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Colégio Notre Dame de Campinas Congregação de Santa Cruz Página 1 INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Leia o texto a seguir para responder às questões 1 e 2. PENSAR É VIVER Não tenho nenhuma receita, nenhum facilitador para se entender a vida: ela é confusão mesmo. A gente avança no escuro, teimosamente, porque recuar não dá. Nesse labirinto a gente encontra o fio de um afeto, pontos de criatividade, explosões de pensamento ou ação que nos iluminem, por um momento que seja. Coisas que nos justifiquem enquanto seres humanos. Tenho talvez a ingenuidade de acreditar que tudo faz algum sentido, e que nós precisamos descobrir - ou inventá-lo. Qualquer pessoa pode construir a sua "filosofia de vida". Qualquer pessoa pode acumular vida interior. Sem nenhuma conotação religiosa, mas ética: o que valho, e os outros, o que valem para mim? O que estou fazendo com a minha vida, o que pretendo com ela? Essa capacidade de refletir, ou de simplesmente aquietar-se para sentir, faz de nós algo além de cabides de roupas ou de ideias alheias. Sempre foi duro vencer o espírito de rebanho, mas esse conflito se tornou esquizofrênico: de um lado precisamos ser como todo mundo, é importante adequar-se, ter seu grupo, pertencer; de outro lado, é necessário preservar uma identidade e até impor-se, às vezes transgredir, para sobreviver. Discernir e escolher ficam mais difíceis, porque o excesso de informações nos atordoa, a troca de mitos nos esvazia, a variedade de solicitações nos exaure. Para ter algum controle de nossa vida é necessário descobrir quem somos ou queremos ser - à revelia dos modelos generalizantes. Dura empreitada, num momento em que tudo parece colaborar para que se aceitem modelos prontos para servir. Pensamento independente passou a ser excentricidade, quando não agressão. Família, escola e sociedade deviam desenvolver o distanciamento crítico e a capacidade de avaliar - e questionar - para poder escolher. Mas, embora a gente se pense tão moderno, não é o que acontece. Alunos (e filhos) questionadores podem ser um embaraço. Preferimos nos tornar membros da vasta confraria da mediocridade, que cultua o mais fácil, o mais divertido, o que todo mundo pensa ou faz, e abafa qualquer inquietação. Por sorte nossa, aqui e ali aquele olho da angústia mais saudável entreabre sua pesada pálpebra e nos encara irônico: como estamos vivendo a nossa vida, esse breve sopro... e o que realmente pensamos de tudo isso - se por acaso pensamos? (LUFT, Lya. "Pensar é transgredir". Rio de Janeiro: Record, 2004. pp 177-78) 1. No 5º. parágrafo do texto, Lya Luft defende a ideia de que devemos buscar nossa identidade. Que expressão, formada por substantivo mais adjetivo, utilizada no parágrafo seguinte, retoma essa ideia ao mesmo tempo em que transmite uma opinião da cronista? 2. Explique qual a opinião expressa pela cronista a partir dessa expressão. (UFRJ) Os textos 1 e 2 servem de base para as questões 3 e 4. TEXTO 1 A PRODUÇÃO CULTURAL DO CORPO Pensar o corpo como algo produzido na e pela cultura é, simultaneamente, um desafio e uma necessidade. Um desafio porque rompe, de certa forma, com o olhar naturalista sobre o qual muitas vezes o corpo é PLANTÃO DE FÉRIAS PORTUGUÊS – AULA 01 Nome: Nº: Série: 2º ANO Profª DAYANE BRANDÃO Data: JULHO 2018

