 UA oacuterbitas praticamente coplanares e circulares a presenccedila de asteroacuteides e objetos do cinturatildeo de Kuiper e a existecircncia de aneacuteis e sateacutelites No entanto existem alguns problemas Talvez o principal deles seja a impossibilidade de formar Urano e Netuno antes da dissipaccedilatildeo da nuvem de gaacutes Devido agrave baixa densidade de partiacuteculas soacutelidas e gaacutes na parte externa da nuvem o processo de acreccedilatildeo necessitaria tempos maiores que a idade do Sistema Solar A suposiccedilatildeo de que a nuvem primordial fosse mais massiva eacute pouco provaacutevel jaacute que seria necessaacuterio algum mecanismo para eliminar a massa restante depois da formaccedilatildeo dos planetas e natildeo conhecemos nenhum que seja eficiente neste sentido Uma outra alternativa para Urano e Netuno seria que os planetas gigantes natildeo se formaram por acreccedilatildeo e sim por instabilidade gravitacional do gaacutes Simulaccedilotildees com esta teoria levam a condiccedilotildees planetaacuterias diferentes das que encontramos nos planetas atuais A composiccedilatildeo quiacutemica de Saturno por exemplo eacute incompatiacutevel com os resultados das simulaccedilotildees Explicar as origens dos sistem as planetaacuterios eacute um dos problem as cientiacuteficos mais im portantes da atualidade (NASA 2003)

Dinacircmica Outra forma de estudar nosso Sistema Solar eacute atraveacutes de sua dinacircmica em particular sua estabilidade orbital Por estabilidade se entende que com o passar do tempo as oacuterbitas dos corpos maiores permanecem quase-circulares quase- planares e natildeo existe a possibilidade dos planetas se chocarem Procuramos indiacutecios de estabilidade orbital para tentar explicar a configuraccedilatildeo atual dos planetas e prever seu futuro

Na deacutecada de 90 foram realizadas vaacuterias simulaccedilotildees em computador da evoluccedilatildeo das oacuterbitas de todos os planetas por tempos da ordem da idade do Sistema Solar (Laskar 1994) A ideacuteia era corroborar que as oacuterbitas nuncam se cruzam No

ESTAacuteVEL

INSTAacuteVEL

Oacuterbitas estaacuteveis e instaacuteveis

entanto foi encontrado que existe a possibilidade de que em aproximadamente 36 bilhotildees de anos Mercuacuterio cruze a oacuterbita de Vecircnus Se natildeo houver um mecanismo de proteccedilatildeo natural eacute possiacutevel que os planetas se choquem e como consequumlecircncia a oacuterbita de Vecircnus sofreria grandes mudanccedilas podendo inclusive chocar-se com a Terra Embora estes resultados possam depender da modelagem utilizada sua conclusatildeo mais importante eacute que o Sistema Solar interno pode natildeo ser estaacutevel para sempre embora o seja por periacuteodos de tempo da ordem de 4 bilhotildees de anos

Seja o que for que aconteccedila daqui a 4 bilhotildees de anos o Sistema Solar eacute um dos sistemas dinacircmicos mais estaacuteveis que se conhece no Universo Sendo assim como eacute possiacutevel que um processo de formaccedilatildeo caoacutetico e colisional tatildeo sensiacutevel agraves condiccedilotildees iniciais decirc origem a um sistem a planetaacuterio tatildeo estaacutevel Apoacutes muitos anos realizando

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PLANETOLOGIA

simulaccedilotildees da uacuteltima etapa da formaccedilatildeo planetaacuteria sem conseguir obter nenhum Sistema Solar sinteacutetico que reproduza o nuacutemero correto de planetas nem sua estabilidade chegou-se agrave conclusatildeo de que as posiccedilotildees atuais dos planetas devem ter sido ldquodefinidasrdquo nas primeiras etapas do processo de acreccedilatildeo O problema eacute que realizar estudos destas etapas eacute tecn icam ente com plexo jaacute que eacute necessaacuterio simular a evoluccedilatildeo de milhotildees de partiacuteculas planetesimais por gravitaccedilatildeo e por colisotildees por periacuteodos de tempo muito grandes Os computadores de uso geral natildeo possuem velocidade de caacutelculo suficiente para realizar estas simulaccedilotildees A soluccedilatildeo foi construir super-com putadores especiacuteficos que pudessem ser utilizados para as simulaccedilotildees de formaccedilatildeo planetaacuteria O projeto japonecircs G R A PE tomou esta tarefa para si e desenvolveu um super-computador equivalente a 1 milhatildeo de PCs de hoje com capacidade de realizar simulaccedilotildees que levariam 2 anos em apenas 1 minuto

Entre os resultados preliminares do projeto GRAPE se destaca a conclusatildeo de que a interaccedilatildeo entre colisotildees e a dinacircmica de muitos planetesimais cria um fenocircmeno conhecido como repulsatildeo de em briotildees planetaacuterios Segundo esta teoria se a distacircncia entre dois proto-planetas eacute maior que um certo valor criacutetico d os dois corpos crescem por acreccedilatildeo alimentando-se dos planetesimais ao redor sem variar sua posiccedilatildeo relativa No entanto se a distacircncia inicial entre os dois proto-planetas eacute menor que aquele valor criacutetico os corpos se repelem e se afastam ateacute que a distacircncia entre eles seja maior que d Este processo suave e determiniacutestico poderia explicar a quantidade correta de planetas que encontramos hoje em oacuterbitas dinam icamente estaacuteveis

Resum indo embora ainda existam problemas natildeo resolvidos (Meter Size Hurdle formaccedilatildeo de Urano e Netuno) atualmente dispomos de um modelo de formaccedilatildeo planetaacuteria baseado em um processo de acreccedilatildeo de corpos soacutelidos que consegue reproduzir a maioria das caracteriacutesticas do nosso Sistema Solar Seraacute que o mesmo processo aconteceu em todos os sistemas planetaacuterios ou soacute aqui Natildeo existe garantia de que todos os planetas se formaram seguindo as mesmas condiccedilotildees mas a possibilidade de avaliar o que acontece em outras regiotildees do Universo abre toda uma nova perspectiva para a Mecacircnica Celeste

Os Planetas Extrasolares Conhecidos ldquo Zoologiardquo e Detecccedilatildeo

Em 1995 os astrocircnomos Michel Mayor e Didier Queloz do Observatoacuterio de Genebra descobriram o primeiro planeta extrasolar ao redor de uma estrela do tipo sequecircncia principal A estrela eacute 51 Pegasi (G2 distacircncia agrave Terra = 147 pc) e o planeta tem uma massa aproximadamente igual agrave metade da massa de Juacutepiter

No ano seguinte os americanos Geoffrey Marcy e Paul Butler descobriram mais dois planetas O primeiro orbita a estrela 70 Virgo (G5 distacircncia agrave Terra = 181 pc) e parece ter mais de 7 vezes a massa do nosso planeta gigante O segundo estaacute ao redor de 47 Uma (G0 distacircncia agrave Terra = 141 pc) e tem 25 vezes a massa de Juacutepiter

A populaccedilatildeo atual de planetas aleacutem do nosso Sistema Solar contabiliza ao redor de 160 objetos todos com massas inferiores a 18 vezes a massa de Juacutepiter Entre os casos mais interessantes encontram-se 15 sistemas planetaacuterios

- 12 sistemas com 2 planetas- 2 sistemas com 3 planetas (Ups And e GJ876)- 1 sistema com 4 planetas (55 Cnc)Curiosamente tambeacutem foram encontrados vaacuterios

planetas orbitando estrelas binaacuterias Entre eles podemos mencionar 16 Cyg B t Boo e y Cephei B

Nuacutemero de planetas extrasolares descobertos ateacute maio de 2005 copy Cristiaacuten Beaugeacute

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Recentemente foi descoberto um planeta orbitando uma estrela pertencente a um sistema estelar triplo

P ra ticam en te todos os p lanetas extrasolares conhecidos foram detectados por tracircnsito ou variaccedilatildeo da velocidade radial da estrela (Doppler) Existem outros meacutetodos de detecccedilatildeo que exigem configuraccedilotildees especiais de posiccedilotildees relativas mais dificieis de encontrar (por exemplo microlentes)

Eacute importante ter em conta que os planetas extrasolares tambeacutem conhecidos como exoplanetas satildeo objetos de luminosidade muito baixa Um planeta como Juacutepiter possui uma luminosidade equivalente a 10-9 da luminosidade do Sol Ou seja os exoplanetas natildeo satildeo observados diretamente A exceccedilatildeo eacute GQ Lupi observado com o Very Large Telescope - VLT

No entanto eacute possiacutevel perceber quando os planetas passam em frente ao disco da estrela Este eacute o meacutetodo de detecccedilatildeo via tracircnsito que permite medir o periacuteodo orbital (consequumlentemente o semi- eixo maior) e o raio do planeta As limitaccedilotildees deste meacutetodo incluem soacute eacute possiacutevel observar objetos em oacuterbitas a 90o com a esfera celeste eacute mais faacutecil detectar planetas gigantes e em oacuterbitas muito proacuteximas da estrela eacute muito difiacutecil (embora natildeo seja impossiacutevel) detectar mais de um objeto e este meacutetodo natildeo oferece dados sobre a excentricidade orbital

Existem vaacuterios projetos preocupados com a detecccedilatildeo de exoplanetas via tracircnsito e eacute muito

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GQ Lupi

provaacutevel que em um futuro proacuteximo a maioria dos planetas extrasolares seja descoberta por este meacutetodo Entre estes projetos um particularmente importante para o Brasil eacute o COROT Trata-se de um sateacutelite projetado pela CNES (Franccedila) com participaccedilatildeo de paiacuteses como Alemanha Auacutestria Beacutelgica Brasil e Espanha Com lanccedilamento previsto para junho de 2006 este sateacutelite levaraacute ao espaccedilo um telescoacutepio de 30 cm de diacircmetro Seu objetivo seraacute estudar Sismologia Estelar e Exoplanetas e para tanto a n a liza raacute as curvas de luz de aproximadamente 12 mil estrelas com magnitudes menores que 155 A populaccedilatildeo de estrelas a ser estudada ainda estaacute sendo definida pela comunidade cientiacutefica

Mesmo sendo invisiacuteveis os planetas extrasolares podem ser suficientemente massivos para provocar movimentos na estrela que possam ser detectados daqui da Terra Os meacutetodos de detecccedilatildeo indireta

se aproveitam do fato de que devido agrave presenccedila de um ou mais planetas a estrela se move ao redor do centro de massa do sistema

Embora natildeo possamos observar o planeta podemos deduzir suas massa e oacuterbita atraveacutes da mediccedilatildeo do movimento proacuteprio da estrela Observando as variaccedilotildees perioacutedicas na velocidade radial da estrela por efeito Doppler podemos estimar a velocidade orbital No entanto a velocidade medida por Doppler natildeo eacute a velocidade total e sim sua projeccedilatildeo sobre a linha que une a estrela ao observador Esta limitaccedilatildeo de medida provoca uma grande imprecisatildeo sobre as estimativas pois natildeo se conhece a inclinaccedilatildeo orbital em relaccedilatildeo agrave linha de visada

Sateacutelite COROT

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PLANETOLOGIA

Graacutefico dos planetas extrasolares detectados em unidades de massa de Juacutepiter por semi-eixo maior(J corresponde a Juacutepiter e S a Saturno) copy Cristiaacuten Beaugeacute

foi similar ao dos nossos planetas Segundo esta teoria apoacutes a formaccedilatildeo existiu um processo de Migraccedilatildeo Planetaacuteria que levou os corpos ateacute a sua localizaccedilatildeo atual com oacuterbitas muito excecircntricas No entanto para que esta hipoacutetese tenha sentido necessitamos uma evidecircncia dinacircmica de migraccedilatildeo e um mecanismo para tornaacute-la efetiva

Origem dos Planetas Extrasolares Hipoacutetese da Migraccedilatildeo

Com o objetivo de explicar os pequenos valores de semi-eixo maior e as altas excentricidades surge a Hipoacutetese da Migraccedilatildeo Existem trecircs propostas de mecacircnismos para explicar a migraccedilatildeo dos planetas ateacute suas posiccedilotildees atuais scattering planetaacuterio interaccedilatildeo com o disco de planetesimais e interaccedilatildeo com o disco de gaacutes

Scattering planetaacuterio No prim eiro caso imaginemos um cenaacuterio onde dois planetas gigantes encontram-se ao redor de uma estrela em oacuterbitas

As limitaccedilotildees dos meacutetodos de detecccedilatildeo de planetas extrasolares provocam uma espeacutecie de seleccedilatildeo natural sobre os objetos que conseguimos ver Assim a maioria dos exoplanetas apresenta grandes massas localiza-se perto das estrelas e tem oacuterbitas muito excecircntricas

O problema neste caso nem eacute tanto pela pouca quantidade de planetas tipo Juacutepiter ou Saturno encontrados (receacutem estamos em condiccedilotildees de observaacute-los) mas que a maioria dos exoplanetas descobertos tem c a ra c te riacutes tic as que consideraacutevamos impossiacuteveis de existir quando soacute conheciacuteamos o nosso sistema Temos planetas gigantes em oacuterbitas de planetas terrestres Temos excentricidades tatildeo altas quanto as de estrelas binaacuterias Como explicaacute-los

Existem duas escolas ou linhas de pesquisa Uma acredita que estes planetas foram formados por mecanismos diferentes dos do nosso Sistema Solar por exemplo via instabilidade gravitacional Esta linha eacute defendida principalmente por astrofiacutesicos estelares A segunda escola composta na maioria por dinacircmicos acredita que o processo de formaccedilatildeo

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PLANETOLOGIA

coplanares e com excentricidades pequenas Se estes planetas natildeo sofrem encontros proacuteximos entre si podemos supor que exista uma espeacutecie de acoplamento entre as suas excentricidades Isto significa que um planeta influenciacutea o outro de tal forma que se a excentricidade de um aumenta a do outro diminui O acoplamento e-e funciona como um mecanismo de proteccedilatildeo evitando encontros proacuteximos entre os planetas a menos que os semi- eixos sejam muito parecidos No caso em que os semi-eixos satildeo similares a interaccedilatildeo gravitacional eacute tatildeo forte que o acoplamento e-e natildeo consegue evitar encontros proacuteximos e podem ocorrer colisotildees com acreccedilatildeo de ambos planetas ou o scattering que significa a ejeccedilatildeo de um dos planetas Com o scattering o planeta que natildeo eacute ejetado do sistema se aproxima da estrela (diminuindo seu semi-eixo) e sua excentricidade aum enta Embora este mecanismo possa funcionar em casos isolados natildeo eacute geral o suficiente para explicar a migraccedilatildeo de tantos exoplanetas

Interaccedilatildeo com o disco de planetesimais Estemecanismo foi inicialmente proposto para explicar a migraccedilatildeo no nosso Sistema Solar Segundo esta teoria as interaccedilotildees gravitacionais entre os planetas gigantes (Juacutepiter Saturno Urano Netuno) e o disco de planetesimais remanescentes provocaram a ejeccedilatildeo final destes planetesimais para o cinturatildeo de Kuiper Como consequumlecircncia o semi-eixo maior de Juacutepiter diminuiu enquanto os semi-eixos de Saturno Urano e Netuno aumentaram Portanto os locais de formaccedilatildeo dos planetas teriacuteam sido diferentes dos atuais Os problemas com esta teoria satildeo numeacutericos Para que um exoplaneta migrasse de 4 ou 5 UA para perto da estrela a massa do disco primordial deveriacutea haver sido da ordem de 1 massa solar Aleacutem deste disco ser altamente instaacutevel este mecanismo de migraccedilatildeo natildeo explica as a ltas excen tric id ad es encontradas nos exoplanetas

Interaccedilatildeo com o disco de gaacutes No final dadeacutecada de 70 os astrocircnomos Peter Goldreich e Scott Trem aine analizaram a interaccedilatildeo entre planetas gasosos e um disco massivo de gaacutes (G oldreich e Trem aine 1979 e 1980) Eles encontraram que se essa interaccedilatildeo fosse muito forte a troca de energia e momento angular resultante poderia causar uma diminuiccedilatildeo draacutestica nos semi-eixos dos planetas Ao natildeo existir evidecircncia

de tal migraccedilatildeo planetaacuteria em nosso Sistema Solar esta teoria caiacuteu em descreacutedito No entanto a descoberta de outros sistemas planetaacuterios provocou o renascimento desta hipoacutetese de migraccedilatildeo e hoje ela eacute a preferida entre os cientistas que se dedicam a estudar os exoplanetas

O problema eacute que este tipo de migraccedilatildeo eacute muito raacutepida Ao causar uma migraccedilatildeo durante o processo de acreccedilatildeo dos planetas natildeo haveria tempo suficiente para completar a formaccedilatildeo antes destes caiacuterem na estrela A soluccedilatildeo encontrada para este problema foi propor um comportamento diferenciado Segundo este a migraccedilatildeo muda quando a massa do planeta eacute superior a 30 massas terrestres pois forma-se um buraco no disco que modifica a velocidade da migraccedilatildeo

A pergunta seguinte seriacutea e como freiar esta migraccedilatildeo Embora nenhuma resposta elegante tenha surgido nos uacuteltimos tempos umas das possibilidades em estudo eacute a de que natildeo haacute freio possiacutevel e o que estamos observando satildeo os Uranos e Netunos que ainda natildeo foram engolidos por suas estrelas

Concluiacutendo dadas as hipoacuteteses de formaccedilatildeo e os sistemas conhecidos hoje em dia podemos dizer que as oacuterbitas dos exoplanetas detectados natildeo satildeo compatiacuteveis com o processo de formaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do nosso Sistema Solar Por que O nosso sistem a eacute especial Ou soacute estam os detectando objetos viciados devido agraves nossas limitaccedilotildees instrumentais Parece que a descoberta de outros sistemas planetaacuterios abriu uma ldquocaixa de Pandorardquo trazendo mais perguntas que respostas

Juacutepiteres Quentes Binaacuterias e Outros Bichosrdquo (Planetas Habitaacuteveis)

Entre a ldquofaunardquo de objetos descobertos ao redor de outras estrelas alguns se destacam por caracteriacutesticas natildeo esperadas Se a nossa motivaccedilatildeo inicial era procurar planetas gecircmeos da Terra para averiguar se estamos ou natildeo sozinhos neste Universo qual natildeo foi a nossa surpresa ao perceber que muitos exoplanetas satildeo mundos jamais imaginados se quer por escritores de ficccedilatildeo cientiacutefica

Juacutepiteres Quentes Os primeiros objetos a surpreender os observadores terrestres foram os

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PLANETOLOGIA

entatildeo batizados Hot Jupiters ou Juacutepiteres Quentes em uma traduccedilatildeo literal Tratam-se de exoplanetas massivos muito proacuteximos da estrela (semi-eixo maior lt 01 UA) Segundo dados obtidos por Doppler estes corpos estariam em oacuterbitas quase circulares (excentricidade aproximadamente igual a zero) Uma combinaccedilatildeo de observaccedilotildees por Doppler e por tracircnsito indica que o raio destes planetas eacute muito maior que o esperado e existem evidecircncias de que estes estariam sendo aquecidos pela estrela Modelos atmosfeacutericos indicam que alguns dos Juacutepiteres Quentes mais proacuteximos de suas estrelas (semi-eixo maior lt 001 UA) podem estar sofrendo evaporaccedilatildeo de sua componente gasosa

Eacute praticamente impossiacutevel explicar a formaccedilatildeo in situ destes objetos A hipoacutetese de migraccedilatildeo eacute a melhor candidata mas eacute atraveacutes do estudo da dinacircmica destes corpos que se espera encontrar mais respostas A proximidade entre a estrela e um planeta tipo Juacutepiter Quente faz com que estes natildeo possam ser assumidos como massas puntuais Assim o estudo destes s istem as tem que considerar efeitos de mareacute como no conjunto Terra- Lua Estrelas do tipo solar tecircm velocidades de

rotaccedilatildeo da ordem de 27 dias Esta velocidade combinada com distacircncias menores que 017 UA sugerem que estes exoplanetas deveriam estar caindo em direccedilatildeo ao centro de massa do sistema As estimativas satildeo muito dependentes da estrutura interna das estrelas mas os caacutelculos atuais prevecircm um tempo de aproximadamente 100 milhotildees de anos para que as estrelas ldquoengulamrdquo seus planetas do tipo Juacutepiteres Quentes

Planetas em Estrelas Binaacuterias Atualmente se conhecem trecircs sistemas estelares binaacuterios (com distacircncia entre as estrelas lt 20 UA) com pelo menos um planeta gigante acoplado Em todos os casos os planetas se encontram proacuteximos agraves estrelas mais massivas de forma que natildeo existem problemas de estabilidade No entanto natildeo se sabe ainda como explicar a formaccedilatildeo destes objetos

Mais surpreendente ainda foi a detecccedilatildeo de um planeta orbitando uma estrela pertencente a um conjunto triplo Esta descoberta eacute tatildeo recente que os dados a respeito deste objeto ainda estatildeo sendo discutidos

Estima-se que aproximadamente metade das estrelas conhecidas sejam binaacuterias Uma vez que

Ilustraccedilatildeo de um planeta recentemente descoberto orbitando a Estrela 55 cancri

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algumas possuem planetas gigantes possiacuteveis de serem detectados nos perguntamos se podem exitir planetas do tipo terrestres ao redor das companheiras Esta pergunta nos leva ao objetivo final deste artigo a busca de planetas habitaacuteveis

Planetas Habitaacuteveis Existem duas questotildees- chaves quando comeccedilamos a falar neste assunto

1 Sob que condiccedilotildees uma estrela pode possuir um planeta habitaacutevel

2 Sob que condiccedilotildees um planeta pode ser habitaacutevel

Eacute necessaacuterio ter em conta que o criteacuterio de ldquohabitabilidaderdquo eacute completamente baseado no nosso conceito geocecircntrico de vida Nada impede que existam outros criteacuterios Apenas natildeo somos capazes de extrapolar o nosso conhecimento e imaginar outras condiccedilotildees para o desenvolvimento de vida

Um artigo muito esclarecedor sobre este assunto foi publicado recentemente por um astrocircnomo da Seacutervia e Montenegro (^ irk o v ireg 2005) Milan ^ irko v ireg define os limites do que se usa chamar de ldquozonas de habitabilidaderdquo na nossa proacutepria galaacutexia e demonstrou que o Sol ocupa uma posiccedilatildeo muito bem definida dentro desta regiatildeo Esta nova aacuterea de pesquisa aplica conhecim entos de Astrofiacutesica Dinacircmica e Astrobiologia

Para que uma regiatildeo da galaacutexia seja considerada como um possiacutevel berccedilaacuterio de planetas habitaacuteveis eacute importante combinar fatores que propiciam o desenvolvim ento de vida (por exemplo uma composiccedilatildeo quiacutemica baacutesica) junto com uma baixa incidecircncia de fatores que poderiam inviabilizar este processo (determinados niacuteveis de radiaccedilatildeo) Os tempos disponiacuteveis para a formaccedilatildeo de sistemas planetaacuterios tambeacutem satildeo considerados neste estudo

Estrela Secundaacuteria

p laneta

Oacuterbita do primeiro planeta descoberto ao redor de sistema binaacuterio Gamma Cephei O planeta dista da estrela 2 UA orbitando a mesma durante 25 anos A estrela secundaacuteria orbita a primaacuteria em uma oacuterbita entre 28 e 30 UA O tamanho do planeta e estrelas natildeo estatildeo em escala

Entre os criteacuterios de h ab itab ilidade para exoplanetas mais importantes estatildeo

1 Semi-eixo maior tal que exista aacutegua em forma liacutequida (Hart 1978) Este valor deveria estar entre 08 e 12 UA para um planeta em oacuterbita ao redor de uma estrela com massa solar

2 Oacuterbitas quase-circulares de tal forma que outros planetas possiacuteveis fontes de perturbaccedilatildeo se encontrem longe

3 Pelo menos 20 da superfiacutecie do planeta coberta por oceanos

A habitabilidade tambeacutem depende das idades do planeta e da estrela

B aseando-se nestes criteacuterios embora natildeo possamos observaacute-los diretamente podemos analisar se as estrelas com planetas gigantes conhecidos poderiacuteam ter planetas que satisfizessem estas condiccedilotildees Um estudo de 85 sistemas extrasolares com um ou mais planetas mostrou que aproximadamente 25 destes podem ter corpos pequenos em oacuterbitas estaacuteveis dentro da regiatildeo habitaacutevel (Menou e Tabachnik 2003) Nos casos estudados a principal causa de instabilidade eacute a presenccedila de corpos pertubadores em oacuterbitas muito excecircntricas Vale lembrar que a alta excentricidade eacute uma caracteriacutestica intriacutenseca da maioria dos planetas extraso lares conhecidos devido a lim itaccedilotildees dos instrum entos de detecccedilatildeo Considerando que este estudo foi realizado com base em uma populaccedilatildeo aparentemente viciada a proporccedilatildeo de de estrelas candidatas a abrigar ao menos um planeta habitaacutevel eacute muito promissora

Onde procurar mais informaccedilatildeo

The Extrasolar Planets Encyclopedia(Jean Schneider CNRS Paris)

httpcfa-wwwharvardeduplanetsencyclhtml

The Geneva Extrasolar Planet Search Programmes(M Mayor)

httpobswwwunigech~udryplanetplanethtml

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Comentaacuterios Finais

Os planetas que conhecemos hoje tiveram uma origem desenvolveram uma dinacircmica e foram detectados por noacutes em algum momento mais avanccedilado de suas existecircncias Esta eacute a ordem causal das coisas A origem destes objetos determinou caracteristicas intriacutensecas tais como suas localizaccedilotildees tipos de oacuterbitas e massas

O estudo da dinacircmica destes corpos trata de entender suas evoluccedilotildees orbitais estabilidades e efeitos sobre a estrela No entanto eacute a nossa capacidade de deduccedilatildeo que nos habilita a detectaacute- los Na praacutetica invertemos a ordem causal e a partir das caracteriacutesticas orbitais e de massa que detectamos aplicamos dinacircmicas conhecidas sobre estabilidade e evoluccedilatildeo orbital para tentar entender a origem destes corpos celestes Estamos fazendo uma espeacutecie de Arqueologia dos sistemas planetaacuterios buscando caracteriacutesticas dinacircmicas atuais que sejam indiacutecios do que aconteceu no passado

Eacute importante lembrar que o estudo dos planetas extrasolares representa uma aacuterea muito nova de conhecimento A primeira determinaccedilatildeo orbital

ldquoconfiaacutevelrdquo de um sistema muacuteltiplo exoplanetaacuterio data de 2001 Portanto ainda existem muitas perguntas sem respostas e satildeo muito poucas as que podemos responder completamente

As oacuterbitas estimadas dos exoplanetas sugerem formaccedilotildees eou evoluccedilotildees diferentes quando comparadas com o nosso proacuteprio Sistema Solar Embora apresente problemas a explicaccedilatildeo mais aceita pelos pesquisadores para a evoluccedilatildeo destes sistemas eacute a migraccedilatildeo Entre os mecanismos propostos o que melhor se encaixa nos dados disponiacuteveis eacute a hipoacutetese de migraccedilatildeo por interaccedilatildeo entre planetas e discos de gaacutes

Quanto agrave possibilidade de encontrarmos planetas s em elh an tes ao nosso a inda estam os engatinhando Nossa incapacidade instrumental vem sendo compensada pela criatividade teoacuterica Enquanto natildeo desenvolvemos aparelhos de medida capazes de detectar objetos tatildeo pequenos vamos elaborando criteacuterios de seleccedilatildeo para as estrelas onde devemos encontrar fontes mais promissoras De qualquer forma o importante eacute que natildeo perdemos de vista a ideacuteia de que ldquoencontrar-nos sozinhos neste imenso Universo seria um tremendo desperdiacutecio de espaccedilordquo (in Contato Carl Sagan) pound

Referecircncias

- Cirkovic MM (2005) Boundaries of the habitable zone unifying dynamics astrophysics and astrobiology In Dynamics of Populations of Planetary Systems Proceedings IAU Colloquium No 197 Z Knezevic amp A Milani Eds Cambridge University Press- Goldreich P e Tremaine S (1979) The excitation of density waves at the Lindblad and corotation resonances by an external potential The Astrophysical Journal 233 857-871- Goldreich P e Tremaine S (1980) Disk-satellite interactions The Astrophysical Journal 241 425shy441- Hart MH (1978) Habitable zones about main sequence stars Icarus 37 351357- Laskar J (1994) Large-scale chaos in the solar system Astronomy amp Astrophysics 287 L9-L12- Menou K e Tabachnik S (2003) Dynamics habitability of known extrasolar planetary systems The Astrophysical Journal 583 473-488- NASA 2003

Walkiria Schulz eacute astrocircnoma formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutora em Engenharia e Tecnologia Espaciais pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Atualmente trabalha para a Comisioacuten Nacional de Actividades Espaciales (CONAE - Argentina)

Cristiaacuten Beaugeacute eacute astrocircnomo formado pela Universidad Nacional de Coacuterdoba (UNC - Argentina) e doutor pelo Instituto de Astronocircmia Geofiacutesica e Ciecircncias Atmosfeacutericas (IAG) da Universidade de Satildeo Paulo (USP) Atualmente daacute aulas e realiza pesquisas no Observatoacuterio Astronoacutemico de Coacuterdoba (OAC - UNC)

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RetificaccedilatildeoCaros leitores a Revista macroCOSMOcom retifica

nesta ediccedilatildeo o artigo nomeado nCataacutelogo Jatobaacute publicado em nossa ultima ediccedilatildeo (Ano II - Ediccedilatildeo ndeg 21 - Agosto de 2005) por conter informaccedilotildees errocircneas redigidas pelos seus autores O cataacutelogo utilizado e nomeado pelos autores como Cataacutelogo Jatobaacute na realidade se chama Cataacutelogo REA-Brasil um cataacutelogo de objetos difusos para o Hemisfeacuterio Sul tendo sido preparado originalmente pelo astrocircnomo amador Tasso Napoleatildeo para a APAA (Associaccedilatildeo Portuguesa de Astrocircnomos Amadores) natildeo tendo em sua criaccedilatildeo nenhuma participaccedilatildeo de membros da Associaccedilatildeo de Amadores de Astronomia de Satildeo Paulo conforme citado no artigo mesmo porque essa entidade jaacute havia deixado de existir mais de vinte anos antes

O cataacutelogo foi criado por Tasso Napoleatildeo nos anos 90 e natildeo nos 80 conforme relatado pelos autores Subsequumlentemente agrave sua criaccedilatildeoesse cataacutelogo sofreu diversas atualizaccedilotildees sendo que a versatildeo publicada na uacuteltima ediccedilatildeo da Revista macroCOSMOcom estava tam beacutem desatua lizada Na presente ediccedilatildeo apresentamos aos leitores e por gentileza de seu criador Tasso Napoleatildeo a lista completa do nCataacutelogo REA-Brasil um cataacutelogo de objetos difusos para o Hemisfeacuterio Sulem sua uacuteltima revisatildeo feita em fins de 2004

Hemerson Brandatildeo Revista macroCOSMOcom

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ASTRONOMIAOBSERVACIONAL

Nebulosa do Esquimoacute

C a t aacute l o g o REA-BrasilUm cataacutelogo de Objetos Difusos para o Hemisfeacuterio Sul

Tasso Augusto Napoleatildeo | REA-Brasiltassonapoleaoigcombr

As referecircncias histoacutericas aos objetos difusos (na eacutepoca chamados genericamente de ldquonebulosasrdquo) iniciam-se no seacuteculo XVII A famosa ldquonebulosardquo de Androcircmeda (a galaacutexia que conhecemos por M31) foi mencionada pela primeira vez por Simon Marius em 1612 Jaacute a nebulosa de Oacuterion (M42) eacute referida em trabalhos do jesuiacuteta Johannes Cysat (ou Cysatus) em Ingolstadt Alemanha em 1619 e foi descrita detalhadamente pelo grande astrocircnomo e fiacutesico holandecircs Christiaan Huygens (1629-1695) no ano de 1694

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O primeiro cataacutelogo organizado de objetos difusos data de 1771 e foi elaborado pelo astrocircnomo francecircs Charles Messier (1730-1817) para distinguir esses objetos de cometas Sua versatildeo revista seria publicada por Messier em 1781 e ateacute hoje mais de duzentos anos depois ela ainda eacute uma referecircncia baacutesica para os astrocircnomos amadores

O grande avanccedilo na catalogaccedilatildeo das ldquonebulosasrdquo entretanto eacute devido a William Herschel (1738-1822) que com o auxiacutelio de sua irmatilde Caroline publicaria em 1786 o seu ldquoCatalogue of a Thousand New Nebulae and Star Clusters seguido em 1789 por um segundo cataacutelogo com mais mil objetos e em 1802 por quinhentos objetos adicionais Os trabalhos de Herschel seriam enriquecidos por seu filho John Herschel que publicaria em 1864 o ldquoGeneral Cataloguersquorsquo com 5079 objetos Finalmente John Dreyer em 1888 catalogaria 13226 objetos

em seu ldquoNew General Catalogue of Nebulae and Clusters of Stars (NGC) e seu suplemento ldquoIndex Cataloguersquorsquo (IC) Esses dois trabalhos se tornaram praticamente o padratildeo geral para a identificaccedilatildeo de objetos difusos inclusive os austrais

No entanto ainda nos dias de hoje a referecircncia mais utilizada pelos astrocircnomos amadores do hemisfeacuterio sul continua sendo o cataacutelogo de Messier Isto traz uma desvantagem evidente natildeo estatildeo incluiacutedos nele os objetos com declinaccedilotildees mais austrais (e sabemos que o hemisfeacuterio sul celeste eacute particularmente rico nestes objetos) A soluccedilatildeo mais comum eacute o uso dos cataacutelogos NGC e IC Entretanto por serem estes muito extensos nem sem pre os astrocircnom os am adores estatildeo fam ilia rizad o s com sua nom encla tu ra Pouquiacutessimas satildeo as publicaccedilotildees em que se tentou listar um cataacutelogo resumido dos objetos difusos

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ASTRONOMIAOBSERVACIONAL

mais s ignificativos quando observados do Hemisfeacuterio Sul

O cataacutelogo a seguir com 112 objetos pretende ser uma recomendaccedilatildeo do autor para a observaccedilatildeo dos objetos difusos mais atraentes vistos desde latitudes de cerca de 23deg sul A seleccedilatildeo dos objetos foi criteacuterio pessoal do autor e foi baseada em anos de observaccedilatildeo dos mesmos com instrumentos que vatildeo desde binoacuteculos 7x50 mm ateacute telescoacutepios com aberturas de 500 mm mdash ou seja uma faixa acessiacutevel agrave m aior parte dos instrum entos am adores Naturalmente natildeo haacute a pretensatildeo de tornaacute-lo um cataacutelogo formal mas apenas a de orientar os observadores iniciantes para a contemplaccedilatildeo destes beliacutessimos objetos

Estatildeo incluiacutedos aqui todos os objetos geralmente catalogados como ldquodifusosrdquo galaacutexias nebulosas difusas aglom erados abertos aglom erados

coordenadas e dos paracircmetros relevantes a cada classe satildeo fornecidos os nomes populares de cada objeto Naturalmente nesta relaccedilatildeo omitimos alguns objetos que apesar de importantes estatildeo muito ao norte para permitir uma boa visualizaccedilatildeo nas latitudes consideradas neste caso estatildeo por exemplo as interessantes galaacutexias M81 (NGC 3031) e M82 (NGC 3034) em Ursa Maior a nebulosa planetaacuteria ldquoda corujardquo M97 (NGC 3587) etc De forma geral nosso ldquocorterdquo foi feito na declinaccedilatildeo de 50deg norte

Em contrapartida estatildeo incluiacutedos objetos beliacutessimos como os aglomerados abertos de Carina Vela e Puppis as Nuvens de Magalhatildees uma seacuterie de objetos em Centaurus Crux Ara Tucana e Sculptor e diversos outros que geralmente natildeo satildeo m encionados nos cataacutelogos p reparados especificamente para os observadores do Hemisfeacuterio Norteglobulares e nebulosas planetaacuterias Aleacutem das

Referecircncias recomendadas para objetos adicionais aos mencionados no presente cataacutelogo

- Burnham Robert Celestial Handbook Dover 1978 (3 vols)- Jones Kenneth Glyn (ed) Webb Society Deep Sky Observerrsquos Handbook Enslow 1987 (7 vols)- Malin David and Frew David Hartungrsquos Astronomical Objects for Southern Telescopes Cambridge 1995

Tasso Augusto Napoleatildeo eacute engenheiro quiacutemico pela POLI-USP com mestrado pela FGV-SP tendo estudado astronomia e astrofiacutesica no Instituto de Astronomia Geofiacutesica e Ciecircncias Atmosfeacutericas da USP Fundador (em 1988) e atualmente Diretor Cientiacutefico da REA BRASIL (Rede de Astronomia Observacional) Tasso dedica-se no momento agrave fotometria CCD de estrelas variaacuteveis particularmente as cefeidas de periacuteodo ultracurto (USPCs) agrave espectrometria de estrelas peculiares e agrave busca de supernovas extragalaacutecticas com telescoacutepios robotizados dentro do programa BRASS (Brazilian Supernovae Search) que jaacute descobriu nove supernovas em seu primeiro ano de operaccedilatildeo

1 Na tabela a seguir estatildeo indicados (ordenados por ascensatildeo reta)1 Ref Nuacutemero de referecircncia no presente cataacutelogo2 NGC Nuacutemero do objeto no cataacutelogo NGC (ou quando indicado IC)3 AR Ascensatildeo Reta (equinoacutecio 20000)4 Dec Declinaccedilatildeo do objeto (equinoacutecio 20000)5 Tipo Tipo do objeto

GA - galaacutexia A A - aglom erado aberto AG - aglom erado globular ND - nebulosa difusa NP - nebulosa planetaacuteria RSN - restos de supernova

6 mv M agnitude visual integrada do objeto7 Dim Dim ensatildeo do objeto em minutos (ou quando indicado segundos) de arco8 Const Conste laccedilatildeo9 Notas Outras designaccedilotildees do objeto (como o nuacutem ero M essier ou os nomes populares)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 53

Cataacutelogo REA-BRASILRef NGC

AR (200 DD)

Dec(2DDDD)

Tipo mv Dim C onsl Notas

001 55 OOh 140 -30 1 11 GA 70 30x5 Sl

002 104 OOh 241 -72deg 06 AG 40 31 Tuc 47 Tucanae

003 - OOh 525 - 72deg 43 GA 15 210 Tuc Pequena Nuvem de Magalhatildees

004 224 OOh 427 -H 4r 15 GA 34 130x50 And M31 - Galaacutexia de Androcircmeda

005 253 OOh 475 -25deg 17 GA 72 25x7 Sl Moeda de Praia

005 352 01 h 032 -70 0 51 AG 55 13 Tuc

007 503 01 h 330 +30deg 30 GA 57 50x40 Tri M33 - Galaacutexia do Triacircngulo

003 523 01 h 357 +15deg 47 GA 01 10 Psc M74

000 1053 02h 427 -00deg 01 GA 30 5x5 Cet M77

010 1007 02h 453 -30deg 17 GA 03 0x7 For

011 1201 03h 173 -41 1 03 GA 35 10x0 Eri

012 1315 03h 227 -37deg 12 GA 33 7x5 For Fornax A

013 - 03h 470 +24deg 07 AA 12 110 Tau Pleiades

014 1535 04h 142 -12deg 44 NP 05 20 Eri PK 205 - 401

015 - 04h 157 +15deg 31 AA 300 Tau Hyades

015 - 05h210 -53deg 20 GA 10 400 Dor Grande Nuvem de Magalhatildees

017 1052 05h 344 +22deg 01 RSN 34 5x4 Tau M1

013 1075 05h 354 -05deg 27 ND 30 50 Ori M42 - Nebulosa de Orion

010 1050 05h 351 +34deg 03 AA 50 12 Aur M35

020 2070 05h 337 -50deg 05 ND 54 40x25 Dor Nebulosa Taracircntula 30 Dor

021 IC 434 05h 335 -02deg 25 ND 50x15 Ori Inclui a cabeccedila de cavalo

022 2024 05h 410 - O r 51 ND 10x4 Ori

023 2000 05h 524 +32deg 33 AA 50 23 Aur M37

024 2153 05h 030 +24deg 20 AA 52 30 Gem M35

025 2244 05h 324 +04deg 52 AAND 43 24 Mon Nebulosa da Roseta

025 2237 05h 470 -20deg 44 AA 43 33 CMa M41027 2302 07h 202 +20deg 55 NP 01 40 Gem Nebulosa do Esquimoacute

023 2422 07h 355 -14deg 30 AA 43 20 Pup M47

0202437

243307h 413 -14deg 40 AANP 51 27 Pup

Aglomerado aberto M45

com a NP2433 no interior

030 2440 07h 410 -13deg 13 NP 04 20 Pup PK 234 +021

031 2447 07h 445 -23deg 52 AA 55 22 Pup M03

032 2451 07h 454 -37deg 53 AA 37 45 Pup

033 2477 07h 523 -33deg 33 AA 53 25 Pup

034 2515 07h 533 -50deg 52 AA 33 30 Car

035 2547 03h 107 -40deg 15 AA 47 20 Vel035 2545 0$h 124 -37deg 33 AA 52 40 Pup

037 2543 0$h 133 -05deg 43 AA 55 54 Hya M43

033 2532 OSh 401 +10deg 50 AA 31 05 Cnc M44 - Preseacutepio

030 2303 OOh 120 -54deg 52 AG 52 14 Car

040 2357 OOh 214 -53deg 10 NP 07 12 Car PK 273 - 51

041 3114 10h 027 -50deg 07 AA 42 35 Car

042 3132 10h 077 -40deg 25 NP 02 45 Vel PK 272 +1 21

043 3242 10h 243 -13deg 33 NP 77 40 Hya Fantasma de Juacutepiter

044 3203 10h 353 -53deg 14 AA 47 5 Car

045 IC 2502 10h 432 -54deg 24 AA 10 50 Car Pleiades do Sul

045 3351 10h 440 +11deg 42 GA 07 5x7 Leo M05

047 3372 10h 451 -50deg 41 ND 25 120 Car Nebulosa de Ela Carinae

043 3353 10h 453 +11deg 40 GA 01 5x7 Leo M05

040 3532 11 h 054 -53deg 40 AA 31 55 Car

050 3523 11 h 130 +13deg 05 GA 03 10x3 Leo M55

051 3527 11 h 202 +12deg 50 GA 00 0x4 Leo M55

052 3755 11 h 351 -51 deg 37 AA 45 12 Cen

053 3013 11 h 503 -57deg 11 PN 31 12 Cen

054 4254 12h 133 +14deg 25 GA 03 5 Com M00

055 4253 12h 100 +17deg 13 GA 33 13x7 CVh M105

54 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

1 Ref NGCAR

(200 00)Dec

(20000)Tipo mv Dim Const Notas

056 4303 12h 219 +04 28 GA 97 6x5 Vir M61057 4321 12h 229 +1549 GA 94 6 Com M100

058 4374 12h 251 +12ldquo 53 GA 93 5x4 Vir M84

059 4382 12h 254 +18 11 GA 93 7x5 Vir M85

060 4406 12h 262 +1257 GA 91 7x5 Vir M86

061 4472 12h 298 +08 00 GA 84 9x7 Vir M49

062 4486 12h 308 +1224 GA 86 7 Vir M87 Viacutergo A

063 4501 12h 320 +1425 GA 95 6x3 Com M88

064 4565 12h 363 +25 59 GA 96 16x3 Com

065 4569 12h 368 +1310 GA 95 9x4 Vir M90

066 4579 12h 377 +11 49 GA 98 5x4 Vir M58

067 4594 12h 400 -11 3 7 GA 80 8x4 Vir M104 Sombrero

068 4621 12h 420 +11 39 GA 98 5x3 Vir M59

069 4649 12h 437 +11 33 GA 88 7x6 Vir M60

070 4736 12h 509 +41 07 GA 82 10 CVn M94

071 4755 12h 536 -60 20 AA 42 10 Cru Caixa cie Joacuteias

072 4826 12h 567 +21 41 GA 85 9x5 Com M44 Olho Negro

073 4945 13h 051 -49 28 GA 84 20x4 Cen

074 5055 13h 158 +42 02 GA 86 12x8 CVn M63 Girassol

075 5128 13h 255 +4301 GA 68 18x14 Cen Centaurus A

076 5139 13h 268 -47 29 AG 35 36 Cen Omega Centauri

077 5194 13h 299 +4712 GA 84 12x6 CVn M51 Redemoinho

078 5236 13h 370 -29 52 GA 75 10 Hya M83079 5272 13h 422 +28 23 AG 63 19 CVn M3

080 5904 15h 186 +02 05 AG 58 20 Ser M5

081 6121 16h 236 -26 32 AG 59 24 Sco M4

082 6205 16h 417 +36 28 AG 58 17 Her M13

083 6218 16h 472 -01 57 AG 68 14 Oph M12

084 6254 16h 571 -04 06 AG 66 15 Oph M10

085 6266 17h 012 -30 07 AG 67 14 Oph M62

086 6273 17h 026 -26 1 6 AG 67 13 Oph M19

087 6302 17h 137 -37 06 NP 96 15x05 Sco PK 349+011

088 6362 17h 319 -67 03 AG 76 11 Ara

089 6388 17h 363 -44 44 AG 67 9 Sco

090 6405 17h 401 -32 1 3 AA 46 14 Sco M6 Borboleta

091 6397 17h 407 -53 40 AG 58 25 Ara

092 6475 17h 539 -34 49 AA 33 80 Sco M7

093 6494 17h 568 -19 0 1 AA 55 27 Sqr M23

094 6514 18h 026 -23 02 ND 70 29x27 Sqr M20 Triacutefida

095 6523 18h 038 -24 23 ND 40 90x40 Sqr M8 Laquna

096 6541 18h 080 -43 42 AG 66 13 CrA

097 6611 18h 188 -13 4 7 NDAA 60 8 Ser Nebulosa da Aguia

098 6618 18h 208 -16 1 1 ND 60 46x37 Sqr Nebulosa Om eqaou Cisne

099 6626 18h 245 -24 52 AG 70 11 Sqr M28

100 6656 18h 364 -23 54 AG 51 24 Sqr M22

101 6705 18h 511 -06 1 6 AA 58 13 Sct M11

102 6720 18h 536 +33 02 NP 88 1 Lyr Nebulosa do Anel

103 6744 19h 098 -63 5 1 GA 84 16x10 Pav

104 6752 19h 109 -59 59 AG 54 20 Pav

105 Col 399 19h 254 +2011 AA 36 60 Vul Cabide

106 6809 19h 400 -30 58 AG 63 19 Sqr M55

107 6818 19h 440 -14 0 9 NP 93 25 Sgr PK 025 -17 1

108 6853 19h 596 +22 43 NP 74 8x4 Vul Nebulosa do Sino109 7009 21 h 042 -11 2 2 NP 80 05x15 Aqr Nebulosa Saturno

110 7078 21 h 300 +1210 AG 63 12 Peg M15

111 7089 21 h 335 -00 49 AG 64 11 Aqr M2

112 7293 22h 296 -20 48 NP 65 15x11 Aqr Nebulosa da Heacutelice

Com pilaccedilatildeo Tasso Napoleatildeo Novembro de 2004

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 55

- e

macroGALERIA

L - i l VV bull rsquo- - bull bull t bull

gt

V iacute I V -

Embora-dispeacutense maacuteioacuteregraves apresentaccedilotildees rsquo os V objetos L - _ _ _ iacute ________ t___A _ _ iacute _ o - i _

v T gt - vi carvatildeo aglomerado aberto NGC 4852 The running

chicken (IC 2944) aglomerado aberto NGC 4052 aleacutem de - -vaacuteriacuteas nebulosas escuras Foram utilizadas uma Camera

O T n lsquo J n r gt _ r u ___ _ l i a l mdashI l a _ j _ A a ___ ___ _

Nikon 50mm a f4 com 10 sub-integraccedilotildees de 3m e montagem TakacirchaacuteshjVEMio- gentilmente cedida por pedrp Reacute A fotpforfeitanoacute Observatoacuterio Mamalluca na

cidade de Vicuna Chile em Abril de 2005

- Joseacute Carlos Dinizr bull bull raquo bull - n_ - raquo - w f i dinizastroterracombr

56 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

R6A

Campanhas observacionais - REA BRASIL SetembroOutubro de 2005

httpwwwreabrasilorg

A Secccedilatildeo Lunar juntamente com as Secccedilotildees Lunissolar e Estaccedilatildeo Costeira 1 da REA-Brasil novamente convida a todos para que em cadeia nacional faccedilam observaccedilatildeo e registro (reporte e imagem) desses eventos celestes para as devidas reduccedilotildees cientiacuteficas

07092005 - Impactos Lunares (Chuva de Meteoros Pupideos)A possibilidade de avistamento de impacto eacute de 44 na porccedilatildeo natildeo iluminada da

Lua agraves 0206 TU + 11 hrs Maiores informaccedilotildees httplunarastrodatabasenet

04102005 - Emersatildeo de Mercuacuterio

Emersatildeo de Mercuacuterio (-06 mag) na borda iluminada da Lua5h 46m 8s HL Nascer do Sol

6h 22m 4s HL Nascer da Lua Magnitude -48 Fase 00056h 24m 16s HL Nascer de Mercuacuterio Magnitude -06 Fase 0946

Cidade Emersatildeo (hh mm ss TU) na borda iluminada da LuaRio de Janeiro 102937 TUMacaeacute 102847 TUSalvador 095636 TUM ococa 10259 TU

Esta Emersatildeo de Mercuacuterio eacute um evento desafiador para observaccedilatildeo porque acontece agrave luz do dia e a cerca de 12 graus acima do horizonte Aleacutem disso a Lua vai estar com a idade de apenas 1 dia ou seja um finiacutessimo crescente iluminado em apenas 12

Ainda temos o Sol que estaraacute a 12 graus acima da Lua Interessante notar que Juacutepiter estaraacute a 2 graus a Leste da Lua e Spica (mag 104) a 2 graus a Oeste da foice iluminada

Para a cidade do Rio de Janeiro seraacute possiacutevel acompanhar a Imersatildeo na borda escura da Lua com Mercuacuterio a 4 graus acima do horizonte enquanto que a Emersatildeo acontece a 18 graus acima do horizonte Em todo caso este eacute um bom momento para encontrar Juacutepiter (mag -17) a luz do dia utilizando binoacuteculo tendo a Lua como referecircncia httplunarastrodatabasenet

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 57

R6A

19 e 20102005 - Ocultaccedilatildeo das PlecirciadesPlecirciades (mag 30) diacircmetro 100 elongaccedilatildeo solar 147

Mapa de Visibilidade global (IOTA) httplunarastrodatabasenetocult_pleiades_20out05jpg

Mapa da Trajetoacuteria do evento para algumas cidades brasileiras (Joseacute Agustoni - Zeca) httppaginasterracombrlazerzecaastronomiaindexhtm

Condiccedilotildees individuais para algumas estrelas do M45 (em relaccedilatildeo as coordenadas Lat 4721S e Long 2118W) - Hora Local de Brasiacutelia GM T -3

Estrela e Magnitude Imersatildeo(1910)

Emersatildeo(1910) Notas

SAO 76131 E LEC TR A (17 TAURI) 38 mag

22h038m 22h301 m Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76172 M E R O P E (23 TAURI) 42 mag 22h124m 23h127m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76126 CELAENO (16 TAURI) 54 mag - -

224h - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76140 T AY G E T A (19 TAURI) 44 mag

- -228h - Lua passa a 04 graus de

separaccedilatildeo da estrelaSAO 76199 A L C Y O N E (ETA T AU R I) 30 mag 22h482m 23h532m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76155 MAIA (20 TAURI) 40 mag - -

229h - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76215 104 B TAURI 5 5m ag

- - 23Oh - Lua passa a 06 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76137 18 TAURI 56mag - -

2 3 1h - Lua passa a 07 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76159 A S T E R O P E

(21 TAURI) 58 mag- -

2 3 1h - Lua passa a 04 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 9056 PLEIONE (28 BU TAU R I) 4 8m ag

1910 as 23h440m

2010 as 0h427m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

Glose to SAO 76228 ATLAS (27 TAURI) 38

mag- -

24Oh - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

Alexandre Am orimCoordenador da Costeira 1 e Secccedilatildeo Cometas REA-Br

httpcosteira1astrodatabasenet Dennis W eaver de Medeiros Lima

Gerente de Projeto Ocultaccedilotildees Lunares - dwastronomiayahoocombrHeacutelio C Vital

Coordenador da Secccedilatildeo Eclipse REA-Br (Site Lunissolar) httpwwwgeocitiescomlunissolar2003

Rosely Gregio Coordenadora da Secccedilatildeo Lunar - REA-Brasil

rgregiouolcombr REA Brasil httpwwwreabrasilorg

58 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

FASES DA LUA

Dia 3 de Setembro - Lua Nova Dia 11 de Setembro - Lua Quarto Crescente

Dia 17 de Setembro - Lua Cheia Dia 25 de Setembro - Quarto Minguante

2005SETEMBRO

Rosely Greacutegio | Revista macroCOSMOcom rgregiouolcombr

MUDANCcedilA DE ESTACcedilAtildeO 22 de Setembro 19h232m - Equinoacutecio da Primavera para o Hemisfeacuterio Sul e Equinoacutecio de Outono para o Hemisfeacuterio Norte

COMETAS VISIacuteVEIS (ATEacute 12 MAGNITUDE)Salvo novas descobertas e explosotildees de brilho temos

Hemisfeacuterio Sul

A n o ite c e r N o ite A m a n h e c e r IC2004 EM (LINEAR)

mag 10C2004 EM (LINEAR)

maq 10C2004 EM (LINEAR)

mag 10

9P Tem pe i 1 mag 11 9P Tem pe l 1 mag 1121 PGiacobini- Zinner

maq 12C2005 E2 (McNaught)

Maq 11C2005 E2 (McNaught)

Maq 11C2005 E2 (McNaught)

Mag 11C2004 Q2 (Machholz)

Maq 12- -

Hemisfeacuterio Norte

A n o ite c e r N o ite A m a n h e c e r j161P 2004 V2 (Hart ley- IRAS)

mag 10C2005 E2 (McNaught)

mag 11C2004 EM (LINEAR)

mag 11

9P Tem pe i 1 mag 11 -21 PGiaco bini- Zinner

mag 12C2005 E2 (McNaught)

mag 11- -

C2004 Q2 (Machholz) mag 12 - -

CHUVA DE METEOROS

I R a d ia n te D u ra ccedil atilde o M aacute x im o |Gamma A quar idas 1 a 14 de setembro 78 de setembroAlpha Tr iangulidas 5 a 15 de setembro 1112 de setembroAlpha Aurig idas (AUR) 25 de aqo a 6 de setembro 12 de setembroEta Draconidas 28 de aqo a 23 de setembro 1213 de setembroGamma Piscidas 26 de aqo a 22 de outubro 2324 de setembroPisc idas Sul (SPI) 12 de aqosto a 7 de outubro De 11 a 20 de setembro

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 59

EFEMERIDES

Quinta-feira 1 de setembro

Lanccedilamento NROL-25 Delta 4M Asteroacuteide 5554 Keesey passa proacuteximo da Terra

(0915 UA)Equaccedilatildeo de Tempo -005 min Urano em Oposiccedilatildeo02h Urano Mag=57 m melhor observado de 191h

- 55h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-10m melhor observado de

230h - 60h LCT (Ari)5h090m Nascer da Lua no ENE (Cnc)59h Mercuacuterio Mag=-11m melhor observado de

57h - 60h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

46h - 60h LCT (Cnc)6h205m Nascer do Sol no E 16h217m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h023m Ocaso do Sol no W 183h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)183h Juacutepiter Mag=-18m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)18h43m Vecircnus passa a 12 graus de Juacutepiter 19 6h V ia-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo

Sexta-feira 2 de setembro

Cometa P2004 VR8 (LONEOS) em Perieacutelio (2376 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 026 min 01h Urano Mag=57 m melhor observado de 188h

- 53h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-11m melhor observado de

229h - 60h LCT (Ari)5h452m Nascer da Lua no ENE (Leo)60h Mercuacuterio Mag=-11m melhor observado de

58h - 60h LCT (Leo)60h Saturno Mag=03 m melhor observado de

45h - 60h LCT (Cnc)6h196m Nascer do Sol no E 17h133m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h025m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -207h LCT (Vir)19 6h V ia-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo

AGENDADIAacuteRIA

Plutatildeo Estacionaacuterio Iniciando M ovim ento Progressivo

Saacutebado 3 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 31 (OTM-31) Cometa P1998 W1 (Spahr) em Perieacutelio (1730

UA)Equaccedilatildeo de Tempo 058 min 01h Urano Mag=57 m melhor observado de 188h

- 52h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-11m melhor observado de

229h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-12m melhor observado de

58h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

44h - 59h LCT (Cnc)6h185m Nascer da Lua no ENE (Leo)6h187m Nascer do Sol no E 15h454m Lua Nova 18h028m Ocaso do Sol no W 18h036m Ocaso da Lua no W (Leo)184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -207h LCT (Vir)195h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo

Domingo 4 de setembro

Em 1905 Paul Gotz descobria o Asteroacuteide 571 Dulcineia

No Calendaacuterio Hebreu eacute o Primeiro dia do Elul mecircs 13 do ano 5765 comeccedilando ao ocaso do Sol (Ano Bissexto)

No Calendaacuterio Islacircmico Tabular eacute o Primeiro dia do Sharsquoban mecircs 8 do ano 1426 comeccedilando ao pocircr- do-sol

Equaccedilatildeo de Tempo 091 min 44h Marte Mag=-11m melhor observado de

228h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-12m melhor observado de

58h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

44h - 59h LCT (Cnc)6h178m Nascer do Sol no E 6h499m Nascer da Lua no E (Leo)12h55m Mercuacuterio passa a 11 graus da estrela

Regulus mag 14 (Leo)

60 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMERIDES

18h030m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -206h LCT (Vir)18h531m Ocaso da Lua no W (Vir)19h068m Io (62 mag) Iniacutecio do T racircnsito 19 4h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h523m Io (62 mag) Iniacutecio do Tracircnsito da

Sombra20h127m Io (62 mag) em Conjunccedilatildeo Inferior 239h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 51 h LCT (Aqr)

Segunda-feira 5 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 124 min 44h Marte Mag=-11m melhor observado de

228h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-13m melhor observado de

59h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

43h - 59h LCT (Cnc)6h168m Nascer do Sol no E 7h205m Nascer da Lua no E (Vir)18h033m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado

de 184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado

de 184h -206h LCT (Vir)194h Via-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo19h240m Io (62 mag) Final do Eclipse 19h428m Ocaso da Lua no W (Vir)239h Urano Mag=57 m melhor observado

de 189h - 50h LCT (Aqr)

Em

18h035m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -20 9h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -20 5h LCT (Vir)193h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo20h336m Ocaso da Lua no W (Vir)21 h Chuveiro de Meteoros Arietiacutedeos de Outubro

(Cet)

Quarta-feira 7 de setembro

Campanha Observacional Secccedilatildeo Lunar REA- Brasil - Impactos Lunares (Chuveiro Pupideos (PUP) A possibilidade de avistamento de impacto eacute de 44 na porccedilatildeo natildeo iluminada da Lua Todas as informaccedilotildees em httplunarastrodatabasenet Participe

Ocultaccedilatildeo de Vecircnus pela Lua para parte da Aacutefrica e Antarctica a 8h TU

httpwwwlunar-occultationscomiotaplanets 0907venushtm

Equaccedilatildeo de Tempo 191 min

7 de setembro de 2005 a sonda Cassini sobrevoa a lua Titan de Saturno httpsaturnjplnasagov

Terccedila-feira 6 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 158 min 43h Marte Mag=-11m melhor observado

de 22 7h - 59h LCT (Ari)59h Saturno Mag=03 m melhor observado

de 43h - 59h LCT (Cnc)6h159m Nascer do Sol no E 7h515m Nascer da Lua no E (Vir)9h34m Vecircnus passa a 17 graus da estrela

Spica 1 mag (Vir)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

copy NA

SA

JPL

S

pace

Sc

ience

In

stitu

te

61

EFEMEacuteRIDES

43h Marte Mag=-12m melhor observado de 227h - 59h LCT (Ari)

59h Saturno Mag=03 m melhor observado de 42h - 59h LCT (Cnc)

6h150m Nascer do Sol no E 8h240m Nascer da Lua no ESE (Vir)18h038m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -205h LCT (Vir)19 2h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo20h015m Europa (68 mag) Elongaccedilatildeo Oeste 21 h265m Ocaso da Lua no W S W (Vir)237h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 49h LCT (Aqr)

Quinta-feira 8 de setembro

Haacute 40 anos atraacutes Karou Ikeya e Tsutomu Seki descobriam o cometa Ikeya-Seki httpcosteira1astrodatabasenetcometaindexhtm

Em 1960 nascia a instituiccedilatildeo norte-americano do Marshall Space Center httpwwwmsfcnasagov

Em 1905 nascia Thomas Keith Glennan o primeiro administrador da NASA formalmente estabelecida em 1 de outubro de 1958

Equaccedilatildeo de Tempo 226 min 42h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 59h LCT (Ari)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

41 h - 59h LCT (Cnc)6h141m Nascer do sol no E 8h595m Nascer da Lua no ESE (Lib)

18h040m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -204h LCT (Vir)192h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h519m Io (62 mag) Elongaccedilatildeo Oeste 19h520m Europa (68 mag) Final do Eclipse 22h225m Ocaso da Lua no W S W (Lib)237h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 48h LCT (Aqr)

Sexta-feira 9 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 260 min 42h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

41h - 58h LCT (Cnc)6h131m Nascer do Sol no E 9h394m Nascer da Lua Az=1132 deg ESE (Lib) 18h042m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -204h LCT (Vir)19 1 h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h251m Lua em Libraccedilatildeo Oeste 217h Lua Passa a 04 graus da estrela SAO

183686 42 LIBRAE 51mag 23h218m Ocaso da Lua no W SW (Sco)236h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 47h LCT (Aqr)

Em 8 de setembro de 1975 era lanccedilada a sonda Viking 2 (Marte OrbiterLander)httpnssdcgsfcnasagovplanetaryvikinghtml

62 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

Saacutebado 10 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 32 (OTM- | 32)

Asteroacuteide 5836 (1993 MF) passa proacuteximo ao Asteroacuteide Vesta (0027 UA)

Asteroacuteide 5143 Heracles passa proacuteximo da Terra (2216 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 295 min41 h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

40h - 58h LCT (Cnc)6h122m Nascer do Sol no E 10h253m Nascer da Lua no ESE (Sco) 18h045m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -210h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -203h LCT (Vir)1 9 0h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo235h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 47h LCT (Aqr)

Domingo 11 de setembro

Cometa Singer Brewster em Perieacutelio (2041 UA) Em 1985 a sonda ICE ldquoInternational Cometary

Explorerrdquo passava pela cauda de iacuteon do cometa Giacobini-Zinner

httphyperphysicsphy-astrgsueduhbasesolargzhtml

Equaccedilatildeo de Tempo 330 min 0h241m Ocaso da Lua no W SW (Sco)41 h Marte Mag=-12m melhor observado de

225h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

40h - 58h LCT (Cnc)6h113m Nascer do Sol no E 8h366m Lua em Quarto Crescente 11h185m Nascer da Lua no ESE (Oph) 18h047m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -210h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -203h LCT (Vir)1 9 0h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo

Em 12 de Setembro de 1970 era lanccedilada a sonda Luna 16 (Soviet Lua Sample Return)

httpwwwcalskycomobserverluna16html

235h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 46h LCT (Aqr)

Segunda-feira 12 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 365 min 10h Lua passa a 02 graus da estrela SAO

185755 X SAGITTARII 42mag 1 h274m Ocaso da Lua no W S W (Sgr)40h Marte Mag=-13m melhor observado de

225h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

39h - 58h LCT (Cnc)6h103m Nascer do Sol no E 12h188m Nascer da Lua no ESE (Sgr)18h050m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -210h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -202h LCT (Vir)189h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo234h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 45h LCT (Aqr)

Terccedila-feira 13 de setembro

Asteroacuteide 9349 Lucas passa proacuteximo da Terra (0890 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 400 min 2h291m Ocaso da Lua no W S W (Sgr)3h455m Lua em Libraccedilatildeo Norte 40h Marte Mag=-13m melhor observado de

224h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

39h - 58h LCT (Cnc)6h094m Nascer do Sol no E 13h248m Nascer da Lua no ESE (Sgr)18h052m Ocaso do Sol no W

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 63

EFEMEacuteRIDES

185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de 185h -210h LCT (Vir)

185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 185h -202h LCT (Vir)

1 8 8h V ia-laacutectea m elhor posicionada para observaccedilatildeo

233h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 45h LCT (Aqr)

Quarta-feira 14 de setembro

Cometa Helin-Roman-Alu 2 passa proacuteximo da Terra (1384 UA)

Em 1915 nascia John Dobson Equaccedilatildeo de Tempo 436 min 00h Lua passa a 12 graus da estrela SAO

188742 59 SAGITTARII 46mag 04h Lua passa a 05 graus da estrela SAO

188722 OMEGA SAGITTARII 48mag 17h Lua passa a 06 graus da estrela SAO

188778 60 SAGITTARII 50mag 3h263m Ocaso da Lua no W SW (Sgr)39h Marte Mag=-13m melhor observado de

224h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=04 m melhor observado de

38h - 58h LCT (Cnc)6h084m Nascer do Sol no E 14h333m Nascer da Lua no ESE (Cap) 18h054m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -210h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -201h LCT (Vir)1 8 8h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h213m Ganimedes (58 mag) em Elongaccedilatildeo

Este233h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 44h LCT (Aqr)

Quinta-feira 15 de setembro

Cometa C2004 V3 passa proacuteximo da Terra (3320 UA)

Asteroacuteide 4116 Elachi passa proacuteximo da Terra (1012 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 472 min39h Marte Mag=-13m melhor observado de

223h - 58h LCT (Ari)

4h178m Ocaso da Lua no W S W (Cap)58h Saturno Mag=04 m melhor observado de

37h - 58h LCT (Cnc)6h075m Nascer do Sol no E 15h414m Nascer da Lua no ESE (Cap)18h057m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -201h LCT (Vir)187h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo232h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 43h LCT (Aqr)

Sexta-feira 16 de setembro

Asteroacuteide 1282 Utopia passa proacuteximo da Terra (1862 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 507 min

38h Marte Mag=-14m melhor observado de 223h - 57h LCT (Ari)

5h037m Ocaso da Lua no W S W (Aqr)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

37h - 57h LCT (Cnc)6h065m Nascer do Sol no E 10h518m Lua em Perigeu 16h474m Nascer da Lua no ESE (Aqr)18h059m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -200h LCT (Vir)V186h Via-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo19h110m Io (62 mag) Elongaccedilatildeo Este231h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 43h LCT (Aqr)

Saacutebado 17 de setembro

Asteroacuteide 6373 Stern passa proacuteximo da Terra (1883 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 543 min 38h Marte Mag=-14m melhor observado de

222h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

36h - 57h LCT (Cnc) 48d

64 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMEacuteRIDES

5h453m Ocaso da Lua no W (Aqr)6h056m Nascer do Sol no E 17h508m Nascer da Lua no E (Aqr)18h062m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -200h LCT (Vir)18 6h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo23h008m Lua Cheia230h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 42h LCT (Aqr)236h Mercuacuterio em Conjunccedilatildeo

Domingo 18 de setembro

Vecircnus oculta a estrela PPM 228686 (96 Mag) Equaccedilatildeo de Tempo 579 min 37h Marte Mag=-14m melhor observado de

222h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

36h - 57h LCT (Cnc)6h046m Nascer do Sol no E 6h242m Ocaso da Lua no W (Psc)18h064m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -199h LCT (Vir)1 8 5h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo18h523m Nascer da Lua no E (Cet)230h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 41 h LCT (Aqr)

S

Sonda Cassini Manobra Orbital 33 (OTM-33) Em 1905 Paul Gotz descobria os asteroacuteides 572

Rebekka 573 Recha 574 Reginhild e o 575 Renate Equaccedilatildeo de Tempo 615 min

37h Marte Mag=-14m melhor observado de 221h - 57h LCT (Ari)

57h Saturno Mag=04 m melhor observado de 35h - 57h LCT (Cnc)

6h036m Nascer do sol no E 7h020m Ocaso da Lua no W (Psc)

egunda-feira 19 de setembro

18h066m Ocaso do Sol no W 184h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -199h LCT (Vir)19h528m Nascer da Lua no E (Psc)229h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 41 h LCT (Aqr)

Terccedila-feira 20 de setembro

Asteroacuteide 1999 RQ36 passa pela Terra (0033 UA) Equaccedilatildeo de Tempo 650 min 36h Marte Mag=-14m melhor observado de

221h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

34h - 57h LCT (Cnc)6h027m Nascer do Sol no E 7h402m Ocaso da Lua no W N W (Ari)18h069m Ocaso do Sol no W 184h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -198h LCT (Vir)20h531m Nascer da Lua no ENE (Ari)228h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 40h LCT (Aqr)

Quarta-feira 21 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 686 min 36h Marte Mag=-15m melhor observado de

220h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

34h - 57h LCT (Cnc)6h017m Nascer do Sol no E 8h202m Ocaso da Lua no W N W (Ari)18h071m Ocaso do Sol no W 183h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -198h LCT (Vir)21 h534m Lua Nasce no ENE (Ari)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 65

EFEMERIDES

228h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 39h LCT (Aqr)

Quinta-feira 22 de setembro

Asteroacuteide 16035 Sasandford passa proacuteximo da Terra (1690 UA)

Em 1905 Paul Gotz descobria o Asteroacuteide 576 Emanuela

Equaccedilatildeo de Tempo 721 min 02h Lua passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 9048 TAU ARIETIS 52mag 35h Marte Mag=-15m melhor observado de

219h - 56h LCT (Ari)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

33h - 56h LCT (Cnc)6h008m Nascer do Sol no E 9h031m Ocaso da Lua no W N W (Tau) 18h074m Ocaso do Sol no W 18 2h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -197h LCT (Vir)19h232m Equinoacutecio de Prim avera para o

H em isfeacuterio Sul e Equinoacutecio Outonal para o Hemisfeacuterio Norte

227h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 39h LCT (Aqr)

22h535m Lua Nasce no ENE (Tau)236h Lua passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 76485 44 TAURI (IM) 54mag

Sexta-feira 23 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 34 (OTM-34) Asteroacuteide 2003 UV11 passa a 0032 UA do planeta

MercuacuterioAsteroacuteide 2865 Laurel passa proacuteximo da Terra

(1632 UA)Equaccedilatildeo de Tempo 757 min No Calendaacuterio Persa eacute o Primeiro dia do mehr

mecircs 7 do ano 1384 Marte Mag=-15m melhor observado de 2 1 9h -

56h LCT 34h (Tau)52h Lua Passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 76573 CHI TAURI 54mag 56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

33h - 56h LCT (Cnc)

5h598m Nascer do Sol no E 9h497m Ocaso da Lua no W N W (Tau)18h076m Ocaso do Sol no W 182h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -197h LCT (Vir)19h211 m Ganimedes (58 mag) iniacutecio do Tracircnsito

da Sombra226h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 38h LCT (Aqr) =157d 23h522m Nascer da Lua no ENE (Tau)

Saacutebado 24 de setembro

Em 1930 nascia John Young Pelo Calendaacuterio Civil Indiano eacute o Primeiro dia do

Asvina mecircs 7 do ano 1927Equaccedilatildeo de Tempo 792 min 34h Marte Mag=-15m melhor observado de

21 8h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

32h - 56h LCT (Cnc)5h589m Nascer do Sol no E 10h398m Ocaso da Lua no W N W (Tau)18h079m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -196h LCT (Vir)21 h Chuveiro de Meteoros Andromedideos (Psc) 226h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 37h LCT (Aqr)

Domingo 25 de setembro

Asteroacuteide 9342 Carygrant passa proacuteximo da Terra (0894 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 826 min 0h480m Nascer da Lua no ENE (Aur)33h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 8h - 56h LCT (Tau)3h408m Lua em Quarto Minguante 56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

31h - 56h LCT (Cnc)5h579m Nascer do Sol no E 11h327m Ocaso da Lua no W N W (Aur)18h082m Ocaso do Sol no W

66 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMEacuteRIDES

185h Mercuacuterio Mag=-10m melhor observado de 185h -185h LCT (Vir)

185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de 185h -213h LCT (Lib)

185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 185h -196h LCT (Vir)

225h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 37h LCT (Aqr)

Segunda-feira 26 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 861 min 1 h396m Nascer da Lua no ENE (Gem)2h305m Lua em Libraccedilatildeo Sul33h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 7h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

31h - 56h LCT (Cnc)5h570m Nascer do sol no E 12h272m Ocaso da Lua no W N W (Gem) 18h084m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-09m melhor observado de

185h -186h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -195h LCT (Vir)224h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 36h LCT (Aqr)

Em 26 de setembro de 2005 a sonda Cassini sobrevoa a lua Hiperion de Saturno

Terccedila-feira 27 de setembro

Lanccedilam ento Soyuz T M A -7 Soyuz FG (International Space Station 12S)

Vecircnus oculta a estrela PPM 229625 (109 Mag)Equaccedilatildeo de Tempo 895 min2h261 m Nascer da Lua no ENE (Gem)32h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 7h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

30h - 56h LCT (Cnc)5h560m Nascer do Sol no E 13h218m Ocaso da Lua no W N W (Cnc)18h087m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-09m melhor observado de

185h -187h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -195h LCT (Vir)224h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 35h LCT (Aqr)

Quarta-feira 28 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 35 (OTM-35) Asteroacuteide 1620 Geographos passa proacuteximo da

Terra (0740 UA)Em 1605 nascia Ismael BullialdusEquaccedilatildeo de Tempo 929 min 3h078m Nascer da Lua no ENE (Cnc)5h551m Nascer do Sol no E

12h198m Lua em Apogeu 14h153m Ocaso da Lua no W N W (Cnc) 18h090m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-08m melhor observado

de 185h-187h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41 m melhor observado

de 185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado

de 185h-194h LCT (Vir)223h Urano Mag=57 m melhor observado

de 190h - 35h LCT (Aqr)

Quinta-feira 29 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 962 min 31h Marte Mag=-16m melhor observado de

215h - 55h LCT (Tau)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 67

EFEMEacuteRIDES

3h452m Nascer da Lua no ENE (Leo)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

29h - 55h LCT (Cnc)5h542m Nascer do Sol no E 15h074m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h092m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-08m melhor observado de

185h -188h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -194h LCT (Vir)222h Urano Mag=57 m melhor observado de

190h - 34h LCT (Aqr)

Sexta-feira 30 de setembro

Lanccedilamento NROL-21 Delta 2 Em 1975 Charles Kowal descobria a lua Themisto

de Juacutepiter Equaccedilatildeo de Tempo 995 min 30h Marte Mag=-17m melhor observado de

215h - 55h LCT (Tau)4h194m Lua Nasce no ENE (Leo)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

28h - 55h LCT (Cnc)5h532m Sol Nasce no E 15h582m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h095m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-07m melhor observado de

185h -188h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185h -214h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -193h LCT (Vir)222h Urano Mag=57 m melhor observado de

190h - 33h LCT (Aqr)

Saacutebado 1 de outubroSonda Cassini em Manobra Orbital 36 (OTM-

36)Asteroacuteide 2001 SE270 passa a 0050 UA da Terra 00h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 33m LCT (Aqr)29h Marte Mag=-17m melhor observado de

2 1 4m a 55m LCT (Tau)4h514m Nascer da Lua no E (Leo)55h Saturno M ag=04 m melhor observado

de 28m a 55m LCT (Cnc)

5h523m Nascer do sol no E 6h45m Marte estacionaacuterio Iniciando Movimento

Retroacutegrado16h481m Ocaso da Lua no W (Leo)18h098m Ocaso do sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-07m melhor observado de

185m a 188m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 193m LCT (Vir)

Domingo 2 de outubro

Em 1935 era fundado o Hayden Planetariumhttpwwwhaydenplanetariumorg

Vecircnus oculta a estrela PPM 264162 (94 mag) Asteroacuteide Asteroid 1886 Lowell passa a 1507 UA

da Terra29h Marte Mag=-17m melhor observado de

213m a 55m LCT (Tau)5h223m Lua nasce no E (Vir)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

27m a 55m LCT (Cnc)5h514m Nascer do Sol no E 17h381m Ocaso da Lua no W (Vir)18h101m Ocaso do sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-06m melhor observado de

185m a 189m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 192m LCT (Vir)220h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 32m LCT (Aqr)

Segunda-feira 3 de outubro

Ano Novo Hebreu Primeiro dia do mecircs Rosh Hashanah do ano 5766 comeccedilando ao pocircr-do-sol

Calendaacuterio Tabular Islacircmico Primeiro dia do Ramadan nono mecircs do ano 1426 iniciando ao ocaso do Sol

Em 1815 era descoberto o meteorito marciano Chassigny

httpwwwjplnasagovsncchassignyhtml Asteroacuteide 2004 HR56 passa a 0033 UA de Marte Asteroacuteide 4664 Hanner passa a 1715 UA da Terra

68 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

7

EFEMEacuteRIDES

28h Marte Mag=-17m melhor observado de 213m a 55m LCT (Tau)

Eclipse Anular do sol visiacutevel da Aacutefrica 4h35m33s Iniacutecio do Eclipse Solar Visiacutevel na Aacutefrica 55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

27m a 55m LCT (Cnc)5h41 m04s Iniacutecio do Eclipse Umbral 5h505m Sol Nasce no E 5h533m Lua Nasce no E (Vir)7h279m Lua Nova7h31m419s Eclipse Solar Anular Maior

Duraccedilatildeo= 4m264s Magnitude=958httpsunearthgsfcnasagoveclipseSEmono

ASE2005ASE2005html Eclipse Solar Anular visiacutevel da Aacutefrica Obscuraccedilatildeo=918 ET-UT=653sec 9h22m33s Final do Eclipse Umbral 10h27m53s Final do Eclipse Solar 18h104m Ocaso do Sol no W 18h290m Ocaso da Lua no W (Vir)185h Mercuacuterio Mag=-06m melhor observado de

185m a 190m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 191m LCT (Vir)19h04m Marte passa a 91 graus das Plecirciades

(M45)220h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 31m LCT (Aqr)

Terccedila-feira 4 de outubroOcultaccedilatildeo de Mercuacuterio pela Lua27h Marte Mag=-17m melhor observado de

212m a 55m LCT (Tau)55h Saturno Mag=04m melhor observado de

26m a 55m LCT (Cnc)6h256m Lua Nasce no E (Vir)157h Vecircnus em Apogeu 185h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

185m a 190m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 191m LCT (Vir)18h58m Mercuacuterio passa a 19 graus de Spica19h219m Lua Ocaso no W SW (Vir)21 9h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 31m LCT (Aqr)

Quarta-feira 5 de outubro

Asteroacuteide 1877 Marsden passa a 2658 UA da Terra

Cometa Chernykh passa a 1464 da Terra 27h Marte Mag=-18m melhor observado de

211m a 54m LCT (Tau)54h Saturno Mag=04 m melhor observado de

25m a 54m LCT (Cnc)5h486m Sol Nasce no E 7h004m Lua Nasce no ESE (Vir)16h40m Mercuacuterio passa a 13 graus de Juacutepiter 18h110m Ocaso do Sol no W 186h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

186m a 191m LCT (Vir)186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

186m a 215m LCT (Lib)186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

186m a 190m LCT (Vir)20h175m Ocaso da Lua no W SW (Lib)218h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 30m LCT (Aqr)

Quinta-feira 6 de outubro

26h Marte Mag=-18m melhor observado de 211m a 54m LCT (Tau)

54h Saturno Mag=04m melhor observado de 25m a 54m LCT (Cnc)

5h477m Sol Nasce no E 7h392m Lua Nasce no ESE (Lib)18h113m Ocaso do Sol no W 186h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

186m -191m LCT (Vir)

httpulyssesjplnasagov

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 69

EFEMERIDES

186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de 186m -215m LCT (Lib)

186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 186m -190m LCT (Vir)

20h315m Lua em Libraccedilatildeo Oeste21 h163m Lua Ocaso no W S W (Lib)2 1 8h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m - 29m LCT (Aqr)

Sexta-feira 7 de outubro

25h Marte Mag=-18m melhor observado de 210m - 54m LCT (Tau)

54h Saturno Mag=04 m melhor observado de 24m - 54m LCT (Cnc)

5h469m Sol Nasce no E 8h234m Lua Nasce no ESE (Sco)18h116m Ocaso do sol no W

186h Mercuacuterio Mag=-04m melhor observado de 186m -192m LCT (Vir)

186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de 186m -215m LCT (Sco)

186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 186m -189m LCT (Vir)

20h089m Imersatildeo da estrela SAO 184336 AL NIYAT (SIGMA SCORPI) 29 mag na borda escura da Lua

20h233m Emersatildeo da estrela SAO 184336 AL NIYAT (S IG M A S C O R P I) 2 9 mag na borda iluminada da Lua

2 1 7h Urano Mag=57 m melhor observado de 190m - 28m LCT (Aqr)

219h Lua passa a 09 graus de separaccedilatildeo da estrela SAO 184415 ANTARES (ALPHA SCORPI) 09mag

22h179m Lua Ocaso no W S W (Sco)

Fontes consultadasCarta celeste para ambos os hemisfeacuterios em PDF httpwwwskymapscomindexhtmlhttpreabrasilastrodatabasenethttpgeocitiesyahoocombrreabrasilhttpaerithnetindexhtmlhttpwwwjplnasagovcalendarhttpingaufubr~silvestrhttpwwwcalskycomhttpwwwtodayinscicomhttpwwwpamsueduabramsSkyWatchersDiaryDiaryhtmlhttpcometsamsmeteorsorgmeteorscalendarhtmlhttpwwwimonethttpwwwlunaroccultationscomiota2003bstarebstarehtmhttpwwwlunaroccultationscomiota2003planetsplanetshtmhttpwwwjplnasagovhttpsunearthgsfcnasagoveclipseeclipsehtmlhttpssdjplnasagov

Rosely Greacutegio eacute formada em Artes e Desenho pela UNAERP Grande difusora da Astronomia atualmenteparticipa de programas de observaccedilatildeo desenvolvidos no Brasil e exterior envolvendo meteoros cometasLua e recentemente o Solhttprgregioastrodatabasenethttprgregiositesuolcombrhttpmembersfortunecitycommeteor4indexhtmhttpgeocitiesyahoocombrrgregio2001httpwwwconstelacoeshpgcombr

70 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EPSILON f

MIM72

M73

NGC7009

1

^ 9 CONSTELACcedilOtildeES

Z odiacais

CAPRICOacuteRNIO

PEIXE AUSTRAL

bull |ALPHA

THETA NGC7293

ZETA

AQUAacuteRIO

DELTA

LAMBDA

DELTA88

PEIXEk

mdash mdashr mdashFI

LEGEINDAMagnitude das estrelas

Limites das constelaccedilotildeesi

bull

bull bull bull bull laquo gt Grelha de coordenadasbull BALEIA

- 1 0 1 2 3 -1 otilde equatoriais V

mmdash revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

M2

copy CA

RTES

DU

C

IEL

71

CONSTELACcedilOtildeESZODIACAIS

CONSTELACcedilAtildeO DE

uaacuterioAquarius Aquaacuterio Abreviaccedilatildeo Aqr Genitivo Aquarii Significado O portador de Aacutegua Ascensatildeo Reta 23 horas Declinaccedilatildeo -15 graus Visiacutevel entre latitudes 65 e -90 grausConstelaccedilotildees Limiacutetrofes Cap PsA Scl Cet Psc Peg Equ e AqlAquaacuterio eacute visiacutevel no outono para o Hemisfeacuterio Norte e na primavera para o Hemisfeacuterio Meridional

Rosely Greacutegio | Revista macroCOSMOcom rgregiouolcombr

A Constelaccedilatildeo do Aquaacuterio estaacute representada em vaacuterias culturas antigas e sempre associada a aacutegua pois seu aparecimento no ceacuteu ou quando localizada no Zecircnite significava o anuncio da chegada das chuvas eou da inundaccedilatildeo dos rios Isto significava fonte de vida e alimento para os povos que viviam nas terras aacuteridas como por exemplo a Babilocircnia e o Egito Aquaacuterio eacute uma constelaccedilatildeo bastante lacircnguida que natildeo seria famosa se natildeo fizesse parte do Zodiacuteaco Na maioria das culturas eacute tido como um homem que verte aacutegua de um balde Isto pode surgir do fato que o Sol entra em Aquaacuterio no iniacutecio do inverno quando a estaccedilatildeo chuvosa comeccedila em muitas partes do mundo

Aquaacuterio tem algumas binaacuterias agradaacuteveis de serem observadas uma variaacutevel sem igual e alguns objetos de ceacuteu fundo um pouco interessantes (mas os Objetos Messier aqui geralmente natildeo satildeo muito interessantes) As estrelas geralmente satildeo de quarta magnitude

___________________ Estrelas Nomeadas

Albali (Epsilo Aqr) Ancha (Theta Aqr) Situla (Kappa Aqr)

_Estrelas Duplas

Zeta2 A q uarii e zeta1 A q uarii formam um sistema binaacuterio de duas estrelas brancas iguais com uma oacuterbita de 760 anos Zeta2 Aquarii eacute a primaacuteria 44 46 PA 266deg atual e separaccedilatildeo 23 ldquo

Struve 2944 eacute um sistema triplo agradaacutevel com todos os trecircs em uma linha reta AB 70 75 PA 276deg separaccedilatildeo 25 ldquo C 84 PA 106deg separaccedilatildeo 50 ldquo

Struve 2988 eacute um par muito atraente de estrelas iguais 72 72 PA 101deg separaccedilatildeo 35 ldquo A binaacuteria estaacute a 3deg SW de psi1 Aquarii

Estrelas Variaacuteveis

SADALMELIK Alpha Aquarii (Alpha Aqr) eacute um supergigante com cem vezes o tamanho do Sol Estaacute apenas haacute mil anos-luz de distacircncia e brilha com uma magnitude visual de 296 A lpha Aquarii (Sadalmelik) e beta A q uarii (Sadalsuud) satildeo supergigantes gecircmeas com nomes quase idecircnticos Os nom es significam respectivam ente ldquoO Afortunado do Reirdquo e ldquoO mais Afortunado dos Afortunadosrdquo

Sadalsuud (Beta Aqr)Sadalachbia (Gama Aqr)Skat (Delta Aqr)

A variaacutevel mais notaacutevel na constelaccedilatildeo eacute R Aquarii normalmente listada como uma ldquovariaacutevelrdquo do tipo Mira Contudo esta gigante vermelha natildeo eacute uma variaacutevel de longo-periacuteodo normal eacute uma estrela lsquorsquosimbiocircnticarsquorsquo se assemelhando a Z Andromedae Estrelas do tipo ldquoZ Andromedaerdquo satildeo aquelas que apresentam dois espectros separados indicando duas temperaturas bastante diferentes um esfria e outra muito quente Este fenocircmeno eacute causado por um mesmo sistema binaacuterio onde a estrela maior e mais fria e a outra estrela (talvez uma pequena anatilde branca) a quente E de fato R Aquarii tem uma pequena companheira azul que eacute cercada por uma nuvem de gaacutes Quando acontece eclipse da estrela

72 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

CONSTELACcedilOtildeESZODIACAIS

pequena pela gigante a magnitude visual da primaacuteria varia A estrela tem um periacuteodo de 38696 dias e um alcance de 58 a 124 o melhor momento para ver esta estrela seraacute na primeira semana de setembro em 2005

______________ Objetos de Ceacuteu Profundo

M2 (NGC 7089) - E um aglomerado globular compacto e luminoso mag 65 situado haacute 50000 anos-luz de distacircncia O aglomerado estaacute a 5deg N de beta Aquarii

M72 (NGC 6981) - Tambeacutem eacute um aglomerado globular mag 93 aproximadamente 3deg W S W da Nebulosa de Saturno

M73 (NGC 6994) - E outro aglomerado globular um agrupamento de estrelas de mag 89 que incluiu quatro estrelas sem conexotildees aproximadamente a 15deg leste de M 72

M73 (sistema ou asterismo de 4 estrelas) eacute notaacutevel por fazer o proacuteprio jarro de aacutegua inclinado e vertendo aacutegua Este pequeno asterismo que no campo de visatildeo binocular podem ser vistos em sua totalidade eacute composto de zeta Aqr e trecircs outras estrelas

NGC 7009 ldquoNebulosa de Saturnorsquorsquo - E umanebulosa p lanetaacuteria de mag 8 3 bastante espetacular visiacutevel em instrumentos grandes Tem raios que estende de ambos os lados do disco principal A nebulosa estaacute a 1deg a oeste de nu Aqrrdquo

NGC 7293 lsquorsquoNebulosa da Heacutelicersquorsquo (ou ldquoNebulosa Helicoidalrdquo) - E outra nebulosa planetaacuteria cujo nome aparentemente adveacutem de sua semelhanccedila a heacutelice dupla do DNA Realmente eacute uma nebulosa de anel com mag 65 soacute muito maior e mais lacircnguido que a Nebulosa de Anel mais notaacutevel em Lyra A nebulosa estaacute a 15deg W de upsilon Aquarii ou 210 no devido sul de zeta Aquarii ^

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Clique Astronocircmico

Planetaacuterio Municipal ldquo Prof Benedito RelardquoSituado na cidade de ItatibaSP e inaugurado em 07 de novembro de 2003 eacute o primeiro e uacutenico planetaacuterio no Paiacutes desenvolvido com tecnologia 100 nacional (Projeto Sphaera) O Planetaacuterio Benedito Rela eacute o 18deg do Brasil e o 3deg construiacutedo por uma Prefeitura Municipal e tem capacidade para abrigar ateacute 65 pessoas sentadas em sua sala de projeccedilatildeo Com uma cuacutepula de oito metros e totalmente automatizado foi montado pelo astrocircnomo Carlos Eduardo Mariano de CampinasSP O objetivo da Prefeitura de Itatiba por meio da Secretaria da Educaccedilatildeo eacute a realizaccedilatildeo de cursos palestras seminaacuterios exposiccedilotildees atividades de observaccedilatildeo astronocircmica e encontros sobre planetaacuterios e ensino de Astronomia O projetor SPHAERA I fabricado pela empresa brasileira Sphaera Planetaria Ltda reproduz o ceacuteu estrelado de qualquer regiatildeo do planeta e em qualquer eacutepoca com ateacute 10000 estrelas aleacutem da Via-Laacutectea Sol Lua planetas visiacuteveis figuras das constelaccedilotildees e muitos outros recursos Neste segundo semestre estaraacute em funcionamento no Planetaacuterio o projetor SPHAERA MIDIA Com esse equipamento que iraacute trabalhar em conjunto com o projetor SPHAERA I seraacute possiacutevel projetar graacuteficos e animaccedilotildees de alta definiccedilatildeo e ateacute em 3D Anualmente cerca de 20000 pessoas de Itatiba e cidades vizinhas participam das diversas atividades oferecidas pelo Planetaacuterio Todas as atividades realizadas pelo Planetaacuterio satildeo totalmente gratuitas

Maiores informaccedilotildees httpwwwprefeituraitatibacombrplanetarioplanetariohtmAgendamento de visitas (11) 4538-4547

74 revista macroCOSMOcom | setembro de

copy He

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2005

Construccedilatildeo de umHeliostato

Joseacute Carlos Diniz | REACARJCANFdinizastroterracombr

O Heliostato eacute um instrumento simples quepermite a observaccedilatildeo do Sol por longos periacuteodos de forma segura Deve ser instalado preferencialmente mas natildeo obrigatoriamente de forma fixa de modo a facilitar a aquisiccedilatildeo de imagens Eacute particularmente uacutetil em observatoacuterios para mostras puacuteblicas palestras e estudo sistemaacutetico do Sol

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 75

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Sempre me dediquei agrave fotografia quer seja quando jovem como forma de sustento quer jaacute na meia idade quando me iniciei na astronomia Sempre me encantaram as imagens muito mais do que qualquer outro ramo da astronomia Em 1997 conheci e me maravilhei com o observatoacuterio solar de Rogeacuterio Marcon onde havia um Heliostato e fiquei entre assustado e apaixonado por aquele instrumento Mais tarde conheci Paulo R Moser e seu admiraacutevel trabalho sobre o Sol Com ele aprendi um pouco de observaccedilatildeo solar nas nossas conversas e atraveacutes da paacutegina solar da REA

Comprei filtros Thousand Oaks II e Baader Planetarium e por algum tempo fotografei o Sol O eclipse total de 1998 o novo ciclo solar e as observaccedilotildees puacuteblicas que fazemos no Clube que presido foram o estiacutemulo que faltava para me lanccedilar agrave aventura de construir meu proacuteprio Heliostato para natildeo soacute fotografar mas para observar o Sol

Haacute muito pouca literatura disponiacutevel talvez devido agrave sua simplicidade Os modelos que pesquisei eram voltados mais para a espectroscopia usando instrumentos de focal longa e com aparato complexo Desta forma procurei aprender para simplificar ao maacuteximo sua construccedilatildeo

Um Heliostato nada mais eacute do que um espelho plano montado numa estrutura que permite apontamento polar e movimento sincronizado com o Sol A imagem assim obtida eacute capturada por uma luneta (ou mesmo um doubleto acromaacutetico) e projetada sobre um anteparo O tamanho da imagem vai depender da distacircncia focal da luneta da ocular empregada e da distacircncia da projeccedilatildeo

Caso empreguemos um soacute espelho o Sol sofreraacute um movimento de rotaccedilatildeo ao longo da observaccedilatildeo por isso optei pelo modelo de dois espelhos onde essa rotaccedilatildeo natildeo existe

Neste modelo o espelho primaacuterio reflete a imagem solar para o espelho secundaacuterio que a envia agrave luneta Os espelhos devem ser planos e de boa qualidade (Agrave8) O espelhamento torna a imagem mais brilhante mas eacute possiacutevel prescindir dele Utilizei dois espelhos de 10 cm de diacircmetro feitos pelo Sr Weber (AraraquaraSP)

Uma outra observaccedilatildeo importante eacute que a velocidade de acompanhamento deve ser a metade da velocidade sideral porque a cada movimento do espelho o raio refletido altera-se o dobro desta forma o espelho primaacuterio deve dar uma volta completa a cada 48 horas

Procurei utilizar na construccedilatildeo materiais simples e ao alcance de todos (fig 1) como madeira compensada parafusos dobradiccedilas e rolamentos facilmente encontrados no mercado Apenas uma dimensatildeo eacute fundamental no setor a distacircncia entre o furo por onde passa o eixo principal e o sem-fim deve ser exatos 1455 cm para que tenhamos a velocidade de deslocamento correta de uma volta a cada 48 horas As outras dimensotildees das demais peccedilas natildeo satildeo importantes e podemos adapta-las ao nosso gosto

76 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

macroOFICINA

Na figura 1 temos a relaccedilatildeo das peccedilas

1 - Alumiacutenio dobrado para sustentar o espelho primaacuterio

2 - Discos de madeira para prender os espelhos

3 - Parafuso motor Prende o setor na placa de sustentaccedilatildeo

4 - Dobradiccedila de latatildeo

5 - Peccedila de latatildeo dobrada para ajuste de altura

6 - Parafusos que formam os peacutes da montagem

7 - Pequenos cilindros de madeira que formam as cabeccedilas dos parafusos

Aleacutem disso temos o setor garfo do espelho secundaacuterio placa de sustentaccedilatildeoe rolamentos (2) de rdquo de diacircmetro

FIG 1

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 77

T -

macroOFICINA

0 conjunto eacute montado sobre uma peccedila de madeira Haacute ainda uma pequena torre

que sustenta o espelho secundaacuterio (fig 2) nela vemos

1 - Torre

2 - Mesa onde se fixa o setor

3 - Tubo de latatildeo que prende o espelho secundaacuterio

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FIG 3

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Torneamos um eixo de latatildeo (fig 3) que passa por dentro dos ro lam entos de esfera e que prende de um lado o setor do sem fim e do outro o espelho primaacuterio

Esse eixo possui de um lado rosca de 38rdquo e do outro rdquo Duas arruelas de alumiacutenio ajudam na fixaccedilatildeo do suporte do espelho primaacuterio ao setor

Escolhem os passar o eixo pelos rolamentos para dar um movimento suave e uniforme ao espelho e fa c ilita r o p o sic ionam ento do espelho primaacuterio

A figura 4 mostra o conjunto em fase de montagem

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Revendo velhas revistas SampT deparei-me com uma soluccedilatildeo muito interessante para construccedilatildeo do sem fim dobrar dois parafusos de latatildeo de rdquo e 20 espiras por polegada e prende-los na parte de baixo do setor onde fizemos um sulco (fig 5 e 6)

A traccedilatildeo se daraacute por um parafuso igual ao do sem-fim acoplado ao motor de de volta por m inuto Esta re laccedilatildeo proporciona um deslocamento de metade da velocidade sideral O motor foi conseguido de um velho timer de uma maacutequina de lavar pratos e o suporte do parafuso feito em madeira no formato de U

Uma mola manteacutem o acoplamento e facilita o reposicionamento do setor (fig 7 8 e 9)

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Um dado importante para o correto alinhamento polar eacute que o plano do espelho primaacuterio deve obrigatoriamente coincidir com o Poacutelo O ajuste do Poacutelo se faz com a pequena peccedila de latatildeo conforme ilustrado nas figuras 10 e 11 Embora simples eacute eficaz e permite alinhar-se com boa precisatildeo

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Uso para o alinhamento um inclinocircmetro uma buacutessola e um niacutevel de bolha (fig 12)A torre que conteacutem o espelho secundaacuterio permite-nos aproximaacute-lo e afastaacute-lo do espelho primaacuterio

para obtermos a reflexatildeo da imagem Conforme a posiccedilatildeo do Sol no Solstiacutecio ou Equinoacutecio precisamos movimentaacute-la para obter a imagem a ser projetada

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1 ^ 1Apoacutes posicionar o espelho primaacuterio com o motor

em funcionamento movemos o secundaacuterio ateacute obtermos a reflexatildeo e em seguida o movemos para direcionar a luneta vista ao fundo junto agrave cuacutepula (fig 13 ) O motor eacute siacutencrono e ligado a corrente eleacutetrica atraveacutes de um variador de frequumlecircncia o que permite acelerar e retardar o movimento da imagem Observei que o conjunto sem fim ainda necessita de ajustes mas permite uma observaccedilatildeo por tempo razoaacutevel (10 a 15 minutos) com poucas correccedilotildees

No momento o instrumento encontra-se em testes Pretendo construir uma base soacutelida para recebecirc-lo e desta forma facilitar a obtenccedilatildeo de imagens solares de modo mais confortaacutevel no interior da minha modesta cuacutepula e abrigado dos raios

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solares podendo desta forma observaacute-lo de forma longa e produtiva A im agem refletida pelo secundaacuterio seraacute projetada atraveacutes de uma luneta para um anteparo onde seraacute observada Cartas de Waldmeier foram impressas em transparecircncia e satildeo ajustadas agraves imagens (16 cm de diacircmetro)

Adiantando ou atrasando a rotaccedilatildeo do motor podemos fazer a imagem do Sol tocar as bordas da carta determinando assim a linha Leste e o Oeste e por consequumlecircncia o Norte e o Sul desta forma podemos posicionar a carta e saber em que setor as manchas estatildeo anotaacute-las e segui-las com maior precisatildeo A imagem pode ser fotografada e uma animaccedilatildeo mostrando a rotaccedilatildeo das manchas eacute possiacutevel

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As figuras 14 e 15 mostram o instrumento terminado

Espero ter contribuiacutedo para despertar interesse e motivaccedilatildeo no estudo do Sol O Heliostato eacute de grande im portacircncia para observatoacuterios e associaccedilotildees por permitir de forma simples obter im agens de qualid ad e com conforto e a popularizaccedilatildeo do estudo do Sol

Qualquer duvida estou sempre agrave disposiccedilatildeo Meus profundos agradecimentos a Rogeacuterio Marcon e a Paulo Roberto Moser pelos ensinamentos Este projeto eacute dedicado agrave memoacuteria de Jean Nicolini mestre da observaccedilatildeo e exemplo de paixatildeo pela astronomia M

Nota Este artigo eacute parte integrante do Reporte Anual da REA-BRASIL (REDE DE ASTRONOM IA OBSERVACIONAL BRASIL) - REPORTE Ndeg 11 editado em DEZEMBRO2003 Nossos agradecimentos ao amigo Joseacute Carlos Diniz bem como ao atual Coordenador Geral da REA Edvaldo Joseacute Trevisan por nos permitir divulgar e veicular na Revista macroCOSMOcom mais este trabalho realizado pelos membros da REA-BRASIL Este e demais reportes estatildeo disponiacuteveis em no site da REA-BRASIL Conheccedila o trabalho desenvolvido pelos membros da REA e participe httpwwwreabrasilorg

Joseacute Carlos Diniz eacute Meacutedico Cardiologista (Rio de JaneiroRJ) astrocircnomo amador astrofotoacutegrafo e ATM Membro da REA CARJ CANF e NG C51 Tem se destacado por seu magniacutefico trabalho contra a Poluiccedilatildeo Luminosa emeacuterito e premiado astrofotoacutegrafo construtor de vaacuterios instrumentos astronocircmicos e divulgador destas nobres artes cujos trabalhos podem ser apreciados em httpwwwastrosurfcomdiniz e http wwwdinizastrodatabasenet

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Equipe que iraacute para a Olimpiacuteada internacional em 2005 na China No centro o presidente da SAB Licio da Silva e Prof Joatildeo Canalle coordenador nacional da OBA

Olimpiacuteada Brasileira de Astronomia eDESPERTANDO INTERESSE DE A c t m n C I I

ALUNOS PELA CIEcircNCIA M b Ll U N dU LILrd

Fernanda Calipo | Revista macroCOSMOcomfecalipohotmailcom

Aleacutem de muacutesica balada e outros atrativos da idade alunos descobrem uma paixatildeo diferente A Astronom ia A O BA - O lim piacuteada B ras ile ira de A s tro n o m ia e A s tro n aacute u tica eacute um even to edu ca tivo responsaacutevel por despertaacute-los a se aplicar neste segm ento cientiacutefico A O lim piacuteada jaacute estaacute em sua oitava ediccedilatildeo e eacute prom ovida anualm ente pela SAB - Sociedade Astronocircm ica Brasileira sociedade cientiacutefica que reuacutene os profissionais envolvidos em pesquisa cientiacutefica de todas as aacutereas da Astronom ia e Astrofiacutesica do Brasil e pela Agecircncia Espacial Brasileira (AEB)

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A OBA tem o objetivo de fomentar o interesse dos jovens pela Astronomia Astronaacuteutica e Ciecircncias afins aleacutem de promover a difusatildeo dos conhecimentos baacutesicos de uma form a luacutedica e cooperativa mobilizando natildeo soacute os alunos mas professores coordenadores pedagoacutegicos diretores pais e escolas planetaacuterios observatoacuterios municipais e particulares espaccedilos centros e museus de ciecircncia associaccedilotildees e clubes de astronomia astrocircnomos profissionais e amadores entre outros num soacute mutiratildeo nacional aleacutem de distribuir materiais educacionais de astronomia para os professores representantes da OBA nas escolas participantes

ldquoA Astronomia eacute a ciecircncia com o maior nuacutemero de sociedades amadoras mas paradoxalmente natildeo eacute objeto de uma disciplina especiacutefica nos curriacuteculos dos ensinos fundamental e meacutedio Em geral ela fica a cargo de um profissional de ensino que natildeo possui habilitaccedilatildeo especiacutefica no tema e muito frequumlentemente nem eacute formado em ciecircncias exatas A OBA busca portanto estimular nos estudantes o gosto pelo tem a bem como divulgar corretam ente os conteuacutedos entre estudantes e professores realizando um diagnoacutestico ainda que parcial do quatildeo tais conteuacutedos estatildeo ou natildeo corretamente apreendidosrdquo afirma o coordenador nacional da OBA Prof Dr Joatildeo Batista Garcia Canalle professor titu lar no Instituto de F iacutes ica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) onde tam beacutem estaacute sediada a Coordenaccedilatildeo Nacional da Olimpiacuteada Brasileira

Quem participa Todos alunos que estejam estudando entre a primeira serie do ensino fundamental ateacute os da ultima do ensino meacutedio Natildeo haacute restriccedilatildeo quanto ao nuacutemero miacutenimo ou maacuteximo de alunos participantes por escola Se a escola onde o aluno estuda natildeo estiver cadastrada para participar da OBA o estudante interessado poderaacute recorrer a uma outra escola cadastrada ou a outra instituiccedilatildeo cadastrada A inscriccedilatildeo do aluno deveraacute ser feita pelo professor que aplicaraacute a prova

As provas dividem-se em quatro niacuteveis a saber

Prof Joatildeo Canalle coordenador nacional da OBA

Niacutevel 1 destinada aos alunos da 1a e 2a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 2 destinada aos alunos da 3a e 4a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 3 destinada aos alunos de 5a agrave 8a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 4 destinada aos alunos de qualquer seacuterie do ensino meacutedio ou que jaacute concluiacuteram o ensino meacutedio haacute menos de dois anos (a contar da data da prova da OBA) e natildeo estatildeo matriculados em nenhuma instituiccedilatildeo de ensino superior

As questotildees das provas visam muito mais a dar informaccedilotildees corretas e atualizadas aos alunos do que extrair informaccedilotildees deles As provas satildeo compatiacuteveis com os conteuacutedos abordados pela maioria dos livros didaacuteticos do ensino fundamental e meacutedio A prova eacute constituiacuteda de 7 perguntas de Astronomia e 3 de Astronaacuteutica (o que inclui lanccedilamento de foguetes sateacutelites artificiais e sensoriamento remoto) Dentre as 7 perguntas de A stronom ia haacute uma ou duas perguntas observacionais Para responder a estas perguntas observacionais o aluno precisa fazer previamente uma atividade observacional divulgada com antecedecircncia sobre a qual seraacute baseada a pergunta

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Assim sendo os alunos podem fa ze r individualmente ou em grupos estas atividades observacionais No dia da Olimpiacuteada contudo cada aluno deveraacute estar de posse das suas mediccedilotildees respostas caacutelculos e resultados da atividade observacional que foi solicitada pela Organizaccedilatildeo da OBAUma novidade em 2005 foi a parceria com a Agecircncia Espacial Brasileira (AEB) passando a se cham ar O lim piacuteadas Brasileira de Astronomia e Astronaacuteutica ldquoA Agecircncia tem um interesse em divulgar mais seus avanccedilos tecnoloacutegicos brasileiros principalmente para quem ainda estaacute na fase de aprendizado Temos um brasileiro em constante treinamento na NASA o Marcos Pontes aleacutem de uma parceria com a China na aacuterea de sateacutelites Enfim muitas coisas para acrescentar como conhecimento na prova que teraacute 3 questotildees voltadas para este temardquo ressalta o Prof Canalle

Os alunos com m elhor desem penho na Olimpiacuteada nacional satildeo convidados a receber um treinamento para participarem da Olimpiacuteada Internacional devendo passar por uma outra prova que selecionaraacute entre 4 e 6 participantes para

representarem o Brasil laacute fora Como a equipe eacute formada por membros de diferentes unidades da federaccedilatildeo o treinamento contou com astrocircnomos membros da Sociedade Astronocircmica Brasileira os proacuteprios professores dos estudantes e ainda com listas de exerciacutecios compiladas por ex-participantes que tambeacutem jaacute participaram da Olimpiacuteada nacional ou internacional

ldquoA Olimpiacuteada muito mais que uma competiccedilatildeo eacute uma maneira de despertar a curiosidade cientiacutefica nos jovens Assim pretende-se utilizar a OBA como uma espeacutec ie de recurso pedagoacutegico um instrumento que muito mais do que de premiar os melhores estudantes tem o objetivo de cativar o interesse pela ciecircncia entre os jovens atraveacutes de uma prova com questotildees interessantes e bem elaboradas que natildeo lsquoassustersquo o estudante pela falta de conhecimento necessaacuterio retendo assim a sua atenccedilatildeo e despertar a sua imaginaccedilatildeo e o interesse cientiacutefico Sem duacutevida o evento serve tambeacutem para revelar talentos precoces A OBA seleciona os integrantes da equipe internacional tendo poreacutem um objetivo bem maior do que esterdquo finaliza o Prof Canalle

Carla Fernanda (hoje na POLI - USP) e Gulherme (Univale - SC) ambos com 17 anos e medalhistas da Olimpiacuteada internacional de 2004 na Ucracircnia

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Astronomia Brasileira leva prata e bronze em Olimpiacuteada Internacional de 2004 e prepara equipe para China em 2005

Configurando o melhor resultado de todas as participaccedilotildees nacionais trecircs dos quatro integrantes da equipe que representou o Brasil na IX Olimpiacuteada Internacional de Astronomia realizada em outubro de 2004 na Crimeacuteia retornaram laureados A equipe dividida nas duas faixas etaacuterias do certame era formada por Carla Fernanda de Arauacutejo e Silva estudante do Coleacutegio Objetivo (Satildeo PauloSP) e Guilherme Rohden Echelmeier estudante do Coleacutegio de Aplicaccedilatildeo da Univale (ItajaiacuteSC) pertencentes agrave faixa etaacuteria dos membros de ateacute 17 anos A faixa etaacuteria daqueles de ateacute 15 anos contou com Fernanda Vilela de Aquino da Escola Estadual Pe Anchieta (CoqueiralMG) e Felipe Ferreira Villar Coelho estudante do Coleacutegio Metropolitano (Serra ES) Carla e Guilherme obtiveram medalhas de bronze enquanto Filipe obteve a ineacutedita para o Brasil medalha de prata para a menor faixa etaacuteria A equipe contou ainda com os liacutederes Profa Nuricel Aguilera Villalonga (Coleacutegio Objetivo) Dr Carlos Alexandre W uenche do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Dr Roberto Pereira Ortiz (UFES)

A Olimpiacuteada foi realizada em Simeiz uma pequena cidade na costa sul da Crimeacuteia (no Mar Negro) a 105 km de Sinferopol T recircs diferentes tipos de provas foram aplicados teoacuterica praacutetica e observacional A prova praacutetica consiste na in terpretaccedilatildeo de informaccedilotildees astronocircmicas Para esta prova os estudantes natildeo podem ter mais de 17 anos nem estar na universidade

Hemisfeacuterio Norte - A equipe brasileira eacute uma das duas uacutenicas originaacuterias do Hemisfeacuterio Sul A outra eacute a equipe Indoneacutesia Entretanto as olimpiacuteadas internacionais de Astronomia desde sua criaccedilatildeo sempre foram organizadas no Hemisfeacuterio Norte Ao contraacuterio de outras Olimpiacuteadas Cientiacuteficas isto sempre foi uma desvantagem adicional para a equipe brasileira Aleacutem de conhecimentos teoacutericos e praacuteticos sobre Astrofiacutesica Astronomia e suas teacutecnicas os participantes se defrontaram com provas observacionais frente a um ceacuteu familiar a praticamente todas as equipes do Hemisfeacuterio Norte Para piorar as coisas algumas constelaccedilotildees que podem ser avistadas de ambos os Hemisfeacuterios

aparecem invertidas quando se vai de um hemisfeacuterio para outro Procurando sanar esta dificuldade a equipe recebeu da mesma forma que em 2003 um treinamento especial no Planetaacuterio de Rio de Janeiro uma semana antes de seu embarque para a Ucracircnia Na cuacutepula da Fundaccedilatildeo Planetaacuterio do Rio de Janeiro foi reproduzido o ceacuteu da Crimeacuteia agrave eacutepoca e horaacuterios provaacuteveis das provas observacionais

China 2005 o grupo que iraacute para China este ano marcou presenccedila no XXXI Encontro da SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira realizado no Hotel Vacance em Aacuteguas de LindoacuteiaSP de 3107 a 0308 quando recebeu um treinamento avanccedilado de profissionais em astronomia ex-participantes e o apoio do coordenador Prof Canalle e do presidente da SAB Prof Licio da Silva (ONMCT)

Divulgaccedilatildeo e ConhecimentoComparando os dados da I OBA em 1998 quando

a prova foi aplicada para alunos de apenas 21 instituiccedilotildees em 8 cidades hoje o nuacutemero chega a surpreender Na VIII OBA realizada em maio de 2005 o total de escolas cadastradas chegou agrave marca de 3300 somando cerca de 180000 alunos que efetivamente realizaram a prova Vale ressaltar que todos os alunos professores e escolas receberatildeo um certificado e os 10000 com melhor classificaccedilatildeo seratildeo condecorados com medalhas em eventos promovidos pelas proacuteprias instituiccedilotildees de origem dos alunos

Natildeo haacute taxa de inscriccedilatildeo para escolas ou alunos participarem da OBA O envio do material de divulgaccedilatildeo cartaz cartas circulares provas e gabaritos satildeo totalmente gratuitos inclusive a postagem dos m esm os A im pressatildeo dos certificados e a confecccedilatildeo das medalhas tambeacutem eacute gratuita As uacutenicas despesas das escolas participantes satildeo as coacutepias das provas pois eacute enviado somente um original de cada niacutevel para aplicaccedilatildeo aleacutem da postagem dos kits com medalhas certificados e materiais de apoio apoacutes a realizaccedilatildeo total do evento

Para maiores informaccedilotildees httpwwwobaorgbr

Fernanda Calipo Cossia eacute Jornalista publicitaacuteria locutora de raacutedio assessora de comunicaccedilatildeo e poacutes graduada em relaccedilotildees Puacuteblicas Trabalhou 5 anos na Universidade Metodista de Satildeo Paulo e acumulou experiecircncias para hoje atuar na aacuterea de assessoria de comunicaccedilatildeo para os mais diversos segmentos Atualmente ela dedica-se agrave especializaccedilatildeo na aacuterea de jornalismo cientiacutefico

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Da religiatildeo a Ciecircncia

uma aventura do conhecimento humano

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GLEISER Marcelo O fim da Terra e do Ceacuteu O apocalipse na Ciecircncia e na Religiatildeo Satildeo Paulo Companhia das Letras 2001

Quais satildeo os limites que separam ciecircncia e religiatildeo Satildeo saberes complementares ou antagocircnicos Satildeo estas as perguntas feitas por Marcelo Gleiser em ldquoO fim da Terra e do Ceacuteu O apocalipse na Ciecircncia e na Religiatildeo Experiente cosmoacutelogo e divulgador cientiacutefico o autor presenteia o leitor com uma fantaacutestica abordagem histoacuterica das principais questotildees astronocircmicas e cosmoloacutegicas a preocupar o homem durante sua existecircncia Impossibilitado de responder estas questotildees de forma cientiacutefica estes recorreram ao que chamamos hoje de religiatildeo

Para Marcelo natildeo existiu uma ruptura abrupta entre o pensamento religioso e o pensamento cientiacutefico Simplesmente perguntas que antes eram respondidas pela religiatildeo passaram a serem respondidas pela ciecircncia Ele segue esse caminho sem apelar para o relativismo tatildeo em moda que coloca segundo alguns filoacutesofos entre eles Richard Rorty os deuses gregos no mesmo patamar que a moderna astrofiacutesica Para este ambas as explicaccedilotildees da origem o cosmo seriam validas e natildeo haveria como escolher de forma racional entre uma e outra sendo esta uma escolha subjetiva

Marcelo Gleiser natildeo cai nesta armadilha relativista Ele reconhece sim o papel que teve a religiatildeo como uma das formas de pensamento desenvolvidas pelo homem para tentar explicar fenocircmenos naturais mas tambeacutem reconhece as limitaccedilotildees destas explicaccedilotildees uma vez que a fiacutesica e a astronomia moderna ainda que natildeo se julguem detentoras da verdade conseguiram explicar os fenocircmenos expostos natildeo apenas de forma mais satisfatoacuteria mas tambeacutem de maneira racional experimental e capaz de fazer previsotildees Componentes estes indispensaacuteveis a qualquer ciecircncia E fora do acircmbito da religiatildeo

Um dos fenocircmenos mais perturbadores para o homem antigo era a mudanccedila nos ciclos dos movimentos celestes (tais como os eclipses aparecimento de cometas e chuva de meteoros) Em geral estes fenocircmenos celestes representavam a prediccedilatildeo de eventos maleacuteficos (pragas doenccedilas escassez nas colheitas fome ou ira dos

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deuses) A uacutenica exceccedilatildeo segundo o autor eacute a tribo Kung da N am iacutebia que considerava a passagem destes objetos celestes como pressaacutegio de boa sorte Esta visatildeo eacute decorrente de crenccedilas que consideravam os ceacuteus como morada dos d euses portanto um lugar de perfe iccedilatildeo e imutabilidade Podendo ser qualquer mudanccedila no ciclo regular dos movimentos dos ceacuteus considerada como mudanccedila no temperamento dos proacuteprios deuses Natildeo eacute estranho assim que o livro de Apocalipse o ultimo livro do Novo Testamento trazer referencias ao fim do mundo como um evento de ordem cosmoloacutegica (queda de estrelas na Terra escurecimento do Sol entre outros) isto sem falar por exemplo em 2deg Pedro 3 3-13 1 deg Joatildeo 2 18 no Livro de Daniel no Ecircxodo e etc apenas para ficarmos nas referencias culturais mais proacuteximas de noacutes mesmos

Natildeo se preocupe leitor Gleiser vai muito mais longe do que isso em sua histoacuteria da religiatildeo comprada agrave astronomia e cosmologia moderna Passamos assim a conhecer as mais diversas crenccedilas religiosas e miacuteticas que a seu modo tentam exp licar os fenocircm enos ce lestes Egiacutepcios japoneses gauleses incas povos ameriacutendios povos africanos chineses judeus hindus e europeus tem suas mitologias dissecadas de forma bastante competente pelo autor

Apoacutes a apresentaccedilatildeo destas o autor recorre ao arcabouccedilo teoacuterico experimental e histoacuterico da cosmologia e da astronomia explicando questotildees levantadas e trabalhadas pelo pensamento miacutestico- relig ioso a traveacutes das ultim as desco b ertas cientiacuteficas O meacutetodo de exposiccedilatildeo perpassa todas as quatro partes do livro prim eiram ente eacute apresentada uma questatildeo de ordem astronocircmico- cosmoloacutegica em seguida a explicaccedilatildeo dada pelas religiotildees a estes fenocircm enos seguidas pela exposiccedilatildeo das explicaccedilotildees dadas por filoacutesofos e cientistas em diversas eacutepocas ao mesmo fenocircmeno somente entatildeo o leitor eacute confrontado com as explicaccedilotildees mais recentes dadas pela ciecircncia moderna Organizaccedilatildeo esta bastante didaacutetica certamente muito apraziacutevel e uacutetil para expor questotildees astronocircmicas ao puacuteblico leigo

Seguindo este meacutetodo o leitor apoacutes ser exposto ao legitimo perigo representado por asteroacuteides e cometas para a existecircncia da vida humana ou no miacutenimo os enormes prejuiacutezos que a queda de um meteorito provocaria ao se chocar em uma cidade populosa Perigo este de certa forma jaacute contemplado no pensamento miacutestico-religioso de vaacuterios povos passa a entender a origem formaccedilatildeo constituiccedilatildeo geoloacutegica e oacuterbita destes objetos celestes para entatildeo ser apresentado as ultimas medidas tomadas por cientistas e militares para catalogar estes objetos e possivelmente evitar uma colisatildeo

Vejamos uma breve passagem ldquoComo sabiam os egiacutepcios japoneses incas e tantas outras culturas que idolatraram o Sol atraveacutes dos tempos o destino do Sol eacute diretamente relevante para o nosso destino e sobrevivecircncia neste planeta Durante aproximadamente 10 bilhotildees de anos hidrogecircnio funde-se em heacutelio gerando pressatildeo suficiente para contraba lanccedilar a contraccedilatildeo gravitacional Com o passar do tempo a quantidade de heacutelio na regiatildeo central da estrela aumenta enquanto a quantidade de hidrogecircnio diminui paacuteg 195 Este processo levara o Sol a se tornar uma gigante vermelha destruindo toda a vida na Terra

Daiacute o autor passa a explorar os buracos negros misteriosos turbilhotildees coacutesmicos dignos de Jasatildeo e Gilgamesh entre tantos outros fenocircmenos e objetos celestes Apoacutes uma longa viagem por mitos religiotildees filosofias e histoacuteria da ciecircncia o autor fecha o livro com um fantaacutestico capiacutetulo referente agrave formaccedilatildeo do universo e a interaccedilatildeo de suas forccedilas a luz da fiacutesica contemporacircnea

Apoacutes percorrermos este longo caminho descrito por Gleiser terminamos a leitura com uma uacutenica certeza somos seres extremamente limitados e insignificantes perante a grandeza do Universo entretanto fomos capaz de lhe dar um significado e uma explicaccedilatildeo Ainda temos muito para conhecer Com certeza Mas certamente daremos passos ainda maiores pois a vida humana soacute tem valor na medida em que podemos dar significado ao mundo que nos cerca aumentando nosso entendimento deste Vocecirc leitor pode ser o proacuteximo a dar este passo Ateacute laacute soacute posso lhe desejar uma boa leitura

Edgar Indalecio Smaniotto filoacutesofo professor e escritor E-mail edgarsmaniottoyahoocombr

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Viag ens no tempoe Universos Paralelos

Explorando os limites da Fiacutesica

VASCONCELLOS Rogeacuterio Amaral de Vaca Profana Encruzilhadas Livro 1 Ndeg 00 [S C] Sistema Literaacuterio Experimental Virtual (SLEV) 2005 (Coleccedilatildeo SLEV 2004 - Fase I) Compras em httpwwwslevorg R$ 1200

Nos uacuteltimos anos a fiacutesica teoacuterica vem expandindo-se gradualmente incorporando a seu arcabouccedilo de conceitos ideacuteias ateacute entatildeo de domiacutenio da ldquometafiacutesicardquo ou seja algo que antes era feito por filoacutesofos tornou-se agora parte da fiacutesica Processo este que ocorre pelo menos desde Nietzsche o uacuteltimo grande filoacutesofo a tratar de questotildees cosmoloacutegicas E tambeacutem aquele que decretou a morte da metafiacutesica entregando para os fiacutesicos a responsabilidade de explicar e criar hipoacuteteses que decircem sentido a organizaccedilatildeo do cosmo

Entretanto os fiacutesicos ao contrario dos filoacutesofos ainda que tendem a levantar hipoacuteteses muitas vezes surpreendentes tem que tornar estas ldquoverificaacuteveisrdquo via experimentaccedilatildeo Suas hipoacuteteses devem ter um referencial no mundo natural capaz de ser observado por seus pares Em outras palavras mesmo que apresentem uma teoria elegantemente organizada e sustentada racionalmente por criteacuterios loacutegicos e matemaacuteticos esta natildeo seraacute aceita caso natildeo se verifique sua correlaccedilatildeo com o mundo natural

Mas alguns cientistas mais ousados entre eles J Richard Gott (Viagens no Tempo No universo de Einstein Rio de Janeiro Ediouro 2002) natildeo se importam em fazer extrapolaccedilotildees bastante distantes das possibilidades da ciecircncia moderna em verificar sua correlaccedilatildeo com o mundo natural Abrindo assim amplos campos para a especulaccedilatildeo cientiacutefica campo este rapidamente ocupado pelos escritos de ficccedilatildeo cientiacutefica

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D estacam os aqui o livro ldquoV aca P ro fa n a E n c ru z ilh a d a s rdquo de R ogeacuterio A m aral de Vasconcellos recentemente lanccedilado Tudo bem concordo que o titulo eacute um tanto esquisito eu tam beacutem natildeo gostei mas o livro tem muitas qualidades que independem deste

Basicamente estamos falando de Universos Paralelos e V iagens no Tempo Neste caso seriamos habitantes de um Multiverso Assim o autor trab a lh a com as teo rias da in flaccedilatildeo cosmoloacutegica ou seja a ideacuteia de que aleacutem do alcance de nossos telescoacutepios existem outras regiotildees do espaccedilo que parecem idecircnticas a nossa Para muitos cosmoacutelogos alguns destes Universos poderiam ateacute ter leis fiacutesicas diferentes do nosso Basicamente esta eacute a ideacuteia que perpassa a histoacuteria do livro

A histoacuteria propriamente dita comeccedila quando uma poderosa entidade alieniacutegena conhecida como o Zelador que possui tecnologia capaz de se deslocar entre estes universos comeccedila a reunir um grupo de seres humanos e alieniacutegenas de diversos universos e tempos diferentes A intenccedilatildeo do autor eacute trabalhar com o conceito de Histoacuteria Alternativa Basicamente neste tipo de ficccedilatildeo cientifica o autor pega um determinado ponto chave da histoacuteria e modifica este m udado assim todo o restante da histoacuteria conhecida

Por exemplo se Hitler tivesse conseguido a bomba atocircmica antes dos aliados se a Intentona Comunista tivesse obtido sucesso em derrubar Getulio Vargas ou se a Confederaccedilatildeo dos Tamoios tivesse vencido a guerra contra os portugueses como seria nossa historia hoje Entre diversas outras possibilidades

Mas todas estas soacute satildeo possiacuteveis se estivermos falando de um Multiverso infinito onde todos os seres humanos e fatos histoacutericos podem ter todos os seus desdobramentos possiacuteveis ocorrendo Neste caso a viagem no tempo natildeo seria uma viajem ao nosso proacuteprio passado mas uma viagem a um outro universo onde nossa presenccedila laacute jaacute estava assegurada Assim todas as possibilidades que nossa existecircncia poderia seguir realmente existem nestes diferentes universos

P arecem ideacute ias um tanto m eta fiacutes icas Certamente Mas o artigo ldquoO jogo de espelho dos Universos Paralelosrdquo de Max Tegmark (Scientific American Ano 2 ndeg 13) e o jaacute citado livro de J Richard Gott tornam estas possibilidades bastante plausiacuteveis ainda que estejamos a seacuteculos de distancia de uma tecnologia que nos permita mesmo visualizar estes universos paralelos ou viajar no tempo como admitem os proacuteprios autores citados Vasconcellos como todo o escritor de ficccedilatildeo cientiacutefica que se preze explora este campo ainda nebuloso da fiacutes ica ateacute suas ultim as consequumlecircncias

Neste primeiro livro impresso a coleccedilatildeo completa jaacute tem mais de 3 dezenas de volumes disponiacuteveis em e-book na Internet (httpwwwslevorg) o autor faz uma apresentaccedilatildeo dos personagens e do norte narrativo da histoacuteria Satildeo reunidos seres de vaacuterios tempos e universos em sua grande maioria humanos apenas alguns satildeo alieniacutegenas para cumprir algumas missotildees em diferentes realidades alternativas

A apresentaccedilatildeo destes personagens e de seus mundos eacute feita com bastante competecircncia Temos dois arqueoacutelogos Andreacuteas Nikolos Papandriu e Dimitri Diogovitc na segunda metade do seacuteculo XIX envoltos com o debate acerca da origem da vida (evolucionismo versus criacionismo) A descriccedilatildeo de seres vivos inteligentes evoluiacutedos a partir do reino vegetal que podem usar metano gaacutes carbocircnico e eacuteter para sobrevivecircncia metaboacutelica aleacutem de um sofisticado conversor orgacircnico com ceacutelulas verdes -fotossinteacuteticas- em accedilatildeo

Este personagem (Zandra de Harboor) eacute dos mais interessantes do livro por viver em um mundo onde a magia ainda predomina tendo serias dificuldades com a aristocracia local para levar ad ian te suas pesquisas astronocircm icas e astronaacuteuticas O leitor se defrontara com bastantes questotildees interessantes mas teraacute que acompanhar a serie toda Natildeo se desespere cada livro custa apenas 200 reais no sistema e-book De qualquer forma eacute uma excelente pedida para quem gosta de uma boa literatura com pitadas de ciecircncia e muita fantasia Boa leitura

Edgar Indalecio Sm aniotto filoacutesofo professor e escritor E-mail edgarsmaniottoyahoocombr

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dicasdigitais

Navegando pelas constelaccedilotildeesEm setembro tem iniacutecio a estaccedilatildeo das flores Novas constelaccedilotildees estaratildeo melhores posicionadas

no ceacuteu noturno nas noites quentes de primavera para o hemisfeacuterio austral e outonal para o hemisfeacuterio boreal Assim nesta ediccedilatildeo vamos dar um giro por websites que falam dessas miriacuteades de estrelas e dos objetos que estatildeo em suas direccedilotildeesAntes de entrarmos no mundo digital vai uma dica natildeo digital para os neoacutefitos que querem saber

onde estatildeo as constelaccedilotildees e como localiza-las Nossa sugestatildeo vai para um livro com 87 paacuteginas de faacutecil entendimento e muito bem estruturado Eacute um pequeno guia praacutetico para observaccedilatildeo do ceacuteu que leva o observador a identificar estrelas e constelaccedilotildees sem o auxiacutelio de instrumentos Rumo agraves Estrelas do autor Delerue Alberto (1999) editora Jorge Zahar

Como diria o grande poeta parnasiano Olavo Bilac (1865-1918) cujas estrelas tecircm presenccedila marcante em seus versos que ora aparecem como confidentes ora como testemunhas ou conhecedoras do misteacuterio da vida

ldquoOra (direis) ouvir estrelas Certo Perdeste o sensordquo E eu vos direi no entanto

Que para ouvi-las muita vez desperto E abro as janelas paacutelido de espantoE conversamos toda a noite enquanto A Via Laacutectea como um paacutelio aberto

Cintila E ao vir do sol saudoso e em prantoInda as procuro pelo ceacuteu desertoDireis agora ldquoTresloucado amigo

que conversas com elas Que sentido Tem o que dizem quando estatildeo contigordquo

E eu vos direi ldquoAmai para entendecirc-lasPois soacute quem ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelasrdquo

Via-Laacutectea (Olavo Bilac)

Os websites relacionados nessa ediccedilatildeo contem inuacutemeras informaccedilotildees sobre esfera celeste estrelas constelaccedilotildees e muito mais Vale a pena navegar por cada um deles e usufruir desse vasto conhecimento depositado na internet Clique no mouse e feliz navegaccedilatildeo

94 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

dicas digitais

Kepler de Souza Oliveira Filho e Maria de Faacutetima Oliveira Saraiva (em portuguecircs)lt

Constelaccedilotildees httpastroifufrgsbrconsthtm pound3Coordenadas das Constelaccedilotildees httpastroifufrgsbrconst1htm |

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Sebastiaacuten Otero (em inglecircs) 1280(05) 1290 (06)

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Imagens de Constelaccedilotildees - httpdavidmalincomfujiifujii_indexhtmlDavid Malin (em inglecircs)Paacutegina com a coleccedilatildeo completa de Akira FujiiDMI

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revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 95

dicasdigitais

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The Constellations Web Page - httpwwwdibonsmithcomconstelhtmRichard Dibon-Smith (em inglecircs)

lsquo i - lsquoTabela com- alfabeto gregolsquohttpwwwdibonsmithcomgreekhtm

raquo bull i _ Tabela de dados estelares httpwwwdibonsmithcomdatahtm -1

^ Localizaccedilatildeo de objetos atraveacutes de binoacuteculos httpwwwdibonsmithcombinoc_tbhtm Graacuteficos de cosntej accedilotildees para o hemisfeacuterio sul httpwwwdibohsmithcomgraph_shhtmEsquema de todas as constelaccedilotildees httpwwwdibonsmithcomgraphicshtmV rsquo rsquo raquo bull

Orbita de 150 estrelas binaacuterias visuais httpwwwdibonsmithcomorbitshtm Nomes mitojoacutegicos das lsquoconstelaccedilotildeesrsquo httptowwdibonsmithcommythnamehtm kCataacutelogo Messier httpwwwdibonsmithcommessierhtm

Rosely Greacutegio eacute formada em Artes e Desenho pela UNAERP Grande difusora da Astronomia atualmenteparticipa de programas de observaccedilatildeo desenvolvidos no Brasil e exterior envolvendo meteoros cometasLua e recentemente o Solhttprgregioastrodatabasenethttprgregiositesuolcombrhttpmembersfortunecitycommeteor4indexhtmhttpgeocitiesyahoocombrrgregio2001httpwwwconstelacoeshpgcombr

96 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

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AstroHaEacutearteDigital

Eacute com grande satisfaccedilatildeo que a Revista macroCOSMOcom inaugura uma nova seccedilatildeo chamada ldquoAstro Arte Digitalrdquo O objetivo dessa seccedilatildeo eacute a de ser um local de exposiccedilotildees de arte digital sobre temas astronocircmicos dando para aqueles leitores que possuem talento artiacutestico uma oportunidade para exporem seus trabalhos Todos estatildeo convidados para participarem

Regulamento

1deg O tema eacute livre contato que aborde algum tema relacionado agrave Astronomia ou Ciecircncias afins2deg Podem participar artistas de todas as idades e de diferentes localidades do Brasil e Exterior 3deg Cada artista poderaacute enviar quantos trabalhos desejar4deg Os trabalhos deveratildeo ser gerados digitalmente no tamanho 950X640 pixels (300 dpi) e natildeo poderatildeo exceder o tamanho de 1 MB podendo ser utilizado qualquer programa de desenho e modelagem graacutefica Tambeacutem seratildeo aceitos trabalhos feitos a ldquomatildeo livrerdquo no tamanho A4 (297cm X 21 cm) sendo que estes deveratildeo ser enviados digitalizados no tamanho 950X640 pixels (300 dpi) 5deg Os trabalhos enviados deveratildeo possuir tiacutetulo descriccedilatildeo da imagem o nome completo do artista cidade estado e paiacutes onde reside e o nome dos programas que utilizou para a criaccedilatildeo da sua arte ou do material utilizado no caso da arte ter sido feita a ldquomatildeo livrerdquo6deg Os trabalhos deveratildeo ser enviados para o e-mail astroartedigitalrevistamacrocosmocom

7deg Todos os trabalhos recebidos passaratildeo por um criteacuterio de avaliaccedilatildeo e escolha Os melhores trabalhos seratildeo publicados nas ediccedilotildees da Revista macroCOSMOcom8deg Natildeo existem prazos para envio dos trabalhos A avaliaccedilatildeo para a escolha dos melhores trabalhos para publicaccedilatildeo soacute teraacute iniacutecio apenas quando atingirmos o nuacutemero miacutenimo de 20 trabalhos recebidos

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 97

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rmacroCOSMO comA primeira revista eletrocircnica brasileira de Astronomia

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Ediccedilatildeo ndeg 13Dezembro de 2004

Ediccedilatildeo ndeg 14Janeiro de 2005

Ediccedilatildeo ndeg 15Fevereiro de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 16Marccedilo de 2004

Ediccedilatildeo ndeg 17Abril de 2005

Ediccedilatildeo ndeg 18Maio de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 19Junho de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 20Julho de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 21Agosto de 2005

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Page 4: Planetas ' * Extrasolaresacervoastronomico.org/acervo/MACROCOSMO/macrocosmo22.pdf · 2020. 2. 21. · provável a existência de vida em outros pontos do Universo. Somente no nosso

A Revista macroCOSMOcom gostaria de de agradecer as centenas de astrocircnomos que jaacute participaram e convidar aqueles que ainda natildeo o fizeram para participarem do Censo Astronocircmico 2005

A finalidade deste Censo eacute identificar o perfil e os interesses dos astrocircnomos brasileiros onde eles estatildeo e quantos satildeo Estatildeo convidados para participar deste censo todos aqueles que dedicam sua vida agrave astronomia desde o simples entusiasta que possui interesse sobre os astros mas natildeo participa de atividades ligadas agrave astronomia passando pelo astrocircnomo amador que participa dessas atividades mas natildeo eacute graduado em astronomia ateacute os profissionais graduados ou poacutes-graduados tanto os que atuam no Brasil quanto os que estatildeo no exterior

Atraveacutes do resultado deste Censo poderemos saber quais satildeo os nichos em que a astronomia se aglomera e assim estimular um maior contato entre eles organizando encontros regionais e nacionais com maior eficaacutecia aleacutem de destacar aquelas regiotildees aonde a astronomia ainda natildeo chegou planejando assim estrateacutegias de divulgaccedilatildeo astronocircmica

Existem quatro versotildees de questionaacuterios especiacuteficos para Astrocircnomos entusiastas amadores profissionais ou astrocircnomos brasileiros no exterior e natildeo leva mais que 2 minutos para ser respondido As questotildees procuram identificar o perfil localidade e que tipo de observaccedilatildeo fazem os astrocircnomos quanto tempo dedicam agrave esta atividade e como se informam

O Censo estaraacute online ateacute a meia-noite do dia 1deg de novembro de 2005 O levantam ento final seraacute aberto e publicado nas ediccedilotildees da Revista macroCOSMOcom

Algumas mateacuterias na imprensa sobre o Censo Astronocircmico 2005

httpcienciahojeuolcombrcontrolPanelmateriaview3218httpwwwcomcienciabr200412noticias2005astronomiahtm

httpwwwjornaldacienciaorgbrDetalhejspid=25159

Para acessar o questionaacuterio clique em

httpwwwrevistamacrocosmocomcensohtm

Maiores informaccedilotildees censorevistamacrocosmocom

4 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

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Novos dados sobre Saturno espantam cientistas

Novos dados enviados pela sonda Cassini deixou os cientistas espantados com as agitadas nuvens de gaacutes de Saturno a beleza e turbulecircncia inesperada de seus aneacuteis e a diversidade de suas luas segundo uma conferecircncia celebrada nesta segunda-feira 5 de setem bro na Inglaterra

Em dezem bro a m issatildeo de trecircs bilhotildees de doacutelares enviou a sonda europeacuteia Huygens em um m ergulho suicida a Titatilde uma das luas de Saturno cuja bizarra fotoquiacutem ica - uma neacutevoa de metano e outros com postos de carbono - faz dela um dos corpos celestes mais intrigantes do sistem a

Uma das surpresas eacute a grande diversidade de nuvens na atm osfera profunda de Saturno ldquo Diferente da nebulosa extensa e grande fa ixa de nuvens vistas regularm ente na alta atm osfera de Saturno muitas das nuvens mais profundas parecem ser aspectos isolados localizadosrdquo disse Kevin Baines m em bro da equipe de m apeam ento espectrocircm etro visual e infraverm elho do Laboratoacuterio de Jato-Propulsatildeo da Nasa

ldquoElas aparecem em uma grande variedade de tam anhos e form as inclusive em form atos circular e oval de rosca e redem oinhosrdquo explicou Estas nuvens se encontram em uma parte profunda da atm osfera cerca de 30 km abaixo das nuvens mais altas norm alm ente vistas em Saturno

Segundo o Laboratoacuterio de Jato Propulsatildeo elas tam beacutem se com portam diferentem ente daquelas na parte m ais alta da atm osfera e se com potildeem de outros m ateriais Satildeo feitas de am ocircnio hidrosulfito ou aacutegua mas natildeo de am ocircnia o elem ento quiacutem ico geralm ente apontado na com posiccedilatildeo das nuvens mais altas A atm osfera turva e sufocante de Saturno tam beacutem eacute dom inada por enorm es tem pestades de relacircm pagos do tam anho de um continente terrestre Um evento catacliacutesm ico registrado pelas cacircm eras da Cassini foi batizado de ldquoTem pestade Dragatildeordquo (Dragon Storm ) porque a sua form a lembrou a de um dragatildeo explicou Matson

Longe de ser uma regiatildeo de tranquumlilidade e constacircncia os fragm entos rochosos dos sete aneacuteis de Saturno colidem e se separam dom inados pela forccedila da gravidade do planeta e rasgados pela passagem das luas O anel A - o mais externo - ldquoeacute acim a de tudo espaccedilo vaziordquo pois os fragm entos se aglom eraram foram separados e entatildeo voltaram a se reunir graccedilas agrave forccedila de gravidade do planeta Parte do anel D - o mais proacutexim o do planeta - se tornou opaco e m oveu-se para dentro na direccedilatildeo de Saturno por cerca de 200 km desde que foi observado pela Voyager em 1980 e 1981

O sistem a dos aneacuteis ldquoeacute uma regiatildeo absolutamente dinacircmica Os aneacuteis estatildeo constantemente se movendo com a interaccedilatildeo da gravidade e possivelm ente de cam pos m agneacuteticosrdquo disse Carolyn Porco do Instituto de C iecircncia Espacial de Boulder Colorado

Outra grande surpresa eacute que um anel espiral envolve o planeta com o uma mola Este ldquobraccedilo esp ira lrdquo existe em torno do anel F e poderia ser a consequumlecircncia de luas que elas proacuteprias atraiacutedas pela gravidade de Saturno liberaram algum tipo de material Esta descoberta levantou a questatildeo de que o anel F poderia ser instaacutevel ou ateacute m esm o te r vida curta

Quanto agraves 46 luas de Saturno a Enceladus se uniu agrave Titatilde com o fonte de especulaccedilotildees sobre com o foram form adas um processo que lanccedila luz sobre o nascim ento da Terra e outros planetas rochosos que orbitam perto do Sol O poacutelo sul deste sateacutelite coberto de gelo eacute raiado com fendas profundas e longas apelidadas de ldquo listras de tig rerdquo

Sensores teacuterm icos m ostram que esta aacuterea eacute um ponto quente em bora ainda muito frio para os padrotildees da Terra e com uma atm osfera localizada de vapor d rsquoaacutegua A ideacuteia eacute que possa existir ali sob a superfiacutecie um oceano quente Mas com o isto teria acontecido Teoricam ente a Enceladus eacute m uito pequena para desenvolver calor interno suficiente para fazer isto A conferecircncia de cinco dias reuacutene ateacute sexta-feira membros da Sociedade Am ericana de Astronom ia e da Sociedade Real Britacircnica de Astronom ia

AFP

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 5

macroNOTIacuteCIAS

1deg astronauta brasileiro iraacute ao espaccedilo em abril

A primeira missatildeo de um astronauta brasileiro no espaccedilo seraacute em abril de 2006 A Agecircncia Espacial Brasileira (AEB) deve fechar nos proacuteximos dias um contrato com a agecircncia espacial russa para o envio do tenente-coronel Marcos Pontes agrave Estaccedilatildeo Espacial Internacional numa missatildeo da espaccedilonave Soyuz Pontes deve iniciar ainda este mecircs o treinamento na Ruacutessia Desde 1998 ele se prepara para uma missatildeo especial na Nasa (agecircncia espacial americana)

De acordo com o presidente da Agecircncia Espacial Brasileira Seacutergio Gaudenzi a missatildeo deve durar de uma a duas semanas Pontes vai levar 15 quilos de material de universidades e empresas brasileiras como a Petrobras para experimentos no espaccedilo

Aleacutem de trabalhar com as experiecircncias brasileiras Pontes deveraacute realizar tarefas especiacuteficas para a Estaccedilatildeo Espacial Internacional que ainda natildeo foram definidas Na estaccedilatildeo o astronauta deveraacute ter um canal especial de voz e viacutedeo para manter contato com o Brasil durante a missatildeo

Cometa Tempel 1 eacute soacute uma bola de neve dizem cientistas

O cometa Tempel 1 que no dia 4 de julho recebeu o impacto de um projeacutetil lanccedilado da sonda Deep Impact (Impacto Profundo) eacute soacute uma enorme bola de neve que vaga pelo espaccedilo revelaram hoje cientistas que participaram da elaboraccedilatildeo da missatildeo ldquoEm sua maior parte o cometa eacute muito poroso e estaacute vazio Em toda sua estrutura eacute formado por pequenos gracircnulos de gelordquo destacou Michael ArsquoHearn especialista da Universidade de Maryland numa teleconferecircncia

Os resultados do primeiro estudo feito de maneira direta sobre a estrutura de um cometa seratildeo publicados na revista Science ldquoO cometa eacute incrivelmente fraacutegil Tem menos densidade que uma bola de neverdquo disse ArsquoHearn

A sonda Deep Imapct partiu em direccedilatildeo ao cometa em janeiro de 2005 e 172 dias depois disparou um projeacutetil equipado com cacircmeras fotograacuteficas e instrumentos contra o corpo celeste Na colisatildeo um dos experimentos cientiacuteficos mais precisos realizados ateacute hoje foi observada por mais de 70 telescoacutepios na Terra pelos observatoacuterios espaciais da Nasa e pela sonda Rosetta da Agecircncia Espacial Europeacuteia

O estudo da estrutura do cometa foi motivado principalmente pela crenccedila de que estes corpos carregam os primeiros materiais da criaccedilatildeo do sistema solar Os cientistas destacaram que a anaacutelise do material lanccedilado pelo impacto identificou uma grande quantidade de moleacuteculas de carvatildeo Isto faz supor que outros cometas como o Tempel contecircm uma quantidade substancial de material orgacircnico e que este possivelmente chegou agrave Terra quando o impacto de asteroacuteides e meteoritos era algo comum disseram os cientistas

Na seacuterie de artigos que a Science publicaraacute os cientistas destacam que a anaacutelise da informaccedilatildeo recebida confirma que o cometa eacute um exemplar tiacutepico dos cometas da famiacutelia do planeta Juacutepiter

EFE

Primeiro Asteroacuteide com sateacutelites eacute descoberto

Astrocircnomos Americanos anunciaram hoje terem descoberto sateacutelites orbitando um grande asteroacuteide A descoberta na verdade eacute de trecircs asteroacuteides com orbitas que se parecem a planetas com sateacutelites

O grupo de asteroacuteides chamado 87 Sylvia eacute um dos maiores asteroacuteides que orbitam o sol entre Marte e Jupiter tem o formato de uma batata com 280 quilocircmetros de diacircmetro Ele foi descoberto em 1866

A primeira lua foi descoberta quatro anos atraacutes a segunda foi anunciada hoje

Seacutergio A Caixeta | Astronomus Brasilissca ixeta ibestcom br

6 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

Pergunte aosAstros

Qual a configuraccedilatildeo miacutenima de um telescoacutepio para observar com detalhe os planetas do Sistema Solar

Denis 20 anos ManausAM

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3 uuml -

Denis a olho nu eacute possiacutevel observar 5 ou 6 planetas (Mercuacuterio Vecircnus MarteJuacutepiter Saturno eou Urano) como sendo um ponto luminoso semelhante a uma estrela Urano eacute o sexto e uacuteltimo que pode ser visiacutevel a olho nu na magnitude limite do olho a depender da acuidade visual de cada observador Tambeacutem conseguimos observar e diferenciar a cor e o brilho destes planetas

Com um bom binoacuteculo 10x50 jaacute podemos distinguir a forma ovalada de Saturno e vemos a sua lua Titatilde Tambeacutem observamos o disco de Juacutepiter e suas 4 luas galileanas aleacutem das fases de Vecircnus Comeccedilamos a observar Netuno como uma pequena estrela

Com uma pequena luneta de 50 mm de abertura e 50 x podemos separar os aneacuteis de Saturno do corpo do planeta (os aneacuteis ainda visiacuteveis como se fosses um uacutenico anel) ver dois cinturotildees de Juacutepiter e observar as fases de Mercuacuterio

Aumentando para um telescoacutepio de 120mm observamos com 100 x ou mais a calota polar de Marte e manchas na sua superfiacutecie mais cinturotildees e detalhes das nuvens de Juacutepiter e a Grande Mancha Vermelha Tambeacutem distinguimos os aneacuteis A B a C de Saturno a divisatildeo de Cassini entre o A e o B uma ou outra faixa no planeta e mais 4 ou 5 luas Comeccedilamos a ver o pequeno disco de Urano e Netuno ainda continua um pequeno ponto

Com aberturas maiores que 300 mm comeccedilamos a observar alguma alteraccedilatildeo de tonalidade em Urano em funccedilatildeo da presenccedila ou natildeo de nuvens mas de Netuno apenas o pequeno disco Comeccedilamos a observar Plutatildeo como um ponto

Somente grandes telescoacutepios conseguem observar detalhes das superfiacutecies de Urano e Netuno

Para estas observaccedilotildees se supotildee o uso de instrumentos de qualidade em noite de ceacuteu limpo escuro e sem turbulecircncia Para observaccedilatildeo de detalhes de planetas usamos a maior ampliaccedilatildeo que o instrumento pode fornecer ainda com qualidade de imagem por isso a importacircncia da qualidade do instrumento e do ceacuteu (condiccedilotildees atmosfeacutericas) A maior ampliaccedilatildeo que um instrumento pode fornecer eacute aproximadamente igual a sua abertura em miliacutemetros vezes 25 (exemplo uma luneta de 60mm fornece no maacuteximo 150x um telescoacutepio de 200mm 500x) Estas observaccedilotildees ainda requerem um certo treino do olho do observador Natildeo espere observar tudo isso (nem metade disso) com qualquer luneta barata em qualquer noite e dentro de uma cidade com toda a sua poluiccedilatildeo luminosa

Por ldquoZecarsquo Joseacute Agustoni | Revista macroCOSMOcomagustoniyahoocom

Para enviar suas duacutevidas astronocircmicas para a seccedilatildeo ldquoPergunte aos astrosrdquo envie um e-mail para pergunterevistamacrocosmocom acompanhado do seu nome idade e cidade onde reside As questotildees poderatildeo ser editadas para melhor compreensatildeo ou limitaccedilatildeo de espaccedilo

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 7

Pergunte aosAstros

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V Resido em Campo MouratildeoPR distante de 100 km de Maringaacute que eacute cortada pela linha do Troacutepico de Capricoacuternio Gostaria de saber como utilizar um mapa estelar para localizar as Trecircs Marias aleacutem

3 I de identificar e gravar as principais constelaccedilotildees e suas estrelasQuais satildeo os melhores livros recomendados para introduccedilatildeo da

-Astronomia Amadora

Sidney Kuerten 18 anos Campo MouratildeoPR

Sidney os softwares planetaacuterios satildeo oacutetimas ferramentas para explorar o ceacuteu Satildeo muitas vezes freewares que mostram o ceacuteu como ele eacute visto das coordenadas

de suas localidade e na hora que desejares observar Um muito bom e gratuito eacute o ldquoCartes du Cielrdquo (possui a versatildeo em portuguecircs do Brasil)

httpwwwstargazingnetastropcdownloadhtml irsquo Faccedila o download do pacote baacutesico (satildeo 14 MB) e efetue a instalaccedilatildeo Quando

for solicitado insira as coordenadas de sua cidade e o fuso horaacuterio correspondente Para comeccedilar a localizar as constelaccedilotildees e suas principais estrelas imprima mapas das dias e horaacuterios que pretende observar Nesta eacutepoca por volta das 20h (horaacuterio de Brasiacutelia) observar uma estrela brilhante e avermelhada bem no alto do ceacuteu (no zecircnite) Antares que faz parte da constelaccedilatildeo do Escorpiatildeo Partindo desta estrela vai perceber uma sequumlecircncia de estrelas indo para o sul e depois para o oeste que fazem uma forma de gancho de quase um palmo de extensatildeo (meccedila com o braccedilo extendido) simbolizando a cauda com o ferratildeo do Escorpiatildeo A partir daiacute vocecirc teraacute a referecircncia de tamanho e posiccedilatildeo para as demais constelaccedilotildees que estejam ao redor Eacute a melhor maneira de identificar as constelaccedilotildees

As ldquoTrecircs Mariasrdquo fazem parte da constelaccedilatildeo de Oacuterion que nesta eacutepoca comeccedila a ser visiacutevel pouco antes do amanhecer no leste A melhor eacutepoca para vecirc-las eacute

mdash-o veratildeoPara os iniciantes na Astronomia um livro recomendado eacute o ldquoManual do

Astrocircnomordquo do Ronaldo Rogeacuterio Mouratildeo que caso vocecirc natildeo encontre em sua cidade poderaacute encomenda-lo pela internet em alguma livraria virtual

Na internet vocecirc pode encontrar muito material pesquisando em sites de busca por ldquoastronomia amadorardquo Outras sugestotildees satildeo os grupos virtuais de discussatildeo sobre Astronomia Um bastante conhecido eacute o Urania_BR aberto a todos

bull interessados em discutir sobre todos assuntos relacionado com a Astronomia httpbrgroupsyahoocomgroupurania_br

Por ldquoZecarsquo Joseacute Agustoni | Revista macroCOSMOcom agustoniyahoocom

Para enviar suas duacutevidas astronocircmicas para a seccedilatildeo ldquoPergunte aos astrosrdquo envie um e-mail para pergunterevistamacrocosmocom acompanhado do seu nome idade e cidade onde reside As questotildees poderatildeo ser editadas para melhor compreensatildeo ou limitaccedilatildeo de espaccedilo

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8 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

macroEVENTOS m

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Participantes atentos agraves palestras do XXI Encontro da SAB

XXXI Encontrod a C A D

REUNINDO TRABALHOS DE ASTRONOMIA DE TODO BRASIL W I l V

Fernanda Calipo | Revista macroCOSMOcom fecalipohotmailcom

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Aacuteguas de LindoacuteiaSP foi o ponto de encontro de 295 congressistas que participaram do XXXI Encontro da SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira realizada de 31 de julho a 4 de agosto no Vacance Hotel

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 9

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REacutesmacroEVENTOS]

Foram 280 trabalhos divididos em 50 orais e 230 pocircsteres dos quais parte das pesquisas em Astronomia se concentram nas aacutereas de Astrofiacutesica Estelar Astronomia Extragalaacutetica Meio Interestelar Sistema Solar Instrumentaccedilatildeo A strom etria e A stronom ia D inacircm ica Eacute importante ressaltar a crescente demanda de trabalhos observacionais e sobre Ensino Histoacuteria e Divulgaccedilatildeo de Astronomia que receberam um destaque especial no Encontro com uma tarde exclusiva para apresentaccedilotildees orais somente sobre temas afins

Natildeo podemos deixar de citar que Naelton Mendes de Arauacutejo (RJ) redator da Revista m acroCOSMOcom apresentou um pocircster sobre algum as iniciativas da d ivulgaccedilatildeo astronocircm ica entre e las a R evis ta macroCOSMOcom ldquoUracircnia ENAST e Revista macroCOSMOcom experiecircncias virtuais em divulgaccedilatildeo cientiacuteficardquo

A SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira foi fundada em 1974 pela com unidade de astrocircnomos brasileiros e desde entatildeo tem promovido reuniotildees anuais para discussotildees de trabalhos cientiacuteficos aleacutem da promoccedilatildeo de simpoacutesios reuniotildees de trabalho e servir de contato com os oacutergatildeos vinculados agrave pesquisa no paiacutes A tu a lm en te a SAB conta com ap rox im ad am en te 400 soacutecios D estes aproximadamente 200 satildeo portadores do tiacutetulo de Doutor em Ciecircncias ou estatildeo em vias de obter a titulaccedilatildeo

ldquoA Reuniatildeo Anual da SAB eacute o evento mais importante da Astronomia Brasileira Uma oportunidade iacutempar para que seus membros divulguem seus trabalhos e possam discutir tem as de interesse geral da com unidade astronocircmica Para os astrocircnomos jovens ainda em form accedilatildeo trata-se de uma excelente

Prof Liacutecio da Silva presidente da SAB

10 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

Naelton Mendes de Araujo expondo seu trabalho sobre divulgaccedilatildeo astronocircmica virtuais destacando o trabalho da lista de discussatildeo Uracircnia Brasil os ENASTs (Encontros Nacionais de Astronomia) e a Revista MacroCOSMOcom

oportunidade para interagir com colegas mais experientesrdquo afirma o presidente da SAB Prof Dr Licio da Silva (ONMCT)

As reuniotildees da SAB tecircm como objetivos principais como a apresentaccedilatildeo e discussatildeo de trabalhos de pesquisa em andamento no paiacutes aleacutem de temas atuais de interesse da comunidade tais como a poliacutetica cientiacutefica do paiacutes a implantaccedilatildeo de novos te lescoacute p io s o d esenvo lv im ento de instrumentaccedilatildeo para os telescoacutepios jaacute existentes entre outros Outro objetivo eacute a reciclagem de conhecim entos a traveacutes da rea lizaccedilatildeo de conferecircncias de revisatildeo ou simpoacutesios sobre temas especiacuteficos Aleacutem da oportunidade do intercacircmbio de inform accedilotildees com os colegas da aacuterea os congressitas tiveram a oportunidade de participarem de conferecircncias dos mais variados temas inclusive internacionais entre elas

- ldquoA aurora da astrofiacutesica oacuteptica brasileirardquo Carlos Alberto Torres (LNA)

- ldquoThe Square Kilometer Array (SKA)rdquo Richard Schilizzi (International SKA Project Director Dwingeloo The Netherlands)

- ldquoSituaccedilatildeo da mulher na Astronomia brasileirardquo Adriana V R Silva (CRAAMMackenzie)

- ldquoStatus of SOAR and first sciencerdquo SO Kepler (IFUFRG S amp SOAR Telescope)

- ldquoCosmic magnetic fieldsrdquo Elisabete M G dal Pino (IAGUSP)

- ldquoInstrumentaccedilatildeo para o telescoacutepio G EM IN Irdquo Claacuteudia Mendes de Oliveira (IAGUSP)

- ldquoSimulating stellar photometric surveys with the TR ILEG A L coderdquo Leo Girardi (Observatoacuterio Astronocircmico di Trieste-INAF Itaacutelia)

- ldquoO sateacutelite CoRoT dia D menos um anordquo Eduardo Janot Pacheco (IAGUSP)

Paralelo agrave programaccedilatildeo do Encontro a CESAB - Comissatildeo de Ensino da SAB realizou mini-cursos para mais de 50 professores da regiatildeo como forma de estiacutemulo a reciclagem e capacitaccedilatildeo jaacute que a maioria tem formaccedilatildeo em outras aacutereas de exatas ou ciecircncias

CONTATOSSOCIEDADE ASTRONOcircMICA BRASILEIRAhttpwwwsab-astroorgbrRua do Matatildeo 1226 Cidade Universitaacuteria05508-900 Satildeo Paulo SPTel 011 3091 27 05 FAX 011 3091 28 60E-mail secretsab-astroorgbr

Fernanda Calipo Cossia eacute Jornalista publicitaacuteria locutora de raacutedio assessora de comunicaccedilatildeo e poacutes graduada em relaccedilotildees Puacuteblicas Trabalhou 5 anos na Universidade Metodista de Satildeo Paulo e acumulou experiecircncias para hoje atuar na aacuterea de assessoria de comunicaccedilatildeo para os mais diversos segmentos Atualmente ela dedica-se agrave especializaccedilatildeo na aacuterea de jornalismo cientiacutefico

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ISS - A Estaccedilatildeo EspacialInternacional

Daniel Bins | Cosmonaacuteutica binsbrgmailcom

A Estaccedilatildeo Espacial Internacional - ISS (International SpaceStation) eacute um projeto multinacional composto por 16 paiacuteses Estados Unidos Ruacutessia Japatildeo Canadaacute Dinamarca Noruega Beacutelgica Holanda Franccedila A lem anha Espanha Inglaterra Sueacutecia Suiacuteccedila e Brasil com um custo estim ado de 60 bilhotildees de doacutelares

A ideacute ia de c o n s tru ir um a e s ta ccedilatilde o e sp a c ia l in te rn a c io n a l su rg iu inicialmente no governo de Ronald Reagan durante os anos 80 e chamava- se Freedom (Liberdade) Posteriormente com a queda da Uniatildeo Sovieacutetica iniciou-se uma colaboraccedilatildeo entre os dois antigos rivais e em 1993 o projeto passou a se cham ar Alpha Posteriorm ente foi rebatizado com o ISS para dar uma aparecircncia m ultinacional para o nome da estaccedilatildeo

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DAS PRANCHETAS PARA O ESPACcedilO

A ISS comeccedilou a sair do papel com o projeto Shuttle-Mir A construccedilatildeo da ISS foi dividida em trecircs partes

Fase I (1994-1997) Os astronautas americanos fariam parte das tripulaccedilotildees da estaccedilatildeo espacial russa Mir sendo conhecido como projeto Shuttle- Mir Em junho de 1995 o ocircnibus espacial Atlantis na missatildeo STS-71 acoplou com a Mir Foi a segunda vez que uma nave americana acoplou com uma nave russa A partir daiacute no periacuteodo de 1 995 a 1 9 9 8 vaacuterias m issotildees a m erican as acoplaram na estaccedilatildeo russa e os astronautas americanos passaram a fazer parte das tripulaccedilotildees

da Mir Estes intercacircmbios tinham como objetivo os preparativos para a construccedilatildeo da estaccedilatildeo espacial internacional O recorde de permanecircncia no espaccedilo americano foi obtido pela astronauta Shannon Lucid que ficou 188 dias no espaccedilo dentro da estaccedilatildeo Mir em 1996 O moacutedulo Spektr foi utilizado como moacutedulo de habitaccedilatildeo pelos astronautas americanos O astronauta Norman Thagard foi o primeiro americano a decolar numa nave russa fazendo parte da missatildeo Soyuz TM- 21 em 1995 Da m esm a form a os russos passaram a fazer parte das tripulaccedilotildees dos ocircnibus espaciais americanos O primeiro deles foi Serguei Krikalev que fez parte da tripulaccedilatildeo do STS-60 em 1994

A experiecircncia ShuttleMIR

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Fase II (1997-1999) Iniacutecio da construccedilatildeo e estabelecimento de uma estrutura miacutenima para 3 astronautas A estaccedilatildeo comeccedilaria a ser habitada quando o moacutedulo de serviccedilo estivesse em oacuterbita

Fase III (1999-2002) Teacutermino da construccedilatildeo da estaccedilatildeo com a chegada do moacutedulo de habitaccedilatildeo e dos moacutedulos cientiacuteficos

Como podemos ver a fase 3 do projeto continua Os atrasos motivados pela crise econocircmica russa e pelo acidente do ocircnibus espacial Coluacutembia atrasaram consideravelmente o teacutermino da estaccedilatildeo

Os astronautas americanos passaram mais de1000 dias a bordo da estaccedilatildeo Mir Como resultado dezenas de sugestotildees foram implementadas para a construccedilatildeo da ISS Poreacutem muitos comentaacuterios negativos foram feitos Veja alguns deles

- Deveria existir um melhor suporte para os experimentos cientiacuteficos

- A agenda diaacuteria deveria ser feita pelo controle em terra e natildeo pela tripulaccedilatildeo

- O lixo e o armazenamento foram considerados um problema Um inventaacuterio de todo o equipamento com a sua localizaccedilatildeo deveria ser providenciado

- Para trabalhar de forma segura seria necessaacuterio uma melhor compreensatildeo do idioma russo Foi sugerido a utilizaccedilatildeo exclusiva do inglecircs para as tarefas na ISS

- Os astronautas am ericanos receberam treinamento limitado para reparos

- Eles receberam treinamento para serem passageiros e natildeo pilotos das naves Soyuz

- As atividades cientiacuteficas americanas foram limitadas devido a problemas de comunicaccedilatildeo com as equipes de controle em terra

- Natildeo existia comunicaccedilatildeo ldquohorizontalrdquo entre as organizaccedilotildees russas As inform accedilotildees iam diretamente de uma organizaccedilatildeo a outra sem as demais tomarem conhecimento

- Os astronautas americanos natildeo estavam satisfeitos com a comunicaccedilatildeo entre os membros da tripulaccedilatildeo e o controle em Terra

- A comunicaccedilatildeo entre a estaccedilatildeo e o controle em terra tinha seus defeitos Era impossiacutevel falar e ouvir outras pessoas durante uma videoconferecircncia

- A Ruacutessia limitou o acesso aos detalhes teacutecnicos sobre a estrutura da Mir Soyuz e Progress incluindo-se s istem as eleacutetricos mecacircnicos e sistemas de suporte vitais

- Os cosmonautas recebiam um bocircnus de1000 doacutelares a mais por cada tarefa considerada perigosa como uma saiacuteda no espaccedilo um mecircs a mais na estaccedilatildeo ou um acoplamento feito de form a m an u a l Is to seg u n do a N A SA aum entaria o risco ao qual os astronautas am ericanos estariam expostos dentro da estaccedilatildeo A colisatildeo com um cargueiro Progress em 1997 ocorreu devido a um erro durante um acoplamento manual

O INICIO DA CONSTRUCcedilAtildeO

O primeiro moacutedulo o russo Zarya financiado pelos Estados Unidos foi lanccedilado em novembro de 1998 O moacutedulo seguinte o norte americano Unity foi enviado em dezembro de 1998 Para levar o moacutedulo Zarya ao espaccedilo foi utilizado um foguete Proton Para levar o Unity foi utilizado um ocircnibus espacial americano

A estaccedilatildeo foi colocada numa oacuterbita terrestre baixa em torno de 300 km de altura com inclinaccedilatildeo de 516 graus Este grau de inclinaccedilatildeo eacute bem maior que o do ocircnibus espacial e foi utilizado por causa dos russos devido ao local de lanccedilamento das naves Como a maioria era lanccedilada do Casaquistatildeo que era a repuacuteblica mais ao sul da URSS o caminho

dos foguetes natildeo atravessava nem a Mongoacutelia nem a China Isso quer dizer que em caso de falhas os foguetes cairiam dentro do territoacuterio sovieacutetico e natildeo nos paiacuteses vizinhos Como consequumlecircncia disso os foguetes russos utilizam sua maacutexima capacidade enquanto isso o ocircnibus espacial precisa gastar mais combustiacutevel para atingir a estaccedilatildeo

Um intervalo de 1 ano e meio ocorreu ateacute a chegada do proacuteximo componente o moacutedulo de habitaccedilatildeo russo Zvezda apenas enviado em julho de 2000 devido a dificuldades financeiras russas e a defeitos no foguete Proton durante o ano de 1999 O Zvezda originalmente tinha sido planejado para substituir a estaccedilatildeo espacial Mir sendo muito parecido com ela

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A configuraccedilatildeo atual da ISS

Estando o moacutedulo de serviccedilo acoplado agrave estaccedilatildeo comeccedilou a ocupaccedilatildeo da mesma sendo a primeira tripulaccedilatildeo transportada numa nave Soyuz e a partir daiacute as demais tripulaccedilotildees foram transportadas pelos ocircnibus espaciais Periodicamente os russos lanccedilariam naves Soyuz pois a vida uacutetil de cada uma eacute de 6 meses Isso permaneceria assim ateacute o acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia

Para abastecer a estaccedilatildeo satildeo utilizados ocircnibus espaciais americanos e naves cargueiras russas Progress Enquanto se estaacute na fase de construccedilatildeo a tripulaccedilatildeo eacute de 3 tripulantes mas se espera que ao concluir a estaccedilatildeo possa abrigar 6 tripulantes

Os lanccedilamentos satildeo feitos desde o coacutesmodromo de Baikonur e desde Cabo Canaveral na Floacuterida O controle das missotildees eacute feito desde Houston no Texas e desde Korolev proacuteximo a Moscou Os norte- am ericanos possuem sateacutelites que permitem

comunicaccedilatildeo 24 horas e os russos utilizavam o mesmo recurso na eacutepoca da Mir Atualmente a comunicaccedilatildeo eacute obtida quando a estaccedilatildeo estaacute sobre a aacuterea de cobertura das estaccedilotildees de comunicaccedilatildeo russas

No final de 2000 foram acrescentadas as estruturas Z1 Truss P6 Truss paineacuteis solares PVA A primeira tripulaccedilatildeo chegou no final de outubro

Em 2001 a estaccedilatildeo recebeu o moacutedulo cientiacutefico Destiny o braccedilo robocirc canadense o Airlock e o Docking Compartment russo Pirs aleacutem da parte central da larga estrutura de segmentos o S0 T russ Em 08 de outubro de 2001 os cosmonautas Vladimir Dezhurov e Mikhail Tyurin se tornaram os primeiros tripulantes a conduzir uma caminhada espacial fora da estaccedilatildeo espacial internacional O primeiro cientista a bordo foi a bioquiacutemica Peggy Whitson da NASA

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No ano seguinte foi a vez de receber mais segmentos o S1 e o P1 O acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia em fevereiro de 2003 paralisou momentaneamente a montagem do complexo que em grande parte depende dele

Mesmo em construccedilatildeo a ISS recebeu a visita de 2 turistas a bordo de naves Soyuz russas O primeiro foi o norte americano Dennis Tito em 2001 e o segundo foi o sul africano Mark Shuttleworth em 2002 Eles ficaram 7 dias no espaccedilo e pagaram 20 milhotildees de doacutelares pela viagem Dennis Tito tinha pagado para ir a estaccedilatildeo espacial Mir mas como ela foi derrubada em marccedilo de 2000 os russos o levaram ateacute a ISS Outros vocircos com turistas foram suspensos devido ao acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia

Com o novo governo americano do presidente Bush e o acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia a ISS sofre alguns cortes onde o moacutedulo de habitaccedilatildeo o moacutedulo de propulsatildeo e o CRV (Crew Return Vehicle) foram cancelados O plano do governo americano eacute concluir sua parte quando o moacutedulo Node 2 for entregue pois ele permite o acoplamento dos moacutedulos do Japatildeo e da Europa As centriacutefugas originalmente planejadas tiveram o mesmo destino A uacuteltima revisatildeo do projeto da estaccedilatildeo foi feita em julho de 2004

Os cortes foram causados pelo novo rumo adotado pelo governo americano em querer um programa de exploraccedilatildeo marciana mais robusto e que natildeo estaacute disposto a pagar pelos custos extras da estaccedilatildeo Os custos extras se devem a muitos fatores como a demora no lanccedilamento do moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda atrasado em 1 ano e os constantes aumentos no preccedilo da construccedilatildeo dos moacutedulos americanos

Com isso a utilizaccedilatildeo cientiacutefica da ISS fica comprometida pois para se desenvolver trabalhos seacuterios seria necessaacuterio uma tripulaccedilatildeo maior Atualmente apenas 3 astronautas podem ocupar a estaccedilatildeo pois eacute o maacuteximo que as caacutepsulas Soyuz com portam Se mais uma caacutepsula fosse disponibilizada entatildeo a tripulaccedilatildeo poderia ser aumentada para 6 pessoas Isso implica numa maior participaccedilatildeo dos russos no projeto

Poreacutem devido ao acidente com o ocircnibus espacial a tripulaccedilatildeo teve que ser reduzida a duas pessoas Desta forma a quantidade de lanccedilamentos de

cargueiros de reabastecimento Progress pode ser mantida A cada 3 meses os russos lanccedilam um sateacutelite cargueiro natildeo tripulado levando comida aacutegua combustiacutevel e equipamentos para a estaccedilatildeo Com uma tripulaccedilatildeo de 3 a periodicidade dos vocircos deveria ser maior o que acarretaria maiores custos para os russos

As tripulaccedilotildees atuais permanecem 6 meses na estaccedilatildeo Antes do acidente em media uma tripulaccedilatildeo permanecia entre 3 e 4 meses no espaccedilo

O CRV seria um ocircnibus espacial em miniatura que seria utilizado apenas em caso de emergecircncia para a tripulaccedilatildeo da ISS abandonar a estaccedilatildeo e retornar em seguranccedila para a Terra Jaacute o moacutedulo de propulsatildeo foi projetado pensando-se na possibilidade do fracasso do moacutedulo russo Zvezda mas natildeo foi concluiacutedo Para retornar agrave Terra em caso de emergecircncia utilizam-se as naves russas Soyuz

Apesar da Ruacutessia gastar o equivalente a 6 do custo total do projeto ela vai ter direito a utilizar 30 dos recursos da estaccedilatildeo Isso se deve ao custo de construccedilatildeo dos moacutedulos que eacute bem menor que nos EUA e agrave forma de lanccedilamento Um foguete Proton custa em torno de 50 milhotildees de doacutelares Um lanccedilamento do ocircnibus espacial implica em gastos de 500 milhotildees de doacutelares O total de moacutedulos e componentes da estaccedilatildeo eacute de 36 A parte russa eacute composta de 11 moacutedulos Destes provavelmente 2 teratildeo ajuda da iniciativa privada e 1 foi financiado pelos EUA (Zarya)

A PARTE DE CADA UM

A parte que seraacute construiacuteda pelos Estados Unidos inclui o moacutedulo cientiacutefico Destiny Z1 Truss Node 1 (Unity) e Node 2 uma estrutura metaacutelica de 96 metros de comprimento composta de 10 segmentos para acomodar os paineacuteis solares e o Airlock Para colocar sua parte no espaccedilo os norte americanos utilizaratildeo seus 3 ocircnibus espaciais (Discovery Atlantis e Endeavour) O Coluacutembia era o uacutenico da frota que natildeo estava preparado para acoplar com a estaccedilatildeo espacial O custo da parte norte americana deve ser no miacutenimo de 11 bilhotildees de doacutelares

A parte russa da estaccedilatildeo seraacute composta por um moacutedulo de comando e controle (Zvezda) que seraacute utilizado como habitaccedilatildeo durante a construccedilatildeo da estaccedilatildeo 2 moacutedulos cientiacuteficos baseados nas naves

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Soyuz 1 moacutedulo de carga (Zarya financiado pelos Estados Unidos) um moacutedulo com vaacuterios pontos de acoplamento chamado Universal Docking Module 2 docking compartments uma nave Soyuz de emergecircncia para abandonar a estaccedilatildeo enquanto ela estiver em construccedilatildeo uma estrutura para acomodar os paineacuteis solares chamada Scientific Power Plataform e talvez 2 moacutedulos comerciais feitos em parceria com as empresas norte americanas Boeing e Spacehab e as russas Energia e Khrunichev Os russos utilizaratildeo suas naves Soyuz para transportar os cosmonautas e as naves autom aacuteticas P rogress M para reabastecer a estaccedilatildeo

D evido a restriccedilotildees o rccedilam en taacuterias os componentes do segmento russo podem sofrer reduccedilotildees ou ateacute ser excluiacutedos da configuraccedilatildeo final da estaccedilatildeo Com o acidente do ocircnibus espacial os americanos poderiam comprar naves russas Soyuz ou mais cargueiros Progress para suprir melhor a estaccedilatildeo Entretanto isso natildeo eacute possiacutevel pois existe uma lei americana que impede a NASA e outras empresas norte americanas de comprar tecnologia russa Isto ocorreu porque a Ruacutessia facilitou tecnologia nuclear para o Iratilde uma naccedilatildeo considerada do Eixo do Mal

A parte da Agecircncia Espacial Europeacuteia inclui um laboratoacuterio cientiacutefico um pequeno braccedilo robocirc a ser instalado no segmento russo e naves automaacuteticas de reabastecimento que acoplaratildeo no moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda Ao total o custo estimado da participaccedilatildeo europeacuteia eacute de 47 bilhotildees de doacutelares

As naves de carga automaacuteticas europeacuteias se chamaratildeo ATV e seratildeo lanccediladas por foguetes Ariane-5 da base de Kourou na Guiana Francesa

A parte japonesa inclui 1 laboratoacuterio cientiacutefico com uma plataforma para experimentos fora da estaccedilatildeo ao custo total de 31 bilhotildees de doacutelares

O Canadaacute iraacute fornecer um braccedilo robocirc de 18 metros de comprimento e uma estrutura composta de trilhos para deslocar o braccedilo pela estrutura metaacutelica da estaccedilatildeo O custo da contribuiccedilatildeo canadense eacute de 1 bilhatildeo de doacutelares

A Itaacutelia construiu 3 moacutedulos logiacutesticos denominados MPLM (Multi Purpose Logistics Module) batizados Leonardo Rafaello e Donatello ao custo de 550 milhotildees de doacutelares Em troca dos moacutedulos a Itaacutelia poderaacute mandar seus astronautas para a estaccedilatildeo

O Brasil inicialmente iria construir paletas para colocar experimentos fora da estaccedilatildeo (Express Palet) ao custo de 120 milhotildees de doacutelares Cada paleta com peso de 1 tonelada e vida uacutetil estimada de 10 anos poderia levar 6 cargas de 225 Kg Tambeacutem teria um astronauta proacuteprio o tenente aviador Marcos Cesar Pontes que foi treinado para subir para a estaccedilatildeo atraveacutes do ocircnibus espacial e foi escolhido em 1998 Poreacutem devido a problemas orccedilamentaacuterios a participaccedilatildeo do Brasil foi reduzida a 21 equipamentos menores que seratildeo construiacutedos sem custo pelo SESI Quanto ao astronauta brasileiro foram feitas negociaccedilotildees com a agecircncia espacial russa para enviar Marcos Pontes em uma nave Soyuz em abril de 2006

Astronauta brasileiro Marcos Pontes escalado para a 13deg expediccedilatildeo agrave ISS conforme acordo

brasilerio com a Agecircncia Espacial Russa

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TRIPULACcedilOtildeES DA ISS

1deg Expediccedilaotilde31-10-2000Baikonur

O primeiro grupo permanente enviado agrave ISS foi transportado pela Soyuz TM -31 e composto pelo comandante norte americano Bill Sheperd e pelos russos Yuri Gidzenko e Serguei Krikalev Esta missatildeo preparou seus sistemas para utilizaccedilatildeo permanente e recebeu os primeiros paineacuteis solares feitos nos Estados Unidos e o moacutedulo laboratoacuterio norte americano Destiny A tripulaccedilatildeo permaneceu 140 dias 23 horas e 28 minutos no espaccedilo retornando para a Terra em 18 de marccedilo de 2001

2deg Expediccedilatildeo10-3-2001Cabo Canaveral

A 2deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante cosmonauta Yuri Usachev e os seus colegas norte americanos Susan Helms e James Voss Eles foram a bordo da STS-102 Discovery Durante sua missatildeo foi adicionado o CanadArm e o moacutedulo Quest (Joint Pressurized Airlock) Este grupo tambeacutem recebeu o primeiro turista espacial o milionaacuterio norte americano Dennis Tito Eles ficaram no espaccedilo 167 dias 6 horas e 41 minutos retornando agrave Terra em 22 de agosto de 2001

3deg Expediccedilatildeo10-8-2001Cabo Canaveral

A 3deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante norte americano Frank Culbertson e pelos russos Vladimir Dezhurov e Mikhail Tyurin Eles foram transportados agrave estaccedilatildeo pelo STS-105 Discovery Permanecircncia no espaccedilo de 128 dias 20 horas e 45 minutos retorno em 17 de dezembro de 2001

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4deg Expediccedilatildeo5-12-2001Cabo Canaveral

A 4deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Yuri Onufrienko e pelos norte americanos Carl E W alz e D an ie l W Bursch E les foram transportados para a estaccedilatildeo pelo S T S -108 Endeavour Permanecircncia no espaccedilo de 195 dias 19 horas e 39 minutos retorno em 19 de junho de 2002

5deg Expediccedilatildeo5-6-2002Cabo Canaveral

A 5deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Valery Korzun pela norte-americana Peggy Whitson e pelo russo Sergei Treschev Retornaram no dia 07 de dezem bro de 2 0 0 2 apoacutes permanecerem 184 dias 22 horas e 14 minutos no espaccedilo

6deg Expediccedilatildeo23-11-2002Cabo Canaveral

A 6deg Expediccedilatildeo foi comandada por mais um veterano da Mir Nikolai Budarin e seus colegas am ericanos Donald Pettit e Ken Bowersox Perm aneceram na ISS 161 dias 1 hora e 17 minutos retornando agrave Terra em 03 de maio de 2003

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7deg Expediccedilatildeo25-4-2003Baikonur

A 7deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Yuri Malenchenko e pelo norte americano Ed Lu Permaneceram no espaccedilo 184 dias 21 horas e 47 minutos retornando agrave Terra em 27 de outubro de 2003

8deg Expediccedilatildeo18-10-2003Baikonur

A 8deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Aleksandr Kaleri e pelo norte americano Michael Foale Retornou em 29 de abril de 2004 Permanecircncia de 194 dias 18 horas e 35 minutos

9deg Expediccedilatildeo18-4-2004Baikonur

A 9deg Expediccedilatildeo foi composta pelo engenheiro de vocirco norte americano Mike Fincke e pelo comandante russo Gennady Padalka Permanecircncia a bordo da ISS de 187 dias 21 horas e 17 minutos retornando em 23 de outubro de 2004

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10deg Expediccedilatildeo13-10-2004Baikonur

A 10deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante norte americano Leroy Chiao e pelo russo Salizhan Sharipov Retornaram agrave Terra em 24 de abril de 2005 apoacutes 192 dias 19 horas e 2 minutos

11deg Expediccedilatildeo14042005Baikonur

A 11deg Expediccedilatildeo eacute composta pelo comandante russo Sergei Krikalev e pelo norte americano John Phillips Seu retorno estaacute previsto para 7 de outubro de 2005 Serguei Krikalev eacute o novo recordista em permanecircncia no espaccedilo recorde este quebrado durante a missatildeo atual

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DADOS SOBRE A ISS ATEacute O FINAL DA EXPEDICcedilAtildeO 10

Aacuterea habitaacutevel 425 metros cuacutebicosDimensotildees 75 metros de largura entre os paineacuteis solares 275 metros de altura 438 metros do moacutedulo cientiacutefico Destiny ateacute o moacutedulo de serviccedilo Zvezda 513 metros com uma nave Progress acopladaPeso 18303 toneladasVocircos 16 vocircos norte americanos e 28 vocircos russosAtividades Extraveiculares 65 saiacutedas sendo 25 partindo de dentro do Ocircnibus Espacial totalizando 348 horas e 15 minutosExperimentos cientiacuteficos Ateacute o final da Expediccedilatildeo 7 em agosto de 2003 tinham sido feitos 129 experimentos

COMPONENTES DA ESTACcedilAtildeO

ZARYA20-11-199820000 Kg Baikonur - Proton

Moacutedulo russo tambeacutem conhecido como FGB (Functional Cargo Block em inglecircs) Possui 126 metros de com primento por 4 05 metros de diacircmetro e 2 paineacuteis solares Possui 2 acopladores 1 utilizado pelo moacutedulo Unity e outro que pode ser utilizado por naves Soyuz ou Progress

UNITY3-12-199820000 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Moacutedulo norte americano Possui 45 metros de comprimento por 66 metros de diacircmetro Possui 2 acopladores 1 utilizado pelo moacutedulo Zarya e outro que pode ser utilizado pelos ocircnibus espaciais americanos Este moacutedulo eacute feito inteiramente em alumiacutenio

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ZVEZDA12-7-200020000 Kg Baikonur - Proton

Moacutedulo russo tambeacutem conhecido como Service Module Possui 2 paineacuteis solares e 4 acopladores sendo que 1 na parte traseira e 3 na parte dianteira Possui 13 metros de comprimento e 405 metros de diacircmetro O Zvezda possui 14 janelas e seu interior eacute dividido em 3 compartimentos Possui cabines para os tripulantes e seraacute utilizado como moacutedulo de habitaccedilatildeo durante a construccedilatildeo da ISS

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Z1 TRUSS5-10-20008280 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Serve como central de com unicaccedilotildees do segmento americano Tambeacutem eacute utilizado como base para a estrutura P6 Truss Possui 4 giroscoacutepios utilizados para estabilizar a estaccedilatildeo e uma antena de telecomunicaccedilotildees Custo de 273 milhotildees de doacutelares

P6 TRUSS30-11-200017000 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Estrutura que serve para acomodar os radiadores e os imensos paineacuteis solares PVA (PhotoVoltaic Arrays) Satildeo ao todo 4 PVAs com comprimento de 73 metros de ponta a ponta e 3 radiadores Custo de 600 milhotildees de doacutelares

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DESTINY7-2-200114515 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Peccedila central da parte cientiacutefica da Estaccedilatildeo Espacial Internacional Feito em alumiacutenio possui 85 metros de comprimento peso de 14515 Kg e 45 metros de diacircmetro Possui 3 seccedilotildees ciliacutendricas e capacidade para alocar 24 racks com experimentos Responsaacutevel pelo controle da estaccedilatildeo em substituiccedilatildeo ao moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda

MPLM LEONARDORAFAELLODONATELLO10-3-20014100 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Os MPLM (Multi-Purpose Logistics Modules) foram construiacutedos pela Agecircncia Espacial Italiana ASI e pela empresa Alenia Aerospazio localizada em Turin na Itaacutelia Estes moacutedulos pressurizados servem para transportar e trazer carga para a Estaccedilatildeo Sua construccedilatildeo foi iniciada em 1996 Possuem 64 metros de comprimento por 46 metros de diacircmetro Podem transportar 91 toneladas de carga em 16 racks standard

CANADARM19-4-200117000 KgsCabo Canaveral - Space Shuttle

Primeira parte do braccedilo roboacutetico canadense ldquoCanadArmrdquo Este braccedilo com seus 177 metros de comprimento e suas 17 toneladas de peso seraacute utilizado para construir a estaccedilatildeo Anexado ao moacutedulo Destiny possui a singular capacidade de andar pelo moacutedulo o que aumenta seu raio de atuaccedilatildeoCusto de 600 milhotildees de doacutelares

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JOINT AIRLOCK QUEST12-7-20016500 KgsCabo Canaveral - Space Shuttle

Airlock (saiacuteda externa da estaccedilatildeo) anexa ao moacutedulo Unity Compatiacutevel com roupas espaciais americanas e russas Custo de 164 milhotildees de doacutelares

CO-1 PIRSDOCKING COMPARTMENT13-9-20015000 Kgs Baikonur - Proton

Moacutedulo russo que possui um pequeno airlock para saiacutedas extraveiculares compatiacutevel apenas com trajes russos Serve tambeacutem como ponto de acoplamento para naves Soyuz e Progress M Acoplado ao moacutedulo Zvezda Possui comprimento de aproximadamente 5 metros e diacircmetro maacuteximo de 280 metros Foi transportado para a estaccedilatildeo atraveacutes de um moacutedulo de serviccedilo Progress adaptado

S0 TRUSS5-6-200212247 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Primeira parte da estrutura principal da ISS composta por 9 partes Possui comprimento de 134 x 46 metros Nele foi fixado o Mobile Transporter que permite ao braccedilo robocirc CanadArm se deslocar pela estaccedilatildeo

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S1 TRUSS7-10-200215000Cabo Canaveral - Space Shuttle

Com prim ento de 137 metros peso de 15 toneladas eacute o terceiro componente da seccedilatildeo central da estaccedilatildeo composta por 11 peccedilas Foi anexado ao segmento S0 Possui 2 cameras de TV um segundo canal S-Band de comunicaccedilatildeo e o primeiro Thermal Radiator Rotary Joint

P1 TRUSS23-11-2002 12400 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Comprimento de 137 metros peso de 124 toneladas anexado ao segmento S0 Possui uma antena de UHF e da mesma forma que o segmento S1 possui radiadores e tambeacutem tem instalado o Crew and Equipment Translation Aid (CETA)

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FOGUETES

Foguetes empregados para levar naves e componentes para a ISS

SOYUZComprimento 345 m Diacircmetro 3 m Peso 297 toneladas Estaacutegios 3 ou 4 Carga uacutetil LEO 7 toneladas

Descriccedilatildeo dos sistemasPrimeiro estaacutegio 4 exaustores 42810 Kg 101600

kgf Isp 314 sec Tempo de Queima 118 segundos Isp(sl) 257 sec LoxKerosene Motores 1RD-107- 11D511P

Segundo estaacutegio 101160 Kg 103100 kgf Isp 319 segundos Tempo de Queima 286 segundos Isp(sl) 252 segundos LoxKerosene Motores 1 RD- 108-11D512P

Terceiro estaacutegio 25400 Kg 30400 kgf Isp 330 segundos Tempo de Queima 250 segundos Isp(sl) 0 segundos LoxKerosene Motores 1 RD-0110 (4) IkarFregatrdquo

HistoacutericoO Soyuz eacute um foguete da famiacutelia R7 composto

de 2 estaacutegios desenvolvido em 1963 capaz de co locar 7 to n e la d a s num a oacuterb ita de 200 quilocircmetros de altitude Foi utilizado para lanccedilar a p ro x im a d a m e n te m e ta d e das m issotildees espacia is tripu ladas e natildeo tripu ladas Os foguetes Soyuz tambeacutem foram utilizados para co locar em oacute rb ita s a teacute lite s m ilita res de reconhecimento

Fam iacuteliaR-7 8K71 Sputnik 8K71PS Luna 8K72 R-7A

8K74 Sputnik 8A91 Molniya 8K78 Vostok 8K72 Vostok 8K72K Molniya 8K78L Vostok 8A92 Polyot 11A 59 Voskhod 11A 57 M olniya 8K78MVostok 11A510 Vostok 8A92M Soyuz 11A511 Soyuz 11A514 Soyuz 11A511L Soyuz 11A511M Soyuz 11A511U Soyuz 11A511U2 Soyuz 11A511 UIkar Soyuz M

28 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

PROTONComprimento 57 mDiacircmetro 42 mPeso 707 toneladasEstaacutegios 3 ou 4Carga uacutetil LEO 20 toneladasCarga uacutetil GEO 55 toneladas

Descriccedilatildeo dos sistemasPrimeiro estaacutegio 450510 Kg 1067659 kgf Isp

316 segundos Tempo de Queima 124 segundos Isp(sl) 267 segundos N2O4UDMH Motores 6 RD- 253-11D48

Segundo estaacutegio 167828 Kg 244652 kgf Isp 327 segundos Tempo de Queima 206 segundos Isp(sl) 230 segundos N 2O 4U D M H Motores 4 RD-0210

Terceiro estaacutegio 50747 Kg 64 260 kgf Isp 325 segundos Tempo de Queima 238 segundos Isp(sl) 230 segundos N 2O 4U D M H Motores 1 RD-0212

Quarto estaacutegio 14000 Kg 8670 kgf Isp 352 segundos Tempo de Queima 570 segundos Lox Kerosene Motores1 RD-58M

HistoacutericoOs foguetes Proton comeccedilaram a ser utilizados

em 1965 Foi o primeiro foguete sovieacutetico que natildeo foi baseado num miacutessil baliacutestico intercontinental O Proton pode utilizar 3 ou 4 estaacutegios e foi utilizado para a maioria das missotildees espaciais sovieacuteticas como as estaccedilotildees Salyut Mir e sondas espaciais Versotildees de 4 estaacutegios satildeo utilizadas para colocar em oacuterbita sateacutelites geoestacionaacuterios

O primeiro estaacutegio do Proton tem 6 motores e possui empuxo de 2 mil toneladas O terceiro estaacutegio pode colocar em oacuterbita cargas de 20 toneladas

Fam iacuteliaUR-100 Monoblock UR-500 Polyblock UR-500

UR -200 Proton 8K82 Proton 8K82K11S824 Proton 8K82K UR-700 UR-70011D54 UR-700RD- 350 UR-700RO-31 UR-900 UR-700M Proton 8 K 8 2 K 1 1S 8 6 U R -5 0 0 M K Proton 8K 8 2K 11S824M U R -100N U R -530 Proton 8K82K 11S861 Proton 8K82K11S824F Rokot Proton 8K82K 11S861-01 Proton 8K82KDM 1 Proton 8K82KDM3 Strela Proton 8K82K17S40 Proton 8K82KDM2 Proton 8K82KDM4 Proton 8K82KM

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SPACE SHUTTLEComprimento 56 m Diacircmetro 87m Peso 2040 toneladas Estaacutegios 2()Carga uacutetil LEO 275 toneladas ()

Descriccedilatildeo dos sistemasFoguetes de combustiacutevel soacutelido 2 SRB 589670 kg

1174713 kgf Isp 269 segundos Tempo de Queima 124 segundos Isp(sl) 237 segundos Motores de Combustiacutevel Soacutelido 1 SRB

Tanque externo (Shuttle External Tank) 750975 kg 0 kgf Isp 455 segundos Tempo de Queima 480 segundos Isp(sl) 363 segundos LoxLH2 Motores 0

Ocircnibus Espacial Shuttle Orbiter Gross 99318 kg 696905 kgf Isp 455 segundos Tempo de Queima 480 segundos Isp(sl) 363 segundos Lox LH2 Motores 3 SSME

HistoacutericoO sistema do ocircnibus espacial eacute composto por 2

foguetes la tera is de com bustiacuteve l soacutelido denominados SRB (Solic Rocket Booster) que impulsionam a nave durante a fase inicial da subida Ao se esgotar o combustiacutevel satildeo ejetados e o Shuttle utiliza seus 3 motores SSME alimentados pelo imenso tanque de combustiacutevel de cor laranja para completar o resto da subida ateacute atingir a oacuterbita terrestre

