PLANIFICACAO ESTRATEGICA HOSPITALAR
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RepRepblica de Moblica de Moambiqueambique
MinistMinistrio da Administrario da Administrao Estatalo Estatal
EdiEdio 2005o 2005
PERFIL DO DISTRITO DO PERFIL DO DISTRITO DO NHAMATANDANHAMATANDAPROVPROVNCIA DE SOFALANCIA DE SOFALA
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A informao includa nesta publicao provm de fontes consideradas fiveis e tem uma natureza informativa, no constituindo parecer profissional sobre a estratgia de desenvolvimento local. As suas concluses no so vlidas em todas as circunstncias. Noutros casos, dever ser solicitada opinio especfica ao Ministrio da Administrao Estatal ou firma MTIER - Consultoria & Desenvolvimento, Lda.
Srie: Perfis DistritaisEdio: 2005Editor: Ministrio da Administrao EstatalCoordenao: Direco Nacional da Administrao LocalCopyright 2005 Ministrio da Administrao Estatal.Um resumo desta publicao est disponvel na Internet em: http://www.govnet.gov.mz/
Assistncia tcnica: MTIER Consultoria & Desenvolvimento, LdaUm resumo desta publicao est disponvel na Internet em: http://www.metier.co.mz
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Nhamatanda
ndice ________________________________________________________________________________________________
PGINA i i
nnndddiiiccceee
PPPrrreeefffccciiiooo v
SSSiiiggglllaaasss eee AAAbbbrrreeevvviiiaaatttuuurrraaasss vii
MMMAAAPPPAAA DDDAAA LLLOOOCCCAAALLLIIIZZZAAAOOO GGGEEEOOOGGGRRRFFFIIICCCAAA DDDOOO DDDIIISSSTTTRRRIIITTTOOO viii
111 BBBrrreeevvveee CCCaaarrraaacccttteeerrriiizzzaaaooo dddooo DDDiiissstttrrriiitttooo 2 111...111 LLLooocccaaalll iiizzzaaaooo,,, SSSuuupppeeerrrfff ccciiieee eee PPPooopppuuulllaaaooo 2 111...222 CCClll iiimmmaaa,,, HHHiiidddrrrooogggrrraaafff iiiaaa,,, RRReeellleeevvvooo eee SSSooolllooosss 2 111...333 IIInnnfffrrraaa---eeessstttrrruuutttuuurrraaasss 3 111...444 EEEcccooonnnooommmiiiaaa eee SSSeeerrrvvviiiooosss 4
222 HHHiiissstttrrriiiaaa,,, PPPooollltttiiicccaaa eee SSSoooccciiieeedddaaadddeee CCCiiivvviiilll 7 222...111 HHHiiissstttrrriiiaaa eee cccuuulll tttuuurrraaa 7 222...222 CCCeeennnrrr iiiooo pppooolll tttiiicccooo aaaccctttuuuaaalll eee sssoooccciiieeedddaaadddeee ccciiivvviii lll 8
333 DDDeeemmmooogggrrraaafffiiiaaa 10 333...111 EEEssstttrrruuutttuuurrraaa eeetttrrr iiiaaa eee pppooorrr ssseeexxxooo 10 333...222 TTTrrraaaooo sssoooccciiiooolllgggiiicccooo 10 333...333 LLLnnnggguuuaaasss fffaaalllaaadddaaasss 11 333...444 AAAnnnaaalllfffaaabbbeeetttiiisssmmmooo eee EEEssscccooolllaaarrr iiizzzaaaooo 11
444 HHHaaabbbiiitttaaaooo eee CCCooonnndddiiieeesss dddeee VVViiidddaaa 12
555 OOOrrrgggaaannniiizzzaaaooo AAAdddmmmiiinnniiissstttrrraaatttiiivvvaaa eee GGGooovvveeerrrnnnaaaooo 14 555...111 GGGooovvveeerrrnnnooo DDDiiissstttrrr iii tttaaalll 14 555...222 RRReeefffooorrrmmmaaa dddooo ssseeeccctttooorrr pppbbblll iiicccooo 16 555...333 SSSnnnttteeessseee dddooosss rrreeesssuuulll tttaaadddooosss dddaaa aaacccttt iiivvviiidddaaadddeee dddooosss rrrgggooosss dddiiissstttrrr iii tttaaaiiisss 16 5.3.1 Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento Rural 17 5.3.2 Educao e Sade 18 5.3.3 Cultura, Juventude e Desporto 18 5.3.4 Mulher e Coordenao da Aco Social 18 5.3.5 Justia, Ordem e Segurana pblica 20 555...444 DDDeeesssmmmiiinnnaaagggeeemmm 20 555...555 FFFiiinnnaaannnaaasss PPPbbblll iiicccaaasss 20 555...666 CCCooonnnssstttrrraaannngggiiimmmeeennntttooosss aaacccooo dddooo GGGooovvveeerrrnnnooo DDDiiissstttrrr iii tttaaalll 21 555...777 PPPaaarrrttt iiiccciiipppaaaooo cccooommmuuunnniii tttrrr iiiaaa 22 555...888 AAApppoooiiiooo eeexxxttteeerrrnnnooo 22
666 PPPooosssssseee eee UUUsssooo dddaaa TTTeeerrrrrraaa 23 666...111 PPPooosssssseee dddaaa ttteeerrrrrraaa 23 666...222 TTTrrraaabbbaaalllhhhooo aaagggrrr cccooolllaaa 24 666...333 UUUtttiii lll iiizzzaaaooo eeecccooonnnmmmiiicccaaa dddooo sssooolllooo 25 6.3.1 Agricultura 25
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Nhamatanda
ndice ________________________________________________________________________________________________
PGINA i i i
6.3.2 Pecuria e Avicultura 25 6.3.3 Produo no agrcola 25
777 EEEddduuucccaaaooo 26
888 SSSaaadddeee eee AAAcccooo SSSoooccciiiaaalll 28 888...111 CCCuuuiiidddaaadddooosss dddeee sssaaadddeee eee qqquuuaaadddrrrooo eeepppiiidddmmmiiicccooo 28 888...222 AAAcccooo SSSoooccciiiaaalll 29
999 GGGnnneeerrrooo 31 999...111 EEEddduuucccaaaooo 31 999...222 AAAcccttt iiivvviiidddaaadddeee eeecccooonnnmmmiiicccaaa eee eeexxxppplllooorrraaaooo dddaaa ttteeerrrrrraaa 32 999...333 GGGooovvveeerrrnnnaaaooo 33
111000 AAAccctttiiivvviiidddaaadddeee EEEcccooonnnmmmiiicccaaa 34 111000...111 PPPooopppuuulllaaaooo eeecccooonnnooommmiiicccaaammmeeennnttteee aaaccctttiiivvvaaa 34 111000...222 OOOrrraaammmeeennntttooo fffaaammmiii lll iiiaaarrr 35 111000...333 SSSeeeggguuurrraaannnaaa aaalll iiimmmeeennntttaaarrr eee eeessstttrrraaatttgggiiiaaasss dddeee sssooobbbrrreeevvviiivvvnnnccciiiaaa 36 111000...444 IIInnnfffrrraaa---eeessstttrrruuutttuuurrraaasss dddeee bbbaaassseee 37 111000...555 AAAgggrrriiicccuuulll tttuuurrraaa eee DDDeeessseeennnvvvooolllvvviiimmmeeennntttooo RRRuuurrraaalll 39 10.5.1 Zonas agro-ecolgicas 39 10.5.2 Infra-estruturas e equipamento 39 10.5.3 Produo agrcola e sistemas de cultivo 39 10.5.4 Pecuria 41 10.5.5 Pescas, Florestas e Fauna bravia 41 111000...666 IIInnndddssstttrrr iiiaaa,,, CCCooommmrrrccciiiooo eee SSSeeerrrvvviiiooosss 41
AAAnnneeexxxooo::: AAAuuutttooorrriiidddaaadddeee CCCooommmuuunnniiitttrrriiiaaa nnnooo DDDiiissstttrrriiitttooo dddeee NNNhhhaaammmaaatttaaannndddaaa 43
DDDooocccuuummmeeennntttaaaooo cccooonnnsssuuullltttaaadddaaa 44
LLLiiissstttaaa dddeee tttaaabbbeeelllaaasss
TABELA 1: Populao por posto administrativo, idade e sexo, 1/1/2005 10 TABELA 2: Agregados, segundo a dimenso e o tipo sociolgico 10 TABELA 3: Populao, segundo o estado civil e a crena religiosa 11 TABELA 4: Populao, consoante o conhecimento de Portugus 11 TABELA 5: Populao, por condio de alfabetizao, 1997 11 TABELA 6: Famlias, tipo de casa e condies bsicas de vida 12 TABELA 7: Programas de aco social, 2000-2003 19 TABELA 8: Populao, por condio de frequncia escolar 26 TABELA 9: Populao, por nvel de ensino que frequenta 27 TABELA 10: Populao, por nvel de ensino concludo 27 TABELA 11: Escolas, alunos e professores, 2003 27 TABELA 12: Unidades de sade, camas e pessoal, 2003 28
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ndice ________________________________________________________________________________________________
PGINA i v
TABELA 13: Indicadores de cuidados de sade, 2003 28 TABELA 14: Quadro epidmico, 2003 29 TABELA 15: Populao, por condio de orfandade, 1997 30 TABELA 16: Populao deficiente, por idade e residncia, 1997 30 TABELA 17: Programas de aco social, 2000-2003 30 TABELA 18: Populao activa, por ramo de actividade, 2005 35 TABELA 19: Rede de Estradas 38 TABELA 20: Produo agrcola, por principais culturas: 2000-2003 40
LLLiiissstttaaa dddeee fffiiiggguuurrraaasss
FIGURA 1: Famlias, por condies bsicas de vida.......................................................12 FIGURA 2: Habitaes, por tipo de materiais usados ....................................................13 FIGURA 3: Habitaes, por tipo de acesso a gua..........................................................13 FIGURA 4: Estrutura do oramento distrital, 2004 ........................................................21 FIGURA 5: Estrutura de base da explorao agrria da terra ........................................24 FIGURA 6: Exploraes e rea, por culturas alimentar principal .................................25 FIGURA 7: Populao, por nvel de ensino que frequenta............................................26 FIGURA 8: Quadro epidmico, 2003................................................................................29 FIGURA 9: Indicadores de escolaridade, por sexos........................................................31 FIGURA 10: Quota das mulheres no trabalho agrcola e remunerado..........................32 FIGURA 11: Populao activa, por ramo de actividade, 2005........................................34 FIGURA 12: Consumo das famlias, por grupo de produtos e servios .......................35 FIGURA 13: Famlias, por intervalos de rendimento mensal .........................................36
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Repblica de Moambique Ministrio da Administrao Estatal
PPPrrreeefffccciiiooo Com 800 mil km2 de superfcie e uma populao de 19,5
milhes de habitantes, Moambique inicia o sc. XXI, com
exigncias inadiveis de engajamento de todos os nveis da
sociedade e dos vrios intervenientes institucionais e
parceiros de cooperao, num esforo conjugado de combate
pobreza e desigualdade e de promoo do desenvolvimento econmico e social do Pas.
