Plantas Que Curam Enciclopedia

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PLANTAS QUE CURAM Enciclopédia das Plantas Medicinais

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PLANTASQUE CURAMEnciclopdia das Plantas Medicinais

AO LEITOR

JAps uma poca de bilhantes progressos cientficos, em que a teraputica cincia da cura, d e p o s i t o u t o d a s as suas esperanas exclusivamente em sofisticados laboratrios e em dispositivos de alta tecnologia, volta a r e s s u r g i r o interesse pelos remdios simples que a Natureza oferece: n o s as plantas, mas tambm a gua (hidroterapia), o sol (helioterapia) ou as terras m e d i c i n a i s (geoterapia), entre outros. A. ajuda de que o ser humano necessita para as suas muitas doenas c padecimentos, vem agora da terra, das simples ervas do c a m p o . Nesses humildes restolhos, nessa rvore bravia esquecida, nos "simples" como antig a m e n t e se c h a m a v a m as plantas medicinais, a que a Natureza esconde os seus melhores

I

gnoradas n u m a s pocas da histria, e at desprezadas noutras, as plantas medicinais tm esperado vrios milnios, calada e pacientemente, que ns, os seres humanos, dirijamos para elas a nossa ateno, a fim de conhec-las, estud-las, apliclas e porque no?am-las.

remdios para a s a d e dos humanos.

Quando sair para o c a m p o , caro leitor, no m e n o s p r e z e aquilo que parece simples, essas humildes plantas. Antes observeas com considerao c respeito, pois delas que procede a maior parte dos medicamentos. E se for crente e acreditar num Deus de amor que criou a vida, eleve o olhar para o cu em sinal de gratido, por Ele nos ter provido de tantos vegetais benficos, capazes de curar as doenas e de aliviar os nossos sofrimentos, tornando assim mais suportvel a nossa passagem por esta vida.

espcies de vegetais que povoam o planeta Terra q u e , com esta obra, no fazemos mais do q u e a s s o m a r t i m i d a m e n t e a o vasto oceano do conhecimento da botnica e da fitoterapia.

A Publicadora Atlntico facilita e n o r m e m e n t e esta tarefa do c o n h e c i m e n t o , a o utilizar n a presente obra, que faz parte da a m p l a E n c i c l o p d i a de Educ a o e S a d e , a tecnologia mais a v a n a d a no c a m p o da edio, j u n t a m e n t e com u m a realizao editorial de nvel internacional.

to amplo e variado o mundo das plantas, h tanto descoberto e tanto mais ainda p o r descobrir nas cerca de 400.000

Caro leitor, conhea as plantas, e am-las-. este o sincero desejo do autor,

Dr. Jorge D. Pamplona Roger.

Plan geralVolume 1Ao leitor Plano geral da obra ndice de doenas ndice de plantas Prlogo Apresentao Prefcio 5 6 8 12 16 17 18

Primeira parte: Generalidades1. O m u n d o vegetal Classificao dos vegetais Tipos de folhas Anatomia das folhas Tipos de razes Tipos de caules Tipos de inlloresccncias Anatomia de uma florEl mundo vegetal, cap

22

Colheitaeconservao,cap. 2

2. C o l h e i t a e c o n s e r v a o Guardies ou destruidores? 3. F o r m a s de p r e p a r a o e e m p r e g o A ai te de prepai ar tisanas Vantagens e inconvenientes dos extractos Tcnica de aplicao das lomenlaes O uso seguro das plantas medicinais 4. Princpios activos.. * r .

44

54

Formas de preparacin y ernpleo, cap. 3

j**} ^* * ^ ^ ^ ^ ^ '^^ ^ V\ &_/jj nlV 5

76

m

Precaues e toxicidade

Princpios activos, cap. 4

A lotossintese Procedimentos para a obteno das essncias A aromaterapia 5. Precaues e toxicidade das plantas. . . . 98 6. Da planta ao m e d i c a m e n t o Como obter os melhores resultados das plantas Uma pioneira da moderna iitoterapia As plantas medicinais na Amrica Como se descobriram as propriedades , i , das plantas 110

*

Da planta ao medicamento, ^

da obra Segunda parte: DescriSignificado dos cones 124 - 125 Explicao das pginas 126-127 7. Plantas para os olhos 8. Plantas para o sistema nervoso 9. Plantas excitantes 10. Plantas para a boca 11. Plantas para a garganta, nariz e ouvidos. . 12. Plantas para o corao 13. Plantas para as artrias 14. Plantas para as veias 15. Plantas para o sangue 16. Plantas para o aparelho respiratrio 17. Plantas para o aparelho digestivo 18. Plantas para o fgado e a vescula biliar .. 128 138 176 186 . 200 212 226 248 262 280 346 . 378

Plantas para os olhos, cap. 7

Plantas para a garganta, cap. 11

Volume 2Plantas para as veias, cap. 14

Testemunho Plano geral da obra ndice de doenas ndice de plantas

400 402 404 410 416 476 538 548 602 614 644 654 680 736 774Plantas para o aparelho respiratrio, cap. 16

lPlantas para o aparelho genital masculino, cap. 23

19. Plantas para o estmago 20. Plantas para o intestino 21. Plantas para o nus e o recto 22. Plantas para o aparelho urinrio 23. Plantas para o aparelho genital masculino. 24. Plantas para o aparelho genital feminino .. 25. Plantas para o metabolismo 26. Plantas para o aparelho locomotor 27. Plantas para a pele 28. Plantas para as infeces 29. Plantas para outras doenas Glossrio Unidades de medida Procedncia das ilustraes Bibliografia ndices alfabticos ndice geral alfabtico 778 782 783 784 786 794

*

;Plantas para a pele, cap. 27

7

ndice de doenasAbcesso dentrio, ver Fleimo dentrio Abcessos Acidez do estmago cido rico, excesso de, ver Gota Acne Acar no sangue, excesso, ver Diabetes Afeces do corao Afonia Afrodisacas, plantas Aftas Alcalinizantes, plantas Alcoolismo Alergias Alimentar, infeco txica, ver Salmonelose Alopecia, ver Cavcie Alternativas ao caf Alternativas ao ch Amcbasc Amigdalite e faringite Analgsicas, plantas, ver Dor e nevralgia Anemia Angina de peito Anginas, ver Amigaclalite e faringite Angor pectoris, ver Angina de peito Anorexia, ver Apetite, falta de Ansiedade Ansiolticas, plantas, ver Nervosismo e ansiedade . . . . Antidiarreicas, plantas Antiescorblicas, plantas Anliespasmdicas, plantas Anliespasmdicas uterinas, plantas Anti-inflamalrias urinrias, plantas Antilactagogas, plantas Anti-reumlicas, plantas Antitssicas, plantas 188 689 418 647 687 648 213 203 602 187 645 776 777 740 688 177 177 740 201 142 263 214 201 214 347 141 141 480 645 147 621 549 615 655 288 Antocianinas, plantas com nus, eczema nus. fissura Apetite, excesso de, ver Bulimia Apetite, falta de Ardor de garganta, ver Garganta, irritao Ardor dos olhos (legenda de foto) Areias na urina, ver Litase urinria Arritmia Arrotos, ver Gases no estmago Arteriosclerose Articulao, entorce, ver Entorse Artrite rica Artritismo, ver Atrite rica Artrose Ascite, ver Barriga de gua Asma Astenia Atonia intestinal Balsmicas, plantas Barriga de gua Beleza da pele Bquicas, plantas, ver Garganta, irritao Bexiga, infeco, ver Cistite Blefarite Boca, aftas, ver Aftas Boca, inflamao, ver Eslomatite, plantas Boca, mau hlito Boca, mau sabor Bolhas nos ps, ver Ps, transtornos Broncodilatadoras, plantas Bronquite Brucelose Bulimia Cabea, dor de Caf, alternativas ao Clculos biliares, ver Vescula biliar, transtornos Clculos urinrios, ver Litase urinria Calos, ver Calosidades Calosidades Calvcie Cancro Cansao ocular (legenda de foto) Cardiopatias, ver Afeces do corao Cardiotnieas, plantas Caspa Cefalcia. ver Dor de cabea Celulite Cervicite 128 539 539 648 347 201 130 550 214 421 228 657 659 659 659 380 283 140 485 289 380 686 201 554 129 187 189 187 187 660 288 282 740 648 143 177 380 550 683 683 688 777 130 213 212 688 143 686 620

Em letra negrita figuram os nomes das doenas que aparecem como ttulos nas tabelas de doenas.

Ch, alternativas ao 177 Citica 658 Circulao sangunea insuficiente, ver Falta de irrigao sangunea 228 Cirrose, ver Hepatite 379 Cistite 554 Climaclrio, ver Menopausa 619 Colelitase, ver Vescula biliar, transtornos 380 Clera 740 Colerticas e colagogas, plantas 382 Colesterol, plantas contra o 229 Clica biliar 381 Clica heptica, ver Clica biliar 381 Clica intestinal 483 Clica renal 551 Colite 482 Colo do tero, infeco, ver Cervicite 620 Clon irritvel 483 Comicho, ver Prurido cutneo 684 Condilomas e papilomas 683 Conjuntivite e blefarite 129 Contuso 656 Convalescena 739 Corao, alterao do ritmo, ver Arritmia 214 Corao, doenas, ver Afeces do corao 213 Corao, infarto 214 Corao, insuficincia, ver Cardiotnicas, plantas . . . . 212 Crnea, inflamao, ver Qucratite 130 Coroniias, doenas arteriais, ver Angina de peito . . . . 214 Crianas, plantas sedativas 146 Cura depurativa 647

D efesas diminudas 738 Dentes, dor 188 Dentes, erupo 187 Dentes, fleimo 188 Depresso imunitria, ver Diminuio das defesas .. . 738 Depresso nervosa 140 Depurativa, cura 647 Desmaio 228 Desnutrio 646 Desporto 660 Diabetes 648 Diarreia, ver Gastrenteritc 481 Difteria 740 Digesto, transtornos, ver Dispepsia 419 Digestivas, plantas 348 Diminuio das defesas 738 Disbacteriosc intestinal 479 Disenteria 482 Dismenorreia 617 Dispepsia 419 Diurticas, plantas 556 Doena de Parkinson, ver Doenas orgnicas do sistema nervoso 144 Doenas do corao 213 Doenas febris 738 Doenas orgnicas do sistema nervoso . 144 Doenas psicossomticas 142 Dor de cabea 143 Dor de costas, ver Lumbago 658 Dor de dentes 188 Dor de estmago 420 Dor do ouvido (legenda de foto) 204 Dor dos rins, ver Lumbago 658 Dor e nevralgia 142 Dor reumtica 657 Jb>czema Eczema anal Edemas Ejaculao precoce Emenagogas, plantas Emticas, plantas Enfisema pulmonar Entorse Enurese Enxaqueca Epilepsia Epistaxe, ver Nariz, hemon-agia Equimose, ver Hematoma Eritema pernio, ver Frieiras Erupo dentria 685 539 552 604 621 417 284 657 555 143 144 203 263 229 187

Em letra negrita figuram os nomes das doenas que aparecemcomo ttulos nas tabelas de doenas.