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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Leia o texto a seguir para responder às questões 1 e 2. PENSAR É VIVER Não tenho nenhuma receita, nenhum facilitador para se entender a vida: ela é confusão mesmo. A gente avança no escuro, teimosamente, porque recuar não dá. Nesse labirinto a gente encontra o fio de um afeto, pontos de criatividade, explosões de pensamento ou ação que nos iluminem, por um momento que seja. Coisas que nos justifiquem enquanto seres humanos. Tenho talvez a ingenuidade de acreditar que tudo faz algum sentido, e que nós precisamos descobrir - ou inventá-lo. Qualquer pessoa pode construir a sua "filosofia de vida". Qualquer pessoa pode acumular vida interior. Sem nenhuma conotação religiosa, mas ética: o que valho, e os outros, o que valem para mim? O que estou fazendo com a minha vida, o que pretendo com ela? Essa capacidade de refletir, ou de simplesmente aquietar-se para sentir, faz de nós algo além de cabides de roupas ou de ideias alheias. Sempre foi duro vencer o espírito de rebanho, mas esse conflito se tornou esquizofrênico: de um lado precisamos ser como todo mundo, é importante adequar-se, ter seu grupo, pertencer; de outro lado, é necessário preservar uma identidade e até impor-se, às vezes transgredir, para sobreviver. Discernir e escolher ficam mais difíceis, porque o excesso de informações nos atordoa, a troca de mitos nos esvazia, a variedade de solicitações nos exaure. Para ter algum controle de nossa vida é necessário descobrir quem somos ou queremos ser - à revelia dos modelos generalizantes. Dura empreitada, num momento em que tudo parece colaborar para que se aceitem modelos prontos para servir. Pensamento independente passou a ser excentricidade, quando não agressão. Família, escola e sociedade deviam desenvolver o distanciamento crítico e a capacidade de avaliar - e questionar - para poder escolher. Mas, embora a gente se pense tão moderno, não é o que acontece. Alunos (e filhos) questionadores podem ser um embaraço. Preferimos nos tornar membros da vasta confraria da mediocridade, que cultua o mais fácil, o mais divertido, o que todo mundo pensa ou faz, e abafa qualquer inquietação. Por sorte nossa, aqui e ali aquele olho da angústia mais saudável entreabre sua pesada pálpebra e nos encara irônico: como estamos vivendo a nossa vida, esse breve sopro... e o que realmente pensamos de tudo isso - se por acaso pensamos?

(LUFT, Lya. "Pensar é transgredir". Rio de Janeiro: Record, 2004. pp 177-78)

1. No 5º. parágrafo do texto, Lya Luft defende a ideia de que devemos buscar nossa identidade. Que expressão, formada por substantivo mais adjetivo, utilizada no parágrafo seguinte, retoma essa ideia ao mesmo tempo em que transmite uma opinião da cronista? 2. Explique qual a opinião expressa pela cronista a partir dessa expressão. (UFRJ) Os textos 1 e 2 servem de base para as questões 3 e 4.

TEXTO 1

A PRODUÇÃO CULTURAL DO CORPO

Pensar o corpo como algo produzido na e pela cultura é, simultaneamente, um desafio e uma necessidade.

Um desafio porque rompe, de certa forma, com o olhar naturalista sobre o qual muitas vezes o corpo é

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observado, explicado, classificado e tratado. Uma necessidade porque ao desnaturalizá-lo revela, sobretudo,

que o corpo é histórico. Isto é, mais do que um dado natural cuja materialidade nos presentifica no mundo, o

corpo é uma construção sobre a qual são conferidas diferentes marcas em diferentes tempos, espaços,

conjunturas econômicas, grupos sociais, étnicos, etc. Não é portanto algo dado a priori nem mesmo é

universal: o corpo é provisório, mutável e mutante, suscetível a inúmeras intervenções consoante o

desenvolvimento científico e tecnológico de cada cultura bem como suas leis, seus códigos morais, as

representações que cria sobre os corpos, os discursos que sobre ele produz e reproduz.

