Plano de aula aluno

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PROLIT LITERATURA NORTE AMERICANA E BRASILEIRA / TRADUÇÃO DE POESIA (elementos semânticos e formais) Aula 1: Texto 1 (forma 1) Poesia de Augusto de Campos (visual): POEMA DE AUGUSTO DE CAMPOS EM HOMENAGEM AO CENTENÁRIO DE E. E. CUMMINGS EM 1994: "Pérolas para Cummings" Texto 1 (forma 2) Poesia de Augusto de Campos (verbal / organização espacial fragmentada, mas sem outros recursos visuais): Leitura / intertextualidade / interpretação / teoria brasileira da tradução a partir de Augusto de Campos. Material completo para pesquisa no blog: http://eecummingsbioflashes.blogspot.com.br/p/aula-i-de-campos-tradutor.html

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PROLIT – LITERATURA NORTE AMERICANA E BRASILEIRA / TRADUÇÃO

DE POESIA (elementos semânticos e formais)

Aula 1:

Texto 1 (forma 1) – Poesia de Augusto de Campos – (visual):

POEMA DE AUGUSTO DE CAMPOS EM HOMENAGEM AO

CENTENÁRIO DE E. E. CUMMINGS EM 1994:

"Pérolas para Cummings"

Texto 1 (forma 2) – Poesia de Augusto de Campos – (verbal / organização

espacial fragmentada, mas sem outros recursos visuais):

Leitura / intertextualidade / interpretação / teoria brasileira da tradução – a partir

de Augusto de Campos.

Material completo para pesquisa no blog: http://eecummingsbioflashes.blogspot.com.br/p/aula-i-de-campos-tradutor.html

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"Pérolas para Cummings"

quem o tivo

olev o uavi verj o gand

opér o lasp

arap o ocos disponível em: < http://www.gvsu.edu/english/cummings/perolas.htm > Acesso em: 21 Abril

2012.

Breve apresentação do Poeta Augusto de Campos

(release fornecida pelo próprio poeta)

Augusto de Campos, poeta, ensaísta e tradutor, foi um dos criadores da

poesia concreta. Sua obra poética está parcialmente coligida nos livros Viva

Vaia (1979) e Despoesia (1994). Crítico de poesia e de música, participa de

atividades relacionadas com as novas mídias, apresentando seus poemas em

painéis eletrônicos, holografias, projeções em laser, animações

computadorizadas e eventos multidisciplinares. Parte de seu projeto Poesia É

Risco está no site:

http://www.uol.com.br/augustodecampos/audio.htm.

Mais informações no blog:

http://eecummingsbioflashes.blogspot.com.br/p/aula-i-de-campos-tradutor.html

Como vcs lêem o texto?

o que vcs entenderam do texto?

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Para ler e refletir sozinho.

Texto de Augusto de Campos sobre a atitude de recusa do poeta frente à

sociedade e, em alguns casos, aos recursos formais da linguagem:

“Não há concessões. Não há apelações. A poesia requer de nós algum instinto

revolucionário, sem o qual ela não tem sentido. Os textos escolhidos

manifestam, implícita ou explicitamente, formas de desacordo com a sociedade

ou com a vida, capazes – eu suponho – de despertar esse ímpeto

revolucionário nos leitores e fazer com que as suas vivências se enriqueçam

com a sofrida experiência da recusa poética”

CAMPOS, A. Poesia da Recusa. São Paulo; SP, perspectiva, 2006

3 - TEORIA DA TRADUÇÃO

“Sem forma revolucionária não há arte revolucionária”

Maiakóvski

Para ler e refletir sozinho.

a) Concepção da tradução enquanto co-criação, recriação, releitura cultural. O

texto traduzido necessita reproduzir os elementos formais que causam o

estranhamento responsável pela construção de sentido da poesia por parte do

leitor. A tradução literal, preocupada apenas com a correspondência conceitual

semântica dos textos, segundo os autores Augusto, Haroldo e Guilherme de

Almeida, não é totalmente fiel ao texto original, pois, segundo eles, a poesia é,

sim, plano do conteúdo, mas, essencialmente, plano da expressão.

b) Reprodução de trecho de Haroldo de Campos por ocasião da 2 edição do

livro Maiakóvski poemas, traduzido por ele mesmo em colaboração com o

irmão Augusto de Campos e o escritor e tradutor Boris Schnaiderman pela

editora perspectiva:

