Planta que alastra

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planta que alastra estratégias de agricultura urbana, suas diversas escalas, conexões e desenvolvimento sistêmico

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Estratégias de agricultura urbana, suas diversas escalas, conexões e desenvolvimento sistêmico

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planta que alastraestratégias de agricultura urbana, suas diversas escalas, conexões e desenvolvimento sistêmico

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trabalho de conclusão de cursoescola de arquitetura - EA UFMGBelo Horizonte - MG

aluno: wallison barbosa caetanoorientação: prof. ana paula baltazardezembro - 2015

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Agradecimentos:

À minha orientadora Ana Paula Baltazar, que além da riquíssima orientação do presente trabalho, me acompanhou e me auxiliou durante todo o curso de arquitetura.

A todos que contribuíram para o desenvolvimento desse trabalho; em especial a Heloísa Costa, a equipe do laboratório AUÊ, ao Silvio Romero Motta e ao laboratório LAGEAR.

Aos professores Rita Velloso e Wellington Cançado, pelas contribuições e críticas pertinentes ao trabalho. Aos meus amigos Andreia Santos, Nicole Mara e Lucas Fukuda, que foram amigos presentes durante minha graduação e contribuíram com diversas discussões no decorrer deste trabalho.

Aos meus amigos Jefferson Machado, Maraísi de Paula, Carlos Santos e Fernanda Kopittke; pelas conversas arquitetônicas e conversas informais, sempre enriquecedoras.

Aos meus pais, Lucia Helena de Fatima Caetano e Jorge Barbosa Caetano pelo apoio durante toda minha trajetória.

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Planta que alastra é uma pesquisa-projeto realizada como Trabalho de Conclusão de Curso. A presente publicação tem como objetivo apresentar o processo de construção do trabalho e seus resultados.

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contextualização e iniciativas de agricultura urbana pelo mundo ............................................

associação entre políticas públicas e agricultura urbana .......................................................

escala hipercentro - metodologia de análise de edifícios para agricultura urbana .....................

intervenção no edifício Del Rey - Belo Horizonte ..................................................................

edifício Del Rey - prospecções de usos diversos associados com agricultura urbana .............

táticas para plantio em diferentes suportes (do high ao low tech) ..........................................

acoplamento para plantio em espaços diversos ..................................................................

uma rede de agricultura urbana de Belo Horizonte ..............................................................

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contextualização e iniciativas de agricultura urbana pelo mundo

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A agricultura urbana, pratica exercida em diversas cidades pelo mundo, consiste em cultivo de alimentos em ambiente urbano, sendo que, esse cultivo acontece em diversas escalas e para diversos fins, desde o consumo próprio até a comercialização da produção. Para o presente trabalho, foram analisados as diversas maneiras em que essa pratica acontece no contexto urbano de Belo Horizonte, cada qual com seu alcance e suas peculiaridades. Em paralelo, foram levantados exemplos de iniciativas realizadas pelo mundo, que apontam tanto novas técnicas assim como novos espaços para plantio. Em Belo Horizonte, vazios urbanos são utilizados como hortas urbanas em diversas regiões da cidade. Tais hortas podem ter gestão exercida pelos próprios moradores da região, gestão por associações locais ou até mesmo fazer parte de políticas públicas, por meio de programas que incentivam o uso de tais espaços para a produção de alimentos. O CEVAE - Centro de Vivência Agroecológica (imagens ao lado) é um exemplo de iniciativa que parte de políticas públicas, um programa supervisionado. Disponibiliza água, mudas, adubo, ajuda de carpinteiro e um coordenador. Os agricultores urbanos participantes tem seus canteiros individuais e autonomia para decidir o destino da produção, que geralmente é para consumo próprio e/ou venda no entorno.

CONTEXTUALIZAÇÃO

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As hortas urbanas podem surgir também, partindo de iniciativas dos próprios moradores que decidem apropriar-se de determinado vazio urbano e ocupá-lo com plantio. Nesses casos, a gestão é feita pelos próprios moradores, que se organizam para tomar decisões. Pode-se perceber esse tipo de iniciativa em comunidades existentes na cidade; onde se nota um maior nível de engajamento se comparado às hortas supervisionadas. Isso se deve ao fato que o interesse inicial partiu dos próprios agentes que cuidam daquele espaço. O destino da produção nesse caso, também é consumo próprio e/ou venda no entorno.Essas iniciativa, tem como grande potencial atribuir um papel social e ao mesmo tempo produtivo ao espaço urbano. Cria dinâmicas de engajamento em diversos níveis, das pessoas com o espaço ao seu redor. Também acentua as relações de vizinhança, uma vez que os espaços são compartilhados e pode gerar ações colaborativas. O impacto gerado por essas iniciativas são geralmente na escala microlocal.

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DESDE A ESCALA URBANA ATÉ A PRODUÇÃO INDIVIDUAL

_CEVAE _Projeto Jardim Cidadão_Horta do Conjunto Paulo VI_Horta Comunitária do Cafezal_Horta Comunitária Terra Nostra

Alcance microlocal, produção destinada a consumo dos agricultores urbanos e comercialização no entorno.

Potencializa relações de vizinhança, por meio da troca de mudas e técnicas (modos de plantar).

• Plantio em espaços residuais no lote, superfície de lajes, calçada etc.

• Plantio em suportes diferenciados como vasos, latas, paletes, blocos, garrafas, tubos etc.

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A LIMITAÇÃO DAS FORMAS TRADICIONAIS DE PLANTIO

O PLANTAR NOS CENTROS URBANOS

Ao falar de hortas urbanas, independente de sua forma de gestão, temos a aplicação da forma tradicional de plantio sendo aplicada: plantio em canteiros. A mesma técnica utilizada no campo, porém aplicada em um espaço dentro do perímetro urbano. A forma de produção dos canteiros pode variar, utilizando diversos materiais para contenção, entretanto sempre baseia-se no plantio direto no solo. Esse tipo de técnica depende basicamente da disponibilidade de espaço, o que muitas pessoas que tem o desejo de plantar não possuí. Naturalmente, outras estratégias foram surgindo como forma de cultivar alimentos em espaços compactos ou internos. Assim, o suporte para a plantação que seria o canteiro começa a ampliar-se para vasos, latas, blocos, paletes, garrafas etc.