Um corpo não é apenas um corpo. É também o seu entorno. Mais do que um conjunto de músculos, ossos,

vísceras, reflexos e sensações, o corpo é também a roupa e os acessórios que o adornam, as intervenções

que nele se operam, a imagem que dele se produz, as máquinas que nele se acoplam, os sentidos que nele se

incorporam, os silêncios que por ele falam, os vestígios que nele se exibem, a educação de seus gestos...

enfim, é um sem limite de possibilidades sempre reinventadas e a serem descobertas. Não são, portanto, as

semelhanças biológicas que o definem mas, fundamentalmente, os significados culturais e sociais que a ele

se atribuem. (GOELLNER, Silvana Vilodre. "A produção cultural do corpo". In: LOURO, Guacira Lopes (org.) "Corpo, gênero e sexualidade; um debate

contemporâneo na educação". Petrópolis: Vozes, 2003. p.28-29)

TEXTO 2

A NÃO ACEITAÇÃO

Desde que começou a envelhecer realmente começou a querer ficar em casa. Parece-me que achava feio

passear quando não se era mais jovem: o ar tão limpo, o corpo sujo de gordura e rugas. Sobretudo a

claridade do mar como desnuda. Não era para os outros que era feio ela passear, todos admitem que os

outros sejam velhos. Mas para si mesma. Que ânsia, que cuidado com o corpo perdido, o espírito aflito nos

olhos, ah, mas as pupilas essas límpidas.

Outra coisa: antigamente no seu rosto não se via o que ela pensava, era só aquela face destacada, em oferta.

Agora, quando se vê sem querer ao espelho, quase grita horrorizada: mas eu não estava pensando nisso!

Embora fosse impossível e inútil dizer em que rosto parecia pensar, e também impossível e inútil dizer no

que ela mesma pensava.

Ao redor as coisas frescas, uma história para a frente, e o vento, o vento... Enquanto seu ventre crescia e as

pernas engrossavam, e os cabelos se haviam acomodado num penteado natural e modesto que se formara

sozinho. (LISPECTOR, Clarice. "A descoberta do mundo". Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. p. 291)

3. Do primeiro parágrafo do texto I, retire os quatro adjetivos que melhor caracterizam a noção de corpo

nele apresentada.

4. Estabeleça a relação entre esses adjetivos e a temática central do texto II.

5. (UeRJ) Analise a tirinha a seguir.

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"Tudo começou quando Calvin participou de um pequeno debate com o seu pai! Logo Calvin podia ver os dois lados da questão! Então o pobre Calvin começou a ver os dois lados de tudo!". No trecho citado, a opção do personagem pelo foco na 3ª pessoa – ainda que para referir-se a si mesmo – tem como principal justificativa: a) seu desejo de ser uma pessoa realista b) seu medo de tornar o discurso subjetivo c) sua vontade de se identificar com a fala paterna d) sua incapacidade de lidar com a situação narrada 6. (ENEM, 2011) Na modernidade, o corpo foi descoberto, despido e modelado pelos exercícios físicos da moda. Novos espaços e práticas esportivas e de ginástica passaram a convocar as pessoas a modelarem seus corpos. Multiplicaram-se as academias de ginástica, as salas de musculação e o número de pessoas correndo pelas ruas.

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Caderno do professor: educação física. São Paulo, 2008.

Diante do exposto, é possível perceber que houve um aumento da procura por: a) exercícios físicos aquáticos (natação/hidroginástica), que são exercícios de baixo impacto, evitando o atrito (não prejudicando as articulações), e que previnem o envelhecimento precoce e melhoram a qualidade de vida. b) mecanismos que permitem combinar alimentação e exercício físico, que permitem a aquisição e manutenção de níveis adequados de saúde, sem a preocupação com padrões de beleza instituídos socialmente. c) programas saudáveis de emagrecimento, que evitam os prejuízos causados na regulação metabólica, função imunológica, integridade óssea e manutenção da capacidade funcional ao longo do envelhecimento.

