Plano de Desenv_ Das Bacias Hidro Ok
Transcript of Plano de Desenv_ Das Bacias Hidro Ok
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
ZONEAMENTO ECONÔMICO, AMBIENTAL, SOCIAL E
CULTURAL DE RIO BRANCO – ZEAS
Projeto I
BANCO DA AMAZÔNIA
Plano de Desenvolvimento Sustentável das Bacias
Hidrográficas do município de Rio Branco - AC.
Dezembro 2009
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Sumário LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... 4 LISTA DE TABELAS................................................................................................... 9 LISTA DE QUADROS............................................................................................... 10 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11 2 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO ...................................... 13 3 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 18
3.1 Diagnóstico dos Recursos Naturais ................................................................ 19 3.1.1 Qualidade de Água ...................................................................................... 19 3.1.2 Área de estudo ............................................................................................. 19 3.1.3 Coleta das amostras de água ...................................................................... 20 3.1.4 Análises das amostras de água ................................................................... 22 3.1.5 Prospecção e cartografia dos solos ............................................................. 23 3.1.6 Métodos de análises de solos ...................................................................... 25 3.1.7 Classificação de solos .................................................................................. 26 3.1.8 Uso da Terra ................................................................................................ 27
3.2 DIAGNÓSTICO SÓCIOECONÔMICO ............................................................... 30 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 44
4.1 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA REDE HIDROGRÁFICA DE RIO BRANCO 44 4.2 Diagnóstico Socioeconômico - Seringal São Francisco do Espalha .................. 47
4.2.1 Dados Gerais das famílias pesquisadas ...................................................... 47 4.2.2 Situação da Vulnerabilidade das Famílias ................................................... 48 4.2.3 Situação da Educação Formal ..................................................................... 49 4.2.4 Situação do Conhecimento Profissional e Tradicional ................................. 50 4.2.5 Situação do Setor de Saúde ........................................................................ 53 4.2.6 Situação do Desenvolvimento Infantil .......................................................... 58 4.2.7 Situação das Condições ambientais ............................................................ 59 4.2.8 Situação das Condições Habitacionais ........................................................ 62 4.2.9 Situação do Acesso aos Recursos Naturais ................................................ 63 4.2.10 Situação do Capital das Unidades Produtivas Familiares .......................... 66 4.2.11 Situação do Desempenho Econômico – Renda Bruta Total vs. Custo Total .............................................................................................................................. 72
4.2.12 Situação do Desempenho Econômico – Ocupação da Força de Trabalho ... 75 4.2.13 Situação do Desempenho Econômico – Linha de Dependência do Mercado .............................................................................................................................. 76 4.2.14 Situação do Desempenho Econômico – Renda Bruta Total vs. Linha de Dependência do Mercado ..................................................................................... 78 4.2.15 Situação do Desempenho Econômico – Geração de Renda Bruta............ 80 4.2.16 Situação do Desempenho Econômico – Principais Produtos..................... 80 4.2.17 Situação do Desempenho Econômico das Unidades de Produção ........... 82 4.2.18 Índice de Desenvolvimento Familiar Rural (IDF-R) – Resultados .............. 83 4.2.19 Avaliação Estratégica - Resultados ............................................................ 84
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
5 Diagnóstico Socioeconômico nos Projetos de Assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA ............................................................ 87
5.1 Dados Gerais das famílias pesquisadas ......................................................... 89 5.2 Vulnerabilidade das Famílias .......................................................................... 90 5.3 Educação Formal ............................................................................................ 91 5.4 CONHECIMENTO PROFISSIONAL E TRADICIONAL ................................... 92 5.5 SAÚDE ............................................................................................................ 93 5.6 DESENVOLVIMENTO INFANTIL ................................................................... 97 5.7 CONDIÇÕES AMBIENTAIS ............................................................................ 98 5.8 CONDIÇÕES HABITACIONAIS .....................................................................100 5.9 ACESSO AOS RECURSOS NATURAIS .......................................................101 5.10 RENDA BRUTAL TOTAL vs CUSTO TOTAL ..............................................110 5.11 RENDA BRUTAL TOTAL vs. LINHA DE DEPENDENCIA DO MERCADO..116 5.12 GERAÇÃO DE RENDA BRUTA...................................................................117 5.12 DESEMPENHO ECONOMICO DOS PRINCIPAIS PRODUTOS .................119 5.13 DESEMPENHO ECONOMICO DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO .............120 5.14 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO FAMILIAR RURAL (IDF-R) ...................122 5.15 VANTAGENS E DESVANTAGENS COMPETITIVAS ..................................124
6 CONCLUSÕES ....................................................................................................127 6.1 DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO DO SERINGAL SÃO FRANCISCO DO ESPALHA ............................................................................................................127 6.2 DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO DOS PROJETOS DE ASSENTAMENTO DO INCRA ...........................................................................................................129
7 PLANO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO. ..........................................133
7.1 Medidas Mitigadoras às Limitações da bacia hidrográfica do município de Rio Branco. .................................................................................................................134
8 RECOMENDAÇÕES GERAIS ..............................................................................137 9 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................139 ANEXO 1 .................................................................................................................144 ANEXO 2 .................................................................................................................145 ANEXO 3 .................................................................................................................146 ANEXO 4 .................................................................................................................147 ANEXO 5 .................................................................................................................148 ANEXO 6 .................................................................................................................149 ANEXO 7 .................................................................................................................150
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
LISTA DE FIGURAS Figura 1. Localização das principais sub-bacias hidrográficas do município de Rio
Branco/AC. ............................................................................................................ 12 Figura 2. Localização do município de Rio Branco na América do Sul, no Estado do
Acre e seus limites municipais. ............................................................................. 13 Figura 3. Localização das estações de amostragem de água nas bacias e sub-
bacias hidrográficas do município de Rio Branco/AC, 2007. ................................ 18 Figura 4. Rede viária e hidrografia permanente do município de Rio Branco/AC. .... 20 Figura 5. Distribuição dos pontos de obtenção de fotografias de uso da terra no
município de Rio Branco, Estado do Acre, no mês de agosto de 2006 ................ 24 Figura 6. Fluxograma da metodologia para obtenção dos mapas de cobertura do
solo do município de Rio Branco, Estado do Acre. ............................................... 25 Figura 7 – Composição das famílias por faixa etária, Seringal São Francisco do
Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil ....................................................... 42 Figura 8 - Situação das Vulnerabilidades das famílias, Seringal São Francisco do
Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil ....................................................... 43 Figura 9 - Educação Formal por faixa etária, Seringal São Francisco do Espalha,
2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil ...................................................................... 44 Figura 10 – Percentual de Famílias que tem algum membro que recebeu
treinamentos e capacitações, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil ............................................................................................... 45
Figura 11 – Principais tipos de Treinamentos ou Capacitações recebidos por atividade, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco Acre-Brasil .............................................................................................................................. 45
Figura 12 – Principais profissões relatadas por UPF (%), Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil ....................................................... 46
Figura 13 – Ocorrência de doenças por UPFs (%), Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil. ...................................................... 47
Figura 14 - Principais doenças relatadas, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil ...................................................................... 48
Figura 15 – Ocorrência de doenças crônicas por UPF (%), Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil ....................................................... 48
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 16 – Principais doenças crônicas, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil ...................................................................... 49
Figura 17 - Local de tratamento de doenças, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil. ..................................................................... 50
Figura 18 - Situação do Desenvolvimento Infantil por UPF (%), Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil .................................. 51
Figura 19 - – Principais destinos do esgoto, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Acre-Brasil 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil ................................. 52
Figura 20 – Principais origens da água consumida, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Acre-Brasil 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil .................. 52
Figura 21 – Principais tratamentos da água consumida, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Acre-Brasil 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil. ................. 53
Figura 22 – Acesso a energia elétrica por UPF (%), Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil. ...................................................... 54
Figura 23 – Ocorrência dos principais itens de bens duráveis por UPF (%), Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil .......................... 55
Figura 24 – Principais formas de acesso a terra, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil ...................................................................... 56
Figura 25 – Percentual dos principais tipos de uso da terra, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil .................................................. 56
Figura 26 – Índice mediano de Capitalização (IK) das UPFs, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre, Brasil ................................................. 57
Figura 27 – Percentual de ocorrência dos tipos de capitais fixos – máquinas, equipamentos e ferramentas em mais da metade das UPFs, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil .................................. 58
Figura 28 - Percentual de ocorrência dos tipos de capitais circulantes – insumos, em mais da metade das UPFs, ................................................................................... 59
Figura 29 - Percentual de ocorrência dos tipos de capitais fixos – benfeitorias, em mais da metade das UPFs, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasi ................................................................................................ 59
Figura 30 – Percentual de UPFs que obtiveram algum tipo de crédito bancário, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil ............ 60
Figura 31 – Percentual de ocorrência das principais linhas de créditos identificadas entre as UPFs financiadas, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil. .............................................................................................. 60
Figura 32 – Principais linhas de Exploração beneficiadas pelos financiamentos obtidos pelas UPFs, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil ............................................................................................................ 61
Figura 33 - Relação entre Renda Bruta Total, Custo Total, Seringal São ................ 62 Figura 34 - Ocorrência dos tipos de renda por UPFs (%),Seringal São Francisco do
Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil. ...................................................... 62 Figura 35 – Principais componentes do Custo Total (CT) mediano, por UPF, Seringal
São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil. ......................... 63
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 36 - Percentual de ocupação da força de trabalho familiar, Seringal São ..... 64 Figura 37 – Percentual de famílias que tiveram algum membro se assalariando fora
da UPF, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre, Brasil .............................................................................................................................. 65
Figura 38 - Linha de Dependência do Mercado, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil. ..................................................................... 66
Figura 39 - Composição da Linha de Dependência do Mercado, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil. ................................. 67
Figura 40 - Relação entre Renda Bruta Total (RB+RA+RT), Custo Total (CT) e Linha de Dependência do Mercado (LDM), Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco Acre-Brasil ....................................................................... 68
Figura 41 – Índice de Desenvolvimento Familiar Rural (IDF-R) e seus componentes, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco Acre-Brasil ............. 72
Figura 42 – Percentual de UPFs que têm o dobro de vantagens em relação às desvantagens de ativos e capacitações competitivas, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil ....................................................... 73
Figura 43 – Principais desvantagens competitivas relatadas por UPF (%), Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil .......................... 74
Figura 44 – Principais Vantagens competitivas relatadas por UPF (%),Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil. ................................. 75
Figura 45 – Composição das famílias por faixa etária, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre, Brasil. ....................................................................................... 77
Figura 46 – Situação das Vulnerabilidades das famílias dos PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil ...................................................................... 78
Figura 47 – Educação Formal por faixa etária, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. .............................................................................................. 79
Figura 48 – Percentual de famílias que tem algum membro que recebeu treinamentos e capacitações PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. .................................................................................................................... 80
Figura 49 – Ocorrência de doenças por UPFs (%),PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. .............................................................................................. 81
Figura 50 – Principais doenças comuns relatadas, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. .............................................................................................. 81
Figura 51 – Ocorrência de doenças crônicas por UPF (%),PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. ..................................................................... 82
Figura 52 – Principais doenças crônicas relatadas, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. .............................................................................................. 83
Figura 53 – Situação do Desenvolvimento Infantil por UPF (%),PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil ...................................................................... 84
Figura 54 – Principais destinos do esgoto, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil ............................................................................................................ 85
Figura 55 – Principais tratamentos da água consumida, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. ..................................................................... 86
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 56 – Ocorrência dos principais itens de bens duráveis por UPF (%),PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil ................................................. 86
Figura 57 – Principais formas de acesso a terra, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. .............................................................................................. 87
Figura 58 – Percentual dos principais tipos de uso da terra, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. ..................................................................... 88
Figura 59 – Índice mediano de Capitalização (IK) das UPFs, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre, Brasil. .................................................................... 89
Figura 60 – Principais componentes do Custo Total (CT) mediano, por UPF, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil ................................................. 90
Figura 61 – Percentual de ocorrência dos tipos de capital fixo – benfeitorias, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. ................................................ 91
Figura 62 – Percentual de ocorrência dos tipos de capital fixo – máquinas, equipamentos e ferramentas, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. .................................................................................................................... 92
Figura 63 – Percentual de ocorrência dos principais tipos de capital fixo – animais de trabalho, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. ......................... 92
Figura 64 – Percentual de ocorrência dos tipos de capital circulante – insumos, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil ................................................. 93
Figura 65 – Percentual de UPFs que pegaram algum tipo de crédito bancário, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. ................................................ 93
Figura 66 – Percentual de ocorrência das principais linhas de créditos identificadas entre as UPFs financiadas, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil .............................................................................................................................. 94
Figura 67 – Principais linhas de exploração beneficiadas pelos financiamentos obtidos pelas UPFs, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil........ 94
Figura 68 - Relação entre Renda Bruta Total, Custo Total, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. ..................................................................... 95
Figura 69 - Ocorrência dos tipos de renda por UPFs (%), PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. ..................................................................... 96
Figura 70 - Percentual de ocupação da força de trabalho familiar, PAs, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil. ........................................................................................ 97
Figura 71 – Percentual de famílias que tiveram algum membro se assalariando fora da UPF, Pólos, 2005/2006, Rio Branco, Acre, Brasil ............................................ 98
Figura 72 - Linha de Dependência do Mercado, Pólos, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil. .................................................................................................................... 99
Figura 73 - Composição da Linha de Dependência do Mercado, Pólos, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil. .......................................................................................100
Figura 74 - Relação entre Renda Bruta Total (RB+RA+RT), Custo Total (CT) e Linha de Dependência do Mercado (LDM), Pólos, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil .............................................................................................................................101
Figura 75 - Índice de Desenvolvimento Familiar Rural (IDF-R) e seus componentes, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil........................................106
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 76 – Índice de Desenvolvimento Familiar Rural (IDF-R), PAs , 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. ...................................................................107
Figura 77 – Percentual de UPFs que têm o dobro de vantagens em relação às desvantagens de ativos e capacitações competitivas, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. ....................................................................108
Figura 78 – Principais desvantagens competitivas relatadas por UPF (%), PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. ...............................................109
Figura 79 – Principais Vantagens competitivas relatadas por UPF (%), PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. ...............................................110
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Evolução da Geração de Renda Bruta por linha de exploração, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil. ............................. 69
Tabela 2 – Evolução do desempenho econômico dos principais produtos, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil. ............................. 70
Tabela 3 – Desempenho Econômico mediano por UPF, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil. ............................................................ 70
Tabela 4 – Geração de Renda Bruta por linha de exploração, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. .......................................................................... 102
Tabela 5 – Desempenho econômico dos principais produtos, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. .......................................................................... 103
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Localização e descrição das estações de coleta de água por bacia hidrográfica de Rio Branco/AC, 2007. ...................................................................... 17
Quadro 2. Descrição dos métodos de analise por parâmetro utilizado. ....................... 19
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
1 INTRODUÇÃO
Desde o final dos anos 80, o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) tem
sido destacado como um instrumento estratégico para o desenvolvimento regional
sustentável e, também, como meio para enfrentar a ocupação “desordenada” na
fronteira amazônica, tais como o desenvolvimento descontrolado, o uso não
sustentável de recursos naturais e as invasões de áreas indígenas e de unidades de
conservação.
No Acre, o Governo Estadual instituiu o Programa Estadual de Zoneamento
Ecológico-Econômico, por meio do Decreto nº. 503 de 6 de abril de 1999,
diretamente vinculado ao Gabinete do Governador, coordenado pela Secretaria de
Estado de Planejamento e Coordenação (SEPLAN/AC), atualmente Secretaria de
Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico-Sustentável (SEPLANS), e
tendo a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (SECTMA),
atual Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA), como
Secretaria Executiva.Na primeira fase do ZEE (Fase I), iniciada em abril de 1999, os
levantamentos contemplaram a extensão territorial do Estado do Acre, sendo a
maior parte deles baseados em dados secundários, aproveitando e sistematizando
os diversos estudos realizados no Estado e estabelecendo cooperações técnicas
com instituições de governo da esfera federal, estadual e municipal, além de
instituições não-governamentais. O ZEE/AC (Fase I) constituiu um referencial
importante para o planejamento do Programa de Desenvolvimento Sustentável do
Acre, como também para a sociedade civil e setor privado.
Para apoiar a gestão sustentável e a conservação dos recursos naturais, os
estudos do ZEE/AC precisam ser atualizados com maior detalhamento, no âmbito do
eixo temático recursos naturais, especificamente no que se refere ao diagnóstico do
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
potencial e limitações de uso das principais bases produtivas do Estado: a floresta,
o solo e a biodiversidade.
Assim inicia-se a execução da segunda fase do Zoneamento Ecológico-
Econômico (Fase II) com o objetivo geral de elaborar o Mapa de Gestão do Estado
do Acre, na escala 1:250.000 (Decreto 4.297 de 11 de julho de 2002, o qual
regulamenta o artigo 9º, inciso II, da Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981,
que estabelece critérios para o ZEE do Brasil).
O ZEE/AC (Fase II) assume, como papel fundamental, a elaboração desse
Mapa de Gestão para o Estado do Acre na escala 1:250.000, com indicativo das
zonas de uso, sendo definidas para cada uma delas as restrições, potencialidades e
as recomendações de uso. Além disso, o ZEE (Fase II) apóia as iniciativas de
ordenamento territorial local em dois municípios: Brasiléia e Rio Branco.
Para o município de Rio Branco, a gestão 2005-2008, que exerce seu
segundo mandato (2009-2012), estabeleceu em 2006, como prioridade, o
restabelecimento da capacidade institucional do poder público para oferecer serviços
públicos de qualidade e promover políticas de inserção social, assegurando o
resgate da cidadania de grande parte da população de Rio Branco. Os instrumentos
para alcançar os objetivos estratégicos estabelecidos foram a elaboração e
aprovação, pela Câmara Municipal, do Plano Diretor de Rio Branco e a realização do
Zoneamento Econômico, Ambiental, Social e Cultural de Rio Branco (ZEAS),
instituído por meio do Decreto nº1.076 de 10 de março, contemplando a elaboração
do Mapa de Gestão do Município, na escala de 1:100.000.
O Zoneamento Econômico, Ambiental, Social e Cultural de Rio Branco deve
estar baseado numa clara definição de seus objetivos, propósitos e resultados
esperados, principalmente em relação a estratégias de desenvolvimento que
pretende subsidiar. A execução municipal, tem como ordens de grandeza as escalas
1:100.000, 1:50.000 e 1:20.000, podendo ter enfoque estratégico e tático.
Como a área das bacias hidrográficas contempladas neste projeto abrange
aproximadamente 86% do território de Rio Branco os estudos foram realizados na
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
escala de 1:100.000 para o município, e na escala de 1:50.000 nas áreas
estratégicas, como APA’s, Seringal Espalha, Pólos Agroflorestais e Projetos de
Assentamento do INCRA.