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m 7 MASTRONAUTICA

NAVES ESPACIAIS

Veja a seguir a descriccedilatildeo das naves tripuladas utilizadas para chegar na ISS

SOYUZ TMAPeso 7250 Kg Comprimento 75 m Diacircmetro 27 m Aacuterea uacutetil 9 m3

Descriccedilatildeo dos sistemasAs Soyuz satildeo compostas por 3 moacutedulos O

moacutedulo de descida com capacidade para 3 cosmonautas tem 22 m de comprimento por 22 m de diacircmetro Pesa 3000 Kg e possui 4 m3 Possui paacutera-quedas para descida sistemas de telemetria e um periscoacutepio digital O pouso eacute amortecido por motores de combustiacutevel soacutelido utilizados no final da descida Os cosmonautas utilizam roupas pressurizadas na decolagem e descida O moacutedulo orbital tem 3 metros de comprimento por 23 metros de diacircmetro Tem 5 m3 e pesa 1300 Kg Nele estaacute

instalado o sistem a de rendez vous Kurs composto de 2 antenas aleacutem de 1 janela O m oacutedulo de serviccedilo pesa 2 9 5 0 Kg e tem comprimento de 23 m e diacircmetro de 21 m A Soyuz utiliza como fonte de energia paineacuteis solares de 10 m2 e consome em meacutedia 060 Kw

HistoacutericoDesenvolvidas nos anos 60 as Soyuz foram

criadas para fazer viagens da Terra para a Lua mas acabaram sendo utilizadas para levar cosmonautas para as estaccedilotildees espaciais Salyut e Mir Satildeo utilizadas atualm ente para levar cosm onautas para a estaccedilatildeo espac ia l internacional Uma versatildeo natildeo tripulada da Soyuz denominada Progress eacute utilizada desde os anos 70 para reabastecer as estaccedilotildees espaciais russas

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ltCOltcopy

SPACE SHUTTLEPeso Total 104328 kg Comprimento 372 m Envergadura 238 m Aacuterea uacutetil 72 m3T ripulaccedilatildeo 8 astronautas com tempo em oacuterbita 16 dias Combustiacutevel 21600 Kg Carga 21190 KgPeso do escudo teacutermico18500 Kg Sistema eleacutetrico baterias combustiacuteveis

Descriccedilatildeo dos sistemasOs ocircnibus espaciais foram produzidos para

transportar astronautas para o espaccedilo e lanccedilar ou reparar sateacutelites Seus primeiros estudos

foram nos anos 70 e o primeiro a ser construiacutedo o E n te rp rise nunca foi lan ccedilad o Foram construiacutedas 5 naves a prim eira cham ada Coluacutembia fez seu vocirco inaugural em 12 de abril de 1981 e foi destruiacutedo durante o retorno a Terra em fe v e re iro de 2 0 0 3 D epo is v ie ram a Challenger destruiacutedo em 1986 Discovery Atlantis e o Endeavour construiacutedo para substituir o Challenger Em 1995 o Discovery foi o primeiro ocircnibus espacial a acoplar com uma estaccedilatildeo espacial ao unir-se agrave estaccedilatildeo Mir Foram feitas 9 missotildees durante 3 anos no projeto conjunto Shuttle-Mir Atualmente transportam peccedilas e tr ip u la ccedil otilde e s para a E s taccedil atildeo E s p ac ia l Internacional

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m 7 MASTRONAUTICA

PROGRESS_MAs Progress possuem formato idecircntico agraves naves

Soyuz Possuem 7 metros de comprimento 27 metros de diacircmetro peso de 72 toneladas e uma aacuterea destinada aos suprimentos de 76 metros cuacutebicos Possui 2 paineacuteis solares com 10 metros quadrados de aacuterea que geram 13 KW de forccedila

As Progress levam suprim entos para aproximadamente 2 meses para uma tripulaccedilatildeo de

ateacute 3 cosmonautas Sateacutelites cargueiros satildeo na verdade versotildees natildeo tripuladas das naves Soyuz Foram fabricadas para reabastecer as estaccedilotildees esp ac ia is S a lyu t posterio rm ente a Mir e atualmente a ISS As Progress M aleacutem de terem uma carga uacutetil maior que sua antecessora podem transportar uma caacutepsula recuperaacutevel chamada Raduga que permite transportar de volta para a Terra experimentos feitos nas estaccedilotildees espaciais

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DA TERRA PARA O INFINITO

Para chegar da Terra ateacute a estaccedilatildeo espacial por enquanto existem dois centros espaciais o de Baikonur no Casaquistatildeo localizado na Aacutesia Central e o de Cabo Canaveral localizado na Floacuterida nos Estados Unidos Veremos um pouco da histoacuteria de cada um deles a seguir

Cabo CanaveralLatitude 2845 N Longitude 8053 WIniacutecio de operaccedilatildeo 1949

Cabo Canaveral eacute a maior e mais importante base espacial dos Estados Unidos Foi dela que partiram as missotildees lunares Apollo O Cabo Canaveral eacute utilizado para todos os lanccedilamentos tripulados Tambeacutem eacute utilizado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos

A escolha da base de lanccedilamentos foi feita em 11 de maio de 1949 Uma seacuterie de estaccedilotildees de rastream en to foi ins ta lada nas B aham as Oficialmente a base de Cabo Canaveral entrou em funcionamento em 01 de outubro de 1949 Os primeiros lanccedilamentos de foguetes (V2 modificadas

do tipo Bumper) foram feitos em julho de 1950 Durante os anos 60 foram construiacutedas imensas instalaccedilotildees e plataformas para o programa lunar Apollo Nos anos 70 estas instalaccedilotildees foram aproveitadas para o programa do ocircnibus espacial A primeira vez que a base foi aberta ao puacuteblico foi em 19 de maio de 1961 Os primeiros testes do ocircnibus espacial foram feitos em 23 de julho de 1979 utilizando-se o ocircnibus espacial Enterprise (OV- 101)Os lanccedilamentos satildeo feitos com inclinaccedilatildeo miacutenima de 28 graus e maacutexima de 57 graus Existem plataformas para lanccedilar o Ocircnibus Espacial e foguetes Atlas Delta e Titan As principais plataformas satildeo as 39A e 39B utilizadas pelos imensos foguetes lunares Saturn V e atualmente utilizadas pelo ocircnibus espacial

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BaikonurLatitude 4563 N Longitude 6326 EIniacutecio de Operaccedilatildeo 1955

Localizado no Casaquistatildeo Baikonur eacute o maior cosmoacutedromo utilizado pela Ruacutessia para a maioria dos lanccedilamentos e por todos os lanccedilamentos tripulados

O cosmoacutedromo ocupa uma aacuterea aproximada de 7360 quilocircmetros quadrados numa aacuterea proacutexima ao rio Syr Darya na regiatildeo de Kyzl-Orda Oblast no Casaquistatildeo a 380 quilocircmetros da velha cidade de Baikonur O Cosmoacutedromo fica proacutexima do velho vilarejo de Tyuratam e da cidade de Zarya que foi rebatizada como Leninsk em 1958 e rebatizada como Baikonur em 1996

Inicialmente conhecido como Tashkent-50 a constuccedilatildeo foi iniciada em 12 de janeiro de 1955 Os construtores se referiam ao Cosmoacutedromo como Zvezdograd durante a eacutepoca da construccedilatildeo A cidade de Leninsk teve sua populaccedilatildeo ampliada de 50000 habitantes em 1975 para 75000 habitantes em 1990 A aprovaccedilatildeo para a construccedilatildeo do Cosmoacutedromo foi atraveacutes do Decreto do Conselho de Ministros da Uniatildeo Sovieacutetica nuacutemero 2 82 -181 no qual o complexo era chamado de Aacuterea de Teste nuacutemero 5 O primeiro lanccedilamento feito em Baikonur foi o de um foguete baliacutestico SS-6 em 15 de maio de 1957 mas o lanccedilamento falhou O primeiro lanccedilamento bem sucedido foi em 03 de agosto de 1957 Baikonur eacute comparado ao centro de lanccedilamentos de Cabo Canaveral na

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Floacuterida Estados Unidos devido a importacircncia e tam an h o mas o com plexo de B aikonur eacute consideravelmente mais extenso

O cosm oacutedrom o possui 9 com plexos de lanccedilamento incluindo 15 plataformas para os foguetes do tipo Soyuz Molniya Zenith Rockot Proton entre outros Aleacutem disso tem 11 linhas de

montagem e revisatildeo de sateacutelites e espaccedilonaves 3 pontos de abastecimento de combustiacutevel centro meacutedico para cosmonautas 2 aeroportos de grande porte plantas de nitrogecircnio oxigecircnio e gaacutes sistemas de abastecimento de energia eleacutetrica e aacutegua e para concluir um grande sistema de estradas e de vias ferroviaacuterias iJ

Daniel Sanchez Bins eacute o autor do site Cosmonaacuteutica dedicado ao programa espacial russo e usuaacuterio e colaborador da Espacialcomhttpwwwcosmonauticacjbnet

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Participe apoie divulgue o siteWWWCOMITEMARCOSPONTESCJBNET

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CAMPANHA NACIONAL DE APOIO AO 1D VOcircO ORBITAL DO ASTRONAUTA BRASILEIRO EA CONTINUIDADE DO BRASIL

NO PROJETO DA ESTACcedilAtildeO ESPACIAL INTERNACIONAL

A campanha ldquoSim eu quero vero verdee

amarelo no espaccedilordquo lanccedilada pelo Comitecirc

Marcos Pontes tem o objetivo de apoiar a

Agecircncia Espacial Brasileira na viabilizaccedilatildeo

do primeiro vocirco orbital do nosso astronauta

atraveacutes da continuidade da participaccedilatildeo

brasileira no projeto da Estaccedilatildeo Espacial

Internacional (EEI)

Para isso conta com a colaboraccedilatildeo da

populaccedilatildeo brasileira que pode manifestar

mobilizaccedilatildeo em prol da campanha assinando

um abaixo-assinado no site

wwwcomitemarcospontescjbnet

Decirc sua contribuiccedilatildeo Vamos apoiar o Brasil nesse projeto que traz oportunidades uacutenicas de estar agrave frente em experimentos e tecnologia de ponta

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copy N

AS

A

revista

PLANETOLOGIA

Planetas Extrasolares

Detecccedilatildeo Dinacircmica amp Origem

W alkiria Schulz | Revista macroCOSMOcomwschulzcettconaegovar

Cristiaacuten Beaugeacute | Colaboradorbeaugeoacuncoredu

Quantas vezes olhamos para o ceacuteu e nos perguntamos se estamos sozinhos neste Universo Quais satildeo as chances reais de existir outra civilizaccedilatildeo Para responder a estas e outras perguntas os astrocircnomos estatildeo se dedicando a uma nova aacuterea de pesquisa a Mecacircnica de Planetas Extrasolares A ideacuteia eacute desenvolver novas tecnologias capazes de detectar planetas eou sistemas planetaacuterios em outras estrelas e a partir daiacute estudar as caracteriacutesticas que possam representar condiccedilotildees ambientais de presenccedila de vida

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PLANETOLOGIA

A descoberta de planetas fora do nosso Sistema Solar eacute um fato recente Ateacute cerca de 10 anos atraacutes noacutes natildeo dispunhamos de instrumentos sensiacuteveis o suficiente para detectar corpos tatildeo pequenos distantes e pouco luminosos Foi necessaacuterio desenvolver aparelhos de detecccedilatildeo com uma precisatildeo jamais vista e anexaacute-los a telescoacutepios dedicados a este tipo de investigaccedilatildeo

Aleacutem de vislum brar a possibilidade de natildeo estarmos sozinhos os planetas extrasolares tambeacutem representam uma oportunidade para a M ecacircnica Celeste de estudar sistem as com dinacircmicas diferentes das encontradas no Sistema Solar Estes estudos podem vir a ser fontes de corroboraccedilatildeo de teorias cosmogocircnicas atuais que foram desenvolvidas baseando-se no conhecimento de um uacutenico sistema planetaacuterio o nosso

Ao comeccedilar a encontrar planetas extrasolares a primeira pergunta que surgiu foi estes novos objetos satildeo compatiacuteveis com as nossas ideacuteias de formaccedilatildeo planetaacuteria Para entender um pouco melhor esta questatildeo vamos comeccedilar falando sobre o que se sabe a respeito do nosso Sistema Solar

Teorias de Formaccedilatildeo do Sistema Solar

Existem trecircs formas de construir um modelo para explicar como se formou o Sistema Solar

1 A partir de modelos de formaccedilatildeo estelar extrapolando para a frente

2 A partir da estrutura atual do nosso Sistema Solar extrapolando para traacutes

3 Analisando e comparando as caracteriacutesticas de outros sistemas planetaacuterios em etapas distintas de evoluccedilatildeo

Na verdade todas estas possibilidades satildeo complementares e as informaccedilotildees provenientes de cada uma devem ser coerentes entre si

Modelos Comeccedilamos com uma nuvem proto- estelar similar agraves observadas na nebulosa de Oacuterion A interaccedilatildeo entre a contraccedilatildeo e a rotaccedilatildeo desta nuvem de material provocou um colapso que resultou em uma estrutura achatada onde a maioria da massa se encontrava no centro (proto-sol) enquanto o resto formava um disco ao redor

Dentro desta nuvem existiam dois componentes gaacutes (aproximadamente 96) e material soacutelido (4) A pressatildeo interna mantinha o equilibrio hidrostaacutetico do gaacutes mas natildeo das partiacuteculas soacutelidas que sofriam fricccedilatildeo com o gaacutes caindo no plano da nuvem e mais perto do proto-sol Como resultado deste processo o disco se dividiu em uma nebulosa gasosa exterior (formada de elementos como hidrogecircnio heacutelio e nitrogecircnio) e um disco compacto interno composto de partiacuteculas soacutelidas de mais ou menos 1 cm de raio (com elementos tais como carbono niacutequel e ferro)

A partir deste ponto existem duas possibilidades para a evoluccedilatildeo destas partiacuteculas ateacute planetesimais de raios entre 10 e 100 m No primeiro caso o conjunto de pequenas partiacuteculas continua caindo em direccedilatildeo ao plano ateacute formar um disco tatildeo denso que torna-se gravitacionalmente instaacutevel provocando um colapso do material em planetesimais maiores A segunda possibilidade sugere um processo mais lento onde a formaccedilatildeo de corpos maiores deu-se por colisotildees entre as partiacuteculas pequenas No entanto ambas teorias tecircm problemas e ainda natildeo

P R O T O -S O L (~ 9 9 M A S S A )

Formaccedilatildeo de um sistema planetaacuterio a partir de uma nebulosa primordial

N E B U L O S A P R IM O R D IA L (~ 1 M A S S A )

ocopy

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possuimos um bom modelo para explicar a transiccedilatildeo entre partiacutecu las de 1 cm e planetesim ais de 100 m de raio Este problema eacute conhecido em Inglecircs como o Meter Size Hurdle ou o obstaacuteculo do tamanho de um metro em uma traduccedilatildeo literal

No entanto in d ep en d en tem en te do mecanismo que produziu estes objetos a partir de uma populaccedilatildeo de planetesimais com raios entre 10 e 100 m sabe-se que a evoluccedilatildeo do disco rochoso se deu atraveacutes da com binaccedilatildeo entre gravitaccedilatildeo muacutetua e colisotildees Os corpos do nosso Sistema Solar apresentam uma seacuterie de evidecircncias destas colisotildees como fragmentaccedilotildees e crateras No entanto se a velocidade relativa entre os corpos eacute suficientemente pequena as colisotildees datildeo origem a um processo construtivo conhecido como acreccedilatildeo que eacute o mecanismo baacutesico de formaccedilatildeo planetaacuteria

A princiacutepio o processo de acreccedilatildeo soacute funciona para corpos soacutelidos e natildeo para o gaacutes No entanto e considerando que a temperatura do gaacutes decai com a distacircncia ao Sol existe um valor criacutetico desta distacircncia tal que a tem peratura do gaacutes seja suficientemente baixa para que a componente volaacutetil da nuvem condense Esta distacircncia criacutetica eacute conhecida como a ldquolinha do gelordquo e corresponde a aproximadamente 4 ou 5 UA Portanto aleacutem deste valor os elementos quimicos leves (eg HHeN)

Crateras na Lua evidecircncias de um periacuteodo decolisotildees

tambeacutem participaram do processo de acreccedilatildeo e deram origem a planetas ricos em elementos leves os chamados planetas Gigantes (Juacutepiter Saturno Urano e Netuno) Enquanto isso na regiatildeo mais proacutexima da proto-estrela os planetesimais jaacute apresentavam raios da ordem de 100 km e eram embriotildees planetaacuterios

Entre 6 e 10 milhotildees de anos de evoluccedilatildeo do sistema o proto-Sol entrou em uma fase conhecida como T-Tauri na qual a nuvem de gaacutes remanescente comeccedilou a se dissipar Assim as etapas finais de formaccedilatildeo dos planetas terrestres continuaram em um cenaacuterio praticamente livre de gaacutes A presenccedila do recentemente formado Juacutepiter tambeacutem afetou

SOLCOLISOES ENTRE OS EMBRIOtildeES PLANETAacuteRIOS

Juacutepiter

1

y -----

ACRECcedilAtildeO

y ------------

FRAGMENTACcedilAO

SOL Mercuacuterio Vecircnus Terra Marte Asteroides Juacutepiter ltgt

ocopy

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PLANETOLOGIA

esta formaccedilatildeo planetaacuteria invertendo o proceso de acreccedilatildeo e provocando fragmentaccedilotildees nos embriotildees planetaacuterios que encontravam-se perto do planeta gigante Esta fragm entaccedilatildeo deu origem aos asteroacuteides que hoje encontramos entre as oacuterbitas de Marte e Juacutepiter Nos 100 milhotildees de anos seguintes os planetas terrestres se formaram

Em forma muito resumida este eacute o modelo cosmogocircnico mais aceito atualmente Ele consegue explicar a existecircncia de planetas gigantes e terrestres a localizaccedilatildeo dos planetas gigantes aleacutem de 4-5 UA oacuterbitas praticamente coplanares e circulares a presenccedila de asteroacuteides e objetos do cinturatildeo de Kuiper e a existecircncia de aneacuteis e sateacutelites No entanto existem alguns problemas Talvez o principal deles seja a impossibilidade de formar Urano e Netuno antes da dissipaccedilatildeo da nuvem de gaacutes Devido agrave baixa densidade de partiacuteculas soacutelidas e gaacutes na parte externa da nuvem o processo de acreccedilatildeo necessitaria tempos maiores que a idade do Sistema Solar A suposiccedilatildeo de que a nuvem primordial fosse mais massiva eacute pouco provaacutevel jaacute que seria necessaacuterio algum mecanismo para eliminar a massa restante depois da formaccedilatildeo dos planetas e natildeo conhecemos nenhum que seja eficiente neste sentido Uma outra alternativa para Urano e Netuno seria que os planetas gigantes natildeo se formaram por acreccedilatildeo e sim por instabilidade gravitacional do gaacutes Simulaccedilotildees com esta teoria levam a condiccedilotildees planetaacuterias diferentes das que encontramos nos planetas atuais A composiccedilatildeo quiacutemica de Saturno por exemplo eacute incompatiacutevel com os resultados das simulaccedilotildees Explicar as origens dos sistem as planetaacuterios eacute um dos problem as cientiacuteficos mais im portantes da atualidade (NASA 2003)

Dinacircmica Outra forma de estudar nosso Sistema Solar eacute atraveacutes de sua dinacircmica em particular sua estabilidade orbital Por estabilidade se entende que com o passar do tempo as oacuterbitas dos corpos maiores permanecem quase-circulares quase- planares e natildeo existe a possibilidade dos planetas se chocarem Procuramos indiacutecios de estabilidade orbital para tentar explicar a configuraccedilatildeo atual dos planetas e prever seu futuro

Na deacutecada de 90 foram realizadas vaacuterias simulaccedilotildees em computador da evoluccedilatildeo das oacuterbitas de todos os planetas por tempos da ordem da idade do Sistema Solar (Laskar 1994) A ideacuteia era corroborar que as oacuterbitas nuncam se cruzam No

ESTAacuteVEL

INSTAacuteVEL

Oacuterbitas estaacuteveis e instaacuteveis

entanto foi encontrado que existe a possibilidade de que em aproximadamente 36 bilhotildees de anos Mercuacuterio cruze a oacuterbita de Vecircnus Se natildeo houver um mecanismo de proteccedilatildeo natural eacute possiacutevel que os planetas se choquem e como consequumlecircncia a oacuterbita de Vecircnus sofreria grandes mudanccedilas podendo inclusive chocar-se com a Terra Embora estes resultados possam depender da modelagem utilizada sua conclusatildeo mais importante eacute que o Sistema Solar interno pode natildeo ser estaacutevel para sempre embora o seja por periacuteodos de tempo da ordem de 4 bilhotildees de anos

Seja o que for que aconteccedila daqui a 4 bilhotildees de anos o Sistema Solar eacute um dos sistemas dinacircmicos mais estaacuteveis que se conhece no Universo Sendo assim como eacute possiacutevel que um processo de formaccedilatildeo caoacutetico e colisional tatildeo sensiacutevel agraves condiccedilotildees iniciais decirc origem a um sistem a planetaacuterio tatildeo estaacutevel Apoacutes muitos anos realizando

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PLANETOLOGIA

simulaccedilotildees da uacuteltima etapa da formaccedilatildeo planetaacuteria sem conseguir obter nenhum Sistema Solar sinteacutetico que reproduza o nuacutemero correto de planetas nem sua estabilidade chegou-se agrave conclusatildeo de que as posiccedilotildees atuais dos planetas devem ter sido ldquodefinidasrdquo nas primeiras etapas do processo de acreccedilatildeo O problema eacute que realizar estudos destas etapas eacute tecn icam ente com plexo jaacute que eacute necessaacuterio simular a evoluccedilatildeo de milhotildees de partiacuteculas planetesimais por gravitaccedilatildeo e por colisotildees por periacuteodos de tempo muito grandes Os computadores de uso geral natildeo possuem velocidade de caacutelculo suficiente para realizar estas simulaccedilotildees A soluccedilatildeo foi construir super-com putadores especiacuteficos que pudessem ser utilizados para as simulaccedilotildees de formaccedilatildeo planetaacuteria O projeto japonecircs G R A PE tomou esta tarefa para si e desenvolveu um super-computador equivalente a 1 milhatildeo de PCs de hoje com capacidade de realizar simulaccedilotildees que levariam 2 anos em apenas 1 minuto

Entre os resultados preliminares do projeto GRAPE se destaca a conclusatildeo de que a interaccedilatildeo entre colisotildees e a dinacircmica de muitos planetesimais cria um fenocircmeno conhecido como repulsatildeo de em briotildees planetaacuterios Segundo esta teoria se a distacircncia entre dois proto-planetas eacute maior que um certo valor criacutetico d os dois corpos crescem por acreccedilatildeo alimentando-se dos planetesimais ao redor sem variar sua posiccedilatildeo relativa No entanto se a distacircncia inicial entre os dois proto-planetas eacute menor que aquele valor criacutetico os corpos se repelem e se afastam ateacute que a distacircncia entre eles seja maior que d Este processo suave e determiniacutestico poderia explicar a quantidade correta de planetas que encontramos hoje em oacuterbitas dinam icamente estaacuteveis

Resum indo embora ainda existam problemas natildeo resolvidos (Meter Size Hurdle formaccedilatildeo de Urano e Netuno) atualmente dispomos de um modelo de formaccedilatildeo planetaacuteria baseado em um processo de acreccedilatildeo de corpos soacutelidos que consegue reproduzir a maioria das caracteriacutesticas do nosso Sistema Solar Seraacute que o mesmo processo aconteceu em todos os sistemas planetaacuterios ou soacute aqui Natildeo existe garantia de que todos os planetas se formaram seguindo as mesmas condiccedilotildees mas a possibilidade de avaliar o que acontece em outras regiotildees do Universo abre toda uma nova perspectiva para a Mecacircnica Celeste

Os Planetas Extrasolares Conhecidos ldquo Zoologiardquo e Detecccedilatildeo

Em 1995 os astrocircnomos Michel Mayor e Didier Queloz do Observatoacuterio de Genebra descobriram o primeiro planeta extrasolar ao redor de uma estrela do tipo sequecircncia principal A estrela eacute 51 Pegasi (G2 distacircncia agrave Terra = 147 pc) e o planeta tem uma massa aproximadamente igual agrave metade da massa de Juacutepiter

No ano seguinte os americanos Geoffrey Marcy e Paul Butler descobriram mais dois planetas O primeiro orbita a estrela 70 Virgo (G5 distacircncia agrave Terra = 181 pc) e parece ter mais de 7 vezes a massa do nosso planeta gigante O segundo estaacute ao redor de 47 Uma (G0 distacircncia agrave Terra = 141 pc) e tem 25 vezes a massa de Juacutepiter

A populaccedilatildeo atual de planetas aleacutem do nosso Sistema Solar contabiliza ao redor de 160 objetos todos com massas inferiores a 18 vezes a massa de Juacutepiter Entre os casos mais interessantes encontram-se 15 sistemas planetaacuterios

- 12 sistemas com 2 planetas- 2 sistemas com 3 planetas (Ups And e GJ876)- 1 sistema com 4 planetas (55 Cnc)Curiosamente tambeacutem foram encontrados vaacuterios

planetas orbitando estrelas binaacuterias Entre eles podemos mencionar 16 Cyg B t Boo e y Cephei B

Nuacutemero de planetas extrasolares descobertos ateacute maio de 2005 copy Cristiaacuten Beaugeacute

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Recentemente foi descoberto um planeta orbitando uma estrela pertencente a um sistema estelar triplo

P ra ticam en te todos os p lanetas extrasolares conhecidos foram detectados por tracircnsito ou variaccedilatildeo da velocidade radial da estrela (Doppler) Existem outros meacutetodos de detecccedilatildeo que exigem configuraccedilotildees especiais de posiccedilotildees relativas mais dificieis de encontrar (por exemplo microlentes)

Eacute importante ter em conta que os planetas extrasolares tambeacutem conhecidos como exoplanetas satildeo objetos de luminosidade muito baixa Um planeta como Juacutepiter possui uma luminosidade equivalente a 10-9 da luminosidade do Sol Ou seja os exoplanetas natildeo satildeo observados diretamente A exceccedilatildeo eacute GQ Lupi observado com o Very Large Telescope - VLT

No entanto eacute possiacutevel perceber quando os planetas passam em frente ao disco da estrela Este eacute o meacutetodo de detecccedilatildeo via tracircnsito que permite medir o periacuteodo orbital (consequumlentemente o semi- eixo maior) e o raio do planeta As limitaccedilotildees deste meacutetodo incluem soacute eacute possiacutevel observar objetos em oacuterbitas a 90o com a esfera celeste eacute mais faacutecil detectar planetas gigantes e em oacuterbitas muito proacuteximas da estrela eacute muito difiacutecil (embora natildeo seja impossiacutevel) detectar mais de um objeto e este meacutetodo natildeo oferece dados sobre a excentricidade orbital

Existem vaacuterios projetos preocupados com a detecccedilatildeo de exoplanetas via tracircnsito e eacute muito

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GQ Lupi

provaacutevel que em um futuro proacuteximo a maioria dos planetas extrasolares seja descoberta por este meacutetodo Entre estes projetos um particularmente importante para o Brasil eacute o COROT Trata-se de um sateacutelite projetado pela CNES (Franccedila) com participaccedilatildeo de paiacuteses como Alemanha Auacutestria Beacutelgica Brasil e Espanha Com lanccedilamento previsto para junho de 2006 este sateacutelite levaraacute ao espaccedilo um telescoacutepio de 30 cm de diacircmetro Seu objetivo seraacute estudar Sismologia Estelar e Exoplanetas e para tanto a n a liza raacute as curvas de luz de aproximadamente 12 mil estrelas com magnitudes menores que 155 A populaccedilatildeo de estrelas a ser estudada ainda estaacute sendo definida pela comunidade cientiacutefica

Mesmo sendo invisiacuteveis os planetas extrasolares podem ser suficientemente massivos para provocar movimentos na estrela que possam ser detectados daqui da Terra Os meacutetodos de detecccedilatildeo indireta

se aproveitam do fato de que devido agrave presenccedila de um ou mais planetas a estrela se move ao redor do centro de massa do sistema

Embora natildeo possamos observar o planeta podemos deduzir suas massa e oacuterbita atraveacutes da mediccedilatildeo do movimento proacuteprio da estrela Observando as variaccedilotildees perioacutedicas na velocidade radial da estrela por efeito Doppler podemos estimar a velocidade orbital No entanto a velocidade medida por Doppler natildeo eacute a velocidade total e sim sua projeccedilatildeo sobre a linha que une a estrela ao observador Esta limitaccedilatildeo de medida provoca uma grande imprecisatildeo sobre as estimativas pois natildeo se conhece a inclinaccedilatildeo orbital em relaccedilatildeo agrave linha de visada

Sateacutelite COROT

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PLANETOLOGIA

Graacutefico dos planetas extrasolares detectados em unidades de massa de Juacutepiter por semi-eixo maior(J corresponde a Juacutepiter e S a Saturno) copy Cristiaacuten Beaugeacute

foi similar ao dos nossos planetas Segundo esta teoria apoacutes a formaccedilatildeo existiu um processo de Migraccedilatildeo Planetaacuteria que levou os corpos ateacute a sua localizaccedilatildeo atual com oacuterbitas muito excecircntricas No entanto para que esta hipoacutetese tenha sentido necessitamos uma evidecircncia dinacircmica de migraccedilatildeo e um mecanismo para tornaacute-la efetiva

Origem dos Planetas Extrasolares Hipoacutetese da Migraccedilatildeo

Com o objetivo de explicar os pequenos valores de semi-eixo maior e as altas excentricidades surge a Hipoacutetese da Migraccedilatildeo Existem trecircs propostas de mecacircnismos para explicar a migraccedilatildeo dos planetas ateacute suas posiccedilotildees atuais scattering planetaacuterio interaccedilatildeo com o disco de planetesimais e interaccedilatildeo com o disco de gaacutes

Scattering planetaacuterio No prim eiro caso imaginemos um cenaacuterio onde dois planetas gigantes encontram-se ao redor de uma estrela em oacuterbitas

As limitaccedilotildees dos meacutetodos de detecccedilatildeo de planetas extrasolares provocam uma espeacutecie de seleccedilatildeo natural sobre os objetos que conseguimos ver Assim a maioria dos exoplanetas apresenta grandes massas localiza-se perto das estrelas e tem oacuterbitas muito excecircntricas

O problema neste caso nem eacute tanto pela pouca quantidade de planetas tipo Juacutepiter ou Saturno encontrados (receacutem estamos em condiccedilotildees de observaacute-los) mas que a maioria dos exoplanetas descobertos tem c a ra c te riacutes tic as que consideraacutevamos impossiacuteveis de existir quando soacute conheciacuteamos o nosso sistema Temos planetas gigantes em oacuterbitas de planetas terrestres Temos excentricidades tatildeo altas quanto as de estrelas binaacuterias Como explicaacute-los

Existem duas escolas ou linhas de pesquisa Uma acredita que estes planetas foram formados por mecanismos diferentes dos do nosso Sistema Solar por exemplo via instabilidade gravitacional Esta linha eacute defendida principalmente por astrofiacutesicos estelares A segunda escola composta na maioria por dinacircmicos acredita que o processo de formaccedilatildeo

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PLANETOLOGIA

coplanares e com excentricidades pequenas Se estes planetas natildeo sofrem encontros proacuteximos entre si podemos supor que exista uma espeacutecie de acoplamento entre as suas excentricidades Isto significa que um planeta influenciacutea o outro de tal forma que se a excentricidade de um aumenta a do outro diminui O acoplamento e-e funciona como um mecanismo de proteccedilatildeo evitando encontros proacuteximos entre os planetas a menos que os semi- eixos sejam muito parecidos No caso em que os semi-eixos satildeo similares a interaccedilatildeo gravitacional eacute tatildeo forte que o acoplamento e-e natildeo consegue evitar encontros proacuteximos e podem ocorrer colisotildees com acreccedilatildeo de ambos planetas ou o scattering que significa a ejeccedilatildeo de um dos planetas Com o scattering o planeta que natildeo eacute ejetado do sistema se aproxima da estrela (diminuindo seu semi-eixo) e sua excentricidade aum enta Embora este mecanismo possa funcionar em casos isolados natildeo eacute geral o suficiente para explicar a migraccedilatildeo de tantos exoplanetas

Interaccedilatildeo com o disco de planetesimais Estemecanismo foi inicialmente proposto para explicar a migraccedilatildeo no nosso Sistema Solar Segundo esta teoria as interaccedilotildees gravitacionais entre os planetas gigantes (Juacutepiter Saturno Urano Netuno) e o disco de planetesimais remanescentes provocaram a ejeccedilatildeo final destes planetesimais para o cinturatildeo de Kuiper Como consequumlecircncia o semi-eixo maior de Juacutepiter diminuiu enquanto os semi-eixos de Saturno Urano e Netuno aumentaram Portanto os locais de formaccedilatildeo dos planetas teriacuteam sido diferentes dos atuais Os problemas com esta teoria satildeo numeacutericos Para que um exoplaneta migrasse de 4 ou 5 UA para perto da estrela a massa do disco primordial deveriacutea haver sido da ordem de 1 massa solar Aleacutem deste disco ser altamente instaacutevel este mecanismo de migraccedilatildeo natildeo explica as a ltas excen tric id ad es encontradas nos exoplanetas

Interaccedilatildeo com o disco de gaacutes No final dadeacutecada de 70 os astrocircnomos Peter Goldreich e Scott Trem aine analizaram a interaccedilatildeo entre planetas gasosos e um disco massivo de gaacutes (G oldreich e Trem aine 1979 e 1980) Eles encontraram que se essa interaccedilatildeo fosse muito forte a troca de energia e momento angular resultante poderia causar uma diminuiccedilatildeo draacutestica nos semi-eixos dos planetas Ao natildeo existir evidecircncia

de tal migraccedilatildeo planetaacuteria em nosso Sistema Solar esta teoria caiacuteu em descreacutedito No entanto a descoberta de outros sistemas planetaacuterios provocou o renascimento desta hipoacutetese de migraccedilatildeo e hoje ela eacute a preferida entre os cientistas que se dedicam a estudar os exoplanetas

O problema eacute que este tipo de migraccedilatildeo eacute muito raacutepida Ao causar uma migraccedilatildeo durante o processo de acreccedilatildeo dos planetas natildeo haveria tempo suficiente para completar a formaccedilatildeo antes destes caiacuterem na estrela A soluccedilatildeo encontrada para este problema foi propor um comportamento diferenciado Segundo este a migraccedilatildeo muda quando a massa do planeta eacute superior a 30 massas terrestres pois forma-se um buraco no disco que modifica a velocidade da migraccedilatildeo

A pergunta seguinte seriacutea e como freiar esta migraccedilatildeo Embora nenhuma resposta elegante tenha surgido nos uacuteltimos tempos umas das possibilidades em estudo eacute a de que natildeo haacute freio possiacutevel e o que estamos observando satildeo os Uranos e Netunos que ainda natildeo foram engolidos por suas estrelas

Concluiacutendo dadas as hipoacuteteses de formaccedilatildeo e os sistemas conhecidos hoje em dia podemos dizer que as oacuterbitas dos exoplanetas detectados natildeo satildeo compatiacuteveis com o processo de formaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do nosso Sistema Solar Por que O nosso sistem a eacute especial Ou soacute estam os detectando objetos viciados devido agraves nossas limitaccedilotildees instrumentais Parece que a descoberta de outros sistemas planetaacuterios abriu uma ldquocaixa de Pandorardquo trazendo mais perguntas que respostas

Juacutepiteres Quentes Binaacuterias e Outros Bichosrdquo (Planetas Habitaacuteveis)

Entre a ldquofaunardquo de objetos descobertos ao redor de outras estrelas alguns se destacam por caracteriacutesticas natildeo esperadas Se a nossa motivaccedilatildeo inicial era procurar planetas gecircmeos da Terra para averiguar se estamos ou natildeo sozinhos neste Universo qual natildeo foi a nossa surpresa ao perceber que muitos exoplanetas satildeo mundos jamais imaginados se quer por escritores de ficccedilatildeo cientiacutefica

Juacutepiteres Quentes Os primeiros objetos a surpreender os observadores terrestres foram os

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PLANETOLOGIA

entatildeo batizados Hot Jupiters ou Juacutepiteres Quentes em uma traduccedilatildeo literal Tratam-se de exoplanetas massivos muito proacuteximos da estrela (semi-eixo maior lt 01 UA) Segundo dados obtidos por Doppler estes corpos estariam em oacuterbitas quase circulares (excentricidade aproximadamente igual a zero) Uma combinaccedilatildeo de observaccedilotildees por Doppler e por tracircnsito indica que o raio destes planetas eacute muito maior que o esperado e existem evidecircncias de que estes estariam sendo aquecidos pela estrela Modelos atmosfeacutericos indicam que alguns dos Juacutepiteres Quentes mais proacuteximos de suas estrelas (semi-eixo maior lt 001 UA) podem estar sofrendo evaporaccedilatildeo de sua componente gasosa

Eacute praticamente impossiacutevel explicar a formaccedilatildeo in situ destes objetos A hipoacutetese de migraccedilatildeo eacute a melhor candidata mas eacute atraveacutes do estudo da dinacircmica destes corpos que se espera encontrar mais respostas A proximidade entre a estrela e um planeta tipo Juacutepiter Quente faz com que estes natildeo possam ser assumidos como massas puntuais Assim o estudo destes s istem as tem que considerar efeitos de mareacute como no conjunto Terra- Lua Estrelas do tipo solar tecircm velocidades de

rotaccedilatildeo da ordem de 27 dias Esta velocidade combinada com distacircncias menores que 017 UA sugerem que estes exoplanetas deveriam estar caindo em direccedilatildeo ao centro de massa do sistema As estimativas satildeo muito dependentes da estrutura interna das estrelas mas os caacutelculos atuais prevecircm um tempo de aproximadamente 100 milhotildees de anos para que as estrelas ldquoengulamrdquo seus planetas do tipo Juacutepiteres Quentes

Planetas em Estrelas Binaacuterias Atualmente se conhecem trecircs sistemas estelares binaacuterios (com distacircncia entre as estrelas lt 20 UA) com pelo menos um planeta gigante acoplado Em todos os casos os planetas se encontram proacuteximos agraves estrelas mais massivas de forma que natildeo existem problemas de estabilidade No entanto natildeo se sabe ainda como explicar a formaccedilatildeo destes objetos

Mais surpreendente ainda foi a detecccedilatildeo de um planeta orbitando uma estrela pertencente a um conjunto triplo Esta descoberta eacute tatildeo recente que os dados a respeito deste objeto ainda estatildeo sendo discutidos

Estima-se que aproximadamente metade das estrelas conhecidas sejam binaacuterias Uma vez que

Ilustraccedilatildeo de um planeta recentemente descoberto orbitando a Estrela 55 cancri

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algumas possuem planetas gigantes possiacuteveis de serem detectados nos perguntamos se podem exitir planetas do tipo terrestres ao redor das companheiras Esta pergunta nos leva ao objetivo final deste artigo a busca de planetas habitaacuteveis

Planetas Habitaacuteveis Existem duas questotildees- chaves quando comeccedilamos a falar neste assunto

1 Sob que condiccedilotildees uma estrela pode possuir um planeta habitaacutevel

2 Sob que condiccedilotildees um planeta pode ser habitaacutevel

Eacute necessaacuterio ter em conta que o criteacuterio de ldquohabitabilidaderdquo eacute completamente baseado no nosso conceito geocecircntrico de vida Nada impede que existam outros criteacuterios Apenas natildeo somos capazes de extrapolar o nosso conhecimento e imaginar outras condiccedilotildees para o desenvolvimento de vida

Um artigo muito esclarecedor sobre este assunto foi publicado recentemente por um astrocircnomo da Seacutervia e Montenegro (^ irk o v ireg 2005) Milan ^ irko v ireg define os limites do que se usa chamar de ldquozonas de habitabilidaderdquo na nossa proacutepria galaacutexia e demonstrou que o Sol ocupa uma posiccedilatildeo muito bem definida dentro desta regiatildeo Esta nova aacuterea de pesquisa aplica conhecim entos de Astrofiacutesica Dinacircmica e Astrobiologia

Para que uma regiatildeo da galaacutexia seja considerada como um possiacutevel berccedilaacuterio de planetas habitaacuteveis eacute importante combinar fatores que propiciam o desenvolvim ento de vida (por exemplo uma composiccedilatildeo quiacutemica baacutesica) junto com uma baixa incidecircncia de fatores que poderiam inviabilizar este processo (determinados niacuteveis de radiaccedilatildeo) Os tempos disponiacuteveis para a formaccedilatildeo de sistemas planetaacuterios tambeacutem satildeo considerados neste estudo

Estrela Secundaacuteria

p laneta

Oacuterbita do primeiro planeta descoberto ao redor de sistema binaacuterio Gamma Cephei O planeta dista da estrela 2 UA orbitando a mesma durante 25 anos A estrela secundaacuteria orbita a primaacuteria em uma oacuterbita entre 28 e 30 UA O tamanho do planeta e estrelas natildeo estatildeo em escala

Entre os criteacuterios de h ab itab ilidade para exoplanetas mais importantes estatildeo

1 Semi-eixo maior tal que exista aacutegua em forma liacutequida (Hart 1978) Este valor deveria estar entre 08 e 12 UA para um planeta em oacuterbita ao redor de uma estrela com massa solar

2 Oacuterbitas quase-circulares de tal forma que outros planetas possiacuteveis fontes de perturbaccedilatildeo se encontrem longe

3 Pelo menos 20 da superfiacutecie do planeta coberta por oceanos

A habitabilidade tambeacutem depende das idades do planeta e da estrela

B aseando-se nestes criteacuterios embora natildeo possamos observaacute-los diretamente podemos analisar se as estrelas com planetas gigantes conhecidos poderiacuteam ter planetas que satisfizessem estas condiccedilotildees Um estudo de 85 sistemas extrasolares com um ou mais planetas mostrou que aproximadamente 25 destes podem ter corpos pequenos em oacuterbitas estaacuteveis dentro da regiatildeo habitaacutevel (Menou e Tabachnik 2003) Nos casos estudados a principal causa de instabilidade eacute a presenccedila de corpos pertubadores em oacuterbitas muito excecircntricas Vale lembrar que a alta excentricidade eacute uma caracteriacutestica intriacutenseca da maioria dos planetas extraso lares conhecidos devido a lim itaccedilotildees dos instrum entos de detecccedilatildeo Considerando que este estudo foi realizado com base em uma populaccedilatildeo aparentemente viciada a proporccedilatildeo de de estrelas candidatas a abrigar ao menos um planeta habitaacutevel eacute muito promissora

Onde procurar mais informaccedilatildeo

The Extrasolar Planets Encyclopedia(Jean Schneider CNRS Paris)

httpcfa-wwwharvardeduplanetsencyclhtml

The Geneva Extrasolar Planet Search Programmes(M Mayor)

httpobswwwunigech~udryplanetplanethtml

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Comentaacuterios Finais

Os planetas que conhecemos hoje tiveram uma origem desenvolveram uma dinacircmica e foram detectados por noacutes em algum momento mais avanccedilado de suas existecircncias Esta eacute a ordem causal das coisas A origem destes objetos determinou caracteristicas intriacutensecas tais como suas localizaccedilotildees tipos de oacuterbitas e massas

O estudo da dinacircmica destes corpos trata de entender suas evoluccedilotildees orbitais estabilidades e efeitos sobre a estrela No entanto eacute a nossa capacidade de deduccedilatildeo que nos habilita a detectaacute- los Na praacutetica invertemos a ordem causal e a partir das caracteriacutesticas orbitais e de massa que detectamos aplicamos dinacircmicas conhecidas sobre estabilidade e evoluccedilatildeo orbital para tentar entender a origem destes corpos celestes Estamos fazendo uma espeacutecie de Arqueologia dos sistemas planetaacuterios buscando caracteriacutesticas dinacircmicas atuais que sejam indiacutecios do que aconteceu no passado

Eacute importante lembrar que o estudo dos planetas extrasolares representa uma aacuterea muito nova de conhecimento A primeira determinaccedilatildeo orbital

ldquoconfiaacutevelrdquo de um sistema muacuteltiplo exoplanetaacuterio data de 2001 Portanto ainda existem muitas perguntas sem respostas e satildeo muito poucas as que podemos responder completamente

As oacuterbitas estimadas dos exoplanetas sugerem formaccedilotildees eou evoluccedilotildees diferentes quando comparadas com o nosso proacuteprio Sistema Solar Embora apresente problemas a explicaccedilatildeo mais aceita pelos pesquisadores para a evoluccedilatildeo destes sistemas eacute a migraccedilatildeo Entre os mecanismos propostos o que melhor se encaixa nos dados disponiacuteveis eacute a hipoacutetese de migraccedilatildeo por interaccedilatildeo entre planetas e discos de gaacutes

Quanto agrave possibilidade de encontrarmos planetas s em elh an tes ao nosso a inda estam os engatinhando Nossa incapacidade instrumental vem sendo compensada pela criatividade teoacuterica Enquanto natildeo desenvolvemos aparelhos de medida capazes de detectar objetos tatildeo pequenos vamos elaborando criteacuterios de seleccedilatildeo para as estrelas onde devemos encontrar fontes mais promissoras De qualquer forma o importante eacute que natildeo perdemos de vista a ideacuteia de que ldquoencontrar-nos sozinhos neste imenso Universo seria um tremendo desperdiacutecio de espaccedilordquo (in Contato Carl Sagan) pound

Referecircncias

- Cirkovic MM (2005) Boundaries of the habitable zone unifying dynamics astrophysics and astrobiology In Dynamics of Populations of Planetary Systems Proceedings IAU Colloquium No 197 Z Knezevic amp A Milani Eds Cambridge University Press- Goldreich P e Tremaine S (1979) The excitation of density waves at the Lindblad and corotation resonances by an external potential The Astrophysical Journal 233 857-871- Goldreich P e Tremaine S (1980) Disk-satellite interactions The Astrophysical Journal 241 425shy441- Hart MH (1978) Habitable zones about main sequence stars Icarus 37 351357- Laskar J (1994) Large-scale chaos in the solar system Astronomy amp Astrophysics 287 L9-L12- Menou K e Tabachnik S (2003) Dynamics habitability of known extrasolar planetary systems The Astrophysical Journal 583 473-488- NASA 2003

Walkiria Schulz eacute astrocircnoma formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutora em Engenharia e Tecnologia Espaciais pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Atualmente trabalha para a Comisioacuten Nacional de Actividades Espaciales (CONAE - Argentina)

Cristiaacuten Beaugeacute eacute astrocircnomo formado pela Universidad Nacional de Coacuterdoba (UNC - Argentina) e doutor pelo Instituto de Astronocircmia Geofiacutesica e Ciecircncias Atmosfeacutericas (IAG) da Universidade de Satildeo Paulo (USP) Atualmente daacute aulas e realiza pesquisas no Observatoacuterio Astronoacutemico de Coacuterdoba (OAC - UNC)

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RetificaccedilatildeoCaros leitores a Revista macroCOSMOcom retifica

nesta ediccedilatildeo o artigo nomeado nCataacutelogo Jatobaacute publicado em nossa ultima ediccedilatildeo (Ano II - Ediccedilatildeo ndeg 21 - Agosto de 2005) por conter informaccedilotildees errocircneas redigidas pelos seus autores O cataacutelogo utilizado e nomeado pelos autores como Cataacutelogo Jatobaacute na realidade se chama Cataacutelogo REA-Brasil um cataacutelogo de objetos difusos para o Hemisfeacuterio Sul tendo sido preparado originalmente pelo astrocircnomo amador Tasso Napoleatildeo para a APAA (Associaccedilatildeo Portuguesa de Astrocircnomos Amadores) natildeo tendo em sua criaccedilatildeo nenhuma participaccedilatildeo de membros da Associaccedilatildeo de Amadores de Astronomia de Satildeo Paulo conforme citado no artigo mesmo porque essa entidade jaacute havia deixado de existir mais de vinte anos antes

O cataacutelogo foi criado por Tasso Napoleatildeo nos anos 90 e natildeo nos 80 conforme relatado pelos autores Subsequumlentemente agrave sua criaccedilatildeoesse cataacutelogo sofreu diversas atualizaccedilotildees sendo que a versatildeo publicada na uacuteltima ediccedilatildeo da Revista macroCOSMOcom estava tam beacutem desatua lizada Na presente ediccedilatildeo apresentamos aos leitores e por gentileza de seu criador Tasso Napoleatildeo a lista completa do nCataacutelogo REA-Brasil um cataacutelogo de objetos difusos para o Hemisfeacuterio Sulem sua uacuteltima revisatildeo feita em fins de 2004

Hemerson Brandatildeo Revista macroCOSMOcom

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ASTRONOMIAOBSERVACIONAL

Nebulosa do Esquimoacute

C a t aacute l o g o REA-BrasilUm cataacutelogo de Objetos Difusos para o Hemisfeacuterio Sul

Tasso Augusto Napoleatildeo | REA-Brasiltassonapoleaoigcombr

As referecircncias histoacutericas aos objetos difusos (na eacutepoca chamados genericamente de ldquonebulosasrdquo) iniciam-se no seacuteculo XVII A famosa ldquonebulosardquo de Androcircmeda (a galaacutexia que conhecemos por M31) foi mencionada pela primeira vez por Simon Marius em 1612 Jaacute a nebulosa de Oacuterion (M42) eacute referida em trabalhos do jesuiacuteta Johannes Cysat (ou Cysatus) em Ingolstadt Alemanha em 1619 e foi descrita detalhadamente pelo grande astrocircnomo e fiacutesico holandecircs Christiaan Huygens (1629-1695) no ano de 1694

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O primeiro cataacutelogo organizado de objetos difusos data de 1771 e foi elaborado pelo astrocircnomo francecircs Charles Messier (1730-1817) para distinguir esses objetos de cometas Sua versatildeo revista seria publicada por Messier em 1781 e ateacute hoje mais de duzentos anos depois ela ainda eacute uma referecircncia baacutesica para os astrocircnomos amadores

O grande avanccedilo na catalogaccedilatildeo das ldquonebulosasrdquo entretanto eacute devido a William Herschel (1738-1822) que com o auxiacutelio de sua irmatilde Caroline publicaria em 1786 o seu ldquoCatalogue of a Thousand New Nebulae and Star Clusters seguido em 1789 por um segundo cataacutelogo com mais mil objetos e em 1802 por quinhentos objetos adicionais Os trabalhos de Herschel seriam enriquecidos por seu filho John Herschel que publicaria em 1864 o ldquoGeneral Cataloguersquorsquo com 5079 objetos Finalmente John Dreyer em 1888 catalogaria 13226 objetos

em seu ldquoNew General Catalogue of Nebulae and Clusters of Stars (NGC) e seu suplemento ldquoIndex Cataloguersquorsquo (IC) Esses dois trabalhos se tornaram praticamente o padratildeo geral para a identificaccedilatildeo de objetos difusos inclusive os austrais

No entanto ainda nos dias de hoje a referecircncia mais utilizada pelos astrocircnomos amadores do hemisfeacuterio sul continua sendo o cataacutelogo de Messier Isto traz uma desvantagem evidente natildeo estatildeo incluiacutedos nele os objetos com declinaccedilotildees mais austrais (e sabemos que o hemisfeacuterio sul celeste eacute particularmente rico nestes objetos) A soluccedilatildeo mais comum eacute o uso dos cataacutelogos NGC e IC Entretanto por serem estes muito extensos nem sem pre os astrocircnom os am adores estatildeo fam ilia rizad o s com sua nom encla tu ra Pouquiacutessimas satildeo as publicaccedilotildees em que se tentou listar um cataacutelogo resumido dos objetos difusos

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ASTRONOMIAOBSERVACIONAL

mais s ignificativos quando observados do Hemisfeacuterio Sul

O cataacutelogo a seguir com 112 objetos pretende ser uma recomendaccedilatildeo do autor para a observaccedilatildeo dos objetos difusos mais atraentes vistos desde latitudes de cerca de 23deg sul A seleccedilatildeo dos objetos foi criteacuterio pessoal do autor e foi baseada em anos de observaccedilatildeo dos mesmos com instrumentos que vatildeo desde binoacuteculos 7x50 mm ateacute telescoacutepios com aberturas de 500 mm mdash ou seja uma faixa acessiacutevel agrave m aior parte dos instrum entos am adores Naturalmente natildeo haacute a pretensatildeo de tornaacute-lo um cataacutelogo formal mas apenas a de orientar os observadores iniciantes para a contemplaccedilatildeo destes beliacutessimos objetos

Estatildeo incluiacutedos aqui todos os objetos geralmente catalogados como ldquodifusosrdquo galaacutexias nebulosas difusas aglom erados abertos aglom erados

coordenadas e dos paracircmetros relevantes a cada classe satildeo fornecidos os nomes populares de cada objeto Naturalmente nesta relaccedilatildeo omitimos alguns objetos que apesar de importantes estatildeo muito ao norte para permitir uma boa visualizaccedilatildeo nas latitudes consideradas neste caso estatildeo por exemplo as interessantes galaacutexias M81 (NGC 3031) e M82 (NGC 3034) em Ursa Maior a nebulosa planetaacuteria ldquoda corujardquo M97 (NGC 3587) etc De forma geral nosso ldquocorterdquo foi feito na declinaccedilatildeo de 50deg norte

Em contrapartida estatildeo incluiacutedos objetos beliacutessimos como os aglomerados abertos de Carina Vela e Puppis as Nuvens de Magalhatildees uma seacuterie de objetos em Centaurus Crux Ara Tucana e Sculptor e diversos outros que geralmente natildeo satildeo m encionados nos cataacutelogos p reparados especificamente para os observadores do Hemisfeacuterio Norteglobulares e nebulosas planetaacuterias Aleacutem das

Referecircncias recomendadas para objetos adicionais aos mencionados no presente cataacutelogo

- Burnham Robert Celestial Handbook Dover 1978 (3 vols)- Jones Kenneth Glyn (ed) Webb Society Deep Sky Observerrsquos Handbook Enslow 1987 (7 vols)- Malin David and Frew David Hartungrsquos Astronomical Objects for Southern Telescopes Cambridge 1995

Tasso Augusto Napoleatildeo eacute engenheiro quiacutemico pela POLI-USP com mestrado pela FGV-SP tendo estudado astronomia e astrofiacutesica no Instituto de Astronomia Geofiacutesica e Ciecircncias Atmosfeacutericas da USP Fundador (em 1988) e atualmente Diretor Cientiacutefico da REA BRASIL (Rede de Astronomia Observacional) Tasso dedica-se no momento agrave fotometria CCD de estrelas variaacuteveis particularmente as cefeidas de periacuteodo ultracurto (USPCs) agrave espectrometria de estrelas peculiares e agrave busca de supernovas extragalaacutecticas com telescoacutepios robotizados dentro do programa BRASS (Brazilian Supernovae Search) que jaacute descobriu nove supernovas em seu primeiro ano de operaccedilatildeo

1 Na tabela a seguir estatildeo indicados (ordenados por ascensatildeo reta)1 Ref Nuacutemero de referecircncia no presente cataacutelogo2 NGC Nuacutemero do objeto no cataacutelogo NGC (ou quando indicado IC)3 AR Ascensatildeo Reta (equinoacutecio 20000)4 Dec Declinaccedilatildeo do objeto (equinoacutecio 20000)5 Tipo Tipo do objeto

GA - galaacutexia A A - aglom erado aberto AG - aglom erado globular ND - nebulosa difusa NP - nebulosa planetaacuteria RSN - restos de supernova

6 mv M agnitude visual integrada do objeto7 Dim Dim ensatildeo do objeto em minutos (ou quando indicado segundos) de arco8 Const Conste laccedilatildeo9 Notas Outras designaccedilotildees do objeto (como o nuacutem ero M essier ou os nomes populares)

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Cataacutelogo REA-BRASILRef NGC

AR (200 DD)

Dec(2DDDD)

Tipo mv Dim C onsl Notas

001 55 OOh 140 -30 1 11 GA 70 30x5 Sl

002 104 OOh 241 -72deg 06 AG 40 31 Tuc 47 Tucanae

003 - OOh 525 - 72deg 43 GA 15 210 Tuc Pequena Nuvem de Magalhatildees

004 224 OOh 427 -H 4r 15 GA 34 130x50 And M31 - Galaacutexia de Androcircmeda

005 253 OOh 475 -25deg 17 GA 72 25x7 Sl Moeda de Praia

005 352 01 h 032 -70 0 51 AG 55 13 Tuc

007 503 01 h 330 +30deg 30 GA 57 50x40 Tri M33 - Galaacutexia do Triacircngulo

003 523 01 h 357 +15deg 47 GA 01 10 Psc M74

000 1053 02h 427 -00deg 01 GA 30 5x5 Cet M77

010 1007 02h 453 -30deg 17 GA 03 0x7 For

011 1201 03h 173 -41 1 03 GA 35 10x0 Eri

012 1315 03h 227 -37deg 12 GA 33 7x5 For Fornax A

013 - 03h 470 +24deg 07 AA 12 110 Tau Pleiades

014 1535 04h 142 -12deg 44 NP 05 20 Eri PK 205 - 401

015 - 04h 157 +15deg 31 AA 300 Tau Hyades

015 - 05h210 -53deg 20 GA 10 400 Dor Grande Nuvem de Magalhatildees

017 1052 05h 344 +22deg 01 RSN 34 5x4 Tau M1

013 1075 05h 354 -05deg 27 ND 30 50 Ori M42 - Nebulosa de Orion

010 1050 05h 351 +34deg 03 AA 50 12 Aur M35

020 2070 05h 337 -50deg 05 ND 54 40x25 Dor Nebulosa Taracircntula 30 Dor

021 IC 434 05h 335 -02deg 25 ND 50x15 Ori Inclui a cabeccedila de cavalo

022 2024 05h 410 - O r 51 ND 10x4 Ori

023 2000 05h 524 +32deg 33 AA 50 23 Aur M37

024 2153 05h 030 +24deg 20 AA 52 30 Gem M35

025 2244 05h 324 +04deg 52 AAND 43 24 Mon Nebulosa da Roseta

025 2237 05h 470 -20deg 44 AA 43 33 CMa M41027 2302 07h 202 +20deg 55 NP 01 40 Gem Nebulosa do Esquimoacute

023 2422 07h 355 -14deg 30 AA 43 20 Pup M47

0202437

243307h 413 -14deg 40 AANP 51 27 Pup

Aglomerado aberto M45

com a NP2433 no interior

030 2440 07h 410 -13deg 13 NP 04 20 Pup PK 234 +021

031 2447 07h 445 -23deg 52 AA 55 22 Pup M03

032 2451 07h 454 -37deg 53 AA 37 45 Pup

033 2477 07h 523 -33deg 33 AA 53 25 Pup

034 2515 07h 533 -50deg 52 AA 33 30 Car

035 2547 03h 107 -40deg 15 AA 47 20 Vel035 2545 0$h 124 -37deg 33 AA 52 40 Pup

037 2543 0$h 133 -05deg 43 AA 55 54 Hya M43

033 2532 OSh 401 +10deg 50 AA 31 05 Cnc M44 - Preseacutepio

030 2303 OOh 120 -54deg 52 AG 52 14 Car

040 2357 OOh 214 -53deg 10 NP 07 12 Car PK 273 - 51

041 3114 10h 027 -50deg 07 AA 42 35 Car

042 3132 10h 077 -40deg 25 NP 02 45 Vel PK 272 +1 21

043 3242 10h 243 -13deg 33 NP 77 40 Hya Fantasma de Juacutepiter

044 3203 10h 353 -53deg 14 AA 47 5 Car

045 IC 2502 10h 432 -54deg 24 AA 10 50 Car Pleiades do Sul

045 3351 10h 440 +11deg 42 GA 07 5x7 Leo M05

047 3372 10h 451 -50deg 41 ND 25 120 Car Nebulosa de Ela Carinae

043 3353 10h 453 +11deg 40 GA 01 5x7 Leo M05

040 3532 11 h 054 -53deg 40 AA 31 55 Car

050 3523 11 h 130 +13deg 05 GA 03 10x3 Leo M55

051 3527 11 h 202 +12deg 50 GA 00 0x4 Leo M55

052 3755 11 h 351 -51 deg 37 AA 45 12 Cen

053 3013 11 h 503 -57deg 11 PN 31 12 Cen

054 4254 12h 133 +14deg 25 GA 03 5 Com M00

055 4253 12h 100 +17deg 13 GA 33 13x7 CVh M105

54 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

1 Ref NGCAR

(200 00)Dec

(20000)Tipo mv Dim Const Notas

056 4303 12h 219 +04 28 GA 97 6x5 Vir M61057 4321 12h 229 +1549 GA 94 6 Com M100

058 4374 12h 251 +12ldquo 53 GA 93 5x4 Vir M84

059 4382 12h 254 +18 11 GA 93 7x5 Vir M85

060 4406 12h 262 +1257 GA 91 7x5 Vir M86

061 4472 12h 298 +08 00 GA 84 9x7 Vir M49

062 4486 12h 308 +1224 GA 86 7 Vir M87 Viacutergo A

063 4501 12h 320 +1425 GA 95 6x3 Com M88

064 4565 12h 363 +25 59 GA 96 16x3 Com

065 4569 12h 368 +1310 GA 95 9x4 Vir M90

066 4579 12h 377 +11 49 GA 98 5x4 Vir M58

067 4594 12h 400 -11 3 7 GA 80 8x4 Vir M104 Sombrero

068 4621 12h 420 +11 39 GA 98 5x3 Vir M59

069 4649 12h 437 +11 33 GA 88 7x6 Vir M60

070 4736 12h 509 +41 07 GA 82 10 CVn M94

071 4755 12h 536 -60 20 AA 42 10 Cru Caixa cie Joacuteias

072 4826 12h 567 +21 41 GA 85 9x5 Com M44 Olho Negro

073 4945 13h 051 -49 28 GA 84 20x4 Cen

074 5055 13h 158 +42 02 GA 86 12x8 CVn M63 Girassol

075 5128 13h 255 +4301 GA 68 18x14 Cen Centaurus A

076 5139 13h 268 -47 29 AG 35 36 Cen Omega Centauri

077 5194 13h 299 +4712 GA 84 12x6 CVn M51 Redemoinho

078 5236 13h 370 -29 52 GA 75 10 Hya M83079 5272 13h 422 +28 23 AG 63 19 CVn M3

080 5904 15h 186 +02 05 AG 58 20 Ser M5

081 6121 16h 236 -26 32 AG 59 24 Sco M4

082 6205 16h 417 +36 28 AG 58 17 Her M13

083 6218 16h 472 -01 57 AG 68 14 Oph M12

084 6254 16h 571 -04 06 AG 66 15 Oph M10

085 6266 17h 012 -30 07 AG 67 14 Oph M62

086 6273 17h 026 -26 1 6 AG 67 13 Oph M19

087 6302 17h 137 -37 06 NP 96 15x05 Sco PK 349+011

088 6362 17h 319 -67 03 AG 76 11 Ara

089 6388 17h 363 -44 44 AG 67 9 Sco

090 6405 17h 401 -32 1 3 AA 46 14 Sco M6 Borboleta

091 6397 17h 407 -53 40 AG 58 25 Ara

092 6475 17h 539 -34 49 AA 33 80 Sco M7

093 6494 17h 568 -19 0 1 AA 55 27 Sqr M23

094 6514 18h 026 -23 02 ND 70 29x27 Sqr M20 Triacutefida

095 6523 18h 038 -24 23 ND 40 90x40 Sqr M8 Laquna

096 6541 18h 080 -43 42 AG 66 13 CrA

097 6611 18h 188 -13 4 7 NDAA 60 8 Ser Nebulosa da Aguia

098 6618 18h 208 -16 1 1 ND 60 46x37 Sqr Nebulosa Om eqaou Cisne

099 6626 18h 245 -24 52 AG 70 11 Sqr M28

100 6656 18h 364 -23 54 AG 51 24 Sqr M22

101 6705 18h 511 -06 1 6 AA 58 13 Sct M11

102 6720 18h 536 +33 02 NP 88 1 Lyr Nebulosa do Anel

103 6744 19h 098 -63 5 1 GA 84 16x10 Pav

104 6752 19h 109 -59 59 AG 54 20 Pav

105 Col 399 19h 254 +2011 AA 36 60 Vul Cabide

106 6809 19h 400 -30 58 AG 63 19 Sqr M55

107 6818 19h 440 -14 0 9 NP 93 25 Sgr PK 025 -17 1

108 6853 19h 596 +22 43 NP 74 8x4 Vul Nebulosa do Sino109 7009 21 h 042 -11 2 2 NP 80 05x15 Aqr Nebulosa Saturno

110 7078 21 h 300 +1210 AG 63 12 Peg M15

111 7089 21 h 335 -00 49 AG 64 11 Aqr M2

112 7293 22h 296 -20 48 NP 65 15x11 Aqr Nebulosa da Heacutelice

Com pilaccedilatildeo Tasso Napoleatildeo Novembro de 2004

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 55

- e

macroGALERIA

L - i l VV bull rsquo- - bull bull t bull

gt

V iacute I V -

Embora-dispeacutense maacuteioacuteregraves apresentaccedilotildees rsquo os V objetos L - _ _ _ iacute ________ t___A _ _ iacute _ o - i _

v T gt - vi carvatildeo aglomerado aberto NGC 4852 The running

chicken (IC 2944) aglomerado aberto NGC 4052 aleacutem de - -vaacuteriacuteas nebulosas escuras Foram utilizadas uma Camera

O T n lsquo J n r gt _ r u ___ _ l i a l mdashI l a _ j _ A a ___ ___ _

Nikon 50mm a f4 com 10 sub-integraccedilotildees de 3m e montagem TakacirchaacuteshjVEMio- gentilmente cedida por pedrp Reacute A fotpforfeitanoacute Observatoacuterio Mamalluca na

cidade de Vicuna Chile em Abril de 2005

- Joseacute Carlos Dinizr bull bull raquo bull - n_ - raquo - w f i dinizastroterracombr

56 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

R6A

Campanhas observacionais - REA BRASIL SetembroOutubro de 2005

httpwwwreabrasilorg

A Secccedilatildeo Lunar juntamente com as Secccedilotildees Lunissolar e Estaccedilatildeo Costeira 1 da REA-Brasil novamente convida a todos para que em cadeia nacional faccedilam observaccedilatildeo e registro (reporte e imagem) desses eventos celestes para as devidas reduccedilotildees cientiacuteficas

07092005 - Impactos Lunares (Chuva de Meteoros Pupideos)A possibilidade de avistamento de impacto eacute de 44 na porccedilatildeo natildeo iluminada da

Lua agraves 0206 TU + 11 hrs Maiores informaccedilotildees httplunarastrodatabasenet

04102005 - Emersatildeo de Mercuacuterio

Emersatildeo de Mercuacuterio (-06 mag) na borda iluminada da Lua5h 46m 8s HL Nascer do Sol

6h 22m 4s HL Nascer da Lua Magnitude -48 Fase 00056h 24m 16s HL Nascer de Mercuacuterio Magnitude -06 Fase 0946

Cidade Emersatildeo (hh mm ss TU) na borda iluminada da LuaRio de Janeiro 102937 TUMacaeacute 102847 TUSalvador 095636 TUM ococa 10259 TU

Esta Emersatildeo de Mercuacuterio eacute um evento desafiador para observaccedilatildeo porque acontece agrave luz do dia e a cerca de 12 graus acima do horizonte Aleacutem disso a Lua vai estar com a idade de apenas 1 dia ou seja um finiacutessimo crescente iluminado em apenas 12

Ainda temos o Sol que estaraacute a 12 graus acima da Lua Interessante notar que Juacutepiter estaraacute a 2 graus a Leste da Lua e Spica (mag 104) a 2 graus a Oeste da foice iluminada

Para a cidade do Rio de Janeiro seraacute possiacutevel acompanhar a Imersatildeo na borda escura da Lua com Mercuacuterio a 4 graus acima do horizonte enquanto que a Emersatildeo acontece a 18 graus acima do horizonte Em todo caso este eacute um bom momento para encontrar Juacutepiter (mag -17) a luz do dia utilizando binoacuteculo tendo a Lua como referecircncia httplunarastrodatabasenet

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 57

R6A

19 e 20102005 - Ocultaccedilatildeo das PlecirciadesPlecirciades (mag 30) diacircmetro 100 elongaccedilatildeo solar 147

Mapa de Visibilidade global (IOTA) httplunarastrodatabasenetocult_pleiades_20out05jpg

Mapa da Trajetoacuteria do evento para algumas cidades brasileiras (Joseacute Agustoni - Zeca) httppaginasterracombrlazerzecaastronomiaindexhtm

Condiccedilotildees individuais para algumas estrelas do M45 (em relaccedilatildeo as coordenadas Lat 4721S e Long 2118W) - Hora Local de Brasiacutelia GM T -3

Estrela e Magnitude Imersatildeo(1910)

Emersatildeo(1910) Notas

SAO 76131 E LEC TR A (17 TAURI) 38 mag

22h038m 22h301 m Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76172 M E R O P E (23 TAURI) 42 mag 22h124m 23h127m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76126 CELAENO (16 TAURI) 54 mag - -

224h - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76140 T AY G E T A (19 TAURI) 44 mag

- -228h - Lua passa a 04 graus de

separaccedilatildeo da estrelaSAO 76199 A L C Y O N E (ETA T AU R I) 30 mag 22h482m 23h532m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76155 MAIA (20 TAURI) 40 mag - -

229h - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76215 104 B TAURI 5 5m ag

- - 23Oh - Lua passa a 06 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76137 18 TAURI 56mag - -

2 3 1h - Lua passa a 07 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76159 A S T E R O P E

(21 TAURI) 58 mag- -

2 3 1h - Lua passa a 04 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 9056 PLEIONE (28 BU TAU R I) 4 8m ag

1910 as 23h440m

2010 as 0h427m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

Glose to SAO 76228 ATLAS (27 TAURI) 38

mag- -

24Oh - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

Alexandre Am orimCoordenador da Costeira 1 e Secccedilatildeo Cometas REA-Br

httpcosteira1astrodatabasenet Dennis W eaver de Medeiros Lima

Gerente de Projeto Ocultaccedilotildees Lunares - dwastronomiayahoocombrHeacutelio C Vital

Coordenador da Secccedilatildeo Eclipse REA-Br (Site Lunissolar) httpwwwgeocitiescomlunissolar2003

Rosely Gregio Coordenadora da Secccedilatildeo Lunar - REA-Brasil

rgregiouolcombr REA Brasil httpwwwreabrasilorg

58 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

FASES DA LUA

Dia 3 de Setembro - Lua Nova Dia 11 de Setembro - Lua Quarto Crescente

Dia 17 de Setembro - Lua Cheia Dia 25 de Setembro - Quarto Minguante

2005SETEMBRO

Rosely Greacutegio | Revista macroCOSMOcom rgregiouolcombr

MUDANCcedilA DE ESTACcedilAtildeO 22 de Setembro 19h232m - Equinoacutecio da Primavera para o Hemisfeacuterio Sul e Equinoacutecio de Outono para o Hemisfeacuterio Norte

COMETAS VISIacuteVEIS (ATEacute 12 MAGNITUDE)Salvo novas descobertas e explosotildees de brilho temos

Hemisfeacuterio Sul

A n o ite c e r N o ite A m a n h e c e r IC2004 EM (LINEAR)

mag 10C2004 EM (LINEAR)

maq 10C2004 EM (LINEAR)

mag 10

9P Tem pe i 1 mag 11 9P Tem pe l 1 mag 1121 PGiacobini- Zinner

maq 12C2005 E2 (McNaught)

Maq 11C2005 E2 (McNaught)

Maq 11C2005 E2 (McNaught)

Mag 11C2004 Q2 (Machholz)

Maq 12- -

Hemisfeacuterio Norte

A n o ite c e r N o ite A m a n h e c e r j161P 2004 V2 (Hart ley- IRAS)

mag 10C2005 E2 (McNaught)

mag 11C2004 EM (LINEAR)

mag 11

9P Tem pe i 1 mag 11 -21 PGiaco bini- Zinner

mag 12C2005 E2 (McNaught)

mag 11- -

C2004 Q2 (Machholz) mag 12 - -

CHUVA DE METEOROS

I R a d ia n te D u ra ccedil atilde o M aacute x im o |Gamma A quar idas 1 a 14 de setembro 78 de setembroAlpha Tr iangulidas 5 a 15 de setembro 1112 de setembroAlpha Aurig idas (AUR) 25 de aqo a 6 de setembro 12 de setembroEta Draconidas 28 de aqo a 23 de setembro 1213 de setembroGamma Piscidas 26 de aqo a 22 de outubro 2324 de setembroPisc idas Sul (SPI) 12 de aqosto a 7 de outubro De 11 a 20 de setembro

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 59

EFEMERIDES

Quinta-feira 1 de setembro

Lanccedilamento NROL-25 Delta 4M Asteroacuteide 5554 Keesey passa proacuteximo da Terra

(0915 UA)Equaccedilatildeo de Tempo -005 min Urano em Oposiccedilatildeo02h Urano Mag=57 m melhor observado de 191h

- 55h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-10m melhor observado de

230h - 60h LCT (Ari)5h090m Nascer da Lua no ENE (Cnc)59h Mercuacuterio Mag=-11m melhor observado de

57h - 60h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

46h - 60h LCT (Cnc)6h205m Nascer do Sol no E 16h217m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h023m Ocaso do Sol no W 183h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)183h Juacutepiter Mag=-18m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)18h43m Vecircnus passa a 12 graus de Juacutepiter 19 6h V ia-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo

Sexta-feira 2 de setembro

Cometa P2004 VR8 (LONEOS) em Perieacutelio (2376 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 026 min 01h Urano Mag=57 m melhor observado de 188h

- 53h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-11m melhor observado de

229h - 60h LCT (Ari)5h452m Nascer da Lua no ENE (Leo)60h Mercuacuterio Mag=-11m melhor observado de

58h - 60h LCT (Leo)60h Saturno Mag=03 m melhor observado de

45h - 60h LCT (Cnc)6h196m Nascer do Sol no E 17h133m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h025m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -207h LCT (Vir)19 6h V ia-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo

AGENDADIAacuteRIA

Plutatildeo Estacionaacuterio Iniciando M ovim ento Progressivo

Saacutebado 3 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 31 (OTM-31) Cometa P1998 W1 (Spahr) em Perieacutelio (1730

UA)Equaccedilatildeo de Tempo 058 min 01h Urano Mag=57 m melhor observado de 188h

- 52h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-11m melhor observado de

229h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-12m melhor observado de

58h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

44h - 59h LCT (Cnc)6h185m Nascer da Lua no ENE (Leo)6h187m Nascer do Sol no E 15h454m Lua Nova 18h028m Ocaso do Sol no W 18h036m Ocaso da Lua no W (Leo)184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -207h LCT (Vir)195h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo

Domingo 4 de setembro

Em 1905 Paul Gotz descobria o Asteroacuteide 571 Dulcineia

No Calendaacuterio Hebreu eacute o Primeiro dia do Elul mecircs 13 do ano 5765 comeccedilando ao ocaso do Sol (Ano Bissexto)

No Calendaacuterio Islacircmico Tabular eacute o Primeiro dia do Sharsquoban mecircs 8 do ano 1426 comeccedilando ao pocircr- do-sol

Equaccedilatildeo de Tempo 091 min 44h Marte Mag=-11m melhor observado de

228h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-12m melhor observado de

58h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

44h - 59h LCT (Cnc)6h178m Nascer do Sol no E 6h499m Nascer da Lua no E (Leo)12h55m Mercuacuterio passa a 11 graus da estrela

Regulus mag 14 (Leo)

60 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMERIDES

18h030m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -206h LCT (Vir)18h531m Ocaso da Lua no W (Vir)19h068m Io (62 mag) Iniacutecio do T racircnsito 19 4h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h523m Io (62 mag) Iniacutecio do Tracircnsito da

Sombra20h127m Io (62 mag) em Conjunccedilatildeo Inferior 239h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 51 h LCT (Aqr)

Segunda-feira 5 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 124 min 44h Marte Mag=-11m melhor observado de

228h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-13m melhor observado de

59h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

43h - 59h LCT (Cnc)6h168m Nascer do Sol no E 7h205m Nascer da Lua no E (Vir)18h033m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado

de 184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado

de 184h -206h LCT (Vir)194h Via-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo19h240m Io (62 mag) Final do Eclipse 19h428m Ocaso da Lua no W (Vir)239h Urano Mag=57 m melhor observado

de 189h - 50h LCT (Aqr)

Em

18h035m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -20 9h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -20 5h LCT (Vir)193h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo20h336m Ocaso da Lua no W (Vir)21 h Chuveiro de Meteoros Arietiacutedeos de Outubro

(Cet)

Quarta-feira 7 de setembro

Campanha Observacional Secccedilatildeo Lunar REA- Brasil - Impactos Lunares (Chuveiro Pupideos (PUP) A possibilidade de avistamento de impacto eacute de 44 na porccedilatildeo natildeo iluminada da Lua Todas as informaccedilotildees em httplunarastrodatabasenet Participe

Ocultaccedilatildeo de Vecircnus pela Lua para parte da Aacutefrica e Antarctica a 8h TU

httpwwwlunar-occultationscomiotaplanets 0907venushtm

Equaccedilatildeo de Tempo 191 min

7 de setembro de 2005 a sonda Cassini sobrevoa a lua Titan de Saturno httpsaturnjplnasagov

Terccedila-feira 6 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 158 min 43h Marte Mag=-11m melhor observado

de 22 7h - 59h LCT (Ari)59h Saturno Mag=03 m melhor observado

de 43h - 59h LCT (Cnc)6h159m Nascer do Sol no E 7h515m Nascer da Lua no E (Vir)9h34m Vecircnus passa a 17 graus da estrela

Spica 1 mag (Vir)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

copy NA

SA

JPL

S

pace

Sc

ience

In

stitu

te

61

EFEMEacuteRIDES

43h Marte Mag=-12m melhor observado de 227h - 59h LCT (Ari)

59h Saturno Mag=03 m melhor observado de 42h - 59h LCT (Cnc)

6h150m Nascer do Sol no E 8h240m Nascer da Lua no ESE (Vir)18h038m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -205h LCT (Vir)19 2h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo20h015m Europa (68 mag) Elongaccedilatildeo Oeste 21 h265m Ocaso da Lua no W S W (Vir)237h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 49h LCT (Aqr)

Quinta-feira 8 de setembro

Haacute 40 anos atraacutes Karou Ikeya e Tsutomu Seki descobriam o cometa Ikeya-Seki httpcosteira1astrodatabasenetcometaindexhtm

Em 1960 nascia a instituiccedilatildeo norte-americano do Marshall Space Center httpwwwmsfcnasagov

Em 1905 nascia Thomas Keith Glennan o primeiro administrador da NASA formalmente estabelecida em 1 de outubro de 1958

Equaccedilatildeo de Tempo 226 min 42h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 59h LCT (Ari)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

41 h - 59h LCT (Cnc)6h141m Nascer do sol no E 8h595m Nascer da Lua no ESE (Lib)

18h040m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -204h LCT (Vir)192h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h519m Io (62 mag) Elongaccedilatildeo Oeste 19h520m Europa (68 mag) Final do Eclipse 22h225m Ocaso da Lua no W S W (Lib)237h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 48h LCT (Aqr)

Sexta-feira 9 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 260 min 42h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

41h - 58h LCT (Cnc)6h131m Nascer do Sol no E 9h394m Nascer da Lua Az=1132 deg ESE (Lib) 18h042m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -204h LCT (Vir)19 1 h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h251m Lua em Libraccedilatildeo Oeste 217h Lua Passa a 04 graus da estrela SAO

183686 42 LIBRAE 51mag 23h218m Ocaso da Lua no W SW (Sco)236h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 47h LCT (Aqr)

Em 8 de setembro de 1975 era lanccedilada a sonda Viking 2 (Marte OrbiterLander)httpnssdcgsfcnasagovplanetaryvikinghtml

62 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

Saacutebado 10 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 32 (OTM- | 32)

Asteroacuteide 5836 (1993 MF) passa proacuteximo ao Asteroacuteide Vesta (0027 UA)

Asteroacuteide 5143 Heracles passa proacuteximo da Terra (2216 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 295 min41 h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

40h - 58h LCT (Cnc)6h122m Nascer do Sol no E 10h253m Nascer da Lua no ESE (Sco) 18h045m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -210h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -203h LCT (Vir)1 9 0h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo235h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 47h LCT (Aqr)

Domingo 11 de setembro

Cometa Singer Brewster em Perieacutelio (2041 UA) Em 1985 a sonda ICE ldquoInternational Cometary

Explorerrdquo passava pela cauda de iacuteon do cometa Giacobini-Zinner

httphyperphysicsphy-astrgsueduhbasesolargzhtml

Equaccedilatildeo de Tempo 330 min 0h241m Ocaso da Lua no W SW (Sco)41 h Marte Mag=-12m melhor observado de

225h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

40h - 58h LCT (Cnc)6h113m Nascer do Sol no E 8h366m Lua em Quarto Crescente 11h185m Nascer da Lua no ESE (Oph) 18h047m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -210h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -203h LCT (Vir)1 9 0h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo

Em 12 de Setembro de 1970 era lanccedilada a sonda Luna 16 (Soviet Lua Sample Return)

httpwwwcalskycomobserverluna16html

235h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 46h LCT (Aqr)

Segunda-feira 12 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 365 min 10h Lua passa a 02 graus da estrela SAO

185755 X SAGITTARII 42mag 1 h274m Ocaso da Lua no W S W (Sgr)40h Marte Mag=-13m melhor observado de

225h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

39h - 58h LCT (Cnc)6h103m Nascer do Sol no E 12h188m Nascer da Lua no ESE (Sgr)18h050m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -210h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -202h LCT (Vir)189h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo234h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 45h LCT (Aqr)

Terccedila-feira 13 de setembro

Asteroacuteide 9349 Lucas passa proacuteximo da Terra (0890 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 400 min 2h291m Ocaso da Lua no W S W (Sgr)3h455m Lua em Libraccedilatildeo Norte 40h Marte Mag=-13m melhor observado de

224h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

39h - 58h LCT (Cnc)6h094m Nascer do Sol no E 13h248m Nascer da Lua no ESE (Sgr)18h052m Ocaso do Sol no W

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 63

EFEMEacuteRIDES

185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de 185h -210h LCT (Vir)

185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 185h -202h LCT (Vir)

1 8 8h V ia-laacutectea m elhor posicionada para observaccedilatildeo

233h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 45h LCT (Aqr)

Quarta-feira 14 de setembro

Cometa Helin-Roman-Alu 2 passa proacuteximo da Terra (1384 UA)

Em 1915 nascia John Dobson Equaccedilatildeo de Tempo 436 min 00h Lua passa a 12 graus da estrela SAO

188742 59 SAGITTARII 46mag 04h Lua passa a 05 graus da estrela SAO

188722 OMEGA SAGITTARII 48mag 17h Lua passa a 06 graus da estrela SAO

188778 60 SAGITTARII 50mag 3h263m Ocaso da Lua no W SW (Sgr)39h Marte Mag=-13m melhor observado de

224h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=04 m melhor observado de

38h - 58h LCT (Cnc)6h084m Nascer do Sol no E 14h333m Nascer da Lua no ESE (Cap) 18h054m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -210h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -201h LCT (Vir)1 8 8h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h213m Ganimedes (58 mag) em Elongaccedilatildeo

Este233h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 44h LCT (Aqr)

Quinta-feira 15 de setembro

Cometa C2004 V3 passa proacuteximo da Terra (3320 UA)

Asteroacuteide 4116 Elachi passa proacuteximo da Terra (1012 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 472 min39h Marte Mag=-13m melhor observado de

223h - 58h LCT (Ari)

4h178m Ocaso da Lua no W S W (Cap)58h Saturno Mag=04 m melhor observado de

37h - 58h LCT (Cnc)6h075m Nascer do Sol no E 15h414m Nascer da Lua no ESE (Cap)18h057m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -201h LCT (Vir)187h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo232h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 43h LCT (Aqr)

Sexta-feira 16 de setembro

Asteroacuteide 1282 Utopia passa proacuteximo da Terra (1862 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 507 min

38h Marte Mag=-14m melhor observado de 223h - 57h LCT (Ari)

5h037m Ocaso da Lua no W S W (Aqr)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

37h - 57h LCT (Cnc)6h065m Nascer do Sol no E 10h518m Lua em Perigeu 16h474m Nascer da Lua no ESE (Aqr)18h059m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -200h LCT (Vir)V186h Via-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo19h110m Io (62 mag) Elongaccedilatildeo Este231h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 43h LCT (Aqr)

Saacutebado 17 de setembro

Asteroacuteide 6373 Stern passa proacuteximo da Terra (1883 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 543 min 38h Marte Mag=-14m melhor observado de

222h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

36h - 57h LCT (Cnc) 48d

64 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMEacuteRIDES

5h453m Ocaso da Lua no W (Aqr)6h056m Nascer do Sol no E 17h508m Nascer da Lua no E (Aqr)18h062m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -200h LCT (Vir)18 6h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo23h008m Lua Cheia230h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 42h LCT (Aqr)236h Mercuacuterio em Conjunccedilatildeo

Domingo 18 de setembro

Vecircnus oculta a estrela PPM 228686 (96 Mag) Equaccedilatildeo de Tempo 579 min 37h Marte Mag=-14m melhor observado de

222h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

36h - 57h LCT (Cnc)6h046m Nascer do Sol no E 6h242m Ocaso da Lua no W (Psc)18h064m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -199h LCT (Vir)1 8 5h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo18h523m Nascer da Lua no E (Cet)230h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 41 h LCT (Aqr)

S

Sonda Cassini Manobra Orbital 33 (OTM-33) Em 1905 Paul Gotz descobria os asteroacuteides 572

Rebekka 573 Recha 574 Reginhild e o 575 Renate Equaccedilatildeo de Tempo 615 min

37h Marte Mag=-14m melhor observado de 221h - 57h LCT (Ari)

57h Saturno Mag=04 m melhor observado de 35h - 57h LCT (Cnc)

6h036m Nascer do sol no E 7h020m Ocaso da Lua no W (Psc)

egunda-feira 19 de setembro

18h066m Ocaso do Sol no W 184h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -199h LCT (Vir)19h528m Nascer da Lua no E (Psc)229h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 41 h LCT (Aqr)

Terccedila-feira 20 de setembro

Asteroacuteide 1999 RQ36 passa pela Terra (0033 UA) Equaccedilatildeo de Tempo 650 min 36h Marte Mag=-14m melhor observado de

221h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

34h - 57h LCT (Cnc)6h027m Nascer do Sol no E 7h402m Ocaso da Lua no W N W (Ari)18h069m Ocaso do Sol no W 184h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -198h LCT (Vir)20h531m Nascer da Lua no ENE (Ari)228h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 40h LCT (Aqr)

Quarta-feira 21 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 686 min 36h Marte Mag=-15m melhor observado de

220h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

34h - 57h LCT (Cnc)6h017m Nascer do Sol no E 8h202m Ocaso da Lua no W N W (Ari)18h071m Ocaso do Sol no W 183h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -198h LCT (Vir)21 h534m Lua Nasce no ENE (Ari)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 65

EFEMERIDES

228h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 39h LCT (Aqr)

Quinta-feira 22 de setembro

Asteroacuteide 16035 Sasandford passa proacuteximo da Terra (1690 UA)

Em 1905 Paul Gotz descobria o Asteroacuteide 576 Emanuela

Equaccedilatildeo de Tempo 721 min 02h Lua passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 9048 TAU ARIETIS 52mag 35h Marte Mag=-15m melhor observado de

219h - 56h LCT (Ari)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

33h - 56h LCT (Cnc)6h008m Nascer do Sol no E 9h031m Ocaso da Lua no W N W (Tau) 18h074m Ocaso do Sol no W 18 2h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -197h LCT (Vir)19h232m Equinoacutecio de Prim avera para o

H em isfeacuterio Sul e Equinoacutecio Outonal para o Hemisfeacuterio Norte

227h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 39h LCT (Aqr)

22h535m Lua Nasce no ENE (Tau)236h Lua passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 76485 44 TAURI (IM) 54mag

Sexta-feira 23 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 34 (OTM-34) Asteroacuteide 2003 UV11 passa a 0032 UA do planeta

MercuacuterioAsteroacuteide 2865 Laurel passa proacuteximo da Terra

(1632 UA)Equaccedilatildeo de Tempo 757 min No Calendaacuterio Persa eacute o Primeiro dia do mehr

mecircs 7 do ano 1384 Marte Mag=-15m melhor observado de 2 1 9h -

56h LCT 34h (Tau)52h Lua Passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 76573 CHI TAURI 54mag 56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

33h - 56h LCT (Cnc)

5h598m Nascer do Sol no E 9h497m Ocaso da Lua no W N W (Tau)18h076m Ocaso do Sol no W 182h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -197h LCT (Vir)19h211 m Ganimedes (58 mag) iniacutecio do Tracircnsito

da Sombra226h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 38h LCT (Aqr) =157d 23h522m Nascer da Lua no ENE (Tau)

Saacutebado 24 de setembro

Em 1930 nascia John Young Pelo Calendaacuterio Civil Indiano eacute o Primeiro dia do

Asvina mecircs 7 do ano 1927Equaccedilatildeo de Tempo 792 min 34h Marte Mag=-15m melhor observado de

21 8h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

32h - 56h LCT (Cnc)5h589m Nascer do Sol no E 10h398m Ocaso da Lua no W N W (Tau)18h079m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -196h LCT (Vir)21 h Chuveiro de Meteoros Andromedideos (Psc) 226h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 37h LCT (Aqr)

Domingo 25 de setembro

Asteroacuteide 9342 Carygrant passa proacuteximo da Terra (0894 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 826 min 0h480m Nascer da Lua no ENE (Aur)33h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 8h - 56h LCT (Tau)3h408m Lua em Quarto Minguante 56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

31h - 56h LCT (Cnc)5h579m Nascer do Sol no E 11h327m Ocaso da Lua no W N W (Aur)18h082m Ocaso do Sol no W

66 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMEacuteRIDES

185h Mercuacuterio Mag=-10m melhor observado de 185h -185h LCT (Vir)

185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de 185h -213h LCT (Lib)

185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 185h -196h LCT (Vir)

225h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 37h LCT (Aqr)

Segunda-feira 26 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 861 min 1 h396m Nascer da Lua no ENE (Gem)2h305m Lua em Libraccedilatildeo Sul33h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 7h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

31h - 56h LCT (Cnc)5h570m Nascer do sol no E 12h272m Ocaso da Lua no W N W (Gem) 18h084m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-09m melhor observado de

185h -186h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -195h LCT (Vir)224h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 36h LCT (Aqr)

Em 26 de setembro de 2005 a sonda Cassini sobrevoa a lua Hiperion de Saturno

Terccedila-feira 27 de setembro

Lanccedilam ento Soyuz T M A -7 Soyuz FG (International Space Station 12S)

Vecircnus oculta a estrela PPM 229625 (109 Mag)Equaccedilatildeo de Tempo 895 min2h261 m Nascer da Lua no ENE (Gem)32h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 7h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

30h - 56h LCT (Cnc)5h560m Nascer do Sol no E 13h218m Ocaso da Lua no W N W (Cnc)18h087m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-09m melhor observado de

185h -187h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -195h LCT (Vir)224h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 35h LCT (Aqr)

Quarta-feira 28 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 35 (OTM-35) Asteroacuteide 1620 Geographos passa proacuteximo da

Terra (0740 UA)Em 1605 nascia Ismael BullialdusEquaccedilatildeo de Tempo 929 min 3h078m Nascer da Lua no ENE (Cnc)5h551m Nascer do Sol no E

12h198m Lua em Apogeu 14h153m Ocaso da Lua no W N W (Cnc) 18h090m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-08m melhor observado

de 185h-187h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41 m melhor observado

de 185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado

de 185h-194h LCT (Vir)223h Urano Mag=57 m melhor observado

de 190h - 35h LCT (Aqr)

Quinta-feira 29 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 962 min 31h Marte Mag=-16m melhor observado de

215h - 55h LCT (Tau)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 67

EFEMEacuteRIDES

3h452m Nascer da Lua no ENE (Leo)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

29h - 55h LCT (Cnc)5h542m Nascer do Sol no E 15h074m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h092m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-08m melhor observado de

185h -188h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -194h LCT (Vir)222h Urano Mag=57 m melhor observado de

190h - 34h LCT (Aqr)

Sexta-feira 30 de setembro

Lanccedilamento NROL-21 Delta 2 Em 1975 Charles Kowal descobria a lua Themisto

de Juacutepiter Equaccedilatildeo de Tempo 995 min 30h Marte Mag=-17m melhor observado de

215h - 55h LCT (Tau)4h194m Lua Nasce no ENE (Leo)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

28h - 55h LCT (Cnc)5h532m Sol Nasce no E 15h582m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h095m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-07m melhor observado de

185h -188h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185h -214h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -193h LCT (Vir)222h Urano Mag=57 m melhor observado de

190h - 33h LCT (Aqr)

Saacutebado 1 de outubroSonda Cassini em Manobra Orbital 36 (OTM-

36)Asteroacuteide 2001 SE270 passa a 0050 UA da Terra 00h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 33m LCT (Aqr)29h Marte Mag=-17m melhor observado de

2 1 4m a 55m LCT (Tau)4h514m Nascer da Lua no E (Leo)55h Saturno M ag=04 m melhor observado

de 28m a 55m LCT (Cnc)

5h523m Nascer do sol no E 6h45m Marte estacionaacuterio Iniciando Movimento

Retroacutegrado16h481m Ocaso da Lua no W (Leo)18h098m Ocaso do sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-07m melhor observado de

185m a 188m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 193m LCT (Vir)

Domingo 2 de outubro

Em 1935 era fundado o Hayden Planetariumhttpwwwhaydenplanetariumorg

Vecircnus oculta a estrela PPM 264162 (94 mag) Asteroacuteide Asteroid 1886 Lowell passa a 1507 UA

da Terra29h Marte Mag=-17m melhor observado de

213m a 55m LCT (Tau)5h223m Lua nasce no E (Vir)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

27m a 55m LCT (Cnc)5h514m Nascer do Sol no E 17h381m Ocaso da Lua no W (Vir)18h101m Ocaso do sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-06m melhor observado de

185m a 189m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 192m LCT (Vir)220h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 32m LCT (Aqr)

Segunda-feira 3 de outubro

Ano Novo Hebreu Primeiro dia do mecircs Rosh Hashanah do ano 5766 comeccedilando ao pocircr-do-sol

Calendaacuterio Tabular Islacircmico Primeiro dia do Ramadan nono mecircs do ano 1426 iniciando ao ocaso do Sol

Em 1815 era descoberto o meteorito marciano Chassigny

httpwwwjplnasagovsncchassignyhtml Asteroacuteide 2004 HR56 passa a 0033 UA de Marte Asteroacuteide 4664 Hanner passa a 1715 UA da Terra

68 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

7

EFEMEacuteRIDES

28h Marte Mag=-17m melhor observado de 213m a 55m LCT (Tau)

Eclipse Anular do sol visiacutevel da Aacutefrica 4h35m33s Iniacutecio do Eclipse Solar Visiacutevel na Aacutefrica 55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

27m a 55m LCT (Cnc)5h41 m04s Iniacutecio do Eclipse Umbral 5h505m Sol Nasce no E 5h533m Lua Nasce no E (Vir)7h279m Lua Nova7h31m419s Eclipse Solar Anular Maior

Duraccedilatildeo= 4m264s Magnitude=958httpsunearthgsfcnasagoveclipseSEmono

ASE2005ASE2005html Eclipse Solar Anular visiacutevel da Aacutefrica Obscuraccedilatildeo=918 ET-UT=653sec 9h22m33s Final do Eclipse Umbral 10h27m53s Final do Eclipse Solar 18h104m Ocaso do Sol no W 18h290m Ocaso da Lua no W (Vir)185h Mercuacuterio Mag=-06m melhor observado de

185m a 190m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 191m LCT (Vir)19h04m Marte passa a 91 graus das Plecirciades

(M45)220h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 31m LCT (Aqr)

Terccedila-feira 4 de outubroOcultaccedilatildeo de Mercuacuterio pela Lua27h Marte Mag=-17m melhor observado de

212m a 55m LCT (Tau)55h Saturno Mag=04m melhor observado de

26m a 55m LCT (Cnc)6h256m Lua Nasce no E (Vir)157h Vecircnus em Apogeu 185h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

185m a 190m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 191m LCT (Vir)18h58m Mercuacuterio passa a 19 graus de Spica19h219m Lua Ocaso no W SW (Vir)21 9h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 31m LCT (Aqr)

Quarta-feira 5 de outubro

Asteroacuteide 1877 Marsden passa a 2658 UA da Terra

Cometa Chernykh passa a 1464 da Terra 27h Marte Mag=-18m melhor observado de

211m a 54m LCT (Tau)54h Saturno Mag=04 m melhor observado de

25m a 54m LCT (Cnc)5h486m Sol Nasce no E 7h004m Lua Nasce no ESE (Vir)16h40m Mercuacuterio passa a 13 graus de Juacutepiter 18h110m Ocaso do Sol no W 186h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

186m a 191m LCT (Vir)186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

186m a 215m LCT (Lib)186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

186m a 190m LCT (Vir)20h175m Ocaso da Lua no W SW (Lib)218h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 30m LCT (Aqr)

Quinta-feira 6 de outubro

26h Marte Mag=-18m melhor observado de 211m a 54m LCT (Tau)

54h Saturno Mag=04m melhor observado de 25m a 54m LCT (Cnc)

5h477m Sol Nasce no E 7h392m Lua Nasce no ESE (Lib)18h113m Ocaso do Sol no W 186h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

186m -191m LCT (Vir)

httpulyssesjplnasagov

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 69

EFEMERIDES

186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de 186m -215m LCT (Lib)

186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 186m -190m LCT (Vir)

20h315m Lua em Libraccedilatildeo Oeste21 h163m Lua Ocaso no W S W (Lib)2 1 8h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m - 29m LCT (Aqr)

Sexta-feira 7 de outubro

25h Marte Mag=-18m melhor observado de 210m - 54m LCT (Tau)

54h Saturno Mag=04 m melhor observado de 24m - 54m LCT (Cnc)

5h469m Sol Nasce no E 8h234m Lua Nasce no ESE (Sco)18h116m Ocaso do sol no W

186h Mercuacuterio Mag=-04m melhor observado de 186m -192m LCT (Vir)

186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de 186m -215m LCT (Sco)

186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 186m -189m LCT (Vir)

20h089m Imersatildeo da estrela SAO 184336 AL NIYAT (SIGMA SCORPI) 29 mag na borda escura da Lua

20h233m Emersatildeo da estrela SAO 184336 AL NIYAT (S IG M A S C O R P I) 2 9 mag na borda iluminada da Lua

2 1 7h Urano Mag=57 m melhor observado de 190m - 28m LCT (Aqr)

219h Lua passa a 09 graus de separaccedilatildeo da estrela SAO 184415 ANTARES (ALPHA SCORPI) 09mag

22h179m Lua Ocaso no W S W (Sco)

Fontes consultadasCarta celeste para ambos os hemisfeacuterios em PDF httpwwwskymapscomindexhtmlhttpreabrasilastrodatabasenethttpgeocitiesyahoocombrreabrasilhttpaerithnetindexhtmlhttpwwwjplnasagovcalendarhttpingaufubr~silvestrhttpwwwcalskycomhttpwwwtodayinscicomhttpwwwpamsueduabramsSkyWatchersDiaryDiaryhtmlhttpcometsamsmeteorsorgmeteorscalendarhtmlhttpwwwimonethttpwwwlunaroccultationscomiota2003bstarebstarehtmhttpwwwlunaroccultationscomiota2003planetsplanetshtmhttpwwwjplnasagovhttpsunearthgsfcnasagoveclipseeclipsehtmlhttpssdjplnasagov

Rosely Greacutegio eacute formada em Artes e Desenho pela UNAERP Grande difusora da Astronomia atualmenteparticipa de programas de observaccedilatildeo desenvolvidos no Brasil e exterior envolvendo meteoros cometasLua e recentemente o Solhttprgregioastrodatabasenethttprgregiositesuolcombrhttpmembersfortunecitycommeteor4indexhtmhttpgeocitiesyahoocombrrgregio2001httpwwwconstelacoeshpgcombr

70 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EPSILON f

MIM72

M73

NGC7009

1

^ 9 CONSTELACcedilOtildeES

Z odiacais

CAPRICOacuteRNIO

PEIXE AUSTRAL

bull |ALPHA

THETA NGC7293

ZETA

AQUAacuteRIO

DELTA

LAMBDA

DELTA88

PEIXEk

mdash mdashr mdashFI

LEGEINDAMagnitude das estrelas

Limites das constelaccedilotildeesi

bull

bull bull bull bull laquo gt Grelha de coordenadasbull BALEIA

- 1 0 1 2 3 -1 otilde equatoriais V

mmdash revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

M2

copy CA

RTES

DU

C

IEL

71

CONSTELACcedilOtildeESZODIACAIS

CONSTELACcedilAtildeO DE

uaacuterioAquarius Aquaacuterio Abreviaccedilatildeo Aqr Genitivo Aquarii Significado O portador de Aacutegua Ascensatildeo Reta 23 horas Declinaccedilatildeo -15 graus Visiacutevel entre latitudes 65 e -90 grausConstelaccedilotildees Limiacutetrofes Cap PsA Scl Cet Psc Peg Equ e AqlAquaacuterio eacute visiacutevel no outono para o Hemisfeacuterio Norte e na primavera para o Hemisfeacuterio Meridional

Rosely Greacutegio | Revista macroCOSMOcom rgregiouolcombr

A Constelaccedilatildeo do Aquaacuterio estaacute representada em vaacuterias culturas antigas e sempre associada a aacutegua pois seu aparecimento no ceacuteu ou quando localizada no Zecircnite significava o anuncio da chegada das chuvas eou da inundaccedilatildeo dos rios Isto significava fonte de vida e alimento para os povos que viviam nas terras aacuteridas como por exemplo a Babilocircnia e o Egito Aquaacuterio eacute uma constelaccedilatildeo bastante lacircnguida que natildeo seria famosa se natildeo fizesse parte do Zodiacuteaco Na maioria das culturas eacute tido como um homem que verte aacutegua de um balde Isto pode surgir do fato que o Sol entra em Aquaacuterio no iniacutecio do inverno quando a estaccedilatildeo chuvosa comeccedila em muitas partes do mundo

Aquaacuterio tem algumas binaacuterias agradaacuteveis de serem observadas uma variaacutevel sem igual e alguns objetos de ceacuteu fundo um pouco interessantes (mas os Objetos Messier aqui geralmente natildeo satildeo muito interessantes) As estrelas geralmente satildeo de quarta magnitude

___________________ Estrelas Nomeadas

Albali (Epsilo Aqr) Ancha (Theta Aqr) Situla (Kappa Aqr)

_Estrelas Duplas

Zeta2 A q uarii e zeta1 A q uarii formam um sistema binaacuterio de duas estrelas brancas iguais com uma oacuterbita de 760 anos Zeta2 Aquarii eacute a primaacuteria 44 46 PA 266deg atual e separaccedilatildeo 23 ldquo

Struve 2944 eacute um sistema triplo agradaacutevel com todos os trecircs em uma linha reta AB 70 75 PA 276deg separaccedilatildeo 25 ldquo C 84 PA 106deg separaccedilatildeo 50 ldquo

Struve 2988 eacute um par muito atraente de estrelas iguais 72 72 PA 101deg separaccedilatildeo 35 ldquo A binaacuteria estaacute a 3deg SW de psi1 Aquarii

Estrelas Variaacuteveis

SADALMELIK Alpha Aquarii (Alpha Aqr) eacute um supergigante com cem vezes o tamanho do Sol Estaacute apenas haacute mil anos-luz de distacircncia e brilha com uma magnitude visual de 296 A lpha Aquarii (Sadalmelik) e beta A q uarii (Sadalsuud) satildeo supergigantes gecircmeas com nomes quase idecircnticos Os nom es significam respectivam ente ldquoO Afortunado do Reirdquo e ldquoO mais Afortunado dos Afortunadosrdquo

Sadalsuud (Beta Aqr)Sadalachbia (Gama Aqr)Skat (Delta Aqr)

A variaacutevel mais notaacutevel na constelaccedilatildeo eacute R Aquarii normalmente listada como uma ldquovariaacutevelrdquo do tipo Mira Contudo esta gigante vermelha natildeo eacute uma variaacutevel de longo-periacuteodo normal eacute uma estrela lsquorsquosimbiocircnticarsquorsquo se assemelhando a Z Andromedae Estrelas do tipo ldquoZ Andromedaerdquo satildeo aquelas que apresentam dois espectros separados indicando duas temperaturas bastante diferentes um esfria e outra muito quente Este fenocircmeno eacute causado por um mesmo sistema binaacuterio onde a estrela maior e mais fria e a outra estrela (talvez uma pequena anatilde branca) a quente E de fato R Aquarii tem uma pequena companheira azul que eacute cercada por uma nuvem de gaacutes Quando acontece eclipse da estrela

72 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

CONSTELACcedilOtildeESZODIACAIS

pequena pela gigante a magnitude visual da primaacuteria varia A estrela tem um periacuteodo de 38696 dias e um alcance de 58 a 124 o melhor momento para ver esta estrela seraacute na primeira semana de setembro em 2005

______________ Objetos de Ceacuteu Profundo

M2 (NGC 7089) - E um aglomerado globular compacto e luminoso mag 65 situado haacute 50000 anos-luz de distacircncia O aglomerado estaacute a 5deg N de beta Aquarii

M72 (NGC 6981) - Tambeacutem eacute um aglomerado globular mag 93 aproximadamente 3deg W S W da Nebulosa de Saturno

M73 (NGC 6994) - E outro aglomerado globular um agrupamento de estrelas de mag 89 que incluiu quatro estrelas sem conexotildees aproximadamente a 15deg leste de M 72

M73 (sistema ou asterismo de 4 estrelas) eacute notaacutevel por fazer o proacuteprio jarro de aacutegua inclinado e vertendo aacutegua Este pequeno asterismo que no campo de visatildeo binocular podem ser vistos em sua totalidade eacute composto de zeta Aqr e trecircs outras estrelas

NGC 7009 ldquoNebulosa de Saturnorsquorsquo - E umanebulosa p lanetaacuteria de mag 8 3 bastante espetacular visiacutevel em instrumentos grandes Tem raios que estende de ambos os lados do disco principal A nebulosa estaacute a 1deg a oeste de nu Aqrrdquo

NGC 7293 lsquorsquoNebulosa da Heacutelicersquorsquo (ou ldquoNebulosa Helicoidalrdquo) - E outra nebulosa planetaacuteria cujo nome aparentemente adveacutem de sua semelhanccedila a heacutelice dupla do DNA Realmente eacute uma nebulosa de anel com mag 65 soacute muito maior e mais lacircnguido que a Nebulosa de Anel mais notaacutevel em Lyra A nebulosa estaacute a 15deg W de upsilon Aquarii ou 210 no devido sul de zeta Aquarii ^

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Clique Astronocircmico

Planetaacuterio Municipal ldquo Prof Benedito RelardquoSituado na cidade de ItatibaSP e inaugurado em 07 de novembro de 2003 eacute o primeiro e uacutenico planetaacuterio no Paiacutes desenvolvido com tecnologia 100 nacional (Projeto Sphaera) O Planetaacuterio Benedito Rela eacute o 18deg do Brasil e o 3deg construiacutedo por uma Prefeitura Municipal e tem capacidade para abrigar ateacute 65 pessoas sentadas em sua sala de projeccedilatildeo Com uma cuacutepula de oito metros e totalmente automatizado foi montado pelo astrocircnomo Carlos Eduardo Mariano de CampinasSP O objetivo da Prefeitura de Itatiba por meio da Secretaria da Educaccedilatildeo eacute a realizaccedilatildeo de cursos palestras seminaacuterios exposiccedilotildees atividades de observaccedilatildeo astronocircmica e encontros sobre planetaacuterios e ensino de Astronomia O projetor SPHAERA I fabricado pela empresa brasileira Sphaera Planetaria Ltda reproduz o ceacuteu estrelado de qualquer regiatildeo do planeta e em qualquer eacutepoca com ateacute 10000 estrelas aleacutem da Via-Laacutectea Sol Lua planetas visiacuteveis figuras das constelaccedilotildees e muitos outros recursos Neste segundo semestre estaraacute em funcionamento no Planetaacuterio o projetor SPHAERA MIDIA Com esse equipamento que iraacute trabalhar em conjunto com o projetor SPHAERA I seraacute possiacutevel projetar graacuteficos e animaccedilotildees de alta definiccedilatildeo e ateacute em 3D Anualmente cerca de 20000 pessoas de Itatiba e cidades vizinhas participam das diversas atividades oferecidas pelo Planetaacuterio Todas as atividades realizadas pelo Planetaacuterio satildeo totalmente gratuitas

Maiores informaccedilotildees httpwwwprefeituraitatibacombrplanetarioplanetariohtmAgendamento de visitas (11) 4538-4547

74 revista macroCOSMOcom | setembro de

copy He

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2005

Construccedilatildeo de umHeliostato

Joseacute Carlos Diniz | REACARJCANFdinizastroterracombr

O Heliostato eacute um instrumento simples quepermite a observaccedilatildeo do Sol por longos periacuteodos de forma segura Deve ser instalado preferencialmente mas natildeo obrigatoriamente de forma fixa de modo a facilitar a aquisiccedilatildeo de imagens Eacute particularmente uacutetil em observatoacuterios para mostras puacuteblicas palestras e estudo sistemaacutetico do Sol

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 75

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Sempre me dediquei agrave fotografia quer seja quando jovem como forma de sustento quer jaacute na meia idade quando me iniciei na astronomia Sempre me encantaram as imagens muito mais do que qualquer outro ramo da astronomia Em 1997 conheci e me maravilhei com o observatoacuterio solar de Rogeacuterio Marcon onde havia um Heliostato e fiquei entre assustado e apaixonado por aquele instrumento Mais tarde conheci Paulo R Moser e seu admiraacutevel trabalho sobre o Sol Com ele aprendi um pouco de observaccedilatildeo solar nas nossas conversas e atraveacutes da paacutegina solar da REA

Comprei filtros Thousand Oaks II e Baader Planetarium e por algum tempo fotografei o Sol O eclipse total de 1998 o novo ciclo solar e as observaccedilotildees puacuteblicas que fazemos no Clube que presido foram o estiacutemulo que faltava para me lanccedilar agrave aventura de construir meu proacuteprio Heliostato para natildeo soacute fotografar mas para observar o Sol

Haacute muito pouca literatura disponiacutevel talvez devido agrave sua simplicidade Os modelos que pesquisei eram voltados mais para a espectroscopia usando instrumentos de focal longa e com aparato complexo Desta forma procurei aprender para simplificar ao maacuteximo sua construccedilatildeo

Um Heliostato nada mais eacute do que um espelho plano montado numa estrutura que permite apontamento polar e movimento sincronizado com o Sol A imagem assim obtida eacute capturada por uma luneta (ou mesmo um doubleto acromaacutetico) e projetada sobre um anteparo O tamanho da imagem vai depender da distacircncia focal da luneta da ocular empregada e da distacircncia da projeccedilatildeo

Caso empreguemos um soacute espelho o Sol sofreraacute um movimento de rotaccedilatildeo ao longo da observaccedilatildeo por isso optei pelo modelo de dois espelhos onde essa rotaccedilatildeo natildeo existe

Neste modelo o espelho primaacuterio reflete a imagem solar para o espelho secundaacuterio que a envia agrave luneta Os espelhos devem ser planos e de boa qualidade (Agrave8) O espelhamento torna a imagem mais brilhante mas eacute possiacutevel prescindir dele Utilizei dois espelhos de 10 cm de diacircmetro feitos pelo Sr Weber (AraraquaraSP)

Uma outra observaccedilatildeo importante eacute que a velocidade de acompanhamento deve ser a metade da velocidade sideral porque a cada movimento do espelho o raio refletido altera-se o dobro desta forma o espelho primaacuterio deve dar uma volta completa a cada 48 horas

Procurei utilizar na construccedilatildeo materiais simples e ao alcance de todos (fig 1) como madeira compensada parafusos dobradiccedilas e rolamentos facilmente encontrados no mercado Apenas uma dimensatildeo eacute fundamental no setor a distacircncia entre o furo por onde passa o eixo principal e o sem-fim deve ser exatos 1455 cm para que tenhamos a velocidade de deslocamento correta de uma volta a cada 48 horas As outras dimensotildees das demais peccedilas natildeo satildeo importantes e podemos adapta-las ao nosso gosto

76 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

macroOFICINA

Na figura 1 temos a relaccedilatildeo das peccedilas

1 - Alumiacutenio dobrado para sustentar o espelho primaacuterio

2 - Discos de madeira para prender os espelhos

3 - Parafuso motor Prende o setor na placa de sustentaccedilatildeo

4 - Dobradiccedila de latatildeo

5 - Peccedila de latatildeo dobrada para ajuste de altura

6 - Parafusos que formam os peacutes da montagem

7 - Pequenos cilindros de madeira que formam as cabeccedilas dos parafusos

Aleacutem disso temos o setor garfo do espelho secundaacuterio placa de sustentaccedilatildeoe rolamentos (2) de rdquo de diacircmetro

FIG 1

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 77

T -

macroOFICINA

0 conjunto eacute montado sobre uma peccedila de madeira Haacute ainda uma pequena torre

que sustenta o espelho secundaacuterio (fig 2) nela vemos

1 - Torre

2 - Mesa onde se fixa o setor

3 - Tubo de latatildeo que prende o espelho secundaacuterio

78 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

FIG 3

lsquo14

J l f 1 mdash

o

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macroOFICINA

Torneamos um eixo de latatildeo (fig 3) que passa por dentro dos ro lam entos de esfera e que prende de um lado o setor do sem fim e do outro o espelho primaacuterio

Esse eixo possui de um lado rosca de 38rdquo e do outro rdquo Duas arruelas de alumiacutenio ajudam na fixaccedilatildeo do suporte do espelho primaacuterio ao setor

Escolhem os passar o eixo pelos rolamentos para dar um movimento suave e uniforme ao espelho e fa c ilita r o p o sic ionam ento do espelho primaacuterio

A figura 4 mostra o conjunto em fase de montagem

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 79

macroOFICINA

Revendo velhas revistas SampT deparei-me com uma soluccedilatildeo muito interessante para construccedilatildeo do sem fim dobrar dois parafusos de latatildeo de rdquo e 20 espiras por polegada e prende-los na parte de baixo do setor onde fizemos um sulco (fig 5 e 6)

A traccedilatildeo se daraacute por um parafuso igual ao do sem-fim acoplado ao motor de de volta por m inuto Esta re laccedilatildeo proporciona um deslocamento de metade da velocidade sideral O motor foi conseguido de um velho timer de uma maacutequina de lavar pratos e o suporte do parafuso feito em madeira no formato de U

Uma mola manteacutem o acoplamento e facilita o reposicionamento do setor (fig 7 8 e 9)

80 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 81

Um dado importante para o correto alinhamento polar eacute que o plano do espelho primaacuterio deve obrigatoriamente coincidir com o Poacutelo O ajuste do Poacutelo se faz com a pequena peccedila de latatildeo conforme ilustrado nas figuras 10 e 11 Embora simples eacute eficaz e permite alinhar-se com boa precisatildeo

82 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

V gt

macroOFICINA

Uso para o alinhamento um inclinocircmetro uma buacutessola e um niacutevel de bolha (fig 12)A torre que conteacutem o espelho secundaacuterio permite-nos aproximaacute-lo e afastaacute-lo do espelho primaacuterio

para obtermos a reflexatildeo da imagem Conforme a posiccedilatildeo do Sol no Solstiacutecio ou Equinoacutecio precisamos movimentaacute-la para obter a imagem a ser projetada

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 83

1 ^ 1Apoacutes posicionar o espelho primaacuterio com o motor

em funcionamento movemos o secundaacuterio ateacute obtermos a reflexatildeo e em seguida o movemos para direcionar a luneta vista ao fundo junto agrave cuacutepula (fig 13 ) O motor eacute siacutencrono e ligado a corrente eleacutetrica atraveacutes de um variador de frequumlecircncia o que permite acelerar e retardar o movimento da imagem Observei que o conjunto sem fim ainda necessita de ajustes mas permite uma observaccedilatildeo por tempo razoaacutevel (10 a 15 minutos) com poucas correccedilotildees

No momento o instrumento encontra-se em testes Pretendo construir uma base soacutelida para recebecirc-lo e desta forma facilitar a obtenccedilatildeo de imagens solares de modo mais confortaacutevel no interior da minha modesta cuacutepula e abrigado dos raios

V ~

solares podendo desta forma observaacute-lo de forma longa e produtiva A im agem refletida pelo secundaacuterio seraacute projetada atraveacutes de uma luneta para um anteparo onde seraacute observada Cartas de Waldmeier foram impressas em transparecircncia e satildeo ajustadas agraves imagens (16 cm de diacircmetro)

Adiantando ou atrasando a rotaccedilatildeo do motor podemos fazer a imagem do Sol tocar as bordas da carta determinando assim a linha Leste e o Oeste e por consequumlecircncia o Norte e o Sul desta forma podemos posicionar a carta e saber em que setor as manchas estatildeo anotaacute-las e segui-las com maior precisatildeo A imagem pode ser fotografada e uma animaccedilatildeo mostrando a rotaccedilatildeo das manchas eacute possiacutevel

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As figuras 14 e 15 mostram o instrumento terminado

Espero ter contribuiacutedo para despertar interesse e motivaccedilatildeo no estudo do Sol O Heliostato eacute de grande im portacircncia para observatoacuterios e associaccedilotildees por permitir de forma simples obter im agens de qualid ad e com conforto e a popularizaccedilatildeo do estudo do Sol

Qualquer duvida estou sempre agrave disposiccedilatildeo Meus profundos agradecimentos a Rogeacuterio Marcon e a Paulo Roberto Moser pelos ensinamentos Este projeto eacute dedicado agrave memoacuteria de Jean Nicolini mestre da observaccedilatildeo e exemplo de paixatildeo pela astronomia M

Nota Este artigo eacute parte integrante do Reporte Anual da REA-BRASIL (REDE DE ASTRONOM IA OBSERVACIONAL BRASIL) - REPORTE Ndeg 11 editado em DEZEMBRO2003 Nossos agradecimentos ao amigo Joseacute Carlos Diniz bem como ao atual Coordenador Geral da REA Edvaldo Joseacute Trevisan por nos permitir divulgar e veicular na Revista macroCOSMOcom mais este trabalho realizado pelos membros da REA-BRASIL Este e demais reportes estatildeo disponiacuteveis em no site da REA-BRASIL Conheccedila o trabalho desenvolvido pelos membros da REA e participe httpwwwreabrasilorg

Joseacute Carlos Diniz eacute Meacutedico Cardiologista (Rio de JaneiroRJ) astrocircnomo amador astrofotoacutegrafo e ATM Membro da REA CARJ CANF e NG C51 Tem se destacado por seu magniacutefico trabalho contra a Poluiccedilatildeo Luminosa emeacuterito e premiado astrofotoacutegrafo construtor de vaacuterios instrumentos astronocircmicos e divulgador destas nobres artes cujos trabalhos podem ser apreciados em httpwwwastrosurfcomdiniz e http wwwdinizastrodatabasenet

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Equipe que iraacute para a Olimpiacuteada internacional em 2005 na China No centro o presidente da SAB Licio da Silva e Prof Joatildeo Canalle coordenador nacional da OBA

Olimpiacuteada Brasileira de Astronomia eDESPERTANDO INTERESSE DE A c t m n C I I

ALUNOS PELA CIEcircNCIA M b Ll U N dU LILrd

Fernanda Calipo | Revista macroCOSMOcomfecalipohotmailcom

Aleacutem de muacutesica balada e outros atrativos da idade alunos descobrem uma paixatildeo diferente A Astronom ia A O BA - O lim piacuteada B ras ile ira de A s tro n o m ia e A s tro n aacute u tica eacute um even to edu ca tivo responsaacutevel por despertaacute-los a se aplicar neste segm ento cientiacutefico A O lim piacuteada jaacute estaacute em sua oitava ediccedilatildeo e eacute prom ovida anualm ente pela SAB - Sociedade Astronocircm ica Brasileira sociedade cientiacutefica que reuacutene os profissionais envolvidos em pesquisa cientiacutefica de todas as aacutereas da Astronom ia e Astrofiacutesica do Brasil e pela Agecircncia Espacial Brasileira (AEB)

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A OBA tem o objetivo de fomentar o interesse dos jovens pela Astronomia Astronaacuteutica e Ciecircncias afins aleacutem de promover a difusatildeo dos conhecimentos baacutesicos de uma form a luacutedica e cooperativa mobilizando natildeo soacute os alunos mas professores coordenadores pedagoacutegicos diretores pais e escolas planetaacuterios observatoacuterios municipais e particulares espaccedilos centros e museus de ciecircncia associaccedilotildees e clubes de astronomia astrocircnomos profissionais e amadores entre outros num soacute mutiratildeo nacional aleacutem de distribuir materiais educacionais de astronomia para os professores representantes da OBA nas escolas participantes

ldquoA Astronomia eacute a ciecircncia com o maior nuacutemero de sociedades amadoras mas paradoxalmente natildeo eacute objeto de uma disciplina especiacutefica nos curriacuteculos dos ensinos fundamental e meacutedio Em geral ela fica a cargo de um profissional de ensino que natildeo possui habilitaccedilatildeo especiacutefica no tema e muito frequumlentemente nem eacute formado em ciecircncias exatas A OBA busca portanto estimular nos estudantes o gosto pelo tem a bem como divulgar corretam ente os conteuacutedos entre estudantes e professores realizando um diagnoacutestico ainda que parcial do quatildeo tais conteuacutedos estatildeo ou natildeo corretamente apreendidosrdquo afirma o coordenador nacional da OBA Prof Dr Joatildeo Batista Garcia Canalle professor titu lar no Instituto de F iacutes ica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) onde tam beacutem estaacute sediada a Coordenaccedilatildeo Nacional da Olimpiacuteada Brasileira

Quem participa Todos alunos que estejam estudando entre a primeira serie do ensino fundamental ateacute os da ultima do ensino meacutedio Natildeo haacute restriccedilatildeo quanto ao nuacutemero miacutenimo ou maacuteximo de alunos participantes por escola Se a escola onde o aluno estuda natildeo estiver cadastrada para participar da OBA o estudante interessado poderaacute recorrer a uma outra escola cadastrada ou a outra instituiccedilatildeo cadastrada A inscriccedilatildeo do aluno deveraacute ser feita pelo professor que aplicaraacute a prova

As provas dividem-se em quatro niacuteveis a saber

Prof Joatildeo Canalle coordenador nacional da OBA

Niacutevel 1 destinada aos alunos da 1a e 2a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 2 destinada aos alunos da 3a e 4a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 3 destinada aos alunos de 5a agrave 8a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 4 destinada aos alunos de qualquer seacuterie do ensino meacutedio ou que jaacute concluiacuteram o ensino meacutedio haacute menos de dois anos (a contar da data da prova da OBA) e natildeo estatildeo matriculados em nenhuma instituiccedilatildeo de ensino superior

As questotildees das provas visam muito mais a dar informaccedilotildees corretas e atualizadas aos alunos do que extrair informaccedilotildees deles As provas satildeo compatiacuteveis com os conteuacutedos abordados pela maioria dos livros didaacuteticos do ensino fundamental e meacutedio A prova eacute constituiacuteda de 7 perguntas de Astronomia e 3 de Astronaacuteutica (o que inclui lanccedilamento de foguetes sateacutelites artificiais e sensoriamento remoto) Dentre as 7 perguntas de A stronom ia haacute uma ou duas perguntas observacionais Para responder a estas perguntas observacionais o aluno precisa fazer previamente uma atividade observacional divulgada com antecedecircncia sobre a qual seraacute baseada a pergunta

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Assim sendo os alunos podem fa ze r individualmente ou em grupos estas atividades observacionais No dia da Olimpiacuteada contudo cada aluno deveraacute estar de posse das suas mediccedilotildees respostas caacutelculos e resultados da atividade observacional que foi solicitada pela Organizaccedilatildeo da OBAUma novidade em 2005 foi a parceria com a Agecircncia Espacial Brasileira (AEB) passando a se cham ar O lim piacuteadas Brasileira de Astronomia e Astronaacuteutica ldquoA Agecircncia tem um interesse em divulgar mais seus avanccedilos tecnoloacutegicos brasileiros principalmente para quem ainda estaacute na fase de aprendizado Temos um brasileiro em constante treinamento na NASA o Marcos Pontes aleacutem de uma parceria com a China na aacuterea de sateacutelites Enfim muitas coisas para acrescentar como conhecimento na prova que teraacute 3 questotildees voltadas para este temardquo ressalta o Prof Canalle

Os alunos com m elhor desem penho na Olimpiacuteada nacional satildeo convidados a receber um treinamento para participarem da Olimpiacuteada Internacional devendo passar por uma outra prova que selecionaraacute entre 4 e 6 participantes para

representarem o Brasil laacute fora Como a equipe eacute formada por membros de diferentes unidades da federaccedilatildeo o treinamento contou com astrocircnomos membros da Sociedade Astronocircmica Brasileira os proacuteprios professores dos estudantes e ainda com listas de exerciacutecios compiladas por ex-participantes que tambeacutem jaacute participaram da Olimpiacuteada nacional ou internacional

ldquoA Olimpiacuteada muito mais que uma competiccedilatildeo eacute uma maneira de despertar a curiosidade cientiacutefica nos jovens Assim pretende-se utilizar a OBA como uma espeacutec ie de recurso pedagoacutegico um instrumento que muito mais do que de premiar os melhores estudantes tem o objetivo de cativar o interesse pela ciecircncia entre os jovens atraveacutes de uma prova com questotildees interessantes e bem elaboradas que natildeo lsquoassustersquo o estudante pela falta de conhecimento necessaacuterio retendo assim a sua atenccedilatildeo e despertar a sua imaginaccedilatildeo e o interesse cientiacutefico Sem duacutevida o evento serve tambeacutem para revelar talentos precoces A OBA seleciona os integrantes da equipe internacional tendo poreacutem um objetivo bem maior do que esterdquo finaliza o Prof Canalle

Carla Fernanda (hoje na POLI - USP) e Gulherme (Univale - SC) ambos com 17 anos e medalhistas da Olimpiacuteada internacional de 2004 na Ucracircnia

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Astronomia Brasileira leva prata e bronze em Olimpiacuteada Internacional de 2004 e prepara equipe para China em 2005

Configurando o melhor resultado de todas as participaccedilotildees nacionais trecircs dos quatro integrantes da equipe que representou o Brasil na IX Olimpiacuteada Internacional de Astronomia realizada em outubro de 2004 na Crimeacuteia retornaram laureados A equipe dividida nas duas faixas etaacuterias do certame era formada por Carla Fernanda de Arauacutejo e Silva estudante do Coleacutegio Objetivo (Satildeo PauloSP) e Guilherme Rohden Echelmeier estudante do Coleacutegio de Aplicaccedilatildeo da Univale (ItajaiacuteSC) pertencentes agrave faixa etaacuteria dos membros de ateacute 17 anos A faixa etaacuteria daqueles de ateacute 15 anos contou com Fernanda Vilela de Aquino da Escola Estadual Pe Anchieta (CoqueiralMG) e Felipe Ferreira Villar Coelho estudante do Coleacutegio Metropolitano (Serra ES) Carla e Guilherme obtiveram medalhas de bronze enquanto Filipe obteve a ineacutedita para o Brasil medalha de prata para a menor faixa etaacuteria A equipe contou ainda com os liacutederes Profa Nuricel Aguilera Villalonga (Coleacutegio Objetivo) Dr Carlos Alexandre W uenche do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Dr Roberto Pereira Ortiz (UFES)

A Olimpiacuteada foi realizada em Simeiz uma pequena cidade na costa sul da Crimeacuteia (no Mar Negro) a 105 km de Sinferopol T recircs diferentes tipos de provas foram aplicados teoacuterica praacutetica e observacional A prova praacutetica consiste na in terpretaccedilatildeo de informaccedilotildees astronocircmicas Para esta prova os estudantes natildeo podem ter mais de 17 anos nem estar na universidade

Hemisfeacuterio Norte - A equipe brasileira eacute uma das duas uacutenicas originaacuterias do Hemisfeacuterio Sul A outra eacute a equipe Indoneacutesia Entretanto as olimpiacuteadas internacionais de Astronomia desde sua criaccedilatildeo sempre foram organizadas no Hemisfeacuterio Norte Ao contraacuterio de outras Olimpiacuteadas Cientiacuteficas isto sempre foi uma desvantagem adicional para a equipe brasileira Aleacutem de conhecimentos teoacutericos e praacuteticos sobre Astrofiacutesica Astronomia e suas teacutecnicas os participantes se defrontaram com provas observacionais frente a um ceacuteu familiar a praticamente todas as equipes do Hemisfeacuterio Norte Para piorar as coisas algumas constelaccedilotildees que podem ser avistadas de ambos os Hemisfeacuterios

aparecem invertidas quando se vai de um hemisfeacuterio para outro Procurando sanar esta dificuldade a equipe recebeu da mesma forma que em 2003 um treinamento especial no Planetaacuterio de Rio de Janeiro uma semana antes de seu embarque para a Ucracircnia Na cuacutepula da Fundaccedilatildeo Planetaacuterio do Rio de Janeiro foi reproduzido o ceacuteu da Crimeacuteia agrave eacutepoca e horaacuterios provaacuteveis das provas observacionais

China 2005 o grupo que iraacute para China este ano marcou presenccedila no XXXI Encontro da SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira realizado no Hotel Vacance em Aacuteguas de LindoacuteiaSP de 3107 a 0308 quando recebeu um treinamento avanccedilado de profissionais em astronomia ex-participantes e o apoio do coordenador Prof Canalle e do presidente da SAB Prof Licio da Silva (ONMCT)

Divulgaccedilatildeo e ConhecimentoComparando os dados da I OBA em 1998 quando

a prova foi aplicada para alunos de apenas 21 instituiccedilotildees em 8 cidades hoje o nuacutemero chega a surpreender Na VIII OBA realizada em maio de 2005 o total de escolas cadastradas chegou agrave marca de 3300 somando cerca de 180000 alunos que efetivamente realizaram a prova Vale ressaltar que todos os alunos professores e escolas receberatildeo um certificado e os 10000 com melhor classificaccedilatildeo seratildeo condecorados com medalhas em eventos promovidos pelas proacuteprias instituiccedilotildees de origem dos alunos

Natildeo haacute taxa de inscriccedilatildeo para escolas ou alunos participarem da OBA O envio do material de divulgaccedilatildeo cartaz cartas circulares provas e gabaritos satildeo totalmente gratuitos inclusive a postagem dos m esm os A im pressatildeo dos certificados e a confecccedilatildeo das medalhas tambeacutem eacute gratuita As uacutenicas despesas das escolas participantes satildeo as coacutepias das provas pois eacute enviado somente um original de cada niacutevel para aplicaccedilatildeo aleacutem da postagem dos kits com medalhas certificados e materiais de apoio apoacutes a realizaccedilatildeo total do evento

Para maiores informaccedilotildees httpwwwobaorgbr

Fernanda Calipo Cossia eacute Jornalista publicitaacuteria locutora de raacutedio assessora de comunicaccedilatildeo e poacutes graduada em relaccedilotildees Puacuteblicas Trabalhou 5 anos na Universidade Metodista de Satildeo Paulo e acumulou experiecircncias para hoje atuar na aacuterea de assessoria de comunicaccedilatildeo para os mais diversos segmentos Atualmente ela dedica-se agrave especializaccedilatildeo na aacuterea de jornalismo cientiacutefico

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Da religiatildeo a Ciecircncia

uma aventura do conhecimento humano

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GLEISER Marcelo O fim da Terra e do Ceacuteu O apocalipse na Ciecircncia e na Religiatildeo Satildeo Paulo Companhia das Letras 2001

Quais satildeo os limites que separam ciecircncia e religiatildeo Satildeo saberes complementares ou antagocircnicos Satildeo estas as perguntas feitas por Marcelo Gleiser em ldquoO fim da Terra e do Ceacuteu O apocalipse na Ciecircncia e na Religiatildeo Experiente cosmoacutelogo e divulgador cientiacutefico o autor presenteia o leitor com uma fantaacutestica abordagem histoacuterica das principais questotildees astronocircmicas e cosmoloacutegicas a preocupar o homem durante sua existecircncia Impossibilitado de responder estas questotildees de forma cientiacutefica estes recorreram ao que chamamos hoje de religiatildeo

Para Marcelo natildeo existiu uma ruptura abrupta entre o pensamento religioso e o pensamento cientiacutefico Simplesmente perguntas que antes eram respondidas pela religiatildeo passaram a serem respondidas pela ciecircncia Ele segue esse caminho sem apelar para o relativismo tatildeo em moda que coloca segundo alguns filoacutesofos entre eles Richard Rorty os deuses gregos no mesmo patamar que a moderna astrofiacutesica Para este ambas as explicaccedilotildees da origem o cosmo seriam validas e natildeo haveria como escolher de forma racional entre uma e outra sendo esta uma escolha subjetiva

Marcelo Gleiser natildeo cai nesta armadilha relativista Ele reconhece sim o papel que teve a religiatildeo como uma das formas de pensamento desenvolvidas pelo homem para tentar explicar fenocircmenos naturais mas tambeacutem reconhece as limitaccedilotildees destas explicaccedilotildees uma vez que a fiacutesica e a astronomia moderna ainda que natildeo se julguem detentoras da verdade conseguiram explicar os fenocircmenos expostos natildeo apenas de forma mais satisfatoacuteria mas tambeacutem de maneira racional experimental e capaz de fazer previsotildees Componentes estes indispensaacuteveis a qualquer ciecircncia E fora do acircmbito da religiatildeo

Um dos fenocircmenos mais perturbadores para o homem antigo era a mudanccedila nos ciclos dos movimentos celestes (tais como os eclipses aparecimento de cometas e chuva de meteoros) Em geral estes fenocircmenos celestes representavam a prediccedilatildeo de eventos maleacuteficos (pragas doenccedilas escassez nas colheitas fome ou ira dos

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deuses) A uacutenica exceccedilatildeo segundo o autor eacute a tribo Kung da N am iacutebia que considerava a passagem destes objetos celestes como pressaacutegio de boa sorte Esta visatildeo eacute decorrente de crenccedilas que consideravam os ceacuteus como morada dos d euses portanto um lugar de perfe iccedilatildeo e imutabilidade Podendo ser qualquer mudanccedila no ciclo regular dos movimentos dos ceacuteus considerada como mudanccedila no temperamento dos proacuteprios deuses Natildeo eacute estranho assim que o livro de Apocalipse o ultimo livro do Novo Testamento trazer referencias ao fim do mundo como um evento de ordem cosmoloacutegica (queda de estrelas na Terra escurecimento do Sol entre outros) isto sem falar por exemplo em 2deg Pedro 3 3-13 1 deg Joatildeo 2 18 no Livro de Daniel no Ecircxodo e etc apenas para ficarmos nas referencias culturais mais proacuteximas de noacutes mesmos

Natildeo se preocupe leitor Gleiser vai muito mais longe do que isso em sua histoacuteria da religiatildeo comprada agrave astronomia e cosmologia moderna Passamos assim a conhecer as mais diversas crenccedilas religiosas e miacuteticas que a seu modo tentam exp licar os fenocircm enos ce lestes Egiacutepcios japoneses gauleses incas povos ameriacutendios povos africanos chineses judeus hindus e europeus tem suas mitologias dissecadas de forma bastante competente pelo autor

Apoacutes a apresentaccedilatildeo destas o autor recorre ao arcabouccedilo teoacuterico experimental e histoacuterico da cosmologia e da astronomia explicando questotildees levantadas e trabalhadas pelo pensamento miacutestico- relig ioso a traveacutes das ultim as desco b ertas cientiacuteficas O meacutetodo de exposiccedilatildeo perpassa todas as quatro partes do livro prim eiram ente eacute apresentada uma questatildeo de ordem astronocircmico- cosmoloacutegica em seguida a explicaccedilatildeo dada pelas religiotildees a estes fenocircm enos seguidas pela exposiccedilatildeo das explicaccedilotildees dadas por filoacutesofos e cientistas em diversas eacutepocas ao mesmo fenocircmeno somente entatildeo o leitor eacute confrontado com as explicaccedilotildees mais recentes dadas pela ciecircncia moderna Organizaccedilatildeo esta bastante didaacutetica certamente muito apraziacutevel e uacutetil para expor questotildees astronocircmicas ao puacuteblico leigo

Seguindo este meacutetodo o leitor apoacutes ser exposto ao legitimo perigo representado por asteroacuteides e cometas para a existecircncia da vida humana ou no miacutenimo os enormes prejuiacutezos que a queda de um meteorito provocaria ao se chocar em uma cidade populosa Perigo este de certa forma jaacute contemplado no pensamento miacutestico-religioso de vaacuterios povos passa a entender a origem formaccedilatildeo constituiccedilatildeo geoloacutegica e oacuterbita destes objetos celestes para entatildeo ser apresentado as ultimas medidas tomadas por cientistas e militares para catalogar estes objetos e possivelmente evitar uma colisatildeo

Vejamos uma breve passagem ldquoComo sabiam os egiacutepcios japoneses incas e tantas outras culturas que idolatraram o Sol atraveacutes dos tempos o destino do Sol eacute diretamente relevante para o nosso destino e sobrevivecircncia neste planeta Durante aproximadamente 10 bilhotildees de anos hidrogecircnio funde-se em heacutelio gerando pressatildeo suficiente para contraba lanccedilar a contraccedilatildeo gravitacional Com o passar do tempo a quantidade de heacutelio na regiatildeo central da estrela aumenta enquanto a quantidade de hidrogecircnio diminui paacuteg 195 Este processo levara o Sol a se tornar uma gigante vermelha destruindo toda a vida na Terra

Daiacute o autor passa a explorar os buracos negros misteriosos turbilhotildees coacutesmicos dignos de Jasatildeo e Gilgamesh entre tantos outros fenocircmenos e objetos celestes Apoacutes uma longa viagem por mitos religiotildees filosofias e histoacuteria da ciecircncia o autor fecha o livro com um fantaacutestico capiacutetulo referente agrave formaccedilatildeo do universo e a interaccedilatildeo de suas forccedilas a luz da fiacutesica contemporacircnea

Apoacutes percorrermos este longo caminho descrito por Gleiser terminamos a leitura com uma uacutenica certeza somos seres extremamente limitados e insignificantes perante a grandeza do Universo entretanto fomos capaz de lhe dar um significado e uma explicaccedilatildeo Ainda temos muito para conhecer Com certeza Mas certamente daremos passos ainda maiores pois a vida humana soacute tem valor na medida em que podemos dar significado ao mundo que nos cerca aumentando nosso entendimento deste Vocecirc leitor pode ser o proacuteximo a dar este passo Ateacute laacute soacute posso lhe desejar uma boa leitura

Edgar Indalecio Smaniotto filoacutesofo professor e escritor E-mail edgarsmaniottoyahoocombr

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Viag ens no tempoe Universos Paralelos

Explorando os limites da Fiacutesica

VASCONCELLOS Rogeacuterio Amaral de Vaca Profana Encruzilhadas Livro 1 Ndeg 00 [S C] Sistema Literaacuterio Experimental Virtual (SLEV) 2005 (Coleccedilatildeo SLEV 2004 - Fase I) Compras em httpwwwslevorg R$ 1200

Nos uacuteltimos anos a fiacutesica teoacuterica vem expandindo-se gradualmente incorporando a seu arcabouccedilo de conceitos ideacuteias ateacute entatildeo de domiacutenio da ldquometafiacutesicardquo ou seja algo que antes era feito por filoacutesofos tornou-se agora parte da fiacutesica Processo este que ocorre pelo menos desde Nietzsche o uacuteltimo grande filoacutesofo a tratar de questotildees cosmoloacutegicas E tambeacutem aquele que decretou a morte da metafiacutesica entregando para os fiacutesicos a responsabilidade de explicar e criar hipoacuteteses que decircem sentido a organizaccedilatildeo do cosmo

Entretanto os fiacutesicos ao contrario dos filoacutesofos ainda que tendem a levantar hipoacuteteses muitas vezes surpreendentes tem que tornar estas ldquoverificaacuteveisrdquo via experimentaccedilatildeo Suas hipoacuteteses devem ter um referencial no mundo natural capaz de ser observado por seus pares Em outras palavras mesmo que apresentem uma teoria elegantemente organizada e sustentada racionalmente por criteacuterios loacutegicos e matemaacuteticos esta natildeo seraacute aceita caso natildeo se verifique sua correlaccedilatildeo com o mundo natural

Mas alguns cientistas mais ousados entre eles J Richard Gott (Viagens no Tempo No universo de Einstein Rio de Janeiro Ediouro 2002) natildeo se importam em fazer extrapolaccedilotildees bastante distantes das possibilidades da ciecircncia moderna em verificar sua correlaccedilatildeo com o mundo natural Abrindo assim amplos campos para a especulaccedilatildeo cientiacutefica campo este rapidamente ocupado pelos escritos de ficccedilatildeo cientiacutefica

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D estacam os aqui o livro ldquoV aca P ro fa n a E n c ru z ilh a d a s rdquo de R ogeacuterio A m aral de Vasconcellos recentemente lanccedilado Tudo bem concordo que o titulo eacute um tanto esquisito eu tam beacutem natildeo gostei mas o livro tem muitas qualidades que independem deste

Basicamente estamos falando de Universos Paralelos e V iagens no Tempo Neste caso seriamos habitantes de um Multiverso Assim o autor trab a lh a com as teo rias da in flaccedilatildeo cosmoloacutegica ou seja a ideacuteia de que aleacutem do alcance de nossos telescoacutepios existem outras regiotildees do espaccedilo que parecem idecircnticas a nossa Para muitos cosmoacutelogos alguns destes Universos poderiam ateacute ter leis fiacutesicas diferentes do nosso Basicamente esta eacute a ideacuteia que perpassa a histoacuteria do livro

A histoacuteria propriamente dita comeccedila quando uma poderosa entidade alieniacutegena conhecida como o Zelador que possui tecnologia capaz de se deslocar entre estes universos comeccedila a reunir um grupo de seres humanos e alieniacutegenas de diversos universos e tempos diferentes A intenccedilatildeo do autor eacute trabalhar com o conceito de Histoacuteria Alternativa Basicamente neste tipo de ficccedilatildeo cientifica o autor pega um determinado ponto chave da histoacuteria e modifica este m udado assim todo o restante da histoacuteria conhecida

Por exemplo se Hitler tivesse conseguido a bomba atocircmica antes dos aliados se a Intentona Comunista tivesse obtido sucesso em derrubar Getulio Vargas ou se a Confederaccedilatildeo dos Tamoios tivesse vencido a guerra contra os portugueses como seria nossa historia hoje Entre diversas outras possibilidades

Mas todas estas soacute satildeo possiacuteveis se estivermos falando de um Multiverso infinito onde todos os seres humanos e fatos histoacutericos podem ter todos os seus desdobramentos possiacuteveis ocorrendo Neste caso a viagem no tempo natildeo seria uma viajem ao nosso proacuteprio passado mas uma viagem a um outro universo onde nossa presenccedila laacute jaacute estava assegurada Assim todas as possibilidades que nossa existecircncia poderia seguir realmente existem nestes diferentes universos

P arecem ideacute ias um tanto m eta fiacutes icas Certamente Mas o artigo ldquoO jogo de espelho dos Universos Paralelosrdquo de Max Tegmark (Scientific American Ano 2 ndeg 13) e o jaacute citado livro de J Richard Gott tornam estas possibilidades bastante plausiacuteveis ainda que estejamos a seacuteculos de distancia de uma tecnologia que nos permita mesmo visualizar estes universos paralelos ou viajar no tempo como admitem os proacuteprios autores citados Vasconcellos como todo o escritor de ficccedilatildeo cientiacutefica que se preze explora este campo ainda nebuloso da fiacutes ica ateacute suas ultim as consequumlecircncias

Neste primeiro livro impresso a coleccedilatildeo completa jaacute tem mais de 3 dezenas de volumes disponiacuteveis em e-book na Internet (httpwwwslevorg) o autor faz uma apresentaccedilatildeo dos personagens e do norte narrativo da histoacuteria Satildeo reunidos seres de vaacuterios tempos e universos em sua grande maioria humanos apenas alguns satildeo alieniacutegenas para cumprir algumas missotildees em diferentes realidades alternativas

A apresentaccedilatildeo destes personagens e de seus mundos eacute feita com bastante competecircncia Temos dois arqueoacutelogos Andreacuteas Nikolos Papandriu e Dimitri Diogovitc na segunda metade do seacuteculo XIX envoltos com o debate acerca da origem da vida (evolucionismo versus criacionismo) A descriccedilatildeo de seres vivos inteligentes evoluiacutedos a partir do reino vegetal que podem usar metano gaacutes carbocircnico e eacuteter para sobrevivecircncia metaboacutelica aleacutem de um sofisticado conversor orgacircnico com ceacutelulas verdes -fotossinteacuteticas- em accedilatildeo

Este personagem (Zandra de Harboor) eacute dos mais interessantes do livro por viver em um mundo onde a magia ainda predomina tendo serias dificuldades com a aristocracia local para levar ad ian te suas pesquisas astronocircm icas e astronaacuteuticas O leitor se defrontara com bastantes questotildees interessantes mas teraacute que acompanhar a serie toda Natildeo se desespere cada livro custa apenas 200 reais no sistema e-book De qualquer forma eacute uma excelente pedida para quem gosta de uma boa literatura com pitadas de ciecircncia e muita fantasia Boa leitura

Edgar Indalecio Sm aniotto filoacutesofo professor e escritor E-mail edgarsmaniottoyahoocombr

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dicasdigitais

Navegando pelas constelaccedilotildeesEm setembro tem iniacutecio a estaccedilatildeo das flores Novas constelaccedilotildees estaratildeo melhores posicionadas

no ceacuteu noturno nas noites quentes de primavera para o hemisfeacuterio austral e outonal para o hemisfeacuterio boreal Assim nesta ediccedilatildeo vamos dar um giro por websites que falam dessas miriacuteades de estrelas e dos objetos que estatildeo em suas direccedilotildeesAntes de entrarmos no mundo digital vai uma dica natildeo digital para os neoacutefitos que querem saber

onde estatildeo as constelaccedilotildees e como localiza-las Nossa sugestatildeo vai para um livro com 87 paacuteginas de faacutecil entendimento e muito bem estruturado Eacute um pequeno guia praacutetico para observaccedilatildeo do ceacuteu que leva o observador a identificar estrelas e constelaccedilotildees sem o auxiacutelio de instrumentos Rumo agraves Estrelas do autor Delerue Alberto (1999) editora Jorge Zahar

Como diria o grande poeta parnasiano Olavo Bilac (1865-1918) cujas estrelas tecircm presenccedila marcante em seus versos que ora aparecem como confidentes ora como testemunhas ou conhecedoras do misteacuterio da vida

ldquoOra (direis) ouvir estrelas Certo Perdeste o sensordquo E eu vos direi no entanto

Que para ouvi-las muita vez desperto E abro as janelas paacutelido de espantoE conversamos toda a noite enquanto A Via Laacutectea como um paacutelio aberto

Cintila E ao vir do sol saudoso e em prantoInda as procuro pelo ceacuteu desertoDireis agora ldquoTresloucado amigo

que conversas com elas Que sentido Tem o que dizem quando estatildeo contigordquo

E eu vos direi ldquoAmai para entendecirc-lasPois soacute quem ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelasrdquo

Via-Laacutectea (Olavo Bilac)

Os websites relacionados nessa ediccedilatildeo contem inuacutemeras informaccedilotildees sobre esfera celeste estrelas constelaccedilotildees e muito mais Vale a pena navegar por cada um deles e usufruir desse vasto conhecimento depositado na internet Clique no mouse e feliz navegaccedilatildeo

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dicas digitais

Kepler de Souza Oliveira Filho e Maria de Faacutetima Oliveira Saraiva (em portuguecircs)lt

Constelaccedilotildees httpastroifufrgsbrconsthtm pound3Coordenadas das Constelaccedilotildees httpastroifufrgsbrconst1htm |

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Sebastiaacuten Otero (em inglecircs) 1280(05) 1290 (06)

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Imagens de Constelaccedilotildees - httpdavidmalincomfujiifujii_indexhtmlDavid Malin (em inglecircs)Paacutegina com a coleccedilatildeo completa de Akira FujiiDMI

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revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 95

dicasdigitais

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The Constellations Web Page - httpwwwdibonsmithcomconstelhtmRichard Dibon-Smith (em inglecircs)

lsquo i - lsquoTabela com- alfabeto gregolsquohttpwwwdibonsmithcomgreekhtm

raquo bull i _ Tabela de dados estelares httpwwwdibonsmithcomdatahtm -1

^ Localizaccedilatildeo de objetos atraveacutes de binoacuteculos httpwwwdibonsmithcombinoc_tbhtm Graacuteficos de cosntej accedilotildees para o hemisfeacuterio sul httpwwwdibohsmithcomgraph_shhtmEsquema de todas as constelaccedilotildees httpwwwdibonsmithcomgraphicshtmV rsquo rsquo raquo bull

Orbita de 150 estrelas binaacuterias visuais httpwwwdibonsmithcomorbitshtm Nomes mitojoacutegicos das lsquoconstelaccedilotildeesrsquo httptowwdibonsmithcommythnamehtm kCataacutelogo Messier httpwwwdibonsmithcommessierhtm

Rosely Greacutegio eacute formada em Artes e Desenho pela UNAERP Grande difusora da Astronomia atualmenteparticipa de programas de observaccedilatildeo desenvolvidos no Brasil e exterior envolvendo meteoros cometasLua e recentemente o Solhttprgregioastrodatabasenethttprgregiositesuolcombrhttpmembersfortunecitycommeteor4indexhtmhttpgeocitiesyahoocombrrgregio2001httpwwwconstelacoeshpgcombr

96 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

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AstroHaEacutearteDigital

Eacute com grande satisfaccedilatildeo que a Revista macroCOSMOcom inaugura uma nova seccedilatildeo chamada ldquoAstro Arte Digitalrdquo O objetivo dessa seccedilatildeo eacute a de ser um local de exposiccedilotildees de arte digital sobre temas astronocircmicos dando para aqueles leitores que possuem talento artiacutestico uma oportunidade para exporem seus trabalhos Todos estatildeo convidados para participarem

Regulamento

1deg O tema eacute livre contato que aborde algum tema relacionado agrave Astronomia ou Ciecircncias afins2deg Podem participar artistas de todas as idades e de diferentes localidades do Brasil e Exterior 3deg Cada artista poderaacute enviar quantos trabalhos desejar4deg Os trabalhos deveratildeo ser gerados digitalmente no tamanho 950X640 pixels (300 dpi) e natildeo poderatildeo exceder o tamanho de 1 MB podendo ser utilizado qualquer programa de desenho e modelagem graacutefica Tambeacutem seratildeo aceitos trabalhos feitos a ldquomatildeo livrerdquo no tamanho A4 (297cm X 21 cm) sendo que estes deveratildeo ser enviados digitalizados no tamanho 950X640 pixels (300 dpi) 5deg Os trabalhos enviados deveratildeo possuir tiacutetulo descriccedilatildeo da imagem o nome completo do artista cidade estado e paiacutes onde reside e o nome dos programas que utilizou para a criaccedilatildeo da sua arte ou do material utilizado no caso da arte ter sido feita a ldquomatildeo livrerdquo6deg Os trabalhos deveratildeo ser enviados para o e-mail astroartedigitalrevistamacrocosmocom

7deg Todos os trabalhos recebidos passaratildeo por um criteacuterio de avaliaccedilatildeo e escolha Os melhores trabalhos seratildeo publicados nas ediccedilotildees da Revista macroCOSMOcom8deg Natildeo existem prazos para envio dos trabalhos A avaliaccedilatildeo para a escolha dos melhores trabalhos para publicaccedilatildeo soacute teraacute iniacutecio apenas quando atingirmos o nuacutemero miacutenimo de 20 trabalhos recebidos

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 97

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Ediccedilatildeo ndeg 13Dezembro de 2004

Ediccedilatildeo ndeg 14Janeiro de 2005

Ediccedilatildeo ndeg 15Fevereiro de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 16Marccedilo de 2004

Ediccedilatildeo ndeg 17Abril de 2005

Ediccedilatildeo ndeg 18Maio de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 19Junho de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 20Julho de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 21Agosto de 2005

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Page 5: Planetas ' * Extrasolaresacervoastronomico.org/acervo/MACROCOSMO/macrocosmo22.pdf · 2020. 2. 21. · provável a existência de vida em outros pontos do Universo. Somente no nosso

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Novos dados sobre Saturno espantam cientistas

Novos dados enviados pela sonda Cassini deixou os cientistas espantados com as agitadas nuvens de gaacutes de Saturno a beleza e turbulecircncia inesperada de seus aneacuteis e a diversidade de suas luas segundo uma conferecircncia celebrada nesta segunda-feira 5 de setem bro na Inglaterra

Em dezem bro a m issatildeo de trecircs bilhotildees de doacutelares enviou a sonda europeacuteia Huygens em um m ergulho suicida a Titatilde uma das luas de Saturno cuja bizarra fotoquiacutem ica - uma neacutevoa de metano e outros com postos de carbono - faz dela um dos corpos celestes mais intrigantes do sistem a

Uma das surpresas eacute a grande diversidade de nuvens na atm osfera profunda de Saturno ldquo Diferente da nebulosa extensa e grande fa ixa de nuvens vistas regularm ente na alta atm osfera de Saturno muitas das nuvens mais profundas parecem ser aspectos isolados localizadosrdquo disse Kevin Baines m em bro da equipe de m apeam ento espectrocircm etro visual e infraverm elho do Laboratoacuterio de Jato-Propulsatildeo da Nasa

ldquoElas aparecem em uma grande variedade de tam anhos e form as inclusive em form atos circular e oval de rosca e redem oinhosrdquo explicou Estas nuvens se encontram em uma parte profunda da atm osfera cerca de 30 km abaixo das nuvens mais altas norm alm ente vistas em Saturno

Segundo o Laboratoacuterio de Jato Propulsatildeo elas tam beacutem se com portam diferentem ente daquelas na parte m ais alta da atm osfera e se com potildeem de outros m ateriais Satildeo feitas de am ocircnio hidrosulfito ou aacutegua mas natildeo de am ocircnia o elem ento quiacutem ico geralm ente apontado na com posiccedilatildeo das nuvens mais altas A atm osfera turva e sufocante de Saturno tam beacutem eacute dom inada por enorm es tem pestades de relacircm pagos do tam anho de um continente terrestre Um evento catacliacutesm ico registrado pelas cacircm eras da Cassini foi batizado de ldquoTem pestade Dragatildeordquo (Dragon Storm ) porque a sua form a lembrou a de um dragatildeo explicou Matson

Longe de ser uma regiatildeo de tranquumlilidade e constacircncia os fragm entos rochosos dos sete aneacuteis de Saturno colidem e se separam dom inados pela forccedila da gravidade do planeta e rasgados pela passagem das luas O anel A - o mais externo - ldquoeacute acim a de tudo espaccedilo vaziordquo pois os fragm entos se aglom eraram foram separados e entatildeo voltaram a se reunir graccedilas agrave forccedila de gravidade do planeta Parte do anel D - o mais proacutexim o do planeta - se tornou opaco e m oveu-se para dentro na direccedilatildeo de Saturno por cerca de 200 km desde que foi observado pela Voyager em 1980 e 1981

O sistem a dos aneacuteis ldquoeacute uma regiatildeo absolutamente dinacircmica Os aneacuteis estatildeo constantemente se movendo com a interaccedilatildeo da gravidade e possivelm ente de cam pos m agneacuteticosrdquo disse Carolyn Porco do Instituto de C iecircncia Espacial de Boulder Colorado

Outra grande surpresa eacute que um anel espiral envolve o planeta com o uma mola Este ldquobraccedilo esp ira lrdquo existe em torno do anel F e poderia ser a consequumlecircncia de luas que elas proacuteprias atraiacutedas pela gravidade de Saturno liberaram algum tipo de material Esta descoberta levantou a questatildeo de que o anel F poderia ser instaacutevel ou ateacute m esm o te r vida curta

Quanto agraves 46 luas de Saturno a Enceladus se uniu agrave Titatilde com o fonte de especulaccedilotildees sobre com o foram form adas um processo que lanccedila luz sobre o nascim ento da Terra e outros planetas rochosos que orbitam perto do Sol O poacutelo sul deste sateacutelite coberto de gelo eacute raiado com fendas profundas e longas apelidadas de ldquo listras de tig rerdquo

Sensores teacuterm icos m ostram que esta aacuterea eacute um ponto quente em bora ainda muito frio para os padrotildees da Terra e com uma atm osfera localizada de vapor d rsquoaacutegua A ideacuteia eacute que possa existir ali sob a superfiacutecie um oceano quente Mas com o isto teria acontecido Teoricam ente a Enceladus eacute m uito pequena para desenvolver calor interno suficiente para fazer isto A conferecircncia de cinco dias reuacutene ateacute sexta-feira membros da Sociedade Am ericana de Astronom ia e da Sociedade Real Britacircnica de Astronom ia

AFP

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macroNOTIacuteCIAS

1deg astronauta brasileiro iraacute ao espaccedilo em abril

A primeira missatildeo de um astronauta brasileiro no espaccedilo seraacute em abril de 2006 A Agecircncia Espacial Brasileira (AEB) deve fechar nos proacuteximos dias um contrato com a agecircncia espacial russa para o envio do tenente-coronel Marcos Pontes agrave Estaccedilatildeo Espacial Internacional numa missatildeo da espaccedilonave Soyuz Pontes deve iniciar ainda este mecircs o treinamento na Ruacutessia Desde 1998 ele se prepara para uma missatildeo especial na Nasa (agecircncia espacial americana)

De acordo com o presidente da Agecircncia Espacial Brasileira Seacutergio Gaudenzi a missatildeo deve durar de uma a duas semanas Pontes vai levar 15 quilos de material de universidades e empresas brasileiras como a Petrobras para experimentos no espaccedilo

Aleacutem de trabalhar com as experiecircncias brasileiras Pontes deveraacute realizar tarefas especiacuteficas para a Estaccedilatildeo Espacial Internacional que ainda natildeo foram definidas Na estaccedilatildeo o astronauta deveraacute ter um canal especial de voz e viacutedeo para manter contato com o Brasil durante a missatildeo

Cometa Tempel 1 eacute soacute uma bola de neve dizem cientistas

O cometa Tempel 1 que no dia 4 de julho recebeu o impacto de um projeacutetil lanccedilado da sonda Deep Impact (Impacto Profundo) eacute soacute uma enorme bola de neve que vaga pelo espaccedilo revelaram hoje cientistas que participaram da elaboraccedilatildeo da missatildeo ldquoEm sua maior parte o cometa eacute muito poroso e estaacute vazio Em toda sua estrutura eacute formado por pequenos gracircnulos de gelordquo destacou Michael ArsquoHearn especialista da Universidade de Maryland numa teleconferecircncia

Os resultados do primeiro estudo feito de maneira direta sobre a estrutura de um cometa seratildeo publicados na revista Science ldquoO cometa eacute incrivelmente fraacutegil Tem menos densidade que uma bola de neverdquo disse ArsquoHearn

A sonda Deep Imapct partiu em direccedilatildeo ao cometa em janeiro de 2005 e 172 dias depois disparou um projeacutetil equipado com cacircmeras fotograacuteficas e instrumentos contra o corpo celeste Na colisatildeo um dos experimentos cientiacuteficos mais precisos realizados ateacute hoje foi observada por mais de 70 telescoacutepios na Terra pelos observatoacuterios espaciais da Nasa e pela sonda Rosetta da Agecircncia Espacial Europeacuteia

O estudo da estrutura do cometa foi motivado principalmente pela crenccedila de que estes corpos carregam os primeiros materiais da criaccedilatildeo do sistema solar Os cientistas destacaram que a anaacutelise do material lanccedilado pelo impacto identificou uma grande quantidade de moleacuteculas de carvatildeo Isto faz supor que outros cometas como o Tempel contecircm uma quantidade substancial de material orgacircnico e que este possivelmente chegou agrave Terra quando o impacto de asteroacuteides e meteoritos era algo comum disseram os cientistas

Na seacuterie de artigos que a Science publicaraacute os cientistas destacam que a anaacutelise da informaccedilatildeo recebida confirma que o cometa eacute um exemplar tiacutepico dos cometas da famiacutelia do planeta Juacutepiter

EFE

Primeiro Asteroacuteide com sateacutelites eacute descoberto

Astrocircnomos Americanos anunciaram hoje terem descoberto sateacutelites orbitando um grande asteroacuteide A descoberta na verdade eacute de trecircs asteroacuteides com orbitas que se parecem a planetas com sateacutelites

O grupo de asteroacuteides chamado 87 Sylvia eacute um dos maiores asteroacuteides que orbitam o sol entre Marte e Jupiter tem o formato de uma batata com 280 quilocircmetros de diacircmetro Ele foi descoberto em 1866

A primeira lua foi descoberta quatro anos atraacutes a segunda foi anunciada hoje

Seacutergio A Caixeta | Astronomus Brasilissca ixeta ibestcom br

6 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

Pergunte aosAstros

Qual a configuraccedilatildeo miacutenima de um telescoacutepio para observar com detalhe os planetas do Sistema Solar

Denis 20 anos ManausAM

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3 uuml -

Denis a olho nu eacute possiacutevel observar 5 ou 6 planetas (Mercuacuterio Vecircnus MarteJuacutepiter Saturno eou Urano) como sendo um ponto luminoso semelhante a uma estrela Urano eacute o sexto e uacuteltimo que pode ser visiacutevel a olho nu na magnitude limite do olho a depender da acuidade visual de cada observador Tambeacutem conseguimos observar e diferenciar a cor e o brilho destes planetas

Com um bom binoacuteculo 10x50 jaacute podemos distinguir a forma ovalada de Saturno e vemos a sua lua Titatilde Tambeacutem observamos o disco de Juacutepiter e suas 4 luas galileanas aleacutem das fases de Vecircnus Comeccedilamos a observar Netuno como uma pequena estrela

Com uma pequena luneta de 50 mm de abertura e 50 x podemos separar os aneacuteis de Saturno do corpo do planeta (os aneacuteis ainda visiacuteveis como se fosses um uacutenico anel) ver dois cinturotildees de Juacutepiter e observar as fases de Mercuacuterio

Aumentando para um telescoacutepio de 120mm observamos com 100 x ou mais a calota polar de Marte e manchas na sua superfiacutecie mais cinturotildees e detalhes das nuvens de Juacutepiter e a Grande Mancha Vermelha Tambeacutem distinguimos os aneacuteis A B a C de Saturno a divisatildeo de Cassini entre o A e o B uma ou outra faixa no planeta e mais 4 ou 5 luas Comeccedilamos a ver o pequeno disco de Urano e Netuno ainda continua um pequeno ponto

Com aberturas maiores que 300 mm comeccedilamos a observar alguma alteraccedilatildeo de tonalidade em Urano em funccedilatildeo da presenccedila ou natildeo de nuvens mas de Netuno apenas o pequeno disco Comeccedilamos a observar Plutatildeo como um ponto

Somente grandes telescoacutepios conseguem observar detalhes das superfiacutecies de Urano e Netuno

Para estas observaccedilotildees se supotildee o uso de instrumentos de qualidade em noite de ceacuteu limpo escuro e sem turbulecircncia Para observaccedilatildeo de detalhes de planetas usamos a maior ampliaccedilatildeo que o instrumento pode fornecer ainda com qualidade de imagem por isso a importacircncia da qualidade do instrumento e do ceacuteu (condiccedilotildees atmosfeacutericas) A maior ampliaccedilatildeo que um instrumento pode fornecer eacute aproximadamente igual a sua abertura em miliacutemetros vezes 25 (exemplo uma luneta de 60mm fornece no maacuteximo 150x um telescoacutepio de 200mm 500x) Estas observaccedilotildees ainda requerem um certo treino do olho do observador Natildeo espere observar tudo isso (nem metade disso) com qualquer luneta barata em qualquer noite e dentro de uma cidade com toda a sua poluiccedilatildeo luminosa

Por ldquoZecarsquo Joseacute Agustoni | Revista macroCOSMOcomagustoniyahoocom

Para enviar suas duacutevidas astronocircmicas para a seccedilatildeo ldquoPergunte aos astrosrdquo envie um e-mail para pergunterevistamacrocosmocom acompanhado do seu nome idade e cidade onde reside As questotildees poderatildeo ser editadas para melhor compreensatildeo ou limitaccedilatildeo de espaccedilo

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Pergunte aosAstros

CP

V Resido em Campo MouratildeoPR distante de 100 km de Maringaacute que eacute cortada pela linha do Troacutepico de Capricoacuternio Gostaria de saber como utilizar um mapa estelar para localizar as Trecircs Marias aleacutem

3 I de identificar e gravar as principais constelaccedilotildees e suas estrelasQuais satildeo os melhores livros recomendados para introduccedilatildeo da

-Astronomia Amadora

Sidney Kuerten 18 anos Campo MouratildeoPR

Sidney os softwares planetaacuterios satildeo oacutetimas ferramentas para explorar o ceacuteu Satildeo muitas vezes freewares que mostram o ceacuteu como ele eacute visto das coordenadas

de suas localidade e na hora que desejares observar Um muito bom e gratuito eacute o ldquoCartes du Cielrdquo (possui a versatildeo em portuguecircs do Brasil)

httpwwwstargazingnetastropcdownloadhtml irsquo Faccedila o download do pacote baacutesico (satildeo 14 MB) e efetue a instalaccedilatildeo Quando

for solicitado insira as coordenadas de sua cidade e o fuso horaacuterio correspondente Para comeccedilar a localizar as constelaccedilotildees e suas principais estrelas imprima mapas das dias e horaacuterios que pretende observar Nesta eacutepoca por volta das 20h (horaacuterio de Brasiacutelia) observar uma estrela brilhante e avermelhada bem no alto do ceacuteu (no zecircnite) Antares que faz parte da constelaccedilatildeo do Escorpiatildeo Partindo desta estrela vai perceber uma sequumlecircncia de estrelas indo para o sul e depois para o oeste que fazem uma forma de gancho de quase um palmo de extensatildeo (meccedila com o braccedilo extendido) simbolizando a cauda com o ferratildeo do Escorpiatildeo A partir daiacute vocecirc teraacute a referecircncia de tamanho e posiccedilatildeo para as demais constelaccedilotildees que estejam ao redor Eacute a melhor maneira de identificar as constelaccedilotildees

As ldquoTrecircs Mariasrdquo fazem parte da constelaccedilatildeo de Oacuterion que nesta eacutepoca comeccedila a ser visiacutevel pouco antes do amanhecer no leste A melhor eacutepoca para vecirc-las eacute

mdash-o veratildeoPara os iniciantes na Astronomia um livro recomendado eacute o ldquoManual do

Astrocircnomordquo do Ronaldo Rogeacuterio Mouratildeo que caso vocecirc natildeo encontre em sua cidade poderaacute encomenda-lo pela internet em alguma livraria virtual

Na internet vocecirc pode encontrar muito material pesquisando em sites de busca por ldquoastronomia amadorardquo Outras sugestotildees satildeo os grupos virtuais de discussatildeo sobre Astronomia Um bastante conhecido eacute o Urania_BR aberto a todos

bull interessados em discutir sobre todos assuntos relacionado com a Astronomia httpbrgroupsyahoocomgroupurania_br

Por ldquoZecarsquo Joseacute Agustoni | Revista macroCOSMOcom agustoniyahoocom

Para enviar suas duacutevidas astronocircmicas para a seccedilatildeo ldquoPergunte aos astrosrdquo envie um e-mail para pergunterevistamacrocosmocom acompanhado do seu nome idade e cidade onde reside As questotildees poderatildeo ser editadas para melhor compreensatildeo ou limitaccedilatildeo de espaccedilo

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macroEVENTOS m

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Participantes atentos agraves palestras do XXI Encontro da SAB

XXXI Encontrod a C A D

REUNINDO TRABALHOS DE ASTRONOMIA DE TODO BRASIL W I l V

Fernanda Calipo | Revista macroCOSMOcom fecalipohotmailcom

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Aacuteguas de LindoacuteiaSP foi o ponto de encontro de 295 congressistas que participaram do XXXI Encontro da SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira realizada de 31 de julho a 4 de agosto no Vacance Hotel

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REacutesmacroEVENTOS]

Foram 280 trabalhos divididos em 50 orais e 230 pocircsteres dos quais parte das pesquisas em Astronomia se concentram nas aacutereas de Astrofiacutesica Estelar Astronomia Extragalaacutetica Meio Interestelar Sistema Solar Instrumentaccedilatildeo A strom etria e A stronom ia D inacircm ica Eacute importante ressaltar a crescente demanda de trabalhos observacionais e sobre Ensino Histoacuteria e Divulgaccedilatildeo de Astronomia que receberam um destaque especial no Encontro com uma tarde exclusiva para apresentaccedilotildees orais somente sobre temas afins

Natildeo podemos deixar de citar que Naelton Mendes de Arauacutejo (RJ) redator da Revista m acroCOSMOcom apresentou um pocircster sobre algum as iniciativas da d ivulgaccedilatildeo astronocircm ica entre e las a R evis ta macroCOSMOcom ldquoUracircnia ENAST e Revista macroCOSMOcom experiecircncias virtuais em divulgaccedilatildeo cientiacuteficardquo

A SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira foi fundada em 1974 pela com unidade de astrocircnomos brasileiros e desde entatildeo tem promovido reuniotildees anuais para discussotildees de trabalhos cientiacuteficos aleacutem da promoccedilatildeo de simpoacutesios reuniotildees de trabalho e servir de contato com os oacutergatildeos vinculados agrave pesquisa no paiacutes A tu a lm en te a SAB conta com ap rox im ad am en te 400 soacutecios D estes aproximadamente 200 satildeo portadores do tiacutetulo de Doutor em Ciecircncias ou estatildeo em vias de obter a titulaccedilatildeo

ldquoA Reuniatildeo Anual da SAB eacute o evento mais importante da Astronomia Brasileira Uma oportunidade iacutempar para que seus membros divulguem seus trabalhos e possam discutir tem as de interesse geral da com unidade astronocircmica Para os astrocircnomos jovens ainda em form accedilatildeo trata-se de uma excelente

Prof Liacutecio da Silva presidente da SAB

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Naelton Mendes de Araujo expondo seu trabalho sobre divulgaccedilatildeo astronocircmica virtuais destacando o trabalho da lista de discussatildeo Uracircnia Brasil os ENASTs (Encontros Nacionais de Astronomia) e a Revista MacroCOSMOcom

oportunidade para interagir com colegas mais experientesrdquo afirma o presidente da SAB Prof Dr Licio da Silva (ONMCT)

As reuniotildees da SAB tecircm como objetivos principais como a apresentaccedilatildeo e discussatildeo de trabalhos de pesquisa em andamento no paiacutes aleacutem de temas atuais de interesse da comunidade tais como a poliacutetica cientiacutefica do paiacutes a implantaccedilatildeo de novos te lescoacute p io s o d esenvo lv im ento de instrumentaccedilatildeo para os telescoacutepios jaacute existentes entre outros Outro objetivo eacute a reciclagem de conhecim entos a traveacutes da rea lizaccedilatildeo de conferecircncias de revisatildeo ou simpoacutesios sobre temas especiacuteficos Aleacutem da oportunidade do intercacircmbio de inform accedilotildees com os colegas da aacuterea os congressitas tiveram a oportunidade de participarem de conferecircncias dos mais variados temas inclusive internacionais entre elas

- ldquoA aurora da astrofiacutesica oacuteptica brasileirardquo Carlos Alberto Torres (LNA)

- ldquoThe Square Kilometer Array (SKA)rdquo Richard Schilizzi (International SKA Project Director Dwingeloo The Netherlands)

- ldquoSituaccedilatildeo da mulher na Astronomia brasileirardquo Adriana V R Silva (CRAAMMackenzie)

- ldquoStatus of SOAR and first sciencerdquo SO Kepler (IFUFRG S amp SOAR Telescope)

- ldquoCosmic magnetic fieldsrdquo Elisabete M G dal Pino (IAGUSP)

- ldquoInstrumentaccedilatildeo para o telescoacutepio G EM IN Irdquo Claacuteudia Mendes de Oliveira (IAGUSP)

- ldquoSimulating stellar photometric surveys with the TR ILEG A L coderdquo Leo Girardi (Observatoacuterio Astronocircmico di Trieste-INAF Itaacutelia)

- ldquoO sateacutelite CoRoT dia D menos um anordquo Eduardo Janot Pacheco (IAGUSP)

Paralelo agrave programaccedilatildeo do Encontro a CESAB - Comissatildeo de Ensino da SAB realizou mini-cursos para mais de 50 professores da regiatildeo como forma de estiacutemulo a reciclagem e capacitaccedilatildeo jaacute que a maioria tem formaccedilatildeo em outras aacutereas de exatas ou ciecircncias

CONTATOSSOCIEDADE ASTRONOcircMICA BRASILEIRAhttpwwwsab-astroorgbrRua do Matatildeo 1226 Cidade Universitaacuteria05508-900 Satildeo Paulo SPTel 011 3091 27 05 FAX 011 3091 28 60E-mail secretsab-astroorgbr

Fernanda Calipo Cossia eacute Jornalista publicitaacuteria locutora de raacutedio assessora de comunicaccedilatildeo e poacutes graduada em relaccedilotildees Puacuteblicas Trabalhou 5 anos na Universidade Metodista de Satildeo Paulo e acumulou experiecircncias para hoje atuar na aacuterea de assessoria de comunicaccedilatildeo para os mais diversos segmentos Atualmente ela dedica-se agrave especializaccedilatildeo na aacuterea de jornalismo cientiacutefico

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ISS - A Estaccedilatildeo EspacialInternacional

Daniel Bins | Cosmonaacuteutica binsbrgmailcom

A Estaccedilatildeo Espacial Internacional - ISS (International SpaceStation) eacute um projeto multinacional composto por 16 paiacuteses Estados Unidos Ruacutessia Japatildeo Canadaacute Dinamarca Noruega Beacutelgica Holanda Franccedila A lem anha Espanha Inglaterra Sueacutecia Suiacuteccedila e Brasil com um custo estim ado de 60 bilhotildees de doacutelares

A ideacute ia de c o n s tru ir um a e s ta ccedilatilde o e sp a c ia l in te rn a c io n a l su rg iu inicialmente no governo de Ronald Reagan durante os anos 80 e chamava- se Freedom (Liberdade) Posteriormente com a queda da Uniatildeo Sovieacutetica iniciou-se uma colaboraccedilatildeo entre os dois antigos rivais e em 1993 o projeto passou a se cham ar Alpha Posteriorm ente foi rebatizado com o ISS para dar uma aparecircncia m ultinacional para o nome da estaccedilatildeo

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DAS PRANCHETAS PARA O ESPACcedilO

A ISS comeccedilou a sair do papel com o projeto Shuttle-Mir A construccedilatildeo da ISS foi dividida em trecircs partes

Fase I (1994-1997) Os astronautas americanos fariam parte das tripulaccedilotildees da estaccedilatildeo espacial russa Mir sendo conhecido como projeto Shuttle- Mir Em junho de 1995 o ocircnibus espacial Atlantis na missatildeo STS-71 acoplou com a Mir Foi a segunda vez que uma nave americana acoplou com uma nave russa A partir daiacute no periacuteodo de 1 995 a 1 9 9 8 vaacuterias m issotildees a m erican as acoplaram na estaccedilatildeo russa e os astronautas americanos passaram a fazer parte das tripulaccedilotildees

da Mir Estes intercacircmbios tinham como objetivo os preparativos para a construccedilatildeo da estaccedilatildeo espacial internacional O recorde de permanecircncia no espaccedilo americano foi obtido pela astronauta Shannon Lucid que ficou 188 dias no espaccedilo dentro da estaccedilatildeo Mir em 1996 O moacutedulo Spektr foi utilizado como moacutedulo de habitaccedilatildeo pelos astronautas americanos O astronauta Norman Thagard foi o primeiro americano a decolar numa nave russa fazendo parte da missatildeo Soyuz TM- 21 em 1995 Da m esm a form a os russos passaram a fazer parte das tripulaccedilotildees dos ocircnibus espaciais americanos O primeiro deles foi Serguei Krikalev que fez parte da tripulaccedilatildeo do STS-60 em 1994

A experiecircncia ShuttleMIR

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Fase II (1997-1999) Iniacutecio da construccedilatildeo e estabelecimento de uma estrutura miacutenima para 3 astronautas A estaccedilatildeo comeccedilaria a ser habitada quando o moacutedulo de serviccedilo estivesse em oacuterbita

Fase III (1999-2002) Teacutermino da construccedilatildeo da estaccedilatildeo com a chegada do moacutedulo de habitaccedilatildeo e dos moacutedulos cientiacuteficos

Como podemos ver a fase 3 do projeto continua Os atrasos motivados pela crise econocircmica russa e pelo acidente do ocircnibus espacial Coluacutembia atrasaram consideravelmente o teacutermino da estaccedilatildeo

Os astronautas americanos passaram mais de1000 dias a bordo da estaccedilatildeo Mir Como resultado dezenas de sugestotildees foram implementadas para a construccedilatildeo da ISS Poreacutem muitos comentaacuterios negativos foram feitos Veja alguns deles

- Deveria existir um melhor suporte para os experimentos cientiacuteficos

- A agenda diaacuteria deveria ser feita pelo controle em terra e natildeo pela tripulaccedilatildeo

- O lixo e o armazenamento foram considerados um problema Um inventaacuterio de todo o equipamento com a sua localizaccedilatildeo deveria ser providenciado

- Para trabalhar de forma segura seria necessaacuterio uma melhor compreensatildeo do idioma russo Foi sugerido a utilizaccedilatildeo exclusiva do inglecircs para as tarefas na ISS

- Os astronautas am ericanos receberam treinamento limitado para reparos

- Eles receberam treinamento para serem passageiros e natildeo pilotos das naves Soyuz

- As atividades cientiacuteficas americanas foram limitadas devido a problemas de comunicaccedilatildeo com as equipes de controle em terra

- Natildeo existia comunicaccedilatildeo ldquohorizontalrdquo entre as organizaccedilotildees russas As inform accedilotildees iam diretamente de uma organizaccedilatildeo a outra sem as demais tomarem conhecimento

- Os astronautas americanos natildeo estavam satisfeitos com a comunicaccedilatildeo entre os membros da tripulaccedilatildeo e o controle em Terra

- A comunicaccedilatildeo entre a estaccedilatildeo e o controle em terra tinha seus defeitos Era impossiacutevel falar e ouvir outras pessoas durante uma videoconferecircncia

- A Ruacutessia limitou o acesso aos detalhes teacutecnicos sobre a estrutura da Mir Soyuz e Progress incluindo-se s istem as eleacutetricos mecacircnicos e sistemas de suporte vitais

- Os cosmonautas recebiam um bocircnus de1000 doacutelares a mais por cada tarefa considerada perigosa como uma saiacuteda no espaccedilo um mecircs a mais na estaccedilatildeo ou um acoplamento feito de form a m an u a l Is to seg u n do a N A SA aum entaria o risco ao qual os astronautas am ericanos estariam expostos dentro da estaccedilatildeo A colisatildeo com um cargueiro Progress em 1997 ocorreu devido a um erro durante um acoplamento manual

O INICIO DA CONSTRUCcedilAtildeO

O primeiro moacutedulo o russo Zarya financiado pelos Estados Unidos foi lanccedilado em novembro de 1998 O moacutedulo seguinte o norte americano Unity foi enviado em dezembro de 1998 Para levar o moacutedulo Zarya ao espaccedilo foi utilizado um foguete Proton Para levar o Unity foi utilizado um ocircnibus espacial americano

A estaccedilatildeo foi colocada numa oacuterbita terrestre baixa em torno de 300 km de altura com inclinaccedilatildeo de 516 graus Este grau de inclinaccedilatildeo eacute bem maior que o do ocircnibus espacial e foi utilizado por causa dos russos devido ao local de lanccedilamento das naves Como a maioria era lanccedilada do Casaquistatildeo que era a repuacuteblica mais ao sul da URSS o caminho

dos foguetes natildeo atravessava nem a Mongoacutelia nem a China Isso quer dizer que em caso de falhas os foguetes cairiam dentro do territoacuterio sovieacutetico e natildeo nos paiacuteses vizinhos Como consequumlecircncia disso os foguetes russos utilizam sua maacutexima capacidade enquanto isso o ocircnibus espacial precisa gastar mais combustiacutevel para atingir a estaccedilatildeo

Um intervalo de 1 ano e meio ocorreu ateacute a chegada do proacuteximo componente o moacutedulo de habitaccedilatildeo russo Zvezda apenas enviado em julho de 2000 devido a dificuldades financeiras russas e a defeitos no foguete Proton durante o ano de 1999 O Zvezda originalmente tinha sido planejado para substituir a estaccedilatildeo espacial Mir sendo muito parecido com ela

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A configuraccedilatildeo atual da ISS

Estando o moacutedulo de serviccedilo acoplado agrave estaccedilatildeo comeccedilou a ocupaccedilatildeo da mesma sendo a primeira tripulaccedilatildeo transportada numa nave Soyuz e a partir daiacute as demais tripulaccedilotildees foram transportadas pelos ocircnibus espaciais Periodicamente os russos lanccedilariam naves Soyuz pois a vida uacutetil de cada uma eacute de 6 meses Isso permaneceria assim ateacute o acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia

Para abastecer a estaccedilatildeo satildeo utilizados ocircnibus espaciais americanos e naves cargueiras russas Progress Enquanto se estaacute na fase de construccedilatildeo a tripulaccedilatildeo eacute de 3 tripulantes mas se espera que ao concluir a estaccedilatildeo possa abrigar 6 tripulantes

Os lanccedilamentos satildeo feitos desde o coacutesmodromo de Baikonur e desde Cabo Canaveral na Floacuterida O controle das missotildees eacute feito desde Houston no Texas e desde Korolev proacuteximo a Moscou Os norte- am ericanos possuem sateacutelites que permitem

comunicaccedilatildeo 24 horas e os russos utilizavam o mesmo recurso na eacutepoca da Mir Atualmente a comunicaccedilatildeo eacute obtida quando a estaccedilatildeo estaacute sobre a aacuterea de cobertura das estaccedilotildees de comunicaccedilatildeo russas

No final de 2000 foram acrescentadas as estruturas Z1 Truss P6 Truss paineacuteis solares PVA A primeira tripulaccedilatildeo chegou no final de outubro

Em 2001 a estaccedilatildeo recebeu o moacutedulo cientiacutefico Destiny o braccedilo robocirc canadense o Airlock e o Docking Compartment russo Pirs aleacutem da parte central da larga estrutura de segmentos o S0 T russ Em 08 de outubro de 2001 os cosmonautas Vladimir Dezhurov e Mikhail Tyurin se tornaram os primeiros tripulantes a conduzir uma caminhada espacial fora da estaccedilatildeo espacial internacional O primeiro cientista a bordo foi a bioquiacutemica Peggy Whitson da NASA

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No ano seguinte foi a vez de receber mais segmentos o S1 e o P1 O acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia em fevereiro de 2003 paralisou momentaneamente a montagem do complexo que em grande parte depende dele

Mesmo em construccedilatildeo a ISS recebeu a visita de 2 turistas a bordo de naves Soyuz russas O primeiro foi o norte americano Dennis Tito em 2001 e o segundo foi o sul africano Mark Shuttleworth em 2002 Eles ficaram 7 dias no espaccedilo e pagaram 20 milhotildees de doacutelares pela viagem Dennis Tito tinha pagado para ir a estaccedilatildeo espacial Mir mas como ela foi derrubada em marccedilo de 2000 os russos o levaram ateacute a ISS Outros vocircos com turistas foram suspensos devido ao acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia

Com o novo governo americano do presidente Bush e o acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia a ISS sofre alguns cortes onde o moacutedulo de habitaccedilatildeo o moacutedulo de propulsatildeo e o CRV (Crew Return Vehicle) foram cancelados O plano do governo americano eacute concluir sua parte quando o moacutedulo Node 2 for entregue pois ele permite o acoplamento dos moacutedulos do Japatildeo e da Europa As centriacutefugas originalmente planejadas tiveram o mesmo destino A uacuteltima revisatildeo do projeto da estaccedilatildeo foi feita em julho de 2004

Os cortes foram causados pelo novo rumo adotado pelo governo americano em querer um programa de exploraccedilatildeo marciana mais robusto e que natildeo estaacute disposto a pagar pelos custos extras da estaccedilatildeo Os custos extras se devem a muitos fatores como a demora no lanccedilamento do moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda atrasado em 1 ano e os constantes aumentos no preccedilo da construccedilatildeo dos moacutedulos americanos

Com isso a utilizaccedilatildeo cientiacutefica da ISS fica comprometida pois para se desenvolver trabalhos seacuterios seria necessaacuterio uma tripulaccedilatildeo maior Atualmente apenas 3 astronautas podem ocupar a estaccedilatildeo pois eacute o maacuteximo que as caacutepsulas Soyuz com portam Se mais uma caacutepsula fosse disponibilizada entatildeo a tripulaccedilatildeo poderia ser aumentada para 6 pessoas Isso implica numa maior participaccedilatildeo dos russos no projeto

Poreacutem devido ao acidente com o ocircnibus espacial a tripulaccedilatildeo teve que ser reduzida a duas pessoas Desta forma a quantidade de lanccedilamentos de

cargueiros de reabastecimento Progress pode ser mantida A cada 3 meses os russos lanccedilam um sateacutelite cargueiro natildeo tripulado levando comida aacutegua combustiacutevel e equipamentos para a estaccedilatildeo Com uma tripulaccedilatildeo de 3 a periodicidade dos vocircos deveria ser maior o que acarretaria maiores custos para os russos

As tripulaccedilotildees atuais permanecem 6 meses na estaccedilatildeo Antes do acidente em media uma tripulaccedilatildeo permanecia entre 3 e 4 meses no espaccedilo

O CRV seria um ocircnibus espacial em miniatura que seria utilizado apenas em caso de emergecircncia para a tripulaccedilatildeo da ISS abandonar a estaccedilatildeo e retornar em seguranccedila para a Terra Jaacute o moacutedulo de propulsatildeo foi projetado pensando-se na possibilidade do fracasso do moacutedulo russo Zvezda mas natildeo foi concluiacutedo Para retornar agrave Terra em caso de emergecircncia utilizam-se as naves russas Soyuz

Apesar da Ruacutessia gastar o equivalente a 6 do custo total do projeto ela vai ter direito a utilizar 30 dos recursos da estaccedilatildeo Isso se deve ao custo de construccedilatildeo dos moacutedulos que eacute bem menor que nos EUA e agrave forma de lanccedilamento Um foguete Proton custa em torno de 50 milhotildees de doacutelares Um lanccedilamento do ocircnibus espacial implica em gastos de 500 milhotildees de doacutelares O total de moacutedulos e componentes da estaccedilatildeo eacute de 36 A parte russa eacute composta de 11 moacutedulos Destes provavelmente 2 teratildeo ajuda da iniciativa privada e 1 foi financiado pelos EUA (Zarya)

A PARTE DE CADA UM

A parte que seraacute construiacuteda pelos Estados Unidos inclui o moacutedulo cientiacutefico Destiny Z1 Truss Node 1 (Unity) e Node 2 uma estrutura metaacutelica de 96 metros de comprimento composta de 10 segmentos para acomodar os paineacuteis solares e o Airlock Para colocar sua parte no espaccedilo os norte americanos utilizaratildeo seus 3 ocircnibus espaciais (Discovery Atlantis e Endeavour) O Coluacutembia era o uacutenico da frota que natildeo estava preparado para acoplar com a estaccedilatildeo espacial O custo da parte norte americana deve ser no miacutenimo de 11 bilhotildees de doacutelares

A parte russa da estaccedilatildeo seraacute composta por um moacutedulo de comando e controle (Zvezda) que seraacute utilizado como habitaccedilatildeo durante a construccedilatildeo da estaccedilatildeo 2 moacutedulos cientiacuteficos baseados nas naves

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Soyuz 1 moacutedulo de carga (Zarya financiado pelos Estados Unidos) um moacutedulo com vaacuterios pontos de acoplamento chamado Universal Docking Module 2 docking compartments uma nave Soyuz de emergecircncia para abandonar a estaccedilatildeo enquanto ela estiver em construccedilatildeo uma estrutura para acomodar os paineacuteis solares chamada Scientific Power Plataform e talvez 2 moacutedulos comerciais feitos em parceria com as empresas norte americanas Boeing e Spacehab e as russas Energia e Khrunichev Os russos utilizaratildeo suas naves Soyuz para transportar os cosmonautas e as naves autom aacuteticas P rogress M para reabastecer a estaccedilatildeo

D evido a restriccedilotildees o rccedilam en taacuterias os componentes do segmento russo podem sofrer reduccedilotildees ou ateacute ser excluiacutedos da configuraccedilatildeo final da estaccedilatildeo Com o acidente do ocircnibus espacial os americanos poderiam comprar naves russas Soyuz ou mais cargueiros Progress para suprir melhor a estaccedilatildeo Entretanto isso natildeo eacute possiacutevel pois existe uma lei americana que impede a NASA e outras empresas norte americanas de comprar tecnologia russa Isto ocorreu porque a Ruacutessia facilitou tecnologia nuclear para o Iratilde uma naccedilatildeo considerada do Eixo do Mal

A parte da Agecircncia Espacial Europeacuteia inclui um laboratoacuterio cientiacutefico um pequeno braccedilo robocirc a ser instalado no segmento russo e naves automaacuteticas de reabastecimento que acoplaratildeo no moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda Ao total o custo estimado da participaccedilatildeo europeacuteia eacute de 47 bilhotildees de doacutelares

As naves de carga automaacuteticas europeacuteias se chamaratildeo ATV e seratildeo lanccediladas por foguetes Ariane-5 da base de Kourou na Guiana Francesa

A parte japonesa inclui 1 laboratoacuterio cientiacutefico com uma plataforma para experimentos fora da estaccedilatildeo ao custo total de 31 bilhotildees de doacutelares

O Canadaacute iraacute fornecer um braccedilo robocirc de 18 metros de comprimento e uma estrutura composta de trilhos para deslocar o braccedilo pela estrutura metaacutelica da estaccedilatildeo O custo da contribuiccedilatildeo canadense eacute de 1 bilhatildeo de doacutelares

A Itaacutelia construiu 3 moacutedulos logiacutesticos denominados MPLM (Multi Purpose Logistics Module) batizados Leonardo Rafaello e Donatello ao custo de 550 milhotildees de doacutelares Em troca dos moacutedulos a Itaacutelia poderaacute mandar seus astronautas para a estaccedilatildeo

O Brasil inicialmente iria construir paletas para colocar experimentos fora da estaccedilatildeo (Express Palet) ao custo de 120 milhotildees de doacutelares Cada paleta com peso de 1 tonelada e vida uacutetil estimada de 10 anos poderia levar 6 cargas de 225 Kg Tambeacutem teria um astronauta proacuteprio o tenente aviador Marcos Cesar Pontes que foi treinado para subir para a estaccedilatildeo atraveacutes do ocircnibus espacial e foi escolhido em 1998 Poreacutem devido a problemas orccedilamentaacuterios a participaccedilatildeo do Brasil foi reduzida a 21 equipamentos menores que seratildeo construiacutedos sem custo pelo SESI Quanto ao astronauta brasileiro foram feitas negociaccedilotildees com a agecircncia espacial russa para enviar Marcos Pontes em uma nave Soyuz em abril de 2006