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d) exercícios de relaxamento, reeducação postural e alongamentos, que permitem um melhor funcionamento do organismo como um todo, bem como uma dieta alimentar e hábitos saudáveis com base em produtos naturais. e) dietas que preconizam a ingestão excessiva ou restrita de um ou mais macronutrientes (carboidratos, gorduras ou proteínas), bem como exercícios que permitem um aumento de massa muscular e/ou modelar o corpo. 7. (ENEM, 2011)

Os amigos são um dos principais indicadores de bem-estar na vida social das pessoas. Da mesma forma que em outras áreas, a internet também inovou as maneiras de vivenciar a amizade, Da leitura do infográfico, depreendem-se dois tipos de amizade virtual, a simétrica e a assimétrica, ambas com seus prós e contras. Enquanto a primeira se baseia na relação de reciprocidade, a segunda: a) reduz o número de amigos virtuais, ao limitar o acesso à rede. b) parte do anonimato obrigatório para se difundir. c) reforça a configuração de laços mais profundos de amizade. d) facilita a interação entre pessoas em virtude de interesses comuns. e) tem a responsabilidade de promover a proximidade física. A tira a seguir serve de base para as questões 8 e 9.

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8. Ao nomear o que considera essencial para ir à escola, Gaturro utiliza dois tipos de substantivos. Identifique tais substantivos e classifique-os em função da natureza dos seres por eles designados. Explique a classificação desses substantivos. 9. O contraste entre os dois tipos de substantivos utilizados na tira contribui para a construção do efeito de humor. Explique por quê.

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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

1. Analise as imagens a seguir.

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A música desempenha diversas funções na sociedade: educar, entreter, louvar, dominar, seduzir,

entre outras. Considerando o trabalho do artista em seu meio cultural, é correto afirmar que a

figura:

a) 3 mostra uma situação em que a música é usada com finalidade terapêutica.

b) 1 mostra uma situação que ilustra o poder do som produzido por um ser dominando outro

ser.

c) 2 mostra a música em um contexto de louvor religioso.

d) 4 mostra uma atividade profana, ou secular, que envolve a música.

e) 5 mostra um grupo desempenhando uma atividade profissional.

2.

Considerando a relação entre os usos oral e escrito da língua, tratada no quadrinho, qual papel

podemos atribuir à escrita?

Analise a seguinte tirinha para responder às questões 3 e 4.

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3. A tirinha acima demonstra o impacto social das novas tecnologias de comunicação na vida

das pessoas, representando, principalmente, uma situação muito comum em nosso cotidiano. Qual

situação é essa?

4. Relacione os dois quadrinhos explicando como se dá a construção de sentido na tirinha.

Observe a campanha publicitária seguinte para responder às questões 5, 6 e 7.

5. Qual o principal intuito dessa campanha publicitária? 6. É possível identificar o público-alvo dessa campanha publicitária? Se sim, identifique e justifique. Se não, apenas justifique sua resposta. 7. Geralmente, esse tipo de campanha publicitária tem um apelo emocional muito forte. Relacione as imagens e o texto utilizados na campanha acima, explicando como se constroi tal apelo emocional. 8.

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A língua é um patrimônio cultural indispensável para a preservação da memória e da identidade de

um povo. Nesse contexto, percebe-se, na tirinha, uma crítica:

a) à falta de assistência familiar no que se refere à educação escolar dos filhos.

b) à língua em si, cheia de regras e normas gramaticais desnecessárias.

c) à escrita dos livros em linguagem muito rebuscada, o que dificulta o entendimento dos

leitores.

d) à influência dos estrangeirismos na língua, em especial, daqueles provenientes do inglês.

e) ao ensino da língua que, devido à metodologia utilizada, desestimula os alunos.

9. (ENEM, 2011)

A discussão sobre o “fim do livro de papel” com a chegada da mídia eletrônica me lembra a discussão

idêntica sobre a obsolescência do folheto de cordel. Os folhetos talvez não existam mais daqui a 100 ou 200

anos, mas, mesmo que isso aconteça, os poemas de Leandro Gomes de Barros ou Manuel Camilo dos Santos

continuarão sendo publicados e lidos — em CD-ROM, em livro eletrônico, em “chips quânticos”, sei lá o quê.

