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PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE MODA E DESIGN POLO METRÓPOLE DO ESTADO DO PARÁ Relatório final Pará, 24 de novembro de 2014

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PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE MODA E DESIGN – POLO METRÓPOLE DO ESTADO DO PARÁ

Relatório final

Pará, 24 de novembro de 2014

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE MODA E

DESIGN – POLO METRÓPOLE DO ESTADO DO PARÁ

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................... 2

1. CONTEXTUALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO APL DE MODA E DESIGN –

POLO METRÓPOLE DO ESTADO DO PARÁ ..................................................................... 4

1.1. Introdução ...................................................................................................................... 4

1.2. Histórico do APL ......................................................................................................... 10

1.3. Setores econômicos do APL ................................................................................... 12

1.4. Empresas presentes, interação e cooperação dos atores .............................. 18

1.5. Governança do APL ................................................................................................... 21

2. PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO ............ 24

3. SITUAÇÃO ATUAL, DESAFIOS E OPORTUNIDADES ........................................... 29

3.1. Pontos fortes observados ........................................................................................ 31

3.2. Obstáculos a serem superados e ameaças......................................................... 32

3.3. Oportunidades a serem conquistadas .................................................................. 34

3.4. Desafios a serem alcançados ................................................................................. 35

4. RESULTADOS ESPERADOS ....................................................................................... 38

5. INDICADORES DE RESULTADO ................................................................................ 41

6. AÇÕES PREVISTAS ....................................................................................................... 43

6.1. Infraestrutura e Investimentos ................................................................................ 45

6.2. Financiamento ............................................................................................................. 45

6.3. Governança e Cooperação ...................................................................................... 46

6.4. Competitividade e Inovação .................................................................................... 48

6.5. Formação e Capacitação .......................................................................................... 51

6.6. Divulgação e Comunicação ..................................................................................... 53

6.7. Acesso a Mercados .................................................................................................... 57

7. GESTÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO ...................................................... 59

8. INSTRUMENTOS PARA ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO .......................... 60

9. ANEXOS ............................................................................................................................ 61

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APRESENTAÇÃO

Através de projeto com abrangência nacional, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Ministério da Cultura (MinC) unem-se em uma parceria para a valorização de setores da economia criativa por meio de diversas ações integradas nas esferas federal, estadual e regionais. Tendo em vista a importância dos arranjos produtivos locais para o desenvolvimento de setores e regiões, foram selecionados 27 APLs de economia criativa distribuídos em quase todos os estados brasileiros. A ação pretende fomentar o desenvolvimento regional, trazendo emprego e renda, de modo que os arranjos sejam permanentes e economicamente sustentáveis, ao mesmo tempo em que os aspectos criativos e culturais de nosso povo sejam preservados.

O Governo Federal define o conceito de economia criativa em seu Plano de Políticas, Diretrizes e Ações 2011-2014 editado pelo Ministério da Cultura. Entende-se como economia criativa aquela composta por setores cujas atividades produtivas têm como processo principal um ato criativo gerador de um produto, bem ou serviço, cuja dimensão simbólica é determinante do seu valor, resultando em produção de riqueza cultural, econômica e social. Sua importância para o país se alicerça em princípios como a manutenção de ativos da diversidade cultural brasileira, inclusão social, inovação e sustentabilidade, além das questões econômicas e de desenvolvimento regional, que se refletem em geração de emprego e renda.

Os arranjos produtivos locais (APLs) caracterizam-se por aglomerações territoriais de agentes econômicos, políticos e sociais com foco em um conjunto específico de atividades econômicas. Geralmente envolvem a participação e a interação de empresas - que podem ser desde produtores de bens e serviços finais até fornecedores de insumos e equipamentos, prestadoras de consultorias e serviços, comercializadoras, clientes, entre outros - e suas várias formas de representação e associação. Incluem também diversas outras instituições públicas e privadas voltadas para formação e capacitação de recursos humanos, como escolas técnicas e universidades; pesquisa, desenvolvimento e engenharia; política, promoção e financiamento. Os atores do APL, embora localizados em um território, não necessariamente estão restritos a uma divisão político-administrativa, pois pode envolver inúmeros municípios e mais de um estado. Além disso, os vínculos podem ter natureza mais relacional, de cooperação e interação. Estes fatores podem permitir e ampliar a troca de conhecimentos, as formas de acesso ao mercado e a geração de inovações.

Por meio de edital de concorrência pública, a Fundação Carlos Alberto Vanzolini foi selecionada como entidade consultiva e catalisadora da elaboração de Planos de Desenvolvimento (PD), com o papel de consolidar o conhecimento, desafios, oportunidades e os anseios das instituições, organizações e diversos atores que representam cada um dos APLs.

A Fundação Vanzolini habilita-se para o projeto sendo uma instituição privada, sem fins lucrativos, criada, mantida e gerida pelos professores do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da

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Universidade de São Paulo. Tem como objetivo desenvolver e disseminar conhecimentos científicos e tecnológicos inerentes à Engenharia de Produção, à Administração Industrial, à Gestão de Operações e às demais atividades correlatas que realiza, com total caráter inovador.

Embora a consultoria tenha exercido papel de mediação das discussões em grupo e transcrição do documento no período de junho a agosto de 2014, o Plano de Desenvolvimento do APL é resultado de um esforço coletivo de construção efetuado pelos agentes locais e demais atores do APL. O PD materializa o planejamento estratégico deste grupo, que só adquire sentido quando há a representatividade e envolvimento coletivo.

O Plano de Desenvolvimento deverá balizar as ações do APL e munir as instituições do Grupo de Trabalho Permanente para Arranjos Produtivos Locais (GTP APL) e dos Núcleos Estaduais (NEs) de informações para a elaboração de políticas públicas. Articular diferentes agentes em torno desses empreendimentos colabora para uma organização do próprio APL e para uma aproximação das empresas locais com as instituições que as apoiam, sejam em âmbito regional, estadual ou federal. A proposta é que, com o Plano de Desenvolvimento em mãos, o APL esteja fortalecido e capaz de elaborar seus projetos coletivos, concorrer a editais e seleções públicas e ser capaz de buscar apoio institucional e acessar linhas específicas de crédito pra APLs.

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1. CONTEXTUALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO APL DE MODA E

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1.1. Introdução

Apesar de ser reconhecido pela sua diversidade cultural e potencial criativo, o estado do Pará, ou ainda a Amazônia Paraense não figura nas pesquisas nacionais entre os 10 primeiros estados desenvolvedores, produtores ou exportadores de bens e serviços criativos. O governo do Estado do Pará por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (SEICOM) a partir do apoio na organização e do Plano de desenvolvimento do APL de Moda e Design – Polo Metrópole, Amazônia Pará (APL de Moda e Design – PMP) deslumbra estabelecer um novo modelo de desenvolvimento local e regional, fundado na inclusão sócio-produtiva, na sustentabilidade, na inovação e, especialmente, na diversidade e no empreendedorismo criativo na Amazônia Paraense.

O APL de Moda e Design – PMP tem como Missão: “Fortalecer a cadeia produtiva de economia criativa no campo das criações culturais funcionais dos setores de moda e design da Região Metropolitana de Belém”, e como Visão: “Ampliar as potencialidades produtivas e inovativas locais no âmbito da gestão, tecnologia e acesso a mercado, com foco na cultura e na criatividade como vetores de geração de emprego e renda, contribuindo com a inclusão produtiva e no desenvolvimento socioeconômico e ambiental na Amazônia Paraense”.

O Sistema Moda Brasil (SMB) é um instrumento da política industrial para desenvolver as cadeias produtivas dos setores relacionados à moda: têxtil e de confecções, gemas e joias, couro, calçados e artefatos. Não tão diferente do SMB, a Moda no Pará – especificamente na região metropolitana de Belém no caso deste plano – vem desenvolvendo fortemente as cadeias produtivas de acessórios, bolsas, artefatos e manufaturados de couro e pele de peixe, a vestuário confecção vem sendo inserida gradualmente a partir da maturidade e formatação desse trabalho.

Geralmente entende-se o mercado da moda como exclusivo da cadeia têxtil e de vestuário (responsável por parcela maior do faturamento da moda). Contudo, para os trabalhos iniciais deste APL, entender-se-á como moda o conceito imerso no contexto de economia criativa como atividade agregadora de valor sobre outras cadeias produtivas, como a de acessórios, por exemplo, não como atividade diretamente industrial, mas semi-industriais e, em sua maioria, produzida artesanalmente.

Os objetivos de curto prazo se referem à consolidação do mercado criativo, já que a construção de um parque fabril que suporte tais criações são de alto investimento e demandariam apoio integral de políticas públicas. Com a organização dos diversos setores produtivos da cadeia da Moda (como resultado também dos trabalhos do APL), espera-se fomentar tais políticas, expandindo os investimentos para outras áreas da cadeia produtiva, como por exemplo, a têxtil-vestuário, contribuindo para a criação de empregos, renda e desenvolvimento.

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A construção deste plano de desenvolvimento foi baseada no Plano da Secretaria de Economia Criativa (2011-2014) que, entre outras informações, agrega políticas, diretrizes e ações para o desenvolvimento de uma economia criativa no Brasil. Para tal, norteia os princípios desta economia no território brasileiro e a importância da construção e de seu desenvolvimento, adotando a criatividade e a cultura como elementos impulsionadores da economia, trabalho e geração de emprego e renda.

Consubstanciado nessas diretrizes, o surgimento e a instalação do APL de Moda e Design – PMP adota também como referência a experiência gerada pelo Programa Polo Joalheiro no território criativo do Patrimônio Histórico Cultural nominado de Espaço São José Liberto (ESJL) mantido pelo governo do estado do Pará, por intermédio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (SEICOM) desde de 2013 com dotação orçamentária do Programa territórios Minerais. O ESJL, enquanto território criativo agrega ações e atividades de apoio para produção, o comercio e serviços de empresas, empreendedores e empreendimentos encubados e/ou comodatos de gemas e jóias, acessórios e bolsas e sapatos, design de joias, design de moda, cultura popular, gastronomia regional e artesanato. Além disso, abriga o museu de gemas do estado do Pará. No cotidiano institucional se impulsiona a criação/produção/circulação e consumo dos bens e serviços originários destes setores por meio de ações de capacitação para as competências criativas, acesso a mercado e preservação do patrimônio cultural.

Desta forma, faz-se necessário a compreensão deste APL enquanto “lócus” que tem a cultura e a criatividade como vetores de desenvolvimento social e econômico no estado, tendo como diferencial o fato de ser um arranjo produtivo local intensivo em cultura. Seu desenvolvimento obedece aos princípios da diversidade cultural, inclusão social, inovação e sustentabilidade.

Foram adotados também referências metodológicas como vetores previstos no Plano da Secretaria de Economia Criativa (2011/2014), a saber:

1. Interlocução constante com os parceiros Inter setoriais.

2. Articulação e estímulo ao fomento de empreendimentos criativos referentes aos setores contemplados pelo APL.

3. Promoção de ações para capacitação profissional para competências criativa técnicas e de gestão visando à inovação.

4. Fomento a criação e apoio para a produção e consumo de bens e serviços criativos;

5. Criação e adequação de marcos legal para os setores criativos demarcados no APL deste Plano.

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1.1.1. O mercado da moda Brasil

Ao se tratar de moda, é inegável a relação com o segmento têxtil e de vestuário. Se consideradas juntas as duas indústrias, estas são a quarta maior atividade econômica no mundo, concentrando 5,7% da produção manufatureira e mais de 14% dos empregos mundiais. No Brasil, em 2012, o PIB da cadeia têxtil gerou R$ 38,3 bilhões, sendo que destes 21% foi da fabricação e processamento de insumos, 25% do processo de confecção e 54% do mercado varejista. Com relação ao varejo, o de roupas e acessórios é um dos mais importantes do país, sendo primeiro colocado no quesito de números de negócios gerados. Trata-se de um mercado forte e que se encontra em expansão, principalmente pelo aumento do poder aquisitivo das famílias brasileiras. Entre os anos de 2007 e 2012 o volume de vendas no varejo de artigos têxteis e de vestuário cresceu, em média, 3,9% ao ano. O IBOPE estimou que em 2013 os brasileiros gastassem R$ 129 bilhões em roupas e acessórios.

Este mercado se mostra importante também no nível de emprego da indústria. Se considerada a cadeia produtiva (têxtil, confecção e varejo), este mercado é responsável por 1,7 milhão de postos de trabalho, o que corresponde a 3,7% do total de empregos formais ativos no Brasil. Segundo o SEBRAE, existem aproximadamente 365 mil empresas dedicadas ao comércio de roupas, responsáveis por mais de 670 mil postos de trabalho que movimentam R$ 9,3 bilhões em salários.

No estado do Pará, a cadeia têxtil e de vestuário tem baixa relevância em sua economia se comparada com outras regiões do Brasil. O desenvolvimento de cadeias têxteis está atrelado à oferta de insumos regionais e de mão de obra, permitindo a instalação e competitividade desta indústria, fato que não ocorre na Amazônia Paraense. Porém apesar de não haver uma forte atividade de confecção-vestuário não significa que não há relevância do mercado de moda e sua cadeia produtiva no Pará, principalmente se observada no contexto da economia criativa, que considera a influência cultural na moda como fator de agregação de valor ao produto já acabado.

Fomentado pela oferta crescente de cursos de extensão universitária, técnicos e qualificação profissional em Design de Moda (principalmente na região metropolitana de Belém), o estado do Pará adiciona cada vez mais diversos empreendedores criativos na cadeia produtiva da moda que expressam suas criações funcionais por meio de peças como braceletes, pingentes, colares, brincos, anéis, bolsas, carteiras, calcados, blusas, vestidos, saias, flores, entre outros artefatos e manufaturados de couro e peles de peixe curtidas. O Pará conta com 55% da biodiversidade da Amazônia Brasileira e possui tradicionalmente umas das maiores riquezas culturais do país, devido à influência dos mais diversos povos que inspiram, dia-a-dia, as empresas e empreendedores criativos produzir os mais belos e diferentes produtos das manifestações funcionais culturais no Brasil.

Apesar do reconhecimento nacional do diferencial criativo na produção de acessórios de moda no estado do Pará, ainda são incipientes os dados

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quantitativos sobre o setor, ainda mais por se tratar de um mercado criativo artesanal e de semi-indústrias – e não puramente industrial. Espera-se que com a formalização do APL tais estudos e pesquisas aconteçam permitindo maior assertividade das políticas públicas.