Este documento busca subsidiar os gestores e tomadores de decisões com
informações sobre as potencialidades e as limitações das principais bacias
hidrográficas do município visando possibilitar a elaboração de programas, projetos
e políticas públicas voltadas para a fixação do homem na área rural com melhoria da
qualidade de vida e renda da população rural por meio do uso racional e sustentável
dos recursos naturais de Rio Branco.
2 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO
O sudeste acriano concentra 71% da população do Estado e 51% de seu
território que tem uma área total de 8.658 km2. Esta região abrange as regionais do
Alto Acre, Baixo Acre e Purus, concentrando a área de maior pressão antrópica (o
arco de desmatamento acriano) e forte tendência de ampliação da ocupação
humana.
Rio Branco está localizado no Baixo Acre e possui uma área de 8.831,44
km2, equivalendo a 6,5% da área total do estado e uma população de 314.127 hab.,
na proporção de 12% rural e 88% urbana com densidade demográfica em torno de
25,09 hab./km2.
A bacia do rio Acre é a mais importante do sudeste acriano, sendo a sub-
bacia do Riozinho do Rola sua principal componente (66,07% do território deste
município). Esta bacia tem suas cabeceiras na Reserva Extrativista Chico Mendes e
concentra vários pontos de ação antrópica intensiva que contribuem para mudanças
significativas no regime hidrológico, alteram a qualidade das águas e a sazonalidade
do nível dos igarapés, e contribui para enchentes periódicas.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
A Bacia Hidrográfica do Riozinho do Rola está localizada entre os
paralelos 10º e 11º S, com sentido de escoamento Oeste-Leste, abrangendo uma
área de aproximadamente 780.000 há (setecentos e oitenta mil hectares), cujas
nascentes estão localizadas no interior da Reserva Extrativista Chico Mendes, ás
proximidades das seguintes coordenadas geográficas, Latitude 10º30’ S e Longitude
69º 20’ W. A maior parte da área da Bacia está dentro dos limites do município de
Rio Branco.
Ao longo da historia de ocupação do território acriano, os rios e igarapés
tem sido utilizados largamente, como via de acesso ao interior da floresta e
facilitando o estabelecimento de populações humanas em áreas rurais. A ocupação
da bacia hidrográfica do riozinho do Rola ainda segue este modelo, o curso dos rios
em direção ao interior da floresta, até as colocações dos seringais.
O Seringal São Francisco do Espalha abrange uma área de 88,44 km2 ou
29.645,98 ha, que correspondem a 3,36% do território do município de Rio Branco.
Localizado na bacia do riozinho do Rola, este seringal está situado a sudoeste da
sede municipal, localizado em ambas as margens do Igarapé Espalha, zona rural do
município de Rio Branco. O Seringal São Francisco do Espalha apresenta a maior
parte de sua área com a cobertura vegetal original, com uma mistura de Floresta
Aberta com Bambu Dominante (FABD), Floresta Aberta com Palmeira (FAP) e
Floresta Aberta com Bambu (FAB).
Também compõem a rede hidrográfica deste município os riozinhos do
Antimary e do Andirá, além dos igarapés São Francisco, Redenção e Judia, todos
fazem parte da bacia do rio Acre e constituem seus principais afluentes dentro deste
Município (Figura 1).
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 1. Localização das principais sub-bacias hidrográficas do município de Rio
Branco/AC.
Situado na regional do Baixo Acre, Rio Branco faz limites com os
municípios de Sena Madureira, Bujari, Plácido de Castro, Senador Guiomard,
Capixaba, Porto Acre e Xapuri. (Figura 2).
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 2. Localização do município de Rio Branco na América do Sul, no Estado do Acre e
seus limites municipais.
A exemplo da maioria dos municípios da região, como Porto AcreXapuri e
Brasiléia, Rio Branco teve seu processo de ocupação inicial efetuado através do rio
Acre. Esta ocupação inicial fundamentou-se na formação de seringais e no
extrativismo de produtos florestais como a borracha, castanha e madeira.
Posteriormente, com o declínio do setor gomífero, Rio Branco teve suas terras
loteadas em colônias próximas ao já consolidado núcleo urbano.
Segundo o Censo Agropecuário de 2006 (IBGE, 2009a) Rio Branco
possuía 3.076 propriedades ocupando uma área total de 431.387 ha. Destas
propriedades, 2.679 eram próprias, 207 não possuíam titulação definitiva, 10 eram
arrendadas, 5 eram parcerias e 176 eram ocupações. Estes estabelecimentos eram
dirigidos por 87,1% de homens e 12,9% de mulheres, sendo que 45,3% dos
produtores ocupavam suas áreas há mais de 10 anos, apenas 6,9% ocupavam os
estabelecimentos há menos de um ano e 94,3% dos produtores viviam em suas
propriedades.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
De acordo com a Pesquisa Pecuária Municipal de 2007 (IBGE, 2009b), o
rebanho bovino do município era de 368.432 cabeças (15,9% do rebanho do
Estado). Em 2006, 76% dos estabelecimentos agropecuários com criação de
bovinos eram dedicados a agricultura familiar e respondiam por 32% do rebanho
(IBGE, 2009a).
O desmatamento bruto acumulado no município de Rio Branco em 1988
era de 963km², representando 11% da sua área total. Entre 1994 e 2007, a área
desmatada aumentou de 1.397 para 2.377km², passando de 16 para 27% do
território do Município. Isto representou um aumento de 981 km² de áreas
desflorestadas significando uma perda anual média de 75km² de florestas por ano
(SILVA et al, 2008).
O desmatamento concentra-se principalmente na região leste do
município de Rio Branco, no entorno da área urbana, distribuindo-se, também, ao
longo das BR-364 (trecho Rio Branco-Porto Velho), BR-317, AC - 090 e AC-040
(Anexo 1). Além disso, há manchas de desflorestamento ao longo dos cursos de rios
e igarapés (SILVA et al, 2008).
O clima em Rio Branco caracteriza-se por apresentar um período curto de
seca nos meses de junho a agosto; um mês de transição entre seca e chuvas
(setembro); um período chuvoso mais prolongado (outubro a abril), sendo de
dezembro a março o período mais chuvoso. A precipitação média anual no período
de 1970 a 2000 foi de 1994mm (DUARTE, 2005). Os valores mínimos e máximos de
temperatura ao longo do ano variaram entre 17,1 e 32,7 °C, embora a temperatura
máxima durante o dia possa chegar entre 36 e 37°C (DUARTE, 2006).
De acordo com CARMO et al, 2008, os Argissolos ocupam a maior porção
do município de Rio Branco com 78,7%, seguido pelos Plintossolos e Luvissolos
com 11,8% e 8,2% respectivamente, conforme o primeiro componente das unidades
de mapeamento das classes de solos. As áreas aptas à mecanização (A)
compreendem os solos mais desenvolvidos do município de Rio Branco (Latossolos
e Argissolos Vermelhos), os quais apresentam requisitos favoráveis a esta prática
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
agrícola (Mapa em anexo). Esta classe de aptidão encontra-se disposta na porção
sudeste do Município, margeando parte dos trechos da BR 364 e BR 317 e ocupa
2% (3.863 ha) do total das áreas já convertidas (desmatadas).
Para o município de Rio Branco foram identificadas 12 (doze) diferentes
tipos de tipologias florestais predominantes, de acordo com os procedimentos
adotados para esta identificação (Anexo 3). E apesar da Floresta Aberta com Bambu
(FAB) predominar na cobertura do município, em alguns locais ocorre a presença de
Floresta Densa (FD) e com mais freqüência a Floresta Aberta com palmeiras (FAP).
De acordo com OLIVEIRA (2000), o fato da FAB predominar implica diretamente na
estrutura da comunidade florestal reduzindo o número de indivíduos arbóreos e a
área basal da floresta, chegando a reduzir 30 a 50% do potencial de
armazenamento de carbono.
Quanto à biodiversidade florística e faunística, Rio Branco possui
fragmentos florestais que abrigam flora e fauna pouco conhecidas e muitas
novidades para o Acre, o Brasil e mesmo para a ciência. A riqueza de espécies
correspondente a quase 20% da diversidade documentada para o Estado do Acre.
Em Rio Branco, as atividades antrópicas têm gerado impactos negativos
sobre o meio ambiente e o zoneamento detalhado de parte da bacia do rio Acre irá
contribuir para que seja o primeiro município da Amazônia Ocidental a dispor de um
instrumento de gestão territorial em escala compatível com o seu território
(1:100.000; 1:50.000 e 1:10.000), sendo referência para outros municípios acrianos,
estados vizinhos, e mesmo países como Peru e Bolívia.
3 MATERIAL E MÉTODOS
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
3.1 Diagnóstico dos Recursos Naturais
Neste tópico são descritas as metodologias empregadas para o
levantamento dos recursos naturais realizados nas bacias hidrográficas de Rio
Branco.
É pertinente dizer que neste documento não faremos menção aos
levantamentos realizados nos Pólos Agroflorestais do município uma vez que há um
documento, o Plano de Desenvolvimento Sustentável, especifico para os mesmos.
Assim, abordaremos os levantamentos realizados nas bacias
hidrográficas enfatizando os estudos realizados nas áreas foco do Programa ZEAS,
o Seringal São Francisco do Espalha e os Projetos de Assentamento do INCRA.
3.1.1 Qualidade de Água
Este estudo foi desenvolvido no período das chuvas, com exceção das
amostragens na bacia do Riozinho do Rola que foram realizadas nos dois períodos
sazonais (cheia e seca), totalizando 30 (trinta) amostragens, distribuídos nas
principais bacias hidrográficas localizadas no município de Rio Branco. A seleção
dos pontos de amostragem (Quadro 1), foi feita com base nas características de
preservação, ocupação e uso do solo na área de estudo, bem como, nas condições
de acesso a esses pontos.
3.1.2 Área de estudo
As principais bacias e sub-bacias hidrográficas do município de Rio
Branco hora em estudo são: bacia do rio Acre e sub-bacias do riozinho do Rola,
igarapés São Francisco, Judia e Redenção. Todos estes mananciais tem suas
nascentes em outros municípios, e até países a exemplo do rio Acre, daí sua
importância não apenas local como também regional. Em Rio Branco a sub-bacia do
riozinho do Rola possui 571.106 ha, a do igarapé São Francisco, 42.036 ha, a do
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
igarapé Judia, 8.557 ha e a do igarapé Redenção, 16.064 ha aproximadamente.
Estas sub-bacias fazem parte da bacia do rio Acre e constituem seus principais
afluentes dento do município. Estas bacias compreendem tanto áreas rurais como
áreas urbanas do município, sendo estas, responsáveis pela drenagem dos
efluentes sanitários não tratados da maioria dos bairros da cidade inspirando
cuidados do poder público e da sociedade quanto às atuais formas de uso desses
recursos naturais.
3.1.3 Coleta das amostras de água
A seleção das estações de amostragem (Quadro 1) foi feita com base nas
características de preservação, ocupação e uso do solo na área de estudo, bem
como, nas condições de acesso a esses pontos. Foram realizadas 20 amostragens,
distribuídas nos cinco corpos d`água, entre os meses de abril e junho de 2007
(Figura 3).
Quadro 1. Localização e descrição das estações de coleta de água por bacia hidrográfica de
Rio Branco/AC, 2007. Áreas de Estudo Estações de Coleta Descrição dos Pontos
Sub-bacia do riozinho do Rola
1 Igarapé Espalha: Colocação São José: Sr. Aldo Rufino
2 Igarapé Espalha: Antiga Sede do Seringal Espalha: Sr. Inácio
3 Igarapé Vai-se-ver: Porto do Antonio do Bio
4 Igarapé Vai-se-ver: próximo a sua foz
5 Igarapé Caipora: Colônia Oito Irmãos: Sr. José Itamar
6 Igarapé Caipora: próximo a sua foz
7 Riozinho do Rola: Seringal Humaitá. Faz. Do Sr. Mauricio.
8 Riozinho do Rola: Colocação
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Macaúba: Sr. José Augusto
9 Riozinho do Rôla a jusante da foz do igarapé do Vai-se-ver
10 Riozinho do Rola: próximo a sua foz
Bacia do rio Acre
11 Rio Acre: a montante da área urbana
12 Rio Acre: área urbana em frente ao mercado municipal
13 Rio Acre: a jusante da área urbana
Sub-bacia do igarapé São Francisco
14 Igarapé São Francisco: BR 364, ponte após o Distrito Industrial
15 Igarapé São Francisco: Ponte da Av. Ant. da Rocha Viana
16 Igarapé São Francisco: próximo a sua foz
Sub-bacia do igarapé Judia
17 Igarapé Judia: Chácara 5C. Sr. Carlos. AC40. Ram. José Carlos.
18 Igarapé Judia: próximo a sua foz
Sub-bacia do igarapé Redenção
19 Igarapé Redenção: estrada do Mutun - sob ponte de madeira
20 Igarapé Redenção: próximo a sua foz
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 3. Localização das estações de amostragem de água nas bacias e sub-bacias
hidrográficas do município de Rio Branco/AC, 2007.
3.1.4 Análises das amostras de água
Os parâmetros físicos, químicos e biológicos analisados foram: Cor
Aparente, Turbidez, Sólidos Totais Dissolvidos (STD), Potencial Hidrogeniônico (pH),
Oxigênio Dissolvido (OD), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) Demanda
Química de Oxigênio (DQO) e Coliformes Fecais (CF). Foram utilizados
procedimentos amostrais e analíticos padronizados por metodologias de uso
corrente, as quais encontram-se descritas sucintamente na Quadro 2. A discussão
dos resultados também foi realizada com base nas resoluções 274/00 e 357/05 do
Concelho Nacional do Meio Ambirnte - CONAMA, sendo a primeira para definição da
balneabilidade das águas, e a segunda para enquadramento dos corpos d’água.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Quadro 2. Descrição dos métodos de analise por parâmetro utilizado.
Parâmetros Método de análise
pH * Phmetro digital – Lab. do SAERB
Cor Aparente (uH: mg/L Pt-Co) * Colorímetro - método eletrométrico – Lab. do SAERB
Turbidez (UT) * Turbidímetro - método eletrométrico – Lab. do SAERB
OD (mg/L) * Método de Winkler modificado Lab. Da UTAL/UFAC
DBO (mg/L) * Winkler incubação de 5 dias a 20°C Lab. Da UTAL/UFAC
DQO (mg/L) * Bicromato de Potássio modificado, Lab. da UTAL/UFAC
Coliformes Fecais (NMP/100mL) ** Tubos múltiplos (APHA, 1995) Lab. da UTAL/UFAC
* parâmetros físico-químicos ** parâmetro microbiológico
3.1.5 Prospecção e cartografia dos solos
Para a realização deste trabalho, inicialmente, foi realizada uma revisão
bibliográfica com o objetivo de obter informações a respeito da área de estudo e
levantar os perfis já descritos para a estruturação do banco de dados. Foi realizada a
fotointerpretação preliminar do sensor Shuttle Radar Topography Mission - SRTM de
2002, com pixel de 90 m, do acervo do Núcleo de Estudo de Planejamento de Uso
da Terra. Nesta fotointerpretação foram delineados os padrões pedofisiográficos,
numa escala de 1:60.000, levando-se em consideração a uniformidade de relevo,
geologia, vegetação e tipos de drenagem.
O trabalho de campo compreendeu o mapeamento dos solos, por meio de
progressões em ramais, caminhos e picadas, realizando a sondagem com trado
holandês. As viagens de campo foram pela estrada Transacreana, BR 364, BR 317
e principais ramais que cortam o município de Rio Branco. Além disso, foram
utilizadas duas vias fluviais: o rio Acre e o Riozinho do Rola. Em função da
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
distribuição dos rios e igarapés navegáveis e da rede viária (Figura 4) os trabalhos
de campo foram executados em várias etapas de forma complementar.
Além disso, foram realizados estudos em áreas piloto: pólos
agroflorestais e seringal São Francisco do Espalha, em maior grau de detalhe,
escada de 1:10.000, de forma a compreender o arranjo pedológico da área.
Figura 4. Rede viária e hidrografia permanente do município de Rio Branco/AC.
Após as verificações de campo, foram realizadas as fotointerpretações
definitivas para ajustes dos limites observados durante os trabalhos de campo,
levando-se sempre em consideração os aspectos fisiográficos e a escala final do
mapa de solos, permitindo, desse modo, maior segurança e precisão no
delineamento das unidades de mapeamento. Durante as observações no campo,
foram registradas as características morfológicas de perfis examinados, coletadas
amostras de solos para análise em laboratório, necessárias à classificação dos
solos, assim como a descrição relativa ao meio ambiente.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
A descrição e coleta de amostras de perfis representativos das classes de
solos foram realizadas em trincheiras abertas em locais previamente selecionados,
cortes de estrada, barrancos de rios e igarapés representativos. A descrição
detalhada das características morfológicas e a nomenclatura de horizontes e coleta
de amostras de solos foram baseadas nas normas e definições adotadas pela
Embrapa (Embrapa, 1995). As cores das amostras de solos foram determinadas
através de comparação com a Munsel Color Chart, (2000).
Os solos foram classificados segundo os critérios e definições contidos no
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (Embrapa, 1988; Embrapa, 1999;
Embrapa, 2006). Após a análise dos resultados, foram feitas alterações e revisões
da legenda preliminar e elaboração da legenda final de identificação dos solos,
acertos finais no mapeamento, revisão das descrições e interpretação dos
resultados analíticos dos perfis, redação e organização do relatório final, assim como
a confecção do mapa de solos na escala de 1:100.000.
3.1.6 Métodos de análises de solos
As análises das amostras de solos coletadas nos perfis foram realizadas
em laboratório de solos credenciado, segundo metodologia adotada para
levantamento pedológico (Embrapa, 1997). As determinações analíticas das
amostras deformadas foram realizadas na terra fina seca ao ar (TFSA), proveniente
do fracionamento subseqüente à preparação da amostra para análise. As análises
físicas referem-se à determinação: da composição granulométrica da terra fina em
dispersão com NaOH, nas frações areia grossa, areia fina, silte e argila total.
As análises químicas constaram das seguintes determinações: pH em
água, por eletrodo de vidro, em suspensão na proporção solo-líquido 1:2,5; cátions
trocáveis, representados pelo cálcio e magnésio extraídos com KCl e determinados
por absorção atômica; e potássio e sódio extraídos com HCl 0,05N na proporção
1:10 e determinados por fotometria de chama; acidez extraível, incluindo alumínio
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
extraído com KCl 0,01N e titulado com NaOH 0,025N, indicador azul de bromotimol,
hidrogênio e alumínio extraído com Ca(OH)2 N a pH 7,0 e titulado com NaOH 0,06N
e indicador fenolftaleína, sendo o hidrogênio calculado por diferença; o fósforo
assimilável extraído com HCl 0,05N + H2SO4 0,025N e determinado por
colorimetria; o carbono orgânico por oxidação via úmida com K2Cr2O7 0,4N e
titulação pelo Fe(NH4)2 + 6H2O 0,1N e indicador difenilamina; o nitrogênio total por
digestão com mistura ácida, difusão e titulação do NH3 com HCl 0,01N; óxido de
ferro, alumínio e silício por ataque da terra fina com H2SO4. Além das
determinações físicas e químicas, foram calculadas as seguintes relações: relação
textural B/A; relação silte/argila; relações moleculares K, Kr e Al2O3/FeO3; soma de
bases trocáveis (S); capacidade de troca de cátions (CTC e CTCE); saturação por
alumínio (m%) e saturação por bases trocáveis (V%).