O texto é uma espécie de alma imortal, capaz de reencarnar em corpos variados: página impressa, livro em

Braille, folheto, “coffee-table book”, cópia manuscrita, arquivo PDF... Qualquer texto pode se reencarnar

nesses (em outros) formatos, não importa se é Moby Dick ou Viagem a São Saruê, se é Macbeth ou O livro de

piadas de Casseta & Planeta. TAVARES, B. Disponível em: http://jornaldaparaiba.globo.com.

Ao refletir sobre a possível extinção do livro impresso e o surgimento de outros suportes em via eletrônica, o

cronista manifesta seu ponto de vista, defendendo que:

a) o cordel é um dos gêneros textuais, por exemplo, que será extinto com o avanço da tecnologia.

b) o livro impresso permanecerá como objeto cultural veiculador de impressões e de valores culturais.

c) o surgimento da mídia eletrônica decretou o fim do prazer de se ler textos em livros e suportes

impressos.

d) os textos continuarão vivos e passíveis de reprodução em novas tecnologias, mesmo que os livros

desapareçam.

e) os livros impressos desaparecerão e, com eles, a possibilidade de se ler obras literárias dos mais

diversos gêneros.

10. (ENEM, 2011)

O hipertexto refere-se à escritura eletrônica não sequencial e não linear, que se bifurca e permite ao leitor o

acesso a um número praticamente ilimitado de outros textos a partir de escolhas locais e sucessivas, em

tempo real. Assim, o leitor tem condições de definir interativamente o fluxo de sua leitura a partir de

assuntos tratados no texto sem se prender a uma sequência fixa ou a tópicos estabelecidos por um autor.

Trata-se de uma forma de estruturação textual que faz do leitor simultaneamente coautor do texto final. O

hipertexto se caracteriza, pois, como um processo de escritura/leitura eletrônica multilinearizado,

multisequencial e indeterminado, realizado em um novo espaço de escrita. Assim, ao permitir vários níveis

de tratamento de um tema, o hipertexto oferece a possibilidade de múltiplos graus de profundidade

simultaneamente, já que não tem sequência definida, mas liga textos não necessariamente correlacionados. MARCUSCHI. L. A. Disponível em: http://www.pucsp.br. Acesso em: 29 jun. 2011.

O computador mudou nossa maneira de ler e escrever, e o hipertexto pode ser considerado como um novo

espaço de escritura e leitura. Definido como um conjunto de blocos autônomos de texto, apresentado em

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meio eletrônico computadorizado e no qual há remissões associando entre si diversos elementos, o

hipertexto:

a) é uma estratégia que, ao possibilitar caminhos totalmente abertos, desfavorece o leitor, ao confundir

os conceitos cristalizados tradicionalmente.

b) é uma forma artificial de produção da escrita, que, ao desviar o foco da leitura, pode ter como

consequência o menosprezo pela escrita tradicional.

c) exige do leitor um maior grau de conhecimentos prévios, por isso deve ser evitado pelos estudantes

nas suas pesquisas escolares.

d) facilita a pesquisa, pois proporciona uma informação específica, segura e verdadeira, em qualquer

site de busca ou blog oferecidos na internet.

e) possibilita ao leitor escolher seu próprio percurso de leitura, sem seguir sequência predeterminada,

constituindo-se em atividade mais coletiva e colaborativa.

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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

1. Linhas tortas

Há uma literatura antipática e insincera que só usa expressões corretas, só se ocupa de coisas

agradáveis, não se molha em dias de inverno e por isso ignora que há pessoas que não podem

comprar capas de borracha. Quando a chuva aparece, essa literatura fica em casa, bem aquecida,

com as portas fechadas. [...] Acha que tudo está direito, que o Brasil é um mundo e que somos

felizes.

[...] Ora, não é verdade que tudo vá tão bem [...]. Nos algodoais e nos canaviais do Nordeste, nas

plantações de cacau e de café, nas cidadezinhas decadentes do interior, nas fábricas, nas casas de

cômodos, nos prostíbulos, há milhões de criaturas que andam aperreadas.