Pelo fato do arranjo ter sido originado das atividades transversais do Programa Polo Joalheiro no território criativo do ESJL, agrega-se maior influência à cadeia produtiva de acessórios de moda em seu aspecto mais diferenciado e criativo, sendo inserido o setor confecção-vestuário criativo na mesma importância da cadeia originária a partir da organização dos aglomerados no cadastro único. A identidade das criações funcionais culturais das empresas e empreendedores criativos do APL é evidenciada nos produtos já disponíveis no mercado. Mais detalhes das marcas e seus respectivos criativos estão expostos nas seções 1.3 e 1.4 deste plano.

Fonte: Os Igama/ESJL.

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Fonte: Empreendedores Cadastrados no APL

1.1.2. Características Territoriais do APL

O APL de Moda e Design – Polo Metrópole contempla as cidades de Belém, Ananindeua, Benevides e Marituba. Ao todo, os quatro municípios possuem aproximadamente 2,1 milhões de habitantes, distribuídos em uma área de mais de 1.500 km².

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Região do APL de Moda e Design - PMP

A cidade de Belém concentra indústrias, bancos, pontos comerciais e diversos serviços (inclusive órgãos públicos) que atendem a toda a região. Dado o seu tamanho, é o segundo município mais populoso da Amazônia e um dos mais importantes do país. A atividade industrial está concentrada principalmente na alimentícia, naval, metalúrgica, pesqueira, química e da madeira.

Ananindeua é a terceira maior cidade da Amazônia. Por sua proximidade com a capital, se expandiu rapidamente e concentra alguns serviços que apoiam a região. Marituba se destaca pelas boas redes de serviços rodoviários e centros de distribuição. Benevides possui centros logísticos a beira da BR-316, apoiando o escoamento da produção da região. Está em construção o maior terminal de cargas rodoviárias da Amazônia.

O turismo ajuda a impulsionar o mercado de moda da região. A maior procissão cristã do mundo, o “Círio de Nazaré”, chega a receber mais de 80 mil turistas nacionais e internacionais, além de turistas regionais que somam 2 milhões de pessoas em 3 dias, contribuindo para o aquecimento da economia, movimentando a indústria e comércio e serviços. Por ser um portão de entrada da Amazônia Brasileira, também recebe inúmeros visitantes que buscam o turismo nessa região. Outros atrativos turísticos são o Theatro da Paz, Museu Paraense Emílio Goeldi, o parque Mangal das Garças e o mercado Ver-o-peso.

Cidade População

(mil) Área

Densidade Demográfica

(hab/km2)

PIB per capita (R$)

Belém 1.426 1.059 1.346 14.027

Ananindeua 494 190 2.600 8.173

Benevides 56 188 298 11.757

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Marituba 117.614 103 1142 6.589

Total / Média 2.094 1.540 1.359 12.167

Fonte: IBGE 2010

As informações gerais do APL estão relacionadas abaixo:

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DADOS GERAIS

Núcleo estadual Pará

Setor produtivo Moda e Design

Número de cadastros únicos 102

Número de empresas 50

Empregos gerados 175 (formais e informais)

Municípios integrantes Belém, Ananindeua, Benevides e Marituba

Cidade Polo Belém/PA

Ano de oficialização do APL 2013

Área total 15 mil km2

Faturamento anual estimado R$ 3,135 milhões

Fonte: Dados da SEICOM com base no cadastramento realizado

1.2. Histórico do APL

O APL foi estabelecido no ano de 2013, como resultado de ações estratégicas para o desenvolvimento do setor de moda e design estabelecido pelo Governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SEICOM) em parceria com o Instituto de Gemas e Jóias da Amazônia (IGAMA), Instituto de Artes do Pará, Incubadora Pará Criativo, SEBRAE-PA, SENAI-PA, FAP/PA, UNAMA e ACP, Coletivo Criar Amazônia e Caixa de Criadores. Tal estabelecimento foi fomentado pela existência de uma produção inovadora de acessórios de moda, criados por um grupo de designers, empreendedores criativos e micros empresários das atividades transversais do Programa Polo Joalheiro no ESJL.

Desde o início das atividades destinadas ao setor da moda em 2011, com o lançamento da primeira coleção de acessórios de moda no Espaço São José Liberto (ESJL) denominada “Manualidades: Lapidando Tendências”, constatou-se a necessidade de organização da cadeia produtiva de moda considerando a existência de outros movimentos na área, como exemplos, os eventos de confecção-vestuário da “Caixa de Criadores”, organizada pelo titular do Curso de Design de Moda na UNAMA, e a realização do evento “Amazônia Fashion

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Week” coordenado pela titular do Curso de Design de Moda na FAP, já na 8ª edição, além disso o surgimento de novos estilistas na cidade e as ações implementadas pelo SEBRAE/Pará e SENAI/PA em prol dos setores produtivos da moda.

Em 2012, é criada pelos designers e micro empresários do Programa Polo Joalheiro/Pará a 2ª Coleção de Acessórios de Moda e Manualidades inspirada na temática do meio ambiente com lançamento no Hotel Copacabana Palace no período do evento Rio + 20 com curadoria de Cristina Franco.

Constatou-se nesse processo o surgimento de produtos com design e características originais detentores de uma qualidade expressiva. Objetos planejados que apresentam um diferencial da produção com ênfase no design e aplicação de matéria prima originada pela biodiversidade amazônica e reaproveitamento de materiais diversos como: cascas de frutas, madeira, coadores de café, gemas orgânicas e minerais associados ao metal prata. Um harmonioso diálogo entre os setores de gemas e joias, moda, artesanato e design.

Com o objetivo de potencializar as ações de capacitação profissional, bem como as iniciativas de construção de uma rede de parceiros intersetorial que permitisse a complementaridade institucional, foram firmadas parcerias com outros setores públicos e privados ampliando o grupo de atores da rede de apoio ao futuro APL de Moda e Design. Destacam-se nesta fase as parcerias com o Instituto de Artes do Pará – Incubadora Pará Criativo, universidades e faculdades de moda como Universidade da Amazônia – UNAMA, Faculdade do Estado do Pará – Estácio/FAP e o Instituto de Ensino Superior da Amazônia – IESAM.

Em 2013, com a participação de 21(vinte e uma) micro empresas do Programa Polo Joalheiro foi apresentado pela SEICOM e IGAMA o “Projeto ESJL – APL de Moda e Design” em atenção ao Edital de Chamamento Público nº 03/2013 do Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC) e Ministério da Cultura (MinC) com posterior aprovação publicada em terceiro lugar.

Neste mesmo período foi lançada a “Coleção de Acessórios de Moda do ESJL-Expedição em Si”. Com lançamento de novos empresários inseridos no setor, a coleção é resultado de pesquisas com novos materiais de natureza industrial.

Com a formalização de parceiros em novembro de 2013, foi instalado o Coletivo Intersetorial do APL de Moda e Design formado pelos seguintes atores: Coletivo Criar Amazônia, Caixa de Criadores, Empresa Ná Figueiredo, SEBRAE/PA, SENAI/Pa, SENAC/PA, Instituto de Artes do Pará – Incubadora Pará Criativo, Faculdade do Pará- FAP/Estácio e a Universidade da Amazônia – UNAMA, Secretária de educação (SEDUC), Associação Comercial do Pará (ACP), sob a coordenação da Secretaria de Indústria Comércio e Mineração (SEICOM) e Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (IGAMA), que com a instalação do Coletivo Intersetorial criou–se o Cadastro Único de Moda e Design do Pará.

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Com a implementação do Cadastro Único, novas demandas de qualificação profissional foram levantadas dentro da real precisão do setor, tais como: desenhista de produtos gráficos web, traçados em fibra, design de bolsa, curtimento do couro de peixe, desenhista de joias e bijuterias, costureiro vestuário industrial, Modelistas, talhador tecidos, estamparia, tinturaria, entre outros. Além dos cursos para competências de gestão de negócios.

Continuamente foram realizados diálogos estratégicos e Ciclos de Palestras sobre os temas: “Contextualizando sobre Arranjo Produtivo Local”, “A poesia da Criação”, “Diversidade Cultural e Inovação”, “História Cultural Fé e suas representações no Design”. Aliado aos Workshops de produtos: “Confecção Criativa e o Laboratório dos Sentidos” - com Temática Religiosa.

A linha do tempo abaixo resume os principais eventos:

Eventos precursores do APL de Moda e Design – PMP

1.3. Setores econômicos do APL

A cadeia produtiva da moda permite dois olhares distintos:

O primeiro, industrial, que está diretamente atrelada à cadeia têxtil-vestuário. Este possui um viés tecnológico e de produção em escala (massificação), com baixo valor agregado e que absorve muita mão de obra.

Outro olhar é sob a perspectiva da economia criativa, na qual estão inseridas as capacidades de criação, modelagem e estilística. Estas, com um maior valor agregado ao capital humano, por absorverem menor quantidade de mão de obra, já que se trata de um trabalho criativo, diferenciado e individualizado.

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Considerando os processos de criação e produção do APL Moda e Design- Polo Metrópole nos moldes da Cadeia Produtiva de Economia e Cultura da Moda no Brasil do MinC, especificamente na cadeia de acessórios de moda pode ser demonstrada conforme figura abaixo:

Cadeia Produtiva da Moda – Fonte: Elaboração própria com base na Pesquisa de Economia e Cultura da Moda no Brasil - MinC

Em relação aos insumos da cadeia estão considerados o capital humano, os insumos físicos, os insumos de valor cultural, os equipamentos e as tendências e design. O capital humano refere-se a toda mão de obra (criação, técnica e operacional). Os insumos físicos são todos os materiais utilizados para a produção, tais como os tecidos, couros, aviamentos, fibras, gemas, sementes, entre outros. Os insumos de valor cultural são as técnicas e materiais específicos de uma determinada localização geográfica, sendo passíveis de incorporação às peças produzidas (alguma técnica de artesanato, por exemplo). Os equipamentos referem-se a todo maquinário industrial ou equipamentos tecnológicos como hardware e software. As tendências e design são aspectos abstratos da cadeia, com alto poder de agregação de valor. Por serem abstratos, são de difícil mensuração de valor.

Com relação à produção foram destacadas duas etapas:

Uma de confecção, que corresponde ao processo produtivo em si, com maior nível de etapas produtivas, partindo do insumo bruto até o produto final, reproduzindo em uma menor escala todo o processo produtivo da cadeia da moda. Pressupõe uma produção em escala e de baixo valor agregado.

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Outra de intervenção criativa, que é um processo que envolve o produto final da confecção. O objetivo é transformar este produto final, agregando identidade e valor através da intervenção de algum processo criativo.

A distribuição e comercialização podem ser realizadas através da venda direta, ou seja, em pontos de venda da marca ou artista ou pelo e-commerce. Ainda, pode ser realizada no varejo ou no atacado. A revenda representa um canal de distribuição para a produção, podendo ser representada pelos coletivos, feiras e/ou pontos de venda compartilhados. Em ambos os canais (direto ou revenda) são consideradas as vendas tanto para o mercado interno quanto para o externo.

Para explicar a cadeia da moda na região metropolitana de Belém deve-se fazer uma divisão entre dois grupos: vestuário-confecção, que envolve produção de camisas, saias e vestidos, e o de acessórios da moda, que envolve produção de colares, brincos, pulseiras, anéis, braceletes, bolsas, carteiras, sapatos, entre outros artefatos e manufaturados de couro e pele de peixe.

1.3.1. Características da cadeia de Vestuário – confecção

Insumos

Capital humano: o capital humano considera a mão de obra como um todo, e deve ser dividida em duas áreas: a criativa e a técnica. Com relação ao capital humano criativo, o mercado de moda da região metropolitana de Belém possui uma grande diversidade de profissionais, visto a formação de coletivos independentes, tais como a Caixa de Criadores, Criar Amazônia, entre outros. Com relação à mão de obra técnica (corte, costura, acabamento) a região ainda é carente destes profissionais. A maioria se encontra na informalidade e não possui a qualificação necessária, prejudicando a qualidade do produto final. O capital humano foi considerado como ponto forte na cadeia pelo fato de existir com alto potencial a mão de obra com maior valor agregado (criativos)

Insumos físicos: aqui são considerados os tecidos e materiais para confecção e acabamento das peças. Como já citado, não existe uma cadeia industrial que produza esses materiais localmente. Estes insumos são adquiridos em sua maior parte em distribuidores que compram de fábricas do sul, sudeste e nordeste e no comercio local. O frete encarece tais materiais. Como a demanda também não é grande, por vezes faltam produtos especiais ou diferenciados. Existe a possibilidade de se comprar diretamente do fabricante, porém como a maioria dos criativos ainda são micros, não conseguem ter escala para fazer tais compras.

Insumos de valor cultural: a região possui diversos insumos de valor cultural. São utilizados elementos amazônicos ou urbanos de Belém, tais como falas, manias, gírias, arquitetura, frutas, fauna, flora, pinturas rupestres e religiosas, entre outras. Foi destacado como ponto forte, pois a cultural regional é singular

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e rica, permitindo a inserção nos produtos e consequente aumento no valor agregado.

Equipamentos: as máquinas de corte e costura são facilmente adquiridas em distribuidores do comércio local, que por sua vez compram de fabricantes nacionais. Os restantes de equipamentos são comprados fora do estado, já que não existem fabricantes na região. O grande gargalo é a manutenção dos equipamentos inovadores e tecnológicos. Por não existir grande demanda, não são disponibilizados técnicos para prontamente atender um eventual problema. Por necessitar trazer de fora do estado o técnico especialista, este processo se torna caro e, por vezes, inviáveis.

Tendência e design: as tendências mundiais de moda são absorvidas pelos criativos que inserem características locais às criações. Existem diversos designers na região, porém que não se articulam entre si. Trata-se de um ponto forte da cadeia pelo potencial que existe na região, tanto de profissionais quanto de insumos culturais a serem trabalhados.

Produção

A produção contempla tanto a confecção quanto uma eventual intervenção criativa, que se trata de trabalhar criativamente o produto final acabado com o objetivo de criar diferenciação e aumentar o valor agregado. O processo produtivo contempla desde a criação até a produção física. Menos de 10% das empresas deste setor possui a cadeia completa, desde a criação, produção e comercialização. Geralmente o processo é segmentado e terceirizado. Os criadores em sua maioria terceirizam para outras empresas a produção. Este é um gargalo, pois não existem muitas confecções capacitadas para realizar uma produção com alto nível de qualidade. Por vezes a terceirização é feita em outros estados.

As intervenções criativas são realizadas por alguns dos produtores, que agregam valores culturais às peças produzidas, introduzindo principalmente aspectos regionais. Apesar de não haver uma forte cadeia de Vestuário-confecção, existe um grande potencial criativo para agregação de valor.

