Plano de Melhoria IGEC

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Plano de Melhoria Na sequência da Avaliação Externa da Escola (20 e 21 de março de 2012) A implementar no ano letivo 2012 / 2013

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Plano de Melhoria

Na sequência da Avaliação Externa da Escola (20 e 21 de março de 2012)

A implementar no ano letivo 2012 / 2013

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1 Avaliação Interna

“A Avaliação reflete a realidade

das escolas e permite que os

protagonistas se vejam com

clareza e rigor. Da compreensão

suscitada pela imagem

contemplada, nascerá a decisão

de corrigir um gesto, limpar o

rosto, ou a realização duma

operação mais complexa.”

Santos Guerra, 2002

Isilda Afonso

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2 Avaliação Interna

Índice

1 – Introdução ---------------------------------------------------------------------------------------------- 3

2 – Pontos Fortes ---------------------------------------------------------------------------------------------- 4

3 – Pontos a Melhorar ---------------------------------------------------------------------------------------------- 5

4 – Plano de Ação ---------------------------------------------------------------------------------------------- 8

5 – Conclusão ---------------------------------------------------------------------------------------------- 11

6 – Referência biográfica ---------------------------------------------------------------------------------------------- 12

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3 Avaliação Interna

1 - Introdução

Avaliar e refletir sobre o resultado da avaliação parece a tarefa mais simples de

concretizar, porém é um trabalho que requer muita introspeção e o envolvimento de toda a

escola de forma a que todos os envolvidos sintam o Projeto de melhoria como um projeto

comum que é necessário implementar em grupo para que se alcancem os resultados desejados.

O documento que se apresenta surge na sequência da visita da IGEC à nossa escola nos

dias 20 e 21 de março. Neste contexto e numa perspetiva externa, os avaliadores ajudaram a

escola a olhar-se com maior clareza e a formar um juízo mais fiel sobre o seu trabalho. Foi

desse juízo que surgiram decisões de mudança (Santos Guerra, 2002) que vão permitir à escola

apresentar um serviço público cada vez mais eficiente, eficaz e de qualidade.

Apresenta-se como um plano de melhoria nas áreas identificadas como carecendo de

intervenção e é fruto de uma reflexão conjunta e de um trabalho colaborativo de diferentes

equipas da instituição.

Numa conjuntura de constante mudança a todos os níveis, encarando com algum receio

o futuro e, apesar dos constrangimentos, vamos procurar responder ao desafio, sempre na

tentativa de construir uma escola pública capaz de responder às necessidades de formação da

população que a frequenta.

A Escola vai procurar manter e reforçar os pontos fortes e aproveitar as oportunidades,

mantendo as práticas organizacionais, generalizadas e eficazes.

Propomo-nos gizar um plano de ação / intervenção que nos oriente no sentido da

melhoria contínua.

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4 Avaliação Interna

2 – Pontos Fortes

A nossa Escola, apesar da localização e das condições socioeconómicas do contexto em que está

inserida, tem tentado dar resposta ao seu público. Há pontos fortes apontados pela Equipa de Avaliação

Externa que tentamos aproveitar, sempre na tentativa de oferecer um serviço de qualidade. São eles:

- A diversidade da oferta formativa, nomeadamente os Cursos de Educação e Formação e

Profissionais, como estratégia de aumento da sua população escolar e, paralelamente, como forma de

combater o abandono escolar e de responder às necessidades da economia local;

- A participação da ESDAH em projetos nacionais e internacionais em diversos âmbitos que tem

permitido metodologias ativas e experimentais, o desenvolvimento de práticas oficinais e atividades

com os alunos e a melhoria dos espaços físicos, tornando-os mais atrativos, acolhedores e funcionais,

assim como o aproveitamento das potencialidades das TIC como suporte à gestão, coordenação e

partilha de materiais pedagógicos;

- A liderança da diretora, mobilizadora das lideranças intermédias;

- O acompanhamento do desenvolvimento do currículo e a eficácia das medidas de apoio;

- O contributo social e cultural da escola através da qualificação das populações;

- A evolução dos resultados a algumas disciplinas, nomeadamente a Matemática;

- A sistematização da capacidade de autorregulação assegurada pela equipa de autoavaliação.

Assim, pretendemos não descurar as boas práticas e usá-las a nosso favor rumo a uma “Escola

que tece saberes e afetos”, honrando o lema do seu Projeto Educativo.