[...] Os escritores atuais foram estudar o subúrbio, a fábrica, o engenho, a prisão da roça, o colégio

do professor mambembe. Para isso resignaram-se a abandonar o asfalto e o café, [...] tiveram a

coragem de falar errado como toda gente, sem dicionário, sem gramáticas, sem manual de retórica.

Ouviram gritos, palavrões e meteram tudo nos livros que escreveram. RAMOS, Graciliano. Linhas tortas. 8.a ed. São Paulo: Record, 1980, p. 92/3.

No excerto acima, qual o ponto de vista defendido por Graciliano Ramos?

2. Em entrevista à revista Info Exame, o pesquisador Don Tapscott, autor que estuda o

fenômeno da Geração Net, quando perguntado acerca do aumento do desnível entre quem tem

acesso à tecnologia e quem não tem, respondeu que “O divisor digital é um problema, mas está

melhorando. Nos países mais desenvolvidos, como os do G20 (grupo que inclui o Brasil), o acesso à

ferramentas digitais não é terrivelmente caro para a maioria da população. Obviamente, há famílias

que têm dificuldades até para se alimentar. Assim, a experiência de bibliotecas ou centros

comunitários com acesso livre à Internet é importante”. INFO Exame. Para quem vive de tecnologia. São Paulo: Ed.Abril, n.° 274, dez. 2008, p. 53.(fragmento).

O acesso livre à Internet está relacionado ao acesso ao conhecimento produzido pela sociedade.

Considerando o exposto pelo autor, conclui-se que:

a) o divisor digital não é um problema; na sua totalidade, os materiais disponíveis na Web

funcionam como formas de democratização da informação, independentemente de se tratar de

países desenvolvidos ou não desenvolvidos.

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b) é importante a experiência de bibliotecas e centros comunitários com acesso livre à internet,

mesmo que o problema representado pelo divisor digital esteja melhorando.

c) tanto nos países não desenvolvidos quanto nos países desenvolvidos o acesso às

ferramentas digitais é de baixo custo para a maioria da população.

d) o acesso às ferramentas digitais deve ser priorizado até pelas famílias que têm dificuldades

para se alimentar.

e) o acesso às ferramentas digitais, no Brasil, é “terrivelmente caro” para a maioria da

população.

A charge seguinte serve de base para as questões 3 e 4.

3. A charge acima faz uma crítica a um problema ambiental atual. Identifique-o e explique

como se dá a construção dessa crítica.

4. Analise os elementos verbais e não-verbais da charge. Seria possível compreendermos o intuito da charge se ela apresentasse somente um desses elementos? Justifique.

Leia o texto a seguir para responder às questões 5 e 6.

Transtorno do comer compulsivo

O transtorno do comer compulsivo vem sendo reconhecido, nos últimos anos, como uma síndrome

caracterizada por episódios de ingestão exagerada e compulsiva de alimentos, porém,

diferentemente da bulimia nervosa, essas pessoas não tentam evitar ganho de peso com os

métodos compensatórios. Os episódios vêm acompanhados de uma sensação de falta de controle

sobre o ato de comer, sentimentos de culpa e de vergonha. Muitas pessoas com essa síndrome são

obesas, apresentando uma história de variação de peso, pois a comida é usada para lidar com

problemas psicológicos. O transtorno do comer compulsivo é encontrado em cerca de 2% da

população em geral, mais frequentemente acometendo mulheres entre 20 e 30 anos de idade.

Pesquisas demonstram que 30% das pessoas que procuram tratamento para obesidade ou para

perda de peso são portadoras de transtorno do comer compulsivo. Disponível em: http://www.abcdasaude.com.br. Acesso em: 1 maio 2009 (adaptado).

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5. Considerando as ideias desenvolvidas pelo autor, explique a finalidade do texto.