3.1.7 Classificação de solos
Na caracterização e classificação taxonômica dos solos foram
empregadas características diferenciais para distinção de classes de solos e de
unidades de mapeamento adotadas pela Embrapa (2006). Essas características
possibilitaram a diferenciação de vários níveis de classes, para efeito de distribuição
geográfica das unidades de mapeamento. Além disso, são de grande importância,
porque evidenciam as características e propriedades dos solos essenciais à
interpretação e avaliação de suas potencialidades e limitações para utilização em
atividades agrícolas e não agrícolas.
Na área, as classes de solos foram separadas tomando-se por base sua
importância como fonte de recursos para produção agrícola, sua gênese e
características morfológicas, físicas e químicas. Cada unidade foi caracterizada por
um conjunto de propriedades mensuráveis e observáveis, que refletem os efeitos
dos processos formadores dos solos e que são importantes para prever o
comportamento do solo, quando submetido ao uso.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Na classificação dos solos em níveis categóricos mais baixos, foram
consideradas as seguintes características: atividade de argila, álico, alítico distrófico
tipo de horizonte A, plíntico, abrúptico, além de outras (Embrapa, 1988; Embrapa,
1999; Embrapa, 2006).
3.1.8 Uso da Terra
Os estudos sobre uso da terra no município de Rio Branco tiveram três
etapas complementares:
3.1.8.1.Estudos históricos sobre uso da terra
Foi realizado um levantamento específico sobre informações de cobertura
do solo no município de Rio Branco, sendo consultadas cinco base de dados:
Guerra (1955); IBGE (1990); FUNTAC (1990); FUNTAC (1991) e ACRE (2000). Em
todos estes trabalhos houve o uso de mapeamento do uso da terra, o que contribui
para entender o processo de ocupação do município.
3.1.8.2 OBTENÇÃO DE FOTOGRAFIAS PANORÂMICAS E OBTENÇÃO DE PONTOS DE USO DA TERRA
Foram realizados trabalhos de campo utilizando GPS e câmeras digitais
sincronizadas o que permitiu a geração do banco de dados de uso e a localização
precisa de amostras das diferentes tipologias de uso da terra.
Como forma de complementar a visão do uso da terra no município de
Rio Branco foram tomadas fotografias panorâmicas a partir de um sobrevôo de 1,5
hora com um avião, modelo CESSNA 182-Skylane com uma altitude de vôo do nível
de referência de 1.000 m. No auxilio da navegação foi utilizado o GPSMAP 190
GARMIN e para aquisição dos pontos de controle internos visando a realização da
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
sincronização utilizou-se GPS GARMIN 12 XL (Figura 5). Para a estruturação do
arquivo de pontos de uso foi utilizado o Módulo Arc Map do Arc Gis 9.1, utilizando os
pontos de controle coletados a campo e durante o sobrevôo.
69°0'0"W
69°0'0"W
68°0'0"W
68°0'0"W
10
°0'0
"S
10
°0'0
"S
Figura 5. Distribuição dos pontos de obtenção de fotografias de uso da terra no município
de Rio Branco, Estado do Acre, no mês de agosto de 2006.
3.1.8.3 Estudos de cobertura do solo
As informações referentes à cobertura do solo no Estado do Acre foram
obtidas através da interpretação de imagens digitais em composições coloridas
5R4G3B do sensor Thematic Mapper do satélite Landsat 5 obtidas em 2004 e em
2005.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Os procedimentos para obtenção dos mapas finais de cobertura do solo
estão ilustrados na figura 6 e descritos a seguir.
Imagem de Satélite
LANDSAT TM 5
(2004)
Composição
5R4G3B
Correção
Geométrica
Registro
Digitalização em
tela
Cobertura do Solo
Análises da
distribuição do
desmatamento
Imagem de Satélite
LANDSAT TM 5
(2005)
Desmatamento
total 88/2004
Figura 6. Fluxograma da metodologia para obtenção dos mapas de cobertura do solo do município de Rio Branco, Estado do Acre.
A razão para a correção geométrica de imagens é a existência de
distorções introduzidas durante a aquisição das imagens. Portanto, a correção
geométrica trata, prioritariamente, da remoção dos erros sistemáticos presentes nas
imagens. Outros aspectos importantes são os estudos multi-temporais comuns na
área de sensoriamento remoto. Eles requerem que os dados de imagens sejam
registrados para que se possam interpretar as respostas para uma posição no
espaço.
As imagens foram georreferenciadas utilizando o aplicativo para
processamento digital de imagens ENVI e tendo como referência as imagens do
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
mosaico de cobertura da Terra (geocover) disponibilizado pela NASA, que já se
encontrava georreferenciado e do plano de informação (layer) de drenagem.
A digitalização em tela das feições foi realizada através do modo de
edição do ArcMap, módulo do aplicativo de geoprocessamento ArcGIS 9.1. Após o
registro das imagens procedeu-se a classificação das imagens que é o processo de
extração de informações de imagens para reconhecer padrões e objetos
homogêneos com o objetivo de mapear as áreas da superfície terrestre. Foram
identificadas sete classes de cobertura do solo:
a) Áreas Urbanas: são as áreas destinadas às concentrações populacionais, as
cidades e sedes de municípios. b)
b) Capoeiras: são as áreas já convertidas e abandonadas para regeneração
natural, em diferentes estágios de sucessão.
c) Pastagens: são as áreas destinadas à pecuária, normalmente extensas áreas
contínuas em formatos geométricos regulares.
d) Agricultura: são áreas ocupadas com agricultura, geralmente com os vestígios
do processo de queima.
e) Espelhos d’água: foram quantificados os açudes e a superfície visível dos
grandes rios.
f) Praias: nos rios em que as praias eram suficientemente visíveis elas foram
individualizadas de forma a se ter uma estimativa da área potencial para o
cultivo de várzea.
g) Floresta: área florestal de formação primitiva com diferentes composições.
3.2 DIAGNÓSTICO SÓCIOECONÔMICO
A referência metodológica do presente estudo foi extraída do projeto
ASPF, cuja metodologia de avaliação econômica foi consolidada ao longo da última
década. A partir dos indicadores utilizados no referido projeto, bem como de outros
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
indicadores pertinentes ao diagnóstico, em particular, os sociais, desenvolve-se um
indicador sintético que possa representar o nível de desenvolvimento das famílias
acerca das dimensões mais básica de condição de vida.
Ademais, também foram desenvolvidos indicadores que fornecem uma
avaliação das diversas estratégias competitivas implementadas pelas famílias rurais,
por intermédio da disponibilidade de recursos (tangíveis e intangíveis) e
capacitações.
A seguir descreve-se a metodologia utilizada para o levantamento
socioeconômico realizado nas bacias hidrográficas de Rio Branco, nas áreas
prioritárias do Programa ZEAS , Seringal São Francisco do Espalha, pertencente ao
igarapé Espalha, integrante da bacia do Riozinho do Rola, bem como em 11
Projetos de Assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(INCRA).
Vale ressaltar que como foi produzido um Plano de Desenvolvimento
Sustentável especificamente para os Pólos Agroflorestais do município, os
levantamentos relativos a sócioeconomia para os mesmos, estão disponibilizados
neste documento.
3.2.1 Indicadores de Avaliação Econômica da Produção Familiar Rural
No projeto ASPF foram construídos vários indicadores para a avaliação
econômica da produção familiar rural no Acre, que vão desde os tradicionais até os
que somente se aplicam à produção familiar rural. Entretanto, no presente estudo
serão utilizados especialmente aqueles que são mais adequados para se entender o
desempenho específico deste tipo de produção e são descritos a seguir
suscintamente1.
3.2.2 Determinação de medidas de resultado econômico
1 Para uma descrição completa e detalhada ver: http://www2.ufac.br/projetos/aspf/index.htm
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Medidas de resultado econômico são índices que, dados os custos de
produção, permitem medir o desempenho econômico do sistema de produção.
Desempenho econômico é a diferença entre os valores de saída e os de entrada, as
diversas relações entre valores de saída e de entrada e as flutuações dos valores de
saída do sistema de produção.
1. Resultado bruto
Entende-se por resultado bruto a renda bruta, ou seja, o valor da produção
destinada ao mercado, obtido pela fórmula:
Qv.ppRB
sendo:
RB = renda bruta
Qv = quantidade do produto vendida
pp = preço unitário ao produtor
A renda bruta pode ser global e parcial. Determina-se para o conjunto da
unidade de produção e para as linhas de exploração individuais. É um indicador de
escala da unidade de produção.
2. Resultados líquidos
a) Renda líquida - é o valor excedente apropriado pela unidade de
produção familiar, ou seja, a parte do valor do produto que fica com a unidade de
produção familiar depois de serem repostos os valores dos meios de produção, dos
meios de consumo e dos serviços (inclusive salários) prestados à produção. Neste
sentido, ela não consiste em todo o acréscimo de valor que o produtor familiar faz
aos meios de produção e de consumo, uma vez que a maior parte deste é
apropriada por intermediários na comercialização dos produtos e na compra de
insumos e bens de consumo. É calculada pela fórmula:
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
DERBRL
sendo:
RL = renda líquida
RB = renda bruta
DE = despesas efetivas
A renda líquida é o primeiro indicador de eficiência econômica e das
possibilidades de reprodução da unidade de produção familiar. Se RL ( 0 a unidade
de produção familiar se reproduz sem afetar o seu patrimônio. Se RL < 0 a unidade
de produção familiar só se reproduz com perda de patrimônio. Será calculada
apenas para o conjunto da unidade de produção familiar.
b) Margem bruta familiar (MBF) – é o resultado líquido específico e
próprio para indicar o valor monetário disponível para a subsistência da família,
inclusive uma eventual elevação do nível de vida, se o montante for suficiente. A sua
magnitude incorpora a parcela de valor do produto correspondente ao consumo
familiar obtida por via do mercado. Em situações favoráveis, poderá ser suficiente
para ressarcir custos fixos, especialmente as exigências mínimas de reposição do
patrimônio. Cumpridas estas funções, a disponibilidade restante pode ser usada
como capital de giro. A margem bruta familiar pode também ser calculada para as
linhas de exploração individuais
É calculada pela fórmula:
Cftf)-(CV-RBMBF
sendo:
RB = renda bruta
CV = custos variáveis
Cftf = custo real da força de trabalho familiar
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
c) - Nível de vida – é a totalidade do valor apropriado pelo produtor
familiar, inclusive valores imputados, deduzidas as obrigações financeiras com
empréstimos.
AACjicc)AC(MBFNV
sendo:
Cjicc = juros imputados ao capital circulante.
AC = Autoconsumo
AA = Amortização anual
É, portanto, o valor que determina o padrão de vida da família.
Medidas de eficiência ou relação
a) Índice de eficiência econômica – é a relação que indica a capacidade
de a unidade de produção familiar gerar valor por unidade de custo. É um indicador
de benefício/custo do conjunto da unidade de produção. Sem embargo de ser um
índice mais apropriado para mostrar o desempenho de empresas agrícolas
patronais, serve como referencial para comparação de desempenho e verificar a
possibilidade de as unidades de produção familiares realizarem lucro e, por
conseqüência, acumularem. O índice é determinado pela fórmula:
RB/CTIEE
IEE > 1, a situação é de lucro
IEE < 1, a situação é de prejuízo
IEE = 1, a situação é de equilíbrio.
b) Relação MBF/RB - é a relação mais apropriada para medir a eficiência
econômica da produção familiar, pois mostra que proporção de valor a unidade de
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
produção tornará disponível para a família por cada unidade de valor produzido. Em
outros termos, que percentagem de renda bruta a unidade de produção é capaz de
converter em margem bruta familiar. Uma relação superior a 50% é considerada
favorável. Pode ser determinada para a unidade de produção e para as linhas de
exploração.
c) Relação MBF/Qh/d - é o índice de remuneração da força de trabalho
familiar. Mostra a quantia de margem bruta gerada por unidade de trabalho familiar
(1 h/d = 1 jornada de trabalho). O valor deve ser comparado com o preço de
mercado da força de trabalho.
sendo:
Qh/d = quantidade de força de trabalho utilizada no ciclo produtivo da linha
de exploração ou a quantidade total anual de força de trabalho familiar utilizada pela
unidade de produção.
d) Termo de Intercâmbio (TI) - índice de apropriação da RB pelo mercado
TI = Vbcc/RB
sendo:
TI = termo de intercâmbio
Vbcc = valor dos bens de consumo comprados
RB = renda bruta total
Resultado Bruto Total
1. Resultado Bruto Total da Unidade de Produção Familiar
A Renda Bruta Total da UPF é o resultado do somatório da Renda Bruta
(RB) da produção com a renda oriunda das transferências de renda (bolsa escola,
família etc.) e do assalariamento fora da UPF. A RBT é calculada para o conjunto da
UPF e dos membros da família, sendo obtida pela fórmula:
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
RBT = RB + RT + RA
sendo:
RB = renda bruta
RT = renda das transferências monetárias (municipal, estadual e federal)
RA = renda de assalariamento fora da UPF
3.2.3 Índice de Desenvolvimento Familiar Rural (IDF-R)
A busca por indicadores que possam identificar o nível de
desenvolvimento humano em todo o planeta culminou com a criação do Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), no início da década de 1990. Esse índice tornou-se
referência mundial em termos de comparação entre as diversas regiões, municípios,
estados e países, no que diz respeito, essencialmente, à categorização destes em
termos de nível de pobreza.
Entretanto, considera-se que os indicadores utilizados na composição do
IDH são insuficientes para expressar as diversas dimensões das condições de vida
e, principalmente, para ordenar diversas situações sociais. O IDH baseia-se em
apenas quatro indicadores: educação (alfabetização e taxa de matrícula),
longevidade (esperança de vida ao nascer) e renda (PIB per capita).
Portanto, Paes de Barros, Carvalho e Franco (2003) propõem um outro
indicador sintético, denominado Índice de Desenvolvimento da Família (IDF), mais
adequado às diversas situações sociais, buscando superar algumas das principais
limitações do IDH, especialmente, no tocante à quantidade de indicadores
considerados na construção do índice, além do levantamento de informações em
nível familiar.
A proposição inicial do IDF seria trabalhar com 06 dimensões das
condições de vida (vulnerabilidade, acesso ao conhecimento, acesso ao trabalho,
disponibilidade de recursos, desenvolvimento infantil e condições habitacionais),
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
perfazendo um total de 48 indicadores. Ademais, esse índice foi construído com a
intenção de se utilizar os indicadores gerados pela PNAD/IBGE, além do Cadastro
Único, implementado pela Caixa Econômica Federal.
O presente trabalho busca construir o IDF conforme a metodologia
proposta por seus autores. No entanto, busca-se também enquadrá-lo às
especificidades locais, adequando os indicadores às peculiaridades da produção
familiar rural da região de estudo, construindo um Índice de Desenvolvimento
Familiar Rural (IDF-R).
3.2.3.1 Aspectos metodológicos do IDF-R
A partir da metodologia do projeto ASPF foram implementadas várias
reuniões de trabalho, com as diversas instituições/pesquisadores que atuam junto às
comunidades rurais de Rio Branco, com o intuito de adequar os indicadores,
previstos na construção do IDF, ao contexto da região e construir o IDF-R.
Como o próprio título do índice propõe, a unidade de análise é a Unidade
de Produção Familiar Rural (UPF), cuja composição é realizada pela agregação das
informações dos integrantes da família que moram na UPF.
O IDF-R varia entre 0 e 1, o que significa que quanto mais próximo de 1,
melhores serão as condições de vida da família.
O IDF original considera seis dimensões básicas das condições de vida,
compreendendo um total de 48 indicadores, sendo adotado um sistema de pesos
neutros na composição dos indicadores. Na construção do IDF-R, uma das
dimensões originais (acesso ao conhecimento) foi transformada em duas (acesso ao
ensino escolar e acesso ao conhecimento profissional e tradicional), além de ser
incluída uma dimensão ambiental perfazendo um total de oito dimensões
consideradas. Além disso, alguns indicadores foram ajustados ao contexto rural. A
neutralidade dos pesos é mantida, ou seja, a síntese dos indicadores de cada
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
dimensão, bem como o IDF-R – resultado da síntese das dimensões –, será
constituída pela média aritmética simples dos referidos indicadores.