Efectivamente, alcanar estes propsitos, num contexto de interdependncia dos objectivos
de reconstruo e desenvolvimento com os do crescimento, requer o empenho de todos os
sectores, grupos e comunidades da sociedade moambicana.
Na esfera da governao, esta exigncia abrange todos os nveis territoriais e cada uma das
instituies pblicas, estando a respectiva poltica do Governo enunciada nos preceitos
Constitucionais sobre a Descentralizao e a Reforma do Sector Pblico.
A Lei dos rgos Locais, n. 8/2003 de 27 de Maro, ao estabelecer os novos princpios e
normas de organizao, competncias e de funcionamento destes rgos nos escales de
provncia, distrito, posto administrativo e localidade, dotou o processo de um novo quadro
jurdico que refora e operacionaliza a importncia estratgica da governao local.
Neste contexto, o Distrito um conceito territorial e administrativo essencial programao
da actividade econmica e social e coordenao das intervenes das instituies nacionais
e internacionais. Avaliar o potencial distrital e o seu grau de sustentabilidade, bem como o
nvel de ajustamento do respectivo aparelho administrativo e tcnico s necessidades do
desenvolvimento local, , pois, um passo primordial.
, neste contexto, que o Ministrio da Administrao Estatal elaborou e procede
publicao dos Perfis dos 128 Distritos de Moambique.
F-lo, numa abordagem integrada com o processo de fortalecimento da gesto e planificao
locais, proporcionando para cada distrito, no perodo que medeia 2000 a 2004 uma
avaliao detalhada do grau local de desenvolvimento humano, econmico e social.
Estamos certos que este produto, apetrechar as vrias Instituies pblicas e privadas,
nacionais ou internacionais, com um conhecimento de todo o pas, que potencia o
prosseguimento coordenado das aces de combate pobreza em Moambique.
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Repblica de Moambique Ministrio da Administrao Estatal
Efectivamente, entendemos os Perfis Distritais como um contributo para um processo de
gesto que integra, por um lado, os aspectos organizacionais e de competncias distritais e,
por outro, as questes decorrentes do desenvolvimento e da descentralizao nas reas da
planificao e da afectao e gesto dos recursos pblicos.
A presidir definio do seu contedo e estrutura, est subjacente a inteno de fortalecer
um ambiente de governao:
dominado pela viso estratgica local e participao comunitria;
promotor da gradual implementao de modelos de negcio da administrao
distrital ajustados s prioridades da regio, ao quadro de desconcentrao de
competncias e ao sistema de afectao de recursos pblicos; e
integrado em processos de apropriao local na deciso e responsabilizao na
execuo.
Para a sua elaborao, foram preciosos os contributos recebidos de vrias instituies ao
nvel central e local, de que destacamos, todos os Governos Provinciais e Distritais, o
Instituto Nacional de Estatstica, o Ministrio do Plano e Finanas, o Ministrio da
Agricultura e Desenvolvimento Rural, o Ministrio da Educao e o Ministrio da Sade.
A todos os intervenientes e, em particular aos Administradores de Distrito, que estas
publicaes sejam consideradas como um gesto de agradecimento e devoluo. Uma meno
de apreo, ainda, ao grupo MTIER, Consultoria e Desenvolvimento, pela assistncia
tcnica prestada na anlise da vasta informao recolhida.
A finalizar, referir que a publicao destes Perfis insere-se num esforo continuado, por
parte do Ministrio da Administrao Estatal e da sua Direco Nacional de Administrao
Local, de monitoria do desenvolvimento institucional da administrao pblica local e do seu
gradual ajustamento s exigncias do desenvolvimento e crescimento em Moambique.
Entusiasmamos, pois, todas as contribuies e comentrios que possam fazer chegar a essa
Direco Nacional, no sentido de melhorar e enriquecer o contedo futuro dos Perfis.
Maputo, 25 de Setembro de 2005.
Ministro da Administrao Estatal
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Nhamatanda
Siglas e Abreviaturas ________________________________________________________________________________________________
PGINA vi i
SSSiiiggglllaaasss eee AAAbbbrrreeevvviiiaaatttuuurrraaasss
AD Administrao Distrital
DDADR Direco Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural
DDMCAS Direco Distrital da Mulher e Coordenao da Aco Social
DNAL Direco Nacional da Administrao Local
DNPO Direco Nacional do Plano e Oramento
EDM Electricidade de Moambique
EN Estrada Nacional
IAF Inqurito aos agregados familiares, sobre o oramento familiar
INE Instituto Nacional de Estatstica
IRDF Inqurito s receitas e despesas das famlias
MADER Ministrio da Agricultura e Desenvolvimento Rural
MAE Ministrio da Administrao Estatal
MPF Ministrio do Plano e Finanas
PA Posto Administrativo
PIB Produto Interno Bruto
PNUD Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento
PRM Polcia da Repblica de Moambique
TDM Telecomunicaes de Moambique
PSAA Pequeno Sistema de Abastecimento de gua
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PGINA vi i i
MMMAAAPPPAAA DDDAAA LLLOOOCCCAAALLLIIIZZZAAAOOO GGGEEEOOOGGGRRRFFFIIICCCAAA DDDOOO DDDIIISSSTTTRRRIIITTTOOO
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Nhamatanda
Histria, Poltica e Sociedade Civil ________________________________________________________________________________________________
PGINA 2
111 BBBrrreeevvveee CCCaaarrraaacccttteeerrriiizzzaaaooo dddooo DDDiiissstttrrriiitttooo
111...111 LLLooocccaaallliiizzzaaaooo,,, SSSuuupppeeerrrfffccciiieee eee PPPooopppuuulllaaaooo
distrito de Nhamatanda est localizado na regio Centro-Oeste da Provncia de Sofala,
sendo limitado a Norte pelo Distrito de Gorongosa, a Oeste pelo Distrito de Gondola
(Manica), a Sul o Distrito de Bzi e a Este o Distrito de Dondo.
Com uma superfcie1 de 3.987 km2 e uma populao recenseada em 1997 de 137.930
habitantes e estimada data de 1/1/2005 em cerca de 172.390 habitantes, o distrito de
Bilene tem uma densidade populacional de 43 hab/km2.
A relao de dependncia econmica potencial de aproximadamente 1:1.2, isto , por cada
10 crianas ou ancies existem 12 pessoas em idade activa.
A populao jovem (43%, abaixo dos 15 anos de idade), maioritariamente feminina (taxa
de masculinidade de 49%) e de matriz rural (taxa de urbanizao de 12%).
111...222 CCCllliiimmmaaa,,, HHHiiidddrrrooogggrrraaafffiiiaaa,,, RRReeellleeevvvooo eee SSSooolllooosss
Segundo a classificao climtica de Kppen, ocorrem no Distrito de
Nhamatanda dois tipos distintos de clima, nomeadamente: o clima de
tipo Tropical Chuvoso de Savana - Aw a Este, e do tipo Tropical
Temperado Hmido Cw a Oeste, observando-se em ambos casos
duas estaes nomeadamente: a chuvosa e a seca.
A precipitao mdia anual, na estao meteorolgica de referncia (Nhamatanda), de 846
mm, enquanto a evapotranspirao potencial mdia anual est na ordem dos 1.559 mm.
A maior queda pluviomtrica ocorre sobretudo no perodo compreendido entre Novembro
de um ano a Maro do ano seguinte, variando significativamente na quantidade e
distribuio, quer durante o ano, quer de ano para ano, e a temperatura mdia anual de
24.9C. As mdias anuais mxima e mnima so de 32.0 e 17.8C.
A rede hidrogrfica do distrito comporta rios, riachos, lagoas e pntanos a saber:
1 Direco Nacional de Terras CADASTRO NACIONAL DE TERRAS http://www.dinageca.gov.mz/dnt/
O
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Nhamatanda
Histria, Poltica e Sociedade Civil ________________________________________________________________________________________________
PGINA 3
Rios - Muda, Mecuzi, Nhamatanda, Tsengudza, Nhamissenguere Metuchira, Mecuzi
Manguena, Mtua, Mussicavo, Mutarara e Pungu,
Riachos - Nhamissenguere, Nhamissenguere 2, Nhampiririr, Nharuchonga,
Muaticuera, Bebedo, Bendicar, Malenve, Mosca de Sono, Ura Gambulene,
Munhonha, Mussicavo, Harmua, Ndeja, Macumba, Mangate, Momba,
Mucharuenhe, Micheu e Nhazuingoma.
Lagoas Macorococho, Mbimbir, Nguenhi, Muchamba, Chahocue, Chapadzi,
Luvava, massuca, Sovim, Ura Gambulene, Chembue, Mosca de Sono e Mundende.
Pntanos Djangombe, Chissocossa, Chiulaia, Muana, Macaraure, Madawana,
Utonda e Lupuepue.
Nas guas dos rios encontramos diversas espcies de pescado. Salienta-se, tambm, a
existncias de numerosas espcies de aves.
Geomorfologicamente o Distrito de Nhamatanda caracterizado pela ocorrncia de duas
unidades distintas nomeadamente a Bacia Sedimentar e Complexo Gnaisso-Grantico do
Moambique Belt.
A primeira unidade compreende basicamente os sedimentos mais recentes de aluvio do rio
Pngu e seus afluentes que deram origem a solos aluvionares de textura pesada e/ou
estratificada, profundos a muito profundos, moderadamente bem drenados, boa fertilidade
natural e capacidade de reteno de nutrientes e gua.
A segunda unidade dominada por solos residuais derivados de rochas mais resistentes
111...333 IIInnnfffrrraaa---eeessstttrrruuutttuuurrraaasss
O distrito de Nhamatanda atravessado pela EN6, que liga as cidades da Beira e Chimoio, e
esta ltima fronteira com o Zimbabwe. Esta estrada faz parte do projecto de
desenvolvimento Corredor da Beira, e foi sempre mantida nesse mbito.
A nica outra via rodoviria reabilitada no distrito a estrada que liga a sede plantao da
LOMACO, numa extenso de 12 km. A maioria das estradas est transitvel. A empresa
EMENCO faz a manuteno de rotina na Estrada 218 que liga Nhamatanda/Metuchira.
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Nhamatanda
Histria, Poltica e Sociedade Civil ________________________________________________________________________________________________
PGINA 4
O distrito atravessado pela Linha ferroviria Beira-Machipanda, artria principal do
Corredor da Beira. Em termos de telecomunicaes, o distrito possui cinco telefones e
sete rdios.
No distrito de Nhamatanda, a maior parte das comunidades e aldeias no tem acesso a
fontes de gua melhoradas, sendo que algumas comunidades se encontram a grandes
distncias da fonte mais prxima.
De acordo com os dados do Censo de 1997, s 1% da populao do distrito concentrada na
Sede, tem acesso a energia elctrica.
O distrito de Nhamatanda possui 63 escolas (das quais, 53 do ensino primrio nvel 1), e
est servido por 17unidades sanitrias, que possibilitam o acesso progressivo da populao
aos servios do Sistema Nacional de Sade, apesar de a um nvel bastante insuficiente como
se conclui dos seguintes ndices de cobertura mdia:
Uma unidade sanitria por cada 10 mil pessoas;
Uma cama por mil habitantes; e
Um profissional tcnico para cada 2.200 residentes no distrito.