Diferentes formas de produção agrícola vem sendo estudadas e aplicadas como forma de sistematizar e desenvolver sistemas de produção em ambiente interno e verticalizado; a uma escala de produção que permita a venda desse produto de forma competitiva no mercado.Técnicas de cultivo como o hidropônico ou aeropônico, trazem a água e o ar, respectivamente, como suporte para o crescimento vegetal. Também incorporam a iluminação artificial como alternativa para fonte luminosa. Uma de suas premissas para essa produção em ambiente urbano é a diminuição da distância entre o local de produção e venda final dos produtos, pelo fato de inserir o local de plantio em um edifício no centro da cidade, diferindo do plantio tradicional no campo.

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Devido a baixa produção agrícola por falta de espaço para o cultivo tradicional e grande necessidade de importação, a Singapura tem investido no modelo de agricultura vertical como forma de aumentar a produção alimentícia local, uma vez que somente 7% da sua comida é produzida no país. Nesse contexto surge as Sky Greens, uma parceria público-privada que por meio de uma fazendas verticais produz espécies locais de hortaliças. Seu objetivo é capitalista, entretanto mostra a viabilidade das técnicas de agricultura urbana vertical. Abastecem uma rede de vendas com mais de 230 estabelecimentos, mercearias ou supermercados. O custo dos vegetais produzidos em ambiente urbano neste caso tem média o quilo 0,60 centavos mais caro que o mesmo produto importado. A vantagem ressaltada pelo grupo é a qualidade dos produtos, que são mais frescos e percorrem um caminho curto do local de plantio até as prateleiras.

Localização: SingapuraObjetivo: Produção para comercializaçãoTécnica de plantio utilizada: Torres de alumínio com esteiras para rotação dos vegetais

SKY GREENS

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Localização: SingapuraObjetivo: Produção para comercializaçãoTécnica de plantio utilizada: Torres de alumínio com esteiras para rotação dos vegetais

Buscam espaços subutilizados como coberturas de prédios e canteiros urbanos. Trazem a agricultura urbana como uma forma de reconectar o espaço urbano com o natural. Desenham, constroem e mantém hortas urbanas em Singapura. Seus clientes incluem restaurantes, hotéis, escolas, residências etc. A equipe possui mais de 15 produtores que se reúnem em um formato cooperativo. Usam métodos sustentáveis e de minimização de resíduos, com um lema que diz: belos jardins devem ser produtivos também.

Localização: SingapuraObjetivo: Produção para comercializaçãoTécnica de plantio utilizada: Diversas técnicas, suportes e espaços para plantio

EDIBLE GARDEN CITY

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Localização: Chicago - USAObjetivo: Produção para comercializaçãoTécnica de plantio utilizada: Cultivo hidropônico com iluminação artificial

Cultivo de hortaliças em ambiente interno, com uso de iluminação artificial. A produção atual já é comercializada e o local também desenvolve pesquisas com objetivo de aprimorar as técnicas utilizadas e baratear os custos de produção, de modo que os produtos possam ser vendidos de forma competitiva no mercado.

CHICAGO FARMED HERE

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A iniciativa da Escola Secundária Spectra, em Singapura busca explorar o potencial pedagógico da agricultura urbana. Para tal, construiu no terraço da edificação 11 canteiros de concreto com terra para plantio. Atividades práticas relacionadas ao plantio fazem com que os alunos entendam a importância dessa atividade no país (que importa quase todo alimento que consome). Ao final, os alunos ainda podem levar produtos colhidos para casa.

Localização: SingapuraObjetivo: Plantio educativoTécnica de plantio utilizada: Canteiros feitos de alvenaria para plantio tradicional em terra.

PROJECT SPECTRA 3

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No contexto urbano de Belo Horizonte existe uma alta quantidade de lotes vagos assim como na região do hipercentro existe grande quantidade de edifícios subutilizados ou vazios. Tais espaços deixam de cumprir a primordial função social da propriedade. São trazidos no presente trabalho como espaços potenciais para a agricultura urbana, uma vez inseridos em políticas públicas maiores que dizem respeito a vacância e inserção do verde no ambiente urbano.Tal política de vacância deve ser geral e incentivar as mais diversas formas de uso, tendo a agricultura urbana como uma das opções de apropriação. Não se busca a agricultura urbana como a única forma de apropriação desses espaços, visto que a consequência seria uma saturação/monopolização do espaço urbano.Em paralelo, também são propostos espaços residuais (privados ou não) como tiras de lotes, muitas vezes resultantes entre a construção de dois prédios. Tais espaços também são propícios de apropriação tendo potencial para produção de alimentos.

O VAZIO URBANO COMO ESPAÇO POTENCIAL

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As ações existentes na cidade acontecem de forma isolada e possuem pequeno impacto, se considerado o contexto de Belo Horizonte como um todo. O presente trabalho pretende assimilar a agricultura urbana e suas diversas formas de expressão na cidade, com objetivo de dar condições para a existência de uma rede colaborativa, onde todas as escalas tenham impacto significativo. As táticas e técnicas alternativas já utilizadas são vistas como base para desenvolvimento estratégico e crescimento sistêmico. Escalas de atuação consideradas no trabalho:

• ESCALA URBANA• ESCALA HIPERCENTRO DE BELO HORIZONTE• ESCALA REFORMA DE EDIFÍCIO• ESCALA 1:1 (ACOPLAMENTO PARA PLANTIO)

PROBLEMATIZAÇÃO E PROPOSIÇÃO

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associação entre políticas públicas e agricultura urbana

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ASSOCIAÇÃO ENTRE AGRICULTURA URBANA E POLÍTICAS PÚBLICAS

POLÍTICA DE APOIO A AGRICULTURA URBANA DO ESTADO DE MINAS GERAIS, LEI 15.973 2006 DE 12/01/2006

Instituída como parte da política agrícola, em harmonia com a política urbana e voltada para a segurança alimentar e nutricional da população, em bases sustentáveis.

Entendimento da apropriação de imóveis não utilizados ou subutilizados com agricultura urbana, como ação indutora do uso social da propriedade.

“Entende-se, para efeito desta Lei, como agricultura urbana o conjunto de atividades de cultivo de hortaliças, plantas medicinais, espécies frutíferas e flores, bem como a criação de animais de pequeno porte, piscicultura e a produção artesanal de alimentos e bebidas para o consumo humano.”

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• Utilização de espaços degradados, subutilizados ou abandonados, como forma de regenerar a paisagem da cidade.

• Conter a especulação e dominância do mercado imobiliário nas decisões sobre os rumos da cidade.

• Diversificar os usos do espaço urbano.

• Viabilizar arranjos produtivos cooperativos para o cultivo agrícola, como forma de obtenção de alimentos para o consumo familiar assim como proporcionar a geração de trabalho e renda.

• Utilizar edificações vagas (privadas e públicas) para cultivo agrícola, integrado com o uso residencial, comercial ou institucional.