Portanto, o IDF-R será representado pela fórmula:
IDF-R = (IV+IE+IC+IT+IR+ID+IH+IA)/8
Sendo,
IV – Índice de ausência de vulnerabilidade IE – Índice de acesso ao ensino IC – Índice de acesso ao conhecimento profissional e tradicional IT – Índice de acesso ao trabalho IR – Índice de disponibilidade de recurso ID – Índice de desenvolvimento infantil IH – Índice de condições habitacionais IA – Índice de condições ambientais
O IV será calculado pela fórmula:
IV = [(V1+V2+V3+V4+V5)/5 + (V6+V7)/2 + (V8+V9)/2 + (V10+V11)/2]/4
Sendo,
INDICADORES DE AUSÊNCIA DE VULNERABILIDADE DAS FAMÍLIAS
Fecundidade
V1. Ausência de Gestantes
V2. Ausência de Mães Amamentando
V3. Ausência de Crianças (0-6 anos)
V4. Ausência de Crianças/ Adolescentes (0-14 anos)
V5. Ausência de Crianças/ Adolescentes/ Jovens (0-17 anos)
V6. Ausência de Portadores de Deficiência
Atenção e cuidados especiais com idosos V7. Ausência de idoso
Dependência econômica
V9. Mais da metade dos Membros Encontra-se em Idade Ativa (16 a 66 anos)
Presença da mãe
V10. Não existe criança no domicílio cuja mãe tenha morrido
V11. Não existe criança no domicílio que não viva com a mãe
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
O IE será calculado pela fórmula:
IE = [(E1+E2)/2 + (E3+E4+E5)/3]/2
Sendo,
INDICADORES DE ACESSO AO ENSINO ESCOLAR
Analfabetismo
E1. Ausência de adulto analfabeto (idade igual ou maior de 18 anos)
E2. Ausência de adulto analfabeto funcional
Escolaridade
E3. Presença de pelo menos um adulto com fundamental completo
E4. Presença de pelo menos um adulto com ensino médio completo
E5. Presença de pelo menos um adulto com alguma educação superior
O IC será calculado pela fórmula:
IC = (C1+C2+C3)/3
Sendo,
INDICADORES DE ACESSO AO CONHECIMENTO PROFISSIONAL E
TRADICIONAL
C1. Presença de pelos menos um trabalhador com alguma profissão ou habilidade especial
Qualificação profissional/habilidade especial
C2. Presença de pelos menos um trabalhador com alguma profissão ou habilidade especial que atue na área
C3. Presença de pelos menos um trabalhador com algum treinamento ou capacitação
O IT será calculado pela fórmula:
IT = (T1+T2+T3)/3
Sendo,
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
INDICADORES DE ACESSO AO TRABALHO
Disponibilidade de trabalho
T1. Mais da metade dos membros em idade ativa encontra-se ocupada
T2. Todos os membros em idade ativa estão usando mais da metade de sua disponibilidade de mão-de-obra na produção
T3. Ausência de assalariamento fora da UPF
O IR será calculado pela fórmula:
IR = (R1+R2+R3)/3
Sendo,
INDICADORES DE DISPONIBILIDADE DE RECURSOS
Extrema pobreza R1. Renda familiar superior à linha de extrema pobreza
Pobreza R2. Renda familiar superior à linha de pobreza
Capacidade de geração de renda R3. Maior parte da renda familiar não advém de transferências
O ID será calculado pela fórmula:
ID = [(D1+D2)/2 + (D3+D4+D5)/3 + (D6+D7+D8+D9)/4 +
(D10+D11+D12)/3]/4
Sendo,
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Trabalho precoce
D1. Ausência de criança com menos de 10 anos trabalhando
D2. Ausência de criança com menos de 14 anos trabalhando
Acesso a escola
D3. Ausência de criança de 7-14 anos fora da escola
D4. Ausência de criança de 7-17 anos fora da escola
D5. Ausência de criança de até 14 anos com mais de 2 anos de atraso
Progresso escolar
D6. Ausência de adolescente de 10 a 14 anos analfabeto
D7. Ausência de jovem de 15 a 17 anos analfabeto D8. Ausência de jovem de 07 a 17 anos que se evadiram da escola
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
D9. Ausência de mãe cujo filho tenha morrido
Mortalidade infantil
D10. Há, no máximo, uma mãe cujo filho tenha morrido
D11. Ausência de mãe com filho nascido morto
O IH será calculado pela fórmula:
IH = [(H1+H2)/2+H3+H4+H5+H6+H7+H8+(H9+H10+H11+H12)/4]/8
Sendo,
INDICADORES DE CONDIÇÕES HABITACIONAIS
Domicílio H1. Domicílio próprio
H2. Domicílio próprio ou cedido
Déficit habitacional H3. Densidade de até 2 moradores por cômodo
Abrigabilidade H4. Material de construção permanente
Acesso a abastecimento de água H5. Acesso adequado a água
Acesso a saneamento H6. Esgotamento sanitário adequado
Acesso a coleta de lixo H7. Lixo é coletado
Acesso a energia elétrica H8. Acesso a eletricidade
Acesso a bens duráveis
H9. Acesso a fogão e geladeira
H10. Acesso a fogão, geladeira, televisão ou rádio
H11. Acesso a fogão, geladeira, televisão ou rádio e telefone
H12. Acesso a fogão, geladeira, televisão ou rádio, telefone e computador
O IA será calculado pela fórmula:
IA = [A1+(A2+A3)/2+(A4+A5)/2]/3
Sendo,
INDICADORES DE CONDIÇÕES AMBIENTAIS
Recursos hídricos A1. Presença de recursos hídricos
Qualidade da água consumida
A2. Presença de origem do abastecimento da água consumida pela família A3. Presença de tratamento da água consumida pela família
Destino da água/esgoto A4. Destino adequado da água servida A5. Destino adequado do esgoto
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
3.2.4 Indicadores de Avaliação Estratégica
A sustentabilidade dos resultados econômicos da produção familiar rural,
além das alternativas produtivas a serem introduzidas nesse ambiente, depende de
uma correta avaliação das estratégias competitivas utilizadas pelos produtores, pois
a manutenção e/ou implementação das alternativas produtivas dependem do
fortalecimento dos recursos humanos, físicos, financeiros, além dos ativos
intangíveis como, por exemplo, a reputação, e das capacitações ou
habilidades/serviços oriundos da combinação de tais ativos.
O presente trabalho busca realizar uma avaliação estratégica dos ativos e
capacitações disponíveis aos produtores rurais familiares de Rio Branco, como
forma de identificar os possíveis gargalos que possam impactar na sustentabilidade
das estratégias competitivas promovidas nesse ambiente, no sentido de orientar os
gestores do empreendimento acerca dos itens que precisam de uma maior atenção.
3.2.4.1 Aspectos metodológicos
Os indicadores utilizados na coleta de informações sobre estratégias
competitivas estão baseados nos trabalhos de AAKER (1989), que categorizou os
ativos e habilidades que foram identificados como vantagens competitivas
sustentáveis em 248 empresas norte-americanas, conforme descrito a seguir:
Vantagens Competitivas Sustentáveis Hierarquizadas por AAKER (1989):
1. Reputação pela qualidade 2. Serviço ao consumidor/apoio ao produto 3. Reconhecimento do nome/altos lucros 4. Manter boa gestão e quadro técnico 5. Produção com baixos custos 6. Recursos Financeiros 7. Orientação ao consumidor/feedback/pesquisa de mercado 8. Amplitude da linha de produtos
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
9. Superioridade técnica 10. Base instalada de consumidores satisfeitos 11. Segmentação/focalização 12. Característica do produto/diferenciação 13. Contínua inovação da produção 14. Parcela de mercado (market share) 15. Tamanho/localização da distribuição 16. Oferecimento de baixo preço/alto valor 17. Conhecimento do negócio 18. Pionerismo 19. Produção eficiente e flexível/operações adaptáveis ao consumidor 20. Efetiva força de venda 21. Habilidade total de marketing 22. Visão compartilhada/cultura 23. Objetivos estratégicos 24. Fonte de poder bem conhecida 25. Localização 26. Efetiva Publicidade/imagem 27. Empreendedorismo 28. Boa coordenação 29. Desenvolvimento de pesquisa técnica 30. Planejamento de Curto Prazo 31. Boas relações com distribuidores
Do mesmo modo, Chandler e Hanks (1994) buscam avaliar o desempenho
dos ativos e habilidades das empresas, além das estratégias competitivas, com
indicadores próximos aos identificados por Aaker, porém agrupando-os em três
grupos estratégicos: inovação, qualidade e liderança de custos.
No primeiro grupo se encontram itens, tais como, habilidade em marketing,
desenvolvimento de novos produtos/processos, novas formas de comercialização
etc. Os itens classificados em relação à qualidade são: habilidade gerencial, pessoas
treinadas para o processo produtivo e em oferecer serviços de alta qualidade aos
consumidores etc. Com relação à liderança de custos, os itens constantes são:
disponibilidade de capital, liderança em plantas e equipamentos, acesso a matéria-
prima de baixo custo, acesso a trabalho de baixo custo etc.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Obviamente, que não se procurou trabalhar todos esses indicadores para
os produtores familiares do ambiente rural do município, visto que os mesmos foram
pesquisados em setores urbanos. No entanto, buscou-se levantar os indicadores
mais adequados à realidade dessa população, com a ressalva de que, como é uma
primeira aproximação, os indicadores podem ser alterados/ajustados com a
maturação deste tipo de levantamento.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA REDE HIDROGRÁFICA DE RIO BRANCO
A rede hidrográfica de Rio Branco compreende tanto áreas rurais como
áreas urbanas, sendo estas responsáveis pela drenagem dos efluentes sanitários
tratados e não tratados da maioria dos bairros da cidade inspirando cuidados do
poder público e da sociedade quanto às atuais formas de uso desses recursos
naturais.
A qualidade das águas, considerando a Resolução do CONAMA 357/05,
quanto aos valores de OD e DBO está distribuída em diversas classes de uso, mas
de modo geral indicam ambientes saudáveis com exceção de alguns trechos dos
igarapés São Francisco e Judia que mostraram sinais de poluição orgânica,
provavelmente provenientes do lançamento de efluentes doméstico in natura. Os
dados de DQO revelam que há uma carga elevada de poluição em alguns cursos
d`água, principalmente em trechos do rio Acre.
De modo geral os indicadores de qualidade das águas desses rios e
igarapés demonstraram tanto a existência de áreas num bom estado de
conservação, a exemplo da sub-bacia do Riozinho do Rola, como também áreas
com graus variados de contaminação, como é o caso da sub-bacia do Igarapé São
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Francisco. É importante salientar que estes corpos d`água superficiais sofrem
influência direta das chuvas fazendo com que o nível de suas águas seja o fator
determinante de sua qualidade ambiental e sanitária, em virtude do efeito de diluição
das águas.
O principal tipo de solo nas sub-bacias dos Riozinhos do Rola, Antimary,
Andirá e Igarapés Judia e Redenção é o Argissolo Vermelho-amarelo com 84,7%,
92,6%, 57,5%, 58,1% e 49,2% respectivamente. Na sub-bacia do igarapé São
Francisco o solo mais representativo é o Luvissolo Háplico com 48,8% e o Argissolo
Vermelho-amarelo com 41,8% da área desta sub-bacia (Anexo 4 – Figura 4). Assim
é possível concluir que grande parte dos solos mapeados em Rio Branco apresenta
restrições nas características químicas e morfológicas em função da fertilidade
natural baixa, condicionado, principalmente, pela toxidez de alumínio, baixa
profundidade efetiva e pela drenagem deficiente.
Nas sub-bacias dos Riozinhos do Rola, Antimary e Andirá o uso e
cobertura do solo é homogêneo e ainda a maior parte do território dessas sub-bacias
e coberta por Florestas, cerca de 88,9%, 81,5% e 53,6% respectivamente. Quanto
às sub-bacias dos igarapés São Francisco, Judia e Redenção contidas no território
de Rio Branco, estas apresentam um padrão de uso diversificado, ou seja, pouca ou
nenhuma área com floresta, grandes áreas ocupadas com pastagens, solo exposto
e área urbana (Mapa em Anexo). Esta situação se explica pelo fato destas sub-
bacias encontrarem-se parcialmente dentro da área urbana da cidade de Rio
Branco.
As Áreas de Preservação Permanente – APP são protegidas nos termos
da Lei Federal nº. 4.771, de 15 de setembro de 1965 - Código Florestal Brasileiro
(BRASIL, 1965). São áreas que possuem a função ambiental de preservar os
recursos hídricos, a paisagem, a biodiversidade entre outros.
A APA do São Francisco, com 30.014,34 hectares, apresenta 71% de seu
território convertido o que contribui com uma área de 19.036 hectares para o
desmatamento municipal. Desta forma, 76 % dos desmatamentos em Rio Branco em
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Unidades de conservação ocorrem na APA do São Francisco. Além de possuir a
maior área convertida das quatro unidades de conservação existentes no município,
ainda possui a maior fragmentação apresentando nos seus limites 1.747 fragmentos
de ação antrópica.
A APA do Amapá, com 5.213,41 hectares, contribui com 1,4% do
desmatamento municipal e sua participação no desmatamento em unidades de
conservação no município de Rio Branco é de 13%. Esta unidade de conservação
apresenta 62% do seu território convertido, e a APA Irineu Serra é a menor Unidade
de Conservação do município com 843,05 hectares e destes, 682 hectares já estão
desmatados o que representa 81% do território.
A Reserva Extrativista Chico Mentes possui 18% do seu território no
município de Rio Branco que correspondem a 165.453,4 hectares. Desta área
apenas 1,3% encontra-se desmatada em 946 fragmentos com uma média de 2,2
hectares por fragmento. Desta forma fica evidente que esta forma de fragmentação
está associada a colocações no interior da floresta e as dificuldades de acesso e
posição destas áreas em relação ao território da Reserva, contribuem para a baixa
taxa de desmatamento.
As áreas de Projetos de Assentamento nas diferentes modalidades
representam 10,1% do território riobranquense. Possuem uma área total 88.822,5
hectares, dos quais 54,1% já se encontram desmatado. São 48.075,77 de área
convertida distribuída em 4.780 fragmentos com uma média de 10,1 hectares.
As sub-bacias do Riozinho do Rola e do igarapé São Francisco
apresentaram as maiores porcentagens de cobertura do solo com Floresta em APP,
cerca de 95% e 80% destas áreas respectivamente. Nas outras sub-bacias é
marcante a presença de capoeira e pastagens nas APP’s
Nas 07 (sete) sub-bacias do município, apenas 02 (duas) tipologias
florestais se destacam pela maior área representativa, a Floresta Aberta com
Palmerias + Floresta Aberta com Bambu (FAP + FAB) no riozinho do Rôla com
24,21% e a tipologia Floresta Aberta com Bambu + Floresta Aberta com Palmeira
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
(FAB + FAP) que se destaca nas outras 05 cinco sub-bacias como a mais
representativa.
Quanto ao desmatamento por sub-bacia constatou-se que há um padrão,
ou seja, quanto mais próximas da mancha urbana da cidade de Rio Branco, maior a
área desmatada. Em termos percentuais as sub-bacias dos igarapés São Francisco
(73,7%), Redenção (87,5%) e Judia (92,0%) são as que possuem a maior parte de
suas áreas desflorestadas, enquanto que as sub-bacias dos Riozinhos do Rola e
Antimary são as que possuem as menores percentagens de desmatamento com
11,7% e 18,4% respectivamente (Anexo 2 – Figura 2).
O desmatamento total das unidades de conservação até o ano de 2007
corresponde a 25.032 ha que contribuem com cerca de 10% do desmatamento
enquanto que as áreas dos Projetos de Assentamento contribuem com 20,0%
(47.596 ha) do desmatamento neste Município. As demais categorias com 69,5% do
desmatamento são áreas de particulares e áreas devolutas.
As áreas utilizadas para agricultura evoluíram para cerca de 7.197 ha o
que corresponde a um incremento de 213%. Além do procedimento metodológico
mais rigoroso para o mapeamento houve uma melhor visualização destas áreas em
função do número de queimadas no município neste ano.
4.2 Diagnóstico Socioeconômico - Seringal São Francisco do Espalha
4.2.1 Dados Gerais das famílias pesquisadas
Realizou-se no entorno de Rio Branco pesquisa socioeconômica no Seringal
São Francisco do Espalha.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
A composição familiar na área pesquisada aponta, de forma geral, para uma
população jovem em que metade de seus membros, formada por crianças e adultos,
representa a maioria da população sem substanciais diferenças entre homens e
mulheres (Figura 7).
Figura 7 – Composição das famílias por faixa etária, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil
A análise geral da composição familiar do Seringal Espalha mostra que a
força de trabalho é balanceada em relação aos homens e mulheres.
4.2.2 Situação da Vulnerabilidade das Famílias
A principal vulnerabilidade a que estão sujeitas as famílias do Seringal
Espalha é a dependência econômica motivada pela composição familiar. De acordo
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
com a figura 8, cerca de 96,3% das famílias que residem no Seringal possuem mais
da metade de seus membros fora da idade economicamente ativa, seguido pela
presença de crianças (0 a 6 anos) e deficientes em quase 30% das famílias.
Figura 8 - Situação das Vulnerabilidades das famílias, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
4.2.3 Situação da Educação Formal
Ao avaliar a educação formal no Seringal Espalha constatou-se que a
participação escolar é mais freqüente e tem maiores desempenhos entre os jovens
que apresentaram índice de analfabetismo zero. No entanto, notou-se que, mesmo
tendo ocorrido melhoras de acesso ao ensino formal, o grau de escolaridade é
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
baixo, tendo em vista que tanto os jovens quanto os adultos não concluíram ensino
fundamental e também apenas 5% dos jovens ingressaram no ensino médio.
Figura 9 - Educação Formal por faixa etária, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil
4.2.4 Situação do Conhecimento Profissional e Tradicional
Em relação ao conhecimento profissional e tradicional constatou-se que, de
modo geral, somente 19% das famíias do Seringal Espalha tiveram acesso a algum
tipo de treinamento e capacitação.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 10 – Percentual de Famílias que tem algum membro que recebeu treinamentos e capacitações, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Analisando os setores produtivos contemplados pelos treinamentos,
observa-se que não foram direcionados adequadamente, capacitações na área de
produção agrícola conforme figura 11.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 11 – Principais tipos de Treinamentos ou Capacitações recebidos por atividade, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco Acre-Brasil
Quando considerados o enquadramento profissional da população em
estudo, evidencia-se que as principais não estão relacionadas com a atividade
produtiva a exemplo das profissões de operador de motosserra, diarista, agente de
saúde e vigia (figura 12).
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 12 – Principais profissões relatadas por UPF (%), Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
4.2.5 Situação do Setor de Saúde
Como consta na figura 13, cerca de 67% das UPFs pesquisadas ocorreram algum
tipo de doença comum. O que evidencia um alto índice, com destaque para malária,
que é comum em regiões com rios e igarapés onde se propricia a formação de
criadouros de mosquito em suas margens.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 13 – Ocorrência de doenças por UPFs (%), Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Na figura 14 são apresentadas as principais doenças comuns ocorridas no
Seringal Espalha em que a gripe apresenta a maior incidência, cerca de 63,2%.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 14 - Principais doenças relatadas, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Podemos também verificar que a ocorrência de doenças crônicas nas famílias
pesquisadas foi relativamente baixa, conforme figura 15, cerca de 19% das UPFs
apresentaram algum tipo de doença crônica.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 15 – Ocorrência de doenças crônicas por UPF (%), Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Das doenças classificadas como crônicas pelo Ministério da Saúde, verifica-
se que as mais relatadas no Seringal Espalha foram reumatismo (33,3%), enquanto
que as demais ficaram em um mesmo patamar de 16,7%. Ressalta-se que tais tipos
de doenças, como hipertensão e diabetes normalmente acontecem em áreas
urbanas, em particular tendo em vista o estilo de vida e alimentação. Isso é
preocupante quando se verifica em áreas rurais.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 16 – Principais doenças crônicas, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Conforme a figura 17, de modo geral as famílias tratam seus problemas de saúde
em seu próprio domícilio, este fato pode estar relacionado a distância das UPFs com
os centros de saúde.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 17 - Local de tratamento de doenças, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
4.2.6 Situação do Desenvolvimento Infantil
No Seringal Espalha, pode-se observar que o problema de maior incidência
quanto ao desenvolvimento infantil refere-se à mortalidade infantil, considerando que
18,5% das UPFs apresentaram tal problema. Em seguida estão à dificuldade de
acesso à escola e o trabalho precoce ambos, com incidência de 14,8% por UPFs,
conforme mostra a figura 18.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 18 - Situação do Desenvolvimento Infantil por UPF (%), Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
4.2.7 Situação das Condições ambientais
Como demonstra a figura 19, o esgoto a céu aberto é o destino
predominante no Seringal Espalha, sendo que a fossa negra, que é menos
prejucicial ao meio ambiente, corresponde apenas 14,8%.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 19 - – Principais destinos do esgoto, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Acre-Brasil 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
A água consumida pelas famílias do Seringal Espalha como mostra a figura
20, é originada principalmente de vertentes/nascente/olho d’água, correspondendo a
40,7%, seguida de rios com 37%, cacimba 25,9% e igarapé 7,4%.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 20 – Principais origens da água consumida, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Acre-Brasil 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
O tratamento da água consumida predominante é a cloração 70,4%, também
é utilizada a água coada, decantada ou sentada e água filtrada.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 21 – Principais tratamentos da água consumida, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Acre-Brasil 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
4.2.8 Situação das Condições Habitacionais
Como não há acesso à energia elétrica convencional, as UPFs do Seringal
São Francisco do Espalha têm acesso à energia através de placa solar e gerador.