Distribuição e comercialização

A maior parte das vendas feitas pelas empresas que atualmente compõe o APL é realizada no próprio estado do Pará. Algumas empresas conseguem escoar sua produção para outros estados do Brasil, conforme gráfico abaixo:

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Venda direta (varejo e atacado): não existem dados quantitativos para medir a quantidade de vendas diretas ou revenda, porém é sabido que a maior parte das vendas é realizada direto ao consumidor, apesar das dificuldades de se manter Ponto de Vendas e/ou lojas próprias. Poucas empresas conseguem atender clientes no atacado. As que não conseguem deixam de realizar tal divulgação por não possuir capacidade produtiva para atender eventuais clientes. Desta forma preferem manter as vendas apenas no varejo, mesmo que tenham oportunidade de participar de feiras e rodadas de negócios.

Revenda (varejo): são poucos os empreendedores que utilizam o canal de revenda para comercializar seus produtos. Como citado, a maioria acaba por vender diretamente ao consumidor final. Os que utilizam revendedores são as empresas que vendem fora do estado. A baixa capacidade produtiva e a falta de conhecimento sobre o mercado externo são os principais motivos para não utilizarem este canal. Toda a produção ainda é destinada apenas para o mercado interno. Além da ausência de ferramentas para o e-commerce.

Em suma, as empresas do vestuário-confecção que compõem o arranjo possuem um viés criativo. A região ainda carece de uma cadeia produtiva de insumos físicos em geral, sendo que estes são buscados em sua maioria fora do estado. Existe o potencial, já explorado, da utilização de matérias primas naturais e culturais características do estado. O potencial da região está no elo das intervenções artísticas, ou seja, no processo em que se encontra um maior valor agregado. Por outro lado, este é o elo que absorve uma quantidade menor de mão de obra se comparada com a indústria têxtil-vestuário em geral.

1.3.2. Características da cadeia de acessórios de moda

Com relação aos acessórios foram detectadas duas vertentes: uma que trabalha materiais de uma forma geral e outra que utiliza recursos naturais e culturais provenientes da região. São considerados acessórios de moda a

73%

7%20%

Locais de venda e distribuição de vestuário

Pará Outros estados Pará e outros estados

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produção de brincos, colares, anéis, braceletes, pulseiras, pingentes, e as bolsas, sacolas, sapatos, cintos, carteiras, quanto os artefatos e manufaturados de couro e de pele de peixe, entre outros produtos.

Insumos

Capital humano: parte da cadeia dos acessórios de moda que utiliza recursos naturais está baseada no trabalho artesanal, que beneficiam estes recursos antes de repassá-los para a produção de acessórios. Estes são carentes de qualificação tanto técnica quanto gerencial, o que acaba por prejudicar o processo como um todo, já que não existe uma padronização dos produtos e, pela falta de conhecimentos gerenciais, por vezes não conseguem se programar e entregar os pedidos no prazo solicitado. Não existe um banco de dados que agregue as informações destes profissionais. Por outro lado a região agrega diversos criativos que possuem a tarefa de confeccionar o design das peças.

Insumos físicos: são dois tipos principais de insumos físicos. Os naturais são oriundos (em sua maioria) da própria região. Os outros insumos são comprados em outros estados, já que não existe uma cadeia de produção na região.

Insumos de valor cultural: além dos recursos naturais, alguns aspectos da cultura local são inseridos nas peças produzidas, principalmente religiosos.

Equipamentos: os equipamentos não são complexos em sua maioria. São comprados ou de distribuidores locais ou diretamente dos produtores. Não existem fábricas de equipamentos no estado. Muitas vezes os profissionais precisam realizar adaptações nas máquinas para suprir às suas demandas.

Tendência e design: existem muitos profissionais de design, porém grande parte ainda atua de maneira informal. Assim como na confecção, a maioria dos profissionais utilizam as tendências globais e as misturam com as características regionais (tanto naturais quanto culturais).

Produção

A produção de acessórios em sua maioria é artesanal. Poucas são as empresas que conseguem confeccionar os seus produtos em escala. Os produtos perdem em competitividade devido ao alto custo de adquirir matérias primas, já que a maioria são compradas fora do estado.

Distribuição e comercialização

A maioria das empresas comercializa no varejo, fazendo parcerias com lojas que recebem os produtos em consignação. A falta de capacidade produtiva é o maior gargalo para atingir o mercado atacado para grande parte das empresas. Por outro lado foram cadastradas empresas que só vendem no atacado, com menor valor agregado porém ganhando em escala. Assim como na confecção, a maioria das empresas comercializam apenas no estado do Pará.

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1.4. Empresas presentes, interação e cooperação dos atores

Em 2013, os articuladores do APL realizaram um levantamento preliminar para avaliar o potencial produtivo do mercado da moda na região. Através de um formulário simples, foram cadastrados 102 empreendimentos ligados que produzam, criam e/ou comercializam bens e serviços de moda e design. Destes 54 se encontravam formalizados e 48 informais.

Realizado este levantamento inicial, foi solicitado aos cadastrados que respondessem um questionário eletrônico mais amplo, como pré-requisito para a participação nas ações do arranjo. Dos 102 empreendimentos, 50 responderam ao novo questionário. É esta base que o APL iniciará seus trabalhos.

Os empreendimentos possuem as seguintes características:

52%

16%

32%

Locais de venda e distribuição de acessórios

Pará Outros estados Pará e outros estados

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Como demonstram os gráficos, grande parte dos empreendimentos ainda são pequenos. Tal configuração deve-se ao fato de tratarmos de economia criativa e não de uma cadeia industrial.

Estes empreendimentos já possuem certa interação entre si, porém ainda de maneira informal. Na maior parte das interações são formados núcleos criativos. Um dos objetivos do APL é justamente o de formar um ambiente favorável para o aumento da interação e cooperação, tanto entre as empresas, quanto entre elas e os demais atores que compõe a governança.

Por se tratar de empresas heterogêneas e com diferentes demandas, o APL adotará ações que promovam o benefício para estratégias tanto de custos quanto de diferenciação. Existe a necessidade de aumentar a competitividade através dos preços dos produtos, porém há também o potencial de exploração da criatividade e aspectos culturais locais, criando diferenciação.

As interações das empresas com outros atores e agentes se dão principalmente através de cursos ou campanhas pontuais. Neste aspecto destacam-se as capacitações promovidas pelo SEBRAE, SENAI e ações do Espaço São José Liberto.

1.4.1. Espaço São José Liberto (ESJL)

Desde 2012, o contrato de gestão do Espaço São José Liberto mantido com a OS Instituto de Joias da Amazônia (IGAMA) está vinculado à Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (SEICOM) e desde de 2013 a dotação orçamentária foi garantida pelo meio do Plano de territórios Minerais com objetivo de estimular a verticalização das atividades minerárias em toda sua extensão e de apoio ao desenvolvimento dos segmentos sócio produtivo de gemas e joias como indutor da geração de trabalho, emprego e renda. Entre as diversas atividades destaca-se o fortalecimento do comércio de bens e serviços de produção de joias artesanais e semi-industriais.

Apesar do fomento desse setor não traduzir todo o potencial do Estado, contribuiu para dinamizar o desenvolvimento local. Em 2013, a loja incubadora do Espaço São José Liberto comercializou 10.251 peças de joias e 94.887 produtos artesanais resultando o volume de negócios de aproximadamente de R$ 3.260.000,00 (três milhões e duzentos e sessenta mil reais), além da capacitação e qualificação de 1.100 empreendedores nas competências técnicas para inovação da cadeia produtivas de gemas, joias e acessórios de moda. Ressaltam-se ainda a geração de ocupação de 96 profissionais nas áreas de lapidários, cravadores, ourives, produtores, e designer de joias e de moda, e de 754 artesãos fornecedores da Casa do artesão, originários de 53 municipalidades.

Consubstanciado nessas diretrizes o surgimento e instalação do Arranjo Produtivo Local de Moda e Design – Polo Metrópole abrange como referência as atividades transversais originárias no território criativo do Espaço São José Liberto (ESJL).

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Neste contexto, a experiência exitosa do Programa Polo Joalheiro do Pará,

inerente aos fundamentos, dinâmicas e estratégias metodológicas,

compreende a diversidade cultural, a inovação e o empreendedorismo criativo

como táticas essenciais para o desenvolvimento sócio produtivo dos setores de

gemas e joias, cultura popular, design, moda e acessórios, gastronomia, museu

e artesanato. Impulsionando a criação/produção/circulação e comércio dos

bens e serviços procedentes destas atividades por meio de atuações de

capacitação para as competências criativas, acesso a mercado e preservação

e conservação do Patrimônio Cultural e Arquitetônico do Espaço São José

Liberto.

A primeira etapa de organização das ações colaborativas para construção do primeiro Plano de Desenvolvimento do Arranjo Produtivo Local para os aglomerados do setor de Moda e Design do território criativo do Espaço São José Liberto (ESJ), na região metropolitana, no estado do Pará, foi, seguramente, o conceito do APL- Intensivo a Cultura, como linha da ação do processo de elaboração do Plano. Para tanto, a sensibilidade da diferença entre os outros setores econômicos, e o processo produtivo individualizado desse aglomerado, com destaque de maior capital à capacidade inventiva do ser humano, do empreendedor/empresa. Dentre esses grupos impulsionava as demandas voltadas à criação e produção com fins funcionais.

Assim, para efeito deste Plano de Desenvolvimento e da proposição de políticas públicas, faz-se necessário a compreensão deste Arranjo Produtivo Local, enquanto “lócus” é seguido o termo “intensivo a economia criativa” como representativo dos diversos conjuntos de empreendimentos que atuam no campo das criações funcionais como vetor de desenvolvimento social e econômico. De tal maneira, o desenvolvimento dar-se-á dentro dos princípios da diversidade cultural, da inclusão sócio produtiva, da inovação, das tecnologias de Informação e da sustentabilidade.

O acontecimento desse primeiro modelo de Plano de Desenvolvimento do APL de Moda e Design – Intensivo a Economia Criativa, Polo Metrópole está fortemente ligada à constituição colaborativa de seus protagonistas. Portanto, este arranjo produtivo objetiva atender de forma efetiva às novas demandas dos processos de criação, produção, comercialização e serviços baseados nas inter-relações empresariais dos aglomerados produtivos, juntamente com a integração efetiva das instituições sociais e acadêmicas, e de apoio das diversas esferas de governo, fortalecendo as políticas de desenvolvimento das micro, pequenas e médias empresas e empreendedores individuais, com base na dinamização de APL- Intensivos a Econômica Criativa como elementos impulsionadores dos indicadores econômicos, de trabalho, de emprego e renda no estado do Pará.

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1.5. Governança do APL

O objetivo geral da governança em um APL é o de garantir a sua perpetuidade, com o foco nos objetivos e resultados estabelecidos. A governança deve ser dinâmica e adequar-se conforme as condições e oportunidades do mercado.

A formação da governança do APL foi estabelecida juntamente com o processo de construção do plano de desenvolvimento. O modelo adotado foi por intermédio da divisão da estrutura em três esferas, conforme a figura abaixo:

Os empreendimentos criativos são a força motora do APL, já que são os instrumentos pelos quais as ações do arranjo atingem os objetivos. Têm papel fundamental na composição da governança. Como apontado, atualmente o universo de participantes está composto por 102 (cento e dois) empreendedores criativos no cadastro único. Que representam entre si os diversos setores produtivos da Moda e Design no APL, elegeu-se 5 (cinco) segmentos: acessórios e bolsas, couro e calçados, vestuário-confecção, design e fornecedores. Tal divisão foi elaborada para que cada segmento indicasse 2 (dois) representantes para compor o Coletivo Intersetorial na governança no Grupo de Trabalho Permanente GTP/APL. Estes representantes têm a responsabilidade de indicar as demandas dos seus setores produtivos para o Coletivo Intersetorial, além de comunicar às demais empresas e empreendedores as proposições discutidas nas reuniões.

O Coletivo Intersetorial do APL é formado por instituições públicas (das esferas

federais, estaduais e municipais) e privadas (instituições de ensino, serviços

sociais e financeiras, OS). Tem como objetivos direcionar a estratégia do

GTP/APL, auxiliar na concepção e implantação de políticas públicas,

acompanhar e avaliar os resultados do plano de ação e zelar pelos princípios e

valores estabelecidos. Compõem o Coletivo Intersetorial também os

representantes de cada um dos segmentos empresariais, conforme descrito.

Essa representação não é fixa e poderá se ajustar a cada reunião. Porém

passa a ser efetivo a partir da assinatura do Termo de adesão (detalhes. Anexo

3.)

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As instituições que constituíram o Coletivo Intersetorial são:

Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (SEICOM).

Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (IGAMA).

Instituto de Artes do Pará (IAP).

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

(SEBRAE/PA).

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI/PA).

Universidade da Amazônia (UNAMA).

Faculdade Estácio do Pará (FAP/PA).

Incubadora Pará Criativo(IPC).

Caixa de Criadores

Criar Amazônia

Representantes dos setores produtivos.

Na maioria das vezes os arranjos produtivos locais selecionam representantes

das empresas para compor um comitê gestor. Contudo, por se tratar do

Primeiro Plano de Desenvolvimento – Intensivo a Economia Criativa de um

APL de Moda e Design, recentemente organizado, e ainda sem maturidade de

gestão, ficou definido que a coordenação técnica executiva será apoiada por

intermédio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração

(SEICOM) por meio da gestora executiva do Espaço São José Liberto (ESJL) a

Organização Social IGAMA. Essa medida procura evitar a perda de

compromisso dos atores envolvidos, assim como propiciar maior coesão entre

as atividades planejadas no plano de desenvolvimento GTP APL, e pactuadas

no termo de adesão.

A coordenação técnica executiva possui a responsabilidade de convocar as

reuniões ordinárias, fazer cumprir as ações propostas (e realizar o seu

controle) e prestar contas ao Coletivo Intersetorial. Tem papel fundamental na

articulação entre os diversos protagonistas, atuando como um facilitador nos

processos de interação. Por sua experiência exitosa e apoio na organização

desse arranjo de moda e gestora do território criativo do ESJL a função foi

designado pela SEICOM ao Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (IGAMA).