Ao contrário daqueles tradutores "medianeiros" que consideram impossível a

transposição dos aspectos técnicos da poesia maiakovskiana, sobretudo de

sua intricada tessitura sonora, onde se destacavam a variedade e a mobilidade

do rimário imprevisto, os responsáveis por essa antologia adotaram a

orientação de verter para o português não apenas os elementos comumente

chamados "conteudísticos" ("temáticos") mas, inclusive, de transcriar o texto na

sua materialidade mesma, com a preservação dos elementos formais

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agenciados pelo poeta, certos de que só assim estariam sendo fiéis ao espírito

desse extraordinário criador. De fato, em todo poema realizado, forma e

conteúdo se estruturam numa unidade indecomponível, a unidade da

informação estética, na qual o estrato semântico é inseparável dos signos que

a corporificam e a transmitem.

CAMPOS, A.; SHNAIDERMAN, B.; CAMPOS, H. Maiakóvski: Poemas. 8 ed. São Paulo:

Perspectiva, 2011.

E, Augusto de Campos procurando explicar, a lógica antropofágica da

tradução:

c) Assim como há gente que tem medo do novo, há gente que tem medo do

antigo. Eu defenderia até a morte o novo por causa do antigo e até a vida o

antigo por causa do novo. O que preciso é saber dicerni-lo no meio das

velhacas velharias que nos impingiram durante muito tempo.

Arnaut Daniel, João Airas de Santiago, Hohn Donne, Marino Corbière ou

Hopkins, Gregório de Matos ou Sousândrade ou Kilkerry, num sentido mais

largo, não são menos noVos que Joyce ou Pound ou Oswald ou Pignatari. São

irmãos no tempo, irmãos e mais próximos que a diluente maioria dos literatti

que nos cercam. Como não amá-los? Meu amor vegetal crescendo vasto.

Lendo junto:

Professor: “Com uma tal falta de gente coexistível, como há hoje, que

pode um homem de sensibilidade fazer senão inventar os seus amigos,

ou quando menos, os seus companheiros de espírito?”(Fernando

Pessoa).

Alunos: A minha maneira de amá-los é traduzi-los. Ou degluti-los,

segundo a Lei Antropofágica de Oswald de Andrade: só me interessa o

que não é meu. Tradução para mim é persona. Quase heterônimo. Entrar

dentro da pele do fingidor para refingir tudo de novo, dor por dor, som

por som, cor por cor. Por isso nunca me propus traduzir tudo. Só aquilo

que sinto. Só aquilo que minto. Ou que minto que sinto, como diria, ainda

mais uma vez, Pessoa em sua própria persona.

CAMPOS, A. Verso Reverso Controverso. 2 ed. São Paulo: Perspectiva, 1998

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Tarefa de Casa: Pesquisar sobre cummings e trazer o texto que segue na 2ª

aula:

PESQUISE MAIS E CONHEÇA MELHOR:

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Para ler e pesquisar sozinho:

POESIA CONCRETA:

http://www.poesiaconcreta.com/

http://www.poesiaconcreta.com/poetas.php

Manifesto da poesia concreta:

http://www.mariosantiago.net/Textos%20em%20PDF/Manifesto%20Concretista.pdf

MÚSICA ERUDITA CONTEMPORÂNEA:

http://www.marcelomelloweb.kinghost.net/mmtecnico_musicabr_10.pdf

http://johncage.org/

http://educacao.uol.com.br/biografias/john-cage.jhtm

http://www.rem.ufpr.br/_REM/REMv7/Campos/Violentado.html

http://seer.fclar.unesp.br/casa/article/view/4721/4021

ENTREVISTAS COM AUGUSTO DE CAMPOS

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/artigo.aspx?cp-documentid=25808715

http://www.elsonfroes.com.br/acampos.htm

http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/novembro2008/ju417_pag05.php

http://www.cronopios.com.br/tvcronopios/conteudo.asp?id=39

http://pphp.uol.com.br/tropico/html/textos/1275,1.shl

Projeto PROLIT idealizado e orientado pela Prof.ª Dr.ª Cielo Festino, vinculado à disciplina de APS e

ao projeto, de suporte online, ENSINAR E APRENDER COM GÊNEROS da Prof.ª Dr.ª Joana Ormundo.

Grupo intraduções: Alessandra Cantero, Fernando Ribeiro, Maria das Dores Ricardo, Rodrigo

Rezende, Ryo Segawa e Sandra Severo – 5° semestre.