Figura 22 – Acesso a energia elétrica por UPF (%), Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Os principais bens duráveis utilizados pelas UPF, como demonstra a figura
23, são o rádio, o fogão, a máquina de costura, a televisão, dentre outros. É notável
que os bens que precisam de energia elétrica para funcionar tem baixa ocorrência,
como a televisão, a antena parabólica e o freezer.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 23 – Ocorrência dos principais itens de bens duráveis por UPF (%), Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
4.2.9 Situação do Acesso aos Recursos Naturais
Dentre as principais formas de acesso à terra no Seringal São Francisco do Espalha,
destacam-se a posse e compra sem escritura pública, havendo também o acesso
pela herança (sem escritura pública), pela compra (com escritura pública) e pela
troca.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 24 – Principais formas de acesso a terra, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Ao analisar as formas de uso da terra, verifica-se que predomina a floresta, sendo
observado, no entanto, que há também áreas destinadas ao pasto, ao roçado,
capoeira e também área sem condição de uso.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 25 – Percentual dos principais tipos de uso da terra, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
4.2.10 Situação do Capital das Unidades Produtivas Familiares
O índice de capitalização (IK) do Seringal São Francisco do Espalha
caracterizam os produtores como pequenos produtores simples, enquadrando-os no
processo produtivo com intensividade de utilização de mão-de-obra em relação ao
uso de máquinas e equipamentos.
Figura 26 – Índice mediano de Capitalização (IK) das UPFs, Seringal São Francisco do
Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre, Brasil.
O uso de capital fixo no Seringal São Francisco do Espalha, refletido pelo índice de
capitalização, é composto por ferrmentas e equipamentos tradicionais,
predominantemente manuais.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 27 – Percentual de ocorrência dos tipos de capitais fixos – máquinas, equipamentos e ferramentas em mais da metade das UPFs, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
A ocorrência de insumos pelas UPFs do Seringal São Francisco do Espalha
além de ser baixa, é caracterizada pela utilização de instrumentos rústicos,
demonstrando a baixa ou falta de inovação tecnológica no processo produtivo.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 28 - Percentual de ocorrência dos tipos de capitais circulantes – insumos, em mais da metade das UPFs, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Os principais investimentos em capital fixo pelas UPFs do Seringal São
Francisco do Espalha são destinados à construção de paiol, cerca, chiqueiro e casa
de farinha.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 29 - Percentual de ocorrência dos tipos de capitais fixos – benfeitorias, em mais da metade das UPFs, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasi
Como demonstra a figura 30, apenas 11,1% das UPFs do Seringal São
Francisco do Espalha pegaram crédito bancário, o que pode justificar a pouca
utilização de insumos e equipamentos.
l
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 30 – Percentual de UPFs que obtiveram algum tipo de crédito bancário, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Foram identificadas duas linhas de crédito que as UPFs do Seringal São
Francisco do Espalha tiveram acesso: a principal foi Procera/Basa com 66,7% e o
Prorural com 33,3%.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 31 – Percentual de ocorrência das principais linhas de créditos identificadas entre as UPFs financiadas, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Os recursos adquiridos pelas UPFs através de financiamentos são
destinados à linha de exploração da borracha e para criação de bois.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 32 – Principais linhas de Exploração beneficiadas pelos financiamentos obtidos pelas UPFs, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
4.2.11 Situação do Desempenho Econômico – Renda Bruta Total vs. Custo Total
Analisando o desempenho econômico das UPFs do Seringal São Francisco
do Espalha, observa-se que os custos totais são maiores que a renda bruta total,
configurando a necessidade que os produtores têm de complementar a renda com
assalariamento fora da UPF ou através de rendas advindas de transferências
governamentais.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 33 - Relação entre Renda Bruta Total, Custo Total, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
O tipo de renda das UPFs do Seringal São Francisco do Espalha com maior
ocorrência é a Renda Bruta, a qual representa 92,6% das ocorrências, seguida pela
Renda de Assalariamento, com 37% e Renda de Transferências Governamentais,
com 29,6% conforme a figura 34.
Obs.: RT – Renda de Transferências Governamentais; RA – Renda de Assalariamento; RB – Renda Bruta
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 34 - Ocorrência dos tipos de renda por UPFs (%),Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Os custos totais por UPF no Seringal São Francisco do Espalha compõem-
se majoritariamente por custos fixos, 83%, como está exposto na figura 36.
Figura 35 – Principais componentes do Custo Total (CT) mediano, por UPF, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Obs.: RB – Renda Bruta; RA – Renda de Assalariamento; RT – Renda de Transferências Governamentais
Obs.: CF – Custo Fixo; CV – Custo Variável
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
4.2.12 Situação do Desempenho Econômico – Ocupação da Força de Trabalho
Observando a figura 37, verifica-se que a força de trabalho familiar
disponível está quase totalmente empregada na produção, apresentando nível de
ocupação de 93,5%, sendo que há também exploração da força de trabalho além da
disponibilidade, ou seja, 37% da força de trabalha disponível é super-explorada. Isso
significa dizer que há jornadas de trabalho além das 8 horas, podendo ocorrer
também, exploração da força de trabalho infantil e de idosos.
Figura 36 - Percentual de ocupação da força de trabalho familiar, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Conforme mostra a figura 38, o alto índice de famílias do Seringal São
Francisco do Espalha que tiveram algum membro da família que obteve
assalariamento fora da UPF é alto. Isso está associado a questões como a baixa
renda advinda da produção.
Obs.: FTFO – Força de Trabalho Familiar Ocupada; FTFO+ - Utilização da Força de Trabalho Familiar Além da Disponibilidade
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 37 – Percentual de famílias que tiveram algum membro se assalariando fora da UPF, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre, Brasil.
4.2.13 Situação do Desempenho Econômico – Linha de Dependência do Mercado
Ao analisar a Linha de Dependência do Mercado (LDM), percebe-se que a
apropriação de renda por parte das famílias, explicitada pela Margem Bruta Familiar
(MBF), encontra-se muito abaixo do necessário para a manutenção das famílias,
conforme aponta a figura 39.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 38 - Linha de Dependência do Mercado, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
De acordo com a LDM, de aproximadamente R$ 400,00/mês é a
remuneração necessária para cobrir as necessidades das famílias tanto com
reposição de capital fixo quanto com bens adquiridos no mercado.
Verifica-se na figura 39 que apenas 25% das famílias tiveram renda igual ou
superior a R$ 400,00/mês, ficando as demais famílias, 75%, com renda inferior à
renda necessária. Observa-se também que aproximadamente 60% das famílias do
Seringal São Francisco do Espalha não alcançaram a metade da renda calculada
para cobrir suas necessidades.
Obs:MBF – Margem Bruta Familiar;LDM – Linha de Desenvolvimento do Mercado
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
A principal dependência de mercado do Seringal São Francisco do Espalha
está representada pelas mercadorias, ou seja, pelos bens comprados no mercado.
Isso configura tanto o fato de que a produção não é suficiente para cobrir as
necessidades das UPFs como também o fato de que o autoconsumo tende a ser
reduzido.
Figura 39 - Composição da Linha de Dependência do Mercado, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
4.2.14 Situação do Desempenho Econômico – Renda Bruta Total vs. Linha de Dependência do Mercado
Obs.: BCC-M – Bens Comprados no Mercado; BCC-S – Serviços Comprados no Mercado; CF – Custo Fixo
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Como está demonstrada na figura 41, a renda bruta merece atenção
redobrada. Com os custos de produção representando, praticamente, o dobro da
renda bruta gerada, as famílias não conseguem obter resultado positivo com a
atividade produtiva, pelo contrário, os custos ficaram consideravelmente superiores à
renda.
Figura 40 - Relação entre Renda Bruta Total (RB+RA+RT), Custo Total (CT) e Linha de Dependência do Mercado (LDM), Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco Acre-Brasil.
Mesmo ao somar a renda de assalariamento e a renda de transferência, em
média, a renda total disponível manteve-se abaixo da remuneração ideal para a
cobertura com os gastos no mercado.
Mais uma vez, é necessário reforçar a atividade produtiva, melhorando a
eficiência produtiva e de geração de renda.
Obs.: LDM – Linha de Dependência do Mercado; CT – Custo Total; RT – Renda de Transferências
Governamentais; RA – Renda de Assalariamento
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
4.2.15 Situação do Desempenho Econômico – Geração de Renda Bruta
Ao analisar a evolução da geração de Renda Bruta, verifica-se que a criação
de animais é a atividade com maior influência, correspondendo à 53,88% da
composição da Renda Bruta. Em seguida estão o extrativismo e a agricultura,
correspondendo a 28,6% e 17,52%, respectivamente, da geração de Renda Bruta
no Seringal São Francisco do Espalha, como mostra a tabela 1.
Tabela 1 – Evolução da Geração de Renda Bruta por linha de exploração, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Linha de Exploração Geração de Renda Bruta (%)
Seringal São Francisco do Espalha
Agricultura 17.866, 17,52%
FEIJÃO 7.440, 7,30%
MACAXEIRA 6.560, 6,43%
OUTROS 3.866, 3,79%
Criações 54.936,7 53,88%
CRIAÇÃO DE PORCOS 16.815, 16,49%
CRIAÇÃO DE BOIS/Leite/Queijo 15.830, 15,52%
CRIAÇÃO DE AVES/Ovos 11.150, 10,93%
CRIAÇÃO DE OVELHAS 10.541,7 10,34%
CRIAÇÃO DE PEIXES 600, 0,59%
Extrativismo 29.166, 28,60%
CASTANHA 20.320, 19,93%
BORRACHA 8.846, 8,68%
4.2.16 Situação do Desempenho Econômico – Principais Produtos
Observando a tabela 2, percebe-se que as linhas de exploração que tem
maior influência na geração da Renda Bruta, são também as que obtém melhor
resultado econômico, identificado pleo Índice de Eficiência Econômica (IEE).
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Em geral, a criação de animais é a linha de exploração com melhor IEE,
destacando-se a criação de porco com IEE acima de 5, demonstrando que os
produtores voltadas a essa linha de exploração vem alcançando resultados
econômicos lucrativos. O mesmo não ocorre com a produção agrícola nem
extrativista, que apresentam o IEE abaixo de 1, ou seja, o resultado da produção
tanto do feijão, da farinha de mandioca, como da castanha, implica prejuízo aos
produtores.
Tabela 2 – Evolução do desempenho econômico dos principais produtos, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Linha de Exploração
MBF/Qh/d (R$)
MBF/RB
IEE Custo
Unitário (R$)
Preço (R$)
Qtde Pict
Feijão 23,02 0,96 0,78 1,02 0,80 600,00 640,31 Farinha de mandioca 24,81 0,81 0,59 1,37 0,80 500,00 1780,25 Porcos 216,51 1,00 4,58 8,89 100,00 25,00 3,08 Boi 39,89 0,91 1,24 196,89 200,00 3,00 2,55
Aves 113,66 0,99 2,41 4,16 10,00 55,00 12,36 Ovelhas 0,00 0,86 0,97 17,20 50,00 14,00 4,35 Castanha 21,52 0,95 0,52 15,69 10,00 62,50 125,38
Um indicador do desempenho econômico a ser analisado com atenção
minuciosa é a remuneração da força de trabalho familiar, (MBF/Qh/d) dos principais
produtos do Seringal São Francisco do Espalha que proporcionam um valor superior
ao custo de oportunidade (R$ 20,00), destacando-se a remuneração da criação de
porcos, aves e ovelhas.
Quanto a apropriação da renda bruta, demonstrada pela MBF/RB, esta
indica que mais de 90% da renda bruta gerada pelos principais produtos do Seringal
Obs.: MBF/Qh/d - Remuneração diária da força de trabalho familiar; MBF - Margem Bruta Familiar; RB - Renda Bruta; IEE - Índice de Eficiência Econômica;; Qtde – Quantidade; Pict – Ponto de Igualação dos Custos Totais
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
São Francisco do Espalha, com exceção da farinha de mandioca, é embolsada
pelos produtores, o que aponta boas possibilidades para o investimento em novas
tecnologias no processo produtivo.
4.2.17 Situação do Desempenho Econômico das Unidades de Produção
De forma geral, a situação do Seringal São Francisco do Espalha, analisada
a partir do IEE, demonstra que as unidades obtêm resultados ineficientes, visto que
para cada R$ 1,00 de custo se gera em torno de R$ 0,79 de renda, como aponta a
tabela 3, o que ocasiona o desequilíbrio das famílias, tendo em vista que os custos
excedem de forma significativa a renda obtida.
Tabela 3 – Desempenho Econômico mediano por UPF, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Indicadores Econômicos Unidade Agricultura
RB R$/mês 236,67
RL R$/mês 134,18
MBF R$/mês 190,93
AC R$/mês 244,10
NV R$/mês 532,62
IEE und. 0,79
MBF/RB und. 0,93
MBF/Qh/d R$/dia 30,49
Diante dos dados, nota-se que nas UPFs há tanto atividades rentáveis como
ineficientes, sendo que estas só conseguem subsistir por serem financiadas pelas
primeiras. Dessa forma, faz-se necessário um planejamento minucioso das
atividades produtivas do Seringal São Francisco do Espalha, que trate de resolver os
problemas de ineficiência e fortalecer as atividades rentáveis.
Obs.: Resultados medianos por UPF; RB – Renda Bruta; RL – Renda Líquida; MBF – Margem Bruta Familiar; AC – Autoconsumo; NV – Nível de Vida; IEE – Índice de Eficiência Econômica; - MBF/Qh/d - Índice de Remuneração da Força de Trabalho Familiar
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Nota-se que as atividades produtivas remuneram a força de trabalho familiar
diariamente em aproximadamente R$ 30,00, estando acima da remuneração local,
que gira em torno de R$ 20,00. No entanto, mesmo sendo uma boa remuneração,
há ainda a necessidade de se buscar renda fora da unidade produtiva, devido à
insuficiência da renda gerada pela produção, como indica a figura 41.
Pode-se observar que essa insuficiência de renda está relacionada não só à
ineficiência de algumas atividades, mas também está estreitamente ligada à
dependência de mercado por parte das famílias nos gastos de consumo,
considerando que estes superam a remuneração obtida nas UPFs.
O nível de vida é outro indicador que requer atenção, ao observá-lo,
percebe-se que em termos monetários, as famílias do Seringal São Francisco do
Espalha conseguiram rendimentos em dinheiro e/ou produtos em torno de R$
532,62 mensais, um valor acima do salário mínimo. Se compararmos esse valor com
os rendimentos das famílias que vivem nas periferias urbanas, percebe-se que é
indiscutível a recompensa que essas famílias têm em permanecer no seringal, tendo
em vista que as condições de vida dessas famílias podem avançar sendo
melhoradas muito mais.
4.2.18 Índice de Desenvolvimento Familiar Rural (IDF-R) – Resultados
O IDF-R no Seringal São Francisco do Espalha é considerado regular, tendo
em vista que se encontra abaixo de 0,5 de acordo com a figura 42.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 41 – Índice de Desenvolvimento Familiar Rural (IDF-R) e seus componentes, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco Acre-Brasil.
Este desempenho pode ser melhorado a partir do direcionamento de ações
para todos os componentes do IDF-R, mostrado na figura 42. Evidencia-se a
disponibilidade de rendimentos (IR) como uma das componentes do indicador que
deve ser reforçada, tendo em vista que ela indica que a capacidade de geração de
renda no Seringal Espalha é apenas regular. Outras dimensões das condições de
vida que necessitam de maior atenção são: o acesso ao conhecimento profissional e
tradicional, relacionado essencialmente a treinamentos e capacitações; e acesso a
educação formal.
4.2.19 Avaliação Estratégica - Resultados
Obs.: ID – Índice de Desenvolvimento Infantil; IT – Índice de Acesso ao Trabalho; IA – Índice de Condições Ambientais; IV – Índice de Ausência de Vulnerabilidade; IH – Índice de Condições Habitacionais; IE – Índice de Acesso ao Ensino; IC - Índice de Acesso ao Conhecimento Profissional e Tradicional; IR - Índice de Disponibilidade de Recurso; IDF-R – Índice de Desenvolvimento Familiar Rural
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Do ponto de vista da disponibilidade de ativos e capacitações competitivas,
segundo o gráfico 36, de forma geral no Seringal Espalha há mais desvantagens do
que vantagens competitivas.
Figura 42 – Percentual de UPFs que têm o dobro de vantagens em relação às desvantagens de ativos e capacitações competitivas, Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Em relação às principais desvantagens, entre os ativos e capacitações
disponíveis, apontadas pelos produtores, destacam-se a assistência técnica, além
de disponibilidade de capital (próprio) para o processo de comercialização. Se por
um lado, a maior parte dos produtores obteve resultados econômicos negativos, por
outro lado, demonstram ter conhecimento de suas limitações e do que necessitam
para melhorar seu desempenho (figura 44).
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 43 – Principais desvantagens competitivas relatadas por UPF (%), Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Dentre os ativos e capacitações disponíveis para as UPFs pesquisadas que
proporcionam vantagens competitivas aos produtores, destaca-se conhecimento do
negócio, reputação pela qualidade, localização e flexibilidade para adaptar a novas
tendências do mercado, de acordo com o gráfico 38. Tais vantagens são
estratégicas para balizar progressos nas linhas de exploração existentes ou para
viabilizar potenciais linhas de exploração na região.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 44 – Principais Vantagens competitivas relatadas por UPF (%),Seringal São Francisco do Espalha, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
5 Diagnóstico Socioeconômico nos Projetos de Assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA
Foram implementados pelo governo federal, por intermédio do INCRA, na
região, projetos de assentamentos (PAs) para acomodação das famílias
expropriadas dos antigos seringais, além de outras oriundas do centro-sul do país.
Ademais, enormes contigentes populacionais não contemplados pelos PAs
migraram para as periferias das cidades.
A implantação dos projetos de assentamento foi uma forma encontrada pelo
Governo Federal não só de trazer os trabalhadores rurais ao campo amenizando um
pouco o conflito pela terra, mas também uma forma de ocupar a Amazônia e integrá-
la ao resto do país. Segundo Magalhães (1990, pág.23) o governo, ao lançar o I
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
PND (I Plano Nacional de Desenvolvimento), provocou uma grande exaltação
nacional entusiasmando muitos setores governamentais.