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5 Avaliação Interna

3 – Pontos a melhorar

A equipa de avaliação da IGE entendeu que as áreas onde a Escola deve incidir prioritariamente os

seus esforços para melhorar os pontos mais débeis são as seguintes:

a) Melhorar os resultados dos exames nacionais do ensino secundário de algumas disciplinas, em

particular, Física e Química A.

A equipa de autoavaliação da escola tem tido o cuidado de efetuar e analisar os resultados

escolares, quer ao longo do ano letivo, nos três períodos, quer no final do ano após a realização dos

exames nacionais. É produzido um documento que reúne toda a informação do ano letivo e é dado a

conhecer em todos os departamentos a fim de ser feita uma análise e poderem ser elaboradas

estratégias de melhoria. É do conhecimento desta equipa, bem como dos docentes da escola, que se

têm verificado discrepâncias entre a classificação interna final das disciplinas sujeitas a exame nacional e

a nota do respetivo exame nacional. Tem sido um compromisso da equipa, e dos docentes da escola,

inverter esta situação, embora os resultados nem sempre sejam os desejáveis, nomeadamente na

disciplina de Física e Química, tal como referido pela IGE. Foram envolvidos e auscultados os professores

do grupo a fim de serem delineadas estratégias conjuntas de forma a colmatar este ponto fraco.

b) Reduzir a taxa de anulação de matrícula no 12.º ano, que regista valores acima da taxa homóloga nacional.

No ano letivo transato a taxa de anulação de matrícula no 12º ano foi de 3,2% (4 alunos em 126).

Este ano letivo a taxa de anulação de matrícula foi de 3,4% (5 alunos em 146). Regista-se um

pequeno aumento comparativamente com o ano letivo anterior. Estas situações são de alguma forma

alheias à escola pois dependem, em grande medida de fatores externos que a escola não controla. Não

esqueçamos que estamos no Vale do Ave, onde a taxa de desemprego é muito elevada e a situação

socioeconómica das famílias é muito precária, podendo de alguma forma influenciar a saída de alunos

da escola.

Salienta-se, no entanto, que houve uma diminuição de retidos às diferentes disciplinas, não se

registando um elevado número de alunos a anularem a matrícula apenas a determinadas disciplinas. No

ano letivo transato, a taxa de anulação por disciplina foi de 33,3 %. Este ano ainda não aferimos a

percentagem de anulação por disciplina, mas parece-nos que diminuiu em relação ao ano anterior.

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6 Avaliação Interna

c) O envolvimento dos alunos na construção dos documentos estruturantes, na apresentação de

propostas de atividades ou na assunção de responsabilidades.

A escola tem por regra tentar envolver sempre a comunidade educativa na vida da instituição: pais,

alunos, entidades, etc. e tenta que haja uma participação ativa dos representantes dos vários setores.

No entanto, essa participação tem sido ainda pouco ativa, pois quando convidados para grupos de

trabalho, algumas vezes acabam por não comparecer não reconhecendo ainda as vantagens do

exercício da cidadania. Promover uma participação efetiva dos alunos na realização / reestruturação dos

diferentes documentos da escola, nomeadamente: Projeto Educativo, Projeto Curricular de Escola,

Regulamento Interno, Plano Anual de Atividades e Relatório e Projeto de Melhoria da Escola torna-se

por isso uma prioridade.

d) O acompanhamento e a supervisão da prática letiva em sala de aula.

A supervisão da prática letiva começa já a dar os primeiros passos, incentivada, até, pela avaliação

docente, no entanto não é, ainda, uma prática enraizada e alguns professores ainda vêm este processo

como uma forma de prestação de contas não identificando qualquer vantagem na sua implementação.

Vieira (2009) define o objetivo da supervisão como sendo “teoria e prática de regulação de processo

de ensino e de aprendizagem em contexto educativo formal, instituindo a pedagogia como o seu

objeto”. Já Soares (2009) refere como principal função da supervisão, uma orientação no sentido de

ajudar o professor supervisionado a desenvolver a sua carreira, estimulando o seu desempenho

também através de uma forma reflexiva, exercendo uma influência indireta na aprendizagem dos alunos

e na qualidade da educação.

A supervisão pode ser exercida segundo diferentes estilos a saber:

O uso do estilo de supervisão dependerá muito da situação e da função pretendida, mas sempre no

sentido de desenvolver e aperfeiçoar a atividade docente.

