Plastico Sul #95

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Edição #95 da Revista Plástico Sul

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oderíamos abordar no editorial de fevereiro diver-sos temas interessantes desta edição, como as apli-cações do plástico no setor alimentício, a Fimec,

feira direcionada ao setor calçadista que ocorre março, emNovo Hamburgo (RS), ou a Plast’09, evento em Milão, noqual participaremos ativamente.

Todos esses assuntos são extremamente relevan-tes, entretanto, optei por falar mais uma vez sobre o cená-rio econômico mundial e o comportamento do plástico nesse contexto. Atéporque nosso entrevistado do mês é João Luiz Zuñeda, consultor da Maxiquim,a principal empresa do ramo dirigida ao setor químico e petroquímico. No con-teúdo, o leitor poderá esclarecer diversas dúvidas. Zuñeda nos alenta, por exem-plo, quando o assunto é crise e garante que o Brasil está bem preparado paraenfrentá-la. Isso graças ao dever de casa que fizemos: economia fortalecida esetor petroquímico consolidado.

Com um mercado interno robusto, temos como aliados os programas detransferência de renda que nos garante um consumo maior de bens não-durá-veis. Quem ganha com isso é o setor alimentício e de embalagens, grandesconsumidores de plástico, responsáveis por considerável parte do consumo deresinas. Outro fator decisivo que fez com que essa crise não se transformasse num“bicho papão”, foi a consolidação da petroquímica finalizada em 2008. ComQuattor e Braskem como players dominantes, ganhamos escala e disputamosespaço no cenário internacional. Caso essa reestruturação não ocorresse antesda crise, hoje estaríamos com problemas bem maiores. Mas os entraves existem eum dos principais citados nessa edição é a escassez de crédito no mercado. Paraesta, uma boa solução seria o alongamento de prazo de pagamento dados aostransformadores pelos seus fornecedores.

O segredo dessa caminhada rumo à superação está no diálogo e noprofissionalismo. Para superar o cenário de turbulência é preciso fazer o deverde casa: descobrir os grandes empresários nas empresas de todos os portes. Sóesses grandes empresários conseguirão ajudar o setor a sair da tempestade, queafinal de contas, não é nem uma morola, nem um Tsunami.

Melina Gonçalves - Editora

Lição de casa em dia

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///Carta ao leitor

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no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos

pertinentes à área, entidades representativas,

eventos, seminários, congressos, fóruns,

exposições e imprensa em geral.

Opiniões expressas em artigos assinados não

correspondem necessariamente àquelas adotadas

pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução

de matérias publicadas desde que citada a fonte.

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Plástico Sul é uma publicação da editora

Conceitual Press, destinada às indústrias

produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª

geração petroquímica nos Estados da Região Sul e

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ANATECPUBLICAÇÕES SEGMENTADAS

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03 Editorial/// Carta ao Leitor

06 Entrevista• João Luiz Zuñeda,

da Maxiquim.

16 Especial/// A Economia e o Plástico

• Cenário e perspectivas

para o setor.

20 Destaque/// Plástico na Alimentação

• Tecnologias e

novas aplicações.

31 Mercado• Mais sobre a QuantiQ.

32 Eventos• Fimec e Plast 09

agitam o mundo.

36 Balanço• Braskem e Randon

divulgam resultados.

38 Tecnologia• Plástico em caixas para

hortifrutigranjeiros.

46 Plástikos• Por Júlio Sortica.

/// PlásticoSul # 95

Fevereiro de 2009

20

Indústria dealimentos: cresceminvestimentos em

tecnologia e pesquisaem prol da higiene e

da durabilidade

41 Bloco de Notas• As últimas do setor.

42 Agenda & Anunciantes

Capa destaedição: fotos

de divulgaçãoe de Gilmar

Bitencourt(detalhe).

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Uma empresa brasileirade classe mundialO país não exporta apenas resinas e máquinas, mas também informação e conhecimento. Exemplo

disso é a Maxiquim, consultoria especializada no setor petroquímico e plástico, que cresce a

passos largos, prestando serviços na América Latina e também nos Estados Unidos.

ma empresa que começou atu-

ando de forma regional, pas-

sando à nacional, atingiu a

América Latina e, com 14 anos de mer-

cado, já chegou aos Estados Unidos.

Esse é um breve resumo da Maxiquim,

consultoria mercadológica dos setores

químico e petroquímico. Ou seja, o

Brasil tornou-se exportador de conhe-

cimento e informação.