Hipertenso arterial Hipertenso portal, ver Barriga de gua Hipcrtiroidismo Hipertrofia da prstata, ver Prstata, afeces Hipcmricemia, ver Gota Hipocloridria, ver Falta de sucos gstricos Hipolipemiantes, plantas, ver Colesterol, plantas contra o Hipotenso arterial Hipotiroidismo Hipotonia gstrica, ver Estmago descado Impotncia sexual Imunitria, depresso, ver Diminuio das defesas .. . Inapetncia, ver Apetite, falta de . . .: Inchao antes das regras, ver Regras, reteno de lquidos Incontinncia urinria Infarto do miocrdio Infeco da mama, ver Mastite Infeco txica alimentar, ver Salmonelose Infeco urinria Insecto, picada, ver Insnia Insuficincia cardaca, ver Cardiotnicas, plantas . . . . Insuficincia circulatria cerebral, ver Falta de irrigao sangunea Insuficincia heptica, ver Fgado, mau funcionamento Insuficincia pancretica, ver Pncreas, insuficincia . Insuficincia renal, ver Nefrite e nefrose Intelectual, rendimento insuficiente Intestino, alteraes cia Hora, ver Disbacteriose intestinal Intestino, atonia Intestino, clica Intestino, espasmo, ver Clica intestinal Intestino, fermentaes Intestino, gases Intestino, lombrigas, ver Parasitas intestinais Intestino, parasitas Intestino, vermes, ver Parasitas intestinais Intoxicao Intoxicao alimentar, ver Salmonelose Irrigao sangunea, falta de Irritao da garganta Irritao da pele Lbios, gretas Lactao, infeco das mamas, ver Mastite Laringite

227 380 648 603 647 418 229 227 648 420 604 738 347 618 555 214 616 740 554 776 142 212 228 379 381 553 143 479 485 483 483 479 478 486 486 486 775 740 228 201 684 187 616 202

Laxantes, plantas Lcucorreia Lipotimia, ver Desmaio Lquidos, reteno, ver Edemas Litase urinria Lombrigas, ver Parasitas intestinais Lumbago M digesto, ver Dispepsia Magreza , Malria, ver Paludismo Malta, febre de, ver Brucelose Mama, infeco, ver Mastite Mamilo, gretas Mastite Mau hlito Mau sabor de boca Memria, perda de Menopausa Menstruao, dor, ver Dismenorreia

484 620 228 552 550 486 658 419 646 743 740 616 616 616 347 187 144 619 617

Menstruao excessiva, ver Regras excessivas Menstruao irregular, ver Regras irregulares Micose da pele Mordedura de rpteis Mucollicas, plantas Na rcticas, plantas Nariz, hemorragia Nariz, inflamao, ver Rinite Nefrite e nefrose Nefrose Nervos no estmago Nervosismo e ansiedade Neurastenia, ver Nervosismo e ansiedade Nevralgia

618 618 689 776 289 146 203 203 553 55^ 421 141 141 142

ndice de doenas (continuao)

Esclerose em placas, ver Doenas orgnicas do sistema nervoso Escorbuto, plantas contra o Esfbladelas dos ps, ver Ps, transtornos Esgotamento e astenia Espasmo intestinal, ver Clica intestinal Esterilidade feminina Esterilidade masculina Estmago, acidez Estmago descadoEstmago, dor

144 645 660 140 483 616 603 418 420420

Estmago, falia de sucos 418 Estmago, gases 421 Estmago, hemorragia 421 Estmago, nei*vos 421 Estmago, lcera 423 Estomatite, plantas 189 Estrias da pele 688 Estudantes, ver Rendimento intelectual insuficiente .. 143 Excesso de apetite, ver Bulimia 648 Excitao sexual excessiva 604 Expectorao, sangue na, ver Hemoptise 284 Expectorantes, plantas 286 F a l t a de apetite Falta de irrigao sangunea Falta de sucos gstricos Faringite Febre, ver Doenas febiis Febre de Malta, ver Brucelose Febre tifide Febris, doenas Feridas e lceras Fermentaes intestinais Fgado, intoxicao Fgado, mau funcionamento Fissura anal Flebite Fleimo dentrio Flora intestinal, alteraes. ver Disbactcriose intestinal Fluidificanles do sangue, plantas Fluxo vaginal, ver Leucorreia Frieiras Frio, frieiras Fungos da pele, ver Micose da pele Furnculos e abcessos Cjralactagogas, plantas Garganta, ardor, ver Garganta, irritao Garganta, infeco, ver Amigdalite e faringite 347 228 418 201 738 740 741 738 682 479 380 379 539 249 188 479 263 620 229 229 689 689 615 201 201

Garganta, irritao Gargarejos, plantas para Gases intestinais Gases no estmago Gastrentcrite Gastrite Gastrite crnica Gengivas, transtornos, ver Piorreia, gengivite e parodontose Gengivite Gesao, ver GravidezGota

201 204 478 421 481 422 423 188 188 616647

Gravidez Gretas da pele Gretas do lbio Gretas do mamilo Gripe

616 683 187 616 742

Jtllito ftido, ver Mau hlito 347 Halitose, ver Mau hlito 347 Hematoma 263 Hematria 552 Hemicrania, ver Enxaqueca 143 Hemoptise 284 Hemorragia 264 Hemorragia gstrica 421 Hemorragia nasal, ver Nariz, hemorragia 203 Hemorridas 540 Hemostticas, plantas 262 Hepatite 379 Herpes 690 Hidropisia 552 Hiperexcitao sexual, ver Excitao sexual excessiva . 604 Hipermenorreia, ver Regras excessivas 618

10

ndice de doenas (continuao)

Obesidade Ocitcicas, plantas Olhos, ardor (legenda de foto) Olhos, irritao (legenda de foto) Ossos, debilidade, ver Osteoporose Osteoporose Ouvido, dor (legenda de foto) Ovrio, insuficincia

646 621 130 130 659 659 204 619

Plpebras! inflamao, ver Conjuntivile e blefarite . . 130 Palpitaes 213 Paludismo 743 Pancadas, ver Contuso 656 Pncreas, insuficincia 381Papilomas 683

Parasitas intestinais 486 Parkinson, ver Doenas orgnicas do sistema nervoso 144 Parodontose 188 Pediculose 777 Pedras na urina, ver Lilase urinria 550 Pedras na vescula, ver Vescula biliar, transtornos . .. 380 Peito, infeco, ver Mastite 616 Peitorais, plantas 285 Pele, beleza 686 Pele, comicho, ver Prurido cutneo 684 Pele, estrias 688 Pele, fungos, ver Micose da pele 689 Pele, gretas 683

Pele, irritaoPele. micose Pele seca Perda de memria Perda de viso, ver Viso, diminuio Ps, transtornos Picada de insecto Pielonefrite Piolhos, picada, ver Pediculose Piorreia, gengivite e parodontose Pirose, ver Acidez d estmago Plantas afrodisacas Plantas alcalinizantes Plantas antidiarreicas Plantas antiespasmdicas Plantas antiespasnidicas uterinas Plantas anti-inflamatrias urinrias Plantas antilactagogas Plantas anti-reumticas Plantas antitssicas Plantas balsmicas Plantas broncodilatadoras Plantas cardiotnicas Plantas colerticas e colagogas

684689 687 144 130 660 776 553 777 188 418 602 645 480 147 621 549 615 655 288 289 288 212 382

Plantas com aco protectora capilar Plantas com antocianinas Plantas contra o colesterol Plantas contra o escorbuto Plantas digestivas Plantas diurticas Plantas emenagogas Plantas emticas Plantas expectorantes Plantas fluidificantes do sangue Plantas galactagogas Plantas hemostticas Plantas laxantes Plantas mucolticas Plantas narcticas Plantas ocitcicas Plantas para a estomatite Plantas para gargarejos Plantas peitorais Plantas purgativas Plantas remineralizantes Plantas revulsivas Plantas sedativas Plantas sedativas para crianas Plantas sudorficas Plantas vasoconstritoras Plantas vasodilatadoras Pneumonia Priso de ventre Proctite Prstata, afeces Prostatite, ver Prstata, afeces Protectoras capilares, plantas Prurido cutneo Psicossomticas, doenas Psorase Ptose gstrica, ver Estmago descado Pulmonia, ver Pneumonia Purgativas, plantas (Jueimaduras Queratite IVaquitismo Recto, inflamao, ver Proctite Regras excessivas Regras irregulares Regras, dor, ver Dismcnorreia Regras, reteno de lquidos Remineralizantes, plantas Renal, litase, ver Litase urinria Rendimento intelectual insuficiente

248 128 229 645 348 556 621 417 286 263 615 262 484 289 146 621 189 204 285 477 645 658 145 146 737 229 229 283 485 539 603 603 248 684 142 686 420 283 477 775 130 660 539 618 618 617 618 645 550 143

Em letra negrita figuram os nomes das doenas que aparecem como ttulos nas tabelas de doenas.

Rpteis, mordedura, ver Mordedura de rpteis Reteno de lquidos, ver Edemas Reteno de lquidos antes das regras, ver Regras, reteno de lquidos Reumtica, dor Reumatismo, plantas contra o Revulsivas, plantas Rim, clica, ver Clica renal Rim, infeco, ver Pielonefritc Rim, Insuficincia, ver Nefrite e nefrose Rinite Rins. dor de. ver Lumbago Ritmo cardaco, alterao, ver Arritmia Rouquido, ver Afonia

776 552 618 657 655 658 551 553 553 203 658 214 203

oahnonelose Sangue na expectorao, ver Hemoptise Sangue na urina, ver Hematria Sarna Secura da pele Sedativas, plantas Sedativas para as crianas, plantas Seio, infeco, ver Maslile Serpentes, mordedura, ver Mordedura de rpteis Sexual, excitao excessiva, ver Excitao sexual excessiva Sida Sfiles Sinusite Sistema nervoso, doenas orgnicas Sono, falta de, ver Insnia Sopoiiferas, plantas, ver Insnia Stress Substitutos do caf Substitutos do ch Sucos gstricos, falta de Sudao excessiva Sudao excessiva dos ps, ver Ps, transtornos Sudorficas, plantas

740 284 552 690 687 145 146 616 776 604 742 740 202 144 142 142 141 177 177 418 687 660 737

Tonificantes, plantas, ver Esgotamento e astenia Torcedura, ver Entorse Tosse Tosse convulsa Trombose Tuberculose cera do estmago lcera varicosa lceras da pele Unhas frgeis Uretrite rica, artrite, ver Artrite rica rico, cido, excesso de, ver Gota Urina, clculos, ver Litase urinria Urina, infeco, ver infeco urinria Urina, sangue na, ver Hematria Urinria, incontinncia Urinria, infeco Urinria, litase Urinrios, clculos, ver Litase urinria Vaginite, ver Leucorreia Varizes Vasoconstritoras, plantas Vasodilatadoras, plantas Veias, inflamao, ver Flebite Vermes intestinais, ver Parasitas intestinais Verrugas Vescula biliar, transtornos Viso, diminuio Vitamina C, plantas contra a sua carncia, ver Plantas contra o escorbuto Vmitos

140 657 285 74\ 264 743 423 250 682 688 555 659 647 550 554 552 555 554 550 550 620 249 229 229 249 486 683 380 130 645 420

1 abagismo Taquicardia Tenso alta, ver Hipertenso arterial Tenso baixa, ver Hipotenso arterial Tenso nervosa, ver Stress Terol Tifide, febre Tinha Tiride, hiperfuno. ver Hipertiroidismo Tiride, hipofuno, ver Hipotiroidismo

776 213 227 227 141 130 741 690 648 648

ndice de plantasAbacateiro (Persea americana), 719 Abelmosco (Hibiscus abelmoschus), 362 Abeto-branco (Abies alba), 290 Abeto-do-canad, cm Abeto-branco, 291 Abbora (Cucurbita pepo), 605 Abrtano, em Absinto, 429 Abrtano-fmea (Santolina cha ma ecypa rissi is), 470 Abrunheiro-bravo (Prunus spinosa), 372 Absinto (Ariemisia absinthium), 428 Accia-bastarda (Robitiia pseudoacacia), 469 Aafro (Crocus sativus), 448 Aafro-bastardo = Clquico, 666 Aafro-da-ndia = Crcuma, 450 Aafroa (Carthamus tinctorins), 751

Acnito (Aconitum napeUus), 148Acoro-cheiroso = Clamo-aromtico, 424 Aucena (Lilium candidum), 716 Adnis-da-itlia (Adnis venudis), 215 Agave = Piteira, 558 Agrio (Nasturtium officinalis), 270 Agrimnia (Agiimonia eupatoria), 205 Agripalma (teouorus cardaca), 224 Aipo (Apium graveolens), 562 lamo-negro = Choupo-negro, 760 Alcachofra (Cynara scolymus), 387 Alcaus (Glycyrrhiza glabra), 308 Alcaravia (Camm can>i), 355 Alecrim (Rosmarinns officinalis), 674 Aleluia, em Azedas, 275 Alface-brava-maior (Lactuca virosa), 160 Alfalfa = Luzerna, 269 Alfarrobeira (Ceratonia siliqua), 497 Alfarrobeira-das-antilhas, em Alfarrobeira, 497 Alfairobcira-negra, em Alfarrobeira, 497 Alfazema (Lavandula anguslifolia), 161 Alfazema-brava, em Alfazema, 162 Alforva (Trigonella foennm-graecitm), ATA Alga-perlada (Cliondrns crispus), 301 Alga-vcsiculosa = Bodelha, 650

Algodoeiro (Gossypium herbaceum), 710 Alho (Allium sativum), 230 Alho-de-urso, em Alho, 233 Aliaria (Alliaria officinalis), 560 Aljfar (Lithospermum officbiale), 579 Almeiro = Chicria, 440 Alos (Alo vera), 694 Alquemila = P-de-leo, 622 Alquequenje (Physalis alkekengi), 585 Alteia (Althaea officinalis), 190 Amieiro (Alnus glutinosa), 487 Amieiro-negro (Rliamnus frangida), 526 Amieiro-rubro, em Amieiro, 488 Amor-de-hortelo, em Erva-coalheira, 361 Amor-perfeito-bravo (Viola tricolor), 735 Anans (Anans sativus), 425 Anmona-heptica (Anemone heptica), 383 Ancto = Endro, 349 Anglica (Anglica archangelica), 426 Anis-estrelado (Illicium verum), 455 Anis-verde (Pimpinela anisum), 465 Anona (Anno)ia mnricata), 489 Ansarinha - Argentina, 371 Antenria (Antennaria dioica), 297 Aquileia = Mileflio, 691 Arando (Vaccinium myrtillus), 260 Arando-vermelho, em Arando, 261 Arenria (Spergularia rubra), 596