Apesar dos esforos realizados, importa reter que o estado geral de conservao e
manuteno das infra-estruturas no suficiente, sendo de realar a rede de bombas de gua
a necessitar de manuteno, bem como a rede de estradas e pontes que, na poca das
chuvas, tem problemas de transitibilidade.
111...444 EEEcccooonnnooommmiiiaaa eee SSSeeerrrvvviiiooosss
Dos 401 mil hectares da superfcie do distrito, estima-se 2 em 200 mil hectares o potencial
de terra arvel apta para a agricultura do distrito de Nhamatanda, dos quais s 22 mil so
explorados pelo sector familiar (5% do distrito).
Nhamatanda possui uma densidade populacional moderada e, devido ao reassentamento das
populaes, tm surgido alguns problemas relacionados com a ocupao de terras, gerando
alguns conflitos sobre a sua posse. A transmisso da posse de terra principalmente
determinada pelos usuais laos de parentesco.
2 Conforme JVA Cenacarta-IGN France International, Estatsticas de Uso e Cobertura da Terra, Nov. 1999 (escala 1:250,000)
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Nhamatanda
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PGINA 5
De um modo geral, a agricultura praticada manualmente em pequenas exploraes
familiares em regime de consociao de culturas com base em variedades locais.
O sistema de produo predominante nos solos de textura pesada e mal drenados a
monocultura de batata doce em regime de camalhes ou matutos (poca fresca), enquanto
que nos solos moderadamente bem drenados predominam as consociaes de milho,
mapira, mandica e feijo nhemba. Algodo a cultura de rendimento dominante, produzida
em regime de monoculturas. Este sistema de produo ainda complementado por criaes
de espcies como gado bovino, caprino, e aves.
A produo agrcola feita predominantemente em condies de sequeiro, nem sempre
bem sucedida, uma vez que o risco de perda das colheitas alto, dada a baixa capacidade de
armazenamento de humidade no solo durante o perodo de crescimento das culturas.
O potencial para agricultura irrigada reside nos solos aluvionares das margens do Pungu,
em particular aqueles de textura mdia a pesada. Estes solos so profundos a muito
profundos, ricos em matria orgnica e apresentam ainda excelentes capacidades de
reteno de gua e nutrientes, contudo, podem localmente ser ligeiramente salinos e/ou
sdicos.
Este distrito possui cerca de 30 hectares de regadios, dos quais 20 operacionais, devido a
avarias de equipamentos e destituies. Est em curso um plano para a sua reabilitao, mas
a capacidade financeira dos proprietrios e utentes um entrave sua clere implementao.
Somente em 2003, aps o perodo de seca e estiagem que se seguiu e a reabilitao de
algumas infra-estruturas, se reiniciou timidamente a explorao agrcola do distrito e a
recuperao dos nveis de produo.
Em resumo, a irregularidade da precipitao e a vulnerabilidade s calamidades naturais
condiciona o potencial de produo agrcola s reas irrigadas existentes, sendo a regio
considerada pouco apta para o desenvolvimento de agricultura irrigada.
O fomento pecurio no distrito tem sido fraco. Porm, dada a tradio na criao de gado e
algumas infra-estruturas existentes, verificou-se algum crescimento do efectivo pecurio.
H condies para o desenvolvimento da pecuria, sendo as doenas e a falta de fundos e
de servios de extenso, os principais obstculos ao seu desenvolvimento. Os animais
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Nhamatanda
Histria, Poltica e Sociedade Civil ________________________________________________________________________________________________
PGINA 6
domsticos mais importantes para o consumo familiar so as galinhas, os patos e os
cabritos, enquanto que, para a comercializao, so os bois, os cabritos e os porcos.
No distrito de Nhamatanda, a madeira, principalmente estacas, usada na construo de
habitaes locais, juntamente com o bambu e o capim. As rvores fornecem as principais
fontes de energia, nomeadamente lenha e troncos para o fabrico de carvo, sendo ambos os
combustveis comercializados localmente. O distrito apresenta j problemas de
desflorestamento e de eroso de solos, da que algumas comunidades tenham que percorrer
entre 30 km a 40 km at fonte de lenha mais prxima.
A caa um suplemento importante das famlias do distrito. As espcies mais caadas so
os roedores e os cabritos-do-mato. Para alm das espcies referidas, possvel encontrar no
distrito lees, bfalos, pivas, pala-palas e pangolins. O peixe, principalmente de rio, faz
tambm parte da dieta familiar.
O facto do distrito ser atravessado pelo Corredor da Beira, tem-lhe proporcionado alguma
ateno por parte de investidores nacionais e estrangeiros.
Todavia, a maior parte das ligaes comerciais que o distrito tem com outros mercados,
esto relacionadas com a agricultura. Os produtos agrcolas so canalizados do interior e
vendidos nos mercados da sede distrital e na Beira, sendo habitual a vinda a Nhamatanda de
comerciantes provenientes da Beira ou de Maputo para adquirirem os produtos localmente.
Esto em construo 3 complexos hoteleiros, sendo 1 em Tica, 1 em Matenga e outro na
Sede do distrito. Neste momento existem 4 casas de aluguer de quartos, 23 Quiosques, 7
Bares, 3 Restaurantes e 1 Botequim.
Ao nvel do distrito existem 92 moagens (43 registadas) 4 serralharias, 2 serraes, 11
carpintarias, 2 padarias formais e 22 fornos caseiros. Existem 29 lojas (22 na Sede do
Distrito; e em Tica; 1 em Siluvo; 2 em Metuchira e 1 em Nhampoca, cabendo aos informais
completar o abastecimento s populaes no interior da Vila e nas prprias Sedes dos PAs.
O Banco Austral a nica instituio bancria existente no distrito, dedicando-se captao
de poupanas, sem facilidades de crdito agrrio. Existem no distrito de forma cumulativa
13 projectos financiados pelo FARE.
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Nhamatanda
Histria, Poltica e Sociedade Civil ________________________________________________________________________________________________
PGINA 7
222 HHHiiissstttrrriiiaaa,,, PPPooollltttiiicccaaa eee SSSoooccciiieeedddaaadddeee CCCiiivvviiilll
222...111 HHHiiissstttrrriiiaaa eee cccuuullltttuuurrraaa
De acordo com os relatos dos residentes, esta era uma zona desabitada, sem nome e
pertencente rea de Tica, tendo sido mais tarde habitada por indivduos oriundos de vrios
pontos do pas, como mo-de-obra recrutada para a construo da Linha Frrea da ento
empresa CFM-Centro sob contrato da Companhia Trans-Zambeze Railways, TZR.
Primeiramente, Nhamatanda era chamado de Bambo Krick, nome dado pelos ingleses da
TZR tendo depois passado a chamar-se Vila Machado.
No que respeita ao nome de Vila Machado, as informaes divergem, afirmando uns que o
nome teria surgido a partir da actividade do corte de madeira, em que o colono madeireiro
instrua os contratados sobre a forma de manejarem o machado, dizendo-lhes que virassem
o machado ora para a direita, ora para a esquerda. Outros afirmam que Vila Machado
tomou o nome de um capito portugus que regia esta parcela da actual Vila que se
chamava Machado.
Um pouco antes da chegada do capito Machado, o comrcio e a agricultura eram as
actividades predominantes praticadas pelos gregos e goeses.
No mbito da construo de infra-estruturas socio-econmicas, o primeiro passo foi dado
pelos ingleses com a construo da Linha Frrea Beira-Rodsia do Sul, com ramal para a
montanha de Khura, onde se extraa pedra para a construo da ponte sobre o Rio
Zambeze (Ponte Dona Ana). Aqui nasceram as primeiras casas construdas em madeira e
zinco pela Beira Railways.
No perodo de 1938 a 1975 os Rgulos constituam o prolongamento da administrao
portuguesa e eram chamados de Indunas. Os rgulos eram seleccionados e trazidos de
outras zonas de acordo com as suas capacidades administrativas, como o caso do Rgulo
Tica que proveio de Manica.
Para o distrito de Nhamatanda foram seleccionados 3 Rgulos: Rgulo Tica, Nhampoca e
Candieiro. A ento Vila Machado subordinou-se, primeiro, ao Concelho de Vila Pery e mais
tarde ao Concelho do Dondo. Vila Machado era apenas um Posto Administrativo, cuja
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Nhamatanda
Histria, Poltica e Sociedade Civil ________________________________________________________________________________________________
PGINA 8
composio tnica derivava de Macaias, Bangues, Senas, Tongas, Matewes, Phozos e
Maganjas.
Aps a independncia do pas, a nova diviso administrativa da Provncia de Sofala, em
1980, elevou o Posto Administrativo categoria de distrito.
222...222 CCCeeennnrrriiiooo pppooollltttiiicccooo aaaccctttuuuaaalll eee sssoooccciiieeedddaaadddeee ccciiivvviiilll
No mbito da implementao do Decreto 15/2000 sobre as autoridades comunitrias de 1
e 2 linhas (rgulos, chefes de terras e secretrios de bairro), de acordo com as entidades
distritais, foi levado a cabo um trabalho de divulgao do mesmo em todos os Postos
Administrativos, Localidades, Aldeias e Povoaes, tendo sido envolvidas todas as camadas
sociais.
Este trabalho culminou com a legitimao pelas respectivas comunidades e o
reconhecimento pela autoridade competente de 18 dos lderes comunitrios locais.
Existem no distrito 3 Regulados, todos legitimados e reconhecidos, a saber:
Regulado de Tica, com 9 Chefes de Grupo de Povoao e 73 Chefes de Povoao;
Regulado de Guengere, com 5 Chefes de Grupo de Povoao e 30 Chefes de
Povoao.
Regulado de Nhampoca, com 6 Chefes de Grupo de Povoao e 37 Chefes de
Povoao.
Tambm existem no distrito 48 Secretrios de Bairros (1 mulher), tendo 17 sido j
reconhecidos e legitimados.
Em geral, pode-se considerar que a relao entre a Administrao e as autoridades
comunitrias positiva, o que ajuda o Governo na implementao, a todos os nveis, do
Programa Quinquenal do Governo, na transmisso de decises e no garante do feedback
das decises e informaes respeitantes aos problemas que afligem as comunidades onde as
mesmas actuam, bem como na soluo de alguns problemas locais, nomeadamente os
surgidos devido aos conflitos de terras existentes no distrito. Para incentivar a cobrana de
impostos, uma parte das autoridades comunitrias receberam bicicletas no ano 2001.
A populao, devidamente mobilizada pelas autoridades comunitrias, participa activamente
na abertura de estradas tercirias, que tem facilitado o escoamento dos excedentes agrcolas,
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Nhamatanda
Histria, Poltica e Sociedade Civil ________________________________________________________________________________________________
PGINA 9
na construo de escolas com material precrio, casas para alguns Presidentes das
Localidades e enfermeiros, na conservao de fontes de gua, na denncia de malfeitores e
na localizao de terrenos para vrios fins socio-enconmicos e culturais, sempre que
necessrio.