• Associação entre uso social da propriedade e segurança alimentar.• Dar visibilidade a discussão sobre agricultura urbana com inserção de plantio em

edificações no hipercentro de Belo Horizonte, região característica por intenso fluxo diário de pessoas.

• Diversificar os usos do espaço urbano, por meio do plantio associado a moradia e plantio exclusivo para comercialização.

• Destaque ao papel pedagógico intrínseco à prática de plantar.• Proporcionar segurança alimentar.

POLÍTICAS PÚBLICAS PROPOSTAS

POLÍTICA GERAL DE CUMPRIMENTO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE:

OBJETIVOS ESPECÍFICOS PARA VIABILIZAR/FORTALECER A INSERÇÃO DA AGRICULTURA URBANA:

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Reforma de edifício subutilizado ou abandonado

• Fachada liberada para plantio, onde cada apartamento tem uma varanda-horta individual ou varandas que percorrem os pavimentos para plantio colaborativo.

• Cobertura liberada para plantio, cuja gestão pode ser organizada pelo condomínio.

• Átrio central e espaços internos da edificação liberados para plantio, considerando técnicas de plantio adequadas.

• Combinações e desmembramentos dos elementos anteriores, podendo gerar diferentes arranjos de ocupação de plantio no prédio, indo desde uma única varanda até o edifício inteiro.

• Redução ou isenção de IPTU para edificações (novas ou reabilitadas) que insiram o plantio associado a moradia e edificações de plantio para comercialização.

• Fornecimento de mudas, sementes e cartilhas de instruções para plantio e segurança alimentar aos moradores/produtores das unidades de apartamentos com plantio.

AÇÃO:

BONIFICAÇÕES POSSÍVEIS:

POLÍTICAS PÚBLICAS PROPOSTAS

POSSIBILIDADES:

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AÇÃO:Apropriação de espaços

residuais

• Tiras de lote entre edifícios• Canteiros de praças, rotatórias

(espaço público em geral)• Canteiros em calçadas• Coberturas e terraços inutil izados

em edifícios

Mediante parcerias, contratos de locação, empréstimo etc; um espaço residual e inutilizado pode vir a se tornar um espaço produtivo.

Util ização do espaço residual para implantação de horta urbana.

• Fornecimento de mudas, sementes e cartilhas de instruções para plantio e segurança alimentar aos moradores/produtores das unidades de apartamentos com plantio.

• Incentivo ao fortalecimento das relações de vizinhança, que pode se organizar para gerir os espaços.

BONIFICAÇÕES POSSÍVEIS:

POLÍTICAS PÚBLICAS PROPOSTAS

TIPOS DE ESPAÇO:

POSSIBILIDADES:

UMA DAS POSSÍVEIS APROPRIAÇÕES:

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Apropriação temporária de lotes vagos

Liberação do terreno para apropriações temporária para diversas finalidades, mediante acordo onde especifica o tempo e uso. Busca fazer cumprir a função social da propriedade.

Utilização do terreno para implantação de horta urbana.

Diminuição ou isenção de IPTU do terreno assim como isenção do mesmo da aplicação de IPTU progressivo; aplicado a terrenos vagos. A validade e implementação do uso temporário pode ser feita mediante contrato de apropriação por período de tempo mínimo determinado, por exemplo, 5 anos.

AÇÃO:

BONIFICAÇÕES POSSÍVEIS:

POLÍTICAS PÚBLICAS PROPOSTAS

POSSIBILIDADES:

UMA DAS POSSÍVEIS APROPRIAÇÕES:

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POLÍTICA PÚBLICA EM SAN FRANCISCO

San Francisco implementou uma lei que visa trazer uso a terrenos desocu-pados na cidade. Propõe que os proprietários paguem menos impostos se permitirem que esses espaços sejam destinados à criação de hortas urba-nas abertas à comunidade durante um período mínimo de 5 anos.A ideia é que os terrenos desse tipo desenvolvam um uso produtivo que beneficie os moradores em vez de permanecer abandonados e fechados até que seus donos decidam o que fazer.

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escala hipercentrometodologia de análise de edifícios

para agricultura urbana

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ATUAÇÃO NO HIPERCENTRO DE BELO HORIZONTE

ETAPAS:

O ambiente tipicamente verticalizado dos grandes centros urbanos, implicam em limitações para o cultivo de alimentos e posteriormente uma indução a estratégias não tradicionais de plantio. A disponibilidade de espaço para cultivo tradicional é pequena, o que faz com que sejam consideradas técnicas diferenciadas para esse fim.Em paralelo com a baixa disponibilidade de espaço no hipercentro de Belo Horizonte, estão presentes diversas edificações abandonadas ou subutilizadas. A atuação no hipercentro se baseia no uso dessas edificações para cultivo de alimentos, utilizando técnicas de cultivo vertical. De acordo com a lei para reabilitação de edificações existentes no hipercentro, (LEI No 9.326, DE 24 DE JANEIRO DE 2007), a reabilitação para edifícios não devem aumentar sua área líquida aprovada quando da sua construção. Partindo dessa premissa, inicia-se um mapeamento de edificações abandonadas e submissão das mesmas a critérios relacionados ao uso que se pretende instalar. Tal sistema de analise dos edifícios pode ser usado posteriormente, para analisar a viabilidade de instalação de agricultura vertical em outros edifícios existentes.

• MAPEAMENTO DE EDIFÍCIOS ABANDONADOS• ANÁLISE DE POTENCIALIDADES E DEFICIÊNCIAS• ESCOLHA DO EDIFÍCIO A SER REFORMADO• DEFINIÇÃO DE DIRETRIZES PARA FUTURA REABILITAÇÃO

DOS EDIFÍCIOS RESTANTES

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EDIFÍCIOS VAZIOS/SUBUTILIZADOS NO HIPERCENTRO

01 - edifício Hotel Imperador02 - edifício Santos Dumond 52103 - edifício Rio de Janeiro 3704 - edifício do INSS05 - edifício casa Falci06 - edifício Hotel Del Rey07 - edifício Goitacases08 - edifício Rio Grande do Sul 78009 - edifício Rio Grande do Sul 66110 - edifício Monte Carlo11 - edifício José Augusto de Almeida

(Levantamento feito em abril de 2015)

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ANÁLISE DE VIABILIDADE E ADEQUAÇÃO AO USO PROPOSTO À EDIFICAÇÃO

A análise dos edifícios se baseia na sobreposição de diversas características da edificação, com objetivo de indicar o edifício mais adequado ao uso proposto, assim como, indicar diretrizes para agricultura urbana em determinado edifício. A forma de análise é aberta e pode ser guiada de maneiras diferentes em cada contexto, onde se pode atribuir um peso maior ou menor às variáveis de acordo com o objetivo final. Da mesma forma, se for conveniente, pode-se adicionar ou reduzir tais variáveis.