Argentina (Potentilla anserina), 371 Aristolquia (Aristolochia clematitis), 699 Arnica (Arnica montaria), 662 Arruda (Rua graveolens), 637 Artemsia (Artemsia vulgaris), 624 Artemsia-mexicana, em Sanlnico, 431 rvore-da-goma-arbica, em Accia-bastarda, 469 rvore-das-gotas-de-neve, em Freixo, 669 Asaro (Asarum europaeum), 432 Asclpia (Asclepias tuberosa), 298 Asprula-odorfera (Aspenda odorata), 351 Assa-ftida (Ferida assafoetida), 359 Aveia (Avena saliva), 150 Aveleira (Coiylus avellana), 253 Avenca (Adiantum capillus-veneris), 292 Azedas (Rumex acetosa), 275 Azevinho (Ilex aquifolium), 672 Azinheira, em Carvalho, 210 B a d i a n a = Anis-estrelado, 455 Balsamita, em Tanaceto, 537 Bardana (Arctium lappa), 697 Barosma (Barosma betulina), 567 Barrele-de-padre = Evnimo, 707 Baslico = Manjerico-grande, 368 Baunilha (Vanilla planifolia), 376

Em letra negrita figuram os nomes das plantas principais, que servem de ttulo nas pginas de descrio. Baunilha-dos-jardins, em Tomassol, 713 Bccabunga, em Vernica, 475 Bela-sombra, em Fitolaca, 722 Beladona (Atropa belladonna), 352 Beldroega (Portulaca oleracea), 518 Brberis (Berberis vulgatis), 384 Betnica (Stachys officinalis), 730 Belnica-dos-pnlanos, em Estaque, 641 Btula (Beiula alba), 568 Bico-de-cegonha (Erodium cicutariutn), 631 Bico-dc-ccgonha-moscada, em Bico-de-cegonha, 631 Bico-de-grou = Erva-de-so-roberto, 137 Bisnaga (Aimni visnaga), 561 Bistorta (Pofygonum bistortum), 198 Bodclha (Facas vesicalasas), 650 Bola-de-neve = Noveleiro, 642 Boldo (Peumus boklus). 390 Bolsa-de-pastor (Capsdla bursa-pastoris), 628 Bonina (Bellis perenais), 744 Bons-dias (Calysiegia sepium), 491 Borragem (Borago officinalis), 746 Bonagem-bastarda = Buglossa, 696 Borragem-brava, em Borragem, 747 Brinia (Bryonia ioica), 490 Brinia-branca, em Brinia, 490 Buglossa (Anchasa azurea), 696 Buglossa-oficinal, em Buglossa, 696 Buxo (Buxus sempervirens), 748 Cacaueiro (Theobroma cacao), 597 Cacto-grandifloro (Cerens grandi floras), 216 Cafeeiro (Cofjea arbica), 178 Cainito (Chrysophyllutn caimito), 302 Calaguala (Palypodiam calaguala), 724 Clamo-aromtico (Acorns calamus), 424 Calndula Maravilha, 626 Calumba (Cacadas pahnatus), 446 Camomila (Matricara chamomitta), 364 Camomila-romana = Macela, 350 Cana (Arando dottax), 566 Cana-amarga, em Cana, 566 Cana-de-acar (Saccharun officinarum), 332 Canafstula (Cssia fistula), 494

Canela-da-china, em Caneleira, 443 Caneleira (Cinnamomum zeylanicum), 442 Canforeira (Cinnamomum camphora), 217 C n h a m o (Camiabis saliva), 152 Capilria = Avenca, 292 Capsela = Bolsa-de-pastor, 628 Capucha, em Fisale, 721 Cardo-corredor (Eryngium campestre), 573 Cardo-de-santa-maria (Silybum marianum), 395 Cardo-leilciro = Cardo de-santa-maria, 395 Cardo-martimo, em Cardo-corredor, 574 Cardo-morto = Tasneirinha, 640 Cardo-penteador (Dipsacus salivas), 572 Cardo-santo (Cnicas benedictas), 444 Cardo-santo-mexicano, em Cardo-santo, 445 Carlina (Cadina acatais), 749 Carlina-ornamental, em Carlina, 750 Carrio, em Grama-francesa, 559 Crtamo = Aafroa, 751 Carvalhinha (Teacriam chaniaediys), 473 Carvalho (Quercus robur), 208 Caivalho-branco, em Carvalho, 210 Cscara-sagrada (Rhamnus purshiana), 528 Castanheiro (Castanea sava), 495

Castanheiro-da-ndia (Aescalas hippocastanum), 251 Cavalinha (Equisetum arvense), 704 Ceanoto = Ch-de-nova-jersey. 191 Cebola (Allium cepa), 294 Cebola-albair, em Cebola, 296 Celidnia (Chelidoniion majas), 701 Cenoura (Daucus carola), 133 Centurea-spera, em Fel-da-terra, 437 Cerejeira (Prunus aviam), 586 Cerejeira-da-virgnia (Primas serotina), 330 Cersefi-bastardo (Tmgopogon pratensis), 243 Ch (Tliea sinensis), 185 Ch-apalache, em Azevinho, 673 Ch-de-java = Ortossifo, 653 Ch-de-nova-jersey (Ceanothus americanas), 191 Chagas (Tropaeolam majas), 772 Chicria (Cichorium iulybas), 440 Choupo-branco, em Choupo-negro, 761 C h o u p o - n e g r o (Papaias nigra), 760 Choupo-tremedor, ^ em Choupo-negro, 761 Cicuta (Conium muculalam), 155 Cicuta-menor, em Cicuta, 155 Cidra, em Limoeiro, 267 Cinco-em-rama (Potentilla reptans), 520 Cinco-em-rama americana, em Cinco-em-rama, 520

ndice de plantas (continuao)

Cinoglossa (Cynoglossum officinale), 703 Cipreste (Cupressus sempeivirens), 255 Coca (Erytiiroxylon coca), 180 Coclera (Cochlearia officinalis), 356 Coentro (Coriandrum sativum), 447 Clquico (Colchicum autumnale), 666 Coltea (Colulea arborescens), 498 Cominho (Cuminum cyminum), 449 Condurango (Gonolobus condurango), 454 Consolda-maior (Symphytum officinalis), 732

Consolda-menor,em Consolda-maior, 733 Convalria = Lrio-dos-vales, 218 Copaba (Copaifera officinalis), 571 Coriandro = Coentro, 447 Coronilha-de-frade, em Globulria, 503 Corriola, em Bons-dias, 491 Couve (Brassica oleracea), 433 Cravinho (Eugenia catyophyllata), 192 Crcuma (Curcuma longa), 450 Cuscuta (Cuscuta epithymum), 386 D a m i a n a (Tunwra diffusa), 613 Dedaleira (Digitalis purprea), 221 Dedaleira-amarela, em Dedaleira, 222 Dedaleira-de-flores-grandes, em Dedaleira, 222 Dedaleira-lanosa, em Dedaleira, 222 Dente-de-leo (Taraxacum officinale), 397 Dictamno (Dictamnus albus), 358 Dictamno-real, em Dictamno, 358 Digilal = Dedaleira, 221 Doce-amarga (Solanum dulcamara), 728 Dormideira (Papaver somnijerum), 164 Dormideira-brava, em Dormideira, 166 Douradinha (Ceterach officinarum), 299 Drias (Dryas ociopetala), 451 E b u l o (Sambucus ebulus), 590 fedra (Ephedra distachya), 303

nula (Irada helenium), 313 Epilbio (Epilobium angusiifolium), 501 Epilbio-peludo, em Epilbio, 501 Equincea (Echinacea angustifolia), 755 Equiseto-dos-campos = Cavalinha, 704 Erigero (Erigeron canadensis), 268 Erva-benta = Sanamunda, 194 Erva-cidreira (Melissa officinalis), 163 Erva-coalheira (Galium verum), 361 Erva-da-trindade = Amor-perfeito-bravo, 735 Erva-das-azeitonas, em Segurelha, 375 Erva-de -so-ro bert o (Ceranium robertianum), 137 Erva-doce = Anis-verde, 465 Erva-dos-burros = Onagra, 237 Erva-dos-cachos-da-ndia = Fitolaca, 722 Erva-dos-calos = Favria, 726 Erva-dos-gatos = Valeriana, 172 Erva-dos-muros = Parietria. 582 Erva-dos-vasculhos = Gilbarbeira, 259 Erva-dos-vermes = Tanaceto, 537 Erva-formigueira (Chenopodium ambrosioides), 439 Erva-lusa = Lcia-lima, 459 Erva-moura (Solanum nigrum), 729 Escabiosa-mordida (Succisa pratensis), 731 Escarola, em Chicria, 441

Escrofulria (Scroplutlaria nodosa), 543 Espargo (Asparagus officinalis), 649 Espinheiro-alvar = Pilrileiro, 219 Espinheiro-cerval (Rhamnus cathartica), 525 Espirulina (Spirulina mxima), 276 Estaque (Stacltys silvatica), 641 Estrago (Artemsia dracunculus), 430 Estramnio (Datura stramonium), 157 Eucalipto (Eucalyptus globulus), 304 Eufrsia (Euphrasia officinalis), 136 Eupatria = Agrimnia, 205 Evnimo (Evonymus europaeus), 707 r a i a (Fagus silvatica), 502 Favria (Sedum telephium), 726 Fedegoso (Cssia occidentalis), 630 Feijoeiro (Phaseolus vulgaris), 584 Fel-da-terra (Centaurium umbellatum), 436 Feno-grego = Alforva, 474 Feto-macho (Dryopleris filix-mas), 500 Fidalguinhos (Centurea cyanus), 131 Figueira (Ficus carica), 708 Figueira-da-ndia (Opunlia ficus-indica), 718 Fisale (Physalis viscosa), 721 Fitolaca (Phytolacca americana), 722 Flor-da-noite, em Cacto-grandifloro, 216 Flor-da-paixo = Passiflora, 167 Flor-do-paraso = Chagas, 772

Eleuterococo, em Ginseng, 609 Endvia, em Chicria, 441Endro (Anehum graveolens), 349 Engos = bulo, 590

Ver mais sinnimos de nomes de plantas nos ndices alfabticos que figuram no fim do segundo volume.

Folhado, em Noveleiro, 643 Framboeseiro (Rubus idaeus), 765 Frngula = Amieiro-negro, 526 Freixo (Fraxinus exeelsior), 669 Fumaria (Fumaria officinalis), 389 Funcho (Foeniculutn vulgare), 360 Galega (Galega officinalis), 632 Galcopse (Galeopsis dbia), 306 Gatunha (Ononis spinosa), 581 Genciana (Gentiana lutea), 452 Gengibre (Zingiber officinale), 377 Gengibre-silvcslrc, em saro, 432 Gerbo = Verbena, 174 Gergelim (Sesamutn indicum), 611 Giesta (Sarothamnus scoparius), 225 Gilbarbeira (Ruscus aculeatus), 259 Ginjeira, em Cerejeira, 587 Ginkgo (Ginkgo biloba), 234 Ginseng (Panax ginseng), 608 Ginseng-americano, em Ginseng, 609 Ginscng-chins, em Ginseng, 609 Girassol (Helianthus annutis), 236 Globulria (Globidaria vulgaris), 503 Goiabeira (Psidium guajaba), 522 Golfo (Nymphaea alba), 607 Gracola (Graliola officinalis), 223 Grama, em Grama-francesa, 559 Grama-francesa (Agropyrum repetis), 559 Granza (Rubia tinctorum), 589 Grindlia (Grindelia robusta), 310 Grindlia-spera, em Grindlia, 310 Groselheira (Ribes rubrion), 468

Groselheira-espim (Ribes uva-aispa), 588 Groselheira-negra, em Groselheira, 468 Guaiaco (Guaiacum officinale), 311 tiamamlia (Hamamelis virginiana), 257 Harpagfito (Harpagophytum procumbens), 670 Hera (Hedera helix), 712 Hera-terrestre (Glechoma hederacea), 307 Hibisco (Hibiscus sabdariffa), 363 Hidraste (Hydrastis canadensis), 207 Hiperico (Hypericwn peiforatum), 714 Hiperico-do-gers, em Hiperico, 714 Hipofa (Hippophae rhamnoides), 758 Hissopo (Hyssopus officinalis), 312 Hortel-pimenta (Mentha piperita), 366 I n u l a - c a m p a n a = nula, 313 Ipecacuanha (Cephaelis ipecacitana), 438 Jaborandi (Pilocarpus pennalifolius), 759 Jalapa (Convohndus jalapa), 499 Jalapa-falsa, em Jalapa, 499 Jasnia (Jasonia glutinosa), 456