Em relao religio existem vrias crenas no distrito e representes das respectivas
hierarquias e que se tm envolvido, em coordenao com as autoridades distritais em vrias
actividades de ndole social. A religio dominante a Sio/Zione, praticada pela maioria da
populao do distrito.
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Nhamatanda
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PGINA 10
333 DDDeeemmmooogggrrraaafffiiiaaa A superfcie do distrito de 3.987 km2 e a sua populao est estimada em
172 mil habitantes data de 1/1/2005. Com uma densidade populacional
aproximada de 43 hab/km2, prev-se que o distrito em 2010 venha a atingir
os 200 mil habitantes.
333...111 EEEssstttrrruuutttuuurrraaa eeetttrrriiiaaa eee pppooorrr ssseeexxxooo Com uma populao jovem (43%, abaixo dos 15 anos), tem um ndice de masculinidade de
49% e uma taxa de urbanizao de 12%, concentrada na Vila de Nhamatanda e zonas
perifricas de matriz semi-urbana. A estrutura etria do distrito reflecte uma relao de
dependncia econmica aproximada de 1:1.2, isto , por cada 10 crianas ou ancies existem
12 pessoas em idade activa.
TABELA 1: Populao por posto administrativo, idade e sexo, 1/1/2005 Grupos etrios
TOTAL 0 - 4 5 - 14 15 - 44 45 - 64 65 e mais DISTRITO DE NHAMATANDA 172,390 28,989 45,925 73,038 19,175 5,263Homens 83,856 14,526 23,276 33,769 9,562 2,723Mulheres 88,533 14,463 22,650 39,269 9,612 2,540P.A. de NHAMATANDA 104,538 17,948 27,936 44,728 10,950 2,976Homens 50,711 8,965 14,171 20,556 5,522 1,497Mulheres 53,827 8,983 13,766 24,172 5,428 1,479P.A. de TICA 67,852 11,041 17,989 28,310 8,225 2,287Homens 33,146 5,561 9,105 13,213 4,041 1,226Mulheres 34,707 5,481 8,884 15,097 4,184 1,061
Fonte: Estimativa da MTIER, na base do INE, Dados do Censo de 1997.
333...222 TTTrrraaaooo sssoooccciiiooolllgggiiicccooo Das 38.300 famlias do distrito, a maioria do tipo sociolgico nuclear com filhos (38%),
isto , com um ou mais parentes para alm de filhos e tm, em mdia, 3 a 5 membros.
TABELA 2: Agregados, segundo a dimenso e o tipo sociolgico % de agregados, por dimenso Mdia de pessoas, por agregado
1 - 2 3 - 5 6 e mais TOTAL < 15 anos 15 anos 24.2% 44.9% 30.9% 4.5 2.0 2.5
Tipo Sociolgico de Agregado Familiar Monoparental (1) Nuclear
Unipessoal Masculino Feminino Com filhos Sem filhos
Alargado (2)
9.8% 1.9% 12.3% 37.9% 6.9% 31.3% Fonte: Instituto Nacional de Estatstica, Dados do Censo de 1997.
1) Famlia com um dos pais. 2) Famlia nuclear ou monoparental com ou sem filhos e um ou mais parentes.
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Nhamatanda
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PGINA 11
Na sua maioria casados, aps os 12 anos de idade, tm forte crena religiosa, dominada pela
religio Sio ou Zione.
TABELA 3: Populao, segundo o estado civil e a crena religiosa Com 12 anos ou mais, por Estado civil Com < 12
anos Total Solteiro Casado ou unio Separado/ Divorciado Viuvo 36.1% 63.9% 21.5% 36.6% 1.7% 4.0%
Com Crena Religiosa
Total Zione Catlica Evanglica Muulumana Outra 100,0% 42.9% 14.0% 12.6% 0.5% 30.5%
Fonte: Instituto Nacional de Estatstica, Dados do Censo de 1997.
333...333 LLLnnnggguuuaaasss fffaaalllaaadddaaasss
Tendo por lngua materna dominante o Cindau, somente 36% da populao do distrito com
5 ou mais anos de idade tm conhecimento da lngua portuguesa, sendo este domnio
predominante nos homens, dada a maior insero na vida escolar e no mercado de trabalho.
TABELA 4: Populao, consoante o conhecimento de Portugus Sabe falar Portugus No sabe falar Portugus
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres DISTRITO DE NHAMATANDA 35.7% 24.8% 10.8% 64.3% 27.5% 36.9%
5 - 9 anos 2.8% 1.6% 1.2% 14.5% 7.1% 7.4%10 - 14 anos 6.5% 3.9% 2.6% 8.3% 3.6% 4.6%15 - 19 anos 6.5% 4.0% 2.5% 6.7% 3.0% 3.8%20 - 44 anos 15.6% 11.4% 4.2% 22.2% 9.2% 13.0%45 anos e mais 4.4% 4.0% 0.4% 12.7% 4.6% 8.1%Fonte: Instituto Nacional de Estatstica, Dados do Censo de 1997.
333...444 AAAnnnaaalllfffaaabbbeeetttiiisssmmmooo eee EEEssscccooolllaaarrriiizzzaaaooo Com 71% da populao analfabeta, predominantemente mulheres, o distrito de
Nhamatanda tem uma taxa de escolarizao baixa, constatando-se que somente 33% dos
seus habitantes, com 5 ou mais anos de idade, frequentam ou j frequentaram a escola,
maioritariamente at ao nvel primrio.
TABELA 5: Populao, por condio de alfabetizao, 1997 Taxa de analfabetismo
TOTAL Homens Mulheres DISTRITO DE NHAMATANDA 70.9% 55.7% 85.1%
5 - 9 90.8% 89.1% 92.6% 10 - 14 62.6% 54.5% 71.0% 15 - 44 63.2% 40.7% 82.5% 45 e mais 81.0% 64.5% 97.6%
Fonte: Instituto Nacional de Estatstica, Dados do Censo de 1997.
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PGINA 12
444 HHHaaabbbiiitttaaaooo eee CCCooonnndddiiieeesss dddeee VVViiidddaaa
O tipo de habitao modal do distrito a palhota, com pavimento
de terra batida, tecto de capim ou colmo e paredes de canio ou
paus.
Em relao a outras utilidades, o padro dominante o de famlias
sem rdio e electricidade, dispondo de quatro bicicletas em cada dez famlias, e
vivendo em palhotas com latrina e gua colhida directamente em poos ou furos ou
nos rios e lagos.
FIGURA 1: Famlias, por condies bsicas de vida
Com gua Canalizada Com retrete ou latrina Com electricidade Com Radio
3% 8% 1%32%
Fonte: Instituto Nacional de Estatstica, Dados do Censo de 1997.
TABELA 6: Famlias, tipo de casa e condies bsicas de vida T I P O D E H A B I T A O
Moradia ou Casa de Palhota ou TOTAL Apartamento madeira e zinco casa precria
CONDIES BSICAS EXISTENTES
Casas Pessoas Casas Pessoas Casas Pessoas Casas Pessoas DISTRITO DE NHAMATANDA 29,665 137,536 928 5,035 90 490 28,647 132,011Com gua Canalizada 3% 3% 27% 28% 3% 7% 2% 2%Com retrete ou latrina 8% 9% 47% 49% 33% 41% 7% 8%Com electricidade 1% 2% 31% 34% 10% 10% 0% 1%Com Radio 32% 37% 58% 62% 54% 59% 31% 36%
Fonte: Instituto Nacional de Estatstica, Dados do Censo de 1997.
No que diz respeito s paredes, pavimento e tecto, o material de construo dominante ,
respectivamente o canio ou paus, a terra batida e o capim ou colmo.
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PGINA 13
FIGURA 2: Habitaes, por tipo de materiais usados
2% 0%
97%
3%
97%
3% 2%
95%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Paredesde bloco
Paredesde zinco
Paredesde
canio,paus ououtros
Cho dematerialdurvel
Cho deadobe
ou terrabatida
Tecto delaje
Tecto dechapa
de zinco
Tecto decapim
oucolmo
Fonte: Instituto Nacional de Estatstica, Dados do Censo de 1997.
Em particular, no que concerne s fontes de abastecimento de gua, verifica-se que na sua
maioria a populao do distrito recorre directamente a poos ou furos (52%) ou a rios e
lagos (37%). Os pequenos sistemas de fontanrios e de canalizao fora de casa, cobrem 9%
das habitaes, predominantemente na vila de Nhamatanda.
FIGURA 3: Habitaes, por tipo de acesso a gua
0% 2%
9%
52%
37%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Canalizada,dentro de casa
Canalizada, forade casa
Fontanrio Poo ou furo Rio ou Lago
Fonte: Instituto Nacional de Estatstica, Dados do Censo de 1997.
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PGINA 14
555 OOOrrrgggaaannniiizzzaaaooo AAAdddmmmiiinnniiissstttrrraaatttiiivvvaaa eee GGGooovvveeerrrnnnaaaooo distrito de Nhamatanda, localizado a 100Km da cidade da Beira, est dividido em dois
Postos Administrativos: Sede do Distrito e Tica que, por sua vez esto subdivididos em
4 Localidades.
Posto Administrativo LocalidadesNhamatanda-Sede Sede
Puazi Tica Sede
Nhampoca
555...111 GGGooovvveeerrrnnnooo DDDiiissstttrrriiitttaaalll
O Governo Distrital, dirigido pelo Administrador de Distrito, est estruturado nos seguintes
nveis de direco e coordenao:
Gabinete do Administrador, Administrao e Secretaria;
Direco Distrital da Agricultura e Desenvolvimento Rural;
Direco Distrital da Educao;
Direco Distrital da Sade;
Direco Distrital do Comrcio, Indstria e Turismo;
Direco Distrital da Cultura, Juventude e Desporto;
Direco Distrital das Mulher e Coordenao da Aco Social;
Delegao do Registo Civil e Notariado;
Comando Distrital da PRM.
Para alm destes rgos, esto tambm adstritos ao Governo Distrital, os seguintes
organismos:
Procuradoria Distrital da Repblica;
Tribunal Judicial Distrital;
Representao do INAS e do sector do Trabalho; e
Direco do SISE.
A gesto da vila, desde os servios de higiene, salubridade e fornecimento
de gua potvel igualmente garantida pela Administrao do Distrito.
No distrito existem, ainda, uma Estao Postal e dos CFM.
Com um total de 85 funcionrios 37 fora do quadro (dos quais, 5 so
O
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Nhamatanda
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PGINA 15
mulheres), apresenta a seguinte distribuio por categorias profissionais:
Tcnicos Mdios 6
Assistentes Tcnicos 18
Operrios, Auxiliares Administrativos e Agentes de Servio 29
Pessoal auxiliar 32
Foram afectas ao Gabinete do Administrador 2 viaturas e 2 motorizadas, uma para o Chefe
do Posto de Tica e outra para o Sector de Cadastro. Ao nvel da Administrao foi instalado
um computador, uma Secretria e feitas pequenas obras no Edifcio. Foi, tambm, instalado
na Administrao um posto de comunicao via rdio.
O sistema de governao vigente baseado no Conselho Executivo. Em resultado da
aprovao das Leis 6/78 e 7/78, este substituiu a Cmara Municipal local que era dirigida
pelo Administrador do Distrito, por acumulao de funes, por fora do artigo 491 da
Reforma Administrativa Ultramarina (RAU).