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7 Avaliação Interna

e) A definição mais precisa e participada das metas quantitativas nos documentos estruturantes. O Projeto Educativo e o Projeto Curricular de Escola foram documentos que sofreram restruturação

recentemente. Tentámos nessa fase estabelecer metas mais objetivas e quantificáveis, mas não

podemos descurar os afetos que tanto defendemos no nosso projeto educativo e esses não são

quantificáveis. De qualquer forma tentamos na essência do nosso trabalho ser coerentes e objetivos.

Numa fase de reestruturação de metas tentaremos que haja um envolvimento mais ativo da

comunidade escolar através dos seus representantes.

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8 Avaliação Interna

4 – Plano de Ação

Apresenta-se, de seguida, o Plano de Ação que nos comprometemos implementar para tentar colmatar os nossos pontos débeis.

Algumas das estratégias começaram já a ser postas em prática e esperamos que surtam efeito a curto prazo.

OBJETIVOS AÇÕES /ESTRATÉGIAS RESPONSÁVEIS CALENDARIZAÇÃO MONITORIZAÇÃO

Melhorar os resultados das

disciplinas sujeitas a exame

nacional, nomeadamente FQ

A.

- Os docentes dos grupos de Física e

Química A, Biologia e Geologia

lecionaram, ao longo do terceiro período,

de forma escalonada entre docentes, às

quartas-feiras à tarde das 14:30 às 16:00,

aulas para esclarecimento de dúvidas e

de preparação dos alunos para o exame

nacional;

- Os docentes das disciplinas de

Português e de Matemática, que

lecionam o 12º ano, também usaram o

mesmo procedimento com todos os

alunos interessados, a fim de os preparar

para a realização do exame.

- Projeto das tutorias. *

Aulas de Apoio aos alunos com mais

dificuldades, durante o ano letivo.

Professores de

11º e 12º Anos (anos terminais com

exame nacional)

Alunos

3º Período

Final de aulas

Durante o ano letivo

Direção

Equipa de

Autoavaliação

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9 Avaliação Interna

Diminuir a taxa de anulação

de matrícula no 12º Ano (= < à

nacional)

Quando um aluno indiciar intenção de anular a matrícula, o Diretor de Turma deve ouvir as suas razões e proceder a uma orientação ou direcionar para o Gabinete do Aluno onde os professores disponíveis ficarão encarregues dessa tarefa.

Diretores de

Turma

Professores do

Conselho de

Turma

Direção

Durante o ano letivo Direção

Equipa de

Autoavaliação

Envolver os alunos na

construção dos documentos

estruturantes, na

apresentação de propostas de

atividades ou na assunção de

responsabilidades.

- Nas reuniões iniciais com os alunos enfatizar a importância do exercício de cidadania que é o trabalho conjunto de elaboração/reestruturação dos Documentos Orientadores, tendo-se em conta os interesses dos alunos nos horários das reuniões de trabalho para possibilitar a sua participação;

- Envolver a Associação de Estudantes e Associação de Pais no Plano Anual de Atividades, quem através da participação ativa nas atividades da Escola, quer na apresentação de propostas.

Direção

Diretores de

Turma

Associação de

Pais

Associação de

Estudantes

Início do ano letivo (abordagem inicial)

Durante o ano letivo

Direção

Diretores de

Turma

Acompanhar e supervisionar a

prática letiva em sala de aula.

- O Despacho Normativo nº 13 – A/2012 sobre a organização do ano letivo refere na alínea b), número 8, do art.º 4º, a possibilidade de coadjuvação em qualquer disciplina. A escola, para esse efeito, irá afetar horas a professores, sempre que tal se justifique; - Os coordenadores de departamento, sempre que se detetem situações anómalas com alguma turma deverão

Direção

Coordenadores

de Departamento

Professores

Ao longo do ano

letivo

Direção

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10 Avaliação Interna

acompanhar a prática letiva do professor recorrendo ao estilo de supervisão mais adequado à situação.

Definir de forma mais precisa

e participada as metas

quantitativas nos documentos

estruturantes

- Envolver toda a comunidade educativa

na apresentação de propostas sempre

que se reestruturar os documentos

estruturantes da Escola, através da

disponibilização dos mesmos e

sensibilização de todos para a

importância do seu envolvimento.