Nesse contexto o Governo implanta um modelo de projeto de assentamento na
tentativa de amenizar as tensões sociais presentes no campo, de acordo com
Bergamasco e Norder (1996, p. 07) podemos definir os projetos de assentamento
"como sendo a criação de novas unidades de produção agrícola por meio de
políticas governamentais visando o reordenamento do uso da terra em benefício de
trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra." É nessa tentativa de amenizar
não somente os conflitos agrários gerados pela ocupação desordenada na
Amazônia como também diminuir as especulações fundiárias que se faziam
presentes em nosso Estado que se fez necessário sua implantação.
A partir do diagnóstico socioeconômico destes projetos, será possível ordenar
o processo de ocupação territorial, direcionando os produtores para as atividades
agropecuárias ou extrativistas, que tenham mais êxito neste ambiente, adotando,
assim, práticas de manejo que se adéqüem à situação atual do solo e às condições
socioeconômicas dos produtores.
Este diagnóstico teve como objetivo principal a realização de um diagnóstico
socioeconômico em todos os projetos de assentamento do INCRA no município de
Rio Branco.
Com o Zoneamento Econômico, Ambiental, Social e Cultural do Município de
Rio Branco, busca-se priorizar essas áreas a partir da identificação das
potencialidades e fragilidades que se apresentam a essa população assentada,
tendo em vista o aumento e consolidação da qualidade de vida da produção familiar
da região de estudo.
Assim, o presente estudo servirá como referência aos gestores públicos e para
a própria comunidade no sentido de caminhar para um efetivo desenvolvimento
sustentável.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
5.1 Dados Gerais das famílias pesquisadas
Realizou-se no entorno do Município de Rio Branco pesquisa sócio-
econômica em 10 (dez) Projetos de Assentamentos (PA) Agrícolas: PA Carão, PA
Moreno Maia, PA Figueira, PA Colibri, PA Boa Água, PA Oriente, PA Vista Alegre,
PA Benfica, PA Baixa Verde e PA Itamaraty.
As áreas de Projetos de Assentamento nas diferentes modalidades
representam 10,1% do território riobranquense. Possuem uma área total 88.822,5
hectares, dos quais 54,1% já se encontram desmatado. São 48.075,77 de área
convertida distribuída em 4.780 fragmentos com uma média de 10,1 hectares
A composição familiar nas áreas pesquisadas aponta, de forma geral, para
uma população jovem em que 1/3 de seus membros, formada por crianças e
adultos, representa a maioria da população sem substanciais diferenças entre
homens e mulheres (figura 46).
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 45 – Composição das famílias por faixa etária, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre, Brasil.
A análise geral da composição familiar dos PAs mostra que a força de
trabalho é balanceada em relação aos homens e mulheres. Já em relação aos
jovens e adultos, há uma predominância dos jovens que representam 53%, o que
reduz a mão de obra familiar, considerando que estes geralmente se dedicam
menos às atividades produtivas devido às atividades escolares.
5.2 Vulnerabilidade das Famílias
A principal vulnerabilidade a que estão sujeitas as famílias dos PAs é a
dependência econômica motivada pela composição familiar. De acordo com o
gráfico 3, cerca de 77% das famílias que residem nos PAs possuem mais da metade
de seus membros fora da idade economicamente ativa, seguido pela presença de
crianças (0 a 6 anos) em mais de 60% das famílias.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 46 – Situação das Vulnerabilidades das famílias dos PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
5.3 Educação Formal
Ao avaliar a educação formal nos PAs pesquisados constatou-se que a
participação escolar é mais freqüente e tem maiores desempenhos entre as crianças
e os jovens, estes apresentaram um baixo índice de analfabetismo. No entanto,
notou-se que, mesmo tendo ocorrido melhoras de acesso ao ensino formal, o grau
de escolaridade é baixo, tendo em vista que tanto os jovens quanto os adultos não
concluíram ensino fundamental e também apenas 7% dos adultos ingressaram no
ensino médio.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 47 – Educação Formal por faixa etária, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
5.4 CONHECIMENTO PROFISSIONAL E TRADICIONAL
Em relação ao conhecimento profissional e tradicional constatou-se que, de
modo geral, 54% das famílias dos PAs tiveram acesso a algum tipo de treinamento e
capacitação, sendo que na maioria dos PAs, esse acesso foi possibilitado a mais de
50% das famílias, conforme mostra a figura 48.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 48 – Percentual de famílias que tem algum membro que recebeu treinamentos e capacitações PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
O PA Vista Alegre foi o que apresentou maior percentual de famílias que
receberam treinamento e capacitação, 91%, enquanto o percentual do PA Oriente foi
11%, o menor de todos os PAs.
5.5 SAÚDE
De acordo com a figura 49, verifica-se que dentre as áreas pesquisadas, o
PA Figueira apresenta a menor incidência de doenças, ocorridas em
aproximadamente 38% das famílias, enquanto que a maior ocorrência é detectada
no PA Vista Alegre com cerca de 73% das famílias. No entanto, considerando todos
os Pólos nota-se que em aproximadamente 52% das UPFs ocorreu algum tipo de
doença no período pesquisado.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 49 – Ocorrência de doenças por UPFs (%),PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
Na figura 50 são apresentadas as principais doenças comuns ocorridas nos
PAs, em que a gripe apresenta a maior incidência, cerca de 28%.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 50 – Principais doenças comuns relatadas, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
Ao observar as ocorrências de doenças crônicas e as doenças comuns que
acometeram os moradores dos PAs pesquisados verifica-se que ocupam a mesma
posição.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 51 – Ocorrência de doenças crônicas por UPF (%),PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
Das doenças classificadas como crônicas pelo Ministério da Saúde, verifica-
se que as mais relatadas nos PAs foram hipertensão, problemas na coluna e
diabetes, com ocorrência de aproximadamente 28%, 12% e 6%, respectivamente.
Ressalta-se que tais tipos de doenças, como hipertensão e diabetes normalmente
acontecem em áreas urbanas, em particular tendo em vista o estilo de vida e
alimentação. Isso é preocupante quando se verifica em áreas rurais.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 52 – Principais doenças crônicas relatadas, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
5.6 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Nos PAs analisados, pode-se observar que o problema de maior incidência
quanto ao desenvolvimento infantil refere-se à mortalidade infantil, considerando que
13% das UPFs apresentaram tal problema. Em seguida estão a dificuldade de
acesso à escola e o trabalho precoce ambos, com incidência de 2% por UPFs,
conforme mostra a figura 53.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 53 – Situação do Desenvolvimento Infantil por UPF (%),PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
5.7 CONDIÇÕES AMBIENTAIS
Como pode se observar na figura 54 predomina nos PAs pesquisados como
o principal destino do esgoto a fossa negra (privada), com exceção apenas do PA
Oriente, onde a principal forma de esgoto é a céu aberto, e no PA Benfica, onde
predomina a fossa séptica.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 54 – Principais destinos do esgoto, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
Conforme o gráfico 55 observa-se que cerca de 80% das UPFs tratam a
água consumida, prevalecendo como forma de tratamento a cloração, em torno de
62%. Salienta-se que pode ocorrer mais de uma forma de tratamento por família.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 55 – Principais tratamentos da água consumida, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
5.8 CONDIÇÕES HABITACIONAIS
O acesso a energia elétrica convencional está presente em 89% das UPFs
pesquisadas, gerando uma tendência de consumo de bens duráveis, conforme a
figura 56.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 56 – Ocorrência dos principais itens de bens duráveis por UPF (%),PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
5.9 ACESSO AOS RECURSOS NATURAIS
Por se tratar de áreas públicas em que os produtores pré-selecionados têm
direito ao uso, a principal forma de acesso a terra nos Projetos de Assentamento é o
contrato de assentamento (32%). Vale salientar, contudo, outras formas de acesso a
terra nem sempre compatíveis com a proposta dos PAs como, por exemplo: compra
(figura 57).
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 57 – Principais formas de acesso a terra, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
Quando observado os principais usos da terra nos PAs, se verifica que em
torno de 44,21% das áreas continuam preservadas, ou seja, continuam sob forma de
florestas, enquanto apenas 3,97% é utilizada para roçado.
No entanto, mais de 30% das terras destina-se ao uso de pastagem, como
mostra o gráfico 58.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 58 – Percentual dos principais tipos de uso da terra, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
De acordo com a figura 59, metade dos Projetos de Assentamentos
pesquisados possui índice de capitalização acima de 2, indicando um alto nível de
utilização de capital do que força de trabalho no processo produtivo.Mesmo alguns
projetos apresentando um elevado IK na maioria das vezes os instrumentos
utilizados no processo produtivo são rústicos, evidenciados pelos tipos de
equipamentos predominantemente manuais, pela baixa utilização de insumos,
principalmente os modernos, além da baixa utilização de tração animal.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 59 – Índice mediano de Capitalização (IK) das UPFs, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre, Brasil.
Com o índice de capitalização maior tem-se que a atividade produtiva torna-
se mais intensiva em capital ou, visto de outra maneira, que a força de trabalho
requerida para tal atividade é menor. Isso significa, respectivamente, ou aumento de
produtividade ou liberação da força de trabalho, a qual pode ser direcionada para
outras atividades produtivas.
Os dois extremos, em termos de capitalização, são os Oriente e Benfica. O
primeiro tem o maior índice de capitalização (7,75) e o maior percentual de famílias
inseridas na atividade de criações. O segundo tem o menor desempenho na
capitalização em torno de 0,3 e a horticultura é sua principal atividade.
De acordo com essa relação e verificando a composição dos custos totais,
na figura 60, deduz-se que o índice de capitalização pode ser influenciado tanto pela
quantidade de força de trabalho requerida para determinada atividade produtiva
quanto pela participação de capital fixo nos custos totais. Ou seja, a quantidade de
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
força familiar requerida por determinada atividade não influencia exclusivamente o
IK.
Figura 60 – Principais componentes do Custo Total (CT) mediano, por UPF, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
No primeiro, quando a necessidade de força de trabalho for menor o índice
de capitalização se elevará, caso contrário se reduzirá. No segundo caso, o índice
de capitalização pode ser reflexo do avolumado capital fixo que a unidade produtiva
disponha.
Obs.: CF – Custo Fixo; CV – Custo Variável
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 61 – Percentual de ocorrência dos tipos de capital fixo – benfeitorias, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
Ao analisar as benfeitorias, materiais de trabalho, animais de trabalho e
insumos nas figuras 61, 62, 63 e 64 verifica-se que os PAs são semelhantes em
termos de capital fixo, sugerindo que o diferencial em termos de capitalização é a
quantidade de instrumentos/materiais de trabalho que cada PA acumula e o nível da
força de trabalho requerida para o desempenho da atividade.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 62 – Percentual de ocorrência dos tipos de capital fixo – máquinas, equipamentos e ferramentas, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
Figura 63 – Percentual de ocorrência dos principais tipos de capital fixo – animais de trabalho, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 64 – Percentual de ocorrência dos tipos de capital circulante – insumos, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
Ao comparar o índice de capitalização com o percentual de UPFs que
acessaram crédito nos PAs verifica-se que nem sempre aquele que mais acessa
crédito é o mais capitalizado. O PA Oriente, que apresentou o melhor índice de
capitalização, não pegou nenhum crédito bancário. Já em outros PAs, como Benfica
e Itamaraty, que tiveram IK menor que 1, estão entre os PAs que apresentaram
maior percentual de UPFs que pegaram crédito bancário, como consta na figura 65.
Não obstante, mesmo para aquelas UPFs que acessaram algum tipo de
crédito bancário, isso não significa que o recurso recebido vai ser canalizado para a
aquisição de novos capitais e revigoramento produtivo, uma vez que se observa que
o destino dos recursos vai para uso comum (figura 68) e que, em muitos casos, são
utilizados para diversos tipos de consumo das famílias.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 65 – Percentual de UPFs que pegaram algum tipo de crédito bancário, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 66 – Percentual de ocorrência das principais linhas de créditos identificadas entre as UPFs financiadas, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
Figura 67 – Principais linhas de exploração beneficiadas pelos financiamentos obtidos pelas UPFs, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
5.10 RENDA BRUTAL TOTAL vs CUSTO TOTAL
De acordo com a figura 68, nos PAs de modo geral, verifica-se que os
custos são maiores que a renda bruta proveniente da atividade produtiva, sendo
necessária a complementação da renda com o assalariamento e as transferências
para tornar as unidades produtivas viáveis.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 68 - Relação entre Renda Bruta Total, Custo Total, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
Os PAs Colibri, Vista Alegre e Itamaraty são exceções ao quadro geral, pois
em todos a renda bruta esteve significativamente acima dos custos associados à
produção. Nestes a renda de assalariamento fora da UPF foi também significativa,
mesmo assim não interferiu no desempenho das UPFs.
No entanto, nos PAs Oriente, Figueira, Baixa Verde e Carão apresentam
desempenho econômico negativo na atividade produtiva. No caso do PA Oriente
nem mesmo a renda de assalariamento foi suficiente para viabilizar a unidade.
Analisou-se que de modo geral nos PAs a renda bruta supera as rendas de
assalariamento e transferências, porém estas não deixam de ser significativa para a
composição da renda bruta total.
Com relação à figura 69, percebemos que a renda de transferência
governamental em sua maioria supera a renda de assalariamento mostrando-se
mais expressivo na composição da renda.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 69 - Ocorrência dos tipos de renda por UPFs (%), PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
Conforme a figura 70, verificou-se que 60% das UPFs mantêm a sua mão-
de-obra familiar economicamente ativa ocupada na produção, demonstrando um alto
índice de desocupação das famílias pesquisadas.
Verifica-se ainda, que um pouco mais de 12% das famílias super-exploram
a força de trabalho familiar, ocasionado por longas jornadas de trabalho e o emprego
de jovens, crianças e idosos além da capacidade produtiva.
Obs.: RB – Renda Bruta; RA – Renda de Assalariamento; RT – Renda de Transferências Governamentais
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 70 - Percentual de ocupação da força de trabalho familiar, PAs, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
O PA Itamaraty é uma exceção, pois, ele apresenta o melhor índice de
ocupação da mão-de-obra familiar, com quase 80% de ocupação produtiva.
Entretanto, esta ocupação ainda é muito baixa, visto que demonstra que muitos
estão deixando de trabalhar na produção para se empregarem fora da unidade de
produção.
É constatado também uma super-exploração da mão-de-obra familiar,
próximo de 10% das UPFs.Destacando-se o PA Benfica com mais de 20% da mão-
de-obra super-explorada. Isto pode ser explicado pelo fato de muitos produtores
preferirem se assalariar fora da UPF dada a proximidade com a zona urbana,
restando os jovens, crianças e idosos somente para o trabalho na produção familiar.
Considerando todos os PAs pesquisados, de acordo com a figura 72,
verifica-se que há um alto índice de assalariamento fora da UPF, visto que em mais
Obs.: FTFO – Força de Trabalho Familiar Ocupada; FTFO+ - Utilização da Força de Trabalho Familiar Além da Disponibilidade
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
da metade das UPFs pesquisadas há algum membro da família exercendo alguma
atividade remunerada fora do lote.
Isto se relaciona diretamente com o nível de ocupação produtiva da força de
trabalho familiar indicada na figura 71. Ou seja, demonstra uma busca de
complementação da renda familiar tendo em vista o baixo nível de atividade
produtiva evidenciado no nível de ocupação familiar. Essa asserção pode ser
corroborada pelos resultados do PA Vista Alegre que apresenta o menor índice de
assalariamento fora da UPF (27%).
Figura 71 – Percentual de famílias que tiveram algum membro se assalariando fora da UPF, Pólos, 2005/2006, Rio Branco, Acre, Brasil.
Em linhas gerais, após a dedução dos custos variáveis, nos Projetos de
Assentamentos pesquisados, percebe-se que a apropriação de renda por parte das
famílias, explicitada pela Margem Bruta Familiar (MBF), encontra-se aquém do
necessário para a manutenção das famílias, conforme aponta a Linha de
Dependência do Mercado (LDM) da figura 72.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 72 - Linha de Dependência do Mercado, Pólos, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Tomando como base a LDM a remuneração necessária para as famílias
cobrir suas necessidades tanto com reposição de capital fixo quanto com bens
comprados no mercado estaria em torno de R$ 928,67/ mês.
Na figura 73, observa-se também que apenas 15% das famílias obtiveram renda
igual ou superior a R$ 928,67/mês, ficando todo resto aquém do necessário.
Constata-se também que em torno de 39% das famílias não alcançaram nem
metade da renda calculada para cobrir suas necessidades.
A composição da LDM é apresentada na figura 73. Neste, verificou-se que
os gastos com capitais fixos têm maior peso na LDM e, neste quesito, salienta-se os
PAs Itamaraty e Vista Alegre.
Obs:MBF/mês – Margem Bruta Familiar; LDM – Linha de Dependência do Mercado
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 73 - Composição da Linha de Dependência do Mercado, Pólos, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Os custos fixos são as principais causas de dependência do mercado
acompanhado das mercadorias. Deduz-se que as famílias não estão utilizando a
disponibilidade de mão-de-obra desocupada ao mesmo tempo em que não estão
produzindo o suficiente para reduzir tal dependência do mercado não avançando em
seu autoconsumo.
5.11 RENDA BRUTAL TOTAL vs. LINHA DE DEPENDENCIA DO MERCADO
Do cenário apontado na figura 74, deduz-se que a renda bruta merece
atenção redobrada. Com os custos de produção acima da renda bruta gerada, as
famílias não obtiveram resultado positivo com a atividade produtiva, pelo contrário,
os custos ficaram superiores à renda bruta.
Obs.: BCC-M – Bens Comprados no Mercado; BCC-S – Serviços Comprados no Mercado; CF – Custo Fixo.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 74 - Relação entre Renda Bruta Total (RB+RA+RT), Custo Total (CT) e Linha de Dependência do Mercado (LDM), Pólos, 2005/2006, Rio Branco, Acre-Brasil.
Mesmo ao somar a renda de assalariamento e a renda de transferência, em
média, a renda total disponível manteve-se abaixo da remuneração ideal para a
cobertura com os gastos no mercado.
Mais uma vez, é necessário reforçar a atividade produtiva, melhorando a
eficiência produtiva e de geração de renda.
5.12 GERAÇÃO DE RENDA BRUTA
Com relação à composição da renda bruta nos Projetos de Assentamentos,
as criações e as hortaliças foram as atividades que mais se destacaram na geração
de renda bruta com 25,92% e 55,59% respectivamente, de acordo com tabela 9.