O IGAMA é uma Organização Social (OS) criado através do Decreto Estadual

nº 216 de 12 de junho de 2007. Justifica-se a escolha deste parceiro por ele já

realizar representatividade institucional e trabalhos técnicos e promocionais

para a cadeia da moda e design no ESJL. O objetivo é que, ao final do período

da coordenação técnica executiva, a governança tenha criado um alto grau de

organização, interação e maturidade (principalmente do grupo de empresários),

e seja planejado e organizado o Comitê Gestor, não sendo mais necessária

uma coordenação externa para que os trabalhos do APL ocorram.

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Os princípios adotados pela governança do APL (ainda informalmente) são:

1. Transparência: comunicação franca, espontânea e tempestiva, sendo que todas as informações relevantes devem ser compartilhadas.

2. Equidade: todos os atores são tratados de forma justa e igualitária, não havendo diferenciação se de origem governamental, empresarial ou artística.

3. Prestação de contas: todos os atores envolvidos têm o compromisso de prestar contas, respondendo integralmente por seus atos e fatos sob sua responsabilidade.

4. Conformidade: o arranjo e seus representantes devem respeitar integralmente as leis, normas e regulamentações inerentes ao ambiente de atuação.

5. Responsabilidade corporativa: todas as ações devem visar à manutenção permanente do arranjo e devem avaliar impactos econômicos, sociais e ambientais.

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2. PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO

O APL de Moda e Design – Polo Metrópole, Amazônia Paraense teve o seu reconhecimento no ano de 2013. Para a construção do plano de desenvolvimento, a SEICOM juntamente com o IGAMA submeteram um projeto para receberem o apoio de uma consultoria, via edital do MDIC e MinC. A proposta foi aprovada no mesmo ano. Apesar de aprovado em 2013, a construção do plano se iniciou no mês de junho de 2014. O APL contou com a consultoria da Fundação Vanzolini.

O plano de desenvolvimento foi elaborado de forma colaborativa, promovendo a interação entre os diferentes atores que compõe o APL: secretarias do estado, sistema S, academia, agências estaduais, consultoria, empreendedores e empresas. Desta forma buscou-se aderência do plano às reais necessidades do APL, considerando as especificidades regionais e locais.

A metodologia para sua construção seguiu a indicada pelo MDIC para arranjos produtivos locais. Primeiramente a SEICOM instituiu um Coletivo Intersetorial e realizou um cadastramento preliminar, das empresas e empreendedores potenciais e passíveis de integração ao APL. Posteriormente, já com o apoio da consultoria, houve o processo de mobilização dos atores que hoje compõe a governança. Com a governança mobilizada, foram convocadas as demais empresas e empreendedores da cadeia de moda e design que atualizaram seus dados cadastrados com o objetivo de construir o diagnóstico da situação atual do mercado. O Coletivo Intersetorial se reuniu 4 (quatro) vezes para discutir as informações levantadas e desenvolver o plano de ação, assim como os resultados esperados e as métricas dos indicadores de desempenho. Totalizando foram 8 (oito) etapas com 3 (três) oficinas técnicas, com duas reuniões de trabalho em cada uma, somando-se seis encontros de construção colaborativos, conforme registro.

O macro fluxograma representa resumidamente todo o processo e suas etapas:

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Todas as etapas de oficinas ocorreram no Espaço São José Liberto, na cidade de Belém/PA. Abaixo o detalhamento de cada uma das etapas:

1ª etapa – cadastramento preliminar dos empreendimentos (nov/13): em 2013 foi realizado pela SEICOM um cadastramento preliminar dos empreendimentos com potencial de participação no APL. Na ocasião foram levantados dados básicos apenas para avaliar o universo de participantes.

2ª etapa - reunião com principais atores do APL (16/06/2014): a consultoria apresentou aos principais atores a metodologia do processo de construção do plano de desenvolvimento. Foram explicadas as etapas e direcionadas as responsabilidades de cada um. Foi definida a agenda de trabalho.

3ª etapa – 1ª oficina com os empreendedores para diagnóstico da situação atual (18/06/2014): foi realizada uma oficina com as empresas, empreendedores e componentes da governança com o objetivo de identificar os potenciais e dificuldades do setor (análise SWOT). A oficina contou com a presença de aproximadamente quarenta representantes do setor produtivo, além dos representantes das instituições que compõe a governança. Inicialmente cada empreendedor se apresentou aos demais. Os presentes foram divididos em 5 grupos heterogêneos de discussão, onde estes deveriam acordar qual seria o objetivo do APL, listar cinco oportunidades, desafios, forças e fraquezas, listar os cursos de capacitação que poderiam ser realizados

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e sugerir ações conjuntas entre diferentes atores e setores da economia. Ao final, um representante de cada grupo apresentou as respostas elaboradas para os demais participantes. As informações estão registradas em formulários e as apresentações possuem a gravação do áudio. Os resultados da oficina foram compilados e estão demonstrados na seção 3. A oficina foi conduzida pela consultoria contratada.

Empreendedores reunidos em grupos e discutindo a situação atual do mercado de moda e design na região metropolitana de Belém/PA

4ª etapa – recadastramento dos empreendimentos (20/06 a 30/07/2014): a consultoria discutiu pontos estratégicos com a SEICOM e o IGAMA. Foi concluído que o cadastro preliminar deveria ser complementado com uma quantidade maior de informações. A SEICOM elaborou um novo questionário e enviou aos empreendimentos previamente cadastrados. As informações coletadas compõem o banco de dados do APL e algumas informações estão expostas no plano.

5ª etapa – 2ª oficina com os empreendedores para validação do diagnóstico e formação do Coletivo Intersetorial (12/08/2014): a consultoria, juntamente à governança, consolidou os resultados obtidos na primeira oficina e convocou novamente os empreendedores. O objetivo foi o de validar as informações da análise SWOT e propor ações para o plano de desenvolvimento. Como houve

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a participação de empreendedores que não haviam participado na primeira oficina, foram incluídas novas demandas. Para formar a representação dos empreendedores no Coletivo Intersetorial do APL, a governança classificou as empresas em cinco segmentos principais: acessórios e bolsas, vestuário-confecção, couro e calçados, design e fornecedores. Para cada um dos segmentos foi destacado dois representantes para participar das reuniões de construção do plano de desenvolvimento. Os representantes podem ser alterados conforme o desenvolvimento do arranjo. Apenas o segmento de fornecedores não foi destacado por ainda não haver representantes.

6ª etapa – 1ª reunião para definição dos resultados esperados e plano de ação (13/08/2014): esta foi a primeira reunião entre o coletivo estabelecido do APL. Com a condução da consultoria, os atores discutiram sobre quais resultados eram esperados e quais as métricas para a sua medição. A consultoria apresentou algumas ações derivadas dos resultados obtidos nas oficinas anteriores. O Coletivo propôs que fossem definidos eixos de atuação, baseados nos propostos pelo Plano da Secretaria da Economia Criativa. Foram discutidas várias ações para compor o plano. Pela sua complexidade, as definições ficaram para reuniões seguintes.

7ª etapa – 2ª reunião para definição dos resultados esperados e plano de ação (28/08/2014): com os resultados obtidos na reunião anterior, o coletivo Intersetorial juntamente com a consultoria definiram os resultados esperados e as métricas para a sua avaliação (seções 4 e 5). Foram definidas também as ações que compõe o plano de ação (seção 6) e seus coordenadores. As coordenações das ações foram definidas de maneira voluntária por cada entidade. Ao final, foram definidos os métodos de gestão do plano de desenvolvimento (seção 7);

8ª etapa – apresentação do Plano de Desenvolvimento Preliminar e fechamento do projeto (29/08/2014): a consultoria juntamente com o coletivo Intersetorial compilou todos os dados em um único arquivo, denominado Plano de Desenvolvimento Preliminar. Este plano servirá como norteador das ações da governança do APL. Foi estipulado um período de dois anos para que ele seja revisado. Nesta etapa o plano foi apresentado e validado para o coletivo e GTP/APL, finalizando o projeto da consultoria contratada via MDIC e MinC.

9ª etapa – Por conta da validação previa do PD o Coletivo Intersetorial do APL Moda e Design-Polo Metrópole reuniram-se e determinou imediatas ações táticas de lançamento do PD, incluindo apoio do Pará Criativo e Carlos Pará, a campanha de criação de nome e marca do APL para capa, impressão física e vitrine virtual do observatório nacional dos APl’s. O IGAMA fará orientação a todas empresas e empreendedores participantes dos Workshops de produtos e comunicará com antecedência o dia de lançamento das Coleções e agendamento para a clínica dos produtos, bem como os critérios para expor na loja da Moda e Design do ESJL. A SEICOM fará levantamento de quantas empresas e empreendedores necessitam de imediato de Consultoria Orientada para elaboração de Plano de Negócios em expansão, visando a captação de capital de giro para o 2º semestre. Além disso encaminhará Termo de Adesão ao SEBRAE e solicitará atendimento as empresas e empreendedores das demandas levantadas. A SEICOM reforçará o pedido de apoio de linhas de

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credito especiais para o Banpará e Credito Cidadão. A SEICOM reforçando o pedido da consultoria da Fundação Vanzolini solicitará as imagens do produto e logo de cada empresa e/ou empreendedor participante do PD-APL. A SEICOM após receber a versão preliminar da Fundação Vanzolini encaminhará a todos os participantes do coletivo Intersetorial e o Termo de Adesão. O SEBRAE pediu para encaminhar oficio de pedido de patrocínio do coquetel de lançamento do PD-APL no ESJL. O PARÁ CRIATIVO ficou analisar a possibilidade de patrocinar a impressão gráfica e digital do PD-APL Moda e Design e o convite de lançamento. A SEICOM e o IGAMA serão responsáveis pela programação do lançamento do PD e inauguração da loja incubadora da Moda e Design no território criativo do ESJL. O GTP-APL, e todas as empresas e empreendedores serão os principais divulgadores nas redes sociais das ações pactuadas, serão os responsáveis também envio dos convites as entidades, instituições e empresas que produzem, criam e comercializam moda e design na Amazônia Paraense.

Reunião de Fechamento

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3. SITUAÇÃO ATUAL, DESAFIOS E OPORTUNIDADES

O APL de Moda e Design - Polo Metrópole agrega 102 (cento e dois) empreendedores no cadastro único. O levantamento do universo de participantes no cadastro único demonstra 58% são de pessoa jurídica e 42% pessoa física. Desse universo de empreendedores, 52 (cinquenta e dois) não atualizaram os dados no novo formulário. Assim sendo, primeiramente utilizaremos com base de dados a situação cadastral dos 50 empreendedores com cadastro atualizado. Destes 70% são de pessoa jurídica e 30% pessoa física. O setor da moda se articula ainda timidamente entre si, através da formação de coletivos informais para compartilhamento de espaços e materiais. O grande desafio nesse primeiro plano será manter as empresas e empreendedores que se cadastraram, e agregar novos, já que no levantamento preliminar já estão identificados 102 (cento e dois) empreendedores criativos que atuam no setor da Moda e Design na Região Metropolitana de Belém.

Existe grande expectativa positiva por parte dos empresários e empreendedores cadastrados, visto que a maioria participou no processo colaborativo de construção do plano de desenvolvimento do APL. A governança tem papel fundamental na manutenção do coletivo, dinamizando as reuniões e as ações propostas para que tal expectativa e participação não diminuam.

Com o objetivo de levantar as demandas e anseios do setor, foi realizada uma 1ª oficina no mês de julho/2014 com as empresas e empreendedores de moda e design cadastrados no arranjo. Os participantes foram divididos em grupos e convidados a registrar tais demandas (considerando forças, oportunidades, fraquezas e desafios) através de formulários previamente entregues.

O coletivo Intersetorial juntamente à consultoria compilou as informações e realizaram entrevistas pontuais. O quadro a seguir sintetiza o diagnóstico da situação atual do APL de Moda e Design – PMP. Os elementos são caracterizados pelas dimensões:

PONTOS FORTES: correspondem às vantagens internas e diferenciais do arranjo produtivo ou dos setores em que os empreendimentos estão inseridos;

OBSTÁCULOS E AMEAÇAS: referem-se aos pontos externos ao arranjo produtivo e aos setores que o compõem desfavoráveis ou que apresentam condições com algum grau de adversidade. Correspondem ao contexto sócio-econômico-político local, premissas do trabalho executado e outros fatores externos que necessitam de alternativas de contorno ou mitigação de riscos para o desenvolvimento do APL;

DESAFIOS: referem-se aos pontos de dificuldades internas do arranjo ou peculiares dos setores que o compõem, os quais devem ser corrigidos, reduzidos ou prevenidos;

OPORTUNIDADES: são as potencialidades que o arranjo e/ou os setores nele inseridos têm e deveriam aproveitar para o seu

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desenvolvimento futuro, seja em questões socioeconômicas e culturais, competitividade e qualidade, inovação, qualificação da mão-de-obra, adensamento da cadeia produtiva, entre outras:

PONTOS FORTES:

Forte identidade cultural.

Acesso a matérias primas naturais.

Capital intelectual e criativo.

Coletivos criativos já formados.

Posição geográfica favorável para exportação.

Centros de ensino na região.

Diversidade de empreendimentos.

Experiência da coordenação técnica executiva.

OBSTÁCULOS E AMEAÇAS:

Não existem beneficiadores de produtos naturais na região.

Baixa qualidade dos fornecedores locais.

Poucos fornecedores de insumos físicos na região.

Baixa formalização dos empreendimentos.

Tributação como limitante de crescimento.

Falta de mão de obra qualificada.

Dificuldades de acesso a crédito para investimentos.

Concorrência com produtos importados.

Desarticulação do setor.

Falta de qualificação para o uso de novas tecnologias no processo de promoção e vendas.

Dificuldade na comunicação entre as empresas e o mercado.

Distância de grandes centros consumidores.

Falta de políticas públicas para a promoção do produto paraense.

Empresários não possuem cultura de trabalhar coletivamente com outras empresas e instituições.

OPORTUNIDADES:

Valorização de produtos naturais e diferenciados na confecção de peças e acessórios de moda.

Valorização de produtos com

DESAFIOS:

Consolidar o APL e sua governança.

Formação de consórcios e de contratações coletivas.

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apelo sustentável.

Aumento do turismo, tanto de negócios quanto de visitação.

Utilização de eventos, festejos e personalidades para divulgação.

Aumento do poder aquisitivo das famílias brasileiras.

Redes sociais e e-commerce.

Gerar informações e indicadores da cadeia da moda na região do APL.

Qualificar técnica e gerencialmente os empreendedores criativos.

Estimular e promover o acesso ao crédito.

Fortalecer a estrutura de produção.

Gerar inovação à cadeia.

Fortalecer a comercialização.

Auxiliar na formalização dos empreendimentos.

Apoiar e promover políticas públicas.