6. O texto apresenta dois transtornos alimentícios, diferenciando-os implicitamente. Identifique esses

transtornos e explique-os com suas palavras.

7. (ENEM, 2010)

Texto I

O chamado “fumante passivo” é aquele indivíduo que não fuma, mas acaba respirando a fumaça dos cigarros

fumados ao seu redor. Até hoje, discutem-se muito os efeitos do fumo passivo, mas uma coisa é certa: quem

não fuma não é obrigado a respirar a fumaça dos outros. O fumo passivo é um problema de saúde pública

em todos os países do mundo. Na Europa, estima-se que 79% das pessoas estão expostas à fumaça “de

segunda mão”, enquanto, nos Estados Unidos, 88% dos não fumantes acabam fumando passivamente. A

Sociedade do Câncer da Nova Zelândia informa que o fumo passivo é a terceira entre as principais causas de

morte no país, depois do fumo ativo e do uso de álcool. Disponível em: www.terra.com.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (fragmento).

Ao abordar a questão do tabagismo, os textos I e II procuram demonstrar que:

a) a quantidade de cigarros consumidos por pessoa, diariamente, excede o máximo de nicotina

recomendado para os indivíduos, inclusive para os não fumantes.

b) para garantir o prazer que o indivíduo tem ao fumar, será necessário aumentar as estatísticas de

fumo passivo.

c) a conscientização dos fumantes passivos é uma maneira de manter a privacidade de cada indivíduo e

garantir a saúde de todos.

d) os não fumantes precisam ser respeitados e poupados, pois estes também estão sujeitos às doenças

causadas pelo tabagismo.

e) o fumante passivo não é obrigado a inalar as mesmas toxinas que um fumante, portanto depende

dele evitar ou não a contaminação proveniente da exposição ao fumo.

8. (ENEM, 2011)

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O tema da velhice foi objeto de estudo de brilhantes filósofos ao longo dos tempos. Um dos melhores livros

sobre o assunto foi escrito pelo pensador e orador romano Cícero: A Arte do Envelhecimento. Cícero nota,

primeiramente, que todas as idades têm seus encantos e suas dificuldades. E depois aponta para um

paradoxo da humanidade. Todos sonhamos ter uma vida longa, o que significa viver muitos anos. Quando

realizamos a meta, em vez de celebrar o feito, nos atiramos a um estado de melancolia e amargura. Ler as

palavras de Cícero sobre envelhecimento pode ajudar a aceitar melhor a passagem do tempo. NOGUEIRA, P. Saúde & Bem-Estar Antienvelhecimento. Época. 28 abr. 2008.

O autor discute problemas relacionados ao envelhecimento, apresentando argumentos que levam a inferir

que seu objetivo é:

a) esclarecer que a velhice é inevitável.

b) contar fatos sobre a arte de envelhecer.

c) defender a ideia de que a velhice é desagradável.

d) influenciar o leitor para que lute contra o envelhecimento.

e) mostrar às pessoas que é possível aceitar, sem angústia, o envelhecimento.

9. (ENEM, 2011)

No Brasil, a condição cidadã, embora dependa da leitura e da escrita, não se basta pela enunciação do

direito, nem pelo domínio desses instrumentos, o que, sem dúvida, viabiliza melhor participação social. A

condição cidadã depende, seguramente, da ruptura com o ciclo da pobreza, que penaliza um largo

contingente populacional. Formação de leitores e construção da cidadania, memória e presença do PROLER. Rio de Janeiro: FBN, 2008.

Ao argumentar que a aquisição das habilidades de leitura e escrita não são suficientes para garantir o

exercício da cidadania, o autor:

a) critica os processos de aquisição da leitura e da escrita.

b) fala sobre o domínio da leitura e da escrita no Brasil.

c) incentiva a participação efetiva na vida da comunidade.

d) faz uma avaliação crítica a respeito da condição cidadã do brasileiro.

e) define instrumentos eficazes para elevar a condição social da população do Brasil.