Obs.: LDM – Linha de Dependência do Mercado; CT – Custo Total; RT – Renda de Transferências Governamentais; RA – Renda de Assalariamento
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Tabela 4 – Geração de Renda Bruta por linha de exploração, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
Linha de Exploração
Geração de Renda Bruta (%)
Benfica Carão Figueira Itamaraty
Moreno Maia
Oriente Colibri Boa
Água Baixa Verde
Vista Alegre
AGRICULTURA 24,73% 22,77% 9,36% 7,05% 51,21% 24,84% 88,91% 21,56% 3,96% 15,11% MACAXEIRA 9,41% 12,84% 4,45% 5,81% 17,02% - 15,01% 14,58% 0,95% 8,74% JERIMUM 3,25% - - - - - 0,72% - - - BANANA 1,61% 0,85% 0,76% - 29,00% - 54,13% 1,84% 0,64% 2,66% MARACUJÁ - 2,89% - - - - - - - - MELANCIA 0,87% - - - - - 5,98% - - 0,17% ABIL 0,01% - - - - - - - - - OUTROS 9,60% 6,19% 4,15% 1,24% 5,19% 24,84% 13,08% 5,14% 2,37% 3,55% CRIAÇÕES 20,05% 64,93% 90,64% 92,95% 47,31% 75,16% 10,68% 57,29% 95,56% 84,89% CRIAÇÃO DE BOIS/Leite/Queijo 14,77% 52,13% 71,50% 82,52% 39,33% 60,09% 5,20% 30,57% 72,95% 6,99% CRIAÇÃO DE PEIXES 1,23% 4,81% 10,12% - 0,36% - 0,73% 12,27% 13,26% 77,34% CRIAÇÃO DE AVES/Ovos 2,50% 4,12% 6,83% 5,01% 6,17% 10,87% 4,32% 6,61% 8,62% 0,33% CRIAÇÃO DE PORCOS 1,33% 3,44% 1,78% 5,43% 0,82% 4,20% 0,33% 7,83% 0,72% 0,01% OUTROS 0,21% 0,42% 0,40% 0,00% 0,63% 0,00% 0,10% 0,00% 0,00% 0,23% EXTRATIVISMO 0,00% 0,20% 0,00% 0,00% 1,48% 0,00% 0,41% 3,22% 0,33% 0,00% MADEIRA - - - - - - 0,26% - - - CARVÃO - 0,20% - - 0,81% - 0,15% 3,22% - - CASTANHA - - - - 0,67% - - - - - BORRACHA - - - - - - - - 0,33% - HORTALIÇAS 55,23% 12,10% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 17,93% 0,15% 0,00% QUIABO 13,18% - - - - - - - - - COUVE 6,43% 3,18% - - - - - - - - PIMENTA DE CHEIRO 4,56% 6,68% - - - - - - - - MAXIXE - - - - - - - - 0,04% - OUTROS 31,05% 2,25% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% - 17,93% 0,15% 0,00%
continua
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
5.12 DESEMPENHO ECONOMICO DOS PRINCIPAIS PRODUTOS
Conforme tabela 10, o desempenho econômico por linha de exploração
indica que os PAs que concentraram sua atuação na produção de macaxeira e
banana obtiveram melhores resultados, tendo em vista que na grande maioria das
respectivas linhas de exploração o Índice de Eficiência Econômica (IEE) mostrou-se
acima de 1, cuja produção esteve acima da produção mínima requerida.
Tabela 5 – Desempenho econômico dos principais produtos, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil. Linha de exploração Unidade MBF/Qh/d MBF/RB IEE
Custo Unit. Preço Qtd. PICT Produtividade
Macaxeira (S) Kg 40,11 0,96 0,80 0,37 0,40 3.000,00 3.752,60 2.865,63 Macaxeira (C) Kg 42,24 0,88 1,16 0,35 0,40 2.875,00 5.486,93 1.314,13 Macaxeira - Farinha (C) Kg 12,53 0,83 0,32 2,53 0,80 1.250,00 4.959,86 1.689,98 Banana Cacho 57,57 0,94 1,15 1,52 3,00 450,00 505,27 1.112,91 Criação de bois Cabeça 61,75 0,84 0,79 376,40 280,00 5,00 6,42 4,61 Criação de peixes Cabeça 12,64 0,44 0,78 5,11 4,00 950,00 778,69 3.690,91 Obs.: MBF/Qh/d - Remuneração diária da força de trabalho familiar; MBF - Margem Bruta Familiar; RB - Renda Bruta; IEE - Índice de Eficiência Econômica; Qtde – Quantidade; C - Consorciada; S – Solteira; Pict – Ponto de Igualação dos Custos Totais.
Ademais, vale notar a remuneração da força de trabalho familiar (MBF/Qh/d)
a partir dos principais produtos dos PAs, que, com exceção da Farinha(C) e da
criação de peixe, proporcionaram um valor superior ao custo de oportunidade da
região (em torno de R$ 20,00), destacando-se a remuneração da banana. Além, o
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
índice MBF/RB indica que mais de 82% da renda bruta gerada por esses produtos é
apropriada (embolsada) pelos produtores. Isto demonstra excelentes possibilidades
para a incorporação de novas tecnologias aos processos produtivos vigentes.
5.13 DESEMPENHO ECONOMICO DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO
A situação geral dos Projetos de Assentamento sob a ótica do índice de
eficiência econômica (IEE) indica que as unidades são ineficientes, pois para cada
R$ 1,00 de custo se gera em torno de R$ 0,60 de renda (ver tabela 11). Mesmo
analisando individualmente cada PA,percebe-se que somente três PAs(Colibri,Boa
Água e Vista Alegre) conseguiram um IEE acima de 1 demonstrando uma situação
de lucro.
Tabela 6: Desempenho Economico mediano por UPF, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Acre - Brasil
Indicadores Econômicos Unidade Geral
Benfica Carão Figueira Itamaraty Moreno
Maia Oriente Colibri
Boa Água
Baixa Verde
Vista Alegre
Renda Bruta R$/mês 533,33 600,00 466,67 333,33 1.445,42 304,17 182,08 1.161,7 681,67
341,6
7 1.329,8
Renda Líquida R$/mês 122,48 63,90 13,70 113,66 729,78 78,18 67,54 909,75 414,35
131,3
0 443,88
Renda Bruta Total R$/mês 918,33 980,00 856,67 570,00 1.536,67 554,58 223,75 1.253,3 1.066,7
805,0
0 1.329,8
Margem Bruta
Familiar R$/mês 330,24 517,33 199,08 227,01 1.027,68 184,34 125,80 957,82 433,46
154,2
2 477,89
Bens de Consumo
Comprados no
Mercado R$/mês 407,03 864,00 611,69 617,18 577,81 511,98 235,65 130,68 252,24
228,5
8 302,07
Linha de
Dependência do
Mercado R$/mês 824,19 1.252,91 1.190,5 1.174,52 1.234,78 892,06 623,63 568,04 620,76
537,5
8 756,32
Autoconsumo R$/mês 166,94 39,30 138,75 126,10 165,00 176,42 303,45 241,26 183,99 168,8 80,23
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
continua
8
Nível de Vida R$/mês 486,64 537,67 487,11 399,30 486,18 333,17 425,25 1.175,9 608,20
290,7
3 1.104,6
Indice de
Eficiência
Econômica und. 0,60 0,47 0,36 0,50 0,77 0,54 0,40 2,04 1,48
0,67
1,06
MBF/RB und. 0,82 0,85 0,74 0,82 0,74 0,82 0,76 0,96 0,93 0,76
0,84
MBF/Qh/d R$/dia 38,11 32,68 14,60 36,39 128,61 21,57 23,62 226,91 99,23 39,84 58,82
Termo de
Intercâmbio und. 0,73 0,77 0,72 1,03 0,74 1,08 1,09 0,10 0,22 0,26 0,21
Assim, observa-se que nas UPFs convivem concomitantemente atividades
produtivas rentáveis com outras ineficientes que, no final das contas, são financiadas
pelas primeiras. Nesse sentido, cabe um minucioso planejamento produtivo das UPFs
em cada PA para a resolução das ineficiências e fortalecimento das atividades rentáveis.
Não obstante, destaca-se que as atividades produtivas remuneram a força
de trabalho familiar diariamente em cerca de R$ 38,11. Apesar de ser uma boa
remuneração, tendo em vista a diária na região girar em torno de R$ 20,00, observou-se
a relevância da remuneração fora da unidade produtiva para a reprodução da mesma,
conforme apontado na figura 75, evidenciando a insuficiência da renda gerada
produtivamente.
Ora, essa insuficiência de renda está estreitamente relacionada à dependência
do mercado por parte das famílias nos gastos de consumo, uma vez que a margem
bruta familiar não está cobrindo os gastos básicos com os bens de consumo comprados
no mercado e muito menos está cobrindo a linha de dependência do mercado.
É importante ressaltar o desempenho econômico dos PAs Itamaraty,Colibri e
Vista Alegre, que proporcionaram medianamente para as famílias uma apropriação (ver
Obs.: Resultados medianos por UPF. RB – Renda Bruta; RL – Renda Líquida; MBF – Margem Bruta Familiar; AC- Auto Consumo; NV – Nível de Vida; IEE – Índice de Eficiência Econômica;MBF/RB - MBF - Margem Bruta Familiar; RB - Renda Bruta; MBF/Qh/d - Remuneração diária da força de trabalho familiar;
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
MBF) da renda gerada em mais de 2 salários mínimos (SM) mensais2, com excelente
remuneração da força de trabalho, além de eficiência econômica favorável.
Outro aspecto a ser observado é o nível de vida, em termos monetários das
famílias assentadas nos PAs, em decorrência de suas atividades produtivas, uma vez
que com exceção do PA Figueira e Moreno Maia, todos os outros pólos conseguiram
rendimentos em dinheiro ou produtos de mais de 1 salário mínimos mensais. Ora,
comparando com os rendimentos das famílias que vivem nas periferias urbanas mais
que compensa continuar morando nos projetos de assentamento, já que se pode ainda
melhorar muito mais as condições de vida dessa população.
5.14 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO FAMILIAR RURAL (IDF-R)
O IDF-R nos Projetos de Assentamentos apresenta-se em um bom nível,
pois está acima de 0,5, conforme apontado na figura 75.
2 R$ 380,00 – até março de 2008.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA - RESULTADOS Figura 75 - Índice de Desenvolvimento Familiar Rural (IDF-R) e seus componentes, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
Este desempenho pode ser melhorado a partir do direcionamento de ações para
todos os componentes do IDF-R, mostrado na figura 75. Evidencia-se a disponibilidade
de rendimentos (IR) como uma das componentes do indicador que deve ser reforçada,
tendo em vista que ela indica que a capacidade de geração de renda nos PAs é apenas
regular. Outras dimensões das condições de vida que necessitam de maior atenção são:
o acesso ao conhecimento profissional e tradicional, relacionado essencialmente a
treinamentos e capacitações; e acesso a educação formal.
Individualmente, o PA Vista Alegre é o que apresenta o maior IDF-R,
contrário ao PA Oriente que vem a ser o que tem o menor IDF-R, segundo a figura
77.
Obs.: ID – Índice de Desenvolvimento Infantil; IT – Índice de Acesso ao Trabalho; IV – Índice de Ausência de Vulnerabilidade; IH – Índice de Condições Habitacionais; IA – Índice de Condições Ambientais; IC - Índice de Acesso ao Conhecimento Profissional e Tradicional; IE – Índice de Acesso ao Ensino; IR - Índice de Disponibilidade de Recurso (Renda); IDF-R – Índice de Desenvolvimento Familiar Rural
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 76 – Índice de Desenvolvimento Familiar Rural (IDF-R), PAs , 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
5.15 VANTAGENS E DESVANTAGENS COMPETITIVAS
Do ponto de vista da disponibilidade de ativos e capacitações competitivas,
segundo a figura 77, de forma geral os PAs pesquisados têm mais desvantagens do que
vantagens competitivas, destacando-se negativamente o PA Boa Água.
Figura 77 – Percentual de UPFs que têm o dobro de vantagens em relação às desvantagens de ativos e capacitações competitivas, PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
Entre as principais desvantagens relatadas pelos produtores estão a assistência
técnica e disponibilidade de capital próprio e de infraestrutura, além do acesso a
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
canais de distribuição de baixo custo, indicando claramente as dificuldades de
geração de renda e incorporação de novas tecnologias (figura 78).
Figura 78 – Principais desvantagens competitivas relatadas por UPF (%), PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
As principais vantagens competitivas estão apresentadas na figura 79,
identificadas com o conhecimento do negócio, além da localização da área, bem
como reputação pela qualidade. Aqui se apresenta as principais fortalezas que
devem ser potencializadas e, obviamente, relacionadas a possíveis reorientações
produtivas.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Figura 79 – Principais Vantagens competitivas relatadas por UPF (%), PAs, 2005/2006 e 2006/2007, Rio Branco, Acre-Brasil.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
6 CONCLUSÕES
6.1 DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO DO SERINGAL SÃO FRANCISCO DO ESPALHA
A área em que está localizado o Seringal São Francisco do Espalha não faz
parte de nenhuma reserva extrativista apesar de estarem localizados muito próximos
a RESEX Chico Mendes, os posseiros que vivem neste Seringal muito deles
provenientes de movimentos sociais lutam para ser inseridos na Reserva
Extrativista.
O que se buscava e ainda se busca para esses posseiros é justamente a
melhoria das condições de vida da população rural a partir de atividades produtivas
e todo o aparato institucional em torno desse empreendimento.Um instrumento
criado para alcançar tais melhorias foi a criação do ZEAS que surge como um
instrumento efetivo para tal intento, priorizando justamente essas áreas como
referência para as políticas públicas municipais para esse tipo de produção.
Talvez uma primeira avaliação do Seringal São Francisco do Espalha nas
UPFs pesquisadas pode ser explicitada pelos próprios moradores dessas áreas,
aonde os mesmos identificam como uma das principais vantagens competitivas das
UPFs seja a localização de suas colocações.
Por outro lado, como principal desvantagem competitiva relatada está a
assistência técnica, que em muitos casos é justificada pela dificuldade de acesso até
o Seringal.
Agora, do ponto de vista educacional, a distância das escolas e outros
centros de ensino é uma desvantagem para a população rural estudada. Pelo menos
no quesito acesso a escola, os dados não tem apresentado bons resultados, embora
ainda sejam detectadas melhorias no acesso ao ensino, tendo em vista quando se
compara jovens e adultos muito ainda tem que ser feito, pois em muitos casos as
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
escolas do meio rural oferecem ensino até a 4° série do ensino fundamental tendo
os jovens que continuar seus estudos distantes do seu local de origem ou quando
isso não é possível acabam por abandonar os estudos.
No que se refere ao ensino informal verificou-se, que uma pequena
quantidade das UPFs tiveram acesso a treinamento e capacitações, sendo que, a
grande maioria destes foram em áreas completamente alheias ao ambiente
produtivo rural.
Em relação às condições de saúde, mesmo que boa parte dos moradores do
Seringal Espalha tenham realizado tratamento no próprio domicílio (principalmente
quando se trata de doenças tidas como comuns, como como gripe e virose, dentre
outras),a distância com os centros urbanos pode ser um dos fatos que leva muitas
famílias a não procurar auxílio médico fora de suas colocações. Entretanto, foram
relatadas algumas doenças crônicas, tais como hipertensão e diabetes, que são
associadas ao ambiente urbano, em particular ao tipo de alimentação e estilo de
vida.
O desenvolvimento infantil apresenta alguns problemas preocupantes, sendo
que o principal refere-se à mortalidade infantil, o qual apresentou incidência
considerável no Seringal, acompanhado pelo difícil acesso à escola e o trabalho
precoce.
Quanto ao desempelho economico das UPFs pesquisadas, podemos
destacar que, em sua grande maioria as familias conseguem obter uma renda
mediana em torno de R$ 532,62 mensais, o que supera o salário mínimo vigente.
Considerando isso como uma vantagem para essas famílias, já que as mesmas
podem melhorar ainda mais sua qualidade de vida no campo, adotando novas
tecnologias que causem o aumento de produtividade e consequentemente o reforço
na sua composição da renda.
De uma forma geral, constata-se que há atividades com bom índice de
eficiência econômica como a criação de porcos e aves, este tipo de atividades são
responsáveis por mais da metade da composição da Renda Bruta. O extrativismo
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
também apresentou forte presença no Seringal São Francisco do Espalha,
sobretudo a atividade extrativa da castanha apesar de sua baixa eficiência
econômica (0,52) ainda assim o produtor consegue uma remuneração da força de
trabalho familiar superior ao custo de oportunidade (R$ 20,00).
O indice de desenvolvimento apresentando é considerado regular, visto que
ainda precisa-se melhorar indices como a disponibilidade de rendimentos (IR) e o
acesso a capacitação da mão-de-obra. O conhecimento tradicional tambem merece
atenção, complementando logo em seguida o ensino formal. Estes indices
contribuiram para que o IDF-R apresenta-se resultado abaixo de 0,5.
6.2 DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO DOS PROJETOS DE ASSENTAMENTO DO INCRA
Os Projetos de Assentamento foram implantados em Rio Branco com a
finalidade de se realizar a reforma agrária e, consequentemente, amenizar os
conflitos pela posse de terra que eram intensos devido ao alto índice de
concentração. Assim, o INCRA procurou uma alternativa factível aos diversos
assentamentos por ele capitaneados. Um grande diferencial dessa alternativa é
justamente o assentamento de antigos moradores de seringais e colonias que foram
expulsas do campo e não encontravam ocupações nas cidades.
Ademais, a localização das áreas dos Projetos de Assentamento se tornou
um grande atrativo para essas populações, haja vista a proximidade com o mercado,
facilitando, dessa forma, o acesso a insumos e materiais, bem como o escoamento
da produção.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
O que se buscava e ainda se busca é justamente a melhoria das condições
de vida da população rural a partir de atividades produtivas e todo o aparato
institucional em torno desse empreendimento.
Entretanto, um passo decisivo na avaliação desse tipo de reforma agrária
são instrumentos adequados para um efetivo diagnóstico e posterior monitoramento
para a verificação das condições de vida das populações assentadas e os devidos
(re) planejamento das áreas estudadas.
Assim, o ZEAS surge como um instrumento efetivo para tal intento,
priorizando justamente essas áreas como referência para as políticas públicas
municipais para esse tipo de produção.
Talvez uma primeira avaliação dos Projetos de Assentamento analisados
pode ser explicitada pelos próprios moradores dessas áreas, aonde os mesmos
identificam como uma das principais vantagens competitivas das UPFs seja a
localização de seus lotes.
Por outro lado, como principal desvantagem competitiva relatada está a
assistência técnica, que teoricamente seria uma das vantagens dada a proximidade
institucional.
Agora, do ponto de vista educacional, a proximidade de escolas e outros
centros de ensino é uma vantagem para a população rural estudada. Pelo menos no
quesito acesso a escola, os dados tem apresentado bons resultados, embora ainda
sejam detectadas dificuldades de acesso, tendo em vista que o índice de
analfabetismo entre as crianças e os jovens é zero. Porém pois com relação ao
desempenho escolar as famílias ainda encontram dificuldades, principalmente em
relação ao analfabetismo adulto.
No que se refere ao ensino informal verificou-se uma, que a maioria das
UPFs tiveram acesso a treinamento e capacitações, no entanto, a grande maiorias
destes foram em áreas completamente alheias ao ambiente produtivo rural.