O Conselho Executivo local um rgo distinto do Aparelho do Estado no escalo
correspondente, com as seguintes funes:
Dirigir as tarefas polticas do Estado, bem como as de carcter econmico, social e
cultural.
Dirigir, coordenar e controlar o funcionamento dos rgos do Aparelho do Estado.
O Conselho Executivo dirigido por um Presidente, que geralmente por acumulao de
funes o Administrador do Distrito, o qual nomeado pelo Ministro da Administrao
Estatal.
Ao nvel do distrito o Aparelho do Estado constitudo pela Administrao do Distrito e
restantes direces e sectores distritais. O Administrador por sua vez responde perante o
Governo Provincial e Central, pelos vrios sectores de actividades do Distrito organizados
em Direces e Sectores Distritais.
A governao tem por base os Presidentes das Localidades, Autoridades Comunitrias e
Tradicionais. Os Presidentes das Localidades so representantes da Administrao e
subordinam-se ao Chefe do Posto Administrativo e, consequentemente, ao Administrador
Distrital, sendo coadjuvados pelos Chefes de Aldeias, Secretrios de Bairros, Chefes de
Quarteires e Chefes de Blocos.
As instituies do distrito operam com base nas normas de funcionamento
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Nhamatanda
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PGINA 16
dos servios da Administrao Pblica, aprovadas pelo Decreto 30/2001 de 15 de Outubro,
do Conselho de Ministros, publicado no Boletim da repblica n 41, I Srie, Suplemento.
A actividade do governo distrital segue uma abordagem essencialmente emprica e de
contacto com a comunidade. Importa que esta prtica venha a ser sistematizada em sistemas
de planificao e controlo regulares e fiveis, bem como seja baseada numa viso estratgica
que oriente o planeamento anual e faa convergir de forma eficaz os esforos sectoriais.
555...222 RRReeefffooorrrmmmaaa dddooo ssseeeccctttooorrr pppbbbllliiicccooo
O Decreto 30/2001 de 15 de Outubro, sobre a Reforma do Sector Pblico, est a ser
implementado no distrito. Com efeito, este instrumento foi objecto de estudo pelos
funcionrios do Estado, de modo a garantir a sua correcta implementao pelos sectores.
Neste sentido, foram j emitidos crachs de identificao para os funcionrios da
Administrao do Distrito e das Direces do Governo Distrital, e todas as instituies do
estado possuem caixas e livros de Reclamaes e Sugestes.
De acordo com o Governo Distrital tm sido cumpridos os prazos de tramitao dos
documentos, existe pessoal devidamente capacitado para atendimento ao pblico, tm sido
realizadas reunies de estudo colectivo dos Decretos e promovidos mini-cursos para os
funcionrios afectos at ao nvel de Localidade, sobre o funcionamento do Sector Pblico.
No mbito da expanso da aco governativa, foram introduzidas, por iniciativa do
Governo do Distrito, mais 5 Localidades nas zonas mais distantes e, por consequncia,
quase abandonadas, tendo sido afectos membros do Governo em cada uma dessas
localidades para prestao de assistncia.
Foi criado um gabinete ao nvel do rs-do-cho do edifcio da administrao para facilitar o
atendimento aos deficientes.
555...333 SSSnnnttteeessseee dddooosss rrreeesssuuullltttaaadddooosss dddaaa aaaccctttiiivvviiidddaaadddeee dddooosss rrrgggooosss dddiiissstttrrriiitttaaaiiisss
Nesta seco, sem pretender ser exaustivo e transcrever o rol de funes oficiais dos
Governos Distritais aprovadas e publicadas oficialmente, focam-se as principais actividades
de interveno pblica directa que contribuem para o desenvolvimento do distrito.
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Nhamatanda
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PGINA 17
5.3.1 Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento Rural
Dos 401 mil hectares da superfcie do distrito, estima-se 3 em 200 mil hectares o potencial
de terra arvel apta para a agricultura do distrito de Nhamatanda, dos quais s 22 mil so
explorados pelo sector familiar (5% do distrito).
Nhamatanda possui uma densidade populacional moderada e, devido ao reassentamento das
populaes, tm surgido alguns problemas relacionados com a ocupao de terras, gerando
alguns conflitos sobre a sua posse. A transmisso da posse de terra principalmente
determinada pelos usuais laos de parentesco.
De um modo geral, a agricultura no distrito praticada em regime de consociao de
culturas com base em variedades locais e, em algumas regies, com o recurso traco
animal e tractores.
O incio do sculo foi marcado por um cenrio de estiagem e seca caracterizado por chuvas
irregulares e abaixo do normal, que criaram uma situao de insegurana alimentar, exigindo
do Governo Distrital iniciativas enrgicas de mitigao.
No mbito da introduo de tecnologias melhoradas foram construdos durante o perodo
em anlise 10 celeiros melhorados, introduzidas raas melhoradas de caprinos (Bode Boer),
realizado fomento pecurio, distribudas 102 bombas pedestais, reabilitadas aero-bombas,
introduzidas culturas resistentes seca, adquiridas e distribudas fruteiras (ananaseiros,
abacateiros, litcheiras, laranjeiras e limoeiros).
Para incrementar o rendimento da populao tem-se mobilizado e sensibilizado e ensinado
os camponeses a usarem sementes melhoradas, tendo para o efeito sido montados Campos
de Demonstrao de Resultados (CDRs) e campos ON-FARM-FFS (machambas escala).
O Governo do distrito tem levado a cabo aces de sensibilizao e mobilizao das
populaes para se retirarem das zonas susceptveis s cheias e seca.
As famlias so aconselhadas a potenciar as zonas baixas para a prtica de culturas
resistentes seca, nomeadamente, batata-doce, mandioca, mapira, mexoeira, ananaseiros e
melo, e a construir as suas habitaes nas zonas altas, como forma de se prevenirem em
caso de cheias. So tambm incentivadas a fazer plantaes de quebra-ventos.
3 Conforme JVA Cenacarta-IGN France International, Estatsticas de Uso e Cobertura da Terra, Nov. 1999 (escala 1:250,000)
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Nhamatanda
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PGINA 18
5.3.2 Educao e Sade
O investimento no sector tem estado a crescer, elevando para 63 o nmero de escolas do
distrito de Nhamatanda em 2003 (53 do ensino primrio nvel 1, 9 do nvel 2 e uma do
ensino secundrio geral), que so frequentadas por cerca de 36 mil estudantes ensinados por
375 professores.
O nmero de centros de alfabetizao de adultos cresceu para 99, com cerca de 11 mil
alfabetizandos e 390 alfabetizadores.
O distrito est dotado de 1 Hospital Rural, 10 do nvel II/III e 6 Postos de sade, com um
total de 179 camas e 78 tcnicos e assistentes de sade.
O crescimento da rede escolar e de sade desde 2000 e a melhoria do atendimento do
pessoal tm permitido aumentar o acesso da populao aos servios do Sistema Nacional de
Educao e da Sade que, porm, est ainda a um nvel bastante insuficiente.
5.3.3 Cultura, Juventude e Desporto
Na rea da cultura existem vrios grupos que praticam diverso tipo de danas e cnticos
tpicos de toda a regio.
No concernente juventude, destaca-se a existncia de grupos activistas e associaes
juvenis que de dedicam a motivar boas prticas entre os seus concidados.
Este sector desenvolve as seguintes actividades:
Realizao de cursos de habilidades para a vida, no mbito do programa Meu
futuro Minha Escolha, dirigido a adolescentes e jovens dos 12 aos 15 anos,
assistidos por 25 educadores de pares, em todas as localidades;
Promoo do campeonato distrital de futebol de 11 com a participao de 9 equipas;
Realizao de sesses culturais alusivas a datas comemorativas, com a participao
de grupos culturais e desportivos;
Reabilitao do Gabinete do programa Meu Futuro Minha Escolha;
Realizao de Assembleias Distritais de futebol feminino e masculino com o
objectivo de promover a modalidade.
5.3.4 Mulher e Coordenao da Aco Social
Nesta rea o Governo Distrital tem promovido a integrao e assistncia social a pessoas,
famlias e grupos sociais em situao de pobreza absoluta, dando
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Nhamatanda
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PGINA 19
prioridade criana rf, mulher viva, idosos e deficientes, doentes crnicos e portadores
do HIV-SIDA, reclusos, txico-dependentes, regressados e refugiados.
TABELA 7: Programas de aco social, 2000-2003 Tipo de Programa
Crianas atendidas 6.445 Idosos atendidos 348 Deficientes atendidos 428 Mulheres atendidas 40 TOTAL 7.261
Fonte: Direco Distrital da Mulher e Coordenao da Aco Social
A aco nesta rea tem sido coordenada com as organizaes no governamentais,
associaes e sociedade civil, promovendo a criao de igualdade de oportunidades e de
direitos entre homem e mulher em todos aspectos de vida social e econmica, bem como a
integrao no mercado de trabalho, processos de gerao de rendimentos e vida escolar.
Em particular, este sector tem vindo a desenvolver as seguintes actividades:
Construo de 1 Centro de promoo da mulher, com financiamento da Save the
Children;
Reabilitao do parque infantil, com financiamento da Save the Children;
Est em curso a construo de 5 casas para pessoas carentes (vivas) financiada pela
Save the Children;
Formao e assistncia aos 126 activistas comunitrios nas localidades da Vila Sede,
Tica, Metuchira, Nharuchonga, Siluvo, Nhampoca, Matenga, Ermoc, Bebedo e
Lamego.
Assistncia a 949 pessoas vulnerveis, atravs de programas de subsdio de
alimentos, benefcio social pelo trabalho e rede de segurana alimentar, com apoio
do INAS e PMA;
Registo de nascimento de pessoas vulnerveis;
Inaugurao do projecto de criao de frangos na ADPP-Ajuda criana em
Lamego;
Assistncia a 22 famlias chefiadas por crianas rfs, cujos pais foram vtimas da
SIDA;
Distribuio de 3 bicicletas para igual nmero de activistas em Nhampoca, Bebedo e
Metuchira, com financiamento da Handicap.
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PGINA 20
Apesar dos esforos desenvolvidos, so ainda bem patentes no distrito os efeitos da
pobreza, calamidades naturais e da guerra que assolou
Moambique nas ltimas dcadas.
5.3.5 Justia, Ordem e Segurana pblica
Registo e Notariado
Realizao de vrios actos de registo e notariado;
Atendimento a indigentes;
Criao de 12 tribunais Comunitrios a nvel distrital;
PRM
A PRM tem controlado e registado diversos casos de delitos comuns, entre esclarecidos e
no esclarecidos.
Polcia de Trnsito
Esta corporao tem controlado e registado diversos tipos de acidentes de viao. Tem
efectuado trabalhos de rotina nas vias pblicas, dentre os quais se inclui a mobilizao dos
utilizadores das vias pblicas, tendo em vista a reduo dos acidentes de viao.
DIC
Esta especialidade tem cumprido com zelo o seu trabalho de emisso de Bilhetes de
Identidade, deslocando-se s zonas recnditas do distrito, apesar da falta de material e de
transporte que se tem verificado desde 2003.