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SISTEMATIZAÇÃO DA ANÁLISE

• Uso misto de residencial e plantio• Uso misto de comercial e plantio• Uso único de plantio• Pavimento térreo utilizado como restaurante

ou para venda de produtos agrícolas

Eleição dos critérios adequados e seus respectivos pesos na análise EDIFÍCIO

ESCOLHIDO

OBJETIVOS POSSÍVEIS:

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS• Número de pavimentos• Uso previsto: tipologia• Uso do pavimento térreo• Estado de conservação• Status da construção

DADOS LEGAIS• Restrição de meio ambien-

te ou patrimônio• Influência do zoneamento

no resultado edificado

CRI

TÉRI

OS

PRO

POST

OS:

ANÁLISE DE MERCADO • Mapeamento de venda direta

de hortaliças no entorno (mercados, feiras, sacolões).

• Mapeamento de restaurantes no entorno

ILUMINAÇÃO NATURAL• Número de fachadas com

aberturas• Orientação das fachadas• Morfologia da fachada• Obstáculos no entorno

Análise dos edifícios segundo critérios

selecionados

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ANÁLISE DOS EDIFÍCIOS MAPEADOS

Os edifícios mapeados no hipercentro de Belo Horizonte foram submetidos aos critérios propostos na sistematização da análise. Com isso, pretende-se colocar em teste a metodologia de análise de multi critérios e ao mesmo tempo, eleger um edifício que seja objeto de estudo em um projeto de inserção de estratégias de plantio em edifício construído.O sistema de análise proposto é aberto a inserção ou retirada de critérios, assim como, para atribuição de peso para os critérios escolhidos. Para analisar os edifícios, prioriza-se que o plantio em seu interior possa fazer o maior uso possível de iluminação natural. Também que sua produção possa ser vendida tanto no próprio edifício (por meio de mercado e/ou restaurante) assim como vendida para estabelecimentos no entorno. Dessa forma, os pesos atribuídos para cada categoria foram:_iluminação natural (35%)_análise de mercado (25%)_características físicas (20%)_dados legais (10%)Os edifícios, numerados de 1 a 11 (segundo levantamento - mapa página 29) foram classificados em cada uma das categorias como:

ótimo

médio

ruim

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Número de pavimentos Tipologia Uso térreo Estado Conservação Status Construção

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Orientação fachadas Obstáculos no entorno Dimensão das aberturas Proteção solar na morfologia da fachada

ILUMINAÇÃO NATURAL

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ANÁLISE DE MERCADO(COM ÊNFASE NA DISTRIBUIÇÃO LOCAL DE PRODUTOS)

ETAPAS:• Mapeamento de estabelecimentos de venda direta de produtos agrícolas.• Mapeamento de restaurantes.• Criação de mapa de densidade de restaurantes• Eleição dos melhores edifícios localizados nas regiões de maior e menor densidade.

MAIOR DENSIDADE: Localização estratégica para distribuição da produção agrícola do edifício para os estabelecimentos de seu entorno.

MENOR DENSIDADE: Potencial uso do edifício para venda direta da produção assim como cria-ção de restaurante.

Tal análise apresenta uma visão simplista do mercado (escala microlocal) entretanto busca apontar um potencial de distribuição dos produtos para seu entorno imediato, ou seja, o próprio hipercentro. A dinâmica real de mercado não ocorre dentro de território delimitado e a localização do edifício na região central da cidade também possui outro potencial que é o fácil acesso à qualquer região da cidade, o que permite fácil distribuição de produtos. Com isso, se pretende incentivar a descentralização materializada pelo CEASA-MG. Pequenos pontos podem agir em outras localidades da cidade como distribuidores, proporcionando diversidade de uso ao tecido urbano .

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RESTAURANTES NO HIPERCENTRO (LOCALIZAÇÃO E ESCALA)

Restaurantes grandes, médios e pequenos (Levantados em abril-2015 por Google Street

View e eventuais averiguações no local)

Limite hipercentro de Belo Horizonte

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Limite hipercentro de Belo Horizonte

O padrão voronoi foi gerado pa rame t r i camen te a pa r t i r da localização e escala dos restaurantes. Indica regiões mais densas e mais rarefeitas, ou seja, onde as células são menores há maior presença de restaurantes. Onde o espaçamento é maior, há menos restaurantes.

RESTAURANTES NO HIPERCENTRO (REGIÕES DENSAS E RAREFEITAS)

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VENDA DE HORTALIÇAS NO HIPERCENTRO (LOCALIZAÇÃO E ESCALA)

Restaurantes grandes, médios e pequenos (Levantados em abril-2015 por Google Street

View e eventuais averiguações no local)

Limite hipercentro de Belo Horizonte

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VENDA DE HORTALIÇAS NO HIPERCENTRO (REGIÕES DENSAS E RAREFEITAS)

Limite hipercentro de Belo Horizonte

O padrão voronoi foi gerado pa rame t r i camen te a pa r t i r da localização e escala dos restaurantes. Indica regiões mais densas e mais rarefeitas, ou seja, onde as células são menores há maior presença de restaurantes. Onde o espaçamento é maior, há menos restaurantes.

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DIRETRIZES ESPECÍFICAS PARA REFORMA:• Fornecer condições para o uso de coberturas, varandas e

jardineiras como hortas;• Incentivo ao uso de fachadas cegas como jardins verticais;• Pavimento térreo com potencial para mercado ou restaurante,

onde pode ser comercializado produtos do próprio prédio, de outros prédios do hipercentro ou de hortas urbanas na região metropolitana.

EDIFÍCIO ESCOLHIDO PARA REFORMA:Edifício Hotel Del ReySubmetendo os edifícios mapeados a análise que foi explicitada, o edifício Hotel Del Rey foi considerado mais apropriado. É importante ressaltar que a reabilitação de qualquer um dos edifícios cumpriria os requisitos de fazer cumprir a função social da propriedade, assim como a melhora paisagística e ambiental da cidade.

DIRETRIZES GERAIS PARA REFORMA:• Fornecer condições para o uso de coberturas como hortas;• Incentivo ao plantio, desde que com uso de técnicas de iluminação

artificial;• Pavimento térreo com potencial para mercado ou restaurante,

onde pode ser comercializado produtos do próprio prédio, de outros prédios do hipercentro ou de hortas urbanas na região metropolitana;

• Potencial para ponto de distribuição de sementes, adubo e informações (apoio aos outros edifícios).