Gerar emprego, renda e desenvolvimento social através da cadeia produtiva da moda.

Abaixo seguem as informações detalhadas levantadas no diagnóstico da primeira oficina realizada com as empresas e empreendedores.

3.1. Pontos fortes observados

Consistem como os principais pontos fortes deste APL:

Forte identidade cultural: como demonstrado na cadeia produtiva (seção

1.3) um dos fatores que agregam valor à produção são os insumos de

valor cultural. A região que abrange o APL (região metropolitana de

Belém) agrega uma forte identidade cultural. Tal força permite a

diferenciação dos seus produtos em um mercado cada vez mais

padronizado;

Acesso a matérias primas naturais: a região está inserida na floresta

amazônica, ou seja, possui acesso facilitado a inúmeros insumos

naturais. A utilização destes agrega valor às peças, já que o mercado

valoriza a diferenciação através dos insumos naturais;

Capital intelectual e criativo: a criatividade, assim como os aspectos

culturais e ambientais, são determinantes para a geração de valor em

qualquer cadeia produtiva. O APL possui, além de empresas de

confecção, um grande capital intelectual para as intervenções artísticas;

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Coletivos criativos já formados: apesar da estruturação do APL ser

recente, alguns grupos criativos já se organizam entre si, fomentando o

trabalho colaborativo e em rede, essenciais para a pela formação do

arranjo;

Posição geográfica favorável para exportação: Belém possui uma

posição que favorece o escoamento da produção para o mercado

externo. Apesar de ainda não ser altamente explorado, existe a estrutura

necessária para realizar tal comercialização;

Centros de ensino na região: ultimamente foram abertos novos cursos

de formação em moda, além da ampliação de oferta de cursos técnicos

para capacitar a mão de obra da cadeia da moda;

Diversidade de empreendimentos: o APL conta com uma diversidade de

empreendimentos, que abrange desde o vestuário, acessórios em geral,

bolsas, artefatos de couro, calçados, além de designers. A diversidade

enriquece as contribuições para o arranjo e para o mercado em geral,

pois permite uma maior troca de informações entre os atores;

Experiência da coordenação técnica executiva: a coordenação técnica

executiva do APL está sob a responsabilidade do IGAMA, instituição que

já trabalha desde 2007 com empresas em rede, promovendo um melhor

ambiente de negócios.

3.2. Obstáculos a serem superados e ameaças

Consistem como os principais obstáculos a serem superados e ameaças deste APL:

Não existem beneficiadores de produtos naturais na região: apesar do

ponto forte em possuir acesso a matérias primas naturais, não existem

beneficiadores locais. Os insumos saem da região para outra distante, é

beneficiada e volta com um preço maior. O valor agregado do

beneficiamento não permanece na região;

Baixa qualidade dos fornecedores locais: a cadeia dos insumos ainda

não é altamente profissional. Além do déficit de qualidade dos insumos,

os serviços agregados à venda ainda são deficitários. Os produtores

encaram problemas com prazo de pagamento, além da falta de

qualidade e prazo das entregas;

Poucos fornecedores de insumos físicos na região: a maioria dos

insumos físicos não comprados fora do estado, já que não existe um

parque fabril de tecidos ou couro por exemplo. A região norte é a que

possui o menor número de empresas de fábricas de produtos têxteis e

empresas de confeccionados no Brasil (ABDVRAIS, 2005). O mercado

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33

perde em competitividade já que demanda um custo maior para adquirir

estes insumos, principalmente devido ao frete. Outro problema é a

necessidade de fechar grandes pedidos para viabilizar a compra dos

insumos. Por se tratar de empreendimentos pequenos, tal ação fica

inviabilizada;

Baixa formalização dos empreendimentos: a maioria dos

empreendimentos que compõe o APL são formalizados (cerca de 70%),

porém a informalidade atinge uma grande parte dos atores da cadeia

produtiva, dificultando o seu desenvolvimento e a geração de novos

negócios;

Tributação como limitante de crescimento: a tributação brasileira é um

entrave para o crescimento de qualquer empreendimento. Na cadeia da

moda da região metropolitana de Belém não é diferente. Além da carga

trabalhista, as alíquotas diferenciadas de ICMS também prejudicam o

comércio dos produtos do APL;

Falta de mão de obra qualificada: apesar da crescente oferta de cursos,

tanto de formação acadêmica quanto técnica, a mão de obra qualificada

é um entrave para o crescimento, principalmente em relação aos

profissionais técnicos da cadeia têxtil;

Dificuldades de acesso a crédito para investimentos: não são

abundantes e não é de conhecimento da maioria dos empreendedores a

forma de se acessar créditos disponíveis para o investimento, tanto na

produção quanto para a comercialização. Trata-se de um dos gargalos

de crescimento para o mercado de moda no APL;

Concorrência com produtos importados: os produtos importados,

especialmente os chineses, competem diretamente por custos e afeta

principalmente a cadeia têxtil. Além de trabalhar a redução de custos da

produção das empresas, deve-se investir na diferenciação dos produtos

para evitar a concorrência direta por custos (aspecto este extremamente

forte dos produtos chineses);

Desarticulação do setor: uma das ameaças é que o setor não mantenha

a articulação do APL e o trabalho não seja continuado;

Falta de qualificação para o uso de novas tecnologias no processo de

promoção e vendas: como grande oportunidade de mercado estão a

comunicação e as vendas online. Atualmente grandes marcas estão

massivamente presentes nestes canais. Porém, o conhecimento para

utilizar essas ferramentas ainda não é de todos os empreendedores, que

acabam por perder oportunidades de mercado por não as utilizarem;

Dificuldade na comunicação entre as empresas e o mercado: além do

fator de utilizar mídias online, outra dificuldade do setor está em utilizar

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34

uma comunicação eficiente com o mercado. Os produtos, em sua

maioria, estão bem estabelecidos, porém faltam investimentos em

comunicação para promover a produção;

Distância de grandes centros consumidores: a região norte é a que

possui o menor percentual de gastos com roupas e calçados do Brasil

(IPTM com dados da Gazeta Mercantil, 2006). O custo de enviar as

peças para os grandes centros consumidores encarece o produto e

consequentemente a competitividade;

Falta de políticas públicas para a promoção do produto paraense: um

dos potenciais para gerar diferenciação dos produtos está na inserção

de aspectos da cultura paraense. Porém, não existe uma política

estadual ou municipal para promover a marca “Pará”, ficando restrito a

ações da iniciativa privada ou de artistas regionais;

Empresários não possuem cultural de trabalhar coletivamente com

outras empresas e instituições: historicamente não existem grandes

casos de sucesso de formação de redes de cooperação no setor da

moda na região do APL. A falta de cultura colaborativa pode prejudicar

os trabalhos do arranjo como um todo.

3.3. Oportunidades a serem conquistadas

Consistem como as principais oportunidades a serem conquistadas pelo APL:

Valorização de produtos naturais e diferenciados na confecção de peças

e acessórios de moda: existe uma tendência mundial de valorização de

produtos que possuam materiais naturais e com garantia de

procedência. A região está inserida na floresta amazônica, um grande

fornecedor de insumos naturais. A inserção destes insumos na produção

pode gerar diferenciação, agregar valor e tornar os produtos mais

competitivos;

Valorização de produtos com apelo sustentável: outra tendência é de

valorização de produtos que possuam algum apelo sustentável (social

ou ambiental). A produção da moda no APL possui o potencial de inserir

selos de certificação como instrumento de diferenciação e consequente

aumento de competitividade;

Aumento do turismo, tanto de negócios quanto de visitação: a cadeia do

artesanato interage diretamente com a cadeia de moda, principalmente

na comercialização local da produção. O estado do Pará apresentou

crescimento no recebimento de turistas, tanto de visitação quanto de

negócios nos últimos anos. A cadeia da moda deve aproveitar este canal

de comercialização que cresce no estado

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35

Sinergia com eventos turísticos: a cadeia da moda já interage com

grandes eventos realizados no estado. Como exemplo o Círio de

Nazaré, que acontece em Belém e no ano de 2013 recebeu mais de 2

milhões de visitantes. Tal evento impulsiona as vendas do setor e deve

ser sempre aproveitado como um forte canal de comercialização;

Utilização de eventos, festejos e personalidades para divulgação: dada a

falta de políticas públicas para a promoção do produto paraense, uma

das oportunidades é utilizar os eventos, festejos e personalidades para

tal divulgação. Alguns artistas famosos em âmbito nacional já promovem

os produtos, porém existe potencial de atingir mais personalidades;

Aumento do poder aquisitivo das famílias brasileiras: o aumento do

poder aquisitivo das famílias brasileiros faz com que parte de sua renda

se desloque para gastos considerados supérfluos, onde a moda se

insere;

Redes sociais e e-commerce: as lojas físicas são o canal de compra

ainda mais utilizado, porém o e-commerce que mais cresce no país é

justamente do setor de vestuário. Tal oportunidade não pode deixar de

ser utilizada pelo mercado da moda no APL.

3.4. Desafios a serem alcançados

Consistem como principais desafios a serem alcançados pelo APL:

Consolidar o APL e sua governança: por se tratar de uma formação

recente, um dos grandes desafios é perpetuar a organização do arranjo,

mantendo o interesse de participação das empresas e dos atores que

compõe a governança;

Formação de consórcios e de contratações coletivas: um dos grandes

entraves ao desenvolvimento do setor de moda é a falta de interação

formalizada entre as empresas. A formação de consórcios e a realização

de contratações coletivas auxiliarão no aumento de competitividade das

empresas do setor;

Gerar informações e indicadores da cadeia da moda na região do APL:

os dados específicos da cadeia da moda ainda são incipientes. A falta

de informações dificulta o fomento a políticas públicas e de

investimentos para o setor. O processo de mapeamento não é simples e

requer investimentos;

Qualificar técnica e gerencialmente os empreendedores criativos: a

qualificação é um processo contínuo, devendo atender as demandas

atuais dos empreendedores. O desafio é qualificar tanto técnica quanto

gerencialmente;

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36

Estimular e promover o acesso ao crédito: o acesso ao crédito é

fundamental para alavancar os empreendimentos do APL. Em sua

maioria estes são pequenos, e por vezes informais. A falta de linhas de

crédito e o desconhecimento por parte dos empreendedores de como

acessá-los são entraves para o desenvolvimento do setor;

Fortalecer a estrutura de produção: muitos empreendedores ainda não

têm acesso ao maquinário necessário ou desconhece práticas de gestão

da produção e qualidade. A gestão da produção é essencial para manter

custos baixos e a gestão da qualidade para promover os produtos

regionais;

Gerar inovação à cadeia: a inovação é o melhor instrumento para gerar

competitividade dos produtos, principalmente em mercados onde a

estratégia é dominada por empresas com liderança em custos. A

inovação perpassa desde aspectos produtivos até a inserção de novos

materiais nos produtos;

Fortalecer a comercialização: é fundamental criar melhores condições

para que a produção seja comercializada, principalmente na forma

atacadista, permitindo uma produção em escala e reduzindo os custos;

Auxiliar na formalização dos empreendimentos: a formalização é

essencial para o desenvolvimento dos empreendimentos. Faz-se

necessário tanto a formalização das empresas que compõe o APL,

quanto de outras partes da cadeia produtiva;

Apoiar e promover políticas públicas: o APL deve ser utilizado

institucionalmente como instrumento de fomento, apoio e promoção de

políticas públicas que favoreçam o segmento da moda na região

metropolitana de Belém, realizando interações com as esferas

municipais, estaduais e federais;

Gerar emprego, renda e desenvolvimento social através da cadeia

produtiva da moda e design: o objetivo final do arranjo está em, por meio

da cadeia criativa da moda e design, gerar emprego e renda,

promovendo o desenvolvimento econômico e social da região

metropolitana de Belém, beneficiando indiretamente outras regiões.

3.5. Capacitações sugeridas

Além das informações expostas, na primeira oficina realizada com os empreendedores, foi solicitado para que estes informassem as demandas por capacitação. As sugestões estão expostas abaixo. Importante salientar que nem todas as solicitações poderão ser atendidas nas ações que estão sendo estabelecidas até o final de 2016.

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Capacitação em empreendedorismo;

Capacitação em finanças para micro e pequenas empresas: formação de

custo do produto, necessidade de capital de giro, fluxo de caixa e

demonstrativos financeiros;

Capacitação sobre propriedade intelectual;

Capacitação técnica para o curtimento do couro de peixe;

Capacitação para o gerenciamento da produção: planejamento e controle

da produção, gerenciamento de estoque e padronização de processos;

Capacitação para a comercialização de artes;

Capacitação técnica para trança em fibras;

Capacitação sobre como exportar;

Capacitação técnica em criações gráficas (incluindo uso de softwares);

Capacitação em certificações (ambientais e sociais);

Capacitação técnica em design de bolsas;

Capacitação técnica em manuseio de metais;

Formação em geral de mão de obra: costureiras, modelistas e manufatura

em geral.

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4. RESULTADOS ESPERADOS

Após avaliar as demandas, as oportunidades e discutir com os empreendedores quais resultados o arranjo deveria obter, o coletivo Intersetorial do APL definiu os indicadores que serão avaliados. Os resultados esperados foram classificados em dois tipos: os finalísticos e os intermediários.

Os resultados finalísticos representam os objetivos finais do APL, enquanto os intermediários sinalizam o caminho para se alcançar tais objetivos. O prazo para as suas medições é o mesmo do horizonte do plano, ou seja, dezembro de 2016. A medição dos resultados intermediários será realizada de forma anual, em dezembro de 2015 e dezembro de 2016.

A estratégia adotada pela governança do arranjo está baseada nos seguintes resultados:

RESULTADOS FINALÍSTICOS

INDICADOR OBJETIVO PRAZO

4.1 Fortalecimento do Coletivo Intersetorial do APL

Coletivo formalizado através das assinaturas do termo de adesão.