Astronauta brasileiro Marcos Pontes escalado para a 13deg expediccedilatildeo agrave ISS conforme acordo

brasilerio com a Agecircncia Espacial Russa

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TRIPULACcedilOtildeES DA ISS

1deg Expediccedilaotilde31-10-2000Baikonur

O primeiro grupo permanente enviado agrave ISS foi transportado pela Soyuz TM -31 e composto pelo comandante norte americano Bill Sheperd e pelos russos Yuri Gidzenko e Serguei Krikalev Esta missatildeo preparou seus sistemas para utilizaccedilatildeo permanente e recebeu os primeiros paineacuteis solares feitos nos Estados Unidos e o moacutedulo laboratoacuterio norte americano Destiny A tripulaccedilatildeo permaneceu 140 dias 23 horas e 28 minutos no espaccedilo retornando para a Terra em 18 de marccedilo de 2001

2deg Expediccedilatildeo10-3-2001Cabo Canaveral

A 2deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante cosmonauta Yuri Usachev e os seus colegas norte americanos Susan Helms e James Voss Eles foram a bordo da STS-102 Discovery Durante sua missatildeo foi adicionado o CanadArm e o moacutedulo Quest (Joint Pressurized Airlock) Este grupo tambeacutem recebeu o primeiro turista espacial o milionaacuterio norte americano Dennis Tito Eles ficaram no espaccedilo 167 dias 6 horas e 41 minutos retornando agrave Terra em 22 de agosto de 2001

3deg Expediccedilatildeo10-8-2001Cabo Canaveral

A 3deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante norte americano Frank Culbertson e pelos russos Vladimir Dezhurov e Mikhail Tyurin Eles foram transportados agrave estaccedilatildeo pelo STS-105 Discovery Permanecircncia no espaccedilo de 128 dias 20 horas e 45 minutos retorno em 17 de dezembro de 2001

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4deg Expediccedilatildeo5-12-2001Cabo Canaveral

A 4deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Yuri Onufrienko e pelos norte americanos Carl E W alz e D an ie l W Bursch E les foram transportados para a estaccedilatildeo pelo S T S -108 Endeavour Permanecircncia no espaccedilo de 195 dias 19 horas e 39 minutos retorno em 19 de junho de 2002

5deg Expediccedilatildeo5-6-2002Cabo Canaveral

A 5deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Valery Korzun pela norte-americana Peggy Whitson e pelo russo Sergei Treschev Retornaram no dia 07 de dezem bro de 2 0 0 2 apoacutes permanecerem 184 dias 22 horas e 14 minutos no espaccedilo

6deg Expediccedilatildeo23-11-2002Cabo Canaveral

A 6deg Expediccedilatildeo foi comandada por mais um veterano da Mir Nikolai Budarin e seus colegas am ericanos Donald Pettit e Ken Bowersox Perm aneceram na ISS 161 dias 1 hora e 17 minutos retornando agrave Terra em 03 de maio de 2003

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7deg Expediccedilatildeo25-4-2003Baikonur

A 7deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Yuri Malenchenko e pelo norte americano Ed Lu Permaneceram no espaccedilo 184 dias 21 horas e 47 minutos retornando agrave Terra em 27 de outubro de 2003

8deg Expediccedilatildeo18-10-2003Baikonur

A 8deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Aleksandr Kaleri e pelo norte americano Michael Foale Retornou em 29 de abril de 2004 Permanecircncia de 194 dias 18 horas e 35 minutos

9deg Expediccedilatildeo18-4-2004Baikonur

A 9deg Expediccedilatildeo foi composta pelo engenheiro de vocirco norte americano Mike Fincke e pelo comandante russo Gennady Padalka Permanecircncia a bordo da ISS de 187 dias 21 horas e 17 minutos retornando em 23 de outubro de 2004

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10deg Expediccedilatildeo13-10-2004Baikonur

A 10deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante norte americano Leroy Chiao e pelo russo Salizhan Sharipov Retornaram agrave Terra em 24 de abril de 2005 apoacutes 192 dias 19 horas e 2 minutos

11deg Expediccedilatildeo14042005Baikonur

A 11deg Expediccedilatildeo eacute composta pelo comandante russo Sergei Krikalev e pelo norte americano John Phillips Seu retorno estaacute previsto para 7 de outubro de 2005 Serguei Krikalev eacute o novo recordista em permanecircncia no espaccedilo recorde este quebrado durante a missatildeo atual

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DADOS SOBRE A ISS ATEacute O FINAL DA EXPEDICcedilAtildeO 10

Aacuterea habitaacutevel 425 metros cuacutebicosDimensotildees 75 metros de largura entre os paineacuteis solares 275 metros de altura 438 metros do moacutedulo cientiacutefico Destiny ateacute o moacutedulo de serviccedilo Zvezda 513 metros com uma nave Progress acopladaPeso 18303 toneladasVocircos 16 vocircos norte americanos e 28 vocircos russosAtividades Extraveiculares 65 saiacutedas sendo 25 partindo de dentro do Ocircnibus Espacial totalizando 348 horas e 15 minutosExperimentos cientiacuteficos Ateacute o final da Expediccedilatildeo 7 em agosto de 2003 tinham sido feitos 129 experimentos

COMPONENTES DA ESTACcedilAtildeO

ZARYA20-11-199820000 Kg Baikonur - Proton

Moacutedulo russo tambeacutem conhecido como FGB (Functional Cargo Block em inglecircs) Possui 126 metros de com primento por 4 05 metros de diacircmetro e 2 paineacuteis solares Possui 2 acopladores 1 utilizado pelo moacutedulo Unity e outro que pode ser utilizado por naves Soyuz ou Progress

UNITY3-12-199820000 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Moacutedulo norte americano Possui 45 metros de comprimento por 66 metros de diacircmetro Possui 2 acopladores 1 utilizado pelo moacutedulo Zarya e outro que pode ser utilizado pelos ocircnibus espaciais americanos Este moacutedulo eacute feito inteiramente em alumiacutenio

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ZVEZDA12-7-200020000 Kg Baikonur - Proton

Moacutedulo russo tambeacutem conhecido como Service Module Possui 2 paineacuteis solares e 4 acopladores sendo que 1 na parte traseira e 3 na parte dianteira Possui 13 metros de comprimento e 405 metros de diacircmetro O Zvezda possui 14 janelas e seu interior eacute dividido em 3 compartimentos Possui cabines para os tripulantes e seraacute utilizado como moacutedulo de habitaccedilatildeo durante a construccedilatildeo da ISS

ltCOltcopy

Z1 TRUSS5-10-20008280 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Serve como central de com unicaccedilotildees do segmento americano Tambeacutem eacute utilizado como base para a estrutura P6 Truss Possui 4 giroscoacutepios utilizados para estabilizar a estaccedilatildeo e uma antena de telecomunicaccedilotildees Custo de 273 milhotildees de doacutelares

P6 TRUSS30-11-200017000 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Estrutura que serve para acomodar os radiadores e os imensos paineacuteis solares PVA (PhotoVoltaic Arrays) Satildeo ao todo 4 PVAs com comprimento de 73 metros de ponta a ponta e 3 radiadores Custo de 600 milhotildees de doacutelares

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DESTINY7-2-200114515 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Peccedila central da parte cientiacutefica da Estaccedilatildeo Espacial Internacional Feito em alumiacutenio possui 85 metros de comprimento peso de 14515 Kg e 45 metros de diacircmetro Possui 3 seccedilotildees ciliacutendricas e capacidade para alocar 24 racks com experimentos Responsaacutevel pelo controle da estaccedilatildeo em substituiccedilatildeo ao moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda

MPLM LEONARDORAFAELLODONATELLO10-3-20014100 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Os MPLM (Multi-Purpose Logistics Modules) foram construiacutedos pela Agecircncia Espacial Italiana ASI e pela empresa Alenia Aerospazio localizada em Turin na Itaacutelia Estes moacutedulos pressurizados servem para transportar e trazer carga para a Estaccedilatildeo Sua construccedilatildeo foi iniciada em 1996 Possuem 64 metros de comprimento por 46 metros de diacircmetro Podem transportar 91 toneladas de carga em 16 racks standard

CANADARM19-4-200117000 KgsCabo Canaveral - Space Shuttle

Primeira parte do braccedilo roboacutetico canadense ldquoCanadArmrdquo Este braccedilo com seus 177 metros de comprimento e suas 17 toneladas de peso seraacute utilizado para construir a estaccedilatildeo Anexado ao moacutedulo Destiny possui a singular capacidade de andar pelo moacutedulo o que aumenta seu raio de atuaccedilatildeoCusto de 600 milhotildees de doacutelares

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JOINT AIRLOCK QUEST12-7-20016500 KgsCabo Canaveral - Space Shuttle

Airlock (saiacuteda externa da estaccedilatildeo) anexa ao moacutedulo Unity Compatiacutevel com roupas espaciais americanas e russas Custo de 164 milhotildees de doacutelares

CO-1 PIRSDOCKING COMPARTMENT13-9-20015000 Kgs Baikonur - Proton

Moacutedulo russo que possui um pequeno airlock para saiacutedas extraveiculares compatiacutevel apenas com trajes russos Serve tambeacutem como ponto de acoplamento para naves Soyuz e Progress M Acoplado ao moacutedulo Zvezda Possui comprimento de aproximadamente 5 metros e diacircmetro maacuteximo de 280 metros Foi transportado para a estaccedilatildeo atraveacutes de um moacutedulo de serviccedilo Progress adaptado

S0 TRUSS5-6-200212247 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Primeira parte da estrutura principal da ISS composta por 9 partes Possui comprimento de 134 x 46 metros Nele foi fixado o Mobile Transporter que permite ao braccedilo robocirc CanadArm se deslocar pela estaccedilatildeo

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S1 TRUSS7-10-200215000Cabo Canaveral - Space Shuttle

Com prim ento de 137 metros peso de 15 toneladas eacute o terceiro componente da seccedilatildeo central da estaccedilatildeo composta por 11 peccedilas Foi anexado ao segmento S0 Possui 2 cameras de TV um segundo canal S-Band de comunicaccedilatildeo e o primeiro Thermal Radiator Rotary Joint

P1 TRUSS23-11-2002 12400 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Comprimento de 137 metros peso de 124 toneladas anexado ao segmento S0 Possui uma antena de UHF e da mesma forma que o segmento S1 possui radiadores e tambeacutem tem instalado o Crew and Equipment Translation Aid (CETA)

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FOGUETES

Foguetes empregados para levar naves e componentes para a ISS

SOYUZComprimento 345 m Diacircmetro 3 m Peso 297 toneladas Estaacutegios 3 ou 4 Carga uacutetil LEO 7 toneladas

Descriccedilatildeo dos sistemasPrimeiro estaacutegio 4 exaustores 42810 Kg 101600

kgf Isp 314 sec Tempo de Queima 118 segundos Isp(sl) 257 sec LoxKerosene Motores 1RD-107- 11D511P

Segundo estaacutegio 101160 Kg 103100 kgf Isp 319 segundos Tempo de Queima 286 segundos Isp(sl) 252 segundos LoxKerosene Motores 1 RD- 108-11D512P

Terceiro estaacutegio 25400 Kg 30400 kgf Isp 330 segundos Tempo de Queima 250 segundos Isp(sl) 0 segundos LoxKerosene Motores 1 RD-0110 (4) IkarFregatrdquo

HistoacutericoO Soyuz eacute um foguete da famiacutelia R7 composto

de 2 estaacutegios desenvolvido em 1963 capaz de co locar 7 to n e la d a s num a oacuterb ita de 200 quilocircmetros de altitude Foi utilizado para lanccedilar a p ro x im a d a m e n te m e ta d e das m issotildees espacia is tripu ladas e natildeo tripu ladas Os foguetes Soyuz tambeacutem foram utilizados para co locar em oacute rb ita s a teacute lite s m ilita res de reconhecimento

Fam iacuteliaR-7 8K71 Sputnik 8K71PS Luna 8K72 R-7A

8K74 Sputnik 8A91 Molniya 8K78 Vostok 8K72 Vostok 8K72K Molniya 8K78L Vostok 8A92 Polyot 11A 59 Voskhod 11A 57 M olniya 8K78MVostok 11A510 Vostok 8A92M Soyuz 11A511 Soyuz 11A514 Soyuz 11A511L Soyuz 11A511M Soyuz 11A511U Soyuz 11A511U2 Soyuz 11A511 UIkar Soyuz M

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PROTONComprimento 57 mDiacircmetro 42 mPeso 707 toneladasEstaacutegios 3 ou 4Carga uacutetil LEO 20 toneladasCarga uacutetil GEO 55 toneladas

Descriccedilatildeo dos sistemasPrimeiro estaacutegio 450510 Kg 1067659 kgf Isp

316 segundos Tempo de Queima 124 segundos Isp(sl) 267 segundos N2O4UDMH Motores 6 RD- 253-11D48

Segundo estaacutegio 167828 Kg 244652 kgf Isp 327 segundos Tempo de Queima 206 segundos Isp(sl) 230 segundos N 2O 4U D M H Motores 4 RD-0210

Terceiro estaacutegio 50747 Kg 64 260 kgf Isp 325 segundos Tempo de Queima 238 segundos Isp(sl) 230 segundos N 2O 4U D M H Motores 1 RD-0212

Quarto estaacutegio 14000 Kg 8670 kgf Isp 352 segundos Tempo de Queima 570 segundos Lox Kerosene Motores1 RD-58M

HistoacutericoOs foguetes Proton comeccedilaram a ser utilizados

em 1965 Foi o primeiro foguete sovieacutetico que natildeo foi baseado num miacutessil baliacutestico intercontinental O Proton pode utilizar 3 ou 4 estaacutegios e foi utilizado para a maioria das missotildees espaciais sovieacuteticas como as estaccedilotildees Salyut Mir e sondas espaciais Versotildees de 4 estaacutegios satildeo utilizadas para colocar em oacuterbita sateacutelites geoestacionaacuterios

O primeiro estaacutegio do Proton tem 6 motores e possui empuxo de 2 mil toneladas O terceiro estaacutegio pode colocar em oacuterbita cargas de 20 toneladas

Fam iacuteliaUR-100 Monoblock UR-500 Polyblock UR-500

UR -200 Proton 8K82 Proton 8K82K11S824 Proton 8K82K UR-700 UR-70011D54 UR-700RD- 350 UR-700RO-31 UR-900 UR-700M Proton 8 K 8 2 K 1 1S 8 6 U R -5 0 0 M K Proton 8K 8 2K 11S824M U R -100N U R -530 Proton 8K82K 11S861 Proton 8K82K11S824F Rokot Proton 8K82K 11S861-01 Proton 8K82KDM 1 Proton 8K82KDM3 Strela Proton 8K82K17S40 Proton 8K82KDM2 Proton 8K82KDM4 Proton 8K82KM

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SPACE SHUTTLEComprimento 56 m Diacircmetro 87m Peso 2040 toneladas Estaacutegios 2()Carga uacutetil LEO 275 toneladas ()

Descriccedilatildeo dos sistemasFoguetes de combustiacutevel soacutelido 2 SRB 589670 kg

1174713 kgf Isp 269 segundos Tempo de Queima 124 segundos Isp(sl) 237 segundos Motores de Combustiacutevel Soacutelido 1 SRB

Tanque externo (Shuttle External Tank) 750975 kg 0 kgf Isp 455 segundos Tempo de Queima 480 segundos Isp(sl) 363 segundos LoxLH2 Motores 0

Ocircnibus Espacial Shuttle Orbiter Gross 99318 kg 696905 kgf Isp 455 segundos Tempo de Queima 480 segundos Isp(sl) 363 segundos Lox LH2 Motores 3 SSME

HistoacutericoO sistema do ocircnibus espacial eacute composto por 2

foguetes la tera is de com bustiacuteve l soacutelido denominados SRB (Solic Rocket Booster) que impulsionam a nave durante a fase inicial da subida Ao se esgotar o combustiacutevel satildeo ejetados e o Shuttle utiliza seus 3 motores SSME alimentados pelo imenso tanque de combustiacutevel de cor laranja para completar o resto da subida ateacute atingir a oacuterbita terrestre

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m 7 MASTRONAUTICA

NAVES ESPACIAIS

Veja a seguir a descriccedilatildeo das naves tripuladas utilizadas para chegar na ISS

SOYUZ TMAPeso 7250 Kg Comprimento 75 m Diacircmetro 27 m Aacuterea uacutetil 9 m3

Descriccedilatildeo dos sistemasAs Soyuz satildeo compostas por 3 moacutedulos O

moacutedulo de descida com capacidade para 3 cosmonautas tem 22 m de comprimento por 22 m de diacircmetro Pesa 3000 Kg e possui 4 m3 Possui paacutera-quedas para descida sistemas de telemetria e um periscoacutepio digital O pouso eacute amortecido por motores de combustiacutevel soacutelido utilizados no final da descida Os cosmonautas utilizam roupas pressurizadas na decolagem e descida O moacutedulo orbital tem 3 metros de comprimento por 23 metros de diacircmetro Tem 5 m3 e pesa 1300 Kg Nele estaacute

instalado o sistem a de rendez vous Kurs composto de 2 antenas aleacutem de 1 janela O m oacutedulo de serviccedilo pesa 2 9 5 0 Kg e tem comprimento de 23 m e diacircmetro de 21 m A Soyuz utiliza como fonte de energia paineacuteis solares de 10 m2 e consome em meacutedia 060 Kw

HistoacutericoDesenvolvidas nos anos 60 as Soyuz foram

criadas para fazer viagens da Terra para a Lua mas acabaram sendo utilizadas para levar cosmonautas para as estaccedilotildees espaciais Salyut e Mir Satildeo utilizadas atualm ente para levar cosm onautas para a estaccedilatildeo espac ia l internacional Uma versatildeo natildeo tripulada da Soyuz denominada Progress eacute utilizada desde os anos 70 para reabastecer as estaccedilotildees espaciais russas

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SPACE SHUTTLEPeso Total 104328 kg Comprimento 372 m Envergadura 238 m Aacuterea uacutetil 72 m3T ripulaccedilatildeo 8 astronautas com tempo em oacuterbita 16 dias Combustiacutevel 21600 Kg Carga 21190 KgPeso do escudo teacutermico18500 Kg Sistema eleacutetrico baterias combustiacuteveis

Descriccedilatildeo dos sistemasOs ocircnibus espaciais foram produzidos para

transportar astronautas para o espaccedilo e lanccedilar ou reparar sateacutelites Seus primeiros estudos

foram nos anos 70 e o primeiro a ser construiacutedo o E n te rp rise nunca foi lan ccedilad o Foram construiacutedas 5 naves a prim eira cham ada Coluacutembia fez seu vocirco inaugural em 12 de abril de 1981 e foi destruiacutedo durante o retorno a Terra em fe v e re iro de 2 0 0 3 D epo is v ie ram a Challenger destruiacutedo em 1986 Discovery Atlantis e o Endeavour construiacutedo para substituir o Challenger Em 1995 o Discovery foi o primeiro ocircnibus espacial a acoplar com uma estaccedilatildeo espacial ao unir-se agrave estaccedilatildeo Mir Foram feitas 9 missotildees durante 3 anos no projeto conjunto Shuttle-Mir Atualmente transportam peccedilas e tr ip u la ccedil otilde e s para a E s taccedil atildeo E s p ac ia l Internacional

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m 7 MASTRONAUTICA

PROGRESS_MAs Progress possuem formato idecircntico agraves naves

Soyuz Possuem 7 metros de comprimento 27 metros de diacircmetro peso de 72 toneladas e uma aacuterea destinada aos suprimentos de 76 metros cuacutebicos Possui 2 paineacuteis solares com 10 metros quadrados de aacuterea que geram 13 KW de forccedila

As Progress levam suprim entos para aproximadamente 2 meses para uma tripulaccedilatildeo de

ateacute 3 cosmonautas Sateacutelites cargueiros satildeo na verdade versotildees natildeo tripuladas das naves Soyuz Foram fabricadas para reabastecer as estaccedilotildees esp ac ia is S a lyu t posterio rm ente a Mir e atualmente a ISS As Progress M aleacutem de terem uma carga uacutetil maior que sua antecessora podem transportar uma caacutepsula recuperaacutevel chamada Raduga que permite transportar de volta para a Terra experimentos feitos nas estaccedilotildees espaciais

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DA TERRA PARA O INFINITO

Para chegar da Terra ateacute a estaccedilatildeo espacial por enquanto existem dois centros espaciais o de Baikonur no Casaquistatildeo localizado na Aacutesia Central e o de Cabo Canaveral localizado na Floacuterida nos Estados Unidos Veremos um pouco da histoacuteria de cada um deles a seguir

Cabo CanaveralLatitude 2845 N Longitude 8053 WIniacutecio de operaccedilatildeo 1949

Cabo Canaveral eacute a maior e mais importante base espacial dos Estados Unidos Foi dela que partiram as missotildees lunares Apollo O Cabo Canaveral eacute utilizado para todos os lanccedilamentos tripulados Tambeacutem eacute utilizado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos

A escolha da base de lanccedilamentos foi feita em 11 de maio de 1949 Uma seacuterie de estaccedilotildees de rastream en to foi ins ta lada nas B aham as Oficialmente a base de Cabo Canaveral entrou em funcionamento em 01 de outubro de 1949 Os primeiros lanccedilamentos de foguetes (V2 modificadas

do tipo Bumper) foram feitos em julho de 1950 Durante os anos 60 foram construiacutedas imensas instalaccedilotildees e plataformas para o programa lunar Apollo Nos anos 70 estas instalaccedilotildees foram aproveitadas para o programa do ocircnibus espacial A primeira vez que a base foi aberta ao puacuteblico foi em 19 de maio de 1961 Os primeiros testes do ocircnibus espacial foram feitos em 23 de julho de 1979 utilizando-se o ocircnibus espacial Enterprise (OV- 101)Os lanccedilamentos satildeo feitos com inclinaccedilatildeo miacutenima de 28 graus e maacutexima de 57 graus Existem plataformas para lanccedilar o Ocircnibus Espacial e foguetes Atlas Delta e Titan As principais plataformas satildeo as 39A e 39B utilizadas pelos imensos foguetes lunares Saturn V e atualmente utilizadas pelo ocircnibus espacial

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BaikonurLatitude 4563 N Longitude 6326 EIniacutecio de Operaccedilatildeo 1955

Localizado no Casaquistatildeo Baikonur eacute o maior cosmoacutedromo utilizado pela Ruacutessia para a maioria dos lanccedilamentos e por todos os lanccedilamentos tripulados

O cosmoacutedromo ocupa uma aacuterea aproximada de 7360 quilocircmetros quadrados numa aacuterea proacutexima ao rio Syr Darya na regiatildeo de Kyzl-Orda Oblast no Casaquistatildeo a 380 quilocircmetros da velha cidade de Baikonur O Cosmoacutedromo fica proacutexima do velho vilarejo de Tyuratam e da cidade de Zarya que foi rebatizada como Leninsk em 1958 e rebatizada como Baikonur em 1996

Inicialmente conhecido como Tashkent-50 a constuccedilatildeo foi iniciada em 12 de janeiro de 1955 Os construtores se referiam ao Cosmoacutedromo como Zvezdograd durante a eacutepoca da construccedilatildeo A cidade de Leninsk teve sua populaccedilatildeo ampliada de 50000 habitantes em 1975 para 75000 habitantes em 1990 A aprovaccedilatildeo para a construccedilatildeo do Cosmoacutedromo foi atraveacutes do Decreto do Conselho de Ministros da Uniatildeo Sovieacutetica nuacutemero 2 82 -181 no qual o complexo era chamado de Aacuterea de Teste nuacutemero 5 O primeiro lanccedilamento feito em Baikonur foi o de um foguete baliacutestico SS-6 em 15 de maio de 1957 mas o lanccedilamento falhou O primeiro lanccedilamento bem sucedido foi em 03 de agosto de 1957 Baikonur eacute comparado ao centro de lanccedilamentos de Cabo Canaveral na

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Floacuterida Estados Unidos devido a importacircncia e tam an h o mas o com plexo de B aikonur eacute consideravelmente mais extenso

O cosm oacutedrom o possui 9 com plexos de lanccedilamento incluindo 15 plataformas para os foguetes do tipo Soyuz Molniya Zenith Rockot Proton entre outros Aleacutem disso tem 11 linhas de

montagem e revisatildeo de sateacutelites e espaccedilonaves 3 pontos de abastecimento de combustiacutevel centro meacutedico para cosmonautas 2 aeroportos de grande porte plantas de nitrogecircnio oxigecircnio e gaacutes sistemas de abastecimento de energia eleacutetrica e aacutegua e para concluir um grande sistema de estradas e de vias ferroviaacuterias iJ

Daniel Sanchez Bins eacute o autor do site Cosmonaacuteutica dedicado ao programa espacial russo e usuaacuterio e colaborador da Espacialcomhttpwwwcosmonauticacjbnet

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Participe apoie divulgue o siteWWWCOMITEMARCOSPONTESCJBNET

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CAMPANHA NACIONAL DE APOIO AO 1D VOcircO ORBITAL DO ASTRONAUTA BRASILEIRO EA CONTINUIDADE DO BRASIL

NO PROJETO DA ESTACcedilAtildeO ESPACIAL INTERNACIONAL

A campanha ldquoSim eu quero vero verdee

amarelo no espaccedilordquo lanccedilada pelo Comitecirc

Marcos Pontes tem o objetivo de apoiar a

Agecircncia Espacial Brasileira na viabilizaccedilatildeo

do primeiro vocirco orbital do nosso astronauta

atraveacutes da continuidade da participaccedilatildeo

brasileira no projeto da Estaccedilatildeo Espacial

Internacional (EEI)

Para isso conta com a colaboraccedilatildeo da

populaccedilatildeo brasileira que pode manifestar

mobilizaccedilatildeo em prol da campanha assinando

um abaixo-assinado no site

wwwcomitemarcospontescjbnet

Decirc sua contribuiccedilatildeo Vamos apoiar o Brasil nesse projeto que traz oportunidades uacutenicas de estar agrave frente em experimentos e tecnologia de ponta

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copy N

AS

A

revista

PLANETOLOGIA

Planetas Extrasolares

Detecccedilatildeo Dinacircmica amp Origem

W alkiria Schulz | Revista macroCOSMOcomwschulzcettconaegovar

Cristiaacuten Beaugeacute | Colaboradorbeaugeoacuncoredu

Quantas vezes olhamos para o ceacuteu e nos perguntamos se estamos sozinhos neste Universo Quais satildeo as chances reais de existir outra civilizaccedilatildeo Para responder a estas e outras perguntas os astrocircnomos estatildeo se dedicando a uma nova aacuterea de pesquisa a Mecacircnica de Planetas Extrasolares A ideacuteia eacute desenvolver novas tecnologias capazes de detectar planetas eou sistemas planetaacuterios em outras estrelas e a partir daiacute estudar as caracteriacutesticas que possam representar condiccedilotildees ambientais de presenccedila de vida

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PLANETOLOGIA

A descoberta de planetas fora do nosso Sistema Solar eacute um fato recente Ateacute cerca de 10 anos atraacutes noacutes natildeo dispunhamos de instrumentos sensiacuteveis o suficiente para detectar corpos tatildeo pequenos distantes e pouco luminosos Foi necessaacuterio desenvolver aparelhos de detecccedilatildeo com uma precisatildeo jamais vista e anexaacute-los a telescoacutepios dedicados a este tipo de investigaccedilatildeo

Aleacutem de vislum brar a possibilidade de natildeo estarmos sozinhos os planetas extrasolares tambeacutem representam uma oportunidade para a M ecacircnica Celeste de estudar sistem as com dinacircmicas diferentes das encontradas no Sistema Solar Estes estudos podem vir a ser fontes de corroboraccedilatildeo de teorias cosmogocircnicas atuais que foram desenvolvidas baseando-se no conhecimento de um uacutenico sistema planetaacuterio o nosso

Ao comeccedilar a encontrar planetas extrasolares a primeira pergunta que surgiu foi estes novos objetos satildeo compatiacuteveis com as nossas ideacuteias de formaccedilatildeo planetaacuteria Para entender um pouco melhor esta questatildeo vamos comeccedilar falando sobre o que se sabe a respeito do nosso Sistema Solar

Teorias de Formaccedilatildeo do Sistema Solar

Existem trecircs formas de construir um modelo para explicar como se formou o Sistema Solar

1 A partir de modelos de formaccedilatildeo estelar extrapolando para a frente

2 A partir da estrutura atual do nosso Sistema Solar extrapolando para traacutes

3 Analisando e comparando as caracteriacutesticas de outros sistemas planetaacuterios em etapas distintas de evoluccedilatildeo

Na verdade todas estas possibilidades satildeo complementares e as informaccedilotildees provenientes de cada uma devem ser coerentes entre si

Modelos Comeccedilamos com uma nuvem proto- estelar similar agraves observadas na nebulosa de Oacuterion A interaccedilatildeo entre a contraccedilatildeo e a rotaccedilatildeo desta nuvem de material provocou um colapso que resultou em uma estrutura achatada onde a maioria da massa se encontrava no centro (proto-sol) enquanto o resto formava um disco ao redor

Dentro desta nuvem existiam dois componentes gaacutes (aproximadamente 96) e material soacutelido (4) A pressatildeo interna mantinha o equilibrio hidrostaacutetico do gaacutes mas natildeo das partiacuteculas soacutelidas que sofriam fricccedilatildeo com o gaacutes caindo no plano da nuvem e mais perto do proto-sol Como resultado deste processo o disco se dividiu em uma nebulosa gasosa exterior (formada de elementos como hidrogecircnio heacutelio e nitrogecircnio) e um disco compacto interno composto de partiacuteculas soacutelidas de mais ou menos 1 cm de raio (com elementos tais como carbono niacutequel e ferro)

A partir deste ponto existem duas possibilidades para a evoluccedilatildeo destas partiacuteculas ateacute planetesimais de raios entre 10 e 100 m No primeiro caso o conjunto de pequenas partiacuteculas continua caindo em direccedilatildeo ao plano ateacute formar um disco tatildeo denso que torna-se gravitacionalmente instaacutevel provocando um colapso do material em planetesimais maiores A segunda possibilidade sugere um processo mais lento onde a formaccedilatildeo de corpos maiores deu-se por colisotildees entre as partiacuteculas pequenas No entanto ambas teorias tecircm problemas e ainda natildeo

P R O T O -S O L (~ 9 9 M A S S A )

Formaccedilatildeo de um sistema planetaacuterio a partir de uma nebulosa primordial

N E B U L O S A P R IM O R D IA L (~ 1 M A S S A )

ocopy

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possuimos um bom modelo para explicar a transiccedilatildeo entre partiacutecu las de 1 cm e planetesim ais de 100 m de raio Este problema eacute conhecido em Inglecircs como o Meter Size Hurdle ou o obstaacuteculo do tamanho de um metro em uma traduccedilatildeo literal

No entanto in d ep en d en tem en te do mecanismo que produziu estes objetos a partir de uma populaccedilatildeo de planetesimais com raios entre 10 e 100 m sabe-se que a evoluccedilatildeo do disco rochoso se deu atraveacutes da com binaccedilatildeo entre gravitaccedilatildeo muacutetua e colisotildees Os corpos do nosso Sistema Solar apresentam uma seacuterie de evidecircncias destas colisotildees como fragmentaccedilotildees e crateras No entanto se a velocidade relativa entre os corpos eacute suficientemente pequena as colisotildees datildeo origem a um processo construtivo conhecido como acreccedilatildeo que eacute o mecanismo baacutesico de formaccedilatildeo planetaacuteria

A princiacutepio o processo de acreccedilatildeo soacute funciona para corpos soacutelidos e natildeo para o gaacutes No entanto e considerando que a temperatura do gaacutes decai com a distacircncia ao Sol existe um valor criacutetico desta distacircncia tal que a tem peratura do gaacutes seja suficientemente baixa para que a componente volaacutetil da nuvem condense Esta distacircncia criacutetica eacute conhecida como a ldquolinha do gelordquo e corresponde a aproximadamente 4 ou 5 UA Portanto aleacutem deste valor os elementos quimicos leves (eg HHeN)

Crateras na Lua evidecircncias de um periacuteodo decolisotildees

tambeacutem participaram do processo de acreccedilatildeo e deram origem a planetas ricos em elementos leves os chamados planetas Gigantes (Juacutepiter Saturno Urano e Netuno) Enquanto isso na regiatildeo mais proacutexima da proto-estrela os planetesimais jaacute apresentavam raios da ordem de 100 km e eram embriotildees planetaacuterios

Entre 6 e 10 milhotildees de anos de evoluccedilatildeo do sistema o proto-Sol entrou em uma fase conhecida como T-Tauri na qual a nuvem de gaacutes remanescente comeccedilou a se dissipar Assim as etapas finais de formaccedilatildeo dos planetas terrestres continuaram em um cenaacuterio praticamente livre de gaacutes A presenccedila do recentemente formado Juacutepiter tambeacutem afetou

SOLCOLISOES ENTRE OS EMBRIOtildeES PLANETAacuteRIOS

Juacutepiter

1

y -----

ACRECcedilAtildeO

y ------------

FRAGMENTACcedilAO

SOL Mercuacuterio Vecircnus Terra Marte Asteroides Juacutepiter ltgt

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PLANETOLOGIA

esta formaccedilatildeo planetaacuteria invertendo o proceso de acreccedilatildeo e provocando fragmentaccedilotildees nos embriotildees planetaacuterios que encontravam-se perto do planeta gigante Esta fragm entaccedilatildeo deu origem aos asteroacuteides que hoje encontramos entre as oacuterbitas de Marte e Juacutepiter Nos 100 milhotildees de anos seguintes os planetas terrestres se formaram

Em forma muito resumida este eacute o modelo cosmogocircnico mais aceito atualmente Ele consegue explicar a existecircncia de planetas gigantes e terrestres a localizaccedilatildeo dos planetas gigantes aleacutem de 4-5 UA oacuterbitas praticamente coplanares e circulares a presenccedila de asteroacuteides e objetos do cinturatildeo de Kuiper e a existecircncia de aneacuteis e sateacutelites No entanto existem alguns problemas Talvez o principal deles seja a impossibilidade de formar Urano e Netuno antes da dissipaccedilatildeo da nuvem de gaacutes Devido agrave baixa densidade de partiacuteculas soacutelidas e gaacutes na parte externa da nuvem o processo de acreccedilatildeo necessitaria tempos maiores que a idade do Sistema Solar A suposiccedilatildeo de que a nuvem primordial fosse mais massiva eacute pouco provaacutevel jaacute que seria necessaacuterio algum mecanismo para eliminar a massa restante depois da formaccedilatildeo dos planetas e natildeo conhecemos nenhum que seja eficiente neste sentido Uma outra alternativa para Urano e Netuno seria que os planetas gigantes natildeo se formaram por acreccedilatildeo e sim por instabilidade gravitacional do gaacutes Simulaccedilotildees com esta teoria levam a condiccedilotildees planetaacuterias diferentes das que encontramos nos planetas atuais A composiccedilatildeo quiacutemica de Saturno por exemplo eacute incompatiacutevel com os resultados das simulaccedilotildees Explicar as origens dos sistem as planetaacuterios eacute um dos problem as cientiacuteficos mais im portantes da atualidade (NASA 2003)

Dinacircmica Outra forma de estudar nosso Sistema Solar eacute atraveacutes de sua dinacircmica em particular sua estabilidade orbital Por estabilidade se entende que com o passar do tempo as oacuterbitas dos corpos maiores permanecem quase-circulares quase- planares e natildeo existe a possibilidade dos planetas se chocarem Procuramos indiacutecios de estabilidade orbital para tentar explicar a configuraccedilatildeo atual dos planetas e prever seu futuro

Na deacutecada de 90 foram realizadas vaacuterias simulaccedilotildees em computador da evoluccedilatildeo das oacuterbitas de todos os planetas por tempos da ordem da idade do Sistema Solar (Laskar 1994) A ideacuteia era corroborar que as oacuterbitas nuncam se cruzam No

ESTAacuteVEL

INSTAacuteVEL

Oacuterbitas estaacuteveis e instaacuteveis

entanto foi encontrado que existe a possibilidade de que em aproximadamente 36 bilhotildees de anos Mercuacuterio cruze a oacuterbita de Vecircnus Se natildeo houver um mecanismo de proteccedilatildeo natural eacute possiacutevel que os planetas se choquem e como consequumlecircncia a oacuterbita de Vecircnus sofreria grandes mudanccedilas podendo inclusive chocar-se com a Terra Embora estes resultados possam depender da modelagem utilizada sua conclusatildeo mais importante eacute que o Sistema Solar interno pode natildeo ser estaacutevel para sempre embora o seja por periacuteodos de tempo da ordem de 4 bilhotildees de anos

Seja o que for que aconteccedila daqui a 4 bilhotildees de anos o Sistema Solar eacute um dos sistemas dinacircmicos mais estaacuteveis que se conhece no Universo Sendo assim como eacute possiacutevel que um processo de formaccedilatildeo caoacutetico e colisional tatildeo sensiacutevel agraves condiccedilotildees iniciais decirc origem a um sistem a planetaacuterio tatildeo estaacutevel Apoacutes muitos anos realizando

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PLANETOLOGIA

simulaccedilotildees da uacuteltima etapa da formaccedilatildeo planetaacuteria sem conseguir obter nenhum Sistema Solar sinteacutetico que reproduza o nuacutemero correto de planetas nem sua estabilidade chegou-se agrave conclusatildeo de que as posiccedilotildees atuais dos planetas devem ter sido ldquodefinidasrdquo nas primeiras etapas do processo de acreccedilatildeo O problema eacute que realizar estudos destas etapas eacute tecn icam ente com plexo jaacute que eacute necessaacuterio simular a evoluccedilatildeo de milhotildees de partiacuteculas planetesimais por gravitaccedilatildeo e por colisotildees por periacuteodos de tempo muito grandes Os computadores de uso geral natildeo possuem velocidade de caacutelculo suficiente para realizar estas simulaccedilotildees A soluccedilatildeo foi construir super-com putadores especiacuteficos que pudessem ser utilizados para as simulaccedilotildees de formaccedilatildeo planetaacuteria O projeto japonecircs G R A PE tomou esta tarefa para si e desenvolveu um super-computador equivalente a 1 milhatildeo de PCs de hoje com capacidade de realizar simulaccedilotildees que levariam 2 anos em apenas 1 minuto

Entre os resultados preliminares do projeto GRAPE se destaca a conclusatildeo de que a interaccedilatildeo entre colisotildees e a dinacircmica de muitos planetesimais cria um fenocircmeno conhecido como repulsatildeo de em briotildees planetaacuterios Segundo esta teoria se a distacircncia entre dois proto-planetas eacute maior que um certo valor criacutetico d os dois corpos crescem por acreccedilatildeo alimentando-se dos planetesimais ao redor sem variar sua posiccedilatildeo relativa No entanto se a distacircncia inicial entre os dois proto-planetas eacute menor que aquele valor criacutetico os corpos se repelem e se afastam ateacute que a distacircncia entre eles seja maior que d Este processo suave e determiniacutestico poderia explicar a quantidade correta de planetas que encontramos hoje em oacuterbitas dinam icamente estaacuteveis

Resum indo embora ainda existam problemas natildeo resolvidos (Meter Size Hurdle formaccedilatildeo de Urano e Netuno) atualmente dispomos de um modelo de formaccedilatildeo planetaacuteria baseado em um processo de acreccedilatildeo de corpos soacutelidos que consegue reproduzir a maioria das caracteriacutesticas do nosso Sistema Solar Seraacute que o mesmo processo aconteceu em todos os sistemas planetaacuterios ou soacute aqui Natildeo existe garantia de que todos os planetas se formaram seguindo as mesmas condiccedilotildees mas a possibilidade de avaliar o que acontece em outras regiotildees do Universo abre toda uma nova perspectiva para a Mecacircnica Celeste

Os Planetas Extrasolares Conhecidos ldquo Zoologiardquo e Detecccedilatildeo

Em 1995 os astrocircnomos Michel Mayor e Didier Queloz do Observatoacuterio de Genebra descobriram o primeiro planeta extrasolar ao redor de uma estrela do tipo sequecircncia principal A estrela eacute 51 Pegasi (G2 distacircncia agrave Terra = 147 pc) e o planeta tem uma massa aproximadamente igual agrave metade da massa de Juacutepiter

No ano seguinte os americanos Geoffrey Marcy e Paul Butler descobriram mais dois planetas O primeiro orbita a estrela 70 Virgo (G5 distacircncia agrave Terra = 181 pc) e parece ter mais de 7 vezes a massa do nosso planeta gigante O segundo estaacute ao redor de 47 Uma (G0 distacircncia agrave Terra = 141 pc) e tem 25 vezes a massa de Juacutepiter

A populaccedilatildeo atual de planetas aleacutem do nosso Sistema Solar contabiliza ao redor de 160 objetos todos com massas inferiores a 18 vezes a massa de Juacutepiter Entre os casos mais interessantes encontram-se 15 sistemas planetaacuterios

- 12 sistemas com 2 planetas- 2 sistemas com 3 planetas (Ups And e GJ876)- 1 sistema com 4 planetas (55 Cnc)Curiosamente tambeacutem foram encontrados vaacuterios

planetas orbitando estrelas binaacuterias Entre eles podemos mencionar 16 Cyg B t Boo e y Cephei B

Nuacutemero de planetas extrasolares descobertos ateacute maio de 2005 copy Cristiaacuten Beaugeacute

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Recentemente foi descoberto um planeta orbitando uma estrela pertencente a um sistema estelar triplo

P ra ticam en te todos os p lanetas extrasolares conhecidos foram detectados por tracircnsito ou variaccedilatildeo da velocidade radial da estrela (Doppler) Existem outros meacutetodos de detecccedilatildeo que exigem configuraccedilotildees especiais de posiccedilotildees relativas mais dificieis de encontrar (por exemplo microlentes)

Eacute importante ter em conta que os planetas extrasolares tambeacutem conhecidos como exoplanetas satildeo objetos de luminosidade muito baixa Um planeta como Juacutepiter possui uma luminosidade equivalente a 10-9 da luminosidade do Sol Ou seja os exoplanetas natildeo satildeo observados diretamente A exceccedilatildeo eacute GQ Lupi observado com o Very Large Telescope - VLT

No entanto eacute possiacutevel perceber quando os planetas passam em frente ao disco da estrela Este eacute o meacutetodo de detecccedilatildeo via tracircnsito que permite medir o periacuteodo orbital (consequumlentemente o semi- eixo maior) e o raio do planeta As limitaccedilotildees deste meacutetodo incluem soacute eacute possiacutevel observar objetos em oacuterbitas a 90o com a esfera celeste eacute mais faacutecil detectar planetas gigantes e em oacuterbitas muito proacuteximas da estrela eacute muito difiacutecil (embora natildeo seja impossiacutevel) detectar mais de um objeto e este meacutetodo natildeo oferece dados sobre a excentricidade orbital

Existem vaacuterios projetos preocupados com a detecccedilatildeo de exoplanetas via tracircnsito e eacute muito

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GQ Lupi

provaacutevel que em um futuro proacuteximo a maioria dos planetas extrasolares seja descoberta por este meacutetodo Entre estes projetos um particularmente importante para o Brasil eacute o COROT Trata-se de um sateacutelite projetado pela CNES (Franccedila) com participaccedilatildeo de paiacuteses como Alemanha Auacutestria Beacutelgica Brasil e Espanha Com lanccedilamento previsto para junho de 2006 este sateacutelite levaraacute ao espaccedilo um telescoacutepio de 30 cm de diacircmetro Seu objetivo seraacute estudar Sismologia Estelar e Exoplanetas e para tanto a n a liza raacute as curvas de luz de aproximadamente 12 mil estrelas com magnitudes menores que 155 A populaccedilatildeo de estrelas a ser estudada ainda estaacute sendo definida pela comunidade cientiacutefica

Mesmo sendo invisiacuteveis os planetas extrasolares podem ser suficientemente massivos para provocar movimentos na estrela que possam ser detectados daqui da Terra Os meacutetodos de detecccedilatildeo indireta

se aproveitam do fato de que devido agrave presenccedila de um ou mais planetas a estrela se move ao redor do centro de massa do sistema

Embora natildeo possamos observar o planeta podemos deduzir suas massa e oacuterbita atraveacutes da mediccedilatildeo do movimento proacuteprio da estrela Observando as variaccedilotildees perioacutedicas na velocidade radial da estrela por efeito Doppler podemos estimar a velocidade orbital No entanto a velocidade medida por Doppler natildeo eacute a velocidade total e sim sua projeccedilatildeo sobre a linha que une a estrela ao observador Esta limitaccedilatildeo de medida provoca uma grande imprecisatildeo sobre as estimativas pois natildeo se conhece a inclinaccedilatildeo orbital em relaccedilatildeo agrave linha de visada

Sateacutelite COROT

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PLANETOLOGIA

Graacutefico dos planetas extrasolares detectados em unidades de massa de Juacutepiter por semi-eixo maior(J corresponde a Juacutepiter e S a Saturno) copy Cristiaacuten Beaugeacute

foi similar ao dos nossos planetas Segundo esta teoria apoacutes a formaccedilatildeo existiu um processo de Migraccedilatildeo Planetaacuteria que levou os corpos ateacute a sua localizaccedilatildeo atual com oacuterbitas muito excecircntricas No entanto para que esta hipoacutetese tenha sentido necessitamos uma evidecircncia dinacircmica de migraccedilatildeo e um mecanismo para tornaacute-la efetiva

Origem dos Planetas Extrasolares Hipoacutetese da Migraccedilatildeo

Com o objetivo de explicar os pequenos valores de semi-eixo maior e as altas excentricidades surge a Hipoacutetese da Migraccedilatildeo Existem trecircs propostas de mecacircnismos para explicar a migraccedilatildeo dos planetas ateacute suas posiccedilotildees atuais scattering planetaacuterio interaccedilatildeo com o disco de planetesimais e interaccedilatildeo com o disco de gaacutes

Scattering planetaacuterio No prim eiro caso imaginemos um cenaacuterio onde dois planetas gigantes encontram-se ao redor de uma estrela em oacuterbitas

As limitaccedilotildees dos meacutetodos de detecccedilatildeo de planetas extrasolares provocam uma espeacutecie de seleccedilatildeo natural sobre os objetos que conseguimos ver Assim a maioria dos exoplanetas apresenta grandes massas localiza-se perto das estrelas e tem oacuterbitas muito excecircntricas

O problema neste caso nem eacute tanto pela pouca quantidade de planetas tipo Juacutepiter ou Saturno encontrados (receacutem estamos em condiccedilotildees de observaacute-los) mas que a maioria dos exoplanetas descobertos tem c a ra c te riacutes tic as que consideraacutevamos impossiacuteveis de existir quando soacute conheciacuteamos o nosso sistema Temos planetas gigantes em oacuterbitas de planetas terrestres Temos excentricidades tatildeo altas quanto as de estrelas binaacuterias Como explicaacute-los

Existem duas escolas ou linhas de pesquisa Uma acredita que estes planetas foram formados por mecanismos diferentes dos do nosso Sistema Solar por exemplo via instabilidade gravitacional Esta linha eacute defendida principalmente por astrofiacutesicos estelares A segunda escola composta na maioria por dinacircmicos acredita que o processo de formaccedilatildeo

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PLANETOLOGIA

coplanares e com excentricidades pequenas Se estes planetas natildeo sofrem encontros proacuteximos entre si podemos supor que exista uma espeacutecie de acoplamento entre as suas excentricidades Isto significa que um planeta influenciacutea o outro de tal forma que se a excentricidade de um aumenta a do outro diminui O acoplamento e-e funciona como um mecanismo de proteccedilatildeo evitando encontros proacuteximos entre os planetas a menos que os semi- eixos sejam muito parecidos No caso em que os semi-eixos satildeo similares a interaccedilatildeo gravitacional eacute tatildeo forte que o acoplamento e-e natildeo consegue evitar encontros proacuteximos e podem ocorrer colisotildees com acreccedilatildeo de ambos planetas ou o scattering que significa a ejeccedilatildeo de um dos planetas Com o scattering o planeta que natildeo eacute ejetado do sistema se aproxima da estrela (diminuindo seu semi-eixo) e sua excentricidade aum enta Embora este mecanismo possa funcionar em casos isolados natildeo eacute geral o suficiente para explicar a migraccedilatildeo de tantos exoplanetas

Interaccedilatildeo com o disco de planetesimais Estemecanismo foi inicialmente proposto para explicar a migraccedilatildeo no nosso Sistema Solar Segundo esta teoria as interaccedilotildees gravitacionais entre os planetas gigantes (Juacutepiter Saturno Urano Netuno) e o disco de planetesimais remanescentes provocaram a ejeccedilatildeo final destes planetesimais para o cinturatildeo de Kuiper Como consequumlecircncia o semi-eixo maior de Juacutepiter diminuiu enquanto os semi-eixos de Saturno Urano e Netuno aumentaram Portanto os locais de formaccedilatildeo dos planetas teriacuteam sido diferentes dos atuais Os problemas com esta teoria satildeo numeacutericos Para que um exoplaneta migrasse de 4 ou 5 UA para perto da estrela a massa do disco primordial deveriacutea haver sido da ordem de 1 massa solar Aleacutem deste disco ser altamente instaacutevel este mecanismo de migraccedilatildeo natildeo explica as a ltas excen tric id ad es encontradas nos exoplanetas

Interaccedilatildeo com o disco de gaacutes No final dadeacutecada de 70 os astrocircnomos Peter Goldreich e Scott Trem aine analizaram a interaccedilatildeo entre planetas gasosos e um disco massivo de gaacutes (G oldreich e Trem aine 1979 e 1980) Eles encontraram que se essa interaccedilatildeo fosse muito forte a troca de energia e momento angular resultante poderia causar uma diminuiccedilatildeo draacutestica nos semi-eixos dos planetas Ao natildeo existir evidecircncia

de tal migraccedilatildeo planetaacuteria em nosso Sistema Solar esta teoria caiacuteu em descreacutedito No entanto a descoberta de outros sistemas planetaacuterios provocou o renascimento desta hipoacutetese de migraccedilatildeo e hoje ela eacute a preferida entre os cientistas que se dedicam a estudar os exoplanetas

O problema eacute que este tipo de migraccedilatildeo eacute muito raacutepida Ao causar uma migraccedilatildeo durante o processo de acreccedilatildeo dos planetas natildeo haveria tempo suficiente para completar a formaccedilatildeo antes destes caiacuterem na estrela A soluccedilatildeo encontrada para este problema foi propor um comportamento diferenciado Segundo este a migraccedilatildeo muda quando a massa do planeta eacute superior a 30 massas terrestres pois forma-se um buraco no disco que modifica a velocidade da migraccedilatildeo

A pergunta seguinte seriacutea e como freiar esta migraccedilatildeo Embora nenhuma resposta elegante tenha surgido nos uacuteltimos tempos umas das possibilidades em estudo eacute a de que natildeo haacute freio possiacutevel e o que estamos observando satildeo os Uranos e Netunos que ainda natildeo foram engolidos por suas estrelas

Concluiacutendo dadas as hipoacuteteses de formaccedilatildeo e os sistemas conhecidos hoje em dia podemos dizer que as oacuterbitas dos exoplanetas detectados natildeo satildeo compatiacuteveis com o processo de formaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do nosso Sistema Solar Por que O nosso sistem a eacute especial Ou soacute estam os detectando objetos viciados devido agraves nossas limitaccedilotildees instrumentais Parece que a descoberta de outros sistemas planetaacuterios abriu uma ldquocaixa de Pandorardquo trazendo mais perguntas que respostas

Juacutepiteres Quentes Binaacuterias e Outros Bichosrdquo (Planetas Habitaacuteveis)

Entre a ldquofaunardquo de objetos descobertos ao redor de outras estrelas alguns se destacam por caracteriacutesticas natildeo esperadas Se a nossa motivaccedilatildeo inicial era procurar planetas gecircmeos da Terra para averiguar se estamos ou natildeo sozinhos neste Universo qual natildeo foi a nossa surpresa ao perceber que muitos exoplanetas satildeo mundos jamais imaginados se quer por escritores de ficccedilatildeo cientiacutefica

Juacutepiteres Quentes Os primeiros objetos a surpreender os observadores terrestres foram os

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PLANETOLOGIA

entatildeo batizados Hot Jupiters ou Juacutepiteres Quentes em uma traduccedilatildeo literal Tratam-se de exoplanetas massivos muito proacuteximos da estrela (semi-eixo maior lt 01 UA) Segundo dados obtidos por Doppler estes corpos estariam em oacuterbitas quase circulares (excentricidade aproximadamente igual a zero) Uma combinaccedilatildeo de observaccedilotildees por Doppler e por tracircnsito indica que o raio destes planetas eacute muito maior que o esperado e existem evidecircncias de que estes estariam sendo aquecidos pela estrela Modelos atmosfeacutericos indicam que alguns dos Juacutepiteres Quentes mais proacuteximos de suas estrelas (semi-eixo maior lt 001 UA) podem estar sofrendo evaporaccedilatildeo de sua componente gasosa

Eacute praticamente impossiacutevel explicar a formaccedilatildeo in situ destes objetos A hipoacutetese de migraccedilatildeo eacute a melhor candidata mas eacute atraveacutes do estudo da dinacircmica destes corpos que se espera encontrar mais respostas A proximidade entre a estrela e um planeta tipo Juacutepiter Quente faz com que estes natildeo possam ser assumidos como massas puntuais Assim o estudo destes s istem as tem que considerar efeitos de mareacute como no conjunto Terra- Lua Estrelas do tipo solar tecircm velocidades de

rotaccedilatildeo da ordem de 27 dias Esta velocidade combinada com distacircncias menores que 017 UA sugerem que estes exoplanetas deveriam estar caindo em direccedilatildeo ao centro de massa do sistema As estimativas satildeo muito dependentes da estrutura interna das estrelas mas os caacutelculos atuais prevecircm um tempo de aproximadamente 100 milhotildees de anos para que as estrelas ldquoengulamrdquo seus planetas do tipo Juacutepiteres Quentes

Planetas em Estrelas Binaacuterias Atualmente se conhecem trecircs sistemas estelares binaacuterios (com distacircncia entre as estrelas lt 20 UA) com pelo menos um planeta gigante acoplado Em todos os casos os planetas se encontram proacuteximos agraves estrelas mais massivas de forma que natildeo existem problemas de estabilidade No entanto natildeo se sabe ainda como explicar a formaccedilatildeo destes objetos

Mais surpreendente ainda foi a detecccedilatildeo de um planeta orbitando uma estrela pertencente a um conjunto triplo Esta descoberta eacute tatildeo recente que os dados a respeito deste objeto ainda estatildeo sendo discutidos

Estima-se que aproximadamente metade das estrelas conhecidas sejam binaacuterias Uma vez que

Ilustraccedilatildeo de um planeta recentemente descoberto orbitando a Estrela 55 cancri

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algumas possuem planetas gigantes possiacuteveis de serem detectados nos perguntamos se podem exitir planetas do tipo terrestres ao redor das companheiras Esta pergunta nos leva ao objetivo final deste artigo a busca de planetas habitaacuteveis

Planetas Habitaacuteveis Existem duas questotildees- chaves quando comeccedilamos a falar neste assunto

1 Sob que condiccedilotildees uma estrela pode possuir um planeta habitaacutevel

2 Sob que condiccedilotildees um planeta pode ser habitaacutevel

Eacute necessaacuterio ter em conta que o criteacuterio de ldquohabitabilidaderdquo eacute completamente baseado no nosso conceito geocecircntrico de vida Nada impede que existam outros criteacuterios Apenas natildeo somos capazes de extrapolar o nosso conhecimento e imaginar outras condiccedilotildees para o desenvolvimento de vida

Um artigo muito esclarecedor sobre este assunto foi publicado recentemente por um astrocircnomo da Seacutervia e Montenegro (^ irk o v ireg 2005) Milan ^ irko v ireg define os limites do que se usa chamar de ldquozonas de habitabilidaderdquo na nossa proacutepria galaacutexia e demonstrou que o Sol ocupa uma posiccedilatildeo muito bem definida dentro desta regiatildeo Esta nova aacuterea de pesquisa aplica conhecim entos de Astrofiacutesica Dinacircmica e Astrobiologia

Para que uma regiatildeo da galaacutexia seja considerada como um possiacutevel berccedilaacuterio de planetas habitaacuteveis eacute importante combinar fatores que propiciam o desenvolvim ento de vida (por exemplo uma composiccedilatildeo quiacutemica baacutesica) junto com uma baixa incidecircncia de fatores que poderiam inviabilizar este processo (determinados niacuteveis de radiaccedilatildeo) Os tempos disponiacuteveis para a formaccedilatildeo de sistemas planetaacuterios tambeacutem satildeo considerados neste estudo

Estrela Secundaacuteria

p laneta

Oacuterbita do primeiro planeta descoberto ao redor de sistema binaacuterio Gamma Cephei O planeta dista da estrela 2 UA orbitando a mesma durante 25 anos A estrela secundaacuteria orbita a primaacuteria em uma oacuterbita entre 28 e 30 UA O tamanho do planeta e estrelas natildeo estatildeo em escala

Entre os criteacuterios de h ab itab ilidade para exoplanetas mais importantes estatildeo

1 Semi-eixo maior tal que exista aacutegua em forma liacutequida (Hart 1978) Este valor deveria estar entre 08 e 12 UA para um planeta em oacuterbita ao redor de uma estrela com massa solar

2 Oacuterbitas quase-circulares de tal forma que outros planetas possiacuteveis fontes de perturbaccedilatildeo se encontrem longe

3 Pelo menos 20 da superfiacutecie do planeta coberta por oceanos

A habitabilidade tambeacutem depende das idades do planeta e da estrela

B aseando-se nestes criteacuterios embora natildeo possamos observaacute-los diretamente podemos analisar se as estrelas com planetas gigantes conhecidos poderiacuteam ter planetas que satisfizessem estas condiccedilotildees Um estudo de 85 sistemas extrasolares com um ou mais planetas mostrou que aproximadamente 25 destes podem ter corpos pequenos em oacuterbitas estaacuteveis dentro da regiatildeo habitaacutevel (Menou e Tabachnik 2003) Nos casos estudados a principal causa de instabilidade eacute a presenccedila de corpos pertubadores em oacuterbitas muito excecircntricas Vale lembrar que a alta excentricidade eacute uma caracteriacutestica intriacutenseca da maioria dos planetas extraso lares conhecidos devido a lim itaccedilotildees dos instrum entos de detecccedilatildeo Considerando que este estudo foi realizado com base em uma populaccedilatildeo aparentemente viciada a proporccedilatildeo de de estrelas candidatas a abrigar ao menos um planeta habitaacutevel eacute muito promissora

Onde procurar mais informaccedilatildeo

The Extrasolar Planets Encyclopedia(Jean Schneider CNRS Paris)

httpcfa-wwwharvardeduplanetsencyclhtml

The Geneva Extrasolar Planet Search Programmes(M Mayor)

httpobswwwunigech~udryplanetplanethtml

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PLANETOLOGIA

Comentaacuterios Finais

Os planetas que conhecemos hoje tiveram uma origem desenvolveram uma dinacircmica e foram detectados por noacutes em algum momento mais avanccedilado de suas existecircncias Esta eacute a ordem causal das coisas A origem destes objetos determinou caracteristicas intriacutensecas tais como suas localizaccedilotildees tipos de oacuterbitas e massas

O estudo da dinacircmica destes corpos trata de entender suas evoluccedilotildees orbitais estabilidades e efeitos sobre a estrela No entanto eacute a nossa capacidade de deduccedilatildeo que nos habilita a detectaacute- los Na praacutetica invertemos a ordem causal e a partir das caracteriacutesticas orbitais e de massa que detectamos aplicamos dinacircmicas conhecidas sobre estabilidade e evoluccedilatildeo orbital para tentar entender a origem destes corpos celestes Estamos fazendo uma espeacutecie de Arqueologia dos sistemas planetaacuterios buscando caracteriacutesticas dinacircmicas atuais que sejam indiacutecios do que aconteceu no passado

Eacute importante lembrar que o estudo dos planetas extrasolares representa uma aacuterea muito nova de conhecimento A primeira determinaccedilatildeo orbital

ldquoconfiaacutevelrdquo de um sistema muacuteltiplo exoplanetaacuterio data de 2001 Portanto ainda existem muitas perguntas sem respostas e satildeo muito poucas as que podemos responder completamente

As oacuterbitas estimadas dos exoplanetas sugerem formaccedilotildees eou evoluccedilotildees diferentes quando comparadas com o nosso proacuteprio Sistema Solar Embora apresente problemas a explicaccedilatildeo mais aceita pelos pesquisadores para a evoluccedilatildeo destes sistemas eacute a migraccedilatildeo Entre os mecanismos propostos o que melhor se encaixa nos dados disponiacuteveis eacute a hipoacutetese de migraccedilatildeo por interaccedilatildeo entre planetas e discos de gaacutes

Quanto agrave possibilidade de encontrarmos planetas s em elh an tes ao nosso a inda estam os engatinhando Nossa incapacidade instrumental vem sendo compensada pela criatividade teoacuterica Enquanto natildeo desenvolvemos aparelhos de medida capazes de detectar objetos tatildeo pequenos vamos elaborando criteacuterios de seleccedilatildeo para as estrelas onde devemos encontrar fontes mais promissoras De qualquer forma o importante eacute que natildeo perdemos de vista a ideacuteia de que ldquoencontrar-nos sozinhos neste imenso Universo seria um tremendo desperdiacutecio de espaccedilordquo (in Contato Carl Sagan) pound

Referecircncias

- Cirkovic MM (2005) Boundaries of the habitable zone unifying dynamics astrophysics and astrobiology In Dynamics of Populations of Planetary Systems Proceedings IAU Colloquium No 197 Z Knezevic amp A Milani Eds Cambridge University Press- Goldreich P e Tremaine S (1979) The excitation of density waves at the Lindblad and corotation resonances by an external potential The Astrophysical Journal 233 857-871- Goldreich P e Tremaine S (1980) Disk-satellite interactions The Astrophysical Journal 241 425shy441- Hart MH (1978) Habitable zones about main sequence stars Icarus 37 351357- Laskar J (1994) Large-scale chaos in the solar system Astronomy amp Astrophysics 287 L9-L12- Menou K e Tabachnik S (2003) Dynamics habitability of known extrasolar planetary systems The Astrophysical Journal 583 473-488- NASA 2003

Walkiria Schulz eacute astrocircnoma formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutora em Engenharia e Tecnologia Espaciais pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Atualmente trabalha para a Comisioacuten Nacional de Actividades Espaciales (CONAE - Argentina)

Cristiaacuten Beaugeacute eacute astrocircnomo formado pela Universidad Nacional de Coacuterdoba (UNC - Argentina) e doutor pelo Instituto de Astronocircmia Geofiacutesica e Ciecircncias Atmosfeacutericas (IAG) da Universidade de Satildeo Paulo (USP) Atualmente daacute aulas e realiza pesquisas no Observatoacuterio Astronoacutemico de Coacuterdoba (OAC - UNC)

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RetificaccedilatildeoCaros leitores a Revista macroCOSMOcom retifica

nesta ediccedilatildeo o artigo nomeado nCataacutelogo Jatobaacute publicado em nossa ultima ediccedilatildeo (Ano II - Ediccedilatildeo ndeg 21 - Agosto de 2005) por conter informaccedilotildees errocircneas redigidas pelos seus autores O cataacutelogo utilizado e nomeado pelos autores como Cataacutelogo Jatobaacute na realidade se chama Cataacutelogo REA-Brasil um cataacutelogo de objetos difusos para o Hemisfeacuterio Sul tendo sido preparado originalmente pelo astrocircnomo amador Tasso Napoleatildeo para a APAA (Associaccedilatildeo Portuguesa de Astrocircnomos Amadores) natildeo tendo em sua criaccedilatildeo nenhuma participaccedilatildeo de membros da Associaccedilatildeo de Amadores de Astronomia de Satildeo Paulo conforme citado no artigo mesmo porque essa entidade jaacute havia deixado de existir mais de vinte anos antes

O cataacutelogo foi criado por Tasso Napoleatildeo nos anos 90 e natildeo nos 80 conforme relatado pelos autores Subsequumlentemente agrave sua criaccedilatildeoesse cataacutelogo sofreu diversas atualizaccedilotildees sendo que a versatildeo publicada na uacuteltima ediccedilatildeo da Revista macroCOSMOcom estava tam beacutem desatua lizada Na presente ediccedilatildeo apresentamos aos leitores e por gentileza de seu criador Tasso Napoleatildeo a lista completa do nCataacutelogo REA-Brasil um cataacutelogo de objetos difusos para o Hemisfeacuterio Sulem sua uacuteltima revisatildeo feita em fins de 2004

Hemerson Brandatildeo Revista macroCOSMOcom

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ASTRONOMIAOBSERVACIONAL

Nebulosa do Esquimoacute

C a t aacute l o g o REA-BrasilUm cataacutelogo de Objetos Difusos para o Hemisfeacuterio Sul

Tasso Augusto Napoleatildeo | REA-Brasiltassonapoleaoigcombr

As referecircncias histoacutericas aos objetos difusos (na eacutepoca chamados genericamente de ldquonebulosasrdquo) iniciam-se no seacuteculo XVII A famosa ldquonebulosardquo de Androcircmeda (a galaacutexia que conhecemos por M31) foi mencionada pela primeira vez por Simon Marius em 1612 Jaacute a nebulosa de Oacuterion (M42) eacute referida em trabalhos do jesuiacuteta Johannes Cysat (ou Cysatus) em Ingolstadt Alemanha em 1619 e foi descrita detalhadamente pelo grande astrocircnomo e fiacutesico holandecircs Christiaan Huygens (1629-1695) no ano de 1694

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O primeiro cataacutelogo organizado de objetos difusos data de 1771 e foi elaborado pelo astrocircnomo francecircs Charles Messier (1730-1817) para distinguir esses objetos de cometas Sua versatildeo revista seria publicada por Messier em 1781 e ateacute hoje mais de duzentos anos depois ela ainda eacute uma referecircncia baacutesica para os astrocircnomos amadores

O grande avanccedilo na catalogaccedilatildeo das ldquonebulosasrdquo entretanto eacute devido a William Herschel (1738-1822) que com o auxiacutelio de sua irmatilde Caroline publicaria em 1786 o seu ldquoCatalogue of a Thousand New Nebulae and Star Clusters seguido em 1789 por um segundo cataacutelogo com mais mil objetos e em 1802 por quinhentos objetos adicionais Os trabalhos de Herschel seriam enriquecidos por seu filho John Herschel que publicaria em 1864 o ldquoGeneral Cataloguersquorsquo com 5079 objetos Finalmente John Dreyer em 1888 catalogaria 13226 objetos

em seu ldquoNew General Catalogue of Nebulae and Clusters of Stars (NGC) e seu suplemento ldquoIndex Cataloguersquorsquo (IC) Esses dois trabalhos se tornaram praticamente o padratildeo geral para a identificaccedilatildeo de objetos difusos inclusive os austrais

No entanto ainda nos dias de hoje a referecircncia mais utilizada pelos astrocircnomos amadores do hemisfeacuterio sul continua sendo o cataacutelogo de Messier Isto traz uma desvantagem evidente natildeo estatildeo incluiacutedos nele os objetos com declinaccedilotildees mais austrais (e sabemos que o hemisfeacuterio sul celeste eacute particularmente rico nestes objetos) A soluccedilatildeo mais comum eacute o uso dos cataacutelogos NGC e IC Entretanto por serem estes muito extensos nem sem pre os astrocircnom os am adores estatildeo fam ilia rizad o s com sua nom encla tu ra Pouquiacutessimas satildeo as publicaccedilotildees em que se tentou listar um cataacutelogo resumido dos objetos difusos

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ASTRONOMIAOBSERVACIONAL

mais s ignificativos quando observados do Hemisfeacuterio Sul

O cataacutelogo a seguir com 112 objetos pretende ser uma recomendaccedilatildeo do autor para a observaccedilatildeo dos objetos difusos mais atraentes vistos desde latitudes de cerca de 23deg sul A seleccedilatildeo dos objetos foi criteacuterio pessoal do autor e foi baseada em anos de observaccedilatildeo dos mesmos com instrumentos que vatildeo desde binoacuteculos 7x50 mm ateacute telescoacutepios com aberturas de 500 mm mdash ou seja uma faixa acessiacutevel agrave m aior parte dos instrum entos am adores Naturalmente natildeo haacute a pretensatildeo de tornaacute-lo um cataacutelogo formal mas apenas a de orientar os observadores iniciantes para a contemplaccedilatildeo destes beliacutessimos objetos

Estatildeo incluiacutedos aqui todos os objetos geralmente catalogados como ldquodifusosrdquo galaacutexias nebulosas difusas aglom erados abertos aglom erados

coordenadas e dos paracircmetros relevantes a cada classe satildeo fornecidos os nomes populares de cada objeto Naturalmente nesta relaccedilatildeo omitimos alguns objetos que apesar de importantes estatildeo muito ao norte para permitir uma boa visualizaccedilatildeo nas latitudes consideradas neste caso estatildeo por exemplo as interessantes galaacutexias M81 (NGC 3031) e M82 (NGC 3034) em Ursa Maior a nebulosa planetaacuteria ldquoda corujardquo M97 (NGC 3587) etc De forma geral nosso ldquocorterdquo foi feito na declinaccedilatildeo de 50deg norte

Em contrapartida estatildeo incluiacutedos objetos beliacutessimos como os aglomerados abertos de Carina Vela e Puppis as Nuvens de Magalhatildees uma seacuterie de objetos em Centaurus Crux Ara Tucana e Sculptor e diversos outros que geralmente natildeo satildeo m encionados nos cataacutelogos p reparados especificamente para os observadores do Hemisfeacuterio Norteglobulares e nebulosas planetaacuterias Aleacutem das

Referecircncias recomendadas para objetos adicionais aos mencionados no presente cataacutelogo

- Burnham Robert Celestial Handbook Dover 1978 (3 vols)- Jones Kenneth Glyn (ed) Webb Society Deep Sky Observerrsquos Handbook Enslow 1987 (7 vols)- Malin David and Frew David Hartungrsquos Astronomical Objects for Southern Telescopes Cambridge 1995

Tasso Augusto Napoleatildeo eacute engenheiro quiacutemico pela POLI-USP com mestrado pela FGV-SP tendo estudado astronomia e astrofiacutesica no Instituto de Astronomia Geofiacutesica e Ciecircncias Atmosfeacutericas da USP Fundador (em 1988) e atualmente Diretor Cientiacutefico da REA BRASIL (Rede de Astronomia Observacional) Tasso dedica-se no momento agrave fotometria CCD de estrelas variaacuteveis particularmente as cefeidas de periacuteodo ultracurto (USPCs) agrave espectrometria de estrelas peculiares e agrave busca de supernovas extragalaacutecticas com telescoacutepios robotizados dentro do programa BRASS (Brazilian Supernovae Search) que jaacute descobriu nove supernovas em seu primeiro ano de operaccedilatildeo

1 Na tabela a seguir estatildeo indicados (ordenados por ascensatildeo reta)1 Ref Nuacutemero de referecircncia no presente cataacutelogo2 NGC Nuacutemero do objeto no cataacutelogo NGC (ou quando indicado IC)3 AR Ascensatildeo Reta (equinoacutecio 20000)4 Dec Declinaccedilatildeo do objeto (equinoacutecio 20000)5 Tipo Tipo do objeto

GA - galaacutexia A A - aglom erado aberto AG - aglom erado globular ND - nebulosa difusa NP - nebulosa planetaacuteria RSN - restos de supernova

6 mv M agnitude visual integrada do objeto7 Dim Dim ensatildeo do objeto em minutos (ou quando indicado segundos) de arco8 Const Conste laccedilatildeo9 Notas Outras designaccedilotildees do objeto (como o nuacutem ero M essier ou os nomes populares)

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Cataacutelogo REA-BRASILRef NGC

AR (200 DD)

Dec(2DDDD)

Tipo mv Dim C onsl Notas

001 55 OOh 140 -30 1 11 GA 70 30x5 Sl

002 104 OOh 241 -72deg 06 AG 40 31 Tuc 47 Tucanae

003 - OOh 525 - 72deg 43 GA 15 210 Tuc Pequena Nuvem de Magalhatildees

004 224 OOh 427 -H 4r 15 GA 34 130x50 And M31 - Galaacutexia de Androcircmeda

005 253 OOh 475 -25deg 17 GA 72 25x7 Sl Moeda de Praia

005 352 01 h 032 -70 0 51 AG 55 13 Tuc

007 503 01 h 330 +30deg 30 GA 57 50x40 Tri M33 - Galaacutexia do Triacircngulo

003 523 01 h 357 +15deg 47 GA 01 10 Psc M74

000 1053 02h 427 -00deg 01 GA 30 5x5 Cet M77

010 1007 02h 453 -30deg 17 GA 03 0x7 For

011 1201 03h 173 -41 1 03 GA 35 10x0 Eri

012 1315 03h 227 -37deg 12 GA 33 7x5 For Fornax A

013 - 03h 470 +24deg 07 AA 12 110 Tau Pleiades

014 1535 04h 142 -12deg 44 NP 05 20 Eri PK 205 - 401

015 - 04h 157 +15deg 31 AA 300 Tau Hyades

015 - 05h210 -53deg 20 GA 10 400 Dor Grande Nuvem de Magalhatildees

017 1052 05h 344 +22deg 01 RSN 34 5x4 Tau M1

013 1075 05h 354 -05deg 27 ND 30 50 Ori M42 - Nebulosa de Orion

010 1050 05h 351 +34deg 03 AA 50 12 Aur M35

020 2070 05h 337 -50deg 05 ND 54 40x25 Dor Nebulosa Taracircntula 30 Dor

021 IC 434 05h 335 -02deg 25 ND 50x15 Ori Inclui a cabeccedila de cavalo

022 2024 05h 410 - O r 51 ND 10x4 Ori

023 2000 05h 524 +32deg 33 AA 50 23 Aur M37

024 2153 05h 030 +24deg 20 AA 52 30 Gem M35

025 2244 05h 324 +04deg 52 AAND 43 24 Mon Nebulosa da Roseta

025 2237 05h 470 -20deg 44 AA 43 33 CMa M41027 2302 07h 202 +20deg 55 NP 01 40 Gem Nebulosa do Esquimoacute

023 2422 07h 355 -14deg 30 AA 43 20 Pup M47

0202437

243307h 413 -14deg 40 AANP 51 27 Pup

Aglomerado aberto M45

com a NP2433 no interior

030 2440 07h 410 -13deg 13 NP 04 20 Pup PK 234 +021

031 2447 07h 445 -23deg 52 AA 55 22 Pup M03

032 2451 07h 454 -37deg 53 AA 37 45 Pup

033 2477 07h 523 -33deg 33 AA 53 25 Pup

034 2515 07h 533 -50deg 52 AA 33 30 Car

035 2547 03h 107 -40deg 15 AA 47 20 Vel035 2545 0$h 124 -37deg 33 AA 52 40 Pup

037 2543 0$h 133 -05deg 43 AA 55 54 Hya M43

033 2532 OSh 401 +10deg 50 AA 31 05 Cnc M44 - Preseacutepio

030 2303 OOh 120 -54deg 52 AG 52 14 Car

040 2357 OOh 214 -53deg 10 NP 07 12 Car PK 273 - 51

041 3114 10h 027 -50deg 07 AA 42 35 Car

042 3132 10h 077 -40deg 25 NP 02 45 Vel PK 272 +1 21

043 3242 10h 243 -13deg 33 NP 77 40 Hya Fantasma de Juacutepiter

044 3203 10h 353 -53deg 14 AA 47 5 Car

045 IC 2502 10h 432 -54deg 24 AA 10 50 Car Pleiades do Sul

045 3351 10h 440 +11deg 42 GA 07 5x7 Leo M05

047 3372 10h 451 -50deg 41 ND 25 120 Car Nebulosa de Ela Carinae

043 3353 10h 453 +11deg 40 GA 01 5x7 Leo M05

040 3532 11 h 054 -53deg 40 AA 31 55 Car

050 3523 11 h 130 +13deg 05 GA 03 10x3 Leo M55

051 3527 11 h 202 +12deg 50 GA 00 0x4 Leo M55

052 3755 11 h 351 -51 deg 37 AA 45 12 Cen

053 3013 11 h 503 -57deg 11 PN 31 12 Cen

054 4254 12h 133 +14deg 25 GA 03 5 Com M00

055 4253 12h 100 +17deg 13 GA 33 13x7 CVh M105

54 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

1 Ref NGCAR

(200 00)Dec

(20000)Tipo mv Dim Const Notas

056 4303 12h 219 +04 28 GA 97 6x5 Vir M61057 4321 12h 229 +1549 GA 94 6 Com M100

058 4374 12h 251 +12ldquo 53 GA 93 5x4 Vir M84

059 4382 12h 254 +18 11 GA 93 7x5 Vir M85

060 4406 12h 262 +1257 GA 91 7x5 Vir M86

061 4472 12h 298 +08 00 GA 84 9x7 Vir M49

062 4486 12h 308 +1224 GA 86 7 Vir M87 Viacutergo A

063 4501 12h 320 +1425 GA 95 6x3 Com M88

064 4565 12h 363 +25 59 GA 96 16x3 Com

065 4569 12h 368 +1310 GA 95 9x4 Vir M90

066 4579 12h 377 +11 49 GA 98 5x4 Vir M58

067 4594 12h 400 -11 3 7 GA 80 8x4 Vir M104 Sombrero

068 4621 12h 420 +11 39 GA 98 5x3 Vir M59

069 4649 12h 437 +11 33 GA 88 7x6 Vir M60

070 4736 12h 509 +41 07 GA 82 10 CVn M94

071 4755 12h 536 -60 20 AA 42 10 Cru Caixa cie Joacuteias

072 4826 12h 567 +21 41 GA 85 9x5 Com M44 Olho Negro

073 4945 13h 051 -49 28 GA 84 20x4 Cen

074 5055 13h 158 +42 02 GA 86 12x8 CVn M63 Girassol

075 5128 13h 255 +4301 GA 68 18x14 Cen Centaurus A

076 5139 13h 268 -47 29 AG 35 36 Cen Omega Centauri

077 5194 13h 299 +4712 GA 84 12x6 CVn M51 Redemoinho

078 5236 13h 370 -29 52 GA 75 10 Hya M83079 5272 13h 422 +28 23 AG 63 19 CVn M3

080 5904 15h 186 +02 05 AG 58 20 Ser M5

081 6121 16h 236 -26 32 AG 59 24 Sco M4

082 6205 16h 417 +36 28 AG 58 17 Her M13

083 6218 16h 472 -01 57 AG 68 14 Oph M12

084 6254 16h 571 -04 06 AG 66 15 Oph M10

085 6266 17h 012 -30 07 AG 67 14 Oph M62

086 6273 17h 026 -26 1 6 AG 67 13 Oph M19

087 6302 17h 137 -37 06 NP 96 15x05 Sco PK 349+011

088 6362 17h 319 -67 03 AG 76 11 Ara

089 6388 17h 363 -44 44 AG 67 9 Sco

090 6405 17h 401 -32 1 3 AA 46 14 Sco M6 Borboleta

091 6397 17h 407 -53 40 AG 58 25 Ara

092 6475 17h 539 -34 49 AA 33 80 Sco M7

093 6494 17h 568 -19 0 1 AA 55 27 Sqr M23

094 6514 18h 026 -23 02 ND 70 29x27 Sqr M20 Triacutefida

095 6523 18h 038 -24 23 ND 40 90x40 Sqr M8 Laquna

096 6541 18h 080 -43 42 AG 66 13 CrA

097 6611 18h 188 -13 4 7 NDAA 60 8 Ser Nebulosa da Aguia

098 6618 18h 208 -16 1 1 ND 60 46x37 Sqr Nebulosa Om eqaou Cisne

099 6626 18h 245 -24 52 AG 70 11 Sqr M28

100 6656 18h 364 -23 54 AG 51 24 Sqr M22

101 6705 18h 511 -06 1 6 AA 58 13 Sct M11

102 6720 18h 536 +33 02 NP 88 1 Lyr Nebulosa do Anel

103 6744 19h 098 -63 5 1 GA 84 16x10 Pav

104 6752 19h 109 -59 59 AG 54 20 Pav

105 Col 399 19h 254 +2011 AA 36 60 Vul Cabide

106 6809 19h 400 -30 58 AG 63 19 Sqr M55

107 6818 19h 440 -14 0 9 NP 93 25 Sgr PK 025 -17 1

108 6853 19h 596 +22 43 NP 74 8x4 Vul Nebulosa do Sino109 7009 21 h 042 -11 2 2 NP 80 05x15 Aqr Nebulosa Saturno

110 7078 21 h 300 +1210 AG 63 12 Peg M15

111 7089 21 h 335 -00 49 AG 64 11 Aqr M2

112 7293 22h 296 -20 48 NP 65 15x11 Aqr Nebulosa da Heacutelice

Com pilaccedilatildeo Tasso Napoleatildeo Novembro de 2004

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 55

- e

macroGALERIA

L - i l VV bull rsquo- - bull bull t bull

gt

V iacute I V -

Embora-dispeacutense maacuteioacuteregraves apresentaccedilotildees rsquo os V objetos L - _ _ _ iacute ________ t___A _ _ iacute _ o - i _

v T gt - vi carvatildeo aglomerado aberto NGC 4852 The running

chicken (IC 2944) aglomerado aberto NGC 4052 aleacutem de - -vaacuteriacuteas nebulosas escuras Foram utilizadas uma Camera

O T n lsquo J n r gt _ r u ___ _ l i a l mdashI l a _ j _ A a ___ ___ _

Nikon 50mm a f4 com 10 sub-integraccedilotildees de 3m e montagem TakacirchaacuteshjVEMio- gentilmente cedida por pedrp Reacute A fotpforfeitanoacute Observatoacuterio Mamalluca na

cidade de Vicuna Chile em Abril de 2005

- Joseacute Carlos Dinizr bull bull raquo bull - n_ - raquo - w f i dinizastroterracombr

56 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

R6A

Campanhas observacionais - REA BRASIL SetembroOutubro de 2005

httpwwwreabrasilorg

A Secccedilatildeo Lunar juntamente com as Secccedilotildees Lunissolar e Estaccedilatildeo Costeira 1 da REA-Brasil novamente convida a todos para que em cadeia nacional faccedilam observaccedilatildeo e registro (reporte e imagem) desses eventos celestes para as devidas reduccedilotildees cientiacuteficas

07092005 - Impactos Lunares (Chuva de Meteoros Pupideos)A possibilidade de avistamento de impacto eacute de 44 na porccedilatildeo natildeo iluminada da

Lua agraves 0206 TU + 11 hrs Maiores informaccedilotildees httplunarastrodatabasenet

04102005 - Emersatildeo de Mercuacuterio

Emersatildeo de Mercuacuterio (-06 mag) na borda iluminada da Lua5h 46m 8s HL Nascer do Sol

6h 22m 4s HL Nascer da Lua Magnitude -48 Fase 00056h 24m 16s HL Nascer de Mercuacuterio Magnitude -06 Fase 0946

Cidade Emersatildeo (hh mm ss TU) na borda iluminada da LuaRio de Janeiro 102937 TUMacaeacute 102847 TUSalvador 095636 TUM ococa 10259 TU

Esta Emersatildeo de Mercuacuterio eacute um evento desafiador para observaccedilatildeo porque acontece agrave luz do dia e a cerca de 12 graus acima do horizonte Aleacutem disso a Lua vai estar com a idade de apenas 1 dia ou seja um finiacutessimo crescente iluminado em apenas 12

Ainda temos o Sol que estaraacute a 12 graus acima da Lua Interessante notar que Juacutepiter estaraacute a 2 graus a Leste da Lua e Spica (mag 104) a 2 graus a Oeste da foice iluminada

Para a cidade do Rio de Janeiro seraacute possiacutevel acompanhar a Imersatildeo na borda escura da Lua com Mercuacuterio a 4 graus acima do horizonte enquanto que a Emersatildeo acontece a 18 graus acima do horizonte Em todo caso este eacute um bom momento para encontrar Juacutepiter (mag -17) a luz do dia utilizando binoacuteculo tendo a Lua como referecircncia httplunarastrodatabasenet

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 57

R6A

19 e 20102005 - Ocultaccedilatildeo das PlecirciadesPlecirciades (mag 30) diacircmetro 100 elongaccedilatildeo solar 147

Mapa de Visibilidade global (IOTA) httplunarastrodatabasenetocult_pleiades_20out05jpg

Mapa da Trajetoacuteria do evento para algumas cidades brasileiras (Joseacute Agustoni - Zeca) httppaginasterracombrlazerzecaastronomiaindexhtm

Condiccedilotildees individuais para algumas estrelas do M45 (em relaccedilatildeo as coordenadas Lat 4721S e Long 2118W) - Hora Local de Brasiacutelia GM T -3

Estrela e Magnitude Imersatildeo(1910)

Emersatildeo(1910) Notas

SAO 76131 E LEC TR A (17 TAURI) 38 mag

22h038m 22h301 m Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76172 M E R O P E (23 TAURI) 42 mag 22h124m 23h127m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76126 CELAENO (16 TAURI) 54 mag - -

224h - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76140 T AY G E T A (19 TAURI) 44 mag

- -228h - Lua passa a 04 graus de

separaccedilatildeo da estrelaSAO 76199 A L C Y O N E (ETA T AU R I) 30 mag 22h482m 23h532m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76155 MAIA (20 TAURI) 40 mag - -

229h - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76215 104 B TAURI 5 5m ag

- - 23Oh - Lua passa a 06 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76137 18 TAURI 56mag - -

2 3 1h - Lua passa a 07 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76159 A S T E R O P E

(21 TAURI) 58 mag- -

2 3 1h - Lua passa a 04 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 9056 PLEIONE (28 BU TAU R I) 4 8m ag

1910 as 23h440m

2010 as 0h427m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

Glose to SAO 76228 ATLAS (27 TAURI) 38

mag- -

24Oh - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

Alexandre Am orimCoordenador da Costeira 1 e Secccedilatildeo Cometas REA-Br

httpcosteira1astrodatabasenet Dennis W eaver de Medeiros Lima

Gerente de Projeto Ocultaccedilotildees Lunares - dwastronomiayahoocombrHeacutelio C Vital

Coordenador da Secccedilatildeo Eclipse REA-Br (Site Lunissolar) httpwwwgeocitiescomlunissolar2003

Rosely Gregio Coordenadora da Secccedilatildeo Lunar - REA-Brasil

rgregiouolcombr REA Brasil httpwwwreabrasilorg

58 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

FASES DA LUA

Dia 3 de Setembro - Lua Nova Dia 11 de Setembro - Lua Quarto Crescente

Dia 17 de Setembro - Lua Cheia Dia 25 de Setembro - Quarto Minguante

2005SETEMBRO

Rosely Greacutegio | Revista macroCOSMOcom rgregiouolcombr

MUDANCcedilA DE ESTACcedilAtildeO 22 de Setembro 19h232m - Equinoacutecio da Primavera para o Hemisfeacuterio Sul e Equinoacutecio de Outono para o Hemisfeacuterio Norte

COMETAS VISIacuteVEIS (ATEacute 12 MAGNITUDE)Salvo novas descobertas e explosotildees de brilho temos

Hemisfeacuterio Sul

A n o ite c e r N o ite A m a n h e c e r IC2004 EM (LINEAR)

mag 10C2004 EM (LINEAR)

maq 10C2004 EM (LINEAR)

mag 10

9P Tem pe i 1 mag 11 9P Tem pe l 1 mag 1121 PGiacobini- Zinner

maq 12C2005 E2 (McNaught)

Maq 11C2005 E2 (McNaught)

Maq 11C2005 E2 (McNaught)

Mag 11C2004 Q2 (Machholz)

Maq 12- -

Hemisfeacuterio Norte

A n o ite c e r N o ite A m a n h e c e r j161P 2004 V2 (Hart ley- IRAS)

mag 10C2005 E2 (McNaught)

mag 11C2004 EM (LINEAR)

mag 11

9P Tem pe i 1 mag 11 -21 PGiaco bini- Zinner

mag 12C2005 E2 (McNaught)

mag 11- -

C2004 Q2 (Machholz) mag 12 - -

CHUVA DE METEOROS

I R a d ia n te D u ra ccedil atilde o M aacute x im o |Gamma A quar idas 1 a 14 de setembro 78 de setembroAlpha Tr iangulidas 5 a 15 de setembro 1112 de setembroAlpha Aurig idas (AUR) 25 de aqo a 6 de setembro 12 de setembroEta Draconidas 28 de aqo a 23 de setembro 1213 de setembroGamma Piscidas 26 de aqo a 22 de outubro 2324 de setembroPisc idas Sul (SPI) 12 de aqosto a 7 de outubro De 11 a 20 de setembro

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 59

EFEMERIDES

Quinta-feira 1 de setembro

Lanccedilamento NROL-25 Delta 4M Asteroacuteide 5554 Keesey passa proacuteximo da Terra

(0915 UA)Equaccedilatildeo de Tempo -005 min Urano em Oposiccedilatildeo02h Urano Mag=57 m melhor observado de 191h

- 55h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-10m melhor observado de

230h - 60h LCT (Ari)5h090m Nascer da Lua no ENE (Cnc)59h Mercuacuterio Mag=-11m melhor observado de

57h - 60h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

46h - 60h LCT (Cnc)6h205m Nascer do Sol no E 16h217m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h023m Ocaso do Sol no W 183h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)183h Juacutepiter Mag=-18m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)18h43m Vecircnus passa a 12 graus de Juacutepiter 19 6h V ia-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo

Sexta-feira 2 de setembro

Cometa P2004 VR8 (LONEOS) em Perieacutelio (2376 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 026 min 01h Urano Mag=57 m melhor observado de 188h

- 53h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-11m melhor observado de

229h - 60h LCT (Ari)5h452m Nascer da Lua no ENE (Leo)60h Mercuacuterio Mag=-11m melhor observado de

58h - 60h LCT (Leo)60h Saturno Mag=03 m melhor observado de

45h - 60h LCT (Cnc)6h196m Nascer do Sol no E 17h133m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h025m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -207h LCT (Vir)19 6h V ia-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo

AGENDADIAacuteRIA

Plutatildeo Estacionaacuterio Iniciando M ovim ento Progressivo

Saacutebado 3 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 31 (OTM-31) Cometa P1998 W1 (Spahr) em Perieacutelio (1730

UA)Equaccedilatildeo de Tempo 058 min 01h Urano Mag=57 m melhor observado de 188h

- 52h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-11m melhor observado de

229h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-12m melhor observado de

58h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

44h - 59h LCT (Cnc)6h185m Nascer da Lua no ENE (Leo)6h187m Nascer do Sol no E 15h454m Lua Nova 18h028m Ocaso do Sol no W 18h036m Ocaso da Lua no W (Leo)184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -207h LCT (Vir)195h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo

Domingo 4 de setembro

Em 1905 Paul Gotz descobria o Asteroacuteide 571 Dulcineia

No Calendaacuterio Hebreu eacute o Primeiro dia do Elul mecircs 13 do ano 5765 comeccedilando ao ocaso do Sol (Ano Bissexto)

No Calendaacuterio Islacircmico Tabular eacute o Primeiro dia do Sharsquoban mecircs 8 do ano 1426 comeccedilando ao pocircr- do-sol

Equaccedilatildeo de Tempo 091 min 44h Marte Mag=-11m melhor observado de

228h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-12m melhor observado de

58h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

44h - 59h LCT (Cnc)6h178m Nascer do Sol no E 6h499m Nascer da Lua no E (Leo)12h55m Mercuacuterio passa a 11 graus da estrela

Regulus mag 14 (Leo)

60 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMERIDES

18h030m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -206h LCT (Vir)18h531m Ocaso da Lua no W (Vir)19h068m Io (62 mag) Iniacutecio do T racircnsito 19 4h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h523m Io (62 mag) Iniacutecio do Tracircnsito da

Sombra20h127m Io (62 mag) em Conjunccedilatildeo Inferior 239h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 51 h LCT (Aqr)

Segunda-feira 5 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 124 min 44h Marte Mag=-11m melhor observado de

228h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-13m melhor observado de

59h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

43h - 59h LCT (Cnc)6h168m Nascer do Sol no E 7h205m Nascer da Lua no E (Vir)18h033m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado

de 184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado

de 184h -206h LCT (Vir)194h Via-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo19h240m Io (62 mag) Final do Eclipse 19h428m Ocaso da Lua no W (Vir)239h Urano Mag=57 m melhor observado

de 189h - 50h LCT (Aqr)

Em

18h035m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -20 9h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -20 5h LCT (Vir)193h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo20h336m Ocaso da Lua no W (Vir)21 h Chuveiro de Meteoros Arietiacutedeos de Outubro

(Cet)

Quarta-feira 7 de setembro

Campanha Observacional Secccedilatildeo Lunar REA- Brasil - Impactos Lunares (Chuveiro Pupideos (PUP) A possibilidade de avistamento de impacto eacute de 44 na porccedilatildeo natildeo iluminada da Lua Todas as informaccedilotildees em httplunarastrodatabasenet Participe

Ocultaccedilatildeo de Vecircnus pela Lua para parte da Aacutefrica e Antarctica a 8h TU

httpwwwlunar-occultationscomiotaplanets 0907venushtm

Equaccedilatildeo de Tempo 191 min

7 de setembro de 2005 a sonda Cassini sobrevoa a lua Titan de Saturno httpsaturnjplnasagov

Terccedila-feira 6 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 158 min 43h Marte Mag=-11m melhor observado

de 22 7h - 59h LCT (Ari)59h Saturno Mag=03 m melhor observado

de 43h - 59h LCT (Cnc)6h159m Nascer do Sol no E 7h515m Nascer da Lua no E (Vir)9h34m Vecircnus passa a 17 graus da estrela

Spica 1 mag (Vir)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

copy NA

SA

JPL

S

pace

Sc

ience

In

stitu

te

61

EFEMEacuteRIDES

43h Marte Mag=-12m melhor observado de 227h - 59h LCT (Ari)

59h Saturno Mag=03 m melhor observado de 42h - 59h LCT (Cnc)

6h150m Nascer do Sol no E 8h240m Nascer da Lua no ESE (Vir)18h038m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -205h LCT (Vir)19 2h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo20h015m Europa (68 mag) Elongaccedilatildeo Oeste 21 h265m Ocaso da Lua no W S W (Vir)237h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 49h LCT (Aqr)

Quinta-feira 8 de setembro

Haacute 40 anos atraacutes Karou Ikeya e Tsutomu Seki descobriam o cometa Ikeya-Seki httpcosteira1astrodatabasenetcometaindexhtm

Em 1960 nascia a instituiccedilatildeo norte-americano do Marshall Space Center httpwwwmsfcnasagov

Em 1905 nascia Thomas Keith Glennan o primeiro administrador da NASA formalmente estabelecida em 1 de outubro de 1958

Equaccedilatildeo de Tempo 226 min 42h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 59h LCT (Ari)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

41 h - 59h LCT (Cnc)6h141m Nascer do sol no E 8h595m Nascer da Lua no ESE (Lib)

18h040m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -204h LCT (Vir)192h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h519m Io (62 mag) Elongaccedilatildeo Oeste 19h520m Europa (68 mag) Final do Eclipse 22h225m Ocaso da Lua no W S W (Lib)237h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 48h LCT (Aqr)

Sexta-feira 9 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 260 min 42h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

41h - 58h LCT (Cnc)6h131m Nascer do Sol no E 9h394m Nascer da Lua Az=1132 deg ESE (Lib) 18h042m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -204h LCT (Vir)19 1 h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h251m Lua em Libraccedilatildeo Oeste 217h Lua Passa a 04 graus da estrela SAO

183686 42 LIBRAE 51mag 23h218m Ocaso da Lua no W SW (Sco)236h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 47h LCT (Aqr)

Em 8 de setembro de 1975 era lanccedilada a sonda Viking 2 (Marte OrbiterLander)httpnssdcgsfcnasagovplanetaryvikinghtml

62 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

Saacutebado 10 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 32 (OTM- | 32)

Asteroacuteide 5836 (1993 MF) passa proacuteximo ao Asteroacuteide Vesta (0027 UA)

Asteroacuteide 5143 Heracles passa proacuteximo da Terra (2216 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 295 min41 h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

40h - 58h LCT (Cnc)6h122m Nascer do Sol no E 10h253m Nascer da Lua no ESE (Sco) 18h045m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -210h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -203h LCT (Vir)1 9 0h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo235h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 47h LCT (Aqr)

Domingo 11 de setembro

Cometa Singer Brewster em Perieacutelio (2041 UA) Em 1985 a sonda ICE ldquoInternational Cometary

Explorerrdquo passava pela cauda de iacuteon do cometa Giacobini-Zinner

httphyperphysicsphy-astrgsueduhbasesolargzhtml

Equaccedilatildeo de Tempo 330 min 0h241m Ocaso da Lua no W SW (Sco)41 h Marte Mag=-12m melhor observado de

225h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

40h - 58h LCT (Cnc)6h113m Nascer do Sol no E 8h366m Lua em Quarto Crescente 11h185m Nascer da Lua no ESE (Oph) 18h047m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -210h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -203h LCT (Vir)1 9 0h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo

Em 12 de Setembro de 1970 era lanccedilada a sonda Luna 16 (Soviet Lua Sample Return)

httpwwwcalskycomobserverluna16html

235h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 46h LCT (Aqr)

Segunda-feira 12 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 365 min 10h Lua passa a 02 graus da estrela SAO

185755 X SAGITTARII 42mag 1 h274m Ocaso da Lua no W S W (Sgr)40h Marte Mag=-13m melhor observado de

225h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

39h - 58h LCT (Cnc)6h103m Nascer do Sol no E 12h188m Nascer da Lua no ESE (Sgr)18h050m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -210h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -202h LCT (Vir)189h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo234h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 45h LCT (Aqr)

Terccedila-feira 13 de setembro

Asteroacuteide 9349 Lucas passa proacuteximo da Terra (0890 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 400 min 2h291m Ocaso da Lua no W S W (Sgr)3h455m Lua em Libraccedilatildeo Norte 40h Marte Mag=-13m melhor observado de

224h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

39h - 58h LCT (Cnc)6h094m Nascer do Sol no E 13h248m Nascer da Lua no ESE (Sgr)18h052m Ocaso do Sol no W

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 63

EFEMEacuteRIDES

185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de 185h -210h LCT (Vir)

185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 185h -202h LCT (Vir)

1 8 8h V ia-laacutectea m elhor posicionada para observaccedilatildeo

233h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 45h LCT (Aqr)

Quarta-feira 14 de setembro

Cometa Helin-Roman-Alu 2 passa proacuteximo da Terra (1384 UA)

Em 1915 nascia John Dobson Equaccedilatildeo de Tempo 436 min 00h Lua passa a 12 graus da estrela SAO

188742 59 SAGITTARII 46mag 04h Lua passa a 05 graus da estrela SAO

188722 OMEGA SAGITTARII 48mag 17h Lua passa a 06 graus da estrela SAO

188778 60 SAGITTARII 50mag 3h263m Ocaso da Lua no W SW (Sgr)39h Marte Mag=-13m melhor observado de

224h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=04 m melhor observado de

38h - 58h LCT (Cnc)6h084m Nascer do Sol no E 14h333m Nascer da Lua no ESE (Cap) 18h054m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -210h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -201h LCT (Vir)1 8 8h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h213m Ganimedes (58 mag) em Elongaccedilatildeo

Este233h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 44h LCT (Aqr)

Quinta-feira 15 de setembro

Cometa C2004 V3 passa proacuteximo da Terra (3320 UA)

Asteroacuteide 4116 Elachi passa proacuteximo da Terra (1012 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 472 min39h Marte Mag=-13m melhor observado de

223h - 58h LCT (Ari)

4h178m Ocaso da Lua no W S W (Cap)58h Saturno Mag=04 m melhor observado de

37h - 58h LCT (Cnc)6h075m Nascer do Sol no E 15h414m Nascer da Lua no ESE (Cap)18h057m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -201h LCT (Vir)187h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo232h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 43h LCT (Aqr)

Sexta-feira 16 de setembro

Asteroacuteide 1282 Utopia passa proacuteximo da Terra (1862 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 507 min

38h Marte Mag=-14m melhor observado de 223h - 57h LCT (Ari)

5h037m Ocaso da Lua no W S W (Aqr)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

37h - 57h LCT (Cnc)6h065m Nascer do Sol no E 10h518m Lua em Perigeu 16h474m Nascer da Lua no ESE (Aqr)18h059m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -200h LCT (Vir)V186h Via-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo19h110m Io (62 mag) Elongaccedilatildeo Este231h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 43h LCT (Aqr)

Saacutebado 17 de setembro

Asteroacuteide 6373 Stern passa proacuteximo da Terra (1883 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 543 min 38h Marte Mag=-14m melhor observado de

222h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

36h - 57h LCT (Cnc) 48d

64 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMEacuteRIDES

5h453m Ocaso da Lua no W (Aqr)6h056m Nascer do Sol no E 17h508m Nascer da Lua no E (Aqr)18h062m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -200h LCT (Vir)18 6h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo23h008m Lua Cheia230h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 42h LCT (Aqr)236h Mercuacuterio em Conjunccedilatildeo

Domingo 18 de setembro

Vecircnus oculta a estrela PPM 228686 (96 Mag) Equaccedilatildeo de Tempo 579 min 37h Marte Mag=-14m melhor observado de

222h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

36h - 57h LCT (Cnc)6h046m Nascer do Sol no E 6h242m Ocaso da Lua no W (Psc)18h064m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -199h LCT (Vir)1 8 5h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo18h523m Nascer da Lua no E (Cet)230h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 41 h LCT (Aqr)

S

Sonda Cassini Manobra Orbital 33 (OTM-33) Em 1905 Paul Gotz descobria os asteroacuteides 572

Rebekka 573 Recha 574 Reginhild e o 575 Renate Equaccedilatildeo de Tempo 615 min

37h Marte Mag=-14m melhor observado de 221h - 57h LCT (Ari)

57h Saturno Mag=04 m melhor observado de 35h - 57h LCT (Cnc)

6h036m Nascer do sol no E 7h020m Ocaso da Lua no W (Psc)

egunda-feira 19 de setembro

18h066m Ocaso do Sol no W 184h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -199h LCT (Vir)19h528m Nascer da Lua no E (Psc)229h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 41 h LCT (Aqr)

Terccedila-feira 20 de setembro

Asteroacuteide 1999 RQ36 passa pela Terra (0033 UA) Equaccedilatildeo de Tempo 650 min 36h Marte Mag=-14m melhor observado de

221h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

34h - 57h LCT (Cnc)6h027m Nascer do Sol no E 7h402m Ocaso da Lua no W N W (Ari)18h069m Ocaso do Sol no W 184h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -198h LCT (Vir)20h531m Nascer da Lua no ENE (Ari)228h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 40h LCT (Aqr)

Quarta-feira 21 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 686 min 36h Marte Mag=-15m melhor observado de

220h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

34h - 57h LCT (Cnc)6h017m Nascer do Sol no E 8h202m Ocaso da Lua no W N W (Ari)18h071m Ocaso do Sol no W 183h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -198h LCT (Vir)21 h534m Lua Nasce no ENE (Ari)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 65

EFEMERIDES

228h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 39h LCT (Aqr)

Quinta-feira 22 de setembro

Asteroacuteide 16035 Sasandford passa proacuteximo da Terra (1690 UA)

Em 1905 Paul Gotz descobria o Asteroacuteide 576 Emanuela

Equaccedilatildeo de Tempo 721 min 02h Lua passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 9048 TAU ARIETIS 52mag 35h Marte Mag=-15m melhor observado de

219h - 56h LCT (Ari)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

33h - 56h LCT (Cnc)6h008m Nascer do Sol no E 9h031m Ocaso da Lua no W N W (Tau) 18h074m Ocaso do Sol no W 18 2h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -197h LCT (Vir)19h232m Equinoacutecio de Prim avera para o

H em isfeacuterio Sul e Equinoacutecio Outonal para o Hemisfeacuterio Norte

227h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 39h LCT (Aqr)

22h535m Lua Nasce no ENE (Tau)236h Lua passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 76485 44 TAURI (IM) 54mag

Sexta-feira 23 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 34 (OTM-34) Asteroacuteide 2003 UV11 passa a 0032 UA do planeta

MercuacuterioAsteroacuteide 2865 Laurel passa proacuteximo da Terra

(1632 UA)Equaccedilatildeo de Tempo 757 min No Calendaacuterio Persa eacute o Primeiro dia do mehr

mecircs 7 do ano 1384 Marte Mag=-15m melhor observado de 2 1 9h -

56h LCT 34h (Tau)52h Lua Passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 76573 CHI TAURI 54mag 56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

33h - 56h LCT (Cnc)

5h598m Nascer do Sol no E 9h497m Ocaso da Lua no W N W (Tau)18h076m Ocaso do Sol no W 182h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -197h LCT (Vir)19h211 m Ganimedes (58 mag) iniacutecio do Tracircnsito

da Sombra226h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 38h LCT (Aqr) =157d 23h522m Nascer da Lua no ENE (Tau)

Saacutebado 24 de setembro

Em 1930 nascia John Young Pelo Calendaacuterio Civil Indiano eacute o Primeiro dia do

Asvina mecircs 7 do ano 1927Equaccedilatildeo de Tempo 792 min 34h Marte Mag=-15m melhor observado de

21 8h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

32h - 56h LCT (Cnc)5h589m Nascer do Sol no E 10h398m Ocaso da Lua no W N W (Tau)18h079m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -196h LCT (Vir)21 h Chuveiro de Meteoros Andromedideos (Psc) 226h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 37h LCT (Aqr)

Domingo 25 de setembro

Asteroacuteide 9342 Carygrant passa proacuteximo da Terra (0894 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 826 min 0h480m Nascer da Lua no ENE (Aur)33h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 8h - 56h LCT (Tau)3h408m Lua em Quarto Minguante 56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

31h - 56h LCT (Cnc)5h579m Nascer do Sol no E 11h327m Ocaso da Lua no W N W (Aur)18h082m Ocaso do Sol no W

66 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMEacuteRIDES

185h Mercuacuterio Mag=-10m melhor observado de 185h -185h LCT (Vir)

185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de 185h -213h LCT (Lib)

185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 185h -196h LCT (Vir)

225h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 37h LCT (Aqr)

Segunda-feira 26 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 861 min 1 h396m Nascer da Lua no ENE (Gem)2h305m Lua em Libraccedilatildeo Sul33h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 7h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

31h - 56h LCT (Cnc)5h570m Nascer do sol no E 12h272m Ocaso da Lua no W N W (Gem) 18h084m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-09m melhor observado de

185h -186h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -195h LCT (Vir)224h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 36h LCT (Aqr)

Em 26 de setembro de 2005 a sonda Cassini sobrevoa a lua Hiperion de Saturno

Terccedila-feira 27 de setembro

Lanccedilam ento Soyuz T M A -7 Soyuz FG (International Space Station 12S)

Vecircnus oculta a estrela PPM 229625 (109 Mag)Equaccedilatildeo de Tempo 895 min2h261 m Nascer da Lua no ENE (Gem)32h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 7h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

30h - 56h LCT (Cnc)5h560m Nascer do Sol no E 13h218m Ocaso da Lua no W N W (Cnc)18h087m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-09m melhor observado de

185h -187h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -195h LCT (Vir)224h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 35h LCT (Aqr)

Quarta-feira 28 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 35 (OTM-35) Asteroacuteide 1620 Geographos passa proacuteximo da

Terra (0740 UA)Em 1605 nascia Ismael BullialdusEquaccedilatildeo de Tempo 929 min 3h078m Nascer da Lua no ENE (Cnc)5h551m Nascer do Sol no E

12h198m Lua em Apogeu 14h153m Ocaso da Lua no W N W (Cnc) 18h090m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-08m melhor observado

de 185h-187h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41 m melhor observado

de 185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado

de 185h-194h LCT (Vir)223h Urano Mag=57 m melhor observado

de 190h - 35h LCT (Aqr)

Quinta-feira 29 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 962 min 31h Marte Mag=-16m melhor observado de

215h - 55h LCT (Tau)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 67

EFEMEacuteRIDES

3h452m Nascer da Lua no ENE (Leo)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

29h - 55h LCT (Cnc)5h542m Nascer do Sol no E 15h074m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h092m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-08m melhor observado de

185h -188h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -194h LCT (Vir)222h Urano Mag=57 m melhor observado de

190h - 34h LCT (Aqr)

Sexta-feira 30 de setembro

Lanccedilamento NROL-21 Delta 2 Em 1975 Charles Kowal descobria a lua Themisto

de Juacutepiter Equaccedilatildeo de Tempo 995 min 30h Marte Mag=-17m melhor observado de

215h - 55h LCT (Tau)4h194m Lua Nasce no ENE (Leo)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

28h - 55h LCT (Cnc)5h532m Sol Nasce no E 15h582m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h095m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-07m melhor observado de

185h -188h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185h -214h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -193h LCT (Vir)222h Urano Mag=57 m melhor observado de

190h - 33h LCT (Aqr)

Saacutebado 1 de outubroSonda Cassini em Manobra Orbital 36 (OTM-

36)Asteroacuteide 2001 SE270 passa a 0050 UA da Terra 00h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 33m LCT (Aqr)29h Marte Mag=-17m melhor observado de

2 1 4m a 55m LCT (Tau)4h514m Nascer da Lua no E (Leo)55h Saturno M ag=04 m melhor observado

de 28m a 55m LCT (Cnc)

5h523m Nascer do sol no E 6h45m Marte estacionaacuterio Iniciando Movimento

Retroacutegrado16h481m Ocaso da Lua no W (Leo)18h098m Ocaso do sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-07m melhor observado de

185m a 188m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 193m LCT (Vir)

Domingo 2 de outubro

Em 1935 era fundado o Hayden Planetariumhttpwwwhaydenplanetariumorg

Vecircnus oculta a estrela PPM 264162 (94 mag) Asteroacuteide Asteroid 1886 Lowell passa a 1507 UA

da Terra29h Marte Mag=-17m melhor observado de

213m a 55m LCT (Tau)5h223m Lua nasce no E (Vir)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

27m a 55m LCT (Cnc)5h514m Nascer do Sol no E 17h381m Ocaso da Lua no W (Vir)18h101m Ocaso do sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-06m melhor observado de

185m a 189m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 192m LCT (Vir)220h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 32m LCT (Aqr)

Segunda-feira 3 de outubro

Ano Novo Hebreu Primeiro dia do mecircs Rosh Hashanah do ano 5766 comeccedilando ao pocircr-do-sol

Calendaacuterio Tabular Islacircmico Primeiro dia do Ramadan nono mecircs do ano 1426 iniciando ao ocaso do Sol

Em 1815 era descoberto o meteorito marciano Chassigny

httpwwwjplnasagovsncchassignyhtml Asteroacuteide 2004 HR56 passa a 0033 UA de Marte Asteroacuteide 4664 Hanner passa a 1715 UA da Terra

68 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

7

EFEMEacuteRIDES

28h Marte Mag=-17m melhor observado de 213m a 55m LCT (Tau)

Eclipse Anular do sol visiacutevel da Aacutefrica 4h35m33s Iniacutecio do Eclipse Solar Visiacutevel na Aacutefrica 55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

27m a 55m LCT (Cnc)5h41 m04s Iniacutecio do Eclipse Umbral 5h505m Sol Nasce no E 5h533m Lua Nasce no E (Vir)7h279m Lua Nova7h31m419s Eclipse Solar Anular Maior

Duraccedilatildeo= 4m264s Magnitude=958httpsunearthgsfcnasagoveclipseSEmono

ASE2005ASE2005html Eclipse Solar Anular visiacutevel da Aacutefrica Obscuraccedilatildeo=918 ET-UT=653sec 9h22m33s Final do Eclipse Umbral 10h27m53s Final do Eclipse Solar 18h104m Ocaso do Sol no W 18h290m Ocaso da Lua no W (Vir)185h Mercuacuterio Mag=-06m melhor observado de

185m a 190m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 191m LCT (Vir)19h04m Marte passa a 91 graus das Plecirciades

(M45)220h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 31m LCT (Aqr)

Terccedila-feira 4 de outubroOcultaccedilatildeo de Mercuacuterio pela Lua27h Marte Mag=-17m melhor observado de

212m a 55m LCT (Tau)55h Saturno Mag=04m melhor observado de

26m a 55m LCT (Cnc)6h256m Lua Nasce no E (Vir)157h Vecircnus em Apogeu 185h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

185m a 190m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 191m LCT (Vir)18h58m Mercuacuterio passa a 19 graus de Spica19h219m Lua Ocaso no W SW (Vir)21 9h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 31m LCT (Aqr)

Quarta-feira 5 de outubro

Asteroacuteide 1877 Marsden passa a 2658 UA da Terra

Cometa Chernykh passa a 1464 da Terra 27h Marte Mag=-18m melhor observado de

211m a 54m LCT (Tau)54h Saturno Mag=04 m melhor observado de

25m a 54m LCT (Cnc)5h486m Sol Nasce no E 7h004m Lua Nasce no ESE (Vir)16h40m Mercuacuterio passa a 13 graus de Juacutepiter 18h110m Ocaso do Sol no W 186h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

186m a 191m LCT (Vir)186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

186m a 215m LCT (Lib)186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

186m a 190m LCT (Vir)20h175m Ocaso da Lua no W SW (Lib)218h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 30m LCT (Aqr)

Quinta-feira 6 de outubro

26h Marte Mag=-18m melhor observado de 211m a 54m LCT (Tau)

54h Saturno Mag=04m melhor observado de 25m a 54m LCT (Cnc)

5h477m Sol Nasce no E 7h392m Lua Nasce no ESE (Lib)18h113m Ocaso do Sol no W 186h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

186m -191m LCT (Vir)

httpulyssesjplnasagov

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 69

EFEMERIDES

186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de 186m -215m LCT (Lib)

186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 186m -190m LCT (Vir)

20h315m Lua em Libraccedilatildeo Oeste21 h163m Lua Ocaso no W S W (Lib)2 1 8h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m - 29m LCT (Aqr)

Sexta-feira 7 de outubro

25h Marte Mag=-18m melhor observado de 210m - 54m LCT (Tau)

54h Saturno Mag=04 m melhor observado de 24m - 54m LCT (Cnc)

5h469m Sol Nasce no E 8h234m Lua Nasce no ESE (Sco)18h116m Ocaso do sol no W

186h Mercuacuterio Mag=-04m melhor observado de 186m -192m LCT (Vir)

186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de 186m -215m LCT (Sco)

186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 186m -189m LCT (Vir)

20h089m Imersatildeo da estrela SAO 184336 AL NIYAT (SIGMA SCORPI) 29 mag na borda escura da Lua

20h233m Emersatildeo da estrela SAO 184336 AL NIYAT (S IG M A S C O R P I) 2 9 mag na borda iluminada da Lua

2 1 7h Urano Mag=57 m melhor observado de 190m - 28m LCT (Aqr)

219h Lua passa a 09 graus de separaccedilatildeo da estrela SAO 184415 ANTARES (ALPHA SCORPI) 09mag

22h179m Lua Ocaso no W S W (Sco)

Fontes consultadasCarta celeste para ambos os hemisfeacuterios em PDF httpwwwskymapscomindexhtmlhttpreabrasilastrodatabasenethttpgeocitiesyahoocombrreabrasilhttpaerithnetindexhtmlhttpwwwjplnasagovcalendarhttpingaufubr~silvestrhttpwwwcalskycomhttpwwwtodayinscicomhttpwwwpamsueduabramsSkyWatchersDiaryDiaryhtmlhttpcometsamsmeteorsorgmeteorscalendarhtmlhttpwwwimonethttpwwwlunaroccultationscomiota2003bstarebstarehtmhttpwwwlunaroccultationscomiota2003planetsplanetshtmhttpwwwjplnasagovhttpsunearthgsfcnasagoveclipseeclipsehtmlhttpssdjplnasagov

Rosely Greacutegio eacute formada em Artes e Desenho pela UNAERP Grande difusora da Astronomia atualmenteparticipa de programas de observaccedilatildeo desenvolvidos no Brasil e exterior envolvendo meteoros cometasLua e recentemente o Solhttprgregioastrodatabasenethttprgregiositesuolcombrhttpmembersfortunecitycommeteor4indexhtmhttpgeocitiesyahoocombrrgregio2001httpwwwconstelacoeshpgcombr

70 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EPSILON f

MIM72

M73

NGC7009

1

^ 9 CONSTELACcedilOtildeES

Z odiacais

CAPRICOacuteRNIO

PEIXE AUSTRAL

bull |ALPHA

THETA NGC7293

ZETA

AQUAacuteRIO

DELTA

LAMBDA

DELTA88

PEIXEk

mdash mdashr mdashFI

LEGEINDAMagnitude das estrelas

Limites das constelaccedilotildeesi

bull

bull bull bull bull laquo gt Grelha de coordenadasbull BALEIA

- 1 0 1 2 3 -1 otilde equatoriais V

mmdash revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

M2

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RTES

DU

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IEL

71

CONSTELACcedilOtildeESZODIACAIS

CONSTELACcedilAtildeO DE

uaacuterioAquarius Aquaacuterio Abreviaccedilatildeo Aqr Genitivo Aquarii Significado O portador de Aacutegua Ascensatildeo Reta 23 horas Declinaccedilatildeo -15 graus Visiacutevel entre latitudes 65 e -90 grausConstelaccedilotildees Limiacutetrofes Cap PsA Scl Cet Psc Peg Equ e AqlAquaacuterio eacute visiacutevel no outono para o Hemisfeacuterio Norte e na primavera para o Hemisfeacuterio Meridional

Rosely Greacutegio | Revista macroCOSMOcom rgregiouolcombr

A Constelaccedilatildeo do Aquaacuterio estaacute representada em vaacuterias culturas antigas e sempre associada a aacutegua pois seu aparecimento no ceacuteu ou quando localizada no Zecircnite significava o anuncio da chegada das chuvas eou da inundaccedilatildeo dos rios Isto significava fonte de vida e alimento para os povos que viviam nas terras aacuteridas como por exemplo a Babilocircnia e o Egito Aquaacuterio eacute uma constelaccedilatildeo bastante lacircnguida que natildeo seria famosa se natildeo fizesse parte do Zodiacuteaco Na maioria das culturas eacute tido como um homem que verte aacutegua de um balde Isto pode surgir do fato que o Sol entra em Aquaacuterio no iniacutecio do inverno quando a estaccedilatildeo chuvosa comeccedila em muitas partes do mundo

Aquaacuterio tem algumas binaacuterias agradaacuteveis de serem observadas uma variaacutevel sem igual e alguns objetos de ceacuteu fundo um pouco interessantes (mas os Objetos Messier aqui geralmente natildeo satildeo muito interessantes) As estrelas geralmente satildeo de quarta magnitude

___________________ Estrelas Nomeadas

Albali (Epsilo Aqr) Ancha (Theta Aqr) Situla (Kappa Aqr)

_Estrelas Duplas

Zeta2 A q uarii e zeta1 A q uarii formam um sistema binaacuterio de duas estrelas brancas iguais com uma oacuterbita de 760 anos Zeta2 Aquarii eacute a primaacuteria 44 46 PA 266deg atual e separaccedilatildeo 23 ldquo

Struve 2944 eacute um sistema triplo agradaacutevel com todos os trecircs em uma linha reta AB 70 75 PA 276deg separaccedilatildeo 25 ldquo C 84 PA 106deg separaccedilatildeo 50 ldquo

Struve 2988 eacute um par muito atraente de estrelas iguais 72 72 PA 101deg separaccedilatildeo 35 ldquo A binaacuteria estaacute a 3deg SW de psi1 Aquarii

Estrelas Variaacuteveis

SADALMELIK Alpha Aquarii (Alpha Aqr) eacute um supergigante com cem vezes o tamanho do Sol Estaacute apenas haacute mil anos-luz de distacircncia e brilha com uma magnitude visual de 296 A lpha Aquarii (Sadalmelik) e beta A q uarii (Sadalsuud) satildeo supergigantes gecircmeas com nomes quase idecircnticos Os nom es significam respectivam ente ldquoO Afortunado do Reirdquo e ldquoO mais Afortunado dos Afortunadosrdquo

Sadalsuud (Beta Aqr)Sadalachbia (Gama Aqr)Skat (Delta Aqr)

A variaacutevel mais notaacutevel na constelaccedilatildeo eacute R Aquarii normalmente listada como uma ldquovariaacutevelrdquo do tipo Mira Contudo esta gigante vermelha natildeo eacute uma variaacutevel de longo-periacuteodo normal eacute uma estrela lsquorsquosimbiocircnticarsquorsquo se assemelhando a Z Andromedae Estrelas do tipo ldquoZ Andromedaerdquo satildeo aquelas que apresentam dois espectros separados indicando duas temperaturas bastante diferentes um esfria e outra muito quente Este fenocircmeno eacute causado por um mesmo sistema binaacuterio onde a estrela maior e mais fria e a outra estrela (talvez uma pequena anatilde branca) a quente E de fato R Aquarii tem uma pequena companheira azul que eacute cercada por uma nuvem de gaacutes Quando acontece eclipse da estrela

72 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

CONSTELACcedilOtildeESZODIACAIS

pequena pela gigante a magnitude visual da primaacuteria varia A estrela tem um periacuteodo de 38696 dias e um alcance de 58 a 124 o melhor momento para ver esta estrela seraacute na primeira semana de setembro em 2005

______________ Objetos de Ceacuteu Profundo

M2 (NGC 7089) - E um aglomerado globular compacto e luminoso mag 65 situado haacute 50000 anos-luz de distacircncia O aglomerado estaacute a 5deg N de beta Aquarii

M72 (NGC 6981) - Tambeacutem eacute um aglomerado globular mag 93 aproximadamente 3deg W S W da Nebulosa de Saturno

M73 (NGC 6994) - E outro aglomerado globular um agrupamento de estrelas de mag 89 que incluiu quatro estrelas sem conexotildees aproximadamente a 15deg leste de M 72

M73 (sistema ou asterismo de 4 estrelas) eacute notaacutevel por fazer o proacuteprio jarro de aacutegua inclinado e vertendo aacutegua Este pequeno asterismo que no campo de visatildeo binocular podem ser vistos em sua totalidade eacute composto de zeta Aqr e trecircs outras estrelas

NGC 7009 ldquoNebulosa de Saturnorsquorsquo - E umanebulosa p lanetaacuteria de mag 8 3 bastante espetacular visiacutevel em instrumentos grandes Tem raios que estende de ambos os lados do disco principal A nebulosa estaacute a 1deg a oeste de nu Aqrrdquo

NGC 7293 lsquorsquoNebulosa da Heacutelicersquorsquo (ou ldquoNebulosa Helicoidalrdquo) - E outra nebulosa planetaacuteria cujo nome aparentemente adveacutem de sua semelhanccedila a heacutelice dupla do DNA Realmente eacute uma nebulosa de anel com mag 65 soacute muito maior e mais lacircnguido que a Nebulosa de Anel mais notaacutevel em Lyra A nebulosa estaacute a 15deg W de upsilon Aquarii ou 210 no devido sul de zeta Aquarii ^

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Clique Astronocircmico

Planetaacuterio Municipal ldquo Prof Benedito RelardquoSituado na cidade de ItatibaSP e inaugurado em 07 de novembro de 2003 eacute o primeiro e uacutenico planetaacuterio no Paiacutes desenvolvido com tecnologia 100 nacional (Projeto Sphaera) O Planetaacuterio Benedito Rela eacute o 18deg do Brasil e o 3deg construiacutedo por uma Prefeitura Municipal e tem capacidade para abrigar ateacute 65 pessoas sentadas em sua sala de projeccedilatildeo Com uma cuacutepula de oito metros e totalmente automatizado foi montado pelo astrocircnomo Carlos Eduardo Mariano de CampinasSP O objetivo da Prefeitura de Itatiba por meio da Secretaria da Educaccedilatildeo eacute a realizaccedilatildeo de cursos palestras seminaacuterios exposiccedilotildees atividades de observaccedilatildeo astronocircmica e encontros sobre planetaacuterios e ensino de Astronomia O projetor SPHAERA I fabricado pela empresa brasileira Sphaera Planetaria Ltda reproduz o ceacuteu estrelado de qualquer regiatildeo do planeta e em qualquer eacutepoca com ateacute 10000 estrelas aleacutem da Via-Laacutectea Sol Lua planetas visiacuteveis figuras das constelaccedilotildees e muitos outros recursos Neste segundo semestre estaraacute em funcionamento no Planetaacuterio o projetor SPHAERA MIDIA Com esse equipamento que iraacute trabalhar em conjunto com o projetor SPHAERA I seraacute possiacutevel projetar graacuteficos e animaccedilotildees de alta definiccedilatildeo e ateacute em 3D Anualmente cerca de 20000 pessoas de Itatiba e cidades vizinhas participam das diversas atividades oferecidas pelo Planetaacuterio Todas as atividades realizadas pelo Planetaacuterio satildeo totalmente gratuitas

Maiores informaccedilotildees httpwwwprefeituraitatibacombrplanetarioplanetariohtmAgendamento de visitas (11) 4538-4547

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copy He

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2005

Construccedilatildeo de umHeliostato

Joseacute Carlos Diniz | REACARJCANFdinizastroterracombr

O Heliostato eacute um instrumento simples quepermite a observaccedilatildeo do Sol por longos periacuteodos de forma segura Deve ser instalado preferencialmente mas natildeo obrigatoriamente de forma fixa de modo a facilitar a aquisiccedilatildeo de imagens Eacute particularmente uacutetil em observatoacuterios para mostras puacuteblicas palestras e estudo sistemaacutetico do Sol

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 75

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Sempre me dediquei agrave fotografia quer seja quando jovem como forma de sustento quer jaacute na meia idade quando me iniciei na astronomia Sempre me encantaram as imagens muito mais do que qualquer outro ramo da astronomia Em 1997 conheci e me maravilhei com o observatoacuterio solar de Rogeacuterio Marcon onde havia um Heliostato e fiquei entre assustado e apaixonado por aquele instrumento Mais tarde conheci Paulo R Moser e seu admiraacutevel trabalho sobre o Sol Com ele aprendi um pouco de observaccedilatildeo solar nas nossas conversas e atraveacutes da paacutegina solar da REA

Comprei filtros Thousand Oaks II e Baader Planetarium e por algum tempo fotografei o Sol O eclipse total de 1998 o novo ciclo solar e as observaccedilotildees puacuteblicas que fazemos no Clube que presido foram o estiacutemulo que faltava para me lanccedilar agrave aventura de construir meu proacuteprio Heliostato para natildeo soacute fotografar mas para observar o Sol

Haacute muito pouca literatura disponiacutevel talvez devido agrave sua simplicidade Os modelos que pesquisei eram voltados mais para a espectroscopia usando instrumentos de focal longa e com aparato complexo Desta forma procurei aprender para simplificar ao maacuteximo sua construccedilatildeo

Um Heliostato nada mais eacute do que um espelho plano montado numa estrutura que permite apontamento polar e movimento sincronizado com o Sol A imagem assim obtida eacute capturada por uma luneta (ou mesmo um doubleto acromaacutetico) e projetada sobre um anteparo O tamanho da imagem vai depender da distacircncia focal da luneta da ocular empregada e da distacircncia da projeccedilatildeo

Caso empreguemos um soacute espelho o Sol sofreraacute um movimento de rotaccedilatildeo ao longo da observaccedilatildeo por isso optei pelo modelo de dois espelhos onde essa rotaccedilatildeo natildeo existe

Neste modelo o espelho primaacuterio reflete a imagem solar para o espelho secundaacuterio que a envia agrave luneta Os espelhos devem ser planos e de boa qualidade (Agrave8) O espelhamento torna a imagem mais brilhante mas eacute possiacutevel prescindir dele Utilizei dois espelhos de 10 cm de diacircmetro feitos pelo Sr Weber (AraraquaraSP)

Uma outra observaccedilatildeo importante eacute que a velocidade de acompanhamento deve ser a metade da velocidade sideral porque a cada movimento do espelho o raio refletido altera-se o dobro desta forma o espelho primaacuterio deve dar uma volta completa a cada 48 horas

Procurei utilizar na construccedilatildeo materiais simples e ao alcance de todos (fig 1) como madeira compensada parafusos dobradiccedilas e rolamentos facilmente encontrados no mercado Apenas uma dimensatildeo eacute fundamental no setor a distacircncia entre o furo por onde passa o eixo principal e o sem-fim deve ser exatos 1455 cm para que tenhamos a velocidade de deslocamento correta de uma volta a cada 48 horas As outras dimensotildees das demais peccedilas natildeo satildeo importantes e podemos adapta-las ao nosso gosto

76 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

macroOFICINA

Na figura 1 temos a relaccedilatildeo das peccedilas

1 - Alumiacutenio dobrado para sustentar o espelho primaacuterio

2 - Discos de madeira para prender os espelhos

3 - Parafuso motor Prende o setor na placa de sustentaccedilatildeo

4 - Dobradiccedila de latatildeo

5 - Peccedila de latatildeo dobrada para ajuste de altura

6 - Parafusos que formam os peacutes da montagem

7 - Pequenos cilindros de madeira que formam as cabeccedilas dos parafusos

Aleacutem disso temos o setor garfo do espelho secundaacuterio placa de sustentaccedilatildeoe rolamentos (2) de rdquo de diacircmetro

FIG 1

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 77

T -

macroOFICINA

0 conjunto eacute montado sobre uma peccedila de madeira Haacute ainda uma pequena torre

que sustenta o espelho secundaacuterio (fig 2) nela vemos

1 - Torre

2 - Mesa onde se fixa o setor

3 - Tubo de latatildeo que prende o espelho secundaacuterio

78 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

FIG 3

lsquo14

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macroOFICINA

Torneamos um eixo de latatildeo (fig 3) que passa por dentro dos ro lam entos de esfera e que prende de um lado o setor do sem fim e do outro o espelho primaacuterio

Esse eixo possui de um lado rosca de 38rdquo e do outro rdquo Duas arruelas de alumiacutenio ajudam na fixaccedilatildeo do suporte do espelho primaacuterio ao setor

Escolhem os passar o eixo pelos rolamentos para dar um movimento suave e uniforme ao espelho e fa c ilita r o p o sic ionam ento do espelho primaacuterio

A figura 4 mostra o conjunto em fase de montagem

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 79

macroOFICINA

Revendo velhas revistas SampT deparei-me com uma soluccedilatildeo muito interessante para construccedilatildeo do sem fim dobrar dois parafusos de latatildeo de rdquo e 20 espiras por polegada e prende-los na parte de baixo do setor onde fizemos um sulco (fig 5 e 6)

A traccedilatildeo se daraacute por um parafuso igual ao do sem-fim acoplado ao motor de de volta por m inuto Esta re laccedilatildeo proporciona um deslocamento de metade da velocidade sideral O motor foi conseguido de um velho timer de uma maacutequina de lavar pratos e o suporte do parafuso feito em madeira no formato de U

Uma mola manteacutem o acoplamento e facilita o reposicionamento do setor (fig 7 8 e 9)

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revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 81

Um dado importante para o correto alinhamento polar eacute que o plano do espelho primaacuterio deve obrigatoriamente coincidir com o Poacutelo O ajuste do Poacutelo se faz com a pequena peccedila de latatildeo conforme ilustrado nas figuras 10 e 11 Embora simples eacute eficaz e permite alinhar-se com boa precisatildeo

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V gt

macroOFICINA

Uso para o alinhamento um inclinocircmetro uma buacutessola e um niacutevel de bolha (fig 12)A torre que conteacutem o espelho secundaacuterio permite-nos aproximaacute-lo e afastaacute-lo do espelho primaacuterio

para obtermos a reflexatildeo da imagem Conforme a posiccedilatildeo do Sol no Solstiacutecio ou Equinoacutecio precisamos movimentaacute-la para obter a imagem a ser projetada

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1 ^ 1Apoacutes posicionar o espelho primaacuterio com o motor

em funcionamento movemos o secundaacuterio ateacute obtermos a reflexatildeo e em seguida o movemos para direcionar a luneta vista ao fundo junto agrave cuacutepula (fig 13 ) O motor eacute siacutencrono e ligado a corrente eleacutetrica atraveacutes de um variador de frequumlecircncia o que permite acelerar e retardar o movimento da imagem Observei que o conjunto sem fim ainda necessita de ajustes mas permite uma observaccedilatildeo por tempo razoaacutevel (10 a 15 minutos) com poucas correccedilotildees

No momento o instrumento encontra-se em testes Pretendo construir uma base soacutelida para recebecirc-lo e desta forma facilitar a obtenccedilatildeo de imagens solares de modo mais confortaacutevel no interior da minha modesta cuacutepula e abrigado dos raios

V ~

solares podendo desta forma observaacute-lo de forma longa e produtiva A im agem refletida pelo secundaacuterio seraacute projetada atraveacutes de uma luneta para um anteparo onde seraacute observada Cartas de Waldmeier foram impressas em transparecircncia e satildeo ajustadas agraves imagens (16 cm de diacircmetro)

Adiantando ou atrasando a rotaccedilatildeo do motor podemos fazer a imagem do Sol tocar as bordas da carta determinando assim a linha Leste e o Oeste e por consequumlecircncia o Norte e o Sul desta forma podemos posicionar a carta e saber em que setor as manchas estatildeo anotaacute-las e segui-las com maior precisatildeo A imagem pode ser fotografada e uma animaccedilatildeo mostrando a rotaccedilatildeo das manchas eacute possiacutevel

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f -

As figuras 14 e 15 mostram o instrumento terminado

Espero ter contribuiacutedo para despertar interesse e motivaccedilatildeo no estudo do Sol O Heliostato eacute de grande im portacircncia para observatoacuterios e associaccedilotildees por permitir de forma simples obter im agens de qualid ad e com conforto e a popularizaccedilatildeo do estudo do Sol

Qualquer duvida estou sempre agrave disposiccedilatildeo Meus profundos agradecimentos a Rogeacuterio Marcon e a Paulo Roberto Moser pelos ensinamentos Este projeto eacute dedicado agrave memoacuteria de Jean Nicolini mestre da observaccedilatildeo e exemplo de paixatildeo pela astronomia M

Nota Este artigo eacute parte integrante do Reporte Anual da REA-BRASIL (REDE DE ASTRONOM IA OBSERVACIONAL BRASIL) - REPORTE Ndeg 11 editado em DEZEMBRO2003 Nossos agradecimentos ao amigo Joseacute Carlos Diniz bem como ao atual Coordenador Geral da REA Edvaldo Joseacute Trevisan por nos permitir divulgar e veicular na Revista macroCOSMOcom mais este trabalho realizado pelos membros da REA-BRASIL Este e demais reportes estatildeo disponiacuteveis em no site da REA-BRASIL Conheccedila o trabalho desenvolvido pelos membros da REA e participe httpwwwreabrasilorg

Joseacute Carlos Diniz eacute Meacutedico Cardiologista (Rio de JaneiroRJ) astrocircnomo amador astrofotoacutegrafo e ATM Membro da REA CARJ CANF e NG C51 Tem se destacado por seu magniacutefico trabalho contra a Poluiccedilatildeo Luminosa emeacuterito e premiado astrofotoacutegrafo construtor de vaacuterios instrumentos astronocircmicos e divulgador destas nobres artes cujos trabalhos podem ser apreciados em httpwwwastrosurfcomdiniz e http wwwdinizastrodatabasenet

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 85

V

4 ecirc

Equipe que iraacute para a Olimpiacuteada internacional em 2005 na China No centro o presidente da SAB Licio da Silva e Prof Joatildeo Canalle coordenador nacional da OBA

Olimpiacuteada Brasileira de Astronomia eDESPERTANDO INTERESSE DE A c t m n C I I

ALUNOS PELA CIEcircNCIA M b Ll U N dU LILrd

Fernanda Calipo | Revista macroCOSMOcomfecalipohotmailcom

Aleacutem de muacutesica balada e outros atrativos da idade alunos descobrem uma paixatildeo diferente A Astronom ia A O BA - O lim piacuteada B ras ile ira de A s tro n o m ia e A s tro n aacute u tica eacute um even to edu ca tivo responsaacutevel por despertaacute-los a se aplicar neste segm ento cientiacutefico A O lim piacuteada jaacute estaacute em sua oitava ediccedilatildeo e eacute prom ovida anualm ente pela SAB - Sociedade Astronocircm ica Brasileira sociedade cientiacutefica que reuacutene os profissionais envolvidos em pesquisa cientiacutefica de todas as aacutereas da Astronom ia e Astrofiacutesica do Brasil e pela Agecircncia Espacial Brasileira (AEB)

86 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

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A OBA tem o objetivo de fomentar o interesse dos jovens pela Astronomia Astronaacuteutica e Ciecircncias afins aleacutem de promover a difusatildeo dos conhecimentos baacutesicos de uma form a luacutedica e cooperativa mobilizando natildeo soacute os alunos mas professores coordenadores pedagoacutegicos diretores pais e escolas planetaacuterios observatoacuterios municipais e particulares espaccedilos centros e museus de ciecircncia associaccedilotildees e clubes de astronomia astrocircnomos profissionais e amadores entre outros num soacute mutiratildeo nacional aleacutem de distribuir materiais educacionais de astronomia para os professores representantes da OBA nas escolas participantes

ldquoA Astronomia eacute a ciecircncia com o maior nuacutemero de sociedades amadoras mas paradoxalmente natildeo eacute objeto de uma disciplina especiacutefica nos curriacuteculos dos ensinos fundamental e meacutedio Em geral ela fica a cargo de um profissional de ensino que natildeo possui habilitaccedilatildeo especiacutefica no tema e muito frequumlentemente nem eacute formado em ciecircncias exatas A OBA busca portanto estimular nos estudantes o gosto pelo tem a bem como divulgar corretam ente os conteuacutedos entre estudantes e professores realizando um diagnoacutestico ainda que parcial do quatildeo tais conteuacutedos estatildeo ou natildeo corretamente apreendidosrdquo afirma o coordenador nacional da OBA Prof Dr Joatildeo Batista Garcia Canalle professor titu lar no Instituto de F iacutes ica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) onde tam beacutem estaacute sediada a Coordenaccedilatildeo Nacional da Olimpiacuteada Brasileira

Quem participa Todos alunos que estejam estudando entre a primeira serie do ensino fundamental ateacute os da ultima do ensino meacutedio Natildeo haacute restriccedilatildeo quanto ao nuacutemero miacutenimo ou maacuteximo de alunos participantes por escola Se a escola onde o aluno estuda natildeo estiver cadastrada para participar da OBA o estudante interessado poderaacute recorrer a uma outra escola cadastrada ou a outra instituiccedilatildeo cadastrada A inscriccedilatildeo do aluno deveraacute ser feita pelo professor que aplicaraacute a prova

As provas dividem-se em quatro niacuteveis a saber

Prof Joatildeo Canalle coordenador nacional da OBA

Niacutevel 1 destinada aos alunos da 1a e 2a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 2 destinada aos alunos da 3a e 4a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 3 destinada aos alunos de 5a agrave 8a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 4 destinada aos alunos de qualquer seacuterie do ensino meacutedio ou que jaacute concluiacuteram o ensino meacutedio haacute menos de dois anos (a contar da data da prova da OBA) e natildeo estatildeo matriculados em nenhuma instituiccedilatildeo de ensino superior

As questotildees das provas visam muito mais a dar informaccedilotildees corretas e atualizadas aos alunos do que extrair informaccedilotildees deles As provas satildeo compatiacuteveis com os conteuacutedos abordados pela maioria dos livros didaacuteticos do ensino fundamental e meacutedio A prova eacute constituiacuteda de 7 perguntas de Astronomia e 3 de Astronaacuteutica (o que inclui lanccedilamento de foguetes sateacutelites artificiais e sensoriamento remoto) Dentre as 7 perguntas de A stronom ia haacute uma ou duas perguntas observacionais Para responder a estas perguntas observacionais o aluno precisa fazer previamente uma atividade observacional divulgada com antecedecircncia sobre a qual seraacute baseada a pergunta

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Assim sendo os alunos podem fa ze r individualmente ou em grupos estas atividades observacionais No dia da Olimpiacuteada contudo cada aluno deveraacute estar de posse das suas mediccedilotildees respostas caacutelculos e resultados da atividade observacional que foi solicitada pela Organizaccedilatildeo da OBAUma novidade em 2005 foi a parceria com a Agecircncia Espacial Brasileira (AEB) passando a se cham ar O lim piacuteadas Brasileira de Astronomia e Astronaacuteutica ldquoA Agecircncia tem um interesse em divulgar mais seus avanccedilos tecnoloacutegicos brasileiros principalmente para quem ainda estaacute na fase de aprendizado Temos um brasileiro em constante treinamento na NASA o Marcos Pontes aleacutem de uma parceria com a China na aacuterea de sateacutelites Enfim muitas coisas para acrescentar como conhecimento na prova que teraacute 3 questotildees voltadas para este temardquo ressalta o Prof Canalle

Os alunos com m elhor desem penho na Olimpiacuteada nacional satildeo convidados a receber um treinamento para participarem da Olimpiacuteada Internacional devendo passar por uma outra prova que selecionaraacute entre 4 e 6 participantes para

representarem o Brasil laacute fora Como a equipe eacute formada por membros de diferentes unidades da federaccedilatildeo o treinamento contou com astrocircnomos membros da Sociedade Astronocircmica Brasileira os proacuteprios professores dos estudantes e ainda com listas de exerciacutecios compiladas por ex-participantes que tambeacutem jaacute participaram da Olimpiacuteada nacional ou internacional

ldquoA Olimpiacuteada muito mais que uma competiccedilatildeo eacute uma maneira de despertar a curiosidade cientiacutefica nos jovens Assim pretende-se utilizar a OBA como uma espeacutec ie de recurso pedagoacutegico um instrumento que muito mais do que de premiar os melhores estudantes tem o objetivo de cativar o interesse pela ciecircncia entre os jovens atraveacutes de uma prova com questotildees interessantes e bem elaboradas que natildeo lsquoassustersquo o estudante pela falta de conhecimento necessaacuterio retendo assim a sua atenccedilatildeo e despertar a sua imaginaccedilatildeo e o interesse cientiacutefico Sem duacutevida o evento serve tambeacutem para revelar talentos precoces A OBA seleciona os integrantes da equipe internacional tendo poreacutem um objetivo bem maior do que esterdquo finaliza o Prof Canalle

Carla Fernanda (hoje na POLI - USP) e Gulherme (Univale - SC) ambos com 17 anos e medalhistas da Olimpiacuteada internacional de 2004 na Ucracircnia

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Astronomia Brasileira leva prata e bronze em Olimpiacuteada Internacional de 2004 e prepara equipe para China em 2005

Configurando o melhor resultado de todas as participaccedilotildees nacionais trecircs dos quatro integrantes da equipe que representou o Brasil na IX Olimpiacuteada Internacional de Astronomia realizada em outubro de 2004 na Crimeacuteia retornaram laureados A equipe dividida nas duas faixas etaacuterias do certame era formada por Carla Fernanda de Arauacutejo e Silva estudante do Coleacutegio Objetivo (Satildeo PauloSP) e Guilherme Rohden Echelmeier estudante do Coleacutegio de Aplicaccedilatildeo da Univale (ItajaiacuteSC) pertencentes agrave faixa etaacuteria dos membros de ateacute 17 anos A faixa etaacuteria daqueles de ateacute 15 anos contou com Fernanda Vilela de Aquino da Escola Estadual Pe Anchieta (CoqueiralMG) e Felipe Ferreira Villar Coelho estudante do Coleacutegio Metropolitano (Serra ES) Carla e Guilherme obtiveram medalhas de bronze enquanto Filipe obteve a ineacutedita para o Brasil medalha de prata para a menor faixa etaacuteria A equipe contou ainda com os liacutederes Profa Nuricel Aguilera Villalonga (Coleacutegio Objetivo) Dr Carlos Alexandre W uenche do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Dr Roberto Pereira Ortiz (UFES)

A Olimpiacuteada foi realizada em Simeiz uma pequena cidade na costa sul da Crimeacuteia (no Mar Negro) a 105 km de Sinferopol T recircs diferentes tipos de provas foram aplicados teoacuterica praacutetica e observacional A prova praacutetica consiste na in terpretaccedilatildeo de informaccedilotildees astronocircmicas Para esta prova os estudantes natildeo podem ter mais de 17 anos nem estar na universidade

Hemisfeacuterio Norte - A equipe brasileira eacute uma das duas uacutenicas originaacuterias do Hemisfeacuterio Sul A outra eacute a equipe Indoneacutesia Entretanto as olimpiacuteadas internacionais de Astronomia desde sua criaccedilatildeo sempre foram organizadas no Hemisfeacuterio Norte Ao contraacuterio de outras Olimpiacuteadas Cientiacuteficas isto sempre foi uma desvantagem adicional para a equipe brasileira Aleacutem de conhecimentos teoacutericos e praacuteticos sobre Astrofiacutesica Astronomia e suas teacutecnicas os participantes se defrontaram com provas observacionais frente a um ceacuteu familiar a praticamente todas as equipes do Hemisfeacuterio Norte Para piorar as coisas algumas constelaccedilotildees que podem ser avistadas de ambos os Hemisfeacuterios

aparecem invertidas quando se vai de um hemisfeacuterio para outro Procurando sanar esta dificuldade a equipe recebeu da mesma forma que em 2003 um treinamento especial no Planetaacuterio de Rio de Janeiro uma semana antes de seu embarque para a Ucracircnia Na cuacutepula da Fundaccedilatildeo Planetaacuterio do Rio de Janeiro foi reproduzido o ceacuteu da Crimeacuteia agrave eacutepoca e horaacuterios provaacuteveis das provas observacionais

China 2005 o grupo que iraacute para China este ano marcou presenccedila no XXXI Encontro da SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira realizado no Hotel Vacance em Aacuteguas de LindoacuteiaSP de 3107 a 0308 quando recebeu um treinamento avanccedilado de profissionais em astronomia ex-participantes e o apoio do coordenador Prof Canalle e do presidente da SAB Prof Licio da Silva (ONMCT)

Divulgaccedilatildeo e ConhecimentoComparando os dados da I OBA em 1998 quando

a prova foi aplicada para alunos de apenas 21 instituiccedilotildees em 8 cidades hoje o nuacutemero chega a surpreender Na VIII OBA realizada em maio de 2005 o total de escolas cadastradas chegou agrave marca de 3300 somando cerca de 180000 alunos que efetivamente realizaram a prova Vale ressaltar que todos os alunos professores e escolas receberatildeo um certificado e os 10000 com melhor classificaccedilatildeo seratildeo condecorados com medalhas em eventos promovidos pelas proacuteprias instituiccedilotildees de origem dos alunos

Natildeo haacute taxa de inscriccedilatildeo para escolas ou alunos participarem da OBA O envio do material de divulgaccedilatildeo cartaz cartas circulares provas e gabaritos satildeo totalmente gratuitos inclusive a postagem dos m esm os A im pressatildeo dos certificados e a confecccedilatildeo das medalhas tambeacutem eacute gratuita As uacutenicas despesas das escolas participantes satildeo as coacutepias das provas pois eacute enviado somente um original de cada niacutevel para aplicaccedilatildeo aleacutem da postagem dos kits com medalhas certificados e materiais de apoio apoacutes a realizaccedilatildeo total do evento

Para maiores informaccedilotildees httpwwwobaorgbr

Fernanda Calipo Cossia eacute Jornalista publicitaacuteria locutora de raacutedio assessora de comunicaccedilatildeo e poacutes graduada em relaccedilotildees Puacuteblicas Trabalhou 5 anos na Universidade Metodista de Satildeo Paulo e acumulou experiecircncias para hoje atuar na aacuterea de assessoria de comunicaccedilatildeo para os mais diversos segmentos Atualmente ela dedica-se agrave especializaccedilatildeo na aacuterea de jornalismo cientiacutefico

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Da religiatildeo a Ciecircncia

uma aventura do conhecimento humano

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GLEISER Marcelo O fim da Terra e do Ceacuteu O apocalipse na Ciecircncia e na Religiatildeo Satildeo Paulo Companhia das Letras 2001

Quais satildeo os limites que separam ciecircncia e religiatildeo Satildeo saberes complementares ou antagocircnicos Satildeo estas as perguntas feitas por Marcelo Gleiser em ldquoO fim da Terra e do Ceacuteu O apocalipse na Ciecircncia e na Religiatildeo Experiente cosmoacutelogo e divulgador cientiacutefico o autor presenteia o leitor com uma fantaacutestica abordagem histoacuterica das principais questotildees astronocircmicas e cosmoloacutegicas a preocupar o homem durante sua existecircncia Impossibilitado de responder estas questotildees de forma cientiacutefica estes recorreram ao que chamamos hoje de religiatildeo

Para Marcelo natildeo existiu uma ruptura abrupta entre o pensamento religioso e o pensamento cientiacutefico Simplesmente perguntas que antes eram respondidas pela religiatildeo passaram a serem respondidas pela ciecircncia Ele segue esse caminho sem apelar para o relativismo tatildeo em moda que coloca segundo alguns filoacutesofos entre eles Richard Rorty os deuses gregos no mesmo patamar que a moderna astrofiacutesica Para este ambas as explicaccedilotildees da origem o cosmo seriam validas e natildeo haveria como escolher de forma racional entre uma e outra sendo esta uma escolha subjetiva

Marcelo Gleiser natildeo cai nesta armadilha relativista Ele reconhece sim o papel que teve a religiatildeo como uma das formas de pensamento desenvolvidas pelo homem para tentar explicar fenocircmenos naturais mas tambeacutem reconhece as limitaccedilotildees destas explicaccedilotildees uma vez que a fiacutesica e a astronomia moderna ainda que natildeo se julguem detentoras da verdade conseguiram explicar os fenocircmenos expostos natildeo apenas de forma mais satisfatoacuteria mas tambeacutem de maneira racional experimental e capaz de fazer previsotildees Componentes estes indispensaacuteveis a qualquer ciecircncia E fora do acircmbito da religiatildeo

Um dos fenocircmenos mais perturbadores para o homem antigo era a mudanccedila nos ciclos dos movimentos celestes (tais como os eclipses aparecimento de cometas e chuva de meteoros) Em geral estes fenocircmenos celestes representavam a prediccedilatildeo de eventos maleacuteficos (pragas doenccedilas escassez nas colheitas fome ou ira dos

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deuses) A uacutenica exceccedilatildeo segundo o autor eacute a tribo Kung da N am iacutebia que considerava a passagem destes objetos celestes como pressaacutegio de boa sorte Esta visatildeo eacute decorrente de crenccedilas que consideravam os ceacuteus como morada dos d euses portanto um lugar de perfe iccedilatildeo e imutabilidade Podendo ser qualquer mudanccedila no ciclo regular dos movimentos dos ceacuteus considerada como mudanccedila no temperamento dos proacuteprios deuses Natildeo eacute estranho assim que o livro de Apocalipse o ultimo livro do Novo Testamento trazer referencias ao fim do mundo como um evento de ordem cosmoloacutegica (queda de estrelas na Terra escurecimento do Sol entre outros) isto sem falar por exemplo em 2deg Pedro 3 3-13 1 deg Joatildeo 2 18 no Livro de Daniel no Ecircxodo e etc apenas para ficarmos nas referencias culturais mais proacuteximas de noacutes mesmos

Natildeo se preocupe leitor Gleiser vai muito mais longe do que isso em sua histoacuteria da religiatildeo comprada agrave astronomia e cosmologia moderna Passamos assim a conhecer as mais diversas crenccedilas religiosas e miacuteticas que a seu modo tentam exp licar os fenocircm enos ce lestes Egiacutepcios japoneses gauleses incas povos ameriacutendios povos africanos chineses judeus hindus e europeus tem suas mitologias dissecadas de forma bastante competente pelo autor

Apoacutes a apresentaccedilatildeo destas o autor recorre ao arcabouccedilo teoacuterico experimental e histoacuterico da cosmologia e da astronomia explicando questotildees levantadas e trabalhadas pelo pensamento miacutestico- relig ioso a traveacutes das ultim as desco b ertas cientiacuteficas O meacutetodo de exposiccedilatildeo perpassa todas as quatro partes do livro prim eiram ente eacute apresentada uma questatildeo de ordem astronocircmico- cosmoloacutegica em seguida a explicaccedilatildeo dada pelas religiotildees a estes fenocircm enos seguidas pela exposiccedilatildeo das explicaccedilotildees dadas por filoacutesofos e cientistas em diversas eacutepocas ao mesmo fenocircmeno somente entatildeo o leitor eacute confrontado com as explicaccedilotildees mais recentes dadas pela ciecircncia moderna Organizaccedilatildeo esta bastante didaacutetica certamente muito apraziacutevel e uacutetil para expor questotildees astronocircmicas ao puacuteblico leigo

Seguindo este meacutetodo o leitor apoacutes ser exposto ao legitimo perigo representado por asteroacuteides e cometas para a existecircncia da vida humana ou no miacutenimo os enormes prejuiacutezos que a queda de um meteorito provocaria ao se chocar em uma cidade populosa Perigo este de certa forma jaacute contemplado no pensamento miacutestico-religioso de vaacuterios povos passa a entender a origem formaccedilatildeo constituiccedilatildeo geoloacutegica e oacuterbita destes objetos celestes para entatildeo ser apresentado as ultimas medidas tomadas por cientistas e militares para catalogar estes objetos e possivelmente evitar uma colisatildeo

Vejamos uma breve passagem ldquoComo sabiam os egiacutepcios japoneses incas e tantas outras culturas que idolatraram o Sol atraveacutes dos tempos o destino do Sol eacute diretamente relevante para o nosso destino e sobrevivecircncia neste planeta Durante aproximadamente 10 bilhotildees de anos hidrogecircnio funde-se em heacutelio gerando pressatildeo suficiente para contraba lanccedilar a contraccedilatildeo gravitacional Com o passar do tempo a quantidade de heacutelio na regiatildeo central da estrela aumenta enquanto a quantidade de hidrogecircnio diminui paacuteg 195 Este processo levara o Sol a se tornar uma gigante vermelha destruindo toda a vida na Terra

Daiacute o autor passa a explorar os buracos negros misteriosos turbilhotildees coacutesmicos dignos de Jasatildeo e Gilgamesh entre tantos outros fenocircmenos e objetos celestes Apoacutes uma longa viagem por mitos religiotildees filosofias e histoacuteria da ciecircncia o autor fecha o livro com um fantaacutestico capiacutetulo referente agrave formaccedilatildeo do universo e a interaccedilatildeo de suas forccedilas a luz da fiacutesica contemporacircnea

Apoacutes percorrermos este longo caminho descrito por Gleiser terminamos a leitura com uma uacutenica certeza somos seres extremamente limitados e insignificantes perante a grandeza do Universo entretanto fomos capaz de lhe dar um significado e uma explicaccedilatildeo Ainda temos muito para conhecer Com certeza Mas certamente daremos passos ainda maiores pois a vida humana soacute tem valor na medida em que podemos dar significado ao mundo que nos cerca aumentando nosso entendimento deste Vocecirc leitor pode ser o proacuteximo a dar este passo Ateacute laacute soacute posso lhe desejar uma boa leitura

Edgar Indalecio Smaniotto filoacutesofo professor e escritor E-mail edgarsmaniottoyahoocombr

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Viag ens no tempoe Universos Paralelos

Explorando os limites da Fiacutesica

VASCONCELLOS Rogeacuterio Amaral de Vaca Profana Encruzilhadas Livro 1 Ndeg 00 [S C] Sistema Literaacuterio Experimental Virtual (SLEV) 2005 (Coleccedilatildeo SLEV 2004 - Fase I) Compras em httpwwwslevorg R$ 1200

Nos uacuteltimos anos a fiacutesica teoacuterica vem expandindo-se gradualmente incorporando a seu arcabouccedilo de conceitos ideacuteias ateacute entatildeo de domiacutenio da ldquometafiacutesicardquo ou seja algo que antes era feito por filoacutesofos tornou-se agora parte da fiacutesica Processo este que ocorre pelo menos desde Nietzsche o uacuteltimo grande filoacutesofo a tratar de questotildees cosmoloacutegicas E tambeacutem aquele que decretou a morte da metafiacutesica entregando para os fiacutesicos a responsabilidade de explicar e criar hipoacuteteses que decircem sentido a organizaccedilatildeo do cosmo

Entretanto os fiacutesicos ao contrario dos filoacutesofos ainda que tendem a levantar hipoacuteteses muitas vezes surpreendentes tem que tornar estas ldquoverificaacuteveisrdquo via experimentaccedilatildeo Suas hipoacuteteses devem ter um referencial no mundo natural capaz de ser observado por seus pares Em outras palavras mesmo que apresentem uma teoria elegantemente organizada e sustentada racionalmente por criteacuterios loacutegicos e matemaacuteticos esta natildeo seraacute aceita caso natildeo se verifique sua correlaccedilatildeo com o mundo natural

Mas alguns cientistas mais ousados entre eles J Richard Gott (Viagens no Tempo No universo de Einstein Rio de Janeiro Ediouro 2002) natildeo se importam em fazer extrapolaccedilotildees bastante distantes das possibilidades da ciecircncia moderna em verificar sua correlaccedilatildeo com o mundo natural Abrindo assim amplos campos para a especulaccedilatildeo cientiacutefica campo este rapidamente ocupado pelos escritos de ficccedilatildeo cientiacutefica

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D estacam os aqui o livro ldquoV aca P ro fa n a E n c ru z ilh a d a s rdquo de R ogeacuterio A m aral de Vasconcellos recentemente lanccedilado Tudo bem concordo que o titulo eacute um tanto esquisito eu tam beacutem natildeo gostei mas o livro tem muitas qualidades que independem deste

Basicamente estamos falando de Universos Paralelos e V iagens no Tempo Neste caso seriamos habitantes de um Multiverso Assim o autor trab a lh a com as teo rias da in flaccedilatildeo cosmoloacutegica ou seja a ideacuteia de que aleacutem do alcance de nossos telescoacutepios existem outras regiotildees do espaccedilo que parecem idecircnticas a nossa Para muitos cosmoacutelogos alguns destes Universos poderiam ateacute ter leis fiacutesicas diferentes do nosso Basicamente esta eacute a ideacuteia que perpassa a histoacuteria do livro

A histoacuteria propriamente dita comeccedila quando uma poderosa entidade alieniacutegena conhecida como o Zelador que possui tecnologia capaz de se deslocar entre estes universos comeccedila a reunir um grupo de seres humanos e alieniacutegenas de diversos universos e tempos diferentes A intenccedilatildeo do autor eacute trabalhar com o conceito de Histoacuteria Alternativa Basicamente neste tipo de ficccedilatildeo cientifica o autor pega um determinado ponto chave da histoacuteria e modifica este m udado assim todo o restante da histoacuteria conhecida

Por exemplo se Hitler tivesse conseguido a bomba atocircmica antes dos aliados se a Intentona Comunista tivesse obtido sucesso em derrubar Getulio Vargas ou se a Confederaccedilatildeo dos Tamoios tivesse vencido a guerra contra os portugueses como seria nossa historia hoje Entre diversas outras possibilidades

Mas todas estas soacute satildeo possiacuteveis se estivermos falando de um Multiverso infinito onde todos os seres humanos e fatos histoacutericos podem ter todos os seus desdobramentos possiacuteveis ocorrendo Neste caso a viagem no tempo natildeo seria uma viajem ao nosso proacuteprio passado mas uma viagem a um outro universo onde nossa presenccedila laacute jaacute estava assegurada Assim todas as possibilidades que nossa existecircncia poderia seguir realmente existem nestes diferentes universos

P arecem ideacute ias um tanto m eta fiacutes icas Certamente Mas o artigo ldquoO jogo de espelho dos Universos Paralelosrdquo de Max Tegmark (Scientific American Ano 2 ndeg 13) e o jaacute citado livro de J Richard Gott tornam estas possibilidades bastante plausiacuteveis ainda que estejamos a seacuteculos de distancia de uma tecnologia que nos permita mesmo visualizar estes universos paralelos ou viajar no tempo como admitem os proacuteprios autores citados Vasconcellos como todo o escritor de ficccedilatildeo cientiacutefica que se preze explora este campo ainda nebuloso da fiacutes ica ateacute suas ultim as consequumlecircncias

Neste primeiro livro impresso a coleccedilatildeo completa jaacute tem mais de 3 dezenas de volumes disponiacuteveis em e-book na Internet (httpwwwslevorg) o autor faz uma apresentaccedilatildeo dos personagens e do norte narrativo da histoacuteria Satildeo reunidos seres de vaacuterios tempos e universos em sua grande maioria humanos apenas alguns satildeo alieniacutegenas para cumprir algumas missotildees em diferentes realidades alternativas

A apresentaccedilatildeo destes personagens e de seus mundos eacute feita com bastante competecircncia Temos dois arqueoacutelogos Andreacuteas Nikolos Papandriu e Dimitri Diogovitc na segunda metade do seacuteculo XIX envoltos com o debate acerca da origem da vida (evolucionismo versus criacionismo) A descriccedilatildeo de seres vivos inteligentes evoluiacutedos a partir do reino vegetal que podem usar metano gaacutes carbocircnico e eacuteter para sobrevivecircncia metaboacutelica aleacutem de um sofisticado conversor orgacircnico com ceacutelulas verdes -fotossinteacuteticas- em accedilatildeo

Este personagem (Zandra de Harboor) eacute dos mais interessantes do livro por viver em um mundo onde a magia ainda predomina tendo serias dificuldades com a aristocracia local para levar ad ian te suas pesquisas astronocircm icas e astronaacuteuticas O leitor se defrontara com bastantes questotildees interessantes mas teraacute que acompanhar a serie toda Natildeo se desespere cada livro custa apenas 200 reais no sistema e-book De qualquer forma eacute uma excelente pedida para quem gosta de uma boa literatura com pitadas de ciecircncia e muita fantasia Boa leitura

Edgar Indalecio Sm aniotto filoacutesofo professor e escritor E-mail edgarsmaniottoyahoocombr

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dicasdigitais

Navegando pelas constelaccedilotildeesEm setembro tem iniacutecio a estaccedilatildeo das flores Novas constelaccedilotildees estaratildeo melhores posicionadas

no ceacuteu noturno nas noites quentes de primavera para o hemisfeacuterio austral e outonal para o hemisfeacuterio boreal Assim nesta ediccedilatildeo vamos dar um giro por websites que falam dessas miriacuteades de estrelas e dos objetos que estatildeo em suas direccedilotildeesAntes de entrarmos no mundo digital vai uma dica natildeo digital para os neoacutefitos que querem saber

onde estatildeo as constelaccedilotildees e como localiza-las Nossa sugestatildeo vai para um livro com 87 paacuteginas de faacutecil entendimento e muito bem estruturado Eacute um pequeno guia praacutetico para observaccedilatildeo do ceacuteu que leva o observador a identificar estrelas e constelaccedilotildees sem o auxiacutelio de instrumentos Rumo agraves Estrelas do autor Delerue Alberto (1999) editora Jorge Zahar

Como diria o grande poeta parnasiano Olavo Bilac (1865-1918) cujas estrelas tecircm presenccedila marcante em seus versos que ora aparecem como confidentes ora como testemunhas ou conhecedoras do misteacuterio da vida

ldquoOra (direis) ouvir estrelas Certo Perdeste o sensordquo E eu vos direi no entanto

Que para ouvi-las muita vez desperto E abro as janelas paacutelido de espantoE conversamos toda a noite enquanto A Via Laacutectea como um paacutelio aberto

Cintila E ao vir do sol saudoso e em prantoInda as procuro pelo ceacuteu desertoDireis agora ldquoTresloucado amigo

que conversas com elas Que sentido Tem o que dizem quando estatildeo contigordquo

E eu vos direi ldquoAmai para entendecirc-lasPois soacute quem ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelasrdquo

Via-Laacutectea (Olavo Bilac)

Os websites relacionados nessa ediccedilatildeo contem inuacutemeras informaccedilotildees sobre esfera celeste estrelas constelaccedilotildees e muito mais Vale a pena navegar por cada um deles e usufruir desse vasto conhecimento depositado na internet Clique no mouse e feliz navegaccedilatildeo

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dicas digitais

Kepler de Souza Oliveira Filho e Maria de Faacutetima Oliveira Saraiva (em portuguecircs)lt

Constelaccedilotildees httpastroifufrgsbrconsthtm pound3Coordenadas das Constelaccedilotildees httpastroifufrgsbrconst1htm |

raquoL(OG) 1159 (07)

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Sebastiaacuten Otero (em inglecircs) 1280(05) 1290 (06)

1297 (06)891 (-01)

Imagens de Constelaccedilotildees - httpdavidmalincomfujiifujii_indexhtmlDavid Malin (em inglecircs)Paacutegina com a coleccedilatildeo completa de Akira FujiiDMI

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revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 95

dicasdigitais

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The Constellations Web Page - httpwwwdibonsmithcomconstelhtmRichard Dibon-Smith (em inglecircs)

lsquo i - lsquoTabela com- alfabeto gregolsquohttpwwwdibonsmithcomgreekhtm

raquo bull i _ Tabela de dados estelares httpwwwdibonsmithcomdatahtm -1

^ Localizaccedilatildeo de objetos atraveacutes de binoacuteculos httpwwwdibonsmithcombinoc_tbhtm Graacuteficos de cosntej accedilotildees para o hemisfeacuterio sul httpwwwdibohsmithcomgraph_shhtmEsquema de todas as constelaccedilotildees httpwwwdibonsmithcomgraphicshtmV rsquo rsquo raquo bull

Orbita de 150 estrelas binaacuterias visuais httpwwwdibonsmithcomorbitshtm Nomes mitojoacutegicos das lsquoconstelaccedilotildeesrsquo httptowwdibonsmithcommythnamehtm kCataacutelogo Messier httpwwwdibonsmithcommessierhtm

Rosely Greacutegio eacute formada em Artes e Desenho pela UNAERP Grande difusora da Astronomia atualmenteparticipa de programas de observaccedilatildeo desenvolvidos no Brasil e exterior envolvendo meteoros cometasLua e recentemente o Solhttprgregioastrodatabasenethttprgregiositesuolcombrhttpmembersfortunecitycommeteor4indexhtmhttpgeocitiesyahoocombrrgregio2001httpwwwconstelacoeshpgcombr

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Eacute com grande satisfaccedilatildeo que a Revista macroCOSMOcom inaugura uma nova seccedilatildeo chamada ldquoAstro Arte Digitalrdquo O objetivo dessa seccedilatildeo eacute a de ser um local de exposiccedilotildees de arte digital sobre temas astronocircmicos dando para aqueles leitores que possuem talento artiacutestico uma oportunidade para exporem seus trabalhos Todos estatildeo convidados para participarem

Regulamento

1deg O tema eacute livre contato que aborde algum tema relacionado agrave Astronomia ou Ciecircncias afins2deg Podem participar artistas de todas as idades e de diferentes localidades do Brasil e Exterior 3deg Cada artista poderaacute enviar quantos trabalhos desejar4deg Os trabalhos deveratildeo ser gerados digitalmente no tamanho 950X640 pixels (300 dpi) e natildeo poderatildeo exceder o tamanho de 1 MB podendo ser utilizado qualquer programa de desenho e modelagem graacutefica Tambeacutem seratildeo aceitos trabalhos feitos a ldquomatildeo livrerdquo no tamanho A4 (297cm X 21 cm) sendo que estes deveratildeo ser enviados digitalizados no tamanho 950X640 pixels (300 dpi) 5deg Os trabalhos enviados deveratildeo possuir tiacutetulo descriccedilatildeo da imagem o nome completo do artista cidade estado e paiacutes onde reside e o nome dos programas que utilizou para a criaccedilatildeo da sua arte ou do material utilizado no caso da arte ter sido feita a ldquomatildeo livrerdquo6deg Os trabalhos deveratildeo ser enviados para o e-mail astroartedigitalrevistamacrocosmocom

7deg Todos os trabalhos recebidos passaratildeo por um criteacuterio de avaliaccedilatildeo e escolha Os melhores trabalhos seratildeo publicados nas ediccedilotildees da Revista macroCOSMOcom8deg Natildeo existem prazos para envio dos trabalhos A avaliaccedilatildeo para a escolha dos melhores trabalhos para publicaccedilatildeo soacute teraacute iniacutecio apenas quando atingirmos o nuacutemero miacutenimo de 20 trabalhos recebidos

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Ediccedilatildeo ndeg 17Abril de 2005

Ediccedilatildeo ndeg 18Maio de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 21Agosto de 2005

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Page 6: Planetas ' * Extrasolaresacervoastronomico.org/acervo/MACROCOSMO/macrocosmo22.pdf · 2020. 2. 21. · provável a existência de vida em outros pontos do Universo. Somente no nosso

macroNOTIacuteCIAS

1deg astronauta brasileiro iraacute ao espaccedilo em abril

A primeira missatildeo de um astronauta brasileiro no espaccedilo seraacute em abril de 2006 A Agecircncia Espacial Brasileira (AEB) deve fechar nos proacuteximos dias um contrato com a agecircncia espacial russa para o envio do tenente-coronel Marcos Pontes agrave Estaccedilatildeo Espacial Internacional numa missatildeo da espaccedilonave Soyuz Pontes deve iniciar ainda este mecircs o treinamento na Ruacutessia Desde 1998 ele se prepara para uma missatildeo especial na Nasa (agecircncia espacial americana)

De acordo com o presidente da Agecircncia Espacial Brasileira Seacutergio Gaudenzi a missatildeo deve durar de uma a duas semanas Pontes vai levar 15 quilos de material de universidades e empresas brasileiras como a Petrobras para experimentos no espaccedilo

Aleacutem de trabalhar com as experiecircncias brasileiras Pontes deveraacute realizar tarefas especiacuteficas para a Estaccedilatildeo Espacial Internacional que ainda natildeo foram definidas Na estaccedilatildeo o astronauta deveraacute ter um canal especial de voz e viacutedeo para manter contato com o Brasil durante a missatildeo

Cometa Tempel 1 eacute soacute uma bola de neve dizem cientistas

O cometa Tempel 1 que no dia 4 de julho recebeu o impacto de um projeacutetil lanccedilado da sonda Deep Impact (Impacto Profundo) eacute soacute uma enorme bola de neve que vaga pelo espaccedilo revelaram hoje cientistas que participaram da elaboraccedilatildeo da missatildeo ldquoEm sua maior parte o cometa eacute muito poroso e estaacute vazio Em toda sua estrutura eacute formado por pequenos gracircnulos de gelordquo destacou Michael ArsquoHearn especialista da Universidade de Maryland numa teleconferecircncia

Os resultados do primeiro estudo feito de maneira direta sobre a estrutura de um cometa seratildeo publicados na revista Science ldquoO cometa eacute incrivelmente fraacutegil Tem menos densidade que uma bola de neverdquo disse ArsquoHearn

A sonda Deep Imapct partiu em direccedilatildeo ao cometa em janeiro de 2005 e 172 dias depois disparou um projeacutetil equipado com cacircmeras fotograacuteficas e instrumentos contra o corpo celeste Na colisatildeo um dos experimentos cientiacuteficos mais precisos realizados ateacute hoje foi observada por mais de 70 telescoacutepios na Terra pelos observatoacuterios espaciais da Nasa e pela sonda Rosetta da Agecircncia Espacial Europeacuteia

O estudo da estrutura do cometa foi motivado principalmente pela crenccedila de que estes corpos carregam os primeiros materiais da criaccedilatildeo do sistema solar Os cientistas destacaram que a anaacutelise do material lanccedilado pelo impacto identificou uma grande quantidade de moleacuteculas de carvatildeo Isto faz supor que outros cometas como o Tempel contecircm uma quantidade substancial de material orgacircnico e que este possivelmente chegou agrave Terra quando o impacto de asteroacuteides e meteoritos era algo comum disseram os cientistas

Na seacuterie de artigos que a Science publicaraacute os cientistas destacam que a anaacutelise da informaccedilatildeo recebida confirma que o cometa eacute um exemplar tiacutepico dos cometas da famiacutelia do planeta Juacutepiter

EFE

Primeiro Asteroacuteide com sateacutelites eacute descoberto

Astrocircnomos Americanos anunciaram hoje terem descoberto sateacutelites orbitando um grande asteroacuteide A descoberta na verdade eacute de trecircs asteroacuteides com orbitas que se parecem a planetas com sateacutelites

O grupo de asteroacuteides chamado 87 Sylvia eacute um dos maiores asteroacuteides que orbitam o sol entre Marte e Jupiter tem o formato de uma batata com 280 quilocircmetros de diacircmetro Ele foi descoberto em 1866

A primeira lua foi descoberta quatro anos atraacutes a segunda foi anunciada hoje

Seacutergio A Caixeta | Astronomus Brasilissca ixeta ibestcom br

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Pergunte aosAstros

Qual a configuraccedilatildeo miacutenima de um telescoacutepio para observar com detalhe os planetas do Sistema Solar

Denis 20 anos ManausAM

P I

3 uuml -

Denis a olho nu eacute possiacutevel observar 5 ou 6 planetas (Mercuacuterio Vecircnus MarteJuacutepiter Saturno eou Urano) como sendo um ponto luminoso semelhante a uma estrela Urano eacute o sexto e uacuteltimo que pode ser visiacutevel a olho nu na magnitude limite do olho a depender da acuidade visual de cada observador Tambeacutem conseguimos observar e diferenciar a cor e o brilho destes planetas

Com um bom binoacuteculo 10x50 jaacute podemos distinguir a forma ovalada de Saturno e vemos a sua lua Titatilde Tambeacutem observamos o disco de Juacutepiter e suas 4 luas galileanas aleacutem das fases de Vecircnus Comeccedilamos a observar Netuno como uma pequena estrela

Com uma pequena luneta de 50 mm de abertura e 50 x podemos separar os aneacuteis de Saturno do corpo do planeta (os aneacuteis ainda visiacuteveis como se fosses um uacutenico anel) ver dois cinturotildees de Juacutepiter e observar as fases de Mercuacuterio

Aumentando para um telescoacutepio de 120mm observamos com 100 x ou mais a calota polar de Marte e manchas na sua superfiacutecie mais cinturotildees e detalhes das nuvens de Juacutepiter e a Grande Mancha Vermelha Tambeacutem distinguimos os aneacuteis A B a C de Saturno a divisatildeo de Cassini entre o A e o B uma ou outra faixa no planeta e mais 4 ou 5 luas Comeccedilamos a ver o pequeno disco de Urano e Netuno ainda continua um pequeno ponto

Com aberturas maiores que 300 mm comeccedilamos a observar alguma alteraccedilatildeo de tonalidade em Urano em funccedilatildeo da presenccedila ou natildeo de nuvens mas de Netuno apenas o pequeno disco Comeccedilamos a observar Plutatildeo como um ponto

Somente grandes telescoacutepios conseguem observar detalhes das superfiacutecies de Urano e Netuno

Para estas observaccedilotildees se supotildee o uso de instrumentos de qualidade em noite de ceacuteu limpo escuro e sem turbulecircncia Para observaccedilatildeo de detalhes de planetas usamos a maior ampliaccedilatildeo que o instrumento pode fornecer ainda com qualidade de imagem por isso a importacircncia da qualidade do instrumento e do ceacuteu (condiccedilotildees atmosfeacutericas) A maior ampliaccedilatildeo que um instrumento pode fornecer eacute aproximadamente igual a sua abertura em miliacutemetros vezes 25 (exemplo uma luneta de 60mm fornece no maacuteximo 150x um telescoacutepio de 200mm 500x) Estas observaccedilotildees ainda requerem um certo treino do olho do observador Natildeo espere observar tudo isso (nem metade disso) com qualquer luneta barata em qualquer noite e dentro de uma cidade com toda a sua poluiccedilatildeo luminosa

Por ldquoZecarsquo Joseacute Agustoni | Revista macroCOSMOcomagustoniyahoocom

Para enviar suas duacutevidas astronocircmicas para a seccedilatildeo ldquoPergunte aos astrosrdquo envie um e-mail para pergunterevistamacrocosmocom acompanhado do seu nome idade e cidade onde reside As questotildees poderatildeo ser editadas para melhor compreensatildeo ou limitaccedilatildeo de espaccedilo

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Pergunte aosAstros

CP

V Resido em Campo MouratildeoPR distante de 100 km de Maringaacute que eacute cortada pela linha do Troacutepico de Capricoacuternio Gostaria de saber como utilizar um mapa estelar para localizar as Trecircs Marias aleacutem

3 I de identificar e gravar as principais constelaccedilotildees e suas estrelasQuais satildeo os melhores livros recomendados para introduccedilatildeo da

-Astronomia Amadora

Sidney Kuerten 18 anos Campo MouratildeoPR

Sidney os softwares planetaacuterios satildeo oacutetimas ferramentas para explorar o ceacuteu Satildeo muitas vezes freewares que mostram o ceacuteu como ele eacute visto das coordenadas

de suas localidade e na hora que desejares observar Um muito bom e gratuito eacute o ldquoCartes du Cielrdquo (possui a versatildeo em portuguecircs do Brasil)

httpwwwstargazingnetastropcdownloadhtml irsquo Faccedila o download do pacote baacutesico (satildeo 14 MB) e efetue a instalaccedilatildeo Quando

for solicitado insira as coordenadas de sua cidade e o fuso horaacuterio correspondente Para comeccedilar a localizar as constelaccedilotildees e suas principais estrelas imprima mapas das dias e horaacuterios que pretende observar Nesta eacutepoca por volta das 20h (horaacuterio de Brasiacutelia) observar uma estrela brilhante e avermelhada bem no alto do ceacuteu (no zecircnite) Antares que faz parte da constelaccedilatildeo do Escorpiatildeo Partindo desta estrela vai perceber uma sequumlecircncia de estrelas indo para o sul e depois para o oeste que fazem uma forma de gancho de quase um palmo de extensatildeo (meccedila com o braccedilo extendido) simbolizando a cauda com o ferratildeo do Escorpiatildeo A partir daiacute vocecirc teraacute a referecircncia de tamanho e posiccedilatildeo para as demais constelaccedilotildees que estejam ao redor Eacute a melhor maneira de identificar as constelaccedilotildees

As ldquoTrecircs Mariasrdquo fazem parte da constelaccedilatildeo de Oacuterion que nesta eacutepoca comeccedila a ser visiacutevel pouco antes do amanhecer no leste A melhor eacutepoca para vecirc-las eacute

mdash-o veratildeoPara os iniciantes na Astronomia um livro recomendado eacute o ldquoManual do

Astrocircnomordquo do Ronaldo Rogeacuterio Mouratildeo que caso vocecirc natildeo encontre em sua cidade poderaacute encomenda-lo pela internet em alguma livraria virtual

Na internet vocecirc pode encontrar muito material pesquisando em sites de busca por ldquoastronomia amadorardquo Outras sugestotildees satildeo os grupos virtuais de discussatildeo sobre Astronomia Um bastante conhecido eacute o Urania_BR aberto a todos

bull interessados em discutir sobre todos assuntos relacionado com a Astronomia httpbrgroupsyahoocomgroupurania_br

Por ldquoZecarsquo Joseacute Agustoni | Revista macroCOSMOcom agustoniyahoocom

Para enviar suas duacutevidas astronocircmicas para a seccedilatildeo ldquoPergunte aos astrosrdquo envie um e-mail para pergunterevistamacrocosmocom acompanhado do seu nome idade e cidade onde reside As questotildees poderatildeo ser editadas para melhor compreensatildeo ou limitaccedilatildeo de espaccedilo

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macroEVENTOS m

I wm- ra~K - ^

Participantes atentos agraves palestras do XXI Encontro da SAB

XXXI Encontrod a C A D

REUNINDO TRABALHOS DE ASTRONOMIA DE TODO BRASIL W I l V

Fernanda Calipo | Revista macroCOSMOcom fecalipohotmailcom

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Aacuteguas de LindoacuteiaSP foi o ponto de encontro de 295 congressistas que participaram do XXXI Encontro da SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira realizada de 31 de julho a 4 de agosto no Vacance Hotel

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REacutesmacroEVENTOS]

Foram 280 trabalhos divididos em 50 orais e 230 pocircsteres dos quais parte das pesquisas em Astronomia se concentram nas aacutereas de Astrofiacutesica Estelar Astronomia Extragalaacutetica Meio Interestelar Sistema Solar Instrumentaccedilatildeo A strom etria e A stronom ia D inacircm ica Eacute importante ressaltar a crescente demanda de trabalhos observacionais e sobre Ensino Histoacuteria e Divulgaccedilatildeo de Astronomia que receberam um destaque especial no Encontro com uma tarde exclusiva para apresentaccedilotildees orais somente sobre temas afins

Natildeo podemos deixar de citar que Naelton Mendes de Arauacutejo (RJ) redator da Revista m acroCOSMOcom apresentou um pocircster sobre algum as iniciativas da d ivulgaccedilatildeo astronocircm ica entre e las a R evis ta macroCOSMOcom ldquoUracircnia ENAST e Revista macroCOSMOcom experiecircncias virtuais em divulgaccedilatildeo cientiacuteficardquo

A SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira foi fundada em 1974 pela com unidade de astrocircnomos brasileiros e desde entatildeo tem promovido reuniotildees anuais para discussotildees de trabalhos cientiacuteficos aleacutem da promoccedilatildeo de simpoacutesios reuniotildees de trabalho e servir de contato com os oacutergatildeos vinculados agrave pesquisa no paiacutes A tu a lm en te a SAB conta com ap rox im ad am en te 400 soacutecios D estes aproximadamente 200 satildeo portadores do tiacutetulo de Doutor em Ciecircncias ou estatildeo em vias de obter a titulaccedilatildeo

ldquoA Reuniatildeo Anual da SAB eacute o evento mais importante da Astronomia Brasileira Uma oportunidade iacutempar para que seus membros divulguem seus trabalhos e possam discutir tem as de interesse geral da com unidade astronocircmica Para os astrocircnomos jovens ainda em form accedilatildeo trata-se de uma excelente

Prof Liacutecio da Silva presidente da SAB

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Naelton Mendes de Araujo expondo seu trabalho sobre divulgaccedilatildeo astronocircmica virtuais destacando o trabalho da lista de discussatildeo Uracircnia Brasil os ENASTs (Encontros Nacionais de Astronomia) e a Revista MacroCOSMOcom

oportunidade para interagir com colegas mais experientesrdquo afirma o presidente da SAB Prof Dr Licio da Silva (ONMCT)

As reuniotildees da SAB tecircm como objetivos principais como a apresentaccedilatildeo e discussatildeo de trabalhos de pesquisa em andamento no paiacutes aleacutem de temas atuais de interesse da comunidade tais como a poliacutetica cientiacutefica do paiacutes a implantaccedilatildeo de novos te lescoacute p io s o d esenvo lv im ento de instrumentaccedilatildeo para os telescoacutepios jaacute existentes entre outros Outro objetivo eacute a reciclagem de conhecim entos a traveacutes da rea lizaccedilatildeo de conferecircncias de revisatildeo ou simpoacutesios sobre temas especiacuteficos Aleacutem da oportunidade do intercacircmbio de inform accedilotildees com os colegas da aacuterea os congressitas tiveram a oportunidade de participarem de conferecircncias dos mais variados temas inclusive internacionais entre elas

- ldquoA aurora da astrofiacutesica oacuteptica brasileirardquo Carlos Alberto Torres (LNA)

- ldquoThe Square Kilometer Array (SKA)rdquo Richard Schilizzi (International SKA Project Director Dwingeloo The Netherlands)

- ldquoSituaccedilatildeo da mulher na Astronomia brasileirardquo Adriana V R Silva (CRAAMMackenzie)

- ldquoStatus of SOAR and first sciencerdquo SO Kepler (IFUFRG S amp SOAR Telescope)

- ldquoCosmic magnetic fieldsrdquo Elisabete M G dal Pino (IAGUSP)

- ldquoInstrumentaccedilatildeo para o telescoacutepio G EM IN Irdquo Claacuteudia Mendes de Oliveira (IAGUSP)

- ldquoSimulating stellar photometric surveys with the TR ILEG A L coderdquo Leo Girardi (Observatoacuterio Astronocircmico di Trieste-INAF Itaacutelia)

- ldquoO sateacutelite CoRoT dia D menos um anordquo Eduardo Janot Pacheco (IAGUSP)

Paralelo agrave programaccedilatildeo do Encontro a CESAB - Comissatildeo de Ensino da SAB realizou mini-cursos para mais de 50 professores da regiatildeo como forma de estiacutemulo a reciclagem e capacitaccedilatildeo jaacute que a maioria tem formaccedilatildeo em outras aacutereas de exatas ou ciecircncias

CONTATOSSOCIEDADE ASTRONOcircMICA BRASILEIRAhttpwwwsab-astroorgbrRua do Matatildeo 1226 Cidade Universitaacuteria05508-900 Satildeo Paulo SPTel 011 3091 27 05 FAX 011 3091 28 60E-mail secretsab-astroorgbr

Fernanda Calipo Cossia eacute Jornalista publicitaacuteria locutora de raacutedio assessora de comunicaccedilatildeo e poacutes graduada em relaccedilotildees Puacuteblicas Trabalhou 5 anos na Universidade Metodista de Satildeo Paulo e acumulou experiecircncias para hoje atuar na aacuterea de assessoria de comunicaccedilatildeo para os mais diversos segmentos Atualmente ela dedica-se agrave especializaccedilatildeo na aacuterea de jornalismo cientiacutefico

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ISS - A Estaccedilatildeo EspacialInternacional

Daniel Bins | Cosmonaacuteutica binsbrgmailcom

A Estaccedilatildeo Espacial Internacional - ISS (International SpaceStation) eacute um projeto multinacional composto por 16 paiacuteses Estados Unidos Ruacutessia Japatildeo Canadaacute Dinamarca Noruega Beacutelgica Holanda Franccedila A lem anha Espanha Inglaterra Sueacutecia Suiacuteccedila e Brasil com um custo estim ado de 60 bilhotildees de doacutelares

A ideacute ia de c o n s tru ir um a e s ta ccedilatilde o e sp a c ia l in te rn a c io n a l su rg iu inicialmente no governo de Ronald Reagan durante os anos 80 e chamava- se Freedom (Liberdade) Posteriormente com a queda da Uniatildeo Sovieacutetica iniciou-se uma colaboraccedilatildeo entre os dois antigos rivais e em 1993 o projeto passou a se cham ar Alpha Posteriorm ente foi rebatizado com o ISS para dar uma aparecircncia m ultinacional para o nome da estaccedilatildeo

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DAS PRANCHETAS PARA O ESPACcedilO

A ISS comeccedilou a sair do papel com o projeto Shuttle-Mir A construccedilatildeo da ISS foi dividida em trecircs partes

Fase I (1994-1997) Os astronautas americanos fariam parte das tripulaccedilotildees da estaccedilatildeo espacial russa Mir sendo conhecido como projeto Shuttle- Mir Em junho de 1995 o ocircnibus espacial Atlantis na missatildeo STS-71 acoplou com a Mir Foi a segunda vez que uma nave americana acoplou com uma nave russa A partir daiacute no periacuteodo de 1 995 a 1 9 9 8 vaacuterias m issotildees a m erican as acoplaram na estaccedilatildeo russa e os astronautas americanos passaram a fazer parte das tripulaccedilotildees

da Mir Estes intercacircmbios tinham como objetivo os preparativos para a construccedilatildeo da estaccedilatildeo espacial internacional O recorde de permanecircncia no espaccedilo americano foi obtido pela astronauta Shannon Lucid que ficou 188 dias no espaccedilo dentro da estaccedilatildeo Mir em 1996 O moacutedulo Spektr foi utilizado como moacutedulo de habitaccedilatildeo pelos astronautas americanos O astronauta Norman Thagard foi o primeiro americano a decolar numa nave russa fazendo parte da missatildeo Soyuz TM- 21 em 1995 Da m esm a form a os russos passaram a fazer parte das tripulaccedilotildees dos ocircnibus espaciais americanos O primeiro deles foi Serguei Krikalev que fez parte da tripulaccedilatildeo do STS-60 em 1994

A experiecircncia ShuttleMIR

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Fase II (1997-1999) Iniacutecio da construccedilatildeo e estabelecimento de uma estrutura miacutenima para 3 astronautas A estaccedilatildeo comeccedilaria a ser habitada quando o moacutedulo de serviccedilo estivesse em oacuterbita

Fase III (1999-2002) Teacutermino da construccedilatildeo da estaccedilatildeo com a chegada do moacutedulo de habitaccedilatildeo e dos moacutedulos cientiacuteficos

Como podemos ver a fase 3 do projeto continua Os atrasos motivados pela crise econocircmica russa e pelo acidente do ocircnibus espacial Coluacutembia atrasaram consideravelmente o teacutermino da estaccedilatildeo

Os astronautas americanos passaram mais de1000 dias a bordo da estaccedilatildeo Mir Como resultado dezenas de sugestotildees foram implementadas para a construccedilatildeo da ISS Poreacutem muitos comentaacuterios negativos foram feitos Veja alguns deles

- Deveria existir um melhor suporte para os experimentos cientiacuteficos

- A agenda diaacuteria deveria ser feita pelo controle em terra e natildeo pela tripulaccedilatildeo

- O lixo e o armazenamento foram considerados um problema Um inventaacuterio de todo o equipamento com a sua localizaccedilatildeo deveria ser providenciado

- Para trabalhar de forma segura seria necessaacuterio uma melhor compreensatildeo do idioma russo Foi sugerido a utilizaccedilatildeo exclusiva do inglecircs para as tarefas na ISS

- Os astronautas am ericanos receberam treinamento limitado para reparos

- Eles receberam treinamento para serem passageiros e natildeo pilotos das naves Soyuz

- As atividades cientiacuteficas americanas foram limitadas devido a problemas de comunicaccedilatildeo com as equipes de controle em terra

- Natildeo existia comunicaccedilatildeo ldquohorizontalrdquo entre as organizaccedilotildees russas As inform accedilotildees iam diretamente de uma organizaccedilatildeo a outra sem as demais tomarem conhecimento

- Os astronautas americanos natildeo estavam satisfeitos com a comunicaccedilatildeo entre os membros da tripulaccedilatildeo e o controle em Terra

- A comunicaccedilatildeo entre a estaccedilatildeo e o controle em terra tinha seus defeitos Era impossiacutevel falar e ouvir outras pessoas durante uma videoconferecircncia

- A Ruacutessia limitou o acesso aos detalhes teacutecnicos sobre a estrutura da Mir Soyuz e Progress incluindo-se s istem as eleacutetricos mecacircnicos e sistemas de suporte vitais

- Os cosmonautas recebiam um bocircnus de1000 doacutelares a mais por cada tarefa considerada perigosa como uma saiacuteda no espaccedilo um mecircs a mais na estaccedilatildeo ou um acoplamento feito de form a m an u a l Is to seg u n do a N A SA aum entaria o risco ao qual os astronautas am ericanos estariam expostos dentro da estaccedilatildeo A colisatildeo com um cargueiro Progress em 1997 ocorreu devido a um erro durante um acoplamento manual

O INICIO DA CONSTRUCcedilAtildeO

O primeiro moacutedulo o russo Zarya financiado pelos Estados Unidos foi lanccedilado em novembro de 1998 O moacutedulo seguinte o norte americano Unity foi enviado em dezembro de 1998 Para levar o moacutedulo Zarya ao espaccedilo foi utilizado um foguete Proton Para levar o Unity foi utilizado um ocircnibus espacial americano

A estaccedilatildeo foi colocada numa oacuterbita terrestre baixa em torno de 300 km de altura com inclinaccedilatildeo de 516 graus Este grau de inclinaccedilatildeo eacute bem maior que o do ocircnibus espacial e foi utilizado por causa dos russos devido ao local de lanccedilamento das naves Como a maioria era lanccedilada do Casaquistatildeo que era a repuacuteblica mais ao sul da URSS o caminho

dos foguetes natildeo atravessava nem a Mongoacutelia nem a China Isso quer dizer que em caso de falhas os foguetes cairiam dentro do territoacuterio sovieacutetico e natildeo nos paiacuteses vizinhos Como consequumlecircncia disso os foguetes russos utilizam sua maacutexima capacidade enquanto isso o ocircnibus espacial precisa gastar mais combustiacutevel para atingir a estaccedilatildeo