.Labaa (Rumex patientia), 532 Laminaria (Laminaria saecharina), 652 Laranjeira (Citrus aurantium), 153 Lavanda = Alfazema, 161 Levstico (Levislicum officinale), 578 Lils (Syringa vulgaris), 472 Lima, em Limoeiro, 267 Limoeiro (Citrus limon), 265 Lngua-cervina (Phyllitis scolopendrium), 321 Lngua-de-co = Cinoglossa, 703 Lngua-de-vaca = Buglossa, 696 Linho (Linum itsitatissimum), 508 Linho-bravo, em Linho, 509 Linho-das-pradarias, em Linho, 509 Linho-purgante, em Linho, 509 Lquen-da-islndia (Cetraria islandica), 300 Lrio (ris germnica), 315 Lrio-de-maio = Lrio-dos-vales, 218

Lrio-dos-vales(Convallaria majalis), 218 Lrio-florentino, em Lrio, 315 Lrio-plido, em Lrio, 315 Litospermo-americano, em Aljfar, 579 Loblia, em Tabaco, 183 Loendro (Nerium oleander), 717 Lios = Fidalguinhos, 131 Lombrigueira = Erva-formigueira, 439 Loureiro (Lanrus nobilis), 457 Louro-cerejo, em Loureiro, 458 Lcia-lima (Lippia triphylla), 459 Lpulo (Humulus lupulus), 158 Luzerna (Medicago sativa), 269 JVlacela (Anthemis nobilis), 350 Macieira (Pirus malus), 513 Malmequer-dos-brejos (Caltha palustris), 665 Malva (Malva silvestris), 511 Malvasco = Alteia, 190 Mamoeiro = Papaieira, 435 Mandioca (Manhio esculena), 460 Manduba = Mandioca, 460 Manjerico-grande (Ocitnwn basilicum), 368 Manjerona (Origanum majoraria), 369 Maracuj = Passiflora, 167 Maracuj-roxo, em Passiflora, 168

ndice de plantas (continuao)Maravilha (Calendula officinalis), 626 Margaa-das-bolicas = Camomila, 364 Margarida = Bonina, 744 Maro, cm Carvalhinha, 473 Marroio (Mairubiitm vidgare), 316 Mate (Ilex paraguayensis), 182 Mtico, em Pimenteira, 370 Medronheiro (Arbutus unedo), 563 Mcimendro-ncgro (llyoscyamus niger), 159 Meliloto (Melilottts officinalis), 258 Melissa = Erva-cidreira, 163 Melissa-bastarda (Melittis melissophyllum), 580 Menta-de-cavalo, em Monarda, 634 Milcflio (AchiUea millefolium), 691 Millurada = Hiperico, 714 Pimpinela-menor (Sangnisorba nnnor), 533 Pimpinela-oficinal (Sangnisorba officinalis), 534 Pinheiro (Pinus pinaser), 323 Pinheiro-alvar = Abeto-branco, 290 Piripiri = Pimento, 354 Pistcia (Pistacia lenliscns), 197 Piteira (Agave americana), 558

Podofilo (Podophyllum peltatum), 517 Poejo (Mentha pulegium), 461Poejo-americano, em Poejo, 462 Polgala-da-virgnia (Polygala senega), 327 Poligonato-da-amrica, em Selo-de-salomo, 723 Polipdio (Polypodium vidgare), 392 Primavera (Prinuda veris), 328 Prmula = Primavera. 328 Pulmonria

Milho (Zea mays), 599Milola, em Hibisco, 363 Mirtilo = Arando, 260 Miito = Murta. 317 M o n a r d a (Moinada didyma), 634 Morangueiro (Tragaria vesca), 575 Morugem (Slellaria media), 334 Moslarcla-branca, em Moslarda-negra. 664 Mostarda-dos-campos, em Moslarda-negra, 664 Mostarda-negra (Brassica nigra), 663 Murta (Myrtus communis), 317 Murta-lolhuda, em Murta, 317 Musgo-amargo = Lqucn-da-islndia, 300 Musgo-da-irlanda = Alga-perlada, 301 Nveda-dos-gatos (Nepeia calaria), 367 Nogueira (Jrtglans regia), 505 Nogueira-preta, em Nogueira, 506 Nopal = Figueira-da-ndia, 718 Nora-branca = Brinia, 490 Nora-preta (Tatnus communis), 679 Noveleiro (Vibitnntni opidus), 642 Oliveira (Olea enropaea), 239 Onagra (Oenoiiera biennis), 237 O r g o (Origaiuini xndgare), 464 Oi elha-de-lebre = Pilosela, 504 Ortossifo (Ortosiphon stamineus), 653 Jr acineia-dos-jardins = Labaa, 532 Palheira = Bisnaga, 561

(Pulmonaria officinalis), 331Pulsatila (Anemone pnlsaiilla), 623 (Quaresmas (Saxfraga granulara), 591 Qussia (Qussia amara), 467 Qussia-da-jamaica, em Qussia, 467 Quenopdio-bom-henrique (Chenopodium bonns-Henricns, 702 Quina (Cinchona officinalis), 752 Quina-amarela, em Quina, 753 Quina-vermelha, em Quina, 753 Papaieira (Carica papava), 435 Papoila (Papaver rhoeas), 318 Papoila-branca = Dormideira, 164 Parietria (Parietaria officinalis), 582 Passiflora (Passiflora incarnaia), 167 Pau-rosa-das-canrias, em Bons-dias, 491 P-de-gato = Antenria, 297 P-de-leo (Alchemilla vulgaris), 622 Pegamassa = Bardana, 697 Pereiro = Macieira, 513 Pervinca (Vinca minor), 244 Petasite (Peiasiies hybridus), 320 Pilosela (Hieracium pilosella), 504 Pilriteiro (Craiaegns monogyna), 219 Pimenta-d'gua (Polygonttin bydropiper), 21A Pimenta-malagueta = Pimento, 354 Pimento (Capsicnm frmescens), 354 Pimenteira (Piper nigrum), 370 Pimpinela-magna, em Saxfraga, 322 Jvabanete e Rbano (Raplianus salivas), 393 Rbo-rstico, em Rabanete e Rbano, 394 Rabrbaro, em Ruibarbo. 530 Rainha-dos-prados = Ulmeira, 667 Ratnia (Krameria iriandra), 196 Rauvlia (Rauwolfia serpentina), 242 Regaliz = Alcaus, 308 Rcino (Ricinns communis), 531 Rincho (Sisymbrium officinale), 211 Robnia = Accia-bastarda, 469 Romzeira (Pnica granaium), 523 Rorela (Drosera roltuidifolia), 754 Rosa-canina (Rosa canina), 762 Rosa-de-damasco, em Roseira, 635 Rosa-do-japo, em Abelmosco, 362 Rosa-plida, em Roseira, 635 Roseira (Rosa gallica), 635 Rosmaninho, em Alfazema, 162 Ruibarbo (Rlieum officinale), 529

Ruibarbo-das-hortas, em Ruibarbo, 530 Ruibarbo-palmado, em Ruibarbo, 530 Sabal = Serenoa, 610 Saboeira Saponria, 333 Sabugueiro (Sambucus nigra), 767 Saio-curto (Sentpeivivum tectorum), 727 Salepeira-maior = Satirio-maeho, 512 Salgueirinha (Lythrum saltearia), 510 Salgueiro-branco (Slix alba), 676 Salgueiro-da-babilnia, em Salgueiro-branco. 677 Salgueiro-de-casca-roxa, em Salgueiro-branco, 677 Salgueiro-frgil, em Salgueiro-branco, 677 Salicria = Salgueirinha, 510 Salsa (Petroselinum sativum), 583 Salsaparrilha-bastarda (Smila.x aspem), 592 Salsaparrilba-da-jamaica, em Salsaparrilha-bastarda, 593 Salsapanilha-das-honduras, em Salsaparrilha-bastarda, 593 Salsaparrilha-de-lisboa, em Salsaparrilha-bastarda, 593 Salsaparrilha-filipina, em Salsaparrilha-bastarda, 593 Salsaparrilha-mexicana, em Salsaparrilha-bastarda, 593 Salva (Solvia officinalis), 638 Salva-dos-prados, em Salva, 638 Salva-esclareia (Solvia sclarea), 766 Sanamunda (Geum urbanum), 194 Sanguissorba-oficinal = Pimpinela-oficinal, 534 Sancula (Sanicula europaea), 725 Sancula americana, em Sancula, 725 Santnfco (Artemi&ia matitima), 431 Saponria (Saponria officinalis), 333 Saramago, em Rabanete e Rbano, 393 Sassafrs (Sassafrs officinalis), 678 Satirio-macho (Orchis mscula), 512 Saxfraga (Pimpinella saxifraga), 322 Segurelha (Satureja montana), 374

Segurelha-dos-jardins, em Segurelha, 375 Selenicreo, em Cacto-grandifloro, 216 Selo-de-salomo (Pofygonaium odoratum), 723 Sempre-noiva (Polygotium aviculare), 272 Sene-americano, cm Scne-da-ndia, 493 Sene-da-ndia (Cssia angtislifolia), 492 Senc-dc-alexandria, em Sene-da-ndia, 493 Sene-de-espanha, em Sene-da-ndia, 493 Sencio-viscoso, em Tasneirinha, 640 Serenoa (Serenoa repens), 610 Serpo (Thyniits serpyllwn), 338 Ssamo = Gergelim, 611 Siderita (Siderilis angnstifolia), 471 Silva (Rubus fmtlcosus), 541 Sincciro = Salgueiro-branco, 676 Sobreiro, em Carvalho, 210 Sorveira, em Tramazeira, 535 T a b a c o (Nicotianu labacum), 183 Tamarindeiro (Tamarindus indica), 536 Tanaceto (Tanacetutn vulgare), 537 Tanchagem (Plantago major), 325 Taraxaco = Dcnte-de-leo, 397 Tasna, em Tasneirinha, 640 Tasneirinha (Senecio vulgaris), 640 Teixo (Taxus baccata), 336 Tepezcohuite, em Calaguala, 724 Tlia (Tlia europaea), 169 Tomilho (Tliynuis vulgaris), 769 Toranja, em Limoeiro, 267 Tormentila (Poientilla erecta), 519 Tornassol (Helioiropimn europaeuni), 713 Tramazeira (Sorbus aacuparia), 535

Trevo-branco, em Trevo-dos-prados, 340 Trevo-cervino (Eupaloriunt caimabinum), 388 Trevo-d'gua (Menyanrhes irifotiata), 463 Trevo-dos-prados (Trifolittni praiense), 340 Trculos-brancos = Verbasco, 343 Tussilagem (Tussilago farfara), 341 U l m e i r a (Filipendida ubnaria). 667 Ulmeiro (Ulmus campestris), 734 Ulmeiro-americano, em Ulmeiro, 734 Unho-de-cavalo = Tussilagem, 341 Urtiga-branca (Laniiitm lbum), 633 Urtiga-maior (lrtica dioica), 278 Urucu (Bixa orellana), 700 Urze (Calluna vulgaris), 570 Uva-de-co = Nora-preta, 679 Uva-ursina (Arctostaphylos uva-ursi), 564 Valeriana (Valerana officinalis), 172 Vara-de-ouro (Solidago virga-aurea), 594 Verbasco (Verbascum tbapsus), 343 Verbena (Verbena officinalis), 174 Verbena-azul, em Verbena, 174 Vermiculria, em Favria, 726 Vernica (Vernica officinalis), 475 Verrucria = Tornassol, 713 Viburno (Viburnum lantana), 199 Viburno, em Noveleiro, 643 Viburno-americano, em Noveleiro, 643 Vicria, em Pervinca, 245 Videira (Vilis vinifera), 544 Vidoeiro = Bctula, 568 Vinagreira = Azedas, 275 Vinca a Pervinca, 244 Violeta (Viola odorara), 344 Visco-americano, em Visco-bvanco, 247 Visco-branco (Viscum lbum), 246 Vulnerria (Anihxllis vulneraria), 661 Zaragatoa (Plantago psylluim), 515 Zaragatoa-arenria, em Zaragatoa, 515 Zimbro (Juuiperus commuuis), 577

PRLOGO

A

obra que, em boa hora, a Publicadora Atlntico, em colaborao com a Editorial Safeliz, de Madrid, acaba de editar, marca uma viragem na forma como o pblico em geral e a comunidade mdica em particular podem, de aqui em diante, encarar o

uso das plantas como importante agente curativo e preventivo. sabido que muitos dos medicamentos usados pela Medicina oficial tm a sua origem nas plantas ou so inspirados nelas. No entanto a forma emprica, muitas vezes sem base cientfica e tocando mesmo as raias do charlatanismo, com que estas, muitas vezes, so usadas tem causado uma marcada oposio entre as tradicionais crenas populares e o rigor cientfico da Medicina. Por isso esta notvel obra vem, oportunamente, reafirmai- o valor da cura pelas plantas, ancestralmente conhecido, mas agora assente em bases cientficas e expurgado de toda a especulao e crendice popular. Quem a escreve tem autoridade para o fazer. 0 Dr. J. Pamplona Roger, eminente mdico espanhol, especialista em ciiurgia geral e do aparelho digestivo, que exerceu durante

quinze anos, aprendeu na sua prtica clnica, a nvel particular e hospitalar, as propriedades cicatrizantes de certas plantas, quando aplicadas localmente nas feridas de difcil cicatrizao. Animado com os bons resultados obtidos, continuou a investigar o valor curativo das plantas, tendo dividido o seu tempo, durante dez anos, entre o trabalho como cirurgio e a investigao fitoterpica. Durante esse perodo visitou os principais laboratrios cientficos dedicados ao estudo medicinal das plantas na Espanha, Alemanha e Estados Unidos da Amrica. Neste ltimo pas fez estudos na Seco de Produtos laboratoriais do Instituto Nacional do Cancro, em Washington D.C., onde se est desenvolvendo um vasto programa de investigao sobre as propriedades anticancergenas de algumas plantas medicinais. Como resultado das suas investigaes, o Dr. Pamplona

Rogci" tem utilizado, com xito, as plantas medicinais no s no tratamento das feridas como tambm na cura de outras doenas de diversas reas da patologia humana. por isso que, com toda a convico, vos recomendo esta indispensvel obra de consulta para todos, em que o autor soube explanar, com seriedade e proficincia, os seus conhecimentos e a sua experincia clnica com as plantas medicinais. Ela ser, de ora em diante, um elemento de referncia para todos os profissionais de sade e um apoio imprescindvel para a sade e bem-estar dos lares que a possurem.