Agregar além dos atores atuais,

representantes do turismo, secretaria

da fazenda e Rede de

fornecedores

Set/2014 a

Dez/2016

4.2

Criação de um banco de dados e relatórios de indicadores sócio econômicos da cadeia de Moda e Design do Pará

Pesquisa Aplicada e indicadores consolidados

Compilar e publicar o banco de dados e suas informações

Jan/2014 a

Dez/2016

4.3 Aumento do Faturamento das empresas do APL

Crescimento do volume de comercialização Números de itens vendidos

Medição comercial nas feiras setoriais, eventos comerciais e loja Incubadora de Moda/ESJL e

PDV’s

Nov/2014 a

Dez/2016

RESULTADOS INTERMEDIÁRIOS

INDICADOR METAS PRAZO

4.4 Consultoria orientada para elaboração de plano de negócio de expansão de

Relatório individual de atendimento e Lista de presença assinada

50 Dez/2014

100 Dez/2015

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39

negócios criativos 100 Dez/2016

4.5 Capacitação técnica (especifica por segmentos)

Lista de presença assinadas nos treinamentos

100 Dez/2014

200 Dez/2015

200 Dez/2016

4.6 Qualificação profissional para o mercado de trabalho da Moda

Listas de presença assinadas nos treinamentos

50 Dez/2014

100 Dez/2015

200 Dez/2016

4.7 Qualificação gerencial Listas de presença assinadas nos treinamentos

200 Dez/2015

200 Dez/2016

4.8 Número de acessos no portal do APL e vitrine virtual

Relatórios do provedor do portal

Média de 1000 acessos/mês

Dez/2015

4.9 Faturamento por e-commerce

Pesquisa realizada com as empresas

Média de 10 produtos/mês por empresa

Dez/2015

4.10 Criação de espaços de negócios da Moda – PDV’s

Documentos de constituição

1

Dez/2014

1 Dez/2015

2 Dez/2016

4.11

Volume financeiro disponível em linhas de crédito com taxas diferenciadas

Volume de credito acessado

R$ 100 mil Dez/2014

R$ 300 mil Dez/2015

R$ 500 mil Dez/2016

Detalhadamente, o APL terá como objetivos:

Resultado 4.1 – Fortalecimento do Coletivo Intersetorial do APL: por ser um APL recente e intensivo a economia criativa é fundamental que o coletivo Intersetorial esteja estabelecido com os atores necessários para o seu desenvolvimento. Apesar de robusto atualmente, faltam protagonistas relacionados às áreas de turismo, e da receita do estado, além de representantes da montante e jusante da cadeia produtiva;

Resultado 4.2 – Criação de um banco de dados e relatórios de indicadores sócio econômicos da cadeia de Moda e Design do estado do Pará: são poucas as informações quantitativas sobre o

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mercado de moda e design do estado do Pará. Os trabalhos preliminares do APL obtiveram alguns dados, porém para se fomentar políticas públicas fazem-se necessários estudos mais aprofundados, considerando os impactos sócios econômicos nos investimentos a serem realizados. Este banco deverá estar divulgado e disponível para consulta;

Resultado 4.3 – Aumento do Faturamento das empresas do APL: o maior objetivo do arranjo é promover o aumento de faturamento das empresas que o compõe, gerando desenvolvimento econômico para a região. Este resultado será medido através da pesquisa que será realizada anualmente com as empresas;

Resultado 4.4 – Consultoria orientada para elaboração de plano de negócio de expansão de negócios criativos: Consultoria com relatório individual de atendimento para os negócios criativos do APL;

Resultado 4.5 – Capacitação técnica (específica por segmentos): foi identificada a necessidade de se promover capacitações técnicas, com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços prestados, principalmente de confecção;

Resultado 4.6 – Qualificação profissional para o mercado de trabalho da Moda: Qualificar os profissionais para o mercado de trabalho da moda, influenciando na valorização dos produtos e aumentando o seu valor agregado.

Resultado 4.7 – Qualificação gerencial: a capacitação gerencial é fundamental para que os empreendedores, que possuem alta capacidade criativa, consigam alavancar seus negócios;

Resultado 4.8 – Número de acessos no portal do APL e vitrine virtual: o portal do APL irá divulgar os produtos de todas as empresas, bem como os serviços prestados. Para ampliar a comercialização é fundamental que o portal seja divulgado e promovido;

Resultado 4.9 – Faturamento por e-commerce: esta é a grande tendência como canal de comercialização de moda. É o canal que mais cresce e, portanto, as empresas deverão estar preparadas para utilizá-lo. Permite ainda que os produtos paraenses possam ser comercializados com menor custo para outras regiões do Brasil e até exterior. As vendas computadas serão das realizadas diretamente pelas empresas, e não via APL;

Resultado 4.10 – Criação de espaços colaborativos de negócios de da Moda – PDVs: o APL procura fomentar a interação e o trabalho coletivo entre empreendedores e instituições públicas e privadas. Constituir fisicamente espaços colaborativos é essencial para promover o crescimento dos empreendimentos;

Resultado 4.11 – Volume financeiro disponível em linhas de crédito com taxas diferenciadas: um dos entraves para o desenvolvimento dos empreendimentos é a falta de recursos disponíveis. Através da articulação do APL, se objetivará a disponibilização de recursos financeiros com condições especiais para as empresas participantes.

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5. INDICADORES DE RESULTADO

Para o acompanhamento pelo Coletivo Intersetorial da evolução dos resultados esperados serão utilizados os seguintes indicadores:

Resultado 4.1 – Fortalecimento do Coletivo Intersetorial do APL: o indicador serão os termos de adesão firmados entre os atores e o APL. O objetivo é agregar, além dos apontados neste plano, representantes da secretaria da fazenda, turismo e empreendimentos da montante e da jusante da cadeia produtiva.

Resultado 4.2 – Criação de um banco de dados e relatórios de indicadores sócio econômicos da cadeia de Moda e Design do estado do Pará: a medição será realizada através da verificação da criação de um banco de dados e da disponibilização virtual deste, permitindo que outros atores ou instituições o utilize para futuros projetos.

Resultado 4.3 – Aumento do Faturamento das empresas do APL: a verificação deste indicador se dará através da pesquisa aplicada aos empreendimentos cadastrados no arranjo, que dentre outras informações, irá analisar a evolução do faturamento. O objetivo é aumentar em crescer tanto em volume de comercialização quanto de itens vendidos.

Resultado 4.4 – Consultoria orientada para elaboração de plano de negócio de expansão de negócios criativos: será considerado como indicador os planos individuais de cada empreendimento atendido através da consultoria.

Resultado 4.5 – Capacitação técnica (específica por segmentos: será considerado indicador as listas de presença das capacitações realizadas.

Resultado 4.6 – Qualificação profissional para o mercado de trabalho da Moda: as qualificações técnicas serão medidas através de listas de presença assinadas. Os responsáveis pela capacitação deverão encaminhar à coordenação técnica executiva tais listas para serem compiladas.

Resultado 4.7 – Qualificação gerencial: as qualificações gerenciais serão medidas através de listas de presença assinadas. Os responsáveis pela capacitação deverão encaminhar à coordenação técnica executiva tais listas para serem compiladas.

Resultado 4.8 – Número de acessos no portal do APL e vitrine virtual: a medição será realizada através dos relatórios fornecidos pelo provedor do portal.

Resultado 4.9 – Faturamento por e-commerce: a verificação deste indicador se dará através da pesquisa aplicada aos empreendimentos

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cadastrados no arranjo, que dentre outras informações, irá analisar a evolução do faturamento do e-commerce.

Resultado 4.10 – Criação de espaços colaborativos de negócios de da Moda – PDV’s: a medição será realizada através da formalização jurídica dos espaços colaborativos.

Resultado 4.11 – Volume financeiro disponível em linhas de crédito com taxas diferenciadas: a medição será realizada através da comprovação da disponibilização de linhas de crédito com condições diferenciadas para os empreendimentos do APL.

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6. AÇÕES PREVISTAS

As ações previstas para o APL foram resultado da discussão entre os atores da governança, considerando o resultado do diagnóstico (seção 3) e derivado dos resultados esperados (seção 4). Foram definidos 7 eixos de atuação, com base no Plano da Secretaria de Economia Criativa, a saber:

1. Infraestrutura e Investimentos;

2. Financiamento;

3. Governança e Cooperação;

4. Competitividade e Inovação;

5. Formação e Capacitação;

6. Divulgação e Comunicação;

7. Acesso a mercados.

Cada uma das ações propostas se enquadra em um ou dois eixos, que foram utilizados para nortear as proposições. Porém, tais ações só serão viabilizadas após a oficialização dos parceiros através da assinatura do Termo de Adesão. Deverá ser firmado também um acordo de cooperação técnica entre o parceiro apontado e a SEICOM.

Depois de firmados os termos de adesão e acordos de cooperação técnica, os coordenadores de cada ação deverão elaborar um plano de trabalho detalhado (modelo no anexo II) para ser aprovado pelo Coletivo Intersetorial do APL.

Foram definidas 30 ações estratégicas para alcançar os objetivos propostos, as quais estão descritas a seguir, mais 11 capacitações. A numeração não corresponde a ordem de importância nem cronológica (o cronograma está demonstrado no anexo I). As ações estão classificadas conforme o seu eixo.

O quadro abaixo sintetiza as ações previstas para o APL de Moda e Design – PMP, divididas por eixos e esferas de atuação. Os eixos de atuação são definidos por:

Infraestrutura e investimentos: ações direcionadas majoritariamente ao poder público e instituições apoiadoras para desenvolvimento da infraestrutura das regiões onde o APL está inserido. Visa adequar ou revitalizar o espaço econômico-cultural do arranjo, ou ainda promover maior competitividade regional. Incluem-se neste eixo obras e construções civis, arquitetura e urbanismo e serviços públicos que garantam um ambiente propício para os negócios regionais (segurança, iluminação, transporte, saneamento, limpeza, etc).

Financiamento: ações voltadas ao financiamento de recursos para as empresas pertencentes ao APL. Vão ao encontro de iniciativas para renovação ou modernização do parque produtivo, ampliação do espaço físico das empresas e da capacidade produtiva, capital de giro, entre outros.

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Governança e Cooperação: ações voltadas para o estabelecimento ou fortalecimento da governança local, bem como iniciativas que promovam a cooperação entre os diversos atores e instituições apoiadoras que compõem o arranjo.

Competitividade e Inovação: ações direcionadas majoritariamente ao poder público e instituições apoiadoras para promoção da competitividade local por meio de inserção de tecnologia e/ou técnicas que promovam a inovação no arranjo. Visam trazer a produção econômico-criativa local para um patamar superior, em que os diferenciais dos produtos e serviços do APL são facilmente percebidos pelos consumidores, agregando valor.

Formação e Capacitação: ações voltadas à formação e capacitação de empresários e da mão de obra dos arranjos em temas técnicos, gerenciais e voltados ao empreendedorismo.

Divulgação e Comunicação: ações com o objetivo de promoção comercial do arranjo em âmbito local, regional e nacional. Incluem-se nesta categoria iniciativas como organização de feiras e rodadas de negócios, missões comerciais, organização de stands e lojas locais, desenvolvimento de websites, elaboração de materiais de divulgação, publicidade e mídia.

Acesso a Mercados: ações voltadas ao Comércio Exterior.

Esferas de atuação

LOCAL ESTADUAL FEDERAL

Eix

os

de

atu

ão

Infraestrutura e Investimentos

- - -

Financiamento 2.3 2.2 2.1

Governança e Cooperação

3.2; 3.3 3.1; 3.4; 3.5 -

Competitividade e Inovação

4.1 4.3; 4.4; 4.5;

4.7 4.2; 4.6

Formação e Capacitação

- 5.2; 5.3 5.1*; 5.4

Divulgação e Comunicação

6.1 6.3; 6.5; 6.6; 6.7; 6.8; 6.9;

6.10 6.2; 6.4

Acesso a Mercados - - 7.1

* a ação será desmembrada em outras diversas, de acordo com a demanda dos empreendimentos (seção 3.5 deste plano)

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6.1. Infraestrutura e Investimentos

Por se tratar de um APL com formação recente, não foram apontadas, neste primeiro plano, ações de infraestrutura e investimentos. O maior objetivo é organizar a estrutura de governança, atrair os empreendimentos, capacitá-los e permitir uma maior comercialização. As demandas por infraestrutura serão consolidadas e inseridas no momento de revisão deste plano.

6.2. Financiamento

As ações deste eixo auxiliarão os empreendedores a terem acesso à crédito, inclusive com condições diferenciadas.

AÇÃO 2.1 – Articular linhas de crédito diferenciadas

DESCRIÇÃO: Com a base de dados sobre o mercado e a cadeia produtiva da moda e design, a SEICOM articulará (principalmente com os bancos públicos) a disponibilização de linhas de financiamento diferenciadas para os empreendimentos que compõe o APL, aumentando o acesso a crédito e fortalecendo a estrutura do arranjo.

COORDENADOR: SEICOM

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEICOM / BANPARÁ

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: BNDES, BANPARÁ, Banco da Amazônia

ESFERA DE ATUAÇÃO: Federal

DATA DE INÍCIO: agosto/2014

DATA DE TÉRMINO: dezembro/2015

EIXO: Financiamento

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Disponibilizar linhas de créditos diferenciadas para as empresas que compõe o APL. [Resultado 4.9]

AÇÃO 2.2 – Realizar workshop sobre linhas de crédito disponíveis para micro e pequenas empresas

DESCRIÇÃO: O objetivo deste workshop é apresentar aos empresários as linhas de financiamento já existentes no mercado e qual o procedimento para o acesso.

COORDENADOR: SEBRAE / SENAI

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEBRAE / SENAI / Outros parceiros

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: SEBRAE / SENAI / Outros parceiros

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 20.000

ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual

DATA DE INÍCIO: outubro/2014

DATA DE TÉRMINO: novembro/2014

EIXO: Financiamento

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RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Aumentar o volume de recursos captados para investimentos

AÇÃO 2.3 – Realizar capacitação em como elaborar projetos para captação de recursos financeiros

DESCRIÇÃO: O objetivo desta capacitação é demonstrar aos empresários as metodologias para se captar recursos e financiamentos para a viabilização de investimentos na produção e para a comercialização. Captação também através de cartas do Semear, Rouanet, Tó Teixeira.

COORDENADOR: Pará Criativo

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Pará Criativo

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: Pará Criativo

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 30.000

ESFERA DE ATUAÇÃO: Local

DATA DE INÍCIO: dezembro/2014

DATA DE TÉRMINO: janeiro/2015

EIXO: Financiamento

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Aumentar o volume de recursos captados para investimentos

6.3. Governança e Cooperação

Por se tratar de uma formação recente do APL, é fundamental que a governança esteja bem estabelecida para dar continuidade às ações propostas neste plano.

AÇÃO 3.1 – Formalizar a participação dos atores e empreendedores no APL

DESCRIÇÃO: Formalizar a participação no APL através da assinatura do Termo de Adesão, tanto dos atores da governança quanto dos empreendedores.