SÍNTESE DA ANÁLISE DOS EDIFÍCIOS MAPEADOS

Facilidade em adaptação na reabilitação

Condições favoráveis para iluminação natural

Edifício em bom estado de conservação

Boa localização para venda de produtos agrícolas no pavimento térreo e/ou distribuição para estabelecimentos de venda de hortaliças no entorno

Boa localização para abertura de restaurante e/ou distribuição de produtos para restaurantes no entorno

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reforma do edifício Del Rey

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EDIFÍCIO ANTIGO HOTEL DEL REY - BELO HORIZONTE

Durante a execução do presente trabalho, o edifício que estava vazio passa a ter um uso, se torna sede de diversas secretarias da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Entretanto, como foi apontado como mais apropriado para a reforma, será usado assim mesmo como objeto de estudo para implantação da agricultura urbana em edificação existente.Além da proposta principal de agricultura urbana como sendo a atividade principal do edifício, são mostradas prospecções alternativas, onde a agricultura urbana vem acompanhada de outros usos, compondo um edifício misto.Uso atual do edifícioA PBH assinou em meados de 2015 um contrato de locação do prédio do antigo Hotel Del Rey, ao custo de R$30 milhões por um período de cinco anos e quatro meses. Tal contrato prevê a reforma do edifício, que esteve abandonado por muitos anos, assim como, manutenção do edifício durante a vigência do contrato. O fato do edifício ter sido alugado pelo referido valor causou polêmica, o que foi denunciado pelo vereador GIlson Reis em reunião na Câmara. O vereador ressalta o fato do valor de venda do edifício (R$32 milhões) estar muito próximo do valor pelo qual foi fechado o contrato de locação.

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TIPOLOGIA DE HOTELA tipologia do edifício possui planta flexível, com liberdade para aplicação de diversos usos. As unidades possuem autonomia, contendo em cada uma acesso para circulação e área molhada. A cobertura do 3º pavimento, cuja planta é maior comparada aos andares superiores, permite a apropriação da superfície.

unidadesshaftsáreas molhadascobertura 3º pavimento

planta pavimento tipo - edifício hotel del rey

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Comercialização (mercado)

Papel pedagógico: plantio integrado ao ensino

Comercialização (restaurante)

Papel pedagógico: visibilidade do plantio no hipercentro

Reforma edifício

Incentivo à gestão cooperativa do edifício

Produção

Conexões e relações de troca entre edifícios no hipercentro

Crescimento além centro

FUNCIONAMENTO EDIFÍCIO

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A proposição de reforma do edifício para plantio tem como objetivo mostrar o potencial desses espaços vazios para a agricultura urbana. Com isso, incentivar usos diversos para tais espaços, que não necessariamente se restrinjam a agricultura mas que possam fazer valer a função social da propriedade assim como regenerar a paisagem urbana da cidade.

PROPOSTA DE REFORMA PARA PLANTIO

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O PROGRAMA

PLANTIO EM PAVIMENTOS, VARANDAS

E COBERTURASMERCADO TÉRREO

A proposta de reforma apresentada, tem como objetivo intervir para que o mesmo se torne apto ao plantio em grande escala, encaixando-se na categoria de fazenda vertical. Busca-se potencializar o papel do edifício como elemento verde, que corrobora com a qualidade ambiental e paisagística da cidade. Isso se nota não só pela agricultura mas também com o uso de jardim vertical em fachada cega. Para que a produção de alimentos se torne possível, foram aplicadas diversas estratégias de intervenção que buscam maximizar a exposição a luz natural, aumento de pé-direito como forma de permitir o plantio em torres, assim como uso das superfícies de coberturas para plantio.O programa do edifício inclui um mercado no pavimento térreo e restaurante no 2º pavimento, elementos que buscam abrir o edifício ao público e ao mesmo tempo, usar parte do que é produzido em seu interior.

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RESTAURANTE ÁREAS TÉCNICAS E ADMINISTRATIVAS

CIRCULAÇÃO VERTICAL

ESTOQUE

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ESTRATÉGIAS PROJETUAIS

Planta pavimento tipo original ESTRATÉGIA 01 - abertura de vedações internas do pavimento

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ESTRATÉGIA 02 - aumento dos shafts para aumentar a entrada de luz solar pela cobertura

ESTRATÉGIA 03 - recortes escalonados nas lajes dos pavimentos (recortes nos pavimentos pares e impares, respectivamente)

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ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO PARA PLANTIO

Recuar a esquadria e criar varanda para plantio.

Criação de recortes escalonados nas lajes para potencializar a distribuição de luz nos pavimentos.

Retirada de parte da laje (ou laje completa) e cria-ção de pé-direito duplo (ou triplo) para aumentar a profundidade de entrada de luz

O aumento de pé-direito permite a utilização de técnicas de plantio vertical, como o utilizado em Singapura pelo grupo Sky Greens. Por meio da rotação, o sistema permite que uma maior quantidade de vegetais recebam luz assim como, prevê uso eficiente de água.

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RESTAURANTE + VARANDA HORTACom objetivo de criar um edifício dinâmico e aberto ao público, propõe-se um restaurante localizado no 2º pavimento (o edifício originalmente já conta com infraestrutura de cozinha). No edifício são propostas diversas formas e suportes para o plantio, uma delas é a ocupação de varandas e coberturas com estruturas montáveis para plantio (detalhada a partir da página 92).

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MERCADO No hall propõe-se um mercado, com possibilidade de crescimento tanto para dentro do edifício, ocupando o mezanino, quanto para fora, ocupando a praça onde o mesmo se encontra. Os espaços comerciais utilizariam a produção do edifício para venda direta no mercado e também para a para cozinha do restaurante.

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TERRAÇO/COBERTURA HORTA

Os shafts existentes no edifício foram aumentados, criando aberturas zenitais, com objetivo de aumentar a quantidade de luz natural nos pavimentos, principalmente em áreas mais afastadas das fachadas.

A cobertura do prédio também é proposta como espaço para plantio. Como forma de facilitar o plantio assim como, dispor as plantas em melhores posições em relação a iluminação natural; é proposto que a plantação seja feita utilizando estruturas montáveis (detalhada a partir da página 92).