Dr. Samuel Ribeiro Mdico pediatra Director da revista Sade e Lar

A

s mentes mais abertas da medicina oficial interrogamse a respeito dos motivos por q u e os doentes recorrem, cada vez com maior frequncia, aos profissionais que, mesmo no sendo mdicos, praticam diferentes formas de medicina natural, como a fitoterapia; ou que, pelo menos, se servem de alguns do seus mtodos. Assim, o professor Lon Schwartzenberg, distinto oncologista, que foi ministro da Sade em Frana, assinalava recentemente: Apesar de todos os progressos actuais, a nossa medicina tecnolgica tem muito a aprender destas medicinas mais "tranquilizadoras". Isto no forosamente voltar para trs. O progresso nunca deve ser sectrio. Entre essas mentes abertas s novas tendncias da teraputica, ocupa lugar de destaque o doutor Jorge D. Pamplona Roger. Especialista em cirurgia geral e digestiva, tem vindo a interessar-se cada vez mais, no exerccio da sua disciplina, pela medicina preventiva e pela educao para a sade, aps haver observado que boa parte das patologias que apareciam na sua consulta, ou no servio de

urgncias, tinham u m a relao directa com hbitos malsos de vida. Segue pois o doutor Pampiona Roger u m a corrente iniciada fundam e n t a l m e n t e pela OMS (Organizao Mundial de Sade) nos ltimos anos da dcada de 1970-80, ao promover uma maior ateno s formas teraputicas da medicina tradicional, criando inclusivamente um servio especializado na Secretaria da OMS, na sede de Genebra. Em 1991, a 44.;' Assembleia Mundial da Sade adoptou a resoluo 44.34, na qual insta com os estados membros da Organizao para que promovam o emprego de remdios tradicionais incuos, eficazes e cientificamente vlidos. O autor do presente livro dedicase em pleno, desde h alguns anos, a investigar e promover um modo de vida so, baseado no uso racional e cientfico dos remdios que a natureza oferece. Que um mdico, com a bagagem cientfica do doutor Pamplona, tenha dado esta volta coperniciana sua carreira, um claro indcio de que alguma coisa importante est a acontecer na cincia e arte de curar. Merece pois este livro a mais atenta considerao tanto dos doentes como dos sos (situao transitria, como muito bem sabemos, j que um so muitas vezes um doente que ignora s-lo), pois para todos eles acabar por ser enormemente proveitoso.

Dr. Jos A. Valluena Presidente do Centro Internacional de Educao paia a Sade (Genebra) Colaborador externo da OMS (Organizao Mundial de Sade).

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em-se produzido nas ltimas dcadas um desenvolvimento to espectacular da indstria farmacutica, assim como da produo de medicamentos sintticos, que se torna razovel perguntar se um livro sobre plantas medicinais pode ter ainda algum valor prtico. Acaso no existem j medicamentos especficos para cada doena?

visveis e importantes. Harold Burn, catedrtico de farmacologia da Universidade de Oxford, afirma: Toda a substncia elaborada num laboratrio, e portanto e s t r a n h a aos organismos vivos, tem de ser aceita com a mxima precauo por mdicos e doentes, e no deve considerar-se inofensiva sem provas vlidas.

Os medicamentos de sntese qumica proporcionados pela moderna indstria farmacutica tm provado a sua eficcia em caso de processos agudos e de afeces graves, devido em parte ao carcter imediato dos seus efeitos. Ora bem, nenhum produto qumico isento de efeitos secundrios mais ou menos impre-

E m b o r a seja certo que os controlos a que tem de ser submetid o q u a l q u e r m e d i c a m e n t o so agora m a i s rigorosos do q u e nunca antes foram, e que os frm a c o s a c t u a i s so, em geral, b a s t a n t e seguros, os efeitos secundrios continuam a aparecer. O n m e r o de doentes alrgicos aos antibiticos e a outros medicamentos aumenta continuam e n t e ; os f e n m e n o s de intolerncia digestiva aos medicamentos, especialmente aos antiinflamatrios, so motivo de num e r o s a s c o n s u l t a s mdicas; cada vez h mais pessoas "presas" a d e t e r m i n a d o s sedativos, t r a n q u i l i z a n t e s e o u t r o s psicofrmacos. Calcula-se q u e u m a em cada dez consultas mdicas tem a ver com efeitos indesejveis de algum medicamento.

Estes fenmenos, cada vez mais frequentes, tm s u s c i t a d o -

um renovado interesse pelos med i c a m e n t o s n a t u r a i s de origem vegetal, tanto por parte dos mdicos como dos doentes. A antiga fitoterapia, renovada pela cincia moderna, conserva, hoje como ontem, o seu poder curativo, sobretudo nas afeces crnicas, n a s d o e n a s degenerativas, nos estados de c a n s a o injustificados, assim como nas numerosas doenas metablicas de que sofremos como consequncia do inadequado estilo de vida predominante na actualidade.

A partir das substncias activas de uma planta, e dos resultados p r o p o r c i o n a d o s pela investigao Farmacutica e clnica, deduzem-se as suas propriedades e aplicaes medicinais.

Na primeira parte desta obra apresentam-se todos os aspectos tcnicos e prticos da fitoterapia: fundamentos de botnica, colheita, formas de emprego das plantas, princpios activos e propriedades, sem esquecer as possveis contra-indicaes e efeitos txicos de algumas plantas medicinais.

As plantas tm sido utilizadas como r e m d i o p a r a as doenas dos seres h u m a n o s e tambm dos a n i m a i s desde t e m p o s m u i t o antigos. Todas as civilizaes se tm valido delas para aliviar o sofrimento e, em muitos casos, at p a r a c u r a r a doe n a . O Criador ter possivelmente dado aos seres h u m a n o s os vegetais, com todo o seu poder curativo, p a r a lhes t o r n a r mais suportvel o fardo da vida.

Conhecemos hoje qual exact a m e n t e a c o m p o s i o de muitssimas plantas medicinais, de modo a pod-las aplicar de forma racional quando melhor convenha. Isto precisamente o que o autor procura fazer neste livro:

Na segunda parte enumeramse as plantas medicinais mais teis para cada uma das doenas e p a d e c i m e n t o s mais c o m u n s . Descrevem-se mais de 500 plantas, o r d e n a d a s segundo as suas aplicaes medicinais. Ao analisar as substncias activas vegetais e o m o d o c o m o a c t u a m , o autor no se limita a reproduzir os c o n h e c i m e n t o s tradicionais de tipo emprico, mas esfora-se p o r oferecer, n u m a linguagem acessvel a todos, os ltimos res u l t a d o s da m o d e r n a investigao fitoterpica.

O leitor tem, pois, nas suas m o s , mais do que um simples

guia de plantas medicinais. A peculiaridade e o valor deste livro residem, precisamente, no modo racional, e ao mesmo tempo sumamente prtico para o grande pblico, como o autor apresenta os tratamentos base de plantas medicinais. Obras c o m o esta contribuem para superar a falta de credibilidade que o uso d a s plantas havia suscitado em certos meios cientficos e t a m b m entre os mdicos. medida que as plantas medicinais se forem conhecendo melhor, sero cada vez mais utilizadas e apreciadas por mdicos e doentes. Os laboratrios farmacuticos esto a dirigir os seus esforos de investigao para o m u n d o vegetal, que ainda conserva grandes segredos por revelar, de tal forma que cada vez h mais medicamentos base de plantas medicinais.

As plantas medicinais n o se deveriam usar unicamente para p r o c u r a r nelas u m a aco curativa como se faz com um frmaco depois de j se ter manifestado a doena. Precisamente, uma das suas grandes virtudes a capacidade que tm de regular os processos vitais e de prevenir a d o e n a . O uso a d e q u a d o das p l a n t a s medicinais, d e n t r o d e um conjunto de hbitos de vida s, pode evitar que as debilidades do nosso organismo, e a sua predisposio para sofrer de certas e n f e r m i d a d e s , evoluam at se converter em doenas declaradas.

O m u n d o das plantas medicinais tem m u i t a s coisas a oferecer para o nosso prprio bem-estar. Este livro ajud-lo- a conhecer melhor as plantas e a uslas a d e q u a d a m e n t e p a r a o cuidado da sua sade.

Como produto que so da natureza, as plantas medicinais exercem o seu poder curativo e tambm preventivo q u a n d o se usam em c o m b i n a o com outros elementos naturais que favorecem a sade, como o sol, a gua, o ar puro, uma alimentao s, e o equilbrio mental. Esta tem sido a minha p r p r i a experincia d u r a n t e os longos anos de exerccio profissional como mdico.

E n t r m o s j na era da "medicina verde".

Dr. Ernst Schneider Doutor em Medicina pela Universidade de Diisseldorf (Alemanha). Autor da Enciclopdia Cientfica de Medicina Natural "Naturama".

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ndice dos captulos1. 0 mundo vegetal 2. Colheita e conservao 3. Formas de preparao e emprego 4. Princpios activos 5. Precaues e toxicidade das plantas 6. Da planta ao medicamento . 22 44 54 76 98 110

PLANTASQUE CURAMEnciclopdia das P l a n t a s Medicinais* PRIMEIRA PARTE O

rENERALIDADEO

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Os prados e as colinas so as melhores farmcias.PARACELSO Mdico e naturalista do sculo XVI

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O MUNDO VEGETAL

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UE SURPRESA! Este pedacinho de cortia formado por milhares de minsculos alvolos, unidos uns aos outros. Parece um favo fabricado pelas abelhas...!-, exclama Robert Hooke, clebre fsico ingls do sculo XVII, surpreendido por aquilo que contempla atravs do microscpio.

sa uniforme e contnua, como acontece com uma pedra ou um mineral, mas pela unio de muitas pequenas unidades independentes. -Vou chamar clulas -disse Hooke- a estes pequenos alvolos que formam a cortia. Porque, em latim, cellula significa pequena cavidade.

O seu esprito cientfico f-lo assombrar-se diante do que a outros passaria despercebido. Hooke acaba de descobrir que a matria viva no formada por uma mas-

A clula: unidade de vidaEstudando os vegetais com o microscpio, os cientistas notaram que no era s a casca do sobreiro que era constituda por clulas. Todos os seres vivos, quer sejam vegetais quer animais, so formados por uma ou por muitas clulas agrupadas. Cada clula uma unidade de vida. a poro mais pequena de um ser vivo que tem vida prpria; ou seja, que nasce, se alimenta, cresce, se reproduz e morre. O tamanho das clulas oscila geralmente entre 5 e 50 merones (milsimas de milmetro). Isto quer dizer que, num milmetro, caberiam de 20 a 200 clulas, segundo o seu tamanho. Algumas clulas so predestinadas a viver apenas durante alguns minutos, renovando-se continuamente, enquanto outras vivem tanto tempo como o ser vivo de que fazem parte. Constituio celular

A clula vegetal

Ncleo

Vacolo

Membrana de celulose

Cloroplastos

Cada clula formada por: O ncleo, que contm a informao gentica que recebeu da sua antecessora, em que se encontram impressas todas as suas caractersticas sob a forma de cromossomas e genes, as quais, por sua vez, transmitir s suas descendentes.