Sabendo que os especialistas no

assunto encontram-se em solo brasi-

leiro, a revista Plástico Sul foi buscar

um mapeamento detalhado da atual

situação econômica mundial e sua re-

lação com o setor e com o Brasil. Foi

João Luiz Zuñeda, sócio-diretor da

Maxiquim quem revelou com detalhes

o passado, presente e futuro da eco-

nomia brasileira e sua relação com o

setor plástico. Formado em engenha-

ria química pela Pontifícia Universida-

de Católica do Rio Grande do Sul (PUC-

RS), o empresário discursa com clareza

e domínio sobre a atual economia mun-

dial e seus reflexos no Brasil, a impor-

tância da reestruturação do setor

petroquímico dentro desse contexto,

os benefícios dos programas de trans-

ferência de renda e revela como a

Maxiquim se tornou uma empresa bra-

sileira de classe mundial.

Plástico Sul - O que é a Maxiquim hojee qual a sua trajetória?João Luiz Zuñeda - A Maxiquim com-

pleta 14 anos em 2009. É uma empresa

que analisa a indústria voltada para os

setores plástico, petroquímico e de

petróleo e gás, ou seja, a cadeia in-

dustrial que envolve a química na Amé-

rica Latina. Nossa matéria-prima é a

informação. É buscar informação,

trabalhá-la e gerar valor para o nosso

cliente. É uma empresa que nasceu de

sócios que se formaram no Rio Grande

do Sul, que entraram na Copesul, que

conheceram a história da petroquímica

e seu crescimento. Eu, Solange Stumpf

e Otávio Carvalho, sócios da Maxiquim,

somos empreendedores e empresários

e montamos uma empresa. Da mesma

forma com que os americanos e euro-

peus montam empresas de consultoria,

nós apostamos - com muita dificulda-

de no inicio – que conseguiríamos fa-

zer esta empresa ser reconhecida na

América Latina. Hoje já estamos em

Otávio Carvalho, Solange Stumpf e João Luiz Zuñeda, líderes da Maxiquim

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Houston (Texas-USA) fazendo um im-

portante evento. Eu acredito que o ne-

gócio da Maxiquim, que já está com

quase 15 anos, teve toda a sua fase de

crescimento e dificuldades que empre-

sas de outros setores têm. Hoje já está

mais forte e consolidada. Na metade

da existência da Maxiquim tivemos dois

eventos importantes: um foi a entrada

de Otávio Carvalho como sócio e outro

foi a parceria com a consultora Rina

Quijada, da Intellichem.

PS - Você acha que a consolidação daindústria petroquímica em 2008,com a Braskem agrupando outras em-presas e a formação da Quattor, vaicontribuir para o Brasil se tornar umplayer mundial? Zuñeda – Primeiramente é preciso

analisar que a atual crise não aconte-

ceu no final do ano passado e inicio

deste primeiro trimestre. Vai ser uma

crise mundial com reflexos nos próxi-

mos três anos. O dever de casa que a

petroquímica deveria ter feito foi a

integração vertical, por que o Brasil na

petroquímica é novo, ou seja, os in-

vestimentos que foram feitos na

petroquímica foram nos anos 70. De-

pois tivemos a crise do petróleo e tudo

isso mudou muita coisa. Já nos anos

90 tivemos a entrada forte dos grupos

empresariais, junto com a Petrobrás.

Depois disso, a Petrobrás saiu do setor

na privatização. Os grupos não conse-

guiam se integrar fortemente em ter-

mos verticais e a Petrobrás acabou

voltando.

Agora sim, nos últimos dois anos se

formou um modelo ideal da petro-

química para ter competitividade,

ou seja, temos dois grandes grupos

fortes que é a Quattor e a Braskem

com participação importante da

Petrobrás.

Com este momento juntamente com as

descobertas das reservas do pré-sal

pode-se dizer que daqui a dez anos o

país terá matéria-prima competitiva. A

questão da petroquímica tem duas si-

tuações: deve ser integrada para redu-

zir custos e precisa ter matéria-prima

competitiva. O Brasil não tem esse pre-

ço competitivo e a solução era a

integração da cadeia. Desta forma,

teve toda a reorganização empresarial,

uma empresa comprando aqui, outra

vendendo ali e a Petrobrás participan-

do. Se essas reformulações não tives-

sem acontecido antes da crise, hoje

nós estaríamos falando muito diferen-

te, as preocupações seriam outras e as

dúvidas seriam muito piores.

PS - E a partir de agora, como apetroquímica nacional deve agir?Zuñeda - O Brasil está no BRIC, junto

com Índia, China e Rússia, que têm

grande mercado. Isso dá um suporte

para indústria petroquímica junto com

os plásticos de consumo, mas estes gru-

pos vão ter que crescer e o crescimen-

to nos próximos cinco ou dez anos será

regional no sentido de América Lati-

na. É o que a Braskem está fazendo,

investindo na Venezuela e sempre com

os olhos no Peru e na Bolívia. A Quattor

provavelmente também vai fazer isso

junto com a Petrobrás. Estes grupos

terão que ter uma dimensão regional,

comprando ativos ou investindo na

região. Desta forma, o Brasil terá for-

ças para começar a entrar no grande

mercado que é o americano. Com a cri-

se mundial, se não tivesse tido a

integração da petroquímica nós esta-

ríamos não digo mortos, mas com ex-

pectativas zero. Então eu sou otimista

e acredito que foi feito o que deveria

ser feito, no momento correto.