555...444 DDDeeesssmmmiiinnnaaagggeeemmm
As minas constituem ou constituram, em algumas zonas identificadas, uma ameaa
segurana da populao e ao desenvolvimento econmico. A aco de desminagem em
curso no pas desde 1992, tem permitido diminuir o seu risco, sendo hoje a situao
existente no pas e neste distrito mais controlada e conhecida.
555...555 FFFiiinnnaaannnaaasss PPPbbbllliiicccaaasss
A Administrao do Distrito, sem incluso das instituies subordinadas e unidades sociais,
funcionou nos ltimos anos com os seguintes nveis de receitas e despesas anuais.
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Nhamatanda
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PGINA 21
FIGURA 4: Estrutura do oramento distrital, 2004
Fonte: Administrao do Distrito e Direco Provincial do Plano e Finanas O nvel de receita manifestamente insuficiente ao cabal exerccio das funes distritais. A
despesa corrente do oramento distrital em 2004 foi de 30 contos por habitante, isto ,
cerca de 1 USD. Do lado da despesa, os gastos com pessoal absorvem mais de metade do
oramento corrente do distrito e, excepo das cobranas de mercados e algumas receitas
de servios, turismo e urbanismo, o esforo fiscal distrital muito baixo.
Quanto ao investimento com financiamento de base distrital, o seu montante pequeno,
sendo quase todas as aces de investimento pblico planificadas e oramentadas ao nvel
provincial, funcionando os principais sectores sociais com finanas geridas a este nvel.
governao distrital compete essencialmente a gesto corrente, fraccionada pela disperso
oramental dos principais sectores sociais e de infra-estruturas, o que condiciona fortemente
a sua actuao num esforo coordenado de desenvolvimento e integrao.
555...666 CCCooonnnssstttrrraaannngggiiimmmeeennntttooosss aaacccooo dddooo GGGooovvveeerrrnnnooo DDDiiissstttrrriiitttaaalll
Face situao financeira descrita, o Governo Distrital tem enfrentado vrios
constrangimentos sua aco, de que se destacam os seguintes:
No alocao de fundos de investimentos para manuteno das vias de acesso;
Falta de fundos de investimento para manuteno dos PS de gua e dos furos;
Falta de infra-estruturas de educao e sade para a populao do distrito;
Falta de viaturas para a Administrao e de motorizadas para os Chefes dos PAs; e
Ausncia de um programa de construes para atender o crescimento do estado.
Estrutura da Receita, 2004
1% 6% 4%
89%
Imposto de Reconst ruo Nacional T axas e licenas de Mercados
Out ras receitas e t axas Subsdio do O.E.
Estrutura da Despesa
55%
16%
17%
12%
Despesas com pessoal Combust veis e comunicaes
Manuteno Outros gastos materiais
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Nhamatanda
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PGINA 22
Face s restries oramentais existentes, tem sido essencial para a prossecuo da
actividade do Governo Distrital e para o progresso do distrito, o envolvimento consciente e
participao comunitria, e o apoio do sector privado e de vrios organismos internacionais
que operam neste distrito.
555...777 PPPaaarrrtttiiiccciiipppaaaooo cccooommmuuunnniiitttrrriiiaaa
A participao comunitria tem sido essencial para suprir vrias necessidades em matria de
construo, reabilitao e manuteno de infra-estruturas, nomeadamente estradas
interiores, postos de sade e escolas, bem como residncias para professores e enfermeiros.
Para tal, o Governo Distrital tem estabelecido coordenao de aces com as ONGs,
visando levar a efeito a reconstruo e construo de infra-estruturas com base em recursos
locais e nos programas comida pelo trabalho financiados pelo PMA.
555...888 AAApppoooiiiooo eeexxxttteeerrrnnnooo
Na sua actuao, o Governo Distrital tem tido apoio de vrios organismos de cooperao,
que promovem programas sociais de assistncia, proteco do ambiente e desenvolvimento
rural, que desempenham um papel activo e importante no apoio reconstruo e
desenvolvimento locais.
Em parceria e coordenao com o Governo Distrital funcionam no distrito as seguintes
ONGs: Terre des Hommes, Fundao Contra a Fome (FCF), CCD-Itlia, ADPP,
UNICEF, GTZ-PEB e JESUS ALIVE.
Operam no distrito a Aco Agrria Alem (AAA), no sector da segurana alimentar, a Cruz
Vermelha de Moambique (CVM), na educao cvica, a Co-operative for American Relief
Everywhere (CARE) no sector do crdito, o Collegio Universitario di Aspiranti a Medici
Missionari (CUAMM) com actividades nos sectores da sade e da assistncia de emergncia,
a Fundao Contra a Fome (FCF) no sector agrcola, a Federao Luterana Mundial (FLM)
desenvolvendo aces no sector da gua e da sade e a IBIS, a trabalhar com refugiados e
no desenvolvimento scio-econmico.
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Nhamatanda
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PGINA 23
666 PPPooosssssseee eee UUUsssooo dddaaa TTTeeerrrrrraaa 444 A informao deste captulo tem por objectivo analisar os traos gerais
que caracterizam a base agrria do distrito, de forma a permitir inferir
sobre eventuais cenrios de interveno que reforcem o sector no
contexto do processo de desenvolvimento distrital.
Apesar das reservas quanto representatividade ao nvel distrital dos dados do CAP, este
captulo permite avaliar os principais factores que fazem deste sector um veculo
privilegiado de interveno no desenvolvimento econmico e social do pas.
Referirmo-nos, entre outros, ao facto de:
Ser a actividade dominante em praticamente todo o distrito;
Esta actividade fazer parte dos hbitos e costumes da populao;
A actividade ser praticada pela maioria dos agregados familiares do distrito;
Constituir a maior fonte de emprego e de rendimento da populao;
As condies naturais permitirem a prtica da actividade.
666...111 PPPooosssssseee dddaaa ttteeerrrrrraaa
Dos 401 mil hectares da superfcie do distrito, estima-se em 200 mil hectares o potencial de
terra arvel apta para a agricultura do distrito de Nhamatanda, dos quais s 22 mil so
explorados pelo sector familiar (5% do distrito).
Nhamatanda possui uma densidade populacional moderada e, devido ao reassentamento das
populaes, tm surgido alguns problemas relacionados com a ocupao de terras, gerando
alguns conflitos sobre a sua posse. A transmisso da posse de terra principalmente
determinada pelos usuais laos de parentesco.
O distrito possui cerca de 33 mil exploraes agrcolas com uma rea mdia de 1.5
hectares. Com um grau de explorao familiar dominante, 45% das exploraes do distrito
tm menos de 1 hectare, apesar de ocuparem somente 17% da rea cultivada.
Este padro desigual da distribuio das reas fica evidente se referirmos que 31% da rea
cultivada pertence a somente 8% das exploraes do distrito.
4 Baseado em trabalho analtico da MTIER, suportado pelos dados do INE do Censo Agro-pecurio de 1999-2000. Apesar de se
tratar de extrapolao s a partir duma amostra cuja representatividade ao nvel distrital baixa, considera-se que do ponto de vista
da anlise da estrutura de uso e explorao da terra - os seus resultados so um bom retrato das caractersticas essenciais do distrito.
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Nhamatanda
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PGINA 24
Na sua maioria os terrenos no esto titulados e, quando explorados em regime familiar,
tm como responsvel, em quase 80% dos casos, o homem da famlia.
FIGURA 5: Estrutura de base da explorao agrria da terra
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
< 1/2ha
1/2 ha -1 ha
1 ha - 2ha
2 ha - 3ha
3 ha - 4ha
4 ha - 5ha
5 ha -10 ha
10 ha -100 ha
100ha
Area (ha) cultivadaNmero de Exploraes
Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatstica, Censo agro-pecurio, 1999-2000
No que respeita posse da terra, quase 90% das 62 mil parcelas em que esto divididas as
exploraes so tradicionalmente pertena das famlias da regio, sendo transmitidas por
herana aos filhos, ou esto em regime de aluguer ou de concesso do estado a particulares
e empresas privadas. As autoridades tradicionais e oficiais detm 12% das parcelas agrcolas.
666...222 TTTrrraaabbbaaalllhhhooo aaagggrrrcccooolllaaa A estrutura de explorao agrcola do distrito reflecte a base alargada da economia familiar,
constatando-se que 85% das exploraes so cultivadas por famlias com 3 ou mais pessoas
que trabalham a terra. Estas exploraes esto divididas em cerca de 62 mil parcelas, 57%
com menos de meio hectare e exploradas em 53% dos casos por mulheres. De reter que, do
total de agricultores, 36% so crianas menores de 10 anos de idade, de ambos os sexos.
Aconselha-se, pois, que mais do que os seus valores absolutos, este captulo seja analisado tendo em vista absorver os principais
aspectos estruturais da actividade agrria.
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Nhamatanda
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PGINA 25
666...333 UUUtttiiillliiizzzaaaooo eeecccooonnnmmmiiicccaaa dddooo sssooolllooo
6.3.1 Agricultura A maioria da terra explorada em regime de consociao de culturas alimentares,
nomeadamente o milho, mandioca, feijo nhemba, amendoim e batata-doce.
FIGURA 6: Exploraes e rea, por culturas alimentar principal
2.388
344
3.674
558
19.700
3.100
8.634
1.478
32.366
28.932
13.424
5.8911.108
244
8.647
5.015 1.469
2590
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
Amendoim BatataDoce
Feijo Mandioca Milho Mapira Mexoeira Arroz Cana-de-aucar
N Exploraes rea (ha)
Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatstica, Censo agro-pecurio, 1999-2000
Para alm das culturas alimentares e de rendimento, o distrito tem um aprecivel nmero de
fruteiras e cajueiros.
6.3.2 Pecuria e Avicultura No distrito existem cerca de 10 mil criadores de pecuria e mais de 30 mil de avicultura, a
maior parte em regime familiar. Os dados disponveis apontam para uma estrutura de
produo relativamente mercantilizada, em que o nvel de vendas varia de 13% nos caprinos
a 80% nos sunos, constituindo uma fonte de rendimento familiar importante.
6.3.3 Produo no agrcola
Constitui igualmente uma fonte importante de rendimento familiar. Deriva, essencialmente,
da venda de madeira, lenha, canio e carvo, bem como da actividade de caa, pesqueira e
artesanal, efectuado por um conjunto de centenas de exploraes familiares.
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PGINA 26
777 EEEddduuucccaaaooo Cerca de 71% da populao do distrito analfabeta e somente 33% das
pessoas com 5 ou mais anos de idade, predominantemente homens,
frequentam ou j frequentaram o nvel primrio do ensino.
TABELA 8: Populao5, por condio de frequncia escolar
P O P U L A O Q U E:
FREQUENTA FREQUENTOU NUNCA FREQUENTOU Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
DISTRITO DE NHAMATANDA 11.8% 7.8% 3.9% 21.3% 15.6% 5.7% 67.0% 24.9% 42.1%P.A. de NHAMATANDA 12.3% 8.2% 4.1% 21.6% 15.5% 6.0% 66.2% 24.5% 41.7%P.A. de TICA 11.0% 7.3% 3.7% 20.8% 15.7% 5.1% 68.2% 25.5% 42.7%Fonte: Instituto Nacional de Estatstica, Dados do Censo de 1997.