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A SADE P E L A S P L A N T A S M E D l C l N A i S1 * Parte: G e n e r a l i d a d e s

I

O citoplasma, de consistncia viscosa semelhante clara de ovo, o n d e se produzem todos os processos bioqumicos. A membrana riloplsmica, q u e r o d e i a completamente a clula e filtra selectivamente as substncias q u e elevem p e n e trar no seu interior. Caractersticas d a c l u l a v e g e t a l As clulas q u e c o n s t i t u e m os vegetais apresentam duas caractersticas fundamentais, que as clulas animais n o possuem: /. A membrana de celulose Trata-se de uma espessa m e m b r a n a celular, situada por fora da m e m b r a n a citoplsmica e formada por celulose. c o m o um estojo poroso (pie a isola e protege, e que persiste quando a clula m o r r e , lianslormando-se no seu sarcfago. As clulas animais no tm esta espessa m e m b r a n a celulsica, pelo que, q u a n d o m o r r e m , se decompem completamente, no deixando rasto. A membrana das clulas adultas p o d e conter outras substncias alm da celulose: a lenhina, nas clulas da madeira: a suberina, nas da casca do sobreiro ou cortia; a pectina ou a cutina, na cutcula q u e cobre os ramos jovens e as folhas. Portanto, o que Hooke viu realmente ao microscpio-a cortia- no (oram as clulas da casca do sobreiro, mas os seus estojos ou membranas celulares, q u e persistem depois da morte das clulas. Igualmente, a madeira constituda pelas espessas membranas de celulose e lenhiua (pie cobriam as clulas do tronco da rvore, q u e j morreram. 2. Osplastas

Observando ao microscpio a cortia, proveniente da casca do sobreiro, Robert Hooke descobriu, no sculo XVII, que a matria viva formada por pequenas unidades chamadas clulas.

As clulas vegetais diferenciam-se das animais por se encontrarem rodeadas de uma espessa membrana de celulose que as envolve, e por conterem cloroplastos cheios de clorofila. Assim, a celulose (tambm chamada fibra vegetal) e a clorofila so as substncias mais representativas do reino vegetal.

Esta outra peculiaridade das clulas vegetais. Os plastas so uns c o r p s c u l o s si-

23

Cap. 1: O M N O VEGETAL UD

esquerda: As colossais sequias dos bosques da Califrnia contam-se entre as rvores mais aftas do planeta.

direita: A ilha de Tenerife, nas Canrias, alberga vrios exemplares de dragoeiros como este, rvores rnilenrias que chegam a ter 5000 anos de idade.

tuados no citoplasma, que contm diversas substncias corantes. Os mais comuns so os cloroplastas, de cor verde devida ao seu contedo em clorofila. K nos cloroplastas que tem lugar a fotossntese, extraordinria reaco qumica pela qual as substncias minerais inorgnicas do solo e do ar se transformam em amido e em outras substncias orgnicas, graas energia da luz solar. As clulas so uns prodigiosos laboratrios qumicos. Em cada uma delas, apesar do seu diminuto tamanho, se produzem milhares de reaces qumicas que diio como resultado a sntese de glcidos (hidratos de carbono), lpidos (gorduras) e prtidos (protenas), que, ou se vo acumulando no seu interior, ou passam para o exterior. Os alcalides, essncias e outros princpios activos, tambm produzidos nas clulas vegetais, so armazenados numas cavidades situadas no citoplasma, chamadas vacolos. Quando estes vacolos se rompem pela presso exercida sobre alguma das partes da planta, libertam-sc os princpios activos contidos no seu interior.

Diversidade do reino vegetalEstes tijolos so para cobrir a parede exterior, aqueles paia as divises interiores, e

os outros para o pavimento da cozinha...O arquitecto d as ordens necessrias para que cada um, das centenas, ou talvez milhares de diferentes elementos que constituem a casa, seja colocado no seu devido lugar. Quando o edifcio estiver terminado, todos reconhecero o trabalho de quem projectou a obra e dirigiu a sua execuo. No entanto, poucos tm conscincia da maravilha que o (acto de os milhares de milhes de "tijolos", isto , de clulas que Formam uma planta ou outro ser vivo, se acharem to bem colocados no seu lugar, e

funcionando adequadamente. Que arquitecto ou engenheiro fez. o desenho? Quemo realizou? Porque se agrupam sempre as clulas epidrmicas para cobrir as folhas e os caules? Porque se unem entre si as clulas alongadas e ocas para formar os vasos pelos quais corre a seiva?

A SADE PELAS P L A N T A S M E D I C I N A I S 1 " Parte: G e n e r a l i d a d e s

Os vegetais so os seres vivos f o r m a d o s por clulas vegetais. Alguns consistem numa nica clula (unicelulares), c o m o as bactrias e certos tipos cie algas ou cie fungos. Outros so formados por n u m e r o s a s clulas (pluricelulares), c o m o as algas e fungos comuns, e todos os vegetais superiores ou plantas. O mundo vegetal oferece u m a surpreendente diversidade de "construes," pois so praticamente infinitas as possibilidades de combinar os diferentes tipos e o n m e ro cie elementos ou clulas. Variedade d e t a m a n h o O tamanho dos vegetais p o d e oscilar desde algumas milsimas de milmetro, c o m o os micrbios, at mais de 80 melros, c o m o as colossais sequias da Califrnia, ou mesmo lf)0 melros, c o m o os eucaliptos gigantes da Austrlia, c o n s i d e r a d o s as rvores mais altas do m u n d o . Mas li a i n d a um vegetal que os ultrapassa em t a m a n h o : o sargao gigante, uma alga marinha q u e p o d e atingir 300 metros de c o m p r i m e n t o . Variedade d e v o l u m e Quanto ao volume, a m a i o r rvore do mundo, e tambm uma das mais longevas (calcula-se q u e l e n h a e n t r e -1000 a 5000 anos), possivelmente o cipreste de Moctezuma, que existe no cemitrio de Santa Maria de Tule, no estado mexicano de Oaxaca. Debaixo da sua imensa copa de 132 metros d e d i m e t r o , nica n o m u n d o , acampou o conquistador espanhol 1 lernn Corts com todas as suas tropas, no a n o de 1519. Variedade de habitat Umas plantas vivem na g u a , c o m o os agries ou os nenfares, outras em regies secas ou desrticas, c o m o a piteira ou o alos; umas em terrenos Frios, c o m o a framboesa ou o a r a n d o , o u t r a s em lugares quentes, c o m o a figueira ou a alfazema;

O famoso cipreste de Moctezuma". t a m b m conhecido como "rvore de Tule", encontra-se no belo estado mexicano de Oaxaca. Segundo a informao que dada ao visitante, mede 41,8 metros de altura e o seu gigantesco tronco atinge 14 metros de dimetro. Calcula-se que tenha um volume de 816,8 metros cbicos, e um peso de 636,1 toneladas, o que o torna a rvore mais volumosa do m u n d o (embora no seja a mais alta) e, possivelmente, a criatura viva de maior peso e volume que existe sobre o planeta Terra |as baleias maiores no ultrapassam as 150 toneladas de peso}. Botanicamente, trata-se de um ahuehuete ou sabino (Taxodium m u c r o n a t u m ) , da famlia das Taxodiceas.

2b

c o n h e c e n e n h u m a o u t r a rvore q u e tenha ultrapassado esta idade.

Variedade de estrutura: de uma a milhes de clulas Os vegetais mais simples, ou protfitos, so formados por uma nica clula de dim e n s o microscpica. por e x e m p l o o caso da alga espirulina, q u e se evidencia pelas suas extraordinrias propriedades medicinais. Q u a n d o a ingerimos, engolimos milhes de indivduos, todos eles

formados por clulas idnticas. Como lgico, nestes seres vivos no faz sentido identificar q u a l q u e r parte diferenciada. Os talfitos so vegetais cujo c o r p o ou lalo formado geralmente por uma massa de mltiplas clulas p o u c o diferenciadas, ou seja, m u i t o semelhantes e n t r e si.

Toda a terra um imenso jardim ou, peio menos, esse foi o desejo do Criador. Mas alm de servirem de adorno, as flores e as plantas, muitas das quais possuem propriedades medicinais, contribuem grandemente para o bem-estar e para a sade.

umas em regies polares como os musgos ou lquenes, outras em regies tropicais.c o m o o guaiaco ou o abacateiro.

No possuem verdadeiros tecidos ergos; n o tm razes n e m caules, nem folhas nem lores. K o t aso das algas, dos fungos e dos lquenes. Usam-se os talos da alga-perlada. da laminaria, do lquen-da-islndia. do sargacD '

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2. Escaldo das plantas com gua a ferver.

3. Tomar a infuso depois de a ter deixado repousar e arrefecer em recipiente tapado, para evitar que as essncias e outros componentes se volatilizem com o vapor.

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C a p . 3: FORMAS DE PREPARAO E EMPREGO

Sai iquinhos para infusesExistem no comrcio numerosos preparados de plantas j prontos para ser usados em infuses. As partes da planta so fornecidas dentro de um saquinho que serve de filtro, j trituradas e convenientemente dosificadas. O modo de emprego muito simples: 1. Colocar o saquinho numa chvena ou copo. 2. Deitar a gua a ferver. 3. Deixar repousar durante uns 5 minutos, tapando o recipiente com um pires ou outro tipo de tampa. \

Tcnica de preparao As infuses preparam-se seguindo os passos abaixo indicados: I. Colocao: Colocar as parles a usar (folhas, flores, etc.) num recipiente de porcelana, barro cozido, vidro ou matria semelhante, que resista bem aco sbita do calor. As parles das plantas a utilizar podem estar soltas dentro do recipiente, ou ento juntas num coador para infuses, que se coloca dentro do recipiente. 2. Escaldo: Verter a gua acabada de ferver sobre as plantas, na proporo adequada. 3. Extraco: Tapar o recipiente e esperar durante um certo tempo para dar lugar a que se produza a extraco e dissoluo dos princpios activos. Normalmente, bastam 5 ou 10 minutos. Quanto mais espessas ou duras forem as partes das plainas utilizadas, tanto mais tempo ser necessrio para a sua extraco. 4. Filtrao: Coaras plantas, passando o lquido por um coador. Caso se lenham colocado previamente as plantas num coador para infuses, dentro do recipiente, basta levant-lo e deixar escorrer o lquido. Conservao das infuses Km geral, as infuses podem conservar-se durante cerca de doze horas. Preparam-se logo de manh e vo-se tomando ao longo do dia. Se o ambiente ov muito quente, O mais aconselhvel guard-las no frigorfico. Podem ser aquecidas novamente, mas sem chegar a ferver. No se deveriam tomar infuses que lenham sido preparadas com mais de 21 horas de antecedncia. Decoco A decoco utiliza-se paia preparar tisanas base de partes duras das plantas (ial

As tisanas usam-se sobretudo paia tomar pela boca (via oral). Todavia lambem se podem utilizar em compressas, colrios, loes, etc, como mais adiante se indica na seco "Formas de emprego" (pg. 64). As tisanas so o resultado da aco da gua sobre os produtos vegetais. Conforme se aplique essa gua, so trs os procedimentos pelos quais se pode obter uma tisana: infuso, decoco e macerao. Nos trs casos, deve-se comear por: 1. Pesar ou medir a quantidade adequada de produto vegetal a utilizar. 2. Esmiuar e triturar bem as partes da planta a utilizar. Tal como se indica no captulo anterior "Colheita e conservao" (ver pg. 51), as plantas devem-se guardar to inteiras quanto possvel, e esmiuar no momento em que vo ser utilizadas. Desta forma, conservam melhor as suas propriedades. Infuso A infuso o procedimento ideal para obter tisanas das partes delicadas das plantas: folhas, flores, sumidades e caules tenros. Com a infuso cxirai-se uma grande quantidade de substncias activas, com muito pouca alterao da sua estrutura qumica e, portanto, conservando-se o mximo das propriedades.

A SADE PELAS PLANTAS MEDICINAIS 1* P a r t e : G e n e r a d a d e s

V..

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icerao em azeite

Enche-se um frasco com as partes da planta a macerar, e cobrese com um leo, de preferncia o azeite. Deixa-se repousar durante vrios dias ou semanas, conforme a planta. Com esta tcnica obtm-se leos de hiperico, alfazema, maravilha, urucu, aucena, arnica e loureiro, entre outras plantas. Os leos assim obtidos usam-se sobretudo em aplicao local sobre a pele. Desta forma se aproveitam as propriedades emolientes (suavizantes) do leo sobre a pele, alm da aco especifica da planta utilizada. Na pgina 627 ilustra-se a preparao do leo de calndula ou maravilha.

zes, rizomas, casca, s e m e n t e s ) , q u e precisam de sor mantidas em ebulio para libertar os seus p r i n c p i o s activos. A d e cocao apresenta o inconveniente de q u e alguns dos p r i n c p i o s activos p o d e m degradar-sc pela aco p r o l o n g a d a do calor. Tcnica da decocao Uma d e c o c a o deve preparar-se do seguinte m o d o : 1. Colocao: Colocar o p r o d u t o n u m recipiente a d e q u a d o , com a p r o p o r o de gua requerida. 2. Coco: Ferver d u r a n t e 3 a 15 minutos, em lume b r a n d o . 3. Deixar repousar d u r a n t e alguns minutos. 1. Filtrar com um coador.