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edifício Del Rey prospecções de usos diversos associados

com agricultura urbana

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PROSPECÇÃO 01 USO INSTITUCIONAL / SERVIÇOS + AGRICULTURA URBANA

A agricultura urbana é proposta como uma atividade que se sobrepõe ao uso institucional, podendo ser gerida pelas mesmas pessoas que trabalham no edifício, ou por uma organização externa. Tal implementação viria presente em contrato de locação, trazendo a agricultura urbana como uma contrapartida.No programa do edifício, as coberturas e terraços seriam usados para plantio. As fachadas também poderiam ser usadas, mediante adequação no projeto. Os andares inferiores são propostos como restaurante (para os servidores e/ou aberto ao público geral) e mercado para venda e distribuição da produção.

INSTITUCIONAL SERVIÇOS

PLANTIO EM TERRAÇOS E COBERTURAS

USO COMERCIAL

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FUNCIONAMENTO EDIFÍCIO

Contrato de locação constando a iniciativa de agricultura

urbana como contrapartida

Edifício Hotel Del Rey

Reforma edifício e adequação para a produção

de agricultura urbana

Contrato de locação de áreas para plantio Servidores + gestão

externa para atividades de agricultura

Papel pedagógico: Visibilidade da agricultura

urbana no hipercentro

Comercialização: restaurante e mercado

Servidores são responsáveis pela gestão da agricultura

Produção

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O uso misto em um edifício é uma forma de mesclar interesses distintos que cooperam entre si. O uso comercial nesse caso, é visto como forma de viabilizar a habitação social uma vez que as unidades comerciais podem ser comercializadas/alugadas a preço de mercado. Uma outra alternativa é que as lojas sejam utilizadas pelos próprios moradores, como forma de geração de renda para o condomínio. O edifício Joaquim Carlos em São Paulo, é um exemplo onde a associação entre o uso comercial e residencial foi a estratégia para que o edifício, até então vazio, se tornasse viável para habitação social.

HABITAÇÃO SOCIAL + USO COMERCIAL

EDIFÍCIO JOAQUIM CARLOS - SP

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OBTENÇÃO E FUNCIONAMENTO DO EDIFÍCIO JOAQUIM CARLOS

Edifício misto desocupado(comercial + residencial)

Proprietário interessado em vender o edifício vazio, que gera custos de manutenção

e impostos

SEHAB (Programa Morar no centro)

Estratégia: desmembramento do edifício

Público alvo: Famílias que se enquadram no PAR ligadas ao Movimento ULC (União de Luta dos Cortiços) e outras indicadas pela prefeitura, que já haviam sido cadastradas previamente.

Avaliação do edifício e levantamento de diretrizes para enquadrá-lo no PAR

Residencial: Vendido para CAIXA, que se encarregou da reforma e comercialização das unidades

Comercial: Continua com o mesmo proprietário, que aluga duas unidades (restaurante e loja)

97 unidades

Gestão do edifício: terceirizada integrada a moradores que trabalham horas por semana para o edifício por desconto no condomínio

Edifício em usoHabitação social + Uso comercial

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PROSPECÇÃO 02HABITAÇÃO SOCIAL + USO COMERCIAL + AGRICULTURA URBANA

O plantio pode ter suporte em coberturas, terraços e fachadas. A gestão pode ser feita pelos moradores com objetivo de consumir a produção, realizar troca ou comercializar. As unidades comerciais podem ser usadas para a venda da produção em forma de mercado ou restaurante. Outra alternativa é a locação das unidades comerciais para terceiros, que poderiam também se encarregar de gerir e comercializar a produção.

HABITAÇÃO SOCIAL

PLANTIO EM TERRAÇOS E COBERTURAS

USO COMERCIAL

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FUNCIONAMENTO EDIFÍCIO

Moradores na gestão cooperativa edifício

Moradores + gestão externa

Consumo próprio

Troca entre moradores

Comercialização Mercado

Comercialização Mercado

Comercialização Restaurante

Comercialização Restaurante

ProduçãoReforma edifício

Edifício Hotel Del Rey

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A habitação social aliada a cooperativa de trabalho e geração de renda, como forma de beneficiar os moradores, minimizar ou zerar gastos condominiais, uma vez que os próprios moradores podem se organizar para realizar as atividades do condomínio.O edifício Manoel Congo, cuja obtenção e gestão está descrita ao lado é um exemplo da associação entre moradia e trabalho.

HABITAÇÃO SOCIAL + COOPERATIVA DE TRABALHO

OCUPAÇÃO MANOEL CONGO - RJ

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OBTENÇÃO E FUNCIONAMENTO DO EDIFÍCIO MANOEL CONGO

Fundo Nacional de Habitação Social

Estado e Governo Federal

Fundo de Desenvolvimento

Social do Ministério das cidades (via MCMV

Entidades)

Financiamento para propostas de

educação, cultura e geração de renda

Instituições

compra do edifício e repasse ao

MNLM

Reforma da parte residencial

Reforma das áreas comuns e investimento

na cooperativa de trabalho

Ocupaçãoedifício degradado

Movimento Nacional de Luta pela Moradia

Edifício reformado

gestão do edifíciolimpeza + segurança

(cada morador cumpre 2,5h de trabalho semanal)Edifício em uso

Moradia + Geração de renda + Cultura

42 famílias

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PROSPECÇÃO 03HABITAÇÃO SOCIAL + COOPERATIVA DE TRABALHO +

USO COMERCIAL + AGRICULTURA URBANAA agricultura urbana é trazida como uma alternativa de geração de renda e consumo dos próprios moradores (agricultura familiar). Nessa prospecção, o plantio seria a atividade principal que engajaria os moradores, gerando dinâmicas dentro do edifício que se expandem para o entorno. A cooperativa se encarregaria da plantio, colheita e destino da produção, que além do benefício da geração de renda, permitiria o consumo dos próprios moradores de parte da produção (agricultura familiar). Os plantio ocuparia varandas e coberturas, podendo ocupar também (mediante projeto específico), pavimentos inteiros ou parte do edifício.