A maior taxa de adeso escolar verifica-se no grupo etrio dos 10 a 14 anos, onde 40% das
crianas frequenta a escola, seguido do grupo de 5 a 9 anos, o que reflecte a entrada tardia
na escola. A maioria dos estudantes so rapazes a frequentar o ensino primrio, dada a
insuficiente ou inexistente rede escolar dos restantes nveis de ensino no distrito.
FIGURA 7: Populao6, por nvel de ensino que frequenta
88% 1%
11%
0%
20%
40%
60%
80%
100%Primrio
Outro nvel escolarNenhum nvel
Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatstica, Dados do Censo de 1997.
5 Com 5 ou mais anos de idade. 6 Com 5 ou mais anos de idade.
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Nhamatanda
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PGINA 27
TABELA 9: Populao7, por nvel de ensino que frequenta NIVEL DE ENSINO QUE FREQUENTA Nenhum
Total Alfab. Primrio Secund. Tcnico C.F.P. Superior nvel DISTRITO DE NHAMATANDA 11.8% 0.1% 11.0% 0.5% 0.1% 0.1% 0.0% 88.2%5 - 9 anos 14.6% 0.0% 14.6% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 85.4%10 - 14 anos 38.6% 0.0% 38.5% 0.1% 0.0% 0.0% 0.0% 61.4%15 - 19 anos 19.7% 0.1% 17.1% 2.2% 0.3% 0.0% 0.0% 80.3%20 - 24 anos 4.6% 0.1% 2.5% 1.4% 0.2% 0.4% 0.0% 95.4%25 e + anos 1.0% 0.1% 0.7% 0.2% 0.0% 0.1% 0.0% 99.0%HOMENS 16.2% 0.1% 15.0% 0.8% 0.1% 0.1% 0.0% 83.8%MULHERES 7.6% 0.1% 7.3% 0.2% 0.0% 0.0% 0.0% 92.4%
Fonte: Instituto Nacional de Estatstica, Dados do Censo de 1997.
Do total de populao com mais de 5 anos de idade, verifica-se que somente 13%
concluram algum nvel de ensino. Destes, 92% completaram somente o ensino primrio e
6% o 1 grau do secundrio.
TABELA 10: Populao8, por nvel de ensino concludo NIVEL DE ENSINO CONCLUIDO
TOTAL Alfab. Primrio Secund. Tcnico C.F.P. Superior Nenhum
DISTRITO DE NHAMATANDA 12.6% 0.2% 11.5% 0.7% 0.1% 0.1% 0.0% 87.4%
5 - 9 anos 1.0% 0.0% 1.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 99.0%10 - 14 anos 7.3% 0.0% 7.3% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 92.7%15 - 19 anos 20.5% 0.1% 19.7% 0.6% 0.0% 0.0% 0.0% 79.5%20 - 24 anos 23.9% 0.2% 21.8% 1.7% 0.2% 0.1% 0.0% 76.1%25 e + anos 13.9% 0.4% 12.2% 1.0% 0.1% 0.1% 0.0% 86.1%HOMENS 20.3% 0.3% 18.4% 1.3% 0.2% 0.1% 0.0% 79.7%
MULHERES 5.4% 0.1% 5.1% 0.2% 0.0% 0.0% 0.0% 94.6% Fonte: Instituto Nacional de Estatstica, Dados do Censo de 1997.
A situao global descrita reflecte, para alm de factores socio-econmicos, o facto de a
rede escolar existente e o efectivo de professores, apesar de terem vindo a crescer, serem
insuficientes, o que agravado por taxas de aproveitamento baixas em algumas localidades.
TABELA 11: Escolas, alunos e professores, 2003 NVEIS DE ENSINO N. de N. de Alunos N. de Professores
Escolas M HM M HM TOTAL DO DISTRITO 162 21.021 46.325 171 765
EP1 53 13.974 31.054 59 293EP2 9 857 3.429 11 57ESG I 1 281 1.099 3 25AEA 99 5.909 10.743 98 390Fonte: Administrao do Distrito e Direco Provincial da Educao EP1 - 1 a 5 anos; EP2 - 6 e 7 anos; ESG I - 8 a 10 Anos.
7 Com 5 ou mais anos de idade. 8 Com 5 ou mais anos de idade.
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Nhamatanda
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PGINA 28
888 SSSaaadddeee eee AAAcccooo SSSoooccciiiaaalll
888...111 CCCuuuiiidddaaadddooosss dddeee sssaaadddeee eee qqquuuaaadddrrrooo eeepppiiidddmmmiiicccooo
A rede de sade do distrito, apesar de estar a evoluir a bom
ritmo, insuficiente, evidenciando os seguintes ndices de
cobertura mdia:
Uma unidade sanitria por cada 10 mil pessoas;
Uma cama por mil habitantes; e
Um profissional tcnico para cada 2.200 residentes no distrito.
TABELA 12: Unidades de sade, camas e pessoal, 2003
Unidades, Camas e Tipo de Unidades Sanitrias Pessoal existente Pessoal existente, por Total de Hospital Centro de Postos de por sexo Posto Administrativo Unidades Rural Sade II/III Sade HM H M
TOTAL DO DISTRITO N de Unidades 17 1 10 6 N de Camas 179 128 43 8 Pessoal Total 102 52 38 12 102 47 55 - Licenciados 1 1 0 0 1 1 0
- Nvel Mdio 22 16 6 0 22 14 8 - Nvel Bsico 36 17 13 6 36 10 26 - Nvel Elementar 19 3 10 6 19 11 8 - Pessoal de apoio 24 15 9 0 24 13 11
Fonte: Administrao do Distrito e Direco Provincial da Sade
A Direco Distrital de Sade distribui regularmente por cada Centro de Sade Kits A e B
e pelos Postos de Sade Kits B. A tabela seguinte apresenta, para o ano de 2003, a
posio de alguns indicadores que caracterizam o grau de acesso e de cobertura dos servios
do Sistema Nacional de Sade.
TABELA 13: Indicadores de cuidados de sade, 2003 Indicadores
Taxa de ocupao de camas 59,7%Partos 4.000Vacinao 87.608Sade materno-infantil 102.277Consultas externas 201.049Taxa de mortalidade hospitalar 4,1%Taxa de baixo peso nascena 10,9%Taxa de mau crescimento 9,4%Fonte: Administrao do Distrito e Direco Provincial da Sade
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Nhamatanda
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PGINA 29
O quadro epidmico do distrito dominado pela malria, diarreia e DTS e SIDA que, no
seu conjunto, representam quase a totalidade dos casos de doenas notificados no distrito.
FIGURA 8: Quadro epidmico, 2003
Diarreia eDesinteria
Clera Malria Tuberculose DTS HIV/SIDA
4.293 53
27.003
163 4.994 39
Fonte: Administrao do Distrito e Direco Provincial da Sade
TABELA 14: Quadro epidmico, 2003 Casos notificados
Diarreia e Disenteria 4.293Clera 53Malria 27.003Tuberculose 163DTS 4.994HIV/SIDA 39Fonte: Administrao do Distrito e Direco Provincial da Sade
Os recursos financeiros correntes para o sector so insuficientes, representando uma
despesa anual mdia, em 2003, de 16 contos por habitante.
888...222 AAAcccooo SSSoooccciiiaaalll
A integrao e assistncia social a pessoas, famlias e grupos sociais em situao de pobreza
absoluta, d prioridade criana rf, mulher viva, idosos e deficientes, doentes crnicos e
portadores do HIV-SIDA, txico-dependentes e regressados.
No distrito existem, segundo os dados do Censo de 1997, cerca de 5 mil rfos (dos quais
30% de pai e me) e cerca de 3 mil deficientes (59% com debilidade fsica, 6% com doenas
mentais e 35% com ambos os tipos de doena).
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Nhamatanda
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PGINA 30
TABELA 15: Populao, por condio de orfandade, 1997 DISTRITO DE NHAMATANDA 4,677
Homens 2,172Mulheres 2,5055 - 9 anos 112810 - 14 anos 141215 - 19 anos 2137P.A. de NHAMATANDA 2,718
P.A. de TICA 1,959
Fonte: Instituto Nacional de Estatstica, Dados do Censo de 1997.
TABELA 16: Populao deficiente, por idade e residncia, 1997 Posto administrativo e Idade TOTAL Fsica Mental Ambas
DISTRITO DE NHAMATANDA 3311 1944 201 1166 0 - 14 567 259 56 252 15 - 44 1900 987 105 808 45 e mais 844 698 40 106 P.A. de NHAMATANDA 1835 1137 115 583
P.A. de TICA 1476 807 86 583
Fonte: Instituto Nacional de Estatstica, Dados do Censo de 1997.
Desde o ano 2000, foram reunificadas com as suas famlias cerca de 6.500 crianas perdidas
e rfs e em situao difcil, foram identificadas beneficiando de apoios 40 mulheres e 348
idosos, e foram assistidas 428 pessoas portadoras de deficincia.
TABELA 17: Programas de aco social, 2000-2003 Tipo de Programa
Crianas atendidas 6.445 Idosos atendidos 348 Deficientes atendidos 428 Mulheres atendidas 40 TOTAL 7.261
Fonte: Direco Distrital da Mulher e Coordenao da Aco Social A aco social no distrito tem sido coordenada com as organizaes no governamentais,
associaes e sociedade civil, promovendo a criao de igualdade de oportunidades e de
direitos entre homem e mulher em todos aspectos de vida social e econmica, bem como a
integrao no mercado de trabalho, processos de gerao de rendimentos e vida escolar.
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Nhamatanda
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PGINA 31
999 GGGnnneeerrrooo O distrito de Nhamatanda tem uma populao estimada de 172 mil habitantes - 89 mil do
sexo feminino - sendo 12% das famlias do tipo monoparental chefiados por mulheres.
999...111 EEEddduuucccaaaooo
Tendo por lngua materna dominante o Cindau, s 21% das mulheres tem conhecimento da
lngua portuguesa. A taxa de analfabetismo na populao feminina de 85%, sendo de 56%
no caso dos homens.
Das mulheres do distrito com mais de 5 anos, 81% nunca frequentaram a escola e somente
5% concluram o ensino primrio.
A maior taxa de adeso escolar verifica-se no grupo etrio dos 10 a 14 anos, onde 25% das
crianas do sexo feminino frequenta a escola, o que reflecte a entrada tardia na escola da
maioria das crianas rurais, sobretudo meninas.
FIGURA 9: Indicadores de escolaridade, por sexos
51%
51%
52%
56%
18%
26%
81%
85%
5%
21%
Taxa de analfabetismo
Conhecimento de portugus
Sem frequncia escolarEnsino primrio concludo
Cobertura escolar (10 a 14 anos)
HomensMulheres
Fonte: Instituto Nacional de Estatstica, Dados do Censo de 1997.
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Nhamatanda
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PGINA 32
999...222 AAAccctttiiivvviiidddaaadddeee eeecccooonnnmmmiiicccaaa eee eeexxxppplllooorrraaaooo dddaaa ttteeerrrrrraaa
De um total de 89 mil mulheres, 51 mil esto em idade de trabalho (15 a 64 anos).