MaceraoA m a c e r a o consiste na extraco dos princpios activos de u m a planta ou p a r t e dela, t e m p e r a t u r a a m b i e n t e , utilizando a gua c o m o dissolvente ( t a m b m se p o d e fazer c o m lcool ou azeite). Trata-se simplesmente de "pr de m o l h o " , to b e m trituradas q u a n t o possvel, as partes das plantas a utilizar. A m a c e r a o o m t o d o prefervel para os seguintes casos: Plantas cujos princpios activos se destruam com o calor. Plantas muito ricas em taninos. Q u a n d o se t o m a m p o r via oral, um excesso de taninos d infuso um gosto a m a r g o ou spero. A macerao tem a vantagem de extrair a maior parte dos princpios activos, d e i x a n d o os taninos na planta. Tcnica da maceraoA infuso, a decocao e a macerao tm em comum utilizar-se a gua como agente extractor. Por isso se agrupam estes trs mtodos sob o nome genrico de tisanas. Os processos fisico-quimicos pelos quais a gua extrai os princpios activos das plantas so diferentes em cada caso, mas o resultado final muito semelhante. II

Conservao das decocesDado terem sido fervidas, as d e c o c e s conservam-se d u r a n t e mais t e m p o do q u e as infuses, especialmente se forem guardadas no frigorfico. Podem ulili/ar-se durante vrios dias, se bem q u e no convenha deixar passai mais de u m a semana.

Para fazer u m a m a c e r a o , procede-se d o seguinte m o d o : 1. Colocar as parles a utilizar, com a prop o r o de gua r e q u e r i d a ( t e m p e r a tura a m b i e n t e ) , n u m recipiente o p a c o (que no deixe passar a luz).

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C a p . 3: FORMAS DE P R E P A R A O E EMPREGO

Dosagem das tisanasVolume Uma colher de caf = 5 ml Uma colher de sobremesa = 10 ml Uma colher de sopa = 15 ml Uma pitada (o que se apanha entre o indicador e o polegar) = 2 ml Um punhado = 20 ml Folhas ou flores secas* Razes ou rizomas secos*

lg 2g 4g0,5 g

3g 5g10 g 1.5 g

D o s e a m e n t o das tisanas Em geral, as plantas medicinais no exigem um doseamento to rigoroso como os medicamentos. Dada a ampla margem de tolerncia da maior parte delas (ver pg. 102), na generalidade no necessrio medir com exactido o peso de planta que se utiliza numa tisana nem o volume que se toma. Na anlise particular de cada planta, pormenorizam-se as respectivas doses. No entanto, em geral, podemos dizer que, para um adulto, so as seguintes: Infuses: de 20 a 80 g de planta seca por litro de gua, o que equivale aproximadamente a uma colher de sobremesa (2 g) por chvena de gua (150 ml). Decoces e maceraes: de 50 a 50 g por litro de gua. O habitual, para um adulto, tomar de 3 a 5 chvenas de tisana por dia (uma chvena = 150 ml).

5g

12 g 'Quantidades aproximadas

Uma medida de planta seca equivale a 3 ou 4 de planta fresca

2. Deixar repousar num lugar fresco, ao abrigo do sol. Remexer de vez em quando. 3. Se a macerao For de partes moles (folhas, flores, e t c ) , bastam 12 horas. Quando se trate de partes duras (razes, casca, sementes, e t c ) , tem de se esperar 24 horas. Tempos mais longos podem dar origem a fermentao ou ao aparecimento de bolor. 4. Filtrar com um coador. 5. O lquido resultante da macerao pode ser aquecido suavemente antes de se tomai". Conservao das maceraes As maceraes podem conservar-se durante bastante tempo (at um ms), especialmente quando o lquido extractor utilizado como dissolvente for o azeite ou o lcool em Lugar la gua.

Em todo o texto desta obra, caso no se indique o contrrio, as quantidades recomendadas referem-se sempre a plantas secas. Quando se utiliza a planta fresca, necessrio empregar uma quantidade 3 a 4 vezes maior para obter o mesmo efeito que com a planta seca. Doses infantis Para as crianas preparam-se tisanas mais diludas (com menos quantidade de planta); ou ento podem preparar-se com igual concentrao, em cujo caso se administra uma quantidade menor de tisana em cada toma. A dose infantil reduz-se proporcionalmente segundo a idade: Idade escolar ((> a 12 anos): a metade la dose que para um adulto. Idade pr-escolar (de 2 a 0 anos): um tero da dose dos adultos. Crianas at 2 anos: fie um quarto a um oitavo da dose de adulto.

A SADE PELAS PLANTAS MEDICINAIS1 " Parte: G e n e r a l i d a d e s

As tisanas preparadas com a mistura de vrias plantas podem dar um resultado positivo, mas preciso ter-se a certeza de que as diversas plantas usadas combinam adequadamente umas com as outras. Na segunda parte desta obra, apresentam-se tabelas de plantas para diversas afeces, que se combinam favoraveJmente.

As crianas devem admn istrar-.se unicamente plantas isentas de qualquer tipo de efeitos txicos. Quando e c o m o adoar as tisanas? O prefervel tomar as tisanas no seu estado natural, sem as adoar. Contudo, nalguns casos pode ser conveniente ado-las: Quando se trate de plantas de gosto muito desagradvel. Quando sejam tisanas para as crianas, excepto no caso de se pretender um eleito vermfugo (expulso de parasitas intestinais). Neste caso concreto no conveniente administrar acar ou mel, pois estes produtos favorecem o desenvolvimento dos vermes. Quando se administrem a doentes convalescentes ou debilitados. No convm adoar as tisanas que, pelo seu efeito aperitivo, se ingerem antes das refeies, j que os acares podem diminuir a sensao de fome. Tambm devero abster-se de ado-las os diabticos, que em caso de necessidade podem usar edulcorantes qumicos. Quando se decida adoar uma tisana, o mel o produto ideal E proveniente das flores e contm sais minerais e vitaminas de

grande valor nutritivo. Caso no se disponha de mel, pode-se usar em substituio acar escuro, melao (mel de cana) ou xarope de bordo, que tambm so ricos em minerais e vitaminas, e superiores em propriedades ao acar branco. Umas gotas de sumo ou um pouco de casca de limo podem tambm melhorar o sabor de algumas tisanas. Porque no fazer tudo o que seja possvel para converter a nossa medicina num prazer? Tisanas d e u m a o u d e vrias plantas? A mistura de vrios tipos de plantas numa mesma tisana pode ter efeitos positivos se essas plantas se combinarem adequadamente, tendo em conta a sua composio e as suas propriedades. Todas as plantas que se recomendam para cada doena nas tabelas da segunda parte desta obra (por exemplo pgs. 129130, 140-144, etc.) podem ser combinadas entre si. A mistura de vrias plantas tem a vantagem de que os possveis efeitos indesejveis de cada uma delas (mau sabor, intolerncia digestiva), ficam atenuados. Mas nem sempre necessrio misturar as plantas.

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Os sumos frescos das plantas constituem a forma de preparao mais rica em vitaminas, enzimas e outros princpios activos. No entanto devem tomar-se acabados de fazer, para que conservem todas as suas propriedades.

Uma nica planta, bem aplicada, pode exercer maiores efeitos que a mistura de vrias, se no forem bem combinadas.

Sumos Devem-se preparar com a planta fresca recm-colhida, esmagando-a num almofariz e filtrando-a seguidamente. Tambm se podem obter por meio de uma liquidilicadora elctrica. Os sumos, tambm chamados sucos, podem-se obter tanto das plantas herbceas como dos frutos. O sumo das folhas do alos muito apreciado como aperitivo e digestivo. Os sumos tm a vantagem de conter todos os princpios activos sem degradar, especialmente, as vitaminas. Todavia muitos deles devero tomar-se em doses reduzidas, a pequenas colheradas, pois podem tomar-se um tanto fortes para os estmagos delicados. Km certos casos pode ser conveniente dilu-los com gua. Muitos deles so usados para fazer xaropes. Em nenhum caso se deve fazer sumo das plantas que apenas se devam consumir secas (ver pg. 50).

Outras formas de preparaoAlm das simples tisanas, existem outras formas de preparar as plantas medicinais que requerem conhecimentos e instrumentos especializados, prprios da profisso farmacutica. So as chamadas "preparaes ganicas" em honra do mdico grego do sculo II d.C, ou tambm "preparaes oficinais", porque se fazem nas "oficinas" (laboratrios) de farmcia. No entanto, algumas destas formas de preparao, como os sumos ou os xaropes, tambm podem fa/.er-se em casa, com meios mais simples. Expomos seguidamente as formas de preparao mais utilizadas em fitoterapia.

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A SADE PELAS P L A N T A S M E D I C I N A I S1 * Parte: G e n e r a l i d a d

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PsPara a obteno de p com fins medicinais, as partes da planta a utilizar deixam-se secar d u r a n t e mais t e m p o do q u e o habitual, e depois trituram-se reduzindo-as a p. Pode-se o b t e r p m e d i c i n a l de u m a plaina a partir das sua.s folhas (por exemplo, da dedaleira ou do sene-da-ndia), das sumidades floridas (absinto, l p u l o ) , da casca (cascara-sagrada, salguei r o - b r a n c o ) , dos frutos (coentro), e s o b r e t u d o das razes (ginseng, harpagfito, jalapa, polgalada-virgnia, violeta, e t c , c t c ) . 0 p oferece as seguintes vantagens: 1. Aprovcitam-sc ao mximo os princpios activos da planta, especialmente q u a n d o se trate de partes duras c o m o as razes. 2. Permitem um d o s e a m e n t o mais exacto, como se exige, por e x e m p l o , no caso de plantas p o t e n c i a l m e n t e txicas ( d e d a leira, rauvlfia) q u e se e m p r e g a m em doses muito p e q u e n a s ( d e a l g u n s gramas, ou m e s m o de miligramas).

Formas de administrao do pO p medicinal pode-se administrar das seguintes formas: Em infuso ( p o r e x e m p l o : c a n e l e i r a , ginseng, lpulo, sene-da-ndia), vertendo-se-lhe gua q u e n t e p o r cima. Aspirando-o pelo nariz c o m o estei tituatrio (saro, betnica) ou c o m o hemosttico contra as hemorragias nasais (folhas da videira). Misturado com mel, c o n s t i t u i n d o u m a pasta (abrtauo-linea, absinto, coentro). Misturado com azeite p a i a aplicao externa emoliente (sementes de u r u c u ) . Xaropes Os xaropes consistem em solues concentradas de acares com s u m o s ou outras partes da planta. T m a vantagem de disfarar o sabor desagradvel de muitas plantas, facilitando p o r t a n t o a sua ingesto. Tornam-se de grande utilidade para administrar s crianas pequenas. S e m p r e q u e seja possvel, os x a r o p e s devem preparar-sc c o m mel, pois desta maneira se acrescentam as suas p r o p r i e d a d e s peitorais e tonificantes s prprias da planta. Na falta de mel, pode-se usar acar escuro. Para a preparao, a mistura deve ser aquecida em lume b r a n d o . Facilita-se assim a dissoluo dos acares. A maior parte dos xaropes utiliza-se em caso de afeces respiratrias ( p o r exemplo: p a p o i l a , c e b o l a , i p e c a c u a n h a , sabugueiro, violeta). Os q u e se- p r e p a r a m com frutos tm p r o p r i e d a d e s tonificantes, resfrescantes e vitamnicas ( p o r e x e m p l o os de brberis, framboesa, groselha ou silva). Os diabticos devem abster-se de ingerir xaropes, devido ao seu forte c o n t e d o de acar.

Os xaropes preparam-se adicionando mel ou acar (de preferncia no refinado) a uma infuso ou decoco mais concentrada do que o normal, ou tambm a um sumo de frutos. Geralmente os xaropes preparam-se a 50%, isto . acrescentando o mesmo peso de acar ou de mel que de infuso ou de frutos. Aquecer a mistura facilita a dissoluo dos acares. Na pgina 295 explica-se a preparao do xarope de cebola, contra a tosse.

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Vantagens e inconvenientes dos extractosOs extractos constituem uma forma artificial de preparar as plantas medicinais, com as suas vantagens e inconvenientes que convm conhecer.

Vantagens:Maior concentrao: Com o extracto consegue-se uma maior concentrao de certos princpios activos da planta, precisamente os que so solveis no dissolvente empregado para a extraco. Isto faz que o extracto tenha, em geral, uma aco mais potente que a da planta inteira. Maior disponibilidade: O extracto pode estar disponvel em qualquer poca do ano e em qualquer momento do dia, sendo o seu uso to fcil como tomar umas gotas. Pelo contrrio, preparar um sumo fresco ou uma infuso de plantas no est sempre ao nosso alcance.