Um intervalo de 1 ano e meio ocorreu ateacute a chegada do proacuteximo componente o moacutedulo de habitaccedilatildeo russo Zvezda apenas enviado em julho de 2000 devido a dificuldades financeiras russas e a defeitos no foguete Proton durante o ano de 1999 O Zvezda originalmente tinha sido planejado para substituir a estaccedilatildeo espacial Mir sendo muito parecido com ela

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A configuraccedilatildeo atual da ISS

Estando o moacutedulo de serviccedilo acoplado agrave estaccedilatildeo comeccedilou a ocupaccedilatildeo da mesma sendo a primeira tripulaccedilatildeo transportada numa nave Soyuz e a partir daiacute as demais tripulaccedilotildees foram transportadas pelos ocircnibus espaciais Periodicamente os russos lanccedilariam naves Soyuz pois a vida uacutetil de cada uma eacute de 6 meses Isso permaneceria assim ateacute o acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia

Para abastecer a estaccedilatildeo satildeo utilizados ocircnibus espaciais americanos e naves cargueiras russas Progress Enquanto se estaacute na fase de construccedilatildeo a tripulaccedilatildeo eacute de 3 tripulantes mas se espera que ao concluir a estaccedilatildeo possa abrigar 6 tripulantes

Os lanccedilamentos satildeo feitos desde o coacutesmodromo de Baikonur e desde Cabo Canaveral na Floacuterida O controle das missotildees eacute feito desde Houston no Texas e desde Korolev proacuteximo a Moscou Os norte- am ericanos possuem sateacutelites que permitem

comunicaccedilatildeo 24 horas e os russos utilizavam o mesmo recurso na eacutepoca da Mir Atualmente a comunicaccedilatildeo eacute obtida quando a estaccedilatildeo estaacute sobre a aacuterea de cobertura das estaccedilotildees de comunicaccedilatildeo russas

No final de 2000 foram acrescentadas as estruturas Z1 Truss P6 Truss paineacuteis solares PVA A primeira tripulaccedilatildeo chegou no final de outubro

Em 2001 a estaccedilatildeo recebeu o moacutedulo cientiacutefico Destiny o braccedilo robocirc canadense o Airlock e o Docking Compartment russo Pirs aleacutem da parte central da larga estrutura de segmentos o S0 T russ Em 08 de outubro de 2001 os cosmonautas Vladimir Dezhurov e Mikhail Tyurin se tornaram os primeiros tripulantes a conduzir uma caminhada espacial fora da estaccedilatildeo espacial internacional O primeiro cientista a bordo foi a bioquiacutemica Peggy Whitson da NASA

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No ano seguinte foi a vez de receber mais segmentos o S1 e o P1 O acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia em fevereiro de 2003 paralisou momentaneamente a montagem do complexo que em grande parte depende dele

Mesmo em construccedilatildeo a ISS recebeu a visita de 2 turistas a bordo de naves Soyuz russas O primeiro foi o norte americano Dennis Tito em 2001 e o segundo foi o sul africano Mark Shuttleworth em 2002 Eles ficaram 7 dias no espaccedilo e pagaram 20 milhotildees de doacutelares pela viagem Dennis Tito tinha pagado para ir a estaccedilatildeo espacial Mir mas como ela foi derrubada em marccedilo de 2000 os russos o levaram ateacute a ISS Outros vocircos com turistas foram suspensos devido ao acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia

Com o novo governo americano do presidente Bush e o acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia a ISS sofre alguns cortes onde o moacutedulo de habitaccedilatildeo o moacutedulo de propulsatildeo e o CRV (Crew Return Vehicle) foram cancelados O plano do governo americano eacute concluir sua parte quando o moacutedulo Node 2 for entregue pois ele permite o acoplamento dos moacutedulos do Japatildeo e da Europa As centriacutefugas originalmente planejadas tiveram o mesmo destino A uacuteltima revisatildeo do projeto da estaccedilatildeo foi feita em julho de 2004

Os cortes foram causados pelo novo rumo adotado pelo governo americano em querer um programa de exploraccedilatildeo marciana mais robusto e que natildeo estaacute disposto a pagar pelos custos extras da estaccedilatildeo Os custos extras se devem a muitos fatores como a demora no lanccedilamento do moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda atrasado em 1 ano e os constantes aumentos no preccedilo da construccedilatildeo dos moacutedulos americanos

Com isso a utilizaccedilatildeo cientiacutefica da ISS fica comprometida pois para se desenvolver trabalhos seacuterios seria necessaacuterio uma tripulaccedilatildeo maior Atualmente apenas 3 astronautas podem ocupar a estaccedilatildeo pois eacute o maacuteximo que as caacutepsulas Soyuz com portam Se mais uma caacutepsula fosse disponibilizada entatildeo a tripulaccedilatildeo poderia ser aumentada para 6 pessoas Isso implica numa maior participaccedilatildeo dos russos no projeto

Poreacutem devido ao acidente com o ocircnibus espacial a tripulaccedilatildeo teve que ser reduzida a duas pessoas Desta forma a quantidade de lanccedilamentos de

cargueiros de reabastecimento Progress pode ser mantida A cada 3 meses os russos lanccedilam um sateacutelite cargueiro natildeo tripulado levando comida aacutegua combustiacutevel e equipamentos para a estaccedilatildeo Com uma tripulaccedilatildeo de 3 a periodicidade dos vocircos deveria ser maior o que acarretaria maiores custos para os russos

As tripulaccedilotildees atuais permanecem 6 meses na estaccedilatildeo Antes do acidente em media uma tripulaccedilatildeo permanecia entre 3 e 4 meses no espaccedilo

O CRV seria um ocircnibus espacial em miniatura que seria utilizado apenas em caso de emergecircncia para a tripulaccedilatildeo da ISS abandonar a estaccedilatildeo e retornar em seguranccedila para a Terra Jaacute o moacutedulo de propulsatildeo foi projetado pensando-se na possibilidade do fracasso do moacutedulo russo Zvezda mas natildeo foi concluiacutedo Para retornar agrave Terra em caso de emergecircncia utilizam-se as naves russas Soyuz

Apesar da Ruacutessia gastar o equivalente a 6 do custo total do projeto ela vai ter direito a utilizar 30 dos recursos da estaccedilatildeo Isso se deve ao custo de construccedilatildeo dos moacutedulos que eacute bem menor que nos EUA e agrave forma de lanccedilamento Um foguete Proton custa em torno de 50 milhotildees de doacutelares Um lanccedilamento do ocircnibus espacial implica em gastos de 500 milhotildees de doacutelares O total de moacutedulos e componentes da estaccedilatildeo eacute de 36 A parte russa eacute composta de 11 moacutedulos Destes provavelmente 2 teratildeo ajuda da iniciativa privada e 1 foi financiado pelos EUA (Zarya)

A PARTE DE CADA UM

A parte que seraacute construiacuteda pelos Estados Unidos inclui o moacutedulo cientiacutefico Destiny Z1 Truss Node 1 (Unity) e Node 2 uma estrutura metaacutelica de 96 metros de comprimento composta de 10 segmentos para acomodar os paineacuteis solares e o Airlock Para colocar sua parte no espaccedilo os norte americanos utilizaratildeo seus 3 ocircnibus espaciais (Discovery Atlantis e Endeavour) O Coluacutembia era o uacutenico da frota que natildeo estava preparado para acoplar com a estaccedilatildeo espacial O custo da parte norte americana deve ser no miacutenimo de 11 bilhotildees de doacutelares

A parte russa da estaccedilatildeo seraacute composta por um moacutedulo de comando e controle (Zvezda) que seraacute utilizado como habitaccedilatildeo durante a construccedilatildeo da estaccedilatildeo 2 moacutedulos cientiacuteficos baseados nas naves

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Soyuz 1 moacutedulo de carga (Zarya financiado pelos Estados Unidos) um moacutedulo com vaacuterios pontos de acoplamento chamado Universal Docking Module 2 docking compartments uma nave Soyuz de emergecircncia para abandonar a estaccedilatildeo enquanto ela estiver em construccedilatildeo uma estrutura para acomodar os paineacuteis solares chamada Scientific Power Plataform e talvez 2 moacutedulos comerciais feitos em parceria com as empresas norte americanas Boeing e Spacehab e as russas Energia e Khrunichev Os russos utilizaratildeo suas naves Soyuz para transportar os cosmonautas e as naves autom aacuteticas P rogress M para reabastecer a estaccedilatildeo

D evido a restriccedilotildees o rccedilam en taacuterias os componentes do segmento russo podem sofrer reduccedilotildees ou ateacute ser excluiacutedos da configuraccedilatildeo final da estaccedilatildeo Com o acidente do ocircnibus espacial os americanos poderiam comprar naves russas Soyuz ou mais cargueiros Progress para suprir melhor a estaccedilatildeo Entretanto isso natildeo eacute possiacutevel pois existe uma lei americana que impede a NASA e outras empresas norte americanas de comprar tecnologia russa Isto ocorreu porque a Ruacutessia facilitou tecnologia nuclear para o Iratilde uma naccedilatildeo considerada do Eixo do Mal

A parte da Agecircncia Espacial Europeacuteia inclui um laboratoacuterio cientiacutefico um pequeno braccedilo robocirc a ser instalado no segmento russo e naves automaacuteticas de reabastecimento que acoplaratildeo no moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda Ao total o custo estimado da participaccedilatildeo europeacuteia eacute de 47 bilhotildees de doacutelares

As naves de carga automaacuteticas europeacuteias se chamaratildeo ATV e seratildeo lanccediladas por foguetes Ariane-5 da base de Kourou na Guiana Francesa

A parte japonesa inclui 1 laboratoacuterio cientiacutefico com uma plataforma para experimentos fora da estaccedilatildeo ao custo total de 31 bilhotildees de doacutelares

O Canadaacute iraacute fornecer um braccedilo robocirc de 18 metros de comprimento e uma estrutura composta de trilhos para deslocar o braccedilo pela estrutura metaacutelica da estaccedilatildeo O custo da contribuiccedilatildeo canadense eacute de 1 bilhatildeo de doacutelares

A Itaacutelia construiu 3 moacutedulos logiacutesticos denominados MPLM (Multi Purpose Logistics Module) batizados Leonardo Rafaello e Donatello ao custo de 550 milhotildees de doacutelares Em troca dos moacutedulos a Itaacutelia poderaacute mandar seus astronautas para a estaccedilatildeo

O Brasil inicialmente iria construir paletas para colocar experimentos fora da estaccedilatildeo (Express Palet) ao custo de 120 milhotildees de doacutelares Cada paleta com peso de 1 tonelada e vida uacutetil estimada de 10 anos poderia levar 6 cargas de 225 Kg Tambeacutem teria um astronauta proacuteprio o tenente aviador Marcos Cesar Pontes que foi treinado para subir para a estaccedilatildeo atraveacutes do ocircnibus espacial e foi escolhido em 1998 Poreacutem devido a problemas orccedilamentaacuterios a participaccedilatildeo do Brasil foi reduzida a 21 equipamentos menores que seratildeo construiacutedos sem custo pelo SESI Quanto ao astronauta brasileiro foram feitas negociaccedilotildees com a agecircncia espacial russa para enviar Marcos Pontes em uma nave Soyuz em abril de 2006

Astronauta brasileiro Marcos Pontes escalado para a 13deg expediccedilatildeo agrave ISS conforme acordo

brasilerio com a Agecircncia Espacial Russa

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TRIPULACcedilOtildeES DA ISS

1deg Expediccedilaotilde31-10-2000Baikonur

O primeiro grupo permanente enviado agrave ISS foi transportado pela Soyuz TM -31 e composto pelo comandante norte americano Bill Sheperd e pelos russos Yuri Gidzenko e Serguei Krikalev Esta missatildeo preparou seus sistemas para utilizaccedilatildeo permanente e recebeu os primeiros paineacuteis solares feitos nos Estados Unidos e o moacutedulo laboratoacuterio norte americano Destiny A tripulaccedilatildeo permaneceu 140 dias 23 horas e 28 minutos no espaccedilo retornando para a Terra em 18 de marccedilo de 2001

2deg Expediccedilatildeo10-3-2001Cabo Canaveral

A 2deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante cosmonauta Yuri Usachev e os seus colegas norte americanos Susan Helms e James Voss Eles foram a bordo da STS-102 Discovery Durante sua missatildeo foi adicionado o CanadArm e o moacutedulo Quest (Joint Pressurized Airlock) Este grupo tambeacutem recebeu o primeiro turista espacial o milionaacuterio norte americano Dennis Tito Eles ficaram no espaccedilo 167 dias 6 horas e 41 minutos retornando agrave Terra em 22 de agosto de 2001

3deg Expediccedilatildeo10-8-2001Cabo Canaveral

A 3deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante norte americano Frank Culbertson e pelos russos Vladimir Dezhurov e Mikhail Tyurin Eles foram transportados agrave estaccedilatildeo pelo STS-105 Discovery Permanecircncia no espaccedilo de 128 dias 20 horas e 45 minutos retorno em 17 de dezembro de 2001

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 19

4deg Expediccedilatildeo5-12-2001Cabo Canaveral

A 4deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Yuri Onufrienko e pelos norte americanos Carl E W alz e D an ie l W Bursch E les foram transportados para a estaccedilatildeo pelo S T S -108 Endeavour Permanecircncia no espaccedilo de 195 dias 19 horas e 39 minutos retorno em 19 de junho de 2002

5deg Expediccedilatildeo5-6-2002Cabo Canaveral

A 5deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Valery Korzun pela norte-americana Peggy Whitson e pelo russo Sergei Treschev Retornaram no dia 07 de dezem bro de 2 0 0 2 apoacutes permanecerem 184 dias 22 horas e 14 minutos no espaccedilo

6deg Expediccedilatildeo23-11-2002Cabo Canaveral

A 6deg Expediccedilatildeo foi comandada por mais um veterano da Mir Nikolai Budarin e seus colegas am ericanos Donald Pettit e Ken Bowersox Perm aneceram na ISS 161 dias 1 hora e 17 minutos retornando agrave Terra em 03 de maio de 2003

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7deg Expediccedilatildeo25-4-2003Baikonur

A 7deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Yuri Malenchenko e pelo norte americano Ed Lu Permaneceram no espaccedilo 184 dias 21 horas e 47 minutos retornando agrave Terra em 27 de outubro de 2003

8deg Expediccedilatildeo18-10-2003Baikonur

A 8deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Aleksandr Kaleri e pelo norte americano Michael Foale Retornou em 29 de abril de 2004 Permanecircncia de 194 dias 18 horas e 35 minutos

9deg Expediccedilatildeo18-4-2004Baikonur

A 9deg Expediccedilatildeo foi composta pelo engenheiro de vocirco norte americano Mike Fincke e pelo comandante russo Gennady Padalka Permanecircncia a bordo da ISS de 187 dias 21 horas e 17 minutos retornando em 23 de outubro de 2004

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10deg Expediccedilatildeo13-10-2004Baikonur

A 10deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante norte americano Leroy Chiao e pelo russo Salizhan Sharipov Retornaram agrave Terra em 24 de abril de 2005 apoacutes 192 dias 19 horas e 2 minutos

11deg Expediccedilatildeo14042005Baikonur

A 11deg Expediccedilatildeo eacute composta pelo comandante russo Sergei Krikalev e pelo norte americano John Phillips Seu retorno estaacute previsto para 7 de outubro de 2005 Serguei Krikalev eacute o novo recordista em permanecircncia no espaccedilo recorde este quebrado durante a missatildeo atual

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DADOS SOBRE A ISS ATEacute O FINAL DA EXPEDICcedilAtildeO 10

Aacuterea habitaacutevel 425 metros cuacutebicosDimensotildees 75 metros de largura entre os paineacuteis solares 275 metros de altura 438 metros do moacutedulo cientiacutefico Destiny ateacute o moacutedulo de serviccedilo Zvezda 513 metros com uma nave Progress acopladaPeso 18303 toneladasVocircos 16 vocircos norte americanos e 28 vocircos russosAtividades Extraveiculares 65 saiacutedas sendo 25 partindo de dentro do Ocircnibus Espacial totalizando 348 horas e 15 minutosExperimentos cientiacuteficos Ateacute o final da Expediccedilatildeo 7 em agosto de 2003 tinham sido feitos 129 experimentos

COMPONENTES DA ESTACcedilAtildeO

ZARYA20-11-199820000 Kg Baikonur - Proton

Moacutedulo russo tambeacutem conhecido como FGB (Functional Cargo Block em inglecircs) Possui 126 metros de com primento por 4 05 metros de diacircmetro e 2 paineacuteis solares Possui 2 acopladores 1 utilizado pelo moacutedulo Unity e outro que pode ser utilizado por naves Soyuz ou Progress

UNITY3-12-199820000 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Moacutedulo norte americano Possui 45 metros de comprimento por 66 metros de diacircmetro Possui 2 acopladores 1 utilizado pelo moacutedulo Zarya e outro que pode ser utilizado pelos ocircnibus espaciais americanos Este moacutedulo eacute feito inteiramente em alumiacutenio

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ZVEZDA12-7-200020000 Kg Baikonur - Proton

Moacutedulo russo tambeacutem conhecido como Service Module Possui 2 paineacuteis solares e 4 acopladores sendo que 1 na parte traseira e 3 na parte dianteira Possui 13 metros de comprimento e 405 metros de diacircmetro O Zvezda possui 14 janelas e seu interior eacute dividido em 3 compartimentos Possui cabines para os tripulantes e seraacute utilizado como moacutedulo de habitaccedilatildeo durante a construccedilatildeo da ISS

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Z1 TRUSS5-10-20008280 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Serve como central de com unicaccedilotildees do segmento americano Tambeacutem eacute utilizado como base para a estrutura P6 Truss Possui 4 giroscoacutepios utilizados para estabilizar a estaccedilatildeo e uma antena de telecomunicaccedilotildees Custo de 273 milhotildees de doacutelares

P6 TRUSS30-11-200017000 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Estrutura que serve para acomodar os radiadores e os imensos paineacuteis solares PVA (PhotoVoltaic Arrays) Satildeo ao todo 4 PVAs com comprimento de 73 metros de ponta a ponta e 3 radiadores Custo de 600 milhotildees de doacutelares

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DESTINY7-2-200114515 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Peccedila central da parte cientiacutefica da Estaccedilatildeo Espacial Internacional Feito em alumiacutenio possui 85 metros de comprimento peso de 14515 Kg e 45 metros de diacircmetro Possui 3 seccedilotildees ciliacutendricas e capacidade para alocar 24 racks com experimentos Responsaacutevel pelo controle da estaccedilatildeo em substituiccedilatildeo ao moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda

MPLM LEONARDORAFAELLODONATELLO10-3-20014100 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Os MPLM (Multi-Purpose Logistics Modules) foram construiacutedos pela Agecircncia Espacial Italiana ASI e pela empresa Alenia Aerospazio localizada em Turin na Itaacutelia Estes moacutedulos pressurizados servem para transportar e trazer carga para a Estaccedilatildeo Sua construccedilatildeo foi iniciada em 1996 Possuem 64 metros de comprimento por 46 metros de diacircmetro Podem transportar 91 toneladas de carga em 16 racks standard

CANADARM19-4-200117000 KgsCabo Canaveral - Space Shuttle

Primeira parte do braccedilo roboacutetico canadense ldquoCanadArmrdquo Este braccedilo com seus 177 metros de comprimento e suas 17 toneladas de peso seraacute utilizado para construir a estaccedilatildeo Anexado ao moacutedulo Destiny possui a singular capacidade de andar pelo moacutedulo o que aumenta seu raio de atuaccedilatildeoCusto de 600 milhotildees de doacutelares

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JOINT AIRLOCK QUEST12-7-20016500 KgsCabo Canaveral - Space Shuttle

Airlock (saiacuteda externa da estaccedilatildeo) anexa ao moacutedulo Unity Compatiacutevel com roupas espaciais americanas e russas Custo de 164 milhotildees de doacutelares

CO-1 PIRSDOCKING COMPARTMENT13-9-20015000 Kgs Baikonur - Proton

Moacutedulo russo que possui um pequeno airlock para saiacutedas extraveiculares compatiacutevel apenas com trajes russos Serve tambeacutem como ponto de acoplamento para naves Soyuz e Progress M Acoplado ao moacutedulo Zvezda Possui comprimento de aproximadamente 5 metros e diacircmetro maacuteximo de 280 metros Foi transportado para a estaccedilatildeo atraveacutes de um moacutedulo de serviccedilo Progress adaptado

S0 TRUSS5-6-200212247 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Primeira parte da estrutura principal da ISS composta por 9 partes Possui comprimento de 134 x 46 metros Nele foi fixado o Mobile Transporter que permite ao braccedilo robocirc CanadArm se deslocar pela estaccedilatildeo

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S1 TRUSS7-10-200215000Cabo Canaveral - Space Shuttle

Com prim ento de 137 metros peso de 15 toneladas eacute o terceiro componente da seccedilatildeo central da estaccedilatildeo composta por 11 peccedilas Foi anexado ao segmento S0 Possui 2 cameras de TV um segundo canal S-Band de comunicaccedilatildeo e o primeiro Thermal Radiator Rotary Joint

P1 TRUSS23-11-2002 12400 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Comprimento de 137 metros peso de 124 toneladas anexado ao segmento S0 Possui uma antena de UHF e da mesma forma que o segmento S1 possui radiadores e tambeacutem tem instalado o Crew and Equipment Translation Aid (CETA)

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FOGUETES

Foguetes empregados para levar naves e componentes para a ISS

SOYUZComprimento 345 m Diacircmetro 3 m Peso 297 toneladas Estaacutegios 3 ou 4 Carga uacutetil LEO 7 toneladas

Descriccedilatildeo dos sistemasPrimeiro estaacutegio 4 exaustores 42810 Kg 101600

kgf Isp 314 sec Tempo de Queima 118 segundos Isp(sl) 257 sec LoxKerosene Motores 1RD-107- 11D511P

Segundo estaacutegio 101160 Kg 103100 kgf Isp 319 segundos Tempo de Queima 286 segundos Isp(sl) 252 segundos LoxKerosene Motores 1 RD- 108-11D512P

Terceiro estaacutegio 25400 Kg 30400 kgf Isp 330 segundos Tempo de Queima 250 segundos Isp(sl) 0 segundos LoxKerosene Motores 1 RD-0110 (4) IkarFregatrdquo

HistoacutericoO Soyuz eacute um foguete da famiacutelia R7 composto

de 2 estaacutegios desenvolvido em 1963 capaz de co locar 7 to n e la d a s num a oacuterb ita de 200 quilocircmetros de altitude Foi utilizado para lanccedilar a p ro x im a d a m e n te m e ta d e das m issotildees espacia is tripu ladas e natildeo tripu ladas Os foguetes Soyuz tambeacutem foram utilizados para co locar em oacute rb ita s a teacute lite s m ilita res de reconhecimento

Fam iacuteliaR-7 8K71 Sputnik 8K71PS Luna 8K72 R-7A

8K74 Sputnik 8A91 Molniya 8K78 Vostok 8K72 Vostok 8K72K Molniya 8K78L Vostok 8A92 Polyot 11A 59 Voskhod 11A 57 M olniya 8K78MVostok 11A510 Vostok 8A92M Soyuz 11A511 Soyuz 11A514 Soyuz 11A511L Soyuz 11A511M Soyuz 11A511U Soyuz 11A511U2 Soyuz 11A511 UIkar Soyuz M

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PROTONComprimento 57 mDiacircmetro 42 mPeso 707 toneladasEstaacutegios 3 ou 4Carga uacutetil LEO 20 toneladasCarga uacutetil GEO 55 toneladas

Descriccedilatildeo dos sistemasPrimeiro estaacutegio 450510 Kg 1067659 kgf Isp

316 segundos Tempo de Queima 124 segundos Isp(sl) 267 segundos N2O4UDMH Motores 6 RD- 253-11D48

Segundo estaacutegio 167828 Kg 244652 kgf Isp 327 segundos Tempo de Queima 206 segundos Isp(sl) 230 segundos N 2O 4U D M H Motores 4 RD-0210

Terceiro estaacutegio 50747 Kg 64 260 kgf Isp 325 segundos Tempo de Queima 238 segundos Isp(sl) 230 segundos N 2O 4U D M H Motores 1 RD-0212

Quarto estaacutegio 14000 Kg 8670 kgf Isp 352 segundos Tempo de Queima 570 segundos Lox Kerosene Motores1 RD-58M

HistoacutericoOs foguetes Proton comeccedilaram a ser utilizados

em 1965 Foi o primeiro foguete sovieacutetico que natildeo foi baseado num miacutessil baliacutestico intercontinental O Proton pode utilizar 3 ou 4 estaacutegios e foi utilizado para a maioria das missotildees espaciais sovieacuteticas como as estaccedilotildees Salyut Mir e sondas espaciais Versotildees de 4 estaacutegios satildeo utilizadas para colocar em oacuterbita sateacutelites geoestacionaacuterios

O primeiro estaacutegio do Proton tem 6 motores e possui empuxo de 2 mil toneladas O terceiro estaacutegio pode colocar em oacuterbita cargas de 20 toneladas

Fam iacuteliaUR-100 Monoblock UR-500 Polyblock UR-500

UR -200 Proton 8K82 Proton 8K82K11S824 Proton 8K82K UR-700 UR-70011D54 UR-700RD- 350 UR-700RO-31 UR-900 UR-700M Proton 8 K 8 2 K 1 1S 8 6 U R -5 0 0 M K Proton 8K 8 2K 11S824M U R -100N U R -530 Proton 8K82K 11S861 Proton 8K82K11S824F Rokot Proton 8K82K 11S861-01 Proton 8K82KDM 1 Proton 8K82KDM3 Strela Proton 8K82K17S40 Proton 8K82KDM2 Proton 8K82KDM4 Proton 8K82KM

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SPACE SHUTTLEComprimento 56 m Diacircmetro 87m Peso 2040 toneladas Estaacutegios 2()Carga uacutetil LEO 275 toneladas ()

Descriccedilatildeo dos sistemasFoguetes de combustiacutevel soacutelido 2 SRB 589670 kg

1174713 kgf Isp 269 segundos Tempo de Queima 124 segundos Isp(sl) 237 segundos Motores de Combustiacutevel Soacutelido 1 SRB

Tanque externo (Shuttle External Tank) 750975 kg 0 kgf Isp 455 segundos Tempo de Queima 480 segundos Isp(sl) 363 segundos LoxLH2 Motores 0

Ocircnibus Espacial Shuttle Orbiter Gross 99318 kg 696905 kgf Isp 455 segundos Tempo de Queima 480 segundos Isp(sl) 363 segundos Lox LH2 Motores 3 SSME

HistoacutericoO sistema do ocircnibus espacial eacute composto por 2

foguetes la tera is de com bustiacuteve l soacutelido denominados SRB (Solic Rocket Booster) que impulsionam a nave durante a fase inicial da subida Ao se esgotar o combustiacutevel satildeo ejetados e o Shuttle utiliza seus 3 motores SSME alimentados pelo imenso tanque de combustiacutevel de cor laranja para completar o resto da subida ateacute atingir a oacuterbita terrestre

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m 7 MASTRONAUTICA

NAVES ESPACIAIS

Veja a seguir a descriccedilatildeo das naves tripuladas utilizadas para chegar na ISS

SOYUZ TMAPeso 7250 Kg Comprimento 75 m Diacircmetro 27 m Aacuterea uacutetil 9 m3

Descriccedilatildeo dos sistemasAs Soyuz satildeo compostas por 3 moacutedulos O

moacutedulo de descida com capacidade para 3 cosmonautas tem 22 m de comprimento por 22 m de diacircmetro Pesa 3000 Kg e possui 4 m3 Possui paacutera-quedas para descida sistemas de telemetria e um periscoacutepio digital O pouso eacute amortecido por motores de combustiacutevel soacutelido utilizados no final da descida Os cosmonautas utilizam roupas pressurizadas na decolagem e descida O moacutedulo orbital tem 3 metros de comprimento por 23 metros de diacircmetro Tem 5 m3 e pesa 1300 Kg Nele estaacute

instalado o sistem a de rendez vous Kurs composto de 2 antenas aleacutem de 1 janela O m oacutedulo de serviccedilo pesa 2 9 5 0 Kg e tem comprimento de 23 m e diacircmetro de 21 m A Soyuz utiliza como fonte de energia paineacuteis solares de 10 m2 e consome em meacutedia 060 Kw

HistoacutericoDesenvolvidas nos anos 60 as Soyuz foram

criadas para fazer viagens da Terra para a Lua mas acabaram sendo utilizadas para levar cosmonautas para as estaccedilotildees espaciais Salyut e Mir Satildeo utilizadas atualm ente para levar cosm onautas para a estaccedilatildeo espac ia l internacional Uma versatildeo natildeo tripulada da Soyuz denominada Progress eacute utilizada desde os anos 70 para reabastecer as estaccedilotildees espaciais russas

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SPACE SHUTTLEPeso Total 104328 kg Comprimento 372 m Envergadura 238 m Aacuterea uacutetil 72 m3T ripulaccedilatildeo 8 astronautas com tempo em oacuterbita 16 dias Combustiacutevel 21600 Kg Carga 21190 KgPeso do escudo teacutermico18500 Kg Sistema eleacutetrico baterias combustiacuteveis

Descriccedilatildeo dos sistemasOs ocircnibus espaciais foram produzidos para

transportar astronautas para o espaccedilo e lanccedilar ou reparar sateacutelites Seus primeiros estudos

foram nos anos 70 e o primeiro a ser construiacutedo o E n te rp rise nunca foi lan ccedilad o Foram construiacutedas 5 naves a prim eira cham ada Coluacutembia fez seu vocirco inaugural em 12 de abril de 1981 e foi destruiacutedo durante o retorno a Terra em fe v e re iro de 2 0 0 3 D epo is v ie ram a Challenger destruiacutedo em 1986 Discovery Atlantis e o Endeavour construiacutedo para substituir o Challenger Em 1995 o Discovery foi o primeiro ocircnibus espacial a acoplar com uma estaccedilatildeo espacial ao unir-se agrave estaccedilatildeo Mir Foram feitas 9 missotildees durante 3 anos no projeto conjunto Shuttle-Mir Atualmente transportam peccedilas e tr ip u la ccedil otilde e s para a E s taccedil atildeo E s p ac ia l Internacional

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m 7 MASTRONAUTICA

PROGRESS_MAs Progress possuem formato idecircntico agraves naves

Soyuz Possuem 7 metros de comprimento 27 metros de diacircmetro peso de 72 toneladas e uma aacuterea destinada aos suprimentos de 76 metros cuacutebicos Possui 2 paineacuteis solares com 10 metros quadrados de aacuterea que geram 13 KW de forccedila

As Progress levam suprim entos para aproximadamente 2 meses para uma tripulaccedilatildeo de

ateacute 3 cosmonautas Sateacutelites cargueiros satildeo na verdade versotildees natildeo tripuladas das naves Soyuz Foram fabricadas para reabastecer as estaccedilotildees esp ac ia is S a lyu t posterio rm ente a Mir e atualmente a ISS As Progress M aleacutem de terem uma carga uacutetil maior que sua antecessora podem transportar uma caacutepsula recuperaacutevel chamada Raduga que permite transportar de volta para a Terra experimentos feitos nas estaccedilotildees espaciais

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DA TERRA PARA O INFINITO

Para chegar da Terra ateacute a estaccedilatildeo espacial por enquanto existem dois centros espaciais o de Baikonur no Casaquistatildeo localizado na Aacutesia Central e o de Cabo Canaveral localizado na Floacuterida nos Estados Unidos Veremos um pouco da histoacuteria de cada um deles a seguir

Cabo CanaveralLatitude 2845 N Longitude 8053 WIniacutecio de operaccedilatildeo 1949

Cabo Canaveral eacute a maior e mais importante base espacial dos Estados Unidos Foi dela que partiram as missotildees lunares Apollo O Cabo Canaveral eacute utilizado para todos os lanccedilamentos tripulados Tambeacutem eacute utilizado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos

A escolha da base de lanccedilamentos foi feita em 11 de maio de 1949 Uma seacuterie de estaccedilotildees de rastream en to foi ins ta lada nas B aham as Oficialmente a base de Cabo Canaveral entrou em funcionamento em 01 de outubro de 1949 Os primeiros lanccedilamentos de foguetes (V2 modificadas

do tipo Bumper) foram feitos em julho de 1950 Durante os anos 60 foram construiacutedas imensas instalaccedilotildees e plataformas para o programa lunar Apollo Nos anos 70 estas instalaccedilotildees foram aproveitadas para o programa do ocircnibus espacial A primeira vez que a base foi aberta ao puacuteblico foi em 19 de maio de 1961 Os primeiros testes do ocircnibus espacial foram feitos em 23 de julho de 1979 utilizando-se o ocircnibus espacial Enterprise (OV- 101)Os lanccedilamentos satildeo feitos com inclinaccedilatildeo miacutenima de 28 graus e maacutexima de 57 graus Existem plataformas para lanccedilar o Ocircnibus Espacial e foguetes Atlas Delta e Titan As principais plataformas satildeo as 39A e 39B utilizadas pelos imensos foguetes lunares Saturn V e atualmente utilizadas pelo ocircnibus espacial

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BaikonurLatitude 4563 N Longitude 6326 EIniacutecio de Operaccedilatildeo 1955

Localizado no Casaquistatildeo Baikonur eacute o maior cosmoacutedromo utilizado pela Ruacutessia para a maioria dos lanccedilamentos e por todos os lanccedilamentos tripulados

O cosmoacutedromo ocupa uma aacuterea aproximada de 7360 quilocircmetros quadrados numa aacuterea proacutexima ao rio Syr Darya na regiatildeo de Kyzl-Orda Oblast no Casaquistatildeo a 380 quilocircmetros da velha cidade de Baikonur O Cosmoacutedromo fica proacutexima do velho vilarejo de Tyuratam e da cidade de Zarya que foi rebatizada como Leninsk em 1958 e rebatizada como Baikonur em 1996

Inicialmente conhecido como Tashkent-50 a constuccedilatildeo foi iniciada em 12 de janeiro de 1955 Os construtores se referiam ao Cosmoacutedromo como Zvezdograd durante a eacutepoca da construccedilatildeo A cidade de Leninsk teve sua populaccedilatildeo ampliada de 50000 habitantes em 1975 para 75000 habitantes em 1990 A aprovaccedilatildeo para a construccedilatildeo do Cosmoacutedromo foi atraveacutes do Decreto do Conselho de Ministros da Uniatildeo Sovieacutetica nuacutemero 2 82 -181 no qual o complexo era chamado de Aacuterea de Teste nuacutemero 5 O primeiro lanccedilamento feito em Baikonur foi o de um foguete baliacutestico SS-6 em 15 de maio de 1957 mas o lanccedilamento falhou O primeiro lanccedilamento bem sucedido foi em 03 de agosto de 1957 Baikonur eacute comparado ao centro de lanccedilamentos de Cabo Canaveral na

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Floacuterida Estados Unidos devido a importacircncia e tam an h o mas o com plexo de B aikonur eacute consideravelmente mais extenso

O cosm oacutedrom o possui 9 com plexos de lanccedilamento incluindo 15 plataformas para os foguetes do tipo Soyuz Molniya Zenith Rockot Proton entre outros Aleacutem disso tem 11 linhas de

montagem e revisatildeo de sateacutelites e espaccedilonaves 3 pontos de abastecimento de combustiacutevel centro meacutedico para cosmonautas 2 aeroportos de grande porte plantas de nitrogecircnio oxigecircnio e gaacutes sistemas de abastecimento de energia eleacutetrica e aacutegua e para concluir um grande sistema de estradas e de vias ferroviaacuterias iJ

Daniel Sanchez Bins eacute o autor do site Cosmonaacuteutica dedicado ao programa espacial russo e usuaacuterio e colaborador da Espacialcomhttpwwwcosmonauticacjbnet

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Participe apoie divulgue o siteWWWCOMITEMARCOSPONTESCJBNET

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CAMPANHA NACIONAL DE APOIO AO 1D VOcircO ORBITAL DO ASTRONAUTA BRASILEIRO EA CONTINUIDADE DO BRASIL

NO PROJETO DA ESTACcedilAtildeO ESPACIAL INTERNACIONAL

A campanha ldquoSim eu quero vero verdee

amarelo no espaccedilordquo lanccedilada pelo Comitecirc

Marcos Pontes tem o objetivo de apoiar a

Agecircncia Espacial Brasileira na viabilizaccedilatildeo

do primeiro vocirco orbital do nosso astronauta

atraveacutes da continuidade da participaccedilatildeo

brasileira no projeto da Estaccedilatildeo Espacial

Internacional (EEI)

Para isso conta com a colaboraccedilatildeo da

populaccedilatildeo brasileira que pode manifestar

mobilizaccedilatildeo em prol da campanha assinando

um abaixo-assinado no site

wwwcomitemarcospontescjbnet

Decirc sua contribuiccedilatildeo Vamos apoiar o Brasil nesse projeto que traz oportunidades uacutenicas de estar agrave frente em experimentos e tecnologia de ponta

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AS

A

revista

PLANETOLOGIA

Planetas Extrasolares

Detecccedilatildeo Dinacircmica amp Origem

W alkiria Schulz | Revista macroCOSMOcomwschulzcettconaegovar

Cristiaacuten Beaugeacute | Colaboradorbeaugeoacuncoredu

Quantas vezes olhamos para o ceacuteu e nos perguntamos se estamos sozinhos neste Universo Quais satildeo as chances reais de existir outra civilizaccedilatildeo Para responder a estas e outras perguntas os astrocircnomos estatildeo se dedicando a uma nova aacuterea de pesquisa a Mecacircnica de Planetas Extrasolares A ideacuteia eacute desenvolver novas tecnologias capazes de detectar planetas eou sistemas planetaacuterios em outras estrelas e a partir daiacute estudar as caracteriacutesticas que possam representar condiccedilotildees ambientais de presenccedila de vida

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PLANETOLOGIA

A descoberta de planetas fora do nosso Sistema Solar eacute um fato recente Ateacute cerca de 10 anos atraacutes noacutes natildeo dispunhamos de instrumentos sensiacuteveis o suficiente para detectar corpos tatildeo pequenos distantes e pouco luminosos Foi necessaacuterio desenvolver aparelhos de detecccedilatildeo com uma precisatildeo jamais vista e anexaacute-los a telescoacutepios dedicados a este tipo de investigaccedilatildeo

Aleacutem de vislum brar a possibilidade de natildeo estarmos sozinhos os planetas extrasolares tambeacutem representam uma oportunidade para a M ecacircnica Celeste de estudar sistem as com dinacircmicas diferentes das encontradas no Sistema Solar Estes estudos podem vir a ser fontes de corroboraccedilatildeo de teorias cosmogocircnicas atuais que foram desenvolvidas baseando-se no conhecimento de um uacutenico sistema planetaacuterio o nosso

Ao comeccedilar a encontrar planetas extrasolares a primeira pergunta que surgiu foi estes novos objetos satildeo compatiacuteveis com as nossas ideacuteias de formaccedilatildeo planetaacuteria Para entender um pouco melhor esta questatildeo vamos comeccedilar falando sobre o que se sabe a respeito do nosso Sistema Solar

Teorias de Formaccedilatildeo do Sistema Solar

Existem trecircs formas de construir um modelo para explicar como se formou o Sistema Solar

1 A partir de modelos de formaccedilatildeo estelar extrapolando para a frente

2 A partir da estrutura atual do nosso Sistema Solar extrapolando para traacutes

3 Analisando e comparando as caracteriacutesticas de outros sistemas planetaacuterios em etapas distintas de evoluccedilatildeo

Na verdade todas estas possibilidades satildeo complementares e as informaccedilotildees provenientes de cada uma devem ser coerentes entre si

Modelos Comeccedilamos com uma nuvem proto- estelar similar agraves observadas na nebulosa de Oacuterion A interaccedilatildeo entre a contraccedilatildeo e a rotaccedilatildeo desta nuvem de material provocou um colapso que resultou em uma estrutura achatada onde a maioria da massa se encontrava no centro (proto-sol) enquanto o resto formava um disco ao redor

Dentro desta nuvem existiam dois componentes gaacutes (aproximadamente 96) e material soacutelido (4) A pressatildeo interna mantinha o equilibrio hidrostaacutetico do gaacutes mas natildeo das partiacuteculas soacutelidas que sofriam fricccedilatildeo com o gaacutes caindo no plano da nuvem e mais perto do proto-sol Como resultado deste processo o disco se dividiu em uma nebulosa gasosa exterior (formada de elementos como hidrogecircnio heacutelio e nitrogecircnio) e um disco compacto interno composto de partiacuteculas soacutelidas de mais ou menos 1 cm de raio (com elementos tais como carbono niacutequel e ferro)

A partir deste ponto existem duas possibilidades para a evoluccedilatildeo destas partiacuteculas ateacute planetesimais de raios entre 10 e 100 m No primeiro caso o conjunto de pequenas partiacuteculas continua caindo em direccedilatildeo ao plano ateacute formar um disco tatildeo denso que torna-se gravitacionalmente instaacutevel provocando um colapso do material em planetesimais maiores A segunda possibilidade sugere um processo mais lento onde a formaccedilatildeo de corpos maiores deu-se por colisotildees entre as partiacuteculas pequenas No entanto ambas teorias tecircm problemas e ainda natildeo

P R O T O -S O L (~ 9 9 M A S S A )

Formaccedilatildeo de um sistema planetaacuterio a partir de uma nebulosa primordial

N E B U L O S A P R IM O R D IA L (~ 1 M A S S A )

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possuimos um bom modelo para explicar a transiccedilatildeo entre partiacutecu las de 1 cm e planetesim ais de 100 m de raio Este problema eacute conhecido em Inglecircs como o Meter Size Hurdle ou o obstaacuteculo do tamanho de um metro em uma traduccedilatildeo literal

No entanto in d ep en d en tem en te do mecanismo que produziu estes objetos a partir de uma populaccedilatildeo de planetesimais com raios entre 10 e 100 m sabe-se que a evoluccedilatildeo do disco rochoso se deu atraveacutes da com binaccedilatildeo entre gravitaccedilatildeo muacutetua e colisotildees Os corpos do nosso Sistema Solar apresentam uma seacuterie de evidecircncias destas colisotildees como fragmentaccedilotildees e crateras No entanto se a velocidade relativa entre os corpos eacute suficientemente pequena as colisotildees datildeo origem a um processo construtivo conhecido como acreccedilatildeo que eacute o mecanismo baacutesico de formaccedilatildeo planetaacuteria

A princiacutepio o processo de acreccedilatildeo soacute funciona para corpos soacutelidos e natildeo para o gaacutes No entanto e considerando que a temperatura do gaacutes decai com a distacircncia ao Sol existe um valor criacutetico desta distacircncia tal que a tem peratura do gaacutes seja suficientemente baixa para que a componente volaacutetil da nuvem condense Esta distacircncia criacutetica eacute conhecida como a ldquolinha do gelordquo e corresponde a aproximadamente 4 ou 5 UA Portanto aleacutem deste valor os elementos quimicos leves (eg HHeN)

Crateras na Lua evidecircncias de um periacuteodo decolisotildees

tambeacutem participaram do processo de acreccedilatildeo e deram origem a planetas ricos em elementos leves os chamados planetas Gigantes (Juacutepiter Saturno Urano e Netuno) Enquanto isso na regiatildeo mais proacutexima da proto-estrela os planetesimais jaacute apresentavam raios da ordem de 100 km e eram embriotildees planetaacuterios

Entre 6 e 10 milhotildees de anos de evoluccedilatildeo do sistema o proto-Sol entrou em uma fase conhecida como T-Tauri na qual a nuvem de gaacutes remanescente comeccedilou a se dissipar Assim as etapas finais de formaccedilatildeo dos planetas terrestres continuaram em um cenaacuterio praticamente livre de gaacutes A presenccedila do recentemente formado Juacutepiter tambeacutem afetou

SOLCOLISOES ENTRE OS EMBRIOtildeES PLANETAacuteRIOS

Juacutepiter

1

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ACRECcedilAtildeO

y ------------

FRAGMENTACcedilAO

SOL Mercuacuterio Vecircnus Terra Marte Asteroides Juacutepiter ltgt

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PLANETOLOGIA

esta formaccedilatildeo planetaacuteria invertendo o proceso de acreccedilatildeo e provocando fragmentaccedilotildees nos embriotildees planetaacuterios que encontravam-se perto do planeta gigante Esta fragm entaccedilatildeo deu origem aos asteroacuteides que hoje encontramos entre as oacuterbitas de Marte e Juacutepiter Nos 100 milhotildees de anos seguintes os planetas terrestres se formaram

Em forma muito resumida este eacute o modelo cosmogocircnico mais aceito atualmente Ele consegue explicar a existecircncia de planetas gigantes e terrestres a localizaccedilatildeo dos planetas gigantes aleacutem de 4-5 UA oacuterbitas praticamente coplanares e circulares a presenccedila de asteroacuteides e objetos do cinturatildeo de Kuiper e a existecircncia de aneacuteis e sateacutelites No entanto existem alguns problemas Talvez o principal deles seja a impossibilidade de formar Urano e Netuno antes da dissipaccedilatildeo da nuvem de gaacutes Devido agrave baixa densidade de partiacuteculas soacutelidas e gaacutes na parte externa da nuvem o processo de acreccedilatildeo necessitaria tempos maiores que a idade do Sistema Solar A suposiccedilatildeo de que a nuvem primordial fosse mais massiva eacute pouco provaacutevel jaacute que seria necessaacuterio algum mecanismo para eliminar a massa restante depois da formaccedilatildeo dos planetas e natildeo conhecemos nenhum que seja eficiente neste sentido Uma outra alternativa para Urano e Netuno seria que os planetas gigantes natildeo se formaram por acreccedilatildeo e sim por instabilidade gravitacional do gaacutes Simulaccedilotildees com esta teoria levam a condiccedilotildees planetaacuterias diferentes das que encontramos nos planetas atuais A composiccedilatildeo quiacutemica de Saturno por exemplo eacute incompatiacutevel com os resultados das simulaccedilotildees Explicar as origens dos sistem as planetaacuterios eacute um dos problem as cientiacuteficos mais im portantes da atualidade (NASA 2003)

Dinacircmica Outra forma de estudar nosso Sistema Solar eacute atraveacutes de sua dinacircmica em particular sua estabilidade orbital Por estabilidade se entende que com o passar do tempo as oacuterbitas dos corpos maiores permanecem quase-circulares quase- planares e natildeo existe a possibilidade dos planetas se chocarem Procuramos indiacutecios de estabilidade orbital para tentar explicar a configuraccedilatildeo atual dos planetas e prever seu futuro

Na deacutecada de 90 foram realizadas vaacuterias simulaccedilotildees em computador da evoluccedilatildeo das oacuterbitas de todos os planetas por tempos da ordem da idade do Sistema Solar (Laskar 1994) A ideacuteia era corroborar que as oacuterbitas nuncam se cruzam No

ESTAacuteVEL

INSTAacuteVEL

Oacuterbitas estaacuteveis e instaacuteveis

entanto foi encontrado que existe a possibilidade de que em aproximadamente 36 bilhotildees de anos Mercuacuterio cruze a oacuterbita de Vecircnus Se natildeo houver um mecanismo de proteccedilatildeo natural eacute possiacutevel que os planetas se choquem e como consequumlecircncia a oacuterbita de Vecircnus sofreria grandes mudanccedilas podendo inclusive chocar-se com a Terra Embora estes resultados possam depender da modelagem utilizada sua conclusatildeo mais importante eacute que o Sistema Solar interno pode natildeo ser estaacutevel para sempre embora o seja por periacuteodos de tempo da ordem de 4 bilhotildees de anos

Seja o que for que aconteccedila daqui a 4 bilhotildees de anos o Sistema Solar eacute um dos sistemas dinacircmicos mais estaacuteveis que se conhece no Universo Sendo assim como eacute possiacutevel que um processo de formaccedilatildeo caoacutetico e colisional tatildeo sensiacutevel agraves condiccedilotildees iniciais decirc origem a um sistem a planetaacuterio tatildeo estaacutevel Apoacutes muitos anos realizando

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PLANETOLOGIA

simulaccedilotildees da uacuteltima etapa da formaccedilatildeo planetaacuteria sem conseguir obter nenhum Sistema Solar sinteacutetico que reproduza o nuacutemero correto de planetas nem sua estabilidade chegou-se agrave conclusatildeo de que as posiccedilotildees atuais dos planetas devem ter sido ldquodefinidasrdquo nas primeiras etapas do processo de acreccedilatildeo O problema eacute que realizar estudos destas etapas eacute tecn icam ente com plexo jaacute que eacute necessaacuterio simular a evoluccedilatildeo de milhotildees de partiacuteculas planetesimais por gravitaccedilatildeo e por colisotildees por periacuteodos de tempo muito grandes Os computadores de uso geral natildeo possuem velocidade de caacutelculo suficiente para realizar estas simulaccedilotildees A soluccedilatildeo foi construir super-com putadores especiacuteficos que pudessem ser utilizados para as simulaccedilotildees de formaccedilatildeo planetaacuteria O projeto japonecircs G R A PE tomou esta tarefa para si e desenvolveu um super-computador equivalente a 1 milhatildeo de PCs de hoje com capacidade de realizar simulaccedilotildees que levariam 2 anos em apenas 1 minuto

Entre os resultados preliminares do projeto GRAPE se destaca a conclusatildeo de que a interaccedilatildeo entre colisotildees e a dinacircmica de muitos planetesimais cria um fenocircmeno conhecido como repulsatildeo de em briotildees planetaacuterios Segundo esta teoria se a distacircncia entre dois proto-planetas eacute maior que um certo valor criacutetico d os dois corpos crescem por acreccedilatildeo alimentando-se dos planetesimais ao redor sem variar sua posiccedilatildeo relativa No entanto se a distacircncia inicial entre os dois proto-planetas eacute menor que aquele valor criacutetico os corpos se repelem e se afastam ateacute que a distacircncia entre eles seja maior que d Este processo suave e determiniacutestico poderia explicar a quantidade correta de planetas que encontramos hoje em oacuterbitas dinam icamente estaacuteveis

Resum indo embora ainda existam problemas natildeo resolvidos (Meter Size Hurdle formaccedilatildeo de Urano e Netuno) atualmente dispomos de um modelo de formaccedilatildeo planetaacuteria baseado em um processo de acreccedilatildeo de corpos soacutelidos que consegue reproduzir a maioria das caracteriacutesticas do nosso Sistema Solar Seraacute que o mesmo processo aconteceu em todos os sistemas planetaacuterios ou soacute aqui Natildeo existe garantia de que todos os planetas se formaram seguindo as mesmas condiccedilotildees mas a possibilidade de avaliar o que acontece em outras regiotildees do Universo abre toda uma nova perspectiva para a Mecacircnica Celeste

Os Planetas Extrasolares Conhecidos ldquo Zoologiardquo e Detecccedilatildeo

Em 1995 os astrocircnomos Michel Mayor e Didier Queloz do Observatoacuterio de Genebra descobriram o primeiro planeta extrasolar ao redor de uma estrela do tipo sequecircncia principal A estrela eacute 51 Pegasi (G2 distacircncia agrave Terra = 147 pc) e o planeta tem uma massa aproximadamente igual agrave metade da massa de Juacutepiter

No ano seguinte os americanos Geoffrey Marcy e Paul Butler descobriram mais dois planetas O primeiro orbita a estrela 70 Virgo (G5 distacircncia agrave Terra = 181 pc) e parece ter mais de 7 vezes a massa do nosso planeta gigante O segundo estaacute ao redor de 47 Uma (G0 distacircncia agrave Terra = 141 pc) e tem 25 vezes a massa de Juacutepiter

A populaccedilatildeo atual de planetas aleacutem do nosso Sistema Solar contabiliza ao redor de 160 objetos todos com massas inferiores a 18 vezes a massa de Juacutepiter Entre os casos mais interessantes encontram-se 15 sistemas planetaacuterios

- 12 sistemas com 2 planetas- 2 sistemas com 3 planetas (Ups And e GJ876)- 1 sistema com 4 planetas (55 Cnc)Curiosamente tambeacutem foram encontrados vaacuterios

planetas orbitando estrelas binaacuterias Entre eles podemos mencionar 16 Cyg B t Boo e y Cephei B

Nuacutemero de planetas extrasolares descobertos ateacute maio de 2005 copy Cristiaacuten Beaugeacute

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Recentemente foi descoberto um planeta orbitando uma estrela pertencente a um sistema estelar triplo

P ra ticam en te todos os p lanetas extrasolares conhecidos foram detectados por tracircnsito ou variaccedilatildeo da velocidade radial da estrela (Doppler) Existem outros meacutetodos de detecccedilatildeo que exigem configuraccedilotildees especiais de posiccedilotildees relativas mais dificieis de encontrar (por exemplo microlentes)

Eacute importante ter em conta que os planetas extrasolares tambeacutem conhecidos como exoplanetas satildeo objetos de luminosidade muito baixa Um planeta como Juacutepiter possui uma luminosidade equivalente a 10-9 da luminosidade do Sol Ou seja os exoplanetas natildeo satildeo observados diretamente A exceccedilatildeo eacute GQ Lupi observado com o Very Large Telescope - VLT

No entanto eacute possiacutevel perceber quando os planetas passam em frente ao disco da estrela Este eacute o meacutetodo de detecccedilatildeo via tracircnsito que permite medir o periacuteodo orbital (consequumlentemente o semi- eixo maior) e o raio do planeta As limitaccedilotildees deste meacutetodo incluem soacute eacute possiacutevel observar objetos em oacuterbitas a 90o com a esfera celeste eacute mais faacutecil detectar planetas gigantes e em oacuterbitas muito proacuteximas da estrela eacute muito difiacutecil (embora natildeo seja impossiacutevel) detectar mais de um objeto e este meacutetodo natildeo oferece dados sobre a excentricidade orbital

Existem vaacuterios projetos preocupados com a detecccedilatildeo de exoplanetas via tracircnsito e eacute muito

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GQ Lupi

provaacutevel que em um futuro proacuteximo a maioria dos planetas extrasolares seja descoberta por este meacutetodo Entre estes projetos um particularmente importante para o Brasil eacute o COROT Trata-se de um sateacutelite projetado pela CNES (Franccedila) com participaccedilatildeo de paiacuteses como Alemanha Auacutestria Beacutelgica Brasil e Espanha Com lanccedilamento previsto para junho de 2006 este sateacutelite levaraacute ao espaccedilo um telescoacutepio de 30 cm de diacircmetro Seu objetivo seraacute estudar Sismologia Estelar e Exoplanetas e para tanto a n a liza raacute as curvas de luz de aproximadamente 12 mil estrelas com magnitudes menores que 155 A populaccedilatildeo de estrelas a ser estudada ainda estaacute sendo definida pela comunidade cientiacutefica

Mesmo sendo invisiacuteveis os planetas extrasolares podem ser suficientemente massivos para provocar movimentos na estrela que possam ser detectados daqui da Terra Os meacutetodos de detecccedilatildeo indireta

se aproveitam do fato de que devido agrave presenccedila de um ou mais planetas a estrela se move ao redor do centro de massa do sistema

Embora natildeo possamos observar o planeta podemos deduzir suas massa e oacuterbita atraveacutes da mediccedilatildeo do movimento proacuteprio da estrela Observando as variaccedilotildees perioacutedicas na velocidade radial da estrela por efeito Doppler podemos estimar a velocidade orbital No entanto a velocidade medida por Doppler natildeo eacute a velocidade total e sim sua projeccedilatildeo sobre a linha que une a estrela ao observador Esta limitaccedilatildeo de medida provoca uma grande imprecisatildeo sobre as estimativas pois natildeo se conhece a inclinaccedilatildeo orbital em relaccedilatildeo agrave linha de visada

Sateacutelite COROT

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PLANETOLOGIA

Graacutefico dos planetas extrasolares detectados em unidades de massa de Juacutepiter por semi-eixo maior(J corresponde a Juacutepiter e S a Saturno) copy Cristiaacuten Beaugeacute

foi similar ao dos nossos planetas Segundo esta teoria apoacutes a formaccedilatildeo existiu um processo de Migraccedilatildeo Planetaacuteria que levou os corpos ateacute a sua localizaccedilatildeo atual com oacuterbitas muito excecircntricas No entanto para que esta hipoacutetese tenha sentido necessitamos uma evidecircncia dinacircmica de migraccedilatildeo e um mecanismo para tornaacute-la efetiva

Origem dos Planetas Extrasolares Hipoacutetese da Migraccedilatildeo

Com o objetivo de explicar os pequenos valores de semi-eixo maior e as altas excentricidades surge a Hipoacutetese da Migraccedilatildeo Existem trecircs propostas de mecacircnismos para explicar a migraccedilatildeo dos planetas ateacute suas posiccedilotildees atuais scattering planetaacuterio interaccedilatildeo com o disco de planetesimais e interaccedilatildeo com o disco de gaacutes

Scattering planetaacuterio No prim eiro caso imaginemos um cenaacuterio onde dois planetas gigantes encontram-se ao redor de uma estrela em oacuterbitas

As limitaccedilotildees dos meacutetodos de detecccedilatildeo de planetas extrasolares provocam uma espeacutecie de seleccedilatildeo natural sobre os objetos que conseguimos ver Assim a maioria dos exoplanetas apresenta grandes massas localiza-se perto das estrelas e tem oacuterbitas muito excecircntricas

O problema neste caso nem eacute tanto pela pouca quantidade de planetas tipo Juacutepiter ou Saturno encontrados (receacutem estamos em condiccedilotildees de observaacute-los) mas que a maioria dos exoplanetas descobertos tem c a ra c te riacutes tic as que consideraacutevamos impossiacuteveis de existir quando soacute conheciacuteamos o nosso sistema Temos planetas gigantes em oacuterbitas de planetas terrestres Temos excentricidades tatildeo altas quanto as de estrelas binaacuterias Como explicaacute-los

Existem duas escolas ou linhas de pesquisa Uma acredita que estes planetas foram formados por mecanismos diferentes dos do nosso Sistema Solar por exemplo via instabilidade gravitacional Esta linha eacute defendida principalmente por astrofiacutesicos estelares A segunda escola composta na maioria por dinacircmicos acredita que o processo de formaccedilatildeo

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coplanares e com excentricidades pequenas Se estes planetas natildeo sofrem encontros proacuteximos entre si podemos supor que exista uma espeacutecie de acoplamento entre as suas excentricidades Isto significa que um planeta influenciacutea o outro de tal forma que se a excentricidade de um aumenta a do outro diminui O acoplamento e-e funciona como um mecanismo de proteccedilatildeo evitando encontros proacuteximos entre os planetas a menos que os semi- eixos sejam muito parecidos No caso em que os semi-eixos satildeo similares a interaccedilatildeo gravitacional eacute tatildeo forte que o acoplamento e-e natildeo consegue evitar encontros proacuteximos e podem ocorrer colisotildees com acreccedilatildeo de ambos planetas ou o scattering que significa a ejeccedilatildeo de um dos planetas Com o scattering o planeta que natildeo eacute ejetado do sistema se aproxima da estrela (diminuindo seu semi-eixo) e sua excentricidade aum enta Embora este mecanismo possa funcionar em casos isolados natildeo eacute geral o suficiente para explicar a migraccedilatildeo de tantos exoplanetas

Interaccedilatildeo com o disco de planetesimais Estemecanismo foi inicialmente proposto para explicar a migraccedilatildeo no nosso Sistema Solar Segundo esta teoria as interaccedilotildees gravitacionais entre os planetas gigantes (Juacutepiter Saturno Urano Netuno) e o disco de planetesimais remanescentes provocaram a ejeccedilatildeo final destes planetesimais para o cinturatildeo de Kuiper Como consequumlecircncia o semi-eixo maior de Juacutepiter diminuiu enquanto os semi-eixos de Saturno Urano e Netuno aumentaram Portanto os locais de formaccedilatildeo dos planetas teriacuteam sido diferentes dos atuais Os problemas com esta teoria satildeo numeacutericos Para que um exoplaneta migrasse de 4 ou 5 UA para perto da estrela a massa do disco primordial deveriacutea haver sido da ordem de 1 massa solar Aleacutem deste disco ser altamente instaacutevel este mecanismo de migraccedilatildeo natildeo explica as a ltas excen tric id ad es encontradas nos exoplanetas

Interaccedilatildeo com o disco de gaacutes No final dadeacutecada de 70 os astrocircnomos Peter Goldreich e Scott Trem aine analizaram a interaccedilatildeo entre planetas gasosos e um disco massivo de gaacutes (G oldreich e Trem aine 1979 e 1980) Eles encontraram que se essa interaccedilatildeo fosse muito forte a troca de energia e momento angular resultante poderia causar uma diminuiccedilatildeo draacutestica nos semi-eixos dos planetas Ao natildeo existir evidecircncia

de tal migraccedilatildeo planetaacuteria em nosso Sistema Solar esta teoria caiacuteu em descreacutedito No entanto a descoberta de outros sistemas planetaacuterios provocou o renascimento desta hipoacutetese de migraccedilatildeo e hoje ela eacute a preferida entre os cientistas que se dedicam a estudar os exoplanetas

O problema eacute que este tipo de migraccedilatildeo eacute muito raacutepida Ao causar uma migraccedilatildeo durante o processo de acreccedilatildeo dos planetas natildeo haveria tempo suficiente para completar a formaccedilatildeo antes destes caiacuterem na estrela A soluccedilatildeo encontrada para este problema foi propor um comportamento diferenciado Segundo este a migraccedilatildeo muda quando a massa do planeta eacute superior a 30 massas terrestres pois forma-se um buraco no disco que modifica a velocidade da migraccedilatildeo

A pergunta seguinte seriacutea e como freiar esta migraccedilatildeo Embora nenhuma resposta elegante tenha surgido nos uacuteltimos tempos umas das possibilidades em estudo eacute a de que natildeo haacute freio possiacutevel e o que estamos observando satildeo os Uranos e Netunos que ainda natildeo foram engolidos por suas estrelas

Concluiacutendo dadas as hipoacuteteses de formaccedilatildeo e os sistemas conhecidos hoje em dia podemos dizer que as oacuterbitas dos exoplanetas detectados natildeo satildeo compatiacuteveis com o processo de formaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do nosso Sistema Solar Por que O nosso sistem a eacute especial Ou soacute estam os detectando objetos viciados devido agraves nossas limitaccedilotildees instrumentais Parece que a descoberta de outros sistemas planetaacuterios abriu uma ldquocaixa de Pandorardquo trazendo mais perguntas que respostas

Juacutepiteres Quentes Binaacuterias e Outros Bichosrdquo (Planetas Habitaacuteveis)

Entre a ldquofaunardquo de objetos descobertos ao redor de outras estrelas alguns se destacam por caracteriacutesticas natildeo esperadas Se a nossa motivaccedilatildeo inicial era procurar planetas gecircmeos da Terra para averiguar se estamos ou natildeo sozinhos neste Universo qual natildeo foi a nossa surpresa ao perceber que muitos exoplanetas satildeo mundos jamais imaginados se quer por escritores de ficccedilatildeo cientiacutefica

Juacutepiteres Quentes Os primeiros objetos a surpreender os observadores terrestres foram os

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PLANETOLOGIA

entatildeo batizados Hot Jupiters ou Juacutepiteres Quentes em uma traduccedilatildeo literal Tratam-se de exoplanetas massivos muito proacuteximos da estrela (semi-eixo maior lt 01 UA) Segundo dados obtidos por Doppler estes corpos estariam em oacuterbitas quase circulares (excentricidade aproximadamente igual a zero) Uma combinaccedilatildeo de observaccedilotildees por Doppler e por tracircnsito indica que o raio destes planetas eacute muito maior que o esperado e existem evidecircncias de que estes estariam sendo aquecidos pela estrela Modelos atmosfeacutericos indicam que alguns dos Juacutepiteres Quentes mais proacuteximos de suas estrelas (semi-eixo maior lt 001 UA) podem estar sofrendo evaporaccedilatildeo de sua componente gasosa

Eacute praticamente impossiacutevel explicar a formaccedilatildeo in situ destes objetos A hipoacutetese de migraccedilatildeo eacute a melhor candidata mas eacute atraveacutes do estudo da dinacircmica destes corpos que se espera encontrar mais respostas A proximidade entre a estrela e um planeta tipo Juacutepiter Quente faz com que estes natildeo possam ser assumidos como massas puntuais Assim o estudo destes s istem as tem que considerar efeitos de mareacute como no conjunto Terra- Lua Estrelas do tipo solar tecircm velocidades de

rotaccedilatildeo da ordem de 27 dias Esta velocidade combinada com distacircncias menores que 017 UA sugerem que estes exoplanetas deveriam estar caindo em direccedilatildeo ao centro de massa do sistema As estimativas satildeo muito dependentes da estrutura interna das estrelas mas os caacutelculos atuais prevecircm um tempo de aproximadamente 100 milhotildees de anos para que as estrelas ldquoengulamrdquo seus planetas do tipo Juacutepiteres Quentes

Planetas em Estrelas Binaacuterias Atualmente se conhecem trecircs sistemas estelares binaacuterios (com distacircncia entre as estrelas lt 20 UA) com pelo menos um planeta gigante acoplado Em todos os casos os planetas se encontram proacuteximos agraves estrelas mais massivas de forma que natildeo existem problemas de estabilidade No entanto natildeo se sabe ainda como explicar a formaccedilatildeo destes objetos

Mais surpreendente ainda foi a detecccedilatildeo de um planeta orbitando uma estrela pertencente a um conjunto triplo Esta descoberta eacute tatildeo recente que os dados a respeito deste objeto ainda estatildeo sendo discutidos

Estima-se que aproximadamente metade das estrelas conhecidas sejam binaacuterias Uma vez que

Ilustraccedilatildeo de um planeta recentemente descoberto orbitando a Estrela 55 cancri

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algumas possuem planetas gigantes possiacuteveis de serem detectados nos perguntamos se podem exitir planetas do tipo terrestres ao redor das companheiras Esta pergunta nos leva ao objetivo final deste artigo a busca de planetas habitaacuteveis

Planetas Habitaacuteveis Existem duas questotildees- chaves quando comeccedilamos a falar neste assunto

1 Sob que condiccedilotildees uma estrela pode possuir um planeta habitaacutevel

2 Sob que condiccedilotildees um planeta pode ser habitaacutevel

Eacute necessaacuterio ter em conta que o criteacuterio de ldquohabitabilidaderdquo eacute completamente baseado no nosso conceito geocecircntrico de vida Nada impede que existam outros criteacuterios Apenas natildeo somos capazes de extrapolar o nosso conhecimento e imaginar outras condiccedilotildees para o desenvolvimento de vida

Um artigo muito esclarecedor sobre este assunto foi publicado recentemente por um astrocircnomo da Seacutervia e Montenegro (^ irk o v ireg 2005) Milan ^ irko v ireg define os limites do que se usa chamar de ldquozonas de habitabilidaderdquo na nossa proacutepria galaacutexia e demonstrou que o Sol ocupa uma posiccedilatildeo muito bem definida dentro desta regiatildeo Esta nova aacuterea de pesquisa aplica conhecim entos de Astrofiacutesica Dinacircmica e Astrobiologia

Para que uma regiatildeo da galaacutexia seja considerada como um possiacutevel berccedilaacuterio de planetas habitaacuteveis eacute importante combinar fatores que propiciam o desenvolvim ento de vida (por exemplo uma composiccedilatildeo quiacutemica baacutesica) junto com uma baixa incidecircncia de fatores que poderiam inviabilizar este processo (determinados niacuteveis de radiaccedilatildeo) Os tempos disponiacuteveis para a formaccedilatildeo de sistemas planetaacuterios tambeacutem satildeo considerados neste estudo

Estrela Secundaacuteria

p laneta

Oacuterbita do primeiro planeta descoberto ao redor de sistema binaacuterio Gamma Cephei O planeta dista da estrela 2 UA orbitando a mesma durante 25 anos A estrela secundaacuteria orbita a primaacuteria em uma oacuterbita entre 28 e 30 UA O tamanho do planeta e estrelas natildeo estatildeo em escala

Entre os criteacuterios de h ab itab ilidade para exoplanetas mais importantes estatildeo

1 Semi-eixo maior tal que exista aacutegua em forma liacutequida (Hart 1978) Este valor deveria estar entre 08 e 12 UA para um planeta em oacuterbita ao redor de uma estrela com massa solar

2 Oacuterbitas quase-circulares de tal forma que outros planetas possiacuteveis fontes de perturbaccedilatildeo se encontrem longe

3 Pelo menos 20 da superfiacutecie do planeta coberta por oceanos

A habitabilidade tambeacutem depende das idades do planeta e da estrela

B aseando-se nestes criteacuterios embora natildeo possamos observaacute-los diretamente podemos analisar se as estrelas com planetas gigantes conhecidos poderiacuteam ter planetas que satisfizessem estas condiccedilotildees Um estudo de 85 sistemas extrasolares com um ou mais planetas mostrou que aproximadamente 25 destes podem ter corpos pequenos em oacuterbitas estaacuteveis dentro da regiatildeo habitaacutevel (Menou e Tabachnik 2003) Nos casos estudados a principal causa de instabilidade eacute a presenccedila de corpos pertubadores em oacuterbitas muito excecircntricas Vale lembrar que a alta excentricidade eacute uma caracteriacutestica intriacutenseca da maioria dos planetas extraso lares conhecidos devido a lim itaccedilotildees dos instrum entos de detecccedilatildeo Considerando que este estudo foi realizado com base em uma populaccedilatildeo aparentemente viciada a proporccedilatildeo de de estrelas candidatas a abrigar ao menos um planeta habitaacutevel eacute muito promissora

Onde procurar mais informaccedilatildeo

The Extrasolar Planets Encyclopedia(Jean Schneider CNRS Paris)

httpcfa-wwwharvardeduplanetsencyclhtml

The Geneva Extrasolar Planet Search Programmes(M Mayor)

httpobswwwunigech~udryplanetplanethtml

48 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

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PLANETOLOGIA

Comentaacuterios Finais

Os planetas que conhecemos hoje tiveram uma origem desenvolveram uma dinacircmica e foram detectados por noacutes em algum momento mais avanccedilado de suas existecircncias Esta eacute a ordem causal das coisas A origem destes objetos determinou caracteristicas intriacutensecas tais como suas localizaccedilotildees tipos de oacuterbitas e massas

O estudo da dinacircmica destes corpos trata de entender suas evoluccedilotildees orbitais estabilidades e efeitos sobre a estrela No entanto eacute a nossa capacidade de deduccedilatildeo que nos habilita a detectaacute- los Na praacutetica invertemos a ordem causal e a partir das caracteriacutesticas orbitais e de massa que detectamos aplicamos dinacircmicas conhecidas sobre estabilidade e evoluccedilatildeo orbital para tentar entender a origem destes corpos celestes Estamos fazendo uma espeacutecie de Arqueologia dos sistemas planetaacuterios buscando caracteriacutesticas dinacircmicas atuais que sejam indiacutecios do que aconteceu no passado

Eacute importante lembrar que o estudo dos planetas extrasolares representa uma aacuterea muito nova de conhecimento A primeira determinaccedilatildeo orbital

ldquoconfiaacutevelrdquo de um sistema muacuteltiplo exoplanetaacuterio data de 2001 Portanto ainda existem muitas perguntas sem respostas e satildeo muito poucas as que podemos responder completamente

As oacuterbitas estimadas dos exoplanetas sugerem formaccedilotildees eou evoluccedilotildees diferentes quando comparadas com o nosso proacuteprio Sistema Solar Embora apresente problemas a explicaccedilatildeo mais aceita pelos pesquisadores para a evoluccedilatildeo destes sistemas eacute a migraccedilatildeo Entre os mecanismos propostos o que melhor se encaixa nos dados disponiacuteveis eacute a hipoacutetese de migraccedilatildeo por interaccedilatildeo entre planetas e discos de gaacutes

Quanto agrave possibilidade de encontrarmos planetas s em elh an tes ao nosso a inda estam os engatinhando Nossa incapacidade instrumental vem sendo compensada pela criatividade teoacuterica Enquanto natildeo desenvolvemos aparelhos de medida capazes de detectar objetos tatildeo pequenos vamos elaborando criteacuterios de seleccedilatildeo para as estrelas onde devemos encontrar fontes mais promissoras De qualquer forma o importante eacute que natildeo perdemos de vista a ideacuteia de que ldquoencontrar-nos sozinhos neste imenso Universo seria um tremendo desperdiacutecio de espaccedilordquo (in Contato Carl Sagan) pound

Referecircncias

- Cirkovic MM (2005) Boundaries of the habitable zone unifying dynamics astrophysics and astrobiology In Dynamics of Populations of Planetary Systems Proceedings IAU Colloquium No 197 Z Knezevic amp A Milani Eds Cambridge University Press- Goldreich P e Tremaine S (1979) The excitation of density waves at the Lindblad and corotation resonances by an external potential The Astrophysical Journal 233 857-871- Goldreich P e Tremaine S (1980) Disk-satellite interactions The Astrophysical Journal 241 425shy441- Hart MH (1978) Habitable zones about main sequence stars Icarus 37 351357- Laskar J (1994) Large-scale chaos in the solar system Astronomy amp Astrophysics 287 L9-L12- Menou K e Tabachnik S (2003) Dynamics habitability of known extrasolar planetary systems The Astrophysical Journal 583 473-488- NASA 2003

Walkiria Schulz eacute astrocircnoma formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutora em Engenharia e Tecnologia Espaciais pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Atualmente trabalha para a Comisioacuten Nacional de Actividades Espaciales (CONAE - Argentina)

Cristiaacuten Beaugeacute eacute astrocircnomo formado pela Universidad Nacional de Coacuterdoba (UNC - Argentina) e doutor pelo Instituto de Astronocircmia Geofiacutesica e Ciecircncias Atmosfeacutericas (IAG) da Universidade de Satildeo Paulo (USP) Atualmente daacute aulas e realiza pesquisas no Observatoacuterio Astronoacutemico de Coacuterdoba (OAC - UNC)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 49

RetificaccedilatildeoCaros leitores a Revista macroCOSMOcom retifica

nesta ediccedilatildeo o artigo nomeado nCataacutelogo Jatobaacute publicado em nossa ultima ediccedilatildeo (Ano II - Ediccedilatildeo ndeg 21 - Agosto de 2005) por conter informaccedilotildees errocircneas redigidas pelos seus autores O cataacutelogo utilizado e nomeado pelos autores como Cataacutelogo Jatobaacute na realidade se chama Cataacutelogo REA-Brasil um cataacutelogo de objetos difusos para o Hemisfeacuterio Sul tendo sido preparado originalmente pelo astrocircnomo amador Tasso Napoleatildeo para a APAA (Associaccedilatildeo Portuguesa de Astrocircnomos Amadores) natildeo tendo em sua criaccedilatildeo nenhuma participaccedilatildeo de membros da Associaccedilatildeo de Amadores de Astronomia de Satildeo Paulo conforme citado no artigo mesmo porque essa entidade jaacute havia deixado de existir mais de vinte anos antes

O cataacutelogo foi criado por Tasso Napoleatildeo nos anos 90 e natildeo nos 80 conforme relatado pelos autores Subsequumlentemente agrave sua criaccedilatildeoesse cataacutelogo sofreu diversas atualizaccedilotildees sendo que a versatildeo publicada na uacuteltima ediccedilatildeo da Revista macroCOSMOcom estava tam beacutem desatua lizada Na presente ediccedilatildeo apresentamos aos leitores e por gentileza de seu criador Tasso Napoleatildeo a lista completa do nCataacutelogo REA-Brasil um cataacutelogo de objetos difusos para o Hemisfeacuterio Sulem sua uacuteltima revisatildeo feita em fins de 2004

Hemerson Brandatildeo Revista macroCOSMOcom

50 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

ASTRONOMIAOBSERVACIONAL

Nebulosa do Esquimoacute

C a t aacute l o g o REA-BrasilUm cataacutelogo de Objetos Difusos para o Hemisfeacuterio Sul

Tasso Augusto Napoleatildeo | REA-Brasiltassonapoleaoigcombr

As referecircncias histoacutericas aos objetos difusos (na eacutepoca chamados genericamente de ldquonebulosasrdquo) iniciam-se no seacuteculo XVII A famosa ldquonebulosardquo de Androcircmeda (a galaacutexia que conhecemos por M31) foi mencionada pela primeira vez por Simon Marius em 1612 Jaacute a nebulosa de Oacuterion (M42) eacute referida em trabalhos do jesuiacuteta Johannes Cysat (ou Cysatus) em Ingolstadt Alemanha em 1619 e foi descrita detalhadamente pelo grande astrocircnomo e fiacutesico holandecircs Christiaan Huygens (1629-1695) no ano de 1694

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O primeiro cataacutelogo organizado de objetos difusos data de 1771 e foi elaborado pelo astrocircnomo francecircs Charles Messier (1730-1817) para distinguir esses objetos de cometas Sua versatildeo revista seria publicada por Messier em 1781 e ateacute hoje mais de duzentos anos depois ela ainda eacute uma referecircncia baacutesica para os astrocircnomos amadores

O grande avanccedilo na catalogaccedilatildeo das ldquonebulosasrdquo entretanto eacute devido a William Herschel (1738-1822) que com o auxiacutelio de sua irmatilde Caroline publicaria em 1786 o seu ldquoCatalogue of a Thousand New Nebulae and Star Clusters seguido em 1789 por um segundo cataacutelogo com mais mil objetos e em 1802 por quinhentos objetos adicionais Os trabalhos de Herschel seriam enriquecidos por seu filho John Herschel que publicaria em 1864 o ldquoGeneral Cataloguersquorsquo com 5079 objetos Finalmente John Dreyer em 1888 catalogaria 13226 objetos

em seu ldquoNew General Catalogue of Nebulae and Clusters of Stars (NGC) e seu suplemento ldquoIndex Cataloguersquorsquo (IC) Esses dois trabalhos se tornaram praticamente o padratildeo geral para a identificaccedilatildeo de objetos difusos inclusive os austrais

No entanto ainda nos dias de hoje a referecircncia mais utilizada pelos astrocircnomos amadores do hemisfeacuterio sul continua sendo o cataacutelogo de Messier Isto traz uma desvantagem evidente natildeo estatildeo incluiacutedos nele os objetos com declinaccedilotildees mais austrais (e sabemos que o hemisfeacuterio sul celeste eacute particularmente rico nestes objetos) A soluccedilatildeo mais comum eacute o uso dos cataacutelogos NGC e IC Entretanto por serem estes muito extensos nem sem pre os astrocircnom os am adores estatildeo fam ilia rizad o s com sua nom encla tu ra Pouquiacutessimas satildeo as publicaccedilotildees em que se tentou listar um cataacutelogo resumido dos objetos difusos

52 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

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ASTRONOMIAOBSERVACIONAL

mais s ignificativos quando observados do Hemisfeacuterio Sul

O cataacutelogo a seguir com 112 objetos pretende ser uma recomendaccedilatildeo do autor para a observaccedilatildeo dos objetos difusos mais atraentes vistos desde latitudes de cerca de 23deg sul A seleccedilatildeo dos objetos foi criteacuterio pessoal do autor e foi baseada em anos de observaccedilatildeo dos mesmos com instrumentos que vatildeo desde binoacuteculos 7x50 mm ateacute telescoacutepios com aberturas de 500 mm mdash ou seja uma faixa acessiacutevel agrave m aior parte dos instrum entos am adores Naturalmente natildeo haacute a pretensatildeo de tornaacute-lo um cataacutelogo formal mas apenas a de orientar os observadores iniciantes para a contemplaccedilatildeo destes beliacutessimos objetos

Estatildeo incluiacutedos aqui todos os objetos geralmente catalogados como ldquodifusosrdquo galaacutexias nebulosas difusas aglom erados abertos aglom erados

coordenadas e dos paracircmetros relevantes a cada classe satildeo fornecidos os nomes populares de cada objeto Naturalmente nesta relaccedilatildeo omitimos alguns objetos que apesar de importantes estatildeo muito ao norte para permitir uma boa visualizaccedilatildeo nas latitudes consideradas neste caso estatildeo por exemplo as interessantes galaacutexias M81 (NGC 3031) e M82 (NGC 3034) em Ursa Maior a nebulosa planetaacuteria ldquoda corujardquo M97 (NGC 3587) etc De forma geral nosso ldquocorterdquo foi feito na declinaccedilatildeo de 50deg norte

Em contrapartida estatildeo incluiacutedos objetos beliacutessimos como os aglomerados abertos de Carina Vela e Puppis as Nuvens de Magalhatildees uma seacuterie de objetos em Centaurus Crux Ara Tucana e Sculptor e diversos outros que geralmente natildeo satildeo m encionados nos cataacutelogos p reparados especificamente para os observadores do Hemisfeacuterio Norteglobulares e nebulosas planetaacuterias Aleacutem das

Referecircncias recomendadas para objetos adicionais aos mencionados no presente cataacutelogo

- Burnham Robert Celestial Handbook Dover 1978 (3 vols)- Jones Kenneth Glyn (ed) Webb Society Deep Sky Observerrsquos Handbook Enslow 1987 (7 vols)- Malin David and Frew David Hartungrsquos Astronomical Objects for Southern Telescopes Cambridge 1995

Tasso Augusto Napoleatildeo eacute engenheiro quiacutemico pela POLI-USP com mestrado pela FGV-SP tendo estudado astronomia e astrofiacutesica no Instituto de Astronomia Geofiacutesica e Ciecircncias Atmosfeacutericas da USP Fundador (em 1988) e atualmente Diretor Cientiacutefico da REA BRASIL (Rede de Astronomia Observacional) Tasso dedica-se no momento agrave fotometria CCD de estrelas variaacuteveis particularmente as cefeidas de periacuteodo ultracurto (USPCs) agrave espectrometria de estrelas peculiares e agrave busca de supernovas extragalaacutecticas com telescoacutepios robotizados dentro do programa BRASS (Brazilian Supernovae Search) que jaacute descobriu nove supernovas em seu primeiro ano de operaccedilatildeo

1 Na tabela a seguir estatildeo indicados (ordenados por ascensatildeo reta)1 Ref Nuacutemero de referecircncia no presente cataacutelogo2 NGC Nuacutemero do objeto no cataacutelogo NGC (ou quando indicado IC)3 AR Ascensatildeo Reta (equinoacutecio 20000)4 Dec Declinaccedilatildeo do objeto (equinoacutecio 20000)5 Tipo Tipo do objeto

GA - galaacutexia A A - aglom erado aberto AG - aglom erado globular ND - nebulosa difusa NP - nebulosa planetaacuteria RSN - restos de supernova

6 mv M agnitude visual integrada do objeto7 Dim Dim ensatildeo do objeto em minutos (ou quando indicado segundos) de arco8 Const Conste laccedilatildeo9 Notas Outras designaccedilotildees do objeto (como o nuacutem ero M essier ou os nomes populares)

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Cataacutelogo REA-BRASILRef NGC

AR (200 DD)

Dec(2DDDD)

Tipo mv Dim C onsl Notas

001 55 OOh 140 -30 1 11 GA 70 30x5 Sl

002 104 OOh 241 -72deg 06 AG 40 31 Tuc 47 Tucanae

003 - OOh 525 - 72deg 43 GA 15 210 Tuc Pequena Nuvem de Magalhatildees

004 224 OOh 427 -H 4r 15 GA 34 130x50 And M31 - Galaacutexia de Androcircmeda

005 253 OOh 475 -25deg 17 GA 72 25x7 Sl Moeda de Praia

005 352 01 h 032 -70 0 51 AG 55 13 Tuc

007 503 01 h 330 +30deg 30 GA 57 50x40 Tri M33 - Galaacutexia do Triacircngulo

003 523 01 h 357 +15deg 47 GA 01 10 Psc M74

000 1053 02h 427 -00deg 01 GA 30 5x5 Cet M77

010 1007 02h 453 -30deg 17 GA 03 0x7 For

011 1201 03h 173 -41 1 03 GA 35 10x0 Eri

012 1315 03h 227 -37deg 12 GA 33 7x5 For Fornax A

013 - 03h 470 +24deg 07 AA 12 110 Tau Pleiades

014 1535 04h 142 -12deg 44 NP 05 20 Eri PK 205 - 401

015 - 04h 157 +15deg 31 AA 300 Tau Hyades

015 - 05h210 -53deg 20 GA 10 400 Dor Grande Nuvem de Magalhatildees

017 1052 05h 344 +22deg 01 RSN 34 5x4 Tau M1

013 1075 05h 354 -05deg 27 ND 30 50 Ori M42 - Nebulosa de Orion

010 1050 05h 351 +34deg 03 AA 50 12 Aur M35

020 2070 05h 337 -50deg 05 ND 54 40x25 Dor Nebulosa Taracircntula 30 Dor

021 IC 434 05h 335 -02deg 25 ND 50x15 Ori Inclui a cabeccedila de cavalo

022 2024 05h 410 - O r 51 ND 10x4 Ori

023 2000 05h 524 +32deg 33 AA 50 23 Aur M37

024 2153 05h 030 +24deg 20 AA 52 30 Gem M35

025 2244 05h 324 +04deg 52 AAND 43 24 Mon Nebulosa da Roseta

025 2237 05h 470 -20deg 44 AA 43 33 CMa M41027 2302 07h 202 +20deg 55 NP 01 40 Gem Nebulosa do Esquimoacute

023 2422 07h 355 -14deg 30 AA 43 20 Pup M47

0202437

243307h 413 -14deg 40 AANP 51 27 Pup

Aglomerado aberto M45

com a NP2433 no interior

030 2440 07h 410 -13deg 13 NP 04 20 Pup PK 234 +021

031 2447 07h 445 -23deg 52 AA 55 22 Pup M03

032 2451 07h 454 -37deg 53 AA 37 45 Pup

033 2477 07h 523 -33deg 33 AA 53 25 Pup

034 2515 07h 533 -50deg 52 AA 33 30 Car

035 2547 03h 107 -40deg 15 AA 47 20 Vel035 2545 0$h 124 -37deg 33 AA 52 40 Pup

037 2543 0$h 133 -05deg 43 AA 55 54 Hya M43

033 2532 OSh 401 +10deg 50 AA 31 05 Cnc M44 - Preseacutepio

030 2303 OOh 120 -54deg 52 AG 52 14 Car

040 2357 OOh 214 -53deg 10 NP 07 12 Car PK 273 - 51

041 3114 10h 027 -50deg 07 AA 42 35 Car

042 3132 10h 077 -40deg 25 NP 02 45 Vel PK 272 +1 21

043 3242 10h 243 -13deg 33 NP 77 40 Hya Fantasma de Juacutepiter

044 3203 10h 353 -53deg 14 AA 47 5 Car

045 IC 2502 10h 432 -54deg 24 AA 10 50 Car Pleiades do Sul

045 3351 10h 440 +11deg 42 GA 07 5x7 Leo M05

047 3372 10h 451 -50deg 41 ND 25 120 Car Nebulosa de Ela Carinae

043 3353 10h 453 +11deg 40 GA 01 5x7 Leo M05

040 3532 11 h 054 -53deg 40 AA 31 55 Car

050 3523 11 h 130 +13deg 05 GA 03 10x3 Leo M55

051 3527 11 h 202 +12deg 50 GA 00 0x4 Leo M55

052 3755 11 h 351 -51 deg 37 AA 45 12 Cen

053 3013 11 h 503 -57deg 11 PN 31 12 Cen

054 4254 12h 133 +14deg 25 GA 03 5 Com M00

055 4253 12h 100 +17deg 13 GA 33 13x7 CVh M105

54 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

1 Ref NGCAR

(200 00)Dec

(20000)Tipo mv Dim Const Notas

056 4303 12h 219 +04 28 GA 97 6x5 Vir M61057 4321 12h 229 +1549 GA 94 6 Com M100

058 4374 12h 251 +12ldquo 53 GA 93 5x4 Vir M84

059 4382 12h 254 +18 11 GA 93 7x5 Vir M85

060 4406 12h 262 +1257 GA 91 7x5 Vir M86

061 4472 12h 298 +08 00 GA 84 9x7 Vir M49

062 4486 12h 308 +1224 GA 86 7 Vir M87 Viacutergo A

063 4501 12h 320 +1425 GA 95 6x3 Com M88

064 4565 12h 363 +25 59 GA 96 16x3 Com

065 4569 12h 368 +1310 GA 95 9x4 Vir M90

066 4579 12h 377 +11 49 GA 98 5x4 Vir M58

067 4594 12h 400 -11 3 7 GA 80 8x4 Vir M104 Sombrero

068 4621 12h 420 +11 39 GA 98 5x3 Vir M59

069 4649 12h 437 +11 33 GA 88 7x6 Vir M60

070 4736 12h 509 +41 07 GA 82 10 CVn M94

071 4755 12h 536 -60 20 AA 42 10 Cru Caixa cie Joacuteias

072 4826 12h 567 +21 41 GA 85 9x5 Com M44 Olho Negro

073 4945 13h 051 -49 28 GA 84 20x4 Cen

074 5055 13h 158 +42 02 GA 86 12x8 CVn M63 Girassol

075 5128 13h 255 +4301 GA 68 18x14 Cen Centaurus A

076 5139 13h 268 -47 29 AG 35 36 Cen Omega Centauri

077 5194 13h 299 +4712 GA 84 12x6 CVn M51 Redemoinho

078 5236 13h 370 -29 52 GA 75 10 Hya M83079 5272 13h 422 +28 23 AG 63 19 CVn M3

080 5904 15h 186 +02 05 AG 58 20 Ser M5

081 6121 16h 236 -26 32 AG 59 24 Sco M4

082 6205 16h 417 +36 28 AG 58 17 Her M13

083 6218 16h 472 -01 57 AG 68 14 Oph M12

084 6254 16h 571 -04 06 AG 66 15 Oph M10

085 6266 17h 012 -30 07 AG 67 14 Oph M62

086 6273 17h 026 -26 1 6 AG 67 13 Oph M19

087 6302 17h 137 -37 06 NP 96 15x05 Sco PK 349+011

088 6362 17h 319 -67 03 AG 76 11 Ara

089 6388 17h 363 -44 44 AG 67 9 Sco

090 6405 17h 401 -32 1 3 AA 46 14 Sco M6 Borboleta

091 6397 17h 407 -53 40 AG 58 25 Ara

092 6475 17h 539 -34 49 AA 33 80 Sco M7

093 6494 17h 568 -19 0 1 AA 55 27 Sqr M23

094 6514 18h 026 -23 02 ND 70 29x27 Sqr M20 Triacutefida

095 6523 18h 038 -24 23 ND 40 90x40 Sqr M8 Laquna

096 6541 18h 080 -43 42 AG 66 13 CrA

097 6611 18h 188 -13 4 7 NDAA 60 8 Ser Nebulosa da Aguia

098 6618 18h 208 -16 1 1 ND 60 46x37 Sqr Nebulosa Om eqaou Cisne

099 6626 18h 245 -24 52 AG 70 11 Sqr M28

100 6656 18h 364 -23 54 AG 51 24 Sqr M22

101 6705 18h 511 -06 1 6 AA 58 13 Sct M11

102 6720 18h 536 +33 02 NP 88 1 Lyr Nebulosa do Anel

103 6744 19h 098 -63 5 1 GA 84 16x10 Pav

104 6752 19h 109 -59 59 AG 54 20 Pav

105 Col 399 19h 254 +2011 AA 36 60 Vul Cabide

106 6809 19h 400 -30 58 AG 63 19 Sqr M55

107 6818 19h 440 -14 0 9 NP 93 25 Sgr PK 025 -17 1

108 6853 19h 596 +22 43 NP 74 8x4 Vul Nebulosa do Sino109 7009 21 h 042 -11 2 2 NP 80 05x15 Aqr Nebulosa Saturno

110 7078 21 h 300 +1210 AG 63 12 Peg M15

111 7089 21 h 335 -00 49 AG 64 11 Aqr M2

112 7293 22h 296 -20 48 NP 65 15x11 Aqr Nebulosa da Heacutelice

Com pilaccedilatildeo Tasso Napoleatildeo Novembro de 2004

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 55

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macroGALERIA

L - i l VV bull rsquo- - bull bull t bull

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V iacute I V -

Embora-dispeacutense maacuteioacuteregraves apresentaccedilotildees rsquo os V objetos L - _ _ _ iacute ________ t___A _ _ iacute _ o - i _

v T gt - vi carvatildeo aglomerado aberto NGC 4852 The running

chicken (IC 2944) aglomerado aberto NGC 4052 aleacutem de - -vaacuteriacuteas nebulosas escuras Foram utilizadas uma Camera

O T n lsquo J n r gt _ r u ___ _ l i a l mdashI l a _ j _ A a ___ ___ _

Nikon 50mm a f4 com 10 sub-integraccedilotildees de 3m e montagem TakacirchaacuteshjVEMio- gentilmente cedida por pedrp Reacute A fotpforfeitanoacute Observatoacuterio Mamalluca na

cidade de Vicuna Chile em Abril de 2005

- Joseacute Carlos Dinizr bull bull raquo bull - n_ - raquo - w f i dinizastroterracombr

56 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

R6A

Campanhas observacionais - REA BRASIL SetembroOutubro de 2005

httpwwwreabrasilorg

A Secccedilatildeo Lunar juntamente com as Secccedilotildees Lunissolar e Estaccedilatildeo Costeira 1 da REA-Brasil novamente convida a todos para que em cadeia nacional faccedilam observaccedilatildeo e registro (reporte e imagem) desses eventos celestes para as devidas reduccedilotildees cientiacuteficas

07092005 - Impactos Lunares (Chuva de Meteoros Pupideos)A possibilidade de avistamento de impacto eacute de 44 na porccedilatildeo natildeo iluminada da

Lua agraves 0206 TU + 11 hrs Maiores informaccedilotildees httplunarastrodatabasenet

04102005 - Emersatildeo de Mercuacuterio

Emersatildeo de Mercuacuterio (-06 mag) na borda iluminada da Lua5h 46m 8s HL Nascer do Sol

6h 22m 4s HL Nascer da Lua Magnitude -48 Fase 00056h 24m 16s HL Nascer de Mercuacuterio Magnitude -06 Fase 0946

Cidade Emersatildeo (hh mm ss TU) na borda iluminada da LuaRio de Janeiro 102937 TUMacaeacute 102847 TUSalvador 095636 TUM ococa 10259 TU

Esta Emersatildeo de Mercuacuterio eacute um evento desafiador para observaccedilatildeo porque acontece agrave luz do dia e a cerca de 12 graus acima do horizonte Aleacutem disso a Lua vai estar com a idade de apenas 1 dia ou seja um finiacutessimo crescente iluminado em apenas 12

Ainda temos o Sol que estaraacute a 12 graus acima da Lua Interessante notar que Juacutepiter estaraacute a 2 graus a Leste da Lua e Spica (mag 104) a 2 graus a Oeste da foice iluminada

Para a cidade do Rio de Janeiro seraacute possiacutevel acompanhar a Imersatildeo na borda escura da Lua com Mercuacuterio a 4 graus acima do horizonte enquanto que a Emersatildeo acontece a 18 graus acima do horizonte Em todo caso este eacute um bom momento para encontrar Juacutepiter (mag -17) a luz do dia utilizando binoacuteculo tendo a Lua como referecircncia httplunarastrodatabasenet

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 57

R6A

19 e 20102005 - Ocultaccedilatildeo das PlecirciadesPlecirciades (mag 30) diacircmetro 100 elongaccedilatildeo solar 147

Mapa de Visibilidade global (IOTA) httplunarastrodatabasenetocult_pleiades_20out05jpg

Mapa da Trajetoacuteria do evento para algumas cidades brasileiras (Joseacute Agustoni - Zeca) httppaginasterracombrlazerzecaastronomiaindexhtm

Condiccedilotildees individuais para algumas estrelas do M45 (em relaccedilatildeo as coordenadas Lat 4721S e Long 2118W) - Hora Local de Brasiacutelia GM T -3

Estrela e Magnitude Imersatildeo(1910)

Emersatildeo(1910) Notas

SAO 76131 E LEC TR A (17 TAURI) 38 mag

22h038m 22h301 m Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76172 M E R O P E (23 TAURI) 42 mag 22h124m 23h127m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76126 CELAENO (16 TAURI) 54 mag - -

224h - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76140 T AY G E T A (19 TAURI) 44 mag

- -228h - Lua passa a 04 graus de

separaccedilatildeo da estrelaSAO 76199 A L C Y O N E (ETA T AU R I) 30 mag 22h482m 23h532m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76155 MAIA (20 TAURI) 40 mag - -

229h - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76215 104 B TAURI 5 5m ag

- - 23Oh - Lua passa a 06 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76137 18 TAURI 56mag - -

2 3 1h - Lua passa a 07 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76159 A S T E R O P E

(21 TAURI) 58 mag- -

2 3 1h - Lua passa a 04 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 9056 PLEIONE (28 BU TAU R I) 4 8m ag

1910 as 23h440m

2010 as 0h427m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

Glose to SAO 76228 ATLAS (27 TAURI) 38

mag- -

24Oh - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

Alexandre Am orimCoordenador da Costeira 1 e Secccedilatildeo Cometas REA-Br

httpcosteira1astrodatabasenet Dennis W eaver de Medeiros Lima

Gerente de Projeto Ocultaccedilotildees Lunares - dwastronomiayahoocombrHeacutelio C Vital

Coordenador da Secccedilatildeo Eclipse REA-Br (Site Lunissolar) httpwwwgeocitiescomlunissolar2003

Rosely Gregio Coordenadora da Secccedilatildeo Lunar - REA-Brasil

rgregiouolcombr REA Brasil httpwwwreabrasilorg

58 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

FASES DA LUA

Dia 3 de Setembro - Lua Nova Dia 11 de Setembro - Lua Quarto Crescente

Dia 17 de Setembro - Lua Cheia Dia 25 de Setembro - Quarto Minguante

2005SETEMBRO

Rosely Greacutegio | Revista macroCOSMOcom rgregiouolcombr

MUDANCcedilA DE ESTACcedilAtildeO 22 de Setembro 19h232m - Equinoacutecio da Primavera para o Hemisfeacuterio Sul e Equinoacutecio de Outono para o Hemisfeacuterio Norte

COMETAS VISIacuteVEIS (ATEacute 12 MAGNITUDE)Salvo novas descobertas e explosotildees de brilho temos

Hemisfeacuterio Sul

A n o ite c e r N o ite A m a n h e c e r IC2004 EM (LINEAR)

mag 10C2004 EM (LINEAR)

maq 10C2004 EM (LINEAR)

mag 10

9P Tem pe i 1 mag 11 9P Tem pe l 1 mag 1121 PGiacobini- Zinner

maq 12C2005 E2 (McNaught)

Maq 11C2005 E2 (McNaught)

Maq 11C2005 E2 (McNaught)

Mag 11C2004 Q2 (Machholz)

Maq 12- -

Hemisfeacuterio Norte

A n o ite c e r N o ite A m a n h e c e r j161P 2004 V2 (Hart ley- IRAS)

mag 10C2005 E2 (McNaught)

mag 11C2004 EM (LINEAR)

mag 11

9P Tem pe i 1 mag 11 -21 PGiaco bini- Zinner

mag 12C2005 E2 (McNaught)

mag 11- -

C2004 Q2 (Machholz) mag 12 - -

CHUVA DE METEOROS

I R a d ia n te D u ra ccedil atilde o M aacute x im o |Gamma A quar idas 1 a 14 de setembro 78 de setembroAlpha Tr iangulidas 5 a 15 de setembro 1112 de setembroAlpha Aurig idas (AUR) 25 de aqo a 6 de setembro 12 de setembroEta Draconidas 28 de aqo a 23 de setembro 1213 de setembroGamma Piscidas 26 de aqo a 22 de outubro 2324 de setembroPisc idas Sul (SPI) 12 de aqosto a 7 de outubro De 11 a 20 de setembro

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 59

EFEMERIDES

Quinta-feira 1 de setembro

Lanccedilamento NROL-25 Delta 4M Asteroacuteide 5554 Keesey passa proacuteximo da Terra

(0915 UA)Equaccedilatildeo de Tempo -005 min Urano em Oposiccedilatildeo02h Urano Mag=57 m melhor observado de 191h

- 55h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-10m melhor observado de

230h - 60h LCT (Ari)5h090m Nascer da Lua no ENE (Cnc)59h Mercuacuterio Mag=-11m melhor observado de

57h - 60h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

46h - 60h LCT (Cnc)6h205m Nascer do Sol no E 16h217m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h023m Ocaso do Sol no W 183h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)183h Juacutepiter Mag=-18m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)18h43m Vecircnus passa a 12 graus de Juacutepiter 19 6h V ia-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo

Sexta-feira 2 de setembro

Cometa P2004 VR8 (LONEOS) em Perieacutelio (2376 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 026 min 01h Urano Mag=57 m melhor observado de 188h

- 53h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-11m melhor observado de

229h - 60h LCT (Ari)5h452m Nascer da Lua no ENE (Leo)60h Mercuacuterio Mag=-11m melhor observado de

58h - 60h LCT (Leo)60h Saturno Mag=03 m melhor observado de

45h - 60h LCT (Cnc)6h196m Nascer do Sol no E 17h133m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h025m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -207h LCT (Vir)19 6h V ia-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo

AGENDADIAacuteRIA

Plutatildeo Estacionaacuterio Iniciando M ovim ento Progressivo

Saacutebado 3 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 31 (OTM-31) Cometa P1998 W1 (Spahr) em Perieacutelio (1730

UA)Equaccedilatildeo de Tempo 058 min 01h Urano Mag=57 m melhor observado de 188h

- 52h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-11m melhor observado de

229h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-12m melhor observado de

58h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

44h - 59h LCT (Cnc)6h185m Nascer da Lua no ENE (Leo)6h187m Nascer do Sol no E 15h454m Lua Nova 18h028m Ocaso do Sol no W 18h036m Ocaso da Lua no W (Leo)184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -207h LCT (Vir)195h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo

Domingo 4 de setembro

Em 1905 Paul Gotz descobria o Asteroacuteide 571 Dulcineia

No Calendaacuterio Hebreu eacute o Primeiro dia do Elul mecircs 13 do ano 5765 comeccedilando ao ocaso do Sol (Ano Bissexto)

No Calendaacuterio Islacircmico Tabular eacute o Primeiro dia do Sharsquoban mecircs 8 do ano 1426 comeccedilando ao pocircr- do-sol

Equaccedilatildeo de Tempo 091 min 44h Marte Mag=-11m melhor observado de

228h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-12m melhor observado de

58h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

44h - 59h LCT (Cnc)6h178m Nascer do Sol no E 6h499m Nascer da Lua no E (Leo)12h55m Mercuacuterio passa a 11 graus da estrela

Regulus mag 14 (Leo)

60 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMERIDES

18h030m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -206h LCT (Vir)18h531m Ocaso da Lua no W (Vir)19h068m Io (62 mag) Iniacutecio do T racircnsito 19 4h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h523m Io (62 mag) Iniacutecio do Tracircnsito da

Sombra20h127m Io (62 mag) em Conjunccedilatildeo Inferior 239h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 51 h LCT (Aqr)

Segunda-feira 5 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 124 min 44h Marte Mag=-11m melhor observado de

228h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-13m melhor observado de

59h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

43h - 59h LCT (Cnc)6h168m Nascer do Sol no E 7h205m Nascer da Lua no E (Vir)18h033m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado

de 184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado

de 184h -206h LCT (Vir)194h Via-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo19h240m Io (62 mag) Final do Eclipse 19h428m Ocaso da Lua no W (Vir)239h Urano Mag=57 m melhor observado

de 189h - 50h LCT (Aqr)

Em

18h035m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -20 9h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -20 5h LCT (Vir)193h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo20h336m Ocaso da Lua no W (Vir)21 h Chuveiro de Meteoros Arietiacutedeos de Outubro

(Cet)

Quarta-feira 7 de setembro

Campanha Observacional Secccedilatildeo Lunar REA- Brasil - Impactos Lunares (Chuveiro Pupideos (PUP) A possibilidade de avistamento de impacto eacute de 44 na porccedilatildeo natildeo iluminada da Lua Todas as informaccedilotildees em httplunarastrodatabasenet Participe

Ocultaccedilatildeo de Vecircnus pela Lua para parte da Aacutefrica e Antarctica a 8h TU

httpwwwlunar-occultationscomiotaplanets 0907venushtm

Equaccedilatildeo de Tempo 191 min

7 de setembro de 2005 a sonda Cassini sobrevoa a lua Titan de Saturno httpsaturnjplnasagov

Terccedila-feira 6 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 158 min 43h Marte Mag=-11m melhor observado

de 22 7h - 59h LCT (Ari)59h Saturno Mag=03 m melhor observado

de 43h - 59h LCT (Cnc)6h159m Nascer do Sol no E 7h515m Nascer da Lua no E (Vir)9h34m Vecircnus passa a 17 graus da estrela

Spica 1 mag (Vir)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

copy NA

SA

JPL

S

pace

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In

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te

61

EFEMEacuteRIDES

43h Marte Mag=-12m melhor observado de 227h - 59h LCT (Ari)

59h Saturno Mag=03 m melhor observado de 42h - 59h LCT (Cnc)

6h150m Nascer do Sol no E 8h240m Nascer da Lua no ESE (Vir)18h038m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -205h LCT (Vir)19 2h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo20h015m Europa (68 mag) Elongaccedilatildeo Oeste 21 h265m Ocaso da Lua no W S W (Vir)237h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 49h LCT (Aqr)

Quinta-feira 8 de setembro

Haacute 40 anos atraacutes Karou Ikeya e Tsutomu Seki descobriam o cometa Ikeya-Seki httpcosteira1astrodatabasenetcometaindexhtm

Em 1960 nascia a instituiccedilatildeo norte-americano do Marshall Space Center httpwwwmsfcnasagov

Em 1905 nascia Thomas Keith Glennan o primeiro administrador da NASA formalmente estabelecida em 1 de outubro de 1958

Equaccedilatildeo de Tempo 226 min 42h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 59h LCT (Ari)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

41 h - 59h LCT (Cnc)6h141m Nascer do sol no E 8h595m Nascer da Lua no ESE (Lib)

18h040m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -204h LCT (Vir)192h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h519m Io (62 mag) Elongaccedilatildeo Oeste 19h520m Europa (68 mag) Final do Eclipse 22h225m Ocaso da Lua no W S W (Lib)237h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 48h LCT (Aqr)

Sexta-feira 9 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 260 min 42h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

41h - 58h LCT (Cnc)6h131m Nascer do Sol no E 9h394m Nascer da Lua Az=1132 deg ESE (Lib) 18h042m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -204h LCT (Vir)19 1 h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h251m Lua em Libraccedilatildeo Oeste 217h Lua Passa a 04 graus da estrela SAO

183686 42 LIBRAE 51mag 23h218m Ocaso da Lua no W SW (Sco)236h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 47h LCT (Aqr)

Em 8 de setembro de 1975 era lanccedilada a sonda Viking 2 (Marte OrbiterLander)httpnssdcgsfcnasagovplanetaryvikinghtml

62 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

Saacutebado 10 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 32 (OTM- | 32)

Asteroacuteide 5836 (1993 MF) passa proacuteximo ao Asteroacuteide Vesta (0027 UA)

Asteroacuteide 5143 Heracles passa proacuteximo da Terra (2216 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 295 min41 h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

40h - 58h LCT (Cnc)6h122m Nascer do Sol no E 10h253m Nascer da Lua no ESE (Sco) 18h045m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -210h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -203h LCT (Vir)1 9 0h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo235h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 47h LCT (Aqr)

Domingo 11 de setembro

Cometa Singer Brewster em Perieacutelio (2041 UA) Em 1985 a sonda ICE ldquoInternational Cometary

Explorerrdquo passava pela cauda de iacuteon do cometa Giacobini-Zinner

httphyperphysicsphy-astrgsueduhbasesolargzhtml

Equaccedilatildeo de Tempo 330 min 0h241m Ocaso da Lua no W SW (Sco)41 h Marte Mag=-12m melhor observado de

225h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

40h - 58h LCT (Cnc)6h113m Nascer do Sol no E 8h366m Lua em Quarto Crescente 11h185m Nascer da Lua no ESE (Oph) 18h047m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -210h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -203h LCT (Vir)1 9 0h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo

Em 12 de Setembro de 1970 era lanccedilada a sonda Luna 16 (Soviet Lua Sample Return)

httpwwwcalskycomobserverluna16html

235h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 46h LCT (Aqr)

Segunda-feira 12 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 365 min 10h Lua passa a 02 graus da estrela SAO

185755 X SAGITTARII 42mag 1 h274m Ocaso da Lua no W S W (Sgr)40h Marte Mag=-13m melhor observado de

225h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

39h - 58h LCT (Cnc)6h103m Nascer do Sol no E 12h188m Nascer da Lua no ESE (Sgr)18h050m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -210h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -202h LCT (Vir)189h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo234h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 45h LCT (Aqr)

Terccedila-feira 13 de setembro

Asteroacuteide 9349 Lucas passa proacuteximo da Terra (0890 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 400 min 2h291m Ocaso da Lua no W S W (Sgr)3h455m Lua em Libraccedilatildeo Norte 40h Marte Mag=-13m melhor observado de

224h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

39h - 58h LCT (Cnc)6h094m Nascer do Sol no E 13h248m Nascer da Lua no ESE (Sgr)18h052m Ocaso do Sol no W

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 63

EFEMEacuteRIDES

185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de 185h -210h LCT (Vir)

185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 185h -202h LCT (Vir)

1 8 8h V ia-laacutectea m elhor posicionada para observaccedilatildeo

233h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 45h LCT (Aqr)

Quarta-feira 14 de setembro

Cometa Helin-Roman-Alu 2 passa proacuteximo da Terra (1384 UA)

Em 1915 nascia John Dobson Equaccedilatildeo de Tempo 436 min 00h Lua passa a 12 graus da estrela SAO

188742 59 SAGITTARII 46mag 04h Lua passa a 05 graus da estrela SAO

188722 OMEGA SAGITTARII 48mag 17h Lua passa a 06 graus da estrela SAO

188778 60 SAGITTARII 50mag 3h263m Ocaso da Lua no W SW (Sgr)39h Marte Mag=-13m melhor observado de

224h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=04 m melhor observado de

38h - 58h LCT (Cnc)6h084m Nascer do Sol no E 14h333m Nascer da Lua no ESE (Cap) 18h054m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -210h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -201h LCT (Vir)1 8 8h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h213m Ganimedes (58 mag) em Elongaccedilatildeo

Este233h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 44h LCT (Aqr)

Quinta-feira 15 de setembro

Cometa C2004 V3 passa proacuteximo da Terra (3320 UA)

Asteroacuteide 4116 Elachi passa proacuteximo da Terra (1012 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 472 min39h Marte Mag=-13m melhor observado de

223h - 58h LCT (Ari)

4h178m Ocaso da Lua no W S W (Cap)58h Saturno Mag=04 m melhor observado de

37h - 58h LCT (Cnc)6h075m Nascer do Sol no E 15h414m Nascer da Lua no ESE (Cap)18h057m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -201h LCT (Vir)187h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo232h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 43h LCT (Aqr)

Sexta-feira 16 de setembro

Asteroacuteide 1282 Utopia passa proacuteximo da Terra (1862 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 507 min

38h Marte Mag=-14m melhor observado de 223h - 57h LCT (Ari)

5h037m Ocaso da Lua no W S W (Aqr)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

37h - 57h LCT (Cnc)6h065m Nascer do Sol no E 10h518m Lua em Perigeu 16h474m Nascer da Lua no ESE (Aqr)18h059m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -200h LCT (Vir)V186h Via-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo19h110m Io (62 mag) Elongaccedilatildeo Este231h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 43h LCT (Aqr)

Saacutebado 17 de setembro

Asteroacuteide 6373 Stern passa proacuteximo da Terra (1883 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 543 min 38h Marte Mag=-14m melhor observado de

222h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

36h - 57h LCT (Cnc) 48d

64 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMEacuteRIDES

5h453m Ocaso da Lua no W (Aqr)6h056m Nascer do Sol no E 17h508m Nascer da Lua no E (Aqr)18h062m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -200h LCT (Vir)18 6h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo23h008m Lua Cheia230h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 42h LCT (Aqr)236h Mercuacuterio em Conjunccedilatildeo

Domingo 18 de setembro

Vecircnus oculta a estrela PPM 228686 (96 Mag) Equaccedilatildeo de Tempo 579 min 37h Marte Mag=-14m melhor observado de

222h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

36h - 57h LCT (Cnc)6h046m Nascer do Sol no E 6h242m Ocaso da Lua no W (Psc)18h064m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -199h LCT (Vir)1 8 5h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo18h523m Nascer da Lua no E (Cet)230h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 41 h LCT (Aqr)

S

Sonda Cassini Manobra Orbital 33 (OTM-33) Em 1905 Paul Gotz descobria os asteroacuteides 572

Rebekka 573 Recha 574 Reginhild e o 575 Renate Equaccedilatildeo de Tempo 615 min

37h Marte Mag=-14m melhor observado de 221h - 57h LCT (Ari)

57h Saturno Mag=04 m melhor observado de 35h - 57h LCT (Cnc)

6h036m Nascer do sol no E 7h020m Ocaso da Lua no W (Psc)

egunda-feira 19 de setembro

18h066m Ocaso do Sol no W 184h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -199h LCT (Vir)19h528m Nascer da Lua no E (Psc)229h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 41 h LCT (Aqr)

Terccedila-feira 20 de setembro

Asteroacuteide 1999 RQ36 passa pela Terra (0033 UA) Equaccedilatildeo de Tempo 650 min 36h Marte Mag=-14m melhor observado de

221h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

34h - 57h LCT (Cnc)6h027m Nascer do Sol no E 7h402m Ocaso da Lua no W N W (Ari)18h069m Ocaso do Sol no W 184h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -198h LCT (Vir)20h531m Nascer da Lua no ENE (Ari)228h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 40h LCT (Aqr)

Quarta-feira 21 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 686 min 36h Marte Mag=-15m melhor observado de

220h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

34h - 57h LCT (Cnc)6h017m Nascer do Sol no E 8h202m Ocaso da Lua no W N W (Ari)18h071m Ocaso do Sol no W 183h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -198h LCT (Vir)21 h534m Lua Nasce no ENE (Ari)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 65

EFEMERIDES

228h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 39h LCT (Aqr)

Quinta-feira 22 de setembro

Asteroacuteide 16035 Sasandford passa proacuteximo da Terra (1690 UA)

Em 1905 Paul Gotz descobria o Asteroacuteide 576 Emanuela

Equaccedilatildeo de Tempo 721 min 02h Lua passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 9048 TAU ARIETIS 52mag 35h Marte Mag=-15m melhor observado de

219h - 56h LCT (Ari)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

33h - 56h LCT (Cnc)6h008m Nascer do Sol no E 9h031m Ocaso da Lua no W N W (Tau) 18h074m Ocaso do Sol no W 18 2h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -197h LCT (Vir)19h232m Equinoacutecio de Prim avera para o

H em isfeacuterio Sul e Equinoacutecio Outonal para o Hemisfeacuterio Norte

227h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 39h LCT (Aqr)

22h535m Lua Nasce no ENE (Tau)236h Lua passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 76485 44 TAURI (IM) 54mag

Sexta-feira 23 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 34 (OTM-34) Asteroacuteide 2003 UV11 passa a 0032 UA do planeta

MercuacuterioAsteroacuteide 2865 Laurel passa proacuteximo da Terra

(1632 UA)Equaccedilatildeo de Tempo 757 min No Calendaacuterio Persa eacute o Primeiro dia do mehr

mecircs 7 do ano 1384 Marte Mag=-15m melhor observado de 2 1 9h -

56h LCT 34h (Tau)52h Lua Passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 76573 CHI TAURI 54mag 56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

33h - 56h LCT (Cnc)

5h598m Nascer do Sol no E 9h497m Ocaso da Lua no W N W (Tau)18h076m Ocaso do Sol no W 182h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -197h LCT (Vir)19h211 m Ganimedes (58 mag) iniacutecio do Tracircnsito

da Sombra226h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 38h LCT (Aqr) =157d 23h522m Nascer da Lua no ENE (Tau)

Saacutebado 24 de setembro

Em 1930 nascia John Young Pelo Calendaacuterio Civil Indiano eacute o Primeiro dia do

Asvina mecircs 7 do ano 1927Equaccedilatildeo de Tempo 792 min 34h Marte Mag=-15m melhor observado de

21 8h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

32h - 56h LCT (Cnc)5h589m Nascer do Sol no E 10h398m Ocaso da Lua no W N W (Tau)18h079m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -196h LCT (Vir)21 h Chuveiro de Meteoros Andromedideos (Psc) 226h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 37h LCT (Aqr)

Domingo 25 de setembro

Asteroacuteide 9342 Carygrant passa proacuteximo da Terra (0894 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 826 min 0h480m Nascer da Lua no ENE (Aur)33h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 8h - 56h LCT (Tau)3h408m Lua em Quarto Minguante 56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

31h - 56h LCT (Cnc)5h579m Nascer do Sol no E 11h327m Ocaso da Lua no W N W (Aur)18h082m Ocaso do Sol no W

66 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMEacuteRIDES

185h Mercuacuterio Mag=-10m melhor observado de 185h -185h LCT (Vir)

185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de 185h -213h LCT (Lib)

185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 185h -196h LCT (Vir)

225h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 37h LCT (Aqr)

Segunda-feira 26 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 861 min 1 h396m Nascer da Lua no ENE (Gem)2h305m Lua em Libraccedilatildeo Sul33h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 7h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

31h - 56h LCT (Cnc)5h570m Nascer do sol no E 12h272m Ocaso da Lua no W N W (Gem) 18h084m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-09m melhor observado de

185h -186h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -195h LCT (Vir)224h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 36h LCT (Aqr)

Em 26 de setembro de 2005 a sonda Cassini sobrevoa a lua Hiperion de Saturno

Terccedila-feira 27 de setembro

Lanccedilam ento Soyuz T M A -7 Soyuz FG (International Space Station 12S)

Vecircnus oculta a estrela PPM 229625 (109 Mag)Equaccedilatildeo de Tempo 895 min2h261 m Nascer da Lua no ENE (Gem)32h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 7h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

30h - 56h LCT (Cnc)5h560m Nascer do Sol no E 13h218m Ocaso da Lua no W N W (Cnc)18h087m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-09m melhor observado de

185h -187h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -195h LCT (Vir)224h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 35h LCT (Aqr)

Quarta-feira 28 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 35 (OTM-35) Asteroacuteide 1620 Geographos passa proacuteximo da

Terra (0740 UA)Em 1605 nascia Ismael BullialdusEquaccedilatildeo de Tempo 929 min 3h078m Nascer da Lua no ENE (Cnc)5h551m Nascer do Sol no E

12h198m Lua em Apogeu 14h153m Ocaso da Lua no W N W (Cnc) 18h090m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-08m melhor observado

de 185h-187h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41 m melhor observado

de 185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado

de 185h-194h LCT (Vir)223h Urano Mag=57 m melhor observado

de 190h - 35h LCT (Aqr)

Quinta-feira 29 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 962 min 31h Marte Mag=-16m melhor observado de

215h - 55h LCT (Tau)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 67

EFEMEacuteRIDES

3h452m Nascer da Lua no ENE (Leo)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

29h - 55h LCT (Cnc)5h542m Nascer do Sol no E 15h074m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h092m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-08m melhor observado de

185h -188h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -194h LCT (Vir)222h Urano Mag=57 m melhor observado de

190h - 34h LCT (Aqr)

Sexta-feira 30 de setembro

Lanccedilamento NROL-21 Delta 2 Em 1975 Charles Kowal descobria a lua Themisto

de Juacutepiter Equaccedilatildeo de Tempo 995 min 30h Marte Mag=-17m melhor observado de

215h - 55h LCT (Tau)4h194m Lua Nasce no ENE (Leo)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

28h - 55h LCT (Cnc)5h532m Sol Nasce no E 15h582m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h095m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-07m melhor observado de

185h -188h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185h -214h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -193h LCT (Vir)222h Urano Mag=57 m melhor observado de

190h - 33h LCT (Aqr)

Saacutebado 1 de outubroSonda Cassini em Manobra Orbital 36 (OTM-

36)Asteroacuteide 2001 SE270 passa a 0050 UA da Terra 00h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 33m LCT (Aqr)29h Marte Mag=-17m melhor observado de

2 1 4m a 55m LCT (Tau)4h514m Nascer da Lua no E (Leo)55h Saturno M ag=04 m melhor observado

de 28m a 55m LCT (Cnc)

5h523m Nascer do sol no E 6h45m Marte estacionaacuterio Iniciando Movimento

Retroacutegrado16h481m Ocaso da Lua no W (Leo)18h098m Ocaso do sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-07m melhor observado de

185m a 188m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 193m LCT (Vir)

Domingo 2 de outubro

Em 1935 era fundado o Hayden Planetariumhttpwwwhaydenplanetariumorg

Vecircnus oculta a estrela PPM 264162 (94 mag) Asteroacuteide Asteroid 1886 Lowell passa a 1507 UA

da Terra29h Marte Mag=-17m melhor observado de

213m a 55m LCT (Tau)5h223m Lua nasce no E (Vir)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

27m a 55m LCT (Cnc)5h514m Nascer do Sol no E 17h381m Ocaso da Lua no W (Vir)18h101m Ocaso do sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-06m melhor observado de

185m a 189m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 192m LCT (Vir)220h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 32m LCT (Aqr)

Segunda-feira 3 de outubro

Ano Novo Hebreu Primeiro dia do mecircs Rosh Hashanah do ano 5766 comeccedilando ao pocircr-do-sol

Calendaacuterio Tabular Islacircmico Primeiro dia do Ramadan nono mecircs do ano 1426 iniciando ao ocaso do Sol

Em 1815 era descoberto o meteorito marciano Chassigny

httpwwwjplnasagovsncchassignyhtml Asteroacuteide 2004 HR56 passa a 0033 UA de Marte Asteroacuteide 4664 Hanner passa a 1715 UA da Terra

68 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

7

EFEMEacuteRIDES

28h Marte Mag=-17m melhor observado de 213m a 55m LCT (Tau)

Eclipse Anular do sol visiacutevel da Aacutefrica 4h35m33s Iniacutecio do Eclipse Solar Visiacutevel na Aacutefrica 55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

27m a 55m LCT (Cnc)5h41 m04s Iniacutecio do Eclipse Umbral 5h505m Sol Nasce no E 5h533m Lua Nasce no E (Vir)7h279m Lua Nova7h31m419s Eclipse Solar Anular Maior

Duraccedilatildeo= 4m264s Magnitude=958httpsunearthgsfcnasagoveclipseSEmono

ASE2005ASE2005html Eclipse Solar Anular visiacutevel da Aacutefrica Obscuraccedilatildeo=918 ET-UT=653sec 9h22m33s Final do Eclipse Umbral 10h27m53s Final do Eclipse Solar 18h104m Ocaso do Sol no W 18h290m Ocaso da Lua no W (Vir)185h Mercuacuterio Mag=-06m melhor observado de

185m a 190m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 191m LCT (Vir)19h04m Marte passa a 91 graus das Plecirciades

(M45)220h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 31m LCT (Aqr)

Terccedila-feira 4 de outubroOcultaccedilatildeo de Mercuacuterio pela Lua27h Marte Mag=-17m melhor observado de

212m a 55m LCT (Tau)55h Saturno Mag=04m melhor observado de

26m a 55m LCT (Cnc)6h256m Lua Nasce no E (Vir)157h Vecircnus em Apogeu 185h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

185m a 190m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 191m LCT (Vir)18h58m Mercuacuterio passa a 19 graus de Spica19h219m Lua Ocaso no W SW (Vir)21 9h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 31m LCT (Aqr)

Quarta-feira 5 de outubro

Asteroacuteide 1877 Marsden passa a 2658 UA da Terra

Cometa Chernykh passa a 1464 da Terra 27h Marte Mag=-18m melhor observado de

211m a 54m LCT (Tau)54h Saturno Mag=04 m melhor observado de

25m a 54m LCT (Cnc)5h486m Sol Nasce no E 7h004m Lua Nasce no ESE (Vir)16h40m Mercuacuterio passa a 13 graus de Juacutepiter 18h110m Ocaso do Sol no W 186h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

186m a 191m LCT (Vir)186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

186m a 215m LCT (Lib)186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

186m a 190m LCT (Vir)20h175m Ocaso da Lua no W SW (Lib)218h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 30m LCT (Aqr)

Quinta-feira 6 de outubro

26h Marte Mag=-18m melhor observado de 211m a 54m LCT (Tau)

54h Saturno Mag=04m melhor observado de 25m a 54m LCT (Cnc)

5h477m Sol Nasce no E 7h392m Lua Nasce no ESE (Lib)18h113m Ocaso do Sol no W 186h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

186m -191m LCT (Vir)

httpulyssesjplnasagov

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 69

EFEMERIDES

186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de 186m -215m LCT (Lib)

186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 186m -190m LCT (Vir)

20h315m Lua em Libraccedilatildeo Oeste21 h163m Lua Ocaso no W S W (Lib)2 1 8h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m - 29m LCT (Aqr)

Sexta-feira 7 de outubro

25h Marte Mag=-18m melhor observado de 210m - 54m LCT (Tau)

54h Saturno Mag=04 m melhor observado de 24m - 54m LCT (Cnc)

5h469m Sol Nasce no E 8h234m Lua Nasce no ESE (Sco)18h116m Ocaso do sol no W

186h Mercuacuterio Mag=-04m melhor observado de 186m -192m LCT (Vir)

186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de 186m -215m LCT (Sco)

186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 186m -189m LCT (Vir)

20h089m Imersatildeo da estrela SAO 184336 AL NIYAT (SIGMA SCORPI) 29 mag na borda escura da Lua

20h233m Emersatildeo da estrela SAO 184336 AL NIYAT (S IG M A S C O R P I) 2 9 mag na borda iluminada da Lua

2 1 7h Urano Mag=57 m melhor observado de 190m - 28m LCT (Aqr)

219h Lua passa a 09 graus de separaccedilatildeo da estrela SAO 184415 ANTARES (ALPHA SCORPI) 09mag

22h179m Lua Ocaso no W S W (Sco)

Fontes consultadasCarta celeste para ambos os hemisfeacuterios em PDF httpwwwskymapscomindexhtmlhttpreabrasilastrodatabasenethttpgeocitiesyahoocombrreabrasilhttpaerithnetindexhtmlhttpwwwjplnasagovcalendarhttpingaufubr~silvestrhttpwwwcalskycomhttpwwwtodayinscicomhttpwwwpamsueduabramsSkyWatchersDiaryDiaryhtmlhttpcometsamsmeteorsorgmeteorscalendarhtmlhttpwwwimonethttpwwwlunaroccultationscomiota2003bstarebstarehtmhttpwwwlunaroccultationscomiota2003planetsplanetshtmhttpwwwjplnasagovhttpsunearthgsfcnasagoveclipseeclipsehtmlhttpssdjplnasagov

Rosely Greacutegio eacute formada em Artes e Desenho pela UNAERP Grande difusora da Astronomia atualmenteparticipa de programas de observaccedilatildeo desenvolvidos no Brasil e exterior envolvendo meteoros cometasLua e recentemente o Solhttprgregioastrodatabasenethttprgregiositesuolcombrhttpmembersfortunecitycommeteor4indexhtmhttpgeocitiesyahoocombrrgregio2001httpwwwconstelacoeshpgcombr

70 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EPSILON f

MIM72

M73

NGC7009

1

^ 9 CONSTELACcedilOtildeES

Z odiacais

CAPRICOacuteRNIO

PEIXE AUSTRAL

bull |ALPHA

THETA NGC7293

ZETA

AQUAacuteRIO

DELTA

LAMBDA

DELTA88

PEIXEk

mdash mdashr mdashFI

LEGEINDAMagnitude das estrelas

Limites das constelaccedilotildeesi

bull

bull bull bull bull laquo gt Grelha de coordenadasbull BALEIA

- 1 0 1 2 3 -1 otilde equatoriais V

mmdash revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

M2

copy CA

RTES

DU

C

IEL

71

CONSTELACcedilOtildeESZODIACAIS

CONSTELACcedilAtildeO DE

uaacuterioAquarius Aquaacuterio Abreviaccedilatildeo Aqr Genitivo Aquarii Significado O portador de Aacutegua Ascensatildeo Reta 23 horas Declinaccedilatildeo -15 graus Visiacutevel entre latitudes 65 e -90 grausConstelaccedilotildees Limiacutetrofes Cap PsA Scl Cet Psc Peg Equ e AqlAquaacuterio eacute visiacutevel no outono para o Hemisfeacuterio Norte e na primavera para o Hemisfeacuterio Meridional

Rosely Greacutegio | Revista macroCOSMOcom rgregiouolcombr

A Constelaccedilatildeo do Aquaacuterio estaacute representada em vaacuterias culturas antigas e sempre associada a aacutegua pois seu aparecimento no ceacuteu ou quando localizada no Zecircnite significava o anuncio da chegada das chuvas eou da inundaccedilatildeo dos rios Isto significava fonte de vida e alimento para os povos que viviam nas terras aacuteridas como por exemplo a Babilocircnia e o Egito Aquaacuterio eacute uma constelaccedilatildeo bastante lacircnguida que natildeo seria famosa se natildeo fizesse parte do Zodiacuteaco Na maioria das culturas eacute tido como um homem que verte aacutegua de um balde Isto pode surgir do fato que o Sol entra em Aquaacuterio no iniacutecio do inverno quando a estaccedilatildeo chuvosa comeccedila em muitas partes do mundo

Aquaacuterio tem algumas binaacuterias agradaacuteveis de serem observadas uma variaacutevel sem igual e alguns objetos de ceacuteu fundo um pouco interessantes (mas os Objetos Messier aqui geralmente natildeo satildeo muito interessantes) As estrelas geralmente satildeo de quarta magnitude

___________________ Estrelas Nomeadas

Albali (Epsilo Aqr) Ancha (Theta Aqr) Situla (Kappa Aqr)

_Estrelas Duplas

Zeta2 A q uarii e zeta1 A q uarii formam um sistema binaacuterio de duas estrelas brancas iguais com uma oacuterbita de 760 anos Zeta2 Aquarii eacute a primaacuteria 44 46 PA 266deg atual e separaccedilatildeo 23 ldquo

Struve 2944 eacute um sistema triplo agradaacutevel com todos os trecircs em uma linha reta AB 70 75 PA 276deg separaccedilatildeo 25 ldquo C 84 PA 106deg separaccedilatildeo 50 ldquo

Struve 2988 eacute um par muito atraente de estrelas iguais 72 72 PA 101deg separaccedilatildeo 35 ldquo A binaacuteria estaacute a 3deg SW de psi1 Aquarii

Estrelas Variaacuteveis

SADALMELIK Alpha Aquarii (Alpha Aqr) eacute um supergigante com cem vezes o tamanho do Sol Estaacute apenas haacute mil anos-luz de distacircncia e brilha com uma magnitude visual de 296 A lpha Aquarii (Sadalmelik) e beta A q uarii (Sadalsuud) satildeo supergigantes gecircmeas com nomes quase idecircnticos Os nom es significam respectivam ente ldquoO Afortunado do Reirdquo e ldquoO mais Afortunado dos Afortunadosrdquo

Sadalsuud (Beta Aqr)Sadalachbia (Gama Aqr)Skat (Delta Aqr)

A variaacutevel mais notaacutevel na constelaccedilatildeo eacute R Aquarii normalmente listada como uma ldquovariaacutevelrdquo do tipo Mira Contudo esta gigante vermelha natildeo eacute uma variaacutevel de longo-periacuteodo normal eacute uma estrela lsquorsquosimbiocircnticarsquorsquo se assemelhando a Z Andromedae Estrelas do tipo ldquoZ Andromedaerdquo satildeo aquelas que apresentam dois espectros separados indicando duas temperaturas bastante diferentes um esfria e outra muito quente Este fenocircmeno eacute causado por um mesmo sistema binaacuterio onde a estrela maior e mais fria e a outra estrela (talvez uma pequena anatilde branca) a quente E de fato R Aquarii tem uma pequena companheira azul que eacute cercada por uma nuvem de gaacutes Quando acontece eclipse da estrela

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CONSTELACcedilOtildeESZODIACAIS

pequena pela gigante a magnitude visual da primaacuteria varia A estrela tem um periacuteodo de 38696 dias e um alcance de 58 a 124 o melhor momento para ver esta estrela seraacute na primeira semana de setembro em 2005

______________ Objetos de Ceacuteu Profundo

M2 (NGC 7089) - E um aglomerado globular compacto e luminoso mag 65 situado haacute 50000 anos-luz de distacircncia O aglomerado estaacute a 5deg N de beta Aquarii

M72 (NGC 6981) - Tambeacutem eacute um aglomerado globular mag 93 aproximadamente 3deg W S W da Nebulosa de Saturno

M73 (NGC 6994) - E outro aglomerado globular um agrupamento de estrelas de mag 89 que incluiu quatro estrelas sem conexotildees aproximadamente a 15deg leste de M 72

M73 (sistema ou asterismo de 4 estrelas) eacute notaacutevel por fazer o proacuteprio jarro de aacutegua inclinado e vertendo aacutegua Este pequeno asterismo que no campo de visatildeo binocular podem ser vistos em sua totalidade eacute composto de zeta Aqr e trecircs outras estrelas

NGC 7009 ldquoNebulosa de Saturnorsquorsquo - E umanebulosa p lanetaacuteria de mag 8 3 bastante espetacular visiacutevel em instrumentos grandes Tem raios que estende de ambos os lados do disco principal A nebulosa estaacute a 1deg a oeste de nu Aqrrdquo

NGC 7293 lsquorsquoNebulosa da Heacutelicersquorsquo (ou ldquoNebulosa Helicoidalrdquo) - E outra nebulosa planetaacuteria cujo nome aparentemente adveacutem de sua semelhanccedila a heacutelice dupla do DNA Realmente eacute uma nebulosa de anel com mag 65 soacute muito maior e mais lacircnguido que a Nebulosa de Anel mais notaacutevel em Lyra A nebulosa estaacute a 15deg W de upsilon Aquarii ou 210 no devido sul de zeta Aquarii ^

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Clique Astronocircmico

Planetaacuterio Municipal ldquo Prof Benedito RelardquoSituado na cidade de ItatibaSP e inaugurado em 07 de novembro de 2003 eacute o primeiro e uacutenico planetaacuterio no Paiacutes desenvolvido com tecnologia 100 nacional (Projeto Sphaera) O Planetaacuterio Benedito Rela eacute o 18deg do Brasil e o 3deg construiacutedo por uma Prefeitura Municipal e tem capacidade para abrigar ateacute 65 pessoas sentadas em sua sala de projeccedilatildeo Com uma cuacutepula de oito metros e totalmente automatizado foi montado pelo astrocircnomo Carlos Eduardo Mariano de CampinasSP O objetivo da Prefeitura de Itatiba por meio da Secretaria da Educaccedilatildeo eacute a realizaccedilatildeo de cursos palestras seminaacuterios exposiccedilotildees atividades de observaccedilatildeo astronocircmica e encontros sobre planetaacuterios e ensino de Astronomia O projetor SPHAERA I fabricado pela empresa brasileira Sphaera Planetaria Ltda reproduz o ceacuteu estrelado de qualquer regiatildeo do planeta e em qualquer eacutepoca com ateacute 10000 estrelas aleacutem da Via-Laacutectea Sol Lua planetas visiacuteveis figuras das constelaccedilotildees e muitos outros recursos Neste segundo semestre estaraacute em funcionamento no Planetaacuterio o projetor SPHAERA MIDIA Com esse equipamento que iraacute trabalhar em conjunto com o projetor SPHAERA I seraacute possiacutevel projetar graacuteficos e animaccedilotildees de alta definiccedilatildeo e ateacute em 3D Anualmente cerca de 20000 pessoas de Itatiba e cidades vizinhas participam das diversas atividades oferecidas pelo Planetaacuterio Todas as atividades realizadas pelo Planetaacuterio satildeo totalmente gratuitas

Maiores informaccedilotildees httpwwwprefeituraitatibacombrplanetarioplanetariohtmAgendamento de visitas (11) 4538-4547

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Construccedilatildeo de umHeliostato

Joseacute Carlos Diniz | REACARJCANFdinizastroterracombr

O Heliostato eacute um instrumento simples quepermite a observaccedilatildeo do Sol por longos periacuteodos de forma segura Deve ser instalado preferencialmente mas natildeo obrigatoriamente de forma fixa de modo a facilitar a aquisiccedilatildeo de imagens Eacute particularmente uacutetil em observatoacuterios para mostras puacuteblicas palestras e estudo sistemaacutetico do Sol

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Sempre me dediquei agrave fotografia quer seja quando jovem como forma de sustento quer jaacute na meia idade quando me iniciei na astronomia Sempre me encantaram as imagens muito mais do que qualquer outro ramo da astronomia Em 1997 conheci e me maravilhei com o observatoacuterio solar de Rogeacuterio Marcon onde havia um Heliostato e fiquei entre assustado e apaixonado por aquele instrumento Mais tarde conheci Paulo R Moser e seu admiraacutevel trabalho sobre o Sol Com ele aprendi um pouco de observaccedilatildeo solar nas nossas conversas e atraveacutes da paacutegina solar da REA

Comprei filtros Thousand Oaks II e Baader Planetarium e por algum tempo fotografei o Sol O eclipse total de 1998 o novo ciclo solar e as observaccedilotildees puacuteblicas que fazemos no Clube que presido foram o estiacutemulo que faltava para me lanccedilar agrave aventura de construir meu proacuteprio Heliostato para natildeo soacute fotografar mas para observar o Sol

Haacute muito pouca literatura disponiacutevel talvez devido agrave sua simplicidade Os modelos que pesquisei eram voltados mais para a espectroscopia usando instrumentos de focal longa e com aparato complexo Desta forma procurei aprender para simplificar ao maacuteximo sua construccedilatildeo

Um Heliostato nada mais eacute do que um espelho plano montado numa estrutura que permite apontamento polar e movimento sincronizado com o Sol A imagem assim obtida eacute capturada por uma luneta (ou mesmo um doubleto acromaacutetico) e projetada sobre um anteparo O tamanho da imagem vai depender da distacircncia focal da luneta da ocular empregada e da distacircncia da projeccedilatildeo

Caso empreguemos um soacute espelho o Sol sofreraacute um movimento de rotaccedilatildeo ao longo da observaccedilatildeo por isso optei pelo modelo de dois espelhos onde essa rotaccedilatildeo natildeo existe

Neste modelo o espelho primaacuterio reflete a imagem solar para o espelho secundaacuterio que a envia agrave luneta Os espelhos devem ser planos e de boa qualidade (Agrave8) O espelhamento torna a imagem mais brilhante mas eacute possiacutevel prescindir dele Utilizei dois espelhos de 10 cm de diacircmetro feitos pelo Sr Weber (AraraquaraSP)

Uma outra observaccedilatildeo importante eacute que a velocidade de acompanhamento deve ser a metade da velocidade sideral porque a cada movimento do espelho o raio refletido altera-se o dobro desta forma o espelho primaacuterio deve dar uma volta completa a cada 48 horas

Procurei utilizar na construccedilatildeo materiais simples e ao alcance de todos (fig 1) como madeira compensada parafusos dobradiccedilas e rolamentos facilmente encontrados no mercado Apenas uma dimensatildeo eacute fundamental no setor a distacircncia entre o furo por onde passa o eixo principal e o sem-fim deve ser exatos 1455 cm para que tenhamos a velocidade de deslocamento correta de uma volta a cada 48 horas As outras dimensotildees das demais peccedilas natildeo satildeo importantes e podemos adapta-las ao nosso gosto

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macroOFICINA

Na figura 1 temos a relaccedilatildeo das peccedilas

1 - Alumiacutenio dobrado para sustentar o espelho primaacuterio

2 - Discos de madeira para prender os espelhos

3 - Parafuso motor Prende o setor na placa de sustentaccedilatildeo

4 - Dobradiccedila de latatildeo

5 - Peccedila de latatildeo dobrada para ajuste de altura

6 - Parafusos que formam os peacutes da montagem

7 - Pequenos cilindros de madeira que formam as cabeccedilas dos parafusos

Aleacutem disso temos o setor garfo do espelho secundaacuterio placa de sustentaccedilatildeoe rolamentos (2) de rdquo de diacircmetro

FIG 1

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0 conjunto eacute montado sobre uma peccedila de madeira Haacute ainda uma pequena torre

que sustenta o espelho secundaacuterio (fig 2) nela vemos

1 - Torre

2 - Mesa onde se fixa o setor

3 - Tubo de latatildeo que prende o espelho secundaacuterio

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FIG 3

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Torneamos um eixo de latatildeo (fig 3) que passa por dentro dos ro lam entos de esfera e que prende de um lado o setor do sem fim e do outro o espelho primaacuterio

Esse eixo possui de um lado rosca de 38rdquo e do outro rdquo Duas arruelas de alumiacutenio ajudam na fixaccedilatildeo do suporte do espelho primaacuterio ao setor

Escolhem os passar o eixo pelos rolamentos para dar um movimento suave e uniforme ao espelho e fa c ilita r o p o sic ionam ento do espelho primaacuterio

A figura 4 mostra o conjunto em fase de montagem

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Revendo velhas revistas SampT deparei-me com uma soluccedilatildeo muito interessante para construccedilatildeo do sem fim dobrar dois parafusos de latatildeo de rdquo e 20 espiras por polegada e prende-los na parte de baixo do setor onde fizemos um sulco (fig 5 e 6)

A traccedilatildeo se daraacute por um parafuso igual ao do sem-fim acoplado ao motor de de volta por m inuto Esta re laccedilatildeo proporciona um deslocamento de metade da velocidade sideral O motor foi conseguido de um velho timer de uma maacutequina de lavar pratos e o suporte do parafuso feito em madeira no formato de U

Uma mola manteacutem o acoplamento e facilita o reposicionamento do setor (fig 7 8 e 9)

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Um dado importante para o correto alinhamento polar eacute que o plano do espelho primaacuterio deve obrigatoriamente coincidir com o Poacutelo O ajuste do Poacutelo se faz com a pequena peccedila de latatildeo conforme ilustrado nas figuras 10 e 11 Embora simples eacute eficaz e permite alinhar-se com boa precisatildeo

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Uso para o alinhamento um inclinocircmetro uma buacutessola e um niacutevel de bolha (fig 12)A torre que conteacutem o espelho secundaacuterio permite-nos aproximaacute-lo e afastaacute-lo do espelho primaacuterio

para obtermos a reflexatildeo da imagem Conforme a posiccedilatildeo do Sol no Solstiacutecio ou Equinoacutecio precisamos movimentaacute-la para obter a imagem a ser projetada

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1 ^ 1Apoacutes posicionar o espelho primaacuterio com o motor

em funcionamento movemos o secundaacuterio ateacute obtermos a reflexatildeo e em seguida o movemos para direcionar a luneta vista ao fundo junto agrave cuacutepula (fig 13 ) O motor eacute siacutencrono e ligado a corrente eleacutetrica atraveacutes de um variador de frequumlecircncia o que permite acelerar e retardar o movimento da imagem Observei que o conjunto sem fim ainda necessita de ajustes mas permite uma observaccedilatildeo por tempo razoaacutevel (10 a 15 minutos) com poucas correccedilotildees

No momento o instrumento encontra-se em testes Pretendo construir uma base soacutelida para recebecirc-lo e desta forma facilitar a obtenccedilatildeo de imagens solares de modo mais confortaacutevel no interior da minha modesta cuacutepula e abrigado dos raios

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solares podendo desta forma observaacute-lo de forma longa e produtiva A im agem refletida pelo secundaacuterio seraacute projetada atraveacutes de uma luneta para um anteparo onde seraacute observada Cartas de Waldmeier foram impressas em transparecircncia e satildeo ajustadas agraves imagens (16 cm de diacircmetro)

Adiantando ou atrasando a rotaccedilatildeo do motor podemos fazer a imagem do Sol tocar as bordas da carta determinando assim a linha Leste e o Oeste e por consequumlecircncia o Norte e o Sul desta forma podemos posicionar a carta e saber em que setor as manchas estatildeo anotaacute-las e segui-las com maior precisatildeo A imagem pode ser fotografada e uma animaccedilatildeo mostrando a rotaccedilatildeo das manchas eacute possiacutevel

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As figuras 14 e 15 mostram o instrumento terminado

Espero ter contribuiacutedo para despertar interesse e motivaccedilatildeo no estudo do Sol O Heliostato eacute de grande im portacircncia para observatoacuterios e associaccedilotildees por permitir de forma simples obter im agens de qualid ad e com conforto e a popularizaccedilatildeo do estudo do Sol

Qualquer duvida estou sempre agrave disposiccedilatildeo Meus profundos agradecimentos a Rogeacuterio Marcon e a Paulo Roberto Moser pelos ensinamentos Este projeto eacute dedicado agrave memoacuteria de Jean Nicolini mestre da observaccedilatildeo e exemplo de paixatildeo pela astronomia M

Nota Este artigo eacute parte integrante do Reporte Anual da REA-BRASIL (REDE DE ASTRONOM IA OBSERVACIONAL BRASIL) - REPORTE Ndeg 11 editado em DEZEMBRO2003 Nossos agradecimentos ao amigo Joseacute Carlos Diniz bem como ao atual Coordenador Geral da REA Edvaldo Joseacute Trevisan por nos permitir divulgar e veicular na Revista macroCOSMOcom mais este trabalho realizado pelos membros da REA-BRASIL Este e demais reportes estatildeo disponiacuteveis em no site da REA-BRASIL Conheccedila o trabalho desenvolvido pelos membros da REA e participe httpwwwreabrasilorg

Joseacute Carlos Diniz eacute Meacutedico Cardiologista (Rio de JaneiroRJ) astrocircnomo amador astrofotoacutegrafo e ATM Membro da REA CARJ CANF e NG C51 Tem se destacado por seu magniacutefico trabalho contra a Poluiccedilatildeo Luminosa emeacuterito e premiado astrofotoacutegrafo construtor de vaacuterios instrumentos astronocircmicos e divulgador destas nobres artes cujos trabalhos podem ser apreciados em httpwwwastrosurfcomdiniz e http wwwdinizastrodatabasenet

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Equipe que iraacute para a Olimpiacuteada internacional em 2005 na China No centro o presidente da SAB Licio da Silva e Prof Joatildeo Canalle coordenador nacional da OBA

Olimpiacuteada Brasileira de Astronomia eDESPERTANDO INTERESSE DE A c t m n C I I

ALUNOS PELA CIEcircNCIA M b Ll U N dU LILrd

Fernanda Calipo | Revista macroCOSMOcomfecalipohotmailcom

Aleacutem de muacutesica balada e outros atrativos da idade alunos descobrem uma paixatildeo diferente A Astronom ia A O BA - O lim piacuteada B ras ile ira de A s tro n o m ia e A s tro n aacute u tica eacute um even to edu ca tivo responsaacutevel por despertaacute-los a se aplicar neste segm ento cientiacutefico A O lim piacuteada jaacute estaacute em sua oitava ediccedilatildeo e eacute prom ovida anualm ente pela SAB - Sociedade Astronocircm ica Brasileira sociedade cientiacutefica que reuacutene os profissionais envolvidos em pesquisa cientiacutefica de todas as aacutereas da Astronom ia e Astrofiacutesica do Brasil e pela Agecircncia Espacial Brasileira (AEB)

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A OBA tem o objetivo de fomentar o interesse dos jovens pela Astronomia Astronaacuteutica e Ciecircncias afins aleacutem de promover a difusatildeo dos conhecimentos baacutesicos de uma form a luacutedica e cooperativa mobilizando natildeo soacute os alunos mas professores coordenadores pedagoacutegicos diretores pais e escolas planetaacuterios observatoacuterios municipais e particulares espaccedilos centros e museus de ciecircncia associaccedilotildees e clubes de astronomia astrocircnomos profissionais e amadores entre outros num soacute mutiratildeo nacional aleacutem de distribuir materiais educacionais de astronomia para os professores representantes da OBA nas escolas participantes

ldquoA Astronomia eacute a ciecircncia com o maior nuacutemero de sociedades amadoras mas paradoxalmente natildeo eacute objeto de uma disciplina especiacutefica nos curriacuteculos dos ensinos fundamental e meacutedio Em geral ela fica a cargo de um profissional de ensino que natildeo possui habilitaccedilatildeo especiacutefica no tema e muito frequumlentemente nem eacute formado em ciecircncias exatas A OBA busca portanto estimular nos estudantes o gosto pelo tem a bem como divulgar corretam ente os conteuacutedos entre estudantes e professores realizando um diagnoacutestico ainda que parcial do quatildeo tais conteuacutedos estatildeo ou natildeo corretamente apreendidosrdquo afirma o coordenador nacional da OBA Prof Dr Joatildeo Batista Garcia Canalle professor titu lar no Instituto de F iacutes ica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) onde tam beacutem estaacute sediada a Coordenaccedilatildeo Nacional da Olimpiacuteada Brasileira

Quem participa Todos alunos que estejam estudando entre a primeira serie do ensino fundamental ateacute os da ultima do ensino meacutedio Natildeo haacute restriccedilatildeo quanto ao nuacutemero miacutenimo ou maacuteximo de alunos participantes por escola Se a escola onde o aluno estuda natildeo estiver cadastrada para participar da OBA o estudante interessado poderaacute recorrer a uma outra escola cadastrada ou a outra instituiccedilatildeo cadastrada A inscriccedilatildeo do aluno deveraacute ser feita pelo professor que aplicaraacute a prova

As provas dividem-se em quatro niacuteveis a saber

Prof Joatildeo Canalle coordenador nacional da OBA

Niacutevel 1 destinada aos alunos da 1a e 2a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 2 destinada aos alunos da 3a e 4a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 3 destinada aos alunos de 5a agrave 8a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 4 destinada aos alunos de qualquer seacuterie do ensino meacutedio ou que jaacute concluiacuteram o ensino meacutedio haacute menos de dois anos (a contar da data da prova da OBA) e natildeo estatildeo matriculados em nenhuma instituiccedilatildeo de ensino superior

As questotildees das provas visam muito mais a dar informaccedilotildees corretas e atualizadas aos alunos do que extrair informaccedilotildees deles As provas satildeo compatiacuteveis com os conteuacutedos abordados pela maioria dos livros didaacuteticos do ensino fundamental e meacutedio A prova eacute constituiacuteda de 7 perguntas de Astronomia e 3 de Astronaacuteutica (o que inclui lanccedilamento de foguetes sateacutelites artificiais e sensoriamento remoto) Dentre as 7 perguntas de A stronom ia haacute uma ou duas perguntas observacionais Para responder a estas perguntas observacionais o aluno precisa fazer previamente uma atividade observacional divulgada com antecedecircncia sobre a qual seraacute baseada a pergunta

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Assim sendo os alunos podem fa ze r individualmente ou em grupos estas atividades observacionais No dia da Olimpiacuteada contudo cada aluno deveraacute estar de posse das suas mediccedilotildees respostas caacutelculos e resultados da atividade observacional que foi solicitada pela Organizaccedilatildeo da OBAUma novidade em 2005 foi a parceria com a Agecircncia Espacial Brasileira (AEB) passando a se cham ar O lim piacuteadas Brasileira de Astronomia e Astronaacuteutica ldquoA Agecircncia tem um interesse em divulgar mais seus avanccedilos tecnoloacutegicos brasileiros principalmente para quem ainda estaacute na fase de aprendizado Temos um brasileiro em constante treinamento na NASA o Marcos Pontes aleacutem de uma parceria com a China na aacuterea de sateacutelites Enfim muitas coisas para acrescentar como conhecimento na prova que teraacute 3 questotildees voltadas para este temardquo ressalta o Prof Canalle

Os alunos com m elhor desem penho na Olimpiacuteada nacional satildeo convidados a receber um treinamento para participarem da Olimpiacuteada Internacional devendo passar por uma outra prova que selecionaraacute entre 4 e 6 participantes para

representarem o Brasil laacute fora Como a equipe eacute formada por membros de diferentes unidades da federaccedilatildeo o treinamento contou com astrocircnomos membros da Sociedade Astronocircmica Brasileira os proacuteprios professores dos estudantes e ainda com listas de exerciacutecios compiladas por ex-participantes que tambeacutem jaacute participaram da Olimpiacuteada nacional ou internacional

ldquoA Olimpiacuteada muito mais que uma competiccedilatildeo eacute uma maneira de despertar a curiosidade cientiacutefica nos jovens Assim pretende-se utilizar a OBA como uma espeacutec ie de recurso pedagoacutegico um instrumento que muito mais do que de premiar os melhores estudantes tem o objetivo de cativar o interesse pela ciecircncia entre os jovens atraveacutes de uma prova com questotildees interessantes e bem elaboradas que natildeo lsquoassustersquo o estudante pela falta de conhecimento necessaacuterio retendo assim a sua atenccedilatildeo e despertar a sua imaginaccedilatildeo e o interesse cientiacutefico Sem duacutevida o evento serve tambeacutem para revelar talentos precoces A OBA seleciona os integrantes da equipe internacional tendo poreacutem um objetivo bem maior do que esterdquo finaliza o Prof Canalle

Carla Fernanda (hoje na POLI - USP) e Gulherme (Univale - SC) ambos com 17 anos e medalhistas da Olimpiacuteada internacional de 2004 na Ucracircnia

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Astronomia Brasileira leva prata e bronze em Olimpiacuteada Internacional de 2004 e prepara equipe para China em 2005

Configurando o melhor resultado de todas as participaccedilotildees nacionais trecircs dos quatro integrantes da equipe que representou o Brasil na IX Olimpiacuteada Internacional de Astronomia realizada em outubro de 2004 na Crimeacuteia retornaram laureados A equipe dividida nas duas faixas etaacuterias do certame era formada por Carla Fernanda de Arauacutejo e Silva estudante do Coleacutegio Objetivo (Satildeo PauloSP) e Guilherme Rohden Echelmeier estudante do Coleacutegio de Aplicaccedilatildeo da Univale (ItajaiacuteSC) pertencentes agrave faixa etaacuteria dos membros de ateacute 17 anos A faixa etaacuteria daqueles de ateacute 15 anos contou com Fernanda Vilela de Aquino da Escola Estadual Pe Anchieta (CoqueiralMG) e Felipe Ferreira Villar Coelho estudante do Coleacutegio Metropolitano (Serra ES) Carla e Guilherme obtiveram medalhas de bronze enquanto Filipe obteve a ineacutedita para o Brasil medalha de prata para a menor faixa etaacuteria A equipe contou ainda com os liacutederes Profa Nuricel Aguilera Villalonga (Coleacutegio Objetivo) Dr Carlos Alexandre W uenche do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Dr Roberto Pereira Ortiz (UFES)

A Olimpiacuteada foi realizada em Simeiz uma pequena cidade na costa sul da Crimeacuteia (no Mar Negro) a 105 km de Sinferopol T recircs diferentes tipos de provas foram aplicados teoacuterica praacutetica e observacional A prova praacutetica consiste na in terpretaccedilatildeo de informaccedilotildees astronocircmicas Para esta prova os estudantes natildeo podem ter mais de 17 anos nem estar na universidade

Hemisfeacuterio Norte - A equipe brasileira eacute uma das duas uacutenicas originaacuterias do Hemisfeacuterio Sul A outra eacute a equipe Indoneacutesia Entretanto as olimpiacuteadas internacionais de Astronomia desde sua criaccedilatildeo sempre foram organizadas no Hemisfeacuterio Norte Ao contraacuterio de outras Olimpiacuteadas Cientiacuteficas isto sempre foi uma desvantagem adicional para a equipe brasileira Aleacutem de conhecimentos teoacutericos e praacuteticos sobre Astrofiacutesica Astronomia e suas teacutecnicas os participantes se defrontaram com provas observacionais frente a um ceacuteu familiar a praticamente todas as equipes do Hemisfeacuterio Norte Para piorar as coisas algumas constelaccedilotildees que podem ser avistadas de ambos os Hemisfeacuterios

aparecem invertidas quando se vai de um hemisfeacuterio para outro Procurando sanar esta dificuldade a equipe recebeu da mesma forma que em 2003 um treinamento especial no Planetaacuterio de Rio de Janeiro uma semana antes de seu embarque para a Ucracircnia Na cuacutepula da Fundaccedilatildeo Planetaacuterio do Rio de Janeiro foi reproduzido o ceacuteu da Crimeacuteia agrave eacutepoca e horaacuterios provaacuteveis das provas observacionais

China 2005 o grupo que iraacute para China este ano marcou presenccedila no XXXI Encontro da SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira realizado no Hotel Vacance em Aacuteguas de LindoacuteiaSP de 3107 a 0308 quando recebeu um treinamento avanccedilado de profissionais em astronomia ex-participantes e o apoio do coordenador Prof Canalle e do presidente da SAB Prof Licio da Silva (ONMCT)

Divulgaccedilatildeo e ConhecimentoComparando os dados da I OBA em 1998 quando

a prova foi aplicada para alunos de apenas 21 instituiccedilotildees em 8 cidades hoje o nuacutemero chega a surpreender Na VIII OBA realizada em maio de 2005 o total de escolas cadastradas chegou agrave marca de 3300 somando cerca de 180000 alunos que efetivamente realizaram a prova Vale ressaltar que todos os alunos professores e escolas receberatildeo um certificado e os 10000 com melhor classificaccedilatildeo seratildeo condecorados com medalhas em eventos promovidos pelas proacuteprias instituiccedilotildees de origem dos alunos

Natildeo haacute taxa de inscriccedilatildeo para escolas ou alunos participarem da OBA O envio do material de divulgaccedilatildeo cartaz cartas circulares provas e gabaritos satildeo totalmente gratuitos inclusive a postagem dos m esm os A im pressatildeo dos certificados e a confecccedilatildeo das medalhas tambeacutem eacute gratuita As uacutenicas despesas das escolas participantes satildeo as coacutepias das provas pois eacute enviado somente um original de cada niacutevel para aplicaccedilatildeo aleacutem da postagem dos kits com medalhas certificados e materiais de apoio apoacutes a realizaccedilatildeo total do evento

Para maiores informaccedilotildees httpwwwobaorgbr

Fernanda Calipo Cossia eacute Jornalista publicitaacuteria locutora de raacutedio assessora de comunicaccedilatildeo e poacutes graduada em relaccedilotildees Puacuteblicas Trabalhou 5 anos na Universidade Metodista de Satildeo Paulo e acumulou experiecircncias para hoje atuar na aacuterea de assessoria de comunicaccedilatildeo para os mais diversos segmentos Atualmente ela dedica-se agrave especializaccedilatildeo na aacuterea de jornalismo cientiacutefico

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Da religiatildeo a Ciecircncia

uma aventura do conhecimento humano

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GLEISER Marcelo O fim da Terra e do Ceacuteu O apocalipse na Ciecircncia e na Religiatildeo Satildeo Paulo Companhia das Letras 2001

Quais satildeo os limites que separam ciecircncia e religiatildeo Satildeo saberes complementares ou antagocircnicos Satildeo estas as perguntas feitas por Marcelo Gleiser em ldquoO fim da Terra e do Ceacuteu O apocalipse na Ciecircncia e na Religiatildeo Experiente cosmoacutelogo e divulgador cientiacutefico o autor presenteia o leitor com uma fantaacutestica abordagem histoacuterica das principais questotildees astronocircmicas e cosmoloacutegicas a preocupar o homem durante sua existecircncia Impossibilitado de responder estas questotildees de forma cientiacutefica estes recorreram ao que chamamos hoje de religiatildeo

Para Marcelo natildeo existiu uma ruptura abrupta entre o pensamento religioso e o pensamento cientiacutefico Simplesmente perguntas que antes eram respondidas pela religiatildeo passaram a serem respondidas pela ciecircncia Ele segue esse caminho sem apelar para o relativismo tatildeo em moda que coloca segundo alguns filoacutesofos entre eles Richard Rorty os deuses gregos no mesmo patamar que a moderna astrofiacutesica Para este ambas as explicaccedilotildees da origem o cosmo seriam validas e natildeo haveria como escolher de forma racional entre uma e outra sendo esta uma escolha subjetiva

Marcelo Gleiser natildeo cai nesta armadilha relativista Ele reconhece sim o papel que teve a religiatildeo como uma das formas de pensamento desenvolvidas pelo homem para tentar explicar fenocircmenos naturais mas tambeacutem reconhece as limitaccedilotildees destas explicaccedilotildees uma vez que a fiacutesica e a astronomia moderna ainda que natildeo se julguem detentoras da verdade conseguiram explicar os fenocircmenos expostos natildeo apenas de forma mais satisfatoacuteria mas tambeacutem de maneira racional experimental e capaz de fazer previsotildees Componentes estes indispensaacuteveis a qualquer ciecircncia E fora do acircmbito da religiatildeo

Um dos fenocircmenos mais perturbadores para o homem antigo era a mudanccedila nos ciclos dos movimentos celestes (tais como os eclipses aparecimento de cometas e chuva de meteoros) Em geral estes fenocircmenos celestes representavam a prediccedilatildeo de eventos maleacuteficos (pragas doenccedilas escassez nas colheitas fome ou ira dos

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deuses) A uacutenica exceccedilatildeo segundo o autor eacute a tribo Kung da N am iacutebia que considerava a passagem destes objetos celestes como pressaacutegio de boa sorte Esta visatildeo eacute decorrente de crenccedilas que consideravam os ceacuteus como morada dos d euses portanto um lugar de perfe iccedilatildeo e imutabilidade Podendo ser qualquer mudanccedila no ciclo regular dos movimentos dos ceacuteus considerada como mudanccedila no temperamento dos proacuteprios deuses Natildeo eacute estranho assim que o livro de Apocalipse o ultimo livro do Novo Testamento trazer referencias ao fim do mundo como um evento de ordem cosmoloacutegica (queda de estrelas na Terra escurecimento do Sol entre outros) isto sem falar por exemplo em 2deg Pedro 3 3-13 1 deg Joatildeo 2 18 no Livro de Daniel no Ecircxodo e etc apenas para ficarmos nas referencias culturais mais proacuteximas de noacutes mesmos

Natildeo se preocupe leitor Gleiser vai muito mais longe do que isso em sua histoacuteria da religiatildeo comprada agrave astronomia e cosmologia moderna Passamos assim a conhecer as mais diversas crenccedilas religiosas e miacuteticas que a seu modo tentam exp licar os fenocircm enos ce lestes Egiacutepcios japoneses gauleses incas povos ameriacutendios povos africanos chineses judeus hindus e europeus tem suas mitologias dissecadas de forma bastante competente pelo autor

Apoacutes a apresentaccedilatildeo destas o autor recorre ao arcabouccedilo teoacuterico experimental e histoacuterico da cosmologia e da astronomia explicando questotildees levantadas e trabalhadas pelo pensamento miacutestico- relig ioso a traveacutes das ultim as desco b ertas cientiacuteficas O meacutetodo de exposiccedilatildeo perpassa todas as quatro partes do livro prim eiram ente eacute apresentada uma questatildeo de ordem astronocircmico- cosmoloacutegica em seguida a explicaccedilatildeo dada pelas religiotildees a estes fenocircm enos seguidas pela exposiccedilatildeo das explicaccedilotildees dadas por filoacutesofos e cientistas em diversas eacutepocas ao mesmo fenocircmeno somente entatildeo o leitor eacute confrontado com as explicaccedilotildees mais recentes dadas pela ciecircncia moderna Organizaccedilatildeo esta bastante didaacutetica certamente muito apraziacutevel e uacutetil para expor questotildees astronocircmicas ao puacuteblico leigo

Seguindo este meacutetodo o leitor apoacutes ser exposto ao legitimo perigo representado por asteroacuteides e cometas para a existecircncia da vida humana ou no miacutenimo os enormes prejuiacutezos que a queda de um meteorito provocaria ao se chocar em uma cidade populosa Perigo este de certa forma jaacute contemplado no pensamento miacutestico-religioso de vaacuterios povos passa a entender a origem formaccedilatildeo constituiccedilatildeo geoloacutegica e oacuterbita destes objetos celestes para entatildeo ser apresentado as ultimas medidas tomadas por cientistas e militares para catalogar estes objetos e possivelmente evitar uma colisatildeo

Vejamos uma breve passagem ldquoComo sabiam os egiacutepcios japoneses incas e tantas outras culturas que idolatraram o Sol atraveacutes dos tempos o destino do Sol eacute diretamente relevante para o nosso destino e sobrevivecircncia neste planeta Durante aproximadamente 10 bilhotildees de anos hidrogecircnio funde-se em heacutelio gerando pressatildeo suficiente para contraba lanccedilar a contraccedilatildeo gravitacional Com o passar do tempo a quantidade de heacutelio na regiatildeo central da estrela aumenta enquanto a quantidade de hidrogecircnio diminui paacuteg 195 Este processo levara o Sol a se tornar uma gigante vermelha destruindo toda a vida na Terra

Daiacute o autor passa a explorar os buracos negros misteriosos turbilhotildees coacutesmicos dignos de Jasatildeo e Gilgamesh entre tantos outros fenocircmenos e objetos celestes Apoacutes uma longa viagem por mitos religiotildees filosofias e histoacuteria da ciecircncia o autor fecha o livro com um fantaacutestico capiacutetulo referente agrave formaccedilatildeo do universo e a interaccedilatildeo de suas forccedilas a luz da fiacutesica contemporacircnea

Apoacutes percorrermos este longo caminho descrito por Gleiser terminamos a leitura com uma uacutenica certeza somos seres extremamente limitados e insignificantes perante a grandeza do Universo entretanto fomos capaz de lhe dar um significado e uma explicaccedilatildeo Ainda temos muito para conhecer Com certeza Mas certamente daremos passos ainda maiores pois a vida humana soacute tem valor na medida em que podemos dar significado ao mundo que nos cerca aumentando nosso entendimento deste Vocecirc leitor pode ser o proacuteximo a dar este passo Ateacute laacute soacute posso lhe desejar uma boa leitura

Edgar Indalecio Smaniotto filoacutesofo professor e escritor E-mail edgarsmaniottoyahoocombr

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Viag ens no tempoe Universos Paralelos

Explorando os limites da Fiacutesica

VASCONCELLOS Rogeacuterio Amaral de Vaca Profana Encruzilhadas Livro 1 Ndeg 00 [S C] Sistema Literaacuterio Experimental Virtual (SLEV) 2005 (Coleccedilatildeo SLEV 2004 - Fase I) Compras em httpwwwslevorg R$ 1200

Nos uacuteltimos anos a fiacutesica teoacuterica vem expandindo-se gradualmente incorporando a seu arcabouccedilo de conceitos ideacuteias ateacute entatildeo de domiacutenio da ldquometafiacutesicardquo ou seja algo que antes era feito por filoacutesofos tornou-se agora parte da fiacutesica Processo este que ocorre pelo menos desde Nietzsche o uacuteltimo grande filoacutesofo a tratar de questotildees cosmoloacutegicas E tambeacutem aquele que decretou a morte da metafiacutesica entregando para os fiacutesicos a responsabilidade de explicar e criar hipoacuteteses que decircem sentido a organizaccedilatildeo do cosmo

Entretanto os fiacutesicos ao contrario dos filoacutesofos ainda que tendem a levantar hipoacuteteses muitas vezes surpreendentes tem que tornar estas ldquoverificaacuteveisrdquo via experimentaccedilatildeo Suas hipoacuteteses devem ter um referencial no mundo natural capaz de ser observado por seus pares Em outras palavras mesmo que apresentem uma teoria elegantemente organizada e sustentada racionalmente por criteacuterios loacutegicos e matemaacuteticos esta natildeo seraacute aceita caso natildeo se verifique sua correlaccedilatildeo com o mundo natural

Mas alguns cientistas mais ousados entre eles J Richard Gott (Viagens no Tempo No universo de Einstein Rio de Janeiro Ediouro 2002) natildeo se importam em fazer extrapolaccedilotildees bastante distantes das possibilidades da ciecircncia moderna em verificar sua correlaccedilatildeo com o mundo natural Abrindo assim amplos campos para a especulaccedilatildeo cientiacutefica campo este rapidamente ocupado pelos escritos de ficccedilatildeo cientiacutefica

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D estacam os aqui o livro ldquoV aca P ro fa n a E n c ru z ilh a d a s rdquo de R ogeacuterio A m aral de Vasconcellos recentemente lanccedilado Tudo bem concordo que o titulo eacute um tanto esquisito eu tam beacutem natildeo gostei mas o livro tem muitas qualidades que independem deste

Basicamente estamos falando de Universos Paralelos e V iagens no Tempo Neste caso seriamos habitantes de um Multiverso Assim o autor trab a lh a com as teo rias da in flaccedilatildeo cosmoloacutegica ou seja a ideacuteia de que aleacutem do alcance de nossos telescoacutepios existem outras regiotildees do espaccedilo que parecem idecircnticas a nossa Para muitos cosmoacutelogos alguns destes Universos poderiam ateacute ter leis fiacutesicas diferentes do nosso Basicamente esta eacute a ideacuteia que perpassa a histoacuteria do livro

A histoacuteria propriamente dita comeccedila quando uma poderosa entidade alieniacutegena conhecida como o Zelador que possui tecnologia capaz de se deslocar entre estes universos comeccedila a reunir um grupo de seres humanos e alieniacutegenas de diversos universos e tempos diferentes A intenccedilatildeo do autor eacute trabalhar com o conceito de Histoacuteria Alternativa Basicamente neste tipo de ficccedilatildeo cientifica o autor pega um determinado ponto chave da histoacuteria e modifica este m udado assim todo o restante da histoacuteria conhecida

Por exemplo se Hitler tivesse conseguido a bomba atocircmica antes dos aliados se a Intentona Comunista tivesse obtido sucesso em derrubar Getulio Vargas ou se a Confederaccedilatildeo dos Tamoios tivesse vencido a guerra contra os portugueses como seria nossa historia hoje Entre diversas outras possibilidades

Mas todas estas soacute satildeo possiacuteveis se estivermos falando de um Multiverso infinito onde todos os seres humanos e fatos histoacutericos podem ter todos os seus desdobramentos possiacuteveis ocorrendo Neste caso a viagem no tempo natildeo seria uma viajem ao nosso proacuteprio passado mas uma viagem a um outro universo onde nossa presenccedila laacute jaacute estava assegurada Assim todas as possibilidades que nossa existecircncia poderia seguir realmente existem nestes diferentes universos

P arecem ideacute ias um tanto m eta fiacutes icas Certamente Mas o artigo ldquoO jogo de espelho dos Universos Paralelosrdquo de Max Tegmark (Scientific American Ano 2 ndeg 13) e o jaacute citado livro de J Richard Gott tornam estas possibilidades bastante plausiacuteveis ainda que estejamos a seacuteculos de distancia de uma tecnologia que nos permita mesmo visualizar estes universos paralelos ou viajar no tempo como admitem os proacuteprios autores citados Vasconcellos como todo o escritor de ficccedilatildeo cientiacutefica que se preze explora este campo ainda nebuloso da fiacutes ica ateacute suas ultim as consequumlecircncias

Neste primeiro livro impresso a coleccedilatildeo completa jaacute tem mais de 3 dezenas de volumes disponiacuteveis em e-book na Internet (httpwwwslevorg) o autor faz uma apresentaccedilatildeo dos personagens e do norte narrativo da histoacuteria Satildeo reunidos seres de vaacuterios tempos e universos em sua grande maioria humanos apenas alguns satildeo alieniacutegenas para cumprir algumas missotildees em diferentes realidades alternativas

A apresentaccedilatildeo destes personagens e de seus mundos eacute feita com bastante competecircncia Temos dois arqueoacutelogos Andreacuteas Nikolos Papandriu e Dimitri Diogovitc na segunda metade do seacuteculo XIX envoltos com o debate acerca da origem da vida (evolucionismo versus criacionismo) A descriccedilatildeo de seres vivos inteligentes evoluiacutedos a partir do reino vegetal que podem usar metano gaacutes carbocircnico e eacuteter para sobrevivecircncia metaboacutelica aleacutem de um sofisticado conversor orgacircnico com ceacutelulas verdes -fotossinteacuteticas- em accedilatildeo

Este personagem (Zandra de Harboor) eacute dos mais interessantes do livro por viver em um mundo onde a magia ainda predomina tendo serias dificuldades com a aristocracia local para levar ad ian te suas pesquisas astronocircm icas e astronaacuteuticas O leitor se defrontara com bastantes questotildees interessantes mas teraacute que acompanhar a serie toda Natildeo se desespere cada livro custa apenas 200 reais no sistema e-book De qualquer forma eacute uma excelente pedida para quem gosta de uma boa literatura com pitadas de ciecircncia e muita fantasia Boa leitura

Edgar Indalecio Sm aniotto filoacutesofo professor e escritor E-mail edgarsmaniottoyahoocombr

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dicasdigitais

Navegando pelas constelaccedilotildeesEm setembro tem iniacutecio a estaccedilatildeo das flores Novas constelaccedilotildees estaratildeo melhores posicionadas

no ceacuteu noturno nas noites quentes de primavera para o hemisfeacuterio austral e outonal para o hemisfeacuterio boreal Assim nesta ediccedilatildeo vamos dar um giro por websites que falam dessas miriacuteades de estrelas e dos objetos que estatildeo em suas direccedilotildeesAntes de entrarmos no mundo digital vai uma dica natildeo digital para os neoacutefitos que querem saber

onde estatildeo as constelaccedilotildees e como localiza-las Nossa sugestatildeo vai para um livro com 87 paacuteginas de faacutecil entendimento e muito bem estruturado Eacute um pequeno guia praacutetico para observaccedilatildeo do ceacuteu que leva o observador a identificar estrelas e constelaccedilotildees sem o auxiacutelio de instrumentos Rumo agraves Estrelas do autor Delerue Alberto (1999) editora Jorge Zahar

Como diria o grande poeta parnasiano Olavo Bilac (1865-1918) cujas estrelas tecircm presenccedila marcante em seus versos que ora aparecem como confidentes ora como testemunhas ou conhecedoras do misteacuterio da vida

ldquoOra (direis) ouvir estrelas Certo Perdeste o sensordquo E eu vos direi no entanto

Que para ouvi-las muita vez desperto E abro as janelas paacutelido de espantoE conversamos toda a noite enquanto A Via Laacutectea como um paacutelio aberto

Cintila E ao vir do sol saudoso e em prantoInda as procuro pelo ceacuteu desertoDireis agora ldquoTresloucado amigo

que conversas com elas Que sentido Tem o que dizem quando estatildeo contigordquo

E eu vos direi ldquoAmai para entendecirc-lasPois soacute quem ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelasrdquo

Via-Laacutectea (Olavo Bilac)

Os websites relacionados nessa ediccedilatildeo contem inuacutemeras informaccedilotildees sobre esfera celeste estrelas constelaccedilotildees e muito mais Vale a pena navegar por cada um deles e usufruir desse vasto conhecimento depositado na internet Clique no mouse e feliz navegaccedilatildeo

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dicas digitais

Kepler de Souza Oliveira Filho e Maria de Faacutetima Oliveira Saraiva (em portuguecircs)lt

Constelaccedilotildees httpastroifufrgsbrconsthtm pound3Coordenadas das Constelaccedilotildees httpastroifufrgsbrconst1htm |

raquoL(OG) 1159 (07)

844 (01)

987 (11)

1103 (16)

Sebastiaacuten Otero (em inglecircs) 1280(05) 1290 (06)

1297 (06)891 (-01)

Imagens de Constelaccedilotildees - httpdavidmalincomfujiifujii_indexhtmlDavid Malin (em inglecircs)Paacutegina com a coleccedilatildeo completa de Akira FujiiDMI

1 985 (1 1)

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revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 95

dicasdigitais

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The Constellations Web Page - httpwwwdibonsmithcomconstelhtmRichard Dibon-Smith (em inglecircs)

lsquo i - lsquoTabela com- alfabeto gregolsquohttpwwwdibonsmithcomgreekhtm

raquo bull i _ Tabela de dados estelares httpwwwdibonsmithcomdatahtm -1

^ Localizaccedilatildeo de objetos atraveacutes de binoacuteculos httpwwwdibonsmithcombinoc_tbhtm Graacuteficos de cosntej accedilotildees para o hemisfeacuterio sul httpwwwdibohsmithcomgraph_shhtmEsquema de todas as constelaccedilotildees httpwwwdibonsmithcomgraphicshtmV rsquo rsquo raquo bull

Orbita de 150 estrelas binaacuterias visuais httpwwwdibonsmithcomorbitshtm Nomes mitojoacutegicos das lsquoconstelaccedilotildeesrsquo httptowwdibonsmithcommythnamehtm kCataacutelogo Messier httpwwwdibonsmithcommessierhtm

Rosely Greacutegio eacute formada em Artes e Desenho pela UNAERP Grande difusora da Astronomia atualmenteparticipa de programas de observaccedilatildeo desenvolvidos no Brasil e exterior envolvendo meteoros cometasLua e recentemente o Solhttprgregioastrodatabasenethttprgregiositesuolcombrhttpmembersfortunecitycommeteor4indexhtmhttpgeocitiesyahoocombrrgregio2001httpwwwconstelacoeshpgcombr

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AstroHaEacutearteDigital

Eacute com grande satisfaccedilatildeo que a Revista macroCOSMOcom inaugura uma nova seccedilatildeo chamada ldquoAstro Arte Digitalrdquo O objetivo dessa seccedilatildeo eacute a de ser um local de exposiccedilotildees de arte digital sobre temas astronocircmicos dando para aqueles leitores que possuem talento artiacutestico uma oportunidade para exporem seus trabalhos Todos estatildeo convidados para participarem

Regulamento

1deg O tema eacute livre contato que aborde algum tema relacionado agrave Astronomia ou Ciecircncias afins2deg Podem participar artistas de todas as idades e de diferentes localidades do Brasil e Exterior 3deg Cada artista poderaacute enviar quantos trabalhos desejar4deg Os trabalhos deveratildeo ser gerados digitalmente no tamanho 950X640 pixels (300 dpi) e natildeo poderatildeo exceder o tamanho de 1 MB podendo ser utilizado qualquer programa de desenho e modelagem graacutefica Tambeacutem seratildeo aceitos trabalhos feitos a ldquomatildeo livrerdquo no tamanho A4 (297cm X 21 cm) sendo que estes deveratildeo ser enviados digitalizados no tamanho 950X640 pixels (300 dpi) 5deg Os trabalhos enviados deveratildeo possuir tiacutetulo descriccedilatildeo da imagem o nome completo do artista cidade estado e paiacutes onde reside e o nome dos programas que utilizou para a criaccedilatildeo da sua arte ou do material utilizado no caso da arte ter sido feita a ldquomatildeo livrerdquo6deg Os trabalhos deveratildeo ser enviados para o e-mail astroartedigitalrevistamacrocosmocom

7deg Todos os trabalhos recebidos passaratildeo por um criteacuterio de avaliaccedilatildeo e escolha Os melhores trabalhos seratildeo publicados nas ediccedilotildees da Revista macroCOSMOcom8deg Natildeo existem prazos para envio dos trabalhos A avaliaccedilatildeo para a escolha dos melhores trabalhos para publicaccedilatildeo soacute teraacute iniacutecio apenas quando atingirmos o nuacutemero miacutenimo de 20 trabalhos recebidos

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rmacroCOSMO comA primeira revista eletrocircnica brasileira de Astronomia

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Ediccedilatildeo ndeg 13Dezembro de 2004

Ediccedilatildeo ndeg 14Janeiro de 2005

Ediccedilatildeo ndeg 15Fevereiro de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 16Marccedilo de 2004

Ediccedilatildeo ndeg 17Abril de 2005

Ediccedilatildeo ndeg 18Maio de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 19Junho de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 21Agosto de 2005

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Page 7: Planetas ' * Extrasolaresacervoastronomico.org/acervo/MACROCOSMO/macrocosmo22.pdf · 2020. 2. 21. · provável a existência de vida em outros pontos do Universo. Somente no nosso

Pergunte aosAstros

Qual a configuraccedilatildeo miacutenima de um telescoacutepio para observar com detalhe os planetas do Sistema Solar

Denis 20 anos ManausAM

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3 uuml -

Denis a olho nu eacute possiacutevel observar 5 ou 6 planetas (Mercuacuterio Vecircnus MarteJuacutepiter Saturno eou Urano) como sendo um ponto luminoso semelhante a uma estrela Urano eacute o sexto e uacuteltimo que pode ser visiacutevel a olho nu na magnitude limite do olho a depender da acuidade visual de cada observador Tambeacutem conseguimos observar e diferenciar a cor e o brilho destes planetas

Com um bom binoacuteculo 10x50 jaacute podemos distinguir a forma ovalada de Saturno e vemos a sua lua Titatilde Tambeacutem observamos o disco de Juacutepiter e suas 4 luas galileanas aleacutem das fases de Vecircnus Comeccedilamos a observar Netuno como uma pequena estrela

Com uma pequena luneta de 50 mm de abertura e 50 x podemos separar os aneacuteis de Saturno do corpo do planeta (os aneacuteis ainda visiacuteveis como se fosses um uacutenico anel) ver dois cinturotildees de Juacutepiter e observar as fases de Mercuacuterio

Aumentando para um telescoacutepio de 120mm observamos com 100 x ou mais a calota polar de Marte e manchas na sua superfiacutecie mais cinturotildees e detalhes das nuvens de Juacutepiter e a Grande Mancha Vermelha Tambeacutem distinguimos os aneacuteis A B a C de Saturno a divisatildeo de Cassini entre o A e o B uma ou outra faixa no planeta e mais 4 ou 5 luas Comeccedilamos a ver o pequeno disco de Urano e Netuno ainda continua um pequeno ponto

Com aberturas maiores que 300 mm comeccedilamos a observar alguma alteraccedilatildeo de tonalidade em Urano em funccedilatildeo da presenccedila ou natildeo de nuvens mas de Netuno apenas o pequeno disco Comeccedilamos a observar Plutatildeo como um ponto

Somente grandes telescoacutepios conseguem observar detalhes das superfiacutecies de Urano e Netuno

Para estas observaccedilotildees se supotildee o uso de instrumentos de qualidade em noite de ceacuteu limpo escuro e sem turbulecircncia Para observaccedilatildeo de detalhes de planetas usamos a maior ampliaccedilatildeo que o instrumento pode fornecer ainda com qualidade de imagem por isso a importacircncia da qualidade do instrumento e do ceacuteu (condiccedilotildees atmosfeacutericas) A maior ampliaccedilatildeo que um instrumento pode fornecer eacute aproximadamente igual a sua abertura em miliacutemetros vezes 25 (exemplo uma luneta de 60mm fornece no maacuteximo 150x um telescoacutepio de 200mm 500x) Estas observaccedilotildees ainda requerem um certo treino do olho do observador Natildeo espere observar tudo isso (nem metade disso) com qualquer luneta barata em qualquer noite e dentro de uma cidade com toda a sua poluiccedilatildeo luminosa

Por ldquoZecarsquo Joseacute Agustoni | Revista macroCOSMOcomagustoniyahoocom

Para enviar suas duacutevidas astronocircmicas para a seccedilatildeo ldquoPergunte aos astrosrdquo envie um e-mail para pergunterevistamacrocosmocom acompanhado do seu nome idade e cidade onde reside As questotildees poderatildeo ser editadas para melhor compreensatildeo ou limitaccedilatildeo de espaccedilo

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 7

Pergunte aosAstros

CP

V Resido em Campo MouratildeoPR distante de 100 km de Maringaacute que eacute cortada pela linha do Troacutepico de Capricoacuternio Gostaria de saber como utilizar um mapa estelar para localizar as Trecircs Marias aleacutem

3 I de identificar e gravar as principais constelaccedilotildees e suas estrelasQuais satildeo os melhores livros recomendados para introduccedilatildeo da

-Astronomia Amadora

Sidney Kuerten 18 anos Campo MouratildeoPR

Sidney os softwares planetaacuterios satildeo oacutetimas ferramentas para explorar o ceacuteu Satildeo muitas vezes freewares que mostram o ceacuteu como ele eacute visto das coordenadas

de suas localidade e na hora que desejares observar Um muito bom e gratuito eacute o ldquoCartes du Cielrdquo (possui a versatildeo em portuguecircs do Brasil)

httpwwwstargazingnetastropcdownloadhtml irsquo Faccedila o download do pacote baacutesico (satildeo 14 MB) e efetue a instalaccedilatildeo Quando

for solicitado insira as coordenadas de sua cidade e o fuso horaacuterio correspondente Para comeccedilar a localizar as constelaccedilotildees e suas principais estrelas imprima mapas das dias e horaacuterios que pretende observar Nesta eacutepoca por volta das 20h (horaacuterio de Brasiacutelia) observar uma estrela brilhante e avermelhada bem no alto do ceacuteu (no zecircnite) Antares que faz parte da constelaccedilatildeo do Escorpiatildeo Partindo desta estrela vai perceber uma sequumlecircncia de estrelas indo para o sul e depois para o oeste que fazem uma forma de gancho de quase um palmo de extensatildeo (meccedila com o braccedilo extendido) simbolizando a cauda com o ferratildeo do Escorpiatildeo A partir daiacute vocecirc teraacute a referecircncia de tamanho e posiccedilatildeo para as demais constelaccedilotildees que estejam ao redor Eacute a melhor maneira de identificar as constelaccedilotildees

As ldquoTrecircs Mariasrdquo fazem parte da constelaccedilatildeo de Oacuterion que nesta eacutepoca comeccedila a ser visiacutevel pouco antes do amanhecer no leste A melhor eacutepoca para vecirc-las eacute

mdash-o veratildeoPara os iniciantes na Astronomia um livro recomendado eacute o ldquoManual do

Astrocircnomordquo do Ronaldo Rogeacuterio Mouratildeo que caso vocecirc natildeo encontre em sua cidade poderaacute encomenda-lo pela internet em alguma livraria virtual

Na internet vocecirc pode encontrar muito material pesquisando em sites de busca por ldquoastronomia amadorardquo Outras sugestotildees satildeo os grupos virtuais de discussatildeo sobre Astronomia Um bastante conhecido eacute o Urania_BR aberto a todos

bull interessados em discutir sobre todos assuntos relacionado com a Astronomia httpbrgroupsyahoocomgroupurania_br

Por ldquoZecarsquo Joseacute Agustoni | Revista macroCOSMOcom agustoniyahoocom

Para enviar suas duacutevidas astronocircmicas para a seccedilatildeo ldquoPergunte aos astrosrdquo envie um e-mail para pergunterevistamacrocosmocom acompanhado do seu nome idade e cidade onde reside As questotildees poderatildeo ser editadas para melhor compreensatildeo ou limitaccedilatildeo de espaccedilo

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8 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

macroEVENTOS m

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Participantes atentos agraves palestras do XXI Encontro da SAB

XXXI Encontrod a C A D

REUNINDO TRABALHOS DE ASTRONOMIA DE TODO BRASIL W I l V

Fernanda Calipo | Revista macroCOSMOcom fecalipohotmailcom

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Aacuteguas de LindoacuteiaSP foi o ponto de encontro de 295 congressistas que participaram do XXXI Encontro da SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira realizada de 31 de julho a 4 de agosto no Vacance Hotel

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 9

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REacutesmacroEVENTOS]

Foram 280 trabalhos divididos em 50 orais e 230 pocircsteres dos quais parte das pesquisas em Astronomia se concentram nas aacutereas de Astrofiacutesica Estelar Astronomia Extragalaacutetica Meio Interestelar Sistema Solar Instrumentaccedilatildeo A strom etria e A stronom ia D inacircm ica Eacute importante ressaltar a crescente demanda de trabalhos observacionais e sobre Ensino Histoacuteria e Divulgaccedilatildeo de Astronomia que receberam um destaque especial no Encontro com uma tarde exclusiva para apresentaccedilotildees orais somente sobre temas afins

Natildeo podemos deixar de citar que Naelton Mendes de Arauacutejo (RJ) redator da Revista m acroCOSMOcom apresentou um pocircster sobre algum as iniciativas da d ivulgaccedilatildeo astronocircm ica entre e las a R evis ta macroCOSMOcom ldquoUracircnia ENAST e Revista macroCOSMOcom experiecircncias virtuais em divulgaccedilatildeo cientiacuteficardquo

A SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira foi fundada em 1974 pela com unidade de astrocircnomos brasileiros e desde entatildeo tem promovido reuniotildees anuais para discussotildees de trabalhos cientiacuteficos aleacutem da promoccedilatildeo de simpoacutesios reuniotildees de trabalho e servir de contato com os oacutergatildeos vinculados agrave pesquisa no paiacutes A tu a lm en te a SAB conta com ap rox im ad am en te 400 soacutecios D estes aproximadamente 200 satildeo portadores do tiacutetulo de Doutor em Ciecircncias ou estatildeo em vias de obter a titulaccedilatildeo

ldquoA Reuniatildeo Anual da SAB eacute o evento mais importante da Astronomia Brasileira Uma oportunidade iacutempar para que seus membros divulguem seus trabalhos e possam discutir tem as de interesse geral da com unidade astronocircmica Para os astrocircnomos jovens ainda em form accedilatildeo trata-se de uma excelente

Prof Liacutecio da Silva presidente da SAB

10 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

Naelton Mendes de Araujo expondo seu trabalho sobre divulgaccedilatildeo astronocircmica virtuais destacando o trabalho da lista de discussatildeo Uracircnia Brasil os ENASTs (Encontros Nacionais de Astronomia) e a Revista MacroCOSMOcom

oportunidade para interagir com colegas mais experientesrdquo afirma o presidente da SAB Prof Dr Licio da Silva (ONMCT)

As reuniotildees da SAB tecircm como objetivos principais como a apresentaccedilatildeo e discussatildeo de trabalhos de pesquisa em andamento no paiacutes aleacutem de temas atuais de interesse da comunidade tais como a poliacutetica cientiacutefica do paiacutes a implantaccedilatildeo de novos te lescoacute p io s o d esenvo lv im ento de instrumentaccedilatildeo para os telescoacutepios jaacute existentes entre outros Outro objetivo eacute a reciclagem de conhecim entos a traveacutes da rea lizaccedilatildeo de conferecircncias de revisatildeo ou simpoacutesios sobre temas especiacuteficos Aleacutem da oportunidade do intercacircmbio de inform accedilotildees com os colegas da aacuterea os congressitas tiveram a oportunidade de participarem de conferecircncias dos mais variados temas inclusive internacionais entre elas

- ldquoA aurora da astrofiacutesica oacuteptica brasileirardquo Carlos Alberto Torres (LNA)

- ldquoThe Square Kilometer Array (SKA)rdquo Richard Schilizzi (International SKA Project Director Dwingeloo The Netherlands)

- ldquoSituaccedilatildeo da mulher na Astronomia brasileirardquo Adriana V R Silva (CRAAMMackenzie)

- ldquoStatus of SOAR and first sciencerdquo SO Kepler (IFUFRG S amp SOAR Telescope)

- ldquoCosmic magnetic fieldsrdquo Elisabete M G dal Pino (IAGUSP)

- ldquoInstrumentaccedilatildeo para o telescoacutepio G EM IN Irdquo Claacuteudia Mendes de Oliveira (IAGUSP)

- ldquoSimulating stellar photometric surveys with the TR ILEG A L coderdquo Leo Girardi (Observatoacuterio Astronocircmico di Trieste-INAF Itaacutelia)

- ldquoO sateacutelite CoRoT dia D menos um anordquo Eduardo Janot Pacheco (IAGUSP)

Paralelo agrave programaccedilatildeo do Encontro a CESAB - Comissatildeo de Ensino da SAB realizou mini-cursos para mais de 50 professores da regiatildeo como forma de estiacutemulo a reciclagem e capacitaccedilatildeo jaacute que a maioria tem formaccedilatildeo em outras aacutereas de exatas ou ciecircncias