Em relação às condições de saúde, mesmo que boa parte dos assentados
tenham realizado tratamento no próprio domicílio (principalmente quando se trata de
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
doenças tidas como comuns, como como gripe e virose, dentre outras), a
proximidade de hospitais e postos de saúde os auxilia na cura de diversas doenças.
Entretanto, foram relatadas algumas doenças crônicas, tais como hipertensão e
diabetes, que são associadas ao ambiente urbano, em particular ao tipo de
alimentação e estilo de vida.
O desenvolvimento infantil apresenta alguns problemas preocupantes, sendo
que o principal refere-se à mortalidade infantil, o qual apresentou incidência
considerável nos PAs, acompanhado pelo difícil acesso à escola e o trabalho
precoce.
O acesso à energia elétrica é um aspecto que chama a atenção, uma vez
que quase todas as famílias pesquisadas dispõem desse serviço. Talvez o que
chama mais atenção é o fato que pouco se usa a energia do ponto de vista produtivo
e esse serviço incentivou muito mais o consumo de bens duráveis, às vezes
exagerado, aumentando a busca pela complementação de renda. Possivelmente,
um outro aspecto influenciado pelo acesso à energia seja a produção para o
autoconsumo, tendo em vista que há, mesmo que implicitamente, uma forma de
incentivo ao consumo de bens de consumo, que afeta diretamente na renda do
produtor.
Do ponto de vista produtivo, os PAs foram criados para suprir as demandas
da zona urbana em relação aos produtos hortifrutigranjeiros, além de produtos
oriundos de sistemas extrativistas e agroflorestais. Atualmente, os principais
produtos que geram renda têm origem agrícola e, principalmente, hortícola, seguidos
da criação de animais, em destaque a criação de gado. Entretanto, evidenciou-se
neste trabalho que os produtos com melhores desempenhos econômicos foram,
depois da criação de gado, a produção de macaxeira, de farinha e de banana.
As UPFs, de forma geral, tiveram desempenho econômico numa situação
fora do equilíbrio, com índice de eficiência econômica abaixo de 1, o que significa
inviabilidade econômica da produção. Apenas os PAs Colibri, Boa Água e Vista
Alegre teveram desempenho econômico positivo. Com o baixo retorno econômico
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
dos PAs, os assentados são levados a suprir o alto índice da linha de dependência
do mercado com formas de assariamento fora da UPF, o que foge ao objetivo
dessas áreas, evidenciando que as condições dos PAs não dão sustentabilidade às
famílias.
Entretanto, considerando-se o nível de vida, em termos monetários, a
maioria das famílias dos PAs pesquisados obtém rendimentos (em dinheiro ou em
produtos) mensais acima de 1 salário mínimo, ou seja, mais do que muitas famílias
que moram nas periferias urbanas.
No que diz respeito ao desenvolvimento familiar rural, de forma geral,
verificou-se que os PAs estão com bom nível. No entanto, alguns PAs merecem
atenção e ações intensificadas, pois apresenta índice de desenvolvimento
insatisfatório.
Uma questão que se levanta é que a proximidade com o centro consumidor,
juntamente com os hábitos de consumo que a maioria das famílias assentadas
trouxeram da vida urbana anterior, faz com que a dependência dos gastos com a
aquisição de bens e serviços no mercado se torne cada vez maior. Isso está
diretamente relacionado com a evidência dos baixos níveis de produção para o
autoconsumo nas UPFs.
Assim, não se pode negar que as condições de vida das famílias assentadas
melhorou após o assentamento nos PAs, porém verificou-se que ainda há muito o
que melhorar e, claro, (re)planejar. Mas, talvez mais importante ainda seja a própria
conscientização desses resultados por parte da própria população envolvida, para
que se possa alcançar resultados satisfatórios para a consecução de um verdadeiro
e efetivo desenvolvimento sustentável.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
7 PLANO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO.
Neste tópico são apresentados os principais problemas, limitações,
potencialidades e as propostas de ações para a sua solução/superação visando a
consolidação de um processo de desenvolvimento sustentável nas bacias
hidrográficas de Rio Branco.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
7.1 Medidas Mitigadoras às Limitações da bacia hidrográfica do município de Rio Branco.
Diminuição da Poluição nos igarapés
Problema: Poluição orgânica dos igarapés.
Causa: Lançamento de efluentes domésticos in natura.
Medidas corretivas: Necessidade de elaboração e implementação de políticas
públicas direcionadas à preservação e conservação dos recursos hídricos e, em
alguns casos, recuperação de ambientes degradados. Implementação de programas
de rede esgoto por parte do poder público municipal, evitando o lançamento de
efluentes nos igarapés. Realização de convênios e parcerias com os órgãos públicos
responsáveis pela operacionalização das estações fluviométricas e pluviométricas
existentes em Rio Branco, para manutenção destes postos e instalação de novas
estações de monitoramento nas bacias prioritárias, além de se estabelecer, de forma
continua e direta, o acesso irrestrito às informações relativas às estações atualmente
operadas nas bacias
Manejo do solo
Problema: Baixa fertilidade natural do solo.
Causa: Restrição química e morfológica.
Medidas corretivas: Apesar das fortes restrições químicas e morfológicas é
possível planejar a ocupação e produção nos solos mapeados, desde que se
utilizem práticas conservacionistas de uso da terra, como os sistemas agroflorestais,
silvipastoris e silvicultura, principalmente nas áreas mais vulneráveis.
Áreas de Proteção Permanente
Problema: Desmatamento das áreas de preservação permanente, em especial da
APA São Francisco.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Causa do problema: Falta de conscientização dos assentados com relação à
importância das áreas de preservação permanente para a manutenção dos
mananciais hídricos e para a área urbana do município de Rio Branco.
Medidas corretivas: Materializar nos assentados a função ambiental de preservar
os recursos hídricos, a paisagem, a biodiversidade entre outros; Indicar a
preservação e uso sustentável para aqueles ambientes mais frágeis e práticas de
recuperação/conservação, associadas aos sistemas produtivos, naquelas áreas de
maior potencial, permitindo um redirecionamento do processo de ocupação e
consolidação dos usos/sistemas produtivos já existentes.
Saúde e Saneamento
Problema: Renda insuficiente para as necessidades da unidade produtiva.
Causa: Baixa renda advinda da produção.
Medidas corretivas: Intensificação das ações de saúde itinerante nas áreas mais
distantes. É também importante que as ações de saúde estejam integradas ao
planejamento produtivo da propriedade, juntamente com a variável ambiental, com a
prática agroecológica e a utilização de plantas medicinais, cuidados com o lixo, no
sentido de não poluir as nascentes e o uso de privadas higiênicas.
Melhoria da infra-estrutura
Problema: Deficiência para o tráfego e escoamento da produção.
Causa: Ramais inviáveis ao tráfego, bem como ao escoamento da produção. A
conseqüência é a perda na produção, especialmente dos produtos perecíveis que
não conseguem chegar ao mercado com a qualidade exigida pelo consumidor. Os
produtos processados, em especial a farinha de mandioca, também sofrem perda na
qualidade.
Medidas corretivas: Garantir trafegabilidade nos períodos de inverno e verão.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Melhoria no acesso á educação de jovens e adultos.
Problema: Baixo índice de jovens e adultos que concluíram o ensino fundamental e
médio.
Causa: Distância das escolas e outros centros de ensino é uma desvantagem para a
população rural estudada. Em muitos casos as escolas do meio rural oferecem
ensino até a 4° série do ensino fundamental tendo os jovens que continuar seus
estudos distantes do seu local de origem.
Medidas corretivas: Garantir meios de acesso á população que reside distante dos
centros escolares (ônibus ou outro tipo de transporte escolar), bem como
oportunidades de oferecimento do ensino médio, através da formação de parcerias
entre a prefeitura e o estado.
Acesso a Treinamentos e Capacitações
Problema: Baixo acesso a assistência técnica na área produtiva.
Causa: Acesso à capacitação profissional não direcionada á atividade produtiva.
Medidas corretivas: Para viabilizar qualquer projeto produtivo, deve-se realizar o
planejamento e, fundamentalmente, ter um efetivo acompanhamento de técnicos
nas áreas de maior complexidade. No caso da produção agrícola e agroflorestal, a
presença de técnicos que acompanhem e prestem orientações ao produtor quanto
às várias dimensões da produção é fundamental. Capacitar produtores em sistemas
de produção sustentáveis, processamento da produção, organização social e
comercialização com vistas a realizar a gestão da propriedade de forma eficiente
frente ao mercado. Entretanto, mais importante ainda é realizar treinamentos bem
direcionados, de modo a corrigir as deficiências e fortalecer as práticas mais
eficientes e rentáveis.
Suficiência na produção
Problema: Renda insuficiente para as necessidades da unidade produtiva.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
Causa: Baixa renda advinda da produção.
Medidas corretivas: Adotar sistema de produção sustentável com tecnologias
apropriadas às condições locais; Priorizar a agregação de valores aos produtos com
potencial de mercado; Criar competências locais para melhorar o desenvolvimento
das atividades produtivas e o aumento da renda. A produção deverá ser de natureza
orgânica, respeitando as características culturais e os componentes dos
agroecossistemas. As ações devem estar ligadas ao processo de organização
social, fortalecendo as associações e estimulando o cooperativismo articulando-as
com as unidades produtivas familiares.
8 RECOMENDAÇÕES GERAIS
Como a legislação relativa ao monitoramento da qualidade de água
determina a realização de um conjunto de amostras durante um período maior de
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
tempo, recomenda-se que o poder público municipal realize novas amostragens,
principalmente nos locais que apresentaram os maiores indicadores de poluição. E
que estes resultados possam servir de “marco zero” do programa de monitoramento
ambiental da qualidade das águas nas principais bacias hidrográficas do município,
o qual é fundamental ao planejamento e gerenciamento municipal dos recursos
hídricos.
É importante também que se criem programas de saneamento de modo
que se evitem o lançamento do esgoto in natura nas águas de igarapés, bem como
campanhas de conscientização por parte da população, para a preservação de suas
águas e florestas.
Mesmo com grande parte das APA’s em considerável processo de
degradação, vale salientar também a importante iniciativa implementada pela
secretaria municipal de meio ambiente do município (SEMEIA), no que tange á
campanhas de educação ambiental e de conscientização, bem como á realização de
outras atividades que contribuem para a conservação dos recursos, onde pode-se
citar, por exemplo, o plantio de mudas á margens dos igarapés.
Com base nos dados de solos obtidos pelo estudo foi possível concluir que
grande parte dos solos mapeados em Rio Branco apresenta restrições nas
características químicas e morfológicas em função da fertilidade natural baixa,
condicionado, principalmente, pela toxidez de alumínio, baixa profundidade efetiva e
pela drenagem deficiente. Apesar dessas restrições é possível de se planejar, desde
que se priorizem práticas sustentáveis de uso da terra.
O diagnóstico socioeconômico demonstrou de forma geral que tanto os
Projetos de Assentamento quanto o Seringal São Francisco do Espalha necessitam
de apoio do poder público, garantindo o acesso a capacitação para a produção
agrícola, enviando técnicos á estas áreas; subsídio ao aumento da produção, bem
como ao fortalecimento das já existentes, mas enfraquecidas.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
9 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACRE. Governo do Estado do Acre. Programa Estadual de Zoneamento Ecológico e
Econômico do Acre. Aspectos sócio econômicos e ocupação territorial. Rio
Branco: SECTMA, 2000. v 2., 313 p.
AAKER, David A. Managing Assets And Skills: the key to a sustainable
competitive advantage. California Management Review, v. 31, n. 2, p. 91-106,
winter 1989. Disponível em: <http://www.periodicos.capes.gov.br>.
ALLEGRETTI, Mary Helena. Reservas extrativistas: uma proposta de
desenvolvimento da floresta Amazônica. Revista Pará Desenvolvimento, Belém,
n. 25, p. 3-29, jan./dez. 1989.
ASPF - Análise econômica dos sistemas de produção familiar rural da região
do Vale do Acre. Rio Branco: Departamento de Economia/UFAC, 2008. Disponível
em: <http://www.ufac.br/projetos/aspf/index.htm>.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Causas e dinâmica do desmatamento na
Amazônia. Brasília: MMA, 2001. p. 5-28.
CHANDLER, Gaylen N.; HANKS, Steven H. Market Attractiveness, Resource-
Based Capabilities, Venture Strategies, and Venture Performance. Journal of
Business Venturing, v. 9, p. 331-349, 1994. Disponível em:
<http://www.periodicos.capes.gov.br>.
CARMO et al. Aptidão dos solos para mecanização agrícola nas áreas
desmatadas do município de Rio Branco – AC. Prefeitura Municipal de Rio
Branco. (Boletim Técnico, 004). 2008. 31p.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
CAVALCANTI, Francisco Carlos da Silveira. A Política ambiental na amazônia: um
estudo sobre as reservas extrativistas. Campinas, SP: Unicamp, 2002. Tese de
Doutorado em Economia.
CONSELHO NACIONAL DOS SERINGUEIROS. Diretrizes para um programa de
reservas extrativistas na Amazônia. Rio Branco, AC: Poronga, 1993.
COSTA FILHO, Orlando Sabino da. Reserva extrativista - desenvolvimento
sustentável e qualidade de vida. Belo Horizonte, MG: Universidade Federal de Minas
Gerais, 1995.Disertação de Mestrado em Economia.
DUARTE, A.F. Variabilidade e tendências das chuvas em Rio Branco, Acre,
Brasil. Revistas Brasileira de Meteorologia, v. 20, n. 1, p. 37-42, 2005.
DUARTE, A.F. Aspectos da climatologia do Acre, Brasil, com base no intervalo
1971-2000. Revistas Brasileira de Meteorologia, v. 21, n. 3b, p. 96-15, 2006.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Serviço Nacional de
Levantamentos e Conservação de Solos. Rio de Janeiro, RJ. Critérios para
definição de classes de solos e de fases de mapeamento. Rio de Janeiro, 1988.
67p. (Série Documentos).
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Procedimentos Normativos de
Levantamentos Pedológicos. Rio de Janeiro: Embrapa, 1995. 101 p.
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Manual de Métodos de
Análises de Solos. Rio de Janeiro: Embrapa, 1997. 212 p.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de
Classificação de Solos. Brasília: Embrapa Produção de Informação; Rio de
Janeiro: Embrapa Solos, 1999. 412 p.
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisas de Solos. Sistema Brasileiro de
Classificação de Solos. 2. ed. Brasília: Embrapa. Produção de Informação; Rio de
Janeiro: Embrapa Solos. 2006. 306 p.
EREL, David. Determinação dos tipos de exploração e unidade agrícola familiar.
Fortaleza: UFC, 1972. 45 p.
FUNTAC. FUNDAÇÃO DE TECNOLOGIA DO ESTADO DO ACRE. Monitoramento
da cobertura florestal do Estado do Acre: desmatamento e uso atual da terra.
Rio Branco. 1990. 214 p.
FUNTAC. FUNDAÇÃO DE TECNOLOGIA DO ESTADO DO ACRE. Monitoramento
da Cobertura florestal do Estado do Acre: Desmatamento e uso atual da terra-
1989. Rio Branco. 1992. 180 p.
GUANZIROLI, Carlos E. et al. Agricultura familiar e reforma agrária no século
XXI. Rio de janeiro: Garamond, 2002. 288 p., p. 53-77.
GUERRA, A. T. Estudo geográfico do território do Acre. Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística: Rio de Janeiro, 1955. 294 p.
HOMMA, Alfredo Kingo Oyama. Extrativismo vegetal na Amazônia: Limites e
oportunidades. Brasília: EMBRAPA-SPI, 1993. 202 p.
IBGE. Projeto de proteção do meio ambiente e das comunidades indígenas:
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
diagnóstico geoambiental e sócio econômico. Área de influência da BR-364
trecho Porto Velho/Rio Branco. Rio de Janeiro, RJ: IPEAN, 1990. 144 p.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2008. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br>
IBGE.Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Agropecuário 2006.
<http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/ca/default.asp> Acesso em 25 de
outubro de 2009a.
IBGE.Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Agropecuário 2006.
<http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=73&z=p&o=21&i=P> Acesso
em 25 de outubro de 2009b.
LAMARCHE, Hugues. Por uma teoria da agricultura familiar. In.: ___. (coord.)
Agricultura familiar: comparação internacional. Do mito a realidade. Campinas, SP:
UNICAMP, 1998b. v. 2 p. 61-88.
MACIEL, Raimundo C. G. Certificação Ambiental: uma estratégia para a
conservação da floresta amazônica. Campinas: [s.n.], 2007. 175 p. (Tese de
Doutorado – Economia Aplicada, IE/UNICAMP). Disponível em:
<http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000417323 >
MUNSELL COLOR COMPANY. Munsell Soil Color Charts. New York, 2000.
PAES DE BARROS, Ricardo; CARVALHO, Mirela de; FRANCO, Samuel. O Índice
de Desenvolvimento da Família (IDF). Rio de Janeiro: IPEA, 2003. 25 p. (Textos
para Discussão n. 986)
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
OLIVEIRA, A. C. A. Efeitos do bambu Guadua weberbaueri Pilger sobre a
fisionomia e estrutura de uma floresta no sudoeste da Amazônia. Dissertação
de mestrado, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia-INPA/Fundação
Universidade do Amazonas. Manaus, Amazonas. 2000.
RÊGO, J. F.; COSTA FILHO, O. S.; BRAGA, R. A. da R. (Editores). Análise
econômica dos sistemas de produção familiar rural da região do Vale do Acre
– 1996/1997. Rio Branco: UFAC/SEBRAE/The Ford Foundation, 2003. 80p.
SEPLANDS – Secretaria de Planejamento de Desenvolvimento Sustentável do Acre.
O Acre em Números. 2006. Disponível em:
<http://www.ac.gov.br/contratobid/coexecutores/seplands.htm >
ZEE – Zoneamento Ecológico Econômico do Acre – Segunda Fase. 2006.
Disponível em:
<http://www.seiam.ac.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=458&Ite
mid=83>
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
ANEXO 1
Figura 1. Mapa de distribuição das áreas desmatadas no município de Rio Branco - AC.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
ANEXO 2
Figura 2: Mapa de Distribuição das áreas desmatadas por sub-bacias no município de Rio Branco – AC.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
ANEXO 3
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
ANEXO 4
Figura 4. Distribuição das subordens de solos (2º nível categórico) do município de Rio Branco-AC, na escala 1:100.000.
Figura 3. Distribuição das ordens de solos (1º nível categórico) do município de Rio Branco-AC, na escala 1:100.000.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
ANEXO 5
Figura 5. Mapa das tipologias florestais do município de Rio Branco.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
ANEXO 6
Figura 6. Mapa do padrão de uso e cobertura do município de Rio Branco.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO
GABINETE DO PREFEITO
___________________________________________________________________________________________________________
Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque
Rio Branco – AC – CEP 69.909-730
Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246
ANEXO 7
Figura 7. Mapa das áreas prioritárias trabalhadas pelo Programa ZEAS.