Inconvenientes:Maior risco de toxicidade: Desde o momento em que se altera o equilbrio natural dos componentes de uma planta, extraindo ou purificando alguns dos seus princpios activos, aumenta o risco de se produzirem efeitos txicos. Portanto, as doses de extractos devem ser cuidadosamente respeitadas. Existem duas razes para isso: 1. Maior concentrao de determinados componentes (os princpios activos). 2. A falta de outros componentes que acompanham os princpios activos da planta no seu estado natural, cuja funo precisamente a de compensar ou diminuir os possveis efeitos txicos dos princpios activos. Isto explica, por exemplo, o facto de que as essncias (extractos muito concentrados) tenham de ser usadas com grande precauo, especialmente quando so ingeridas, pois podem produzir facilmente intoxicaes (ver pg. 97). Maior possibilidade de degradao dos princpios activos: Se o extracto no tiver sido obtido num laboratrio especializado e pelos mtodos correctos, corre-se o risco de destruir certos princpios activos da planta sensveis ao calor ou aos dissolventes utilizados. Presena de dissolventes: O dissolvente que mais se emprega o lcool etlico. Os restos dele que podem ficar no extracto representam um inconveniente para as crianas e para determinadas pessoas a quem o lcool se torna especialmente nocivo, mesmo em doses pequenas.

Os extractos de plantas medicinais devem ser considerados como frmacos para todos os efeitos, tanto q u a n t o s suas vantagens como quanto aos seus possveis efeitos indesejveis.

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A SADE PELAS F L A U T A S M E D I C I N A I S1 " Porte: G e n e r a l i d a d e - .

V

Linimentos Os linimentos so u m a mistura (emulso) de extractos de plainas medicinais com a/.eite e / o u lcool, de fraca consistncia, que se aplicam s o b r e a pele acompanhados de u m a massagem suave. Ssubstncias activas peneiram nos tecidos profundos. Os linimentos usam-se sobreluclo nas afeces reumticas e musculares. Extractos Os extractos obtm-se pela aco de um dissolvente sobre as p a n e s activas da planta. No fim pode eliminar-se o dissolvente, ficando unicamente os princpios activos da planta. Como dissolventes utilizam-se o lcool etlico, o propilenglicol, o ter, a glicerina, diversos leos e a gua. Tipos de extractos O lquido extractivo resultante p o d e concentrar-se em diferentes graus, com o q u e se obtm diferentes tipos de extractos: Extractos lquidos: tm a consistncia de um lquido ligeiramente espesso. Extractos fluidos: tm a consistncia do mel fresco. So os mais utilizados, devido sua facilidade de uso e sua boa conservao. Nos e x t r a c t o s fluidos, o peso do produto obtido o m e s m o q u e o da planta seca utilizada para a sua obteno. Extractos moles: tm consistncia pastosa, s e m e l h a n t e do mel. ( ' o n t e m como mximo 2 0 % de gua. Extractos secos: p o d e m ser reduzidos a p. Contm c o m o m x i m o 5% de gua. A sua vantagem a g r a n d e c o n c e n trao de princpios activos q u e a p r e sentam (I g de extracto seco equivale a 5 g d a planta). Ncbulizados: V. u m a das tcnicas mais modernas para a o b t e n o de extractos. Consisto em atomizar ou vaporizar a soluo extractiva e submet-la e n t o a

u m a c o r r e n t e de ar a alta t e m p e r a t u r a . Deste m o d o se c o n s e g u e q u e o dissolvente se evapore de forma rpida e desaparea por c o m p l e t o . Tinturas As tinturas so solues alcolicas com q u e se consegue u m a concentrao muito alta de certos princpios activos da planta, precisamente os q u e so solveis em lcool. Preparam-se d e i x a n d o m a c e r a r a planta, bem seca e triturada, em lcool, temperatura ambiente, d u r a n t e dois ou trs dias, ou at 15 dias c o m o no caso da arnica. I l dois motivos pelos quais as tinturas se devem usar com grande precauo: 1. A sua elevada concentrao de determinados princpios activos. Por isso, no s ^

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1. Preparar um ou dois litros de uma infuso ou decocao da planta adequada. Normalmente convm que seja um pouco mais concentrada do que o habitual (de 50 a 100 g por litro de gua). Tambm se podem acrescentar, a um ou dois litros de gua quente, 5 a 10 gotas de essncia da planta. 2.Quando o lquido descrito estiver bem quente, submerge-se nele um pano ou toalha de algodo. (Foto O) 3. Escorrer o pano e aplic-lo sobre a zona a tratar, protegendo a pele com outro pano seco. (Foto )

4.Cobrir estes dois panos com um cobertor de l, para conservar o calor. Est provado que a l o material que melhor conserva o calor, mesmo quando est hmida ou molhada. (Foto ) 5. Passados 3 minutos, quando o pano hmido j comea a arrefecer, volta-se a empapar no lquido quente. 6. A aplicao das fomentaoes deve durar de 15 a 20 minutos. Terminar com uma frico de gua fria sobre a zona tratada.

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C a p . 3: FORMAS DE PREPARAO E EMPREGO

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For tmentaes

com plantas medicinais

As fomentaes com plantas tornam-se especialmente eficazes, pois aos efeitos teraputicos prprios da gua e do calor adicionam-se os da planta medicinal utilizada. Aplicam-se sobre a zona afectada em cada caso. As suas indicaes mais importantes so: 1. Dores de costas causadas por afeces reumticas, por artrose, ou por tenso muscular. Recomenda-se especialmente em caso de lumbalgia (dor de rins) ou de citica. Plantas recomendadas: harpagfito, alfazema, alecrim, carvalho. 2. Clicas ou espasmos abdominais: biliares, intestinais ou renais. Plantas recomendadas: laranjeira (flores), camomila, alfazema, salva. 3. Infeces agudas da garganta e das vias respiratrias: laringite, traquete, bronquite. Plantas recomendadas: abeto, pinheiro, eucalipto, tomilho, tussilagem.

le que se empapa na infuso ou decoco medicinal: um seco por baixo, para proteger a pele, e ouiro por cima para conservar o calor. Usam-se sobretudo em afeces respiratrias (catarros e bronquite), inflamaes da garganta e da traqueia, clicas (renais, hepticas ou intestinais) e dores citicas. Nestes casos fazem-se com a mesma tisana que se recomenda para o viso interno, com o qual se refora a sua aco. Loes e frices As loes e as frices fazem-se com uma infuso, decoco, macerao ou sumo, que se estende com uma ligeira massagem sobre a pele. As frices aplicam-se da mesma maneira, geralmente com leos essenciais (ver pg. 96), e com uma massagem mais enrgica. Podem-se aplicar com a mo ou com um pano suave impregnado no lquido. Indicaes das loes e frices As loes tm as seguintes aplicaes: Afeces da pele em geral (por exemplo com amor-perfeito, arandos, equincea, folhas de oliveira, maravilhas, sanamunda, saponria, tomilho, tussilagem ou urtiga). Prurido, ou seja, comicho na pele (borragem, erva-moura, vernica). Beleza: eliminao da celulite, embelezamento da pele ou emagrecimento (equincea, gilbarbeira, morangueiro, roseira). Reumatismo (alfazema, loureiro). Afugentar os mosquitos (absinto).

2. Aplic-lo sobre a zona de pele afectada, durante um tempo que depende de cada planta (de 5 a 10 minutos geralmente). 3. Se a ga/.e ou flanela se secar, voltar a impregn-la. melhor renovar as compressas frequentemente e aplic-las vrias vezes ao dia, em vez de manter a mesma durante muito tempo. Algumas plantas podem tingir a pele quando se aplicam em compressas, especialmente as que contm taninos (amieiro, carvalho, nogueira). Uma frico com sumo de limo pode ajudar a restabelecer a cor normal da pele. Indicaes das compressas As compressas usam-se como cicatrizantes e anti-splicas em feridas e lceras da pele (agrimnia, alcauz, amieiro, aveleira, carvalho, cavalinha, cebola, chagas, couve, hera, maravilha, nogueira), para a beleza da pele (hamamlia, morangueiro, roseira, tlia), para os olhos (camomila, fidalguinhos), ou como analgsicas e calmantes (lpulo, visco-branco). Fomentaes As fomentaes aplicam-se como as compressas, mas com 0 lquido temperatura mxima que a pele possa suportar. Colocam-se mais dois panos, alm daque-

Os banhos de vapor com foJhas de tlia limpam, suavizam e embelezam a pele do rosto.

B a n h o s d e vapor c o m plantas Os banhos de vapor com plantas aplicam-se sobre a cabea, o trax ou at sobre o corpo todo.

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A SADE PELAS P L A N T A S M E D I C I N A I S 1 " Parte: G e n e r a l i d a d e s

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Tcnica dos banhos de vapor com plantas Estes banhos de vapor a/em-se da seguinte maneira: 1. Colocar uma panela de gua a ferver com as plantas OU essncias a utilizar, em cima de um banco. A panela deve estar tapada. Km vez de plantas, podem-se juntar gua 2 ou 3 gotas de um leo essencial. 2. O doente senta-se numa cadeira c cobre-se com uma toalha grande ou um lenol, de forma que no se escape o vapor. 3. Destapar a panela progressivamente para deixar sair o vapor. 4. A aplicao dura de 10 a 15 minutos, at que deixe de sair vapor. 5. Convm terminar com uma frico de gua fria ou lcool sobre a zona que esteve exposta ao vapor. Indicaes dos banhos de vapor com plantas Os banhos de vapor com plantas so de grande utilidade para combater as afeces respiratrias: sinusite, faringite, laringite, traquete, catarros bronquiais e bronquite. Tambm so indicados no caso de otite. Facilitam a eliminao do muco, germes e restos celulares depositados nas mucosas respiratrias, com o que se acelera o seu processo de regenerao e cura. Gargarejos Os gargarejos so uma forma fcil e simples de aplicar as plantas medicinais sobre o interior da garganta. Tcnica dos gargarejos Os gargarejos fazem-se da seguinte maneira: 1. Tomar, sem engolir, um sorvo de tisana (geralmente infuso) morna. No se devem usar lquidos muito quentes nem muito concentrados. 2. Inclinar a cabea para trs. 3. Tentar pronunciar a letra 'a' de forma prolongada, durante meio ou um minuto. 4. Deitar fora o lquido da boca: Nunca se deve engolir, pois se supe que esteja contaminado com as substncias residuais. 5. Repete-se todo o processo durante 5 a 10 minutos. Indicaes dos gargarejos Os gargarejos actuam sobre a mucosa que reveste o fundo da boca, a faringe (garganta) e as amgdalas (anginas). Limpam a imicosidade, os germes e os restos de clulas mortas e de toxinas que se depositam nessa zona em caso de irritao, de inflamao ou de infeco. Tm efeito emoliente (suavizante), anti-sptico e adstringente (secam, desinlamam e cicatrizam). As plantas que mais se usam para os garOs gargarejos e bochechos feitos com flores e cascas de roms so muito teis em caso de faringite, gengivite |inflamao das gengivas) e parodontose (afrouxamento e queda dos dentes).

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Cap. 3: FORMAS DE PREPARAO E EMPREGO

Colrios Os colrios so lquidos utilizados para tratar as afeces dos olhos ou das plpebras. Devem ser pouco concentrados, no irritantes, e aplicados a uma temperatura morna. Recomenda-se fa/.-los com infuses preparadas com gua previamente fervida, ou com decoces, para conseguir uma maior esterilidade. So muito utilizados os colrios de agripalma, camomila, eufrsia, lidalguinhos ou folhas de videira. Lavagens o c u l a r e s s lavagens oculares (aos olhos) fazem-se empapando uma compressa na decoco de uma planta, e deixando escorrer suavemente o lquido do lado da fonte para o do nariz (de fora para dentro). A semelhana do que acontece com os colrios, prefervel fazer as lavagens oculares com infuses para as quais se tenha fervido previamente a gua, ou com decoces, para que o lquido que entra em contacto com o olho esteja estril. Omco minutos de fervura suficiente para conseguir uma esterilidade adequadaAs lavagens ocufares devem fazer-se deixando escorrer o lquido a partir da fonte para o nariz, pois este o trajecto seguido normalmente pelas lgrimas.

Clisteres garejos so: abrunheiro-bravo, alecrim, amieiro, historia, casca e folhas de castanheiro, cebola, cinco-em-rama, drias, epilbio, gatunha, hidraste, moranguciro, nogueira, ratnia, roni/.eia, sabugueiro, sanamunda, tanchagem, tormentila e verbena. Bochechos Os bochechos consistem em mover um sorvo de lquido (geralmente infuso ou decoco) em todos os sentidos, dentro da boca. So muito teis em caso de estomatite, gengivite, piorreia e outras afeces da boca e dos dentes. Fa/cm-sc com as mesmas plantas que os gargarejos. Os clisteres, ou enemas, consistem na introduo de um lquido no intesti