HABITAÇÃO SOCIAL

PLANTIO EM TERRAÇOS E COBERTURAS

USO COMERCIAL

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FUNCIONAMENTO EDIFÍCIO

Gestão cooperativa do edifício

Produção

Edifício Del Rey

Reforma edifício

Consumo próprio (agricultura familiar)

Trocas entre moradores

Papel pedagógico: plantio integrado ao ensino

Mercado e restaurante: Cooperativa de trabalho e geração de renda

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táticas para plantio em diferentes suportes (do high ao low tech)

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ESTRATÉGIAS DE PLANTIO EM DIFERENTES SUPORTES

Uma das escalas abordadas no presente trabalho é o plantio individual, realizado pelos moradores em suas residências. Devido a ausência de espaço e desejo de plantar, eles utilizam espaços residuais para plantio direto em terra, superfícies de lajes, terraços, calçadas. A medida que a disposição de espaço diminui, o nível de adaptação aumenta. Nesse momento, os materiais disponíveis entram em jogo como forma de adaptar o desejo de cultivo ao espaço. Novos suportes são usados como forma de viabilizar o plantio: latas, vasos, garrafas, paletes etc. Partindo da experimentação, táticas alternativas são desenvolvidas, adaptadas ao contexto. Além do beneficiamento direto proporcionado pelo cultivo de alimentos, ou seja, o consumo da produção; essa pratica cria uma dinâmica social que extrapola os muros das casas, uma vez que vizinhos entre si trocam experiências, técnicas criadas, receitas caseiras, mudas etc. Em paralelo, empresas e grupos tem desenvolvido aparatos cujo objetivo é exatamente permitir que esse plantio seja feito em diferentes suportes, de uma forma mais eficientes. Buscam solução para irrigação, drenagem da água, forma de acoplar a paredes e janelas, formas de empilhamento etc. Buscam transformar os mecanismos que as pessoas usam para plantar de forma experimental (low-tech) em estratégias com maior grau de eficiência (high-tech). Ao lado estão listados exemplos dessas táticas e estratégias de plantio em diferentes suportes, que servem de base para a estrutura/acoplamento que será apresentada no capítulo seguinte.

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EDIBLE GARDEN CITY

Além do grupo plantar em espaços alternativos na cidade e distribuir a produção em estabelecimentos parceiros, eles produzem equipamentos voltados para plantio individual, para quem pretende plantar em casa e não tem espaço para uso de técnicas tradicionais de plantio.

Localização: Singapura

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WINDOWFARMS

Se baseia na disposição de hortas nas janelas dos edifícios. Desenvolveram sistema de drenagem e irrigação. Acredita que por meio da produção individual, pode-se gerar uma diminuição na alta demanda de alimentos da indústria agrícola.

Localização: New York

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NOOCITY GROWBEDCaixa para plantio com sistema de auto irrigação e fertilização, permite que a horta seja regada a cada 15 dias.

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VOLET VÉGÉTAL

Horta ou jardim para ser acoplado a janela de apartamentos criando uma extensão verde. O modelo, em fase de protótipo, foi pensado para a posição vertical e horizontal, podendo funcionar como filtro de luz para o apartamento e ao mesmo tempo, tal variação permite que as plantas possam ser posicionadas de modo a receber maior quantidade de luz.

Localização: Paris

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URBAN GARDENHorta portátil ideal para de plantio de ervas e temperos.

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VASOS

-Dá para plantar aqui?

TÁTICAS PARA PLANTIO EM SUPORTES DIVERSOS

Levantamento de táticas que se utilizam de objetos cotidianos como suporte para plantar.

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GARRAFA PET

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TUBO DE PVC

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LATAS

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PALETES

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BLOCOS DE CONCRETO

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CAIXAS DE MADEIRA / CAIXOTES

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SAPATEIRA

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DIVERSOS

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acoplamento para plantio em espaços diversos

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ESTRUTURA MONTÁVEL SUPORTE PARA PLANTIO EM DIFERENTES CONTEXTOS

A partir de peças cortadas em madeira, a estrutura se forma por meio de nós e barras intermediárias, formando cubos onde os vasos para plantio são encaixados. O módulo detalhado abaixo tem dimensões de barras para receber vasos médios de 30cm, entretanto é possível combinar módulos com objetivo de encaixar vasos tipo jardineira ou subdividir o módulo com as peças de adaptação para encaixar vasos menores.Tal estrutura pretende ser o mais polivalente possível, se adaptando a diferentes espaços independente de sua dimensão. Ao mesmo tempo, como se baseia em sistema de encaixe: a estrutura pode crescer ou reduzir com o passar do tempo, assim como, ser montada somente uma época do ano.

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Modelo de acoplamento para superfícies (lajes, quintais, corredores etc). O modelo de nó tridimensional permite crescimento em todas as direções.

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PEÇAS E ESQUEMA DE MONTAGEM

03

04 05 06

01peças para montagem do nó 02 encaixe do nó nó montado

encaixe barras intermediárias cubo montado

crescimento estrutura

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07 estrutura com vasos plantados

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01

03 04

02retirar vaso grande e barras intermediárias

encaixar as peças de adaptação

novo espaçamento para vasos

peças de adaptação para subdivisão

ADAPTAÇÃO PARA TAMANHOS DIFERENTES DE VASOS

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05 estrutura com vasos de diferentes tamanhos

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OUTRAS LÓGICAS DE ACOPLAMENTO (JANELA)

Horta Brise para ser instalada em janela com auxílio de requadro metálico ou de madeira. Utiliza os nós e barras intermediárias, sendo feito de acordo com as dimensões da janela. Utiliza sistema de suspensão por cabos (ver referência Volet Végétal, página 76 e 77)

Posição horizontal (cabos esticados) Posição vertical-brise (cabos recolhidos)

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OUTRAS LÓGICAS DE ACOPLAMENTO (PAREDE)Horta Estante, para ser instalada junto à parede. Se baseia no empilhamento de cubos. Com o uso de peças de adaptação permite composição com diferentes tamanhos de vasos. Dependendo da altura, verificar necessidade de fixação à parede por meio de parafusos assim como a necessidade de contraventar.

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uma rede de agricultura urbana de belo horizonte

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Tal interface tem como objetivo reunir todas as escalas de atuação da agricultura urbana no contexto urbano de Belo Horizonte, sendo um espaço de convergência de interessados no tema. Nesse espaço virtual, as principais ações seriam:

INSERÇÃO DE INFORMAÇÕES

• Pessoas que tem espaço e querem disponibilizá-lo (aluguel, arrendamento, parceria);

• Pessoas que descobriram um espaço com possibilidade de plantio e querem mostrá-lo a possíveis interessados;

• Grupos, associações, produtores locais, iniciativas de agricultura urbana em geral que buscam divulgar suas ações;

• Estabelecimentos de venda de produtos agrícolas, feiras, mercados e restaurantes, com objetivo de fazer parte da rede e estabelecer parcerias com produtores locais para obtenção de produtos frescos.

AÇÃO:

POSSÍVEIS AGENTES:

INTERFACE DE UMA REDE DE AGRICULTURA URBANA DE BELO HORIZONTE

QUERO INSERIR !

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• Pessoas que planejam uma nova iniciativa de agricultura urbana na cidade e pretendem analisar o contexto da região onde será inserida tal inciativa.

• Pessoas que pretendem testar o impacto de uma nova iniciativa ou empreendimento relacionado a agricultura.