CONTATOSSOCIEDADE ASTRONOcircMICA BRASILEIRAhttpwwwsab-astroorgbrRua do Matatildeo 1226 Cidade Universitaacuteria05508-900 Satildeo Paulo SPTel 011 3091 27 05 FAX 011 3091 28 60E-mail secretsab-astroorgbr

Fernanda Calipo Cossia eacute Jornalista publicitaacuteria locutora de raacutedio assessora de comunicaccedilatildeo e poacutes graduada em relaccedilotildees Puacuteblicas Trabalhou 5 anos na Universidade Metodista de Satildeo Paulo e acumulou experiecircncias para hoje atuar na aacuterea de assessoria de comunicaccedilatildeo para os mais diversos segmentos Atualmente ela dedica-se agrave especializaccedilatildeo na aacuterea de jornalismo cientiacutefico

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ISS - A Estaccedilatildeo EspacialInternacional

Daniel Bins | Cosmonaacuteutica binsbrgmailcom

A Estaccedilatildeo Espacial Internacional - ISS (International SpaceStation) eacute um projeto multinacional composto por 16 paiacuteses Estados Unidos Ruacutessia Japatildeo Canadaacute Dinamarca Noruega Beacutelgica Holanda Franccedila A lem anha Espanha Inglaterra Sueacutecia Suiacuteccedila e Brasil com um custo estim ado de 60 bilhotildees de doacutelares

A ideacute ia de c o n s tru ir um a e s ta ccedilatilde o e sp a c ia l in te rn a c io n a l su rg iu inicialmente no governo de Ronald Reagan durante os anos 80 e chamava- se Freedom (Liberdade) Posteriormente com a queda da Uniatildeo Sovieacutetica iniciou-se uma colaboraccedilatildeo entre os dois antigos rivais e em 1993 o projeto passou a se cham ar Alpha Posteriorm ente foi rebatizado com o ISS para dar uma aparecircncia m ultinacional para o nome da estaccedilatildeo

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DAS PRANCHETAS PARA O ESPACcedilO

A ISS comeccedilou a sair do papel com o projeto Shuttle-Mir A construccedilatildeo da ISS foi dividida em trecircs partes

Fase I (1994-1997) Os astronautas americanos fariam parte das tripulaccedilotildees da estaccedilatildeo espacial russa Mir sendo conhecido como projeto Shuttle- Mir Em junho de 1995 o ocircnibus espacial Atlantis na missatildeo STS-71 acoplou com a Mir Foi a segunda vez que uma nave americana acoplou com uma nave russa A partir daiacute no periacuteodo de 1 995 a 1 9 9 8 vaacuterias m issotildees a m erican as acoplaram na estaccedilatildeo russa e os astronautas americanos passaram a fazer parte das tripulaccedilotildees

da Mir Estes intercacircmbios tinham como objetivo os preparativos para a construccedilatildeo da estaccedilatildeo espacial internacional O recorde de permanecircncia no espaccedilo americano foi obtido pela astronauta Shannon Lucid que ficou 188 dias no espaccedilo dentro da estaccedilatildeo Mir em 1996 O moacutedulo Spektr foi utilizado como moacutedulo de habitaccedilatildeo pelos astronautas americanos O astronauta Norman Thagard foi o primeiro americano a decolar numa nave russa fazendo parte da missatildeo Soyuz TM- 21 em 1995 Da m esm a form a os russos passaram a fazer parte das tripulaccedilotildees dos ocircnibus espaciais americanos O primeiro deles foi Serguei Krikalev que fez parte da tripulaccedilatildeo do STS-60 em 1994

A experiecircncia ShuttleMIR

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Fase II (1997-1999) Iniacutecio da construccedilatildeo e estabelecimento de uma estrutura miacutenima para 3 astronautas A estaccedilatildeo comeccedilaria a ser habitada quando o moacutedulo de serviccedilo estivesse em oacuterbita

Fase III (1999-2002) Teacutermino da construccedilatildeo da estaccedilatildeo com a chegada do moacutedulo de habitaccedilatildeo e dos moacutedulos cientiacuteficos

Como podemos ver a fase 3 do projeto continua Os atrasos motivados pela crise econocircmica russa e pelo acidente do ocircnibus espacial Coluacutembia atrasaram consideravelmente o teacutermino da estaccedilatildeo

Os astronautas americanos passaram mais de1000 dias a bordo da estaccedilatildeo Mir Como resultado dezenas de sugestotildees foram implementadas para a construccedilatildeo da ISS Poreacutem muitos comentaacuterios negativos foram feitos Veja alguns deles

- Deveria existir um melhor suporte para os experimentos cientiacuteficos

- A agenda diaacuteria deveria ser feita pelo controle em terra e natildeo pela tripulaccedilatildeo

- O lixo e o armazenamento foram considerados um problema Um inventaacuterio de todo o equipamento com a sua localizaccedilatildeo deveria ser providenciado

- Para trabalhar de forma segura seria necessaacuterio uma melhor compreensatildeo do idioma russo Foi sugerido a utilizaccedilatildeo exclusiva do inglecircs para as tarefas na ISS

- Os astronautas am ericanos receberam treinamento limitado para reparos

- Eles receberam treinamento para serem passageiros e natildeo pilotos das naves Soyuz

- As atividades cientiacuteficas americanas foram limitadas devido a problemas de comunicaccedilatildeo com as equipes de controle em terra

- Natildeo existia comunicaccedilatildeo ldquohorizontalrdquo entre as organizaccedilotildees russas As inform accedilotildees iam diretamente de uma organizaccedilatildeo a outra sem as demais tomarem conhecimento

- Os astronautas americanos natildeo estavam satisfeitos com a comunicaccedilatildeo entre os membros da tripulaccedilatildeo e o controle em Terra

- A comunicaccedilatildeo entre a estaccedilatildeo e o controle em terra tinha seus defeitos Era impossiacutevel falar e ouvir outras pessoas durante uma videoconferecircncia

- A Ruacutessia limitou o acesso aos detalhes teacutecnicos sobre a estrutura da Mir Soyuz e Progress incluindo-se s istem as eleacutetricos mecacircnicos e sistemas de suporte vitais

- Os cosmonautas recebiam um bocircnus de1000 doacutelares a mais por cada tarefa considerada perigosa como uma saiacuteda no espaccedilo um mecircs a mais na estaccedilatildeo ou um acoplamento feito de form a m an u a l Is to seg u n do a N A SA aum entaria o risco ao qual os astronautas am ericanos estariam expostos dentro da estaccedilatildeo A colisatildeo com um cargueiro Progress em 1997 ocorreu devido a um erro durante um acoplamento manual

O INICIO DA CONSTRUCcedilAtildeO

O primeiro moacutedulo o russo Zarya financiado pelos Estados Unidos foi lanccedilado em novembro de 1998 O moacutedulo seguinte o norte americano Unity foi enviado em dezembro de 1998 Para levar o moacutedulo Zarya ao espaccedilo foi utilizado um foguete Proton Para levar o Unity foi utilizado um ocircnibus espacial americano

A estaccedilatildeo foi colocada numa oacuterbita terrestre baixa em torno de 300 km de altura com inclinaccedilatildeo de 516 graus Este grau de inclinaccedilatildeo eacute bem maior que o do ocircnibus espacial e foi utilizado por causa dos russos devido ao local de lanccedilamento das naves Como a maioria era lanccedilada do Casaquistatildeo que era a repuacuteblica mais ao sul da URSS o caminho

dos foguetes natildeo atravessava nem a Mongoacutelia nem a China Isso quer dizer que em caso de falhas os foguetes cairiam dentro do territoacuterio sovieacutetico e natildeo nos paiacuteses vizinhos Como consequumlecircncia disso os foguetes russos utilizam sua maacutexima capacidade enquanto isso o ocircnibus espacial precisa gastar mais combustiacutevel para atingir a estaccedilatildeo

Um intervalo de 1 ano e meio ocorreu ateacute a chegada do proacuteximo componente o moacutedulo de habitaccedilatildeo russo Zvezda apenas enviado em julho de 2000 devido a dificuldades financeiras russas e a defeitos no foguete Proton durante o ano de 1999 O Zvezda originalmente tinha sido planejado para substituir a estaccedilatildeo espacial Mir sendo muito parecido com ela

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A configuraccedilatildeo atual da ISS

Estando o moacutedulo de serviccedilo acoplado agrave estaccedilatildeo comeccedilou a ocupaccedilatildeo da mesma sendo a primeira tripulaccedilatildeo transportada numa nave Soyuz e a partir daiacute as demais tripulaccedilotildees foram transportadas pelos ocircnibus espaciais Periodicamente os russos lanccedilariam naves Soyuz pois a vida uacutetil de cada uma eacute de 6 meses Isso permaneceria assim ateacute o acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia

Para abastecer a estaccedilatildeo satildeo utilizados ocircnibus espaciais americanos e naves cargueiras russas Progress Enquanto se estaacute na fase de construccedilatildeo a tripulaccedilatildeo eacute de 3 tripulantes mas se espera que ao concluir a estaccedilatildeo possa abrigar 6 tripulantes

Os lanccedilamentos satildeo feitos desde o coacutesmodromo de Baikonur e desde Cabo Canaveral na Floacuterida O controle das missotildees eacute feito desde Houston no Texas e desde Korolev proacuteximo a Moscou Os norte- am ericanos possuem sateacutelites que permitem

comunicaccedilatildeo 24 horas e os russos utilizavam o mesmo recurso na eacutepoca da Mir Atualmente a comunicaccedilatildeo eacute obtida quando a estaccedilatildeo estaacute sobre a aacuterea de cobertura das estaccedilotildees de comunicaccedilatildeo russas

No final de 2000 foram acrescentadas as estruturas Z1 Truss P6 Truss paineacuteis solares PVA A primeira tripulaccedilatildeo chegou no final de outubro

Em 2001 a estaccedilatildeo recebeu o moacutedulo cientiacutefico Destiny o braccedilo robocirc canadense o Airlock e o Docking Compartment russo Pirs aleacutem da parte central da larga estrutura de segmentos o S0 T russ Em 08 de outubro de 2001 os cosmonautas Vladimir Dezhurov e Mikhail Tyurin se tornaram os primeiros tripulantes a conduzir uma caminhada espacial fora da estaccedilatildeo espacial internacional O primeiro cientista a bordo foi a bioquiacutemica Peggy Whitson da NASA

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No ano seguinte foi a vez de receber mais segmentos o S1 e o P1 O acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia em fevereiro de 2003 paralisou momentaneamente a montagem do complexo que em grande parte depende dele

Mesmo em construccedilatildeo a ISS recebeu a visita de 2 turistas a bordo de naves Soyuz russas O primeiro foi o norte americano Dennis Tito em 2001 e o segundo foi o sul africano Mark Shuttleworth em 2002 Eles ficaram 7 dias no espaccedilo e pagaram 20 milhotildees de doacutelares pela viagem Dennis Tito tinha pagado para ir a estaccedilatildeo espacial Mir mas como ela foi derrubada em marccedilo de 2000 os russos o levaram ateacute a ISS Outros vocircos com turistas foram suspensos devido ao acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia

Com o novo governo americano do presidente Bush e o acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia a ISS sofre alguns cortes onde o moacutedulo de habitaccedilatildeo o moacutedulo de propulsatildeo e o CRV (Crew Return Vehicle) foram cancelados O plano do governo americano eacute concluir sua parte quando o moacutedulo Node 2 for entregue pois ele permite o acoplamento dos moacutedulos do Japatildeo e da Europa As centriacutefugas originalmente planejadas tiveram o mesmo destino A uacuteltima revisatildeo do projeto da estaccedilatildeo foi feita em julho de 2004

Os cortes foram causados pelo novo rumo adotado pelo governo americano em querer um programa de exploraccedilatildeo marciana mais robusto e que natildeo estaacute disposto a pagar pelos custos extras da estaccedilatildeo Os custos extras se devem a muitos fatores como a demora no lanccedilamento do moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda atrasado em 1 ano e os constantes aumentos no preccedilo da construccedilatildeo dos moacutedulos americanos

Com isso a utilizaccedilatildeo cientiacutefica da ISS fica comprometida pois para se desenvolver trabalhos seacuterios seria necessaacuterio uma tripulaccedilatildeo maior Atualmente apenas 3 astronautas podem ocupar a estaccedilatildeo pois eacute o maacuteximo que as caacutepsulas Soyuz com portam Se mais uma caacutepsula fosse disponibilizada entatildeo a tripulaccedilatildeo poderia ser aumentada para 6 pessoas Isso implica numa maior participaccedilatildeo dos russos no projeto

Poreacutem devido ao acidente com o ocircnibus espacial a tripulaccedilatildeo teve que ser reduzida a duas pessoas Desta forma a quantidade de lanccedilamentos de

cargueiros de reabastecimento Progress pode ser mantida A cada 3 meses os russos lanccedilam um sateacutelite cargueiro natildeo tripulado levando comida aacutegua combustiacutevel e equipamentos para a estaccedilatildeo Com uma tripulaccedilatildeo de 3 a periodicidade dos vocircos deveria ser maior o que acarretaria maiores custos para os russos

As tripulaccedilotildees atuais permanecem 6 meses na estaccedilatildeo Antes do acidente em media uma tripulaccedilatildeo permanecia entre 3 e 4 meses no espaccedilo

O CRV seria um ocircnibus espacial em miniatura que seria utilizado apenas em caso de emergecircncia para a tripulaccedilatildeo da ISS abandonar a estaccedilatildeo e retornar em seguranccedila para a Terra Jaacute o moacutedulo de propulsatildeo foi projetado pensando-se na possibilidade do fracasso do moacutedulo russo Zvezda mas natildeo foi concluiacutedo Para retornar agrave Terra em caso de emergecircncia utilizam-se as naves russas Soyuz

Apesar da Ruacutessia gastar o equivalente a 6 do custo total do projeto ela vai ter direito a utilizar 30 dos recursos da estaccedilatildeo Isso se deve ao custo de construccedilatildeo dos moacutedulos que eacute bem menor que nos EUA e agrave forma de lanccedilamento Um foguete Proton custa em torno de 50 milhotildees de doacutelares Um lanccedilamento do ocircnibus espacial implica em gastos de 500 milhotildees de doacutelares O total de moacutedulos e componentes da estaccedilatildeo eacute de 36 A parte russa eacute composta de 11 moacutedulos Destes provavelmente 2 teratildeo ajuda da iniciativa privada e 1 foi financiado pelos EUA (Zarya)

A PARTE DE CADA UM

A parte que seraacute construiacuteda pelos Estados Unidos inclui o moacutedulo cientiacutefico Destiny Z1 Truss Node 1 (Unity) e Node 2 uma estrutura metaacutelica de 96 metros de comprimento composta de 10 segmentos para acomodar os paineacuteis solares e o Airlock Para colocar sua parte no espaccedilo os norte americanos utilizaratildeo seus 3 ocircnibus espaciais (Discovery Atlantis e Endeavour) O Coluacutembia era o uacutenico da frota que natildeo estava preparado para acoplar com a estaccedilatildeo espacial O custo da parte norte americana deve ser no miacutenimo de 11 bilhotildees de doacutelares

A parte russa da estaccedilatildeo seraacute composta por um moacutedulo de comando e controle (Zvezda) que seraacute utilizado como habitaccedilatildeo durante a construccedilatildeo da estaccedilatildeo 2 moacutedulos cientiacuteficos baseados nas naves

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Soyuz 1 moacutedulo de carga (Zarya financiado pelos Estados Unidos) um moacutedulo com vaacuterios pontos de acoplamento chamado Universal Docking Module 2 docking compartments uma nave Soyuz de emergecircncia para abandonar a estaccedilatildeo enquanto ela estiver em construccedilatildeo uma estrutura para acomodar os paineacuteis solares chamada Scientific Power Plataform e talvez 2 moacutedulos comerciais feitos em parceria com as empresas norte americanas Boeing e Spacehab e as russas Energia e Khrunichev Os russos utilizaratildeo suas naves Soyuz para transportar os cosmonautas e as naves autom aacuteticas P rogress M para reabastecer a estaccedilatildeo

D evido a restriccedilotildees o rccedilam en taacuterias os componentes do segmento russo podem sofrer reduccedilotildees ou ateacute ser excluiacutedos da configuraccedilatildeo final da estaccedilatildeo Com o acidente do ocircnibus espacial os americanos poderiam comprar naves russas Soyuz ou mais cargueiros Progress para suprir melhor a estaccedilatildeo Entretanto isso natildeo eacute possiacutevel pois existe uma lei americana que impede a NASA e outras empresas norte americanas de comprar tecnologia russa Isto ocorreu porque a Ruacutessia facilitou tecnologia nuclear para o Iratilde uma naccedilatildeo considerada do Eixo do Mal

A parte da Agecircncia Espacial Europeacuteia inclui um laboratoacuterio cientiacutefico um pequeno braccedilo robocirc a ser instalado no segmento russo e naves automaacuteticas de reabastecimento que acoplaratildeo no moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda Ao total o custo estimado da participaccedilatildeo europeacuteia eacute de 47 bilhotildees de doacutelares

As naves de carga automaacuteticas europeacuteias se chamaratildeo ATV e seratildeo lanccediladas por foguetes Ariane-5 da base de Kourou na Guiana Francesa

A parte japonesa inclui 1 laboratoacuterio cientiacutefico com uma plataforma para experimentos fora da estaccedilatildeo ao custo total de 31 bilhotildees de doacutelares

O Canadaacute iraacute fornecer um braccedilo robocirc de 18 metros de comprimento e uma estrutura composta de trilhos para deslocar o braccedilo pela estrutura metaacutelica da estaccedilatildeo O custo da contribuiccedilatildeo canadense eacute de 1 bilhatildeo de doacutelares

A Itaacutelia construiu 3 moacutedulos logiacutesticos denominados MPLM (Multi Purpose Logistics Module) batizados Leonardo Rafaello e Donatello ao custo de 550 milhotildees de doacutelares Em troca dos moacutedulos a Itaacutelia poderaacute mandar seus astronautas para a estaccedilatildeo

O Brasil inicialmente iria construir paletas para colocar experimentos fora da estaccedilatildeo (Express Palet) ao custo de 120 milhotildees de doacutelares Cada paleta com peso de 1 tonelada e vida uacutetil estimada de 10 anos poderia levar 6 cargas de 225 Kg Tambeacutem teria um astronauta proacuteprio o tenente aviador Marcos Cesar Pontes que foi treinado para subir para a estaccedilatildeo atraveacutes do ocircnibus espacial e foi escolhido em 1998 Poreacutem devido a problemas orccedilamentaacuterios a participaccedilatildeo do Brasil foi reduzida a 21 equipamentos menores que seratildeo construiacutedos sem custo pelo SESI Quanto ao astronauta brasileiro foram feitas negociaccedilotildees com a agecircncia espacial russa para enviar Marcos Pontes em uma nave Soyuz em abril de 2006

Astronauta brasileiro Marcos Pontes escalado para a 13deg expediccedilatildeo agrave ISS conforme acordo

brasilerio com a Agecircncia Espacial Russa

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TRIPULACcedilOtildeES DA ISS

1deg Expediccedilaotilde31-10-2000Baikonur

O primeiro grupo permanente enviado agrave ISS foi transportado pela Soyuz TM -31 e composto pelo comandante norte americano Bill Sheperd e pelos russos Yuri Gidzenko e Serguei Krikalev Esta missatildeo preparou seus sistemas para utilizaccedilatildeo permanente e recebeu os primeiros paineacuteis solares feitos nos Estados Unidos e o moacutedulo laboratoacuterio norte americano Destiny A tripulaccedilatildeo permaneceu 140 dias 23 horas e 28 minutos no espaccedilo retornando para a Terra em 18 de marccedilo de 2001

2deg Expediccedilatildeo10-3-2001Cabo Canaveral

A 2deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante cosmonauta Yuri Usachev e os seus colegas norte americanos Susan Helms e James Voss Eles foram a bordo da STS-102 Discovery Durante sua missatildeo foi adicionado o CanadArm e o moacutedulo Quest (Joint Pressurized Airlock) Este grupo tambeacutem recebeu o primeiro turista espacial o milionaacuterio norte americano Dennis Tito Eles ficaram no espaccedilo 167 dias 6 horas e 41 minutos retornando agrave Terra em 22 de agosto de 2001

3deg Expediccedilatildeo10-8-2001Cabo Canaveral

A 3deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante norte americano Frank Culbertson e pelos russos Vladimir Dezhurov e Mikhail Tyurin Eles foram transportados agrave estaccedilatildeo pelo STS-105 Discovery Permanecircncia no espaccedilo de 128 dias 20 horas e 45 minutos retorno em 17 de dezembro de 2001

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4deg Expediccedilatildeo5-12-2001Cabo Canaveral

A 4deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Yuri Onufrienko e pelos norte americanos Carl E W alz e D an ie l W Bursch E les foram transportados para a estaccedilatildeo pelo S T S -108 Endeavour Permanecircncia no espaccedilo de 195 dias 19 horas e 39 minutos retorno em 19 de junho de 2002

5deg Expediccedilatildeo5-6-2002Cabo Canaveral

A 5deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Valery Korzun pela norte-americana Peggy Whitson e pelo russo Sergei Treschev Retornaram no dia 07 de dezem bro de 2 0 0 2 apoacutes permanecerem 184 dias 22 horas e 14 minutos no espaccedilo

6deg Expediccedilatildeo23-11-2002Cabo Canaveral

A 6deg Expediccedilatildeo foi comandada por mais um veterano da Mir Nikolai Budarin e seus colegas am ericanos Donald Pettit e Ken Bowersox Perm aneceram na ISS 161 dias 1 hora e 17 minutos retornando agrave Terra em 03 de maio de 2003

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7deg Expediccedilatildeo25-4-2003Baikonur

A 7deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Yuri Malenchenko e pelo norte americano Ed Lu Permaneceram no espaccedilo 184 dias 21 horas e 47 minutos retornando agrave Terra em 27 de outubro de 2003

8deg Expediccedilatildeo18-10-2003Baikonur

A 8deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Aleksandr Kaleri e pelo norte americano Michael Foale Retornou em 29 de abril de 2004 Permanecircncia de 194 dias 18 horas e 35 minutos

9deg Expediccedilatildeo18-4-2004Baikonur

A 9deg Expediccedilatildeo foi composta pelo engenheiro de vocirco norte americano Mike Fincke e pelo comandante russo Gennady Padalka Permanecircncia a bordo da ISS de 187 dias 21 horas e 17 minutos retornando em 23 de outubro de 2004

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10deg Expediccedilatildeo13-10-2004Baikonur

A 10deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante norte americano Leroy Chiao e pelo russo Salizhan Sharipov Retornaram agrave Terra em 24 de abril de 2005 apoacutes 192 dias 19 horas e 2 minutos

11deg Expediccedilatildeo14042005Baikonur

A 11deg Expediccedilatildeo eacute composta pelo comandante russo Sergei Krikalev e pelo norte americano John Phillips Seu retorno estaacute previsto para 7 de outubro de 2005 Serguei Krikalev eacute o novo recordista em permanecircncia no espaccedilo recorde este quebrado durante a missatildeo atual

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DADOS SOBRE A ISS ATEacute O FINAL DA EXPEDICcedilAtildeO 10

Aacuterea habitaacutevel 425 metros cuacutebicosDimensotildees 75 metros de largura entre os paineacuteis solares 275 metros de altura 438 metros do moacutedulo cientiacutefico Destiny ateacute o moacutedulo de serviccedilo Zvezda 513 metros com uma nave Progress acopladaPeso 18303 toneladasVocircos 16 vocircos norte americanos e 28 vocircos russosAtividades Extraveiculares 65 saiacutedas sendo 25 partindo de dentro do Ocircnibus Espacial totalizando 348 horas e 15 minutosExperimentos cientiacuteficos Ateacute o final da Expediccedilatildeo 7 em agosto de 2003 tinham sido feitos 129 experimentos

COMPONENTES DA ESTACcedilAtildeO

ZARYA20-11-199820000 Kg Baikonur - Proton

Moacutedulo russo tambeacutem conhecido como FGB (Functional Cargo Block em inglecircs) Possui 126 metros de com primento por 4 05 metros de diacircmetro e 2 paineacuteis solares Possui 2 acopladores 1 utilizado pelo moacutedulo Unity e outro que pode ser utilizado por naves Soyuz ou Progress

UNITY3-12-199820000 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Moacutedulo norte americano Possui 45 metros de comprimento por 66 metros de diacircmetro Possui 2 acopladores 1 utilizado pelo moacutedulo Zarya e outro que pode ser utilizado pelos ocircnibus espaciais americanos Este moacutedulo eacute feito inteiramente em alumiacutenio

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ZVEZDA12-7-200020000 Kg Baikonur - Proton

Moacutedulo russo tambeacutem conhecido como Service Module Possui 2 paineacuteis solares e 4 acopladores sendo que 1 na parte traseira e 3 na parte dianteira Possui 13 metros de comprimento e 405 metros de diacircmetro O Zvezda possui 14 janelas e seu interior eacute dividido em 3 compartimentos Possui cabines para os tripulantes e seraacute utilizado como moacutedulo de habitaccedilatildeo durante a construccedilatildeo da ISS

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Z1 TRUSS5-10-20008280 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Serve como central de com unicaccedilotildees do segmento americano Tambeacutem eacute utilizado como base para a estrutura P6 Truss Possui 4 giroscoacutepios utilizados para estabilizar a estaccedilatildeo e uma antena de telecomunicaccedilotildees Custo de 273 milhotildees de doacutelares

P6 TRUSS30-11-200017000 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Estrutura que serve para acomodar os radiadores e os imensos paineacuteis solares PVA (PhotoVoltaic Arrays) Satildeo ao todo 4 PVAs com comprimento de 73 metros de ponta a ponta e 3 radiadores Custo de 600 milhotildees de doacutelares

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DESTINY7-2-200114515 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Peccedila central da parte cientiacutefica da Estaccedilatildeo Espacial Internacional Feito em alumiacutenio possui 85 metros de comprimento peso de 14515 Kg e 45 metros de diacircmetro Possui 3 seccedilotildees ciliacutendricas e capacidade para alocar 24 racks com experimentos Responsaacutevel pelo controle da estaccedilatildeo em substituiccedilatildeo ao moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda

MPLM LEONARDORAFAELLODONATELLO10-3-20014100 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Os MPLM (Multi-Purpose Logistics Modules) foram construiacutedos pela Agecircncia Espacial Italiana ASI e pela empresa Alenia Aerospazio localizada em Turin na Itaacutelia Estes moacutedulos pressurizados servem para transportar e trazer carga para a Estaccedilatildeo Sua construccedilatildeo foi iniciada em 1996 Possuem 64 metros de comprimento por 46 metros de diacircmetro Podem transportar 91 toneladas de carga em 16 racks standard

CANADARM19-4-200117000 KgsCabo Canaveral - Space Shuttle

Primeira parte do braccedilo roboacutetico canadense ldquoCanadArmrdquo Este braccedilo com seus 177 metros de comprimento e suas 17 toneladas de peso seraacute utilizado para construir a estaccedilatildeo Anexado ao moacutedulo Destiny possui a singular capacidade de andar pelo moacutedulo o que aumenta seu raio de atuaccedilatildeoCusto de 600 milhotildees de doacutelares

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JOINT AIRLOCK QUEST12-7-20016500 KgsCabo Canaveral - Space Shuttle

Airlock (saiacuteda externa da estaccedilatildeo) anexa ao moacutedulo Unity Compatiacutevel com roupas espaciais americanas e russas Custo de 164 milhotildees de doacutelares

CO-1 PIRSDOCKING COMPARTMENT13-9-20015000 Kgs Baikonur - Proton

Moacutedulo russo que possui um pequeno airlock para saiacutedas extraveiculares compatiacutevel apenas com trajes russos Serve tambeacutem como ponto de acoplamento para naves Soyuz e Progress M Acoplado ao moacutedulo Zvezda Possui comprimento de aproximadamente 5 metros e diacircmetro maacuteximo de 280 metros Foi transportado para a estaccedilatildeo atraveacutes de um moacutedulo de serviccedilo Progress adaptado

S0 TRUSS5-6-200212247 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Primeira parte da estrutura principal da ISS composta por 9 partes Possui comprimento de 134 x 46 metros Nele foi fixado o Mobile Transporter que permite ao braccedilo robocirc CanadArm se deslocar pela estaccedilatildeo

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S1 TRUSS7-10-200215000Cabo Canaveral - Space Shuttle

Com prim ento de 137 metros peso de 15 toneladas eacute o terceiro componente da seccedilatildeo central da estaccedilatildeo composta por 11 peccedilas Foi anexado ao segmento S0 Possui 2 cameras de TV um segundo canal S-Band de comunicaccedilatildeo e o primeiro Thermal Radiator Rotary Joint

P1 TRUSS23-11-2002 12400 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Comprimento de 137 metros peso de 124 toneladas anexado ao segmento S0 Possui uma antena de UHF e da mesma forma que o segmento S1 possui radiadores e tambeacutem tem instalado o Crew and Equipment Translation Aid (CETA)

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FOGUETES

Foguetes empregados para levar naves e componentes para a ISS

SOYUZComprimento 345 m Diacircmetro 3 m Peso 297 toneladas Estaacutegios 3 ou 4 Carga uacutetil LEO 7 toneladas

Descriccedilatildeo dos sistemasPrimeiro estaacutegio 4 exaustores 42810 Kg 101600

kgf Isp 314 sec Tempo de Queima 118 segundos Isp(sl) 257 sec LoxKerosene Motores 1RD-107- 11D511P

Segundo estaacutegio 101160 Kg 103100 kgf Isp 319 segundos Tempo de Queima 286 segundos Isp(sl) 252 segundos LoxKerosene Motores 1 RD- 108-11D512P

Terceiro estaacutegio 25400 Kg 30400 kgf Isp 330 segundos Tempo de Queima 250 segundos Isp(sl) 0 segundos LoxKerosene Motores 1 RD-0110 (4) IkarFregatrdquo

HistoacutericoO Soyuz eacute um foguete da famiacutelia R7 composto

de 2 estaacutegios desenvolvido em 1963 capaz de co locar 7 to n e la d a s num a oacuterb ita de 200 quilocircmetros de altitude Foi utilizado para lanccedilar a p ro x im a d a m e n te m e ta d e das m issotildees espacia is tripu ladas e natildeo tripu ladas Os foguetes Soyuz tambeacutem foram utilizados para co locar em oacute rb ita s a teacute lite s m ilita res de reconhecimento

Fam iacuteliaR-7 8K71 Sputnik 8K71PS Luna 8K72 R-7A

8K74 Sputnik 8A91 Molniya 8K78 Vostok 8K72 Vostok 8K72K Molniya 8K78L Vostok 8A92 Polyot 11A 59 Voskhod 11A 57 M olniya 8K78MVostok 11A510 Vostok 8A92M Soyuz 11A511 Soyuz 11A514 Soyuz 11A511L Soyuz 11A511M Soyuz 11A511U Soyuz 11A511U2 Soyuz 11A511 UIkar Soyuz M

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PROTONComprimento 57 mDiacircmetro 42 mPeso 707 toneladasEstaacutegios 3 ou 4Carga uacutetil LEO 20 toneladasCarga uacutetil GEO 55 toneladas

Descriccedilatildeo dos sistemasPrimeiro estaacutegio 450510 Kg 1067659 kgf Isp

316 segundos Tempo de Queima 124 segundos Isp(sl) 267 segundos N2O4UDMH Motores 6 RD- 253-11D48

Segundo estaacutegio 167828 Kg 244652 kgf Isp 327 segundos Tempo de Queima 206 segundos Isp(sl) 230 segundos N 2O 4U D M H Motores 4 RD-0210

Terceiro estaacutegio 50747 Kg 64 260 kgf Isp 325 segundos Tempo de Queima 238 segundos Isp(sl) 230 segundos N 2O 4U D M H Motores 1 RD-0212

Quarto estaacutegio 14000 Kg 8670 kgf Isp 352 segundos Tempo de Queima 570 segundos Lox Kerosene Motores1 RD-58M

HistoacutericoOs foguetes Proton comeccedilaram a ser utilizados

em 1965 Foi o primeiro foguete sovieacutetico que natildeo foi baseado num miacutessil baliacutestico intercontinental O Proton pode utilizar 3 ou 4 estaacutegios e foi utilizado para a maioria das missotildees espaciais sovieacuteticas como as estaccedilotildees Salyut Mir e sondas espaciais Versotildees de 4 estaacutegios satildeo utilizadas para colocar em oacuterbita sateacutelites geoestacionaacuterios

O primeiro estaacutegio do Proton tem 6 motores e possui empuxo de 2 mil toneladas O terceiro estaacutegio pode colocar em oacuterbita cargas de 20 toneladas

Fam iacuteliaUR-100 Monoblock UR-500 Polyblock UR-500

UR -200 Proton 8K82 Proton 8K82K11S824 Proton 8K82K UR-700 UR-70011D54 UR-700RD- 350 UR-700RO-31 UR-900 UR-700M Proton 8 K 8 2 K 1 1S 8 6 U R -5 0 0 M K Proton 8K 8 2K 11S824M U R -100N U R -530 Proton 8K82K 11S861 Proton 8K82K11S824F Rokot Proton 8K82K 11S861-01 Proton 8K82KDM 1 Proton 8K82KDM3 Strela Proton 8K82K17S40 Proton 8K82KDM2 Proton 8K82KDM4 Proton 8K82KM

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SPACE SHUTTLEComprimento 56 m Diacircmetro 87m Peso 2040 toneladas Estaacutegios 2()Carga uacutetil LEO 275 toneladas ()

Descriccedilatildeo dos sistemasFoguetes de combustiacutevel soacutelido 2 SRB 589670 kg

1174713 kgf Isp 269 segundos Tempo de Queima 124 segundos Isp(sl) 237 segundos Motores de Combustiacutevel Soacutelido 1 SRB

Tanque externo (Shuttle External Tank) 750975 kg 0 kgf Isp 455 segundos Tempo de Queima 480 segundos Isp(sl) 363 segundos LoxLH2 Motores 0

Ocircnibus Espacial Shuttle Orbiter Gross 99318 kg 696905 kgf Isp 455 segundos Tempo de Queima 480 segundos Isp(sl) 363 segundos Lox LH2 Motores 3 SSME

HistoacutericoO sistema do ocircnibus espacial eacute composto por 2

foguetes la tera is de com bustiacuteve l soacutelido denominados SRB (Solic Rocket Booster) que impulsionam a nave durante a fase inicial da subida Ao se esgotar o combustiacutevel satildeo ejetados e o Shuttle utiliza seus 3 motores SSME alimentados pelo imenso tanque de combustiacutevel de cor laranja para completar o resto da subida ateacute atingir a oacuterbita terrestre

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m 7 MASTRONAUTICA

NAVES ESPACIAIS

Veja a seguir a descriccedilatildeo das naves tripuladas utilizadas para chegar na ISS

SOYUZ TMAPeso 7250 Kg Comprimento 75 m Diacircmetro 27 m Aacuterea uacutetil 9 m3

Descriccedilatildeo dos sistemasAs Soyuz satildeo compostas por 3 moacutedulos O

moacutedulo de descida com capacidade para 3 cosmonautas tem 22 m de comprimento por 22 m de diacircmetro Pesa 3000 Kg e possui 4 m3 Possui paacutera-quedas para descida sistemas de telemetria e um periscoacutepio digital O pouso eacute amortecido por motores de combustiacutevel soacutelido utilizados no final da descida Os cosmonautas utilizam roupas pressurizadas na decolagem e descida O moacutedulo orbital tem 3 metros de comprimento por 23 metros de diacircmetro Tem 5 m3 e pesa 1300 Kg Nele estaacute

instalado o sistem a de rendez vous Kurs composto de 2 antenas aleacutem de 1 janela O m oacutedulo de serviccedilo pesa 2 9 5 0 Kg e tem comprimento de 23 m e diacircmetro de 21 m A Soyuz utiliza como fonte de energia paineacuteis solares de 10 m2 e consome em meacutedia 060 Kw

HistoacutericoDesenvolvidas nos anos 60 as Soyuz foram

criadas para fazer viagens da Terra para a Lua mas acabaram sendo utilizadas para levar cosmonautas para as estaccedilotildees espaciais Salyut e Mir Satildeo utilizadas atualm ente para levar cosm onautas para a estaccedilatildeo espac ia l internacional Uma versatildeo natildeo tripulada da Soyuz denominada Progress eacute utilizada desde os anos 70 para reabastecer as estaccedilotildees espaciais russas

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SPACE SHUTTLEPeso Total 104328 kg Comprimento 372 m Envergadura 238 m Aacuterea uacutetil 72 m3T ripulaccedilatildeo 8 astronautas com tempo em oacuterbita 16 dias Combustiacutevel 21600 Kg Carga 21190 KgPeso do escudo teacutermico18500 Kg Sistema eleacutetrico baterias combustiacuteveis

Descriccedilatildeo dos sistemasOs ocircnibus espaciais foram produzidos para

transportar astronautas para o espaccedilo e lanccedilar ou reparar sateacutelites Seus primeiros estudos

foram nos anos 70 e o primeiro a ser construiacutedo o E n te rp rise nunca foi lan ccedilad o Foram construiacutedas 5 naves a prim eira cham ada Coluacutembia fez seu vocirco inaugural em 12 de abril de 1981 e foi destruiacutedo durante o retorno a Terra em fe v e re iro de 2 0 0 3 D epo is v ie ram a Challenger destruiacutedo em 1986 Discovery Atlantis e o Endeavour construiacutedo para substituir o Challenger Em 1995 o Discovery foi o primeiro ocircnibus espacial a acoplar com uma estaccedilatildeo espacial ao unir-se agrave estaccedilatildeo Mir Foram feitas 9 missotildees durante 3 anos no projeto conjunto Shuttle-Mir Atualmente transportam peccedilas e tr ip u la ccedil otilde e s para a E s taccedil atildeo E s p ac ia l Internacional

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m 7 MASTRONAUTICA

PROGRESS_MAs Progress possuem formato idecircntico agraves naves

Soyuz Possuem 7 metros de comprimento 27 metros de diacircmetro peso de 72 toneladas e uma aacuterea destinada aos suprimentos de 76 metros cuacutebicos Possui 2 paineacuteis solares com 10 metros quadrados de aacuterea que geram 13 KW de forccedila

As Progress levam suprim entos para aproximadamente 2 meses para uma tripulaccedilatildeo de

ateacute 3 cosmonautas Sateacutelites cargueiros satildeo na verdade versotildees natildeo tripuladas das naves Soyuz Foram fabricadas para reabastecer as estaccedilotildees esp ac ia is S a lyu t posterio rm ente a Mir e atualmente a ISS As Progress M aleacutem de terem uma carga uacutetil maior que sua antecessora podem transportar uma caacutepsula recuperaacutevel chamada Raduga que permite transportar de volta para a Terra experimentos feitos nas estaccedilotildees espaciais

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DA TERRA PARA O INFINITO

Para chegar da Terra ateacute a estaccedilatildeo espacial por enquanto existem dois centros espaciais o de Baikonur no Casaquistatildeo localizado na Aacutesia Central e o de Cabo Canaveral localizado na Floacuterida nos Estados Unidos Veremos um pouco da histoacuteria de cada um deles a seguir

Cabo CanaveralLatitude 2845 N Longitude 8053 WIniacutecio de operaccedilatildeo 1949

Cabo Canaveral eacute a maior e mais importante base espacial dos Estados Unidos Foi dela que partiram as missotildees lunares Apollo O Cabo Canaveral eacute utilizado para todos os lanccedilamentos tripulados Tambeacutem eacute utilizado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos

A escolha da base de lanccedilamentos foi feita em 11 de maio de 1949 Uma seacuterie de estaccedilotildees de rastream en to foi ins ta lada nas B aham as Oficialmente a base de Cabo Canaveral entrou em funcionamento em 01 de outubro de 1949 Os primeiros lanccedilamentos de foguetes (V2 modificadas

do tipo Bumper) foram feitos em julho de 1950 Durante os anos 60 foram construiacutedas imensas instalaccedilotildees e plataformas para o programa lunar Apollo Nos anos 70 estas instalaccedilotildees foram aproveitadas para o programa do ocircnibus espacial A primeira vez que a base foi aberta ao puacuteblico foi em 19 de maio de 1961 Os primeiros testes do ocircnibus espacial foram feitos em 23 de julho de 1979 utilizando-se o ocircnibus espacial Enterprise (OV- 101)Os lanccedilamentos satildeo feitos com inclinaccedilatildeo miacutenima de 28 graus e maacutexima de 57 graus Existem plataformas para lanccedilar o Ocircnibus Espacial e foguetes Atlas Delta e Titan As principais plataformas satildeo as 39A e 39B utilizadas pelos imensos foguetes lunares Saturn V e atualmente utilizadas pelo ocircnibus espacial

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BaikonurLatitude 4563 N Longitude 6326 EIniacutecio de Operaccedilatildeo 1955

Localizado no Casaquistatildeo Baikonur eacute o maior cosmoacutedromo utilizado pela Ruacutessia para a maioria dos lanccedilamentos e por todos os lanccedilamentos tripulados

O cosmoacutedromo ocupa uma aacuterea aproximada de 7360 quilocircmetros quadrados numa aacuterea proacutexima ao rio Syr Darya na regiatildeo de Kyzl-Orda Oblast no Casaquistatildeo a 380 quilocircmetros da velha cidade de Baikonur O Cosmoacutedromo fica proacutexima do velho vilarejo de Tyuratam e da cidade de Zarya que foi rebatizada como Leninsk em 1958 e rebatizada como Baikonur em 1996

Inicialmente conhecido como Tashkent-50 a constuccedilatildeo foi iniciada em 12 de janeiro de 1955 Os construtores se referiam ao Cosmoacutedromo como Zvezdograd durante a eacutepoca da construccedilatildeo A cidade de Leninsk teve sua populaccedilatildeo ampliada de 50000 habitantes em 1975 para 75000 habitantes em 1990 A aprovaccedilatildeo para a construccedilatildeo do Cosmoacutedromo foi atraveacutes do Decreto do Conselho de Ministros da Uniatildeo Sovieacutetica nuacutemero 2 82 -181 no qual o complexo era chamado de Aacuterea de Teste nuacutemero 5 O primeiro lanccedilamento feito em Baikonur foi o de um foguete baliacutestico SS-6 em 15 de maio de 1957 mas o lanccedilamento falhou O primeiro lanccedilamento bem sucedido foi em 03 de agosto de 1957 Baikonur eacute comparado ao centro de lanccedilamentos de Cabo Canaveral na

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Floacuterida Estados Unidos devido a importacircncia e tam an h o mas o com plexo de B aikonur eacute consideravelmente mais extenso

O cosm oacutedrom o possui 9 com plexos de lanccedilamento incluindo 15 plataformas para os foguetes do tipo Soyuz Molniya Zenith Rockot Proton entre outros Aleacutem disso tem 11 linhas de

montagem e revisatildeo de sateacutelites e espaccedilonaves 3 pontos de abastecimento de combustiacutevel centro meacutedico para cosmonautas 2 aeroportos de grande porte plantas de nitrogecircnio oxigecircnio e gaacutes sistemas de abastecimento de energia eleacutetrica e aacutegua e para concluir um grande sistema de estradas e de vias ferroviaacuterias iJ

Daniel Sanchez Bins eacute o autor do site Cosmonaacuteutica dedicado ao programa espacial russo e usuaacuterio e colaborador da Espacialcomhttpwwwcosmonauticacjbnet

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Participe apoie divulgue o siteWWWCOMITEMARCOSPONTESCJBNET

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CAMPANHA NACIONAL DE APOIO AO 1D VOcircO ORBITAL DO ASTRONAUTA BRASILEIRO EA CONTINUIDADE DO BRASIL

NO PROJETO DA ESTACcedilAtildeO ESPACIAL INTERNACIONAL

A campanha ldquoSim eu quero vero verdee

amarelo no espaccedilordquo lanccedilada pelo Comitecirc

Marcos Pontes tem o objetivo de apoiar a

Agecircncia Espacial Brasileira na viabilizaccedilatildeo

do primeiro vocirco orbital do nosso astronauta

atraveacutes da continuidade da participaccedilatildeo

brasileira no projeto da Estaccedilatildeo Espacial

Internacional (EEI)

Para isso conta com a colaboraccedilatildeo da

populaccedilatildeo brasileira que pode manifestar

mobilizaccedilatildeo em prol da campanha assinando

um abaixo-assinado no site

wwwcomitemarcospontescjbnet

Decirc sua contribuiccedilatildeo Vamos apoiar o Brasil nesse projeto que traz oportunidades uacutenicas de estar agrave frente em experimentos e tecnologia de ponta

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copy N

AS

A

revista

PLANETOLOGIA

Planetas Extrasolares

Detecccedilatildeo Dinacircmica amp Origem

W alkiria Schulz | Revista macroCOSMOcomwschulzcettconaegovar

Cristiaacuten Beaugeacute | Colaboradorbeaugeoacuncoredu

Quantas vezes olhamos para o ceacuteu e nos perguntamos se estamos sozinhos neste Universo Quais satildeo as chances reais de existir outra civilizaccedilatildeo Para responder a estas e outras perguntas os astrocircnomos estatildeo se dedicando a uma nova aacuterea de pesquisa a Mecacircnica de Planetas Extrasolares A ideacuteia eacute desenvolver novas tecnologias capazes de detectar planetas eou sistemas planetaacuterios em outras estrelas e a partir daiacute estudar as caracteriacutesticas que possam representar condiccedilotildees ambientais de presenccedila de vida

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PLANETOLOGIA

A descoberta de planetas fora do nosso Sistema Solar eacute um fato recente Ateacute cerca de 10 anos atraacutes noacutes natildeo dispunhamos de instrumentos sensiacuteveis o suficiente para detectar corpos tatildeo pequenos distantes e pouco luminosos Foi necessaacuterio desenvolver aparelhos de detecccedilatildeo com uma precisatildeo jamais vista e anexaacute-los a telescoacutepios dedicados a este tipo de investigaccedilatildeo

Aleacutem de vislum brar a possibilidade de natildeo estarmos sozinhos os planetas extrasolares tambeacutem representam uma oportunidade para a M ecacircnica Celeste de estudar sistem as com dinacircmicas diferentes das encontradas no Sistema Solar Estes estudos podem vir a ser fontes de corroboraccedilatildeo de teorias cosmogocircnicas atuais que foram desenvolvidas baseando-se no conhecimento de um uacutenico sistema planetaacuterio o nosso

Ao comeccedilar a encontrar planetas extrasolares a primeira pergunta que surgiu foi estes novos objetos satildeo compatiacuteveis com as nossas ideacuteias de formaccedilatildeo planetaacuteria Para entender um pouco melhor esta questatildeo vamos comeccedilar falando sobre o que se sabe a respeito do nosso Sistema Solar

Teorias de Formaccedilatildeo do Sistema Solar

Existem trecircs formas de construir um modelo para explicar como se formou o Sistema Solar

1 A partir de modelos de formaccedilatildeo estelar extrapolando para a frente

2 A partir da estrutura atual do nosso Sistema Solar extrapolando para traacutes

3 Analisando e comparando as caracteriacutesticas de outros sistemas planetaacuterios em etapas distintas de evoluccedilatildeo

Na verdade todas estas possibilidades satildeo complementares e as informaccedilotildees provenientes de cada uma devem ser coerentes entre si

Modelos Comeccedilamos com uma nuvem proto- estelar similar agraves observadas na nebulosa de Oacuterion A interaccedilatildeo entre a contraccedilatildeo e a rotaccedilatildeo desta nuvem de material provocou um colapso que resultou em uma estrutura achatada onde a maioria da massa se encontrava no centro (proto-sol) enquanto o resto formava um disco ao redor

Dentro desta nuvem existiam dois componentes gaacutes (aproximadamente 96) e material soacutelido (4) A pressatildeo interna mantinha o equilibrio hidrostaacutetico do gaacutes mas natildeo das partiacuteculas soacutelidas que sofriam fricccedilatildeo com o gaacutes caindo no plano da nuvem e mais perto do proto-sol Como resultado deste processo o disco se dividiu em uma nebulosa gasosa exterior (formada de elementos como hidrogecircnio heacutelio e nitrogecircnio) e um disco compacto interno composto de partiacuteculas soacutelidas de mais ou menos 1 cm de raio (com elementos tais como carbono niacutequel e ferro)

A partir deste ponto existem duas possibilidades para a evoluccedilatildeo destas partiacuteculas ateacute planetesimais de raios entre 10 e 100 m No primeiro caso o conjunto de pequenas partiacuteculas continua caindo em direccedilatildeo ao plano ateacute formar um disco tatildeo denso que torna-se gravitacionalmente instaacutevel provocando um colapso do material em planetesimais maiores A segunda possibilidade sugere um processo mais lento onde a formaccedilatildeo de corpos maiores deu-se por colisotildees entre as partiacuteculas pequenas No entanto ambas teorias tecircm problemas e ainda natildeo

P R O T O -S O L (~ 9 9 M A S S A )

Formaccedilatildeo de um sistema planetaacuterio a partir de uma nebulosa primordial

N E B U L O S A P R IM O R D IA L (~ 1 M A S S A )

ocopy

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possuimos um bom modelo para explicar a transiccedilatildeo entre partiacutecu las de 1 cm e planetesim ais de 100 m de raio Este problema eacute conhecido em Inglecircs como o Meter Size Hurdle ou o obstaacuteculo do tamanho de um metro em uma traduccedilatildeo literal

No entanto in d ep en d en tem en te do mecanismo que produziu estes objetos a partir de uma populaccedilatildeo de planetesimais com raios entre 10 e 100 m sabe-se que a evoluccedilatildeo do disco rochoso se deu atraveacutes da com binaccedilatildeo entre gravitaccedilatildeo muacutetua e colisotildees Os corpos do nosso Sistema Solar apresentam uma seacuterie de evidecircncias destas colisotildees como fragmentaccedilotildees e crateras No entanto se a velocidade relativa entre os corpos eacute suficientemente pequena as colisotildees datildeo origem a um processo construtivo conhecido como acreccedilatildeo que eacute o mecanismo baacutesico de formaccedilatildeo planetaacuteria

A princiacutepio o processo de acreccedilatildeo soacute funciona para corpos soacutelidos e natildeo para o gaacutes No entanto e considerando que a temperatura do gaacutes decai com a distacircncia ao Sol existe um valor criacutetico desta distacircncia tal que a tem peratura do gaacutes seja suficientemente baixa para que a componente volaacutetil da nuvem condense Esta distacircncia criacutetica eacute conhecida como a ldquolinha do gelordquo e corresponde a aproximadamente 4 ou 5 UA Portanto aleacutem deste valor os elementos quimicos leves (eg HHeN)

Crateras na Lua evidecircncias de um periacuteodo decolisotildees

tambeacutem participaram do processo de acreccedilatildeo e deram origem a planetas ricos em elementos leves os chamados planetas Gigantes (Juacutepiter Saturno Urano e Netuno) Enquanto isso na regiatildeo mais proacutexima da proto-estrela os planetesimais jaacute apresentavam raios da ordem de 100 km e eram embriotildees planetaacuterios

Entre 6 e 10 milhotildees de anos de evoluccedilatildeo do sistema o proto-Sol entrou em uma fase conhecida como T-Tauri na qual a nuvem de gaacutes remanescente comeccedilou a se dissipar Assim as etapas finais de formaccedilatildeo dos planetas terrestres continuaram em um cenaacuterio praticamente livre de gaacutes A presenccedila do recentemente formado Juacutepiter tambeacutem afetou

SOLCOLISOES ENTRE OS EMBRIOtildeES PLANETAacuteRIOS

Juacutepiter

1

y -----

ACRECcedilAtildeO

y ------------

FRAGMENTACcedilAO

SOL Mercuacuterio Vecircnus Terra Marte Asteroides Juacutepiter ltgt

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PLANETOLOGIA

esta formaccedilatildeo planetaacuteria invertendo o proceso de acreccedilatildeo e provocando fragmentaccedilotildees nos embriotildees planetaacuterios que encontravam-se perto do planeta gigante Esta fragm entaccedilatildeo deu origem aos asteroacuteides que hoje encontramos entre as oacuterbitas de Marte e Juacutepiter Nos 100 milhotildees de anos seguintes os planetas terrestres se formaram

Em forma muito resumida este eacute o modelo cosmogocircnico mais aceito atualmente Ele consegue explicar a existecircncia de planetas gigantes e terrestres a localizaccedilatildeo dos planetas gigantes aleacutem de 4-5 UA oacuterbitas praticamente coplanares e circulares a presenccedila de asteroacuteides e objetos do cinturatildeo de Kuiper e a existecircncia de aneacuteis e sateacutelites No entanto existem alguns problemas Talvez o principal deles seja a impossibilidade de formar Urano e Netuno antes da dissipaccedilatildeo da nuvem de gaacutes Devido agrave baixa densidade de partiacuteculas soacutelidas e gaacutes na parte externa da nuvem o processo de acreccedilatildeo necessitaria tempos maiores que a idade do Sistema Solar A suposiccedilatildeo de que a nuvem primordial fosse mais massiva eacute pouco provaacutevel jaacute que seria necessaacuterio algum mecanismo para eliminar a massa restante depois da formaccedilatildeo dos planetas e natildeo conhecemos nenhum que seja eficiente neste sentido Uma outra alternativa para Urano e Netuno seria que os planetas gigantes natildeo se formaram por acreccedilatildeo e sim por instabilidade gravitacional do gaacutes Simulaccedilotildees com esta teoria levam a condiccedilotildees planetaacuterias diferentes das que encontramos nos planetas atuais A composiccedilatildeo quiacutemica de Saturno por exemplo eacute incompatiacutevel com os resultados das simulaccedilotildees Explicar as origens dos sistem as planetaacuterios eacute um dos problem as cientiacuteficos mais im portantes da atualidade (NASA 2003)

Dinacircmica Outra forma de estudar nosso Sistema Solar eacute atraveacutes de sua dinacircmica em particular sua estabilidade orbital Por estabilidade se entende que com o passar do tempo as oacuterbitas dos corpos maiores permanecem quase-circulares quase- planares e natildeo existe a possibilidade dos planetas se chocarem Procuramos indiacutecios de estabilidade orbital para tentar explicar a configuraccedilatildeo atual dos planetas e prever seu futuro

Na deacutecada de 90 foram realizadas vaacuterias simulaccedilotildees em computador da evoluccedilatildeo das oacuterbitas de todos os planetas por tempos da ordem da idade do Sistema Solar (Laskar 1994) A ideacuteia era corroborar que as oacuterbitas nuncam se cruzam No

ESTAacuteVEL

INSTAacuteVEL

Oacuterbitas estaacuteveis e instaacuteveis

entanto foi encontrado que existe a possibilidade de que em aproximadamente 36 bilhotildees de anos Mercuacuterio cruze a oacuterbita de Vecircnus Se natildeo houver um mecanismo de proteccedilatildeo natural eacute possiacutevel que os planetas se choquem e como consequumlecircncia a oacuterbita de Vecircnus sofreria grandes mudanccedilas podendo inclusive chocar-se com a Terra Embora estes resultados possam depender da modelagem utilizada sua conclusatildeo mais importante eacute que o Sistema Solar interno pode natildeo ser estaacutevel para sempre embora o seja por periacuteodos de tempo da ordem de 4 bilhotildees de anos

Seja o que for que aconteccedila daqui a 4 bilhotildees de anos o Sistema Solar eacute um dos sistemas dinacircmicos mais estaacuteveis que se conhece no Universo Sendo assim como eacute possiacutevel que um processo de formaccedilatildeo caoacutetico e colisional tatildeo sensiacutevel agraves condiccedilotildees iniciais decirc origem a um sistem a planetaacuterio tatildeo estaacutevel Apoacutes muitos anos realizando

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PLANETOLOGIA

simulaccedilotildees da uacuteltima etapa da formaccedilatildeo planetaacuteria sem conseguir obter nenhum Sistema Solar sinteacutetico que reproduza o nuacutemero correto de planetas nem sua estabilidade chegou-se agrave conclusatildeo de que as posiccedilotildees atuais dos planetas devem ter sido ldquodefinidasrdquo nas primeiras etapas do processo de acreccedilatildeo O problema eacute que realizar estudos destas etapas eacute tecn icam ente com plexo jaacute que eacute necessaacuterio simular a evoluccedilatildeo de milhotildees de partiacuteculas planetesimais por gravitaccedilatildeo e por colisotildees por periacuteodos de tempo muito grandes Os computadores de uso geral natildeo possuem velocidade de caacutelculo suficiente para realizar estas simulaccedilotildees A soluccedilatildeo foi construir super-com putadores especiacuteficos que pudessem ser utilizados para as simulaccedilotildees de formaccedilatildeo planetaacuteria O projeto japonecircs G R A PE tomou esta tarefa para si e desenvolveu um super-computador equivalente a 1 milhatildeo de PCs de hoje com capacidade de realizar simulaccedilotildees que levariam 2 anos em apenas 1 minuto

Entre os resultados preliminares do projeto GRAPE se destaca a conclusatildeo de que a interaccedilatildeo entre colisotildees e a dinacircmica de muitos planetesimais cria um fenocircmeno conhecido como repulsatildeo de em briotildees planetaacuterios Segundo esta teoria se a distacircncia entre dois proto-planetas eacute maior que um certo valor criacutetico d os dois corpos crescem por acreccedilatildeo alimentando-se dos planetesimais ao redor sem variar sua posiccedilatildeo relativa No entanto se a distacircncia inicial entre os dois proto-planetas eacute menor que aquele valor criacutetico os corpos se repelem e se afastam ateacute que a distacircncia entre eles seja maior que d Este processo suave e determiniacutestico poderia explicar a quantidade correta de planetas que encontramos hoje em oacuterbitas dinam icamente estaacuteveis

Resum indo embora ainda existam problemas natildeo resolvidos (Meter Size Hurdle formaccedilatildeo de Urano e Netuno) atualmente dispomos de um modelo de formaccedilatildeo planetaacuteria baseado em um processo de acreccedilatildeo de corpos soacutelidos que consegue reproduzir a maioria das caracteriacutesticas do nosso Sistema Solar Seraacute que o mesmo processo aconteceu em todos os sistemas planetaacuterios ou soacute aqui Natildeo existe garantia de que todos os planetas se formaram seguindo as mesmas condiccedilotildees mas a possibilidade de avaliar o que acontece em outras regiotildees do Universo abre toda uma nova perspectiva para a Mecacircnica Celeste

Os Planetas Extrasolares Conhecidos ldquo Zoologiardquo e Detecccedilatildeo

Em 1995 os astrocircnomos Michel Mayor e Didier Queloz do Observatoacuterio de Genebra descobriram o primeiro planeta extrasolar ao redor de uma estrela do tipo sequecircncia principal A estrela eacute 51 Pegasi (G2 distacircncia agrave Terra = 147 pc) e o planeta tem uma massa aproximadamente igual agrave metade da massa de Juacutepiter

No ano seguinte os americanos Geoffrey Marcy e Paul Butler descobriram mais dois planetas O primeiro orbita a estrela 70 Virgo (G5 distacircncia agrave Terra = 181 pc) e parece ter mais de 7 vezes a massa do nosso planeta gigante O segundo estaacute ao redor de 47 Uma (G0 distacircncia agrave Terra = 141 pc) e tem 25 vezes a massa de Juacutepiter

A populaccedilatildeo atual de planetas aleacutem do nosso Sistema Solar contabiliza ao redor de 160 objetos todos com massas inferiores a 18 vezes a massa de Juacutepiter Entre os casos mais interessantes encontram-se 15 sistemas planetaacuterios

- 12 sistemas com 2 planetas- 2 sistemas com 3 planetas (Ups And e GJ876)- 1 sistema com 4 planetas (55 Cnc)Curiosamente tambeacutem foram encontrados vaacuterios

planetas orbitando estrelas binaacuterias Entre eles podemos mencionar 16 Cyg B t Boo e y Cephei B

Nuacutemero de planetas extrasolares descobertos ateacute maio de 2005 copy Cristiaacuten Beaugeacute

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Recentemente foi descoberto um planeta orbitando uma estrela pertencente a um sistema estelar triplo

P ra ticam en te todos os p lanetas extrasolares conhecidos foram detectados por tracircnsito ou variaccedilatildeo da velocidade radial da estrela (Doppler) Existem outros meacutetodos de detecccedilatildeo que exigem configuraccedilotildees especiais de posiccedilotildees relativas mais dificieis de encontrar (por exemplo microlentes)

Eacute importante ter em conta que os planetas extrasolares tambeacutem conhecidos como exoplanetas satildeo objetos de luminosidade muito baixa Um planeta como Juacutepiter possui uma luminosidade equivalente a 10-9 da luminosidade do Sol Ou seja os exoplanetas natildeo satildeo observados diretamente A exceccedilatildeo eacute GQ Lupi observado com o Very Large Telescope - VLT

No entanto eacute possiacutevel perceber quando os planetas passam em frente ao disco da estrela Este eacute o meacutetodo de detecccedilatildeo via tracircnsito que permite medir o periacuteodo orbital (consequumlentemente o semi- eixo maior) e o raio do planeta As limitaccedilotildees deste meacutetodo incluem soacute eacute possiacutevel observar objetos em oacuterbitas a 90o com a esfera celeste eacute mais faacutecil detectar planetas gigantes e em oacuterbitas muito proacuteximas da estrela eacute muito difiacutecil (embora natildeo seja impossiacutevel) detectar mais de um objeto e este meacutetodo natildeo oferece dados sobre a excentricidade orbital

Existem vaacuterios projetos preocupados com a detecccedilatildeo de exoplanetas via tracircnsito e eacute muito

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GQ Lupi

provaacutevel que em um futuro proacuteximo a maioria dos planetas extrasolares seja descoberta por este meacutetodo Entre estes projetos um particularmente importante para o Brasil eacute o COROT Trata-se de um sateacutelite projetado pela CNES (Franccedila) com participaccedilatildeo de paiacuteses como Alemanha Auacutestria Beacutelgica Brasil e Espanha Com lanccedilamento previsto para junho de 2006 este sateacutelite levaraacute ao espaccedilo um telescoacutepio de 30 cm de diacircmetro Seu objetivo seraacute estudar Sismologia Estelar e Exoplanetas e para tanto a n a liza raacute as curvas de luz de aproximadamente 12 mil estrelas com magnitudes menores que 155 A populaccedilatildeo de estrelas a ser estudada ainda estaacute sendo definida pela comunidade cientiacutefica

Mesmo sendo invisiacuteveis os planetas extrasolares podem ser suficientemente massivos para provocar movimentos na estrela que possam ser detectados daqui da Terra Os meacutetodos de detecccedilatildeo indireta

se aproveitam do fato de que devido agrave presenccedila de um ou mais planetas a estrela se move ao redor do centro de massa do sistema

Embora natildeo possamos observar o planeta podemos deduzir suas massa e oacuterbita atraveacutes da mediccedilatildeo do movimento proacuteprio da estrela Observando as variaccedilotildees perioacutedicas na velocidade radial da estrela por efeito Doppler podemos estimar a velocidade orbital No entanto a velocidade medida por Doppler natildeo eacute a velocidade total e sim sua projeccedilatildeo sobre a linha que une a estrela ao observador Esta limitaccedilatildeo de medida provoca uma grande imprecisatildeo sobre as estimativas pois natildeo se conhece a inclinaccedilatildeo orbital em relaccedilatildeo agrave linha de visada

Sateacutelite COROT

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PLANETOLOGIA

Graacutefico dos planetas extrasolares detectados em unidades de massa de Juacutepiter por semi-eixo maior(J corresponde a Juacutepiter e S a Saturno) copy Cristiaacuten Beaugeacute

foi similar ao dos nossos planetas Segundo esta teoria apoacutes a formaccedilatildeo existiu um processo de Migraccedilatildeo Planetaacuteria que levou os corpos ateacute a sua localizaccedilatildeo atual com oacuterbitas muito excecircntricas No entanto para que esta hipoacutetese tenha sentido necessitamos uma evidecircncia dinacircmica de migraccedilatildeo e um mecanismo para tornaacute-la efetiva

Origem dos Planetas Extrasolares Hipoacutetese da Migraccedilatildeo

Com o objetivo de explicar os pequenos valores de semi-eixo maior e as altas excentricidades surge a Hipoacutetese da Migraccedilatildeo Existem trecircs propostas de mecacircnismos para explicar a migraccedilatildeo dos planetas ateacute suas posiccedilotildees atuais scattering planetaacuterio interaccedilatildeo com o disco de planetesimais e interaccedilatildeo com o disco de gaacutes

Scattering planetaacuterio No prim eiro caso imaginemos um cenaacuterio onde dois planetas gigantes encontram-se ao redor de uma estrela em oacuterbitas

As limitaccedilotildees dos meacutetodos de detecccedilatildeo de planetas extrasolares provocam uma espeacutecie de seleccedilatildeo natural sobre os objetos que conseguimos ver Assim a maioria dos exoplanetas apresenta grandes massas localiza-se perto das estrelas e tem oacuterbitas muito excecircntricas

O problema neste caso nem eacute tanto pela pouca quantidade de planetas tipo Juacutepiter ou Saturno encontrados (receacutem estamos em condiccedilotildees de observaacute-los) mas que a maioria dos exoplanetas descobertos tem c a ra c te riacutes tic as que consideraacutevamos impossiacuteveis de existir quando soacute conheciacuteamos o nosso sistema Temos planetas gigantes em oacuterbitas de planetas terrestres Temos excentricidades tatildeo altas quanto as de estrelas binaacuterias Como explicaacute-los

Existem duas escolas ou linhas de pesquisa Uma acredita que estes planetas foram formados por mecanismos diferentes dos do nosso Sistema Solar por exemplo via instabilidade gravitacional Esta linha eacute defendida principalmente por astrofiacutesicos estelares A segunda escola composta na maioria por dinacircmicos acredita que o processo de formaccedilatildeo

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PLANETOLOGIA

coplanares e com excentricidades pequenas Se estes planetas natildeo sofrem encontros proacuteximos entre si podemos supor que exista uma espeacutecie de acoplamento entre as suas excentricidades Isto significa que um planeta influenciacutea o outro de tal forma que se a excentricidade de um aumenta a do outro diminui O acoplamento e-e funciona como um mecanismo de proteccedilatildeo evitando encontros proacuteximos entre os planetas a menos que os semi- eixos sejam muito parecidos No caso em que os semi-eixos satildeo similares a interaccedilatildeo gravitacional eacute tatildeo forte que o acoplamento e-e natildeo consegue evitar encontros proacuteximos e podem ocorrer colisotildees com acreccedilatildeo de ambos planetas ou o scattering que significa a ejeccedilatildeo de um dos planetas Com o scattering o planeta que natildeo eacute ejetado do sistema se aproxima da estrela (diminuindo seu semi-eixo) e sua excentricidade aum enta Embora este mecanismo possa funcionar em casos isolados natildeo eacute geral o suficiente para explicar a migraccedilatildeo de tantos exoplanetas

Interaccedilatildeo com o disco de planetesimais Estemecanismo foi inicialmente proposto para explicar a migraccedilatildeo no nosso Sistema Solar Segundo esta teoria as interaccedilotildees gravitacionais entre os planetas gigantes (Juacutepiter Saturno Urano Netuno) e o disco de planetesimais remanescentes provocaram a ejeccedilatildeo final destes planetesimais para o cinturatildeo de Kuiper Como consequumlecircncia o semi-eixo maior de Juacutepiter diminuiu enquanto os semi-eixos de Saturno Urano e Netuno aumentaram Portanto os locais de formaccedilatildeo dos planetas teriacuteam sido diferentes dos atuais Os problemas com esta teoria satildeo numeacutericos Para que um exoplaneta migrasse de 4 ou 5 UA para perto da estrela a massa do disco primordial deveriacutea haver sido da ordem de 1 massa solar Aleacutem deste disco ser altamente instaacutevel este mecanismo de migraccedilatildeo natildeo explica as a ltas excen tric id ad es encontradas nos exoplanetas

Interaccedilatildeo com o disco de gaacutes No final dadeacutecada de 70 os astrocircnomos Peter Goldreich e Scott Trem aine analizaram a interaccedilatildeo entre planetas gasosos e um disco massivo de gaacutes (G oldreich e Trem aine 1979 e 1980) Eles encontraram que se essa interaccedilatildeo fosse muito forte a troca de energia e momento angular resultante poderia causar uma diminuiccedilatildeo draacutestica nos semi-eixos dos planetas Ao natildeo existir evidecircncia

de tal migraccedilatildeo planetaacuteria em nosso Sistema Solar esta teoria caiacuteu em descreacutedito No entanto a descoberta de outros sistemas planetaacuterios provocou o renascimento desta hipoacutetese de migraccedilatildeo e hoje ela eacute a preferida entre os cientistas que se dedicam a estudar os exoplanetas

O problema eacute que este tipo de migraccedilatildeo eacute muito raacutepida Ao causar uma migraccedilatildeo durante o processo de acreccedilatildeo dos planetas natildeo haveria tempo suficiente para completar a formaccedilatildeo antes destes caiacuterem na estrela A soluccedilatildeo encontrada para este problema foi propor um comportamento diferenciado Segundo este a migraccedilatildeo muda quando a massa do planeta eacute superior a 30 massas terrestres pois forma-se um buraco no disco que modifica a velocidade da migraccedilatildeo

A pergunta seguinte seriacutea e como freiar esta migraccedilatildeo Embora nenhuma resposta elegante tenha surgido nos uacuteltimos tempos umas das possibilidades em estudo eacute a de que natildeo haacute freio possiacutevel e o que estamos observando satildeo os Uranos e Netunos que ainda natildeo foram engolidos por suas estrelas

Concluiacutendo dadas as hipoacuteteses de formaccedilatildeo e os sistemas conhecidos hoje em dia podemos dizer que as oacuterbitas dos exoplanetas detectados natildeo satildeo compatiacuteveis com o processo de formaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do nosso Sistema Solar Por que O nosso sistem a eacute especial Ou soacute estam os detectando objetos viciados devido agraves nossas limitaccedilotildees instrumentais Parece que a descoberta de outros sistemas planetaacuterios abriu uma ldquocaixa de Pandorardquo trazendo mais perguntas que respostas

Juacutepiteres Quentes Binaacuterias e Outros Bichosrdquo (Planetas Habitaacuteveis)

Entre a ldquofaunardquo de objetos descobertos ao redor de outras estrelas alguns se destacam por caracteriacutesticas natildeo esperadas Se a nossa motivaccedilatildeo inicial era procurar planetas gecircmeos da Terra para averiguar se estamos ou natildeo sozinhos neste Universo qual natildeo foi a nossa surpresa ao perceber que muitos exoplanetas satildeo mundos jamais imaginados se quer por escritores de ficccedilatildeo cientiacutefica

Juacutepiteres Quentes Os primeiros objetos a surpreender os observadores terrestres foram os

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PLANETOLOGIA

entatildeo batizados Hot Jupiters ou Juacutepiteres Quentes em uma traduccedilatildeo literal Tratam-se de exoplanetas massivos muito proacuteximos da estrela (semi-eixo maior lt 01 UA) Segundo dados obtidos por Doppler estes corpos estariam em oacuterbitas quase circulares (excentricidade aproximadamente igual a zero) Uma combinaccedilatildeo de observaccedilotildees por Doppler e por tracircnsito indica que o raio destes planetas eacute muito maior que o esperado e existem evidecircncias de que estes estariam sendo aquecidos pela estrela Modelos atmosfeacutericos indicam que alguns dos Juacutepiteres Quentes mais proacuteximos de suas estrelas (semi-eixo maior lt 001 UA) podem estar sofrendo evaporaccedilatildeo de sua componente gasosa

Eacute praticamente impossiacutevel explicar a formaccedilatildeo in situ destes objetos A hipoacutetese de migraccedilatildeo eacute a melhor candidata mas eacute atraveacutes do estudo da dinacircmica destes corpos que se espera encontrar mais respostas A proximidade entre a estrela e um planeta tipo Juacutepiter Quente faz com que estes natildeo possam ser assumidos como massas puntuais Assim o estudo destes s istem as tem que considerar efeitos de mareacute como no conjunto Terra- Lua Estrelas do tipo solar tecircm velocidades de

rotaccedilatildeo da ordem de 27 dias Esta velocidade combinada com distacircncias menores que 017 UA sugerem que estes exoplanetas deveriam estar caindo em direccedilatildeo ao centro de massa do sistema As estimativas satildeo muito dependentes da estrutura interna das estrelas mas os caacutelculos atuais prevecircm um tempo de aproximadamente 100 milhotildees de anos para que as estrelas ldquoengulamrdquo seus planetas do tipo Juacutepiteres Quentes

Planetas em Estrelas Binaacuterias Atualmente se conhecem trecircs sistemas estelares binaacuterios (com distacircncia entre as estrelas lt 20 UA) com pelo menos um planeta gigante acoplado Em todos os casos os planetas se encontram proacuteximos agraves estrelas mais massivas de forma que natildeo existem problemas de estabilidade No entanto natildeo se sabe ainda como explicar a formaccedilatildeo destes objetos

Mais surpreendente ainda foi a detecccedilatildeo de um planeta orbitando uma estrela pertencente a um conjunto triplo Esta descoberta eacute tatildeo recente que os dados a respeito deste objeto ainda estatildeo sendo discutidos

Estima-se que aproximadamente metade das estrelas conhecidas sejam binaacuterias Uma vez que

Ilustraccedilatildeo de um planeta recentemente descoberto orbitando a Estrela 55 cancri

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algumas possuem planetas gigantes possiacuteveis de serem detectados nos perguntamos se podem exitir planetas do tipo terrestres ao redor das companheiras Esta pergunta nos leva ao objetivo final deste artigo a busca de planetas habitaacuteveis

Planetas Habitaacuteveis Existem duas questotildees- chaves quando comeccedilamos a falar neste assunto

1 Sob que condiccedilotildees uma estrela pode possuir um planeta habitaacutevel

2 Sob que condiccedilotildees um planeta pode ser habitaacutevel

Eacute necessaacuterio ter em conta que o criteacuterio de ldquohabitabilidaderdquo eacute completamente baseado no nosso conceito geocecircntrico de vida Nada impede que existam outros criteacuterios Apenas natildeo somos capazes de extrapolar o nosso conhecimento e imaginar outras condiccedilotildees para o desenvolvimento de vida

Um artigo muito esclarecedor sobre este assunto foi publicado recentemente por um astrocircnomo da Seacutervia e Montenegro (^ irk o v ireg 2005) Milan ^ irko v ireg define os limites do que se usa chamar de ldquozonas de habitabilidaderdquo na nossa proacutepria galaacutexia e demonstrou que o Sol ocupa uma posiccedilatildeo muito bem definida dentro desta regiatildeo Esta nova aacuterea de pesquisa aplica conhecim entos de Astrofiacutesica Dinacircmica e Astrobiologia

Para que uma regiatildeo da galaacutexia seja considerada como um possiacutevel berccedilaacuterio de planetas habitaacuteveis eacute importante combinar fatores que propiciam o desenvolvim ento de vida (por exemplo uma composiccedilatildeo quiacutemica baacutesica) junto com uma baixa incidecircncia de fatores que poderiam inviabilizar este processo (determinados niacuteveis de radiaccedilatildeo) Os tempos disponiacuteveis para a formaccedilatildeo de sistemas planetaacuterios tambeacutem satildeo considerados neste estudo

Estrela Secundaacuteria

p laneta

Oacuterbita do primeiro planeta descoberto ao redor de sistema binaacuterio Gamma Cephei O planeta dista da estrela 2 UA orbitando a mesma durante 25 anos A estrela secundaacuteria orbita a primaacuteria em uma oacuterbita entre 28 e 30 UA O tamanho do planeta e estrelas natildeo estatildeo em escala

Entre os criteacuterios de h ab itab ilidade para exoplanetas mais importantes estatildeo

1 Semi-eixo maior tal que exista aacutegua em forma liacutequida (Hart 1978) Este valor deveria estar entre 08 e 12 UA para um planeta em oacuterbita ao redor de uma estrela com massa solar

2 Oacuterbitas quase-circulares de tal forma que outros planetas possiacuteveis fontes de perturbaccedilatildeo se encontrem longe

3 Pelo menos 20 da superfiacutecie do planeta coberta por oceanos

A habitabilidade tambeacutem depende das idades do planeta e da estrela

B aseando-se nestes criteacuterios embora natildeo possamos observaacute-los diretamente podemos analisar se as estrelas com planetas gigantes conhecidos poderiacuteam ter planetas que satisfizessem estas condiccedilotildees Um estudo de 85 sistemas extrasolares com um ou mais planetas mostrou que aproximadamente 25 destes podem ter corpos pequenos em oacuterbitas estaacuteveis dentro da regiatildeo habitaacutevel (Menou e Tabachnik 2003) Nos casos estudados a principal causa de instabilidade eacute a presenccedila de corpos pertubadores em oacuterbitas muito excecircntricas Vale lembrar que a alta excentricidade eacute uma caracteriacutestica intriacutenseca da maioria dos planetas extraso lares conhecidos devido a lim itaccedilotildees dos instrum entos de detecccedilatildeo Considerando que este estudo foi realizado com base em uma populaccedilatildeo aparentemente viciada a proporccedilatildeo de de estrelas candidatas a abrigar ao menos um planeta habitaacutevel eacute muito promissora

Onde procurar mais informaccedilatildeo

The Extrasolar Planets Encyclopedia(Jean Schneider CNRS Paris)

httpcfa-wwwharvardeduplanetsencyclhtml

The Geneva Extrasolar Planet Search Programmes(M Mayor)

httpobswwwunigech~udryplanetplanethtml

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Comentaacuterios Finais

Os planetas que conhecemos hoje tiveram uma origem desenvolveram uma dinacircmica e foram detectados por noacutes em algum momento mais avanccedilado de suas existecircncias Esta eacute a ordem causal das coisas A origem destes objetos determinou caracteristicas intriacutensecas tais como suas localizaccedilotildees tipos de oacuterbitas e massas

O estudo da dinacircmica destes corpos trata de entender suas evoluccedilotildees orbitais estabilidades e efeitos sobre a estrela No entanto eacute a nossa capacidade de deduccedilatildeo que nos habilita a detectaacute- los Na praacutetica invertemos a ordem causal e a partir das caracteriacutesticas orbitais e de massa que detectamos aplicamos dinacircmicas conhecidas sobre estabilidade e evoluccedilatildeo orbital para tentar entender a origem destes corpos celestes Estamos fazendo uma espeacutecie de Arqueologia dos sistemas planetaacuterios buscando caracteriacutesticas dinacircmicas atuais que sejam indiacutecios do que aconteceu no passado

Eacute importante lembrar que o estudo dos planetas extrasolares representa uma aacuterea muito nova de conhecimento A primeira determinaccedilatildeo orbital

ldquoconfiaacutevelrdquo de um sistema muacuteltiplo exoplanetaacuterio data de 2001 Portanto ainda existem muitas perguntas sem respostas e satildeo muito poucas as que podemos responder completamente

As oacuterbitas estimadas dos exoplanetas sugerem formaccedilotildees eou evoluccedilotildees diferentes quando comparadas com o nosso proacuteprio Sistema Solar Embora apresente problemas a explicaccedilatildeo mais aceita pelos pesquisadores para a evoluccedilatildeo destes sistemas eacute a migraccedilatildeo Entre os mecanismos propostos o que melhor se encaixa nos dados disponiacuteveis eacute a hipoacutetese de migraccedilatildeo por interaccedilatildeo entre planetas e discos de gaacutes

Quanto agrave possibilidade de encontrarmos planetas s em elh an tes ao nosso a inda estam os engatinhando Nossa incapacidade instrumental vem sendo compensada pela criatividade teoacuterica Enquanto natildeo desenvolvemos aparelhos de medida capazes de detectar objetos tatildeo pequenos vamos elaborando criteacuterios de seleccedilatildeo para as estrelas onde devemos encontrar fontes mais promissoras De qualquer forma o importante eacute que natildeo perdemos de vista a ideacuteia de que ldquoencontrar-nos sozinhos neste imenso Universo seria um tremendo desperdiacutecio de espaccedilordquo (in Contato Carl Sagan) pound

Referecircncias

- Cirkovic MM (2005) Boundaries of the habitable zone unifying dynamics astrophysics and astrobiology In Dynamics of Populations of Planetary Systems Proceedings IAU Colloquium No 197 Z Knezevic amp A Milani Eds Cambridge University Press- Goldreich P e Tremaine S (1979) The excitation of density waves at the Lindblad and corotation resonances by an external potential The Astrophysical Journal 233 857-871- Goldreich P e Tremaine S (1980) Disk-satellite interactions The Astrophysical Journal 241 425shy441- Hart MH (1978) Habitable zones about main sequence stars Icarus 37 351357- Laskar J (1994) Large-scale chaos in the solar system Astronomy amp Astrophysics 287 L9-L12- Menou K e Tabachnik S (2003) Dynamics habitability of known extrasolar planetary systems The Astrophysical Journal 583 473-488- NASA 2003

Walkiria Schulz eacute astrocircnoma formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutora em Engenharia e Tecnologia Espaciais pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Atualmente trabalha para a Comisioacuten Nacional de Actividades Espaciales (CONAE - Argentina)

Cristiaacuten Beaugeacute eacute astrocircnomo formado pela Universidad Nacional de Coacuterdoba (UNC - Argentina) e doutor pelo Instituto de Astronocircmia Geofiacutesica e Ciecircncias Atmosfeacutericas (IAG) da Universidade de Satildeo Paulo (USP) Atualmente daacute aulas e realiza pesquisas no Observatoacuterio Astronoacutemico de Coacuterdoba (OAC - UNC)

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RetificaccedilatildeoCaros leitores a Revista macroCOSMOcom retifica

nesta ediccedilatildeo o artigo nomeado nCataacutelogo Jatobaacute publicado em nossa ultima ediccedilatildeo (Ano II - Ediccedilatildeo ndeg 21 - Agosto de 2005) por conter informaccedilotildees errocircneas redigidas pelos seus autores O cataacutelogo utilizado e nomeado pelos autores como Cataacutelogo Jatobaacute na realidade se chama Cataacutelogo REA-Brasil um cataacutelogo de objetos difusos para o Hemisfeacuterio Sul tendo sido preparado originalmente pelo astrocircnomo amador Tasso Napoleatildeo para a APAA (Associaccedilatildeo Portuguesa de Astrocircnomos Amadores) natildeo tendo em sua criaccedilatildeo nenhuma participaccedilatildeo de membros da Associaccedilatildeo de Amadores de Astronomia de Satildeo Paulo conforme citado no artigo mesmo porque essa entidade jaacute havia deixado de existir mais de vinte anos antes

O cataacutelogo foi criado por Tasso Napoleatildeo nos anos 90 e natildeo nos 80 conforme relatado pelos autores Subsequumlentemente agrave sua criaccedilatildeoesse cataacutelogo sofreu diversas atualizaccedilotildees sendo que a versatildeo publicada na uacuteltima ediccedilatildeo da Revista macroCOSMOcom estava tam beacutem desatua lizada Na presente ediccedilatildeo apresentamos aos leitores e por gentileza de seu criador Tasso Napoleatildeo a lista completa do nCataacutelogo REA-Brasil um cataacutelogo de objetos difusos para o Hemisfeacuterio Sulem sua uacuteltima revisatildeo feita em fins de 2004

Hemerson Brandatildeo Revista macroCOSMOcom

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ASTRONOMIAOBSERVACIONAL

Nebulosa do Esquimoacute

C a t aacute l o g o REA-BrasilUm cataacutelogo de Objetos Difusos para o Hemisfeacuterio Sul

Tasso Augusto Napoleatildeo | REA-Brasiltassonapoleaoigcombr

As referecircncias histoacutericas aos objetos difusos (na eacutepoca chamados genericamente de ldquonebulosasrdquo) iniciam-se no seacuteculo XVII A famosa ldquonebulosardquo de Androcircmeda (a galaacutexia que conhecemos por M31) foi mencionada pela primeira vez por Simon Marius em 1612 Jaacute a nebulosa de Oacuterion (M42) eacute referida em trabalhos do jesuiacuteta Johannes Cysat (ou Cysatus) em Ingolstadt Alemanha em 1619 e foi descrita detalhadamente pelo grande astrocircnomo e fiacutesico holandecircs Christiaan Huygens (1629-1695) no ano de 1694

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O primeiro cataacutelogo organizado de objetos difusos data de 1771 e foi elaborado pelo astrocircnomo francecircs Charles Messier (1730-1817) para distinguir esses objetos de cometas Sua versatildeo revista seria publicada por Messier em 1781 e ateacute hoje mais de duzentos anos depois ela ainda eacute uma referecircncia baacutesica para os astrocircnomos amadores

O grande avanccedilo na catalogaccedilatildeo das ldquonebulosasrdquo entretanto eacute devido a William Herschel (1738-1822) que com o auxiacutelio de sua irmatilde Caroline publicaria em 1786 o seu ldquoCatalogue of a Thousand New Nebulae and Star Clusters seguido em 1789 por um segundo cataacutelogo com mais mil objetos e em 1802 por quinhentos objetos adicionais Os trabalhos de Herschel seriam enriquecidos por seu filho John Herschel que publicaria em 1864 o ldquoGeneral Cataloguersquorsquo com 5079 objetos Finalmente John Dreyer em 1888 catalogaria 13226 objetos

em seu ldquoNew General Catalogue of Nebulae and Clusters of Stars (NGC) e seu suplemento ldquoIndex Cataloguersquorsquo (IC) Esses dois trabalhos se tornaram praticamente o padratildeo geral para a identificaccedilatildeo de objetos difusos inclusive os austrais

No entanto ainda nos dias de hoje a referecircncia mais utilizada pelos astrocircnomos amadores do hemisfeacuterio sul continua sendo o cataacutelogo de Messier Isto traz uma desvantagem evidente natildeo estatildeo incluiacutedos nele os objetos com declinaccedilotildees mais austrais (e sabemos que o hemisfeacuterio sul celeste eacute particularmente rico nestes objetos) A soluccedilatildeo mais comum eacute o uso dos cataacutelogos NGC e IC Entretanto por serem estes muito extensos nem sem pre os astrocircnom os am adores estatildeo fam ilia rizad o s com sua nom encla tu ra Pouquiacutessimas satildeo as publicaccedilotildees em que se tentou listar um cataacutelogo resumido dos objetos difusos

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ASTRONOMIAOBSERVACIONAL

mais s ignificativos quando observados do Hemisfeacuterio Sul

O cataacutelogo a seguir com 112 objetos pretende ser uma recomendaccedilatildeo do autor para a observaccedilatildeo dos objetos difusos mais atraentes vistos desde latitudes de cerca de 23deg sul A seleccedilatildeo dos objetos foi criteacuterio pessoal do autor e foi baseada em anos de observaccedilatildeo dos mesmos com instrumentos que vatildeo desde binoacuteculos 7x50 mm ateacute telescoacutepios com aberturas de 500 mm mdash ou seja uma faixa acessiacutevel agrave m aior parte dos instrum entos am adores Naturalmente natildeo haacute a pretensatildeo de tornaacute-lo um cataacutelogo formal mas apenas a de orientar os observadores iniciantes para a contemplaccedilatildeo destes beliacutessimos objetos

Estatildeo incluiacutedos aqui todos os objetos geralmente catalogados como ldquodifusosrdquo galaacutexias nebulosas difusas aglom erados abertos aglom erados

coordenadas e dos paracircmetros relevantes a cada classe satildeo fornecidos os nomes populares de cada objeto Naturalmente nesta relaccedilatildeo omitimos alguns objetos que apesar de importantes estatildeo muito ao norte para permitir uma boa visualizaccedilatildeo nas latitudes consideradas neste caso estatildeo por exemplo as interessantes galaacutexias M81 (NGC 3031) e M82 (NGC 3034) em Ursa Maior a nebulosa planetaacuteria ldquoda corujardquo M97 (NGC 3587) etc De forma geral nosso ldquocorterdquo foi feito na declinaccedilatildeo de 50deg norte

Em contrapartida estatildeo incluiacutedos objetos beliacutessimos como os aglomerados abertos de Carina Vela e Puppis as Nuvens de Magalhatildees uma seacuterie de objetos em Centaurus Crux Ara Tucana e Sculptor e diversos outros que geralmente natildeo satildeo m encionados nos cataacutelogos p reparados especificamente para os observadores do Hemisfeacuterio Norteglobulares e nebulosas planetaacuterias Aleacutem das

Referecircncias recomendadas para objetos adicionais aos mencionados no presente cataacutelogo

- Burnham Robert Celestial Handbook Dover 1978 (3 vols)- Jones Kenneth Glyn (ed) Webb Society Deep Sky Observerrsquos Handbook Enslow 1987 (7 vols)- Malin David and Frew David Hartungrsquos Astronomical Objects for Southern Telescopes Cambridge 1995

Tasso Augusto Napoleatildeo eacute engenheiro quiacutemico pela POLI-USP com mestrado pela FGV-SP tendo estudado astronomia e astrofiacutesica no Instituto de Astronomia Geofiacutesica e Ciecircncias Atmosfeacutericas da USP Fundador (em 1988) e atualmente Diretor Cientiacutefico da REA BRASIL (Rede de Astronomia Observacional) Tasso dedica-se no momento agrave fotometria CCD de estrelas variaacuteveis particularmente as cefeidas de periacuteodo ultracurto (USPCs) agrave espectrometria de estrelas peculiares e agrave busca de supernovas extragalaacutecticas com telescoacutepios robotizados dentro do programa BRASS (Brazilian Supernovae Search) que jaacute descobriu nove supernovas em seu primeiro ano de operaccedilatildeo

1 Na tabela a seguir estatildeo indicados (ordenados por ascensatildeo reta)1 Ref Nuacutemero de referecircncia no presente cataacutelogo2 NGC Nuacutemero do objeto no cataacutelogo NGC (ou quando indicado IC)3 AR Ascensatildeo Reta (equinoacutecio 20000)4 Dec Declinaccedilatildeo do objeto (equinoacutecio 20000)5 Tipo Tipo do objeto

GA - galaacutexia A A - aglom erado aberto AG - aglom erado globular ND - nebulosa difusa NP - nebulosa planetaacuteria RSN - restos de supernova

6 mv M agnitude visual integrada do objeto7 Dim Dim ensatildeo do objeto em minutos (ou quando indicado segundos) de arco8 Const Conste laccedilatildeo9 Notas Outras designaccedilotildees do objeto (como o nuacutem ero M essier ou os nomes populares)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 53

Cataacutelogo REA-BRASILRef NGC

AR (200 DD)

Dec(2DDDD)

Tipo mv Dim C onsl Notas

001 55 OOh 140 -30 1 11 GA 70 30x5 Sl

002 104 OOh 241 -72deg 06 AG 40 31 Tuc 47 Tucanae

003 - OOh 525 - 72deg 43 GA 15 210 Tuc Pequena Nuvem de Magalhatildees

004 224 OOh 427 -H 4r 15 GA 34 130x50 And M31 - Galaacutexia de Androcircmeda

005 253 OOh 475 -25deg 17 GA 72 25x7 Sl Moeda de Praia

005 352 01 h 032 -70 0 51 AG 55 13 Tuc

007 503 01 h 330 +30deg 30 GA 57 50x40 Tri M33 - Galaacutexia do Triacircngulo

003 523 01 h 357 +15deg 47 GA 01 10 Psc M74

000 1053 02h 427 -00deg 01 GA 30 5x5 Cet M77

010 1007 02h 453 -30deg 17 GA 03 0x7 For

011 1201 03h 173 -41 1 03 GA 35 10x0 Eri

012 1315 03h 227 -37deg 12 GA 33 7x5 For Fornax A

013 - 03h 470 +24deg 07 AA 12 110 Tau Pleiades

014 1535 04h 142 -12deg 44 NP 05 20 Eri PK 205 - 401

015 - 04h 157 +15deg 31 AA 300 Tau Hyades

015 - 05h210 -53deg 20 GA 10 400 Dor Grande Nuvem de Magalhatildees

017 1052 05h 344 +22deg 01 RSN 34 5x4 Tau M1

013 1075 05h 354 -05deg 27 ND 30 50 Ori M42 - Nebulosa de Orion

010 1050 05h 351 +34deg 03 AA 50 12 Aur M35

020 2070 05h 337 -50deg 05 ND 54 40x25 Dor Nebulosa Taracircntula 30 Dor

021 IC 434 05h 335 -02deg 25 ND 50x15 Ori Inclui a cabeccedila de cavalo

022 2024 05h 410 - O r 51 ND 10x4 Ori

023 2000 05h 524 +32deg 33 AA 50 23 Aur M37

024 2153 05h 030 +24deg 20 AA 52 30 Gem M35

025 2244 05h 324 +04deg 52 AAND 43 24 Mon Nebulosa da Roseta

025 2237 05h 470 -20deg 44 AA 43 33 CMa M41027 2302 07h 202 +20deg 55 NP 01 40 Gem Nebulosa do Esquimoacute

023 2422 07h 355 -14deg 30 AA 43 20 Pup M47

0202437

243307h 413 -14deg 40 AANP 51 27 Pup

Aglomerado aberto M45

com a NP2433 no interior

030 2440 07h 410 -13deg 13 NP 04 20 Pup PK 234 +021

031 2447 07h 445 -23deg 52 AA 55 22 Pup M03

032 2451 07h 454 -37deg 53 AA 37 45 Pup

033 2477 07h 523 -33deg 33 AA 53 25 Pup

034 2515 07h 533 -50deg 52 AA 33 30 Car

035 2547 03h 107 -40deg 15 AA 47 20 Vel035 2545 0$h 124 -37deg 33 AA 52 40 Pup

037 2543 0$h 133 -05deg 43 AA 55 54 Hya M43

033 2532 OSh 401 +10deg 50 AA 31 05 Cnc M44 - Preseacutepio

030 2303 OOh 120 -54deg 52 AG 52 14 Car

040 2357 OOh 214 -53deg 10 NP 07 12 Car PK 273 - 51

041 3114 10h 027 -50deg 07 AA 42 35 Car

042 3132 10h 077 -40deg 25 NP 02 45 Vel PK 272 +1 21

043 3242 10h 243 -13deg 33 NP 77 40 Hya Fantasma de Juacutepiter

044 3203 10h 353 -53deg 14 AA 47 5 Car

045 IC 2502 10h 432 -54deg 24 AA 10 50 Car Pleiades do Sul

045 3351 10h 440 +11deg 42 GA 07 5x7 Leo M05

047 3372 10h 451 -50deg 41 ND 25 120 Car Nebulosa de Ela Carinae

043 3353 10h 453 +11deg 40 GA 01 5x7 Leo M05

040 3532 11 h 054 -53deg 40 AA 31 55 Car

050 3523 11 h 130 +13deg 05 GA 03 10x3 Leo M55

051 3527 11 h 202 +12deg 50 GA 00 0x4 Leo M55

052 3755 11 h 351 -51 deg 37 AA 45 12 Cen

053 3013 11 h 503 -57deg 11 PN 31 12 Cen

054 4254 12h 133 +14deg 25 GA 03 5 Com M00

055 4253 12h 100 +17deg 13 GA 33 13x7 CVh M105

54 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

1 Ref NGCAR

(200 00)Dec

(20000)Tipo mv Dim Const Notas

056 4303 12h 219 +04 28 GA 97 6x5 Vir M61057 4321 12h 229 +1549 GA 94 6 Com M100

058 4374 12h 251 +12ldquo 53 GA 93 5x4 Vir M84

059 4382 12h 254 +18 11 GA 93 7x5 Vir M85

060 4406 12h 262 +1257 GA 91 7x5 Vir M86

061 4472 12h 298 +08 00 GA 84 9x7 Vir M49

062 4486 12h 308 +1224 GA 86 7 Vir M87 Viacutergo A

063 4501 12h 320 +1425 GA 95 6x3 Com M88

064 4565 12h 363 +25 59 GA 96 16x3 Com

065 4569 12h 368 +1310 GA 95 9x4 Vir M90

066 4579 12h 377 +11 49 GA 98 5x4 Vir M58

067 4594 12h 400 -11 3 7 GA 80 8x4 Vir M104 Sombrero

068 4621 12h 420 +11 39 GA 98 5x3 Vir M59

069 4649 12h 437 +11 33 GA 88 7x6 Vir M60

070 4736 12h 509 +41 07 GA 82 10 CVn M94

071 4755 12h 536 -60 20 AA 42 10 Cru Caixa cie Joacuteias

072 4826 12h 567 +21 41 GA 85 9x5 Com M44 Olho Negro

073 4945 13h 051 -49 28 GA 84 20x4 Cen

074 5055 13h 158 +42 02 GA 86 12x8 CVn M63 Girassol

075 5128 13h 255 +4301 GA 68 18x14 Cen Centaurus A

076 5139 13h 268 -47 29 AG 35 36 Cen Omega Centauri

077 5194 13h 299 +4712 GA 84 12x6 CVn M51 Redemoinho

078 5236 13h 370 -29 52 GA 75 10 Hya M83079 5272 13h 422 +28 23 AG 63 19 CVn M3

080 5904 15h 186 +02 05 AG 58 20 Ser M5

081 6121 16h 236 -26 32 AG 59 24 Sco M4

082 6205 16h 417 +36 28 AG 58 17 Her M13

083 6218 16h 472 -01 57 AG 68 14 Oph M12

084 6254 16h 571 -04 06 AG 66 15 Oph M10

085 6266 17h 012 -30 07 AG 67 14 Oph M62

086 6273 17h 026 -26 1 6 AG 67 13 Oph M19

087 6302 17h 137 -37 06 NP 96 15x05 Sco PK 349+011

088 6362 17h 319 -67 03 AG 76 11 Ara

089 6388 17h 363 -44 44 AG 67 9 Sco

090 6405 17h 401 -32 1 3 AA 46 14 Sco M6 Borboleta

091 6397 17h 407 -53 40 AG 58 25 Ara

092 6475 17h 539 -34 49 AA 33 80 Sco M7

093 6494 17h 568 -19 0 1 AA 55 27 Sqr M23

094 6514 18h 026 -23 02 ND 70 29x27 Sqr M20 Triacutefida

095 6523 18h 038 -24 23 ND 40 90x40 Sqr M8 Laquna

096 6541 18h 080 -43 42 AG 66 13 CrA

097 6611 18h 188 -13 4 7 NDAA 60 8 Ser Nebulosa da Aguia

098 6618 18h 208 -16 1 1 ND 60 46x37 Sqr Nebulosa Om eqaou Cisne

099 6626 18h 245 -24 52 AG 70 11 Sqr M28

100 6656 18h 364 -23 54 AG 51 24 Sqr M22

101 6705 18h 511 -06 1 6 AA 58 13 Sct M11

102 6720 18h 536 +33 02 NP 88 1 Lyr Nebulosa do Anel

103 6744 19h 098 -63 5 1 GA 84 16x10 Pav

104 6752 19h 109 -59 59 AG 54 20 Pav

105 Col 399 19h 254 +2011 AA 36 60 Vul Cabide

106 6809 19h 400 -30 58 AG 63 19 Sqr M55

107 6818 19h 440 -14 0 9 NP 93 25 Sgr PK 025 -17 1

108 6853 19h 596 +22 43 NP 74 8x4 Vul Nebulosa do Sino109 7009 21 h 042 -11 2 2 NP 80 05x15 Aqr Nebulosa Saturno

110 7078 21 h 300 +1210 AG 63 12 Peg M15

111 7089 21 h 335 -00 49 AG 64 11 Aqr M2

112 7293 22h 296 -20 48 NP 65 15x11 Aqr Nebulosa da Heacutelice

Com pilaccedilatildeo Tasso Napoleatildeo Novembro de 2004

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 55

- e

macroGALERIA

L - i l VV bull rsquo- - bull bull t bull

gt

V iacute I V -

Embora-dispeacutense maacuteioacuteregraves apresentaccedilotildees rsquo os V objetos L - _ _ _ iacute ________ t___A _ _ iacute _ o - i _

v T gt - vi carvatildeo aglomerado aberto NGC 4852 The running

chicken (IC 2944) aglomerado aberto NGC 4052 aleacutem de - -vaacuteriacuteas nebulosas escuras Foram utilizadas uma Camera

O T n lsquo J n r gt _ r u ___ _ l i a l mdashI l a _ j _ A a ___ ___ _

Nikon 50mm a f4 com 10 sub-integraccedilotildees de 3m e montagem TakacirchaacuteshjVEMio- gentilmente cedida por pedrp Reacute A fotpforfeitanoacute Observatoacuterio Mamalluca na

cidade de Vicuna Chile em Abril de 2005

- Joseacute Carlos Dinizr bull bull raquo bull - n_ - raquo - w f i dinizastroterracombr

56 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

R6A

Campanhas observacionais - REA BRASIL SetembroOutubro de 2005

httpwwwreabrasilorg

A Secccedilatildeo Lunar juntamente com as Secccedilotildees Lunissolar e Estaccedilatildeo Costeira 1 da REA-Brasil novamente convida a todos para que em cadeia nacional faccedilam observaccedilatildeo e registro (reporte e imagem) desses eventos celestes para as devidas reduccedilotildees cientiacuteficas

07092005 - Impactos Lunares (Chuva de Meteoros Pupideos)A possibilidade de avistamento de impacto eacute de 44 na porccedilatildeo natildeo iluminada da

Lua agraves 0206 TU + 11 hrs Maiores informaccedilotildees httplunarastrodatabasenet

04102005 - Emersatildeo de Mercuacuterio

Emersatildeo de Mercuacuterio (-06 mag) na borda iluminada da Lua5h 46m 8s HL Nascer do Sol

6h 22m 4s HL Nascer da Lua Magnitude -48 Fase 00056h 24m 16s HL Nascer de Mercuacuterio Magnitude -06 Fase 0946

Cidade Emersatildeo (hh mm ss TU) na borda iluminada da LuaRio de Janeiro 102937 TUMacaeacute 102847 TUSalvador 095636 TUM ococa 10259 TU

Esta Emersatildeo de Mercuacuterio eacute um evento desafiador para observaccedilatildeo porque acontece agrave luz do dia e a cerca de 12 graus acima do horizonte Aleacutem disso a Lua vai estar com a idade de apenas 1 dia ou seja um finiacutessimo crescente iluminado em apenas 12

Ainda temos o Sol que estaraacute a 12 graus acima da Lua Interessante notar que Juacutepiter estaraacute a 2 graus a Leste da Lua e Spica (mag 104) a 2 graus a Oeste da foice iluminada

Para a cidade do Rio de Janeiro seraacute possiacutevel acompanhar a Imersatildeo na borda escura da Lua com Mercuacuterio a 4 graus acima do horizonte enquanto que a Emersatildeo acontece a 18 graus acima do horizonte Em todo caso este eacute um bom momento para encontrar Juacutepiter (mag -17) a luz do dia utilizando binoacuteculo tendo a Lua como referecircncia httplunarastrodatabasenet

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 57

R6A

19 e 20102005 - Ocultaccedilatildeo das PlecirciadesPlecirciades (mag 30) diacircmetro 100 elongaccedilatildeo solar 147

Mapa de Visibilidade global (IOTA) httplunarastrodatabasenetocult_pleiades_20out05jpg

Mapa da Trajetoacuteria do evento para algumas cidades brasileiras (Joseacute Agustoni - Zeca) httppaginasterracombrlazerzecaastronomiaindexhtm

Condiccedilotildees individuais para algumas estrelas do M45 (em relaccedilatildeo as coordenadas Lat 4721S e Long 2118W) - Hora Local de Brasiacutelia GM T -3

Estrela e Magnitude Imersatildeo(1910)

Emersatildeo(1910) Notas

SAO 76131 E LEC TR A (17 TAURI) 38 mag

22h038m 22h301 m Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76172 M E R O P E (23 TAURI) 42 mag 22h124m 23h127m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76126 CELAENO (16 TAURI) 54 mag - -

224h - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76140 T AY G E T A (19 TAURI) 44 mag

- -228h - Lua passa a 04 graus de

separaccedilatildeo da estrelaSAO 76199 A L C Y O N E (ETA T AU R I) 30 mag 22h482m 23h532m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76155 MAIA (20 TAURI) 40 mag - -

229h - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76215 104 B TAURI 5 5m ag

- - 23Oh - Lua passa a 06 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76137 18 TAURI 56mag - -

2 3 1h - Lua passa a 07 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76159 A S T E R O P E

(21 TAURI) 58 mag- -

2 3 1h - Lua passa a 04 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 9056 PLEIONE (28 BU TAU R I) 4 8m ag

1910 as 23h440m

2010 as 0h427m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

Glose to SAO 76228 ATLAS (27 TAURI) 38

mag- -

24Oh - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

Alexandre Am orimCoordenador da Costeira 1 e Secccedilatildeo Cometas REA-Br

httpcosteira1astrodatabasenet Dennis W eaver de Medeiros Lima

Gerente de Projeto Ocultaccedilotildees Lunares - dwastronomiayahoocombrHeacutelio C Vital

Coordenador da Secccedilatildeo Eclipse REA-Br (Site Lunissolar) httpwwwgeocitiescomlunissolar2003

Rosely Gregio Coordenadora da Secccedilatildeo Lunar - REA-Brasil

rgregiouolcombr REA Brasil httpwwwreabrasilorg

58 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

FASES DA LUA

Dia 3 de Setembro - Lua Nova Dia 11 de Setembro - Lua Quarto Crescente

Dia 17 de Setembro - Lua Cheia Dia 25 de Setembro - Quarto Minguante

2005SETEMBRO

Rosely Greacutegio | Revista macroCOSMOcom rgregiouolcombr

MUDANCcedilA DE ESTACcedilAtildeO 22 de Setembro 19h232m - Equinoacutecio da Primavera para o Hemisfeacuterio Sul e Equinoacutecio de Outono para o Hemisfeacuterio Norte

COMETAS VISIacuteVEIS (ATEacute 12 MAGNITUDE)Salvo novas descobertas e explosotildees de brilho temos

Hemisfeacuterio Sul

A n o ite c e r N o ite A m a n h e c e r IC2004 EM (LINEAR)

mag 10C2004 EM (LINEAR)

maq 10C2004 EM (LINEAR)

mag 10

9P Tem pe i 1 mag 11 9P Tem pe l 1 mag 1121 PGiacobini- Zinner

maq 12C2005 E2 (McNaught)

Maq 11C2005 E2 (McNaught)

Maq 11C2005 E2 (McNaught)

Mag 11C2004 Q2 (Machholz)

Maq 12- -

Hemisfeacuterio Norte

A n o ite c e r N o ite A m a n h e c e r j161P 2004 V2 (Hart ley- IRAS)

mag 10C2005 E2 (McNaught)

mag 11C2004 EM (LINEAR)

mag 11

9P Tem pe i 1 mag 11 -21 PGiaco bini- Zinner

mag 12C2005 E2 (McNaught)

mag 11- -

C2004 Q2 (Machholz) mag 12 - -

CHUVA DE METEOROS

I R a d ia n te D u ra ccedil atilde o M aacute x im o |Gamma A quar idas 1 a 14 de setembro 78 de setembroAlpha Tr iangulidas 5 a 15 de setembro 1112 de setembroAlpha Aurig idas (AUR) 25 de aqo a 6 de setembro 12 de setembroEta Draconidas 28 de aqo a 23 de setembro 1213 de setembroGamma Piscidas 26 de aqo a 22 de outubro 2324 de setembroPisc idas Sul (SPI) 12 de aqosto a 7 de outubro De 11 a 20 de setembro

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 59

EFEMERIDES

Quinta-feira 1 de setembro

Lanccedilamento NROL-25 Delta 4M Asteroacuteide 5554 Keesey passa proacuteximo da Terra

(0915 UA)Equaccedilatildeo de Tempo -005 min Urano em Oposiccedilatildeo02h Urano Mag=57 m melhor observado de 191h

- 55h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-10m melhor observado de

230h - 60h LCT (Ari)5h090m Nascer da Lua no ENE (Cnc)59h Mercuacuterio Mag=-11m melhor observado de

57h - 60h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

46h - 60h LCT (Cnc)6h205m Nascer do Sol no E 16h217m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h023m Ocaso do Sol no W 183h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)183h Juacutepiter Mag=-18m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)18h43m Vecircnus passa a 12 graus de Juacutepiter 19 6h V ia-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo

Sexta-feira 2 de setembro

Cometa P2004 VR8 (LONEOS) em Perieacutelio (2376 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 026 min 01h Urano Mag=57 m melhor observado de 188h

- 53h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-11m melhor observado de

229h - 60h LCT (Ari)5h452m Nascer da Lua no ENE (Leo)60h Mercuacuterio Mag=-11m melhor observado de

58h - 60h LCT (Leo)60h Saturno Mag=03 m melhor observado de

45h - 60h LCT (Cnc)6h196m Nascer do Sol no E 17h133m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h025m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -207h LCT (Vir)19 6h V ia-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo

AGENDADIAacuteRIA

Plutatildeo Estacionaacuterio Iniciando M ovim ento Progressivo

Saacutebado 3 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 31 (OTM-31) Cometa P1998 W1 (Spahr) em Perieacutelio (1730

UA)Equaccedilatildeo de Tempo 058 min 01h Urano Mag=57 m melhor observado de 188h

- 52h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-11m melhor observado de

229h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-12m melhor observado de

58h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

44h - 59h LCT (Cnc)6h185m Nascer da Lua no ENE (Leo)6h187m Nascer do Sol no E 15h454m Lua Nova 18h028m Ocaso do Sol no W 18h036m Ocaso da Lua no W (Leo)184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -207h LCT (Vir)195h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo

Domingo 4 de setembro

Em 1905 Paul Gotz descobria o Asteroacuteide 571 Dulcineia

No Calendaacuterio Hebreu eacute o Primeiro dia do Elul mecircs 13 do ano 5765 comeccedilando ao ocaso do Sol (Ano Bissexto)

No Calendaacuterio Islacircmico Tabular eacute o Primeiro dia do Sharsquoban mecircs 8 do ano 1426 comeccedilando ao pocircr- do-sol

Equaccedilatildeo de Tempo 091 min 44h Marte Mag=-11m melhor observado de

228h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-12m melhor observado de

58h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

44h - 59h LCT (Cnc)6h178m Nascer do Sol no E 6h499m Nascer da Lua no E (Leo)12h55m Mercuacuterio passa a 11 graus da estrela

Regulus mag 14 (Leo)

60 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMERIDES

18h030m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -206h LCT (Vir)18h531m Ocaso da Lua no W (Vir)19h068m Io (62 mag) Iniacutecio do T racircnsito 19 4h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h523m Io (62 mag) Iniacutecio do Tracircnsito da

Sombra20h127m Io (62 mag) em Conjunccedilatildeo Inferior 239h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 51 h LCT (Aqr)

Segunda-feira 5 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 124 min 44h Marte Mag=-11m melhor observado de

228h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-13m melhor observado de

59h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

43h - 59h LCT (Cnc)6h168m Nascer do Sol no E 7h205m Nascer da Lua no E (Vir)18h033m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado

de 184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado

de 184h -206h LCT (Vir)194h Via-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo19h240m Io (62 mag) Final do Eclipse 19h428m Ocaso da Lua no W (Vir)239h Urano Mag=57 m melhor observado

de 189h - 50h LCT (Aqr)

Em

18h035m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -20 9h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -20 5h LCT (Vir)193h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo20h336m Ocaso da Lua no W (Vir)21 h Chuveiro de Meteoros Arietiacutedeos de Outubro

(Cet)

Quarta-feira 7 de setembro

Campanha Observacional Secccedilatildeo Lunar REA- Brasil - Impactos Lunares (Chuveiro Pupideos (PUP) A possibilidade de avistamento de impacto eacute de 44 na porccedilatildeo natildeo iluminada da Lua Todas as informaccedilotildees em httplunarastrodatabasenet Participe

Ocultaccedilatildeo de Vecircnus pela Lua para parte da Aacutefrica e Antarctica a 8h TU

httpwwwlunar-occultationscomiotaplanets 0907venushtm

Equaccedilatildeo de Tempo 191 min

7 de setembro de 2005 a sonda Cassini sobrevoa a lua Titan de Saturno httpsaturnjplnasagov

Terccedila-feira 6 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 158 min 43h Marte Mag=-11m melhor observado

de 22 7h - 59h LCT (Ari)59h Saturno Mag=03 m melhor observado

de 43h - 59h LCT (Cnc)6h159m Nascer do Sol no E 7h515m Nascer da Lua no E (Vir)9h34m Vecircnus passa a 17 graus da estrela

Spica 1 mag (Vir)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

copy NA

SA

JPL

S

pace

Sc

ience

In

stitu

te

61

EFEMEacuteRIDES

43h Marte Mag=-12m melhor observado de 227h - 59h LCT (Ari)

59h Saturno Mag=03 m melhor observado de 42h - 59h LCT (Cnc)

6h150m Nascer do Sol no E 8h240m Nascer da Lua no ESE (Vir)18h038m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -205h LCT (Vir)19 2h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo20h015m Europa (68 mag) Elongaccedilatildeo Oeste 21 h265m Ocaso da Lua no W S W (Vir)237h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 49h LCT (Aqr)

Quinta-feira 8 de setembro

Haacute 40 anos atraacutes Karou Ikeya e Tsutomu Seki descobriam o cometa Ikeya-Seki httpcosteira1astrodatabasenetcometaindexhtm

Em 1960 nascia a instituiccedilatildeo norte-americano do Marshall Space Center httpwwwmsfcnasagov

Em 1905 nascia Thomas Keith Glennan o primeiro administrador da NASA formalmente estabelecida em 1 de outubro de 1958

Equaccedilatildeo de Tempo 226 min 42h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 59h LCT (Ari)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

41 h - 59h LCT (Cnc)6h141m Nascer do sol no E 8h595m Nascer da Lua no ESE (Lib)

18h040m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -204h LCT (Vir)192h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h519m Io (62 mag) Elongaccedilatildeo Oeste 19h520m Europa (68 mag) Final do Eclipse 22h225m Ocaso da Lua no W S W (Lib)237h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 48h LCT (Aqr)

Sexta-feira 9 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 260 min 42h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

41h - 58h LCT (Cnc)6h131m Nascer do Sol no E 9h394m Nascer da Lua Az=1132 deg ESE (Lib) 18h042m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -204h LCT (Vir)19 1 h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h251m Lua em Libraccedilatildeo Oeste 217h Lua Passa a 04 graus da estrela SAO

183686 42 LIBRAE 51mag 23h218m Ocaso da Lua no W SW (Sco)236h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 47h LCT (Aqr)

Em 8 de setembro de 1975 era lanccedilada a sonda Viking 2 (Marte OrbiterLander)httpnssdcgsfcnasagovplanetaryvikinghtml

62 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

Saacutebado 10 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 32 (OTM- | 32)

Asteroacuteide 5836 (1993 MF) passa proacuteximo ao Asteroacuteide Vesta (0027 UA)

Asteroacuteide 5143 Heracles passa proacuteximo da Terra (2216 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 295 min41 h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

40h - 58h LCT (Cnc)6h122m Nascer do Sol no E 10h253m Nascer da Lua no ESE (Sco) 18h045m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -210h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -203h LCT (Vir)1 9 0h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo235h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 47h LCT (Aqr)

Domingo 11 de setembro

Cometa Singer Brewster em Perieacutelio (2041 UA) Em 1985 a sonda ICE ldquoInternational Cometary

Explorerrdquo passava pela cauda de iacuteon do cometa Giacobini-Zinner

httphyperphysicsphy-astrgsueduhbasesolargzhtml

Equaccedilatildeo de Tempo 330 min 0h241m Ocaso da Lua no W SW (Sco)41 h Marte Mag=-12m melhor observado de

225h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

40h - 58h LCT (Cnc)6h113m Nascer do Sol no E 8h366m Lua em Quarto Crescente 11h185m Nascer da Lua no ESE (Oph) 18h047m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -210h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -203h LCT (Vir)1 9 0h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo

Em 12 de Setembro de 1970 era lanccedilada a sonda Luna 16 (Soviet Lua Sample Return)

httpwwwcalskycomobserverluna16html

235h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 46h LCT (Aqr)

Segunda-feira 12 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 365 min 10h Lua passa a 02 graus da estrela SAO

185755 X SAGITTARII 42mag 1 h274m Ocaso da Lua no W S W (Sgr)40h Marte Mag=-13m melhor observado de

225h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

39h - 58h LCT (Cnc)6h103m Nascer do Sol no E 12h188m Nascer da Lua no ESE (Sgr)18h050m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -210h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -202h LCT (Vir)189h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo234h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 45h LCT (Aqr)

Terccedila-feira 13 de setembro

Asteroacuteide 9349 Lucas passa proacuteximo da Terra (0890 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 400 min 2h291m Ocaso da Lua no W S W (Sgr)3h455m Lua em Libraccedilatildeo Norte 40h Marte Mag=-13m melhor observado de

224h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

39h - 58h LCT (Cnc)6h094m Nascer do Sol no E 13h248m Nascer da Lua no ESE (Sgr)18h052m Ocaso do Sol no W

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 63

EFEMEacuteRIDES

185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de 185h -210h LCT (Vir)

185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 185h -202h LCT (Vir)

1 8 8h V ia-laacutectea m elhor posicionada para observaccedilatildeo

233h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 45h LCT (Aqr)

Quarta-feira 14 de setembro

Cometa Helin-Roman-Alu 2 passa proacuteximo da Terra (1384 UA)

Em 1915 nascia John Dobson Equaccedilatildeo de Tempo 436 min 00h Lua passa a 12 graus da estrela SAO

188742 59 SAGITTARII 46mag 04h Lua passa a 05 graus da estrela SAO

188722 OMEGA SAGITTARII 48mag 17h Lua passa a 06 graus da estrela SAO

188778 60 SAGITTARII 50mag 3h263m Ocaso da Lua no W SW (Sgr)39h Marte Mag=-13m melhor observado de

224h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=04 m melhor observado de

38h - 58h LCT (Cnc)6h084m Nascer do Sol no E 14h333m Nascer da Lua no ESE (Cap) 18h054m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -210h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -201h LCT (Vir)1 8 8h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h213m Ganimedes (58 mag) em Elongaccedilatildeo

Este233h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 44h LCT (Aqr)

Quinta-feira 15 de setembro

Cometa C2004 V3 passa proacuteximo da Terra (3320 UA)

Asteroacuteide 4116 Elachi passa proacuteximo da Terra (1012 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 472 min39h Marte Mag=-13m melhor observado de

223h - 58h LCT (Ari)

4h178m Ocaso da Lua no W S W (Cap)58h Saturno Mag=04 m melhor observado de

37h - 58h LCT (Cnc)6h075m Nascer do Sol no E 15h414m Nascer da Lua no ESE (Cap)18h057m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -201h LCT (Vir)187h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo232h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 43h LCT (Aqr)

Sexta-feira 16 de setembro

Asteroacuteide 1282 Utopia passa proacuteximo da Terra (1862 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 507 min

38h Marte Mag=-14m melhor observado de 223h - 57h LCT (Ari)

5h037m Ocaso da Lua no W S W (Aqr)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

37h - 57h LCT (Cnc)6h065m Nascer do Sol no E 10h518m Lua em Perigeu 16h474m Nascer da Lua no ESE (Aqr)18h059m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -200h LCT (Vir)V186h Via-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo19h110m Io (62 mag) Elongaccedilatildeo Este231h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 43h LCT (Aqr)

Saacutebado 17 de setembro

Asteroacuteide 6373 Stern passa proacuteximo da Terra (1883 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 543 min 38h Marte Mag=-14m melhor observado de

222h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

36h - 57h LCT (Cnc) 48d

64 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMEacuteRIDES

5h453m Ocaso da Lua no W (Aqr)6h056m Nascer do Sol no E 17h508m Nascer da Lua no E (Aqr)18h062m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -200h LCT (Vir)18 6h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo23h008m Lua Cheia230h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 42h LCT (Aqr)236h Mercuacuterio em Conjunccedilatildeo

Domingo 18 de setembro

Vecircnus oculta a estrela PPM 228686 (96 Mag) Equaccedilatildeo de Tempo 579 min 37h Marte Mag=-14m melhor observado de

222h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

36h - 57h LCT (Cnc)6h046m Nascer do Sol no E 6h242m Ocaso da Lua no W (Psc)18h064m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -199h LCT (Vir)1 8 5h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo18h523m Nascer da Lua no E (Cet)230h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 41 h LCT (Aqr)

S

Sonda Cassini Manobra Orbital 33 (OTM-33) Em 1905 Paul Gotz descobria os asteroacuteides 572

Rebekka 573 Recha 574 Reginhild e o 575 Renate Equaccedilatildeo de Tempo 615 min

37h Marte Mag=-14m melhor observado de 221h - 57h LCT (Ari)

57h Saturno Mag=04 m melhor observado de 35h - 57h LCT (Cnc)

6h036m Nascer do sol no E 7h020m Ocaso da Lua no W (Psc)

egunda-feira 19 de setembro

18h066m Ocaso do Sol no W 184h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -199h LCT (Vir)19h528m Nascer da Lua no E (Psc)229h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 41 h LCT (Aqr)

Terccedila-feira 20 de setembro

Asteroacuteide 1999 RQ36 passa pela Terra (0033 UA) Equaccedilatildeo de Tempo 650 min 36h Marte Mag=-14m melhor observado de

221h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

34h - 57h LCT (Cnc)6h027m Nascer do Sol no E 7h402m Ocaso da Lua no W N W (Ari)18h069m Ocaso do Sol no W 184h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -198h LCT (Vir)20h531m Nascer da Lua no ENE (Ari)228h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 40h LCT (Aqr)

Quarta-feira 21 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 686 min 36h Marte Mag=-15m melhor observado de

220h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

34h - 57h LCT (Cnc)6h017m Nascer do Sol no E 8h202m Ocaso da Lua no W N W (Ari)18h071m Ocaso do Sol no W 183h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -198h LCT (Vir)21 h534m Lua Nasce no ENE (Ari)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 65

EFEMERIDES

228h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 39h LCT (Aqr)

Quinta-feira 22 de setembro

Asteroacuteide 16035 Sasandford passa proacuteximo da Terra (1690 UA)

Em 1905 Paul Gotz descobria o Asteroacuteide 576 Emanuela

Equaccedilatildeo de Tempo 721 min 02h Lua passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 9048 TAU ARIETIS 52mag 35h Marte Mag=-15m melhor observado de

219h - 56h LCT (Ari)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

33h - 56h LCT (Cnc)6h008m Nascer do Sol no E 9h031m Ocaso da Lua no W N W (Tau) 18h074m Ocaso do Sol no W 18 2h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -197h LCT (Vir)19h232m Equinoacutecio de Prim avera para o

H em isfeacuterio Sul e Equinoacutecio Outonal para o Hemisfeacuterio Norte

227h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 39h LCT (Aqr)

22h535m Lua Nasce no ENE (Tau)236h Lua passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 76485 44 TAURI (IM) 54mag

Sexta-feira 23 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 34 (OTM-34) Asteroacuteide 2003 UV11 passa a 0032 UA do planeta

MercuacuterioAsteroacuteide 2865 Laurel passa proacuteximo da Terra

(1632 UA)Equaccedilatildeo de Tempo 757 min No Calendaacuterio Persa eacute o Primeiro dia do mehr

mecircs 7 do ano 1384 Marte Mag=-15m melhor observado de 2 1 9h -

56h LCT 34h (Tau)52h Lua Passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 76573 CHI TAURI 54mag 56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

33h - 56h LCT (Cnc)

5h598m Nascer do Sol no E 9h497m Ocaso da Lua no W N W (Tau)18h076m Ocaso do Sol no W 182h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -197h LCT (Vir)19h211 m Ganimedes (58 mag) iniacutecio do Tracircnsito

da Sombra226h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 38h LCT (Aqr) =157d 23h522m Nascer da Lua no ENE (Tau)

Saacutebado 24 de setembro

Em 1930 nascia John Young Pelo Calendaacuterio Civil Indiano eacute o Primeiro dia do

Asvina mecircs 7 do ano 1927Equaccedilatildeo de Tempo 792 min 34h Marte Mag=-15m melhor observado de

21 8h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

32h - 56h LCT (Cnc)5h589m Nascer do Sol no E 10h398m Ocaso da Lua no W N W (Tau)18h079m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -196h LCT (Vir)21 h Chuveiro de Meteoros Andromedideos (Psc) 226h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 37h LCT (Aqr)

Domingo 25 de setembro

Asteroacuteide 9342 Carygrant passa proacuteximo da Terra (0894 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 826 min 0h480m Nascer da Lua no ENE (Aur)33h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 8h - 56h LCT (Tau)3h408m Lua em Quarto Minguante 56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

31h - 56h LCT (Cnc)5h579m Nascer do Sol no E 11h327m Ocaso da Lua no W N W (Aur)18h082m Ocaso do Sol no W

66 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMEacuteRIDES

185h Mercuacuterio Mag=-10m melhor observado de 185h -185h LCT (Vir)

185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de 185h -213h LCT (Lib)

185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 185h -196h LCT (Vir)

225h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 37h LCT (Aqr)

Segunda-feira 26 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 861 min 1 h396m Nascer da Lua no ENE (Gem)2h305m Lua em Libraccedilatildeo Sul33h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 7h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

31h - 56h LCT (Cnc)5h570m Nascer do sol no E 12h272m Ocaso da Lua no W N W (Gem) 18h084m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-09m melhor observado de

185h -186h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -195h LCT (Vir)224h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 36h LCT (Aqr)

Em 26 de setembro de 2005 a sonda Cassini sobrevoa a lua Hiperion de Saturno

Terccedila-feira 27 de setembro

Lanccedilam ento Soyuz T M A -7 Soyuz FG (International Space Station 12S)

Vecircnus oculta a estrela PPM 229625 (109 Mag)Equaccedilatildeo de Tempo 895 min2h261 m Nascer da Lua no ENE (Gem)32h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 7h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

30h - 56h LCT (Cnc)5h560m Nascer do Sol no E 13h218m Ocaso da Lua no W N W (Cnc)18h087m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-09m melhor observado de

185h -187h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -195h LCT (Vir)224h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 35h LCT (Aqr)

Quarta-feira 28 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 35 (OTM-35) Asteroacuteide 1620 Geographos passa proacuteximo da

Terra (0740 UA)Em 1605 nascia Ismael BullialdusEquaccedilatildeo de Tempo 929 min 3h078m Nascer da Lua no ENE (Cnc)5h551m Nascer do Sol no E

12h198m Lua em Apogeu 14h153m Ocaso da Lua no W N W (Cnc) 18h090m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-08m melhor observado

de 185h-187h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41 m melhor observado

de 185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado

de 185h-194h LCT (Vir)223h Urano Mag=57 m melhor observado

de 190h - 35h LCT (Aqr)

Quinta-feira 29 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 962 min 31h Marte Mag=-16m melhor observado de

215h - 55h LCT (Tau)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 67

EFEMEacuteRIDES

3h452m Nascer da Lua no ENE (Leo)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

29h - 55h LCT (Cnc)5h542m Nascer do Sol no E 15h074m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h092m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-08m melhor observado de

185h -188h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -194h LCT (Vir)222h Urano Mag=57 m melhor observado de

190h - 34h LCT (Aqr)

Sexta-feira 30 de setembro

Lanccedilamento NROL-21 Delta 2 Em 1975 Charles Kowal descobria a lua Themisto

de Juacutepiter Equaccedilatildeo de Tempo 995 min 30h Marte Mag=-17m melhor observado de

215h - 55h LCT (Tau)4h194m Lua Nasce no ENE (Leo)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

28h - 55h LCT (Cnc)5h532m Sol Nasce no E 15h582m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h095m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-07m melhor observado de

185h -188h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185h -214h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -193h LCT (Vir)222h Urano Mag=57 m melhor observado de

190h - 33h LCT (Aqr)

Saacutebado 1 de outubroSonda Cassini em Manobra Orbital 36 (OTM-

36)Asteroacuteide 2001 SE270 passa a 0050 UA da Terra 00h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 33m LCT (Aqr)29h Marte Mag=-17m melhor observado de

2 1 4m a 55m LCT (Tau)4h514m Nascer da Lua no E (Leo)55h Saturno M ag=04 m melhor observado

de 28m a 55m LCT (Cnc)

5h523m Nascer do sol no E 6h45m Marte estacionaacuterio Iniciando Movimento

Retroacutegrado16h481m Ocaso da Lua no W (Leo)18h098m Ocaso do sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-07m melhor observado de

185m a 188m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 193m LCT (Vir)

Domingo 2 de outubro

Em 1935 era fundado o Hayden Planetariumhttpwwwhaydenplanetariumorg

Vecircnus oculta a estrela PPM 264162 (94 mag) Asteroacuteide Asteroid 1886 Lowell passa a 1507 UA

da Terra29h Marte Mag=-17m melhor observado de

213m a 55m LCT (Tau)5h223m Lua nasce no E (Vir)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

27m a 55m LCT (Cnc)5h514m Nascer do Sol no E 17h381m Ocaso da Lua no W (Vir)18h101m Ocaso do sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-06m melhor observado de

185m a 189m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 192m LCT (Vir)220h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 32m LCT (Aqr)

Segunda-feira 3 de outubro

Ano Novo Hebreu Primeiro dia do mecircs Rosh Hashanah do ano 5766 comeccedilando ao pocircr-do-sol

Calendaacuterio Tabular Islacircmico Primeiro dia do Ramadan nono mecircs do ano 1426 iniciando ao ocaso do Sol

Em 1815 era descoberto o meteorito marciano Chassigny

httpwwwjplnasagovsncchassignyhtml Asteroacuteide 2004 HR56 passa a 0033 UA de Marte Asteroacuteide 4664 Hanner passa a 1715 UA da Terra

68 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

7

EFEMEacuteRIDES

28h Marte Mag=-17m melhor observado de 213m a 55m LCT (Tau)

Eclipse Anular do sol visiacutevel da Aacutefrica 4h35m33s Iniacutecio do Eclipse Solar Visiacutevel na Aacutefrica 55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

27m a 55m LCT (Cnc)5h41 m04s Iniacutecio do Eclipse Umbral 5h505m Sol Nasce no E 5h533m Lua Nasce no E (Vir)7h279m Lua Nova7h31m419s Eclipse Solar Anular Maior

Duraccedilatildeo= 4m264s Magnitude=958httpsunearthgsfcnasagoveclipseSEmono

ASE2005ASE2005html Eclipse Solar Anular visiacutevel da Aacutefrica Obscuraccedilatildeo=918 ET-UT=653sec 9h22m33s Final do Eclipse Umbral 10h27m53s Final do Eclipse Solar 18h104m Ocaso do Sol no W 18h290m Ocaso da Lua no W (Vir)185h Mercuacuterio Mag=-06m melhor observado de

185m a 190m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 191m LCT (Vir)19h04m Marte passa a 91 graus das Plecirciades

(M45)220h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 31m LCT (Aqr)

Terccedila-feira 4 de outubroOcultaccedilatildeo de Mercuacuterio pela Lua27h Marte Mag=-17m melhor observado de

212m a 55m LCT (Tau)55h Saturno Mag=04m melhor observado de

26m a 55m LCT (Cnc)6h256m Lua Nasce no E (Vir)157h Vecircnus em Apogeu 185h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

185m a 190m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 191m LCT (Vir)18h58m Mercuacuterio passa a 19 graus de Spica19h219m Lua Ocaso no W SW (Vir)21 9h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 31m LCT (Aqr)

Quarta-feira 5 de outubro

Asteroacuteide 1877 Marsden passa a 2658 UA da Terra

Cometa Chernykh passa a 1464 da Terra 27h Marte Mag=-18m melhor observado de

211m a 54m LCT (Tau)54h Saturno Mag=04 m melhor observado de

25m a 54m LCT (Cnc)5h486m Sol Nasce no E 7h004m Lua Nasce no ESE (Vir)16h40m Mercuacuterio passa a 13 graus de Juacutepiter 18h110m Ocaso do Sol no W 186h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

186m a 191m LCT (Vir)186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

186m a 215m LCT (Lib)186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

186m a 190m LCT (Vir)20h175m Ocaso da Lua no W SW (Lib)218h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 30m LCT (Aqr)

Quinta-feira 6 de outubro

26h Marte Mag=-18m melhor observado de 211m a 54m LCT (Tau)

54h Saturno Mag=04m melhor observado de 25m a 54m LCT (Cnc)

5h477m Sol Nasce no E 7h392m Lua Nasce no ESE (Lib)18h113m Ocaso do Sol no W 186h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

186m -191m LCT (Vir)

httpulyssesjplnasagov

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 69

EFEMERIDES

186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de 186m -215m LCT (Lib)

186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 186m -190m LCT (Vir)

20h315m Lua em Libraccedilatildeo Oeste21 h163m Lua Ocaso no W S W (Lib)2 1 8h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m - 29m LCT (Aqr)

Sexta-feira 7 de outubro

25h Marte Mag=-18m melhor observado de 210m - 54m LCT (Tau)

54h Saturno Mag=04 m melhor observado de 24m - 54m LCT (Cnc)

5h469m Sol Nasce no E 8h234m Lua Nasce no ESE (Sco)18h116m Ocaso do sol no W

186h Mercuacuterio Mag=-04m melhor observado de 186m -192m LCT (Vir)

186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de 186m -215m LCT (Sco)

186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 186m -189m LCT (Vir)

20h089m Imersatildeo da estrela SAO 184336 AL NIYAT (SIGMA SCORPI) 29 mag na borda escura da Lua

20h233m Emersatildeo da estrela SAO 184336 AL NIYAT (S IG M A S C O R P I) 2 9 mag na borda iluminada da Lua

2 1 7h Urano Mag=57 m melhor observado de 190m - 28m LCT (Aqr)

219h Lua passa a 09 graus de separaccedilatildeo da estrela SAO 184415 ANTARES (ALPHA SCORPI) 09mag

22h179m Lua Ocaso no W S W (Sco)

Fontes consultadasCarta celeste para ambos os hemisfeacuterios em PDF httpwwwskymapscomindexhtmlhttpreabrasilastrodatabasenethttpgeocitiesyahoocombrreabrasilhttpaerithnetindexhtmlhttpwwwjplnasagovcalendarhttpingaufubr~silvestrhttpwwwcalskycomhttpwwwtodayinscicomhttpwwwpamsueduabramsSkyWatchersDiaryDiaryhtmlhttpcometsamsmeteorsorgmeteorscalendarhtmlhttpwwwimonethttpwwwlunaroccultationscomiota2003bstarebstarehtmhttpwwwlunaroccultationscomiota2003planetsplanetshtmhttpwwwjplnasagovhttpsunearthgsfcnasagoveclipseeclipsehtmlhttpssdjplnasagov

Rosely Greacutegio eacute formada em Artes e Desenho pela UNAERP Grande difusora da Astronomia atualmenteparticipa de programas de observaccedilatildeo desenvolvidos no Brasil e exterior envolvendo meteoros cometasLua e recentemente o Solhttprgregioastrodatabasenethttprgregiositesuolcombrhttpmembersfortunecitycommeteor4indexhtmhttpgeocitiesyahoocombrrgregio2001httpwwwconstelacoeshpgcombr

70 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EPSILON f

MIM72

M73

NGC7009

1

^ 9 CONSTELACcedilOtildeES

Z odiacais

CAPRICOacuteRNIO

PEIXE AUSTRAL

bull |ALPHA

THETA NGC7293

ZETA

AQUAacuteRIO

DELTA

LAMBDA

DELTA88

PEIXEk

mdash mdashr mdashFI

LEGEINDAMagnitude das estrelas

Limites das constelaccedilotildeesi

bull

bull bull bull bull laquo gt Grelha de coordenadasbull BALEIA

- 1 0 1 2 3 -1 otilde equatoriais V

mmdash revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

M2

copy CA

RTES

DU

C

IEL

71

CONSTELACcedilOtildeESZODIACAIS

CONSTELACcedilAtildeO DE

uaacuterioAquarius Aquaacuterio Abreviaccedilatildeo Aqr Genitivo Aquarii Significado O portador de Aacutegua Ascensatildeo Reta 23 horas Declinaccedilatildeo -15 graus Visiacutevel entre latitudes 65 e -90 grausConstelaccedilotildees Limiacutetrofes Cap PsA Scl Cet Psc Peg Equ e AqlAquaacuterio eacute visiacutevel no outono para o Hemisfeacuterio Norte e na primavera para o Hemisfeacuterio Meridional

Rosely Greacutegio | Revista macroCOSMOcom rgregiouolcombr

A Constelaccedilatildeo do Aquaacuterio estaacute representada em vaacuterias culturas antigas e sempre associada a aacutegua pois seu aparecimento no ceacuteu ou quando localizada no Zecircnite significava o anuncio da chegada das chuvas eou da inundaccedilatildeo dos rios Isto significava fonte de vida e alimento para os povos que viviam nas terras aacuteridas como por exemplo a Babilocircnia e o Egito Aquaacuterio eacute uma constelaccedilatildeo bastante lacircnguida que natildeo seria famosa se natildeo fizesse parte do Zodiacuteaco Na maioria das culturas eacute tido como um homem que verte aacutegua de um balde Isto pode surgir do fato que o Sol entra em Aquaacuterio no iniacutecio do inverno quando a estaccedilatildeo chuvosa comeccedila em muitas partes do mundo

Aquaacuterio tem algumas binaacuterias agradaacuteveis de serem observadas uma variaacutevel sem igual e alguns objetos de ceacuteu fundo um pouco interessantes (mas os Objetos Messier aqui geralmente natildeo satildeo muito interessantes) As estrelas geralmente satildeo de quarta magnitude

___________________ Estrelas Nomeadas

Albali (Epsilo Aqr) Ancha (Theta Aqr) Situla (Kappa Aqr)

_Estrelas Duplas

Zeta2 A q uarii e zeta1 A q uarii formam um sistema binaacuterio de duas estrelas brancas iguais com uma oacuterbita de 760 anos Zeta2 Aquarii eacute a primaacuteria 44 46 PA 266deg atual e separaccedilatildeo 23 ldquo

Struve 2944 eacute um sistema triplo agradaacutevel com todos os trecircs em uma linha reta AB 70 75 PA 276deg separaccedilatildeo 25 ldquo C 84 PA 106deg separaccedilatildeo 50 ldquo

Struve 2988 eacute um par muito atraente de estrelas iguais 72 72 PA 101deg separaccedilatildeo 35 ldquo A binaacuteria estaacute a 3deg SW de psi1 Aquarii

Estrelas Variaacuteveis

SADALMELIK Alpha Aquarii (Alpha Aqr) eacute um supergigante com cem vezes o tamanho do Sol Estaacute apenas haacute mil anos-luz de distacircncia e brilha com uma magnitude visual de 296 A lpha Aquarii (Sadalmelik) e beta A q uarii (Sadalsuud) satildeo supergigantes gecircmeas com nomes quase idecircnticos Os nom es significam respectivam ente ldquoO Afortunado do Reirdquo e ldquoO mais Afortunado dos Afortunadosrdquo

Sadalsuud (Beta Aqr)Sadalachbia (Gama Aqr)Skat (Delta Aqr)

A variaacutevel mais notaacutevel na constelaccedilatildeo eacute R Aquarii normalmente listada como uma ldquovariaacutevelrdquo do tipo Mira Contudo esta gigante vermelha natildeo eacute uma variaacutevel de longo-periacuteodo normal eacute uma estrela lsquorsquosimbiocircnticarsquorsquo se assemelhando a Z Andromedae Estrelas do tipo ldquoZ Andromedaerdquo satildeo aquelas que apresentam dois espectros separados indicando duas temperaturas bastante diferentes um esfria e outra muito quente Este fenocircmeno eacute causado por um mesmo sistema binaacuterio onde a estrela maior e mais fria e a outra estrela (talvez uma pequena anatilde branca) a quente E de fato R Aquarii tem uma pequena companheira azul que eacute cercada por uma nuvem de gaacutes Quando acontece eclipse da estrela

72 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

CONSTELACcedilOtildeESZODIACAIS

pequena pela gigante a magnitude visual da primaacuteria varia A estrela tem um periacuteodo de 38696 dias e um alcance de 58 a 124 o melhor momento para ver esta estrela seraacute na primeira semana de setembro em 2005

______________ Objetos de Ceacuteu Profundo

M2 (NGC 7089) - E um aglomerado globular compacto e luminoso mag 65 situado haacute 50000 anos-luz de distacircncia O aglomerado estaacute a 5deg N de beta Aquarii

M72 (NGC 6981) - Tambeacutem eacute um aglomerado globular mag 93 aproximadamente 3deg W S W da Nebulosa de Saturno

M73 (NGC 6994) - E outro aglomerado globular um agrupamento de estrelas de mag 89 que incluiu quatro estrelas sem conexotildees aproximadamente a 15deg leste de M 72

M73 (sistema ou asterismo de 4 estrelas) eacute notaacutevel por fazer o proacuteprio jarro de aacutegua inclinado e vertendo aacutegua Este pequeno asterismo que no campo de visatildeo binocular podem ser vistos em sua totalidade eacute composto de zeta Aqr e trecircs outras estrelas

NGC 7009 ldquoNebulosa de Saturnorsquorsquo - E umanebulosa p lanetaacuteria de mag 8 3 bastante espetacular visiacutevel em instrumentos grandes Tem raios que estende de ambos os lados do disco principal A nebulosa estaacute a 1deg a oeste de nu Aqrrdquo

NGC 7293 lsquorsquoNebulosa da Heacutelicersquorsquo (ou ldquoNebulosa Helicoidalrdquo) - E outra nebulosa planetaacuteria cujo nome aparentemente adveacutem de sua semelhanccedila a heacutelice dupla do DNA Realmente eacute uma nebulosa de anel com mag 65 soacute muito maior e mais lacircnguido que a Nebulosa de Anel mais notaacutevel em Lyra A nebulosa estaacute a 15deg W de upsilon Aquarii ou 210 no devido sul de zeta Aquarii ^

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Clique Astronocircmico

Planetaacuterio Municipal ldquo Prof Benedito RelardquoSituado na cidade de ItatibaSP e inaugurado em 07 de novembro de 2003 eacute o primeiro e uacutenico planetaacuterio no Paiacutes desenvolvido com tecnologia 100 nacional (Projeto Sphaera) O Planetaacuterio Benedito Rela eacute o 18deg do Brasil e o 3deg construiacutedo por uma Prefeitura Municipal e tem capacidade para abrigar ateacute 65 pessoas sentadas em sua sala de projeccedilatildeo Com uma cuacutepula de oito metros e totalmente automatizado foi montado pelo astrocircnomo Carlos Eduardo Mariano de CampinasSP O objetivo da Prefeitura de Itatiba por meio da Secretaria da Educaccedilatildeo eacute a realizaccedilatildeo de cursos palestras seminaacuterios exposiccedilotildees atividades de observaccedilatildeo astronocircmica e encontros sobre planetaacuterios e ensino de Astronomia O projetor SPHAERA I fabricado pela empresa brasileira Sphaera Planetaria Ltda reproduz o ceacuteu estrelado de qualquer regiatildeo do planeta e em qualquer eacutepoca com ateacute 10000 estrelas aleacutem da Via-Laacutectea Sol Lua planetas visiacuteveis figuras das constelaccedilotildees e muitos outros recursos Neste segundo semestre estaraacute em funcionamento no Planetaacuterio o projetor SPHAERA MIDIA Com esse equipamento que iraacute trabalhar em conjunto com o projetor SPHAERA I seraacute possiacutevel projetar graacuteficos e animaccedilotildees de alta definiccedilatildeo e ateacute em 3D Anualmente cerca de 20000 pessoas de Itatiba e cidades vizinhas participam das diversas atividades oferecidas pelo Planetaacuterio Todas as atividades realizadas pelo Planetaacuterio satildeo totalmente gratuitas

Maiores informaccedilotildees httpwwwprefeituraitatibacombrplanetarioplanetariohtmAgendamento de visitas (11) 4538-4547

74 revista macroCOSMOcom | setembro de

copy He

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2005

Construccedilatildeo de umHeliostato

Joseacute Carlos Diniz | REACARJCANFdinizastroterracombr

O Heliostato eacute um instrumento simples quepermite a observaccedilatildeo do Sol por longos periacuteodos de forma segura Deve ser instalado preferencialmente mas natildeo obrigatoriamente de forma fixa de modo a facilitar a aquisiccedilatildeo de imagens Eacute particularmente uacutetil em observatoacuterios para mostras puacuteblicas palestras e estudo sistemaacutetico do Sol

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 75

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Sempre me dediquei agrave fotografia quer seja quando jovem como forma de sustento quer jaacute na meia idade quando me iniciei na astronomia Sempre me encantaram as imagens muito mais do que qualquer outro ramo da astronomia Em 1997 conheci e me maravilhei com o observatoacuterio solar de Rogeacuterio Marcon onde havia um Heliostato e fiquei entre assustado e apaixonado por aquele instrumento Mais tarde conheci Paulo R Moser e seu admiraacutevel trabalho sobre o Sol Com ele aprendi um pouco de observaccedilatildeo solar nas nossas conversas e atraveacutes da paacutegina solar da REA

Comprei filtros Thousand Oaks II e Baader Planetarium e por algum tempo fotografei o Sol O eclipse total de 1998 o novo ciclo solar e as observaccedilotildees puacuteblicas que fazemos no Clube que presido foram o estiacutemulo que faltava para me lanccedilar agrave aventura de construir meu proacuteprio Heliostato para natildeo soacute fotografar mas para observar o Sol

Haacute muito pouca literatura disponiacutevel talvez devido agrave sua simplicidade Os modelos que pesquisei eram voltados mais para a espectroscopia usando instrumentos de focal longa e com aparato complexo Desta forma procurei aprender para simplificar ao maacuteximo sua construccedilatildeo

Um Heliostato nada mais eacute do que um espelho plano montado numa estrutura que permite apontamento polar e movimento sincronizado com o Sol A imagem assim obtida eacute capturada por uma luneta (ou mesmo um doubleto acromaacutetico) e projetada sobre um anteparo O tamanho da imagem vai depender da distacircncia focal da luneta da ocular empregada e da distacircncia da projeccedilatildeo

Caso empreguemos um soacute espelho o Sol sofreraacute um movimento de rotaccedilatildeo ao longo da observaccedilatildeo por isso optei pelo modelo de dois espelhos onde essa rotaccedilatildeo natildeo existe

Neste modelo o espelho primaacuterio reflete a imagem solar para o espelho secundaacuterio que a envia agrave luneta Os espelhos devem ser planos e de boa qualidade (Agrave8) O espelhamento torna a imagem mais brilhante mas eacute possiacutevel prescindir dele Utilizei dois espelhos de 10 cm de diacircmetro feitos pelo Sr Weber (AraraquaraSP)

Uma outra observaccedilatildeo importante eacute que a velocidade de acompanhamento deve ser a metade da velocidade sideral porque a cada movimento do espelho o raio refletido altera-se o dobro desta forma o espelho primaacuterio deve dar uma volta completa a cada 48 horas

Procurei utilizar na construccedilatildeo materiais simples e ao alcance de todos (fig 1) como madeira compensada parafusos dobradiccedilas e rolamentos facilmente encontrados no mercado Apenas uma dimensatildeo eacute fundamental no setor a distacircncia entre o furo por onde passa o eixo principal e o sem-fim deve ser exatos 1455 cm para que tenhamos a velocidade de deslocamento correta de uma volta a cada 48 horas As outras dimensotildees das demais peccedilas natildeo satildeo importantes e podemos adapta-las ao nosso gosto

76 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

macroOFICINA

Na figura 1 temos a relaccedilatildeo das peccedilas

1 - Alumiacutenio dobrado para sustentar o espelho primaacuterio

2 - Discos de madeira para prender os espelhos

3 - Parafuso motor Prende o setor na placa de sustentaccedilatildeo

4 - Dobradiccedila de latatildeo

5 - Peccedila de latatildeo dobrada para ajuste de altura

6 - Parafusos que formam os peacutes da montagem

7 - Pequenos cilindros de madeira que formam as cabeccedilas dos parafusos

Aleacutem disso temos o setor garfo do espelho secundaacuterio placa de sustentaccedilatildeoe rolamentos (2) de rdquo de diacircmetro

FIG 1

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 77

T -

macroOFICINA

0 conjunto eacute montado sobre uma peccedila de madeira Haacute ainda uma pequena torre

que sustenta o espelho secundaacuterio (fig 2) nela vemos

1 - Torre

2 - Mesa onde se fixa o setor

3 - Tubo de latatildeo que prende o espelho secundaacuterio

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FIG 3

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Torneamos um eixo de latatildeo (fig 3) que passa por dentro dos ro lam entos de esfera e que prende de um lado o setor do sem fim e do outro o espelho primaacuterio

Esse eixo possui de um lado rosca de 38rdquo e do outro rdquo Duas arruelas de alumiacutenio ajudam na fixaccedilatildeo do suporte do espelho primaacuterio ao setor

Escolhem os passar o eixo pelos rolamentos para dar um movimento suave e uniforme ao espelho e fa c ilita r o p o sic ionam ento do espelho primaacuterio

A figura 4 mostra o conjunto em fase de montagem

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Revendo velhas revistas SampT deparei-me com uma soluccedilatildeo muito interessante para construccedilatildeo do sem fim dobrar dois parafusos de latatildeo de rdquo e 20 espiras por polegada e prende-los na parte de baixo do setor onde fizemos um sulco (fig 5 e 6)

A traccedilatildeo se daraacute por um parafuso igual ao do sem-fim acoplado ao motor de de volta por m inuto Esta re laccedilatildeo proporciona um deslocamento de metade da velocidade sideral O motor foi conseguido de um velho timer de uma maacutequina de lavar pratos e o suporte do parafuso feito em madeira no formato de U

Uma mola manteacutem o acoplamento e facilita o reposicionamento do setor (fig 7 8 e 9)

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Um dado importante para o correto alinhamento polar eacute que o plano do espelho primaacuterio deve obrigatoriamente coincidir com o Poacutelo O ajuste do Poacutelo se faz com a pequena peccedila de latatildeo conforme ilustrado nas figuras 10 e 11 Embora simples eacute eficaz e permite alinhar-se com boa precisatildeo

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Uso para o alinhamento um inclinocircmetro uma buacutessola e um niacutevel de bolha (fig 12)A torre que conteacutem o espelho secundaacuterio permite-nos aproximaacute-lo e afastaacute-lo do espelho primaacuterio

para obtermos a reflexatildeo da imagem Conforme a posiccedilatildeo do Sol no Solstiacutecio ou Equinoacutecio precisamos movimentaacute-la para obter a imagem a ser projetada

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1 ^ 1Apoacutes posicionar o espelho primaacuterio com o motor

em funcionamento movemos o secundaacuterio ateacute obtermos a reflexatildeo e em seguida o movemos para direcionar a luneta vista ao fundo junto agrave cuacutepula (fig 13 ) O motor eacute siacutencrono e ligado a corrente eleacutetrica atraveacutes de um variador de frequumlecircncia o que permite acelerar e retardar o movimento da imagem Observei que o conjunto sem fim ainda necessita de ajustes mas permite uma observaccedilatildeo por tempo razoaacutevel (10 a 15 minutos) com poucas correccedilotildees

No momento o instrumento encontra-se em testes Pretendo construir uma base soacutelida para recebecirc-lo e desta forma facilitar a obtenccedilatildeo de imagens solares de modo mais confortaacutevel no interior da minha modesta cuacutepula e abrigado dos raios

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solares podendo desta forma observaacute-lo de forma longa e produtiva A im agem refletida pelo secundaacuterio seraacute projetada atraveacutes de uma luneta para um anteparo onde seraacute observada Cartas de Waldmeier foram impressas em transparecircncia e satildeo ajustadas agraves imagens (16 cm de diacircmetro)

Adiantando ou atrasando a rotaccedilatildeo do motor podemos fazer a imagem do Sol tocar as bordas da carta determinando assim a linha Leste e o Oeste e por consequumlecircncia o Norte e o Sul desta forma podemos posicionar a carta e saber em que setor as manchas estatildeo anotaacute-las e segui-las com maior precisatildeo A imagem pode ser fotografada e uma animaccedilatildeo mostrando a rotaccedilatildeo das manchas eacute possiacutevel

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As figuras 14 e 15 mostram o instrumento terminado

Espero ter contribuiacutedo para despertar interesse e motivaccedilatildeo no estudo do Sol O Heliostato eacute de grande im portacircncia para observatoacuterios e associaccedilotildees por permitir de forma simples obter im agens de qualid ad e com conforto e a popularizaccedilatildeo do estudo do Sol

Qualquer duvida estou sempre agrave disposiccedilatildeo Meus profundos agradecimentos a Rogeacuterio Marcon e a Paulo Roberto Moser pelos ensinamentos Este projeto eacute dedicado agrave memoacuteria de Jean Nicolini mestre da observaccedilatildeo e exemplo de paixatildeo pela astronomia M

Nota Este artigo eacute parte integrante do Reporte Anual da REA-BRASIL (REDE DE ASTRONOM IA OBSERVACIONAL BRASIL) - REPORTE Ndeg 11 editado em DEZEMBRO2003 Nossos agradecimentos ao amigo Joseacute Carlos Diniz bem como ao atual Coordenador Geral da REA Edvaldo Joseacute Trevisan por nos permitir divulgar e veicular na Revista macroCOSMOcom mais este trabalho realizado pelos membros da REA-BRASIL Este e demais reportes estatildeo disponiacuteveis em no site da REA-BRASIL Conheccedila o trabalho desenvolvido pelos membros da REA e participe httpwwwreabrasilorg

Joseacute Carlos Diniz eacute Meacutedico Cardiologista (Rio de JaneiroRJ) astrocircnomo amador astrofotoacutegrafo e ATM Membro da REA CARJ CANF e NG C51 Tem se destacado por seu magniacutefico trabalho contra a Poluiccedilatildeo Luminosa emeacuterito e premiado astrofotoacutegrafo construtor de vaacuterios instrumentos astronocircmicos e divulgador destas nobres artes cujos trabalhos podem ser apreciados em httpwwwastrosurfcomdiniz e http wwwdinizastrodatabasenet

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Equipe que iraacute para a Olimpiacuteada internacional em 2005 na China No centro o presidente da SAB Licio da Silva e Prof Joatildeo Canalle coordenador nacional da OBA

Olimpiacuteada Brasileira de Astronomia eDESPERTANDO INTERESSE DE A c t m n C I I

ALUNOS PELA CIEcircNCIA M b Ll U N dU LILrd

Fernanda Calipo | Revista macroCOSMOcomfecalipohotmailcom

Aleacutem de muacutesica balada e outros atrativos da idade alunos descobrem uma paixatildeo diferente A Astronom ia A O BA - O lim piacuteada B ras ile ira de A s tro n o m ia e A s tro n aacute u tica eacute um even to edu ca tivo responsaacutevel por despertaacute-los a se aplicar neste segm ento cientiacutefico A O lim piacuteada jaacute estaacute em sua oitava ediccedilatildeo e eacute prom ovida anualm ente pela SAB - Sociedade Astronocircm ica Brasileira sociedade cientiacutefica que reuacutene os profissionais envolvidos em pesquisa cientiacutefica de todas as aacutereas da Astronom ia e Astrofiacutesica do Brasil e pela Agecircncia Espacial Brasileira (AEB)

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A OBA tem o objetivo de fomentar o interesse dos jovens pela Astronomia Astronaacuteutica e Ciecircncias afins aleacutem de promover a difusatildeo dos conhecimentos baacutesicos de uma form a luacutedica e cooperativa mobilizando natildeo soacute os alunos mas professores coordenadores pedagoacutegicos diretores pais e escolas planetaacuterios observatoacuterios municipais e particulares espaccedilos centros e museus de ciecircncia associaccedilotildees e clubes de astronomia astrocircnomos profissionais e amadores entre outros num soacute mutiratildeo nacional aleacutem de distribuir materiais educacionais de astronomia para os professores representantes da OBA nas escolas participantes

ldquoA Astronomia eacute a ciecircncia com o maior nuacutemero de sociedades amadoras mas paradoxalmente natildeo eacute objeto de uma disciplina especiacutefica nos curriacuteculos dos ensinos fundamental e meacutedio Em geral ela fica a cargo de um profissional de ensino que natildeo possui habilitaccedilatildeo especiacutefica no tema e muito frequumlentemente nem eacute formado em ciecircncias exatas A OBA busca portanto estimular nos estudantes o gosto pelo tem a bem como divulgar corretam ente os conteuacutedos entre estudantes e professores realizando um diagnoacutestico ainda que parcial do quatildeo tais conteuacutedos estatildeo ou natildeo corretamente apreendidosrdquo afirma o coordenador nacional da OBA Prof Dr Joatildeo Batista Garcia Canalle professor titu lar no Instituto de F iacutes ica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) onde tam beacutem estaacute sediada a Coordenaccedilatildeo Nacional da Olimpiacuteada Brasileira

Quem participa Todos alunos que estejam estudando entre a primeira serie do ensino fundamental ateacute os da ultima do ensino meacutedio Natildeo haacute restriccedilatildeo quanto ao nuacutemero miacutenimo ou maacuteximo de alunos participantes por escola Se a escola onde o aluno estuda natildeo estiver cadastrada para participar da OBA o estudante interessado poderaacute recorrer a uma outra escola cadastrada ou a outra instituiccedilatildeo cadastrada A inscriccedilatildeo do aluno deveraacute ser feita pelo professor que aplicaraacute a prova

As provas dividem-se em quatro niacuteveis a saber

Prof Joatildeo Canalle coordenador nacional da OBA

Niacutevel 1 destinada aos alunos da 1a e 2a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 2 destinada aos alunos da 3a e 4a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 3 destinada aos alunos de 5a agrave 8a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 4 destinada aos alunos de qualquer seacuterie do ensino meacutedio ou que jaacute concluiacuteram o ensino meacutedio haacute menos de dois anos (a contar da data da prova da OBA) e natildeo estatildeo matriculados em nenhuma instituiccedilatildeo de ensino superior

As questotildees das provas visam muito mais a dar informaccedilotildees corretas e atualizadas aos alunos do que extrair informaccedilotildees deles As provas satildeo compatiacuteveis com os conteuacutedos abordados pela maioria dos livros didaacuteticos do ensino fundamental e meacutedio A prova eacute constituiacuteda de 7 perguntas de Astronomia e 3 de Astronaacuteutica (o que inclui lanccedilamento de foguetes sateacutelites artificiais e sensoriamento remoto) Dentre as 7 perguntas de A stronom ia haacute uma ou duas perguntas observacionais Para responder a estas perguntas observacionais o aluno precisa fazer previamente uma atividade observacional divulgada com antecedecircncia sobre a qual seraacute baseada a pergunta

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Assim sendo os alunos podem fa ze r individualmente ou em grupos estas atividades observacionais No dia da Olimpiacuteada contudo cada aluno deveraacute estar de posse das suas mediccedilotildees respostas caacutelculos e resultados da atividade observacional que foi solicitada pela Organizaccedilatildeo da OBAUma novidade em 2005 foi a parceria com a Agecircncia Espacial Brasileira (AEB) passando a se cham ar O lim piacuteadas Brasileira de Astronomia e Astronaacuteutica ldquoA Agecircncia tem um interesse em divulgar mais seus avanccedilos tecnoloacutegicos brasileiros principalmente para quem ainda estaacute na fase de aprendizado Temos um brasileiro em constante treinamento na NASA o Marcos Pontes aleacutem de uma parceria com a China na aacuterea de sateacutelites Enfim muitas coisas para acrescentar como conhecimento na prova que teraacute 3 questotildees voltadas para este temardquo ressalta o Prof Canalle

Os alunos com m elhor desem penho na Olimpiacuteada nacional satildeo convidados a receber um treinamento para participarem da Olimpiacuteada Internacional devendo passar por uma outra prova que selecionaraacute entre 4 e 6 participantes para

representarem o Brasil laacute fora Como a equipe eacute formada por membros de diferentes unidades da federaccedilatildeo o treinamento contou com astrocircnomos membros da Sociedade Astronocircmica Brasileira os proacuteprios professores dos estudantes e ainda com listas de exerciacutecios compiladas por ex-participantes que tambeacutem jaacute participaram da Olimpiacuteada nacional ou internacional

ldquoA Olimpiacuteada muito mais que uma competiccedilatildeo eacute uma maneira de despertar a curiosidade cientiacutefica nos jovens Assim pretende-se utilizar a OBA como uma espeacutec ie de recurso pedagoacutegico um instrumento que muito mais do que de premiar os melhores estudantes tem o objetivo de cativar o interesse pela ciecircncia entre os jovens atraveacutes de uma prova com questotildees interessantes e bem elaboradas que natildeo lsquoassustersquo o estudante pela falta de conhecimento necessaacuterio retendo assim a sua atenccedilatildeo e despertar a sua imaginaccedilatildeo e o interesse cientiacutefico Sem duacutevida o evento serve tambeacutem para revelar talentos precoces A OBA seleciona os integrantes da equipe internacional tendo poreacutem um objetivo bem maior do que esterdquo finaliza o Prof Canalle

Carla Fernanda (hoje na POLI - USP) e Gulherme (Univale - SC) ambos com 17 anos e medalhistas da Olimpiacuteada internacional de 2004 na Ucracircnia

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Astronomia Brasileira leva prata e bronze em Olimpiacuteada Internacional de 2004 e prepara equipe para China em 2005

Configurando o melhor resultado de todas as participaccedilotildees nacionais trecircs dos quatro integrantes da equipe que representou o Brasil na IX Olimpiacuteada Internacional de Astronomia realizada em outubro de 2004 na Crimeacuteia retornaram laureados A equipe dividida nas duas faixas etaacuterias do certame era formada por Carla Fernanda de Arauacutejo e Silva estudante do Coleacutegio Objetivo (Satildeo PauloSP) e Guilherme Rohden Echelmeier estudante do Coleacutegio de Aplicaccedilatildeo da Univale (ItajaiacuteSC) pertencentes agrave faixa etaacuteria dos membros de ateacute 17 anos A faixa etaacuteria daqueles de ateacute 15 anos contou com Fernanda Vilela de Aquino da Escola Estadual Pe Anchieta (CoqueiralMG) e Felipe Ferreira Villar Coelho estudante do Coleacutegio Metropolitano (Serra ES) Carla e Guilherme obtiveram medalhas de bronze enquanto Filipe obteve a ineacutedita para o Brasil medalha de prata para a menor faixa etaacuteria A equipe contou ainda com os liacutederes Profa Nuricel Aguilera Villalonga (Coleacutegio Objetivo) Dr Carlos Alexandre W uenche do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Dr Roberto Pereira Ortiz (UFES)

A Olimpiacuteada foi realizada em Simeiz uma pequena cidade na costa sul da Crimeacuteia (no Mar Negro) a 105 km de Sinferopol T recircs diferentes tipos de provas foram aplicados teoacuterica praacutetica e observacional A prova praacutetica consiste na in terpretaccedilatildeo de informaccedilotildees astronocircmicas Para esta prova os estudantes natildeo podem ter mais de 17 anos nem estar na universidade

Hemisfeacuterio Norte - A equipe brasileira eacute uma das duas uacutenicas originaacuterias do Hemisfeacuterio Sul A outra eacute a equipe Indoneacutesia Entretanto as olimpiacuteadas internacionais de Astronomia desde sua criaccedilatildeo sempre foram organizadas no Hemisfeacuterio Norte Ao contraacuterio de outras Olimpiacuteadas Cientiacuteficas isto sempre foi uma desvantagem adicional para a equipe brasileira Aleacutem de conhecimentos teoacutericos e praacuteticos sobre Astrofiacutesica Astronomia e suas teacutecnicas os participantes se defrontaram com provas observacionais frente a um ceacuteu familiar a praticamente todas as equipes do Hemisfeacuterio Norte Para piorar as coisas algumas constelaccedilotildees que podem ser avistadas de ambos os Hemisfeacuterios

aparecem invertidas quando se vai de um hemisfeacuterio para outro Procurando sanar esta dificuldade a equipe recebeu da mesma forma que em 2003 um treinamento especial no Planetaacuterio de Rio de Janeiro uma semana antes de seu embarque para a Ucracircnia Na cuacutepula da Fundaccedilatildeo Planetaacuterio do Rio de Janeiro foi reproduzido o ceacuteu da Crimeacuteia agrave eacutepoca e horaacuterios provaacuteveis das provas observacionais

China 2005 o grupo que iraacute para China este ano marcou presenccedila no XXXI Encontro da SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira realizado no Hotel Vacance em Aacuteguas de LindoacuteiaSP de 3107 a 0308 quando recebeu um treinamento avanccedilado de profissionais em astronomia ex-participantes e o apoio do coordenador Prof Canalle e do presidente da SAB Prof Licio da Silva (ONMCT)

Divulgaccedilatildeo e ConhecimentoComparando os dados da I OBA em 1998 quando

a prova foi aplicada para alunos de apenas 21 instituiccedilotildees em 8 cidades hoje o nuacutemero chega a surpreender Na VIII OBA realizada em maio de 2005 o total de escolas cadastradas chegou agrave marca de 3300 somando cerca de 180000 alunos que efetivamente realizaram a prova Vale ressaltar que todos os alunos professores e escolas receberatildeo um certificado e os 10000 com melhor classificaccedilatildeo seratildeo condecorados com medalhas em eventos promovidos pelas proacuteprias instituiccedilotildees de origem dos alunos

Natildeo haacute taxa de inscriccedilatildeo para escolas ou alunos participarem da OBA O envio do material de divulgaccedilatildeo cartaz cartas circulares provas e gabaritos satildeo totalmente gratuitos inclusive a postagem dos m esm os A im pressatildeo dos certificados e a confecccedilatildeo das medalhas tambeacutem eacute gratuita As uacutenicas despesas das escolas participantes satildeo as coacutepias das provas pois eacute enviado somente um original de cada niacutevel para aplicaccedilatildeo aleacutem da postagem dos kits com medalhas certificados e materiais de apoio apoacutes a realizaccedilatildeo total do evento

Para maiores informaccedilotildees httpwwwobaorgbr

Fernanda Calipo Cossia eacute Jornalista publicitaacuteria locutora de raacutedio assessora de comunicaccedilatildeo e poacutes graduada em relaccedilotildees Puacuteblicas Trabalhou 5 anos na Universidade Metodista de Satildeo Paulo e acumulou experiecircncias para hoje atuar na aacuterea de assessoria de comunicaccedilatildeo para os mais diversos segmentos Atualmente ela dedica-se agrave especializaccedilatildeo na aacuterea de jornalismo cientiacutefico

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Da religiatildeo a Ciecircncia

uma aventura do conhecimento humano

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GLEISER Marcelo O fim da Terra e do Ceacuteu O apocalipse na Ciecircncia e na Religiatildeo Satildeo Paulo Companhia das Letras 2001

Quais satildeo os limites que separam ciecircncia e religiatildeo Satildeo saberes complementares ou antagocircnicos Satildeo estas as perguntas feitas por Marcelo Gleiser em ldquoO fim da Terra e do Ceacuteu O apocalipse na Ciecircncia e na Religiatildeo Experiente cosmoacutelogo e divulgador cientiacutefico o autor presenteia o leitor com uma fantaacutestica abordagem histoacuterica das principais questotildees astronocircmicas e cosmoloacutegicas a preocupar o homem durante sua existecircncia Impossibilitado de responder estas questotildees de forma cientiacutefica estes recorreram ao que chamamos hoje de religiatildeo

Para Marcelo natildeo existiu uma ruptura abrupta entre o pensamento religioso e o pensamento cientiacutefico Simplesmente perguntas que antes eram respondidas pela religiatildeo passaram a serem respondidas pela ciecircncia Ele segue esse caminho sem apelar para o relativismo tatildeo em moda que coloca segundo alguns filoacutesofos entre eles Richard Rorty os deuses gregos no mesmo patamar que a moderna astrofiacutesica Para este ambas as explicaccedilotildees da origem o cosmo seriam validas e natildeo haveria como escolher de forma racional entre uma e outra sendo esta uma escolha subjetiva

Marcelo Gleiser natildeo cai nesta armadilha relativista Ele reconhece sim o papel que teve a religiatildeo como uma das formas de pensamento desenvolvidas pelo homem para tentar explicar fenocircmenos naturais mas tambeacutem reconhece as limitaccedilotildees destas explicaccedilotildees uma vez que a fiacutesica e a astronomia moderna ainda que natildeo se julguem detentoras da verdade conseguiram explicar os fenocircmenos expostos natildeo apenas de forma mais satisfatoacuteria mas tambeacutem de maneira racional experimental e capaz de fazer previsotildees Componentes estes indispensaacuteveis a qualquer ciecircncia E fora do acircmbito da religiatildeo

Um dos fenocircmenos mais perturbadores para o homem antigo era a mudanccedila nos ciclos dos movimentos celestes (tais como os eclipses aparecimento de cometas e chuva de meteoros) Em geral estes fenocircmenos celestes representavam a prediccedilatildeo de eventos maleacuteficos (pragas doenccedilas escassez nas colheitas fome ou ira dos

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deuses) A uacutenica exceccedilatildeo segundo o autor eacute a tribo Kung da N am iacutebia que considerava a passagem destes objetos celestes como pressaacutegio de boa sorte Esta visatildeo eacute decorrente de crenccedilas que consideravam os ceacuteus como morada dos d euses portanto um lugar de perfe iccedilatildeo e imutabilidade Podendo ser qualquer mudanccedila no ciclo regular dos movimentos dos ceacuteus considerada como mudanccedila no temperamento dos proacuteprios deuses Natildeo eacute estranho assim que o livro de Apocalipse o ultimo livro do Novo Testamento trazer referencias ao fim do mundo como um evento de ordem cosmoloacutegica (queda de estrelas na Terra escurecimento do Sol entre outros) isto sem falar por exemplo em 2deg Pedro 3 3-13 1 deg Joatildeo 2 18 no Livro de Daniel no Ecircxodo e etc apenas para ficarmos nas referencias culturais mais proacuteximas de noacutes mesmos

Natildeo se preocupe leitor Gleiser vai muito mais longe do que isso em sua histoacuteria da religiatildeo comprada agrave astronomia e cosmologia moderna Passamos assim a conhecer as mais diversas crenccedilas religiosas e miacuteticas que a seu modo tentam exp licar os fenocircm enos ce lestes Egiacutepcios japoneses gauleses incas povos ameriacutendios povos africanos chineses judeus hindus e europeus tem suas mitologias dissecadas de forma bastante competente pelo autor

Apoacutes a apresentaccedilatildeo destas o autor recorre ao arcabouccedilo teoacuterico experimental e histoacuterico da cosmologia e da astronomia explicando questotildees levantadas e trabalhadas pelo pensamento miacutestico- relig ioso a traveacutes das ultim as desco b ertas cientiacuteficas O meacutetodo de exposiccedilatildeo perpassa todas as quatro partes do livro prim eiram ente eacute apresentada uma questatildeo de ordem astronocircmico- cosmoloacutegica em seguida a explicaccedilatildeo dada pelas religiotildees a estes fenocircm enos seguidas pela exposiccedilatildeo das explicaccedilotildees dadas por filoacutesofos e cientistas em diversas eacutepocas ao mesmo fenocircmeno somente entatildeo o leitor eacute confrontado com as explicaccedilotildees mais recentes dadas pela ciecircncia moderna Organizaccedilatildeo esta bastante didaacutetica certamente muito apraziacutevel e uacutetil para expor questotildees astronocircmicas ao puacuteblico leigo

Seguindo este meacutetodo o leitor apoacutes ser exposto ao legitimo perigo representado por asteroacuteides e cometas para a existecircncia da vida humana ou no miacutenimo os enormes prejuiacutezos que a queda de um meteorito provocaria ao se chocar em uma cidade populosa Perigo este de certa forma jaacute contemplado no pensamento miacutestico-religioso de vaacuterios povos passa a entender a origem formaccedilatildeo constituiccedilatildeo geoloacutegica e oacuterbita destes objetos celestes para entatildeo ser apresentado as ultimas medidas tomadas por cientistas e militares para catalogar estes objetos e possivelmente evitar uma colisatildeo

Vejamos uma breve passagem ldquoComo sabiam os egiacutepcios japoneses incas e tantas outras culturas que idolatraram o Sol atraveacutes dos tempos o destino do Sol eacute diretamente relevante para o nosso destino e sobrevivecircncia neste planeta Durante aproximadamente 10 bilhotildees de anos hidrogecircnio funde-se em heacutelio gerando pressatildeo suficiente para contraba lanccedilar a contraccedilatildeo gravitacional Com o passar do tempo a quantidade de heacutelio na regiatildeo central da estrela aumenta enquanto a quantidade de hidrogecircnio diminui paacuteg 195 Este processo levara o Sol a se tornar uma gigante vermelha destruindo toda a vida na Terra

Daiacute o autor passa a explorar os buracos negros misteriosos turbilhotildees coacutesmicos dignos de Jasatildeo e Gilgamesh entre tantos outros fenocircmenos e objetos celestes Apoacutes uma longa viagem por mitos religiotildees filosofias e histoacuteria da ciecircncia o autor fecha o livro com um fantaacutestico capiacutetulo referente agrave formaccedilatildeo do universo e a interaccedilatildeo de suas forccedilas a luz da fiacutesica contemporacircnea

Apoacutes percorrermos este longo caminho descrito por Gleiser terminamos a leitura com uma uacutenica certeza somos seres extremamente limitados e insignificantes perante a grandeza do Universo entretanto fomos capaz de lhe dar um significado e uma explicaccedilatildeo Ainda temos muito para conhecer Com certeza Mas certamente daremos passos ainda maiores pois a vida humana soacute tem valor na medida em que podemos dar significado ao mundo que nos cerca aumentando nosso entendimento deste Vocecirc leitor pode ser o proacuteximo a dar este passo Ateacute laacute soacute posso lhe desejar uma boa leitura

Edgar Indalecio Smaniotto filoacutesofo professor e escritor E-mail edgarsmaniottoyahoocombr

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Viag ens no tempoe Universos Paralelos

Explorando os limites da Fiacutesica

VASCONCELLOS Rogeacuterio Amaral de Vaca Profana Encruzilhadas Livro 1 Ndeg 00 [S C] Sistema Literaacuterio Experimental Virtual (SLEV) 2005 (Coleccedilatildeo SLEV 2004 - Fase I) Compras em httpwwwslevorg R$ 1200

Nos uacuteltimos anos a fiacutesica teoacuterica vem expandindo-se gradualmente incorporando a seu arcabouccedilo de conceitos ideacuteias ateacute entatildeo de domiacutenio da ldquometafiacutesicardquo ou seja algo que antes era feito por filoacutesofos tornou-se agora parte da fiacutesica Processo este que ocorre pelo menos desde Nietzsche o uacuteltimo grande filoacutesofo a tratar de questotildees cosmoloacutegicas E tambeacutem aquele que decretou a morte da metafiacutesica entregando para os fiacutesicos a responsabilidade de explicar e criar hipoacuteteses que decircem sentido a organizaccedilatildeo do cosmo

Entretanto os fiacutesicos ao contrario dos filoacutesofos ainda que tendem a levantar hipoacuteteses muitas vezes surpreendentes tem que tornar estas ldquoverificaacuteveisrdquo via experimentaccedilatildeo Suas hipoacuteteses devem ter um referencial no mundo natural capaz de ser observado por seus pares Em outras palavras mesmo que apresentem uma teoria elegantemente organizada e sustentada racionalmente por criteacuterios loacutegicos e matemaacuteticos esta natildeo seraacute aceita caso natildeo se verifique sua correlaccedilatildeo com o mundo natural

Mas alguns cientistas mais ousados entre eles J Richard Gott (Viagens no Tempo No universo de Einstein Rio de Janeiro Ediouro 2002) natildeo se importam em fazer extrapolaccedilotildees bastante distantes das possibilidades da ciecircncia moderna em verificar sua correlaccedilatildeo com o mundo natural Abrindo assim amplos campos para a especulaccedilatildeo cientiacutefica campo este rapidamente ocupado pelos escritos de ficccedilatildeo cientiacutefica

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D estacam os aqui o livro ldquoV aca P ro fa n a E n c ru z ilh a d a s rdquo de R ogeacuterio A m aral de Vasconcellos recentemente lanccedilado Tudo bem concordo que o titulo eacute um tanto esquisito eu tam beacutem natildeo gostei mas o livro tem muitas qualidades que independem deste

Basicamente estamos falando de Universos Paralelos e V iagens no Tempo Neste caso seriamos habitantes de um Multiverso Assim o autor trab a lh a com as teo rias da in flaccedilatildeo cosmoloacutegica ou seja a ideacuteia de que aleacutem do alcance de nossos telescoacutepios existem outras regiotildees do espaccedilo que parecem idecircnticas a nossa Para muitos cosmoacutelogos alguns destes Universos poderiam ateacute ter leis fiacutesicas diferentes do nosso Basicamente esta eacute a ideacuteia que perpassa a histoacuteria do livro

A histoacuteria propriamente dita comeccedila quando uma poderosa entidade alieniacutegena conhecida como o Zelador que possui tecnologia capaz de se deslocar entre estes universos comeccedila a reunir um grupo de seres humanos e alieniacutegenas de diversos universos e tempos diferentes A intenccedilatildeo do autor eacute trabalhar com o conceito de Histoacuteria Alternativa Basicamente neste tipo de ficccedilatildeo cientifica o autor pega um determinado ponto chave da histoacuteria e modifica este m udado assim todo o restante da histoacuteria conhecida

Por exemplo se Hitler tivesse conseguido a bomba atocircmica antes dos aliados se a Intentona Comunista tivesse obtido sucesso em derrubar Getulio Vargas ou se a Confederaccedilatildeo dos Tamoios tivesse vencido a guerra contra os portugueses como seria nossa historia hoje Entre diversas outras possibilidades

Mas todas estas soacute satildeo possiacuteveis se estivermos falando de um Multiverso infinito onde todos os seres humanos e fatos histoacutericos podem ter todos os seus desdobramentos possiacuteveis ocorrendo Neste caso a viagem no tempo natildeo seria uma viajem ao nosso proacuteprio passado mas uma viagem a um outro universo onde nossa presenccedila laacute jaacute estava assegurada Assim todas as possibilidades que nossa existecircncia poderia seguir realmente existem nestes diferentes universos

P arecem ideacute ias um tanto m eta fiacutes icas Certamente Mas o artigo ldquoO jogo de espelho dos Universos Paralelosrdquo de Max Tegmark (Scientific American Ano 2 ndeg 13) e o jaacute citado livro de J Richard Gott tornam estas possibilidades bastante plausiacuteveis ainda que estejamos a seacuteculos de distancia de uma tecnologia que nos permita mesmo visualizar estes universos paralelos ou viajar no tempo como admitem os proacuteprios autores citados Vasconcellos como todo o escritor de ficccedilatildeo cientiacutefica que se preze explora este campo ainda nebuloso da fiacutes ica ateacute suas ultim as consequumlecircncias

Neste primeiro livro impresso a coleccedilatildeo completa jaacute tem mais de 3 dezenas de volumes disponiacuteveis em e-book na Internet (httpwwwslevorg) o autor faz uma apresentaccedilatildeo dos personagens e do norte narrativo da histoacuteria Satildeo reunidos seres de vaacuterios tempos e universos em sua grande maioria humanos apenas alguns satildeo alieniacutegenas para cumprir algumas missotildees em diferentes realidades alternativas

A apresentaccedilatildeo destes personagens e de seus mundos eacute feita com bastante competecircncia Temos dois arqueoacutelogos Andreacuteas Nikolos Papandriu e Dimitri Diogovitc na segunda metade do seacuteculo XIX envoltos com o debate acerca da origem da vida (evolucionismo versus criacionismo) A descriccedilatildeo de seres vivos inteligentes evoluiacutedos a partir do reino vegetal que podem usar metano gaacutes carbocircnico e eacuteter para sobrevivecircncia metaboacutelica aleacutem de um sofisticado conversor orgacircnico com ceacutelulas verdes -fotossinteacuteticas- em accedilatildeo

Este personagem (Zandra de Harboor) eacute dos mais interessantes do livro por viver em um mundo onde a magia ainda predomina tendo serias dificuldades com a aristocracia local para levar ad ian te suas pesquisas astronocircm icas e astronaacuteuticas O leitor se defrontara com bastantes questotildees interessantes mas teraacute que acompanhar a serie toda Natildeo se desespere cada livro custa apenas 200 reais no sistema e-book De qualquer forma eacute uma excelente pedida para quem gosta de uma boa literatura com pitadas de ciecircncia e muita fantasia Boa leitura

Edgar Indalecio Sm aniotto filoacutesofo professor e escritor E-mail edgarsmaniottoyahoocombr

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dicasdigitais

Navegando pelas constelaccedilotildeesEm setembro tem iniacutecio a estaccedilatildeo das flores Novas constelaccedilotildees estaratildeo melhores posicionadas

no ceacuteu noturno nas noites quentes de primavera para o hemisfeacuterio austral e outonal para o hemisfeacuterio boreal Assim nesta ediccedilatildeo vamos dar um giro por websites que falam dessas miriacuteades de estrelas e dos objetos que estatildeo em suas direccedilotildeesAntes de entrarmos no mundo digital vai uma dica natildeo digital para os neoacutefitos que querem saber

onde estatildeo as constelaccedilotildees e como localiza-las Nossa sugestatildeo vai para um livro com 87 paacuteginas de faacutecil entendimento e muito bem estruturado Eacute um pequeno guia praacutetico para observaccedilatildeo do ceacuteu que leva o observador a identificar estrelas e constelaccedilotildees sem o auxiacutelio de instrumentos Rumo agraves Estrelas do autor Delerue Alberto (1999) editora Jorge Zahar

Como diria o grande poeta parnasiano Olavo Bilac (1865-1918) cujas estrelas tecircm presenccedila marcante em seus versos que ora aparecem como confidentes ora como testemunhas ou conhecedoras do misteacuterio da vida

ldquoOra (direis) ouvir estrelas Certo Perdeste o sensordquo E eu vos direi no entanto

Que para ouvi-las muita vez desperto E abro as janelas paacutelido de espantoE conversamos toda a noite enquanto A Via Laacutectea como um paacutelio aberto

Cintila E ao vir do sol saudoso e em prantoInda as procuro pelo ceacuteu desertoDireis agora ldquoTresloucado amigo

que conversas com elas Que sentido Tem o que dizem quando estatildeo contigordquo

E eu vos direi ldquoAmai para entendecirc-lasPois soacute quem ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelasrdquo

Via-Laacutectea (Olavo Bilac)

Os websites relacionados nessa ediccedilatildeo contem inuacutemeras informaccedilotildees sobre esfera celeste estrelas constelaccedilotildees e muito mais Vale a pena navegar por cada um deles e usufruir desse vasto conhecimento depositado na internet Clique no mouse e feliz navegaccedilatildeo

94 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

dicas digitais

Kepler de Souza Oliveira Filho e Maria de Faacutetima Oliveira Saraiva (em portuguecircs)lt

Constelaccedilotildees httpastroifufrgsbrconsthtm pound3Coordenadas das Constelaccedilotildees httpastroifufrgsbrconst1htm |

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Sebastiaacuten Otero (em inglecircs) 1280(05) 1290 (06)

1297 (06)891 (-01)

Imagens de Constelaccedilotildees - httpdavidmalincomfujiifujii_indexhtmlDavid Malin (em inglecircs)Paacutegina com a coleccedilatildeo completa de Akira FujiiDMI

1 985 (1 1)

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revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 95

dicasdigitais

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The Constellations Web Page - httpwwwdibonsmithcomconstelhtmRichard Dibon-Smith (em inglecircs)

lsquo i - lsquoTabela com- alfabeto gregolsquohttpwwwdibonsmithcomgreekhtm

raquo bull i _ Tabela de dados estelares httpwwwdibonsmithcomdatahtm -1

^ Localizaccedilatildeo de objetos atraveacutes de binoacuteculos httpwwwdibonsmithcombinoc_tbhtm Graacuteficos de cosntej accedilotildees para o hemisfeacuterio sul httpwwwdibohsmithcomgraph_shhtmEsquema de todas as constelaccedilotildees httpwwwdibonsmithcomgraphicshtmV rsquo rsquo raquo bull

Orbita de 150 estrelas binaacuterias visuais httpwwwdibonsmithcomorbitshtm Nomes mitojoacutegicos das lsquoconstelaccedilotildeesrsquo httptowwdibonsmithcommythnamehtm kCataacutelogo Messier httpwwwdibonsmithcommessierhtm

Rosely Greacutegio eacute formada em Artes e Desenho pela UNAERP Grande difusora da Astronomia atualmenteparticipa de programas de observaccedilatildeo desenvolvidos no Brasil e exterior envolvendo meteoros cometasLua e recentemente o Solhttprgregioastrodatabasenethttprgregiositesuolcombrhttpmembersfortunecitycommeteor4indexhtmhttpgeocitiesyahoocombrrgregio2001httpwwwconstelacoeshpgcombr

96 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

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AstroHaEacutearteDigital

Eacute com grande satisfaccedilatildeo que a Revista macroCOSMOcom inaugura uma nova seccedilatildeo chamada ldquoAstro Arte Digitalrdquo O objetivo dessa seccedilatildeo eacute a de ser um local de exposiccedilotildees de arte digital sobre temas astronocircmicos dando para aqueles leitores que possuem talento artiacutestico uma oportunidade para exporem seus trabalhos Todos estatildeo convidados para participarem

Regulamento

1deg O tema eacute livre contato que aborde algum tema relacionado agrave Astronomia ou Ciecircncias afins2deg Podem participar artistas de todas as idades e de diferentes localidades do Brasil e Exterior 3deg Cada artista poderaacute enviar quantos trabalhos desejar4deg Os trabalhos deveratildeo ser gerados digitalmente no tamanho 950X640 pixels (300 dpi) e natildeo poderatildeo exceder o tamanho de 1 MB podendo ser utilizado qualquer programa de desenho e modelagem graacutefica Tambeacutem seratildeo aceitos trabalhos feitos a ldquomatildeo livrerdquo no tamanho A4 (297cm X 21 cm) sendo que estes deveratildeo ser enviados digitalizados no tamanho 950X640 pixels (300 dpi) 5deg Os trabalhos enviados deveratildeo possuir tiacutetulo descriccedilatildeo da imagem o nome completo do artista cidade estado e paiacutes onde reside e o nome dos programas que utilizou para a criaccedilatildeo da sua arte ou do material utilizado no caso da arte ter sido feita a ldquomatildeo livrerdquo6deg Os trabalhos deveratildeo ser enviados para o e-mail astroartedigitalrevistamacrocosmocom

7deg Todos os trabalhos recebidos passaratildeo por um criteacuterio de avaliaccedilatildeo e escolha Os melhores trabalhos seratildeo publicados nas ediccedilotildees da Revista macroCOSMOcom8deg Natildeo existem prazos para envio dos trabalhos A avaliaccedilatildeo para a escolha dos melhores trabalhos para publicaccedilatildeo soacute teraacute iniacutecio apenas quando atingirmos o nuacutemero miacutenimo de 20 trabalhos recebidos

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 97

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rmacroCOSMO comA primeira revista eletrocircnica brasileira de Astronomia

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Ediccedilatildeo ndeg 13Dezembro de 2004

Ediccedilatildeo ndeg 14Janeiro de 2005

Ediccedilatildeo ndeg 15Fevereiro de 2005

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AstrofiacutesicaElementar

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Ediccedilatildeo ndeg 16Marccedilo de 2004

Ediccedilatildeo ndeg 17Abril de 2005

Ediccedilatildeo ndeg 18Maio de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 19Junho de 2005

Reloacutegios Solares

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Ediccedilatildeo ndeg 20Julho de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 21Agosto de 2005

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Page 8: Planetas ' * Extrasolaresacervoastronomico.org/acervo/MACROCOSMO/macrocosmo22.pdf · 2020. 2. 21. · provável a existência de vida em outros pontos do Universo. Somente no nosso

Pergunte aosAstros

CP

V Resido em Campo MouratildeoPR distante de 100 km de Maringaacute que eacute cortada pela linha do Troacutepico de Capricoacuternio Gostaria de saber como utilizar um mapa estelar para localizar as Trecircs Marias aleacutem

3 I de identificar e gravar as principais constelaccedilotildees e suas estrelasQuais satildeo os melhores livros recomendados para introduccedilatildeo da

-Astronomia Amadora

Sidney Kuerten 18 anos Campo MouratildeoPR

Sidney os softwares planetaacuterios satildeo oacutetimas ferramentas para explorar o ceacuteu Satildeo muitas vezes freewares que mostram o ceacuteu como ele eacute visto das coordenadas

de suas localidade e na hora que desejares observar Um muito bom e gratuito eacute o ldquoCartes du Cielrdquo (possui a versatildeo em portuguecircs do Brasil)

httpwwwstargazingnetastropcdownloadhtml irsquo Faccedila o download do pacote baacutesico (satildeo 14 MB) e efetue a instalaccedilatildeo Quando

for solicitado insira as coordenadas de sua cidade e o fuso horaacuterio correspondente Para comeccedilar a localizar as constelaccedilotildees e suas principais estrelas imprima mapas das dias e horaacuterios que pretende observar Nesta eacutepoca por volta das 20h (horaacuterio de Brasiacutelia) observar uma estrela brilhante e avermelhada bem no alto do ceacuteu (no zecircnite) Antares que faz parte da constelaccedilatildeo do Escorpiatildeo Partindo desta estrela vai perceber uma sequumlecircncia de estrelas indo para o sul e depois para o oeste que fazem uma forma de gancho de quase um palmo de extensatildeo (meccedila com o braccedilo extendido) simbolizando a cauda com o ferratildeo do Escorpiatildeo A partir daiacute vocecirc teraacute a referecircncia de tamanho e posiccedilatildeo para as demais constelaccedilotildees que estejam ao redor Eacute a melhor maneira de identificar as constelaccedilotildees

As ldquoTrecircs Mariasrdquo fazem parte da constelaccedilatildeo de Oacuterion que nesta eacutepoca comeccedila a ser visiacutevel pouco antes do amanhecer no leste A melhor eacutepoca para vecirc-las eacute

mdash-o veratildeoPara os iniciantes na Astronomia um livro recomendado eacute o ldquoManual do

Astrocircnomordquo do Ronaldo Rogeacuterio Mouratildeo que caso vocecirc natildeo encontre em sua cidade poderaacute encomenda-lo pela internet em alguma livraria virtual

Na internet vocecirc pode encontrar muito material pesquisando em sites de busca por ldquoastronomia amadorardquo Outras sugestotildees satildeo os grupos virtuais de discussatildeo sobre Astronomia Um bastante conhecido eacute o Urania_BR aberto a todos

bull interessados em discutir sobre todos assuntos relacionado com a Astronomia httpbrgroupsyahoocomgroupurania_br

Por ldquoZecarsquo Joseacute Agustoni | Revista macroCOSMOcom agustoniyahoocom

Para enviar suas duacutevidas astronocircmicas para a seccedilatildeo ldquoPergunte aos astrosrdquo envie um e-mail para pergunterevistamacrocosmocom acompanhado do seu nome idade e cidade onde reside As questotildees poderatildeo ser editadas para melhor compreensatildeo ou limitaccedilatildeo de espaccedilo

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macroEVENTOS m

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Participantes atentos agraves palestras do XXI Encontro da SAB

XXXI Encontrod a C A D

REUNINDO TRABALHOS DE ASTRONOMIA DE TODO BRASIL W I l V

Fernanda Calipo | Revista macroCOSMOcom fecalipohotmailcom

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Aacuteguas de LindoacuteiaSP foi o ponto de encontro de 295 congressistas que participaram do XXXI Encontro da SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira realizada de 31 de julho a 4 de agosto no Vacance Hotel

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REacutesmacroEVENTOS]

Foram 280 trabalhos divididos em 50 orais e 230 pocircsteres dos quais parte das pesquisas em Astronomia se concentram nas aacutereas de Astrofiacutesica Estelar Astronomia Extragalaacutetica Meio Interestelar Sistema Solar Instrumentaccedilatildeo A strom etria e A stronom ia D inacircm ica Eacute importante ressaltar a crescente demanda de trabalhos observacionais e sobre Ensino Histoacuteria e Divulgaccedilatildeo de Astronomia que receberam um destaque especial no Encontro com uma tarde exclusiva para apresentaccedilotildees orais somente sobre temas afins