- Definir metas precisas e quantificáveis

que facilmente sejam avaliadas com

objetividade.

Direção

Coordenadores

dos

Departamentos

Coordenador

Técnico

Coordenador dos

Assistentes

Operacionais

Presidente da

Associação de

Pais

Presidente da

Associação de

Estudantes

Ao longo do ano

letivo (sempre que

necessário)

Conselho Geral

Direção

Conselho

Pedagógico

Equipa de

Autoavaliação

*Projeto das Tutorias – Projeto apresentado por um grupo de alunos do 12º Ano de trabalho interpares, em que alunos com excelente desempenho em

determinadas disciplinas apoiam e orientam no estudo, colegas com mais dificuldades. Este projeto surgiu na sequência do plano de melhoria, elaborado

no final do ano letivo Foram calendarizadas sessões e houve bastante adesão.

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11 Avaliação Interna

5 – Conclusão

A Lei nº 31/2002 de 20 de Dezembro aprovou o sistema de avaliação dos

estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo

orientações gerais para a autoavaliação e para a avaliação externa. Os objetivos nele enunciados

são claros, como pode ser lido no art.º 3º. É ao abrigo desta lei que a IGE tem feito a seu trabalho

nas Escolas, tal como aconteceu na nossa Escola, por sua proposta, no ano letivo 2007/2008, pois

considerou que esta daria um contributo relevante para o seu desenvolvimento e para a melhoria

da qualidade das aprendizagens dos alunos numa perspetiva reflexiva e de aperfeiçoamento

contínuo; e no presente ano letivo – 2011/2012, mais uma vez contribuindo para que a escola

refletisse sobre o seu trabalho e adotasse estratégias de melhoria, sempre no sentido de

proporcionar ao seu público um ensino de qualidade.

Desde a primeira avaliação externa temos tentado adotar na escola mecanismos que nos

permitam refletir sobre o nosso desempenho e melhorar as nossas práticas. Aderimos ao Projeto

PAR – Projeto de Avaliação em Rede, que nos permitiu organizar o trabalho de avaliação

interna; a nossa diretora participou no Projeto Lideres Inovadores, onde foi delineado um plano

de ação para minimizar situações de indisciplina nos cursos profissionais; também no âmbito da

indisciplina foi ainda elaborado um plano de melhoria no âmbito da formação disponibilizada

pela DGAE – Violência e Gestão de Conflitos na Escola em que três docentes da escola

participaram e que tinha como objetivo adquirir competências para mediar e gerir conflitos entre

pares e entre alunos e professores.

O plano que agora se apresenta é mais uma forma de “incentivar a assunção de uma

maior responsabilidade coletiva, quer na procura, quer na sustentabilidade da qualidade,

nomeadamente, através da promoção de um trabalho colaborativo entre os diferentes atores da

comunidade educativa”. (Correia, 2010)

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12 Avaliação Interna

6 – Referências bibliográficas

Correia, Serafim (2010) Autoavaliação de Escola: a construção de referenciais. Ozarfaxinards

E-revista nº 17. Centro de Formação de Associação de Escolas de Matosinhos

Glickman (1985) in Alarcão, I. & Tavares, J. (2003). Supervisão da Prática Pedagógica. Uma Perspetiva

de Desenvolvimento e Aprendizagem. 2ª edição, revista e desenvolvida. Coimbra: Almedina.

Santos Guerra, Miguel Ángel (2002) Como num Espelho – Avaliação qualitativa das escolas, in

J., Azevedo (Org.). Avaliação das escolas – Consensos e Divergências. Porto: ASA

Soares, Margarida (2009) Supervisão Pedagógica - Para uma prática de ensino mais eficaz,

mais comprometida, mais pessoal e mais autêntica. Ozarfaxinars E-revista nº 12. Centro de

Formação de Associação de Escolas de Matosinhos

Vieira, Flávia e Moreira, Maria (2011) Supervisão e Avaliação do Desempenho Docente – Para

uma abordagem de orientação transformadora. Ministério da Educação – Conselho Cientifico

para avaliação de professores.

Legislação consultada:

Lei nº 31, de 2002, de 20 de Dezembro - Aprova o sistema de educação e do ensino não superior,

desenvolvendo o regime previsto na Lei nº 46/86, de 14 de Outubro (Lei de Bases do Sistema

Educativo).