BUSCA POR INFORMAÇÕES

ANÁLISE DE CONTEXTOS E IMPACTOS DE NOVAS INICIATIVAS

• Pessoas que buscam espaços para plantar na cidade, por meio de aluguel, arrendamento, parceria etc;

• Produtores locais que buscam pontos de venda para seus produtos;

• Produtores locais, grupos e cooperativas

• Estabelecimentos de venda de produtos agrícolas, feiras, mercados e restaurantes, que buscam produtores locais para obtenção de produtos frescos.

AÇÃO:

AÇÃO:

POSSÍVEIS AGENTES:

POSSÍVEIS AGENTES:

densidadepopulacional

características ambientaisfaixa de renda transporte uso e

ocupação

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_rede de agricultura urbana de Belo Horizonte

QUERO INSERIR !

densidadepopulacional

características ambientaisfaixa de renda transporte uso e

ocupação

Mapa completo, exibindo todas as categorias mapeadas.

Botão para inserir novos espaços, estabelecimentos ou iniciativas na rede.

Barra com filtros de categorias e bases de dados para análise de contextos e impactos.

Imagens enviadas por usuários, das iniciativas de agricultura urbana na cidade.

(Modelo ilustrativo da interface da rede)

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_rede de agricultura urbana de Belo Horizonte

QUERO INSERIR !

densidadepopulacional

características ambientaisfaixa de renda transporte uso e

ocupação

Aplicação de filtro por categoria, onde se pode selecionar um determinado tipo de espaço dentre os disponíveis.

Edifícios

CATEGORIAS:

Lotes vagos

Espaços residuais

Pontos de venda

Restaurantes

Iniciativas de agricultura

urbana

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_rede de agricultura urbana de Belo Horizonte

densidadepopulacional

características ambientaisfaixa de renda transporte uso e

ocupação

QUERO INSERIR !

Exibição de base de dados sobreposta ao mapa da cidade, com objetivo de analisar o contexto de determinada região, segundo o critério elegido.(Os critérios e mapas exibidos são meramente ilustrativos).

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_rede de agricultura urbana de Belo Horizonte

densidadepopulacional

características ambientaisfaixa de renda transporte uso e

ocupação

QUERO INSERIR !

Sobreposição de diversos critérios sobre o mapa da cidade.(Os critérios e mapas exibidos são meramente ilustrativos).

A medida em que os usuários e moderadores da rede inserem informações relativas a agricultura na cidade, os mapas se atualizam. A rede tem o potencial de incorporar também a metodologia de análise de edifícios, com objetivo de inserção de agricultura urbana nos mesmos (metodologia mostrada no terceiro capítulo do presente trabalho).

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REFERÊNCIAS, LEITURAS INSPIRADORAS E SITES CONSULTADOS:

LIVROSMOUGEOT, LUC (2006). Growing better cities: urban agriculture for sustainable development. Ottawa

HOUGH, MICHAEL (1995). Naturaleza y ciudad. Planificación urbana y processos ecológicos. Barcelona

DESPOMMIER, DICKSON (2010). The vertical farm. New York

CERTEAU, MICHEL (1998). A invenção do cotidiano: artes de fazer. Editora Vozes, Petrópolis

MONOGRAFIAS, DISSERTAÇÕES E TESESWEITZMAN, RODICA (2001). Entre a roça e a cidade: um processo de invençãode práticas alimentares e agrícolas. Rio de Janeiro.

MANRESA CAMARGOS, NÚRIA (2012). Hortas e jardins microlocais. Para uma produção autônoma dos espaços coletivos. Belo Horizonte.

COUTINHO, MAURA NEVES (2010). Agricultura urbana: Práticas populares e sua inserção em políticas públicas. Belo Horizonte.

MACIEL, ANA PAULA (2011). Vacância residencial na Região Metropolitana de Belo Horizonte: Mobilização do estoque vago para a promoção de habitação de interesse social. Belo Horizonte

NETO, JOSÉ YOLLE (2006). Diretrizes para o estudo de viabilidade da reabilitação de edifícios antigos na região central de São Paulo visando a produção de HIS: Estudo de casos inseridos no Programa de Arrendamento Residencial (PAR-REFORMA) – Edifícios: Olga Benário, Labor e Joaquim Carlos. São Paulo

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DOCUMENTOS:Plano de Reabilitação do Hipercentro de Belo Horizonte. (2007) Elaborado pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e Praxis Projetos e Consultoria LTDA

Agricultura e Agroecologia no Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Belo Horizonte – PDDI. (2010)Contribuições da AMAU - Articulação Metropolitana de Agricultura Urbana e do CAUP - Centro de Referência em Agricultura Urbana e Periurbana

MANUAIS:Hortas em pequenos espaços, de Flavia Clemente e Lenita, (2012). Brasília

Catálogo brasileiro de hortaliças, disponível em:www.sebrae.com.br/setor/horticultura

Guide to setting up your own edible rooftop garden, (2008). Publicado por Alternatives and Rooftop Garden Project. Québec

SITESAUÊ - Estudos em agricultura urbana UFMGhttps://aueufmg.wordpress.com

REDE - Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativashttp://www.redemg.org.br

AMAU - Articulação Metropolitana de Agricultura Urbanahttp://amau.org.br

Cevae – Prefeitura de Belo Horizonte (PBH)http://portalpbh-hm.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=fundacaoparque&lang=pt_BR&pg=5521&tax=8264

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Sky Greens – Singapurahttp://www.skygreens.com

Edible Garden Cityhttp://www.ediblegardencity.com

Chicago Farmed Herehttp://farmedhere.com

Project Spectra 3https://intotheulu.wordpress.com/2015/04/10/project-spectra-3-building-biomass-and-stablizing-the-ecosystem/

Windowfarmshttp://www.windowfarms.com

Noocity Growbedhttp://www.noocity.com/pt/produtos/growbed/

Volet Végétalhttp://barreaucharbonnet.com/mobilier/volet-vegetal/

Patrick Nadeau – Urban Gardenhttp://www.patricknadeau.com/authentics/

MIT City Farmhttp://web.mit.edu/jiw/www/MITCityFarm/

NASA – Farming for the futurehttp://www.nasa.gov/missions/science/biofarming.html

Brooklyn Grange Farmhttp://brooklyngrangefarm.com/

Ocupação Manoel Congo – Rio de Janeirohttps://pelamoradia.wordpress.com/tag/ocupacao-manoel-congo/http://rioonwatch.org.br/?p=13012

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Escola de ArquiteturaUniversidade Federal de

Minas Gerais