Natildeo podemos deixar de citar que Naelton Mendes de Arauacutejo (RJ) redator da Revista m acroCOSMOcom apresentou um pocircster sobre algum as iniciativas da d ivulgaccedilatildeo astronocircm ica entre e las a R evis ta macroCOSMOcom ldquoUracircnia ENAST e Revista macroCOSMOcom experiecircncias virtuais em divulgaccedilatildeo cientiacuteficardquo

A SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira foi fundada em 1974 pela com unidade de astrocircnomos brasileiros e desde entatildeo tem promovido reuniotildees anuais para discussotildees de trabalhos cientiacuteficos aleacutem da promoccedilatildeo de simpoacutesios reuniotildees de trabalho e servir de contato com os oacutergatildeos vinculados agrave pesquisa no paiacutes A tu a lm en te a SAB conta com ap rox im ad am en te 400 soacutecios D estes aproximadamente 200 satildeo portadores do tiacutetulo de Doutor em Ciecircncias ou estatildeo em vias de obter a titulaccedilatildeo

ldquoA Reuniatildeo Anual da SAB eacute o evento mais importante da Astronomia Brasileira Uma oportunidade iacutempar para que seus membros divulguem seus trabalhos e possam discutir tem as de interesse geral da com unidade astronocircmica Para os astrocircnomos jovens ainda em form accedilatildeo trata-se de uma excelente

Prof Liacutecio da Silva presidente da SAB

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Naelton Mendes de Araujo expondo seu trabalho sobre divulgaccedilatildeo astronocircmica virtuais destacando o trabalho da lista de discussatildeo Uracircnia Brasil os ENASTs (Encontros Nacionais de Astronomia) e a Revista MacroCOSMOcom

oportunidade para interagir com colegas mais experientesrdquo afirma o presidente da SAB Prof Dr Licio da Silva (ONMCT)

As reuniotildees da SAB tecircm como objetivos principais como a apresentaccedilatildeo e discussatildeo de trabalhos de pesquisa em andamento no paiacutes aleacutem de temas atuais de interesse da comunidade tais como a poliacutetica cientiacutefica do paiacutes a implantaccedilatildeo de novos te lescoacute p io s o d esenvo lv im ento de instrumentaccedilatildeo para os telescoacutepios jaacute existentes entre outros Outro objetivo eacute a reciclagem de conhecim entos a traveacutes da rea lizaccedilatildeo de conferecircncias de revisatildeo ou simpoacutesios sobre temas especiacuteficos Aleacutem da oportunidade do intercacircmbio de inform accedilotildees com os colegas da aacuterea os congressitas tiveram a oportunidade de participarem de conferecircncias dos mais variados temas inclusive internacionais entre elas

- ldquoA aurora da astrofiacutesica oacuteptica brasileirardquo Carlos Alberto Torres (LNA)

- ldquoThe Square Kilometer Array (SKA)rdquo Richard Schilizzi (International SKA Project Director Dwingeloo The Netherlands)

- ldquoSituaccedilatildeo da mulher na Astronomia brasileirardquo Adriana V R Silva (CRAAMMackenzie)

- ldquoStatus of SOAR and first sciencerdquo SO Kepler (IFUFRG S amp SOAR Telescope)

- ldquoCosmic magnetic fieldsrdquo Elisabete M G dal Pino (IAGUSP)

- ldquoInstrumentaccedilatildeo para o telescoacutepio G EM IN Irdquo Claacuteudia Mendes de Oliveira (IAGUSP)

- ldquoSimulating stellar photometric surveys with the TR ILEG A L coderdquo Leo Girardi (Observatoacuterio Astronocircmico di Trieste-INAF Itaacutelia)

- ldquoO sateacutelite CoRoT dia D menos um anordquo Eduardo Janot Pacheco (IAGUSP)

Paralelo agrave programaccedilatildeo do Encontro a CESAB - Comissatildeo de Ensino da SAB realizou mini-cursos para mais de 50 professores da regiatildeo como forma de estiacutemulo a reciclagem e capacitaccedilatildeo jaacute que a maioria tem formaccedilatildeo em outras aacutereas de exatas ou ciecircncias

CONTATOSSOCIEDADE ASTRONOcircMICA BRASILEIRAhttpwwwsab-astroorgbrRua do Matatildeo 1226 Cidade Universitaacuteria05508-900 Satildeo Paulo SPTel 011 3091 27 05 FAX 011 3091 28 60E-mail secretsab-astroorgbr

Fernanda Calipo Cossia eacute Jornalista publicitaacuteria locutora de raacutedio assessora de comunicaccedilatildeo e poacutes graduada em relaccedilotildees Puacuteblicas Trabalhou 5 anos na Universidade Metodista de Satildeo Paulo e acumulou experiecircncias para hoje atuar na aacuterea de assessoria de comunicaccedilatildeo para os mais diversos segmentos Atualmente ela dedica-se agrave especializaccedilatildeo na aacuterea de jornalismo cientiacutefico

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ISS - A Estaccedilatildeo EspacialInternacional

Daniel Bins | Cosmonaacuteutica binsbrgmailcom

A Estaccedilatildeo Espacial Internacional - ISS (International SpaceStation) eacute um projeto multinacional composto por 16 paiacuteses Estados Unidos Ruacutessia Japatildeo Canadaacute Dinamarca Noruega Beacutelgica Holanda Franccedila A lem anha Espanha Inglaterra Sueacutecia Suiacuteccedila e Brasil com um custo estim ado de 60 bilhotildees de doacutelares

A ideacute ia de c o n s tru ir um a e s ta ccedilatilde o e sp a c ia l in te rn a c io n a l su rg iu inicialmente no governo de Ronald Reagan durante os anos 80 e chamava- se Freedom (Liberdade) Posteriormente com a queda da Uniatildeo Sovieacutetica iniciou-se uma colaboraccedilatildeo entre os dois antigos rivais e em 1993 o projeto passou a se cham ar Alpha Posteriorm ente foi rebatizado com o ISS para dar uma aparecircncia m ultinacional para o nome da estaccedilatildeo

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DAS PRANCHETAS PARA O ESPACcedilO

A ISS comeccedilou a sair do papel com o projeto Shuttle-Mir A construccedilatildeo da ISS foi dividida em trecircs partes

Fase I (1994-1997) Os astronautas americanos fariam parte das tripulaccedilotildees da estaccedilatildeo espacial russa Mir sendo conhecido como projeto Shuttle- Mir Em junho de 1995 o ocircnibus espacial Atlantis na missatildeo STS-71 acoplou com a Mir Foi a segunda vez que uma nave americana acoplou com uma nave russa A partir daiacute no periacuteodo de 1 995 a 1 9 9 8 vaacuterias m issotildees a m erican as acoplaram na estaccedilatildeo russa e os astronautas americanos passaram a fazer parte das tripulaccedilotildees

da Mir Estes intercacircmbios tinham como objetivo os preparativos para a construccedilatildeo da estaccedilatildeo espacial internacional O recorde de permanecircncia no espaccedilo americano foi obtido pela astronauta Shannon Lucid que ficou 188 dias no espaccedilo dentro da estaccedilatildeo Mir em 1996 O moacutedulo Spektr foi utilizado como moacutedulo de habitaccedilatildeo pelos astronautas americanos O astronauta Norman Thagard foi o primeiro americano a decolar numa nave russa fazendo parte da missatildeo Soyuz TM- 21 em 1995 Da m esm a form a os russos passaram a fazer parte das tripulaccedilotildees dos ocircnibus espaciais americanos O primeiro deles foi Serguei Krikalev que fez parte da tripulaccedilatildeo do STS-60 em 1994

A experiecircncia ShuttleMIR

14 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

Fase II (1997-1999) Iniacutecio da construccedilatildeo e estabelecimento de uma estrutura miacutenima para 3 astronautas A estaccedilatildeo comeccedilaria a ser habitada quando o moacutedulo de serviccedilo estivesse em oacuterbita

Fase III (1999-2002) Teacutermino da construccedilatildeo da estaccedilatildeo com a chegada do moacutedulo de habitaccedilatildeo e dos moacutedulos cientiacuteficos

Como podemos ver a fase 3 do projeto continua Os atrasos motivados pela crise econocircmica russa e pelo acidente do ocircnibus espacial Coluacutembia atrasaram consideravelmente o teacutermino da estaccedilatildeo

Os astronautas americanos passaram mais de1000 dias a bordo da estaccedilatildeo Mir Como resultado dezenas de sugestotildees foram implementadas para a construccedilatildeo da ISS Poreacutem muitos comentaacuterios negativos foram feitos Veja alguns deles

- Deveria existir um melhor suporte para os experimentos cientiacuteficos

- A agenda diaacuteria deveria ser feita pelo controle em terra e natildeo pela tripulaccedilatildeo

- O lixo e o armazenamento foram considerados um problema Um inventaacuterio de todo o equipamento com a sua localizaccedilatildeo deveria ser providenciado

- Para trabalhar de forma segura seria necessaacuterio uma melhor compreensatildeo do idioma russo Foi sugerido a utilizaccedilatildeo exclusiva do inglecircs para as tarefas na ISS

- Os astronautas am ericanos receberam treinamento limitado para reparos

- Eles receberam treinamento para serem passageiros e natildeo pilotos das naves Soyuz

- As atividades cientiacuteficas americanas foram limitadas devido a problemas de comunicaccedilatildeo com as equipes de controle em terra

- Natildeo existia comunicaccedilatildeo ldquohorizontalrdquo entre as organizaccedilotildees russas As inform accedilotildees iam diretamente de uma organizaccedilatildeo a outra sem as demais tomarem conhecimento

- Os astronautas americanos natildeo estavam satisfeitos com a comunicaccedilatildeo entre os membros da tripulaccedilatildeo e o controle em Terra

- A comunicaccedilatildeo entre a estaccedilatildeo e o controle em terra tinha seus defeitos Era impossiacutevel falar e ouvir outras pessoas durante uma videoconferecircncia

- A Ruacutessia limitou o acesso aos detalhes teacutecnicos sobre a estrutura da Mir Soyuz e Progress incluindo-se s istem as eleacutetricos mecacircnicos e sistemas de suporte vitais

- Os cosmonautas recebiam um bocircnus de1000 doacutelares a mais por cada tarefa considerada perigosa como uma saiacuteda no espaccedilo um mecircs a mais na estaccedilatildeo ou um acoplamento feito de form a m an u a l Is to seg u n do a N A SA aum entaria o risco ao qual os astronautas am ericanos estariam expostos dentro da estaccedilatildeo A colisatildeo com um cargueiro Progress em 1997 ocorreu devido a um erro durante um acoplamento manual

O INICIO DA CONSTRUCcedilAtildeO

O primeiro moacutedulo o russo Zarya financiado pelos Estados Unidos foi lanccedilado em novembro de 1998 O moacutedulo seguinte o norte americano Unity foi enviado em dezembro de 1998 Para levar o moacutedulo Zarya ao espaccedilo foi utilizado um foguete Proton Para levar o Unity foi utilizado um ocircnibus espacial americano

A estaccedilatildeo foi colocada numa oacuterbita terrestre baixa em torno de 300 km de altura com inclinaccedilatildeo de 516 graus Este grau de inclinaccedilatildeo eacute bem maior que o do ocircnibus espacial e foi utilizado por causa dos russos devido ao local de lanccedilamento das naves Como a maioria era lanccedilada do Casaquistatildeo que era a repuacuteblica mais ao sul da URSS o caminho

dos foguetes natildeo atravessava nem a Mongoacutelia nem a China Isso quer dizer que em caso de falhas os foguetes cairiam dentro do territoacuterio sovieacutetico e natildeo nos paiacuteses vizinhos Como consequumlecircncia disso os foguetes russos utilizam sua maacutexima capacidade enquanto isso o ocircnibus espacial precisa gastar mais combustiacutevel para atingir a estaccedilatildeo

Um intervalo de 1 ano e meio ocorreu ateacute a chegada do proacuteximo componente o moacutedulo de habitaccedilatildeo russo Zvezda apenas enviado em julho de 2000 devido a dificuldades financeiras russas e a defeitos no foguete Proton durante o ano de 1999 O Zvezda originalmente tinha sido planejado para substituir a estaccedilatildeo espacial Mir sendo muito parecido com ela

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A configuraccedilatildeo atual da ISS

Estando o moacutedulo de serviccedilo acoplado agrave estaccedilatildeo comeccedilou a ocupaccedilatildeo da mesma sendo a primeira tripulaccedilatildeo transportada numa nave Soyuz e a partir daiacute as demais tripulaccedilotildees foram transportadas pelos ocircnibus espaciais Periodicamente os russos lanccedilariam naves Soyuz pois a vida uacutetil de cada uma eacute de 6 meses Isso permaneceria assim ateacute o acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia

Para abastecer a estaccedilatildeo satildeo utilizados ocircnibus espaciais americanos e naves cargueiras russas Progress Enquanto se estaacute na fase de construccedilatildeo a tripulaccedilatildeo eacute de 3 tripulantes mas se espera que ao concluir a estaccedilatildeo possa abrigar 6 tripulantes

Os lanccedilamentos satildeo feitos desde o coacutesmodromo de Baikonur e desde Cabo Canaveral na Floacuterida O controle das missotildees eacute feito desde Houston no Texas e desde Korolev proacuteximo a Moscou Os norte- am ericanos possuem sateacutelites que permitem

comunicaccedilatildeo 24 horas e os russos utilizavam o mesmo recurso na eacutepoca da Mir Atualmente a comunicaccedilatildeo eacute obtida quando a estaccedilatildeo estaacute sobre a aacuterea de cobertura das estaccedilotildees de comunicaccedilatildeo russas

No final de 2000 foram acrescentadas as estruturas Z1 Truss P6 Truss paineacuteis solares PVA A primeira tripulaccedilatildeo chegou no final de outubro

Em 2001 a estaccedilatildeo recebeu o moacutedulo cientiacutefico Destiny o braccedilo robocirc canadense o Airlock e o Docking Compartment russo Pirs aleacutem da parte central da larga estrutura de segmentos o S0 T russ Em 08 de outubro de 2001 os cosmonautas Vladimir Dezhurov e Mikhail Tyurin se tornaram os primeiros tripulantes a conduzir uma caminhada espacial fora da estaccedilatildeo espacial internacional O primeiro cientista a bordo foi a bioquiacutemica Peggy Whitson da NASA

16 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

No ano seguinte foi a vez de receber mais segmentos o S1 e o P1 O acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia em fevereiro de 2003 paralisou momentaneamente a montagem do complexo que em grande parte depende dele

Mesmo em construccedilatildeo a ISS recebeu a visita de 2 turistas a bordo de naves Soyuz russas O primeiro foi o norte americano Dennis Tito em 2001 e o segundo foi o sul africano Mark Shuttleworth em 2002 Eles ficaram 7 dias no espaccedilo e pagaram 20 milhotildees de doacutelares pela viagem Dennis Tito tinha pagado para ir a estaccedilatildeo espacial Mir mas como ela foi derrubada em marccedilo de 2000 os russos o levaram ateacute a ISS Outros vocircos com turistas foram suspensos devido ao acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia

Com o novo governo americano do presidente Bush e o acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia a ISS sofre alguns cortes onde o moacutedulo de habitaccedilatildeo o moacutedulo de propulsatildeo e o CRV (Crew Return Vehicle) foram cancelados O plano do governo americano eacute concluir sua parte quando o moacutedulo Node 2 for entregue pois ele permite o acoplamento dos moacutedulos do Japatildeo e da Europa As centriacutefugas originalmente planejadas tiveram o mesmo destino A uacuteltima revisatildeo do projeto da estaccedilatildeo foi feita em julho de 2004

Os cortes foram causados pelo novo rumo adotado pelo governo americano em querer um programa de exploraccedilatildeo marciana mais robusto e que natildeo estaacute disposto a pagar pelos custos extras da estaccedilatildeo Os custos extras se devem a muitos fatores como a demora no lanccedilamento do moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda atrasado em 1 ano e os constantes aumentos no preccedilo da construccedilatildeo dos moacutedulos americanos

Com isso a utilizaccedilatildeo cientiacutefica da ISS fica comprometida pois para se desenvolver trabalhos seacuterios seria necessaacuterio uma tripulaccedilatildeo maior Atualmente apenas 3 astronautas podem ocupar a estaccedilatildeo pois eacute o maacuteximo que as caacutepsulas Soyuz com portam Se mais uma caacutepsula fosse disponibilizada entatildeo a tripulaccedilatildeo poderia ser aumentada para 6 pessoas Isso implica numa maior participaccedilatildeo dos russos no projeto

Poreacutem devido ao acidente com o ocircnibus espacial a tripulaccedilatildeo teve que ser reduzida a duas pessoas Desta forma a quantidade de lanccedilamentos de

cargueiros de reabastecimento Progress pode ser mantida A cada 3 meses os russos lanccedilam um sateacutelite cargueiro natildeo tripulado levando comida aacutegua combustiacutevel e equipamentos para a estaccedilatildeo Com uma tripulaccedilatildeo de 3 a periodicidade dos vocircos deveria ser maior o que acarretaria maiores custos para os russos

As tripulaccedilotildees atuais permanecem 6 meses na estaccedilatildeo Antes do acidente em media uma tripulaccedilatildeo permanecia entre 3 e 4 meses no espaccedilo

O CRV seria um ocircnibus espacial em miniatura que seria utilizado apenas em caso de emergecircncia para a tripulaccedilatildeo da ISS abandonar a estaccedilatildeo e retornar em seguranccedila para a Terra Jaacute o moacutedulo de propulsatildeo foi projetado pensando-se na possibilidade do fracasso do moacutedulo russo Zvezda mas natildeo foi concluiacutedo Para retornar agrave Terra em caso de emergecircncia utilizam-se as naves russas Soyuz

Apesar da Ruacutessia gastar o equivalente a 6 do custo total do projeto ela vai ter direito a utilizar 30 dos recursos da estaccedilatildeo Isso se deve ao custo de construccedilatildeo dos moacutedulos que eacute bem menor que nos EUA e agrave forma de lanccedilamento Um foguete Proton custa em torno de 50 milhotildees de doacutelares Um lanccedilamento do ocircnibus espacial implica em gastos de 500 milhotildees de doacutelares O total de moacutedulos e componentes da estaccedilatildeo eacute de 36 A parte russa eacute composta de 11 moacutedulos Destes provavelmente 2 teratildeo ajuda da iniciativa privada e 1 foi financiado pelos EUA (Zarya)

A PARTE DE CADA UM

A parte que seraacute construiacuteda pelos Estados Unidos inclui o moacutedulo cientiacutefico Destiny Z1 Truss Node 1 (Unity) e Node 2 uma estrutura metaacutelica de 96 metros de comprimento composta de 10 segmentos para acomodar os paineacuteis solares e o Airlock Para colocar sua parte no espaccedilo os norte americanos utilizaratildeo seus 3 ocircnibus espaciais (Discovery Atlantis e Endeavour) O Coluacutembia era o uacutenico da frota que natildeo estava preparado para acoplar com a estaccedilatildeo espacial O custo da parte norte americana deve ser no miacutenimo de 11 bilhotildees de doacutelares

A parte russa da estaccedilatildeo seraacute composta por um moacutedulo de comando e controle (Zvezda) que seraacute utilizado como habitaccedilatildeo durante a construccedilatildeo da estaccedilatildeo 2 moacutedulos cientiacuteficos baseados nas naves

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Soyuz 1 moacutedulo de carga (Zarya financiado pelos Estados Unidos) um moacutedulo com vaacuterios pontos de acoplamento chamado Universal Docking Module 2 docking compartments uma nave Soyuz de emergecircncia para abandonar a estaccedilatildeo enquanto ela estiver em construccedilatildeo uma estrutura para acomodar os paineacuteis solares chamada Scientific Power Plataform e talvez 2 moacutedulos comerciais feitos em parceria com as empresas norte americanas Boeing e Spacehab e as russas Energia e Khrunichev Os russos utilizaratildeo suas naves Soyuz para transportar os cosmonautas e as naves autom aacuteticas P rogress M para reabastecer a estaccedilatildeo

D evido a restriccedilotildees o rccedilam en taacuterias os componentes do segmento russo podem sofrer reduccedilotildees ou ateacute ser excluiacutedos da configuraccedilatildeo final da estaccedilatildeo Com o acidente do ocircnibus espacial os americanos poderiam comprar naves russas Soyuz ou mais cargueiros Progress para suprir melhor a estaccedilatildeo Entretanto isso natildeo eacute possiacutevel pois existe uma lei americana que impede a NASA e outras empresas norte americanas de comprar tecnologia russa Isto ocorreu porque a Ruacutessia facilitou tecnologia nuclear para o Iratilde uma naccedilatildeo considerada do Eixo do Mal

A parte da Agecircncia Espacial Europeacuteia inclui um laboratoacuterio cientiacutefico um pequeno braccedilo robocirc a ser instalado no segmento russo e naves automaacuteticas de reabastecimento que acoplaratildeo no moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda Ao total o custo estimado da participaccedilatildeo europeacuteia eacute de 47 bilhotildees de doacutelares

As naves de carga automaacuteticas europeacuteias se chamaratildeo ATV e seratildeo lanccediladas por foguetes Ariane-5 da base de Kourou na Guiana Francesa

A parte japonesa inclui 1 laboratoacuterio cientiacutefico com uma plataforma para experimentos fora da estaccedilatildeo ao custo total de 31 bilhotildees de doacutelares

O Canadaacute iraacute fornecer um braccedilo robocirc de 18 metros de comprimento e uma estrutura composta de trilhos para deslocar o braccedilo pela estrutura metaacutelica da estaccedilatildeo O custo da contribuiccedilatildeo canadense eacute de 1 bilhatildeo de doacutelares

A Itaacutelia construiu 3 moacutedulos logiacutesticos denominados MPLM (Multi Purpose Logistics Module) batizados Leonardo Rafaello e Donatello ao custo de 550 milhotildees de doacutelares Em troca dos moacutedulos a Itaacutelia poderaacute mandar seus astronautas para a estaccedilatildeo

O Brasil inicialmente iria construir paletas para colocar experimentos fora da estaccedilatildeo (Express Palet) ao custo de 120 milhotildees de doacutelares Cada paleta com peso de 1 tonelada e vida uacutetil estimada de 10 anos poderia levar 6 cargas de 225 Kg Tambeacutem teria um astronauta proacuteprio o tenente aviador Marcos Cesar Pontes que foi treinado para subir para a estaccedilatildeo atraveacutes do ocircnibus espacial e foi escolhido em 1998 Poreacutem devido a problemas orccedilamentaacuterios a participaccedilatildeo do Brasil foi reduzida a 21 equipamentos menores que seratildeo construiacutedos sem custo pelo SESI Quanto ao astronauta brasileiro foram feitas negociaccedilotildees com a agecircncia espacial russa para enviar Marcos Pontes em uma nave Soyuz em abril de 2006

Astronauta brasileiro Marcos Pontes escalado para a 13deg expediccedilatildeo agrave ISS conforme acordo

brasilerio com a Agecircncia Espacial Russa

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TRIPULACcedilOtildeES DA ISS

1deg Expediccedilaotilde31-10-2000Baikonur

O primeiro grupo permanente enviado agrave ISS foi transportado pela Soyuz TM -31 e composto pelo comandante norte americano Bill Sheperd e pelos russos Yuri Gidzenko e Serguei Krikalev Esta missatildeo preparou seus sistemas para utilizaccedilatildeo permanente e recebeu os primeiros paineacuteis solares feitos nos Estados Unidos e o moacutedulo laboratoacuterio norte americano Destiny A tripulaccedilatildeo permaneceu 140 dias 23 horas e 28 minutos no espaccedilo retornando para a Terra em 18 de marccedilo de 2001

2deg Expediccedilatildeo10-3-2001Cabo Canaveral

A 2deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante cosmonauta Yuri Usachev e os seus colegas norte americanos Susan Helms e James Voss Eles foram a bordo da STS-102 Discovery Durante sua missatildeo foi adicionado o CanadArm e o moacutedulo Quest (Joint Pressurized Airlock) Este grupo tambeacutem recebeu o primeiro turista espacial o milionaacuterio norte americano Dennis Tito Eles ficaram no espaccedilo 167 dias 6 horas e 41 minutos retornando agrave Terra em 22 de agosto de 2001

3deg Expediccedilatildeo10-8-2001Cabo Canaveral

A 3deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante norte americano Frank Culbertson e pelos russos Vladimir Dezhurov e Mikhail Tyurin Eles foram transportados agrave estaccedilatildeo pelo STS-105 Discovery Permanecircncia no espaccedilo de 128 dias 20 horas e 45 minutos retorno em 17 de dezembro de 2001

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 19

4deg Expediccedilatildeo5-12-2001Cabo Canaveral

A 4deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Yuri Onufrienko e pelos norte americanos Carl E W alz e D an ie l W Bursch E les foram transportados para a estaccedilatildeo pelo S T S -108 Endeavour Permanecircncia no espaccedilo de 195 dias 19 horas e 39 minutos retorno em 19 de junho de 2002

5deg Expediccedilatildeo5-6-2002Cabo Canaveral

A 5deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Valery Korzun pela norte-americana Peggy Whitson e pelo russo Sergei Treschev Retornaram no dia 07 de dezem bro de 2 0 0 2 apoacutes permanecerem 184 dias 22 horas e 14 minutos no espaccedilo

6deg Expediccedilatildeo23-11-2002Cabo Canaveral

A 6deg Expediccedilatildeo foi comandada por mais um veterano da Mir Nikolai Budarin e seus colegas am ericanos Donald Pettit e Ken Bowersox Perm aneceram na ISS 161 dias 1 hora e 17 minutos retornando agrave Terra em 03 de maio de 2003

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7deg Expediccedilatildeo25-4-2003Baikonur

A 7deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Yuri Malenchenko e pelo norte americano Ed Lu Permaneceram no espaccedilo 184 dias 21 horas e 47 minutos retornando agrave Terra em 27 de outubro de 2003

8deg Expediccedilatildeo18-10-2003Baikonur

A 8deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Aleksandr Kaleri e pelo norte americano Michael Foale Retornou em 29 de abril de 2004 Permanecircncia de 194 dias 18 horas e 35 minutos

9deg Expediccedilatildeo18-4-2004Baikonur

A 9deg Expediccedilatildeo foi composta pelo engenheiro de vocirco norte americano Mike Fincke e pelo comandante russo Gennady Padalka Permanecircncia a bordo da ISS de 187 dias 21 horas e 17 minutos retornando em 23 de outubro de 2004

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10deg Expediccedilatildeo13-10-2004Baikonur

A 10deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante norte americano Leroy Chiao e pelo russo Salizhan Sharipov Retornaram agrave Terra em 24 de abril de 2005 apoacutes 192 dias 19 horas e 2 minutos

11deg Expediccedilatildeo14042005Baikonur

A 11deg Expediccedilatildeo eacute composta pelo comandante russo Sergei Krikalev e pelo norte americano John Phillips Seu retorno estaacute previsto para 7 de outubro de 2005 Serguei Krikalev eacute o novo recordista em permanecircncia no espaccedilo recorde este quebrado durante a missatildeo atual

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DADOS SOBRE A ISS ATEacute O FINAL DA EXPEDICcedilAtildeO 10

Aacuterea habitaacutevel 425 metros cuacutebicosDimensotildees 75 metros de largura entre os paineacuteis solares 275 metros de altura 438 metros do moacutedulo cientiacutefico Destiny ateacute o moacutedulo de serviccedilo Zvezda 513 metros com uma nave Progress acopladaPeso 18303 toneladasVocircos 16 vocircos norte americanos e 28 vocircos russosAtividades Extraveiculares 65 saiacutedas sendo 25 partindo de dentro do Ocircnibus Espacial totalizando 348 horas e 15 minutosExperimentos cientiacuteficos Ateacute o final da Expediccedilatildeo 7 em agosto de 2003 tinham sido feitos 129 experimentos

COMPONENTES DA ESTACcedilAtildeO

ZARYA20-11-199820000 Kg Baikonur - Proton

Moacutedulo russo tambeacutem conhecido como FGB (Functional Cargo Block em inglecircs) Possui 126 metros de com primento por 4 05 metros de diacircmetro e 2 paineacuteis solares Possui 2 acopladores 1 utilizado pelo moacutedulo Unity e outro que pode ser utilizado por naves Soyuz ou Progress

UNITY3-12-199820000 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Moacutedulo norte americano Possui 45 metros de comprimento por 66 metros de diacircmetro Possui 2 acopladores 1 utilizado pelo moacutedulo Zarya e outro que pode ser utilizado pelos ocircnibus espaciais americanos Este moacutedulo eacute feito inteiramente em alumiacutenio

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ZVEZDA12-7-200020000 Kg Baikonur - Proton

Moacutedulo russo tambeacutem conhecido como Service Module Possui 2 paineacuteis solares e 4 acopladores sendo que 1 na parte traseira e 3 na parte dianteira Possui 13 metros de comprimento e 405 metros de diacircmetro O Zvezda possui 14 janelas e seu interior eacute dividido em 3 compartimentos Possui cabines para os tripulantes e seraacute utilizado como moacutedulo de habitaccedilatildeo durante a construccedilatildeo da ISS

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Z1 TRUSS5-10-20008280 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Serve como central de com unicaccedilotildees do segmento americano Tambeacutem eacute utilizado como base para a estrutura P6 Truss Possui 4 giroscoacutepios utilizados para estabilizar a estaccedilatildeo e uma antena de telecomunicaccedilotildees Custo de 273 milhotildees de doacutelares

P6 TRUSS30-11-200017000 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Estrutura que serve para acomodar os radiadores e os imensos paineacuteis solares PVA (PhotoVoltaic Arrays) Satildeo ao todo 4 PVAs com comprimento de 73 metros de ponta a ponta e 3 radiadores Custo de 600 milhotildees de doacutelares

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DESTINY7-2-200114515 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Peccedila central da parte cientiacutefica da Estaccedilatildeo Espacial Internacional Feito em alumiacutenio possui 85 metros de comprimento peso de 14515 Kg e 45 metros de diacircmetro Possui 3 seccedilotildees ciliacutendricas e capacidade para alocar 24 racks com experimentos Responsaacutevel pelo controle da estaccedilatildeo em substituiccedilatildeo ao moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda

MPLM LEONARDORAFAELLODONATELLO10-3-20014100 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Os MPLM (Multi-Purpose Logistics Modules) foram construiacutedos pela Agecircncia Espacial Italiana ASI e pela empresa Alenia Aerospazio localizada em Turin na Itaacutelia Estes moacutedulos pressurizados servem para transportar e trazer carga para a Estaccedilatildeo Sua construccedilatildeo foi iniciada em 1996 Possuem 64 metros de comprimento por 46 metros de diacircmetro Podem transportar 91 toneladas de carga em 16 racks standard

CANADARM19-4-200117000 KgsCabo Canaveral - Space Shuttle

Primeira parte do braccedilo roboacutetico canadense ldquoCanadArmrdquo Este braccedilo com seus 177 metros de comprimento e suas 17 toneladas de peso seraacute utilizado para construir a estaccedilatildeo Anexado ao moacutedulo Destiny possui a singular capacidade de andar pelo moacutedulo o que aumenta seu raio de atuaccedilatildeoCusto de 600 milhotildees de doacutelares

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JOINT AIRLOCK QUEST12-7-20016500 KgsCabo Canaveral - Space Shuttle

Airlock (saiacuteda externa da estaccedilatildeo) anexa ao moacutedulo Unity Compatiacutevel com roupas espaciais americanas e russas Custo de 164 milhotildees de doacutelares

CO-1 PIRSDOCKING COMPARTMENT13-9-20015000 Kgs Baikonur - Proton

Moacutedulo russo que possui um pequeno airlock para saiacutedas extraveiculares compatiacutevel apenas com trajes russos Serve tambeacutem como ponto de acoplamento para naves Soyuz e Progress M Acoplado ao moacutedulo Zvezda Possui comprimento de aproximadamente 5 metros e diacircmetro maacuteximo de 280 metros Foi transportado para a estaccedilatildeo atraveacutes de um moacutedulo de serviccedilo Progress adaptado

S0 TRUSS5-6-200212247 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Primeira parte da estrutura principal da ISS composta por 9 partes Possui comprimento de 134 x 46 metros Nele foi fixado o Mobile Transporter que permite ao braccedilo robocirc CanadArm se deslocar pela estaccedilatildeo

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S1 TRUSS7-10-200215000Cabo Canaveral - Space Shuttle

Com prim ento de 137 metros peso de 15 toneladas eacute o terceiro componente da seccedilatildeo central da estaccedilatildeo composta por 11 peccedilas Foi anexado ao segmento S0 Possui 2 cameras de TV um segundo canal S-Band de comunicaccedilatildeo e o primeiro Thermal Radiator Rotary Joint

P1 TRUSS23-11-2002 12400 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Comprimento de 137 metros peso de 124 toneladas anexado ao segmento S0 Possui uma antena de UHF e da mesma forma que o segmento S1 possui radiadores e tambeacutem tem instalado o Crew and Equipment Translation Aid (CETA)

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FOGUETES

Foguetes empregados para levar naves e componentes para a ISS

SOYUZComprimento 345 m Diacircmetro 3 m Peso 297 toneladas Estaacutegios 3 ou 4 Carga uacutetil LEO 7 toneladas

Descriccedilatildeo dos sistemasPrimeiro estaacutegio 4 exaustores 42810 Kg 101600

kgf Isp 314 sec Tempo de Queima 118 segundos Isp(sl) 257 sec LoxKerosene Motores 1RD-107- 11D511P

Segundo estaacutegio 101160 Kg 103100 kgf Isp 319 segundos Tempo de Queima 286 segundos Isp(sl) 252 segundos LoxKerosene Motores 1 RD- 108-11D512P

Terceiro estaacutegio 25400 Kg 30400 kgf Isp 330 segundos Tempo de Queima 250 segundos Isp(sl) 0 segundos LoxKerosene Motores 1 RD-0110 (4) IkarFregatrdquo

HistoacutericoO Soyuz eacute um foguete da famiacutelia R7 composto

de 2 estaacutegios desenvolvido em 1963 capaz de co locar 7 to n e la d a s num a oacuterb ita de 200 quilocircmetros de altitude Foi utilizado para lanccedilar a p ro x im a d a m e n te m e ta d e das m issotildees espacia is tripu ladas e natildeo tripu ladas Os foguetes Soyuz tambeacutem foram utilizados para co locar em oacute rb ita s a teacute lite s m ilita res de reconhecimento

Fam iacuteliaR-7 8K71 Sputnik 8K71PS Luna 8K72 R-7A

8K74 Sputnik 8A91 Molniya 8K78 Vostok 8K72 Vostok 8K72K Molniya 8K78L Vostok 8A92 Polyot 11A 59 Voskhod 11A 57 M olniya 8K78MVostok 11A510 Vostok 8A92M Soyuz 11A511 Soyuz 11A514 Soyuz 11A511L Soyuz 11A511M Soyuz 11A511U Soyuz 11A511U2 Soyuz 11A511 UIkar Soyuz M

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PROTONComprimento 57 mDiacircmetro 42 mPeso 707 toneladasEstaacutegios 3 ou 4Carga uacutetil LEO 20 toneladasCarga uacutetil GEO 55 toneladas

Descriccedilatildeo dos sistemasPrimeiro estaacutegio 450510 Kg 1067659 kgf Isp

316 segundos Tempo de Queima 124 segundos Isp(sl) 267 segundos N2O4UDMH Motores 6 RD- 253-11D48

Segundo estaacutegio 167828 Kg 244652 kgf Isp 327 segundos Tempo de Queima 206 segundos Isp(sl) 230 segundos N 2O 4U D M H Motores 4 RD-0210

Terceiro estaacutegio 50747 Kg 64 260 kgf Isp 325 segundos Tempo de Queima 238 segundos Isp(sl) 230 segundos N 2O 4U D M H Motores 1 RD-0212

Quarto estaacutegio 14000 Kg 8670 kgf Isp 352 segundos Tempo de Queima 570 segundos Lox Kerosene Motores1 RD-58M

HistoacutericoOs foguetes Proton comeccedilaram a ser utilizados

em 1965 Foi o primeiro foguete sovieacutetico que natildeo foi baseado num miacutessil baliacutestico intercontinental O Proton pode utilizar 3 ou 4 estaacutegios e foi utilizado para a maioria das missotildees espaciais sovieacuteticas como as estaccedilotildees Salyut Mir e sondas espaciais Versotildees de 4 estaacutegios satildeo utilizadas para colocar em oacuterbita sateacutelites geoestacionaacuterios

O primeiro estaacutegio do Proton tem 6 motores e possui empuxo de 2 mil toneladas O terceiro estaacutegio pode colocar em oacuterbita cargas de 20 toneladas

Fam iacuteliaUR-100 Monoblock UR-500 Polyblock UR-500

UR -200 Proton 8K82 Proton 8K82K11S824 Proton 8K82K UR-700 UR-70011D54 UR-700RD- 350 UR-700RO-31 UR-900 UR-700M Proton 8 K 8 2 K 1 1S 8 6 U R -5 0 0 M K Proton 8K 8 2K 11S824M U R -100N U R -530 Proton 8K82K 11S861 Proton 8K82K11S824F Rokot Proton 8K82K 11S861-01 Proton 8K82KDM 1 Proton 8K82KDM3 Strela Proton 8K82K17S40 Proton 8K82KDM2 Proton 8K82KDM4 Proton 8K82KM

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SPACE SHUTTLEComprimento 56 m Diacircmetro 87m Peso 2040 toneladas Estaacutegios 2()Carga uacutetil LEO 275 toneladas ()

Descriccedilatildeo dos sistemasFoguetes de combustiacutevel soacutelido 2 SRB 589670 kg

1174713 kgf Isp 269 segundos Tempo de Queima 124 segundos Isp(sl) 237 segundos Motores de Combustiacutevel Soacutelido 1 SRB

Tanque externo (Shuttle External Tank) 750975 kg 0 kgf Isp 455 segundos Tempo de Queima 480 segundos Isp(sl) 363 segundos LoxLH2 Motores 0

Ocircnibus Espacial Shuttle Orbiter Gross 99318 kg 696905 kgf Isp 455 segundos Tempo de Queima 480 segundos Isp(sl) 363 segundos Lox LH2 Motores 3 SSME

HistoacutericoO sistema do ocircnibus espacial eacute composto por 2

foguetes la tera is de com bustiacuteve l soacutelido denominados SRB (Solic Rocket Booster) que impulsionam a nave durante a fase inicial da subida Ao se esgotar o combustiacutevel satildeo ejetados e o Shuttle utiliza seus 3 motores SSME alimentados pelo imenso tanque de combustiacutevel de cor laranja para completar o resto da subida ateacute atingir a oacuterbita terrestre

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m 7 MASTRONAUTICA

NAVES ESPACIAIS

Veja a seguir a descriccedilatildeo das naves tripuladas utilizadas para chegar na ISS

SOYUZ TMAPeso 7250 Kg Comprimento 75 m Diacircmetro 27 m Aacuterea uacutetil 9 m3

Descriccedilatildeo dos sistemasAs Soyuz satildeo compostas por 3 moacutedulos O

moacutedulo de descida com capacidade para 3 cosmonautas tem 22 m de comprimento por 22 m de diacircmetro Pesa 3000 Kg e possui 4 m3 Possui paacutera-quedas para descida sistemas de telemetria e um periscoacutepio digital O pouso eacute amortecido por motores de combustiacutevel soacutelido utilizados no final da descida Os cosmonautas utilizam roupas pressurizadas na decolagem e descida O moacutedulo orbital tem 3 metros de comprimento por 23 metros de diacircmetro Tem 5 m3 e pesa 1300 Kg Nele estaacute

instalado o sistem a de rendez vous Kurs composto de 2 antenas aleacutem de 1 janela O m oacutedulo de serviccedilo pesa 2 9 5 0 Kg e tem comprimento de 23 m e diacircmetro de 21 m A Soyuz utiliza como fonte de energia paineacuteis solares de 10 m2 e consome em meacutedia 060 Kw

HistoacutericoDesenvolvidas nos anos 60 as Soyuz foram

criadas para fazer viagens da Terra para a Lua mas acabaram sendo utilizadas para levar cosmonautas para as estaccedilotildees espaciais Salyut e Mir Satildeo utilizadas atualm ente para levar cosm onautas para a estaccedilatildeo espac ia l internacional Uma versatildeo natildeo tripulada da Soyuz denominada Progress eacute utilizada desde os anos 70 para reabastecer as estaccedilotildees espaciais russas

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SPACE SHUTTLEPeso Total 104328 kg Comprimento 372 m Envergadura 238 m Aacuterea uacutetil 72 m3T ripulaccedilatildeo 8 astronautas com tempo em oacuterbita 16 dias Combustiacutevel 21600 Kg Carga 21190 KgPeso do escudo teacutermico18500 Kg Sistema eleacutetrico baterias combustiacuteveis

Descriccedilatildeo dos sistemasOs ocircnibus espaciais foram produzidos para

transportar astronautas para o espaccedilo e lanccedilar ou reparar sateacutelites Seus primeiros estudos

foram nos anos 70 e o primeiro a ser construiacutedo o E n te rp rise nunca foi lan ccedilad o Foram construiacutedas 5 naves a prim eira cham ada Coluacutembia fez seu vocirco inaugural em 12 de abril de 1981 e foi destruiacutedo durante o retorno a Terra em fe v e re iro de 2 0 0 3 D epo is v ie ram a Challenger destruiacutedo em 1986 Discovery Atlantis e o Endeavour construiacutedo para substituir o Challenger Em 1995 o Discovery foi o primeiro ocircnibus espacial a acoplar com uma estaccedilatildeo espacial ao unir-se agrave estaccedilatildeo Mir Foram feitas 9 missotildees durante 3 anos no projeto conjunto Shuttle-Mir Atualmente transportam peccedilas e tr ip u la ccedil otilde e s para a E s taccedil atildeo E s p ac ia l Internacional

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m 7 MASTRONAUTICA

PROGRESS_MAs Progress possuem formato idecircntico agraves naves

Soyuz Possuem 7 metros de comprimento 27 metros de diacircmetro peso de 72 toneladas e uma aacuterea destinada aos suprimentos de 76 metros cuacutebicos Possui 2 paineacuteis solares com 10 metros quadrados de aacuterea que geram 13 KW de forccedila

As Progress levam suprim entos para aproximadamente 2 meses para uma tripulaccedilatildeo de

ateacute 3 cosmonautas Sateacutelites cargueiros satildeo na verdade versotildees natildeo tripuladas das naves Soyuz Foram fabricadas para reabastecer as estaccedilotildees esp ac ia is S a lyu t posterio rm ente a Mir e atualmente a ISS As Progress M aleacutem de terem uma carga uacutetil maior que sua antecessora podem transportar uma caacutepsula recuperaacutevel chamada Raduga que permite transportar de volta para a Terra experimentos feitos nas estaccedilotildees espaciais

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DA TERRA PARA O INFINITO

Para chegar da Terra ateacute a estaccedilatildeo espacial por enquanto existem dois centros espaciais o de Baikonur no Casaquistatildeo localizado na Aacutesia Central e o de Cabo Canaveral localizado na Floacuterida nos Estados Unidos Veremos um pouco da histoacuteria de cada um deles a seguir

Cabo CanaveralLatitude 2845 N Longitude 8053 WIniacutecio de operaccedilatildeo 1949

Cabo Canaveral eacute a maior e mais importante base espacial dos Estados Unidos Foi dela que partiram as missotildees lunares Apollo O Cabo Canaveral eacute utilizado para todos os lanccedilamentos tripulados Tambeacutem eacute utilizado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos

A escolha da base de lanccedilamentos foi feita em 11 de maio de 1949 Uma seacuterie de estaccedilotildees de rastream en to foi ins ta lada nas B aham as Oficialmente a base de Cabo Canaveral entrou em funcionamento em 01 de outubro de 1949 Os primeiros lanccedilamentos de foguetes (V2 modificadas

do tipo Bumper) foram feitos em julho de 1950 Durante os anos 60 foram construiacutedas imensas instalaccedilotildees e plataformas para o programa lunar Apollo Nos anos 70 estas instalaccedilotildees foram aproveitadas para o programa do ocircnibus espacial A primeira vez que a base foi aberta ao puacuteblico foi em 19 de maio de 1961 Os primeiros testes do ocircnibus espacial foram feitos em 23 de julho de 1979 utilizando-se o ocircnibus espacial Enterprise (OV- 101)Os lanccedilamentos satildeo feitos com inclinaccedilatildeo miacutenima de 28 graus e maacutexima de 57 graus Existem plataformas para lanccedilar o Ocircnibus Espacial e foguetes Atlas Delta e Titan As principais plataformas satildeo as 39A e 39B utilizadas pelos imensos foguetes lunares Saturn V e atualmente utilizadas pelo ocircnibus espacial

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BaikonurLatitude 4563 N Longitude 6326 EIniacutecio de Operaccedilatildeo 1955

Localizado no Casaquistatildeo Baikonur eacute o maior cosmoacutedromo utilizado pela Ruacutessia para a maioria dos lanccedilamentos e por todos os lanccedilamentos tripulados

O cosmoacutedromo ocupa uma aacuterea aproximada de 7360 quilocircmetros quadrados numa aacuterea proacutexima ao rio Syr Darya na regiatildeo de Kyzl-Orda Oblast no Casaquistatildeo a 380 quilocircmetros da velha cidade de Baikonur O Cosmoacutedromo fica proacutexima do velho vilarejo de Tyuratam e da cidade de Zarya que foi rebatizada como Leninsk em 1958 e rebatizada como Baikonur em 1996

Inicialmente conhecido como Tashkent-50 a constuccedilatildeo foi iniciada em 12 de janeiro de 1955 Os construtores se referiam ao Cosmoacutedromo como Zvezdograd durante a eacutepoca da construccedilatildeo A cidade de Leninsk teve sua populaccedilatildeo ampliada de 50000 habitantes em 1975 para 75000 habitantes em 1990 A aprovaccedilatildeo para a construccedilatildeo do Cosmoacutedromo foi atraveacutes do Decreto do Conselho de Ministros da Uniatildeo Sovieacutetica nuacutemero 2 82 -181 no qual o complexo era chamado de Aacuterea de Teste nuacutemero 5 O primeiro lanccedilamento feito em Baikonur foi o de um foguete baliacutestico SS-6 em 15 de maio de 1957 mas o lanccedilamento falhou O primeiro lanccedilamento bem sucedido foi em 03 de agosto de 1957 Baikonur eacute comparado ao centro de lanccedilamentos de Cabo Canaveral na

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Floacuterida Estados Unidos devido a importacircncia e tam an h o mas o com plexo de B aikonur eacute consideravelmente mais extenso

O cosm oacutedrom o possui 9 com plexos de lanccedilamento incluindo 15 plataformas para os foguetes do tipo Soyuz Molniya Zenith Rockot Proton entre outros Aleacutem disso tem 11 linhas de

montagem e revisatildeo de sateacutelites e espaccedilonaves 3 pontos de abastecimento de combustiacutevel centro meacutedico para cosmonautas 2 aeroportos de grande porte plantas de nitrogecircnio oxigecircnio e gaacutes sistemas de abastecimento de energia eleacutetrica e aacutegua e para concluir um grande sistema de estradas e de vias ferroviaacuterias iJ

Daniel Sanchez Bins eacute o autor do site Cosmonaacuteutica dedicado ao programa espacial russo e usuaacuterio e colaborador da Espacialcomhttpwwwcosmonauticacjbnet

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Participe apoie divulgue o siteWWWCOMITEMARCOSPONTESCJBNET

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CAMPANHA NACIONAL DE APOIO AO 1D VOcircO ORBITAL DO ASTRONAUTA BRASILEIRO EA CONTINUIDADE DO BRASIL

NO PROJETO DA ESTACcedilAtildeO ESPACIAL INTERNACIONAL

A campanha ldquoSim eu quero vero verdee

amarelo no espaccedilordquo lanccedilada pelo Comitecirc

Marcos Pontes tem o objetivo de apoiar a

Agecircncia Espacial Brasileira na viabilizaccedilatildeo

do primeiro vocirco orbital do nosso astronauta

atraveacutes da continuidade da participaccedilatildeo

brasileira no projeto da Estaccedilatildeo Espacial

Internacional (EEI)

Para isso conta com a colaboraccedilatildeo da

populaccedilatildeo brasileira que pode manifestar

mobilizaccedilatildeo em prol da campanha assinando

um abaixo-assinado no site

wwwcomitemarcospontescjbnet

Decirc sua contribuiccedilatildeo Vamos apoiar o Brasil nesse projeto que traz oportunidades uacutenicas de estar agrave frente em experimentos e tecnologia de ponta

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copy N

AS

A

revista

PLANETOLOGIA

Planetas Extrasolares

Detecccedilatildeo Dinacircmica amp Origem

W alkiria Schulz | Revista macroCOSMOcomwschulzcettconaegovar

Cristiaacuten Beaugeacute | Colaboradorbeaugeoacuncoredu

Quantas vezes olhamos para o ceacuteu e nos perguntamos se estamos sozinhos neste Universo Quais satildeo as chances reais de existir outra civilizaccedilatildeo Para responder a estas e outras perguntas os astrocircnomos estatildeo se dedicando a uma nova aacuterea de pesquisa a Mecacircnica de Planetas Extrasolares A ideacuteia eacute desenvolver novas tecnologias capazes de detectar planetas eou sistemas planetaacuterios em outras estrelas e a partir daiacute estudar as caracteriacutesticas que possam representar condiccedilotildees ambientais de presenccedila de vida

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PLANETOLOGIA

A descoberta de planetas fora do nosso Sistema Solar eacute um fato recente Ateacute cerca de 10 anos atraacutes noacutes natildeo dispunhamos de instrumentos sensiacuteveis o suficiente para detectar corpos tatildeo pequenos distantes e pouco luminosos Foi necessaacuterio desenvolver aparelhos de detecccedilatildeo com uma precisatildeo jamais vista e anexaacute-los a telescoacutepios dedicados a este tipo de investigaccedilatildeo

Aleacutem de vislum brar a possibilidade de natildeo estarmos sozinhos os planetas extrasolares tambeacutem representam uma oportunidade para a M ecacircnica Celeste de estudar sistem as com dinacircmicas diferentes das encontradas no Sistema Solar Estes estudos podem vir a ser fontes de corroboraccedilatildeo de teorias cosmogocircnicas atuais que foram desenvolvidas baseando-se no conhecimento de um uacutenico sistema planetaacuterio o nosso

Ao comeccedilar a encontrar planetas extrasolares a primeira pergunta que surgiu foi estes novos objetos satildeo compatiacuteveis com as nossas ideacuteias de formaccedilatildeo planetaacuteria Para entender um pouco melhor esta questatildeo vamos comeccedilar falando sobre o que se sabe a respeito do nosso Sistema Solar

Teorias de Formaccedilatildeo do Sistema Solar

Existem trecircs formas de construir um modelo para explicar como se formou o Sistema Solar

1 A partir de modelos de formaccedilatildeo estelar extrapolando para a frente

2 A partir da estrutura atual do nosso Sistema Solar extrapolando para traacutes

3 Analisando e comparando as caracteriacutesticas de outros sistemas planetaacuterios em etapas distintas de evoluccedilatildeo

Na verdade todas estas possibilidades satildeo complementares e as informaccedilotildees provenientes de cada uma devem ser coerentes entre si

Modelos Comeccedilamos com uma nuvem proto- estelar similar agraves observadas na nebulosa de Oacuterion A interaccedilatildeo entre a contraccedilatildeo e a rotaccedilatildeo desta nuvem de material provocou um colapso que resultou em uma estrutura achatada onde a maioria da massa se encontrava no centro (proto-sol) enquanto o resto formava um disco ao redor

Dentro desta nuvem existiam dois componentes gaacutes (aproximadamente 96) e material soacutelido (4) A pressatildeo interna mantinha o equilibrio hidrostaacutetico do gaacutes mas natildeo das partiacuteculas soacutelidas que sofriam fricccedilatildeo com o gaacutes caindo no plano da nuvem e mais perto do proto-sol Como resultado deste processo o disco se dividiu em uma nebulosa gasosa exterior (formada de elementos como hidrogecircnio heacutelio e nitrogecircnio) e um disco compacto interno composto de partiacuteculas soacutelidas de mais ou menos 1 cm de raio (com elementos tais como carbono niacutequel e ferro)

A partir deste ponto existem duas possibilidades para a evoluccedilatildeo destas partiacuteculas ateacute planetesimais de raios entre 10 e 100 m No primeiro caso o conjunto de pequenas partiacuteculas continua caindo em direccedilatildeo ao plano ateacute formar um disco tatildeo denso que torna-se gravitacionalmente instaacutevel provocando um colapso do material em planetesimais maiores A segunda possibilidade sugere um processo mais lento onde a formaccedilatildeo de corpos maiores deu-se por colisotildees entre as partiacuteculas pequenas No entanto ambas teorias tecircm problemas e ainda natildeo

P R O T O -S O L (~ 9 9 M A S S A )

Formaccedilatildeo de um sistema planetaacuterio a partir de uma nebulosa primordial

N E B U L O S A P R IM O R D IA L (~ 1 M A S S A )

ocopy

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possuimos um bom modelo para explicar a transiccedilatildeo entre partiacutecu las de 1 cm e planetesim ais de 100 m de raio Este problema eacute conhecido em Inglecircs como o Meter Size Hurdle ou o obstaacuteculo do tamanho de um metro em uma traduccedilatildeo literal

No entanto in d ep en d en tem en te do mecanismo que produziu estes objetos a partir de uma populaccedilatildeo de planetesimais com raios entre 10 e 100 m sabe-se que a evoluccedilatildeo do disco rochoso se deu atraveacutes da com binaccedilatildeo entre gravitaccedilatildeo muacutetua e colisotildees Os corpos do nosso Sistema Solar apresentam uma seacuterie de evidecircncias destas colisotildees como fragmentaccedilotildees e crateras No entanto se a velocidade relativa entre os corpos eacute suficientemente pequena as colisotildees datildeo origem a um processo construtivo conhecido como acreccedilatildeo que eacute o mecanismo baacutesico de formaccedilatildeo planetaacuteria

A princiacutepio o processo de acreccedilatildeo soacute funciona para corpos soacutelidos e natildeo para o gaacutes No entanto e considerando que a temperatura do gaacutes decai com a distacircncia ao Sol existe um valor criacutetico desta distacircncia tal que a tem peratura do gaacutes seja suficientemente baixa para que a componente volaacutetil da nuvem condense Esta distacircncia criacutetica eacute conhecida como a ldquolinha do gelordquo e corresponde a aproximadamente 4 ou 5 UA Portanto aleacutem deste valor os elementos quimicos leves (eg HHeN)

Crateras na Lua evidecircncias de um periacuteodo decolisotildees

tambeacutem participaram do processo de acreccedilatildeo e deram origem a planetas ricos em elementos leves os chamados planetas Gigantes (Juacutepiter Saturno Urano e Netuno) Enquanto isso na regiatildeo mais proacutexima da proto-estrela os planetesimais jaacute apresentavam raios da ordem de 100 km e eram embriotildees planetaacuterios

Entre 6 e 10 milhotildees de anos de evoluccedilatildeo do sistema o proto-Sol entrou em uma fase conhecida como T-Tauri na qual a nuvem de gaacutes remanescente comeccedilou a se dissipar Assim as etapas finais de formaccedilatildeo dos planetas terrestres continuaram em um cenaacuterio praticamente livre de gaacutes A presenccedila do recentemente formado Juacutepiter tambeacutem afetou

SOLCOLISOES ENTRE OS EMBRIOtildeES PLANETAacuteRIOS

Juacutepiter

1

y -----

ACRECcedilAtildeO

y ------------

FRAGMENTACcedilAO

SOL Mercuacuterio Vecircnus Terra Marte Asteroides Juacutepiter ltgt

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PLANETOLOGIA

esta formaccedilatildeo planetaacuteria invertendo o proceso de acreccedilatildeo e provocando fragmentaccedilotildees nos embriotildees planetaacuterios que encontravam-se perto do planeta gigante Esta fragm entaccedilatildeo deu origem aos asteroacuteides que hoje encontramos entre as oacuterbitas de Marte e Juacutepiter Nos 100 milhotildees de anos seguintes os planetas terrestres se formaram

Em forma muito resumida este eacute o modelo cosmogocircnico mais aceito atualmente Ele consegue explicar a existecircncia de planetas gigantes e terrestres a localizaccedilatildeo dos planetas gigantes aleacutem de 4-5 UA oacuterbitas praticamente coplanares e circulares a presenccedila de asteroacuteides e objetos do cinturatildeo de Kuiper e a existecircncia de aneacuteis e sateacutelites No entanto existem alguns problemas Talvez o principal deles seja a impossibilidade de formar Urano e Netuno antes da dissipaccedilatildeo da nuvem de gaacutes Devido agrave baixa densidade de partiacuteculas soacutelidas e gaacutes na parte externa da nuvem o processo de acreccedilatildeo necessitaria tempos maiores que a idade do Sistema Solar A suposiccedilatildeo de que a nuvem primordial fosse mais massiva eacute pouco provaacutevel jaacute que seria necessaacuterio algum mecanismo para eliminar a massa restante depois da formaccedilatildeo dos planetas e natildeo conhecemos nenhum que seja eficiente neste sentido Uma outra alternativa para Urano e Netuno seria que os planetas gigantes natildeo se formaram por acreccedilatildeo e sim por instabilidade gravitacional do gaacutes Simulaccedilotildees com esta teoria levam a condiccedilotildees planetaacuterias diferentes das que encontramos nos planetas atuais A composiccedilatildeo quiacutemica de Saturno por exemplo eacute incompatiacutevel com os resultados das simulaccedilotildees Explicar as origens dos sistem as planetaacuterios eacute um dos problem as cientiacuteficos mais im portantes da atualidade (NASA 2003)

Dinacircmica Outra forma de estudar nosso Sistema Solar eacute atraveacutes de sua dinacircmica em particular sua estabilidade orbital Por estabilidade se entende que com o passar do tempo as oacuterbitas dos corpos maiores permanecem quase-circulares quase- planares e natildeo existe a possibilidade dos planetas se chocarem Procuramos indiacutecios de estabilidade orbital para tentar explicar a configuraccedilatildeo atual dos planetas e prever seu futuro

Na deacutecada de 90 foram realizadas vaacuterias simulaccedilotildees em computador da evoluccedilatildeo das oacuterbitas de todos os planetas por tempos da ordem da idade do Sistema Solar (Laskar 1994) A ideacuteia era corroborar que as oacuterbitas nuncam se cruzam No

ESTAacuteVEL

INSTAacuteVEL

Oacuterbitas estaacuteveis e instaacuteveis

entanto foi encontrado que existe a possibilidade de que em aproximadamente 36 bilhotildees de anos Mercuacuterio cruze a oacuterbita de Vecircnus Se natildeo houver um mecanismo de proteccedilatildeo natural eacute possiacutevel que os planetas se choquem e como consequumlecircncia a oacuterbita de Vecircnus sofreria grandes mudanccedilas podendo inclusive chocar-se com a Terra Embora estes resultados possam depender da modelagem utilizada sua conclusatildeo mais importante eacute que o Sistema Solar interno pode natildeo ser estaacutevel para sempre embora o seja por periacuteodos de tempo da ordem de 4 bilhotildees de anos

Seja o que for que aconteccedila daqui a 4 bilhotildees de anos o Sistema Solar eacute um dos sistemas dinacircmicos mais estaacuteveis que se conhece no Universo Sendo assim como eacute possiacutevel que um processo de formaccedilatildeo caoacutetico e colisional tatildeo sensiacutevel agraves condiccedilotildees iniciais decirc origem a um sistem a planetaacuterio tatildeo estaacutevel Apoacutes muitos anos realizando

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PLANETOLOGIA

simulaccedilotildees da uacuteltima etapa da formaccedilatildeo planetaacuteria sem conseguir obter nenhum Sistema Solar sinteacutetico que reproduza o nuacutemero correto de planetas nem sua estabilidade chegou-se agrave conclusatildeo de que as posiccedilotildees atuais dos planetas devem ter sido ldquodefinidasrdquo nas primeiras etapas do processo de acreccedilatildeo O problema eacute que realizar estudos destas etapas eacute tecn icam ente com plexo jaacute que eacute necessaacuterio simular a evoluccedilatildeo de milhotildees de partiacuteculas planetesimais por gravitaccedilatildeo e por colisotildees por periacuteodos de tempo muito grandes Os computadores de uso geral natildeo possuem velocidade de caacutelculo suficiente para realizar estas simulaccedilotildees A soluccedilatildeo foi construir super-com putadores especiacuteficos que pudessem ser utilizados para as simulaccedilotildees de formaccedilatildeo planetaacuteria O projeto japonecircs G R A PE tomou esta tarefa para si e desenvolveu um super-computador equivalente a 1 milhatildeo de PCs de hoje com capacidade de realizar simulaccedilotildees que levariam 2 anos em apenas 1 minuto

Entre os resultados preliminares do projeto GRAPE se destaca a conclusatildeo de que a interaccedilatildeo entre colisotildees e a dinacircmica de muitos planetesimais cria um fenocircmeno conhecido como repulsatildeo de em briotildees planetaacuterios Segundo esta teoria se a distacircncia entre dois proto-planetas eacute maior que um certo valor criacutetico d os dois corpos crescem por acreccedilatildeo alimentando-se dos planetesimais ao redor sem variar sua posiccedilatildeo relativa No entanto se a distacircncia inicial entre os dois proto-planetas eacute menor que aquele valor criacutetico os corpos se repelem e se afastam ateacute que a distacircncia entre eles seja maior que d Este processo suave e determiniacutestico poderia explicar a quantidade correta de planetas que encontramos hoje em oacuterbitas dinam icamente estaacuteveis

Resum indo embora ainda existam problemas natildeo resolvidos (Meter Size Hurdle formaccedilatildeo de Urano e Netuno) atualmente dispomos de um modelo de formaccedilatildeo planetaacuteria baseado em um processo de acreccedilatildeo de corpos soacutelidos que consegue reproduzir a maioria das caracteriacutesticas do nosso Sistema Solar Seraacute que o mesmo processo aconteceu em todos os sistemas planetaacuterios ou soacute aqui Natildeo existe garantia de que todos os planetas se formaram seguindo as mesmas condiccedilotildees mas a possibilidade de avaliar o que acontece em outras regiotildees do Universo abre toda uma nova perspectiva para a Mecacircnica Celeste

Os Planetas Extrasolares Conhecidos ldquo Zoologiardquo e Detecccedilatildeo

Em 1995 os astrocircnomos Michel Mayor e Didier Queloz do Observatoacuterio de Genebra descobriram o primeiro planeta extrasolar ao redor de uma estrela do tipo sequecircncia principal A estrela eacute 51 Pegasi (G2 distacircncia agrave Terra = 147 pc) e o planeta tem uma massa aproximadamente igual agrave metade da massa de Juacutepiter

No ano seguinte os americanos Geoffrey Marcy e Paul Butler descobriram mais dois planetas O primeiro orbita a estrela 70 Virgo (G5 distacircncia agrave Terra = 181 pc) e parece ter mais de 7 vezes a massa do nosso planeta gigante O segundo estaacute ao redor de 47 Uma (G0 distacircncia agrave Terra = 141 pc) e tem 25 vezes a massa de Juacutepiter

A populaccedilatildeo atual de planetas aleacutem do nosso Sistema Solar contabiliza ao redor de 160 objetos todos com massas inferiores a 18 vezes a massa de Juacutepiter Entre os casos mais interessantes encontram-se 15 sistemas planetaacuterios

- 12 sistemas com 2 planetas- 2 sistemas com 3 planetas (Ups And e GJ876)- 1 sistema com 4 planetas (55 Cnc)Curiosamente tambeacutem foram encontrados vaacuterios

planetas orbitando estrelas binaacuterias Entre eles podemos mencionar 16 Cyg B t Boo e y Cephei B

Nuacutemero de planetas extrasolares descobertos ateacute maio de 2005 copy Cristiaacuten Beaugeacute

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Recentemente foi descoberto um planeta orbitando uma estrela pertencente a um sistema estelar triplo

P ra ticam en te todos os p lanetas extrasolares conhecidos foram detectados por tracircnsito ou variaccedilatildeo da velocidade radial da estrela (Doppler) Existem outros meacutetodos de detecccedilatildeo que exigem configuraccedilotildees especiais de posiccedilotildees relativas mais dificieis de encontrar (por exemplo microlentes)

Eacute importante ter em conta que os planetas extrasolares tambeacutem conhecidos como exoplanetas satildeo objetos de luminosidade muito baixa Um planeta como Juacutepiter possui uma luminosidade equivalente a 10-9 da luminosidade do Sol Ou seja os exoplanetas natildeo satildeo observados diretamente A exceccedilatildeo eacute GQ Lupi observado com o Very Large Telescope - VLT

No entanto eacute possiacutevel perceber quando os planetas passam em frente ao disco da estrela Este eacute o meacutetodo de detecccedilatildeo via tracircnsito que permite medir o periacuteodo orbital (consequumlentemente o semi- eixo maior) e o raio do planeta As limitaccedilotildees deste meacutetodo incluem soacute eacute possiacutevel observar objetos em oacuterbitas a 90o com a esfera celeste eacute mais faacutecil detectar planetas gigantes e em oacuterbitas muito proacuteximas da estrela eacute muito difiacutecil (embora natildeo seja impossiacutevel) detectar mais de um objeto e este meacutetodo natildeo oferece dados sobre a excentricidade orbital

Existem vaacuterios projetos preocupados com a detecccedilatildeo de exoplanetas via tracircnsito e eacute muito

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GQ Lupi

provaacutevel que em um futuro proacuteximo a maioria dos planetas extrasolares seja descoberta por este meacutetodo Entre estes projetos um particularmente importante para o Brasil eacute o COROT Trata-se de um sateacutelite projetado pela CNES (Franccedila) com participaccedilatildeo de paiacuteses como Alemanha Auacutestria Beacutelgica Brasil e Espanha Com lanccedilamento previsto para junho de 2006 este sateacutelite levaraacute ao espaccedilo um telescoacutepio de 30 cm de diacircmetro Seu objetivo seraacute estudar Sismologia Estelar e Exoplanetas e para tanto a n a liza raacute as curvas de luz de aproximadamente 12 mil estrelas com magnitudes menores que 155 A populaccedilatildeo de estrelas a ser estudada ainda estaacute sendo definida pela comunidade cientiacutefica

Mesmo sendo invisiacuteveis os planetas extrasolares podem ser suficientemente massivos para provocar movimentos na estrela que possam ser detectados daqui da Terra Os meacutetodos de detecccedilatildeo indireta

se aproveitam do fato de que devido agrave presenccedila de um ou mais planetas a estrela se move ao redor do centro de massa do sistema

Embora natildeo possamos observar o planeta podemos deduzir suas massa e oacuterbita atraveacutes da mediccedilatildeo do movimento proacuteprio da estrela Observando as variaccedilotildees perioacutedicas na velocidade radial da estrela por efeito Doppler podemos estimar a velocidade orbital No entanto a velocidade medida por Doppler natildeo eacute a velocidade total e sim sua projeccedilatildeo sobre a linha que une a estrela ao observador Esta limitaccedilatildeo de medida provoca uma grande imprecisatildeo sobre as estimativas pois natildeo se conhece a inclinaccedilatildeo orbital em relaccedilatildeo agrave linha de visada

Sateacutelite COROT

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PLANETOLOGIA

Graacutefico dos planetas extrasolares detectados em unidades de massa de Juacutepiter por semi-eixo maior(J corresponde a Juacutepiter e S a Saturno) copy Cristiaacuten Beaugeacute

foi similar ao dos nossos planetas Segundo esta teoria apoacutes a formaccedilatildeo existiu um processo de Migraccedilatildeo Planetaacuteria que levou os corpos ateacute a sua localizaccedilatildeo atual com oacuterbitas muito excecircntricas No entanto para que esta hipoacutetese tenha sentido necessitamos uma evidecircncia dinacircmica de migraccedilatildeo e um mecanismo para tornaacute-la efetiva

Origem dos Planetas Extrasolares Hipoacutetese da Migraccedilatildeo

Com o objetivo de explicar os pequenos valores de semi-eixo maior e as altas excentricidades surge a Hipoacutetese da Migraccedilatildeo Existem trecircs propostas de mecacircnismos para explicar a migraccedilatildeo dos planetas ateacute suas posiccedilotildees atuais scattering planetaacuterio interaccedilatildeo com o disco de planetesimais e interaccedilatildeo com o disco de gaacutes

Scattering planetaacuterio No prim eiro caso imaginemos um cenaacuterio onde dois planetas gigantes encontram-se ao redor de uma estrela em oacuterbitas

As limitaccedilotildees dos meacutetodos de detecccedilatildeo de planetas extrasolares provocam uma espeacutecie de seleccedilatildeo natural sobre os objetos que conseguimos ver Assim a maioria dos exoplanetas apresenta grandes massas localiza-se perto das estrelas e tem oacuterbitas muito excecircntricas

O problema neste caso nem eacute tanto pela pouca quantidade de planetas tipo Juacutepiter ou Saturno encontrados (receacutem estamos em condiccedilotildees de observaacute-los) mas que a maioria dos exoplanetas descobertos tem c a ra c te riacutes tic as que consideraacutevamos impossiacuteveis de existir quando soacute conheciacuteamos o nosso sistema Temos planetas gigantes em oacuterbitas de planetas terrestres Temos excentricidades tatildeo altas quanto as de estrelas binaacuterias Como explicaacute-los

Existem duas escolas ou linhas de pesquisa Uma acredita que estes planetas foram formados por mecanismos diferentes dos do nosso Sistema Solar por exemplo via instabilidade gravitacional Esta linha eacute defendida principalmente por astrofiacutesicos estelares A segunda escola composta na maioria por dinacircmicos acredita que o processo de formaccedilatildeo

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PLANETOLOGIA

coplanares e com excentricidades pequenas Se estes planetas natildeo sofrem encontros proacuteximos entre si podemos supor que exista uma espeacutecie de acoplamento entre as suas excentricidades Isto significa que um planeta influenciacutea o outro de tal forma que se a excentricidade de um aumenta a do outro diminui O acoplamento e-e funciona como um mecanismo de proteccedilatildeo evitando encontros proacuteximos entre os planetas a menos que os semi- eixos sejam muito parecidos No caso em que os semi-eixos satildeo similares a interaccedilatildeo gravitacional eacute tatildeo forte que o acoplamento e-e natildeo consegue evitar encontros proacuteximos e podem ocorrer colisotildees com acreccedilatildeo de ambos planetas ou o scattering que significa a ejeccedilatildeo de um dos planetas Com o scattering o planeta que natildeo eacute ejetado do sistema se aproxima da estrela (diminuindo seu semi-eixo) e sua excentricidade aum enta Embora este mecanismo possa funcionar em casos isolados natildeo eacute geral o suficiente para explicar a migraccedilatildeo de tantos exoplanetas

Interaccedilatildeo com o disco de planetesimais Estemecanismo foi inicialmente proposto para explicar a migraccedilatildeo no nosso Sistema Solar Segundo esta teoria as interaccedilotildees gravitacionais entre os planetas gigantes (Juacutepiter Saturno Urano Netuno) e o disco de planetesimais remanescentes provocaram a ejeccedilatildeo final destes planetesimais para o cinturatildeo de Kuiper Como consequumlecircncia o semi-eixo maior de Juacutepiter diminuiu enquanto os semi-eixos de Saturno Urano e Netuno aumentaram Portanto os locais de formaccedilatildeo dos planetas teriacuteam sido diferentes dos atuais Os problemas com esta teoria satildeo numeacutericos Para que um exoplaneta migrasse de 4 ou 5 UA para perto da estrela a massa do disco primordial deveriacutea haver sido da ordem de 1 massa solar Aleacutem deste disco ser altamente instaacutevel este mecanismo de migraccedilatildeo natildeo explica as a ltas excen tric id ad es encontradas nos exoplanetas

Interaccedilatildeo com o disco de gaacutes No final dadeacutecada de 70 os astrocircnomos Peter Goldreich e Scott Trem aine analizaram a interaccedilatildeo entre planetas gasosos e um disco massivo de gaacutes (G oldreich e Trem aine 1979 e 1980) Eles encontraram que se essa interaccedilatildeo fosse muito forte a troca de energia e momento angular resultante poderia causar uma diminuiccedilatildeo draacutestica nos semi-eixos dos planetas Ao natildeo existir evidecircncia

de tal migraccedilatildeo planetaacuteria em nosso Sistema Solar esta teoria caiacuteu em descreacutedito No entanto a descoberta de outros sistemas planetaacuterios provocou o renascimento desta hipoacutetese de migraccedilatildeo e hoje ela eacute a preferida entre os cientistas que se dedicam a estudar os exoplanetas

O problema eacute que este tipo de migraccedilatildeo eacute muito raacutepida Ao causar uma migraccedilatildeo durante o processo de acreccedilatildeo dos planetas natildeo haveria tempo suficiente para completar a formaccedilatildeo antes destes caiacuterem na estrela A soluccedilatildeo encontrada para este problema foi propor um comportamento diferenciado Segundo este a migraccedilatildeo muda quando a massa do planeta eacute superior a 30 massas terrestres pois forma-se um buraco no disco que modifica a velocidade da migraccedilatildeo

A pergunta seguinte seriacutea e como freiar esta migraccedilatildeo Embora nenhuma resposta elegante tenha surgido nos uacuteltimos tempos umas das possibilidades em estudo eacute a de que natildeo haacute freio possiacutevel e o que estamos observando satildeo os Uranos e Netunos que ainda natildeo foram engolidos por suas estrelas

Concluiacutendo dadas as hipoacuteteses de formaccedilatildeo e os sistemas conhecidos hoje em dia podemos dizer que as oacuterbitas dos exoplanetas detectados natildeo satildeo compatiacuteveis com o processo de formaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do nosso Sistema Solar Por que O nosso sistem a eacute especial Ou soacute estam os detectando objetos viciados devido agraves nossas limitaccedilotildees instrumentais Parece que a descoberta de outros sistemas planetaacuterios abriu uma ldquocaixa de Pandorardquo trazendo mais perguntas que respostas

Juacutepiteres Quentes Binaacuterias e Outros Bichosrdquo (Planetas Habitaacuteveis)

Entre a ldquofaunardquo de objetos descobertos ao redor de outras estrelas alguns se destacam por caracteriacutesticas natildeo esperadas Se a nossa motivaccedilatildeo inicial era procurar planetas gecircmeos da Terra para averiguar se estamos ou natildeo sozinhos neste Universo qual natildeo foi a nossa surpresa ao perceber que muitos exoplanetas satildeo mundos jamais imaginados se quer por escritores de ficccedilatildeo cientiacutefica

Juacutepiteres Quentes Os primeiros objetos a surpreender os observadores terrestres foram os

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PLANETOLOGIA

entatildeo batizados Hot Jupiters ou Juacutepiteres Quentes em uma traduccedilatildeo literal Tratam-se de exoplanetas massivos muito proacuteximos da estrela (semi-eixo maior lt 01 UA) Segundo dados obtidos por Doppler estes corpos estariam em oacuterbitas quase circulares (excentricidade aproximadamente igual a zero) Uma combinaccedilatildeo de observaccedilotildees por Doppler e por tracircnsito indica que o raio destes planetas eacute muito maior que o esperado e existem evidecircncias de que estes estariam sendo aquecidos pela estrela Modelos atmosfeacutericos indicam que alguns dos Juacutepiteres Quentes mais proacuteximos de suas estrelas (semi-eixo maior lt 001 UA) podem estar sofrendo evaporaccedilatildeo de sua componente gasosa

Eacute praticamente impossiacutevel explicar a formaccedilatildeo in situ destes objetos A hipoacutetese de migraccedilatildeo eacute a melhor candidata mas eacute atraveacutes do estudo da dinacircmica destes corpos que se espera encontrar mais respostas A proximidade entre a estrela e um planeta tipo Juacutepiter Quente faz com que estes natildeo possam ser assumidos como massas puntuais Assim o estudo destes s istem as tem que considerar efeitos de mareacute como no conjunto Terra- Lua Estrelas do tipo solar tecircm velocidades de

rotaccedilatildeo da ordem de 27 dias Esta velocidade combinada com distacircncias menores que 017 UA sugerem que estes exoplanetas deveriam estar caindo em direccedilatildeo ao centro de massa do sistema As estimativas satildeo muito dependentes da estrutura interna das estrelas mas os caacutelculos atuais prevecircm um tempo de aproximadamente 100 milhotildees de anos para que as estrelas ldquoengulamrdquo seus planetas do tipo Juacutepiteres Quentes

Planetas em Estrelas Binaacuterias Atualmente se conhecem trecircs sistemas estelares binaacuterios (com distacircncia entre as estrelas lt 20 UA) com pelo menos um planeta gigante acoplado Em todos os casos os planetas se encontram proacuteximos agraves estrelas mais massivas de forma que natildeo existem problemas de estabilidade No entanto natildeo se sabe ainda como explicar a formaccedilatildeo destes objetos

Mais surpreendente ainda foi a detecccedilatildeo de um planeta orbitando uma estrela pertencente a um conjunto triplo Esta descoberta eacute tatildeo recente que os dados a respeito deste objeto ainda estatildeo sendo discutidos

Estima-se que aproximadamente metade das estrelas conhecidas sejam binaacuterias Uma vez que

Ilustraccedilatildeo de um planeta recentemente descoberto orbitando a Estrela 55 cancri

r

ltCO

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algumas possuem planetas gigantes possiacuteveis de serem detectados nos perguntamos se podem exitir planetas do tipo terrestres ao redor das companheiras Esta pergunta nos leva ao objetivo final deste artigo a busca de planetas habitaacuteveis

Planetas Habitaacuteveis Existem duas questotildees- chaves quando comeccedilamos a falar neste assunto

1 Sob que condiccedilotildees uma estrela pode possuir um planeta habitaacutevel

2 Sob que condiccedilotildees um planeta pode ser habitaacutevel

Eacute necessaacuterio ter em conta que o criteacuterio de ldquohabitabilidaderdquo eacute completamente baseado no nosso conceito geocecircntrico de vida Nada impede que existam outros criteacuterios Apenas natildeo somos capazes de extrapolar o nosso conhecimento e imaginar outras condiccedilotildees para o desenvolvimento de vida

Um artigo muito esclarecedor sobre este assunto foi publicado recentemente por um astrocircnomo da Seacutervia e Montenegro (^ irk o v ireg 2005) Milan ^ irko v ireg define os limites do que se usa chamar de ldquozonas de habitabilidaderdquo na nossa proacutepria galaacutexia e demonstrou que o Sol ocupa uma posiccedilatildeo muito bem definida dentro desta regiatildeo Esta nova aacuterea de pesquisa aplica conhecim entos de Astrofiacutesica Dinacircmica e Astrobiologia

Para que uma regiatildeo da galaacutexia seja considerada como um possiacutevel berccedilaacuterio de planetas habitaacuteveis eacute importante combinar fatores que propiciam o desenvolvim ento de vida (por exemplo uma composiccedilatildeo quiacutemica baacutesica) junto com uma baixa incidecircncia de fatores que poderiam inviabilizar este processo (determinados niacuteveis de radiaccedilatildeo) Os tempos disponiacuteveis para a formaccedilatildeo de sistemas planetaacuterios tambeacutem satildeo considerados neste estudo

Estrela Secundaacuteria

p laneta

Oacuterbita do primeiro planeta descoberto ao redor de sistema binaacuterio Gamma Cephei O planeta dista da estrela 2 UA orbitando a mesma durante 25 anos A estrela secundaacuteria orbita a primaacuteria em uma oacuterbita entre 28 e 30 UA O tamanho do planeta e estrelas natildeo estatildeo em escala

Entre os criteacuterios de h ab itab ilidade para exoplanetas mais importantes estatildeo

1 Semi-eixo maior tal que exista aacutegua em forma liacutequida (Hart 1978) Este valor deveria estar entre 08 e 12 UA para um planeta em oacuterbita ao redor de uma estrela com massa solar

2 Oacuterbitas quase-circulares de tal forma que outros planetas possiacuteveis fontes de perturbaccedilatildeo se encontrem longe

3 Pelo menos 20 da superfiacutecie do planeta coberta por oceanos

A habitabilidade tambeacutem depende das idades do planeta e da estrela

B aseando-se nestes criteacuterios embora natildeo possamos observaacute-los diretamente podemos analisar se as estrelas com planetas gigantes conhecidos poderiacuteam ter planetas que satisfizessem estas condiccedilotildees Um estudo de 85 sistemas extrasolares com um ou mais planetas mostrou que aproximadamente 25 destes podem ter corpos pequenos em oacuterbitas estaacuteveis dentro da regiatildeo habitaacutevel (Menou e Tabachnik 2003) Nos casos estudados a principal causa de instabilidade eacute a presenccedila de corpos pertubadores em oacuterbitas muito excecircntricas Vale lembrar que a alta excentricidade eacute uma caracteriacutestica intriacutenseca da maioria dos planetas extraso lares conhecidos devido a lim itaccedilotildees dos instrum entos de detecccedilatildeo Considerando que este estudo foi realizado com base em uma populaccedilatildeo aparentemente viciada a proporccedilatildeo de de estrelas candidatas a abrigar ao menos um planeta habitaacutevel eacute muito promissora

Onde procurar mais informaccedilatildeo

The Extrasolar Planets Encyclopedia(Jean Schneider CNRS Paris)

httpcfa-wwwharvardeduplanetsencyclhtml

The Geneva Extrasolar Planet Search Programmes(M Mayor)

httpobswwwunigech~udryplanetplanethtml

48 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

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PLANETOLOGIA

Comentaacuterios Finais

Os planetas que conhecemos hoje tiveram uma origem desenvolveram uma dinacircmica e foram detectados por noacutes em algum momento mais avanccedilado de suas existecircncias Esta eacute a ordem causal das coisas A origem destes objetos determinou caracteristicas intriacutensecas tais como suas localizaccedilotildees tipos de oacuterbitas e massas

O estudo da dinacircmica destes corpos trata de entender suas evoluccedilotildees orbitais estabilidades e efeitos sobre a estrela No entanto eacute a nossa capacidade de deduccedilatildeo que nos habilita a detectaacute- los Na praacutetica invertemos a ordem causal e a partir das caracteriacutesticas orbitais e de massa que detectamos aplicamos dinacircmicas conhecidas sobre estabilidade e evoluccedilatildeo orbital para tentar entender a origem destes corpos celestes Estamos fazendo uma espeacutecie de Arqueologia dos sistemas planetaacuterios buscando caracteriacutesticas dinacircmicas atuais que sejam indiacutecios do que aconteceu no passado

Eacute importante lembrar que o estudo dos planetas extrasolares representa uma aacuterea muito nova de conhecimento A primeira determinaccedilatildeo orbital

ldquoconfiaacutevelrdquo de um sistema muacuteltiplo exoplanetaacuterio data de 2001 Portanto ainda existem muitas perguntas sem respostas e satildeo muito poucas as que podemos responder completamente

As oacuterbitas estimadas dos exoplanetas sugerem formaccedilotildees eou evoluccedilotildees diferentes quando comparadas com o nosso proacuteprio Sistema Solar Embora apresente problemas a explicaccedilatildeo mais aceita pelos pesquisadores para a evoluccedilatildeo destes sistemas eacute a migraccedilatildeo Entre os mecanismos propostos o que melhor se encaixa nos dados disponiacuteveis eacute a hipoacutetese de migraccedilatildeo por interaccedilatildeo entre planetas e discos de gaacutes

Quanto agrave possibilidade de encontrarmos planetas s em elh an tes ao nosso a inda estam os engatinhando Nossa incapacidade instrumental vem sendo compensada pela criatividade teoacuterica Enquanto natildeo desenvolvemos aparelhos de medida capazes de detectar objetos tatildeo pequenos vamos elaborando criteacuterios de seleccedilatildeo para as estrelas onde devemos encontrar fontes mais promissoras De qualquer forma o importante eacute que natildeo perdemos de vista a ideacuteia de que ldquoencontrar-nos sozinhos neste imenso Universo seria um tremendo desperdiacutecio de espaccedilordquo (in Contato Carl Sagan) pound

Referecircncias

- Cirkovic MM (2005) Boundaries of the habitable zone unifying dynamics astrophysics and astrobiology In Dynamics of Populations of Planetary Systems Proceedings IAU Colloquium No 197 Z Knezevic amp A Milani Eds Cambridge University Press- Goldreich P e Tremaine S (1979) The excitation of density waves at the Lindblad and corotation resonances by an external potential The Astrophysical Journal 233 857-871- Goldreich P e Tremaine S (1980) Disk-satellite interactions The Astrophysical Journal 241 425shy441- Hart MH (1978) Habitable zones about main sequence stars Icarus 37 351357- Laskar J (1994) Large-scale chaos in the solar system Astronomy amp Astrophysics 287 L9-L12- Menou K e Tabachnik S (2003) Dynamics habitability of known extrasolar planetary systems The Astrophysical Journal 583 473-488- NASA 2003

Walkiria Schulz eacute astrocircnoma formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutora em Engenharia e Tecnologia Espaciais pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Atualmente trabalha para a Comisioacuten Nacional de Actividades Espaciales (CONAE - Argentina)

Cristiaacuten Beaugeacute eacute astrocircnomo formado pela Universidad Nacional de Coacuterdoba (UNC - Argentina) e doutor pelo Instituto de Astronocircmia Geofiacutesica e Ciecircncias Atmosfeacutericas (IAG) da Universidade de Satildeo Paulo (USP) Atualmente daacute aulas e realiza pesquisas no Observatoacuterio Astronoacutemico de Coacuterdoba (OAC - UNC)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 49

RetificaccedilatildeoCaros leitores a Revista macroCOSMOcom retifica

nesta ediccedilatildeo o artigo nomeado nCataacutelogo Jatobaacute publicado em nossa ultima ediccedilatildeo (Ano II - Ediccedilatildeo ndeg 21 - Agosto de 2005) por conter informaccedilotildees errocircneas redigidas pelos seus autores O cataacutelogo utilizado e nomeado pelos autores como Cataacutelogo Jatobaacute na realidade se chama Cataacutelogo REA-Brasil um cataacutelogo de objetos difusos para o Hemisfeacuterio Sul tendo sido preparado originalmente pelo astrocircnomo amador Tasso Napoleatildeo para a APAA (Associaccedilatildeo Portuguesa de Astrocircnomos Amadores) natildeo tendo em sua criaccedilatildeo nenhuma participaccedilatildeo de membros da Associaccedilatildeo de Amadores de Astronomia de Satildeo Paulo conforme citado no artigo mesmo porque essa entidade jaacute havia deixado de existir mais de vinte anos antes

O cataacutelogo foi criado por Tasso Napoleatildeo nos anos 90 e natildeo nos 80 conforme relatado pelos autores Subsequumlentemente agrave sua criaccedilatildeoesse cataacutelogo sofreu diversas atualizaccedilotildees sendo que a versatildeo publicada na uacuteltima ediccedilatildeo da Revista macroCOSMOcom estava tam beacutem desatua lizada Na presente ediccedilatildeo apresentamos aos leitores e por gentileza de seu criador Tasso Napoleatildeo a lista completa do nCataacutelogo REA-Brasil um cataacutelogo de objetos difusos para o Hemisfeacuterio Sulem sua uacuteltima revisatildeo feita em fins de 2004

Hemerson Brandatildeo Revista macroCOSMOcom

50 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

ASTRONOMIAOBSERVACIONAL

Nebulosa do Esquimoacute

C a t aacute l o g o REA-BrasilUm cataacutelogo de Objetos Difusos para o Hemisfeacuterio Sul

Tasso Augusto Napoleatildeo | REA-Brasiltassonapoleaoigcombr

As referecircncias histoacutericas aos objetos difusos (na eacutepoca chamados genericamente de ldquonebulosasrdquo) iniciam-se no seacuteculo XVII A famosa ldquonebulosardquo de Androcircmeda (a galaacutexia que conhecemos por M31) foi mencionada pela primeira vez por Simon Marius em 1612 Jaacute a nebulosa de Oacuterion (M42) eacute referida em trabalhos do jesuiacuteta Johannes Cysat (ou Cysatus) em Ingolstadt Alemanha em 1619 e foi descrita detalhadamente pelo grande astrocircnomo e fiacutesico holandecircs Christiaan Huygens (1629-1695) no ano de 1694

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 51

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O primeiro cataacutelogo organizado de objetos difusos data de 1771 e foi elaborado pelo astrocircnomo francecircs Charles Messier (1730-1817) para distinguir esses objetos de cometas Sua versatildeo revista seria publicada por Messier em 1781 e ateacute hoje mais de duzentos anos depois ela ainda eacute uma referecircncia baacutesica para os astrocircnomos amadores

O grande avanccedilo na catalogaccedilatildeo das ldquonebulosasrdquo entretanto eacute devido a William Herschel (1738-1822) que com o auxiacutelio de sua irmatilde Caroline publicaria em 1786 o seu ldquoCatalogue of a Thousand New Nebulae and Star Clusters seguido em 1789 por um segundo cataacutelogo com mais mil objetos e em 1802 por quinhentos objetos adicionais Os trabalhos de Herschel seriam enriquecidos por seu filho John Herschel que publicaria em 1864 o ldquoGeneral Cataloguersquorsquo com 5079 objetos Finalmente John Dreyer em 1888 catalogaria 13226 objetos

em seu ldquoNew General Catalogue of Nebulae and Clusters of Stars (NGC) e seu suplemento ldquoIndex Cataloguersquorsquo (IC) Esses dois trabalhos se tornaram praticamente o padratildeo geral para a identificaccedilatildeo de objetos difusos inclusive os austrais

No entanto ainda nos dias de hoje a referecircncia mais utilizada pelos astrocircnomos amadores do hemisfeacuterio sul continua sendo o cataacutelogo de Messier Isto traz uma desvantagem evidente natildeo estatildeo incluiacutedos nele os objetos com declinaccedilotildees mais austrais (e sabemos que o hemisfeacuterio sul celeste eacute particularmente rico nestes objetos) A soluccedilatildeo mais comum eacute o uso dos cataacutelogos NGC e IC Entretanto por serem estes muito extensos nem sem pre os astrocircnom os am adores estatildeo fam ilia rizad o s com sua nom encla tu ra Pouquiacutessimas satildeo as publicaccedilotildees em que se tentou listar um cataacutelogo resumido dos objetos difusos

52 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

i j0

ASTRONOMIAOBSERVACIONAL

mais s ignificativos quando observados do Hemisfeacuterio Sul

O cataacutelogo a seguir com 112 objetos pretende ser uma recomendaccedilatildeo do autor para a observaccedilatildeo dos objetos difusos mais atraentes vistos desde latitudes de cerca de 23deg sul A seleccedilatildeo dos objetos foi criteacuterio pessoal do autor e foi baseada em anos de observaccedilatildeo dos mesmos com instrumentos que vatildeo desde binoacuteculos 7x50 mm ateacute telescoacutepios com aberturas de 500 mm mdash ou seja uma faixa acessiacutevel agrave m aior parte dos instrum entos am adores Naturalmente natildeo haacute a pretensatildeo de tornaacute-lo um cataacutelogo formal mas apenas a de orientar os observadores iniciantes para a contemplaccedilatildeo destes beliacutessimos objetos

Estatildeo incluiacutedos aqui todos os objetos geralmente catalogados como ldquodifusosrdquo galaacutexias nebulosas difusas aglom erados abertos aglom erados

coordenadas e dos paracircmetros relevantes a cada classe satildeo fornecidos os nomes populares de cada objeto Naturalmente nesta relaccedilatildeo omitimos alguns objetos que apesar de importantes estatildeo muito ao norte para permitir uma boa visualizaccedilatildeo nas latitudes consideradas neste caso estatildeo por exemplo as interessantes galaacutexias M81 (NGC 3031) e M82 (NGC 3034) em Ursa Maior a nebulosa planetaacuteria ldquoda corujardquo M97 (NGC 3587) etc De forma geral nosso ldquocorterdquo foi feito na declinaccedilatildeo de 50deg norte

Em contrapartida estatildeo incluiacutedos objetos beliacutessimos como os aglomerados abertos de Carina Vela e Puppis as Nuvens de Magalhatildees uma seacuterie de objetos em Centaurus Crux Ara Tucana e Sculptor e diversos outros que geralmente natildeo satildeo m encionados nos cataacutelogos p reparados especificamente para os observadores do Hemisfeacuterio Norteglobulares e nebulosas planetaacuterias Aleacutem das

Referecircncias recomendadas para objetos adicionais aos mencionados no presente cataacutelogo

- Burnham Robert Celestial Handbook Dover 1978 (3 vols)- Jones Kenneth Glyn (ed) Webb Society Deep Sky Observerrsquos Handbook Enslow 1987 (7 vols)- Malin David and Frew David Hartungrsquos Astronomical Objects for Southern Telescopes Cambridge 1995

Tasso Augusto Napoleatildeo eacute engenheiro quiacutemico pela POLI-USP com mestrado pela FGV-SP tendo estudado astronomia e astrofiacutesica no Instituto de Astronomia Geofiacutesica e Ciecircncias Atmosfeacutericas da USP Fundador (em 1988) e atualmente Diretor Cientiacutefico da REA BRASIL (Rede de Astronomia Observacional) Tasso dedica-se no momento agrave fotometria CCD de estrelas variaacuteveis particularmente as cefeidas de periacuteodo ultracurto (USPCs) agrave espectrometria de estrelas peculiares e agrave busca de supernovas extragalaacutecticas com telescoacutepios robotizados dentro do programa BRASS (Brazilian Supernovae Search) que jaacute descobriu nove supernovas em seu primeiro ano de operaccedilatildeo

1 Na tabela a seguir estatildeo indicados (ordenados por ascensatildeo reta)1 Ref Nuacutemero de referecircncia no presente cataacutelogo2 NGC Nuacutemero do objeto no cataacutelogo NGC (ou quando indicado IC)3 AR Ascensatildeo Reta (equinoacutecio 20000)4 Dec Declinaccedilatildeo do objeto (equinoacutecio 20000)5 Tipo Tipo do objeto

GA - galaacutexia A A - aglom erado aberto AG - aglom erado globular ND - nebulosa difusa NP - nebulosa planetaacuteria RSN - restos de supernova

6 mv M agnitude visual integrada do objeto7 Dim Dim ensatildeo do objeto em minutos (ou quando indicado segundos) de arco8 Const Conste laccedilatildeo9 Notas Outras designaccedilotildees do objeto (como o nuacutem ero M essier ou os nomes populares)

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Cataacutelogo REA-BRASILRef NGC

AR (200 DD)

Dec(2DDDD)

Tipo mv Dim C onsl Notas

001 55 OOh 140 -30 1 11 GA 70 30x5 Sl

002 104 OOh 241 -72deg 06 AG 40 31 Tuc 47 Tucanae

003 - OOh 525 - 72deg 43 GA 15 210 Tuc Pequena Nuvem de Magalhatildees

004 224 OOh 427 -H 4r 15 GA 34 130x50 And M31 - Galaacutexia de Androcircmeda

005 253 OOh 475 -25deg 17 GA 72 25x7 Sl Moeda de Praia

005 352 01 h 032 -70 0 51 AG 55 13 Tuc

007 503 01 h 330 +30deg 30 GA 57 50x40 Tri M33 - Galaacutexia do Triacircngulo

003 523 01 h 357 +15deg 47 GA 01 10 Psc M74

000 1053 02h 427 -00deg 01 GA 30 5x5 Cet M77

010 1007 02h 453 -30deg 17 GA 03 0x7 For

011 1201 03h 173 -41 1 03 GA 35 10x0 Eri

012 1315 03h 227 -37deg 12 GA 33 7x5 For Fornax A

013 - 03h 470 +24deg 07 AA 12 110 Tau Pleiades

014 1535 04h 142 -12deg 44 NP 05 20 Eri PK 205 - 401

015 - 04h 157 +15deg 31 AA 300 Tau Hyades

015 - 05h210 -53deg 20 GA 10 400 Dor Grande Nuvem de Magalhatildees

017 1052 05h 344 +22deg 01 RSN 34 5x4 Tau M1

013 1075 05h 354 -05deg 27 ND 30 50 Ori M42 - Nebulosa de Orion

010 1050 05h 351 +34deg 03 AA 50 12 Aur M35

020 2070 05h 337 -50deg 05 ND 54 40x25 Dor Nebulosa Taracircntula 30 Dor

021 IC 434 05h 335 -02deg 25 ND 50x15 Ori Inclui a cabeccedila de cavalo

022 2024 05h 410 - O r 51 ND 10x4 Ori

023 2000 05h 524 +32deg 33 AA 50 23 Aur M37

024 2153 05h 030 +24deg 20 AA 52 30 Gem M35

025 2244 05h 324 +04deg 52 AAND 43 24 Mon Nebulosa da Roseta

025 2237 05h 470 -20deg 44 AA 43 33 CMa M41027 2302 07h 202 +20deg 55 NP 01 40 Gem Nebulosa do Esquimoacute

023 2422 07h 355 -14deg 30 AA 43 20 Pup M47

0202437

243307h 413 -14deg 40 AANP 51 27 Pup

Aglomerado aberto M45

com a NP2433 no interior

030 2440 07h 410 -13deg 13 NP 04 20 Pup PK 234 +021

031 2447 07h 445 -23deg 52 AA 55 22 Pup M03

032 2451 07h 454 -37deg 53 AA 37 45 Pup

033 2477 07h 523 -33deg 33 AA 53 25 Pup

034 2515 07h 533 -50deg 52 AA 33 30 Car

035 2547 03h 107 -40deg 15 AA 47 20 Vel035 2545 0$h 124 -37deg 33 AA 52 40 Pup

037 2543 0$h 133 -05deg 43 AA 55 54 Hya M43

033 2532 OSh 401 +10deg 50 AA 31 05 Cnc M44 - Preseacutepio

030 2303 OOh 120 -54deg 52 AG 52 14 Car

040 2357 OOh 214 -53deg 10 NP 07 12 Car PK 273 - 51

041 3114 10h 027 -50deg 07 AA 42 35 Car

042 3132 10h 077 -40deg 25 NP 02 45 Vel PK 272 +1 21

043 3242 10h 243 -13deg 33 NP 77 40 Hya Fantasma de Juacutepiter

044 3203 10h 353 -53deg 14 AA 47 5 Car

045 IC 2502 10h 432 -54deg 24 AA 10 50 Car Pleiades do Sul

045 3351 10h 440 +11deg 42 GA 07 5x7 Leo M05

047 3372 10h 451 -50deg 41 ND 25 120 Car Nebulosa de Ela Carinae

043 3353 10h 453 +11deg 40 GA 01 5x7 Leo M05

040 3532 11 h 054 -53deg 40 AA 31 55 Car

050 3523 11 h 130 +13deg 05 GA 03 10x3 Leo M55

051 3527 11 h 202 +12deg 50 GA 00 0x4 Leo M55

052 3755 11 h 351 -51 deg 37 AA 45 12 Cen

053 3013 11 h 503 -57deg 11 PN 31 12 Cen

054 4254 12h 133 +14deg 25 GA 03 5 Com M00

055 4253 12h 100 +17deg 13 GA 33 13x7 CVh M105

54 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

1 Ref NGCAR

(200 00)Dec

(20000)Tipo mv Dim Const Notas

056 4303 12h 219 +04 28 GA 97 6x5 Vir M61057 4321 12h 229 +1549 GA 94 6 Com M100

058 4374 12h 251 +12ldquo 53 GA 93 5x4 Vir M84

059 4382 12h 254 +18 11 GA 93 7x5 Vir M85

060 4406 12h 262 +1257 GA 91 7x5 Vir M86

061 4472 12h 298 +08 00 GA 84 9x7 Vir M49

062 4486 12h 308 +1224 GA 86 7 Vir M87 Viacutergo A

063 4501 12h 320 +1425 GA 95 6x3 Com M88

064 4565 12h 363 +25 59 GA 96 16x3 Com

065 4569 12h 368 +1310 GA 95 9x4 Vir M90

066 4579 12h 377 +11 49 GA 98 5x4 Vir M58

067 4594 12h 400 -11 3 7 GA 80 8x4 Vir M104 Sombrero

068 4621 12h 420 +11 39 GA 98 5x3 Vir M59

069 4649 12h 437 +11 33 GA 88 7x6 Vir M60

070 4736 12h 509 +41 07 GA 82 10 CVn M94

071 4755 12h 536 -60 20 AA 42 10 Cru Caixa cie Joacuteias

072 4826 12h 567 +21 41 GA 85 9x5 Com M44 Olho Negro

073 4945 13h 051 -49 28 GA 84 20x4 Cen

074 5055 13h 158 +42 02 GA 86 12x8 CVn M63 Girassol

075 5128 13h 255 +4301 GA 68 18x14 Cen Centaurus A

076 5139 13h 268 -47 29 AG 35 36 Cen Omega Centauri

077 5194 13h 299 +4712 GA 84 12x6 CVn M51 Redemoinho

078 5236 13h 370 -29 52 GA 75 10 Hya M83079 5272 13h 422 +28 23 AG 63 19 CVn M3

080 5904 15h 186 +02 05 AG 58 20 Ser M5

081 6121 16h 236 -26 32 AG 59 24 Sco M4

082 6205 16h 417 +36 28 AG 58 17 Her M13

083 6218 16h 472 -01 57 AG 68 14 Oph M12

084 6254 16h 571 -04 06 AG 66 15 Oph M10

085 6266 17h 012 -30 07 AG 67 14 Oph M62

086 6273 17h 026 -26 1 6 AG 67 13 Oph M19

087 6302 17h 137 -37 06 NP 96 15x05 Sco PK 349+011

088 6362 17h 319 -67 03 AG 76 11 Ara

089 6388 17h 363 -44 44 AG 67 9 Sco

090 6405 17h 401 -32 1 3 AA 46 14 Sco M6 Borboleta

091 6397 17h 407 -53 40 AG 58 25 Ara

092 6475 17h 539 -34 49 AA 33 80 Sco M7

093 6494 17h 568 -19 0 1 AA 55 27 Sqr M23

094 6514 18h 026 -23 02 ND 70 29x27 Sqr M20 Triacutefida

095 6523 18h 038 -24 23 ND 40 90x40 Sqr M8 Laquna

096 6541 18h 080 -43 42 AG 66 13 CrA

097 6611 18h 188 -13 4 7 NDAA 60 8 Ser Nebulosa da Aguia

098 6618 18h 208 -16 1 1 ND 60 46x37 Sqr Nebulosa Om eqaou Cisne

099 6626 18h 245 -24 52 AG 70 11 Sqr M28

100 6656 18h 364 -23 54 AG 51 24 Sqr M22

101 6705 18h 511 -06 1 6 AA 58 13 Sct M11

102 6720 18h 536 +33 02 NP 88 1 Lyr Nebulosa do Anel

103 6744 19h 098 -63 5 1 GA 84 16x10 Pav

104 6752 19h 109 -59 59 AG 54 20 Pav

105 Col 399 19h 254 +2011 AA 36 60 Vul Cabide

106 6809 19h 400 -30 58 AG 63 19 Sqr M55

107 6818 19h 440 -14 0 9 NP 93 25 Sgr PK 025 -17 1

108 6853 19h 596 +22 43 NP 74 8x4 Vul Nebulosa do Sino109 7009 21 h 042 -11 2 2 NP 80 05x15 Aqr Nebulosa Saturno

110 7078 21 h 300 +1210 AG 63 12 Peg M15

111 7089 21 h 335 -00 49 AG 64 11 Aqr M2

112 7293 22h 296 -20 48 NP 65 15x11 Aqr Nebulosa da Heacutelice

Com pilaccedilatildeo Tasso Napoleatildeo Novembro de 2004

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 55

- e

macroGALERIA

L - i l VV bull rsquo- - bull bull t bull

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V iacute I V -

Embora-dispeacutense maacuteioacuteregraves apresentaccedilotildees rsquo os V objetos L - _ _ _ iacute ________ t___A _ _ iacute _ o - i _

v T gt - vi carvatildeo aglomerado aberto NGC 4852 The running

chicken (IC 2944) aglomerado aberto NGC 4052 aleacutem de - -vaacuteriacuteas nebulosas escuras Foram utilizadas uma Camera

O T n lsquo J n r gt _ r u ___ _ l i a l mdashI l a _ j _ A a ___ ___ _

Nikon 50mm a f4 com 10 sub-integraccedilotildees de 3m e montagem TakacirchaacuteshjVEMio- gentilmente cedida por pedrp Reacute A fotpforfeitanoacute Observatoacuterio Mamalluca na

cidade de Vicuna Chile em Abril de 2005

- Joseacute Carlos Dinizr bull bull raquo bull - n_ - raquo - w f i dinizastroterracombr

56 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

R6A

Campanhas observacionais - REA BRASIL SetembroOutubro de 2005

httpwwwreabrasilorg

A Secccedilatildeo Lunar juntamente com as Secccedilotildees Lunissolar e Estaccedilatildeo Costeira 1 da REA-Brasil novamente convida a todos para que em cadeia nacional faccedilam observaccedilatildeo e registro (reporte e imagem) desses eventos celestes para as devidas reduccedilotildees cientiacuteficas

07092005 - Impactos Lunares (Chuva de Meteoros Pupideos)A possibilidade de avistamento de impacto eacute de 44 na porccedilatildeo natildeo iluminada da

Lua agraves 0206 TU + 11 hrs Maiores informaccedilotildees httplunarastrodatabasenet

04102005 - Emersatildeo de Mercuacuterio

Emersatildeo de Mercuacuterio (-06 mag) na borda iluminada da Lua5h 46m 8s HL Nascer do Sol

6h 22m 4s HL Nascer da Lua Magnitude -48 Fase 00056h 24m 16s HL Nascer de Mercuacuterio Magnitude -06 Fase 0946

Cidade Emersatildeo (hh mm ss TU) na borda iluminada da LuaRio de Janeiro 102937 TUMacaeacute 102847 TUSalvador 095636 TUM ococa 10259 TU

Esta Emersatildeo de Mercuacuterio eacute um evento desafiador para observaccedilatildeo porque acontece agrave luz do dia e a cerca de 12 graus acima do horizonte Aleacutem disso a Lua vai estar com a idade de apenas 1 dia ou seja um finiacutessimo crescente iluminado em apenas 12

Ainda temos o Sol que estaraacute a 12 graus acima da Lua Interessante notar que Juacutepiter estaraacute a 2 graus a Leste da Lua e Spica (mag 104) a 2 graus a Oeste da foice iluminada

Para a cidade do Rio de Janeiro seraacute possiacutevel acompanhar a Imersatildeo na borda escura da Lua com Mercuacuterio a 4 graus acima do horizonte enquanto que a Emersatildeo acontece a 18 graus acima do horizonte Em todo caso este eacute um bom momento para encontrar Juacutepiter (mag -17) a luz do dia utilizando binoacuteculo tendo a Lua como referecircncia httplunarastrodatabasenet

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 57

R6A

19 e 20102005 - Ocultaccedilatildeo das PlecirciadesPlecirciades (mag 30) diacircmetro 100 elongaccedilatildeo solar 147

Mapa de Visibilidade global (IOTA) httplunarastrodatabasenetocult_pleiades_20out05jpg

Mapa da Trajetoacuteria do evento para algumas cidades brasileiras (Joseacute Agustoni - Zeca) httppaginasterracombrlazerzecaastronomiaindexhtm

Condiccedilotildees individuais para algumas estrelas do M45 (em relaccedilatildeo as coordenadas Lat 4721S e Long 2118W) - Hora Local de Brasiacutelia GM T -3

Estrela e Magnitude Imersatildeo(1910)

Emersatildeo(1910) Notas

SAO 76131 E LEC TR A (17 TAURI) 38 mag

22h038m 22h301 m Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76172 M E R O P E (23 TAURI) 42 mag 22h124m 23h127m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76126 CELAENO (16 TAURI) 54 mag - -

224h - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76140 T AY G E T A (19 TAURI) 44 mag

- -228h - Lua passa a 04 graus de

separaccedilatildeo da estrelaSAO 76199 A L C Y O N E (ETA T AU R I) 30 mag 22h482m 23h532m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76155 MAIA (20 TAURI) 40 mag - -

229h - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76215 104 B TAURI 5 5m ag

- - 23Oh - Lua passa a 06 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76137 18 TAURI 56mag - -

2 3 1h - Lua passa a 07 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76159 A S T E R O P E

(21 TAURI) 58 mag- -

2 3 1h - Lua passa a 04 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 9056 PLEIONE (28 BU TAU R I) 4 8m ag

1910 as 23h440m

2010 as 0h427m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

Glose to SAO 76228 ATLAS (27 TAURI) 38

mag- -

24Oh - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

Alexandre Am orimCoordenador da Costeira 1 e Secccedilatildeo Cometas REA-Br

httpcosteira1astrodatabasenet Dennis W eaver de Medeiros Lima

Gerente de Projeto Ocultaccedilotildees Lunares - dwastronomiayahoocombrHeacutelio C Vital

Coordenador da Secccedilatildeo Eclipse REA-Br (Site Lunissolar) httpwwwgeocitiescomlunissolar2003

Rosely Gregio Coordenadora da Secccedilatildeo Lunar - REA-Brasil

rgregiouolcombr REA Brasil httpwwwreabrasilorg

58 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

FASES DA LUA

Dia 3 de Setembro - Lua Nova Dia 11 de Setembro - Lua Quarto Crescente

Dia 17 de Setembro - Lua Cheia Dia 25 de Setembro - Quarto Minguante

2005SETEMBRO

Rosely Greacutegio | Revista macroCOSMOcom rgregiouolcombr

MUDANCcedilA DE ESTACcedilAtildeO 22 de Setembro 19h232m - Equinoacutecio da Primavera para o Hemisfeacuterio Sul e Equinoacutecio de Outono para o Hemisfeacuterio Norte

COMETAS VISIacuteVEIS (ATEacute 12 MAGNITUDE)Salvo novas descobertas e explosotildees de brilho temos

Hemisfeacuterio Sul

A n o ite c e r N o ite A m a n h e c e r IC2004 EM (LINEAR)

mag 10C2004 EM (LINEAR)

maq 10C2004 EM (LINEAR)

mag 10

9P Tem pe i 1 mag 11 9P Tem pe l 1 mag 1121 PGiacobini- Zinner

maq 12C2005 E2 (McNaught)

Maq 11C2005 E2 (McNaught)

Maq 11C2005 E2 (McNaught)

Mag 11C2004 Q2 (Machholz)

Maq 12- -

Hemisfeacuterio Norte

A n o ite c e r N o ite A m a n h e c e r j161P 2004 V2 (Hart ley- IRAS)

mag 10C2005 E2 (McNaught)

mag 11C2004 EM (LINEAR)

mag 11

9P Tem pe i 1 mag 11 -21 PGiaco bini- Zinner

mag 12C2005 E2 (McNaught)

mag 11- -

C2004 Q2 (Machholz) mag 12 - -

CHUVA DE METEOROS

I R a d ia n te D u ra ccedil atilde o M aacute x im o |Gamma A quar idas 1 a 14 de setembro 78 de setembroAlpha Tr iangulidas 5 a 15 de setembro 1112 de setembroAlpha Aurig idas (AUR) 25 de aqo a 6 de setembro 12 de setembroEta Draconidas 28 de aqo a 23 de setembro 1213 de setembroGamma Piscidas 26 de aqo a 22 de outubro 2324 de setembroPisc idas Sul (SPI) 12 de aqosto a 7 de outubro De 11 a 20 de setembro

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 59

EFEMERIDES

Quinta-feira 1 de setembro

Lanccedilamento NROL-25 Delta 4M Asteroacuteide 5554 Keesey passa proacuteximo da Terra

(0915 UA)Equaccedilatildeo de Tempo -005 min Urano em Oposiccedilatildeo02h Urano Mag=57 m melhor observado de 191h

- 55h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-10m melhor observado de

230h - 60h LCT (Ari)5h090m Nascer da Lua no ENE (Cnc)59h Mercuacuterio Mag=-11m melhor observado de

57h - 60h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

46h - 60h LCT (Cnc)6h205m Nascer do Sol no E 16h217m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h023m Ocaso do Sol no W 183h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)183h Juacutepiter Mag=-18m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)18h43m Vecircnus passa a 12 graus de Juacutepiter 19 6h V ia-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo

Sexta-feira 2 de setembro

Cometa P2004 VR8 (LONEOS) em Perieacutelio (2376 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 026 min 01h Urano Mag=57 m melhor observado de 188h

- 53h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-11m melhor observado de

229h - 60h LCT (Ari)5h452m Nascer da Lua no ENE (Leo)60h Mercuacuterio Mag=-11m melhor observado de

58h - 60h LCT (Leo)60h Saturno Mag=03 m melhor observado de

45h - 60h LCT (Cnc)6h196m Nascer do Sol no E 17h133m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h025m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -207h LCT (Vir)19 6h V ia-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo

AGENDADIAacuteRIA

Plutatildeo Estacionaacuterio Iniciando M ovim ento Progressivo

Saacutebado 3 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 31 (OTM-31) Cometa P1998 W1 (Spahr) em Perieacutelio (1730

UA)Equaccedilatildeo de Tempo 058 min 01h Urano Mag=57 m melhor observado de 188h

- 52h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-11m melhor observado de

229h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-12m melhor observado de

58h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

44h - 59h LCT (Cnc)6h185m Nascer da Lua no ENE (Leo)6h187m Nascer do Sol no E 15h454m Lua Nova 18h028m Ocaso do Sol no W 18h036m Ocaso da Lua no W (Leo)184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -207h LCT (Vir)195h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo

Domingo 4 de setembro

Em 1905 Paul Gotz descobria o Asteroacuteide 571 Dulcineia

No Calendaacuterio Hebreu eacute o Primeiro dia do Elul mecircs 13 do ano 5765 comeccedilando ao ocaso do Sol (Ano Bissexto)

No Calendaacuterio Islacircmico Tabular eacute o Primeiro dia do Sharsquoban mecircs 8 do ano 1426 comeccedilando ao pocircr- do-sol

Equaccedilatildeo de Tempo 091 min 44h Marte Mag=-11m melhor observado de

228h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-12m melhor observado de

58h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

44h - 59h LCT (Cnc)6h178m Nascer do Sol no E 6h499m Nascer da Lua no E (Leo)12h55m Mercuacuterio passa a 11 graus da estrela

Regulus mag 14 (Leo)

60 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMERIDES

18h030m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -206h LCT (Vir)18h531m Ocaso da Lua no W (Vir)19h068m Io (62 mag) Iniacutecio do T racircnsito 19 4h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h523m Io (62 mag) Iniacutecio do Tracircnsito da

Sombra20h127m Io (62 mag) em Conjunccedilatildeo Inferior 239h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 51 h LCT (Aqr)

Segunda-feira 5 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 124 min 44h Marte Mag=-11m melhor observado de

228h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-13m melhor observado de

59h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

43h - 59h LCT (Cnc)6h168m Nascer do Sol no E 7h205m Nascer da Lua no E (Vir)18h033m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado

de 184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado

de 184h -206h LCT (Vir)194h Via-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo19h240m Io (62 mag) Final do Eclipse 19h428m Ocaso da Lua no W (Vir)239h Urano Mag=57 m melhor observado

de 189h - 50h LCT (Aqr)

Em

18h035m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -20 9h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -20 5h LCT (Vir)193h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo20h336m Ocaso da Lua no W (Vir)21 h Chuveiro de Meteoros Arietiacutedeos de Outubro

(Cet)

Quarta-feira 7 de setembro

Campanha Observacional Secccedilatildeo Lunar REA- Brasil - Impactos Lunares (Chuveiro Pupideos (PUP) A possibilidade de avistamento de impacto eacute de 44 na porccedilatildeo natildeo iluminada da Lua Todas as informaccedilotildees em httplunarastrodatabasenet Participe

Ocultaccedilatildeo de Vecircnus pela Lua para parte da Aacutefrica e Antarctica a 8h TU

httpwwwlunar-occultationscomiotaplanets 0907venushtm

Equaccedilatildeo de Tempo 191 min

7 de setembro de 2005 a sonda Cassini sobrevoa a lua Titan de Saturno httpsaturnjplnasagov

Terccedila-feira 6 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 158 min 43h Marte Mag=-11m melhor observado

de 22 7h - 59h LCT (Ari)59h Saturno Mag=03 m melhor observado

de 43h - 59h LCT (Cnc)6h159m Nascer do Sol no E 7h515m Nascer da Lua no E (Vir)9h34m Vecircnus passa a 17 graus da estrela

Spica 1 mag (Vir)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

copy NA

SA

JPL

S

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In

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te

61

EFEMEacuteRIDES

43h Marte Mag=-12m melhor observado de 227h - 59h LCT (Ari)

59h Saturno Mag=03 m melhor observado de 42h - 59h LCT (Cnc)

6h150m Nascer do Sol no E 8h240m Nascer da Lua no ESE (Vir)18h038m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -205h LCT (Vir)19 2h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo20h015m Europa (68 mag) Elongaccedilatildeo Oeste 21 h265m Ocaso da Lua no W S W (Vir)237h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 49h LCT (Aqr)

Quinta-feira 8 de setembro

Haacute 40 anos atraacutes Karou Ikeya e Tsutomu Seki descobriam o cometa Ikeya-Seki httpcosteira1astrodatabasenetcometaindexhtm

Em 1960 nascia a instituiccedilatildeo norte-americano do Marshall Space Center httpwwwmsfcnasagov

Em 1905 nascia Thomas Keith Glennan o primeiro administrador da NASA formalmente estabelecida em 1 de outubro de 1958

Equaccedilatildeo de Tempo 226 min 42h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 59h LCT (Ari)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

41 h - 59h LCT (Cnc)6h141m Nascer do sol no E 8h595m Nascer da Lua no ESE (Lib)

18h040m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -204h LCT (Vir)192h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h519m Io (62 mag) Elongaccedilatildeo Oeste 19h520m Europa (68 mag) Final do Eclipse 22h225m Ocaso da Lua no W S W (Lib)237h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 48h LCT (Aqr)

Sexta-feira 9 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 260 min 42h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

41h - 58h LCT (Cnc)6h131m Nascer do Sol no E 9h394m Nascer da Lua Az=1132 deg ESE (Lib) 18h042m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -204h LCT (Vir)19 1 h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h251m Lua em Libraccedilatildeo Oeste 217h Lua Passa a 04 graus da estrela SAO

183686 42 LIBRAE 51mag 23h218m Ocaso da Lua no W SW (Sco)236h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 47h LCT (Aqr)

Em 8 de setembro de 1975 era lanccedilada a sonda Viking 2 (Marte OrbiterLander)httpnssdcgsfcnasagovplanetaryvikinghtml

62 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

Saacutebado 10 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 32 (OTM- | 32)

Asteroacuteide 5836 (1993 MF) passa proacuteximo ao Asteroacuteide Vesta (0027 UA)

Asteroacuteide 5143 Heracles passa proacuteximo da Terra (2216 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 295 min41 h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

40h - 58h LCT (Cnc)6h122m Nascer do Sol no E 10h253m Nascer da Lua no ESE (Sco) 18h045m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -210h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -203h LCT (Vir)1 9 0h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo235h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 47h LCT (Aqr)

Domingo 11 de setembro

Cometa Singer Brewster em Perieacutelio (2041 UA) Em 1985 a sonda ICE ldquoInternational Cometary

Explorerrdquo passava pela cauda de iacuteon do cometa Giacobini-Zinner

httphyperphysicsphy-astrgsueduhbasesolargzhtml

Equaccedilatildeo de Tempo 330 min 0h241m Ocaso da Lua no W SW (Sco)41 h Marte Mag=-12m melhor observado de

225h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

40h - 58h LCT (Cnc)6h113m Nascer do Sol no E 8h366m Lua em Quarto Crescente 11h185m Nascer da Lua no ESE (Oph) 18h047m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -210h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -203h LCT (Vir)1 9 0h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo

Em 12 de Setembro de 1970 era lanccedilada a sonda Luna 16 (Soviet Lua Sample Return)

httpwwwcalskycomobserverluna16html

235h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 46h LCT (Aqr)

Segunda-feira 12 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 365 min 10h Lua passa a 02 graus da estrela SAO

185755 X SAGITTARII 42mag 1 h274m Ocaso da Lua no W S W (Sgr)40h Marte Mag=-13m melhor observado de

225h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

39h - 58h LCT (Cnc)6h103m Nascer do Sol no E 12h188m Nascer da Lua no ESE (Sgr)18h050m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -210h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -202h LCT (Vir)189h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo234h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 45h LCT (Aqr)

Terccedila-feira 13 de setembro

Asteroacuteide 9349 Lucas passa proacuteximo da Terra (0890 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 400 min 2h291m Ocaso da Lua no W S W (Sgr)3h455m Lua em Libraccedilatildeo Norte 40h Marte Mag=-13m melhor observado de

224h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

39h - 58h LCT (Cnc)6h094m Nascer do Sol no E 13h248m Nascer da Lua no ESE (Sgr)18h052m Ocaso do Sol no W

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 63

EFEMEacuteRIDES

185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de 185h -210h LCT (Vir)

185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 185h -202h LCT (Vir)

1 8 8h V ia-laacutectea m elhor posicionada para observaccedilatildeo

233h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 45h LCT (Aqr)

Quarta-feira 14 de setembro

Cometa Helin-Roman-Alu 2 passa proacuteximo da Terra (1384 UA)

Em 1915 nascia John Dobson Equaccedilatildeo de Tempo 436 min 00h Lua passa a 12 graus da estrela SAO

188742 59 SAGITTARII 46mag 04h Lua passa a 05 graus da estrela SAO

188722 OMEGA SAGITTARII 48mag 17h Lua passa a 06 graus da estrela SAO

188778 60 SAGITTARII 50mag 3h263m Ocaso da Lua no W SW (Sgr)39h Marte Mag=-13m melhor observado de

224h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=04 m melhor observado de

38h - 58h LCT (Cnc)6h084m Nascer do Sol no E 14h333m Nascer da Lua no ESE (Cap) 18h054m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -210h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -201h LCT (Vir)1 8 8h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h213m Ganimedes (58 mag) em Elongaccedilatildeo

Este233h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 44h LCT (Aqr)

Quinta-feira 15 de setembro

Cometa C2004 V3 passa proacuteximo da Terra (3320 UA)

Asteroacuteide 4116 Elachi passa proacuteximo da Terra (1012 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 472 min39h Marte Mag=-13m melhor observado de

223h - 58h LCT (Ari)

4h178m Ocaso da Lua no W S W (Cap)58h Saturno Mag=04 m melhor observado de

37h - 58h LCT (Cnc)6h075m Nascer do Sol no E 15h414m Nascer da Lua no ESE (Cap)18h057m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -201h LCT (Vir)187h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo232h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 43h LCT (Aqr)

Sexta-feira 16 de setembro

Asteroacuteide 1282 Utopia passa proacuteximo da Terra (1862 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 507 min

38h Marte Mag=-14m melhor observado de 223h - 57h LCT (Ari)

5h037m Ocaso da Lua no W S W (Aqr)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

37h - 57h LCT (Cnc)6h065m Nascer do Sol no E 10h518m Lua em Perigeu 16h474m Nascer da Lua no ESE (Aqr)18h059m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -200h LCT (Vir)V186h Via-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo19h110m Io (62 mag) Elongaccedilatildeo Este231h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 43h LCT (Aqr)

Saacutebado 17 de setembro

Asteroacuteide 6373 Stern passa proacuteximo da Terra (1883 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 543 min 38h Marte Mag=-14m melhor observado de

222h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

36h - 57h LCT (Cnc) 48d

64 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMEacuteRIDES

5h453m Ocaso da Lua no W (Aqr)6h056m Nascer do Sol no E 17h508m Nascer da Lua no E (Aqr)18h062m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -200h LCT (Vir)18 6h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo23h008m Lua Cheia230h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 42h LCT (Aqr)236h Mercuacuterio em Conjunccedilatildeo

Domingo 18 de setembro

Vecircnus oculta a estrela PPM 228686 (96 Mag) Equaccedilatildeo de Tempo 579 min 37h Marte Mag=-14m melhor observado de

222h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

36h - 57h LCT (Cnc)6h046m Nascer do Sol no E 6h242m Ocaso da Lua no W (Psc)18h064m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -199h LCT (Vir)1 8 5h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo18h523m Nascer da Lua no E (Cet)230h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 41 h LCT (Aqr)

S

Sonda Cassini Manobra Orbital 33 (OTM-33) Em 1905 Paul Gotz descobria os asteroacuteides 572

Rebekka 573 Recha 574 Reginhild e o 575 Renate Equaccedilatildeo de Tempo 615 min

37h Marte Mag=-14m melhor observado de 221h - 57h LCT (Ari)

57h Saturno Mag=04 m melhor observado de 35h - 57h LCT (Cnc)

6h036m Nascer do sol no E 7h020m Ocaso da Lua no W (Psc)

egunda-feira 19 de setembro

18h066m Ocaso do Sol no W 184h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -199h LCT (Vir)19h528m Nascer da Lua no E (Psc)229h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 41 h LCT (Aqr)

Terccedila-feira 20 de setembro

Asteroacuteide 1999 RQ36 passa pela Terra (0033 UA) Equaccedilatildeo de Tempo 650 min 36h Marte Mag=-14m melhor observado de

221h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

34h - 57h LCT (Cnc)6h027m Nascer do Sol no E 7h402m Ocaso da Lua no W N W (Ari)18h069m Ocaso do Sol no W 184h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -198h LCT (Vir)20h531m Nascer da Lua no ENE (Ari)228h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 40h LCT (Aqr)

Quarta-feira 21 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 686 min 36h Marte Mag=-15m melhor observado de

220h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

34h - 57h LCT (Cnc)6h017m Nascer do Sol no E 8h202m Ocaso da Lua no W N W (Ari)18h071m Ocaso do Sol no W 183h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -198h LCT (Vir)21 h534m Lua Nasce no ENE (Ari)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 65

EFEMERIDES

228h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 39h LCT (Aqr)

Quinta-feira 22 de setembro

Asteroacuteide 16035 Sasandford passa proacuteximo da Terra (1690 UA)

Em 1905 Paul Gotz descobria o Asteroacuteide 576 Emanuela

Equaccedilatildeo de Tempo 721 min 02h Lua passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 9048 TAU ARIETIS 52mag 35h Marte Mag=-15m melhor observado de

219h - 56h LCT (Ari)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

33h - 56h LCT (Cnc)6h008m Nascer do Sol no E 9h031m Ocaso da Lua no W N W (Tau) 18h074m Ocaso do Sol no W 18 2h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -197h LCT (Vir)19h232m Equinoacutecio de Prim avera para o

H em isfeacuterio Sul e Equinoacutecio Outonal para o Hemisfeacuterio Norte

227h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 39h LCT (Aqr)

22h535m Lua Nasce no ENE (Tau)236h Lua passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 76485 44 TAURI (IM) 54mag

Sexta-feira 23 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 34 (OTM-34) Asteroacuteide 2003 UV11 passa a 0032 UA do planeta

MercuacuterioAsteroacuteide 2865 Laurel passa proacuteximo da Terra

(1632 UA)Equaccedilatildeo de Tempo 757 min No Calendaacuterio Persa eacute o Primeiro dia do mehr

mecircs 7 do ano 1384 Marte Mag=-15m melhor observado de 2 1 9h -

56h LCT 34h (Tau)52h Lua Passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 76573 CHI TAURI 54mag 56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

33h - 56h LCT (Cnc)

5h598m Nascer do Sol no E 9h497m Ocaso da Lua no W N W (Tau)18h076m Ocaso do Sol no W 182h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -197h LCT (Vir)19h211 m Ganimedes (58 mag) iniacutecio do Tracircnsito

da Sombra226h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 38h LCT (Aqr) =157d 23h522m Nascer da Lua no ENE (Tau)

Saacutebado 24 de setembro

Em 1930 nascia John Young Pelo Calendaacuterio Civil Indiano eacute o Primeiro dia do

Asvina mecircs 7 do ano 1927Equaccedilatildeo de Tempo 792 min 34h Marte Mag=-15m melhor observado de

21 8h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

32h - 56h LCT (Cnc)5h589m Nascer do Sol no E 10h398m Ocaso da Lua no W N W (Tau)18h079m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -196h LCT (Vir)21 h Chuveiro de Meteoros Andromedideos (Psc) 226h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 37h LCT (Aqr)

Domingo 25 de setembro

Asteroacuteide 9342 Carygrant passa proacuteximo da Terra (0894 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 826 min 0h480m Nascer da Lua no ENE (Aur)33h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 8h - 56h LCT (Tau)3h408m Lua em Quarto Minguante 56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

31h - 56h LCT (Cnc)5h579m Nascer do Sol no E 11h327m Ocaso da Lua no W N W (Aur)18h082m Ocaso do Sol no W

66 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMEacuteRIDES

185h Mercuacuterio Mag=-10m melhor observado de 185h -185h LCT (Vir)

185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de 185h -213h LCT (Lib)

185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 185h -196h LCT (Vir)

225h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 37h LCT (Aqr)

Segunda-feira 26 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 861 min 1 h396m Nascer da Lua no ENE (Gem)2h305m Lua em Libraccedilatildeo Sul33h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 7h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

31h - 56h LCT (Cnc)5h570m Nascer do sol no E 12h272m Ocaso da Lua no W N W (Gem) 18h084m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-09m melhor observado de

185h -186h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -195h LCT (Vir)224h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 36h LCT (Aqr)

Em 26 de setembro de 2005 a sonda Cassini sobrevoa a lua Hiperion de Saturno

Terccedila-feira 27 de setembro

Lanccedilam ento Soyuz T M A -7 Soyuz FG (International Space Station 12S)

Vecircnus oculta a estrela PPM 229625 (109 Mag)Equaccedilatildeo de Tempo 895 min2h261 m Nascer da Lua no ENE (Gem)32h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 7h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

30h - 56h LCT (Cnc)5h560m Nascer do Sol no E 13h218m Ocaso da Lua no W N W (Cnc)18h087m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-09m melhor observado de

185h -187h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -195h LCT (Vir)224h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 35h LCT (Aqr)

Quarta-feira 28 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 35 (OTM-35) Asteroacuteide 1620 Geographos passa proacuteximo da

Terra (0740 UA)Em 1605 nascia Ismael BullialdusEquaccedilatildeo de Tempo 929 min 3h078m Nascer da Lua no ENE (Cnc)5h551m Nascer do Sol no E

12h198m Lua em Apogeu 14h153m Ocaso da Lua no W N W (Cnc) 18h090m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-08m melhor observado

de 185h-187h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41 m melhor observado

de 185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado

de 185h-194h LCT (Vir)223h Urano Mag=57 m melhor observado

de 190h - 35h LCT (Aqr)

Quinta-feira 29 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 962 min 31h Marte Mag=-16m melhor observado de

215h - 55h LCT (Tau)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 67

EFEMEacuteRIDES

3h452m Nascer da Lua no ENE (Leo)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

29h - 55h LCT (Cnc)5h542m Nascer do Sol no E 15h074m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h092m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-08m melhor observado de

185h -188h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -194h LCT (Vir)222h Urano Mag=57 m melhor observado de

190h - 34h LCT (Aqr)

Sexta-feira 30 de setembro

Lanccedilamento NROL-21 Delta 2 Em 1975 Charles Kowal descobria a lua Themisto

de Juacutepiter Equaccedilatildeo de Tempo 995 min 30h Marte Mag=-17m melhor observado de

215h - 55h LCT (Tau)4h194m Lua Nasce no ENE (Leo)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

28h - 55h LCT (Cnc)5h532m Sol Nasce no E 15h582m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h095m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-07m melhor observado de

185h -188h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185h -214h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -193h LCT (Vir)222h Urano Mag=57 m melhor observado de

190h - 33h LCT (Aqr)

Saacutebado 1 de outubroSonda Cassini em Manobra Orbital 36 (OTM-

36)Asteroacuteide 2001 SE270 passa a 0050 UA da Terra 00h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 33m LCT (Aqr)29h Marte Mag=-17m melhor observado de

2 1 4m a 55m LCT (Tau)4h514m Nascer da Lua no E (Leo)55h Saturno M ag=04 m melhor observado

de 28m a 55m LCT (Cnc)

5h523m Nascer do sol no E 6h45m Marte estacionaacuterio Iniciando Movimento

Retroacutegrado16h481m Ocaso da Lua no W (Leo)18h098m Ocaso do sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-07m melhor observado de

185m a 188m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 193m LCT (Vir)

Domingo 2 de outubro

Em 1935 era fundado o Hayden Planetariumhttpwwwhaydenplanetariumorg

Vecircnus oculta a estrela PPM 264162 (94 mag) Asteroacuteide Asteroid 1886 Lowell passa a 1507 UA

da Terra29h Marte Mag=-17m melhor observado de

213m a 55m LCT (Tau)5h223m Lua nasce no E (Vir)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

27m a 55m LCT (Cnc)5h514m Nascer do Sol no E 17h381m Ocaso da Lua no W (Vir)18h101m Ocaso do sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-06m melhor observado de

185m a 189m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 192m LCT (Vir)220h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 32m LCT (Aqr)

Segunda-feira 3 de outubro

Ano Novo Hebreu Primeiro dia do mecircs Rosh Hashanah do ano 5766 comeccedilando ao pocircr-do-sol

Calendaacuterio Tabular Islacircmico Primeiro dia do Ramadan nono mecircs do ano 1426 iniciando ao ocaso do Sol

Em 1815 era descoberto o meteorito marciano Chassigny

httpwwwjplnasagovsncchassignyhtml Asteroacuteide 2004 HR56 passa a 0033 UA de Marte Asteroacuteide 4664 Hanner passa a 1715 UA da Terra

68 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

7

EFEMEacuteRIDES

28h Marte Mag=-17m melhor observado de 213m a 55m LCT (Tau)

Eclipse Anular do sol visiacutevel da Aacutefrica 4h35m33s Iniacutecio do Eclipse Solar Visiacutevel na Aacutefrica 55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

27m a 55m LCT (Cnc)5h41 m04s Iniacutecio do Eclipse Umbral 5h505m Sol Nasce no E 5h533m Lua Nasce no E (Vir)7h279m Lua Nova7h31m419s Eclipse Solar Anular Maior

Duraccedilatildeo= 4m264s Magnitude=958httpsunearthgsfcnasagoveclipseSEmono

ASE2005ASE2005html Eclipse Solar Anular visiacutevel da Aacutefrica Obscuraccedilatildeo=918 ET-UT=653sec 9h22m33s Final do Eclipse Umbral 10h27m53s Final do Eclipse Solar 18h104m Ocaso do Sol no W 18h290m Ocaso da Lua no W (Vir)185h Mercuacuterio Mag=-06m melhor observado de

185m a 190m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 191m LCT (Vir)19h04m Marte passa a 91 graus das Plecirciades

(M45)220h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 31m LCT (Aqr)

Terccedila-feira 4 de outubroOcultaccedilatildeo de Mercuacuterio pela Lua27h Marte Mag=-17m melhor observado de

212m a 55m LCT (Tau)55h Saturno Mag=04m melhor observado de

26m a 55m LCT (Cnc)6h256m Lua Nasce no E (Vir)157h Vecircnus em Apogeu 185h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

185m a 190m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 191m LCT (Vir)18h58m Mercuacuterio passa a 19 graus de Spica19h219m Lua Ocaso no W SW (Vir)21 9h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 31m LCT (Aqr)

Quarta-feira 5 de outubro

Asteroacuteide 1877 Marsden passa a 2658 UA da Terra

Cometa Chernykh passa a 1464 da Terra 27h Marte Mag=-18m melhor observado de

211m a 54m LCT (Tau)54h Saturno Mag=04 m melhor observado de

25m a 54m LCT (Cnc)5h486m Sol Nasce no E 7h004m Lua Nasce no ESE (Vir)16h40m Mercuacuterio passa a 13 graus de Juacutepiter 18h110m Ocaso do Sol no W 186h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

186m a 191m LCT (Vir)186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

186m a 215m LCT (Lib)186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

186m a 190m LCT (Vir)20h175m Ocaso da Lua no W SW (Lib)218h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 30m LCT (Aqr)

Quinta-feira 6 de outubro

26h Marte Mag=-18m melhor observado de 211m a 54m LCT (Tau)

54h Saturno Mag=04m melhor observado de 25m a 54m LCT (Cnc)

5h477m Sol Nasce no E 7h392m Lua Nasce no ESE (Lib)18h113m Ocaso do Sol no W 186h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

186m -191m LCT (Vir)

httpulyssesjplnasagov

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 69

EFEMERIDES

186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de 186m -215m LCT (Lib)

186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 186m -190m LCT (Vir)

20h315m Lua em Libraccedilatildeo Oeste21 h163m Lua Ocaso no W S W (Lib)2 1 8h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m - 29m LCT (Aqr)

Sexta-feira 7 de outubro

25h Marte Mag=-18m melhor observado de 210m - 54m LCT (Tau)

54h Saturno Mag=04 m melhor observado de 24m - 54m LCT (Cnc)

5h469m Sol Nasce no E 8h234m Lua Nasce no ESE (Sco)18h116m Ocaso do sol no W

186h Mercuacuterio Mag=-04m melhor observado de 186m -192m LCT (Vir)

186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de 186m -215m LCT (Sco)

186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 186m -189m LCT (Vir)

20h089m Imersatildeo da estrela SAO 184336 AL NIYAT (SIGMA SCORPI) 29 mag na borda escura da Lua

20h233m Emersatildeo da estrela SAO 184336 AL NIYAT (S IG M A S C O R P I) 2 9 mag na borda iluminada da Lua

2 1 7h Urano Mag=57 m melhor observado de 190m - 28m LCT (Aqr)

219h Lua passa a 09 graus de separaccedilatildeo da estrela SAO 184415 ANTARES (ALPHA SCORPI) 09mag

22h179m Lua Ocaso no W S W (Sco)

Fontes consultadasCarta celeste para ambos os hemisfeacuterios em PDF httpwwwskymapscomindexhtmlhttpreabrasilastrodatabasenethttpgeocitiesyahoocombrreabrasilhttpaerithnetindexhtmlhttpwwwjplnasagovcalendarhttpingaufubr~silvestrhttpwwwcalskycomhttpwwwtodayinscicomhttpwwwpamsueduabramsSkyWatchersDiaryDiaryhtmlhttpcometsamsmeteorsorgmeteorscalendarhtmlhttpwwwimonethttpwwwlunaroccultationscomiota2003bstarebstarehtmhttpwwwlunaroccultationscomiota2003planetsplanetshtmhttpwwwjplnasagovhttpsunearthgsfcnasagoveclipseeclipsehtmlhttpssdjplnasagov

Rosely Greacutegio eacute formada em Artes e Desenho pela UNAERP Grande difusora da Astronomia atualmenteparticipa de programas de observaccedilatildeo desenvolvidos no Brasil e exterior envolvendo meteoros cometasLua e recentemente o Solhttprgregioastrodatabasenethttprgregiositesuolcombrhttpmembersfortunecitycommeteor4indexhtmhttpgeocitiesyahoocombrrgregio2001httpwwwconstelacoeshpgcombr

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CAPRICOacuteRNIO

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LEGEINDAMagnitude das estrelas

Limites das constelaccedilotildeesi

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mmdash revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

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CONSTELACcedilOtildeESZODIACAIS

CONSTELACcedilAtildeO DE

uaacuterioAquarius Aquaacuterio Abreviaccedilatildeo Aqr Genitivo Aquarii Significado O portador de Aacutegua Ascensatildeo Reta 23 horas Declinaccedilatildeo -15 graus Visiacutevel entre latitudes 65 e -90 grausConstelaccedilotildees Limiacutetrofes Cap PsA Scl Cet Psc Peg Equ e AqlAquaacuterio eacute visiacutevel no outono para o Hemisfeacuterio Norte e na primavera para o Hemisfeacuterio Meridional

Rosely Greacutegio | Revista macroCOSMOcom rgregiouolcombr

A Constelaccedilatildeo do Aquaacuterio estaacute representada em vaacuterias culturas antigas e sempre associada a aacutegua pois seu aparecimento no ceacuteu ou quando localizada no Zecircnite significava o anuncio da chegada das chuvas eou da inundaccedilatildeo dos rios Isto significava fonte de vida e alimento para os povos que viviam nas terras aacuteridas como por exemplo a Babilocircnia e o Egito Aquaacuterio eacute uma constelaccedilatildeo bastante lacircnguida que natildeo seria famosa se natildeo fizesse parte do Zodiacuteaco Na maioria das culturas eacute tido como um homem que verte aacutegua de um balde Isto pode surgir do fato que o Sol entra em Aquaacuterio no iniacutecio do inverno quando a estaccedilatildeo chuvosa comeccedila em muitas partes do mundo

Aquaacuterio tem algumas binaacuterias agradaacuteveis de serem observadas uma variaacutevel sem igual e alguns objetos de ceacuteu fundo um pouco interessantes (mas os Objetos Messier aqui geralmente natildeo satildeo muito interessantes) As estrelas geralmente satildeo de quarta magnitude

___________________ Estrelas Nomeadas

Albali (Epsilo Aqr) Ancha (Theta Aqr) Situla (Kappa Aqr)

_Estrelas Duplas

Zeta2 A q uarii e zeta1 A q uarii formam um sistema binaacuterio de duas estrelas brancas iguais com uma oacuterbita de 760 anos Zeta2 Aquarii eacute a primaacuteria 44 46 PA 266deg atual e separaccedilatildeo 23 ldquo

Struve 2944 eacute um sistema triplo agradaacutevel com todos os trecircs em uma linha reta AB 70 75 PA 276deg separaccedilatildeo 25 ldquo C 84 PA 106deg separaccedilatildeo 50 ldquo

Struve 2988 eacute um par muito atraente de estrelas iguais 72 72 PA 101deg separaccedilatildeo 35 ldquo A binaacuteria estaacute a 3deg SW de psi1 Aquarii

Estrelas Variaacuteveis

SADALMELIK Alpha Aquarii (Alpha Aqr) eacute um supergigante com cem vezes o tamanho do Sol Estaacute apenas haacute mil anos-luz de distacircncia e brilha com uma magnitude visual de 296 A lpha Aquarii (Sadalmelik) e beta A q uarii (Sadalsuud) satildeo supergigantes gecircmeas com nomes quase idecircnticos Os nom es significam respectivam ente ldquoO Afortunado do Reirdquo e ldquoO mais Afortunado dos Afortunadosrdquo

Sadalsuud (Beta Aqr)Sadalachbia (Gama Aqr)Skat (Delta Aqr)

A variaacutevel mais notaacutevel na constelaccedilatildeo eacute R Aquarii normalmente listada como uma ldquovariaacutevelrdquo do tipo Mira Contudo esta gigante vermelha natildeo eacute uma variaacutevel de longo-periacuteodo normal eacute uma estrela lsquorsquosimbiocircnticarsquorsquo se assemelhando a Z Andromedae Estrelas do tipo ldquoZ Andromedaerdquo satildeo aquelas que apresentam dois espectros separados indicando duas temperaturas bastante diferentes um esfria e outra muito quente Este fenocircmeno eacute causado por um mesmo sistema binaacuterio onde a estrela maior e mais fria e a outra estrela (talvez uma pequena anatilde branca) a quente E de fato R Aquarii tem uma pequena companheira azul que eacute cercada por uma nuvem de gaacutes Quando acontece eclipse da estrela

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CONSTELACcedilOtildeESZODIACAIS

pequena pela gigante a magnitude visual da primaacuteria varia A estrela tem um periacuteodo de 38696 dias e um alcance de 58 a 124 o melhor momento para ver esta estrela seraacute na primeira semana de setembro em 2005

______________ Objetos de Ceacuteu Profundo

M2 (NGC 7089) - E um aglomerado globular compacto e luminoso mag 65 situado haacute 50000 anos-luz de distacircncia O aglomerado estaacute a 5deg N de beta Aquarii

M72 (NGC 6981) - Tambeacutem eacute um aglomerado globular mag 93 aproximadamente 3deg W S W da Nebulosa de Saturno

M73 (NGC 6994) - E outro aglomerado globular um agrupamento de estrelas de mag 89 que incluiu quatro estrelas sem conexotildees aproximadamente a 15deg leste de M 72

M73 (sistema ou asterismo de 4 estrelas) eacute notaacutevel por fazer o proacuteprio jarro de aacutegua inclinado e vertendo aacutegua Este pequeno asterismo que no campo de visatildeo binocular podem ser vistos em sua totalidade eacute composto de zeta Aqr e trecircs outras estrelas

NGC 7009 ldquoNebulosa de Saturnorsquorsquo - E umanebulosa p lanetaacuteria de mag 8 3 bastante espetacular visiacutevel em instrumentos grandes Tem raios que estende de ambos os lados do disco principal A nebulosa estaacute a 1deg a oeste de nu Aqrrdquo

NGC 7293 lsquorsquoNebulosa da Heacutelicersquorsquo (ou ldquoNebulosa Helicoidalrdquo) - E outra nebulosa planetaacuteria cujo nome aparentemente adveacutem de sua semelhanccedila a heacutelice dupla do DNA Realmente eacute uma nebulosa de anel com mag 65 soacute muito maior e mais lacircnguido que a Nebulosa de Anel mais notaacutevel em Lyra A nebulosa estaacute a 15deg W de upsilon Aquarii ou 210 no devido sul de zeta Aquarii ^

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Clique Astronocircmico

Planetaacuterio Municipal ldquo Prof Benedito RelardquoSituado na cidade de ItatibaSP e inaugurado em 07 de novembro de 2003 eacute o primeiro e uacutenico planetaacuterio no Paiacutes desenvolvido com tecnologia 100 nacional (Projeto Sphaera) O Planetaacuterio Benedito Rela eacute o 18deg do Brasil e o 3deg construiacutedo por uma Prefeitura Municipal e tem capacidade para abrigar ateacute 65 pessoas sentadas em sua sala de projeccedilatildeo Com uma cuacutepula de oito metros e totalmente automatizado foi montado pelo astrocircnomo Carlos Eduardo Mariano de CampinasSP O objetivo da Prefeitura de Itatiba por meio da Secretaria da Educaccedilatildeo eacute a realizaccedilatildeo de cursos palestras seminaacuterios exposiccedilotildees atividades de observaccedilatildeo astronocircmica e encontros sobre planetaacuterios e ensino de Astronomia O projetor SPHAERA I fabricado pela empresa brasileira Sphaera Planetaria Ltda reproduz o ceacuteu estrelado de qualquer regiatildeo do planeta e em qualquer eacutepoca com ateacute 10000 estrelas aleacutem da Via-Laacutectea Sol Lua planetas visiacuteveis figuras das constelaccedilotildees e muitos outros recursos Neste segundo semestre estaraacute em funcionamento no Planetaacuterio o projetor SPHAERA MIDIA Com esse equipamento que iraacute trabalhar em conjunto com o projetor SPHAERA I seraacute possiacutevel projetar graacuteficos e animaccedilotildees de alta definiccedilatildeo e ateacute em 3D Anualmente cerca de 20000 pessoas de Itatiba e cidades vizinhas participam das diversas atividades oferecidas pelo Planetaacuterio Todas as atividades realizadas pelo Planetaacuterio satildeo totalmente gratuitas

Maiores informaccedilotildees httpwwwprefeituraitatibacombrplanetarioplanetariohtmAgendamento de visitas (11) 4538-4547

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2005

Construccedilatildeo de umHeliostato

Joseacute Carlos Diniz | REACARJCANFdinizastroterracombr

O Heliostato eacute um instrumento simples quepermite a observaccedilatildeo do Sol por longos periacuteodos de forma segura Deve ser instalado preferencialmente mas natildeo obrigatoriamente de forma fixa de modo a facilitar a aquisiccedilatildeo de imagens Eacute particularmente uacutetil em observatoacuterios para mostras puacuteblicas palestras e estudo sistemaacutetico do Sol

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Sempre me dediquei agrave fotografia quer seja quando jovem como forma de sustento quer jaacute na meia idade quando me iniciei na astronomia Sempre me encantaram as imagens muito mais do que qualquer outro ramo da astronomia Em 1997 conheci e me maravilhei com o observatoacuterio solar de Rogeacuterio Marcon onde havia um Heliostato e fiquei entre assustado e apaixonado por aquele instrumento Mais tarde conheci Paulo R Moser e seu admiraacutevel trabalho sobre o Sol Com ele aprendi um pouco de observaccedilatildeo solar nas nossas conversas e atraveacutes da paacutegina solar da REA

Comprei filtros Thousand Oaks II e Baader Planetarium e por algum tempo fotografei o Sol O eclipse total de 1998 o novo ciclo solar e as observaccedilotildees puacuteblicas que fazemos no Clube que presido foram o estiacutemulo que faltava para me lanccedilar agrave aventura de construir meu proacuteprio Heliostato para natildeo soacute fotografar mas para observar o Sol

Haacute muito pouca literatura disponiacutevel talvez devido agrave sua simplicidade Os modelos que pesquisei eram voltados mais para a espectroscopia usando instrumentos de focal longa e com aparato complexo Desta forma procurei aprender para simplificar ao maacuteximo sua construccedilatildeo

Um Heliostato nada mais eacute do que um espelho plano montado numa estrutura que permite apontamento polar e movimento sincronizado com o Sol A imagem assim obtida eacute capturada por uma luneta (ou mesmo um doubleto acromaacutetico) e projetada sobre um anteparo O tamanho da imagem vai depender da distacircncia focal da luneta da ocular empregada e da distacircncia da projeccedilatildeo

Caso empreguemos um soacute espelho o Sol sofreraacute um movimento de rotaccedilatildeo ao longo da observaccedilatildeo por isso optei pelo modelo de dois espelhos onde essa rotaccedilatildeo natildeo existe

Neste modelo o espelho primaacuterio reflete a imagem solar para o espelho secundaacuterio que a envia agrave luneta Os espelhos devem ser planos e de boa qualidade (Agrave8) O espelhamento torna a imagem mais brilhante mas eacute possiacutevel prescindir dele Utilizei dois espelhos de 10 cm de diacircmetro feitos pelo Sr Weber (AraraquaraSP)

Uma outra observaccedilatildeo importante eacute que a velocidade de acompanhamento deve ser a metade da velocidade sideral porque a cada movimento do espelho o raio refletido altera-se o dobro desta forma o espelho primaacuterio deve dar uma volta completa a cada 48 horas

Procurei utilizar na construccedilatildeo materiais simples e ao alcance de todos (fig 1) como madeira compensada parafusos dobradiccedilas e rolamentos facilmente encontrados no mercado Apenas uma dimensatildeo eacute fundamental no setor a distacircncia entre o furo por onde passa o eixo principal e o sem-fim deve ser exatos 1455 cm para que tenhamos a velocidade de deslocamento correta de uma volta a cada 48 horas As outras dimensotildees das demais peccedilas natildeo satildeo importantes e podemos adapta-las ao nosso gosto

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macroOFICINA

Na figura 1 temos a relaccedilatildeo das peccedilas

1 - Alumiacutenio dobrado para sustentar o espelho primaacuterio

2 - Discos de madeira para prender os espelhos

3 - Parafuso motor Prende o setor na placa de sustentaccedilatildeo

4 - Dobradiccedila de latatildeo

5 - Peccedila de latatildeo dobrada para ajuste de altura

6 - Parafusos que formam os peacutes da montagem

7 - Pequenos cilindros de madeira que formam as cabeccedilas dos parafusos

Aleacutem disso temos o setor garfo do espelho secundaacuterio placa de sustentaccedilatildeoe rolamentos (2) de rdquo de diacircmetro

FIG 1

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macroOFICINA

0 conjunto eacute montado sobre uma peccedila de madeira Haacute ainda uma pequena torre

que sustenta o espelho secundaacuterio (fig 2) nela vemos

1 - Torre

2 - Mesa onde se fixa o setor

3 - Tubo de latatildeo que prende o espelho secundaacuterio

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FIG 3

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Torneamos um eixo de latatildeo (fig 3) que passa por dentro dos ro lam entos de esfera e que prende de um lado o setor do sem fim e do outro o espelho primaacuterio

Esse eixo possui de um lado rosca de 38rdquo e do outro rdquo Duas arruelas de alumiacutenio ajudam na fixaccedilatildeo do suporte do espelho primaacuterio ao setor

Escolhem os passar o eixo pelos rolamentos para dar um movimento suave e uniforme ao espelho e fa c ilita r o p o sic ionam ento do espelho primaacuterio

A figura 4 mostra o conjunto em fase de montagem

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macroOFICINA

Revendo velhas revistas SampT deparei-me com uma soluccedilatildeo muito interessante para construccedilatildeo do sem fim dobrar dois parafusos de latatildeo de rdquo e 20 espiras por polegada e prende-los na parte de baixo do setor onde fizemos um sulco (fig 5 e 6)

A traccedilatildeo se daraacute por um parafuso igual ao do sem-fim acoplado ao motor de de volta por m inuto Esta re laccedilatildeo proporciona um deslocamento de metade da velocidade sideral O motor foi conseguido de um velho timer de uma maacutequina de lavar pratos e o suporte do parafuso feito em madeira no formato de U

Uma mola manteacutem o acoplamento e facilita o reposicionamento do setor (fig 7 8 e 9)

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Um dado importante para o correto alinhamento polar eacute que o plano do espelho primaacuterio deve obrigatoriamente coincidir com o Poacutelo O ajuste do Poacutelo se faz com a pequena peccedila de latatildeo conforme ilustrado nas figuras 10 e 11 Embora simples eacute eficaz e permite alinhar-se com boa precisatildeo

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Uso para o alinhamento um inclinocircmetro uma buacutessola e um niacutevel de bolha (fig 12)A torre que conteacutem o espelho secundaacuterio permite-nos aproximaacute-lo e afastaacute-lo do espelho primaacuterio

para obtermos a reflexatildeo da imagem Conforme a posiccedilatildeo do Sol no Solstiacutecio ou Equinoacutecio precisamos movimentaacute-la para obter a imagem a ser projetada

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1 ^ 1Apoacutes posicionar o espelho primaacuterio com o motor

em funcionamento movemos o secundaacuterio ateacute obtermos a reflexatildeo e em seguida o movemos para direcionar a luneta vista ao fundo junto agrave cuacutepula (fig 13 ) O motor eacute siacutencrono e ligado a corrente eleacutetrica atraveacutes de um variador de frequumlecircncia o que permite acelerar e retardar o movimento da imagem Observei que o conjunto sem fim ainda necessita de ajustes mas permite uma observaccedilatildeo por tempo razoaacutevel (10 a 15 minutos) com poucas correccedilotildees

No momento o instrumento encontra-se em testes Pretendo construir uma base soacutelida para recebecirc-lo e desta forma facilitar a obtenccedilatildeo de imagens solares de modo mais confortaacutevel no interior da minha modesta cuacutepula e abrigado dos raios

V ~

solares podendo desta forma observaacute-lo de forma longa e produtiva A im agem refletida pelo secundaacuterio seraacute projetada atraveacutes de uma luneta para um anteparo onde seraacute observada Cartas de Waldmeier foram impressas em transparecircncia e satildeo ajustadas agraves imagens (16 cm de diacircmetro)

Adiantando ou atrasando a rotaccedilatildeo do motor podemos fazer a imagem do Sol tocar as bordas da carta determinando assim a linha Leste e o Oeste e por consequumlecircncia o Norte e o Sul desta forma podemos posicionar a carta e saber em que setor as manchas estatildeo anotaacute-las e segui-las com maior precisatildeo A imagem pode ser fotografada e uma animaccedilatildeo mostrando a rotaccedilatildeo das manchas eacute possiacutevel

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As figuras 14 e 15 mostram o instrumento terminado

Espero ter contribuiacutedo para despertar interesse e motivaccedilatildeo no estudo do Sol O Heliostato eacute de grande im portacircncia para observatoacuterios e associaccedilotildees por permitir de forma simples obter im agens de qualid ad e com conforto e a popularizaccedilatildeo do estudo do Sol

Qualquer duvida estou sempre agrave disposiccedilatildeo Meus profundos agradecimentos a Rogeacuterio Marcon e a Paulo Roberto Moser pelos ensinamentos Este projeto eacute dedicado agrave memoacuteria de Jean Nicolini mestre da observaccedilatildeo e exemplo de paixatildeo pela astronomia M

Nota Este artigo eacute parte integrante do Reporte Anual da REA-BRASIL (REDE DE ASTRONOM IA OBSERVACIONAL BRASIL) - REPORTE Ndeg 11 editado em DEZEMBRO2003 Nossos agradecimentos ao amigo Joseacute Carlos Diniz bem como ao atual Coordenador Geral da REA Edvaldo Joseacute Trevisan por nos permitir divulgar e veicular na Revista macroCOSMOcom mais este trabalho realizado pelos membros da REA-BRASIL Este e demais reportes estatildeo disponiacuteveis em no site da REA-BRASIL Conheccedila o trabalho desenvolvido pelos membros da REA e participe httpwwwreabrasilorg

Joseacute Carlos Diniz eacute Meacutedico Cardiologista (Rio de JaneiroRJ) astrocircnomo amador astrofotoacutegrafo e ATM Membro da REA CARJ CANF e NG C51 Tem se destacado por seu magniacutefico trabalho contra a Poluiccedilatildeo Luminosa emeacuterito e premiado astrofotoacutegrafo construtor de vaacuterios instrumentos astronocircmicos e divulgador destas nobres artes cujos trabalhos podem ser apreciados em httpwwwastrosurfcomdiniz e http wwwdinizastrodatabasenet

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V

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Equipe que iraacute para a Olimpiacuteada internacional em 2005 na China No centro o presidente da SAB Licio da Silva e Prof Joatildeo Canalle coordenador nacional da OBA

Olimpiacuteada Brasileira de Astronomia eDESPERTANDO INTERESSE DE A c t m n C I I

ALUNOS PELA CIEcircNCIA M b Ll U N dU LILrd

Fernanda Calipo | Revista macroCOSMOcomfecalipohotmailcom

Aleacutem de muacutesica balada e outros atrativos da idade alunos descobrem uma paixatildeo diferente A Astronom ia A O BA - O lim piacuteada B ras ile ira de A s tro n o m ia e A s tro n aacute u tica eacute um even to edu ca tivo responsaacutevel por despertaacute-los a se aplicar neste segm ento cientiacutefico A O lim piacuteada jaacute estaacute em sua oitava ediccedilatildeo e eacute prom ovida anualm ente pela SAB - Sociedade Astronocircm ica Brasileira sociedade cientiacutefica que reuacutene os profissionais envolvidos em pesquisa cientiacutefica de todas as aacutereas da Astronom ia e Astrofiacutesica do Brasil e pela Agecircncia Espacial Brasileira (AEB)

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A OBA tem o objetivo de fomentar o interesse dos jovens pela Astronomia Astronaacuteutica e Ciecircncias afins aleacutem de promover a difusatildeo dos conhecimentos baacutesicos de uma form a luacutedica e cooperativa mobilizando natildeo soacute os alunos mas professores coordenadores pedagoacutegicos diretores pais e escolas planetaacuterios observatoacuterios municipais e particulares espaccedilos centros e museus de ciecircncia associaccedilotildees e clubes de astronomia astrocircnomos profissionais e amadores entre outros num soacute mutiratildeo nacional aleacutem de distribuir materiais educacionais de astronomia para os professores representantes da OBA nas escolas participantes

ldquoA Astronomia eacute a ciecircncia com o maior nuacutemero de sociedades amadoras mas paradoxalmente natildeo eacute objeto de uma disciplina especiacutefica nos curriacuteculos dos ensinos fundamental e meacutedio Em geral ela fica a cargo de um profissional de ensino que natildeo possui habilitaccedilatildeo especiacutefica no tema e muito frequumlentemente nem eacute formado em ciecircncias exatas A OBA busca portanto estimular nos estudantes o gosto pelo tem a bem como divulgar corretam ente os conteuacutedos entre estudantes e professores realizando um diagnoacutestico ainda que parcial do quatildeo tais conteuacutedos estatildeo ou natildeo corretamente apreendidosrdquo afirma o coordenador nacional da OBA Prof Dr Joatildeo Batista Garcia Canalle professor titu lar no Instituto de F iacutes ica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) onde tam beacutem estaacute sediada a Coordenaccedilatildeo Nacional da Olimpiacuteada Brasileira

Quem participa Todos alunos que estejam estudando entre a primeira serie do ensino fundamental ateacute os da ultima do ensino meacutedio Natildeo haacute restriccedilatildeo quanto ao nuacutemero miacutenimo ou maacuteximo de alunos participantes por escola Se a escola onde o aluno estuda natildeo estiver cadastrada para participar da OBA o estudante interessado poderaacute recorrer a uma outra escola cadastrada ou a outra instituiccedilatildeo cadastrada A inscriccedilatildeo do aluno deveraacute ser feita pelo professor que aplicaraacute a prova

As provas dividem-se em quatro niacuteveis a saber

Prof Joatildeo Canalle coordenador nacional da OBA

Niacutevel 1 destinada aos alunos da 1a e 2a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 2 destinada aos alunos da 3a e 4a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 3 destinada aos alunos de 5a agrave 8a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 4 destinada aos alunos de qualquer seacuterie do ensino meacutedio ou que jaacute concluiacuteram o ensino meacutedio haacute menos de dois anos (a contar da data da prova da OBA) e natildeo estatildeo matriculados em nenhuma instituiccedilatildeo de ensino superior

As questotildees das provas visam muito mais a dar informaccedilotildees corretas e atualizadas aos alunos do que extrair informaccedilotildees deles As provas satildeo compatiacuteveis com os conteuacutedos abordados pela maioria dos livros didaacuteticos do ensino fundamental e meacutedio A prova eacute constituiacuteda de 7 perguntas de Astronomia e 3 de Astronaacuteutica (o que inclui lanccedilamento de foguetes sateacutelites artificiais e sensoriamento remoto) Dentre as 7 perguntas de A stronom ia haacute uma ou duas perguntas observacionais Para responder a estas perguntas observacionais o aluno precisa fazer previamente uma atividade observacional divulgada com antecedecircncia sobre a qual seraacute baseada a pergunta

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Assim sendo os alunos podem fa ze r individualmente ou em grupos estas atividades observacionais No dia da Olimpiacuteada contudo cada aluno deveraacute estar de posse das suas mediccedilotildees respostas caacutelculos e resultados da atividade observacional que foi solicitada pela Organizaccedilatildeo da OBAUma novidade em 2005 foi a parceria com a Agecircncia Espacial Brasileira (AEB) passando a se cham ar O lim piacuteadas Brasileira de Astronomia e Astronaacuteutica ldquoA Agecircncia tem um interesse em divulgar mais seus avanccedilos tecnoloacutegicos brasileiros principalmente para quem ainda estaacute na fase de aprendizado Temos um brasileiro em constante treinamento na NASA o Marcos Pontes aleacutem de uma parceria com a China na aacuterea de sateacutelites Enfim muitas coisas para acrescentar como conhecimento na prova que teraacute 3 questotildees voltadas para este temardquo ressalta o Prof Canalle

Os alunos com m elhor desem penho na Olimpiacuteada nacional satildeo convidados a receber um treinamento para participarem da Olimpiacuteada Internacional devendo passar por uma outra prova que selecionaraacute entre 4 e 6 participantes para

representarem o Brasil laacute fora Como a equipe eacute formada por membros de diferentes unidades da federaccedilatildeo o treinamento contou com astrocircnomos membros da Sociedade Astronocircmica Brasileira os proacuteprios professores dos estudantes e ainda com listas de exerciacutecios compiladas por ex-participantes que tambeacutem jaacute participaram da Olimpiacuteada nacional ou internacional

ldquoA Olimpiacuteada muito mais que uma competiccedilatildeo eacute uma maneira de despertar a curiosidade cientiacutefica nos jovens Assim pretende-se utilizar a OBA como uma espeacutec ie de recurso pedagoacutegico um instrumento que muito mais do que de premiar os melhores estudantes tem o objetivo de cativar o interesse pela ciecircncia entre os jovens atraveacutes de uma prova com questotildees interessantes e bem elaboradas que natildeo lsquoassustersquo o estudante pela falta de conhecimento necessaacuterio retendo assim a sua atenccedilatildeo e despertar a sua imaginaccedilatildeo e o interesse cientiacutefico Sem duacutevida o evento serve tambeacutem para revelar talentos precoces A OBA seleciona os integrantes da equipe internacional tendo poreacutem um objetivo bem maior do que esterdquo finaliza o Prof Canalle

Carla Fernanda (hoje na POLI - USP) e Gulherme (Univale - SC) ambos com 17 anos e medalhistas da Olimpiacuteada internacional de 2004 na Ucracircnia

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Astronomia Brasileira leva prata e bronze em Olimpiacuteada Internacional de 2004 e prepara equipe para China em 2005

Configurando o melhor resultado de todas as participaccedilotildees nacionais trecircs dos quatro integrantes da equipe que representou o Brasil na IX Olimpiacuteada Internacional de Astronomia realizada em outubro de 2004 na Crimeacuteia retornaram laureados A equipe dividida nas duas faixas etaacuterias do certame era formada por Carla Fernanda de Arauacutejo e Silva estudante do Coleacutegio Objetivo (Satildeo PauloSP) e Guilherme Rohden Echelmeier estudante do Coleacutegio de Aplicaccedilatildeo da Univale (ItajaiacuteSC) pertencentes agrave faixa etaacuteria dos membros de ateacute 17 anos A faixa etaacuteria daqueles de ateacute 15 anos contou com Fernanda Vilela de Aquino da Escola Estadual Pe Anchieta (CoqueiralMG) e Felipe Ferreira Villar Coelho estudante do Coleacutegio Metropolitano (Serra ES) Carla e Guilherme obtiveram medalhas de bronze enquanto Filipe obteve a ineacutedita para o Brasil medalha de prata para a menor faixa etaacuteria A equipe contou ainda com os liacutederes Profa Nuricel Aguilera Villalonga (Coleacutegio Objetivo) Dr Carlos Alexandre W uenche do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Dr Roberto Pereira Ortiz (UFES)

A Olimpiacuteada foi realizada em Simeiz uma pequena cidade na costa sul da Crimeacuteia (no Mar Negro) a 105 km de Sinferopol T recircs diferentes tipos de provas foram aplicados teoacuterica praacutetica e observacional A prova praacutetica consiste na in terpretaccedilatildeo de informaccedilotildees astronocircmicas Para esta prova os estudantes natildeo podem ter mais de 17 anos nem estar na universidade

Hemisfeacuterio Norte - A equipe brasileira eacute uma das duas uacutenicas originaacuterias do Hemisfeacuterio Sul A outra eacute a equipe Indoneacutesia Entretanto as olimpiacuteadas internacionais de Astronomia desde sua criaccedilatildeo sempre foram organizadas no Hemisfeacuterio Norte Ao contraacuterio de outras Olimpiacuteadas Cientiacuteficas isto sempre foi uma desvantagem adicional para a equipe brasileira Aleacutem de conhecimentos teoacutericos e praacuteticos sobre Astrofiacutesica Astronomia e suas teacutecnicas os participantes se defrontaram com provas observacionais frente a um ceacuteu familiar a praticamente todas as equipes do Hemisfeacuterio Norte Para piorar as coisas algumas constelaccedilotildees que podem ser avistadas de ambos os Hemisfeacuterios

aparecem invertidas quando se vai de um hemisfeacuterio para outro Procurando sanar esta dificuldade a equipe recebeu da mesma forma que em 2003 um treinamento especial no Planetaacuterio de Rio de Janeiro uma semana antes de seu embarque para a Ucracircnia Na cuacutepula da Fundaccedilatildeo Planetaacuterio do Rio de Janeiro foi reproduzido o ceacuteu da Crimeacuteia agrave eacutepoca e horaacuterios provaacuteveis das provas observacionais

China 2005 o grupo que iraacute para China este ano marcou presenccedila no XXXI Encontro da SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira realizado no Hotel Vacance em Aacuteguas de LindoacuteiaSP de 3107 a 0308 quando recebeu um treinamento avanccedilado de profissionais em astronomia ex-participantes e o apoio do coordenador Prof Canalle e do presidente da SAB Prof Licio da Silva (ONMCT)

Divulgaccedilatildeo e ConhecimentoComparando os dados da I OBA em 1998 quando

a prova foi aplicada para alunos de apenas 21 instituiccedilotildees em 8 cidades hoje o nuacutemero chega a surpreender Na VIII OBA realizada em maio de 2005 o total de escolas cadastradas chegou agrave marca de 3300 somando cerca de 180000 alunos que efetivamente realizaram a prova Vale ressaltar que todos os alunos professores e escolas receberatildeo um certificado e os 10000 com melhor classificaccedilatildeo seratildeo condecorados com medalhas em eventos promovidos pelas proacuteprias instituiccedilotildees de origem dos alunos

Natildeo haacute taxa de inscriccedilatildeo para escolas ou alunos participarem da OBA O envio do material de divulgaccedilatildeo cartaz cartas circulares provas e gabaritos satildeo totalmente gratuitos inclusive a postagem dos m esm os A im pressatildeo dos certificados e a confecccedilatildeo das medalhas tambeacutem eacute gratuita As uacutenicas despesas das escolas participantes satildeo as coacutepias das provas pois eacute enviado somente um original de cada niacutevel para aplicaccedilatildeo aleacutem da postagem dos kits com medalhas certificados e materiais de apoio apoacutes a realizaccedilatildeo total do evento

Para maiores informaccedilotildees httpwwwobaorgbr

Fernanda Calipo Cossia eacute Jornalista publicitaacuteria locutora de raacutedio assessora de comunicaccedilatildeo e poacutes graduada em relaccedilotildees Puacuteblicas Trabalhou 5 anos na Universidade Metodista de Satildeo Paulo e acumulou experiecircncias para hoje atuar na aacuterea de assessoria de comunicaccedilatildeo para os mais diversos segmentos Atualmente ela dedica-se agrave especializaccedilatildeo na aacuterea de jornalismo cientiacutefico

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Da religiatildeo a Ciecircncia

uma aventura do conhecimento humano

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GLEISER Marcelo O fim da Terra e do Ceacuteu O apocalipse na Ciecircncia e na Religiatildeo Satildeo Paulo Companhia das Letras 2001

Quais satildeo os limites que separam ciecircncia e religiatildeo Satildeo saberes complementares ou antagocircnicos Satildeo estas as perguntas feitas por Marcelo Gleiser em ldquoO fim da Terra e do Ceacuteu O apocalipse na Ciecircncia e na Religiatildeo Experiente cosmoacutelogo e divulgador cientiacutefico o autor presenteia o leitor com uma fantaacutestica abordagem histoacuterica das principais questotildees astronocircmicas e cosmoloacutegicas a preocupar o homem durante sua existecircncia Impossibilitado de responder estas questotildees de forma cientiacutefica estes recorreram ao que chamamos hoje de religiatildeo

Para Marcelo natildeo existiu uma ruptura abrupta entre o pensamento religioso e o pensamento cientiacutefico Simplesmente perguntas que antes eram respondidas pela religiatildeo passaram a serem respondidas pela ciecircncia Ele segue esse caminho sem apelar para o relativismo tatildeo em moda que coloca segundo alguns filoacutesofos entre eles Richard Rorty os deuses gregos no mesmo patamar que a moderna astrofiacutesica Para este ambas as explicaccedilotildees da origem o cosmo seriam validas e natildeo haveria como escolher de forma racional entre uma e outra sendo esta uma escolha subjetiva

Marcelo Gleiser natildeo cai nesta armadilha relativista Ele reconhece sim o papel que teve a religiatildeo como uma das formas de pensamento desenvolvidas pelo homem para tentar explicar fenocircmenos naturais mas tambeacutem reconhece as limitaccedilotildees destas explicaccedilotildees uma vez que a fiacutesica e a astronomia moderna ainda que natildeo se julguem detentoras da verdade conseguiram explicar os fenocircmenos expostos natildeo apenas de forma mais satisfatoacuteria mas tambeacutem de maneira racional experimental e capaz de fazer previsotildees Componentes estes indispensaacuteveis a qualquer ciecircncia E fora do acircmbito da religiatildeo

Um dos fenocircmenos mais perturbadores para o homem antigo era a mudanccedila nos ciclos dos movimentos celestes (tais como os eclipses aparecimento de cometas e chuva de meteoros) Em geral estes fenocircmenos celestes representavam a prediccedilatildeo de eventos maleacuteficos (pragas doenccedilas escassez nas colheitas fome ou ira dos

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deuses) A uacutenica exceccedilatildeo segundo o autor eacute a tribo Kung da N am iacutebia que considerava a passagem destes objetos celestes como pressaacutegio de boa sorte Esta visatildeo eacute decorrente de crenccedilas que consideravam os ceacuteus como morada dos d euses portanto um lugar de perfe iccedilatildeo e imutabilidade Podendo ser qualquer mudanccedila no ciclo regular dos movimentos dos ceacuteus considerada como mudanccedila no temperamento dos proacuteprios deuses Natildeo eacute estranho assim que o livro de Apocalipse o ultimo livro do Novo Testamento trazer referencias ao fim do mundo como um evento de ordem cosmoloacutegica (queda de estrelas na Terra escurecimento do Sol entre outros) isto sem falar por exemplo em 2deg Pedro 3 3-13 1 deg Joatildeo 2 18 no Livro de Daniel no Ecircxodo e etc apenas para ficarmos nas referencias culturais mais proacuteximas de noacutes mesmos

Natildeo se preocupe leitor Gleiser vai muito mais longe do que isso em sua histoacuteria da religiatildeo comprada agrave astronomia e cosmologia moderna Passamos assim a conhecer as mais diversas crenccedilas religiosas e miacuteticas que a seu modo tentam exp licar os fenocircm enos ce lestes Egiacutepcios japoneses gauleses incas povos ameriacutendios povos africanos chineses judeus hindus e europeus tem suas mitologias dissecadas de forma bastante competente pelo autor

Apoacutes a apresentaccedilatildeo destas o autor recorre ao arcabouccedilo teoacuterico experimental e histoacuterico da cosmologia e da astronomia explicando questotildees levantadas e trabalhadas pelo pensamento miacutestico- relig ioso a traveacutes das ultim as desco b ertas cientiacuteficas O meacutetodo de exposiccedilatildeo perpassa todas as quatro partes do livro prim eiram ente eacute apresentada uma questatildeo de ordem astronocircmico- cosmoloacutegica em seguida a explicaccedilatildeo dada pelas religiotildees a estes fenocircm enos seguidas pela exposiccedilatildeo das explicaccedilotildees dadas por filoacutesofos e cientistas em diversas eacutepocas ao mesmo fenocircmeno somente entatildeo o leitor eacute confrontado com as explicaccedilotildees mais recentes dadas pela ciecircncia moderna Organizaccedilatildeo esta bastante didaacutetica certamente muito apraziacutevel e uacutetil para expor questotildees astronocircmicas ao puacuteblico leigo

Seguindo este meacutetodo o leitor apoacutes ser exposto ao legitimo perigo representado por asteroacuteides e cometas para a existecircncia da vida humana ou no miacutenimo os enormes prejuiacutezos que a queda de um meteorito provocaria ao se chocar em uma cidade populosa Perigo este de certa forma jaacute contemplado no pensamento miacutestico-religioso de vaacuterios povos passa a entender a origem formaccedilatildeo constituiccedilatildeo geoloacutegica e oacuterbita destes objetos celestes para entatildeo ser apresentado as ultimas medidas tomadas por cientistas e militares para catalogar estes objetos e possivelmente evitar uma colisatildeo

Vejamos uma breve passagem ldquoComo sabiam os egiacutepcios japoneses incas e tantas outras culturas que idolatraram o Sol atraveacutes dos tempos o destino do Sol eacute diretamente relevante para o nosso destino e sobrevivecircncia neste planeta Durante aproximadamente 10 bilhotildees de anos hidrogecircnio funde-se em heacutelio gerando pressatildeo suficiente para contraba lanccedilar a contraccedilatildeo gravitacional Com o passar do tempo a quantidade de heacutelio na regiatildeo central da estrela aumenta enquanto a quantidade de hidrogecircnio diminui paacuteg 195 Este processo levara o Sol a se tornar uma gigante vermelha destruindo toda a vida na Terra

Daiacute o autor passa a explorar os buracos negros misteriosos turbilhotildees coacutesmicos dignos de Jasatildeo e Gilgamesh entre tantos outros fenocircmenos e objetos celestes Apoacutes uma longa viagem por mitos religiotildees filosofias e histoacuteria da ciecircncia o autor fecha o livro com um fantaacutestico capiacutetulo referente agrave formaccedilatildeo do universo e a interaccedilatildeo de suas forccedilas a luz da fiacutesica contemporacircnea

Apoacutes percorrermos este longo caminho descrito por Gleiser terminamos a leitura com uma uacutenica certeza somos seres extremamente limitados e insignificantes perante a grandeza do Universo entretanto fomos capaz de lhe dar um significado e uma explicaccedilatildeo Ainda temos muito para conhecer Com certeza Mas certamente daremos passos ainda maiores pois a vida humana soacute tem valor na medida em que podemos dar significado ao mundo que nos cerca aumentando nosso entendimento deste Vocecirc leitor pode ser o proacuteximo a dar este passo Ateacute laacute soacute posso lhe desejar uma boa leitura

Edgar Indalecio Smaniotto filoacutesofo professor e escritor E-mail edgarsmaniottoyahoocombr

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Viag ens no tempoe Universos Paralelos

Explorando os limites da Fiacutesica

VASCONCELLOS Rogeacuterio Amaral de Vaca Profana Encruzilhadas Livro 1 Ndeg 00 [S C] Sistema Literaacuterio Experimental Virtual (SLEV) 2005 (Coleccedilatildeo SLEV 2004 - Fase I) Compras em httpwwwslevorg R$ 1200

Nos uacuteltimos anos a fiacutesica teoacuterica vem expandindo-se gradualmente incorporando a seu arcabouccedilo de conceitos ideacuteias ateacute entatildeo de domiacutenio da ldquometafiacutesicardquo ou seja algo que antes era feito por filoacutesofos tornou-se agora parte da fiacutesica Processo este que ocorre pelo menos desde Nietzsche o uacuteltimo grande filoacutesofo a tratar de questotildees cosmoloacutegicas E tambeacutem aquele que decretou a morte da metafiacutesica entregando para os fiacutesicos a responsabilidade de explicar e criar hipoacuteteses que decircem sentido a organizaccedilatildeo do cosmo

Entretanto os fiacutesicos ao contrario dos filoacutesofos ainda que tendem a levantar hipoacuteteses muitas vezes surpreendentes tem que tornar estas ldquoverificaacuteveisrdquo via experimentaccedilatildeo Suas hipoacuteteses devem ter um referencial no mundo natural capaz de ser observado por seus pares Em outras palavras mesmo que apresentem uma teoria elegantemente organizada e sustentada racionalmente por criteacuterios loacutegicos e matemaacuteticos esta natildeo seraacute aceita caso natildeo se verifique sua correlaccedilatildeo com o mundo natural

Mas alguns cientistas mais ousados entre eles J Richard Gott (Viagens no Tempo No universo de Einstein Rio de Janeiro Ediouro 2002) natildeo se importam em fazer extrapolaccedilotildees bastante distantes das possibilidades da ciecircncia moderna em verificar sua correlaccedilatildeo com o mundo natural Abrindo assim amplos campos para a especulaccedilatildeo cientiacutefica campo este rapidamente ocupado pelos escritos de ficccedilatildeo cientiacutefica

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D estacam os aqui o livro ldquoV aca P ro fa n a E n c ru z ilh a d a s rdquo de R ogeacuterio A m aral de Vasconcellos recentemente lanccedilado Tudo bem concordo que o titulo eacute um tanto esquisito eu tam beacutem natildeo gostei mas o livro tem muitas qualidades que independem deste

Basicamente estamos falando de Universos Paralelos e V iagens no Tempo Neste caso seriamos habitantes de um Multiverso Assim o autor trab a lh a com as teo rias da in flaccedilatildeo cosmoloacutegica ou seja a ideacuteia de que aleacutem do alcance de nossos telescoacutepios existem outras regiotildees do espaccedilo que parecem idecircnticas a nossa Para muitos cosmoacutelogos alguns destes Universos poderiam ateacute ter leis fiacutesicas diferentes do nosso Basicamente esta eacute a ideacuteia que perpassa a histoacuteria do livro

A histoacuteria propriamente dita comeccedila quando uma poderosa entidade alieniacutegena conhecida como o Zelador que possui tecnologia capaz de se deslocar entre estes universos comeccedila a reunir um grupo de seres humanos e alieniacutegenas de diversos universos e tempos diferentes A intenccedilatildeo do autor eacute trabalhar com o conceito de Histoacuteria Alternativa Basicamente neste tipo de ficccedilatildeo cientifica o autor pega um determinado ponto chave da histoacuteria e modifica este m udado assim todo o restante da histoacuteria conhecida

Por exemplo se Hitler tivesse conseguido a bomba atocircmica antes dos aliados se a Intentona Comunista tivesse obtido sucesso em derrubar Getulio Vargas ou se a Confederaccedilatildeo dos Tamoios tivesse vencido a guerra contra os portugueses como seria nossa historia hoje Entre diversas outras possibilidades

Mas todas estas soacute satildeo possiacuteveis se estivermos falando de um Multiverso infinito onde todos os seres humanos e fatos histoacutericos podem ter todos os seus desdobramentos possiacuteveis ocorrendo Neste caso a viagem no tempo natildeo seria uma viajem ao nosso proacuteprio passado mas uma viagem a um outro universo onde nossa presenccedila laacute jaacute estava assegurada Assim todas as possibilidades que nossa existecircncia poderia seguir realmente existem nestes diferentes universos

P arecem ideacute ias um tanto m eta fiacutes icas Certamente Mas o artigo ldquoO jogo de espelho dos Universos Paralelosrdquo de Max Tegmark (Scientific American Ano 2 ndeg 13) e o jaacute citado livro de J Richard Gott tornam estas possibilidades bastante plausiacuteveis ainda que estejamos a seacuteculos de distancia de uma tecnologia que nos permita mesmo visualizar estes universos paralelos ou viajar no tempo como admitem os proacuteprios autores citados Vasconcellos como todo o escritor de ficccedilatildeo cientiacutefica que se preze explora este campo ainda nebuloso da fiacutes ica ateacute suas ultim as consequumlecircncias

Neste primeiro livro impresso a coleccedilatildeo completa jaacute tem mais de 3 dezenas de volumes disponiacuteveis em e-book na Internet (httpwwwslevorg) o autor faz uma apresentaccedilatildeo dos personagens e do norte narrativo da histoacuteria Satildeo reunidos seres de vaacuterios tempos e universos em sua grande maioria humanos apenas alguns satildeo alieniacutegenas para cumprir algumas missotildees em diferentes realidades alternativas

A apresentaccedilatildeo destes personagens e de seus mundos eacute feita com bastante competecircncia Temos dois arqueoacutelogos Andreacuteas Nikolos Papandriu e Dimitri Diogovitc na segunda metade do seacuteculo XIX envoltos com o debate acerca da origem da vida (evolucionismo versus criacionismo) A descriccedilatildeo de seres vivos inteligentes evoluiacutedos a partir do reino vegetal que podem usar metano gaacutes carbocircnico e eacuteter para sobrevivecircncia metaboacutelica aleacutem de um sofisticado conversor orgacircnico com ceacutelulas verdes -fotossinteacuteticas- em accedilatildeo

Este personagem (Zandra de Harboor) eacute dos mais interessantes do livro por viver em um mundo onde a magia ainda predomina tendo serias dificuldades com a aristocracia local para levar ad ian te suas pesquisas astronocircm icas e astronaacuteuticas O leitor se defrontara com bastantes questotildees interessantes mas teraacute que acompanhar a serie toda Natildeo se desespere cada livro custa apenas 200 reais no sistema e-book De qualquer forma eacute uma excelente pedida para quem gosta de uma boa literatura com pitadas de ciecircncia e muita fantasia Boa leitura

Edgar Indalecio Sm aniotto filoacutesofo professor e escritor E-mail edgarsmaniottoyahoocombr

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dicasdigitais

Navegando pelas constelaccedilotildeesEm setembro tem iniacutecio a estaccedilatildeo das flores Novas constelaccedilotildees estaratildeo melhores posicionadas

no ceacuteu noturno nas noites quentes de primavera para o hemisfeacuterio austral e outonal para o hemisfeacuterio boreal Assim nesta ediccedilatildeo vamos dar um giro por websites que falam dessas miriacuteades de estrelas e dos objetos que estatildeo em suas direccedilotildeesAntes de entrarmos no mundo digital vai uma dica natildeo digital para os neoacutefitos que querem saber

onde estatildeo as constelaccedilotildees e como localiza-las Nossa sugestatildeo vai para um livro com 87 paacuteginas de faacutecil entendimento e muito bem estruturado Eacute um pequeno guia praacutetico para observaccedilatildeo do ceacuteu que leva o observador a identificar estrelas e constelaccedilotildees sem o auxiacutelio de instrumentos Rumo agraves Estrelas do autor Delerue Alberto (1999) editora Jorge Zahar

Como diria o grande poeta parnasiano Olavo Bilac (1865-1918) cujas estrelas tecircm presenccedila marcante em seus versos que ora aparecem como confidentes ora como testemunhas ou conhecedoras do misteacuterio da vida

ldquoOra (direis) ouvir estrelas Certo Perdeste o sensordquo E eu vos direi no entanto

Que para ouvi-las muita vez desperto E abro as janelas paacutelido de espantoE conversamos toda a noite enquanto A Via Laacutectea como um paacutelio aberto

Cintila E ao vir do sol saudoso e em prantoInda as procuro pelo ceacuteu desertoDireis agora ldquoTresloucado amigo

que conversas com elas Que sentido Tem o que dizem quando estatildeo contigordquo

E eu vos direi ldquoAmai para entendecirc-lasPois soacute quem ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelasrdquo

Via-Laacutectea (Olavo Bilac)

Os websites relacionados nessa ediccedilatildeo contem inuacutemeras informaccedilotildees sobre esfera celeste estrelas constelaccedilotildees e muito mais Vale a pena navegar por cada um deles e usufruir desse vasto conhecimento depositado na internet Clique no mouse e feliz navegaccedilatildeo

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dicas digitais

Kepler de Souza Oliveira Filho e Maria de Faacutetima Oliveira Saraiva (em portuguecircs)lt

Constelaccedilotildees httpastroifufrgsbrconsthtm pound3Coordenadas das Constelaccedilotildees httpastroifufrgsbrconst1htm |

raquoL(OG) 1159 (07)

844 (01)

987 (11)

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Sebastiaacuten Otero (em inglecircs) 1280(05) 1290 (06)

1297 (06)891 (-01)

Imagens de Constelaccedilotildees - httpdavidmalincomfujiifujii_indexhtmlDavid Malin (em inglecircs)Paacutegina com a coleccedilatildeo completa de Akira FujiiDMI

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dicasdigitais

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The Constellations Web Page - httpwwwdibonsmithcomconstelhtmRichard Dibon-Smith (em inglecircs)

lsquo i - lsquoTabela com- alfabeto gregolsquohttpwwwdibonsmithcomgreekhtm

raquo bull i _ Tabela de dados estelares httpwwwdibonsmithcomdatahtm -1

^ Localizaccedilatildeo de objetos atraveacutes de binoacuteculos httpwwwdibonsmithcombinoc_tbhtm Graacuteficos de cosntej accedilotildees para o hemisfeacuterio sul httpwwwdibohsmithcomgraph_shhtmEsquema de todas as constelaccedilotildees httpwwwdibonsmithcomgraphicshtmV rsquo rsquo raquo bull

Orbita de 150 estrelas binaacuterias visuais httpwwwdibonsmithcomorbitshtm Nomes mitojoacutegicos das lsquoconstelaccedilotildeesrsquo httptowwdibonsmithcommythnamehtm kCataacutelogo Messier httpwwwdibonsmithcommessierhtm

Rosely Greacutegio eacute formada em Artes e Desenho pela UNAERP Grande difusora da Astronomia atualmenteparticipa de programas de observaccedilatildeo desenvolvidos no Brasil e exterior envolvendo meteoros cometasLua e recentemente o Solhttprgregioastrodatabasenethttprgregiositesuolcombrhttpmembersfortunecitycommeteor4indexhtmhttpgeocitiesyahoocombrrgregio2001httpwwwconstelacoeshpgcombr

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Eacute com grande satisfaccedilatildeo que a Revista macroCOSMOcom inaugura uma nova seccedilatildeo chamada ldquoAstro Arte Digitalrdquo O objetivo dessa seccedilatildeo eacute a de ser um local de exposiccedilotildees de arte digital sobre temas astronocircmicos dando para aqueles leitores que possuem talento artiacutestico uma oportunidade para exporem seus trabalhos Todos estatildeo convidados para participarem

Regulamento

1deg O tema eacute livre contato que aborde algum tema relacionado agrave Astronomia ou Ciecircncias afins2deg Podem participar artistas de todas as idades e de diferentes localidades do Brasil e Exterior 3deg Cada artista poderaacute enviar quantos trabalhos desejar4deg Os trabalhos deveratildeo ser gerados digitalmente no tamanho 950X640 pixels (300 dpi) e natildeo poderatildeo exceder o tamanho de 1 MB podendo ser utilizado qualquer programa de desenho e modelagem graacutefica Tambeacutem seratildeo aceitos trabalhos feitos a ldquomatildeo livrerdquo no tamanho A4 (297cm X 21 cm) sendo que estes deveratildeo ser enviados digitalizados no tamanho 950X640 pixels (300 dpi) 5deg Os trabalhos enviados deveratildeo possuir tiacutetulo descriccedilatildeo da imagem o nome completo do artista cidade estado e paiacutes onde reside e o nome dos programas que utilizou para a criaccedilatildeo da sua arte ou do material utilizado no caso da arte ter sido feita a ldquomatildeo livrerdquo6deg Os trabalhos deveratildeo ser enviados para o e-mail astroartedigitalrevistamacrocosmocom

7deg Todos os trabalhos recebidos passaratildeo por um criteacuterio de avaliaccedilatildeo e escolha Os melhores trabalhos seratildeo publicados nas ediccedilotildees da Revista macroCOSMOcom8deg Natildeo existem prazos para envio dos trabalhos A avaliaccedilatildeo para a escolha dos melhores trabalhos para publicaccedilatildeo soacute teraacute iniacutecio apenas quando atingirmos o nuacutemero miacutenimo de 20 trabalhos recebidos

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Ediccedilatildeo ndeg 14Janeiro de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 17Abril de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 21Agosto de 2005

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Participantes atentos agraves palestras do XXI Encontro da SAB

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Fernanda Calipo | Revista macroCOSMOcom fecalipohotmailcom

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Aacuteguas de LindoacuteiaSP foi o ponto de encontro de 295 congressistas que participaram do XXXI Encontro da SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira realizada de 31 de julho a 4 de agosto no Vacance Hotel

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REacutesmacroEVENTOS]

Foram 280 trabalhos divididos em 50 orais e 230 pocircsteres dos quais parte das pesquisas em Astronomia se concentram nas aacutereas de Astrofiacutesica Estelar Astronomia Extragalaacutetica Meio Interestelar Sistema Solar Instrumentaccedilatildeo A strom etria e A stronom ia D inacircm ica Eacute importante ressaltar a crescente demanda de trabalhos observacionais e sobre Ensino Histoacuteria e Divulgaccedilatildeo de Astronomia que receberam um destaque especial no Encontro com uma tarde exclusiva para apresentaccedilotildees orais somente sobre temas afins

Natildeo podemos deixar de citar que Naelton Mendes de Arauacutejo (RJ) redator da Revista m acroCOSMOcom apresentou um pocircster sobre algum as iniciativas da d ivulgaccedilatildeo astronocircm ica entre e las a R evis ta macroCOSMOcom ldquoUracircnia ENAST e Revista macroCOSMOcom experiecircncias virtuais em divulgaccedilatildeo cientiacuteficardquo

A SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira foi fundada em 1974 pela com unidade de astrocircnomos brasileiros e desde entatildeo tem promovido reuniotildees anuais para discussotildees de trabalhos cientiacuteficos aleacutem da promoccedilatildeo de simpoacutesios reuniotildees de trabalho e servir de contato com os oacutergatildeos vinculados agrave pesquisa no paiacutes A tu a lm en te a SAB conta com ap rox im ad am en te 400 soacutecios D estes aproximadamente 200 satildeo portadores do tiacutetulo de Doutor em Ciecircncias ou estatildeo em vias de obter a titulaccedilatildeo

ldquoA Reuniatildeo Anual da SAB eacute o evento mais importante da Astronomia Brasileira Uma oportunidade iacutempar para que seus membros divulguem seus trabalhos e possam discutir tem as de interesse geral da com unidade astronocircmica Para os astrocircnomos jovens ainda em form accedilatildeo trata-se de uma excelente

Prof Liacutecio da Silva presidente da SAB

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Naelton Mendes de Araujo expondo seu trabalho sobre divulgaccedilatildeo astronocircmica virtuais destacando o trabalho da lista de discussatildeo Uracircnia Brasil os ENASTs (Encontros Nacionais de Astronomia) e a Revista MacroCOSMOcom

oportunidade para interagir com colegas mais experientesrdquo afirma o presidente da SAB Prof Dr Licio da Silva (ONMCT)

As reuniotildees da SAB tecircm como objetivos principais como a apresentaccedilatildeo e discussatildeo de trabalhos de pesquisa em andamento no paiacutes aleacutem de temas atuais de interesse da comunidade tais como a poliacutetica cientiacutefica do paiacutes a implantaccedilatildeo de novos te lescoacute p io s o d esenvo lv im ento de instrumentaccedilatildeo para os telescoacutepios jaacute existentes entre outros Outro objetivo eacute a reciclagem de conhecim entos a traveacutes da rea lizaccedilatildeo de conferecircncias de revisatildeo ou simpoacutesios sobre temas especiacuteficos Aleacutem da oportunidade do intercacircmbio de inform accedilotildees com os colegas da aacuterea os congressitas tiveram a oportunidade de participarem de conferecircncias dos mais variados temas inclusive internacionais entre elas

- ldquoA aurora da astrofiacutesica oacuteptica brasileirardquo Carlos Alberto Torres (LNA)

- ldquoThe Square Kilometer Array (SKA)rdquo Richard Schilizzi (International SKA Project Director Dwingeloo The Netherlands)

- ldquoSituaccedilatildeo da mulher na Astronomia brasileirardquo Adriana V R Silva (CRAAMMackenzie)

- ldquoStatus of SOAR and first sciencerdquo SO Kepler (IFUFRG S amp SOAR Telescope)

- ldquoCosmic magnetic fieldsrdquo Elisabete M G dal Pino (IAGUSP)

- ldquoInstrumentaccedilatildeo para o telescoacutepio G EM IN Irdquo Claacuteudia Mendes de Oliveira (IAGUSP)

- ldquoSimulating stellar photometric surveys with the TR ILEG A L coderdquo Leo Girardi (Observatoacuterio Astronocircmico di Trieste-INAF Itaacutelia)

- ldquoO sateacutelite CoRoT dia D menos um anordquo Eduardo Janot Pacheco (IAGUSP)

Paralelo agrave programaccedilatildeo do Encontro a CESAB - Comissatildeo de Ensino da SAB realizou mini-cursos para mais de 50 professores da regiatildeo como forma de estiacutemulo a reciclagem e capacitaccedilatildeo jaacute que a maioria tem formaccedilatildeo em outras aacutereas de exatas ou ciecircncias

CONTATOSSOCIEDADE ASTRONOcircMICA BRASILEIRAhttpwwwsab-astroorgbrRua do Matatildeo 1226 Cidade Universitaacuteria05508-900 Satildeo Paulo SPTel 011 3091 27 05 FAX 011 3091 28 60E-mail secretsab-astroorgbr

Fernanda Calipo Cossia eacute Jornalista publicitaacuteria locutora de raacutedio assessora de comunicaccedilatildeo e poacutes graduada em relaccedilotildees Puacuteblicas Trabalhou 5 anos na Universidade Metodista de Satildeo Paulo e acumulou experiecircncias para hoje atuar na aacuterea de assessoria de comunicaccedilatildeo para os mais diversos segmentos Atualmente ela dedica-se agrave especializaccedilatildeo na aacuterea de jornalismo cientiacutefico

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ISS - A Estaccedilatildeo EspacialInternacional

Daniel Bins | Cosmonaacuteutica binsbrgmailcom

A Estaccedilatildeo Espacial Internacional - ISS (International SpaceStation) eacute um projeto multinacional composto por 16 paiacuteses Estados Unidos Ruacutessia Japatildeo Canadaacute Dinamarca Noruega Beacutelgica Holanda Franccedila A lem anha Espanha Inglaterra Sueacutecia Suiacuteccedila e Brasil com um custo estim ado de 60 bilhotildees de doacutelares

A ideacute ia de c o n s tru ir um a e s ta ccedilatilde o e sp a c ia l in te rn a c io n a l su rg iu inicialmente no governo de Ronald Reagan durante os anos 80 e chamava- se Freedom (Liberdade) Posteriormente com a queda da Uniatildeo Sovieacutetica iniciou-se uma colaboraccedilatildeo entre os dois antigos rivais e em 1993 o projeto passou a se cham ar Alpha Posteriorm ente foi rebatizado com o ISS para dar uma aparecircncia m ultinacional para o nome da estaccedilatildeo

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DAS PRANCHETAS PARA O ESPACcedilO

A ISS comeccedilou a sair do papel com o projeto Shuttle-Mir A construccedilatildeo da ISS foi dividida em trecircs partes

Fase I (1994-1997) Os astronautas americanos fariam parte das tripulaccedilotildees da estaccedilatildeo espacial russa Mir sendo conhecido como projeto Shuttle- Mir Em junho de 1995 o ocircnibus espacial Atlantis na missatildeo STS-71 acoplou com a Mir Foi a segunda vez que uma nave americana acoplou com uma nave russa A partir daiacute no periacuteodo de 1 995 a 1 9 9 8 vaacuterias m issotildees a m erican as acoplaram na estaccedilatildeo russa e os astronautas americanos passaram a fazer parte das tripulaccedilotildees

da Mir Estes intercacircmbios tinham como objetivo os preparativos para a construccedilatildeo da estaccedilatildeo espacial internacional O recorde de permanecircncia no espaccedilo americano foi obtido pela astronauta Shannon Lucid que ficou 188 dias no espaccedilo dentro da estaccedilatildeo Mir em 1996 O moacutedulo Spektr foi utilizado como moacutedulo de habitaccedilatildeo pelos astronautas americanos O astronauta Norman Thagard foi o primeiro americano a decolar numa nave russa fazendo parte da missatildeo Soyuz TM- 21 em 1995 Da m esm a form a os russos passaram a fazer parte das tripulaccedilotildees dos ocircnibus espaciais americanos O primeiro deles foi Serguei Krikalev que fez parte da tripulaccedilatildeo do STS-60 em 1994

A experiecircncia ShuttleMIR

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Fase II (1997-1999) Iniacutecio da construccedilatildeo e estabelecimento de uma estrutura miacutenima para 3 astronautas A estaccedilatildeo comeccedilaria a ser habitada quando o moacutedulo de serviccedilo estivesse em oacuterbita

Fase III (1999-2002) Teacutermino da construccedilatildeo da estaccedilatildeo com a chegada do moacutedulo de habitaccedilatildeo e dos moacutedulos cientiacuteficos

Como podemos ver a fase 3 do projeto continua Os atrasos motivados pela crise econocircmica russa e pelo acidente do ocircnibus espacial Coluacutembia atrasaram consideravelmente o teacutermino da estaccedilatildeo

Os astronautas americanos passaram mais de1000 dias a bordo da estaccedilatildeo Mir Como resultado dezenas de sugestotildees foram implementadas para a construccedilatildeo da ISS Poreacutem muitos comentaacuterios negativos foram feitos Veja alguns deles

- Deveria existir um melhor suporte para os experimentos cientiacuteficos

- A agenda diaacuteria deveria ser feita pelo controle em terra e natildeo pela tripulaccedilatildeo

- O lixo e o armazenamento foram considerados um problema Um inventaacuterio de todo o equipamento com a sua localizaccedilatildeo deveria ser providenciado

- Para trabalhar de forma segura seria necessaacuterio uma melhor compreensatildeo do idioma russo Foi sugerido a utilizaccedilatildeo exclusiva do inglecircs para as tarefas na ISS

- Os astronautas am ericanos receberam treinamento limitado para reparos

- Eles receberam treinamento para serem passageiros e natildeo pilotos das naves Soyuz

- As atividades cientiacuteficas americanas foram limitadas devido a problemas de comunicaccedilatildeo com as equipes de controle em terra

- Natildeo existia comunicaccedilatildeo ldquohorizontalrdquo entre as organizaccedilotildees russas As inform accedilotildees iam diretamente de uma organizaccedilatildeo a outra sem as demais tomarem conhecimento

- Os astronautas americanos natildeo estavam satisfeitos com a comunicaccedilatildeo entre os membros da tripulaccedilatildeo e o controle em Terra

- A comunicaccedilatildeo entre a estaccedilatildeo e o controle em terra tinha seus defeitos Era impossiacutevel falar e ouvir outras pessoas durante uma videoconferecircncia

- A Ruacutessia limitou o acesso aos detalhes teacutecnicos sobre a estrutura da Mir Soyuz e Progress incluindo-se s istem as eleacutetricos mecacircnicos e sistemas de suporte vitais

- Os cosmonautas recebiam um bocircnus de1000 doacutelares a mais por cada tarefa considerada perigosa como uma saiacuteda no espaccedilo um mecircs a mais na estaccedilatildeo ou um acoplamento feito de form a m an u a l Is to seg u n do a N A SA aum entaria o risco ao qual os astronautas am ericanos estariam expostos dentro da estaccedilatildeo A colisatildeo com um cargueiro Progress em 1997 ocorreu devido a um erro durante um acoplamento manual

O INICIO DA CONSTRUCcedilAtildeO

O primeiro moacutedulo o russo Zarya financiado pelos Estados Unidos foi lanccedilado em novembro de 1998 O moacutedulo seguinte o norte americano Unity foi enviado em dezembro de 1998 Para levar o moacutedulo Zarya ao espaccedilo foi utilizado um foguete Proton Para levar o Unity foi utilizado um ocircnibus espacial americano

A estaccedilatildeo foi colocada numa oacuterbita terrestre baixa em torno de 300 km de altura com inclinaccedilatildeo de 516 graus Este grau de inclinaccedilatildeo eacute bem maior que o do ocircnibus espacial e foi utilizado por causa dos russos devido ao local de lanccedilamento das naves Como a maioria era lanccedilada do Casaquistatildeo que era a repuacuteblica mais ao sul da URSS o caminho

dos foguetes natildeo atravessava nem a Mongoacutelia nem a China Isso quer dizer que em caso de falhas os foguetes cairiam dentro do territoacuterio sovieacutetico e natildeo nos paiacuteses vizinhos Como consequumlecircncia disso os foguetes russos utilizam sua maacutexima capacidade enquanto isso o ocircnibus espacial precisa gastar mais combustiacutevel para atingir a estaccedilatildeo

Um intervalo de 1 ano e meio ocorreu ateacute a chegada do proacuteximo componente o moacutedulo de habitaccedilatildeo russo Zvezda apenas enviado em julho de 2000 devido a dificuldades financeiras russas e a defeitos no foguete Proton durante o ano de 1999 O Zvezda originalmente tinha sido planejado para substituir a estaccedilatildeo espacial Mir sendo muito parecido com ela

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A configuraccedilatildeo atual da ISS

Estando o moacutedulo de serviccedilo acoplado agrave estaccedilatildeo comeccedilou a ocupaccedilatildeo da mesma sendo a primeira tripulaccedilatildeo transportada numa nave Soyuz e a partir daiacute as demais tripulaccedilotildees foram transportadas pelos ocircnibus espaciais Periodicamente os russos lanccedilariam naves Soyuz pois a vida uacutetil de cada uma eacute de 6 meses Isso permaneceria assim ateacute o acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia

Para abastecer a estaccedilatildeo satildeo utilizados ocircnibus espaciais americanos e naves cargueiras russas Progress Enquanto se estaacute na fase de construccedilatildeo a tripulaccedilatildeo eacute de 3 tripulantes mas se espera que ao concluir a estaccedilatildeo possa abrigar 6 tripulantes

Os lanccedilamentos satildeo feitos desde o coacutesmodromo de Baikonur e desde Cabo Canaveral na Floacuterida O controle das missotildees eacute feito desde Houston no Texas e desde Korolev proacuteximo a Moscou Os norte- am ericanos possuem sateacutelites que permitem

comunicaccedilatildeo 24 horas e os russos utilizavam o mesmo recurso na eacutepoca da Mir Atualmente a comunicaccedilatildeo eacute obtida quando a estaccedilatildeo estaacute sobre a aacuterea de cobertura das estaccedilotildees de comunicaccedilatildeo russas

No final de 2000 foram acrescentadas as estruturas Z1 Truss P6 Truss paineacuteis solares PVA A primeira tripulaccedilatildeo chegou no final de outubro

Em 2001 a estaccedilatildeo recebeu o moacutedulo cientiacutefico Destiny o braccedilo robocirc canadense o Airlock e o Docking Compartment russo Pirs aleacutem da parte central da larga estrutura de segmentos o S0 T russ Em 08 de outubro de 2001 os cosmonautas Vladimir Dezhurov e Mikhail Tyurin se tornaram os primeiros tripulantes a conduzir uma caminhada espacial fora da estaccedilatildeo espacial internacional O primeiro cientista a bordo foi a bioquiacutemica Peggy Whitson da NASA

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No ano seguinte foi a vez de receber mais segmentos o S1 e o P1 O acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia em fevereiro de 2003 paralisou momentaneamente a montagem do complexo que em grande parte depende dele

Mesmo em construccedilatildeo a ISS recebeu a visita de 2 turistas a bordo de naves Soyuz russas O primeiro foi o norte americano Dennis Tito em 2001 e o segundo foi o sul africano Mark Shuttleworth em 2002 Eles ficaram 7 dias no espaccedilo e pagaram 20 milhotildees de doacutelares pela viagem Dennis Tito tinha pagado para ir a estaccedilatildeo espacial Mir mas como ela foi derrubada em marccedilo de 2000 os russos o levaram ateacute a ISS Outros vocircos com turistas foram suspensos devido ao acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia

Com o novo governo americano do presidente Bush e o acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia a ISS sofre alguns cortes onde o moacutedulo de habitaccedilatildeo o moacutedulo de propulsatildeo e o CRV (Crew Return Vehicle) foram cancelados O plano do governo americano eacute concluir sua parte quando o moacutedulo Node 2 for entregue pois ele permite o acoplamento dos moacutedulos do Japatildeo e da Europa As centriacutefugas originalmente planejadas tiveram o mesmo destino A uacuteltima revisatildeo do projeto da estaccedilatildeo foi feita em julho de 2004

Os cortes foram causados pelo novo rumo adotado pelo governo americano em querer um programa de exploraccedilatildeo marciana mais robusto e que natildeo estaacute disposto a pagar pelos custos extras da estaccedilatildeo Os custos extras se devem a muitos fatores como a demora no lanccedilamento do moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda atrasado em 1 ano e os constantes aumentos no preccedilo da construccedilatildeo dos moacutedulos americanos

Com isso a utilizaccedilatildeo cientiacutefica da ISS fica comprometida pois para se desenvolver trabalhos seacuterios seria necessaacuterio uma tripulaccedilatildeo maior Atualmente apenas 3 astronautas podem ocupar a estaccedilatildeo pois eacute o maacuteximo que as caacutepsulas Soyuz com portam Se mais uma caacutepsula fosse disponibilizada entatildeo a tripulaccedilatildeo poderia ser aumentada para 6 pessoas Isso implica numa maior participaccedilatildeo dos russos no projeto

Poreacutem devido ao acidente com o ocircnibus espacial a tripulaccedilatildeo teve que ser reduzida a duas pessoas Desta forma a quantidade de lanccedilamentos de

cargueiros de reabastecimento Progress pode ser mantida A cada 3 meses os russos lanccedilam um sateacutelite cargueiro natildeo tripulado levando comida aacutegua combustiacutevel e equipamentos para a estaccedilatildeo Com uma tripulaccedilatildeo de 3 a periodicidade dos vocircos deveria ser maior o que acarretaria maiores custos para os russos

As tripulaccedilotildees atuais permanecem 6 meses na estaccedilatildeo Antes do acidente em media uma tripulaccedilatildeo permanecia entre 3 e 4 meses no espaccedilo

O CRV seria um ocircnibus espacial em miniatura que seria utilizado apenas em caso de emergecircncia para a tripulaccedilatildeo da ISS abandonar a estaccedilatildeo e retornar em seguranccedila para a Terra Jaacute o moacutedulo de propulsatildeo foi projetado pensando-se na possibilidade do fracasso do moacutedulo russo Zvezda mas natildeo foi concluiacutedo Para retornar agrave Terra em caso de emergecircncia utilizam-se as naves russas Soyuz

Apesar da Ruacutessia gastar o equivalente a 6 do custo total do projeto ela vai ter direito a utilizar 30 dos recursos da estaccedilatildeo Isso se deve ao custo de construccedilatildeo dos moacutedulos que eacute bem menor que nos EUA e agrave forma de lanccedilamento Um foguete Proton custa em torno de 50 milhotildees de doacutelares Um lanccedilamento do ocircnibus espacial implica em gastos de 500 milhotildees de doacutelares O total de moacutedulos e componentes da estaccedilatildeo eacute de 36 A parte russa eacute composta de 11 moacutedulos Destes provavelmente 2 teratildeo ajuda da iniciativa privada e 1 foi financiado pelos EUA (Zarya)

A PARTE DE CADA UM

A parte que seraacute construiacuteda pelos Estados Unidos inclui o moacutedulo cientiacutefico Destiny Z1 Truss Node 1 (Unity) e Node 2 uma estrutura metaacutelica de 96 metros de comprimento composta de 10 segmentos para acomodar os paineacuteis solares e o Airlock Para colocar sua parte no espaccedilo os norte americanos utilizaratildeo seus 3 ocircnibus espaciais (Discovery Atlantis e Endeavour) O Coluacutembia era o uacutenico da frota que natildeo estava preparado para acoplar com a estaccedilatildeo espacial O custo da parte norte americana deve ser no miacutenimo de 11 bilhotildees de doacutelares

A parte russa da estaccedilatildeo seraacute composta por um moacutedulo de comando e controle (Zvezda) que seraacute utilizado como habitaccedilatildeo durante a construccedilatildeo da estaccedilatildeo 2 moacutedulos cientiacuteficos baseados nas naves

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Soyuz 1 moacutedulo de carga (Zarya financiado pelos Estados Unidos) um moacutedulo com vaacuterios pontos de acoplamento chamado Universal Docking Module 2 docking compartments uma nave Soyuz de emergecircncia para abandonar a estaccedilatildeo enquanto ela estiver em construccedilatildeo uma estrutura para acomodar os paineacuteis solares chamada Scientific Power Plataform e talvez 2 moacutedulos comerciais feitos em parceria com as empresas norte americanas Boeing e Spacehab e as russas Energia e Khrunichev Os russos utilizaratildeo suas naves Soyuz para transportar os cosmonautas e as naves autom aacuteticas P rogress M para reabastecer a estaccedilatildeo

D evido a restriccedilotildees o rccedilam en taacuterias os componentes do segmento russo podem sofrer reduccedilotildees ou ateacute ser excluiacutedos da configuraccedilatildeo final da estaccedilatildeo Com o acidente do ocircnibus espacial os americanos poderiam comprar naves russas Soyuz ou mais cargueiros Progress para suprir melhor a estaccedilatildeo Entretanto isso natildeo eacute possiacutevel pois existe uma lei americana que impede a NASA e outras empresas norte americanas de comprar tecnologia russa Isto ocorreu porque a Ruacutessia facilitou tecnologia nuclear para o Iratilde uma naccedilatildeo considerada do Eixo do Mal

A parte da Agecircncia Espacial Europeacuteia inclui um laboratoacuterio cientiacutefico um pequeno braccedilo robocirc a ser instalado no segmento russo e naves automaacuteticas de reabastecimento que acoplaratildeo no moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda Ao total o custo estimado da participaccedilatildeo europeacuteia eacute de 47 bilhotildees de doacutelares

As naves de carga automaacuteticas europeacuteias se chamaratildeo ATV e seratildeo lanccediladas por foguetes Ariane-5 da base de Kourou na Guiana Francesa

A parte japonesa inclui 1 laboratoacuterio cientiacutefico com uma plataforma para experimentos fora da estaccedilatildeo ao custo total de 31 bilhotildees de doacutelares

O Canadaacute iraacute fornecer um braccedilo robocirc de 18 metros de comprimento e uma estrutura composta de trilhos para deslocar o braccedilo pela estrutura metaacutelica da estaccedilatildeo O custo da contribuiccedilatildeo canadense eacute de 1 bilhatildeo de doacutelares

A Itaacutelia construiu 3 moacutedulos logiacutesticos denominados MPLM (Multi Purpose Logistics Module) batizados Leonardo Rafaello e Donatello ao custo de 550 milhotildees de doacutelares Em troca dos moacutedulos a Itaacutelia poderaacute mandar seus astronautas para a estaccedilatildeo

O Brasil inicialmente iria construir paletas para colocar experimentos fora da estaccedilatildeo (Express Palet) ao custo de 120 milhotildees de doacutelares Cada paleta com peso de 1 tonelada e vida uacutetil estimada de 10 anos poderia levar 6 cargas de 225 Kg Tambeacutem teria um astronauta proacuteprio o tenente aviador Marcos Cesar Pontes que foi treinado para subir para a estaccedilatildeo atraveacutes do ocircnibus espacial e foi escolhido em 1998 Poreacutem devido a problemas orccedilamentaacuterios a participaccedilatildeo do Brasil foi reduzida a 21 equipamentos menores que seratildeo construiacutedos sem custo pelo SESI Quanto ao astronauta brasileiro foram feitas negociaccedilotildees com a agecircncia espacial russa para enviar Marcos Pontes em uma nave Soyuz em abril de 2006

Astronauta brasileiro Marcos Pontes escalado para a 13deg expediccedilatildeo agrave ISS conforme acordo

brasilerio com a Agecircncia Espacial Russa

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TRIPULACcedilOtildeES DA ISS

1deg Expediccedilaotilde31-10-2000Baikonur

O primeiro grupo permanente enviado agrave ISS foi transportado pela Soyuz TM -31 e composto pelo comandante norte americano Bill Sheperd e pelos russos Yuri Gidzenko e Serguei Krikalev Esta missatildeo preparou seus sistemas para utilizaccedilatildeo permanente e recebeu os primeiros paineacuteis solares feitos nos Estados Unidos e o moacutedulo laboratoacuterio norte americano Destiny A tripulaccedilatildeo permaneceu 140 dias 23 horas e 28 minutos no espaccedilo retornando para a Terra em 18 de marccedilo de 2001

2deg Expediccedilatildeo10-3-2001Cabo Canaveral

A 2deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante cosmonauta Yuri Usachev e os seus colegas norte americanos Susan Helms e James Voss Eles foram a bordo da STS-102 Discovery Durante sua missatildeo foi adicionado o CanadArm e o moacutedulo Quest (Joint Pressurized Airlock) Este grupo tambeacutem recebeu o primeiro turista espacial o milionaacuterio norte americano Dennis Tito Eles ficaram no espaccedilo 167 dias 6 horas e 41 minutos retornando agrave Terra em 22 de agosto de 2001

3deg Expediccedilatildeo10-8-2001Cabo Canaveral

A 3deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante norte americano Frank Culbertson e pelos russos Vladimir Dezhurov e Mikhail Tyurin Eles foram transportados agrave estaccedilatildeo pelo STS-105 Discovery Permanecircncia no espaccedilo de 128 dias 20 horas e 45 minutos retorno em 17 de dezembro de 2001

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4deg Expediccedilatildeo5-12-2001Cabo Canaveral

A 4deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Yuri Onufrienko e pelos norte americanos Carl E W alz e D an ie l W Bursch E les foram transportados para a estaccedilatildeo pelo S T S -108 Endeavour Permanecircncia no espaccedilo de 195 dias 19 horas e 39 minutos retorno em 19 de junho de 2002

5deg Expediccedilatildeo5-6-2002Cabo Canaveral

A 5deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Valery Korzun pela norte-americana Peggy Whitson e pelo russo Sergei Treschev Retornaram no dia 07 de dezem bro de 2 0 0 2 apoacutes permanecerem 184 dias 22 horas e 14 minutos no espaccedilo

6deg Expediccedilatildeo23-11-2002Cabo Canaveral

A 6deg Expediccedilatildeo foi comandada por mais um veterano da Mir Nikolai Budarin e seus colegas am ericanos Donald Pettit e Ken Bowersox Perm aneceram na ISS 161 dias 1 hora e 17 minutos retornando agrave Terra em 03 de maio de 2003

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7deg Expediccedilatildeo25-4-2003Baikonur

A 7deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Yuri Malenchenko e pelo norte americano Ed Lu Permaneceram no espaccedilo 184 dias 21 horas e 47 minutos retornando agrave Terra em 27 de outubro de 2003

8deg Expediccedilatildeo18-10-2003Baikonur

A 8deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Aleksandr Kaleri e pelo norte americano Michael Foale Retornou em 29 de abril de 2004 Permanecircncia de 194 dias 18 horas e 35 minutos

9deg Expediccedilatildeo18-4-2004Baikonur

A 9deg Expediccedilatildeo foi composta pelo engenheiro de vocirco norte americano Mike Fincke e pelo comandante russo Gennady Padalka Permanecircncia a bordo da ISS de 187 dias 21 horas e 17 minutos retornando em 23 de outubro de 2004

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10deg Expediccedilatildeo13-10-2004Baikonur

A 10deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante norte americano Leroy Chiao e pelo russo Salizhan Sharipov Retornaram agrave Terra em 24 de abril de 2005 apoacutes 192 dias 19 horas e 2 minutos

11deg Expediccedilatildeo14042005Baikonur

A 11deg Expediccedilatildeo eacute composta pelo comandante russo Sergei Krikalev e pelo norte americano John Phillips Seu retorno estaacute previsto para 7 de outubro de 2005 Serguei Krikalev eacute o novo recordista em permanecircncia no espaccedilo recorde este quebrado durante a missatildeo atual

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DADOS SOBRE A ISS ATEacute O FINAL DA EXPEDICcedilAtildeO 10

Aacuterea habitaacutevel 425 metros cuacutebicosDimensotildees 75 metros de largura entre os paineacuteis solares 275 metros de altura 438 metros do moacutedulo cientiacutefico Destiny ateacute o moacutedulo de serviccedilo Zvezda 513 metros com uma nave Progress acopladaPeso 18303 toneladasVocircos 16 vocircos norte americanos e 28 vocircos russosAtividades Extraveiculares 65 saiacutedas sendo 25 partindo de dentro do Ocircnibus Espacial totalizando 348 horas e 15 minutosExperimentos cientiacuteficos Ateacute o final da Expediccedilatildeo 7 em agosto de 2003 tinham sido feitos 129 experimentos

COMPONENTES DA ESTACcedilAtildeO

ZARYA20-11-199820000 Kg Baikonur - Proton

Moacutedulo russo tambeacutem conhecido como FGB (Functional Cargo Block em inglecircs) Possui 126 metros de com primento por 4 05 metros de diacircmetro e 2 paineacuteis solares Possui 2 acopladores 1 utilizado pelo moacutedulo Unity e outro que pode ser utilizado por naves Soyuz ou Progress

UNITY3-12-199820000 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Moacutedulo norte americano Possui 45 metros de comprimento por 66 metros de diacircmetro Possui 2 acopladores 1 utilizado pelo moacutedulo Zarya e outro que pode ser utilizado pelos ocircnibus espaciais americanos Este moacutedulo eacute feito inteiramente em alumiacutenio

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ZVEZDA12-7-200020000 Kg Baikonur - Proton

Moacutedulo russo tambeacutem conhecido como Service Module Possui 2 paineacuteis solares e 4 acopladores sendo que 1 na parte traseira e 3 na parte dianteira Possui 13 metros de comprimento e 405 metros de diacircmetro O Zvezda possui 14 janelas e seu interior eacute dividido em 3 compartimentos Possui cabines para os tripulantes e seraacute utilizado como moacutedulo de habitaccedilatildeo durante a construccedilatildeo da ISS

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Z1 TRUSS5-10-20008280 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Serve como central de com unicaccedilotildees do segmento americano Tambeacutem eacute utilizado como base para a estrutura P6 Truss Possui 4 giroscoacutepios utilizados para estabilizar a estaccedilatildeo e uma antena de telecomunicaccedilotildees Custo de 273 milhotildees de doacutelares

P6 TRUSS30-11-200017000 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Estrutura que serve para acomodar os radiadores e os imensos paineacuteis solares PVA (PhotoVoltaic Arrays) Satildeo ao todo 4 PVAs com comprimento de 73 metros de ponta a ponta e 3 radiadores Custo de 600 milhotildees de doacutelares

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DESTINY7-2-200114515 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Peccedila central da parte cientiacutefica da Estaccedilatildeo Espacial Internacional Feito em alumiacutenio possui 85 metros de comprimento peso de 14515 Kg e 45 metros de diacircmetro Possui 3 seccedilotildees ciliacutendricas e capacidade para alocar 24 racks com experimentos Responsaacutevel pelo controle da estaccedilatildeo em substituiccedilatildeo ao moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda

MPLM LEONARDORAFAELLODONATELLO10-3-20014100 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Os MPLM (Multi-Purpose Logistics Modules) foram construiacutedos pela Agecircncia Espacial Italiana ASI e pela empresa Alenia Aerospazio localizada em Turin na Itaacutelia Estes moacutedulos pressurizados servem para transportar e trazer carga para a Estaccedilatildeo Sua construccedilatildeo foi iniciada em 1996 Possuem 64 metros de comprimento por 46 metros de diacircmetro Podem transportar 91 toneladas de carga em 16 racks standard

CANADARM19-4-200117000 KgsCabo Canaveral - Space Shuttle

Primeira parte do braccedilo roboacutetico canadense ldquoCanadArmrdquo Este braccedilo com seus 177 metros de comprimento e suas 17 toneladas de peso seraacute utilizado para construir a estaccedilatildeo Anexado ao moacutedulo Destiny possui a singular capacidade de andar pelo moacutedulo o que aumenta seu raio de atuaccedilatildeoCusto de 600 milhotildees de doacutelares

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JOINT AIRLOCK QUEST12-7-20016500 KgsCabo Canaveral - Space Shuttle

Airlock (saiacuteda externa da estaccedilatildeo) anexa ao moacutedulo Unity Compatiacutevel com roupas espaciais americanas e russas Custo de 164 milhotildees de doacutelares

CO-1 PIRSDOCKING COMPARTMENT13-9-20015000 Kgs Baikonur - Proton

Moacutedulo russo que possui um pequeno airlock para saiacutedas extraveiculares compatiacutevel apenas com trajes russos Serve tambeacutem como ponto de acoplamento para naves Soyuz e Progress M Acoplado ao moacutedulo Zvezda Possui comprimento de aproximadamente 5 metros e diacircmetro maacuteximo de 280 metros Foi transportado para a estaccedilatildeo atraveacutes de um moacutedulo de serviccedilo Progress adaptado

S0 TRUSS5-6-200212247 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Primeira parte da estrutura principal da ISS composta por 9 partes Possui comprimento de 134 x 46 metros Nele foi fixado o Mobile Transporter que permite ao braccedilo robocirc CanadArm se deslocar pela estaccedilatildeo

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S1 TRUSS7-10-200215000Cabo Canaveral - Space Shuttle

Com prim ento de 137 metros peso de 15 toneladas eacute o terceiro componente da seccedilatildeo central da estaccedilatildeo composta por 11 peccedilas Foi anexado ao segmento S0 Possui 2 cameras de TV um segundo canal S-Band de comunicaccedilatildeo e o primeiro Thermal Radiator Rotary Joint

P1 TRUSS23-11-2002 12400 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Comprimento de 137 metros peso de 124 toneladas anexado ao segmento S0 Possui uma antena de UHF e da mesma forma que o segmento S1 possui radiadores e tambeacutem tem instalado o Crew and Equipment Translation Aid (CETA)

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FOGUETES

Foguetes empregados para levar naves e componentes para a ISS

SOYUZComprimento 345 m Diacircmetro 3 m Peso 297 toneladas Estaacutegios 3 ou 4 Carga uacutetil LEO 7 toneladas

Descriccedilatildeo dos sistemasPrimeiro estaacutegio 4 exaustores 42810 Kg 101600

kgf Isp 314 sec Tempo de Queima 118 segundos Isp(sl) 257 sec LoxKerosene Motores 1RD-107- 11D511P

Segundo estaacutegio 101160 Kg 103100 kgf Isp 319 segundos Tempo de Queima 286 segundos Isp(sl) 252 segundos LoxKerosene Motores 1 RD- 108-11D512P

Terceiro estaacutegio 25400 Kg 30400 kgf Isp 330 segundos Tempo de Queima 250 segundos Isp(sl) 0 segundos LoxKerosene Motores 1 RD-0110 (4) IkarFregatrdquo

HistoacutericoO Soyuz eacute um foguete da famiacutelia R7 composto

de 2 estaacutegios desenvolvido em 1963 capaz de co locar 7 to n e la d a s num a oacuterb ita de 200 quilocircmetros de altitude Foi utilizado para lanccedilar a p ro x im a d a m e n te m e ta d e das m issotildees espacia is tripu ladas e natildeo tripu ladas Os foguetes Soyuz tambeacutem foram utilizados para co locar em oacute rb ita s a teacute lite s m ilita res de reconhecimento

Fam iacuteliaR-7 8K71 Sputnik 8K71PS Luna 8K72 R-7A

8K74 Sputnik 8A91 Molniya 8K78 Vostok 8K72 Vostok 8K72K Molniya 8K78L Vostok 8A92 Polyot 11A 59 Voskhod 11A 57 M olniya 8K78MVostok 11A510 Vostok 8A92M Soyuz 11A511 Soyuz 11A514 Soyuz 11A511L Soyuz 11A511M Soyuz 11A511U Soyuz 11A511U2 Soyuz 11A511 UIkar Soyuz M

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PROTONComprimento 57 mDiacircmetro 42 mPeso 707 toneladasEstaacutegios 3 ou 4Carga uacutetil LEO 20 toneladasCarga uacutetil GEO 55 toneladas

Descriccedilatildeo dos sistemasPrimeiro estaacutegio 450510 Kg 1067659 kgf Isp

316 segundos Tempo de Queima 124 segundos Isp(sl) 267 segundos N2O4UDMH Motores 6 RD- 253-11D48

Segundo estaacutegio 167828 Kg 244652 kgf Isp 327 segundos Tempo de Queima 206 segundos Isp(sl) 230 segundos N 2O 4U D M H Motores 4 RD-0210

Terceiro estaacutegio 50747 Kg 64 260 kgf Isp 325 segundos Tempo de Queima 238 segundos Isp(sl) 230 segundos N 2O 4U D M H Motores 1 RD-0212

Quarto estaacutegio 14000 Kg 8670 kgf Isp 352 segundos Tempo de Queima 570 segundos Lox Kerosene Motores1 RD-58M

HistoacutericoOs foguetes Proton comeccedilaram a ser utilizados

em 1965 Foi o primeiro foguete sovieacutetico que natildeo foi baseado num miacutessil baliacutestico intercontinental O Proton pode utilizar 3 ou 4 estaacutegios e foi utilizado para a maioria das missotildees espaciais sovieacuteticas como as estaccedilotildees Salyut Mir e sondas espaciais Versotildees de 4 estaacutegios satildeo utilizadas para colocar em oacuterbita sateacutelites geoestacionaacuterios

O primeiro estaacutegio do Proton tem 6 motores e possui empuxo de 2 mil toneladas O terceiro estaacutegio pode colocar em oacuterbita cargas de 20 toneladas

Fam iacuteliaUR-100 Monoblock UR-500 Polyblock UR-500

UR -200 Proton 8K82 Proton 8K82K11S824 Proton 8K82K UR-700 UR-70011D54 UR-700RD- 350 UR-700RO-31 UR-900 UR-700M Proton 8 K 8 2 K 1 1S 8 6 U R -5 0 0 M K Proton 8K 8 2K 11S824M U R -100N U R -530 Proton 8K82K 11S861 Proton 8K82K11S824F Rokot Proton 8K82K 11S861-01 Proton 8K82KDM 1 Proton 8K82KDM3 Strela Proton 8K82K17S40 Proton 8K82KDM2 Proton 8K82KDM4 Proton 8K82KM

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SPACE SHUTTLEComprimento 56 m Diacircmetro 87m Peso 2040 toneladas Estaacutegios 2()Carga uacutetil LEO 275 toneladas ()

Descriccedilatildeo dos sistemasFoguetes de combustiacutevel soacutelido 2 SRB 589670 kg

1174713 kgf Isp 269 segundos Tempo de Queima 124 segundos Isp(sl) 237 segundos Motores de Combustiacutevel Soacutelido 1 SRB

Tanque externo (Shuttle External Tank) 750975 kg 0 kgf Isp 455 segundos Tempo de Queima 480 segundos Isp(sl) 363 segundos LoxLH2 Motores 0

Ocircnibus Espacial Shuttle Orbiter Gross 99318 kg 696905 kgf Isp 455 segundos Tempo de Queima 480 segundos Isp(sl) 363 segundos Lox LH2 Motores 3 SSME

HistoacutericoO sistema do ocircnibus espacial eacute composto por 2

foguetes la tera is de com bustiacuteve l soacutelido denominados SRB (Solic Rocket Booster) que impulsionam a nave durante a fase inicial da subida Ao se esgotar o combustiacutevel satildeo ejetados e o Shuttle utiliza seus 3 motores SSME alimentados pelo imenso tanque de combustiacutevel de cor laranja para completar o resto da subida ateacute atingir a oacuterbita terrestre

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m 7 MASTRONAUTICA

NAVES ESPACIAIS

Veja a seguir a descriccedilatildeo das naves tripuladas utilizadas para chegar na ISS

SOYUZ TMAPeso 7250 Kg Comprimento 75 m Diacircmetro 27 m Aacuterea uacutetil 9 m3

Descriccedilatildeo dos sistemasAs Soyuz satildeo compostas por 3 moacutedulos O

moacutedulo de descida com capacidade para 3 cosmonautas tem 22 m de comprimento por 22 m de diacircmetro Pesa 3000 Kg e possui 4 m3 Possui paacutera-quedas para descida sistemas de telemetria e um periscoacutepio digital O pouso eacute amortecido por motores de combustiacutevel soacutelido utilizados no final da descida Os cosmonautas utilizam roupas pressurizadas na decolagem e descida O moacutedulo orbital tem 3 metros de comprimento por 23 metros de diacircmetro Tem 5 m3 e pesa 1300 Kg Nele estaacute

instalado o sistem a de rendez vous Kurs composto de 2 antenas aleacutem de 1 janela O m oacutedulo de serviccedilo pesa 2 9 5 0 Kg e tem comprimento de 23 m e diacircmetro de 21 m A Soyuz utiliza como fonte de energia paineacuteis solares de 10 m2 e consome em meacutedia 060 Kw

HistoacutericoDesenvolvidas nos anos 60 as Soyuz foram

criadas para fazer viagens da Terra para a Lua mas acabaram sendo utilizadas para levar cosmonautas para as estaccedilotildees espaciais Salyut e Mir Satildeo utilizadas atualm ente para levar cosm onautas para a estaccedilatildeo espac ia l internacional Uma versatildeo natildeo tripulada da Soyuz denominada Progress eacute utilizada desde os anos 70 para reabastecer as estaccedilotildees espaciais russas

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ltCOltcopy

SPACE SHUTTLEPeso Total 104328 kg Comprimento 372 m Envergadura 238 m Aacuterea uacutetil 72 m3T ripulaccedilatildeo 8 astronautas com tempo em oacuterbita 16 dias Combustiacutevel 21600 Kg Carga 21190 KgPeso do escudo teacutermico18500 Kg Sistema eleacutetrico baterias combustiacuteveis

Descriccedilatildeo dos sistemasOs ocircnibus espaciais foram produzidos para

transportar astronautas para o espaccedilo e lanccedilar ou reparar sateacutelites Seus primeiros estudos

foram nos anos 70 e o primeiro a ser construiacutedo o E n te rp rise nunca foi lan ccedilad o Foram construiacutedas 5 naves a prim eira cham ada Coluacutembia fez seu vocirco inaugural em 12 de abril de 1981 e foi destruiacutedo durante o retorno a Terra em fe v e re iro de 2 0 0 3 D epo is v ie ram a Challenger destruiacutedo em 1986 Discovery Atlantis e o Endeavour construiacutedo para substituir o Challenger Em 1995 o Discovery foi o primeiro ocircnibus espacial a acoplar com uma estaccedilatildeo espacial ao unir-se agrave estaccedilatildeo Mir Foram feitas 9 missotildees durante 3 anos no projeto conjunto Shuttle-Mir Atualmente transportam peccedilas e tr ip u la ccedil otilde e s para a E s taccedil atildeo E s p ac ia l Internacional

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m 7 MASTRONAUTICA

PROGRESS_MAs Progress possuem formato idecircntico agraves naves

Soyuz Possuem 7 metros de comprimento 27 metros de diacircmetro peso de 72 toneladas e uma aacuterea destinada aos suprimentos de 76 metros cuacutebicos Possui 2 paineacuteis solares com 10 metros quadrados de aacuterea que geram 13 KW de forccedila

As Progress levam suprim entos para aproximadamente 2 meses para uma tripulaccedilatildeo de

ateacute 3 cosmonautas Sateacutelites cargueiros satildeo na verdade versotildees natildeo tripuladas das naves Soyuz Foram fabricadas para reabastecer as estaccedilotildees esp ac ia is S a lyu t posterio rm ente a Mir e atualmente a ISS As Progress M aleacutem de terem uma carga uacutetil maior que sua antecessora podem transportar uma caacutepsula recuperaacutevel chamada Raduga que permite transportar de volta para a Terra experimentos feitos nas estaccedilotildees espaciais

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DA TERRA PARA O INFINITO

Para chegar da Terra ateacute a estaccedilatildeo espacial por enquanto existem dois centros espaciais o de Baikonur no Casaquistatildeo localizado na Aacutesia Central e o de Cabo Canaveral localizado na Floacuterida nos Estados Unidos Veremos um pouco da histoacuteria de cada um deles a seguir

Cabo CanaveralLatitude 2845 N Longitude 8053 WIniacutecio de operaccedilatildeo 1949

Cabo Canaveral eacute a maior e mais importante base espacial dos Estados Unidos Foi dela que partiram as missotildees lunares Apollo O Cabo Canaveral eacute utilizado para todos os lanccedilamentos tripulados Tambeacutem eacute utilizado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos

A escolha da base de lanccedilamentos foi feita em 11 de maio de 1949 Uma seacuterie de estaccedilotildees de rastream en to foi ins ta lada nas B aham as Oficialmente a base de Cabo Canaveral entrou em funcionamento em 01 de outubro de 1949 Os primeiros lanccedilamentos de foguetes (V2 modificadas

do tipo Bumper) foram feitos em julho de 1950 Durante os anos 60 foram construiacutedas imensas instalaccedilotildees e plataformas para o programa lunar Apollo Nos anos 70 estas instalaccedilotildees foram aproveitadas para o programa do ocircnibus espacial A primeira vez que a base foi aberta ao puacuteblico foi em 19 de maio de 1961 Os primeiros testes do ocircnibus espacial foram feitos em 23 de julho de 1979 utilizando-se o ocircnibus espacial Enterprise (OV- 101)Os lanccedilamentos satildeo feitos com inclinaccedilatildeo miacutenima de 28 graus e maacutexima de 57 graus Existem plataformas para lanccedilar o Ocircnibus Espacial e foguetes Atlas Delta e Titan As principais plataformas satildeo as 39A e 39B utilizadas pelos imensos foguetes lunares Saturn V e atualmente utilizadas pelo ocircnibus espacial

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BaikonurLatitude 4563 N Longitude 6326 EIniacutecio de Operaccedilatildeo 1955

Localizado no Casaquistatildeo Baikonur eacute o maior cosmoacutedromo utilizado pela Ruacutessia para a maioria dos lanccedilamentos e por todos os lanccedilamentos tripulados

O cosmoacutedromo ocupa uma aacuterea aproximada de 7360 quilocircmetros quadrados numa aacuterea proacutexima ao rio Syr Darya na regiatildeo de Kyzl-Orda Oblast no Casaquistatildeo a 380 quilocircmetros da velha cidade de Baikonur O Cosmoacutedromo fica proacutexima do velho vilarejo de Tyuratam e da cidade de Zarya que foi rebatizada como Leninsk em 1958 e rebatizada como Baikonur em 1996

Inicialmente conhecido como Tashkent-50 a constuccedilatildeo foi iniciada em 12 de janeiro de 1955 Os construtores se referiam ao Cosmoacutedromo como Zvezdograd durante a eacutepoca da construccedilatildeo A cidade de Leninsk teve sua populaccedilatildeo ampliada de 50000 habitantes em 1975 para 75000 habitantes em 1990 A aprovaccedilatildeo para a construccedilatildeo do Cosmoacutedromo foi atraveacutes do Decreto do Conselho de Ministros da Uniatildeo Sovieacutetica nuacutemero 2 82 -181 no qual o complexo era chamado de Aacuterea de Teste nuacutemero 5 O primeiro lanccedilamento feito em Baikonur foi o de um foguete baliacutestico SS-6 em 15 de maio de 1957 mas o lanccedilamento falhou O primeiro lanccedilamento bem sucedido foi em 03 de agosto de 1957 Baikonur eacute comparado ao centro de lanccedilamentos de Cabo Canaveral na

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Floacuterida Estados Unidos devido a importacircncia e tam an h o mas o com plexo de B aikonur eacute consideravelmente mais extenso

O cosm oacutedrom o possui 9 com plexos de lanccedilamento incluindo 15 plataformas para os foguetes do tipo Soyuz Molniya Zenith Rockot Proton entre outros Aleacutem disso tem 11 linhas de

montagem e revisatildeo de sateacutelites e espaccedilonaves 3 pontos de abastecimento de combustiacutevel centro meacutedico para cosmonautas 2 aeroportos de grande porte plantas de nitrogecircnio oxigecircnio e gaacutes sistemas de abastecimento de energia eleacutetrica e aacutegua e para concluir um grande sistema de estradas e de vias ferroviaacuterias iJ

Daniel Sanchez Bins eacute o autor do site Cosmonaacuteutica dedicado ao programa espacial russo e usuaacuterio e colaborador da Espacialcomhttpwwwcosmonauticacjbnet

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Participe apoie divulgue o siteWWWCOMITEMARCOSPONTESCJBNET

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CAMPANHA NACIONAL DE APOIO AO 1D VOcircO ORBITAL DO ASTRONAUTA BRASILEIRO EA CONTINUIDADE DO BRASIL

NO PROJETO DA ESTACcedilAtildeO ESPACIAL INTERNACIONAL

A campanha ldquoSim eu quero vero verdee

amarelo no espaccedilordquo lanccedilada pelo Comitecirc

Marcos Pontes tem o objetivo de apoiar a

Agecircncia Espacial Brasileira na viabilizaccedilatildeo

do primeiro vocirco orbital do nosso astronauta

atraveacutes da continuidade da participaccedilatildeo

brasileira no projeto da Estaccedilatildeo Espacial

Internacional (EEI)

Para isso conta com a colaboraccedilatildeo da

populaccedilatildeo brasileira que pode manifestar

mobilizaccedilatildeo em prol da campanha assinando

um abaixo-assinado no site

wwwcomitemarcospontescjbnet

Decirc sua contribuiccedilatildeo Vamos apoiar o Brasil nesse projeto que traz oportunidades uacutenicas de estar agrave frente em experimentos e tecnologia de ponta

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copy N

AS

A

revista

PLANETOLOGIA

Planetas Extrasolares

Detecccedilatildeo Dinacircmica amp Origem

W alkiria Schulz | Revista macroCOSMOcomwschulzcettconaegovar

Cristiaacuten Beaugeacute | Colaboradorbeaugeoacuncoredu

Quantas vezes olhamos para o ceacuteu e nos perguntamos se estamos sozinhos neste Universo Quais satildeo as chances reais de existir outra civilizaccedilatildeo Para responder a estas e outras perguntas os astrocircnomos estatildeo se dedicando a uma nova aacuterea de pesquisa a Mecacircnica de Planetas Extrasolares A ideacuteia eacute desenvolver novas tecnologias capazes de detectar planetas eou sistemas planetaacuterios em outras estrelas e a partir daiacute estudar as caracteriacutesticas que possam representar condiccedilotildees ambientais de presenccedila de vida

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PLANETOLOGIA

A descoberta de planetas fora do nosso Sistema Solar eacute um fato recente Ateacute cerca de 10 anos atraacutes noacutes natildeo dispunhamos de instrumentos sensiacuteveis o suficiente para detectar corpos tatildeo pequenos distantes e pouco luminosos Foi necessaacuterio desenvolver aparelhos de detecccedilatildeo com uma precisatildeo jamais vista e anexaacute-los a telescoacutepios dedicados a este tipo de investigaccedilatildeo

Aleacutem de vislum brar a possibilidade de natildeo estarmos sozinhos os planetas extrasolares tambeacutem representam uma oportunidade para a M ecacircnica Celeste de estudar sistem as com dinacircmicas diferentes das encontradas no Sistema Solar Estes estudos podem vir a ser fontes de corroboraccedilatildeo de teorias cosmogocircnicas atuais que foram desenvolvidas baseando-se no conhecimento de um uacutenico sistema planetaacuterio o nosso

Ao comeccedilar a encontrar planetas extrasolares a primeira pergunta que surgiu foi estes novos objetos satildeo compatiacuteveis com as nossas ideacuteias de formaccedilatildeo planetaacuteria Para entender um pouco melhor esta questatildeo vamos comeccedilar falando sobre o que se sabe a respeito do nosso Sistema Solar

Teorias de Formaccedilatildeo do Sistema Solar

Existem trecircs formas de construir um modelo para explicar como se formou o Sistema Solar

1 A partir de modelos de formaccedilatildeo estelar extrapolando para a frente

2 A partir da estrutura atual do nosso Sistema Solar extrapolando para traacutes

3 Analisando e comparando as caracteriacutesticas de outros sistemas planetaacuterios em etapas distintas de evoluccedilatildeo

Na verdade todas estas possibilidades satildeo complementares e as informaccedilotildees provenientes de cada uma devem ser coerentes entre si

Modelos Comeccedilamos com uma nuvem proto- estelar similar agraves observadas na nebulosa de Oacuterion A interaccedilatildeo entre a contraccedilatildeo e a rotaccedilatildeo desta nuvem de material provocou um colapso que resultou em uma estrutura achatada onde a maioria da massa se encontrava no centro (proto-sol) enquanto o resto formava um disco ao redor

Dentro desta nuvem existiam dois componentes gaacutes (aproximadamente 96) e material soacutelido (4) A pressatildeo interna mantinha o equilibrio hidrostaacutetico do gaacutes mas natildeo das partiacuteculas soacutelidas que sofriam fricccedilatildeo com o gaacutes caindo no plano da nuvem e mais perto do proto-sol Como resultado deste processo o disco se dividiu em uma nebulosa gasosa exterior (formada de elementos como hidrogecircnio heacutelio e nitrogecircnio) e um disco compacto interno composto de partiacuteculas soacutelidas de mais ou menos 1 cm de raio (com elementos tais como carbono niacutequel e ferro)

A partir deste ponto existem duas possibilidades para a evoluccedilatildeo destas partiacuteculas ateacute planetesimais de raios entre 10 e 100 m No primeiro caso o conjunto de pequenas partiacuteculas continua caindo em direccedilatildeo ao plano ateacute formar um disco tatildeo denso que torna-se gravitacionalmente instaacutevel provocando um colapso do material em planetesimais maiores A segunda possibilidade sugere um processo mais lento onde a formaccedilatildeo de corpos maiores deu-se por colisotildees entre as partiacuteculas pequenas No entanto ambas teorias tecircm problemas e ainda natildeo

P R O T O -S O L (~ 9 9 M A S S A )

Formaccedilatildeo de um sistema planetaacuterio a partir de uma nebulosa primordial

N E B U L O S A P R IM O R D IA L (~ 1 M A S S A )

ocopy

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possuimos um bom modelo para explicar a transiccedilatildeo entre partiacutecu las de 1 cm e planetesim ais de 100 m de raio Este problema eacute conhecido em Inglecircs como o Meter Size Hurdle ou o obstaacuteculo do tamanho de um metro em uma traduccedilatildeo literal

No entanto in d ep en d en tem en te do mecanismo que produziu estes objetos a partir de uma populaccedilatildeo de planetesimais com raios entre 10 e 100 m sabe-se que a evoluccedilatildeo do disco rochoso se deu atraveacutes da com binaccedilatildeo entre gravitaccedilatildeo muacutetua e colisotildees Os corpos do nosso Sistema Solar apresentam uma seacuterie de evidecircncias destas colisotildees como fragmentaccedilotildees e crateras No entanto se a velocidade relativa entre os corpos eacute suficientemente pequena as colisotildees datildeo origem a um processo construtivo conhecido como acreccedilatildeo que eacute o mecanismo baacutesico de formaccedilatildeo planetaacuteria

A princiacutepio o processo de acreccedilatildeo soacute funciona para corpos soacutelidos e natildeo para o gaacutes No entanto e considerando que a temperatura do gaacutes decai com a distacircncia ao Sol existe um valor criacutetico desta distacircncia tal que a tem peratura do gaacutes seja suficientemente baixa para que a componente volaacutetil da nuvem condense Esta distacircncia criacutetica eacute conhecida como a ldquolinha do gelordquo e corresponde a aproximadamente 4 ou 5 UA Portanto aleacutem deste valor os elementos quimicos leves (eg HHeN)

Crateras na Lua evidecircncias de um periacuteodo decolisotildees

tambeacutem participaram do processo de acreccedilatildeo e deram origem a planetas ricos em elementos leves os chamados planetas Gigantes (Juacutepiter Saturno Urano e Netuno) Enquanto isso na regiatildeo mais proacutexima da proto-estrela os planetesimais jaacute apresentavam raios da ordem de 100 km e eram embriotildees planetaacuterios

Entre 6 e 10 milhotildees de anos de evoluccedilatildeo do sistema o proto-Sol entrou em uma fase conhecida como T-Tauri na qual a nuvem de gaacutes remanescente comeccedilou a se dissipar Assim as etapas finais de formaccedilatildeo dos planetas terrestres continuaram em um cenaacuterio praticamente livre de gaacutes A presenccedila do recentemente formado Juacutepiter tambeacutem afetou

SOLCOLISOES ENTRE OS EMBRIOtildeES PLANETAacuteRIOS

Juacutepiter

1

y -----

ACRECcedilAtildeO

y ------------

FRAGMENTACcedilAO

SOL Mercuacuterio Vecircnus Terra Marte Asteroides Juacutepiter ltgt

ocopy

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PLANETOLOGIA

esta formaccedilatildeo planetaacuteria invertendo o proceso de acreccedilatildeo e provocando fragmentaccedilotildees nos embriotildees planetaacuterios que encontravam-se perto do planeta gigante Esta fragm entaccedilatildeo deu origem aos asteroacuteides que hoje encontramos entre as oacuterbitas de Marte e Juacutepiter Nos 100 milhotildees de anos seguintes os planetas terrestres se formaram

Em forma muito resumida este eacute o modelo cosmogocircnico mais aceito atualmente Ele consegue explicar a existecircncia de planetas gigantes e terrestres a localizaccedilatildeo dos planetas gigantes aleacutem de 4-5 UA oacuterbitas praticamente coplanares e circulares a presenccedila de asteroacuteides e objetos do cinturatildeo de Kuiper e a existecircncia de aneacuteis e sateacutelites No entanto existem alguns problemas Talvez o principal deles seja a impossibilidade de formar Urano e Netuno antes da dissipaccedilatildeo da nuvem de gaacutes Devido agrave baixa densidade de partiacuteculas soacutelidas e gaacutes na parte externa da nuvem o processo de acreccedilatildeo necessitaria tempos maiores que a idade do Sistema Solar A suposiccedilatildeo de que a nuvem primordial fosse mais massiva eacute pouco provaacutevel jaacute que seria necessaacuterio algum mecanismo para eliminar a massa restante depois da formaccedilatildeo dos planetas e natildeo conhecemos nenhum que seja eficiente neste sentido Uma outra alternativa para Urano e Netuno seria que os planetas gigantes natildeo se formaram por acreccedilatildeo e sim por instabilidade gravitacional do gaacutes Simulaccedilotildees com esta teoria levam a condiccedilotildees planetaacuterias diferentes das que encontramos nos planetas atuais A composiccedilatildeo quiacutemica de Saturno por exemplo eacute incompatiacutevel com os resultados das simulaccedilotildees Explicar as origens dos sistem as planetaacuterios eacute um dos problem as cientiacuteficos mais im portantes da atualidade (NASA 2003)

Dinacircmica Outra forma de estudar nosso Sistema Solar eacute atraveacutes de sua dinacircmica em particular sua estabilidade orbital Por estabilidade se entende que com o passar do tempo as oacuterbitas dos corpos maiores permanecem quase-circulares quase- planares e natildeo existe a possibilidade dos planetas se chocarem Procuramos indiacutecios de estabilidade orbital para tentar explicar a configuraccedilatildeo atual dos planetas e prever seu futuro

Na deacutecada de 90 foram realizadas vaacuterias simulaccedilotildees em computador da evoluccedilatildeo das oacuterbitas de todos os planetas por tempos da ordem da idade do Sistema Solar (Laskar 1994) A ideacuteia era corroborar que as oacuterbitas nuncam se cruzam No

ESTAacuteVEL

INSTAacuteVEL

Oacuterbitas estaacuteveis e instaacuteveis

entanto foi encontrado que existe a possibilidade de que em aproximadamente 36 bilhotildees de anos Mercuacuterio cruze a oacuterbita de Vecircnus Se natildeo houver um mecanismo de proteccedilatildeo natural eacute possiacutevel que os planetas se choquem e como consequumlecircncia a oacuterbita de Vecircnus sofreria grandes mudanccedilas podendo inclusive chocar-se com a Terra Embora estes resultados possam depender da modelagem utilizada sua conclusatildeo mais importante eacute que o Sistema Solar interno pode natildeo ser estaacutevel para sempre embora o seja por periacuteodos de tempo da ordem de 4 bilhotildees de anos

Seja o que for que aconteccedila daqui a 4 bilhotildees de anos o Sistema Solar eacute um dos sistemas dinacircmicos mais estaacuteveis que se conhece no Universo Sendo assim como eacute possiacutevel que um processo de formaccedilatildeo caoacutetico e colisional tatildeo sensiacutevel agraves condiccedilotildees iniciais decirc origem a um sistem a planetaacuterio tatildeo estaacutevel Apoacutes muitos anos realizando

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PLANETOLOGIA

simulaccedilotildees da uacuteltima etapa da formaccedilatildeo planetaacuteria sem conseguir obter nenhum Sistema Solar sinteacutetico que reproduza o nuacutemero correto de planetas nem sua estabilidade chegou-se agrave conclusatildeo de que as posiccedilotildees atuais dos planetas devem ter sido ldquodefinidasrdquo nas primeiras etapas do processo de acreccedilatildeo O problema eacute que realizar estudos destas etapas eacute tecn icam ente com plexo jaacute que eacute necessaacuterio simular a evoluccedilatildeo de milhotildees de partiacuteculas planetesimais por gravitaccedilatildeo e por colisotildees por periacuteodos de tempo muito grandes Os computadores de uso geral natildeo possuem velocidade de caacutelculo suficiente para realizar estas simulaccedilotildees A soluccedilatildeo foi construir super-com putadores especiacuteficos que pudessem ser utilizados para as simulaccedilotildees de formaccedilatildeo planetaacuteria O projeto japonecircs G R A PE tomou esta tarefa para si e desenvolveu um super-computador equivalente a 1 milhatildeo de PCs de hoje com capacidade de realizar simulaccedilotildees que levariam 2 anos em apenas 1 minuto

Entre os resultados preliminares do projeto GRAPE se destaca a conclusatildeo de que a interaccedilatildeo entre colisotildees e a dinacircmica de muitos planetesimais cria um fenocircmeno conhecido como repulsatildeo de em briotildees planetaacuterios Segundo esta teoria se a distacircncia entre dois proto-planetas eacute maior que um certo valor criacutetico d os dois corpos crescem por acreccedilatildeo alimentando-se dos planetesimais ao redor sem variar sua posiccedilatildeo relativa No entanto se a distacircncia inicial entre os dois proto-planetas eacute menor que aquele valor criacutetico os corpos se repelem e se afastam ateacute que a distacircncia entre eles seja maior que d Este processo suave e determiniacutestico poderia explicar a quantidade correta de planetas que encontramos hoje em oacuterbitas dinam icamente estaacuteveis

Resum indo embora ainda existam problemas natildeo resolvidos (Meter Size Hurdle formaccedilatildeo de Urano e Netuno) atualmente dispomos de um modelo de formaccedilatildeo planetaacuteria baseado em um processo de acreccedilatildeo de corpos soacutelidos que consegue reproduzir a maioria das caracteriacutesticas do nosso Sistema Solar Seraacute que o mesmo processo aconteceu em todos os sistemas planetaacuterios ou soacute aqui Natildeo existe garantia de que todos os planetas se formaram seguindo as mesmas condiccedilotildees mas a possibilidade de avaliar o que acontece em outras regiotildees do Universo abre toda uma nova perspectiva para a Mecacircnica Celeste

Os Planetas Extrasolares Conhecidos ldquo Zoologiardquo e Detecccedilatildeo

Em 1995 os astrocircnomos Michel Mayor e Didier Queloz do Observatoacuterio de Genebra descobriram o primeiro planeta extrasolar ao redor de uma estrela do tipo sequecircncia principal A estrela eacute 51 Pegasi (G2 distacircncia agrave Terra = 147 pc) e o planeta tem uma massa aproximadamente igual agrave metade da massa de Juacutepiter

No ano seguinte os americanos Geoffrey Marcy e Paul Butler descobriram mais dois planetas O primeiro orbita a estrela 70 Virgo (G5 distacircncia agrave Terra = 181 pc) e parece ter mais de 7 vezes a massa do nosso planeta gigante O segundo estaacute ao redor de 47 Uma (G0 distacircncia agrave Terra = 141 pc) e tem 25 vezes a massa de Juacutepiter

A populaccedilatildeo atual de planetas aleacutem do nosso Sistema Solar contabiliza ao redor de 160 objetos todos com massas inferiores a 18 vezes a massa de Juacutepiter Entre os casos mais interessantes encontram-se 15 sistemas planetaacuterios

- 12 sistemas com 2 planetas- 2 sistemas com 3 planetas (Ups And e GJ876)- 1 sistema com 4 planetas (55 Cnc)Curiosamente tambeacutem foram encontrados vaacuterios

planetas orbitando estrelas binaacuterias Entre eles podemos mencionar 16 Cyg B t Boo e y Cephei B

Nuacutemero de planetas extrasolares descobertos ateacute maio de 2005 copy Cristiaacuten Beaugeacute

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Recentemente foi descoberto um planeta orbitando uma estrela pertencente a um sistema estelar triplo

P ra ticam en te todos os p lanetas extrasolares conhecidos foram detectados por tracircnsito ou variaccedilatildeo da velocidade radial da estrela (Doppler) Existem outros meacutetodos de detecccedilatildeo que exigem configuraccedilotildees especiais de posiccedilotildees relativas mais dificieis de encontrar (por exemplo microlentes)

Eacute importante ter em conta que os planetas extrasolares tambeacutem conhecidos como exoplanetas satildeo objetos de luminosidade muito baixa Um planeta como Juacutepiter possui uma luminosidade equivalente a 10-9 da luminosidade do Sol Ou seja os exoplanetas natildeo satildeo observados diretamente A exceccedilatildeo eacute GQ Lupi observado com o Very Large Telescope - VLT

No entanto eacute possiacutevel perceber quando os planetas passam em frente ao disco da estrela Este eacute o meacutetodo de detecccedilatildeo via tracircnsito que permite medir o periacuteodo orbital (consequumlentemente o semi- eixo maior) e o raio do planeta As limitaccedilotildees deste meacutetodo incluem soacute eacute possiacutevel observar objetos em oacuterbitas a 90o com a esfera celeste eacute mais faacutecil detectar planetas gigantes e em oacuterbitas muito proacuteximas da estrela eacute muito difiacutecil (embora natildeo seja impossiacutevel) detectar mais de um objeto e este meacutetodo natildeo oferece dados sobre a excentricidade orbital

Existem vaacuterios projetos preocupados com a detecccedilatildeo de exoplanetas via tracircnsito e eacute muito

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GQ Lupi

provaacutevel que em um futuro proacuteximo a maioria dos planetas extrasolares seja descoberta por este meacutetodo Entre estes projetos um particularmente importante para o Brasil eacute o COROT Trata-se de um sateacutelite projetado pela CNES (Franccedila) com participaccedilatildeo de paiacuteses como Alemanha Auacutestria Beacutelgica Brasil e Espanha Com lanccedilamento previsto para junho de 2006 este sateacutelite levaraacute ao espaccedilo um telescoacutepio de 30 cm de diacircmetro Seu objetivo seraacute estudar Sismologia Estelar e Exoplanetas e para tanto a n a liza raacute as curvas de luz de aproximadamente 12 mil estrelas com magnitudes menores que 155 A populaccedilatildeo de estrelas a ser estudada ainda estaacute sendo definida pela comunidade cientiacutefica

Mesmo sendo invisiacuteveis os planetas extrasolares podem ser suficientemente massivos para provocar movimentos na estrela que possam ser detectados daqui da Terra Os meacutetodos de detecccedilatildeo indireta

se aproveitam do fato de que devido agrave presenccedila de um ou mais planetas a estrela se move ao redor do centro de massa do sistema

Embora natildeo possamos observar o planeta podemos deduzir suas massa e oacuterbita atraveacutes da mediccedilatildeo do movimento proacuteprio da estrela Observando as variaccedilotildees perioacutedicas na velocidade radial da estrela por efeito Doppler podemos estimar a velocidade orbital No entanto a velocidade medida por Doppler natildeo eacute a velocidade total e sim sua projeccedilatildeo sobre a linha que une a estrela ao observador Esta limitaccedilatildeo de medida provoca uma grande imprecisatildeo sobre as estimativas pois natildeo se conhece a inclinaccedilatildeo orbital em relaccedilatildeo agrave linha de visada

Sateacutelite COROT

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PLANETOLOGIA

Graacutefico dos planetas extrasolares detectados em unidades de massa de Juacutepiter por semi-eixo maior(J corresponde a Juacutepiter e S a Saturno) copy Cristiaacuten Beaugeacute

foi similar ao dos nossos planetas Segundo esta teoria apoacutes a formaccedilatildeo existiu um processo de Migraccedilatildeo Planetaacuteria que levou os corpos ateacute a sua localizaccedilatildeo atual com oacuterbitas muito excecircntricas No entanto para que esta hipoacutetese tenha sentido necessitamos uma evidecircncia dinacircmica de migraccedilatildeo e um mecanismo para tornaacute-la efetiva

Origem dos Planetas Extrasolares Hipoacutetese da Migraccedilatildeo

Com o objetivo de explicar os pequenos valores de semi-eixo maior e as altas excentricidades surge a Hipoacutetese da Migraccedilatildeo Existem trecircs propostas de mecacircnismos para explicar a migraccedilatildeo dos planetas ateacute suas posiccedilotildees atuais scattering planetaacuterio interaccedilatildeo com o disco de planetesimais e interaccedilatildeo com o disco de gaacutes

Scattering planetaacuterio No prim eiro caso imaginemos um cenaacuterio onde dois planetas gigantes encontram-se ao redor de uma estrela em oacuterbitas

As limitaccedilotildees dos meacutetodos de detecccedilatildeo de planetas extrasolares provocam uma espeacutecie de seleccedilatildeo natural sobre os objetos que conseguimos ver Assim a maioria dos exoplanetas apresenta grandes massas localiza-se perto das estrelas e tem oacuterbitas muito excecircntricas

O problema neste caso nem eacute tanto pela pouca quantidade de planetas tipo Juacutepiter ou Saturno encontrados (receacutem estamos em condiccedilotildees de observaacute-los) mas que a maioria dos exoplanetas descobertos tem c a ra c te riacutes tic as que consideraacutevamos impossiacuteveis de existir quando soacute conheciacuteamos o nosso sistema Temos planetas gigantes em oacuterbitas de planetas terrestres Temos excentricidades tatildeo altas quanto as de estrelas binaacuterias Como explicaacute-los

Existem duas escolas ou linhas de pesquisa Uma acredita que estes planetas foram formados por mecanismos diferentes dos do nosso Sistema Solar por exemplo via instabilidade gravitacional Esta linha eacute defendida principalmente por astrofiacutesicos estelares A segunda escola composta na maioria por dinacircmicos acredita que o processo de formaccedilatildeo

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PLANETOLOGIA

coplanares e com excentricidades pequenas Se estes planetas natildeo sofrem encontros proacuteximos entre si podemos supor que exista uma espeacutecie de acoplamento entre as suas excentricidades Isto significa que um planeta influenciacutea o outro de tal forma que se a excentricidade de um aumenta a do outro diminui O acoplamento e-e funciona como um mecanismo de proteccedilatildeo evitando encontros proacuteximos entre os planetas a menos que os semi- eixos sejam muito parecidos No caso em que os semi-eixos satildeo similares a interaccedilatildeo gravitacional eacute tatildeo forte que o acoplamento e-e natildeo consegue evitar encontros proacuteximos e podem ocorrer colisotildees com acreccedilatildeo de ambos planetas ou o scattering que significa a ejeccedilatildeo de um dos planetas Com o scattering o planeta que natildeo eacute ejetado do sistema se aproxima da estrela (diminuindo seu semi-eixo) e sua excentricidade aum enta Embora este mecanismo possa funcionar em casos isolados natildeo eacute geral o suficiente para explicar a migraccedilatildeo de tantos exoplanetas

Interaccedilatildeo com o disco de planetesimais Estemecanismo foi inicialmente proposto para explicar a migraccedilatildeo no nosso Sistema Solar Segundo esta teoria as interaccedilotildees gravitacionais entre os planetas gigantes (Juacutepiter Saturno Urano Netuno) e o disco de planetesimais remanescentes provocaram a ejeccedilatildeo final destes planetesimais para o cinturatildeo de Kuiper Como consequumlecircncia o semi-eixo maior de Juacutepiter diminuiu enquanto os semi-eixos de Saturno Urano e Netuno aumentaram Portanto os locais de formaccedilatildeo dos planetas teriacuteam sido diferentes dos atuais Os problemas com esta teoria satildeo numeacutericos Para que um exoplaneta migrasse de 4 ou 5 UA para perto da estrela a massa do disco primordial deveriacutea haver sido da ordem de 1 massa solar Aleacutem deste disco ser altamente instaacutevel este mecanismo de migraccedilatildeo natildeo explica as a ltas excen tric id ad es encontradas nos exoplanetas

Interaccedilatildeo com o disco de gaacutes No final dadeacutecada de 70 os astrocircnomos Peter Goldreich e Scott Trem aine analizaram a interaccedilatildeo entre planetas gasosos e um disco massivo de gaacutes (G oldreich e Trem aine 1979 e 1980) Eles encontraram que se essa interaccedilatildeo fosse muito forte a troca de energia e momento angular resultante poderia causar uma diminuiccedilatildeo draacutestica nos semi-eixos dos planetas Ao natildeo existir evidecircncia

de tal migraccedilatildeo planetaacuteria em nosso Sistema Solar esta teoria caiacuteu em descreacutedito No entanto a descoberta de outros sistemas planetaacuterios provocou o renascimento desta hipoacutetese de migraccedilatildeo e hoje ela eacute a preferida entre os cientistas que se dedicam a estudar os exoplanetas

O problema eacute que este tipo de migraccedilatildeo eacute muito raacutepida Ao causar uma migraccedilatildeo durante o processo de acreccedilatildeo dos planetas natildeo haveria tempo suficiente para completar a formaccedilatildeo antes destes caiacuterem na estrela A soluccedilatildeo encontrada para este problema foi propor um comportamento diferenciado Segundo este a migraccedilatildeo muda quando a massa do planeta eacute superior a 30 massas terrestres pois forma-se um buraco no disco que modifica a velocidade da migraccedilatildeo

A pergunta seguinte seriacutea e como freiar esta migraccedilatildeo Embora nenhuma resposta elegante tenha surgido nos uacuteltimos tempos umas das possibilidades em estudo eacute a de que natildeo haacute freio possiacutevel e o que estamos observando satildeo os Uranos e Netunos que ainda natildeo foram engolidos por suas estrelas

Concluiacutendo dadas as hipoacuteteses de formaccedilatildeo e os sistemas conhecidos hoje em dia podemos dizer que as oacuterbitas dos exoplanetas detectados natildeo satildeo compatiacuteveis com o processo de formaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do nosso Sistema Solar Por que O nosso sistem a eacute especial Ou soacute estam os detectando objetos viciados devido agraves nossas limitaccedilotildees instrumentais Parece que a descoberta de outros sistemas planetaacuterios abriu uma ldquocaixa de Pandorardquo trazendo mais perguntas que respostas

Juacutepiteres Quentes Binaacuterias e Outros Bichosrdquo (Planetas Habitaacuteveis)

Entre a ldquofaunardquo de objetos descobertos ao redor de outras estrelas alguns se destacam por caracteriacutesticas natildeo esperadas Se a nossa motivaccedilatildeo inicial era procurar planetas gecircmeos da Terra para averiguar se estamos ou natildeo sozinhos neste Universo qual natildeo foi a nossa surpresa ao perceber que muitos exoplanetas satildeo mundos jamais imaginados se quer por escritores de ficccedilatildeo cientiacutefica

Juacutepiteres Quentes Os primeiros objetos a surpreender os observadores terrestres foram os

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PLANETOLOGIA

entatildeo batizados Hot Jupiters ou Juacutepiteres Quentes em uma traduccedilatildeo literal Tratam-se de exoplanetas massivos muito proacuteximos da estrela (semi-eixo maior lt 01 UA) Segundo dados obtidos por Doppler estes corpos estariam em oacuterbitas quase circulares (excentricidade aproximadamente igual a zero) Uma combinaccedilatildeo de observaccedilotildees por Doppler e por tracircnsito indica que o raio destes planetas eacute muito maior que o esperado e existem evidecircncias de que estes estariam sendo aquecidos pela estrela Modelos atmosfeacutericos indicam que alguns dos Juacutepiteres Quentes mais proacuteximos de suas estrelas (semi-eixo maior lt 001 UA) podem estar sofrendo evaporaccedilatildeo de sua componente gasosa

Eacute praticamente impossiacutevel explicar a formaccedilatildeo in situ destes objetos A hipoacutetese de migraccedilatildeo eacute a melhor candidata mas eacute atraveacutes do estudo da dinacircmica destes corpos que se espera encontrar mais respostas A proximidade entre a estrela e um planeta tipo Juacutepiter Quente faz com que estes natildeo possam ser assumidos como massas puntuais Assim o estudo destes s istem as tem que considerar efeitos de mareacute como no conjunto Terra- Lua Estrelas do tipo solar tecircm velocidades de

rotaccedilatildeo da ordem de 27 dias Esta velocidade combinada com distacircncias menores que 017 UA sugerem que estes exoplanetas deveriam estar caindo em direccedilatildeo ao centro de massa do sistema As estimativas satildeo muito dependentes da estrutura interna das estrelas mas os caacutelculos atuais prevecircm um tempo de aproximadamente 100 milhotildees de anos para que as estrelas ldquoengulamrdquo seus planetas do tipo Juacutepiteres Quentes

Planetas em Estrelas Binaacuterias Atualmente se conhecem trecircs sistemas estelares binaacuterios (com distacircncia entre as estrelas lt 20 UA) com pelo menos um planeta gigante acoplado Em todos os casos os planetas se encontram proacuteximos agraves estrelas mais massivas de forma que natildeo existem problemas de estabilidade No entanto natildeo se sabe ainda como explicar a formaccedilatildeo destes objetos

Mais surpreendente ainda foi a detecccedilatildeo de um planeta orbitando uma estrela pertencente a um conjunto triplo Esta descoberta eacute tatildeo recente que os dados a respeito deste objeto ainda estatildeo sendo discutidos

Estima-se que aproximadamente metade das estrelas conhecidas sejam binaacuterias Uma vez que

Ilustraccedilatildeo de um planeta recentemente descoberto orbitando a Estrela 55 cancri

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algumas possuem planetas gigantes possiacuteveis de serem detectados nos perguntamos se podem exitir planetas do tipo terrestres ao redor das companheiras Esta pergunta nos leva ao objetivo final deste artigo a busca de planetas habitaacuteveis

Planetas Habitaacuteveis Existem duas questotildees- chaves quando comeccedilamos a falar neste assunto

1 Sob que condiccedilotildees uma estrela pode possuir um planeta habitaacutevel

2 Sob que condiccedilotildees um planeta pode ser habitaacutevel

Eacute necessaacuterio ter em conta que o criteacuterio de ldquohabitabilidaderdquo eacute completamente baseado no nosso conceito geocecircntrico de vida Nada impede que existam outros criteacuterios Apenas natildeo somos capazes de extrapolar o nosso conhecimento e imaginar outras condiccedilotildees para o desenvolvimento de vida

Um artigo muito esclarecedor sobre este assunto foi publicado recentemente por um astrocircnomo da Seacutervia e Montenegro (^ irk o v ireg 2005) Milan ^ irko v ireg define os limites do que se usa chamar de ldquozonas de habitabilidaderdquo na nossa proacutepria galaacutexia e demonstrou que o Sol ocupa uma posiccedilatildeo muito bem definida dentro desta regiatildeo Esta nova aacuterea de pesquisa aplica conhecim entos de Astrofiacutesica Dinacircmica e Astrobiologia

Para que uma regiatildeo da galaacutexia seja considerada como um possiacutevel berccedilaacuterio de planetas habitaacuteveis eacute importante combinar fatores que propiciam o desenvolvim ento de vida (por exemplo uma composiccedilatildeo quiacutemica baacutesica) junto com uma baixa incidecircncia de fatores que poderiam inviabilizar este processo (determinados niacuteveis de radiaccedilatildeo) Os tempos disponiacuteveis para a formaccedilatildeo de sistemas planetaacuterios tambeacutem satildeo considerados neste estudo

Estrela Secundaacuteria

p laneta

Oacuterbita do primeiro planeta descoberto ao redor de sistema binaacuterio Gamma Cephei O planeta dista da estrela 2 UA orbitando a mesma durante 25 anos A estrela secundaacuteria orbita a primaacuteria em uma oacuterbita entre 28 e 30 UA O tamanho do planeta e estrelas natildeo estatildeo em escala

Entre os criteacuterios de h ab itab ilidade para exoplanetas mais importantes estatildeo

1 Semi-eixo maior tal que exista aacutegua em forma liacutequida (Hart 1978) Este valor deveria estar entre 08 e 12 UA para um planeta em oacuterbita ao redor de uma estrela com massa solar

2 Oacuterbitas quase-circulares de tal forma que outros planetas possiacuteveis fontes de perturbaccedilatildeo se encontrem longe

3 Pelo menos 20 da superfiacutecie do planeta coberta por oceanos

A habitabilidade tambeacutem depende das idades do planeta e da estrela

B aseando-se nestes criteacuterios embora natildeo possamos observaacute-los diretamente podemos analisar se as estrelas com planetas gigantes conhecidos poderiacuteam ter planetas que satisfizessem estas condiccedilotildees Um estudo de 85 sistemas extrasolares com um ou mais planetas mostrou que aproximadamente 25 destes podem ter corpos pequenos em oacuterbitas estaacuteveis dentro da regiatildeo habitaacutevel (Menou e Tabachnik 2003) Nos casos estudados a principal causa de instabilidade eacute a presenccedila de corpos pertubadores em oacuterbitas muito excecircntricas Vale lembrar que a alta excentricidade eacute uma caracteriacutestica intriacutenseca da maioria dos planetas extraso lares conhecidos devido a lim itaccedilotildees dos instrum entos de detecccedilatildeo Considerando que este estudo foi realizado com base em uma populaccedilatildeo aparentemente viciada a proporccedilatildeo de de estrelas candidatas a abrigar ao menos um planeta habitaacutevel eacute muito promissora

Onde procurar mais informaccedilatildeo

The Extrasolar Planets Encyclopedia(Jean Schneider CNRS Paris)

httpcfa-wwwharvardeduplanetsencyclhtml

The Geneva Extrasolar Planet Search Programmes(M Mayor)

httpobswwwunigech~udryplanetplanethtml

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PLANETOLOGIA

Comentaacuterios Finais

Os planetas que conhecemos hoje tiveram uma origem desenvolveram uma dinacircmica e foram detectados por noacutes em algum momento mais avanccedilado de suas existecircncias Esta eacute a ordem causal das coisas A origem destes objetos determinou caracteristicas intriacutensecas tais como suas localizaccedilotildees tipos de oacuterbitas e massas

O estudo da dinacircmica destes corpos trata de entender suas evoluccedilotildees orbitais estabilidades e efeitos sobre a estrela No entanto eacute a nossa capacidade de deduccedilatildeo que nos habilita a detectaacute- los Na praacutetica invertemos a ordem causal e a partir das caracteriacutesticas orbitais e de massa que detectamos aplicamos dinacircmicas conhecidas sobre estabilidade e evoluccedilatildeo orbital para tentar entender a origem destes corpos celestes Estamos fazendo uma espeacutecie de Arqueologia dos sistemas planetaacuterios buscando caracteriacutesticas dinacircmicas atuais que sejam indiacutecios do que aconteceu no passado

Eacute importante lembrar que o estudo dos planetas extrasolares representa uma aacuterea muito nova de conhecimento A primeira determinaccedilatildeo orbital

ldquoconfiaacutevelrdquo de um sistema muacuteltiplo exoplanetaacuterio data de 2001 Portanto ainda existem muitas perguntas sem respostas e satildeo muito poucas as que podemos responder completamente

As oacuterbitas estimadas dos exoplanetas sugerem formaccedilotildees eou evoluccedilotildees diferentes quando comparadas com o nosso proacuteprio Sistema Solar Embora apresente problemas a explicaccedilatildeo mais aceita pelos pesquisadores para a evoluccedilatildeo destes sistemas eacute a migraccedilatildeo Entre os mecanismos propostos o que melhor se encaixa nos dados disponiacuteveis eacute a hipoacutetese de migraccedilatildeo por interaccedilatildeo entre planetas e discos de gaacutes

Quanto agrave possibilidade de encontrarmos planetas s em elh an tes ao nosso a inda estam os engatinhando Nossa incapacidade instrumental vem sendo compensada pela criatividade teoacuterica Enquanto natildeo desenvolvemos aparelhos de medida capazes de detectar objetos tatildeo pequenos vamos elaborando criteacuterios de seleccedilatildeo para as estrelas onde devemos encontrar fontes mais promissoras De qualquer forma o importante eacute que natildeo perdemos de vista a ideacuteia de que ldquoencontrar-nos sozinhos neste imenso Universo seria um tremendo desperdiacutecio de espaccedilordquo (in Contato Carl Sagan) pound

Referecircncias

- Cirkovic MM (2005) Boundaries of the habitable zone unifying dynamics astrophysics and astrobiology In Dynamics of Populations of Planetary Systems Proceedings IAU Colloquium No 197 Z Knezevic amp A Milani Eds Cambridge University Press- Goldreich P e Tremaine S (1979) The excitation of density waves at the Lindblad and corotation resonances by an external potential The Astrophysical Journal 233 857-871- Goldreich P e Tremaine S (1980) Disk-satellite interactions The Astrophysical Journal 241 425shy441- Hart MH (1978) Habitable zones about main sequence stars Icarus 37 351357- Laskar J (1994) Large-scale chaos in the solar system Astronomy amp Astrophysics 287 L9-L12- Menou K e Tabachnik S (2003) Dynamics habitability of known extrasolar planetary systems The Astrophysical Journal 583 473-488- NASA 2003

Walkiria Schulz eacute astrocircnoma formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutora em Engenharia e Tecnologia Espaciais pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Atualmente trabalha para a Comisioacuten Nacional de Actividades Espaciales (CONAE - Argentina)

Cristiaacuten Beaugeacute eacute astrocircnomo formado pela Universidad Nacional de Coacuterdoba (UNC - Argentina) e doutor pelo Instituto de Astronocircmia Geofiacutesica e Ciecircncias Atmosfeacutericas (IAG) da Universidade de Satildeo Paulo (USP) Atualmente daacute aulas e realiza pesquisas no Observatoacuterio Astronoacutemico de Coacuterdoba (OAC - UNC)

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RetificaccedilatildeoCaros leitores a Revista macroCOSMOcom retifica

nesta ediccedilatildeo o artigo nomeado nCataacutelogo Jatobaacute publicado em nossa ultima ediccedilatildeo (Ano II - Ediccedilatildeo ndeg 21 - Agosto de 2005) por conter informaccedilotildees errocircneas redigidas pelos seus autores O cataacutelogo utilizado e nomeado pelos autores como Cataacutelogo Jatobaacute na realidade se chama Cataacutelogo REA-Brasil um cataacutelogo de objetos difusos para o Hemisfeacuterio Sul tendo sido preparado originalmente pelo astrocircnomo amador Tasso Napoleatildeo para a APAA (Associaccedilatildeo Portuguesa de Astrocircnomos Amadores) natildeo tendo em sua criaccedilatildeo nenhuma participaccedilatildeo de membros da Associaccedilatildeo de Amadores de Astronomia de Satildeo Paulo conforme citado no artigo mesmo porque essa entidade jaacute havia deixado de existir mais de vinte anos antes

O cataacutelogo foi criado por Tasso Napoleatildeo nos anos 90 e natildeo nos 80 conforme relatado pelos autores Subsequumlentemente agrave sua criaccedilatildeoesse cataacutelogo sofreu diversas atualizaccedilotildees sendo que a versatildeo publicada na uacuteltima ediccedilatildeo da Revista macroCOSMOcom estava tam beacutem desatua lizada Na presente ediccedilatildeo apresentamos aos leitores e por gentileza de seu criador Tasso Napoleatildeo a lista completa do nCataacutelogo REA-Brasil um cataacutelogo de objetos difusos para o Hemisfeacuterio Sulem sua uacuteltima revisatildeo feita em fins de 2004

Hemerson Brandatildeo Revista macroCOSMOcom

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ASTRONOMIAOBSERVACIONAL

Nebulosa do Esquimoacute

C a t aacute l o g o REA-BrasilUm cataacutelogo de Objetos Difusos para o Hemisfeacuterio Sul

Tasso Augusto Napoleatildeo | REA-Brasiltassonapoleaoigcombr

As referecircncias histoacutericas aos objetos difusos (na eacutepoca chamados genericamente de ldquonebulosasrdquo) iniciam-se no seacuteculo XVII A famosa ldquonebulosardquo de Androcircmeda (a galaacutexia que conhecemos por M31) foi mencionada pela primeira vez por Simon Marius em 1612 Jaacute a nebulosa de Oacuterion (M42) eacute referida em trabalhos do jesuiacuteta Johannes Cysat (ou Cysatus) em Ingolstadt Alemanha em 1619 e foi descrita detalhadamente pelo grande astrocircnomo e fiacutesico holandecircs Christiaan Huygens (1629-1695) no ano de 1694

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O primeiro cataacutelogo organizado de objetos difusos data de 1771 e foi elaborado pelo astrocircnomo francecircs Charles Messier (1730-1817) para distinguir esses objetos de cometas Sua versatildeo revista seria publicada por Messier em 1781 e ateacute hoje mais de duzentos anos depois ela ainda eacute uma referecircncia baacutesica para os astrocircnomos amadores

O grande avanccedilo na catalogaccedilatildeo das ldquonebulosasrdquo entretanto eacute devido a William Herschel (1738-1822) que com o auxiacutelio de sua irmatilde Caroline publicaria em 1786 o seu ldquoCatalogue of a Thousand New Nebulae and Star Clusters seguido em 1789 por um segundo cataacutelogo com mais mil objetos e em 1802 por quinhentos objetos adicionais Os trabalhos de Herschel seriam enriquecidos por seu filho John Herschel que publicaria em 1864 o ldquoGeneral Cataloguersquorsquo com 5079 objetos Finalmente John Dreyer em 1888 catalogaria 13226 objetos

em seu ldquoNew General Catalogue of Nebulae and Clusters of Stars (NGC) e seu suplemento ldquoIndex Cataloguersquorsquo (IC) Esses dois trabalhos se tornaram praticamente o padratildeo geral para a identificaccedilatildeo de objetos difusos inclusive os austrais

No entanto ainda nos dias de hoje a referecircncia mais utilizada pelos astrocircnomos amadores do hemisfeacuterio sul continua sendo o cataacutelogo de Messier Isto traz uma desvantagem evidente natildeo estatildeo incluiacutedos nele os objetos com declinaccedilotildees mais austrais (e sabemos que o hemisfeacuterio sul celeste eacute particularmente rico nestes objetos) A soluccedilatildeo mais comum eacute o uso dos cataacutelogos NGC e IC Entretanto por serem estes muito extensos nem sem pre os astrocircnom os am adores estatildeo fam ilia rizad o s com sua nom encla tu ra Pouquiacutessimas satildeo as publicaccedilotildees em que se tentou listar um cataacutelogo resumido dos objetos difusos

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ASTRONOMIAOBSERVACIONAL

mais s ignificativos quando observados do Hemisfeacuterio Sul

O cataacutelogo a seguir com 112 objetos pretende ser uma recomendaccedilatildeo do autor para a observaccedilatildeo dos objetos difusos mais atraentes vistos desde latitudes de cerca de 23deg sul A seleccedilatildeo dos objetos foi criteacuterio pessoal do autor e foi baseada em anos de observaccedilatildeo dos mesmos com instrumentos que vatildeo desde binoacuteculos 7x50 mm ateacute telescoacutepios com aberturas de 500 mm mdash ou seja uma faixa acessiacutevel agrave m aior parte dos instrum entos am adores Naturalmente natildeo haacute a pretensatildeo de tornaacute-lo um cataacutelogo formal mas apenas a de orientar os observadores iniciantes para a contemplaccedilatildeo destes beliacutessimos objetos

Estatildeo incluiacutedos aqui todos os objetos geralmente catalogados como ldquodifusosrdquo galaacutexias nebulosas difusas aglom erados abertos aglom erados

coordenadas e dos paracircmetros relevantes a cada classe satildeo fornecidos os nomes populares de cada objeto Naturalmente nesta relaccedilatildeo omitimos alguns objetos que apesar de importantes estatildeo muito ao norte para permitir uma boa visualizaccedilatildeo nas latitudes consideradas neste caso estatildeo por exemplo as interessantes galaacutexias M81 (NGC 3031) e M82 (NGC 3034) em Ursa Maior a nebulosa planetaacuteria ldquoda corujardquo M97 (NGC 3587) etc De forma geral nosso ldquocorterdquo foi feito na declinaccedilatildeo de 50deg norte

Em contrapartida estatildeo incluiacutedos objetos beliacutessimos como os aglomerados abertos de Carina Vela e Puppis as Nuvens de Magalhatildees uma seacuterie de objetos em Centaurus Crux Ara Tucana e Sculptor e diversos outros que geralmente natildeo satildeo m encionados nos cataacutelogos p reparados especificamente para os observadores do Hemisfeacuterio Norteglobulares e nebulosas planetaacuterias Aleacutem das

Referecircncias recomendadas para objetos adicionais aos mencionados no presente cataacutelogo

- Burnham Robert Celestial Handbook Dover 1978 (3 vols)- Jones Kenneth Glyn (ed) Webb Society Deep Sky Observerrsquos Handbook Enslow 1987 (7 vols)- Malin David and Frew David Hartungrsquos Astronomical Objects for Southern Telescopes Cambridge 1995

Tasso Augusto Napoleatildeo eacute engenheiro quiacutemico pela POLI-USP com mestrado pela FGV-SP tendo estudado astronomia e astrofiacutesica no Instituto de Astronomia Geofiacutesica e Ciecircncias Atmosfeacutericas da USP Fundador (em 1988) e atualmente Diretor Cientiacutefico da REA BRASIL (Rede de Astronomia Observacional) Tasso dedica-se no momento agrave fotometria CCD de estrelas variaacuteveis particularmente as cefeidas de periacuteodo ultracurto (USPCs) agrave espectrometria de estrelas peculiares e agrave busca de supernovas extragalaacutecticas com telescoacutepios robotizados dentro do programa BRASS (Brazilian Supernovae Search) que jaacute descobriu nove supernovas em seu primeiro ano de operaccedilatildeo

1 Na tabela a seguir estatildeo indicados (ordenados por ascensatildeo reta)1 Ref Nuacutemero de referecircncia no presente cataacutelogo2 NGC Nuacutemero do objeto no cataacutelogo NGC (ou quando indicado IC)3 AR Ascensatildeo Reta (equinoacutecio 20000)4 Dec Declinaccedilatildeo do objeto (equinoacutecio 20000)5 Tipo Tipo do objeto

GA - galaacutexia A A - aglom erado aberto AG - aglom erado globular ND - nebulosa difusa NP - nebulosa planetaacuteria RSN - restos de supernova

6 mv M agnitude visual integrada do objeto7 Dim Dim ensatildeo do objeto em minutos (ou quando indicado segundos) de arco8 Const Conste laccedilatildeo9 Notas Outras designaccedilotildees do objeto (como o nuacutem ero M essier ou os nomes populares)

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Cataacutelogo REA-BRASILRef NGC

AR (200 DD)

Dec(2DDDD)

Tipo mv Dim C onsl Notas

001 55 OOh 140 -30 1 11 GA 70 30x5 Sl

002 104 OOh 241 -72deg 06 AG 40 31 Tuc 47 Tucanae

003 - OOh 525 - 72deg 43 GA 15 210 Tuc Pequena Nuvem de Magalhatildees

004 224 OOh 427 -H 4r 15 GA 34 130x50 And M31 - Galaacutexia de Androcircmeda

005 253 OOh 475 -25deg 17 GA 72 25x7 Sl Moeda de Praia

005 352 01 h 032 -70 0 51 AG 55 13 Tuc

007 503 01 h 330 +30deg 30 GA 57 50x40 Tri M33 - Galaacutexia do Triacircngulo

003 523 01 h 357 +15deg 47 GA 01 10 Psc M74

000 1053 02h 427 -00deg 01 GA 30 5x5 Cet M77

010 1007 02h 453 -30deg 17 GA 03 0x7 For

011 1201 03h 173 -41 1 03 GA 35 10x0 Eri

012 1315 03h 227 -37deg 12 GA 33 7x5 For Fornax A

013 - 03h 470 +24deg 07 AA 12 110 Tau Pleiades

014 1535 04h 142 -12deg 44 NP 05 20 Eri PK 205 - 401

015 - 04h 157 +15deg 31 AA 300 Tau Hyades

015 - 05h210 -53deg 20 GA 10 400 Dor Grande Nuvem de Magalhatildees

017 1052 05h 344 +22deg 01 RSN 34 5x4 Tau M1

013 1075 05h 354 -05deg 27 ND 30 50 Ori M42 - Nebulosa de Orion

010 1050 05h 351 +34deg 03 AA 50 12 Aur M35

020 2070 05h 337 -50deg 05 ND 54 40x25 Dor Nebulosa Taracircntula 30 Dor

021 IC 434 05h 335 -02deg 25 ND 50x15 Ori Inclui a cabeccedila de cavalo

022 2024 05h 410 - O r 51 ND 10x4 Ori

023 2000 05h 524 +32deg 33 AA 50 23 Aur M37

024 2153 05h 030 +24deg 20 AA 52 30 Gem M35

025 2244 05h 324 +04deg 52 AAND 43 24 Mon Nebulosa da Roseta

025 2237 05h 470 -20deg 44 AA 43 33 CMa M41027 2302 07h 202 +20deg 55 NP 01 40 Gem Nebulosa do Esquimoacute

023 2422 07h 355 -14deg 30 AA 43 20 Pup M47

0202437

243307h 413 -14deg 40 AANP 51 27 Pup

Aglomerado aberto M45

com a NP2433 no interior

030 2440 07h 410 -13deg 13 NP 04 20 Pup PK 234 +021

031 2447 07h 445 -23deg 52 AA 55 22 Pup M03

032 2451 07h 454 -37deg 53 AA 37 45 Pup

033 2477 07h 523 -33deg 33 AA 53 25 Pup

034 2515 07h 533 -50deg 52 AA 33 30 Car

035 2547 03h 107 -40deg 15 AA 47 20 Vel035 2545 0$h 124 -37deg 33 AA 52 40 Pup

037 2543 0$h 133 -05deg 43 AA 55 54 Hya M43

033 2532 OSh 401 +10deg 50 AA 31 05 Cnc M44 - Preseacutepio

030 2303 OOh 120 -54deg 52 AG 52 14 Car

040 2357 OOh 214 -53deg 10 NP 07 12 Car PK 273 - 51

041 3114 10h 027 -50deg 07 AA 42 35 Car

042 3132 10h 077 -40deg 25 NP 02 45 Vel PK 272 +1 21

043 3242 10h 243 -13deg 33 NP 77 40 Hya Fantasma de Juacutepiter

044 3203 10h 353 -53deg 14 AA 47 5 Car

045 IC 2502 10h 432 -54deg 24 AA 10 50 Car Pleiades do Sul

045 3351 10h 440 +11deg 42 GA 07 5x7 Leo M05

047 3372 10h 451 -50deg 41 ND 25 120 Car Nebulosa de Ela Carinae

043 3353 10h 453 +11deg 40 GA 01 5x7 Leo M05

040 3532 11 h 054 -53deg 40 AA 31 55 Car

050 3523 11 h 130 +13deg 05 GA 03 10x3 Leo M55

051 3527 11 h 202 +12deg 50 GA 00 0x4 Leo M55

052 3755 11 h 351 -51 deg 37 AA 45 12 Cen

053 3013 11 h 503 -57deg 11 PN 31 12 Cen

054 4254 12h 133 +14deg 25 GA 03 5 Com M00

055 4253 12h 100 +17deg 13 GA 33 13x7 CVh M105

54 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

1 Ref NGCAR

(200 00)Dec

(20000)Tipo mv Dim Const Notas

056 4303 12h 219 +04 28 GA 97 6x5 Vir M61057 4321 12h 229 +1549 GA 94 6 Com M100

058 4374 12h 251 +12ldquo 53 GA 93 5x4 Vir M84

059 4382 12h 254 +18 11 GA 93 7x5 Vir M85

060 4406 12h 262 +1257 GA 91 7x5 Vir M86

061 4472 12h 298 +08 00 GA 84 9x7 Vir M49

062 4486 12h 308 +1224 GA 86 7 Vir M87 Viacutergo A

063 4501 12h 320 +1425 GA 95 6x3 Com M88

064 4565 12h 363 +25 59 GA 96 16x3 Com

065 4569 12h 368 +1310 GA 95 9x4 Vir M90

066 4579 12h 377 +11 49 GA 98 5x4 Vir M58

067 4594 12h 400 -11 3 7 GA 80 8x4 Vir M104 Sombrero

068 4621 12h 420 +11 39 GA 98 5x3 Vir M59

069 4649 12h 437 +11 33 GA 88 7x6 Vir M60

070 4736 12h 509 +41 07 GA 82 10 CVn M94

071 4755 12h 536 -60 20 AA 42 10 Cru Caixa cie Joacuteias

072 4826 12h 567 +21 41 GA 85 9x5 Com M44 Olho Negro

073 4945 13h 051 -49 28 GA 84 20x4 Cen

074 5055 13h 158 +42 02 GA 86 12x8 CVn M63 Girassol

075 5128 13h 255 +4301 GA 68 18x14 Cen Centaurus A

076 5139 13h 268 -47 29 AG 35 36 Cen Omega Centauri

077 5194 13h 299 +4712 GA 84 12x6 CVn M51 Redemoinho

078 5236 13h 370 -29 52 GA 75 10 Hya M83079 5272 13h 422 +28 23 AG 63 19 CVn M3

080 5904 15h 186 +02 05 AG 58 20 Ser M5

081 6121 16h 236 -26 32 AG 59 24 Sco M4

082 6205 16h 417 +36 28 AG 58 17 Her M13

083 6218 16h 472 -01 57 AG 68 14 Oph M12

084 6254 16h 571 -04 06 AG 66 15 Oph M10

085 6266 17h 012 -30 07 AG 67 14 Oph M62

086 6273 17h 026 -26 1 6 AG 67 13 Oph M19

087 6302 17h 137 -37 06 NP 96 15x05 Sco PK 349+011

088 6362 17h 319 -67 03 AG 76 11 Ara

089 6388 17h 363 -44 44 AG 67 9 Sco

090 6405 17h 401 -32 1 3 AA 46 14 Sco M6 Borboleta

091 6397 17h 407 -53 40 AG 58 25 Ara

092 6475 17h 539 -34 49 AA 33 80 Sco M7

093 6494 17h 568 -19 0 1 AA 55 27 Sqr M23

094 6514 18h 026 -23 02 ND 70 29x27 Sqr M20 Triacutefida

095 6523 18h 038 -24 23 ND 40 90x40 Sqr M8 Laquna

096 6541 18h 080 -43 42 AG 66 13 CrA

097 6611 18h 188 -13 4 7 NDAA 60 8 Ser Nebulosa da Aguia

098 6618 18h 208 -16 1 1 ND 60 46x37 Sqr Nebulosa Om eqaou Cisne

099 6626 18h 245 -24 52 AG 70 11 Sqr M28

100 6656 18h 364 -23 54 AG 51 24 Sqr M22

101 6705 18h 511 -06 1 6 AA 58 13 Sct M11

102 6720 18h 536 +33 02 NP 88 1 Lyr Nebulosa do Anel

103 6744 19h 098 -63 5 1 GA 84 16x10 Pav

104 6752 19h 109 -59 59 AG 54 20 Pav

105 Col 399 19h 254 +2011 AA 36 60 Vul Cabide

106 6809 19h 400 -30 58 AG 63 19 Sqr M55

107 6818 19h 440 -14 0 9 NP 93 25 Sgr PK 025 -17 1

108 6853 19h 596 +22 43 NP 74 8x4 Vul Nebulosa do Sino109 7009 21 h 042 -11 2 2 NP 80 05x15 Aqr Nebulosa Saturno

110 7078 21 h 300 +1210 AG 63 12 Peg M15

111 7089 21 h 335 -00 49 AG 64 11 Aqr M2

112 7293 22h 296 -20 48 NP 65 15x11 Aqr Nebulosa da Heacutelice

Com pilaccedilatildeo Tasso Napoleatildeo Novembro de 2004

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 55

- e

macroGALERIA

L - i l VV bull rsquo- - bull bull t bull

gt

V iacute I V -

Embora-dispeacutense maacuteioacuteregraves apresentaccedilotildees rsquo os V objetos L - _ _ _ iacute ________ t___A _ _ iacute _ o - i _

v T gt - vi carvatildeo aglomerado aberto NGC 4852 The running

chicken (IC 2944) aglomerado aberto NGC 4052 aleacutem de - -vaacuteriacuteas nebulosas escuras Foram utilizadas uma Camera

O T n lsquo J n r gt _ r u ___ _ l i a l mdashI l a _ j _ A a ___ ___ _

Nikon 50mm a f4 com 10 sub-integraccedilotildees de 3m e montagem TakacirchaacuteshjVEMio- gentilmente cedida por pedrp Reacute A fotpforfeitanoacute Observatoacuterio Mamalluca na

cidade de Vicuna Chile em Abril de 2005

- Joseacute Carlos Dinizr bull bull raquo bull - n_ - raquo - w f i dinizastroterracombr

56 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

R6A

Campanhas observacionais - REA BRASIL SetembroOutubro de 2005

httpwwwreabrasilorg

A Secccedilatildeo Lunar juntamente com as Secccedilotildees Lunissolar e Estaccedilatildeo Costeira 1 da REA-Brasil novamente convida a todos para que em cadeia nacional faccedilam observaccedilatildeo e registro (reporte e imagem) desses eventos celestes para as devidas reduccedilotildees cientiacuteficas

07092005 - Impactos Lunares (Chuva de Meteoros Pupideos)A possibilidade de avistamento de impacto eacute de 44 na porccedilatildeo natildeo iluminada da

Lua agraves 0206 TU + 11 hrs Maiores informaccedilotildees httplunarastrodatabasenet

04102005 - Emersatildeo de Mercuacuterio

Emersatildeo de Mercuacuterio (-06 mag) na borda iluminada da Lua5h 46m 8s HL Nascer do Sol

6h 22m 4s HL Nascer da Lua Magnitude -48 Fase 00056h 24m 16s HL Nascer de Mercuacuterio Magnitude -06 Fase 0946

Cidade Emersatildeo (hh mm ss TU) na borda iluminada da LuaRio de Janeiro 102937 TUMacaeacute 102847 TUSalvador 095636 TUM ococa 10259 TU

Esta Emersatildeo de Mercuacuterio eacute um evento desafiador para observaccedilatildeo porque acontece agrave luz do dia e a cerca de 12 graus acima do horizonte Aleacutem disso a Lua vai estar com a idade de apenas 1 dia ou seja um finiacutessimo crescente iluminado em apenas 12

Ainda temos o Sol que estaraacute a 12 graus acima da Lua Interessante notar que Juacutepiter estaraacute a 2 graus a Leste da Lua e Spica (mag 104) a 2 graus a Oeste da foice iluminada

Para a cidade do Rio de Janeiro seraacute possiacutevel acompanhar a Imersatildeo na borda escura da Lua com Mercuacuterio a 4 graus acima do horizonte enquanto que a Emersatildeo acontece a 18 graus acima do horizonte Em todo caso este eacute um bom momento para encontrar Juacutepiter (mag -17) a luz do dia utilizando binoacuteculo tendo a Lua como referecircncia httplunarastrodatabasenet

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 57

R6A

19 e 20102005 - Ocultaccedilatildeo das PlecirciadesPlecirciades (mag 30) diacircmetro 100 elongaccedilatildeo solar 147

Mapa de Visibilidade global (IOTA) httplunarastrodatabasenetocult_pleiades_20out05jpg

Mapa da Trajetoacuteria do evento para algumas cidades brasileiras (Joseacute Agustoni - Zeca) httppaginasterracombrlazerzecaastronomiaindexhtm

Condiccedilotildees individuais para algumas estrelas do M45 (em relaccedilatildeo as coordenadas Lat 4721S e Long 2118W) - Hora Local de Brasiacutelia GM T -3

Estrela e Magnitude Imersatildeo(1910)

Emersatildeo(1910) Notas

SAO 76131 E LEC TR A (17 TAURI) 38 mag

22h038m 22h301 m Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76172 M E R O P E (23 TAURI) 42 mag 22h124m 23h127m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76126 CELAENO (16 TAURI) 54 mag - -

224h - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76140 T AY G E T A (19 TAURI) 44 mag

- -228h - Lua passa a 04 graus de

separaccedilatildeo da estrelaSAO 76199 A L C Y O N E (ETA T AU R I) 30 mag 22h482m 23h532m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76155 MAIA (20 TAURI) 40 mag - -

229h - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76215 104 B TAURI 5 5m ag

- - 23Oh - Lua passa a 06 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76137 18 TAURI 56mag - -

2 3 1h - Lua passa a 07 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76159 A S T E R O P E

(21 TAURI) 58 mag- -

2 3 1h - Lua passa a 04 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 9056 PLEIONE (28 BU TAU R I) 4 8m ag

1910 as 23h440m

2010 as 0h427m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

Glose to SAO 76228 ATLAS (27 TAURI) 38

mag- -

24Oh - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

Alexandre Am orimCoordenador da Costeira 1 e Secccedilatildeo Cometas REA-Br

httpcosteira1astrodatabasenet Dennis W eaver de Medeiros Lima

Gerente de Projeto Ocultaccedilotildees Lunares - dwastronomiayahoocombrHeacutelio C Vital

Coordenador da Secccedilatildeo Eclipse REA-Br (Site Lunissolar) httpwwwgeocitiescomlunissolar2003

Rosely Gregio Coordenadora da Secccedilatildeo Lunar - REA-Brasil

rgregiouolcombr REA Brasil httpwwwreabrasilorg

58 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

FASES DA LUA

Dia 3 de Setembro - Lua Nova Dia 11 de Setembro - Lua Quarto Crescente

Dia 17 de Setembro - Lua Cheia Dia 25 de Setembro - Quarto Minguante

2005SETEMBRO

Rosely Greacutegio | Revista macroCOSMOcom rgregiouolcombr

MUDANCcedilA DE ESTACcedilAtildeO 22 de Setembro 19h232m - Equinoacutecio da Primavera para o Hemisfeacuterio Sul e Equinoacutecio de Outono para o Hemisfeacuterio Norte

COMETAS VISIacuteVEIS (ATEacute 12 MAGNITUDE)Salvo novas descobertas e explosotildees de brilho temos

Hemisfeacuterio Sul

A n o ite c e r N o ite A m a n h e c e r IC2004 EM (LINEAR)

mag 10C2004 EM (LINEAR)

maq 10C2004 EM (LINEAR)

mag 10

9P Tem pe i 1 mag 11 9P Tem pe l 1 mag 1121 PGiacobini- Zinner

maq 12C2005 E2 (McNaught)

Maq 11C2005 E2 (McNaught)

Maq 11C2005 E2 (McNaught)

Mag 11C2004 Q2 (Machholz)

Maq 12- -

Hemisfeacuterio Norte

A n o ite c e r N o ite A m a n h e c e r j161P 2004 V2 (Hart ley- IRAS)

mag 10C2005 E2 (McNaught)

mag 11C2004 EM (LINEAR)

mag 11

9P Tem pe i 1 mag 11 -21 PGiaco bini- Zinner

mag 12C2005 E2 (McNaught)

mag 11- -

C2004 Q2 (Machholz) mag 12 - -

CHUVA DE METEOROS

I R a d ia n te D u ra ccedil atilde o M aacute x im o |Gamma A quar idas 1 a 14 de setembro 78 de setembroAlpha Tr iangulidas 5 a 15 de setembro 1112 de setembroAlpha Aurig idas (AUR) 25 de aqo a 6 de setembro 12 de setembroEta Draconidas 28 de aqo a 23 de setembro 1213 de setembroGamma Piscidas 26 de aqo a 22 de outubro 2324 de setembroPisc idas Sul (SPI) 12 de aqosto a 7 de outubro De 11 a 20 de setembro

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 59

EFEMERIDES

Quinta-feira 1 de setembro

Lanccedilamento NROL-25 Delta 4M Asteroacuteide 5554 Keesey passa proacuteximo da Terra

(0915 UA)Equaccedilatildeo de Tempo -005 min Urano em Oposiccedilatildeo02h Urano Mag=57 m melhor observado de 191h

- 55h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-10m melhor observado de

230h - 60h LCT (Ari)5h090m Nascer da Lua no ENE (Cnc)59h Mercuacuterio Mag=-11m melhor observado de

57h - 60h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

46h - 60h LCT (Cnc)6h205m Nascer do Sol no E 16h217m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h023m Ocaso do Sol no W 183h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)183h Juacutepiter Mag=-18m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)18h43m Vecircnus passa a 12 graus de Juacutepiter 19 6h V ia-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo

Sexta-feira 2 de setembro

Cometa P2004 VR8 (LONEOS) em Perieacutelio (2376 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 026 min 01h Urano Mag=57 m melhor observado de 188h

- 53h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-11m melhor observado de

229h - 60h LCT (Ari)5h452m Nascer da Lua no ENE (Leo)60h Mercuacuterio Mag=-11m melhor observado de

58h - 60h LCT (Leo)60h Saturno Mag=03 m melhor observado de

45h - 60h LCT (Cnc)6h196m Nascer do Sol no E 17h133m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h025m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -207h LCT (Vir)19 6h V ia-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo

AGENDADIAacuteRIA

Plutatildeo Estacionaacuterio Iniciando M ovim ento Progressivo

Saacutebado 3 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 31 (OTM-31) Cometa P1998 W1 (Spahr) em Perieacutelio (1730

UA)Equaccedilatildeo de Tempo 058 min 01h Urano Mag=57 m melhor observado de 188h

- 52h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-11m melhor observado de

229h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-12m melhor observado de

58h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

44h - 59h LCT (Cnc)6h185m Nascer da Lua no ENE (Leo)6h187m Nascer do Sol no E 15h454m Lua Nova 18h028m Ocaso do Sol no W 18h036m Ocaso da Lua no W (Leo)184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -207h LCT (Vir)195h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo

Domingo 4 de setembro

Em 1905 Paul Gotz descobria o Asteroacuteide 571 Dulcineia

No Calendaacuterio Hebreu eacute o Primeiro dia do Elul mecircs 13 do ano 5765 comeccedilando ao ocaso do Sol (Ano Bissexto)

No Calendaacuterio Islacircmico Tabular eacute o Primeiro dia do Sharsquoban mecircs 8 do ano 1426 comeccedilando ao pocircr- do-sol

Equaccedilatildeo de Tempo 091 min 44h Marte Mag=-11m melhor observado de

228h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-12m melhor observado de

58h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

44h - 59h LCT (Cnc)6h178m Nascer do Sol no E 6h499m Nascer da Lua no E (Leo)12h55m Mercuacuterio passa a 11 graus da estrela

Regulus mag 14 (Leo)

60 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMERIDES

18h030m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -206h LCT (Vir)18h531m Ocaso da Lua no W (Vir)19h068m Io (62 mag) Iniacutecio do T racircnsito 19 4h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h523m Io (62 mag) Iniacutecio do Tracircnsito da

Sombra20h127m Io (62 mag) em Conjunccedilatildeo Inferior 239h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 51 h LCT (Aqr)

Segunda-feira 5 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 124 min 44h Marte Mag=-11m melhor observado de

228h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-13m melhor observado de

59h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

43h - 59h LCT (Cnc)6h168m Nascer do Sol no E 7h205m Nascer da Lua no E (Vir)18h033m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado

de 184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado

de 184h -206h LCT (Vir)194h Via-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo19h240m Io (62 mag) Final do Eclipse 19h428m Ocaso da Lua no W (Vir)239h Urano Mag=57 m melhor observado

de 189h - 50h LCT (Aqr)

Em

18h035m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -20 9h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -20 5h LCT (Vir)193h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo20h336m Ocaso da Lua no W (Vir)21 h Chuveiro de Meteoros Arietiacutedeos de Outubro

(Cet)

Quarta-feira 7 de setembro

Campanha Observacional Secccedilatildeo Lunar REA- Brasil - Impactos Lunares (Chuveiro Pupideos (PUP) A possibilidade de avistamento de impacto eacute de 44 na porccedilatildeo natildeo iluminada da Lua Todas as informaccedilotildees em httplunarastrodatabasenet Participe

Ocultaccedilatildeo de Vecircnus pela Lua para parte da Aacutefrica e Antarctica a 8h TU

httpwwwlunar-occultationscomiotaplanets 0907venushtm

Equaccedilatildeo de Tempo 191 min

7 de setembro de 2005 a sonda Cassini sobrevoa a lua Titan de Saturno httpsaturnjplnasagov

Terccedila-feira 6 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 158 min 43h Marte Mag=-11m melhor observado

de 22 7h - 59h LCT (Ari)59h Saturno Mag=03 m melhor observado

de 43h - 59h LCT (Cnc)6h159m Nascer do Sol no E 7h515m Nascer da Lua no E (Vir)9h34m Vecircnus passa a 17 graus da estrela

Spica 1 mag (Vir)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

copy NA

SA

JPL

S

pace

Sc

ience

In

stitu

te

61

EFEMEacuteRIDES

43h Marte Mag=-12m melhor observado de 227h - 59h LCT (Ari)

59h Saturno Mag=03 m melhor observado de 42h - 59h LCT (Cnc)

6h150m Nascer do Sol no E 8h240m Nascer da Lua no ESE (Vir)18h038m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -205h LCT (Vir)19 2h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo20h015m Europa (68 mag) Elongaccedilatildeo Oeste 21 h265m Ocaso da Lua no W S W (Vir)237h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 49h LCT (Aqr)

Quinta-feira 8 de setembro

Haacute 40 anos atraacutes Karou Ikeya e Tsutomu Seki descobriam o cometa Ikeya-Seki httpcosteira1astrodatabasenetcometaindexhtm

Em 1960 nascia a instituiccedilatildeo norte-americano do Marshall Space Center httpwwwmsfcnasagov

Em 1905 nascia Thomas Keith Glennan o primeiro administrador da NASA formalmente estabelecida em 1 de outubro de 1958

Equaccedilatildeo de Tempo 226 min 42h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 59h LCT (Ari)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

41 h - 59h LCT (Cnc)6h141m Nascer do sol no E 8h595m Nascer da Lua no ESE (Lib)

18h040m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -204h LCT (Vir)192h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h519m Io (62 mag) Elongaccedilatildeo Oeste 19h520m Europa (68 mag) Final do Eclipse 22h225m Ocaso da Lua no W S W (Lib)237h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 48h LCT (Aqr)

Sexta-feira 9 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 260 min 42h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

41h - 58h LCT (Cnc)6h131m Nascer do Sol no E 9h394m Nascer da Lua Az=1132 deg ESE (Lib) 18h042m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -204h LCT (Vir)19 1 h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h251m Lua em Libraccedilatildeo Oeste 217h Lua Passa a 04 graus da estrela SAO

183686 42 LIBRAE 51mag 23h218m Ocaso da Lua no W SW (Sco)236h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 47h LCT (Aqr)

Em 8 de setembro de 1975 era lanccedilada a sonda Viking 2 (Marte OrbiterLander)httpnssdcgsfcnasagovplanetaryvikinghtml

62 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

Saacutebado 10 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 32 (OTM- | 32)

Asteroacuteide 5836 (1993 MF) passa proacuteximo ao Asteroacuteide Vesta (0027 UA)

Asteroacuteide 5143 Heracles passa proacuteximo da Terra (2216 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 295 min41 h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

40h - 58h LCT (Cnc)6h122m Nascer do Sol no E 10h253m Nascer da Lua no ESE (Sco) 18h045m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -210h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -203h LCT (Vir)1 9 0h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo235h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 47h LCT (Aqr)

Domingo 11 de setembro

Cometa Singer Brewster em Perieacutelio (2041 UA) Em 1985 a sonda ICE ldquoInternational Cometary

Explorerrdquo passava pela cauda de iacuteon do cometa Giacobini-Zinner

httphyperphysicsphy-astrgsueduhbasesolargzhtml

Equaccedilatildeo de Tempo 330 min 0h241m Ocaso da Lua no W SW (Sco)41 h Marte Mag=-12m melhor observado de

225h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

40h - 58h LCT (Cnc)6h113m Nascer do Sol no E 8h366m Lua em Quarto Crescente 11h185m Nascer da Lua no ESE (Oph) 18h047m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -210h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -203h LCT (Vir)1 9 0h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo

Em 12 de Setembro de 1970 era lanccedilada a sonda Luna 16 (Soviet Lua Sample Return)

httpwwwcalskycomobserverluna16html

235h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 46h LCT (Aqr)

Segunda-feira 12 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 365 min 10h Lua passa a 02 graus da estrela SAO

185755 X SAGITTARII 42mag 1 h274m Ocaso da Lua no W S W (Sgr)40h Marte Mag=-13m melhor observado de

225h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

39h - 58h LCT (Cnc)6h103m Nascer do Sol no E 12h188m Nascer da Lua no ESE (Sgr)18h050m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -210h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -202h LCT (Vir)189h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo234h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 45h LCT (Aqr)

Terccedila-feira 13 de setembro

Asteroacuteide 9349 Lucas passa proacuteximo da Terra (0890 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 400 min 2h291m Ocaso da Lua no W S W (Sgr)3h455m Lua em Libraccedilatildeo Norte 40h Marte Mag=-13m melhor observado de

224h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

39h - 58h LCT (Cnc)6h094m Nascer do Sol no E 13h248m Nascer da Lua no ESE (Sgr)18h052m Ocaso do Sol no W

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 63

EFEMEacuteRIDES

185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de 185h -210h LCT (Vir)

185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 185h -202h LCT (Vir)

1 8 8h V ia-laacutectea m elhor posicionada para observaccedilatildeo

233h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 45h LCT (Aqr)

Quarta-feira 14 de setembro

Cometa Helin-Roman-Alu 2 passa proacuteximo da Terra (1384 UA)

Em 1915 nascia John Dobson Equaccedilatildeo de Tempo 436 min 00h Lua passa a 12 graus da estrela SAO

188742 59 SAGITTARII 46mag 04h Lua passa a 05 graus da estrela SAO

188722 OMEGA SAGITTARII 48mag 17h Lua passa a 06 graus da estrela SAO

188778 60 SAGITTARII 50mag 3h263m Ocaso da Lua no W SW (Sgr)39h Marte Mag=-13m melhor observado de

224h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=04 m melhor observado de

38h - 58h LCT (Cnc)6h084m Nascer do Sol no E 14h333m Nascer da Lua no ESE (Cap) 18h054m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -210h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -201h LCT (Vir)1 8 8h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h213m Ganimedes (58 mag) em Elongaccedilatildeo

Este233h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 44h LCT (Aqr)

Quinta-feira 15 de setembro

Cometa C2004 V3 passa proacuteximo da Terra (3320 UA)

Asteroacuteide 4116 Elachi passa proacuteximo da Terra (1012 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 472 min39h Marte Mag=-13m melhor observado de

223h - 58h LCT (Ari)

4h178m Ocaso da Lua no W S W (Cap)58h Saturno Mag=04 m melhor observado de

37h - 58h LCT (Cnc)6h075m Nascer do Sol no E 15h414m Nascer da Lua no ESE (Cap)18h057m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -201h LCT (Vir)187h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo232h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 43h LCT (Aqr)

Sexta-feira 16 de setembro

Asteroacuteide 1282 Utopia passa proacuteximo da Terra (1862 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 507 min

38h Marte Mag=-14m melhor observado de 223h - 57h LCT (Ari)

5h037m Ocaso da Lua no W S W (Aqr)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

37h - 57h LCT (Cnc)6h065m Nascer do Sol no E 10h518m Lua em Perigeu 16h474m Nascer da Lua no ESE (Aqr)18h059m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -200h LCT (Vir)V186h Via-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo19h110m Io (62 mag) Elongaccedilatildeo Este231h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 43h LCT (Aqr)

Saacutebado 17 de setembro

Asteroacuteide 6373 Stern passa proacuteximo da Terra (1883 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 543 min 38h Marte Mag=-14m melhor observado de

222h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

36h - 57h LCT (Cnc) 48d

64 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMEacuteRIDES

5h453m Ocaso da Lua no W (Aqr)6h056m Nascer do Sol no E 17h508m Nascer da Lua no E (Aqr)18h062m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -200h LCT (Vir)18 6h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo23h008m Lua Cheia230h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 42h LCT (Aqr)236h Mercuacuterio em Conjunccedilatildeo

Domingo 18 de setembro

Vecircnus oculta a estrela PPM 228686 (96 Mag) Equaccedilatildeo de Tempo 579 min 37h Marte Mag=-14m melhor observado de

222h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

36h - 57h LCT (Cnc)6h046m Nascer do Sol no E 6h242m Ocaso da Lua no W (Psc)18h064m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -199h LCT (Vir)1 8 5h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo18h523m Nascer da Lua no E (Cet)230h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 41 h LCT (Aqr)

S

Sonda Cassini Manobra Orbital 33 (OTM-33) Em 1905 Paul Gotz descobria os asteroacuteides 572

Rebekka 573 Recha 574 Reginhild e o 575 Renate Equaccedilatildeo de Tempo 615 min

37h Marte Mag=-14m melhor observado de 221h - 57h LCT (Ari)

57h Saturno Mag=04 m melhor observado de 35h - 57h LCT (Cnc)

6h036m Nascer do sol no E 7h020m Ocaso da Lua no W (Psc)

egunda-feira 19 de setembro

18h066m Ocaso do Sol no W 184h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -199h LCT (Vir)19h528m Nascer da Lua no E (Psc)229h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 41 h LCT (Aqr)

Terccedila-feira 20 de setembro

Asteroacuteide 1999 RQ36 passa pela Terra (0033 UA) Equaccedilatildeo de Tempo 650 min 36h Marte Mag=-14m melhor observado de

221h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

34h - 57h LCT (Cnc)6h027m Nascer do Sol no E 7h402m Ocaso da Lua no W N W (Ari)18h069m Ocaso do Sol no W 184h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -198h LCT (Vir)20h531m Nascer da Lua no ENE (Ari)228h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 40h LCT (Aqr)

Quarta-feira 21 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 686 min 36h Marte Mag=-15m melhor observado de

220h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

34h - 57h LCT (Cnc)6h017m Nascer do Sol no E 8h202m Ocaso da Lua no W N W (Ari)18h071m Ocaso do Sol no W 183h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -198h LCT (Vir)21 h534m Lua Nasce no ENE (Ari)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 65

EFEMERIDES

228h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 39h LCT (Aqr)

Quinta-feira 22 de setembro

Asteroacuteide 16035 Sasandford passa proacuteximo da Terra (1690 UA)

Em 1905 Paul Gotz descobria o Asteroacuteide 576 Emanuela

Equaccedilatildeo de Tempo 721 min 02h Lua passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 9048 TAU ARIETIS 52mag 35h Marte Mag=-15m melhor observado de

219h - 56h LCT (Ari)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

33h - 56h LCT (Cnc)6h008m Nascer do Sol no E 9h031m Ocaso da Lua no W N W (Tau) 18h074m Ocaso do Sol no W 18 2h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -197h LCT (Vir)19h232m Equinoacutecio de Prim avera para o

H em isfeacuterio Sul e Equinoacutecio Outonal para o Hemisfeacuterio Norte

227h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 39h LCT (Aqr)

22h535m Lua Nasce no ENE (Tau)236h Lua passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 76485 44 TAURI (IM) 54mag

Sexta-feira 23 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 34 (OTM-34) Asteroacuteide 2003 UV11 passa a 0032 UA do planeta

MercuacuterioAsteroacuteide 2865 Laurel passa proacuteximo da Terra

(1632 UA)Equaccedilatildeo de Tempo 757 min No Calendaacuterio Persa eacute o Primeiro dia do mehr

mecircs 7 do ano 1384 Marte Mag=-15m melhor observado de 2 1 9h -

56h LCT 34h (Tau)52h Lua Passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 76573 CHI TAURI 54mag 56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

33h - 56h LCT (Cnc)

5h598m Nascer do Sol no E 9h497m Ocaso da Lua no W N W (Tau)18h076m Ocaso do Sol no W 182h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -197h LCT (Vir)19h211 m Ganimedes (58 mag) iniacutecio do Tracircnsito

da Sombra226h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 38h LCT (Aqr) =157d 23h522m Nascer da Lua no ENE (Tau)

Saacutebado 24 de setembro

Em 1930 nascia John Young Pelo Calendaacuterio Civil Indiano eacute o Primeiro dia do

Asvina mecircs 7 do ano 1927Equaccedilatildeo de Tempo 792 min 34h Marte Mag=-15m melhor observado de

21 8h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

32h - 56h LCT (Cnc)5h589m Nascer do Sol no E 10h398m Ocaso da Lua no W N W (Tau)18h079m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -196h LCT (Vir)21 h Chuveiro de Meteoros Andromedideos (Psc) 226h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 37h LCT (Aqr)

Domingo 25 de setembro

Asteroacuteide 9342 Carygrant passa proacuteximo da Terra (0894 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 826 min 0h480m Nascer da Lua no ENE (Aur)33h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 8h - 56h LCT (Tau)3h408m Lua em Quarto Minguante 56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

31h - 56h LCT (Cnc)5h579m Nascer do Sol no E 11h327m Ocaso da Lua no W N W (Aur)18h082m Ocaso do Sol no W

66 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMEacuteRIDES

185h Mercuacuterio Mag=-10m melhor observado de 185h -185h LCT (Vir)

185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de 185h -213h LCT (Lib)

185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 185h -196h LCT (Vir)

225h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 37h LCT (Aqr)

Segunda-feira 26 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 861 min 1 h396m Nascer da Lua no ENE (Gem)2h305m Lua em Libraccedilatildeo Sul33h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 7h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

31h - 56h LCT (Cnc)5h570m Nascer do sol no E 12h272m Ocaso da Lua no W N W (Gem) 18h084m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-09m melhor observado de

185h -186h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -195h LCT (Vir)224h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 36h LCT (Aqr)

Em 26 de setembro de 2005 a sonda Cassini sobrevoa a lua Hiperion de Saturno

Terccedila-feira 27 de setembro

Lanccedilam ento Soyuz T M A -7 Soyuz FG (International Space Station 12S)

Vecircnus oculta a estrela PPM 229625 (109 Mag)Equaccedilatildeo de Tempo 895 min2h261 m Nascer da Lua no ENE (Gem)32h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 7h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

30h - 56h LCT (Cnc)5h560m Nascer do Sol no E 13h218m Ocaso da Lua no W N W (Cnc)18h087m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-09m melhor observado de

185h -187h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -195h LCT (Vir)224h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 35h LCT (Aqr)

Quarta-feira 28 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 35 (OTM-35) Asteroacuteide 1620 Geographos passa proacuteximo da

Terra (0740 UA)Em 1605 nascia Ismael BullialdusEquaccedilatildeo de Tempo 929 min 3h078m Nascer da Lua no ENE (Cnc)5h551m Nascer do Sol no E

12h198m Lua em Apogeu 14h153m Ocaso da Lua no W N W (Cnc) 18h090m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-08m melhor observado

de 185h-187h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41 m melhor observado

de 185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado

de 185h-194h LCT (Vir)223h Urano Mag=57 m melhor observado

de 190h - 35h LCT (Aqr)

Quinta-feira 29 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 962 min 31h Marte Mag=-16m melhor observado de

215h - 55h LCT (Tau)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 67

EFEMEacuteRIDES

3h452m Nascer da Lua no ENE (Leo)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

29h - 55h LCT (Cnc)5h542m Nascer do Sol no E 15h074m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h092m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-08m melhor observado de

185h -188h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -194h LCT (Vir)222h Urano Mag=57 m melhor observado de

190h - 34h LCT (Aqr)

Sexta-feira 30 de setembro

Lanccedilamento NROL-21 Delta 2 Em 1975 Charles Kowal descobria a lua Themisto

de Juacutepiter Equaccedilatildeo de Tempo 995 min 30h Marte Mag=-17m melhor observado de

215h - 55h LCT (Tau)4h194m Lua Nasce no ENE (Leo)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

28h - 55h LCT (Cnc)5h532m Sol Nasce no E 15h582m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h095m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-07m melhor observado de

185h -188h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185h -214h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -193h LCT (Vir)222h Urano Mag=57 m melhor observado de

190h - 33h LCT (Aqr)

Saacutebado 1 de outubroSonda Cassini em Manobra Orbital 36 (OTM-

36)Asteroacuteide 2001 SE270 passa a 0050 UA da Terra 00h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 33m LCT (Aqr)29h Marte Mag=-17m melhor observado de

2 1 4m a 55m LCT (Tau)4h514m Nascer da Lua no E (Leo)55h Saturno M ag=04 m melhor observado

de 28m a 55m LCT (Cnc)

5h523m Nascer do sol no E 6h45m Marte estacionaacuterio Iniciando Movimento

Retroacutegrado16h481m Ocaso da Lua no W (Leo)18h098m Ocaso do sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-07m melhor observado de

185m a 188m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 193m LCT (Vir)

Domingo 2 de outubro

Em 1935 era fundado o Hayden Planetariumhttpwwwhaydenplanetariumorg

Vecircnus oculta a estrela PPM 264162 (94 mag) Asteroacuteide Asteroid 1886 Lowell passa a 1507 UA

da Terra29h Marte Mag=-17m melhor observado de

213m a 55m LCT (Tau)5h223m Lua nasce no E (Vir)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

27m a 55m LCT (Cnc)5h514m Nascer do Sol no E 17h381m Ocaso da Lua no W (Vir)18h101m Ocaso do sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-06m melhor observado de

185m a 189m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 192m LCT (Vir)220h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 32m LCT (Aqr)

Segunda-feira 3 de outubro

Ano Novo Hebreu Primeiro dia do mecircs Rosh Hashanah do ano 5766 comeccedilando ao pocircr-do-sol

Calendaacuterio Tabular Islacircmico Primeiro dia do Ramadan nono mecircs do ano 1426 iniciando ao ocaso do Sol

Em 1815 era descoberto o meteorito marciano Chassigny

httpwwwjplnasagovsncchassignyhtml Asteroacuteide 2004 HR56 passa a 0033 UA de Marte Asteroacuteide 4664 Hanner passa a 1715 UA da Terra

68 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

7

EFEMEacuteRIDES

28h Marte Mag=-17m melhor observado de 213m a 55m LCT (Tau)

Eclipse Anular do sol visiacutevel da Aacutefrica 4h35m33s Iniacutecio do Eclipse Solar Visiacutevel na Aacutefrica 55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

27m a 55m LCT (Cnc)5h41 m04s Iniacutecio do Eclipse Umbral 5h505m Sol Nasce no E 5h533m Lua Nasce no E (Vir)7h279m Lua Nova7h31m419s Eclipse Solar Anular Maior

Duraccedilatildeo= 4m264s Magnitude=958httpsunearthgsfcnasagoveclipseSEmono

ASE2005ASE2005html Eclipse Solar Anular visiacutevel da Aacutefrica Obscuraccedilatildeo=918 ET-UT=653sec 9h22m33s Final do Eclipse Umbral 10h27m53s Final do Eclipse Solar 18h104m Ocaso do Sol no W 18h290m Ocaso da Lua no W (Vir)185h Mercuacuterio Mag=-06m melhor observado de

185m a 190m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 191m LCT (Vir)19h04m Marte passa a 91 graus das Plecirciades

(M45)220h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 31m LCT (Aqr)

Terccedila-feira 4 de outubroOcultaccedilatildeo de Mercuacuterio pela Lua27h Marte Mag=-17m melhor observado de

212m a 55m LCT (Tau)55h Saturno Mag=04m melhor observado de

26m a 55m LCT (Cnc)6h256m Lua Nasce no E (Vir)157h Vecircnus em Apogeu 185h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

185m a 190m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 191m LCT (Vir)18h58m Mercuacuterio passa a 19 graus de Spica19h219m Lua Ocaso no W SW (Vir)21 9h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 31m LCT (Aqr)

Quarta-feira 5 de outubro

Asteroacuteide 1877 Marsden passa a 2658 UA da Terra

Cometa Chernykh passa a 1464 da Terra 27h Marte Mag=-18m melhor observado de

211m a 54m LCT (Tau)54h Saturno Mag=04 m melhor observado de

25m a 54m LCT (Cnc)5h486m Sol Nasce no E 7h004m Lua Nasce no ESE (Vir)16h40m Mercuacuterio passa a 13 graus de Juacutepiter 18h110m Ocaso do Sol no W 186h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

186m a 191m LCT (Vir)186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

186m a 215m LCT (Lib)186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

186m a 190m LCT (Vir)20h175m Ocaso da Lua no W SW (Lib)218h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 30m LCT (Aqr)

Quinta-feira 6 de outubro

26h Marte Mag=-18m melhor observado de 211m a 54m LCT (Tau)

54h Saturno Mag=04m melhor observado de 25m a 54m LCT (Cnc)

5h477m Sol Nasce no E 7h392m Lua Nasce no ESE (Lib)18h113m Ocaso do Sol no W 186h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

186m -191m LCT (Vir)

httpulyssesjplnasagov

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 69

EFEMERIDES

186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de 186m -215m LCT (Lib)

186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 186m -190m LCT (Vir)

20h315m Lua em Libraccedilatildeo Oeste21 h163m Lua Ocaso no W S W (Lib)2 1 8h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m - 29m LCT (Aqr)

Sexta-feira 7 de outubro

25h Marte Mag=-18m melhor observado de 210m - 54m LCT (Tau)

54h Saturno Mag=04 m melhor observado de 24m - 54m LCT (Cnc)

5h469m Sol Nasce no E 8h234m Lua Nasce no ESE (Sco)18h116m Ocaso do sol no W

186h Mercuacuterio Mag=-04m melhor observado de 186m -192m LCT (Vir)

186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de 186m -215m LCT (Sco)

186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 186m -189m LCT (Vir)

20h089m Imersatildeo da estrela SAO 184336 AL NIYAT (SIGMA SCORPI) 29 mag na borda escura da Lua

20h233m Emersatildeo da estrela SAO 184336 AL NIYAT (S IG M A S C O R P I) 2 9 mag na borda iluminada da Lua

2 1 7h Urano Mag=57 m melhor observado de 190m - 28m LCT (Aqr)

219h Lua passa a 09 graus de separaccedilatildeo da estrela SAO 184415 ANTARES (ALPHA SCORPI) 09mag

22h179m Lua Ocaso no W S W (Sco)

Fontes consultadasCarta celeste para ambos os hemisfeacuterios em PDF httpwwwskymapscomindexhtmlhttpreabrasilastrodatabasenethttpgeocitiesyahoocombrreabrasilhttpaerithnetindexhtmlhttpwwwjplnasagovcalendarhttpingaufubr~silvestrhttpwwwcalskycomhttpwwwtodayinscicomhttpwwwpamsueduabramsSkyWatchersDiaryDiaryhtmlhttpcometsamsmeteorsorgmeteorscalendarhtmlhttpwwwimonethttpwwwlunaroccultationscomiota2003bstarebstarehtmhttpwwwlunaroccultationscomiota2003planetsplanetshtmhttpwwwjplnasagovhttpsunearthgsfcnasagoveclipseeclipsehtmlhttpssdjplnasagov

Rosely Greacutegio eacute formada em Artes e Desenho pela UNAERP Grande difusora da Astronomia atualmenteparticipa de programas de observaccedilatildeo desenvolvidos no Brasil e exterior envolvendo meteoros cometasLua e recentemente o Solhttprgregioastrodatabasenethttprgregiositesuolcombrhttpmembersfortunecitycommeteor4indexhtmhttpgeocitiesyahoocombrrgregio2001httpwwwconstelacoeshpgcombr

70 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EPSILON f

MIM72

M73

NGC7009

1

^ 9 CONSTELACcedilOtildeES

Z odiacais

CAPRICOacuteRNIO

PEIXE AUSTRAL

bull |ALPHA

THETA NGC7293

ZETA

AQUAacuteRIO

DELTA

LAMBDA

DELTA88

PEIXEk

mdash mdashr mdashFI

LEGEINDAMagnitude das estrelas

Limites das constelaccedilotildeesi

bull

bull bull bull bull laquo gt Grelha de coordenadasbull BALEIA

- 1 0 1 2 3 -1 otilde equatoriais V

mmdash revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

M2

copy CA

RTES

DU

C

IEL

71

CONSTELACcedilOtildeESZODIACAIS

CONSTELACcedilAtildeO DE

uaacuterioAquarius Aquaacuterio Abreviaccedilatildeo Aqr Genitivo Aquarii Significado O portador de Aacutegua Ascensatildeo Reta 23 horas Declinaccedilatildeo -15 graus Visiacutevel entre latitudes 65 e -90 grausConstelaccedilotildees Limiacutetrofes Cap PsA Scl Cet Psc Peg Equ e AqlAquaacuterio eacute visiacutevel no outono para o Hemisfeacuterio Norte e na primavera para o Hemisfeacuterio Meridional

Rosely Greacutegio | Revista macroCOSMOcom rgregiouolcombr

A Constelaccedilatildeo do Aquaacuterio estaacute representada em vaacuterias culturas antigas e sempre associada a aacutegua pois seu aparecimento no ceacuteu ou quando localizada no Zecircnite significava o anuncio da chegada das chuvas eou da inundaccedilatildeo dos rios Isto significava fonte de vida e alimento para os povos que viviam nas terras aacuteridas como por exemplo a Babilocircnia e o Egito Aquaacuterio eacute uma constelaccedilatildeo bastante lacircnguida que natildeo seria famosa se natildeo fizesse parte do Zodiacuteaco Na maioria das culturas eacute tido como um homem que verte aacutegua de um balde Isto pode surgir do fato que o Sol entra em Aquaacuterio no iniacutecio do inverno quando a estaccedilatildeo chuvosa comeccedila em muitas partes do mundo

Aquaacuterio tem algumas binaacuterias agradaacuteveis de serem observadas uma variaacutevel sem igual e alguns objetos de ceacuteu fundo um pouco interessantes (mas os Objetos Messier aqui geralmente natildeo satildeo muito interessantes) As estrelas geralmente satildeo de quarta magnitude

___________________ Estrelas Nomeadas

Albali (Epsilo Aqr) Ancha (Theta Aqr) Situla (Kappa Aqr)

_Estrelas Duplas

Zeta2 A q uarii e zeta1 A q uarii formam um sistema binaacuterio de duas estrelas brancas iguais com uma oacuterbita de 760 anos Zeta2 Aquarii eacute a primaacuteria 44 46 PA 266deg atual e separaccedilatildeo 23 ldquo

Struve 2944 eacute um sistema triplo agradaacutevel com todos os trecircs em uma linha reta AB 70 75 PA 276deg separaccedilatildeo 25 ldquo C 84 PA 106deg separaccedilatildeo 50 ldquo

Struve 2988 eacute um par muito atraente de estrelas iguais 72 72 PA 101deg separaccedilatildeo 35 ldquo A binaacuteria estaacute a 3deg SW de psi1 Aquarii

Estrelas Variaacuteveis

SADALMELIK Alpha Aquarii (Alpha Aqr) eacute um supergigante com cem vezes o tamanho do Sol Estaacute apenas haacute mil anos-luz de distacircncia e brilha com uma magnitude visual de 296 A lpha Aquarii (Sadalmelik) e beta A q uarii (Sadalsuud) satildeo supergigantes gecircmeas com nomes quase idecircnticos Os nom es significam respectivam ente ldquoO Afortunado do Reirdquo e ldquoO mais Afortunado dos Afortunadosrdquo

Sadalsuud (Beta Aqr)Sadalachbia (Gama Aqr)Skat (Delta Aqr)

A variaacutevel mais notaacutevel na constelaccedilatildeo eacute R Aquarii normalmente listada como uma ldquovariaacutevelrdquo do tipo Mira Contudo esta gigante vermelha natildeo eacute uma variaacutevel de longo-periacuteodo normal eacute uma estrela lsquorsquosimbiocircnticarsquorsquo se assemelhando a Z Andromedae Estrelas do tipo ldquoZ Andromedaerdquo satildeo aquelas que apresentam dois espectros separados indicando duas temperaturas bastante diferentes um esfria e outra muito quente Este fenocircmeno eacute causado por um mesmo sistema binaacuterio onde a estrela maior e mais fria e a outra estrela (talvez uma pequena anatilde branca) a quente E de fato R Aquarii tem uma pequena companheira azul que eacute cercada por uma nuvem de gaacutes Quando acontece eclipse da estrela

72 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

CONSTELACcedilOtildeESZODIACAIS

pequena pela gigante a magnitude visual da primaacuteria varia A estrela tem um periacuteodo de 38696 dias e um alcance de 58 a 124 o melhor momento para ver esta estrela seraacute na primeira semana de setembro em 2005

______________ Objetos de Ceacuteu Profundo

M2 (NGC 7089) - E um aglomerado globular compacto e luminoso mag 65 situado haacute 50000 anos-luz de distacircncia O aglomerado estaacute a 5deg N de beta Aquarii

M72 (NGC 6981) - Tambeacutem eacute um aglomerado globular mag 93 aproximadamente 3deg W S W da Nebulosa de Saturno

M73 (NGC 6994) - E outro aglomerado globular um agrupamento de estrelas de mag 89 que incluiu quatro estrelas sem conexotildees aproximadamente a 15deg leste de M 72

M73 (sistema ou asterismo de 4 estrelas) eacute notaacutevel por fazer o proacuteprio jarro de aacutegua inclinado e vertendo aacutegua Este pequeno asterismo que no campo de visatildeo binocular podem ser vistos em sua totalidade eacute composto de zeta Aqr e trecircs outras estrelas

NGC 7009 ldquoNebulosa de Saturnorsquorsquo - E umanebulosa p lanetaacuteria de mag 8 3 bastante espetacular visiacutevel em instrumentos grandes Tem raios que estende de ambos os lados do disco principal A nebulosa estaacute a 1deg a oeste de nu Aqrrdquo

NGC 7293 lsquorsquoNebulosa da Heacutelicersquorsquo (ou ldquoNebulosa Helicoidalrdquo) - E outra nebulosa planetaacuteria cujo nome aparentemente adveacutem de sua semelhanccedila a heacutelice dupla do DNA Realmente eacute uma nebulosa de anel com mag 65 soacute muito maior e mais lacircnguido que a Nebulosa de Anel mais notaacutevel em Lyra A nebulosa estaacute a 15deg W de upsilon Aquarii ou 210 no devido sul de zeta Aquarii ^

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Clique Astronocircmico

Planetaacuterio Municipal ldquo Prof Benedito RelardquoSituado na cidade de ItatibaSP e inaugurado em 07 de novembro de 2003 eacute o primeiro e uacutenico planetaacuterio no Paiacutes desenvolvido com tecnologia 100 nacional (Projeto Sphaera) O Planetaacuterio Benedito Rela eacute o 18deg do Brasil e o 3deg construiacutedo por uma Prefeitura Municipal e tem capacidade para abrigar ateacute 65 pessoas sentadas em sua sala de projeccedilatildeo Com uma cuacutepula de oito metros e totalmente automatizado foi montado pelo astrocircnomo Carlos Eduardo Mariano de CampinasSP O objetivo da Prefeitura de Itatiba por meio da Secretaria da Educaccedilatildeo eacute a realizaccedilatildeo de cursos palestras seminaacuterios exposiccedilotildees atividades de observaccedilatildeo astronocircmica e encontros sobre planetaacuterios e ensino de Astronomia O projetor SPHAERA I fabricado pela empresa brasileira Sphaera Planetaria Ltda reproduz o ceacuteu estrelado de qualquer regiatildeo do planeta e em qualquer eacutepoca com ateacute 10000 estrelas aleacutem da Via-Laacutectea Sol Lua planetas visiacuteveis figuras das constelaccedilotildees e muitos outros recursos Neste segundo semestre estaraacute em funcionamento no Planetaacuterio o projetor SPHAERA MIDIA Com esse equipamento que iraacute trabalhar em conjunto com o projetor SPHAERA I seraacute possiacutevel projetar graacuteficos e animaccedilotildees de alta definiccedilatildeo e ateacute em 3D Anualmente cerca de 20000 pessoas de Itatiba e cidades vizinhas participam das diversas atividades oferecidas pelo Planetaacuterio Todas as atividades realizadas pelo Planetaacuterio satildeo totalmente gratuitas

Maiores informaccedilotildees httpwwwprefeituraitatibacombrplanetarioplanetariohtmAgendamento de visitas (11) 4538-4547

74 revista macroCOSMOcom | setembro de

copy He

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2005

Construccedilatildeo de umHeliostato

Joseacute Carlos Diniz | REACARJCANFdinizastroterracombr

O Heliostato eacute um instrumento simples quepermite a observaccedilatildeo do Sol por longos periacuteodos de forma segura Deve ser instalado preferencialmente mas natildeo obrigatoriamente de forma fixa de modo a facilitar a aquisiccedilatildeo de imagens Eacute particularmente uacutetil em observatoacuterios para mostras puacuteblicas palestras e estudo sistemaacutetico do Sol

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 75

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Sempre me dediquei agrave fotografia quer seja quando jovem como forma de sustento quer jaacute na meia idade quando me iniciei na astronomia Sempre me encantaram as imagens muito mais do que qualquer outro ramo da astronomia Em 1997 conheci e me maravilhei com o observatoacuterio solar de Rogeacuterio Marcon onde havia um Heliostato e fiquei entre assustado e apaixonado por aquele instrumento Mais tarde conheci Paulo R Moser e seu admiraacutevel trabalho sobre o Sol Com ele aprendi um pouco de observaccedilatildeo solar nas nossas conversas e atraveacutes da paacutegina solar da REA

Comprei filtros Thousand Oaks II e Baader Planetarium e por algum tempo fotografei o Sol O eclipse total de 1998 o novo ciclo solar e as observaccedilotildees puacuteblicas que fazemos no Clube que presido foram o estiacutemulo que faltava para me lanccedilar agrave aventura de construir meu proacuteprio Heliostato para natildeo soacute fotografar mas para observar o Sol

Haacute muito pouca literatura disponiacutevel talvez devido agrave sua simplicidade Os modelos que pesquisei eram voltados mais para a espectroscopia usando instrumentos de focal longa e com aparato complexo Desta forma procurei aprender para simplificar ao maacuteximo sua construccedilatildeo

Um Heliostato nada mais eacute do que um espelho plano montado numa estrutura que permite apontamento polar e movimento sincronizado com o Sol A imagem assim obtida eacute capturada por uma luneta (ou mesmo um doubleto acromaacutetico) e projetada sobre um anteparo O tamanho da imagem vai depender da distacircncia focal da luneta da ocular empregada e da distacircncia da projeccedilatildeo

Caso empreguemos um soacute espelho o Sol sofreraacute um movimento de rotaccedilatildeo ao longo da observaccedilatildeo por isso optei pelo modelo de dois espelhos onde essa rotaccedilatildeo natildeo existe

Neste modelo o espelho primaacuterio reflete a imagem solar para o espelho secundaacuterio que a envia agrave luneta Os espelhos devem ser planos e de boa qualidade (Agrave8) O espelhamento torna a imagem mais brilhante mas eacute possiacutevel prescindir dele Utilizei dois espelhos de 10 cm de diacircmetro feitos pelo Sr Weber (AraraquaraSP)

Uma outra observaccedilatildeo importante eacute que a velocidade de acompanhamento deve ser a metade da velocidade sideral porque a cada movimento do espelho o raio refletido altera-se o dobro desta forma o espelho primaacuterio deve dar uma volta completa a cada 48 horas

Procurei utilizar na construccedilatildeo materiais simples e ao alcance de todos (fig 1) como madeira compensada parafusos dobradiccedilas e rolamentos facilmente encontrados no mercado Apenas uma dimensatildeo eacute fundamental no setor a distacircncia entre o furo por onde passa o eixo principal e o sem-fim deve ser exatos 1455 cm para que tenhamos a velocidade de deslocamento correta de uma volta a cada 48 horas As outras dimensotildees das demais peccedilas natildeo satildeo importantes e podemos adapta-las ao nosso gosto

76 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

macroOFICINA

Na figura 1 temos a relaccedilatildeo das peccedilas

1 - Alumiacutenio dobrado para sustentar o espelho primaacuterio

2 - Discos de madeira para prender os espelhos

3 - Parafuso motor Prende o setor na placa de sustentaccedilatildeo

4 - Dobradiccedila de latatildeo

5 - Peccedila de latatildeo dobrada para ajuste de altura

6 - Parafusos que formam os peacutes da montagem

7 - Pequenos cilindros de madeira que formam as cabeccedilas dos parafusos

Aleacutem disso temos o setor garfo do espelho secundaacuterio placa de sustentaccedilatildeoe rolamentos (2) de rdquo de diacircmetro

FIG 1

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 77

T -

macroOFICINA

0 conjunto eacute montado sobre uma peccedila de madeira Haacute ainda uma pequena torre

que sustenta o espelho secundaacuterio (fig 2) nela vemos

1 - Torre

2 - Mesa onde se fixa o setor

3 - Tubo de latatildeo que prende o espelho secundaacuterio

78 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

FIG 3

lsquo14

J l f 1 mdash

o

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macroOFICINA

Torneamos um eixo de latatildeo (fig 3) que passa por dentro dos ro lam entos de esfera e que prende de um lado o setor do sem fim e do outro o espelho primaacuterio

Esse eixo possui de um lado rosca de 38rdquo e do outro rdquo Duas arruelas de alumiacutenio ajudam na fixaccedilatildeo do suporte do espelho primaacuterio ao setor

Escolhem os passar o eixo pelos rolamentos para dar um movimento suave e uniforme ao espelho e fa c ilita r o p o sic ionam ento do espelho primaacuterio

A figura 4 mostra o conjunto em fase de montagem

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 79

macroOFICINA

Revendo velhas revistas SampT deparei-me com uma soluccedilatildeo muito interessante para construccedilatildeo do sem fim dobrar dois parafusos de latatildeo de rdquo e 20 espiras por polegada e prende-los na parte de baixo do setor onde fizemos um sulco (fig 5 e 6)

A traccedilatildeo se daraacute por um parafuso igual ao do sem-fim acoplado ao motor de de volta por m inuto Esta re laccedilatildeo proporciona um deslocamento de metade da velocidade sideral O motor foi conseguido de um velho timer de uma maacutequina de lavar pratos e o suporte do parafuso feito em madeira no formato de U

Uma mola manteacutem o acoplamento e facilita o reposicionamento do setor (fig 7 8 e 9)

80 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 81

Um dado importante para o correto alinhamento polar eacute que o plano do espelho primaacuterio deve obrigatoriamente coincidir com o Poacutelo O ajuste do Poacutelo se faz com a pequena peccedila de latatildeo conforme ilustrado nas figuras 10 e 11 Embora simples eacute eficaz e permite alinhar-se com boa precisatildeo

82 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

V gt

macroOFICINA

Uso para o alinhamento um inclinocircmetro uma buacutessola e um niacutevel de bolha (fig 12)A torre que conteacutem o espelho secundaacuterio permite-nos aproximaacute-lo e afastaacute-lo do espelho primaacuterio

para obtermos a reflexatildeo da imagem Conforme a posiccedilatildeo do Sol no Solstiacutecio ou Equinoacutecio precisamos movimentaacute-la para obter a imagem a ser projetada

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 83

1 ^ 1Apoacutes posicionar o espelho primaacuterio com o motor

em funcionamento movemos o secundaacuterio ateacute obtermos a reflexatildeo e em seguida o movemos para direcionar a luneta vista ao fundo junto agrave cuacutepula (fig 13 ) O motor eacute siacutencrono e ligado a corrente eleacutetrica atraveacutes de um variador de frequumlecircncia o que permite acelerar e retardar o movimento da imagem Observei que o conjunto sem fim ainda necessita de ajustes mas permite uma observaccedilatildeo por tempo razoaacutevel (10 a 15 minutos) com poucas correccedilotildees

No momento o instrumento encontra-se em testes Pretendo construir uma base soacutelida para recebecirc-lo e desta forma facilitar a obtenccedilatildeo de imagens solares de modo mais confortaacutevel no interior da minha modesta cuacutepula e abrigado dos raios

V ~

solares podendo desta forma observaacute-lo de forma longa e produtiva A im agem refletida pelo secundaacuterio seraacute projetada atraveacutes de uma luneta para um anteparo onde seraacute observada Cartas de Waldmeier foram impressas em transparecircncia e satildeo ajustadas agraves imagens (16 cm de diacircmetro)

Adiantando ou atrasando a rotaccedilatildeo do motor podemos fazer a imagem do Sol tocar as bordas da carta determinando assim a linha Leste e o Oeste e por consequumlecircncia o Norte e o Sul desta forma podemos posicionar a carta e saber em que setor as manchas estatildeo anotaacute-las e segui-las com maior precisatildeo A imagem pode ser fotografada e uma animaccedilatildeo mostrando a rotaccedilatildeo das manchas eacute possiacutevel

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f -

As figuras 14 e 15 mostram o instrumento terminado

Espero ter contribuiacutedo para despertar interesse e motivaccedilatildeo no estudo do Sol O Heliostato eacute de grande im portacircncia para observatoacuterios e associaccedilotildees por permitir de forma simples obter im agens de qualid ad e com conforto e a popularizaccedilatildeo do estudo do Sol

Qualquer duvida estou sempre agrave disposiccedilatildeo Meus profundos agradecimentos a Rogeacuterio Marcon e a Paulo Roberto Moser pelos ensinamentos Este projeto eacute dedicado agrave memoacuteria de Jean Nicolini mestre da observaccedilatildeo e exemplo de paixatildeo pela astronomia M

Nota Este artigo eacute parte integrante do Reporte Anual da REA-BRASIL (REDE DE ASTRONOM IA OBSERVACIONAL BRASIL) - REPORTE Ndeg 11 editado em DEZEMBRO2003 Nossos agradecimentos ao amigo Joseacute Carlos Diniz bem como ao atual Coordenador Geral da REA Edvaldo Joseacute Trevisan por nos permitir divulgar e veicular na Revista macroCOSMOcom mais este trabalho realizado pelos membros da REA-BRASIL Este e demais reportes estatildeo disponiacuteveis em no site da REA-BRASIL Conheccedila o trabalho desenvolvido pelos membros da REA e participe httpwwwreabrasilorg

Joseacute Carlos Diniz eacute Meacutedico Cardiologista (Rio de JaneiroRJ) astrocircnomo amador astrofotoacutegrafo e ATM Membro da REA CARJ CANF e NG C51 Tem se destacado por seu magniacutefico trabalho contra a Poluiccedilatildeo Luminosa emeacuterito e premiado astrofotoacutegrafo construtor de vaacuterios instrumentos astronocircmicos e divulgador destas nobres artes cujos trabalhos podem ser apreciados em httpwwwastrosurfcomdiniz e http wwwdinizastrodatabasenet

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Equipe que iraacute para a Olimpiacuteada internacional em 2005 na China No centro o presidente da SAB Licio da Silva e Prof Joatildeo Canalle coordenador nacional da OBA

Olimpiacuteada Brasileira de Astronomia eDESPERTANDO INTERESSE DE A c t m n C I I

ALUNOS PELA CIEcircNCIA M b Ll U N dU LILrd

Fernanda Calipo | Revista macroCOSMOcomfecalipohotmailcom

Aleacutem de muacutesica balada e outros atrativos da idade alunos descobrem uma paixatildeo diferente A Astronom ia A O BA - O lim piacuteada B ras ile ira de A s tro n o m ia e A s tro n aacute u tica eacute um even to edu ca tivo responsaacutevel por despertaacute-los a se aplicar neste segm ento cientiacutefico A O lim piacuteada jaacute estaacute em sua oitava ediccedilatildeo e eacute prom ovida anualm ente pela SAB - Sociedade Astronocircm ica Brasileira sociedade cientiacutefica que reuacutene os profissionais envolvidos em pesquisa cientiacutefica de todas as aacutereas da Astronom ia e Astrofiacutesica do Brasil e pela Agecircncia Espacial Brasileira (AEB)

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A OBA tem o objetivo de fomentar o interesse dos jovens pela Astronomia Astronaacuteutica e Ciecircncias afins aleacutem de promover a difusatildeo dos conhecimentos baacutesicos de uma form a luacutedica e cooperativa mobilizando natildeo soacute os alunos mas professores coordenadores pedagoacutegicos diretores pais e escolas planetaacuterios observatoacuterios municipais e particulares espaccedilos centros e museus de ciecircncia associaccedilotildees e clubes de astronomia astrocircnomos profissionais e amadores entre outros num soacute mutiratildeo nacional aleacutem de distribuir materiais educacionais de astronomia para os professores representantes da OBA nas escolas participantes

ldquoA Astronomia eacute a ciecircncia com o maior nuacutemero de sociedades amadoras mas paradoxalmente natildeo eacute objeto de uma disciplina especiacutefica nos curriacuteculos dos ensinos fundamental e meacutedio Em geral ela fica a cargo de um profissional de ensino que natildeo possui habilitaccedilatildeo especiacutefica no tema e muito frequumlentemente nem eacute formado em ciecircncias exatas A OBA busca portanto estimular nos estudantes o gosto pelo tem a bem como divulgar corretam ente os conteuacutedos entre estudantes e professores realizando um diagnoacutestico ainda que parcial do quatildeo tais conteuacutedos estatildeo ou natildeo corretamente apreendidosrdquo afirma o coordenador nacional da OBA Prof Dr Joatildeo Batista Garcia Canalle professor titu lar no Instituto de F iacutes ica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) onde tam beacutem estaacute sediada a Coordenaccedilatildeo Nacional da Olimpiacuteada Brasileira

Quem participa Todos alunos que estejam estudando entre a primeira serie do ensino fundamental ateacute os da ultima do ensino meacutedio Natildeo haacute restriccedilatildeo quanto ao nuacutemero miacutenimo ou maacuteximo de alunos participantes por escola Se a escola onde o aluno estuda natildeo estiver cadastrada para participar da OBA o estudante interessado poderaacute recorrer a uma outra escola cadastrada ou a outra instituiccedilatildeo cadastrada A inscriccedilatildeo do aluno deveraacute ser feita pelo professor que aplicaraacute a prova

As provas dividem-se em quatro niacuteveis a saber

Prof Joatildeo Canalle coordenador nacional da OBA

Niacutevel 1 destinada aos alunos da 1a e 2a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 2 destinada aos alunos da 3a e 4a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 3 destinada aos alunos de 5a agrave 8a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 4 destinada aos alunos de qualquer seacuterie do ensino meacutedio ou que jaacute concluiacuteram o ensino meacutedio haacute menos de dois anos (a contar da data da prova da OBA) e natildeo estatildeo matriculados em nenhuma instituiccedilatildeo de ensino superior

As questotildees das provas visam muito mais a dar informaccedilotildees corretas e atualizadas aos alunos do que extrair informaccedilotildees deles As provas satildeo compatiacuteveis com os conteuacutedos abordados pela maioria dos livros didaacuteticos do ensino fundamental e meacutedio A prova eacute constituiacuteda de 7 perguntas de Astronomia e 3 de Astronaacuteutica (o que inclui lanccedilamento de foguetes sateacutelites artificiais e sensoriamento remoto) Dentre as 7 perguntas de A stronom ia haacute uma ou duas perguntas observacionais Para responder a estas perguntas observacionais o aluno precisa fazer previamente uma atividade observacional divulgada com antecedecircncia sobre a qual seraacute baseada a pergunta

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Assim sendo os alunos podem fa ze r individualmente ou em grupos estas atividades observacionais No dia da Olimpiacuteada contudo cada aluno deveraacute estar de posse das suas mediccedilotildees respostas caacutelculos e resultados da atividade observacional que foi solicitada pela Organizaccedilatildeo da OBAUma novidade em 2005 foi a parceria com a Agecircncia Espacial Brasileira (AEB) passando a se cham ar O lim piacuteadas Brasileira de Astronomia e Astronaacuteutica ldquoA Agecircncia tem um interesse em divulgar mais seus avanccedilos tecnoloacutegicos brasileiros principalmente para quem ainda estaacute na fase de aprendizado Temos um brasileiro em constante treinamento na NASA o Marcos Pontes aleacutem de uma parceria com a China na aacuterea de sateacutelites Enfim muitas coisas para acrescentar como conhecimento na prova que teraacute 3 questotildees voltadas para este temardquo ressalta o Prof Canalle

Os alunos com m elhor desem penho na Olimpiacuteada nacional satildeo convidados a receber um treinamento para participarem da Olimpiacuteada Internacional devendo passar por uma outra prova que selecionaraacute entre 4 e 6 participantes para

representarem o Brasil laacute fora Como a equipe eacute formada por membros de diferentes unidades da federaccedilatildeo o treinamento contou com astrocircnomos membros da Sociedade Astronocircmica Brasileira os proacuteprios professores dos estudantes e ainda com listas de exerciacutecios compiladas por ex-participantes que tambeacutem jaacute participaram da Olimpiacuteada nacional ou internacional

ldquoA Olimpiacuteada muito mais que uma competiccedilatildeo eacute uma maneira de despertar a curiosidade cientiacutefica nos jovens Assim pretende-se utilizar a OBA como uma espeacutec ie de recurso pedagoacutegico um instrumento que muito mais do que de premiar os melhores estudantes tem o objetivo de cativar o interesse pela ciecircncia entre os jovens atraveacutes de uma prova com questotildees interessantes e bem elaboradas que natildeo lsquoassustersquo o estudante pela falta de conhecimento necessaacuterio retendo assim a sua atenccedilatildeo e despertar a sua imaginaccedilatildeo e o interesse cientiacutefico Sem duacutevida o evento serve tambeacutem para revelar talentos precoces A OBA seleciona os integrantes da equipe internacional tendo poreacutem um objetivo bem maior do que esterdquo finaliza o Prof Canalle

Carla Fernanda (hoje na POLI - USP) e Gulherme (Univale - SC) ambos com 17 anos e medalhistas da Olimpiacuteada internacional de 2004 na Ucracircnia

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Astronomia Brasileira leva prata e bronze em Olimpiacuteada Internacional de 2004 e prepara equipe para China em 2005

Configurando o melhor resultado de todas as participaccedilotildees nacionais trecircs dos quatro integrantes da equipe que representou o Brasil na IX Olimpiacuteada Internacional de Astronomia realizada em outubro de 2004 na Crimeacuteia retornaram laureados A equipe dividida nas duas faixas etaacuterias do certame era formada por Carla Fernanda de Arauacutejo e Silva estudante do Coleacutegio Objetivo (Satildeo PauloSP) e Guilherme Rohden Echelmeier estudante do Coleacutegio de Aplicaccedilatildeo da Univale (ItajaiacuteSC) pertencentes agrave faixa etaacuteria dos membros de ateacute 17 anos A faixa etaacuteria daqueles de ateacute 15 anos contou com Fernanda Vilela de Aquino da Escola Estadual Pe Anchieta (CoqueiralMG) e Felipe Ferreira Villar Coelho estudante do Coleacutegio Metropolitano (Serra ES) Carla e Guilherme obtiveram medalhas de bronze enquanto Filipe obteve a ineacutedita para o Brasil medalha de prata para a menor faixa etaacuteria A equipe contou ainda com os liacutederes Profa Nuricel Aguilera Villalonga (Coleacutegio Objetivo) Dr Carlos Alexandre W uenche do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Dr Roberto Pereira Ortiz (UFES)

A Olimpiacuteada foi realizada em Simeiz uma pequena cidade na costa sul da Crimeacuteia (no Mar Negro) a 105 km de Sinferopol T recircs diferentes tipos de provas foram aplicados teoacuterica praacutetica e observacional A prova praacutetica consiste na in terpretaccedilatildeo de informaccedilotildees astronocircmicas Para esta prova os estudantes natildeo podem ter mais de 17 anos nem estar na universidade

Hemisfeacuterio Norte - A equipe brasileira eacute uma das duas uacutenicas originaacuterias do Hemisfeacuterio Sul A outra eacute a equipe Indoneacutesia Entretanto as olimpiacuteadas internacionais de Astronomia desde sua criaccedilatildeo sempre foram organizadas no Hemisfeacuterio Norte Ao contraacuterio de outras Olimpiacuteadas Cientiacuteficas isto sempre foi uma desvantagem adicional para a equipe brasileira Aleacutem de conhecimentos teoacutericos e praacuteticos sobre Astrofiacutesica Astronomia e suas teacutecnicas os participantes se defrontaram com provas observacionais frente a um ceacuteu familiar a praticamente todas as equipes do Hemisfeacuterio Norte Para piorar as coisas algumas constelaccedilotildees que podem ser avistadas de ambos os Hemisfeacuterios

aparecem invertidas quando se vai de um hemisfeacuterio para outro Procurando sanar esta dificuldade a equipe recebeu da mesma forma que em 2003 um treinamento especial no Planetaacuterio de Rio de Janeiro uma semana antes de seu embarque para a Ucracircnia Na cuacutepula da Fundaccedilatildeo Planetaacuterio do Rio de Janeiro foi reproduzido o ceacuteu da Crimeacuteia agrave eacutepoca e horaacuterios provaacuteveis das provas observacionais

China 2005 o grupo que iraacute para China este ano marcou presenccedila no XXXI Encontro da SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira realizado no Hotel Vacance em Aacuteguas de LindoacuteiaSP de 3107 a 0308 quando recebeu um treinamento avanccedilado de profissionais em astronomia ex-participantes e o apoio do coordenador Prof Canalle e do presidente da SAB Prof Licio da Silva (ONMCT)

Divulgaccedilatildeo e ConhecimentoComparando os dados da I OBA em 1998 quando

a prova foi aplicada para alunos de apenas 21 instituiccedilotildees em 8 cidades hoje o nuacutemero chega a surpreender Na VIII OBA realizada em maio de 2005 o total de escolas cadastradas chegou agrave marca de 3300 somando cerca de 180000 alunos que efetivamente realizaram a prova Vale ressaltar que todos os alunos professores e escolas receberatildeo um certificado e os 10000 com melhor classificaccedilatildeo seratildeo condecorados com medalhas em eventos promovidos pelas proacuteprias instituiccedilotildees de origem dos alunos

Natildeo haacute taxa de inscriccedilatildeo para escolas ou alunos participarem da OBA O envio do material de divulgaccedilatildeo cartaz cartas circulares provas e gabaritos satildeo totalmente gratuitos inclusive a postagem dos m esm os A im pressatildeo dos certificados e a confecccedilatildeo das medalhas tambeacutem eacute gratuita As uacutenicas despesas das escolas participantes satildeo as coacutepias das provas pois eacute enviado somente um original de cada niacutevel para aplicaccedilatildeo aleacutem da postagem dos kits com medalhas certificados e materiais de apoio apoacutes a realizaccedilatildeo total do evento

Para maiores informaccedilotildees httpwwwobaorgbr

Fernanda Calipo Cossia eacute Jornalista publicitaacuteria locutora de raacutedio assessora de comunicaccedilatildeo e poacutes graduada em relaccedilotildees Puacuteblicas Trabalhou 5 anos na Universidade Metodista de Satildeo Paulo e acumulou experiecircncias para hoje atuar na aacuterea de assessoria de comunicaccedilatildeo para os mais diversos segmentos Atualmente ela dedica-se agrave especializaccedilatildeo na aacuterea de jornalismo cientiacutefico

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Da religiatildeo a Ciecircncia

uma aventura do conhecimento humano

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GLEISER Marcelo O fim da Terra e do Ceacuteu O apocalipse na Ciecircncia e na Religiatildeo Satildeo Paulo Companhia das Letras 2001

Quais satildeo os limites que separam ciecircncia e religiatildeo Satildeo saberes complementares ou antagocircnicos Satildeo estas as perguntas feitas por Marcelo Gleiser em ldquoO fim da Terra e do Ceacuteu O apocalipse na Ciecircncia e na Religiatildeo Experiente cosmoacutelogo e divulgador cientiacutefico o autor presenteia o leitor com uma fantaacutestica abordagem histoacuterica das principais questotildees astronocircmicas e cosmoloacutegicas a preocupar o homem durante sua existecircncia Impossibilitado de responder estas questotildees de forma cientiacutefica estes recorreram ao que chamamos hoje de religiatildeo

Para Marcelo natildeo existiu uma ruptura abrupta entre o pensamento religioso e o pensamento cientiacutefico Simplesmente perguntas que antes eram respondidas pela religiatildeo passaram a serem respondidas pela ciecircncia Ele segue esse caminho sem apelar para o relativismo tatildeo em moda que coloca segundo alguns filoacutesofos entre eles Richard Rorty os deuses gregos no mesmo patamar que a moderna astrofiacutesica Para este ambas as explicaccedilotildees da origem o cosmo seriam validas e natildeo haveria como escolher de forma racional entre uma e outra sendo esta uma escolha subjetiva

Marcelo Gleiser natildeo cai nesta armadilha relativista Ele reconhece sim o papel que teve a religiatildeo como uma das formas de pensamento desenvolvidas pelo homem para tentar explicar fenocircmenos naturais mas tambeacutem reconhece as limitaccedilotildees destas explicaccedilotildees uma vez que a fiacutesica e a astronomia moderna ainda que natildeo se julguem detentoras da verdade conseguiram explicar os fenocircmenos expostos natildeo apenas de forma mais satisfatoacuteria mas tambeacutem de maneira racional experimental e capaz de fazer previsotildees Componentes estes indispensaacuteveis a qualquer ciecircncia E fora do acircmbito da religiatildeo

Um dos fenocircmenos mais perturbadores para o homem antigo era a mudanccedila nos ciclos dos movimentos celestes (tais como os eclipses aparecimento de cometas e chuva de meteoros) Em geral estes fenocircmenos celestes representavam a prediccedilatildeo de eventos maleacuteficos (pragas doenccedilas escassez nas colheitas fome ou ira dos

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deuses) A uacutenica exceccedilatildeo segundo o autor eacute a tribo Kung da N am iacutebia que considerava a passagem destes objetos celestes como pressaacutegio de boa sorte Esta visatildeo eacute decorrente de crenccedilas que consideravam os ceacuteus como morada dos d euses portanto um lugar de perfe iccedilatildeo e imutabilidade Podendo ser qualquer mudanccedila no ciclo regular dos movimentos dos ceacuteus considerada como mudanccedila no temperamento dos proacuteprios deuses Natildeo eacute estranho assim que o livro de Apocalipse o ultimo livro do Novo Testamento trazer referencias ao fim do mundo como um evento de ordem cosmoloacutegica (queda de estrelas na Terra escurecimento do Sol entre outros) isto sem falar por exemplo em 2deg Pedro 3 3-13 1 deg Joatildeo 2 18 no Livro de Daniel no Ecircxodo e etc apenas para ficarmos nas referencias culturais mais proacuteximas de noacutes mesmos

Natildeo se preocupe leitor Gleiser vai muito mais longe do que isso em sua histoacuteria da religiatildeo comprada agrave astronomia e cosmologia moderna Passamos assim a conhecer as mais diversas crenccedilas religiosas e miacuteticas que a seu modo tentam exp licar os fenocircm enos ce lestes Egiacutepcios japoneses gauleses incas povos ameriacutendios povos africanos chineses judeus hindus e europeus tem suas mitologias dissecadas de forma bastante competente pelo autor

Apoacutes a apresentaccedilatildeo destas o autor recorre ao arcabouccedilo teoacuterico experimental e histoacuterico da cosmologia e da astronomia explicando questotildees levantadas e trabalhadas pelo pensamento miacutestico- relig ioso a traveacutes das ultim as desco b ertas cientiacuteficas O meacutetodo de exposiccedilatildeo perpassa todas as quatro partes do livro prim eiram ente eacute apresentada uma questatildeo de ordem astronocircmico- cosmoloacutegica em seguida a explicaccedilatildeo dada pelas religiotildees a estes fenocircm enos seguidas pela exposiccedilatildeo das explicaccedilotildees dadas por filoacutesofos e cientistas em diversas eacutepocas ao mesmo fenocircmeno somente entatildeo o leitor eacute confrontado com as explicaccedilotildees mais recentes dadas pela ciecircncia moderna Organizaccedilatildeo esta bastante didaacutetica certamente muito apraziacutevel e uacutetil para expor questotildees astronocircmicas ao puacuteblico leigo

Seguindo este meacutetodo o leitor apoacutes ser exposto ao legitimo perigo representado por asteroacuteides e cometas para a existecircncia da vida humana ou no miacutenimo os enormes prejuiacutezos que a queda de um meteorito provocaria ao se chocar em uma cidade populosa Perigo este de certa forma jaacute contemplado no pensamento miacutestico-religioso de vaacuterios povos passa a entender a origem formaccedilatildeo constituiccedilatildeo geoloacutegica e oacuterbita destes objetos celestes para entatildeo ser apresentado as ultimas medidas tomadas por cientistas e militares para catalogar estes objetos e possivelmente evitar uma colisatildeo

Vejamos uma breve passagem ldquoComo sabiam os egiacutepcios japoneses incas e tantas outras culturas que idolatraram o Sol atraveacutes dos tempos o destino do Sol eacute diretamente relevante para o nosso destino e sobrevivecircncia neste planeta Durante aproximadamente 10 bilhotildees de anos hidrogecircnio funde-se em heacutelio gerando pressatildeo suficiente para contraba lanccedilar a contraccedilatildeo gravitacional Com o passar do tempo a quantidade de heacutelio na regiatildeo central da estrela aumenta enquanto a quantidade de hidrogecircnio diminui paacuteg 195 Este processo levara o Sol a se tornar uma gigante vermelha destruindo toda a vida na Terra

Daiacute o autor passa a explorar os buracos negros misteriosos turbilhotildees coacutesmicos dignos de Jasatildeo e Gilgamesh entre tantos outros fenocircmenos e objetos celestes Apoacutes uma longa viagem por mitos religiotildees filosofias e histoacuteria da ciecircncia o autor fecha o livro com um fantaacutestico capiacutetulo referente agrave formaccedilatildeo do universo e a interaccedilatildeo de suas forccedilas a luz da fiacutesica contemporacircnea

Apoacutes percorrermos este longo caminho descrito por Gleiser terminamos a leitura com uma uacutenica certeza somos seres extremamente limitados e insignificantes perante a grandeza do Universo entretanto fomos capaz de lhe dar um significado e uma explicaccedilatildeo Ainda temos muito para conhecer Com certeza Mas certamente daremos passos ainda maiores pois a vida humana soacute tem valor na medida em que podemos dar significado ao mundo que nos cerca aumentando nosso entendimento deste Vocecirc leitor pode ser o proacuteximo a dar este passo Ateacute laacute soacute posso lhe desejar uma boa leitura

Edgar Indalecio Smaniotto filoacutesofo professor e escritor E-mail edgarsmaniottoyahoocombr

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Viag ens no tempoe Universos Paralelos

Explorando os limites da Fiacutesica

VASCONCELLOS Rogeacuterio Amaral de Vaca Profana Encruzilhadas Livro 1 Ndeg 00 [S C] Sistema Literaacuterio Experimental Virtual (SLEV) 2005 (Coleccedilatildeo SLEV 2004 - Fase I) Compras em httpwwwslevorg R$ 1200

Nos uacuteltimos anos a fiacutesica teoacuterica vem expandindo-se gradualmente incorporando a seu arcabouccedilo de conceitos ideacuteias ateacute entatildeo de domiacutenio da ldquometafiacutesicardquo ou seja algo que antes era feito por filoacutesofos tornou-se agora parte da fiacutesica Processo este que ocorre pelo menos desde Nietzsche o uacuteltimo grande filoacutesofo a tratar de questotildees cosmoloacutegicas E tambeacutem aquele que decretou a morte da metafiacutesica entregando para os fiacutesicos a responsabilidade de explicar e criar hipoacuteteses que decircem sentido a organizaccedilatildeo do cosmo

Entretanto os fiacutesicos ao contrario dos filoacutesofos ainda que tendem a levantar hipoacuteteses muitas vezes surpreendentes tem que tornar estas ldquoverificaacuteveisrdquo via experimentaccedilatildeo Suas hipoacuteteses devem ter um referencial no mundo natural capaz de ser observado por seus pares Em outras palavras mesmo que apresentem uma teoria elegantemente organizada e sustentada racionalmente por criteacuterios loacutegicos e matemaacuteticos esta natildeo seraacute aceita caso natildeo se verifique sua correlaccedilatildeo com o mundo natural

Mas alguns cientistas mais ousados entre eles J Richard Gott (Viagens no Tempo No universo de Einstein Rio de Janeiro Ediouro 2002) natildeo se importam em fazer extrapolaccedilotildees bastante distantes das possibilidades da ciecircncia moderna em verificar sua correlaccedilatildeo com o mundo natural Abrindo assim amplos campos para a especulaccedilatildeo cientiacutefica campo este rapidamente ocupado pelos escritos de ficccedilatildeo cientiacutefica

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D estacam os aqui o livro ldquoV aca P ro fa n a E n c ru z ilh a d a s rdquo de R ogeacuterio A m aral de Vasconcellos recentemente lanccedilado Tudo bem concordo que o titulo eacute um tanto esquisito eu tam beacutem natildeo gostei mas o livro tem muitas qualidades que independem deste

Basicamente estamos falando de Universos Paralelos e V iagens no Tempo Neste caso seriamos habitantes de um Multiverso Assim o autor trab a lh a com as teo rias da in flaccedilatildeo cosmoloacutegica ou seja a ideacuteia de que aleacutem do alcance de nossos telescoacutepios existem outras regiotildees do espaccedilo que parecem idecircnticas a nossa Para muitos cosmoacutelogos alguns destes Universos poderiam ateacute ter leis fiacutesicas diferentes do nosso Basicamente esta eacute a ideacuteia que perpassa a histoacuteria do livro

A histoacuteria propriamente dita comeccedila quando uma poderosa entidade alieniacutegena conhecida como o Zelador que possui tecnologia capaz de se deslocar entre estes universos comeccedila a reunir um grupo de seres humanos e alieniacutegenas de diversos universos e tempos diferentes A intenccedilatildeo do autor eacute trabalhar com o conceito de Histoacuteria Alternativa Basicamente neste tipo de ficccedilatildeo cientifica o autor pega um determinado ponto chave da histoacuteria e modifica este m udado assim todo o restante da histoacuteria conhecida

Por exemplo se Hitler tivesse conseguido a bomba atocircmica antes dos aliados se a Intentona Comunista tivesse obtido sucesso em derrubar Getulio Vargas ou se a Confederaccedilatildeo dos Tamoios tivesse vencido a guerra contra os portugueses como seria nossa historia hoje Entre diversas outras possibilidades

Mas todas estas soacute satildeo possiacuteveis se estivermos falando de um Multiverso infinito onde todos os seres humanos e fatos histoacutericos podem ter todos os seus desdobramentos possiacuteveis ocorrendo Neste caso a viagem no tempo natildeo seria uma viajem ao nosso proacuteprio passado mas uma viagem a um outro universo onde nossa presenccedila laacute jaacute estava assegurada Assim todas as possibilidades que nossa existecircncia poderia seguir realmente existem nestes diferentes universos

P arecem ideacute ias um tanto m eta fiacutes icas Certamente Mas o artigo ldquoO jogo de espelho dos Universos Paralelosrdquo de Max Tegmark (Scientific American Ano 2 ndeg 13) e o jaacute citado livro de J Richard Gott tornam estas possibilidades bastante plausiacuteveis ainda que estejamos a seacuteculos de distancia de uma tecnologia que nos permita mesmo visualizar estes universos paralelos ou viajar no tempo como admitem os proacuteprios autores citados Vasconcellos como todo o escritor de ficccedilatildeo cientiacutefica que se preze explora este campo ainda nebuloso da fiacutes ica ateacute suas ultim as consequumlecircncias

Neste primeiro livro impresso a coleccedilatildeo completa jaacute tem mais de 3 dezenas de volumes disponiacuteveis em e-book na Internet (httpwwwslevorg) o autor faz uma apresentaccedilatildeo dos personagens e do norte narrativo da histoacuteria Satildeo reunidos seres de vaacuterios tempos e universos em sua grande maioria humanos apenas alguns satildeo alieniacutegenas para cumprir algumas missotildees em diferentes realidades alternativas

A apresentaccedilatildeo destes personagens e de seus mundos eacute feita com bastante competecircncia Temos dois arqueoacutelogos Andreacuteas Nikolos Papandriu e Dimitri Diogovitc na segunda metade do seacuteculo XIX envoltos com o debate acerca da origem da vida (evolucionismo versus criacionismo) A descriccedilatildeo de seres vivos inteligentes evoluiacutedos a partir do reino vegetal que podem usar metano gaacutes carbocircnico e eacuteter para sobrevivecircncia metaboacutelica aleacutem de um sofisticado conversor orgacircnico com ceacutelulas verdes -fotossinteacuteticas- em accedilatildeo

Este personagem (Zandra de Harboor) eacute dos mais interessantes do livro por viver em um mundo onde a magia ainda predomina tendo serias dificuldades com a aristocracia local para levar ad ian te suas pesquisas astronocircm icas e astronaacuteuticas O leitor se defrontara com bastantes questotildees interessantes mas teraacute que acompanhar a serie toda Natildeo se desespere cada livro custa apenas 200 reais no sistema e-book De qualquer forma eacute uma excelente pedida para quem gosta de uma boa literatura com pitadas de ciecircncia e muita fantasia Boa leitura

Edgar Indalecio Sm aniotto filoacutesofo professor e escritor E-mail edgarsmaniottoyahoocombr

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dicasdigitais

Navegando pelas constelaccedilotildeesEm setembro tem iniacutecio a estaccedilatildeo das flores Novas constelaccedilotildees estaratildeo melhores posicionadas

no ceacuteu noturno nas noites quentes de primavera para o hemisfeacuterio austral e outonal para o hemisfeacuterio boreal Assim nesta ediccedilatildeo vamos dar um giro por websites que falam dessas miriacuteades de estrelas e dos objetos que estatildeo em suas direccedilotildeesAntes de entrarmos no mundo digital vai uma dica natildeo digital para os neoacutefitos que querem saber

onde estatildeo as constelaccedilotildees e como localiza-las Nossa sugestatildeo vai para um livro com 87 paacuteginas de faacutecil entendimento e muito bem estruturado Eacute um pequeno guia praacutetico para observaccedilatildeo do ceacuteu que leva o observador a identificar estrelas e constelaccedilotildees sem o auxiacutelio de instrumentos Rumo agraves Estrelas do autor Delerue Alberto (1999) editora Jorge Zahar

Como diria o grande poeta parnasiano Olavo Bilac (1865-1918) cujas estrelas tecircm presenccedila marcante em seus versos que ora aparecem como confidentes ora como testemunhas ou conhecedoras do misteacuterio da vida

ldquoOra (direis) ouvir estrelas Certo Perdeste o sensordquo E eu vos direi no entanto

Que para ouvi-las muita vez desperto E abro as janelas paacutelido de espantoE conversamos toda a noite enquanto A Via Laacutectea como um paacutelio aberto

Cintila E ao vir do sol saudoso e em prantoInda as procuro pelo ceacuteu desertoDireis agora ldquoTresloucado amigo

que conversas com elas Que sentido Tem o que dizem quando estatildeo contigordquo

E eu vos direi ldquoAmai para entendecirc-lasPois soacute quem ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelasrdquo

Via-Laacutectea (Olavo Bilac)

Os websites relacionados nessa ediccedilatildeo contem inuacutemeras informaccedilotildees sobre esfera celeste estrelas constelaccedilotildees e muito mais Vale a pena navegar por cada um deles e usufruir desse vasto conhecimento depositado na internet Clique no mouse e feliz navegaccedilatildeo

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dicas digitais

Kepler de Souza Oliveira Filho e Maria de Faacutetima Oliveira Saraiva (em portuguecircs)lt

Constelaccedilotildees httpastroifufrgsbrconsthtm pound3Coordenadas das Constelaccedilotildees httpastroifufrgsbrconst1htm |

raquoL(OG) 1159 (07)

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Sebastiaacuten Otero (em inglecircs) 1280(05) 1290 (06)

1297 (06)891 (-01)

Imagens de Constelaccedilotildees - httpdavidmalincomfujiifujii_indexhtmlDavid Malin (em inglecircs)Paacutegina com a coleccedilatildeo completa de Akira FujiiDMI

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revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 95

dicasdigitais

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lsquo i - lsquoTabela com- alfabeto gregolsquohttpwwwdibonsmithcomgreekhtm

raquo bull i _ Tabela de dados estelares httpwwwdibonsmithcomdatahtm -1

^ Localizaccedilatildeo de objetos atraveacutes de binoacuteculos httpwwwdibonsmithcombinoc_tbhtm Graacuteficos de cosntej accedilotildees para o hemisfeacuterio sul httpwwwdibohsmithcomgraph_shhtmEsquema de todas as constelaccedilotildees httpwwwdibonsmithcomgraphicshtmV rsquo rsquo raquo bull

Orbita de 150 estrelas binaacuterias visuais httpwwwdibonsmithcomorbitshtm Nomes mitojoacutegicos das lsquoconstelaccedilotildeesrsquo httptowwdibonsmithcommythnamehtm kCataacutelogo Messier httpwwwdibonsmithcommessierhtm

Rosely Greacutegio eacute formada em Artes e Desenho pela UNAERP Grande difusora da Astronomia atualmenteparticipa de programas de observaccedilatildeo desenvolvidos no Brasil e exterior envolvendo meteoros cometasLua e recentemente o Solhttprgregioastrodatabasenethttprgregiositesuolcombrhttpmembersfortunecitycommeteor4indexhtmhttpgeocitiesyahoocombrrgregio2001httpwwwconstelacoeshpgcombr

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AstroHaEacutearteDigital

Eacute com grande satisfaccedilatildeo que a Revista macroCOSMOcom inaugura uma nova seccedilatildeo chamada ldquoAstro Arte Digitalrdquo O objetivo dessa seccedilatildeo eacute a de ser um local de exposiccedilotildees de arte digital sobre temas astronocircmicos dando para aqueles leitores que possuem talento artiacutestico uma oportunidade para exporem seus trabalhos Todos estatildeo convidados para participarem

Regulamento

1deg O tema eacute livre contato que aborde algum tema relacionado agrave Astronomia ou Ciecircncias afins2deg Podem participar artistas de todas as idades e de diferentes localidades do Brasil e Exterior 3deg Cada artista poderaacute enviar quantos trabalhos desejar4deg Os trabalhos deveratildeo ser gerados digitalmente no tamanho 950X640 pixels (300 dpi) e natildeo poderatildeo exceder o tamanho de 1 MB podendo ser utilizado qualquer programa de desenho e modelagem graacutefica Tambeacutem seratildeo aceitos trabalhos feitos a ldquomatildeo livrerdquo no tamanho A4 (297cm X 21 cm) sendo que estes deveratildeo ser enviados digitalizados no tamanho 950X640 pixels (300 dpi) 5deg Os trabalhos enviados deveratildeo possuir tiacutetulo descriccedilatildeo da imagem o nome completo do artista cidade estado e paiacutes onde reside e o nome dos programas que utilizou para a criaccedilatildeo da sua arte ou do material utilizado no caso da arte ter sido feita a ldquomatildeo livrerdquo6deg Os trabalhos deveratildeo ser enviados para o e-mail astroartedigitalrevistamacrocosmocom

7deg Todos os trabalhos recebidos passaratildeo por um criteacuterio de avaliaccedilatildeo e escolha Os melhores trabalhos seratildeo publicados nas ediccedilotildees da Revista macroCOSMOcom8deg Natildeo existem prazos para envio dos trabalhos A avaliaccedilatildeo para a escolha dos melhores trabalhos para publicaccedilatildeo soacute teraacute iniacutecio apenas quando atingirmos o nuacutemero miacutenimo de 20 trabalhos recebidos

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 97

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rmacroCOSMO comA primeira revista eletrocircnica brasileira de Astronomia

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Ediccedilatildeo ndeg 13Dezembro de 2004

Ediccedilatildeo ndeg 14Janeiro de 2005

Ediccedilatildeo ndeg 15Fevereiro de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 16Marccedilo de 2004

Ediccedilatildeo ndeg 17Abril de 2005

Ediccedilatildeo ndeg 18Maio de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 19Junho de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 21Agosto de 2005

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Page 10: Planetas ' * Extrasolaresacervoastronomico.org/acervo/MACROCOSMO/macrocosmo22.pdf · 2020. 2. 21. · provável a existência de vida em outros pontos do Universo. Somente no nosso

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REacutesmacroEVENTOS]

Foram 280 trabalhos divididos em 50 orais e 230 pocircsteres dos quais parte das pesquisas em Astronomia se concentram nas aacutereas de Astrofiacutesica Estelar Astronomia Extragalaacutetica Meio Interestelar Sistema Solar Instrumentaccedilatildeo A strom etria e A stronom ia D inacircm ica Eacute importante ressaltar a crescente demanda de trabalhos observacionais e sobre Ensino Histoacuteria e Divulgaccedilatildeo de Astronomia que receberam um destaque especial no Encontro com uma tarde exclusiva para apresentaccedilotildees orais somente sobre temas afins

Natildeo podemos deixar de citar que Naelton Mendes de Arauacutejo (RJ) redator da Revista m acroCOSMOcom apresentou um pocircster sobre algum as iniciativas da d ivulgaccedilatildeo astronocircm ica entre e las a R evis ta macroCOSMOcom ldquoUracircnia ENAST e Revista macroCOSMOcom experiecircncias virtuais em divulgaccedilatildeo cientiacuteficardquo

A SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira foi fundada em 1974 pela com unidade de astrocircnomos brasileiros e desde entatildeo tem promovido reuniotildees anuais para discussotildees de trabalhos cientiacuteficos aleacutem da promoccedilatildeo de simpoacutesios reuniotildees de trabalho e servir de contato com os oacutergatildeos vinculados agrave pesquisa no paiacutes A tu a lm en te a SAB conta com ap rox im ad am en te 400 soacutecios D estes aproximadamente 200 satildeo portadores do tiacutetulo de Doutor em Ciecircncias ou estatildeo em vias de obter a titulaccedilatildeo

ldquoA Reuniatildeo Anual da SAB eacute o evento mais importante da Astronomia Brasileira Uma oportunidade iacutempar para que seus membros divulguem seus trabalhos e possam discutir tem as de interesse geral da com unidade astronocircmica Para os astrocircnomos jovens ainda em form accedilatildeo trata-se de uma excelente

Prof Liacutecio da Silva presidente da SAB

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Naelton Mendes de Araujo expondo seu trabalho sobre divulgaccedilatildeo astronocircmica virtuais destacando o trabalho da lista de discussatildeo Uracircnia Brasil os ENASTs (Encontros Nacionais de Astronomia) e a Revista MacroCOSMOcom

oportunidade para interagir com colegas mais experientesrdquo afirma o presidente da SAB Prof Dr Licio da Silva (ONMCT)

As reuniotildees da SAB tecircm como objetivos principais como a apresentaccedilatildeo e discussatildeo de trabalhos de pesquisa em andamento no paiacutes aleacutem de temas atuais de interesse da comunidade tais como a poliacutetica cientiacutefica do paiacutes a implantaccedilatildeo de novos te lescoacute p io s o d esenvo lv im ento de instrumentaccedilatildeo para os telescoacutepios jaacute existentes entre outros Outro objetivo eacute a reciclagem de conhecim entos a traveacutes da rea lizaccedilatildeo de conferecircncias de revisatildeo ou simpoacutesios sobre temas especiacuteficos Aleacutem da oportunidade do intercacircmbio de inform accedilotildees com os colegas da aacuterea os congressitas tiveram a oportunidade de participarem de conferecircncias dos mais variados temas inclusive internacionais entre elas

- ldquoA aurora da astrofiacutesica oacuteptica brasileirardquo Carlos Alberto Torres (LNA)

- ldquoThe Square Kilometer Array (SKA)rdquo Richard Schilizzi (International SKA Project Director Dwingeloo The Netherlands)

- ldquoSituaccedilatildeo da mulher na Astronomia brasileirardquo Adriana V R Silva (CRAAMMackenzie)

- ldquoStatus of SOAR and first sciencerdquo SO Kepler (IFUFRG S amp SOAR Telescope)

- ldquoCosmic magnetic fieldsrdquo Elisabete M G dal Pino (IAGUSP)

- ldquoInstrumentaccedilatildeo para o telescoacutepio G EM IN Irdquo Claacuteudia Mendes de Oliveira (IAGUSP)

- ldquoSimulating stellar photometric surveys with the TR ILEG A L coderdquo Leo Girardi (Observatoacuterio Astronocircmico di Trieste-INAF Itaacutelia)

- ldquoO sateacutelite CoRoT dia D menos um anordquo Eduardo Janot Pacheco (IAGUSP)

Paralelo agrave programaccedilatildeo do Encontro a CESAB - Comissatildeo de Ensino da SAB realizou mini-cursos para mais de 50 professores da regiatildeo como forma de estiacutemulo a reciclagem e capacitaccedilatildeo jaacute que a maioria tem formaccedilatildeo em outras aacutereas de exatas ou ciecircncias

CONTATOSSOCIEDADE ASTRONOcircMICA BRASILEIRAhttpwwwsab-astroorgbrRua do Matatildeo 1226 Cidade Universitaacuteria05508-900 Satildeo Paulo SPTel 011 3091 27 05 FAX 011 3091 28 60E-mail secretsab-astroorgbr

Fernanda Calipo Cossia eacute Jornalista publicitaacuteria locutora de raacutedio assessora de comunicaccedilatildeo e poacutes graduada em relaccedilotildees Puacuteblicas Trabalhou 5 anos na Universidade Metodista de Satildeo Paulo e acumulou experiecircncias para hoje atuar na aacuterea de assessoria de comunicaccedilatildeo para os mais diversos segmentos Atualmente ela dedica-se agrave especializaccedilatildeo na aacuterea de jornalismo cientiacutefico

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ISS - A Estaccedilatildeo EspacialInternacional

Daniel Bins | Cosmonaacuteutica binsbrgmailcom

A Estaccedilatildeo Espacial Internacional - ISS (International SpaceStation) eacute um projeto multinacional composto por 16 paiacuteses Estados Unidos Ruacutessia Japatildeo Canadaacute Dinamarca Noruega Beacutelgica Holanda Franccedila A lem anha Espanha Inglaterra Sueacutecia Suiacuteccedila e Brasil com um custo estim ado de 60 bilhotildees de doacutelares

A ideacute ia de c o n s tru ir um a e s ta ccedilatilde o e sp a c ia l in te rn a c io n a l su rg iu inicialmente no governo de Ronald Reagan durante os anos 80 e chamava- se Freedom (Liberdade) Posteriormente com a queda da Uniatildeo Sovieacutetica iniciou-se uma colaboraccedilatildeo entre os dois antigos rivais e em 1993 o projeto passou a se cham ar Alpha Posteriorm ente foi rebatizado com o ISS para dar uma aparecircncia m ultinacional para o nome da estaccedilatildeo

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DAS PRANCHETAS PARA O ESPACcedilO

A ISS comeccedilou a sair do papel com o projeto Shuttle-Mir A construccedilatildeo da ISS foi dividida em trecircs partes

Fase I (1994-1997) Os astronautas americanos fariam parte das tripulaccedilotildees da estaccedilatildeo espacial russa Mir sendo conhecido como projeto Shuttle- Mir Em junho de 1995 o ocircnibus espacial Atlantis na missatildeo STS-71 acoplou com a Mir Foi a segunda vez que uma nave americana acoplou com uma nave russa A partir daiacute no periacuteodo de 1 995 a 1 9 9 8 vaacuterias m issotildees a m erican as acoplaram na estaccedilatildeo russa e os astronautas americanos passaram a fazer parte das tripulaccedilotildees

da Mir Estes intercacircmbios tinham como objetivo os preparativos para a construccedilatildeo da estaccedilatildeo espacial internacional O recorde de permanecircncia no espaccedilo americano foi obtido pela astronauta Shannon Lucid que ficou 188 dias no espaccedilo dentro da estaccedilatildeo Mir em 1996 O moacutedulo Spektr foi utilizado como moacutedulo de habitaccedilatildeo pelos astronautas americanos O astronauta Norman Thagard foi o primeiro americano a decolar numa nave russa fazendo parte da missatildeo Soyuz TM- 21 em 1995 Da m esm a form a os russos passaram a fazer parte das tripulaccedilotildees dos ocircnibus espaciais americanos O primeiro deles foi Serguei Krikalev que fez parte da tripulaccedilatildeo do STS-60 em 1994

A experiecircncia ShuttleMIR

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Fase II (1997-1999) Iniacutecio da construccedilatildeo e estabelecimento de uma estrutura miacutenima para 3 astronautas A estaccedilatildeo comeccedilaria a ser habitada quando o moacutedulo de serviccedilo estivesse em oacuterbita

Fase III (1999-2002) Teacutermino da construccedilatildeo da estaccedilatildeo com a chegada do moacutedulo de habitaccedilatildeo e dos moacutedulos cientiacuteficos

Como podemos ver a fase 3 do projeto continua Os atrasos motivados pela crise econocircmica russa e pelo acidente do ocircnibus espacial Coluacutembia atrasaram consideravelmente o teacutermino da estaccedilatildeo

Os astronautas americanos passaram mais de1000 dias a bordo da estaccedilatildeo Mir Como resultado dezenas de sugestotildees foram implementadas para a construccedilatildeo da ISS Poreacutem muitos comentaacuterios negativos foram feitos Veja alguns deles

- Deveria existir um melhor suporte para os experimentos cientiacuteficos

- A agenda diaacuteria deveria ser feita pelo controle em terra e natildeo pela tripulaccedilatildeo

- O lixo e o armazenamento foram considerados um problema Um inventaacuterio de todo o equipamento com a sua localizaccedilatildeo deveria ser providenciado

- Para trabalhar de forma segura seria necessaacuterio uma melhor compreensatildeo do idioma russo Foi sugerido a utilizaccedilatildeo exclusiva do inglecircs para as tarefas na ISS

- Os astronautas am ericanos receberam treinamento limitado para reparos

- Eles receberam treinamento para serem passageiros e natildeo pilotos das naves Soyuz

- As atividades cientiacuteficas americanas foram limitadas devido a problemas de comunicaccedilatildeo com as equipes de controle em terra

- Natildeo existia comunicaccedilatildeo ldquohorizontalrdquo entre as organizaccedilotildees russas As inform accedilotildees iam diretamente de uma organizaccedilatildeo a outra sem as demais tomarem conhecimento

- Os astronautas americanos natildeo estavam satisfeitos com a comunicaccedilatildeo entre os membros da tripulaccedilatildeo e o controle em Terra

- A comunicaccedilatildeo entre a estaccedilatildeo e o controle em terra tinha seus defeitos Era impossiacutevel falar e ouvir outras pessoas durante uma videoconferecircncia

- A Ruacutessia limitou o acesso aos detalhes teacutecnicos sobre a estrutura da Mir Soyuz e Progress incluindo-se s istem as eleacutetricos mecacircnicos e sistemas de suporte vitais

- Os cosmonautas recebiam um bocircnus de1000 doacutelares a mais por cada tarefa considerada perigosa como uma saiacuteda no espaccedilo um mecircs a mais na estaccedilatildeo ou um acoplamento feito de form a m an u a l Is to seg u n do a N A SA aum entaria o risco ao qual os astronautas am ericanos estariam expostos dentro da estaccedilatildeo A colisatildeo com um cargueiro Progress em 1997 ocorreu devido a um erro durante um acoplamento manual

O INICIO DA CONSTRUCcedilAtildeO

O primeiro moacutedulo o russo Zarya financiado pelos Estados Unidos foi lanccedilado em novembro de 1998 O moacutedulo seguinte o norte americano Unity foi enviado em dezembro de 1998 Para levar o moacutedulo Zarya ao espaccedilo foi utilizado um foguete Proton Para levar o Unity foi utilizado um ocircnibus espacial americano

A estaccedilatildeo foi colocada numa oacuterbita terrestre baixa em torno de 300 km de altura com inclinaccedilatildeo de 516 graus Este grau de inclinaccedilatildeo eacute bem maior que o do ocircnibus espacial e foi utilizado por causa dos russos devido ao local de lanccedilamento das naves Como a maioria era lanccedilada do Casaquistatildeo que era a repuacuteblica mais ao sul da URSS o caminho

dos foguetes natildeo atravessava nem a Mongoacutelia nem a China Isso quer dizer que em caso de falhas os foguetes cairiam dentro do territoacuterio sovieacutetico e natildeo nos paiacuteses vizinhos Como consequumlecircncia disso os foguetes russos utilizam sua maacutexima capacidade enquanto isso o ocircnibus espacial precisa gastar mais combustiacutevel para atingir a estaccedilatildeo

Um intervalo de 1 ano e meio ocorreu ateacute a chegada do proacuteximo componente o moacutedulo de habitaccedilatildeo russo Zvezda apenas enviado em julho de 2000 devido a dificuldades financeiras russas e a defeitos no foguete Proton durante o ano de 1999 O Zvezda originalmente tinha sido planejado para substituir a estaccedilatildeo espacial Mir sendo muito parecido com ela

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A configuraccedilatildeo atual da ISS

Estando o moacutedulo de serviccedilo acoplado agrave estaccedilatildeo comeccedilou a ocupaccedilatildeo da mesma sendo a primeira tripulaccedilatildeo transportada numa nave Soyuz e a partir daiacute as demais tripulaccedilotildees foram transportadas pelos ocircnibus espaciais Periodicamente os russos lanccedilariam naves Soyuz pois a vida uacutetil de cada uma eacute de 6 meses Isso permaneceria assim ateacute o acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia

Para abastecer a estaccedilatildeo satildeo utilizados ocircnibus espaciais americanos e naves cargueiras russas Progress Enquanto se estaacute na fase de construccedilatildeo a tripulaccedilatildeo eacute de 3 tripulantes mas se espera que ao concluir a estaccedilatildeo possa abrigar 6 tripulantes

Os lanccedilamentos satildeo feitos desde o coacutesmodromo de Baikonur e desde Cabo Canaveral na Floacuterida O controle das missotildees eacute feito desde Houston no Texas e desde Korolev proacuteximo a Moscou Os norte- am ericanos possuem sateacutelites que permitem

comunicaccedilatildeo 24 horas e os russos utilizavam o mesmo recurso na eacutepoca da Mir Atualmente a comunicaccedilatildeo eacute obtida quando a estaccedilatildeo estaacute sobre a aacuterea de cobertura das estaccedilotildees de comunicaccedilatildeo russas

No final de 2000 foram acrescentadas as estruturas Z1 Truss P6 Truss paineacuteis solares PVA A primeira tripulaccedilatildeo chegou no final de outubro

Em 2001 a estaccedilatildeo recebeu o moacutedulo cientiacutefico Destiny o braccedilo robocirc canadense o Airlock e o Docking Compartment russo Pirs aleacutem da parte central da larga estrutura de segmentos o S0 T russ Em 08 de outubro de 2001 os cosmonautas Vladimir Dezhurov e Mikhail Tyurin se tornaram os primeiros tripulantes a conduzir uma caminhada espacial fora da estaccedilatildeo espacial internacional O primeiro cientista a bordo foi a bioquiacutemica Peggy Whitson da NASA

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No ano seguinte foi a vez de receber mais segmentos o S1 e o P1 O acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia em fevereiro de 2003 paralisou momentaneamente a montagem do complexo que em grande parte depende dele

Mesmo em construccedilatildeo a ISS recebeu a visita de 2 turistas a bordo de naves Soyuz russas O primeiro foi o norte americano Dennis Tito em 2001 e o segundo foi o sul africano Mark Shuttleworth em 2002 Eles ficaram 7 dias no espaccedilo e pagaram 20 milhotildees de doacutelares pela viagem Dennis Tito tinha pagado para ir a estaccedilatildeo espacial Mir mas como ela foi derrubada em marccedilo de 2000 os russos o levaram ateacute a ISS Outros vocircos com turistas foram suspensos devido ao acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia

Com o novo governo americano do presidente Bush e o acidente com o ocircnibus espacial Coluacutembia a ISS sofre alguns cortes onde o moacutedulo de habitaccedilatildeo o moacutedulo de propulsatildeo e o CRV (Crew Return Vehicle) foram cancelados O plano do governo americano eacute concluir sua parte quando o moacutedulo Node 2 for entregue pois ele permite o acoplamento dos moacutedulos do Japatildeo e da Europa As centriacutefugas originalmente planejadas tiveram o mesmo destino A uacuteltima revisatildeo do projeto da estaccedilatildeo foi feita em julho de 2004

Os cortes foram causados pelo novo rumo adotado pelo governo americano em querer um programa de exploraccedilatildeo marciana mais robusto e que natildeo estaacute disposto a pagar pelos custos extras da estaccedilatildeo Os custos extras se devem a muitos fatores como a demora no lanccedilamento do moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda atrasado em 1 ano e os constantes aumentos no preccedilo da construccedilatildeo dos moacutedulos americanos

Com isso a utilizaccedilatildeo cientiacutefica da ISS fica comprometida pois para se desenvolver trabalhos seacuterios seria necessaacuterio uma tripulaccedilatildeo maior Atualmente apenas 3 astronautas podem ocupar a estaccedilatildeo pois eacute o maacuteximo que as caacutepsulas Soyuz com portam Se mais uma caacutepsula fosse disponibilizada entatildeo a tripulaccedilatildeo poderia ser aumentada para 6 pessoas Isso implica numa maior participaccedilatildeo dos russos no projeto

Poreacutem devido ao acidente com o ocircnibus espacial a tripulaccedilatildeo teve que ser reduzida a duas pessoas Desta forma a quantidade de lanccedilamentos de

cargueiros de reabastecimento Progress pode ser mantida A cada 3 meses os russos lanccedilam um sateacutelite cargueiro natildeo tripulado levando comida aacutegua combustiacutevel e equipamentos para a estaccedilatildeo Com uma tripulaccedilatildeo de 3 a periodicidade dos vocircos deveria ser maior o que acarretaria maiores custos para os russos

As tripulaccedilotildees atuais permanecem 6 meses na estaccedilatildeo Antes do acidente em media uma tripulaccedilatildeo permanecia entre 3 e 4 meses no espaccedilo

O CRV seria um ocircnibus espacial em miniatura que seria utilizado apenas em caso de emergecircncia para a tripulaccedilatildeo da ISS abandonar a estaccedilatildeo e retornar em seguranccedila para a Terra Jaacute o moacutedulo de propulsatildeo foi projetado pensando-se na possibilidade do fracasso do moacutedulo russo Zvezda mas natildeo foi concluiacutedo Para retornar agrave Terra em caso de emergecircncia utilizam-se as naves russas Soyuz

Apesar da Ruacutessia gastar o equivalente a 6 do custo total do projeto ela vai ter direito a utilizar 30 dos recursos da estaccedilatildeo Isso se deve ao custo de construccedilatildeo dos moacutedulos que eacute bem menor que nos EUA e agrave forma de lanccedilamento Um foguete Proton custa em torno de 50 milhotildees de doacutelares Um lanccedilamento do ocircnibus espacial implica em gastos de 500 milhotildees de doacutelares O total de moacutedulos e componentes da estaccedilatildeo eacute de 36 A parte russa eacute composta de 11 moacutedulos Destes provavelmente 2 teratildeo ajuda da iniciativa privada e 1 foi financiado pelos EUA (Zarya)

A PARTE DE CADA UM

A parte que seraacute construiacuteda pelos Estados Unidos inclui o moacutedulo cientiacutefico Destiny Z1 Truss Node 1 (Unity) e Node 2 uma estrutura metaacutelica de 96 metros de comprimento composta de 10 segmentos para acomodar os paineacuteis solares e o Airlock Para colocar sua parte no espaccedilo os norte americanos utilizaratildeo seus 3 ocircnibus espaciais (Discovery Atlantis e Endeavour) O Coluacutembia era o uacutenico da frota que natildeo estava preparado para acoplar com a estaccedilatildeo espacial O custo da parte norte americana deve ser no miacutenimo de 11 bilhotildees de doacutelares

A parte russa da estaccedilatildeo seraacute composta por um moacutedulo de comando e controle (Zvezda) que seraacute utilizado como habitaccedilatildeo durante a construccedilatildeo da estaccedilatildeo 2 moacutedulos cientiacuteficos baseados nas naves

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Soyuz 1 moacutedulo de carga (Zarya financiado pelos Estados Unidos) um moacutedulo com vaacuterios pontos de acoplamento chamado Universal Docking Module 2 docking compartments uma nave Soyuz de emergecircncia para abandonar a estaccedilatildeo enquanto ela estiver em construccedilatildeo uma estrutura para acomodar os paineacuteis solares chamada Scientific Power Plataform e talvez 2 moacutedulos comerciais feitos em parceria com as empresas norte americanas Boeing e Spacehab e as russas Energia e Khrunichev Os russos utilizaratildeo suas naves Soyuz para transportar os cosmonautas e as naves autom aacuteticas P rogress M para reabastecer a estaccedilatildeo

D evido a restriccedilotildees o rccedilam en taacuterias os componentes do segmento russo podem sofrer reduccedilotildees ou ateacute ser excluiacutedos da configuraccedilatildeo final da estaccedilatildeo Com o acidente do ocircnibus espacial os americanos poderiam comprar naves russas Soyuz ou mais cargueiros Progress para suprir melhor a estaccedilatildeo Entretanto isso natildeo eacute possiacutevel pois existe uma lei americana que impede a NASA e outras empresas norte americanas de comprar tecnologia russa Isto ocorreu porque a Ruacutessia facilitou tecnologia nuclear para o Iratilde uma naccedilatildeo considerada do Eixo do Mal

A parte da Agecircncia Espacial Europeacuteia inclui um laboratoacuterio cientiacutefico um pequeno braccedilo robocirc a ser instalado no segmento russo e naves automaacuteticas de reabastecimento que acoplaratildeo no moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda Ao total o custo estimado da participaccedilatildeo europeacuteia eacute de 47 bilhotildees de doacutelares

As naves de carga automaacuteticas europeacuteias se chamaratildeo ATV e seratildeo lanccediladas por foguetes Ariane-5 da base de Kourou na Guiana Francesa

A parte japonesa inclui 1 laboratoacuterio cientiacutefico com uma plataforma para experimentos fora da estaccedilatildeo ao custo total de 31 bilhotildees de doacutelares

O Canadaacute iraacute fornecer um braccedilo robocirc de 18 metros de comprimento e uma estrutura composta de trilhos para deslocar o braccedilo pela estrutura metaacutelica da estaccedilatildeo O custo da contribuiccedilatildeo canadense eacute de 1 bilhatildeo de doacutelares

A Itaacutelia construiu 3 moacutedulos logiacutesticos denominados MPLM (Multi Purpose Logistics Module) batizados Leonardo Rafaello e Donatello ao custo de 550 milhotildees de doacutelares Em troca dos moacutedulos a Itaacutelia poderaacute mandar seus astronautas para a estaccedilatildeo

O Brasil inicialmente iria construir paletas para colocar experimentos fora da estaccedilatildeo (Express Palet) ao custo de 120 milhotildees de doacutelares Cada paleta com peso de 1 tonelada e vida uacutetil estimada de 10 anos poderia levar 6 cargas de 225 Kg Tambeacutem teria um astronauta proacuteprio o tenente aviador Marcos Cesar Pontes que foi treinado para subir para a estaccedilatildeo atraveacutes do ocircnibus espacial e foi escolhido em 1998 Poreacutem devido a problemas orccedilamentaacuterios a participaccedilatildeo do Brasil foi reduzida a 21 equipamentos menores que seratildeo construiacutedos sem custo pelo SESI Quanto ao astronauta brasileiro foram feitas negociaccedilotildees com a agecircncia espacial russa para enviar Marcos Pontes em uma nave Soyuz em abril de 2006

Astronauta brasileiro Marcos Pontes escalado para a 13deg expediccedilatildeo agrave ISS conforme acordo

brasilerio com a Agecircncia Espacial Russa

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TRIPULACcedilOtildeES DA ISS

1deg Expediccedilaotilde31-10-2000Baikonur

O primeiro grupo permanente enviado agrave ISS foi transportado pela Soyuz TM -31 e composto pelo comandante norte americano Bill Sheperd e pelos russos Yuri Gidzenko e Serguei Krikalev Esta missatildeo preparou seus sistemas para utilizaccedilatildeo permanente e recebeu os primeiros paineacuteis solares feitos nos Estados Unidos e o moacutedulo laboratoacuterio norte americano Destiny A tripulaccedilatildeo permaneceu 140 dias 23 horas e 28 minutos no espaccedilo retornando para a Terra em 18 de marccedilo de 2001

2deg Expediccedilatildeo10-3-2001Cabo Canaveral

A 2deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante cosmonauta Yuri Usachev e os seus colegas norte americanos Susan Helms e James Voss Eles foram a bordo da STS-102 Discovery Durante sua missatildeo foi adicionado o CanadArm e o moacutedulo Quest (Joint Pressurized Airlock) Este grupo tambeacutem recebeu o primeiro turista espacial o milionaacuterio norte americano Dennis Tito Eles ficaram no espaccedilo 167 dias 6 horas e 41 minutos retornando agrave Terra em 22 de agosto de 2001

3deg Expediccedilatildeo10-8-2001Cabo Canaveral

A 3deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante norte americano Frank Culbertson e pelos russos Vladimir Dezhurov e Mikhail Tyurin Eles foram transportados agrave estaccedilatildeo pelo STS-105 Discovery Permanecircncia no espaccedilo de 128 dias 20 horas e 45 minutos retorno em 17 de dezembro de 2001

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4deg Expediccedilatildeo5-12-2001Cabo Canaveral

A 4deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Yuri Onufrienko e pelos norte americanos Carl E W alz e D an ie l W Bursch E les foram transportados para a estaccedilatildeo pelo S T S -108 Endeavour Permanecircncia no espaccedilo de 195 dias 19 horas e 39 minutos retorno em 19 de junho de 2002

5deg Expediccedilatildeo5-6-2002Cabo Canaveral

A 5deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Valery Korzun pela norte-americana Peggy Whitson e pelo russo Sergei Treschev Retornaram no dia 07 de dezem bro de 2 0 0 2 apoacutes permanecerem 184 dias 22 horas e 14 minutos no espaccedilo

6deg Expediccedilatildeo23-11-2002Cabo Canaveral

A 6deg Expediccedilatildeo foi comandada por mais um veterano da Mir Nikolai Budarin e seus colegas am ericanos Donald Pettit e Ken Bowersox Perm aneceram na ISS 161 dias 1 hora e 17 minutos retornando agrave Terra em 03 de maio de 2003

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7deg Expediccedilatildeo25-4-2003Baikonur

A 7deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Yuri Malenchenko e pelo norte americano Ed Lu Permaneceram no espaccedilo 184 dias 21 horas e 47 minutos retornando agrave Terra em 27 de outubro de 2003

8deg Expediccedilatildeo18-10-2003Baikonur

A 8deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante russo Aleksandr Kaleri e pelo norte americano Michael Foale Retornou em 29 de abril de 2004 Permanecircncia de 194 dias 18 horas e 35 minutos

9deg Expediccedilatildeo18-4-2004Baikonur

A 9deg Expediccedilatildeo foi composta pelo engenheiro de vocirco norte americano Mike Fincke e pelo comandante russo Gennady Padalka Permanecircncia a bordo da ISS de 187 dias 21 horas e 17 minutos retornando em 23 de outubro de 2004

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10deg Expediccedilatildeo13-10-2004Baikonur

A 10deg Expediccedilatildeo foi composta pelo comandante norte americano Leroy Chiao e pelo russo Salizhan Sharipov Retornaram agrave Terra em 24 de abril de 2005 apoacutes 192 dias 19 horas e 2 minutos

11deg Expediccedilatildeo14042005Baikonur

A 11deg Expediccedilatildeo eacute composta pelo comandante russo Sergei Krikalev e pelo norte americano John Phillips Seu retorno estaacute previsto para 7 de outubro de 2005 Serguei Krikalev eacute o novo recordista em permanecircncia no espaccedilo recorde este quebrado durante a missatildeo atual

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DADOS SOBRE A ISS ATEacute O FINAL DA EXPEDICcedilAtildeO 10

Aacuterea habitaacutevel 425 metros cuacutebicosDimensotildees 75 metros de largura entre os paineacuteis solares 275 metros de altura 438 metros do moacutedulo cientiacutefico Destiny ateacute o moacutedulo de serviccedilo Zvezda 513 metros com uma nave Progress acopladaPeso 18303 toneladasVocircos 16 vocircos norte americanos e 28 vocircos russosAtividades Extraveiculares 65 saiacutedas sendo 25 partindo de dentro do Ocircnibus Espacial totalizando 348 horas e 15 minutosExperimentos cientiacuteficos Ateacute o final da Expediccedilatildeo 7 em agosto de 2003 tinham sido feitos 129 experimentos

COMPONENTES DA ESTACcedilAtildeO

ZARYA20-11-199820000 Kg Baikonur - Proton

Moacutedulo russo tambeacutem conhecido como FGB (Functional Cargo Block em inglecircs) Possui 126 metros de com primento por 4 05 metros de diacircmetro e 2 paineacuteis solares Possui 2 acopladores 1 utilizado pelo moacutedulo Unity e outro que pode ser utilizado por naves Soyuz ou Progress

UNITY3-12-199820000 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Moacutedulo norte americano Possui 45 metros de comprimento por 66 metros de diacircmetro Possui 2 acopladores 1 utilizado pelo moacutedulo Zarya e outro que pode ser utilizado pelos ocircnibus espaciais americanos Este moacutedulo eacute feito inteiramente em alumiacutenio

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ZVEZDA12-7-200020000 Kg Baikonur - Proton

Moacutedulo russo tambeacutem conhecido como Service Module Possui 2 paineacuteis solares e 4 acopladores sendo que 1 na parte traseira e 3 na parte dianteira Possui 13 metros de comprimento e 405 metros de diacircmetro O Zvezda possui 14 janelas e seu interior eacute dividido em 3 compartimentos Possui cabines para os tripulantes e seraacute utilizado como moacutedulo de habitaccedilatildeo durante a construccedilatildeo da ISS

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Z1 TRUSS5-10-20008280 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Serve como central de com unicaccedilotildees do segmento americano Tambeacutem eacute utilizado como base para a estrutura P6 Truss Possui 4 giroscoacutepios utilizados para estabilizar a estaccedilatildeo e uma antena de telecomunicaccedilotildees Custo de 273 milhotildees de doacutelares

P6 TRUSS30-11-200017000 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Estrutura que serve para acomodar os radiadores e os imensos paineacuteis solares PVA (PhotoVoltaic Arrays) Satildeo ao todo 4 PVAs com comprimento de 73 metros de ponta a ponta e 3 radiadores Custo de 600 milhotildees de doacutelares

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DESTINY7-2-200114515 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Peccedila central da parte cientiacutefica da Estaccedilatildeo Espacial Internacional Feito em alumiacutenio possui 85 metros de comprimento peso de 14515 Kg e 45 metros de diacircmetro Possui 3 seccedilotildees ciliacutendricas e capacidade para alocar 24 racks com experimentos Responsaacutevel pelo controle da estaccedilatildeo em substituiccedilatildeo ao moacutedulo de serviccedilo russo Zvezda

MPLM LEONARDORAFAELLODONATELLO10-3-20014100 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Os MPLM (Multi-Purpose Logistics Modules) foram construiacutedos pela Agecircncia Espacial Italiana ASI e pela empresa Alenia Aerospazio localizada em Turin na Itaacutelia Estes moacutedulos pressurizados servem para transportar e trazer carga para a Estaccedilatildeo Sua construccedilatildeo foi iniciada em 1996 Possuem 64 metros de comprimento por 46 metros de diacircmetro Podem transportar 91 toneladas de carga em 16 racks standard

CANADARM19-4-200117000 KgsCabo Canaveral - Space Shuttle

Primeira parte do braccedilo roboacutetico canadense ldquoCanadArmrdquo Este braccedilo com seus 177 metros de comprimento e suas 17 toneladas de peso seraacute utilizado para construir a estaccedilatildeo Anexado ao moacutedulo Destiny possui a singular capacidade de andar pelo moacutedulo o que aumenta seu raio de atuaccedilatildeoCusto de 600 milhotildees de doacutelares

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JOINT AIRLOCK QUEST12-7-20016500 KgsCabo Canaveral - Space Shuttle

Airlock (saiacuteda externa da estaccedilatildeo) anexa ao moacutedulo Unity Compatiacutevel com roupas espaciais americanas e russas Custo de 164 milhotildees de doacutelares

CO-1 PIRSDOCKING COMPARTMENT13-9-20015000 Kgs Baikonur - Proton

Moacutedulo russo que possui um pequeno airlock para saiacutedas extraveiculares compatiacutevel apenas com trajes russos Serve tambeacutem como ponto de acoplamento para naves Soyuz e Progress M Acoplado ao moacutedulo Zvezda Possui comprimento de aproximadamente 5 metros e diacircmetro maacuteximo de 280 metros Foi transportado para a estaccedilatildeo atraveacutes de um moacutedulo de serviccedilo Progress adaptado

S0 TRUSS5-6-200212247 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Primeira parte da estrutura principal da ISS composta por 9 partes Possui comprimento de 134 x 46 metros Nele foi fixado o Mobile Transporter que permite ao braccedilo robocirc CanadArm se deslocar pela estaccedilatildeo

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S1 TRUSS7-10-200215000Cabo Canaveral - Space Shuttle

Com prim ento de 137 metros peso de 15 toneladas eacute o terceiro componente da seccedilatildeo central da estaccedilatildeo composta por 11 peccedilas Foi anexado ao segmento S0 Possui 2 cameras de TV um segundo canal S-Band de comunicaccedilatildeo e o primeiro Thermal Radiator Rotary Joint

P1 TRUSS23-11-2002 12400 KgCabo Canaveral - Space Shuttle

Comprimento de 137 metros peso de 124 toneladas anexado ao segmento S0 Possui uma antena de UHF e da mesma forma que o segmento S1 possui radiadores e tambeacutem tem instalado o Crew and Equipment Translation Aid (CETA)

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FOGUETES

Foguetes empregados para levar naves e componentes para a ISS

SOYUZComprimento 345 m Diacircmetro 3 m Peso 297 toneladas Estaacutegios 3 ou 4 Carga uacutetil LEO 7 toneladas

Descriccedilatildeo dos sistemasPrimeiro estaacutegio 4 exaustores 42810 Kg 101600

kgf Isp 314 sec Tempo de Queima 118 segundos Isp(sl) 257 sec LoxKerosene Motores 1RD-107- 11D511P

Segundo estaacutegio 101160 Kg 103100 kgf Isp 319 segundos Tempo de Queima 286 segundos Isp(sl) 252 segundos LoxKerosene Motores 1 RD- 108-11D512P

Terceiro estaacutegio 25400 Kg 30400 kgf Isp 330 segundos Tempo de Queima 250 segundos Isp(sl) 0 segundos LoxKerosene Motores 1 RD-0110 (4) IkarFregatrdquo

HistoacutericoO Soyuz eacute um foguete da famiacutelia R7 composto

de 2 estaacutegios desenvolvido em 1963 capaz de co locar 7 to n e la d a s num a oacuterb ita de 200 quilocircmetros de altitude Foi utilizado para lanccedilar a p ro x im a d a m e n te m e ta d e das m issotildees espacia is tripu ladas e natildeo tripu ladas Os foguetes Soyuz tambeacutem foram utilizados para co locar em oacute rb ita s a teacute lite s m ilita res de reconhecimento

Fam iacuteliaR-7 8K71 Sputnik 8K71PS Luna 8K72 R-7A

8K74 Sputnik 8A91 Molniya 8K78 Vostok 8K72 Vostok 8K72K Molniya 8K78L Vostok 8A92 Polyot 11A 59 Voskhod 11A 57 M olniya 8K78MVostok 11A510 Vostok 8A92M Soyuz 11A511 Soyuz 11A514 Soyuz 11A511L Soyuz 11A511M Soyuz 11A511U Soyuz 11A511U2 Soyuz 11A511 UIkar Soyuz M

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PROTONComprimento 57 mDiacircmetro 42 mPeso 707 toneladasEstaacutegios 3 ou 4Carga uacutetil LEO 20 toneladasCarga uacutetil GEO 55 toneladas

Descriccedilatildeo dos sistemasPrimeiro estaacutegio 450510 Kg 1067659 kgf Isp

316 segundos Tempo de Queima 124 segundos Isp(sl) 267 segundos N2O4UDMH Motores 6 RD- 253-11D48

Segundo estaacutegio 167828 Kg 244652 kgf Isp 327 segundos Tempo de Queima 206 segundos Isp(sl) 230 segundos N 2O 4U D M H Motores 4 RD-0210

Terceiro estaacutegio 50747 Kg 64 260 kgf Isp 325 segundos Tempo de Queima 238 segundos Isp(sl) 230 segundos N 2O 4U D M H Motores 1 RD-0212

Quarto estaacutegio 14000 Kg 8670 kgf Isp 352 segundos Tempo de Queima 570 segundos Lox Kerosene Motores1 RD-58M

HistoacutericoOs foguetes Proton comeccedilaram a ser utilizados

em 1965 Foi o primeiro foguete sovieacutetico que natildeo foi baseado num miacutessil baliacutestico intercontinental O Proton pode utilizar 3 ou 4 estaacutegios e foi utilizado para a maioria das missotildees espaciais sovieacuteticas como as estaccedilotildees Salyut Mir e sondas espaciais Versotildees de 4 estaacutegios satildeo utilizadas para colocar em oacuterbita sateacutelites geoestacionaacuterios

O primeiro estaacutegio do Proton tem 6 motores e possui empuxo de 2 mil toneladas O terceiro estaacutegio pode colocar em oacuterbita cargas de 20 toneladas

Fam iacuteliaUR-100 Monoblock UR-500 Polyblock UR-500

UR -200 Proton 8K82 Proton 8K82K11S824 Proton 8K82K UR-700 UR-70011D54 UR-700RD- 350 UR-700RO-31 UR-900 UR-700M Proton 8 K 8 2 K 1 1S 8 6 U R -5 0 0 M K Proton 8K 8 2K 11S824M U R -100N U R -530 Proton 8K82K 11S861 Proton 8K82K11S824F Rokot Proton 8K82K 11S861-01 Proton 8K82KDM 1 Proton 8K82KDM3 Strela Proton 8K82K17S40 Proton 8K82KDM2 Proton 8K82KDM4 Proton 8K82KM

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SPACE SHUTTLEComprimento 56 m Diacircmetro 87m Peso 2040 toneladas Estaacutegios 2()Carga uacutetil LEO 275 toneladas ()

Descriccedilatildeo dos sistemasFoguetes de combustiacutevel soacutelido 2 SRB 589670 kg

1174713 kgf Isp 269 segundos Tempo de Queima 124 segundos Isp(sl) 237 segundos Motores de Combustiacutevel Soacutelido 1 SRB

Tanque externo (Shuttle External Tank) 750975 kg 0 kgf Isp 455 segundos Tempo de Queima 480 segundos Isp(sl) 363 segundos LoxLH2 Motores 0

Ocircnibus Espacial Shuttle Orbiter Gross 99318 kg 696905 kgf Isp 455 segundos Tempo de Queima 480 segundos Isp(sl) 363 segundos Lox LH2 Motores 3 SSME

HistoacutericoO sistema do ocircnibus espacial eacute composto por 2

foguetes la tera is de com bustiacuteve l soacutelido denominados SRB (Solic Rocket Booster) que impulsionam a nave durante a fase inicial da subida Ao se esgotar o combustiacutevel satildeo ejetados e o Shuttle utiliza seus 3 motores SSME alimentados pelo imenso tanque de combustiacutevel de cor laranja para completar o resto da subida ateacute atingir a oacuterbita terrestre

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m 7 MASTRONAUTICA

NAVES ESPACIAIS

Veja a seguir a descriccedilatildeo das naves tripuladas utilizadas para chegar na ISS

SOYUZ TMAPeso 7250 Kg Comprimento 75 m Diacircmetro 27 m Aacuterea uacutetil 9 m3

Descriccedilatildeo dos sistemasAs Soyuz satildeo compostas por 3 moacutedulos O

moacutedulo de descida com capacidade para 3 cosmonautas tem 22 m de comprimento por 22 m de diacircmetro Pesa 3000 Kg e possui 4 m3 Possui paacutera-quedas para descida sistemas de telemetria e um periscoacutepio digital O pouso eacute amortecido por motores de combustiacutevel soacutelido utilizados no final da descida Os cosmonautas utilizam roupas pressurizadas na decolagem e descida O moacutedulo orbital tem 3 metros de comprimento por 23 metros de diacircmetro Tem 5 m3 e pesa 1300 Kg Nele estaacute

instalado o sistem a de rendez vous Kurs composto de 2 antenas aleacutem de 1 janela O m oacutedulo de serviccedilo pesa 2 9 5 0 Kg e tem comprimento de 23 m e diacircmetro de 21 m A Soyuz utiliza como fonte de energia paineacuteis solares de 10 m2 e consome em meacutedia 060 Kw

HistoacutericoDesenvolvidas nos anos 60 as Soyuz foram

criadas para fazer viagens da Terra para a Lua mas acabaram sendo utilizadas para levar cosmonautas para as estaccedilotildees espaciais Salyut e Mir Satildeo utilizadas atualm ente para levar cosm onautas para a estaccedilatildeo espac ia l internacional Uma versatildeo natildeo tripulada da Soyuz denominada Progress eacute utilizada desde os anos 70 para reabastecer as estaccedilotildees espaciais russas

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SPACE SHUTTLEPeso Total 104328 kg Comprimento 372 m Envergadura 238 m Aacuterea uacutetil 72 m3T ripulaccedilatildeo 8 astronautas com tempo em oacuterbita 16 dias Combustiacutevel 21600 Kg Carga 21190 KgPeso do escudo teacutermico18500 Kg Sistema eleacutetrico baterias combustiacuteveis

Descriccedilatildeo dos sistemasOs ocircnibus espaciais foram produzidos para

transportar astronautas para o espaccedilo e lanccedilar ou reparar sateacutelites Seus primeiros estudos

foram nos anos 70 e o primeiro a ser construiacutedo o E n te rp rise nunca foi lan ccedilad o Foram construiacutedas 5 naves a prim eira cham ada Coluacutembia fez seu vocirco inaugural em 12 de abril de 1981 e foi destruiacutedo durante o retorno a Terra em fe v e re iro de 2 0 0 3 D epo is v ie ram a Challenger destruiacutedo em 1986 Discovery Atlantis e o Endeavour construiacutedo para substituir o Challenger Em 1995 o Discovery foi o primeiro ocircnibus espacial a acoplar com uma estaccedilatildeo espacial ao unir-se agrave estaccedilatildeo Mir Foram feitas 9 missotildees durante 3 anos no projeto conjunto Shuttle-Mir Atualmente transportam peccedilas e tr ip u la ccedil otilde e s para a E s taccedil atildeo E s p ac ia l Internacional

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m 7 MASTRONAUTICA

PROGRESS_MAs Progress possuem formato idecircntico agraves naves

Soyuz Possuem 7 metros de comprimento 27 metros de diacircmetro peso de 72 toneladas e uma aacuterea destinada aos suprimentos de 76 metros cuacutebicos Possui 2 paineacuteis solares com 10 metros quadrados de aacuterea que geram 13 KW de forccedila

As Progress levam suprim entos para aproximadamente 2 meses para uma tripulaccedilatildeo de

ateacute 3 cosmonautas Sateacutelites cargueiros satildeo na verdade versotildees natildeo tripuladas das naves Soyuz Foram fabricadas para reabastecer as estaccedilotildees esp ac ia is S a lyu t posterio rm ente a Mir e atualmente a ISS As Progress M aleacutem de terem uma carga uacutetil maior que sua antecessora podem transportar uma caacutepsula recuperaacutevel chamada Raduga que permite transportar de volta para a Terra experimentos feitos nas estaccedilotildees espaciais

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DA TERRA PARA O INFINITO

Para chegar da Terra ateacute a estaccedilatildeo espacial por enquanto existem dois centros espaciais o de Baikonur no Casaquistatildeo localizado na Aacutesia Central e o de Cabo Canaveral localizado na Floacuterida nos Estados Unidos Veremos um pouco da histoacuteria de cada um deles a seguir

Cabo CanaveralLatitude 2845 N Longitude 8053 WIniacutecio de operaccedilatildeo 1949

Cabo Canaveral eacute a maior e mais importante base espacial dos Estados Unidos Foi dela que partiram as missotildees lunares Apollo O Cabo Canaveral eacute utilizado para todos os lanccedilamentos tripulados Tambeacutem eacute utilizado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos

A escolha da base de lanccedilamentos foi feita em 11 de maio de 1949 Uma seacuterie de estaccedilotildees de rastream en to foi ins ta lada nas B aham as Oficialmente a base de Cabo Canaveral entrou em funcionamento em 01 de outubro de 1949 Os primeiros lanccedilamentos de foguetes (V2 modificadas

do tipo Bumper) foram feitos em julho de 1950 Durante os anos 60 foram construiacutedas imensas instalaccedilotildees e plataformas para o programa lunar Apollo Nos anos 70 estas instalaccedilotildees foram aproveitadas para o programa do ocircnibus espacial A primeira vez que a base foi aberta ao puacuteblico foi em 19 de maio de 1961 Os primeiros testes do ocircnibus espacial foram feitos em 23 de julho de 1979 utilizando-se o ocircnibus espacial Enterprise (OV- 101)Os lanccedilamentos satildeo feitos com inclinaccedilatildeo miacutenima de 28 graus e maacutexima de 57 graus Existem plataformas para lanccedilar o Ocircnibus Espacial e foguetes Atlas Delta e Titan As principais plataformas satildeo as 39A e 39B utilizadas pelos imensos foguetes lunares Saturn V e atualmente utilizadas pelo ocircnibus espacial

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BaikonurLatitude 4563 N Longitude 6326 EIniacutecio de Operaccedilatildeo 1955

Localizado no Casaquistatildeo Baikonur eacute o maior cosmoacutedromo utilizado pela Ruacutessia para a maioria dos lanccedilamentos e por todos os lanccedilamentos tripulados

O cosmoacutedromo ocupa uma aacuterea aproximada de 7360 quilocircmetros quadrados numa aacuterea proacutexima ao rio Syr Darya na regiatildeo de Kyzl-Orda Oblast no Casaquistatildeo a 380 quilocircmetros da velha cidade de Baikonur O Cosmoacutedromo fica proacutexima do velho vilarejo de Tyuratam e da cidade de Zarya que foi rebatizada como Leninsk em 1958 e rebatizada como Baikonur em 1996

Inicialmente conhecido como Tashkent-50 a constuccedilatildeo foi iniciada em 12 de janeiro de 1955 Os construtores se referiam ao Cosmoacutedromo como Zvezdograd durante a eacutepoca da construccedilatildeo A cidade de Leninsk teve sua populaccedilatildeo ampliada de 50000 habitantes em 1975 para 75000 habitantes em 1990 A aprovaccedilatildeo para a construccedilatildeo do Cosmoacutedromo foi atraveacutes do Decreto do Conselho de Ministros da Uniatildeo Sovieacutetica nuacutemero 2 82 -181 no qual o complexo era chamado de Aacuterea de Teste nuacutemero 5 O primeiro lanccedilamento feito em Baikonur foi o de um foguete baliacutestico SS-6 em 15 de maio de 1957 mas o lanccedilamento falhou O primeiro lanccedilamento bem sucedido foi em 03 de agosto de 1957 Baikonur eacute comparado ao centro de lanccedilamentos de Cabo Canaveral na

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Floacuterida Estados Unidos devido a importacircncia e tam an h o mas o com plexo de B aikonur eacute consideravelmente mais extenso

O cosm oacutedrom o possui 9 com plexos de lanccedilamento incluindo 15 plataformas para os foguetes do tipo Soyuz Molniya Zenith Rockot Proton entre outros Aleacutem disso tem 11 linhas de

montagem e revisatildeo de sateacutelites e espaccedilonaves 3 pontos de abastecimento de combustiacutevel centro meacutedico para cosmonautas 2 aeroportos de grande porte plantas de nitrogecircnio oxigecircnio e gaacutes sistemas de abastecimento de energia eleacutetrica e aacutegua e para concluir um grande sistema de estradas e de vias ferroviaacuterias iJ

Daniel Sanchez Bins eacute o autor do site Cosmonaacuteutica dedicado ao programa espacial russo e usuaacuterio e colaborador da Espacialcomhttpwwwcosmonauticacjbnet

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Participe apoie divulgue o siteWWWCOMITEMARCOSPONTESCJBNET

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CAMPANHA NACIONAL DE APOIO AO 1D VOcircO ORBITAL DO ASTRONAUTA BRASILEIRO EA CONTINUIDADE DO BRASIL

NO PROJETO DA ESTACcedilAtildeO ESPACIAL INTERNACIONAL

A campanha ldquoSim eu quero vero verdee

amarelo no espaccedilordquo lanccedilada pelo Comitecirc

Marcos Pontes tem o objetivo de apoiar a

Agecircncia Espacial Brasileira na viabilizaccedilatildeo

do primeiro vocirco orbital do nosso astronauta

atraveacutes da continuidade da participaccedilatildeo

brasileira no projeto da Estaccedilatildeo Espacial

Internacional (EEI)

Para isso conta com a colaboraccedilatildeo da

populaccedilatildeo brasileira que pode manifestar

mobilizaccedilatildeo em prol da campanha assinando

um abaixo-assinado no site

wwwcomitemarcospontescjbnet

Decirc sua contribuiccedilatildeo Vamos apoiar o Brasil nesse projeto que traz oportunidades uacutenicas de estar agrave frente em experimentos e tecnologia de ponta

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copy N

AS

A

revista

PLANETOLOGIA

Planetas Extrasolares

Detecccedilatildeo Dinacircmica amp Origem

W alkiria Schulz | Revista macroCOSMOcomwschulzcettconaegovar

Cristiaacuten Beaugeacute | Colaboradorbeaugeoacuncoredu

Quantas vezes olhamos para o ceacuteu e nos perguntamos se estamos sozinhos neste Universo Quais satildeo as chances reais de existir outra civilizaccedilatildeo Para responder a estas e outras perguntas os astrocircnomos estatildeo se dedicando a uma nova aacuterea de pesquisa a Mecacircnica de Planetas Extrasolares A ideacuteia eacute desenvolver novas tecnologias capazes de detectar planetas eou sistemas planetaacuterios em outras estrelas e a partir daiacute estudar as caracteriacutesticas que possam representar condiccedilotildees ambientais de presenccedila de vida

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PLANETOLOGIA

A descoberta de planetas fora do nosso Sistema Solar eacute um fato recente Ateacute cerca de 10 anos atraacutes noacutes natildeo dispunhamos de instrumentos sensiacuteveis o suficiente para detectar corpos tatildeo pequenos distantes e pouco luminosos Foi necessaacuterio desenvolver aparelhos de detecccedilatildeo com uma precisatildeo jamais vista e anexaacute-los a telescoacutepios dedicados a este tipo de investigaccedilatildeo

Aleacutem de vislum brar a possibilidade de natildeo estarmos sozinhos os planetas extrasolares tambeacutem representam uma oportunidade para a M ecacircnica Celeste de estudar sistem as com dinacircmicas diferentes das encontradas no Sistema Solar Estes estudos podem vir a ser fontes de corroboraccedilatildeo de teorias cosmogocircnicas atuais que foram desenvolvidas baseando-se no conhecimento de um uacutenico sistema planetaacuterio o nosso

Ao comeccedilar a encontrar planetas extrasolares a primeira pergunta que surgiu foi estes novos objetos satildeo compatiacuteveis com as nossas ideacuteias de formaccedilatildeo planetaacuteria Para entender um pouco melhor esta questatildeo vamos comeccedilar falando sobre o que se sabe a respeito do nosso Sistema Solar

Teorias de Formaccedilatildeo do Sistema Solar

Existem trecircs formas de construir um modelo para explicar como se formou o Sistema Solar

1 A partir de modelos de formaccedilatildeo estelar extrapolando para a frente

2 A partir da estrutura atual do nosso Sistema Solar extrapolando para traacutes

3 Analisando e comparando as caracteriacutesticas de outros sistemas planetaacuterios em etapas distintas de evoluccedilatildeo

Na verdade todas estas possibilidades satildeo complementares e as informaccedilotildees provenientes de cada uma devem ser coerentes entre si

Modelos Comeccedilamos com uma nuvem proto- estelar similar agraves observadas na nebulosa de Oacuterion A interaccedilatildeo entre a contraccedilatildeo e a rotaccedilatildeo desta nuvem de material provocou um colapso que resultou em uma estrutura achatada onde a maioria da massa se encontrava no centro (proto-sol) enquanto o resto formava um disco ao redor

Dentro desta nuvem existiam dois componentes gaacutes (aproximadamente 96) e material soacutelido (4) A pressatildeo interna mantinha o equilibrio hidrostaacutetico do gaacutes mas natildeo das partiacuteculas soacutelidas que sofriam fricccedilatildeo com o gaacutes caindo no plano da nuvem e mais perto do proto-sol Como resultado deste processo o disco se dividiu em uma nebulosa gasosa exterior (formada de elementos como hidrogecircnio heacutelio e nitrogecircnio) e um disco compacto interno composto de partiacuteculas soacutelidas de mais ou menos 1 cm de raio (com elementos tais como carbono niacutequel e ferro)

A partir deste ponto existem duas possibilidades para a evoluccedilatildeo destas partiacuteculas ateacute planetesimais de raios entre 10 e 100 m No primeiro caso o conjunto de pequenas partiacuteculas continua caindo em direccedilatildeo ao plano ateacute formar um disco tatildeo denso que torna-se gravitacionalmente instaacutevel provocando um colapso do material em planetesimais maiores A segunda possibilidade sugere um processo mais lento onde a formaccedilatildeo de corpos maiores deu-se por colisotildees entre as partiacuteculas pequenas No entanto ambas teorias tecircm problemas e ainda natildeo

P R O T O -S O L (~ 9 9 M A S S A )

Formaccedilatildeo de um sistema planetaacuterio a partir de uma nebulosa primordial

N E B U L O S A P R IM O R D IA L (~ 1 M A S S A )

ocopy

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possuimos um bom modelo para explicar a transiccedilatildeo entre partiacutecu las de 1 cm e planetesim ais de 100 m de raio Este problema eacute conhecido em Inglecircs como o Meter Size Hurdle ou o obstaacuteculo do tamanho de um metro em uma traduccedilatildeo literal

No entanto in d ep en d en tem en te do mecanismo que produziu estes objetos a partir de uma populaccedilatildeo de planetesimais com raios entre 10 e 100 m sabe-se que a evoluccedilatildeo do disco rochoso se deu atraveacutes da com binaccedilatildeo entre gravitaccedilatildeo muacutetua e colisotildees Os corpos do nosso Sistema Solar apresentam uma seacuterie de evidecircncias destas colisotildees como fragmentaccedilotildees e crateras No entanto se a velocidade relativa entre os corpos eacute suficientemente pequena as colisotildees datildeo origem a um processo construtivo conhecido como acreccedilatildeo que eacute o mecanismo baacutesico de formaccedilatildeo planetaacuteria

A princiacutepio o processo de acreccedilatildeo soacute funciona para corpos soacutelidos e natildeo para o gaacutes No entanto e considerando que a temperatura do gaacutes decai com a distacircncia ao Sol existe um valor criacutetico desta distacircncia tal que a tem peratura do gaacutes seja suficientemente baixa para que a componente volaacutetil da nuvem condense Esta distacircncia criacutetica eacute conhecida como a ldquolinha do gelordquo e corresponde a aproximadamente 4 ou 5 UA Portanto aleacutem deste valor os elementos quimicos leves (eg HHeN)

Crateras na Lua evidecircncias de um periacuteodo decolisotildees

tambeacutem participaram do processo de acreccedilatildeo e deram origem a planetas ricos em elementos leves os chamados planetas Gigantes (Juacutepiter Saturno Urano e Netuno) Enquanto isso na regiatildeo mais proacutexima da proto-estrela os planetesimais jaacute apresentavam raios da ordem de 100 km e eram embriotildees planetaacuterios

Entre 6 e 10 milhotildees de anos de evoluccedilatildeo do sistema o proto-Sol entrou em uma fase conhecida como T-Tauri na qual a nuvem de gaacutes remanescente comeccedilou a se dissipar Assim as etapas finais de formaccedilatildeo dos planetas terrestres continuaram em um cenaacuterio praticamente livre de gaacutes A presenccedila do recentemente formado Juacutepiter tambeacutem afetou

SOLCOLISOES ENTRE OS EMBRIOtildeES PLANETAacuteRIOS

Juacutepiter

1

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ACRECcedilAtildeO

y ------------

FRAGMENTACcedilAO

SOL Mercuacuterio Vecircnus Terra Marte Asteroides Juacutepiter ltgt

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esta formaccedilatildeo planetaacuteria invertendo o proceso de acreccedilatildeo e provocando fragmentaccedilotildees nos embriotildees planetaacuterios que encontravam-se perto do planeta gigante Esta fragm entaccedilatildeo deu origem aos asteroacuteides que hoje encontramos entre as oacuterbitas de Marte e Juacutepiter Nos 100 milhotildees de anos seguintes os planetas terrestres se formaram

Em forma muito resumida este eacute o modelo cosmogocircnico mais aceito atualmente Ele consegue explicar a existecircncia de planetas gigantes e terrestres a localizaccedilatildeo dos planetas gigantes aleacutem de 4-5 UA oacuterbitas praticamente coplanares e circulares a presenccedila de asteroacuteides e objetos do cinturatildeo de Kuiper e a existecircncia de aneacuteis e sateacutelites No entanto existem alguns problemas Talvez o principal deles seja a impossibilidade de formar Urano e Netuno antes da dissipaccedilatildeo da nuvem de gaacutes Devido agrave baixa densidade de partiacuteculas soacutelidas e gaacutes na parte externa da nuvem o processo de acreccedilatildeo necessitaria tempos maiores que a idade do Sistema Solar A suposiccedilatildeo de que a nuvem primordial fosse mais massiva eacute pouco provaacutevel jaacute que seria necessaacuterio algum mecanismo para eliminar a massa restante depois da formaccedilatildeo dos planetas e natildeo conhecemos nenhum que seja eficiente neste sentido Uma outra alternativa para Urano e Netuno seria que os planetas gigantes natildeo se formaram por acreccedilatildeo e sim por instabilidade gravitacional do gaacutes Simulaccedilotildees com esta teoria levam a condiccedilotildees planetaacuterias diferentes das que encontramos nos planetas atuais A composiccedilatildeo quiacutemica de Saturno por exemplo eacute incompatiacutevel com os resultados das simulaccedilotildees Explicar as origens dos sistem as planetaacuterios eacute um dos problem as cientiacuteficos mais im portantes da atualidade (NASA 2003)

Dinacircmica Outra forma de estudar nosso Sistema Solar eacute atraveacutes de sua dinacircmica em particular sua estabilidade orbital Por estabilidade se entende que com o passar do tempo as oacuterbitas dos corpos maiores permanecem quase-circulares quase- planares e natildeo existe a possibilidade dos planetas se chocarem Procuramos indiacutecios de estabilidade orbital para tentar explicar a configuraccedilatildeo atual dos planetas e prever seu futuro

Na deacutecada de 90 foram realizadas vaacuterias simulaccedilotildees em computador da evoluccedilatildeo das oacuterbitas de todos os planetas por tempos da ordem da idade do Sistema Solar (Laskar 1994) A ideacuteia era corroborar que as oacuterbitas nuncam se cruzam No

ESTAacuteVEL

INSTAacuteVEL

Oacuterbitas estaacuteveis e instaacuteveis

entanto foi encontrado que existe a possibilidade de que em aproximadamente 36 bilhotildees de anos Mercuacuterio cruze a oacuterbita de Vecircnus Se natildeo houver um mecanismo de proteccedilatildeo natural eacute possiacutevel que os planetas se choquem e como consequumlecircncia a oacuterbita de Vecircnus sofreria grandes mudanccedilas podendo inclusive chocar-se com a Terra Embora estes resultados possam depender da modelagem utilizada sua conclusatildeo mais importante eacute que o Sistema Solar interno pode natildeo ser estaacutevel para sempre embora o seja por periacuteodos de tempo da ordem de 4 bilhotildees de anos

Seja o que for que aconteccedila daqui a 4 bilhotildees de anos o Sistema Solar eacute um dos sistemas dinacircmicos mais estaacuteveis que se conhece no Universo Sendo assim como eacute possiacutevel que um processo de formaccedilatildeo caoacutetico e colisional tatildeo sensiacutevel agraves condiccedilotildees iniciais decirc origem a um sistem a planetaacuterio tatildeo estaacutevel Apoacutes muitos anos realizando

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simulaccedilotildees da uacuteltima etapa da formaccedilatildeo planetaacuteria sem conseguir obter nenhum Sistema Solar sinteacutetico que reproduza o nuacutemero correto de planetas nem sua estabilidade chegou-se agrave conclusatildeo de que as posiccedilotildees atuais dos planetas devem ter sido ldquodefinidasrdquo nas primeiras etapas do processo de acreccedilatildeo O problema eacute que realizar estudos destas etapas eacute tecn icam ente com plexo jaacute que eacute necessaacuterio simular a evoluccedilatildeo de milhotildees de partiacuteculas planetesimais por gravitaccedilatildeo e por colisotildees por periacuteodos de tempo muito grandes Os computadores de uso geral natildeo possuem velocidade de caacutelculo suficiente para realizar estas simulaccedilotildees A soluccedilatildeo foi construir super-com putadores especiacuteficos que pudessem ser utilizados para as simulaccedilotildees de formaccedilatildeo planetaacuteria O projeto japonecircs G R A PE tomou esta tarefa para si e desenvolveu um super-computador equivalente a 1 milhatildeo de PCs de hoje com capacidade de realizar simulaccedilotildees que levariam 2 anos em apenas 1 minuto

Entre os resultados preliminares do projeto GRAPE se destaca a conclusatildeo de que a interaccedilatildeo entre colisotildees e a dinacircmica de muitos planetesimais cria um fenocircmeno conhecido como repulsatildeo de em briotildees planetaacuterios Segundo esta teoria se a distacircncia entre dois proto-planetas eacute maior que um certo valor criacutetico d os dois corpos crescem por acreccedilatildeo alimentando-se dos planetesimais ao redor sem variar sua posiccedilatildeo relativa No entanto se a distacircncia inicial entre os dois proto-planetas eacute menor que aquele valor criacutetico os corpos se repelem e se afastam ateacute que a distacircncia entre eles seja maior que d Este processo suave e determiniacutestico poderia explicar a quantidade correta de planetas que encontramos hoje em oacuterbitas dinam icamente estaacuteveis

Resum indo embora ainda existam problemas natildeo resolvidos (Meter Size Hurdle formaccedilatildeo de Urano e Netuno) atualmente dispomos de um modelo de formaccedilatildeo planetaacuteria baseado em um processo de acreccedilatildeo de corpos soacutelidos que consegue reproduzir a maioria das caracteriacutesticas do nosso Sistema Solar Seraacute que o mesmo processo aconteceu em todos os sistemas planetaacuterios ou soacute aqui Natildeo existe garantia de que todos os planetas se formaram seguindo as mesmas condiccedilotildees mas a possibilidade de avaliar o que acontece em outras regiotildees do Universo abre toda uma nova perspectiva para a Mecacircnica Celeste

Os Planetas Extrasolares Conhecidos ldquo Zoologiardquo e Detecccedilatildeo

Em 1995 os astrocircnomos Michel Mayor e Didier Queloz do Observatoacuterio de Genebra descobriram o primeiro planeta extrasolar ao redor de uma estrela do tipo sequecircncia principal A estrela eacute 51 Pegasi (G2 distacircncia agrave Terra = 147 pc) e o planeta tem uma massa aproximadamente igual agrave metade da massa de Juacutepiter

No ano seguinte os americanos Geoffrey Marcy e Paul Butler descobriram mais dois planetas O primeiro orbita a estrela 70 Virgo (G5 distacircncia agrave Terra = 181 pc) e parece ter mais de 7 vezes a massa do nosso planeta gigante O segundo estaacute ao redor de 47 Uma (G0 distacircncia agrave Terra = 141 pc) e tem 25 vezes a massa de Juacutepiter

A populaccedilatildeo atual de planetas aleacutem do nosso Sistema Solar contabiliza ao redor de 160 objetos todos com massas inferiores a 18 vezes a massa de Juacutepiter Entre os casos mais interessantes encontram-se 15 sistemas planetaacuterios

- 12 sistemas com 2 planetas- 2 sistemas com 3 planetas (Ups And e GJ876)- 1 sistema com 4 planetas (55 Cnc)Curiosamente tambeacutem foram encontrados vaacuterios

planetas orbitando estrelas binaacuterias Entre eles podemos mencionar 16 Cyg B t Boo e y Cephei B

Nuacutemero de planetas extrasolares descobertos ateacute maio de 2005 copy Cristiaacuten Beaugeacute

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Recentemente foi descoberto um planeta orbitando uma estrela pertencente a um sistema estelar triplo

P ra ticam en te todos os p lanetas extrasolares conhecidos foram detectados por tracircnsito ou variaccedilatildeo da velocidade radial da estrela (Doppler) Existem outros meacutetodos de detecccedilatildeo que exigem configuraccedilotildees especiais de posiccedilotildees relativas mais dificieis de encontrar (por exemplo microlentes)

Eacute importante ter em conta que os planetas extrasolares tambeacutem conhecidos como exoplanetas satildeo objetos de luminosidade muito baixa Um planeta como Juacutepiter possui uma luminosidade equivalente a 10-9 da luminosidade do Sol Ou seja os exoplanetas natildeo satildeo observados diretamente A exceccedilatildeo eacute GQ Lupi observado com o Very Large Telescope - VLT

No entanto eacute possiacutevel perceber quando os planetas passam em frente ao disco da estrela Este eacute o meacutetodo de detecccedilatildeo via tracircnsito que permite medir o periacuteodo orbital (consequumlentemente o semi- eixo maior) e o raio do planeta As limitaccedilotildees deste meacutetodo incluem soacute eacute possiacutevel observar objetos em oacuterbitas a 90o com a esfera celeste eacute mais faacutecil detectar planetas gigantes e em oacuterbitas muito proacuteximas da estrela eacute muito difiacutecil (embora natildeo seja impossiacutevel) detectar mais de um objeto e este meacutetodo natildeo oferece dados sobre a excentricidade orbital

Existem vaacuterios projetos preocupados com a detecccedilatildeo de exoplanetas via tracircnsito e eacute muito

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GQ Lupi

provaacutevel que em um futuro proacuteximo a maioria dos planetas extrasolares seja descoberta por este meacutetodo Entre estes projetos um particularmente importante para o Brasil eacute o COROT Trata-se de um sateacutelite projetado pela CNES (Franccedila) com participaccedilatildeo de paiacuteses como Alemanha Auacutestria Beacutelgica Brasil e Espanha Com lanccedilamento previsto para junho de 2006 este sateacutelite levaraacute ao espaccedilo um telescoacutepio de 30 cm de diacircmetro Seu objetivo seraacute estudar Sismologia Estelar e Exoplanetas e para tanto a n a liza raacute as curvas de luz de aproximadamente 12 mil estrelas com magnitudes menores que 155 A populaccedilatildeo de estrelas a ser estudada ainda estaacute sendo definida pela comunidade cientiacutefica

Mesmo sendo invisiacuteveis os planetas extrasolares podem ser suficientemente massivos para provocar movimentos na estrela que possam ser detectados daqui da Terra Os meacutetodos de detecccedilatildeo indireta

se aproveitam do fato de que devido agrave presenccedila de um ou mais planetas a estrela se move ao redor do centro de massa do sistema

Embora natildeo possamos observar o planeta podemos deduzir suas massa e oacuterbita atraveacutes da mediccedilatildeo do movimento proacuteprio da estrela Observando as variaccedilotildees perioacutedicas na velocidade radial da estrela por efeito Doppler podemos estimar a velocidade orbital No entanto a velocidade medida por Doppler natildeo eacute a velocidade total e sim sua projeccedilatildeo sobre a linha que une a estrela ao observador Esta limitaccedilatildeo de medida provoca uma grande imprecisatildeo sobre as estimativas pois natildeo se conhece a inclinaccedilatildeo orbital em relaccedilatildeo agrave linha de visada

Sateacutelite COROT

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Graacutefico dos planetas extrasolares detectados em unidades de massa de Juacutepiter por semi-eixo maior(J corresponde a Juacutepiter e S a Saturno) copy Cristiaacuten Beaugeacute

foi similar ao dos nossos planetas Segundo esta teoria apoacutes a formaccedilatildeo existiu um processo de Migraccedilatildeo Planetaacuteria que levou os corpos ateacute a sua localizaccedilatildeo atual com oacuterbitas muito excecircntricas No entanto para que esta hipoacutetese tenha sentido necessitamos uma evidecircncia dinacircmica de migraccedilatildeo e um mecanismo para tornaacute-la efetiva

Origem dos Planetas Extrasolares Hipoacutetese da Migraccedilatildeo

Com o objetivo de explicar os pequenos valores de semi-eixo maior e as altas excentricidades surge a Hipoacutetese da Migraccedilatildeo Existem trecircs propostas de mecacircnismos para explicar a migraccedilatildeo dos planetas ateacute suas posiccedilotildees atuais scattering planetaacuterio interaccedilatildeo com o disco de planetesimais e interaccedilatildeo com o disco de gaacutes

Scattering planetaacuterio No prim eiro caso imaginemos um cenaacuterio onde dois planetas gigantes encontram-se ao redor de uma estrela em oacuterbitas

As limitaccedilotildees dos meacutetodos de detecccedilatildeo de planetas extrasolares provocam uma espeacutecie de seleccedilatildeo natural sobre os objetos que conseguimos ver Assim a maioria dos exoplanetas apresenta grandes massas localiza-se perto das estrelas e tem oacuterbitas muito excecircntricas

O problema neste caso nem eacute tanto pela pouca quantidade de planetas tipo Juacutepiter ou Saturno encontrados (receacutem estamos em condiccedilotildees de observaacute-los) mas que a maioria dos exoplanetas descobertos tem c a ra c te riacutes tic as que consideraacutevamos impossiacuteveis de existir quando soacute conheciacuteamos o nosso sistema Temos planetas gigantes em oacuterbitas de planetas terrestres Temos excentricidades tatildeo altas quanto as de estrelas binaacuterias Como explicaacute-los

Existem duas escolas ou linhas de pesquisa Uma acredita que estes planetas foram formados por mecanismos diferentes dos do nosso Sistema Solar por exemplo via instabilidade gravitacional Esta linha eacute defendida principalmente por astrofiacutesicos estelares A segunda escola composta na maioria por dinacircmicos acredita que o processo de formaccedilatildeo

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coplanares e com excentricidades pequenas Se estes planetas natildeo sofrem encontros proacuteximos entre si podemos supor que exista uma espeacutecie de acoplamento entre as suas excentricidades Isto significa que um planeta influenciacutea o outro de tal forma que se a excentricidade de um aumenta a do outro diminui O acoplamento e-e funciona como um mecanismo de proteccedilatildeo evitando encontros proacuteximos entre os planetas a menos que os semi- eixos sejam muito parecidos No caso em que os semi-eixos satildeo similares a interaccedilatildeo gravitacional eacute tatildeo forte que o acoplamento e-e natildeo consegue evitar encontros proacuteximos e podem ocorrer colisotildees com acreccedilatildeo de ambos planetas ou o scattering que significa a ejeccedilatildeo de um dos planetas Com o scattering o planeta que natildeo eacute ejetado do sistema se aproxima da estrela (diminuindo seu semi-eixo) e sua excentricidade aum enta Embora este mecanismo possa funcionar em casos isolados natildeo eacute geral o suficiente para explicar a migraccedilatildeo de tantos exoplanetas

Interaccedilatildeo com o disco de planetesimais Estemecanismo foi inicialmente proposto para explicar a migraccedilatildeo no nosso Sistema Solar Segundo esta teoria as interaccedilotildees gravitacionais entre os planetas gigantes (Juacutepiter Saturno Urano Netuno) e o disco de planetesimais remanescentes provocaram a ejeccedilatildeo final destes planetesimais para o cinturatildeo de Kuiper Como consequumlecircncia o semi-eixo maior de Juacutepiter diminuiu enquanto os semi-eixos de Saturno Urano e Netuno aumentaram Portanto os locais de formaccedilatildeo dos planetas teriacuteam sido diferentes dos atuais Os problemas com esta teoria satildeo numeacutericos Para que um exoplaneta migrasse de 4 ou 5 UA para perto da estrela a massa do disco primordial deveriacutea haver sido da ordem de 1 massa solar Aleacutem deste disco ser altamente instaacutevel este mecanismo de migraccedilatildeo natildeo explica as a ltas excen tric id ad es encontradas nos exoplanetas

Interaccedilatildeo com o disco de gaacutes No final dadeacutecada de 70 os astrocircnomos Peter Goldreich e Scott Trem aine analizaram a interaccedilatildeo entre planetas gasosos e um disco massivo de gaacutes (G oldreich e Trem aine 1979 e 1980) Eles encontraram que se essa interaccedilatildeo fosse muito forte a troca de energia e momento angular resultante poderia causar uma diminuiccedilatildeo draacutestica nos semi-eixos dos planetas Ao natildeo existir evidecircncia

de tal migraccedilatildeo planetaacuteria em nosso Sistema Solar esta teoria caiacuteu em descreacutedito No entanto a descoberta de outros sistemas planetaacuterios provocou o renascimento desta hipoacutetese de migraccedilatildeo e hoje ela eacute a preferida entre os cientistas que se dedicam a estudar os exoplanetas

O problema eacute que este tipo de migraccedilatildeo eacute muito raacutepida Ao causar uma migraccedilatildeo durante o processo de acreccedilatildeo dos planetas natildeo haveria tempo suficiente para completar a formaccedilatildeo antes destes caiacuterem na estrela A soluccedilatildeo encontrada para este problema foi propor um comportamento diferenciado Segundo este a migraccedilatildeo muda quando a massa do planeta eacute superior a 30 massas terrestres pois forma-se um buraco no disco que modifica a velocidade da migraccedilatildeo

A pergunta seguinte seriacutea e como freiar esta migraccedilatildeo Embora nenhuma resposta elegante tenha surgido nos uacuteltimos tempos umas das possibilidades em estudo eacute a de que natildeo haacute freio possiacutevel e o que estamos observando satildeo os Uranos e Netunos que ainda natildeo foram engolidos por suas estrelas

Concluiacutendo dadas as hipoacuteteses de formaccedilatildeo e os sistemas conhecidos hoje em dia podemos dizer que as oacuterbitas dos exoplanetas detectados natildeo satildeo compatiacuteveis com o processo de formaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do nosso Sistema Solar Por que O nosso sistem a eacute especial Ou soacute estam os detectando objetos viciados devido agraves nossas limitaccedilotildees instrumentais Parece que a descoberta de outros sistemas planetaacuterios abriu uma ldquocaixa de Pandorardquo trazendo mais perguntas que respostas

Juacutepiteres Quentes Binaacuterias e Outros Bichosrdquo (Planetas Habitaacuteveis)

Entre a ldquofaunardquo de objetos descobertos ao redor de outras estrelas alguns se destacam por caracteriacutesticas natildeo esperadas Se a nossa motivaccedilatildeo inicial era procurar planetas gecircmeos da Terra para averiguar se estamos ou natildeo sozinhos neste Universo qual natildeo foi a nossa surpresa ao perceber que muitos exoplanetas satildeo mundos jamais imaginados se quer por escritores de ficccedilatildeo cientiacutefica

Juacutepiteres Quentes Os primeiros objetos a surpreender os observadores terrestres foram os

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entatildeo batizados Hot Jupiters ou Juacutepiteres Quentes em uma traduccedilatildeo literal Tratam-se de exoplanetas massivos muito proacuteximos da estrela (semi-eixo maior lt 01 UA) Segundo dados obtidos por Doppler estes corpos estariam em oacuterbitas quase circulares (excentricidade aproximadamente igual a zero) Uma combinaccedilatildeo de observaccedilotildees por Doppler e por tracircnsito indica que o raio destes planetas eacute muito maior que o esperado e existem evidecircncias de que estes estariam sendo aquecidos pela estrela Modelos atmosfeacutericos indicam que alguns dos Juacutepiteres Quentes mais proacuteximos de suas estrelas (semi-eixo maior lt 001 UA) podem estar sofrendo evaporaccedilatildeo de sua componente gasosa

Eacute praticamente impossiacutevel explicar a formaccedilatildeo in situ destes objetos A hipoacutetese de migraccedilatildeo eacute a melhor candidata mas eacute atraveacutes do estudo da dinacircmica destes corpos que se espera encontrar mais respostas A proximidade entre a estrela e um planeta tipo Juacutepiter Quente faz com que estes natildeo possam ser assumidos como massas puntuais Assim o estudo destes s istem as tem que considerar efeitos de mareacute como no conjunto Terra- Lua Estrelas do tipo solar tecircm velocidades de

rotaccedilatildeo da ordem de 27 dias Esta velocidade combinada com distacircncias menores que 017 UA sugerem que estes exoplanetas deveriam estar caindo em direccedilatildeo ao centro de massa do sistema As estimativas satildeo muito dependentes da estrutura interna das estrelas mas os caacutelculos atuais prevecircm um tempo de aproximadamente 100 milhotildees de anos para que as estrelas ldquoengulamrdquo seus planetas do tipo Juacutepiteres Quentes

Planetas em Estrelas Binaacuterias Atualmente se conhecem trecircs sistemas estelares binaacuterios (com distacircncia entre as estrelas lt 20 UA) com pelo menos um planeta gigante acoplado Em todos os casos os planetas se encontram proacuteximos agraves estrelas mais massivas de forma que natildeo existem problemas de estabilidade No entanto natildeo se sabe ainda como explicar a formaccedilatildeo destes objetos

Mais surpreendente ainda foi a detecccedilatildeo de um planeta orbitando uma estrela pertencente a um conjunto triplo Esta descoberta eacute tatildeo recente que os dados a respeito deste objeto ainda estatildeo sendo discutidos

Estima-se que aproximadamente metade das estrelas conhecidas sejam binaacuterias Uma vez que

Ilustraccedilatildeo de um planeta recentemente descoberto orbitando a Estrela 55 cancri

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algumas possuem planetas gigantes possiacuteveis de serem detectados nos perguntamos se podem exitir planetas do tipo terrestres ao redor das companheiras Esta pergunta nos leva ao objetivo final deste artigo a busca de planetas habitaacuteveis

Planetas Habitaacuteveis Existem duas questotildees- chaves quando comeccedilamos a falar neste assunto

1 Sob que condiccedilotildees uma estrela pode possuir um planeta habitaacutevel

2 Sob que condiccedilotildees um planeta pode ser habitaacutevel

Eacute necessaacuterio ter em conta que o criteacuterio de ldquohabitabilidaderdquo eacute completamente baseado no nosso conceito geocecircntrico de vida Nada impede que existam outros criteacuterios Apenas natildeo somos capazes de extrapolar o nosso conhecimento e imaginar outras condiccedilotildees para o desenvolvimento de vida

Um artigo muito esclarecedor sobre este assunto foi publicado recentemente por um astrocircnomo da Seacutervia e Montenegro (^ irk o v ireg 2005) Milan ^ irko v ireg define os limites do que se usa chamar de ldquozonas de habitabilidaderdquo na nossa proacutepria galaacutexia e demonstrou que o Sol ocupa uma posiccedilatildeo muito bem definida dentro desta regiatildeo Esta nova aacuterea de pesquisa aplica conhecim entos de Astrofiacutesica Dinacircmica e Astrobiologia

Para que uma regiatildeo da galaacutexia seja considerada como um possiacutevel berccedilaacuterio de planetas habitaacuteveis eacute importante combinar fatores que propiciam o desenvolvim ento de vida (por exemplo uma composiccedilatildeo quiacutemica baacutesica) junto com uma baixa incidecircncia de fatores que poderiam inviabilizar este processo (determinados niacuteveis de radiaccedilatildeo) Os tempos disponiacuteveis para a formaccedilatildeo de sistemas planetaacuterios tambeacutem satildeo considerados neste estudo

Estrela Secundaacuteria

p laneta

Oacuterbita do primeiro planeta descoberto ao redor de sistema binaacuterio Gamma Cephei O planeta dista da estrela 2 UA orbitando a mesma durante 25 anos A estrela secundaacuteria orbita a primaacuteria em uma oacuterbita entre 28 e 30 UA O tamanho do planeta e estrelas natildeo estatildeo em escala

Entre os criteacuterios de h ab itab ilidade para exoplanetas mais importantes estatildeo

1 Semi-eixo maior tal que exista aacutegua em forma liacutequida (Hart 1978) Este valor deveria estar entre 08 e 12 UA para um planeta em oacuterbita ao redor de uma estrela com massa solar

2 Oacuterbitas quase-circulares de tal forma que outros planetas possiacuteveis fontes de perturbaccedilatildeo se encontrem longe

3 Pelo menos 20 da superfiacutecie do planeta coberta por oceanos

A habitabilidade tambeacutem depende das idades do planeta e da estrela

B aseando-se nestes criteacuterios embora natildeo possamos observaacute-los diretamente podemos analisar se as estrelas com planetas gigantes conhecidos poderiacuteam ter planetas que satisfizessem estas condiccedilotildees Um estudo de 85 sistemas extrasolares com um ou mais planetas mostrou que aproximadamente 25 destes podem ter corpos pequenos em oacuterbitas estaacuteveis dentro da regiatildeo habitaacutevel (Menou e Tabachnik 2003) Nos casos estudados a principal causa de instabilidade eacute a presenccedila de corpos pertubadores em oacuterbitas muito excecircntricas Vale lembrar que a alta excentricidade eacute uma caracteriacutestica intriacutenseca da maioria dos planetas extraso lares conhecidos devido a lim itaccedilotildees dos instrum entos de detecccedilatildeo Considerando que este estudo foi realizado com base em uma populaccedilatildeo aparentemente viciada a proporccedilatildeo de de estrelas candidatas a abrigar ao menos um planeta habitaacutevel eacute muito promissora

Onde procurar mais informaccedilatildeo

The Extrasolar Planets Encyclopedia(Jean Schneider CNRS Paris)

httpcfa-wwwharvardeduplanetsencyclhtml

The Geneva Extrasolar Planet Search Programmes(M Mayor)

httpobswwwunigech~udryplanetplanethtml

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Comentaacuterios Finais

Os planetas que conhecemos hoje tiveram uma origem desenvolveram uma dinacircmica e foram detectados por noacutes em algum momento mais avanccedilado de suas existecircncias Esta eacute a ordem causal das coisas A origem destes objetos determinou caracteristicas intriacutensecas tais como suas localizaccedilotildees tipos de oacuterbitas e massas

O estudo da dinacircmica destes corpos trata de entender suas evoluccedilotildees orbitais estabilidades e efeitos sobre a estrela No entanto eacute a nossa capacidade de deduccedilatildeo que nos habilita a detectaacute- los Na praacutetica invertemos a ordem causal e a partir das caracteriacutesticas orbitais e de massa que detectamos aplicamos dinacircmicas conhecidas sobre estabilidade e evoluccedilatildeo orbital para tentar entender a origem destes corpos celestes Estamos fazendo uma espeacutecie de Arqueologia dos sistemas planetaacuterios buscando caracteriacutesticas dinacircmicas atuais que sejam indiacutecios do que aconteceu no passado

Eacute importante lembrar que o estudo dos planetas extrasolares representa uma aacuterea muito nova de conhecimento A primeira determinaccedilatildeo orbital

ldquoconfiaacutevelrdquo de um sistema muacuteltiplo exoplanetaacuterio data de 2001 Portanto ainda existem muitas perguntas sem respostas e satildeo muito poucas as que podemos responder completamente

As oacuterbitas estimadas dos exoplanetas sugerem formaccedilotildees eou evoluccedilotildees diferentes quando comparadas com o nosso proacuteprio Sistema Solar Embora apresente problemas a explicaccedilatildeo mais aceita pelos pesquisadores para a evoluccedilatildeo destes sistemas eacute a migraccedilatildeo Entre os mecanismos propostos o que melhor se encaixa nos dados disponiacuteveis eacute a hipoacutetese de migraccedilatildeo por interaccedilatildeo entre planetas e discos de gaacutes

Quanto agrave possibilidade de encontrarmos planetas s em elh an tes ao nosso a inda estam os engatinhando Nossa incapacidade instrumental vem sendo compensada pela criatividade teoacuterica Enquanto natildeo desenvolvemos aparelhos de medida capazes de detectar objetos tatildeo pequenos vamos elaborando criteacuterios de seleccedilatildeo para as estrelas onde devemos encontrar fontes mais promissoras De qualquer forma o importante eacute que natildeo perdemos de vista a ideacuteia de que ldquoencontrar-nos sozinhos neste imenso Universo seria um tremendo desperdiacutecio de espaccedilordquo (in Contato Carl Sagan) pound

Referecircncias

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Walkiria Schulz eacute astrocircnoma formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutora em Engenharia e Tecnologia Espaciais pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Atualmente trabalha para a Comisioacuten Nacional de Actividades Espaciales (CONAE - Argentina)

Cristiaacuten Beaugeacute eacute astrocircnomo formado pela Universidad Nacional de Coacuterdoba (UNC - Argentina) e doutor pelo Instituto de Astronocircmia Geofiacutesica e Ciecircncias Atmosfeacutericas (IAG) da Universidade de Satildeo Paulo (USP) Atualmente daacute aulas e realiza pesquisas no Observatoacuterio Astronoacutemico de Coacuterdoba (OAC - UNC)

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RetificaccedilatildeoCaros leitores a Revista macroCOSMOcom retifica

nesta ediccedilatildeo o artigo nomeado nCataacutelogo Jatobaacute publicado em nossa ultima ediccedilatildeo (Ano II - Ediccedilatildeo ndeg 21 - Agosto de 2005) por conter informaccedilotildees errocircneas redigidas pelos seus autores O cataacutelogo utilizado e nomeado pelos autores como Cataacutelogo Jatobaacute na realidade se chama Cataacutelogo REA-Brasil um cataacutelogo de objetos difusos para o Hemisfeacuterio Sul tendo sido preparado originalmente pelo astrocircnomo amador Tasso Napoleatildeo para a APAA (Associaccedilatildeo Portuguesa de Astrocircnomos Amadores) natildeo tendo em sua criaccedilatildeo nenhuma participaccedilatildeo de membros da Associaccedilatildeo de Amadores de Astronomia de Satildeo Paulo conforme citado no artigo mesmo porque essa entidade jaacute havia deixado de existir mais de vinte anos antes

O cataacutelogo foi criado por Tasso Napoleatildeo nos anos 90 e natildeo nos 80 conforme relatado pelos autores Subsequumlentemente agrave sua criaccedilatildeoesse cataacutelogo sofreu diversas atualizaccedilotildees sendo que a versatildeo publicada na uacuteltima ediccedilatildeo da Revista macroCOSMOcom estava tam beacutem desatua lizada Na presente ediccedilatildeo apresentamos aos leitores e por gentileza de seu criador Tasso Napoleatildeo a lista completa do nCataacutelogo REA-Brasil um cataacutelogo de objetos difusos para o Hemisfeacuterio Sulem sua uacuteltima revisatildeo feita em fins de 2004

Hemerson Brandatildeo Revista macroCOSMOcom

50 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

ASTRONOMIAOBSERVACIONAL

Nebulosa do Esquimoacute

C a t aacute l o g o REA-BrasilUm cataacutelogo de Objetos Difusos para o Hemisfeacuterio Sul

Tasso Augusto Napoleatildeo | REA-Brasiltassonapoleaoigcombr

As referecircncias histoacutericas aos objetos difusos (na eacutepoca chamados genericamente de ldquonebulosasrdquo) iniciam-se no seacuteculo XVII A famosa ldquonebulosardquo de Androcircmeda (a galaacutexia que conhecemos por M31) foi mencionada pela primeira vez por Simon Marius em 1612 Jaacute a nebulosa de Oacuterion (M42) eacute referida em trabalhos do jesuiacuteta Johannes Cysat (ou Cysatus) em Ingolstadt Alemanha em 1619 e foi descrita detalhadamente pelo grande astrocircnomo e fiacutesico holandecircs Christiaan Huygens (1629-1695) no ano de 1694

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O primeiro cataacutelogo organizado de objetos difusos data de 1771 e foi elaborado pelo astrocircnomo francecircs Charles Messier (1730-1817) para distinguir esses objetos de cometas Sua versatildeo revista seria publicada por Messier em 1781 e ateacute hoje mais de duzentos anos depois ela ainda eacute uma referecircncia baacutesica para os astrocircnomos amadores

O grande avanccedilo na catalogaccedilatildeo das ldquonebulosasrdquo entretanto eacute devido a William Herschel (1738-1822) que com o auxiacutelio de sua irmatilde Caroline publicaria em 1786 o seu ldquoCatalogue of a Thousand New Nebulae and Star Clusters seguido em 1789 por um segundo cataacutelogo com mais mil objetos e em 1802 por quinhentos objetos adicionais Os trabalhos de Herschel seriam enriquecidos por seu filho John Herschel que publicaria em 1864 o ldquoGeneral Cataloguersquorsquo com 5079 objetos Finalmente John Dreyer em 1888 catalogaria 13226 objetos

em seu ldquoNew General Catalogue of Nebulae and Clusters of Stars (NGC) e seu suplemento ldquoIndex Cataloguersquorsquo (IC) Esses dois trabalhos se tornaram praticamente o padratildeo geral para a identificaccedilatildeo de objetos difusos inclusive os austrais

No entanto ainda nos dias de hoje a referecircncia mais utilizada pelos astrocircnomos amadores do hemisfeacuterio sul continua sendo o cataacutelogo de Messier Isto traz uma desvantagem evidente natildeo estatildeo incluiacutedos nele os objetos com declinaccedilotildees mais austrais (e sabemos que o hemisfeacuterio sul celeste eacute particularmente rico nestes objetos) A soluccedilatildeo mais comum eacute o uso dos cataacutelogos NGC e IC Entretanto por serem estes muito extensos nem sem pre os astrocircnom os am adores estatildeo fam ilia rizad o s com sua nom encla tu ra Pouquiacutessimas satildeo as publicaccedilotildees em que se tentou listar um cataacutelogo resumido dos objetos difusos

52 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

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ASTRONOMIAOBSERVACIONAL

mais s ignificativos quando observados do Hemisfeacuterio Sul

O cataacutelogo a seguir com 112 objetos pretende ser uma recomendaccedilatildeo do autor para a observaccedilatildeo dos objetos difusos mais atraentes vistos desde latitudes de cerca de 23deg sul A seleccedilatildeo dos objetos foi criteacuterio pessoal do autor e foi baseada em anos de observaccedilatildeo dos mesmos com instrumentos que vatildeo desde binoacuteculos 7x50 mm ateacute telescoacutepios com aberturas de 500 mm mdash ou seja uma faixa acessiacutevel agrave m aior parte dos instrum entos am adores Naturalmente natildeo haacute a pretensatildeo de tornaacute-lo um cataacutelogo formal mas apenas a de orientar os observadores iniciantes para a contemplaccedilatildeo destes beliacutessimos objetos

Estatildeo incluiacutedos aqui todos os objetos geralmente catalogados como ldquodifusosrdquo galaacutexias nebulosas difusas aglom erados abertos aglom erados

coordenadas e dos paracircmetros relevantes a cada classe satildeo fornecidos os nomes populares de cada objeto Naturalmente nesta relaccedilatildeo omitimos alguns objetos que apesar de importantes estatildeo muito ao norte para permitir uma boa visualizaccedilatildeo nas latitudes consideradas neste caso estatildeo por exemplo as interessantes galaacutexias M81 (NGC 3031) e M82 (NGC 3034) em Ursa Maior a nebulosa planetaacuteria ldquoda corujardquo M97 (NGC 3587) etc De forma geral nosso ldquocorterdquo foi feito na declinaccedilatildeo de 50deg norte

Em contrapartida estatildeo incluiacutedos objetos beliacutessimos como os aglomerados abertos de Carina Vela e Puppis as Nuvens de Magalhatildees uma seacuterie de objetos em Centaurus Crux Ara Tucana e Sculptor e diversos outros que geralmente natildeo satildeo m encionados nos cataacutelogos p reparados especificamente para os observadores do Hemisfeacuterio Norteglobulares e nebulosas planetaacuterias Aleacutem das

Referecircncias recomendadas para objetos adicionais aos mencionados no presente cataacutelogo

- Burnham Robert Celestial Handbook Dover 1978 (3 vols)- Jones Kenneth Glyn (ed) Webb Society Deep Sky Observerrsquos Handbook Enslow 1987 (7 vols)- Malin David and Frew David Hartungrsquos Astronomical Objects for Southern Telescopes Cambridge 1995

Tasso Augusto Napoleatildeo eacute engenheiro quiacutemico pela POLI-USP com mestrado pela FGV-SP tendo estudado astronomia e astrofiacutesica no Instituto de Astronomia Geofiacutesica e Ciecircncias Atmosfeacutericas da USP Fundador (em 1988) e atualmente Diretor Cientiacutefico da REA BRASIL (Rede de Astronomia Observacional) Tasso dedica-se no momento agrave fotometria CCD de estrelas variaacuteveis particularmente as cefeidas de periacuteodo ultracurto (USPCs) agrave espectrometria de estrelas peculiares e agrave busca de supernovas extragalaacutecticas com telescoacutepios robotizados dentro do programa BRASS (Brazilian Supernovae Search) que jaacute descobriu nove supernovas em seu primeiro ano de operaccedilatildeo

1 Na tabela a seguir estatildeo indicados (ordenados por ascensatildeo reta)1 Ref Nuacutemero de referecircncia no presente cataacutelogo2 NGC Nuacutemero do objeto no cataacutelogo NGC (ou quando indicado IC)3 AR Ascensatildeo Reta (equinoacutecio 20000)4 Dec Declinaccedilatildeo do objeto (equinoacutecio 20000)5 Tipo Tipo do objeto

GA - galaacutexia A A - aglom erado aberto AG - aglom erado globular ND - nebulosa difusa NP - nebulosa planetaacuteria RSN - restos de supernova

6 mv M agnitude visual integrada do objeto7 Dim Dim ensatildeo do objeto em minutos (ou quando indicado segundos) de arco8 Const Conste laccedilatildeo9 Notas Outras designaccedilotildees do objeto (como o nuacutem ero M essier ou os nomes populares)

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Cataacutelogo REA-BRASILRef NGC

AR (200 DD)

Dec(2DDDD)

Tipo mv Dim C onsl Notas

001 55 OOh 140 -30 1 11 GA 70 30x5 Sl

002 104 OOh 241 -72deg 06 AG 40 31 Tuc 47 Tucanae

003 - OOh 525 - 72deg 43 GA 15 210 Tuc Pequena Nuvem de Magalhatildees

004 224 OOh 427 -H 4r 15 GA 34 130x50 And M31 - Galaacutexia de Androcircmeda

005 253 OOh 475 -25deg 17 GA 72 25x7 Sl Moeda de Praia

005 352 01 h 032 -70 0 51 AG 55 13 Tuc

007 503 01 h 330 +30deg 30 GA 57 50x40 Tri M33 - Galaacutexia do Triacircngulo

003 523 01 h 357 +15deg 47 GA 01 10 Psc M74

000 1053 02h 427 -00deg 01 GA 30 5x5 Cet M77

010 1007 02h 453 -30deg 17 GA 03 0x7 For

011 1201 03h 173 -41 1 03 GA 35 10x0 Eri

012 1315 03h 227 -37deg 12 GA 33 7x5 For Fornax A

013 - 03h 470 +24deg 07 AA 12 110 Tau Pleiades

014 1535 04h 142 -12deg 44 NP 05 20 Eri PK 205 - 401

015 - 04h 157 +15deg 31 AA 300 Tau Hyades

015 - 05h210 -53deg 20 GA 10 400 Dor Grande Nuvem de Magalhatildees

017 1052 05h 344 +22deg 01 RSN 34 5x4 Tau M1

013 1075 05h 354 -05deg 27 ND 30 50 Ori M42 - Nebulosa de Orion

010 1050 05h 351 +34deg 03 AA 50 12 Aur M35

020 2070 05h 337 -50deg 05 ND 54 40x25 Dor Nebulosa Taracircntula 30 Dor

021 IC 434 05h 335 -02deg 25 ND 50x15 Ori Inclui a cabeccedila de cavalo

022 2024 05h 410 - O r 51 ND 10x4 Ori

023 2000 05h 524 +32deg 33 AA 50 23 Aur M37

024 2153 05h 030 +24deg 20 AA 52 30 Gem M35

025 2244 05h 324 +04deg 52 AAND 43 24 Mon Nebulosa da Roseta

025 2237 05h 470 -20deg 44 AA 43 33 CMa M41027 2302 07h 202 +20deg 55 NP 01 40 Gem Nebulosa do Esquimoacute

023 2422 07h 355 -14deg 30 AA 43 20 Pup M47

0202437

243307h 413 -14deg 40 AANP 51 27 Pup

Aglomerado aberto M45

com a NP2433 no interior

030 2440 07h 410 -13deg 13 NP 04 20 Pup PK 234 +021

031 2447 07h 445 -23deg 52 AA 55 22 Pup M03

032 2451 07h 454 -37deg 53 AA 37 45 Pup

033 2477 07h 523 -33deg 33 AA 53 25 Pup

034 2515 07h 533 -50deg 52 AA 33 30 Car

035 2547 03h 107 -40deg 15 AA 47 20 Vel035 2545 0$h 124 -37deg 33 AA 52 40 Pup

037 2543 0$h 133 -05deg 43 AA 55 54 Hya M43

033 2532 OSh 401 +10deg 50 AA 31 05 Cnc M44 - Preseacutepio

030 2303 OOh 120 -54deg 52 AG 52 14 Car

040 2357 OOh 214 -53deg 10 NP 07 12 Car PK 273 - 51

041 3114 10h 027 -50deg 07 AA 42 35 Car

042 3132 10h 077 -40deg 25 NP 02 45 Vel PK 272 +1 21

043 3242 10h 243 -13deg 33 NP 77 40 Hya Fantasma de Juacutepiter

044 3203 10h 353 -53deg 14 AA 47 5 Car

045 IC 2502 10h 432 -54deg 24 AA 10 50 Car Pleiades do Sul

045 3351 10h 440 +11deg 42 GA 07 5x7 Leo M05

047 3372 10h 451 -50deg 41 ND 25 120 Car Nebulosa de Ela Carinae

043 3353 10h 453 +11deg 40 GA 01 5x7 Leo M05

040 3532 11 h 054 -53deg 40 AA 31 55 Car

050 3523 11 h 130 +13deg 05 GA 03 10x3 Leo M55

051 3527 11 h 202 +12deg 50 GA 00 0x4 Leo M55

052 3755 11 h 351 -51 deg 37 AA 45 12 Cen

053 3013 11 h 503 -57deg 11 PN 31 12 Cen

054 4254 12h 133 +14deg 25 GA 03 5 Com M00

055 4253 12h 100 +17deg 13 GA 33 13x7 CVh M105

54 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

1 Ref NGCAR

(200 00)Dec

(20000)Tipo mv Dim Const Notas

056 4303 12h 219 +04 28 GA 97 6x5 Vir M61057 4321 12h 229 +1549 GA 94 6 Com M100

058 4374 12h 251 +12ldquo 53 GA 93 5x4 Vir M84

059 4382 12h 254 +18 11 GA 93 7x5 Vir M85

060 4406 12h 262 +1257 GA 91 7x5 Vir M86

061 4472 12h 298 +08 00 GA 84 9x7 Vir M49

062 4486 12h 308 +1224 GA 86 7 Vir M87 Viacutergo A

063 4501 12h 320 +1425 GA 95 6x3 Com M88

064 4565 12h 363 +25 59 GA 96 16x3 Com

065 4569 12h 368 +1310 GA 95 9x4 Vir M90

066 4579 12h 377 +11 49 GA 98 5x4 Vir M58

067 4594 12h 400 -11 3 7 GA 80 8x4 Vir M104 Sombrero

068 4621 12h 420 +11 39 GA 98 5x3 Vir M59

069 4649 12h 437 +11 33 GA 88 7x6 Vir M60

070 4736 12h 509 +41 07 GA 82 10 CVn M94

071 4755 12h 536 -60 20 AA 42 10 Cru Caixa cie Joacuteias

072 4826 12h 567 +21 41 GA 85 9x5 Com M44 Olho Negro

073 4945 13h 051 -49 28 GA 84 20x4 Cen

074 5055 13h 158 +42 02 GA 86 12x8 CVn M63 Girassol

075 5128 13h 255 +4301 GA 68 18x14 Cen Centaurus A

076 5139 13h 268 -47 29 AG 35 36 Cen Omega Centauri

077 5194 13h 299 +4712 GA 84 12x6 CVn M51 Redemoinho

078 5236 13h 370 -29 52 GA 75 10 Hya M83079 5272 13h 422 +28 23 AG 63 19 CVn M3

080 5904 15h 186 +02 05 AG 58 20 Ser M5

081 6121 16h 236 -26 32 AG 59 24 Sco M4

082 6205 16h 417 +36 28 AG 58 17 Her M13

083 6218 16h 472 -01 57 AG 68 14 Oph M12

084 6254 16h 571 -04 06 AG 66 15 Oph M10

085 6266 17h 012 -30 07 AG 67 14 Oph M62

086 6273 17h 026 -26 1 6 AG 67 13 Oph M19

087 6302 17h 137 -37 06 NP 96 15x05 Sco PK 349+011

088 6362 17h 319 -67 03 AG 76 11 Ara

089 6388 17h 363 -44 44 AG 67 9 Sco

090 6405 17h 401 -32 1 3 AA 46 14 Sco M6 Borboleta

091 6397 17h 407 -53 40 AG 58 25 Ara

092 6475 17h 539 -34 49 AA 33 80 Sco M7

093 6494 17h 568 -19 0 1 AA 55 27 Sqr M23

094 6514 18h 026 -23 02 ND 70 29x27 Sqr M20 Triacutefida

095 6523 18h 038 -24 23 ND 40 90x40 Sqr M8 Laquna

096 6541 18h 080 -43 42 AG 66 13 CrA

097 6611 18h 188 -13 4 7 NDAA 60 8 Ser Nebulosa da Aguia

098 6618 18h 208 -16 1 1 ND 60 46x37 Sqr Nebulosa Om eqaou Cisne

099 6626 18h 245 -24 52 AG 70 11 Sqr M28

100 6656 18h 364 -23 54 AG 51 24 Sqr M22

101 6705 18h 511 -06 1 6 AA 58 13 Sct M11

102 6720 18h 536 +33 02 NP 88 1 Lyr Nebulosa do Anel

103 6744 19h 098 -63 5 1 GA 84 16x10 Pav

104 6752 19h 109 -59 59 AG 54 20 Pav

105 Col 399 19h 254 +2011 AA 36 60 Vul Cabide

106 6809 19h 400 -30 58 AG 63 19 Sqr M55

107 6818 19h 440 -14 0 9 NP 93 25 Sgr PK 025 -17 1

108 6853 19h 596 +22 43 NP 74 8x4 Vul Nebulosa do Sino109 7009 21 h 042 -11 2 2 NP 80 05x15 Aqr Nebulosa Saturno

110 7078 21 h 300 +1210 AG 63 12 Peg M15

111 7089 21 h 335 -00 49 AG 64 11 Aqr M2

112 7293 22h 296 -20 48 NP 65 15x11 Aqr Nebulosa da Heacutelice

Com pilaccedilatildeo Tasso Napoleatildeo Novembro de 2004

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 55

- e

macroGALERIA

L - i l VV bull rsquo- - bull bull t bull

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V iacute I V -

Embora-dispeacutense maacuteioacuteregraves apresentaccedilotildees rsquo os V objetos L - _ _ _ iacute ________ t___A _ _ iacute _ o - i _

v T gt - vi carvatildeo aglomerado aberto NGC 4852 The running

chicken (IC 2944) aglomerado aberto NGC 4052 aleacutem de - -vaacuteriacuteas nebulosas escuras Foram utilizadas uma Camera

O T n lsquo J n r gt _ r u ___ _ l i a l mdashI l a _ j _ A a ___ ___ _

Nikon 50mm a f4 com 10 sub-integraccedilotildees de 3m e montagem TakacirchaacuteshjVEMio- gentilmente cedida por pedrp Reacute A fotpforfeitanoacute Observatoacuterio Mamalluca na

cidade de Vicuna Chile em Abril de 2005

- Joseacute Carlos Dinizr bull bull raquo bull - n_ - raquo - w f i dinizastroterracombr

56 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

R6A

Campanhas observacionais - REA BRASIL SetembroOutubro de 2005

httpwwwreabrasilorg

A Secccedilatildeo Lunar juntamente com as Secccedilotildees Lunissolar e Estaccedilatildeo Costeira 1 da REA-Brasil novamente convida a todos para que em cadeia nacional faccedilam observaccedilatildeo e registro (reporte e imagem) desses eventos celestes para as devidas reduccedilotildees cientiacuteficas

07092005 - Impactos Lunares (Chuva de Meteoros Pupideos)A possibilidade de avistamento de impacto eacute de 44 na porccedilatildeo natildeo iluminada da

Lua agraves 0206 TU + 11 hrs Maiores informaccedilotildees httplunarastrodatabasenet

04102005 - Emersatildeo de Mercuacuterio

Emersatildeo de Mercuacuterio (-06 mag) na borda iluminada da Lua5h 46m 8s HL Nascer do Sol

6h 22m 4s HL Nascer da Lua Magnitude -48 Fase 00056h 24m 16s HL Nascer de Mercuacuterio Magnitude -06 Fase 0946

Cidade Emersatildeo (hh mm ss TU) na borda iluminada da LuaRio de Janeiro 102937 TUMacaeacute 102847 TUSalvador 095636 TUM ococa 10259 TU

Esta Emersatildeo de Mercuacuterio eacute um evento desafiador para observaccedilatildeo porque acontece agrave luz do dia e a cerca de 12 graus acima do horizonte Aleacutem disso a Lua vai estar com a idade de apenas 1 dia ou seja um finiacutessimo crescente iluminado em apenas 12

Ainda temos o Sol que estaraacute a 12 graus acima da Lua Interessante notar que Juacutepiter estaraacute a 2 graus a Leste da Lua e Spica (mag 104) a 2 graus a Oeste da foice iluminada

Para a cidade do Rio de Janeiro seraacute possiacutevel acompanhar a Imersatildeo na borda escura da Lua com Mercuacuterio a 4 graus acima do horizonte enquanto que a Emersatildeo acontece a 18 graus acima do horizonte Em todo caso este eacute um bom momento para encontrar Juacutepiter (mag -17) a luz do dia utilizando binoacuteculo tendo a Lua como referecircncia httplunarastrodatabasenet

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 57

R6A

19 e 20102005 - Ocultaccedilatildeo das PlecirciadesPlecirciades (mag 30) diacircmetro 100 elongaccedilatildeo solar 147

Mapa de Visibilidade global (IOTA) httplunarastrodatabasenetocult_pleiades_20out05jpg

Mapa da Trajetoacuteria do evento para algumas cidades brasileiras (Joseacute Agustoni - Zeca) httppaginasterracombrlazerzecaastronomiaindexhtm

Condiccedilotildees individuais para algumas estrelas do M45 (em relaccedilatildeo as coordenadas Lat 4721S e Long 2118W) - Hora Local de Brasiacutelia GM T -3

Estrela e Magnitude Imersatildeo(1910)

Emersatildeo(1910) Notas

SAO 76131 E LEC TR A (17 TAURI) 38 mag

22h038m 22h301 m Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76172 M E R O P E (23 TAURI) 42 mag 22h124m 23h127m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76126 CELAENO (16 TAURI) 54 mag - -

224h - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76140 T AY G E T A (19 TAURI) 44 mag

- -228h - Lua passa a 04 graus de

separaccedilatildeo da estrelaSAO 76199 A L C Y O N E (ETA T AU R I) 30 mag 22h482m 23h532m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

SAO 76155 MAIA (20 TAURI) 40 mag - -

229h - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76215 104 B TAURI 5 5m ag

- - 23Oh - Lua passa a 06 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76137 18 TAURI 56mag - -

2 3 1h - Lua passa a 07 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 76159 A S T E R O P E

(21 TAURI) 58 mag- -

2 3 1h - Lua passa a 04 graus de separaccedilatildeo da estrela

SAO 9056 PLEIONE (28 BU TAU R I) 4 8m ag

1910 as 23h440m

2010 as 0h427m

Imersatildeo na borda i luminada e Emersatildeo na borda escura da Lua

Glose to SAO 76228 ATLAS (27 TAURI) 38

mag- -

24Oh - Lua passa a 03 graus de separaccedilatildeo da estrela

Alexandre Am orimCoordenador da Costeira 1 e Secccedilatildeo Cometas REA-Br

httpcosteira1astrodatabasenet Dennis W eaver de Medeiros Lima

Gerente de Projeto Ocultaccedilotildees Lunares - dwastronomiayahoocombrHeacutelio C Vital

Coordenador da Secccedilatildeo Eclipse REA-Br (Site Lunissolar) httpwwwgeocitiescomlunissolar2003

Rosely Gregio Coordenadora da Secccedilatildeo Lunar - REA-Brasil

rgregiouolcombr REA Brasil httpwwwreabrasilorg

58 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

FASES DA LUA

Dia 3 de Setembro - Lua Nova Dia 11 de Setembro - Lua Quarto Crescente

Dia 17 de Setembro - Lua Cheia Dia 25 de Setembro - Quarto Minguante

2005SETEMBRO

Rosely Greacutegio | Revista macroCOSMOcom rgregiouolcombr

MUDANCcedilA DE ESTACcedilAtildeO 22 de Setembro 19h232m - Equinoacutecio da Primavera para o Hemisfeacuterio Sul e Equinoacutecio de Outono para o Hemisfeacuterio Norte

COMETAS VISIacuteVEIS (ATEacute 12 MAGNITUDE)Salvo novas descobertas e explosotildees de brilho temos

Hemisfeacuterio Sul

A n o ite c e r N o ite A m a n h e c e r IC2004 EM (LINEAR)

mag 10C2004 EM (LINEAR)

maq 10C2004 EM (LINEAR)

mag 10

9P Tem pe i 1 mag 11 9P Tem pe l 1 mag 1121 PGiacobini- Zinner

maq 12C2005 E2 (McNaught)

Maq 11C2005 E2 (McNaught)

Maq 11C2005 E2 (McNaught)

Mag 11C2004 Q2 (Machholz)

Maq 12- -

Hemisfeacuterio Norte

A n o ite c e r N o ite A m a n h e c e r j161P 2004 V2 (Hart ley- IRAS)

mag 10C2005 E2 (McNaught)

mag 11C2004 EM (LINEAR)

mag 11

9P Tem pe i 1 mag 11 -21 PGiaco bini- Zinner

mag 12C2005 E2 (McNaught)

mag 11- -

C2004 Q2 (Machholz) mag 12 - -

CHUVA DE METEOROS

I R a d ia n te D u ra ccedil atilde o M aacute x im o |Gamma A quar idas 1 a 14 de setembro 78 de setembroAlpha Tr iangulidas 5 a 15 de setembro 1112 de setembroAlpha Aurig idas (AUR) 25 de aqo a 6 de setembro 12 de setembroEta Draconidas 28 de aqo a 23 de setembro 1213 de setembroGamma Piscidas 26 de aqo a 22 de outubro 2324 de setembroPisc idas Sul (SPI) 12 de aqosto a 7 de outubro De 11 a 20 de setembro

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 59

EFEMERIDES

Quinta-feira 1 de setembro

Lanccedilamento NROL-25 Delta 4M Asteroacuteide 5554 Keesey passa proacuteximo da Terra

(0915 UA)Equaccedilatildeo de Tempo -005 min Urano em Oposiccedilatildeo02h Urano Mag=57 m melhor observado de 191h

- 55h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-10m melhor observado de

230h - 60h LCT (Ari)5h090m Nascer da Lua no ENE (Cnc)59h Mercuacuterio Mag=-11m melhor observado de

57h - 60h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

46h - 60h LCT (Cnc)6h205m Nascer do Sol no E 16h217m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h023m Ocaso do Sol no W 183h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)183h Juacutepiter Mag=-18m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)18h43m Vecircnus passa a 12 graus de Juacutepiter 19 6h V ia-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo

Sexta-feira 2 de setembro

Cometa P2004 VR8 (LONEOS) em Perieacutelio (2376 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 026 min 01h Urano Mag=57 m melhor observado de 188h

- 53h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-11m melhor observado de

229h - 60h LCT (Ari)5h452m Nascer da Lua no ENE (Leo)60h Mercuacuterio Mag=-11m melhor observado de

58h - 60h LCT (Leo)60h Saturno Mag=03 m melhor observado de

45h - 60h LCT (Cnc)6h196m Nascer do Sol no E 17h133m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h025m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -207h LCT (Vir)19 6h V ia-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo

AGENDADIAacuteRIA

Plutatildeo Estacionaacuterio Iniciando M ovim ento Progressivo

Saacutebado 3 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 31 (OTM-31) Cometa P1998 W1 (Spahr) em Perieacutelio (1730

UA)Equaccedilatildeo de Tempo 058 min 01h Urano Mag=57 m melhor observado de 188h

- 52h LCT (Aqr)45h Marte Mag=-11m melhor observado de

229h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-12m melhor observado de

58h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

44h - 59h LCT (Cnc)6h185m Nascer da Lua no ENE (Leo)6h187m Nascer do Sol no E 15h454m Lua Nova 18h028m Ocaso do Sol no W 18h036m Ocaso da Lua no W (Leo)184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -207h LCT (Vir)195h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo

Domingo 4 de setembro

Em 1905 Paul Gotz descobria o Asteroacuteide 571 Dulcineia

No Calendaacuterio Hebreu eacute o Primeiro dia do Elul mecircs 13 do ano 5765 comeccedilando ao ocaso do Sol (Ano Bissexto)

No Calendaacuterio Islacircmico Tabular eacute o Primeiro dia do Sharsquoban mecircs 8 do ano 1426 comeccedilando ao pocircr- do-sol

Equaccedilatildeo de Tempo 091 min 44h Marte Mag=-11m melhor observado de

228h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-12m melhor observado de

58h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

44h - 59h LCT (Cnc)6h178m Nascer do Sol no E 6h499m Nascer da Lua no E (Leo)12h55m Mercuacuterio passa a 11 graus da estrela

Regulus mag 14 (Leo)

60 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMERIDES

18h030m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -208h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -206h LCT (Vir)18h531m Ocaso da Lua no W (Vir)19h068m Io (62 mag) Iniacutecio do T racircnsito 19 4h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h523m Io (62 mag) Iniacutecio do Tracircnsito da

Sombra20h127m Io (62 mag) em Conjunccedilatildeo Inferior 239h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 51 h LCT (Aqr)

Segunda-feira 5 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 124 min 44h Marte Mag=-11m melhor observado de

228h - 59h LCT (Ari)59h Mercuacuterio Mag=-13m melhor observado de

59h - 59h LCT (Leo)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

43h - 59h LCT (Cnc)6h168m Nascer do Sol no E 7h205m Nascer da Lua no E (Vir)18h033m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado

de 184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado

de 184h -206h LCT (Vir)194h Via-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo19h240m Io (62 mag) Final do Eclipse 19h428m Ocaso da Lua no W (Vir)239h Urano Mag=57 m melhor observado

de 189h - 50h LCT (Aqr)

Em

18h035m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -20 9h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -20 5h LCT (Vir)193h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo20h336m Ocaso da Lua no W (Vir)21 h Chuveiro de Meteoros Arietiacutedeos de Outubro

(Cet)

Quarta-feira 7 de setembro

Campanha Observacional Secccedilatildeo Lunar REA- Brasil - Impactos Lunares (Chuveiro Pupideos (PUP) A possibilidade de avistamento de impacto eacute de 44 na porccedilatildeo natildeo iluminada da Lua Todas as informaccedilotildees em httplunarastrodatabasenet Participe

Ocultaccedilatildeo de Vecircnus pela Lua para parte da Aacutefrica e Antarctica a 8h TU

httpwwwlunar-occultationscomiotaplanets 0907venushtm

Equaccedilatildeo de Tempo 191 min

7 de setembro de 2005 a sonda Cassini sobrevoa a lua Titan de Saturno httpsaturnjplnasagov

Terccedila-feira 6 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 158 min 43h Marte Mag=-11m melhor observado

de 22 7h - 59h LCT (Ari)59h Saturno Mag=03 m melhor observado

de 43h - 59h LCT (Cnc)6h159m Nascer do Sol no E 7h515m Nascer da Lua no E (Vir)9h34m Vecircnus passa a 17 graus da estrela

Spica 1 mag (Vir)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

copy NA

SA

JPL

S

pace

Sc

ience

In

stitu

te

61

EFEMEacuteRIDES

43h Marte Mag=-12m melhor observado de 227h - 59h LCT (Ari)

59h Saturno Mag=03 m melhor observado de 42h - 59h LCT (Cnc)

6h150m Nascer do Sol no E 8h240m Nascer da Lua no ESE (Vir)18h038m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -205h LCT (Vir)19 2h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo20h015m Europa (68 mag) Elongaccedilatildeo Oeste 21 h265m Ocaso da Lua no W S W (Vir)237h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 49h LCT (Aqr)

Quinta-feira 8 de setembro

Haacute 40 anos atraacutes Karou Ikeya e Tsutomu Seki descobriam o cometa Ikeya-Seki httpcosteira1astrodatabasenetcometaindexhtm

Em 1960 nascia a instituiccedilatildeo norte-americano do Marshall Space Center httpwwwmsfcnasagov

Em 1905 nascia Thomas Keith Glennan o primeiro administrador da NASA formalmente estabelecida em 1 de outubro de 1958

Equaccedilatildeo de Tempo 226 min 42h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 59h LCT (Ari)59h Saturno Mag=03 m melhor observado de

41 h - 59h LCT (Cnc)6h141m Nascer do sol no E 8h595m Nascer da Lua no ESE (Lib)

18h040m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-40m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -204h LCT (Vir)192h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h519m Io (62 mag) Elongaccedilatildeo Oeste 19h520m Europa (68 mag) Final do Eclipse 22h225m Ocaso da Lua no W S W (Lib)237h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 48h LCT (Aqr)

Sexta-feira 9 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 260 min 42h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

41h - 58h LCT (Cnc)6h131m Nascer do Sol no E 9h394m Nascer da Lua Az=1132 deg ESE (Lib) 18h042m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -209h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -204h LCT (Vir)19 1 h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h251m Lua em Libraccedilatildeo Oeste 217h Lua Passa a 04 graus da estrela SAO

183686 42 LIBRAE 51mag 23h218m Ocaso da Lua no W SW (Sco)236h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 47h LCT (Aqr)

Em 8 de setembro de 1975 era lanccedilada a sonda Viking 2 (Marte OrbiterLander)httpnssdcgsfcnasagovplanetaryvikinghtml

62 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

Saacutebado 10 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 32 (OTM- | 32)

Asteroacuteide 5836 (1993 MF) passa proacuteximo ao Asteroacuteide Vesta (0027 UA)

Asteroacuteide 5143 Heracles passa proacuteximo da Terra (2216 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 295 min41 h Marte Mag=-12m melhor observado de

226h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

40h - 58h LCT (Cnc)6h122m Nascer do Sol no E 10h253m Nascer da Lua no ESE (Sco) 18h045m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -210h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -203h LCT (Vir)1 9 0h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo235h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 47h LCT (Aqr)

Domingo 11 de setembro

Cometa Singer Brewster em Perieacutelio (2041 UA) Em 1985 a sonda ICE ldquoInternational Cometary

Explorerrdquo passava pela cauda de iacuteon do cometa Giacobini-Zinner

httphyperphysicsphy-astrgsueduhbasesolargzhtml

Equaccedilatildeo de Tempo 330 min 0h241m Ocaso da Lua no W SW (Sco)41 h Marte Mag=-12m melhor observado de

225h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

40h - 58h LCT (Cnc)6h113m Nascer do Sol no E 8h366m Lua em Quarto Crescente 11h185m Nascer da Lua no ESE (Oph) 18h047m Ocaso do Sol no W 184h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

184h -210h LCT (Vir)184h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

184h -203h LCT (Vir)1 9 0h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo

Em 12 de Setembro de 1970 era lanccedilada a sonda Luna 16 (Soviet Lua Sample Return)

httpwwwcalskycomobserverluna16html

235h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 46h LCT (Aqr)

Segunda-feira 12 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 365 min 10h Lua passa a 02 graus da estrela SAO

185755 X SAGITTARII 42mag 1 h274m Ocaso da Lua no W S W (Sgr)40h Marte Mag=-13m melhor observado de

225h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

39h - 58h LCT (Cnc)6h103m Nascer do Sol no E 12h188m Nascer da Lua no ESE (Sgr)18h050m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -210h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -202h LCT (Vir)189h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo234h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 45h LCT (Aqr)

Terccedila-feira 13 de setembro

Asteroacuteide 9349 Lucas passa proacuteximo da Terra (0890 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 400 min 2h291m Ocaso da Lua no W S W (Sgr)3h455m Lua em Libraccedilatildeo Norte 40h Marte Mag=-13m melhor observado de

224h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=03 m melhor observado de

39h - 58h LCT (Cnc)6h094m Nascer do Sol no E 13h248m Nascer da Lua no ESE (Sgr)18h052m Ocaso do Sol no W

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 63

EFEMEacuteRIDES

185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de 185h -210h LCT (Vir)

185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 185h -202h LCT (Vir)

1 8 8h V ia-laacutectea m elhor posicionada para observaccedilatildeo

233h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 45h LCT (Aqr)

Quarta-feira 14 de setembro

Cometa Helin-Roman-Alu 2 passa proacuteximo da Terra (1384 UA)

Em 1915 nascia John Dobson Equaccedilatildeo de Tempo 436 min 00h Lua passa a 12 graus da estrela SAO

188742 59 SAGITTARII 46mag 04h Lua passa a 05 graus da estrela SAO

188722 OMEGA SAGITTARII 48mag 17h Lua passa a 06 graus da estrela SAO

188778 60 SAGITTARII 50mag 3h263m Ocaso da Lua no W SW (Sgr)39h Marte Mag=-13m melhor observado de

224h - 58h LCT (Ari)58h Saturno Mag=04 m melhor observado de

38h - 58h LCT (Cnc)6h084m Nascer do Sol no E 14h333m Nascer da Lua no ESE (Cap) 18h054m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -210h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -201h LCT (Vir)1 8 8h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo19h213m Ganimedes (58 mag) em Elongaccedilatildeo

Este233h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 44h LCT (Aqr)

Quinta-feira 15 de setembro

Cometa C2004 V3 passa proacuteximo da Terra (3320 UA)

Asteroacuteide 4116 Elachi passa proacuteximo da Terra (1012 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 472 min39h Marte Mag=-13m melhor observado de

223h - 58h LCT (Ari)

4h178m Ocaso da Lua no W S W (Cap)58h Saturno Mag=04 m melhor observado de

37h - 58h LCT (Cnc)6h075m Nascer do Sol no E 15h414m Nascer da Lua no ESE (Cap)18h057m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -201h LCT (Vir)187h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo232h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 43h LCT (Aqr)

Sexta-feira 16 de setembro

Asteroacuteide 1282 Utopia passa proacuteximo da Terra (1862 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 507 min

38h Marte Mag=-14m melhor observado de 223h - 57h LCT (Ari)

5h037m Ocaso da Lua no W S W (Aqr)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

37h - 57h LCT (Cnc)6h065m Nascer do Sol no E 10h518m Lua em Perigeu 16h474m Nascer da Lua no ESE (Aqr)18h059m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -200h LCT (Vir)V186h Via-laacutectea melhor posicionada para

observaccedilatildeo19h110m Io (62 mag) Elongaccedilatildeo Este231h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 43h LCT (Aqr)

Saacutebado 17 de setembro

Asteroacuteide 6373 Stern passa proacuteximo da Terra (1883 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 543 min 38h Marte Mag=-14m melhor observado de

222h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

36h - 57h LCT (Cnc) 48d

64 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMEacuteRIDES

5h453m Ocaso da Lua no W (Aqr)6h056m Nascer do Sol no E 17h508m Nascer da Lua no E (Aqr)18h062m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Vir)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -200h LCT (Vir)18 6h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo23h008m Lua Cheia230h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 42h LCT (Aqr)236h Mercuacuterio em Conjunccedilatildeo

Domingo 18 de setembro

Vecircnus oculta a estrela PPM 228686 (96 Mag) Equaccedilatildeo de Tempo 579 min 37h Marte Mag=-14m melhor observado de

222h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

36h - 57h LCT (Cnc)6h046m Nascer do Sol no E 6h242m Ocaso da Lua no W (Psc)18h064m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -199h LCT (Vir)1 8 5h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo18h523m Nascer da Lua no E (Cet)230h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 41 h LCT (Aqr)

S

Sonda Cassini Manobra Orbital 33 (OTM-33) Em 1905 Paul Gotz descobria os asteroacuteides 572

Rebekka 573 Recha 574 Reginhild e o 575 Renate Equaccedilatildeo de Tempo 615 min

37h Marte Mag=-14m melhor observado de 221h - 57h LCT (Ari)

57h Saturno Mag=04 m melhor observado de 35h - 57h LCT (Cnc)

6h036m Nascer do sol no E 7h020m Ocaso da Lua no W (Psc)

egunda-feira 19 de setembro

18h066m Ocaso do Sol no W 184h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -211 h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -199h LCT (Vir)19h528m Nascer da Lua no E (Psc)229h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 41 h LCT (Aqr)

Terccedila-feira 20 de setembro

Asteroacuteide 1999 RQ36 passa pela Terra (0033 UA) Equaccedilatildeo de Tempo 650 min 36h Marte Mag=-14m melhor observado de

221h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

34h - 57h LCT (Cnc)6h027m Nascer do Sol no E 7h402m Ocaso da Lua no W N W (Ari)18h069m Ocaso do Sol no W 184h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -198h LCT (Vir)20h531m Nascer da Lua no ENE (Ari)228h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 40h LCT (Aqr)

Quarta-feira 21 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 686 min 36h Marte Mag=-15m melhor observado de

220h - 57h LCT (Ari)57h Saturno Mag=04 m melhor observado de

34h - 57h LCT (Cnc)6h017m Nascer do Sol no E 8h202m Ocaso da Lua no W N W (Ari)18h071m Ocaso do Sol no W 183h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -198h LCT (Vir)21 h534m Lua Nasce no ENE (Ari)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 65

EFEMERIDES

228h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 39h LCT (Aqr)

Quinta-feira 22 de setembro

Asteroacuteide 16035 Sasandford passa proacuteximo da Terra (1690 UA)

Em 1905 Paul Gotz descobria o Asteroacuteide 576 Emanuela

Equaccedilatildeo de Tempo 721 min 02h Lua passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 9048 TAU ARIETIS 52mag 35h Marte Mag=-15m melhor observado de

219h - 56h LCT (Ari)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

33h - 56h LCT (Cnc)6h008m Nascer do Sol no E 9h031m Ocaso da Lua no W N W (Tau) 18h074m Ocaso do Sol no W 18 2h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -197h LCT (Vir)19h232m Equinoacutecio de Prim avera para o

H em isfeacuterio Sul e Equinoacutecio Outonal para o Hemisfeacuterio Norte

227h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 39h LCT (Aqr)

22h535m Lua Nasce no ENE (Tau)236h Lua passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 76485 44 TAURI (IM) 54mag

Sexta-feira 23 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 34 (OTM-34) Asteroacuteide 2003 UV11 passa a 0032 UA do planeta

MercuacuterioAsteroacuteide 2865 Laurel passa proacuteximo da Terra

(1632 UA)Equaccedilatildeo de Tempo 757 min No Calendaacuterio Persa eacute o Primeiro dia do mehr

mecircs 7 do ano 1384 Marte Mag=-15m melhor observado de 2 1 9h -

56h LCT 34h (Tau)52h Lua Passa a 08 graus de separaccedilatildeo da

estrela SAO 76573 CHI TAURI 54mag 56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

33h - 56h LCT (Cnc)

5h598m Nascer do Sol no E 9h497m Ocaso da Lua no W N W (Tau)18h076m Ocaso do Sol no W 182h V ia-laacutectea m elhor posicionada para

observaccedilatildeo185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -197h LCT (Vir)19h211 m Ganimedes (58 mag) iniacutecio do Tracircnsito

da Sombra226h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 38h LCT (Aqr) =157d 23h522m Nascer da Lua no ENE (Tau)

Saacutebado 24 de setembro

Em 1930 nascia John Young Pelo Calendaacuterio Civil Indiano eacute o Primeiro dia do

Asvina mecircs 7 do ano 1927Equaccedilatildeo de Tempo 792 min 34h Marte Mag=-15m melhor observado de

21 8h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

32h - 56h LCT (Cnc)5h589m Nascer do Sol no E 10h398m Ocaso da Lua no W N W (Tau)18h079m Ocaso do Sol no W 185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -212h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -196h LCT (Vir)21 h Chuveiro de Meteoros Andromedideos (Psc) 226h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 37h LCT (Aqr)

Domingo 25 de setembro

Asteroacuteide 9342 Carygrant passa proacuteximo da Terra (0894 UA)

Equaccedilatildeo de Tempo 826 min 0h480m Nascer da Lua no ENE (Aur)33h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 8h - 56h LCT (Tau)3h408m Lua em Quarto Minguante 56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

31h - 56h LCT (Cnc)5h579m Nascer do Sol no E 11h327m Ocaso da Lua no W N W (Aur)18h082m Ocaso do Sol no W

66 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EFEMEacuteRIDES

185h Mercuacuterio Mag=-10m melhor observado de 185h -185h LCT (Vir)

185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de 185h -213h LCT (Lib)

185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 185h -196h LCT (Vir)

225h Urano Mag=57 m melhor observado de 189h - 37h LCT (Aqr)

Segunda-feira 26 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 861 min 1 h396m Nascer da Lua no ENE (Gem)2h305m Lua em Libraccedilatildeo Sul33h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 7h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

31h - 56h LCT (Cnc)5h570m Nascer do sol no E 12h272m Ocaso da Lua no W N W (Gem) 18h084m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-09m melhor observado de

185h -186h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -195h LCT (Vir)224h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 36h LCT (Aqr)

Em 26 de setembro de 2005 a sonda Cassini sobrevoa a lua Hiperion de Saturno

Terccedila-feira 27 de setembro

Lanccedilam ento Soyuz T M A -7 Soyuz FG (International Space Station 12S)

Vecircnus oculta a estrela PPM 229625 (109 Mag)Equaccedilatildeo de Tempo 895 min2h261 m Nascer da Lua no ENE (Gem)32h Marte Mag=-16m melhor observado de

21 7h - 56h LCT (Tau)56h Saturno Mag=04 m melhor observado de

30h - 56h LCT (Cnc)5h560m Nascer do Sol no E 13h218m Ocaso da Lua no W N W (Cnc)18h087m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-09m melhor observado de

185h -187h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -195h LCT (Vir)224h Urano Mag=57 m melhor observado de

189h - 35h LCT (Aqr)

Quarta-feira 28 de setembro

Sonda Cassini Manobra Orbital 35 (OTM-35) Asteroacuteide 1620 Geographos passa proacuteximo da

Terra (0740 UA)Em 1605 nascia Ismael BullialdusEquaccedilatildeo de Tempo 929 min 3h078m Nascer da Lua no ENE (Cnc)5h551m Nascer do Sol no E

12h198m Lua em Apogeu 14h153m Ocaso da Lua no W N W (Cnc) 18h090m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-08m melhor observado

de 185h-187h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-41 m melhor observado

de 185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado

de 185h-194h LCT (Vir)223h Urano Mag=57 m melhor observado

de 190h - 35h LCT (Aqr)

Quinta-feira 29 de setembro

Equaccedilatildeo de Tempo 962 min 31h Marte Mag=-16m melhor observado de

215h - 55h LCT (Tau)

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 67

EFEMEacuteRIDES

3h452m Nascer da Lua no ENE (Leo)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

29h - 55h LCT (Cnc)5h542m Nascer do Sol no E 15h074m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h092m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-08m melhor observado de

185h -188h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185h -213h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -194h LCT (Vir)222h Urano Mag=57 m melhor observado de

190h - 34h LCT (Aqr)

Sexta-feira 30 de setembro

Lanccedilamento NROL-21 Delta 2 Em 1975 Charles Kowal descobria a lua Themisto

de Juacutepiter Equaccedilatildeo de Tempo 995 min 30h Marte Mag=-17m melhor observado de

215h - 55h LCT (Tau)4h194m Lua Nasce no ENE (Leo)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

28h - 55h LCT (Cnc)5h532m Sol Nasce no E 15h582m Ocaso da Lua no W N W (Leo) 18h095m Ocaso do Sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-07m melhor observado de

185h -188h LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185h -214h LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185h -193h LCT (Vir)222h Urano Mag=57 m melhor observado de

190h - 33h LCT (Aqr)

Saacutebado 1 de outubroSonda Cassini em Manobra Orbital 36 (OTM-

36)Asteroacuteide 2001 SE270 passa a 0050 UA da Terra 00h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 33m LCT (Aqr)29h Marte Mag=-17m melhor observado de

2 1 4m a 55m LCT (Tau)4h514m Nascer da Lua no E (Leo)55h Saturno M ag=04 m melhor observado

de 28m a 55m LCT (Cnc)

5h523m Nascer do sol no E 6h45m Marte estacionaacuterio Iniciando Movimento

Retroacutegrado16h481m Ocaso da Lua no W (Leo)18h098m Ocaso do sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-07m melhor observado de

185m a 188m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 193m LCT (Vir)

Domingo 2 de outubro

Em 1935 era fundado o Hayden Planetariumhttpwwwhaydenplanetariumorg

Vecircnus oculta a estrela PPM 264162 (94 mag) Asteroacuteide Asteroid 1886 Lowell passa a 1507 UA

da Terra29h Marte Mag=-17m melhor observado de

213m a 55m LCT (Tau)5h223m Lua nasce no E (Vir)55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

27m a 55m LCT (Cnc)5h514m Nascer do Sol no E 17h381m Ocaso da Lua no W (Vir)18h101m Ocaso do sol no W 185h Mercuacuterio Mag=-06m melhor observado de

185m a 189m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 192m LCT (Vir)220h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 32m LCT (Aqr)

Segunda-feira 3 de outubro

Ano Novo Hebreu Primeiro dia do mecircs Rosh Hashanah do ano 5766 comeccedilando ao pocircr-do-sol

Calendaacuterio Tabular Islacircmico Primeiro dia do Ramadan nono mecircs do ano 1426 iniciando ao ocaso do Sol

Em 1815 era descoberto o meteorito marciano Chassigny

httpwwwjplnasagovsncchassignyhtml Asteroacuteide 2004 HR56 passa a 0033 UA de Marte Asteroacuteide 4664 Hanner passa a 1715 UA da Terra

68 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

7

EFEMEacuteRIDES

28h Marte Mag=-17m melhor observado de 213m a 55m LCT (Tau)

Eclipse Anular do sol visiacutevel da Aacutefrica 4h35m33s Iniacutecio do Eclipse Solar Visiacutevel na Aacutefrica 55h Saturno Mag=04 m melhor observado de

27m a 55m LCT (Cnc)5h41 m04s Iniacutecio do Eclipse Umbral 5h505m Sol Nasce no E 5h533m Lua Nasce no E (Vir)7h279m Lua Nova7h31m419s Eclipse Solar Anular Maior

Duraccedilatildeo= 4m264s Magnitude=958httpsunearthgsfcnasagoveclipseSEmono

ASE2005ASE2005html Eclipse Solar Anular visiacutevel da Aacutefrica Obscuraccedilatildeo=918 ET-UT=653sec 9h22m33s Final do Eclipse Umbral 10h27m53s Final do Eclipse Solar 18h104m Ocaso do Sol no W 18h290m Ocaso da Lua no W (Vir)185h Mercuacuterio Mag=-06m melhor observado de

185m a 190m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 191m LCT (Vir)19h04m Marte passa a 91 graus das Plecirciades

(M45)220h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 31m LCT (Aqr)

Terccedila-feira 4 de outubroOcultaccedilatildeo de Mercuacuterio pela Lua27h Marte Mag=-17m melhor observado de

212m a 55m LCT (Tau)55h Saturno Mag=04m melhor observado de

26m a 55m LCT (Cnc)6h256m Lua Nasce no E (Vir)157h Vecircnus em Apogeu 185h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

185m a 190m LCT (Vir)185h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

185m a 214m LCT (Lib)185h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

185m a 191m LCT (Vir)18h58m Mercuacuterio passa a 19 graus de Spica19h219m Lua Ocaso no W SW (Vir)21 9h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 31m LCT (Aqr)

Quarta-feira 5 de outubro

Asteroacuteide 1877 Marsden passa a 2658 UA da Terra

Cometa Chernykh passa a 1464 da Terra 27h Marte Mag=-18m melhor observado de

211m a 54m LCT (Tau)54h Saturno Mag=04 m melhor observado de

25m a 54m LCT (Cnc)5h486m Sol Nasce no E 7h004m Lua Nasce no ESE (Vir)16h40m Mercuacuterio passa a 13 graus de Juacutepiter 18h110m Ocaso do Sol no W 186h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

186m a 191m LCT (Vir)186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de

186m a 215m LCT (Lib)186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de

186m a 190m LCT (Vir)20h175m Ocaso da Lua no W SW (Lib)218h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m a 30m LCT (Aqr)

Quinta-feira 6 de outubro

26h Marte Mag=-18m melhor observado de 211m a 54m LCT (Tau)

54h Saturno Mag=04m melhor observado de 25m a 54m LCT (Cnc)

5h477m Sol Nasce no E 7h392m Lua Nasce no ESE (Lib)18h113m Ocaso do Sol no W 186h Mercuacuterio Mag=-05m melhor observado de

186m -191m LCT (Vir)

httpulyssesjplnasagov

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 69

EFEMERIDES

186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de 186m -215m LCT (Lib)

186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 186m -190m LCT (Vir)

20h315m Lua em Libraccedilatildeo Oeste21 h163m Lua Ocaso no W S W (Lib)2 1 8h Urano Mag=57 m melhor observado de

190m - 29m LCT (Aqr)

Sexta-feira 7 de outubro

25h Marte Mag=-18m melhor observado de 210m - 54m LCT (Tau)

54h Saturno Mag=04 m melhor observado de 24m - 54m LCT (Cnc)

5h469m Sol Nasce no E 8h234m Lua Nasce no ESE (Sco)18h116m Ocaso do sol no W

186h Mercuacuterio Mag=-04m melhor observado de 186m -192m LCT (Vir)

186h Vecircnus Mag=-42m melhor observado de 186m -215m LCT (Sco)

186h Juacutepiter Mag=-17m melhor observado de 186m -189m LCT (Vir)

20h089m Imersatildeo da estrela SAO 184336 AL NIYAT (SIGMA SCORPI) 29 mag na borda escura da Lua

20h233m Emersatildeo da estrela SAO 184336 AL NIYAT (S IG M A S C O R P I) 2 9 mag na borda iluminada da Lua

2 1 7h Urano Mag=57 m melhor observado de 190m - 28m LCT (Aqr)

219h Lua passa a 09 graus de separaccedilatildeo da estrela SAO 184415 ANTARES (ALPHA SCORPI) 09mag

22h179m Lua Ocaso no W S W (Sco)

Fontes consultadasCarta celeste para ambos os hemisfeacuterios em PDF httpwwwskymapscomindexhtmlhttpreabrasilastrodatabasenethttpgeocitiesyahoocombrreabrasilhttpaerithnetindexhtmlhttpwwwjplnasagovcalendarhttpingaufubr~silvestrhttpwwwcalskycomhttpwwwtodayinscicomhttpwwwpamsueduabramsSkyWatchersDiaryDiaryhtmlhttpcometsamsmeteorsorgmeteorscalendarhtmlhttpwwwimonethttpwwwlunaroccultationscomiota2003bstarebstarehtmhttpwwwlunaroccultationscomiota2003planetsplanetshtmhttpwwwjplnasagovhttpsunearthgsfcnasagoveclipseeclipsehtmlhttpssdjplnasagov

Rosely Greacutegio eacute formada em Artes e Desenho pela UNAERP Grande difusora da Astronomia atualmenteparticipa de programas de observaccedilatildeo desenvolvidos no Brasil e exterior envolvendo meteoros cometasLua e recentemente o Solhttprgregioastrodatabasenethttprgregiositesuolcombrhttpmembersfortunecitycommeteor4indexhtmhttpgeocitiesyahoocombrrgregio2001httpwwwconstelacoeshpgcombr

70 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

EPSILON f

MIM72

M73

NGC7009

1

^ 9 CONSTELACcedilOtildeES

Z odiacais

CAPRICOacuteRNIO

PEIXE AUSTRAL

bull |ALPHA

THETA NGC7293

ZETA

AQUAacuteRIO

DELTA

LAMBDA

DELTA88

PEIXEk

mdash mdashr mdashFI

LEGEINDAMagnitude das estrelas

Limites das constelaccedilotildeesi

bull

bull bull bull bull laquo gt Grelha de coordenadasbull BALEIA

- 1 0 1 2 3 -1 otilde equatoriais V

mmdash revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

M2

copy CA

RTES

DU

C

IEL

71

CONSTELACcedilOtildeESZODIACAIS

CONSTELACcedilAtildeO DE

uaacuterioAquarius Aquaacuterio Abreviaccedilatildeo Aqr Genitivo Aquarii Significado O portador de Aacutegua Ascensatildeo Reta 23 horas Declinaccedilatildeo -15 graus Visiacutevel entre latitudes 65 e -90 grausConstelaccedilotildees Limiacutetrofes Cap PsA Scl Cet Psc Peg Equ e AqlAquaacuterio eacute visiacutevel no outono para o Hemisfeacuterio Norte e na primavera para o Hemisfeacuterio Meridional

Rosely Greacutegio | Revista macroCOSMOcom rgregiouolcombr

A Constelaccedilatildeo do Aquaacuterio estaacute representada em vaacuterias culturas antigas e sempre associada a aacutegua pois seu aparecimento no ceacuteu ou quando localizada no Zecircnite significava o anuncio da chegada das chuvas eou da inundaccedilatildeo dos rios Isto significava fonte de vida e alimento para os povos que viviam nas terras aacuteridas como por exemplo a Babilocircnia e o Egito Aquaacuterio eacute uma constelaccedilatildeo bastante lacircnguida que natildeo seria famosa se natildeo fizesse parte do Zodiacuteaco Na maioria das culturas eacute tido como um homem que verte aacutegua de um balde Isto pode surgir do fato que o Sol entra em Aquaacuterio no iniacutecio do inverno quando a estaccedilatildeo chuvosa comeccedila em muitas partes do mundo

Aquaacuterio tem algumas binaacuterias agradaacuteveis de serem observadas uma variaacutevel sem igual e alguns objetos de ceacuteu fundo um pouco interessantes (mas os Objetos Messier aqui geralmente natildeo satildeo muito interessantes) As estrelas geralmente satildeo de quarta magnitude

___________________ Estrelas Nomeadas

Albali (Epsilo Aqr) Ancha (Theta Aqr) Situla (Kappa Aqr)

_Estrelas Duplas

Zeta2 A q uarii e zeta1 A q uarii formam um sistema binaacuterio de duas estrelas brancas iguais com uma oacuterbita de 760 anos Zeta2 Aquarii eacute a primaacuteria 44 46 PA 266deg atual e separaccedilatildeo 23 ldquo

Struve 2944 eacute um sistema triplo agradaacutevel com todos os trecircs em uma linha reta AB 70 75 PA 276deg separaccedilatildeo 25 ldquo C 84 PA 106deg separaccedilatildeo 50 ldquo

Struve 2988 eacute um par muito atraente de estrelas iguais 72 72 PA 101deg separaccedilatildeo 35 ldquo A binaacuteria estaacute a 3deg SW de psi1 Aquarii

Estrelas Variaacuteveis

SADALMELIK Alpha Aquarii (Alpha Aqr) eacute um supergigante com cem vezes o tamanho do Sol Estaacute apenas haacute mil anos-luz de distacircncia e brilha com uma magnitude visual de 296 A lpha Aquarii (Sadalmelik) e beta A q uarii (Sadalsuud) satildeo supergigantes gecircmeas com nomes quase idecircnticos Os nom es significam respectivam ente ldquoO Afortunado do Reirdquo e ldquoO mais Afortunado dos Afortunadosrdquo

Sadalsuud (Beta Aqr)Sadalachbia (Gama Aqr)Skat (Delta Aqr)

A variaacutevel mais notaacutevel na constelaccedilatildeo eacute R Aquarii normalmente listada como uma ldquovariaacutevelrdquo do tipo Mira Contudo esta gigante vermelha natildeo eacute uma variaacutevel de longo-periacuteodo normal eacute uma estrela lsquorsquosimbiocircnticarsquorsquo se assemelhando a Z Andromedae Estrelas do tipo ldquoZ Andromedaerdquo satildeo aquelas que apresentam dois espectros separados indicando duas temperaturas bastante diferentes um esfria e outra muito quente Este fenocircmeno eacute causado por um mesmo sistema binaacuterio onde a estrela maior e mais fria e a outra estrela (talvez uma pequena anatilde branca) a quente E de fato R Aquarii tem uma pequena companheira azul que eacute cercada por uma nuvem de gaacutes Quando acontece eclipse da estrela

72 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

CONSTELACcedilOtildeESZODIACAIS

pequena pela gigante a magnitude visual da primaacuteria varia A estrela tem um periacuteodo de 38696 dias e um alcance de 58 a 124 o melhor momento para ver esta estrela seraacute na primeira semana de setembro em 2005

______________ Objetos de Ceacuteu Profundo

M2 (NGC 7089) - E um aglomerado globular compacto e luminoso mag 65 situado haacute 50000 anos-luz de distacircncia O aglomerado estaacute a 5deg N de beta Aquarii

M72 (NGC 6981) - Tambeacutem eacute um aglomerado globular mag 93 aproximadamente 3deg W S W da Nebulosa de Saturno

M73 (NGC 6994) - E outro aglomerado globular um agrupamento de estrelas de mag 89 que incluiu quatro estrelas sem conexotildees aproximadamente a 15deg leste de M 72

M73 (sistema ou asterismo de 4 estrelas) eacute notaacutevel por fazer o proacuteprio jarro de aacutegua inclinado e vertendo aacutegua Este pequeno asterismo que no campo de visatildeo binocular podem ser vistos em sua totalidade eacute composto de zeta Aqr e trecircs outras estrelas

NGC 7009 ldquoNebulosa de Saturnorsquorsquo - E umanebulosa p lanetaacuteria de mag 8 3 bastante espetacular visiacutevel em instrumentos grandes Tem raios que estende de ambos os lados do disco principal A nebulosa estaacute a 1deg a oeste de nu Aqrrdquo

NGC 7293 lsquorsquoNebulosa da Heacutelicersquorsquo (ou ldquoNebulosa Helicoidalrdquo) - E outra nebulosa planetaacuteria cujo nome aparentemente adveacutem de sua semelhanccedila a heacutelice dupla do DNA Realmente eacute uma nebulosa de anel com mag 65 soacute muito maior e mais lacircnguido que a Nebulosa de Anel mais notaacutevel em Lyra A nebulosa estaacute a 15deg W de upsilon Aquarii ou 210 no devido sul de zeta Aquarii ^

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Clique Astronocircmico

Planetaacuterio Municipal ldquo Prof Benedito RelardquoSituado na cidade de ItatibaSP e inaugurado em 07 de novembro de 2003 eacute o primeiro e uacutenico planetaacuterio no Paiacutes desenvolvido com tecnologia 100 nacional (Projeto Sphaera) O Planetaacuterio Benedito Rela eacute o 18deg do Brasil e o 3deg construiacutedo por uma Prefeitura Municipal e tem capacidade para abrigar ateacute 65 pessoas sentadas em sua sala de projeccedilatildeo Com uma cuacutepula de oito metros e totalmente automatizado foi montado pelo astrocircnomo Carlos Eduardo Mariano de CampinasSP O objetivo da Prefeitura de Itatiba por meio da Secretaria da Educaccedilatildeo eacute a realizaccedilatildeo de cursos palestras seminaacuterios exposiccedilotildees atividades de observaccedilatildeo astronocircmica e encontros sobre planetaacuterios e ensino de Astronomia O projetor SPHAERA I fabricado pela empresa brasileira Sphaera Planetaria Ltda reproduz o ceacuteu estrelado de qualquer regiatildeo do planeta e em qualquer eacutepoca com ateacute 10000 estrelas aleacutem da Via-Laacutectea Sol Lua planetas visiacuteveis figuras das constelaccedilotildees e muitos outros recursos Neste segundo semestre estaraacute em funcionamento no Planetaacuterio o projetor SPHAERA MIDIA Com esse equipamento que iraacute trabalhar em conjunto com o projetor SPHAERA I seraacute possiacutevel projetar graacuteficos e animaccedilotildees de alta definiccedilatildeo e ateacute em 3D Anualmente cerca de 20000 pessoas de Itatiba e cidades vizinhas participam das diversas atividades oferecidas pelo Planetaacuterio Todas as atividades realizadas pelo Planetaacuterio satildeo totalmente gratuitas

Maiores informaccedilotildees httpwwwprefeituraitatibacombrplanetarioplanetariohtmAgendamento de visitas (11) 4538-4547

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Construccedilatildeo de umHeliostato

Joseacute Carlos Diniz | REACARJCANFdinizastroterracombr

O Heliostato eacute um instrumento simples quepermite a observaccedilatildeo do Sol por longos periacuteodos de forma segura Deve ser instalado preferencialmente mas natildeo obrigatoriamente de forma fixa de modo a facilitar a aquisiccedilatildeo de imagens Eacute particularmente uacutetil em observatoacuterios para mostras puacuteblicas palestras e estudo sistemaacutetico do Sol

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Sempre me dediquei agrave fotografia quer seja quando jovem como forma de sustento quer jaacute na meia idade quando me iniciei na astronomia Sempre me encantaram as imagens muito mais do que qualquer outro ramo da astronomia Em 1997 conheci e me maravilhei com o observatoacuterio solar de Rogeacuterio Marcon onde havia um Heliostato e fiquei entre assustado e apaixonado por aquele instrumento Mais tarde conheci Paulo R Moser e seu admiraacutevel trabalho sobre o Sol Com ele aprendi um pouco de observaccedilatildeo solar nas nossas conversas e atraveacutes da paacutegina solar da REA

Comprei filtros Thousand Oaks II e Baader Planetarium e por algum tempo fotografei o Sol O eclipse total de 1998 o novo ciclo solar e as observaccedilotildees puacuteblicas que fazemos no Clube que presido foram o estiacutemulo que faltava para me lanccedilar agrave aventura de construir meu proacuteprio Heliostato para natildeo soacute fotografar mas para observar o Sol

Haacute muito pouca literatura disponiacutevel talvez devido agrave sua simplicidade Os modelos que pesquisei eram voltados mais para a espectroscopia usando instrumentos de focal longa e com aparato complexo Desta forma procurei aprender para simplificar ao maacuteximo sua construccedilatildeo

Um Heliostato nada mais eacute do que um espelho plano montado numa estrutura que permite apontamento polar e movimento sincronizado com o Sol A imagem assim obtida eacute capturada por uma luneta (ou mesmo um doubleto acromaacutetico) e projetada sobre um anteparo O tamanho da imagem vai depender da distacircncia focal da luneta da ocular empregada e da distacircncia da projeccedilatildeo

Caso empreguemos um soacute espelho o Sol sofreraacute um movimento de rotaccedilatildeo ao longo da observaccedilatildeo por isso optei pelo modelo de dois espelhos onde essa rotaccedilatildeo natildeo existe

Neste modelo o espelho primaacuterio reflete a imagem solar para o espelho secundaacuterio que a envia agrave luneta Os espelhos devem ser planos e de boa qualidade (Agrave8) O espelhamento torna a imagem mais brilhante mas eacute possiacutevel prescindir dele Utilizei dois espelhos de 10 cm de diacircmetro feitos pelo Sr Weber (AraraquaraSP)

Uma outra observaccedilatildeo importante eacute que a velocidade de acompanhamento deve ser a metade da velocidade sideral porque a cada movimento do espelho o raio refletido altera-se o dobro desta forma o espelho primaacuterio deve dar uma volta completa a cada 48 horas

Procurei utilizar na construccedilatildeo materiais simples e ao alcance de todos (fig 1) como madeira compensada parafusos dobradiccedilas e rolamentos facilmente encontrados no mercado Apenas uma dimensatildeo eacute fundamental no setor a distacircncia entre o furo por onde passa o eixo principal e o sem-fim deve ser exatos 1455 cm para que tenhamos a velocidade de deslocamento correta de uma volta a cada 48 horas As outras dimensotildees das demais peccedilas natildeo satildeo importantes e podemos adapta-las ao nosso gosto

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Na figura 1 temos a relaccedilatildeo das peccedilas

1 - Alumiacutenio dobrado para sustentar o espelho primaacuterio

2 - Discos de madeira para prender os espelhos

3 - Parafuso motor Prende o setor na placa de sustentaccedilatildeo

4 - Dobradiccedila de latatildeo

5 - Peccedila de latatildeo dobrada para ajuste de altura

6 - Parafusos que formam os peacutes da montagem

7 - Pequenos cilindros de madeira que formam as cabeccedilas dos parafusos

Aleacutem disso temos o setor garfo do espelho secundaacuterio placa de sustentaccedilatildeoe rolamentos (2) de rdquo de diacircmetro

FIG 1

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0 conjunto eacute montado sobre uma peccedila de madeira Haacute ainda uma pequena torre

que sustenta o espelho secundaacuterio (fig 2) nela vemos

1 - Torre

2 - Mesa onde se fixa o setor

3 - Tubo de latatildeo que prende o espelho secundaacuterio

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FIG 3

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Torneamos um eixo de latatildeo (fig 3) que passa por dentro dos ro lam entos de esfera e que prende de um lado o setor do sem fim e do outro o espelho primaacuterio

Esse eixo possui de um lado rosca de 38rdquo e do outro rdquo Duas arruelas de alumiacutenio ajudam na fixaccedilatildeo do suporte do espelho primaacuterio ao setor

Escolhem os passar o eixo pelos rolamentos para dar um movimento suave e uniforme ao espelho e fa c ilita r o p o sic ionam ento do espelho primaacuterio

A figura 4 mostra o conjunto em fase de montagem

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Revendo velhas revistas SampT deparei-me com uma soluccedilatildeo muito interessante para construccedilatildeo do sem fim dobrar dois parafusos de latatildeo de rdquo e 20 espiras por polegada e prende-los na parte de baixo do setor onde fizemos um sulco (fig 5 e 6)

A traccedilatildeo se daraacute por um parafuso igual ao do sem-fim acoplado ao motor de de volta por m inuto Esta re laccedilatildeo proporciona um deslocamento de metade da velocidade sideral O motor foi conseguido de um velho timer de uma maacutequina de lavar pratos e o suporte do parafuso feito em madeira no formato de U

Uma mola manteacutem o acoplamento e facilita o reposicionamento do setor (fig 7 8 e 9)

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Um dado importante para o correto alinhamento polar eacute que o plano do espelho primaacuterio deve obrigatoriamente coincidir com o Poacutelo O ajuste do Poacutelo se faz com a pequena peccedila de latatildeo conforme ilustrado nas figuras 10 e 11 Embora simples eacute eficaz e permite alinhar-se com boa precisatildeo

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Uso para o alinhamento um inclinocircmetro uma buacutessola e um niacutevel de bolha (fig 12)A torre que conteacutem o espelho secundaacuterio permite-nos aproximaacute-lo e afastaacute-lo do espelho primaacuterio

para obtermos a reflexatildeo da imagem Conforme a posiccedilatildeo do Sol no Solstiacutecio ou Equinoacutecio precisamos movimentaacute-la para obter a imagem a ser projetada

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1 ^ 1Apoacutes posicionar o espelho primaacuterio com o motor

em funcionamento movemos o secundaacuterio ateacute obtermos a reflexatildeo e em seguida o movemos para direcionar a luneta vista ao fundo junto agrave cuacutepula (fig 13 ) O motor eacute siacutencrono e ligado a corrente eleacutetrica atraveacutes de um variador de frequumlecircncia o que permite acelerar e retardar o movimento da imagem Observei que o conjunto sem fim ainda necessita de ajustes mas permite uma observaccedilatildeo por tempo razoaacutevel (10 a 15 minutos) com poucas correccedilotildees

No momento o instrumento encontra-se em testes Pretendo construir uma base soacutelida para recebecirc-lo e desta forma facilitar a obtenccedilatildeo de imagens solares de modo mais confortaacutevel no interior da minha modesta cuacutepula e abrigado dos raios

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solares podendo desta forma observaacute-lo de forma longa e produtiva A im agem refletida pelo secundaacuterio seraacute projetada atraveacutes de uma luneta para um anteparo onde seraacute observada Cartas de Waldmeier foram impressas em transparecircncia e satildeo ajustadas agraves imagens (16 cm de diacircmetro)

Adiantando ou atrasando a rotaccedilatildeo do motor podemos fazer a imagem do Sol tocar as bordas da carta determinando assim a linha Leste e o Oeste e por consequumlecircncia o Norte e o Sul desta forma podemos posicionar a carta e saber em que setor as manchas estatildeo anotaacute-las e segui-las com maior precisatildeo A imagem pode ser fotografada e uma animaccedilatildeo mostrando a rotaccedilatildeo das manchas eacute possiacutevel

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As figuras 14 e 15 mostram o instrumento terminado

Espero ter contribuiacutedo para despertar interesse e motivaccedilatildeo no estudo do Sol O Heliostato eacute de grande im portacircncia para observatoacuterios e associaccedilotildees por permitir de forma simples obter im agens de qualid ad e com conforto e a popularizaccedilatildeo do estudo do Sol

Qualquer duvida estou sempre agrave disposiccedilatildeo Meus profundos agradecimentos a Rogeacuterio Marcon e a Paulo Roberto Moser pelos ensinamentos Este projeto eacute dedicado agrave memoacuteria de Jean Nicolini mestre da observaccedilatildeo e exemplo de paixatildeo pela astronomia M

Nota Este artigo eacute parte integrante do Reporte Anual da REA-BRASIL (REDE DE ASTRONOM IA OBSERVACIONAL BRASIL) - REPORTE Ndeg 11 editado em DEZEMBRO2003 Nossos agradecimentos ao amigo Joseacute Carlos Diniz bem como ao atual Coordenador Geral da REA Edvaldo Joseacute Trevisan por nos permitir divulgar e veicular na Revista macroCOSMOcom mais este trabalho realizado pelos membros da REA-BRASIL Este e demais reportes estatildeo disponiacuteveis em no site da REA-BRASIL Conheccedila o trabalho desenvolvido pelos membros da REA e participe httpwwwreabrasilorg

Joseacute Carlos Diniz eacute Meacutedico Cardiologista (Rio de JaneiroRJ) astrocircnomo amador astrofotoacutegrafo e ATM Membro da REA CARJ CANF e NG C51 Tem se destacado por seu magniacutefico trabalho contra a Poluiccedilatildeo Luminosa emeacuterito e premiado astrofotoacutegrafo construtor de vaacuterios instrumentos astronocircmicos e divulgador destas nobres artes cujos trabalhos podem ser apreciados em httpwwwastrosurfcomdiniz e http wwwdinizastrodatabasenet

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Equipe que iraacute para a Olimpiacuteada internacional em 2005 na China No centro o presidente da SAB Licio da Silva e Prof Joatildeo Canalle coordenador nacional da OBA

Olimpiacuteada Brasileira de Astronomia eDESPERTANDO INTERESSE DE A c t m n C I I

ALUNOS PELA CIEcircNCIA M b Ll U N dU LILrd

Fernanda Calipo | Revista macroCOSMOcomfecalipohotmailcom

Aleacutem de muacutesica balada e outros atrativos da idade alunos descobrem uma paixatildeo diferente A Astronom ia A O BA - O lim piacuteada B ras ile ira de A s tro n o m ia e A s tro n aacute u tica eacute um even to edu ca tivo responsaacutevel por despertaacute-los a se aplicar neste segm ento cientiacutefico A O lim piacuteada jaacute estaacute em sua oitava ediccedilatildeo e eacute prom ovida anualm ente pela SAB - Sociedade Astronocircm ica Brasileira sociedade cientiacutefica que reuacutene os profissionais envolvidos em pesquisa cientiacutefica de todas as aacutereas da Astronom ia e Astrofiacutesica do Brasil e pela Agecircncia Espacial Brasileira (AEB)

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A OBA tem o objetivo de fomentar o interesse dos jovens pela Astronomia Astronaacuteutica e Ciecircncias afins aleacutem de promover a difusatildeo dos conhecimentos baacutesicos de uma form a luacutedica e cooperativa mobilizando natildeo soacute os alunos mas professores coordenadores pedagoacutegicos diretores pais e escolas planetaacuterios observatoacuterios municipais e particulares espaccedilos centros e museus de ciecircncia associaccedilotildees e clubes de astronomia astrocircnomos profissionais e amadores entre outros num soacute mutiratildeo nacional aleacutem de distribuir materiais educacionais de astronomia para os professores representantes da OBA nas escolas participantes

ldquoA Astronomia eacute a ciecircncia com o maior nuacutemero de sociedades amadoras mas paradoxalmente natildeo eacute objeto de uma disciplina especiacutefica nos curriacuteculos dos ensinos fundamental e meacutedio Em geral ela fica a cargo de um profissional de ensino que natildeo possui habilitaccedilatildeo especiacutefica no tema e muito frequumlentemente nem eacute formado em ciecircncias exatas A OBA busca portanto estimular nos estudantes o gosto pelo tem a bem como divulgar corretam ente os conteuacutedos entre estudantes e professores realizando um diagnoacutestico ainda que parcial do quatildeo tais conteuacutedos estatildeo ou natildeo corretamente apreendidosrdquo afirma o coordenador nacional da OBA Prof Dr Joatildeo Batista Garcia Canalle professor titu lar no Instituto de F iacutes ica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) onde tam beacutem estaacute sediada a Coordenaccedilatildeo Nacional da Olimpiacuteada Brasileira

Quem participa Todos alunos que estejam estudando entre a primeira serie do ensino fundamental ateacute os da ultima do ensino meacutedio Natildeo haacute restriccedilatildeo quanto ao nuacutemero miacutenimo ou maacuteximo de alunos participantes por escola Se a escola onde o aluno estuda natildeo estiver cadastrada para participar da OBA o estudante interessado poderaacute recorrer a uma outra escola cadastrada ou a outra instituiccedilatildeo cadastrada A inscriccedilatildeo do aluno deveraacute ser feita pelo professor que aplicaraacute a prova

As provas dividem-se em quatro niacuteveis a saber

Prof Joatildeo Canalle coordenador nacional da OBA

Niacutevel 1 destinada aos alunos da 1a e 2a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 2 destinada aos alunos da 3a e 4a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 3 destinada aos alunos de 5a agrave 8a seacuterie do ensino fundamental

Niacutevel 4 destinada aos alunos de qualquer seacuterie do ensino meacutedio ou que jaacute concluiacuteram o ensino meacutedio haacute menos de dois anos (a contar da data da prova da OBA) e natildeo estatildeo matriculados em nenhuma instituiccedilatildeo de ensino superior

As questotildees das provas visam muito mais a dar informaccedilotildees corretas e atualizadas aos alunos do que extrair informaccedilotildees deles As provas satildeo compatiacuteveis com os conteuacutedos abordados pela maioria dos livros didaacuteticos do ensino fundamental e meacutedio A prova eacute constituiacuteda de 7 perguntas de Astronomia e 3 de Astronaacuteutica (o que inclui lanccedilamento de foguetes sateacutelites artificiais e sensoriamento remoto) Dentre as 7 perguntas de A stronom ia haacute uma ou duas perguntas observacionais Para responder a estas perguntas observacionais o aluno precisa fazer previamente uma atividade observacional divulgada com antecedecircncia sobre a qual seraacute baseada a pergunta

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Assim sendo os alunos podem fa ze r individualmente ou em grupos estas atividades observacionais No dia da Olimpiacuteada contudo cada aluno deveraacute estar de posse das suas mediccedilotildees respostas caacutelculos e resultados da atividade observacional que foi solicitada pela Organizaccedilatildeo da OBAUma novidade em 2005 foi a parceria com a Agecircncia Espacial Brasileira (AEB) passando a se cham ar O lim piacuteadas Brasileira de Astronomia e Astronaacuteutica ldquoA Agecircncia tem um interesse em divulgar mais seus avanccedilos tecnoloacutegicos brasileiros principalmente para quem ainda estaacute na fase de aprendizado Temos um brasileiro em constante treinamento na NASA o Marcos Pontes aleacutem de uma parceria com a China na aacuterea de sateacutelites Enfim muitas coisas para acrescentar como conhecimento na prova que teraacute 3 questotildees voltadas para este temardquo ressalta o Prof Canalle

Os alunos com m elhor desem penho na Olimpiacuteada nacional satildeo convidados a receber um treinamento para participarem da Olimpiacuteada Internacional devendo passar por uma outra prova que selecionaraacute entre 4 e 6 participantes para

representarem o Brasil laacute fora Como a equipe eacute formada por membros de diferentes unidades da federaccedilatildeo o treinamento contou com astrocircnomos membros da Sociedade Astronocircmica Brasileira os proacuteprios professores dos estudantes e ainda com listas de exerciacutecios compiladas por ex-participantes que tambeacutem jaacute participaram da Olimpiacuteada nacional ou internacional

ldquoA Olimpiacuteada muito mais que uma competiccedilatildeo eacute uma maneira de despertar a curiosidade cientiacutefica nos jovens Assim pretende-se utilizar a OBA como uma espeacutec ie de recurso pedagoacutegico um instrumento que muito mais do que de premiar os melhores estudantes tem o objetivo de cativar o interesse pela ciecircncia entre os jovens atraveacutes de uma prova com questotildees interessantes e bem elaboradas que natildeo lsquoassustersquo o estudante pela falta de conhecimento necessaacuterio retendo assim a sua atenccedilatildeo e despertar a sua imaginaccedilatildeo e o interesse cientiacutefico Sem duacutevida o evento serve tambeacutem para revelar talentos precoces A OBA seleciona os integrantes da equipe internacional tendo poreacutem um objetivo bem maior do que esterdquo finaliza o Prof Canalle

Carla Fernanda (hoje na POLI - USP) e Gulherme (Univale - SC) ambos com 17 anos e medalhistas da Olimpiacuteada internacional de 2004 na Ucracircnia

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Astronomia Brasileira leva prata e bronze em Olimpiacuteada Internacional de 2004 e prepara equipe para China em 2005

Configurando o melhor resultado de todas as participaccedilotildees nacionais trecircs dos quatro integrantes da equipe que representou o Brasil na IX Olimpiacuteada Internacional de Astronomia realizada em outubro de 2004 na Crimeacuteia retornaram laureados A equipe dividida nas duas faixas etaacuterias do certame era formada por Carla Fernanda de Arauacutejo e Silva estudante do Coleacutegio Objetivo (Satildeo PauloSP) e Guilherme Rohden Echelmeier estudante do Coleacutegio de Aplicaccedilatildeo da Univale (ItajaiacuteSC) pertencentes agrave faixa etaacuteria dos membros de ateacute 17 anos A faixa etaacuteria daqueles de ateacute 15 anos contou com Fernanda Vilela de Aquino da Escola Estadual Pe Anchieta (CoqueiralMG) e Felipe Ferreira Villar Coelho estudante do Coleacutegio Metropolitano (Serra ES) Carla e Guilherme obtiveram medalhas de bronze enquanto Filipe obteve a ineacutedita para o Brasil medalha de prata para a menor faixa etaacuteria A equipe contou ainda com os liacutederes Profa Nuricel Aguilera Villalonga (Coleacutegio Objetivo) Dr Carlos Alexandre W uenche do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Dr Roberto Pereira Ortiz (UFES)

A Olimpiacuteada foi realizada em Simeiz uma pequena cidade na costa sul da Crimeacuteia (no Mar Negro) a 105 km de Sinferopol T recircs diferentes tipos de provas foram aplicados teoacuterica praacutetica e observacional A prova praacutetica consiste na in terpretaccedilatildeo de informaccedilotildees astronocircmicas Para esta prova os estudantes natildeo podem ter mais de 17 anos nem estar na universidade

Hemisfeacuterio Norte - A equipe brasileira eacute uma das duas uacutenicas originaacuterias do Hemisfeacuterio Sul A outra eacute a equipe Indoneacutesia Entretanto as olimpiacuteadas internacionais de Astronomia desde sua criaccedilatildeo sempre foram organizadas no Hemisfeacuterio Norte Ao contraacuterio de outras Olimpiacuteadas Cientiacuteficas isto sempre foi uma desvantagem adicional para a equipe brasileira Aleacutem de conhecimentos teoacutericos e praacuteticos sobre Astrofiacutesica Astronomia e suas teacutecnicas os participantes se defrontaram com provas observacionais frente a um ceacuteu familiar a praticamente todas as equipes do Hemisfeacuterio Norte Para piorar as coisas algumas constelaccedilotildees que podem ser avistadas de ambos os Hemisfeacuterios

aparecem invertidas quando se vai de um hemisfeacuterio para outro Procurando sanar esta dificuldade a equipe recebeu da mesma forma que em 2003 um treinamento especial no Planetaacuterio de Rio de Janeiro uma semana antes de seu embarque para a Ucracircnia Na cuacutepula da Fundaccedilatildeo Planetaacuterio do Rio de Janeiro foi reproduzido o ceacuteu da Crimeacuteia agrave eacutepoca e horaacuterios provaacuteveis das provas observacionais

China 2005 o grupo que iraacute para China este ano marcou presenccedila no XXXI Encontro da SAB - Sociedade Astronocircmica Brasileira realizado no Hotel Vacance em Aacuteguas de LindoacuteiaSP de 3107 a 0308 quando recebeu um treinamento avanccedilado de profissionais em astronomia ex-participantes e o apoio do coordenador Prof Canalle e do presidente da SAB Prof Licio da Silva (ONMCT)

Divulgaccedilatildeo e ConhecimentoComparando os dados da I OBA em 1998 quando

a prova foi aplicada para alunos de apenas 21 instituiccedilotildees em 8 cidades hoje o nuacutemero chega a surpreender Na VIII OBA realizada em maio de 2005 o total de escolas cadastradas chegou agrave marca de 3300 somando cerca de 180000 alunos que efetivamente realizaram a prova Vale ressaltar que todos os alunos professores e escolas receberatildeo um certificado e os 10000 com melhor classificaccedilatildeo seratildeo condecorados com medalhas em eventos promovidos pelas proacuteprias instituiccedilotildees de origem dos alunos

Natildeo haacute taxa de inscriccedilatildeo para escolas ou alunos participarem da OBA O envio do material de divulgaccedilatildeo cartaz cartas circulares provas e gabaritos satildeo totalmente gratuitos inclusive a postagem dos m esm os A im pressatildeo dos certificados e a confecccedilatildeo das medalhas tambeacutem eacute gratuita As uacutenicas despesas das escolas participantes satildeo as coacutepias das provas pois eacute enviado somente um original de cada niacutevel para aplicaccedilatildeo aleacutem da postagem dos kits com medalhas certificados e materiais de apoio apoacutes a realizaccedilatildeo total do evento

Para maiores informaccedilotildees httpwwwobaorgbr

Fernanda Calipo Cossia eacute Jornalista publicitaacuteria locutora de raacutedio assessora de comunicaccedilatildeo e poacutes graduada em relaccedilotildees Puacuteblicas Trabalhou 5 anos na Universidade Metodista de Satildeo Paulo e acumulou experiecircncias para hoje atuar na aacuterea de assessoria de comunicaccedilatildeo para os mais diversos segmentos Atualmente ela dedica-se agrave especializaccedilatildeo na aacuterea de jornalismo cientiacutefico

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Da religiatildeo a Ciecircncia

uma aventura do conhecimento humano

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GLEISER Marcelo O fim da Terra e do Ceacuteu O apocalipse na Ciecircncia e na Religiatildeo Satildeo Paulo Companhia das Letras 2001

Quais satildeo os limites que separam ciecircncia e religiatildeo Satildeo saberes complementares ou antagocircnicos Satildeo estas as perguntas feitas por Marcelo Gleiser em ldquoO fim da Terra e do Ceacuteu O apocalipse na Ciecircncia e na Religiatildeo Experiente cosmoacutelogo e divulgador cientiacutefico o autor presenteia o leitor com uma fantaacutestica abordagem histoacuterica das principais questotildees astronocircmicas e cosmoloacutegicas a preocupar o homem durante sua existecircncia Impossibilitado de responder estas questotildees de forma cientiacutefica estes recorreram ao que chamamos hoje de religiatildeo

Para Marcelo natildeo existiu uma ruptura abrupta entre o pensamento religioso e o pensamento cientiacutefico Simplesmente perguntas que antes eram respondidas pela religiatildeo passaram a serem respondidas pela ciecircncia Ele segue esse caminho sem apelar para o relativismo tatildeo em moda que coloca segundo alguns filoacutesofos entre eles Richard Rorty os deuses gregos no mesmo patamar que a moderna astrofiacutesica Para este ambas as explicaccedilotildees da origem o cosmo seriam validas e natildeo haveria como escolher de forma racional entre uma e outra sendo esta uma escolha subjetiva

Marcelo Gleiser natildeo cai nesta armadilha relativista Ele reconhece sim o papel que teve a religiatildeo como uma das formas de pensamento desenvolvidas pelo homem para tentar explicar fenocircmenos naturais mas tambeacutem reconhece as limitaccedilotildees destas explicaccedilotildees uma vez que a fiacutesica e a astronomia moderna ainda que natildeo se julguem detentoras da verdade conseguiram explicar os fenocircmenos expostos natildeo apenas de forma mais satisfatoacuteria mas tambeacutem de maneira racional experimental e capaz de fazer previsotildees Componentes estes indispensaacuteveis a qualquer ciecircncia E fora do acircmbito da religiatildeo

Um dos fenocircmenos mais perturbadores para o homem antigo era a mudanccedila nos ciclos dos movimentos celestes (tais como os eclipses aparecimento de cometas e chuva de meteoros) Em geral estes fenocircmenos celestes representavam a prediccedilatildeo de eventos maleacuteficos (pragas doenccedilas escassez nas colheitas fome ou ira dos

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deuses) A uacutenica exceccedilatildeo segundo o autor eacute a tribo Kung da N am iacutebia que considerava a passagem destes objetos celestes como pressaacutegio de boa sorte Esta visatildeo eacute decorrente de crenccedilas que consideravam os ceacuteus como morada dos d euses portanto um lugar de perfe iccedilatildeo e imutabilidade Podendo ser qualquer mudanccedila no ciclo regular dos movimentos dos ceacuteus considerada como mudanccedila no temperamento dos proacuteprios deuses Natildeo eacute estranho assim que o livro de Apocalipse o ultimo livro do Novo Testamento trazer referencias ao fim do mundo como um evento de ordem cosmoloacutegica (queda de estrelas na Terra escurecimento do Sol entre outros) isto sem falar por exemplo em 2deg Pedro 3 3-13 1 deg Joatildeo 2 18 no Livro de Daniel no Ecircxodo e etc apenas para ficarmos nas referencias culturais mais proacuteximas de noacutes mesmos

Natildeo se preocupe leitor Gleiser vai muito mais longe do que isso em sua histoacuteria da religiatildeo comprada agrave astronomia e cosmologia moderna Passamos assim a conhecer as mais diversas crenccedilas religiosas e miacuteticas que a seu modo tentam exp licar os fenocircm enos ce lestes Egiacutepcios japoneses gauleses incas povos ameriacutendios povos africanos chineses judeus hindus e europeus tem suas mitologias dissecadas de forma bastante competente pelo autor

Apoacutes a apresentaccedilatildeo destas o autor recorre ao arcabouccedilo teoacuterico experimental e histoacuterico da cosmologia e da astronomia explicando questotildees levantadas e trabalhadas pelo pensamento miacutestico- relig ioso a traveacutes das ultim as desco b ertas cientiacuteficas O meacutetodo de exposiccedilatildeo perpassa todas as quatro partes do livro prim eiram ente eacute apresentada uma questatildeo de ordem astronocircmico- cosmoloacutegica em seguida a explicaccedilatildeo dada pelas religiotildees a estes fenocircm enos seguidas pela exposiccedilatildeo das explicaccedilotildees dadas por filoacutesofos e cientistas em diversas eacutepocas ao mesmo fenocircmeno somente entatildeo o leitor eacute confrontado com as explicaccedilotildees mais recentes dadas pela ciecircncia moderna Organizaccedilatildeo esta bastante didaacutetica certamente muito apraziacutevel e uacutetil para expor questotildees astronocircmicas ao puacuteblico leigo

Seguindo este meacutetodo o leitor apoacutes ser exposto ao legitimo perigo representado por asteroacuteides e cometas para a existecircncia da vida humana ou no miacutenimo os enormes prejuiacutezos que a queda de um meteorito provocaria ao se chocar em uma cidade populosa Perigo este de certa forma jaacute contemplado no pensamento miacutestico-religioso de vaacuterios povos passa a entender a origem formaccedilatildeo constituiccedilatildeo geoloacutegica e oacuterbita destes objetos celestes para entatildeo ser apresentado as ultimas medidas tomadas por cientistas e militares para catalogar estes objetos e possivelmente evitar uma colisatildeo

Vejamos uma breve passagem ldquoComo sabiam os egiacutepcios japoneses incas e tantas outras culturas que idolatraram o Sol atraveacutes dos tempos o destino do Sol eacute diretamente relevante para o nosso destino e sobrevivecircncia neste planeta Durante aproximadamente 10 bilhotildees de anos hidrogecircnio funde-se em heacutelio gerando pressatildeo suficiente para contraba lanccedilar a contraccedilatildeo gravitacional Com o passar do tempo a quantidade de heacutelio na regiatildeo central da estrela aumenta enquanto a quantidade de hidrogecircnio diminui paacuteg 195 Este processo levara o Sol a se tornar uma gigante vermelha destruindo toda a vida na Terra

Daiacute o autor passa a explorar os buracos negros misteriosos turbilhotildees coacutesmicos dignos de Jasatildeo e Gilgamesh entre tantos outros fenocircmenos e objetos celestes Apoacutes uma longa viagem por mitos religiotildees filosofias e histoacuteria da ciecircncia o autor fecha o livro com um fantaacutestico capiacutetulo referente agrave formaccedilatildeo do universo e a interaccedilatildeo de suas forccedilas a luz da fiacutesica contemporacircnea

Apoacutes percorrermos este longo caminho descrito por Gleiser terminamos a leitura com uma uacutenica certeza somos seres extremamente limitados e insignificantes perante a grandeza do Universo entretanto fomos capaz de lhe dar um significado e uma explicaccedilatildeo Ainda temos muito para conhecer Com certeza Mas certamente daremos passos ainda maiores pois a vida humana soacute tem valor na medida em que podemos dar significado ao mundo que nos cerca aumentando nosso entendimento deste Vocecirc leitor pode ser o proacuteximo a dar este passo Ateacute laacute soacute posso lhe desejar uma boa leitura

Edgar Indalecio Smaniotto filoacutesofo professor e escritor E-mail edgarsmaniottoyahoocombr

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 91

Viag ens no tempoe Universos Paralelos

Explorando os limites da Fiacutesica

VASCONCELLOS Rogeacuterio Amaral de Vaca Profana Encruzilhadas Livro 1 Ndeg 00 [S C] Sistema Literaacuterio Experimental Virtual (SLEV) 2005 (Coleccedilatildeo SLEV 2004 - Fase I) Compras em httpwwwslevorg R$ 1200

Nos uacuteltimos anos a fiacutesica teoacuterica vem expandindo-se gradualmente incorporando a seu arcabouccedilo de conceitos ideacuteias ateacute entatildeo de domiacutenio da ldquometafiacutesicardquo ou seja algo que antes era feito por filoacutesofos tornou-se agora parte da fiacutesica Processo este que ocorre pelo menos desde Nietzsche o uacuteltimo grande filoacutesofo a tratar de questotildees cosmoloacutegicas E tambeacutem aquele que decretou a morte da metafiacutesica entregando para os fiacutesicos a responsabilidade de explicar e criar hipoacuteteses que decircem sentido a organizaccedilatildeo do cosmo

Entretanto os fiacutesicos ao contrario dos filoacutesofos ainda que tendem a levantar hipoacuteteses muitas vezes surpreendentes tem que tornar estas ldquoverificaacuteveisrdquo via experimentaccedilatildeo Suas hipoacuteteses devem ter um referencial no mundo natural capaz de ser observado por seus pares Em outras palavras mesmo que apresentem uma teoria elegantemente organizada e sustentada racionalmente por criteacuterios loacutegicos e matemaacuteticos esta natildeo seraacute aceita caso natildeo se verifique sua correlaccedilatildeo com o mundo natural

Mas alguns cientistas mais ousados entre eles J Richard Gott (Viagens no Tempo No universo de Einstein Rio de Janeiro Ediouro 2002) natildeo se importam em fazer extrapolaccedilotildees bastante distantes das possibilidades da ciecircncia moderna em verificar sua correlaccedilatildeo com o mundo natural Abrindo assim amplos campos para a especulaccedilatildeo cientiacutefica campo este rapidamente ocupado pelos escritos de ficccedilatildeo cientiacutefica

92 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

D estacam os aqui o livro ldquoV aca P ro fa n a E n c ru z ilh a d a s rdquo de R ogeacuterio A m aral de Vasconcellos recentemente lanccedilado Tudo bem concordo que o titulo eacute um tanto esquisito eu tam beacutem natildeo gostei mas o livro tem muitas qualidades que independem deste

Basicamente estamos falando de Universos Paralelos e V iagens no Tempo Neste caso seriamos habitantes de um Multiverso Assim o autor trab a lh a com as teo rias da in flaccedilatildeo cosmoloacutegica ou seja a ideacuteia de que aleacutem do alcance de nossos telescoacutepios existem outras regiotildees do espaccedilo que parecem idecircnticas a nossa Para muitos cosmoacutelogos alguns destes Universos poderiam ateacute ter leis fiacutesicas diferentes do nosso Basicamente esta eacute a ideacuteia que perpassa a histoacuteria do livro

A histoacuteria propriamente dita comeccedila quando uma poderosa entidade alieniacutegena conhecida como o Zelador que possui tecnologia capaz de se deslocar entre estes universos comeccedila a reunir um grupo de seres humanos e alieniacutegenas de diversos universos e tempos diferentes A intenccedilatildeo do autor eacute trabalhar com o conceito de Histoacuteria Alternativa Basicamente neste tipo de ficccedilatildeo cientifica o autor pega um determinado ponto chave da histoacuteria e modifica este m udado assim todo o restante da histoacuteria conhecida

Por exemplo se Hitler tivesse conseguido a bomba atocircmica antes dos aliados se a Intentona Comunista tivesse obtido sucesso em derrubar Getulio Vargas ou se a Confederaccedilatildeo dos Tamoios tivesse vencido a guerra contra os portugueses como seria nossa historia hoje Entre diversas outras possibilidades

Mas todas estas soacute satildeo possiacuteveis se estivermos falando de um Multiverso infinito onde todos os seres humanos e fatos histoacutericos podem ter todos os seus desdobramentos possiacuteveis ocorrendo Neste caso a viagem no tempo natildeo seria uma viajem ao nosso proacuteprio passado mas uma viagem a um outro universo onde nossa presenccedila laacute jaacute estava assegurada Assim todas as possibilidades que nossa existecircncia poderia seguir realmente existem nestes diferentes universos

P arecem ideacute ias um tanto m eta fiacutes icas Certamente Mas o artigo ldquoO jogo de espelho dos Universos Paralelosrdquo de Max Tegmark (Scientific American Ano 2 ndeg 13) e o jaacute citado livro de J Richard Gott tornam estas possibilidades bastante plausiacuteveis ainda que estejamos a seacuteculos de distancia de uma tecnologia que nos permita mesmo visualizar estes universos paralelos ou viajar no tempo como admitem os proacuteprios autores citados Vasconcellos como todo o escritor de ficccedilatildeo cientiacutefica que se preze explora este campo ainda nebuloso da fiacutes ica ateacute suas ultim as consequumlecircncias

Neste primeiro livro impresso a coleccedilatildeo completa jaacute tem mais de 3 dezenas de volumes disponiacuteveis em e-book na Internet (httpwwwslevorg) o autor faz uma apresentaccedilatildeo dos personagens e do norte narrativo da histoacuteria Satildeo reunidos seres de vaacuterios tempos e universos em sua grande maioria humanos apenas alguns satildeo alieniacutegenas para cumprir algumas missotildees em diferentes realidades alternativas

A apresentaccedilatildeo destes personagens e de seus mundos eacute feita com bastante competecircncia Temos dois arqueoacutelogos Andreacuteas Nikolos Papandriu e Dimitri Diogovitc na segunda metade do seacuteculo XIX envoltos com o debate acerca da origem da vida (evolucionismo versus criacionismo) A descriccedilatildeo de seres vivos inteligentes evoluiacutedos a partir do reino vegetal que podem usar metano gaacutes carbocircnico e eacuteter para sobrevivecircncia metaboacutelica aleacutem de um sofisticado conversor orgacircnico com ceacutelulas verdes -fotossinteacuteticas- em accedilatildeo

Este personagem (Zandra de Harboor) eacute dos mais interessantes do livro por viver em um mundo onde a magia ainda predomina tendo serias dificuldades com a aristocracia local para levar ad ian te suas pesquisas astronocircm icas e astronaacuteuticas O leitor se defrontara com bastantes questotildees interessantes mas teraacute que acompanhar a serie toda Natildeo se desespere cada livro custa apenas 200 reais no sistema e-book De qualquer forma eacute uma excelente pedida para quem gosta de uma boa literatura com pitadas de ciecircncia e muita fantasia Boa leitura

Edgar Indalecio Sm aniotto filoacutesofo professor e escritor E-mail edgarsmaniottoyahoocombr

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 93

dicasdigitais

Navegando pelas constelaccedilotildeesEm setembro tem iniacutecio a estaccedilatildeo das flores Novas constelaccedilotildees estaratildeo melhores posicionadas

no ceacuteu noturno nas noites quentes de primavera para o hemisfeacuterio austral e outonal para o hemisfeacuterio boreal Assim nesta ediccedilatildeo vamos dar um giro por websites que falam dessas miriacuteades de estrelas e dos objetos que estatildeo em suas direccedilotildeesAntes de entrarmos no mundo digital vai uma dica natildeo digital para os neoacutefitos que querem saber

onde estatildeo as constelaccedilotildees e como localiza-las Nossa sugestatildeo vai para um livro com 87 paacuteginas de faacutecil entendimento e muito bem estruturado Eacute um pequeno guia praacutetico para observaccedilatildeo do ceacuteu que leva o observador a identificar estrelas e constelaccedilotildees sem o auxiacutelio de instrumentos Rumo agraves Estrelas do autor Delerue Alberto (1999) editora Jorge Zahar

Como diria o grande poeta parnasiano Olavo Bilac (1865-1918) cujas estrelas tecircm presenccedila marcante em seus versos que ora aparecem como confidentes ora como testemunhas ou conhecedoras do misteacuterio da vida

ldquoOra (direis) ouvir estrelas Certo Perdeste o sensordquo E eu vos direi no entanto

Que para ouvi-las muita vez desperto E abro as janelas paacutelido de espantoE conversamos toda a noite enquanto A Via Laacutectea como um paacutelio aberto

Cintila E ao vir do sol saudoso e em prantoInda as procuro pelo ceacuteu desertoDireis agora ldquoTresloucado amigo

que conversas com elas Que sentido Tem o que dizem quando estatildeo contigordquo

E eu vos direi ldquoAmai para entendecirc-lasPois soacute quem ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelasrdquo

Via-Laacutectea (Olavo Bilac)

Os websites relacionados nessa ediccedilatildeo contem inuacutemeras informaccedilotildees sobre esfera celeste estrelas constelaccedilotildees e muito mais Vale a pena navegar por cada um deles e usufruir desse vasto conhecimento depositado na internet Clique no mouse e feliz navegaccedilatildeo

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dicas digitais

Kepler de Souza Oliveira Filho e Maria de Faacutetima Oliveira Saraiva (em portuguecircs)lt

Constelaccedilotildees httpastroifufrgsbrconsthtm pound3Coordenadas das Constelaccedilotildees httpastroifufrgsbrconst1htm |

raquoL(OG) 1159 (07)

844 (01)

987 (11)

1103 (16)

Sebastiaacuten Otero (em inglecircs) 1280(05) 1290 (06)

1297 (06)891 (-01)

Imagens de Constelaccedilotildees - httpdavidmalincomfujiifujii_indexhtmlDavid Malin (em inglecircs)Paacutegina com a coleccedilatildeo completa de Akira FujiiDMI

1 985 (1 1)

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revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 95

dicasdigitais

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The Constellations Web Page - httpwwwdibonsmithcomconstelhtmRichard Dibon-Smith (em inglecircs)

lsquo i - lsquoTabela com- alfabeto gregolsquohttpwwwdibonsmithcomgreekhtm

raquo bull i _ Tabela de dados estelares httpwwwdibonsmithcomdatahtm -1

^ Localizaccedilatildeo de objetos atraveacutes de binoacuteculos httpwwwdibonsmithcombinoc_tbhtm Graacuteficos de cosntej accedilotildees para o hemisfeacuterio sul httpwwwdibohsmithcomgraph_shhtmEsquema de todas as constelaccedilotildees httpwwwdibonsmithcomgraphicshtmV rsquo rsquo raquo bull

Orbita de 150 estrelas binaacuterias visuais httpwwwdibonsmithcomorbitshtm Nomes mitojoacutegicos das lsquoconstelaccedilotildeesrsquo httptowwdibonsmithcommythnamehtm kCataacutelogo Messier httpwwwdibonsmithcommessierhtm

Rosely Greacutegio eacute formada em Artes e Desenho pela UNAERP Grande difusora da Astronomia atualmenteparticipa de programas de observaccedilatildeo desenvolvidos no Brasil e exterior envolvendo meteoros cometasLua e recentemente o Solhttprgregioastrodatabasenethttprgregiositesuolcombrhttpmembersfortunecitycommeteor4indexhtmhttpgeocitiesyahoocombrrgregio2001httpwwwconstelacoeshpgcombr

96 revista macroCOSMOcom | setembro de 2005

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AstroHaEacutearteDigital

Eacute com grande satisfaccedilatildeo que a Revista macroCOSMOcom inaugura uma nova seccedilatildeo chamada ldquoAstro Arte Digitalrdquo O objetivo dessa seccedilatildeo eacute a de ser um local de exposiccedilotildees de arte digital sobre temas astronocircmicos dando para aqueles leitores que possuem talento artiacutestico uma oportunidade para exporem seus trabalhos Todos estatildeo convidados para participarem

Regulamento

1deg O tema eacute livre contato que aborde algum tema relacionado agrave Astronomia ou Ciecircncias afins2deg Podem participar artistas de todas as idades e de diferentes localidades do Brasil e Exterior 3deg Cada artista poderaacute enviar quantos trabalhos desejar4deg Os trabalhos deveratildeo ser gerados digitalmente no tamanho 950X640 pixels (300 dpi) e natildeo poderatildeo exceder o tamanho de 1 MB podendo ser utilizado qualquer programa de desenho e modelagem graacutefica Tambeacutem seratildeo aceitos trabalhos feitos a ldquomatildeo livrerdquo no tamanho A4 (297cm X 21 cm) sendo que estes deveratildeo ser enviados digitalizados no tamanho 950X640 pixels (300 dpi) 5deg Os trabalhos enviados deveratildeo possuir tiacutetulo descriccedilatildeo da imagem o nome completo do artista cidade estado e paiacutes onde reside e o nome dos programas que utilizou para a criaccedilatildeo da sua arte ou do material utilizado no caso da arte ter sido feita a ldquomatildeo livrerdquo6deg Os trabalhos deveratildeo ser enviados para o e-mail astroartedigitalrevistamacrocosmocom

7deg Todos os trabalhos recebidos passaratildeo por um criteacuterio de avaliaccedilatildeo e escolha Os melhores trabalhos seratildeo publicados nas ediccedilotildees da Revista macroCOSMOcom8deg Natildeo existem prazos para envio dos trabalhos A avaliaccedilatildeo para a escolha dos melhores trabalhos para publicaccedilatildeo soacute teraacute iniacutecio apenas quando atingirmos o nuacutemero miacutenimo de 20 trabalhos recebidos

revista macroCOSMOcom | setembro de 2005 97

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rmacroCOSMO comA primeira revista eletrocircnica brasileira de Astronomia

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Ediccedilatildeo ndeg 13Dezembro de 2004

Ediccedilatildeo ndeg 14Janeiro de 2005

Ediccedilatildeo ndeg 15Fevereiro de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 16Marccedilo de 2004

Ediccedilatildeo ndeg 17Abril de 2005

Ediccedilatildeo ndeg 18Maio de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 19Junho de 2005

Reloacutegios Solares

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Ediccedilatildeo ndeg 20Julho de 2005

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Ediccedilatildeo ndeg 21Agosto de 2005

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