Excluindo as que procuram emprego pela 1 vez, a populao activa feminina de 27 mil
pessoas, o que reflecte uma taxa implcita de desemprego de 47% (37% nos homens).
As 33 mil exploraes esto divididas em cerca de 62 mil parcelas, metade das quais com
menos de meio hectare, e exploradas em mais de metade dos casos por mulheres. De reter
que, 36% do total de agricultores so crianas menores de 10 anos de idade, de ambos os
sexos, metade dos quais so raparigas.
FIGURA 10: Quota das mulheres no trabalho agrcola e remunerado
80%
20%
47%53%
95%
5%
50% 50%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Responsvel pelasexploraes
Trabalhadoresagrcolas
% de assalariados % de agricultorescom menos de 10
anos de idade
HomensMulheres
Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatstica, Censo agro-pecurio, 1999-2000
A distribuio das mulheres activas residentes no distrito do Bilene de acordo com a
posio no processo de trabalho e o sector de actividade a seguinte:
Cerca de 94% so trabalhadoras agrcolas, familiares ou por conta prpria; e
6% so vendedoras ou empregadas do sector comercial formal e informal.
Nos sectores da educao e da sade a situao de emprego da mulher igualmente
deficitria. Efectivamente, s 22% dos professores e 54% dos tcnicos de sade do distrito
so profissionais femininas.
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Nhamatanda
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PGINA 33
999...333 GGGooovvveeerrrnnnaaaooo
Ao nvel do distrito tem-se privilegiado a coordenao
das aces de algumas organizaes no governamentais,
associaes e sociedade civil, promovendo a criao de
igualdade de oportunidades e direitos entre sexos em
todos aspectos de vida social e econmica, e a integrao
da mulher no mercado de trabalho, processos de gerao
de rendimentos e vida escolar.
Esta coordenao recorre a mecanismos de troca de informao, dilogo e concertao da
aco, evitando a sobreposio de actividades e racionalizando recursos de forma a
melhorar a eficcia e eficincia das aces governamentais e das iniciativas da comunidade e
do sector privado.
Ao nvel do Governo Distrital, dos 85 funcionrios existentes s 5 so senhoras, em geral
em posies inferiores da carreira administrativa.
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Nhamatanda
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PGINA 34
111000 AAAccctttiiivvviiidddaaadddeee EEEcccooonnnmmmiiicccaaa
111000...111 PPPooopppuuulllaaaooo eeecccooonnnooommmiiicccaaammmeeennnttteee aaaccctttiiivvvaaa
A estrutura etria do distrito de Nhamatanda reflecte uma relao de dependncia
econmica aproximada de 1:1.2, isto , por cada 10 crianas ou ancies existem 12 pessoas
em idade activa.
De um total de 172 mil habitantes, 56 mil esto em idade de trabalho (15 a 64 anos).
Excluindo os que procuram emprego pela primeira vez, a populao economicamente activa
de 43 mil pessoas, o que reflecte uma taxa implcita de desemprego de 43%.
Destes, 92% so trabalhadores familiares ou por conta prpria, e na sua maioria mulheres.
A percentagem de assalariados somente de 8% da populao activa e, de forma inversa,
dominada por homens (as mulheres representam apenas 5% do total de assalariados).
A distribuio segundo a posio no processo de trabalho e o ramo de actividade reflecte,
naturalmente, a actividade dominante agrria do distrito, que ocupa 82% da mo-de-obra.
Os sectores secundrio e tercirio ocupam, respectivamente, 4% e 14% da populao activa,
sendo dominados pela actividade de comrcio formal e informal, onde trabalham cerca de
10% do total de pessoas activas e 5% das mulheres activas do distrito.
FIGURA 11: Populao activa9, por ramo de actividade, 2005
Fonte: Instituto Nacional de Estatstica, Dados do Censo de 1997.
9 Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
82%
4%
14%
Agricultura, silvicultura e pesca Indstria, energia e construo
Comrcio, Transportes e Servios
8%
62%
30%
Assalariados Por conta prpria Trabalhadores familiares
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Nhamatanda
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TABELA 18: Populao activa10, por ramo de actividade, 2005 POSIO NO PROCESSO DE TRABALHO
Assalariados Sector Trabalhador EmpresrioSECTORES DE ACTIVIDADE
TOTAL Total Estado Empresas Coop.
Por conta
prpria familiar Patro DISTRITO DE NHAMATANDA 55,948 8.4% 2.8% 5.6% 0.2% 61.5% 29.6% 0.4%
- Homens 28,919 7.9% 2.6% 5.3% 0.1% 30.7% 12.6% 0.4% - Mulheres 27,029 0.5% 0.2% 0.3% 0.1% 30.8% 17.0% 0.0%Agricultura, silvicultura e pesca 45,808 1.7% 0.3% 1.4% 0.1% 53.3% 26.6% 0.2%
Indstria, energia e construo 2,443 1.6% 0.3% 1.3% 0.0% 2.0% 0.7% 0.1%
Comrcio, Transportes e Servios 7,696 5.1% 2.1% 2.9% 0.1% 6.2% 2.3% 0.1%
Fonte: Instituto Nacional de Estatstica, Dados do Censo de 1997.
111000...222 OOOrrraaammmeeennntttooo fffaaammmiiillliiiaaarrr O distrito tem um ndice de Incidncia da Pobreza 11 estimado em cerca de 45% no ano de
200312. Com um nvel mdio mensal de receitas familiares de 48% em espcie, derivados do
autoconsumo e da renda imputada pela posse de habitao prpria, a populao do distrito
apresenta um padro de consumo concentrado nos produtos alimentares (55%) e nos
servios de habitao, gua, energia e combustveis (22%).
FIGURA 12: Consumo das famlias, por grupo de produtos e servios
55%
22%
7%
6%7% 3%
Produtos Alimentares (*)Habitao, Servios, Transportes e Comunicaes (*)Material de construo e MobilirioVesturio e CaladoLazer, Bebidas Alcolicas, Restaurantes e Bares Educao, Sade e outros servios
(*) Inclui o autoconsumo da produo agrcola e a imputao da renda por posse de habitao prpria Fonte: Instituto Nacional de Estatstica, IAF - 2002/03. 10 Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez. 11 O ndice de Incidncia da Pobreza (povery headcount ndex) a proporo da populao cujo consumo per capita est abaixo da linha da pobreza. 12 Estimativa da MTIER, a partir de dados do Relatrio sobre Pobreza e Bem-Estar em Moambique: 2 Avaliao Nacional (2002-03), DNPO, Gabinete de Estudos do MPF.
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Com varincia significativa, a distribuio da receita familiar est concentrada nas classes
baixas, com quase 55% dos agregados na faixa de rendimentos mensais inferiores a 1.500
contos.
FIGURA 13: Famlias, por intervalos de rendimento mensal
12,2%
27,3%
15,3% 15,2%
9,2% 10,2%
6,0% 4,6%
Com m enosde 500.000
MT
De 500.000 a1.000.000 MT
De 1.000.000a 1.500.000
MT
De 1.500.000a 2.000.000
MT
De 2.000.000a 2.500.000
MT
De 2.500.000a 5.000.000
MT
De 5.000.000a 10.000.000
MT
Com m ais de10.000.000
MT
Fonte: Instituto Nacional de Estatstica, IAF - 2002/03.
111000...333 SSSeeeggguuurrraaannnaaa aaallliiimmmeeennntttaaarrr eee eeessstttrrraaatttgggiiiaaasss dddeee sssooobbbrrreeevvviiivvvnnnccciiiaaa
Este distrito frequentemente alvo de calamidades naturais que afectam
profundamente a vida social e econmica da comunidade.
Estes desastres, associados fraca produtividade agrcola, conduzem . de
acordo com vrios levantamentos efectuados por entidades credveis13 - a
nveis de segurana alimentar de risco, estimando-se em 2,5 meses a mdia
de reservas alimentares por agregado familiar de cereais e mandioca, o que
coloca cerca de 5% da populao do distrito, sobretudo os camponeses de menos posses,
idosos e famlias chefiadas por mulheres, numa situao potencialmente vulnervel.
Efectivamente, dadas as tecnologias primrias utilizadas e, consequentemente, os baixos
rendimentos das culturas, a colheita principal , em geral, insuficiente para cobrir as
necessidades de alimentos bsicos, que s so satisfeitas com a ajuda alimentar, a segunda
colheita, rendimentos no agrcolas ou outros mecanismos de sobrevivncia.
Nos perodos de escassez, as famlias recorrem a uma diversidade de estratgias de
13 Nomeadamente, os Mdicos sem fronteira.
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Nhamatanda
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sobrevivncia que incluem a participao em programas de "comida pelo trabalho", a
recolha de frutos silvestres, a venda de lenha, carvo, estacas, canio, bebidas e a caa.
As famlias com homens activos recorrem ao trabalho remunerado na cidade da Beira e
Chimoio, j que as oportunidades de emprego no distrito so reduzidas, dado que a
economia ter por base, essencialmente, as relaes familiares.
Para atenuar os efeitos desta situao, as autoridades distritais e o MADER lanaram um
plano de aco para reduo do impacto da estiagem incluindo sementes e culturas
resistentes e introduo de tecnologias adequadas ao sector familiar.
Operam no distrito a Aco Agrria Alem (AAA), no sector da segurana alimentar, a Cruz
Vermelha de Moambique (CVM), na educao cvica, a Co-operative for American Relief
Everywhere (CARE) no sector do crdito, o Collegio Universitario di Aspiranti a Medici
Missionari (CUAMM) com actividades nos sectores da sade e da assistncia de emergncia,
a Fundao Contra a Fome (FCF) no sector agrcola, a Federao Luterana Mundial (FLM)
desenvolvendo aces no sector da gua e da sade e a IBIS, a trabalhar com refugiados e
no desenvolvimento scio-econmico.
111000...444 IIInnnfffrrraaa---eeessstttrrruuutttuuurrraaasss dddeee bbbaaassseee
O distrito de Nhamatanda atravessado
pela EN6, que liga as cidades da Beira e
Chimoio, e esta ltima fronteira com o
Zimbabwe.
Esta estrada faz parte do projecto de
desenvolvimento Corredor da Beira, e
foi sempre mantida nesse mbito.
A nica outra via rodoviria reabilitada
no distrito a estrada que liga a sede
plantao da LOMACO, numa extenso
de 12 km. A maioria das estradas est
transitvel. A empresa EMENCO faz a
manuteno de rotina na Estrada 218
que liga Nhamatanda/Metuchira.
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O distrito atravessado pela Linha ferroviria Beira-Machipanda, artria principal do
Corredor da Beira. Em termos de telecomunicaes, possui cinco telefones e sete rdios.
TABELA 19: Rede de Estradas Localizao
Dimenso(km)
Classificao
Transitvel(S/N)
Reabilitada (S/N)
Tecnologia Utilizada
Pngu - Inchope 70 EN 6 sim sim M Tica - Bzi 30 ER sim no - Tica - Nhampoca 30 ER sim no - Nhamatanda - Lomaco 12 NC sim sim M Nhamatanda - Micheu 63 NC sim no - Nhamatanda - Macorococho 68 NC sim no - Nham