COORDENADOR: SEICOM/ GTP APL

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEICOM

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: -

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: -

ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual

DATA DE INÍCIO: setembro/2014

DATA DE TÉRMINO: novembro/2014

EIXO: Governança e Cooperação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Formalizar o compromisso dos atores e empreendedores

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AÇÃO 3.2 – Reativar a Associação de Moda do Pará

DESCRIÇÃO: Existe uma associação de moda do Pará, porém encontra-se inativa. O objetivo é reativar para que possa se tornar uma representação dos empresários, tanto para o mercado quanto para o APL.

COORDENADOR: GTP APL

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: GTP APL/ Representatividade dos empreendedores

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: Representatividade dos empreendedores

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 15.000

ESFERA DE ATUAÇÃO: Local

DATA DE INÍCIO: setembro/2014

DATA DE TÉRMINO: novembro/2014

EIXO: Governança e Cooperação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Reativar a Associação de Moda Pará para que esta represente os empreendedores no APL

AÇÃO 3.3 – Formatar os grupos empresariais de cada setor dentro do APL

DESCRIÇÃO: O Coletivo Intersetorial do APL ainda não está formalizado com representatividade dos grupos empresariais definidos (vestuário, couro e calçados, acessórios e bolsas, design e fornecedores). Deverá ser oficializada tal representação.

COORDENADOR: SEICOM/ GTP APL

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Representatividade dos empreendedores

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: -

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: -

ESFERA DE ATUAÇÃO: Local

DATA DE INÍCIO: setembro/2014

DATA DE TÉRMINO: outubro/2014

EIXO: Governança e Cooperação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Criar representatividade de cada segmento de moda e design inserido no APL

AÇÃO 3.4 – Criar uma Câmara de Moda e Design na Associação Comercial do Pará

DESCRIÇÃO: O objetivo é aumentar a representatividade do mercado de moda e design em diferentes esferas, tanto públicas quanto privadas.

COORDENADOR: SEICOM

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Representatividade dos empreendedores

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: SEICOM e Secretaria da Cultura do Estado do Pará

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE MODA E

DESIGN – POLO METRÓPOLE DO ESTADO DO PARÁ

48

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: -

ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual

DATA DE INÍCIO: fevereiro/2015

DATA DE TÉRMINO: junho/2015

EIXO: Governança e Cooperação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Aumentar a representatividade

AÇÃO 3.5 – Promover a interação de representantes do setor de turismo e Secretaria da Fazenda ao APL

DESCRIÇÃO: Essa ação será pontual quanto houver necessidade de interação, como em grandes eventos ou necessidades pontuais.

COORDENADOR: SEICOM

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEICOM

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: SEICOM, Secretaria da Cultura do Estado do Pará e Secretaria da Fazenda do Estado do Pará

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: -

ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual

DATA DE INÍCIO: Ação contínua

DATA DE TÉRMINO: Ação contínua

EIXO: Governança e Cooperação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Inserção no plano de turismo

6.4. Competitividade e Inovação

Este eixo concentra ações de pesquisa sobre o mercado de moda e design do estado do Pará, bem como capacitações, campanhas, controle de qualidade, com o objetivo de melhorar a competitividade dos produtos e gerar inovação.

AÇÃO 4.1 – Elaborar o questionário para a realização de pesquisa periódica com as empresas participantes do APL

DESCRIÇÃO: Para levantar os indicadores de evolução das empresas, deverá ser aplicado um questionário periódico físico ou virtual. Este deverá conter informações qualitativas e quantitativas sobre a condição financeira, produtividade, acesso a crédito, investimentos, mão de obra, entre outros.

COORDENADOR: SEICOM

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEICOM

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: SEICOM

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 15.000

ESFERA DE ATUAÇÃO: Local

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE MODA E

DESIGN – POLO METRÓPOLE DO ESTADO DO PARÁ

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DATA DE INÍCIO: setembro/2014

DATA DE TÉRMINO: outubro/2014

EIXO: Competitividade e Inovação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Formatar o questionário que será uma das bases para a avaliação dos resultados do APL, bem como fornecer informações para o banco de dados. [Resultado 4.2]

AÇÃO 4.2 – Criar um banco de dados de fornecedores da cadeia da moda (nacionais e internacionais)

DESCRIÇÃO: Criar um banco de dados com diversos fornecedores que compõe a cadeia da moda, tanto nacionais quanto internacionais, facilitando o acesso aos insumos.

COORDENADOR: SEICOM/SEBRAE

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEICOM/SEBRAE

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: SEBRAE. Eventualmente MinC ou MDIC

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 30.000

ESFERA DE ATUAÇÃO: Federal

DATA DE INÍCIO: novembro/2014

DATA DE TÉRMINO: dezembro/2014

EIXO: Competitividade e Inovação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Fornecer informações às empresas e inserir tais informações no banco de dados. [Resultado 4.2]

AÇÃO 4.3 – Mapear e cadastrar toda a cadeia produtiva de Moda e Design da região do APL

DESCRIÇÃO: Este projeto contempla o mapeamento e caracterização de todos os atores que compõe a cadeia do APL, tanto na questão dos insumos quanto na comercialização.

COORDENADOR: SEICOM/SEBRAE

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Consultoria contratada

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: SEBRAE-PA, SEICOM e Secretaria da Cultura do Estado do Pará

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 80.000

ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual

DATA DE INÍCIO: janeiro/2015

DATA DE TÉRMINO: abril/2015

EIXO: Competitividade e Inovação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Fornecer informações às empresas e inserir tais informações no banco de dados. [Resultado 4.2]

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE MODA E

DESIGN – POLO METRÓPOLE DO ESTADO DO PARÁ

50

AÇÃO 4.4 – Realizar estudo de mercado dos segmentos do APL

DESCRIÇÃO: Com a elaboração do estudo de mercado objetiva-se identificar novas oportunidades de mercado para os segmentos de economia criativa contemplados no APL de modo a fortalecer os canais já existentes e possibilitar a inserção dos produtos em novos mercados nacionais e internacionais. Este estudo será específico para os produtos existentes e em potencial do APL, visando uma assertividade maior do que se utilizar de estudos mais amplos (já realizados).

COORDENADOR: SEICOM/SEDIP/NUPA

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Consultoria contratada

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: NUPA

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 120.000

ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual

DATA DE INÍCIO: abril/2015

DATA DE TÉRMINO: outubro/2015

EIXO: Competitividade e Inovação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Subsidiar de informações a estratégia de expansão das empresas do APL, bem como seus planos comerciais / aumentar o faturamento (resultado 4.3).

AÇÃO 4.5 – Realizar workshops para aprimorar a interação de atividades acadêmicas com os empresários

DESCRIÇÃO: Promover a interação dos acadêmicos do setor da moda e design com os empreendedores, gerando intercâmbio de informações e trabalhos conjuntos. Divulgar o resultado de pesquisas acadêmicas para o setor em workshops.

COORDENADOR: SENAI / SECTI

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: UNAMA, FAP

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: -

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: -

ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual

DATA DE INÍCIO: junho/2015

DATA DE TÉRMINO: agosto/2015

EIXO: Competitividade e Inovação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Aumentar a interação entre pesquisas acadêmicas e o mercado

AÇÃO 4.6 – Criar instrumentos para a medição da qualidade dos produtos

DESCRIÇÃO: Um dos objetivos do APL é fortalecer a marca do Pará na moda. Porém, deve-se ter instrumentos para controlar a qualidade dos produtos, não permitindo que produtos com baixa qualidade afete a imagem dos outros.

COORDENADOR: SENAI / SECTI

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE MODA E

DESIGN – POLO METRÓPOLE DO ESTADO DO PARÁ

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RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SENAI / SECTI / INMETRO

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: SENAI / SECTI / INMETRO

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: -

ESFERA DE ATUAÇÃO: Federal

DATA DE INÍCIO: julho/2015

DATA DE TÉRMINO: junho/2016

EIXO: Competitividade e Inovação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Propiciar um padrão de qualidade para as peças produzidas pelas empresas que compõe o APL

AÇÃO 4.7 – Criar campanha para a formalização dos empreendimentos

DESCRIÇÃO: O objetivo é conscientizar os empreendedores da importância de se formalizarem para garantir acesso a crédito e poder expandir os negócios.

COORDENADOR: SEBRAE/SEICOM/GTP APL

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEBRAE

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: SEBRAE

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 30.000

ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual

DATA DE INÍCIO: abril/2015

DATA DE TÉRMINO: junho/2015

EIXO: Competitividade e Inovação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Formalizar os empreendimentos que compõe o APL

6.5. Formação e Capacitação

Com relação às capacitações, foram definidos os temas necessários, porém não formulado o calendário para a realização (será definido conforme a demanda pontual dos empreendedores).

AÇÃO 5.1 – Realizar capacitações técnicas e financeiras

DESCRIÇÃO: As capacitações identificadas como necessárias estão listadas abaixo:

Capacitação técnica para reconhecimento, identificação e manipulação de couros exóticos (peixes e anfíbios);

Capacitação para a formação de mão de obra em geral (corte, costura, acabamento);

Capacitação para utilização de softwares específicos de moda;

Capacitação em Marketing Digital;

Capacitação em design de bolsas;

Workshop: Tecnologias sustentáveis na cadeia da moda e insumos amazônicos;

Capacitação em construção de planos de marketing para empreendimentos de

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE MODA E

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moda;

Capacitação para uso de tecnologias para promoção e comercialização de moda;

Capacitação em empreendedorismo e novos modelos de negócios (coworking);

Capacitação financeira: formação do custo do produto, necessidade de capital de giro, fluxo de caixa e demonstrativos financeiros;

Treinamento sobre propriedade intelectual.

COORDENADOR: SEICOM / SECTI/SEBRAE

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEICOM / SECTI/ SEBRAE

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: A definir

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 300.000

ESFERA DE ATUAÇÃO: Federal

DATA DE INÍCIO: janeiro/2015

DATA DE TÉRMINO: dezembro/2016

EIXO: Formação e Capacitação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Compor diretamente os resultados 4.4 e 4.5.

AÇÃO 5.2 – Capacitar para a formação de consórcios de compras

DESCRIÇÃO: Capacitar os empresários em compras coletivas com o objetivo de reduzir os custos de aquisição de matéria prima.

COORDENADOR: SENAI / SECTI

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEBRAE

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: SEBRAE

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 20.000

ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual

DATA DE INÍCIO: março/2015

DATA DE TÉRMINO: abril/2015

EIXO: Formação e Capacitação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Reduzir os custos de aquisição da matéria prima

AÇÃO 5.3 – Capacitar para o gerenciamento da produção: planejamento e controle da produção, gerenciamento de estoque e padronização de processos

DESCRIÇÃO: O objetivo é elaborar um curso para o gerenciamento da produção em geral, melhorando a produtividade e reduzindo os custos das empresas.

COORDENADOR: SENAI / SECTI

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SENAI

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: SENAI

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 40.000

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE MODA E

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ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual

DATA DE INÍCIO: janeiro/2016

DATA DE TÉRMINO: março/2016

EIXO: Formação e Capacitação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Aumentar a organização das empresas e reduzir os custos de produção

AÇÃO 5.4 – Realizar capacitação em exportação

DESCRIÇÃO: A exportação, principalmente para produtos que exploram a cultura e a diversidade ambiental, é uma oportunidade para a diversificação dos canais de venda. Essa capacitação tem como objetivo orientar os empreendedores sobre os processos para realizar uma exportação.

COORDENADOR: IGAMA/SEICOM

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEICOM/Apex-Brasil

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: Apex-Brasil

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 30.000

ESFERA DE ATUAÇÃO: Federal

DATA DE INÍCIO: setembro/2015

DATA DE TÉRMINO: outubro/2015

EIXO: Formação e Capacitação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: demonstrar os processos para exportação, auxiliando o aumento de faturamento.

6.6. Divulgação e Comunicação

Este eixo tem como objetivo auxiliar diretamente no aumento da comercialização via melhoramento da promoção e distribuição dos produtos.

AÇÃO 6.1 – Realizar concurso para a criação da logomarca do APL

DESCRIÇÃO: O objetivo é criar uma logomarca para o APL. Como estão presentes diversos empreendedores criativos, será realizado um concurso para a elaboração e escolha da marca do arranjo que será utilizado institucionalmente e pelas empresas participantes.

COORDENADOR: IGAMA/Pará Criativo

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Pará Criativo

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: Pará Criativo

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 10.000

ESFERA DE ATUAÇÃO: Local

DATA DE INÍCIO: setembro/2014

DATA DE TÉRMINO: novembro/2014

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EIXO: Divulgação e Comunicação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Criar uma marca para o APL

AÇÃO 6.2 – Consolidar um calendário anual de feiras e eventos ligados a moda

DESCRIÇÃO: Existem diversos eventos nacionais sobre moda e design. As feiras são excelentes canais de comercialização e os eventos são oportunidades para captar inovações do mercado, além de propiciar o estabelecimento de parcerias de produção e comerciais. O objetivo desta ação é consolidar um calendário anual destas feiras e eventos e estimar o investimento para participação. A governança do arranjo poderá auxiliar na articulação para o subsídio da participação pelos empresários.

COORDENADOR: IGAMA

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: NE e representatividade dos empreendedores

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: SEBRAE, MinC

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: -

ESFERA DE ATUAÇÃO: Federal

DATA DE INÍCIO: novembro/2014

DATA DE TÉRMINO: dezembro/2014

EIXO: Divulgação e Comunicação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: participação em feiras e eventos

AÇÃO 6.3 – Cadastrar as empresas e seus produtos no Observatório Brasileiro de APL

DESCRIÇÃO: Realizar o levantamento de todos os empreendimentos que compõem o APL e seus produtos e cadastrar no Observatório Brasileiro de APL. Utilizar essa plataforma para futuras divulgações.

COORDENADOR: IGAMA

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEICOM

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: a definir

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 30.000

ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual

DATA DE INÍCIO: fevereiro/2015

DATA DE TÉRMINO: maio/2015

EIXO: Divulgação e Comunicação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Criar um portfólio impresso e eletrônico.

AÇÃO 6.4 – Elaborar um plano de marketing para o APL

DESCRIÇÃO: Elaborar um plano de marketing institucional para o APL, promovendo a sua marca e consequentemente os empreendimentos que o compõe.

COORDENADOR: IGAMA

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE MODA E

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RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEBRAE

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: SEBRAE

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 40.000

ESFERA DE ATUAÇÃO: Federal

DATA DE INÍCIO: agosto/2015

DATA DE TÉRMINO: novembro/2015

EIXO: Divulgação e Comunicação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Plano de Marketing do APL

AÇÃO 6.5 – Elaborar projeto de viabilidade para implantação do Selo Amazônia Paraense

DESCRIÇÃO: Esta ação tem como objetivo elaborar um projeto de viabilidade para a adoção de um selo Amazônia paraense. Tal selo tem como objetivo criar um diferencial e agregar valor às peças produzidas na região. Neste momento será realizado apenas o projeto para avaliar a viabilidade. A adoção do selo se dará caso o projeto se mostrar viável.

COORDENADOR: IGAMA

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEICOM/SECTI

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: SEICOM/SECTI

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: -

ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual

DATA DE INÍCIO: março/2015

DATA DE TÉRMINO: maio/2015

EIXO: Divulgação e Comunicação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Agregar valor aos produtos com o selo amazônico

AÇÃO 6.6 – Criar um ambiente e vitrine virtual do APL

DESCRIÇÃO: Criar um website do APL, com a divulgação das ações, das empresas presentes e permitindo a divulgação dos produtos através de uma vitrine virtual. A vitrine tem o objetivo apenas de divulgação. Caso haja interesse, o comprador será direcionado para a loja virtual da empresa.

COORDENADOR: IGAMA

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Pará Criativo

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: a definir

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 60.000

ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual

DATA DE INÍCIO: abril/2015

DATA DE TÉRMINO: agosto/2015

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE MODA E

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EIXO: Divulgação e Comunicação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Agregar valor aos produtos com o selo amazônico

AÇÃO 6.7 – Mapear os canais de venda nos municípios do interior do estado do Pará

DESCRIÇÃO: O interior do estado do Pará não é utilizado como canal de venda para diversos empreendimentos da região metropolitana de Belém. O objetivo é mapear os possíveis compradores do interior do estado e criar uma interação com os produtores do APL.

COORDENADOR: IGAMA

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEICOM

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: FIEPA

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 50.000

ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual

DATA DE INÍCIO: junho/2015

DATA DE TÉRMINO: setembro/2015

EIXO: Divulgação e Comunicação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Promover a diversificação de canais de venda e consequente aumento no faturamento.

AÇÃO 6.8 – Realizar rodadas de negócios com potenciais compradores

DESCRIÇÃO: O objetivo é atrair compradores de diferentes regiões do Brasil para conhecerem os produtos do APL e formarem parcerias comerciais. O formato será de rodada de negócios, pois permite a divulgação de diversas empresas em um curto período de tempo.

COORDENADOR: IGAMA e GTP APL

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEBRAE

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: FIEPA

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 80.000

ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual

DATA DE INÍCIO: março/2016

DATA DE TÉRMINO: julho/2016

EIXO: Divulgação e Comunicação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Promover a interação com potenciais compradores e aumentar o faturamento

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE MODA E

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AÇÃO 6.9 – Criar lojas itinerantes para a promoção dos produtos do APL

DESCRIÇÃO: O objetivo é criar pequenas lojas itinerantes para promover os produtos do APL no interior do estado. Estes serão instalados em locais públicos com prazo determinado. Será determinada também a agenda de locais de divulgação. O APL irá subsidiar a confecção da loja e os expositores arcarão com os custos da sua instalação.

COORDENADOR: IGAMA/SEICOM

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEBRAE

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: SEICOM e empreendimentos

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 80.000

ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual

DATA DE INÍCIO: agosto/2016

DATA DE TÉRMINO: novembro/2016

EIXO: Divulgação e Comunicação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Ampliar os canais de venda para aumento do faturamento

AÇÃO 6.10 – Elaborar um calendário de eventos para o lançamento de coleções

DESCRIÇÃO: O objetivo é criar um calendário para a divulgação e promoção de coleções criadas pelas empresas do APL.

COORDENADOR: IGAMA / GTP APL

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: IGAMA

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: SEICOM, Secretaria da Cultura do Estado do Pará e empreendimentos

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 160.000

ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual

DATA DE INÍCIO: março/2016

DATA DE TÉRMINO: junho/2016

EIXO: Divulgação e Comunicação

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Aumentar a divulgação dos produtos do APL

6.7. Acesso a Mercados

Foi inserida uma ação para acesso a mercados com o objetivo de introduzir este tema aos empreendimentos do APL, buscando resultados significativos em exportação no longo prazo.

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AÇÃO 7.1 – Mapeamento de potenciais compradores e mercados no exterior

DESCRIÇÃO: Através de inteligência de mercado, mapear os potenciais compradores no mercado externo, principalmente de produtos que tenham apelos culturais, sociais e ambientais.

COORDENADOR: IGAMA/SEICOM

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEICOM/Apex Brasil

RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: Apex-Brasil

RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 60.000

ESFERA DE ATUAÇÃO: Federal

DATA DE INÍCIO: maio/2016

DATA DE TÉRMINO: agosto/2016

EIXO: Acesso a Mercados

RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Ampliar os canais de venda

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7. GESTÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO

A gestão do plano de desenvolvimento do APL de Moda e Design – Polo Metrópole do Estado do Pará será de responsabilidade de toda a governança estabelecida, apontada na seção 1.5. Estão estabelecidas reuniões ordinárias do Coletivo Intersetorial juntamente com a coordenação técnica executiva com a periodicidade bimestral. Tais reuniões terão o objetivo de acompanhar a execução das ações propostas (apontadas na seção 6), assim como verificar a evolução dos indicadores apontados nas seções 4 e 5. A coordenação técnica executiva tem a responsabilidade de convocar essas reuniões, conduzi-las, registrar a ata e disponibilizá-la ao restante da governança.

Serão consideradas válidas as reuniões que obtiverem no mínimo 40% de presença dos atores do Coletivo Intersetorial, a presença da coordenação técnica executiva e de no mínimo um representante do segmento empresarial. Caso haja necessidade, qualquer ator da governança poderá solicitar reuniões extraordinárias, mediante solicitação formal. As decisões deverão ser estabelecidas em comum acordo entre os atores do Coletivo Intersetorial. Caso não haja, será realizada uma votação simples considerando a equidade dos votos. Todas as decisões devem respeitar os princípios estabelecidos pela governança: transparência, equidade, prestação de contas, conformidade e responsabilidade corporativa.

Cada ação apontada na seção 6 possui um coordenador e prazo para o seu início. O coordenador tem a responsabilidade de apresentar um projeto para a realização da ação conforme modelo no anexo II. Este deverá apresentar tal projeto até um mês antes da data indicada como de início. Para viabilizar a confecção do projeto e sua execução, o coordenador poderá acionar quaisquer parceiros, mesmo que não participantes da governança do APL. As reuniões devem ser registradas através de atas e compartilhadas com o restante da governança. Caso haja atraso na execução, o Coletivo Intersetorial (de forma consensual) poderá alterar o(s) responsável(eis) pela ação. A coordenação técnica executiva do APL tem também a responsabilidade de compor e compilar os resultados alcançados por cada ação.

As ações e os resultados esperados estão projetados até dezembro de 2016. Optou-se por este prazo por considerar a estruturação recente do APL. A revisão do plano deverá ter início em julho de 2016 e de acordo com os resultados e a maturidade alcançada, os resultados serão projetos para um horizonte de 5 anos. A responsabilidade pela revisão do plano será do Coletivo Intersetorial do arranjo, com o suporte da coordenação técnica executiva.

Todas as decisões devem respeitar os princípios estabelecidos pela governança: transparência, equidade, prestação de contas, conformidade e responsabilidade corporativa.

Segue calendário das reuniões ordinárias:

08/10/2014 10/12/2014 11/02/2015 08/04/2015

10/06/2015 05/08/2015 07/10/2015 09/12/2015

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE MODA E

DESIGN – POLO METRÓPOLE DO ESTADO DO PARÁ

60

8. INSTRUMENTOS PARA ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

A coordenação técnica executiva do APL (IGAMA) tem como responsabilidade realizar o acompanhamento e avaliação das ações realizadas pelo arranjo, conforme o cronograma estabelecido (anexo I).

Para o acompanhamento geral do arranjo, serão considerados os instrumentos:

1. Atas das reuniões ordinárias e extraordinárias;

2. Termo de adesão assinado pelos atores do Coletivo Intersetorial e pelos empreendimentos cadastrados;

3. Cronograma do plano de ação (anexo I);

4. Relação dos projetos elaborados pelos coordenadores das ações (com base no anexo II);

Cada ação possui um coordenador e este deverá demonstrar para o Coletivo Intersetorial um projeto detalhado para a sua realização, com base formulário constante no anexo II.

O coordenador de cada ação ainda deverá demonstrar os resultados obtidos para que a coordenação técnica executiva do APL os consolide e acompanhe a evolução das metas estabelecidas. Para tal serão considerados como documentos comprobatórios:

Registros fotográficos;

Listas de presença;

Atas de reuniões;

Projetos documentados;

Notícias publicadas.

As ações somente serão consideradas concluídas com a apresentação dos documentos comprobatórios.

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9. ANEXOS

Relação dos anexos:

ANEXO I – CRONOGRAMA DO PLANO DE AÇÃO

ANEXO II – PROJETO DETALHADO

ANEXO III – MODELO DO TERMO DE ADESÃO

ANEXO IV – LOGO DOS FUNDADADORES DO COLETIVO INTERSETORIAL

MODA E DESIGN

ANEXO V – PRODUTOS DOS EMPREENDIMENTOS DO APL

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE MODA E

DESIGN – POLO METRÓPOLE DO ESTADO DO PARÁ

Anexo I – Cronograma do Plano de Ação

ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16

AÇÃO 2.1 SEICOM

AÇÃO 2.2 SEBRAE / SENAI

AÇÃO 2.3 PARÁ CRIATIVO

AÇÃO 3.1 SEICOM / GTP APL

AÇÃO 3.2 GTP APL

AÇÃO 3.3 SEICOM / GTP APL

AÇÃO 3.4 SEICOM

AÇÃO 3.5 SEICOM

AÇÃO 4.1 SEICOM

AÇÃO 4.2 SEICOM / SEBRAE

AÇÃO 4.3 SEICOM / SEBRAE

AÇÃO 4.4 SEICOM / SEDIP / NUPA

AÇÃO 4.5 SENAI / SECTI

AÇÃO 4.6 SENAI / SECTI

AÇÃO 4.7 SEBRAE / SEICOM / GTP APL

AÇÃO 5.1 SEICOM / SECTI / SEBRAE

AÇÃO 5.2 SENAI / SECTI

AÇÃO 5.3 SENAI / SECTI

AÇÃO 5.4 IGAMA / SEICOM

AÇÃO 6.1 IGAMA/Pará Criativo

AÇÃO 6.2 IGAMA

AÇÃO 6.3 IGAMA

AÇÃO 6.4 IGAMA

AÇÃO 6.5 IGAMA

AÇÃO 6.6 IGAMA

AÇÃO 6.7 IGAMA

AÇÃO 6.8 IGAMA e GTP APL

AÇÃO 6.9 IGAMA / SEICOM

AÇÃO 6.10 IGAMA / GTP APL

AÇÃO 7.1 IGAMA / SEICOM

COORDENADOR

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE MODA E

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63

Anexo II – Projeto Detalhado

OBJETIVO:

META / VALOR:

DATA DE CRIAÇÃO:

DATA DE REVISÃO:

PROJETO DETALHADO

AÇÃO

O QUÊ

CRIADO POR:

-R$

PORQUE

ONDE

PRAZO

RESPONSÁVEL

COMO

ORÇAMENTO

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE MODA E

DESIGN – POLO METRÓPOLE DO ESTADO DO PARÁ

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Anexo III – Modelo do Termo de Adesão

APL- Arranjo Produtivo Local Moda e Design

Polo Metrópole na Amazônia Paraense.

TERMO DE ADESÃO

A empreendedor/empresa/instituição [Razão Social], sob o CNPJ [CNPJ],

localizada [Endereço], na cidade de [Cidade], compromete-se através deste Termo de Adesão, a integrar-se à iniciativa do setor de Moda e Design no Território Criativo do Espaço São José Liberto (ESJL) denominado de “Arranjo” Produtivo Local de Moda e Design-Polo Metrópole-Amazônia Paraense”, movimento esse, que se caracteriza pelo espírito colaborativo e de proposição de ações estratégicas entre empresas e instituições públicas e privadas, e setores afins, com o objetivo principal de criar ambiente e condições favoráveis para o desenvolvimento empresarial, setorial e regional; e cujas ações propostas, serão fomentadas por todas as entidades que fazem parte do Coletivo Intersetorial e componentes da Governança, e executadas por meio do Gestor Executivo do ESJL, Organização Social Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (IGAMA) mantida por meio de contrato de gestão por intermédio da Secretaria de Estado de Indústria, Comercio e Mineração (SEICOM). A partir da assinatura do Termo de adesão a empresa/instituição e demais órgãos e entidades que compõem o Coletivo Intersetorial poderão assim, priorizar ações táticas que estejam comprometidas com este movimento. Nesta ocasião também, toma conhecimento dos seguintes compromissos para ser reconhecida como empresa/entidades integrante deste APL:

1. Visão “Fortalecer a cadeia produtiva de economia criativa no campo das criações culturais funcionais dos setores de moda e design da Região Metropolitana de Belém”. 2. Missão “Ampliar as potencialidades produtivas e inovativa locais no âmbito da gestão, tecnologia e acesso a mercado, com foco na cultura e na criatividade como vetores de geração de emprego e renda, contribuindo com a inclusão produtiva e no desenvolvimento socioeconômico e ambiental na Amazônia Paraense”. 3. Reconhecer que sua atuação individual é de fundamental importância para o conjunto das demais empresas participantes/entidades para a imagem do setor da Moda e Design do Pará. 4. Manter suas informações cadastrais atualizadas anualmente, através do formulário no cadastro único http://seicompa.com.br/cd/cadastro-moda/empresa/instituição a fim de gerar os dados necessários para aplicar e atualizar as ações estratégicas do PD do APL. 5. O preenchimento inicial deste formulário é condição pré-requisito para a empresa/instituição ser considerada integrante do Coletivo Intersetorial do APL Moda e Design e oficializar sua participação na governança. 6. Assinatura do Termo de Adesão é essencial para efetivar a participação da empresa/instituição no Coletivo Intersetorial do APL. Eu, [nome do representante], [cargo], representando a empresa/instituição acima qualificada, confirmo o interesse e a responsabilidade de integrar o Grupo de Trabalho Permanente do APL Moda e Design dentro de nossas competências e habilidades constitutivas no Estado do Pará. [Assinatura e identificação] Fone: [fone de contato] e-mail: [e-mail]

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Anexo IV – Logo dos Fundadores do Coletivo Intersetorial Moda e Design

LOGO DO COLETIVO INTERSETORIAL ARTICULADO

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Anexo V – Produtos dos Empreendimentos do APL

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