PS - Essa reorganização não deveriaocorrer também com a terceira ge-ração?Zuñeda - As grandes empresas

transformadoras de plásticos começa-

ram a fazer isso no ano passado. Não

muitas, mas já começaram. Ou seja,

algumas companhias têm que ter mai-

or volume, ser mais integrada, estar

mais próxima da petroquímica e

gerencialmente se profissionalizar. O

setor plástico é um conjunto de in-

dústrias que vende para o segmento

automobilstico, que é uma indústria

mundial e necessita ter uma série de

cuidados. Entretanto, também é com-

posto por empresas que fabricam pro-

dutos de menor valor agregado como,

por exemplo, os famosos “R$ 1,99”, e

que sofrem concorrência com os pro-

dutos da China que chegam no Brasil.

Então este é o mercado brasileiro, que

é separado ainda em diversas regiões

como o nordeste, sudeste e sul, ou

seja, se tem de tudo e esse é o setor

plástico. Desta forma é necessário en-

tender que o plástico não é vendido

Zuñeda: “Sem integração,efeitos da crise seriam piores”

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somente para indústria automobilís-

tica e para indústria farmacêutica, por

exemplo, mas também é utilizado em

outros mercados que movem a econo-

mia brasileira.

O setor de transformação é muito mais

complexo que a petroquímica, e desta

forma não vai conseguir a mesma

integração feita na petroquímica. É

preciso buscar o desenvolvimento. Nes-

te sentido eu penso que as entidades

ajudam, mas não é a solução. A solu-

ção está na cabeça destes empresári-

os, na profissionalização das empresas,

e as entidades acabam dando o supor-

te necessário.

PS - Qual a situação do Brasil fren-te à crise mundial?Zuñeda - O Brasil vai sofrer com a cri-

se. Mas o país há um ano era muito

criticado por que os juros eram muito

altos, e ainda são. E tinha amarras para

emprestar dinheiro, ou seja, o siste-

ma brasileiro não era tão livre quanto

é o sistema ortodoxo da economia

americana.

E isso fortaleceu o sistema bancário

brasileiro. O país tem um sistema ban-

cário forte e uma petroquímica que fez

o seu tema de casa no momento certo.

Desta forma, o Brasil tinha de um lado

um sistema financeiro apertado pelo

Banco Central, e do outro criou – pri-

meiro no governo Fernando Henrique

e depois com o governo Lula – progra-

mas de transferência de renda. Esses

programas não são solução para o fu-

turo, já que para o futuro a solução é

educação e emprego. Mas os progra-

mas de transferência de renda movi-

mentam a economia.

PS - A crise tem mostrado que al-guns setores podem se beneficiar emrelação aos outros. Como avaliar issopara o setor de plástico, sobretudoseparando as aplicações: bens nãoduráveis (embalagens, por exemplo)e bens duráveis como carros?Zuñeda - O que vai movimentar a eco-

nomia brasileira nestes dois anos de

crise internacional vai ser o consumo

doméstico. É o que os Estados Unidos

fizeram, em que dois terços da econo-

mia americana é movimentada pelo

consumo das famílias. O Brasil terá que

fazer a economia crescer tanto através

das obras do Programa de Aceleração

do Crescimento (PAC), como com os

programas de transferência de renda.

Através de ações como Bolsa Família,

por exemplo, é estimulado o consumo

de bens não duráveis, como alimentos

e embalagens.

E para o plástico isso é uma injeção na

veia, ou seja, ter um mercado domés-

tico em que a maior parte do consumo

vai se dar através dos bens não durá-

veis. Logicamente, todo mundo quer

comprar uma televisão ou um carro e

isso movimenta a economia de uma

maneira muito grande também. Há plás-

ticos nesses itens, mas não tanto quan-

to nos não duráveis. Desta forma es-

tou otimista com o Brasil nesse mo-

mento de crise em função disso e do

sistema financeiro brasileiro que não

entrou na ciranda de emprestar dinhei-

ro com derivativos.

Nós temos um mercado doméstico for-

te, com uma petroquímica que fez seu

tema de casa, vamos ter reserva de pe-

tróleo e gás e teremos uma petroquí-

mica com matéria-prima competitiva.

PS - Isso quer dizer que o Brasilestá bem preparado para enfren-tar a crise?Zuñeda - Sim, agora, crise é crise: exis-

tirão reflexos e os empresários do plás-

tico deverão enxergá-la como uma

oportunidade. Precisarão se reestrutu-

rar através de suas empresas, compran-

do ou vendendo ativos e visualizar uma

aproximação dos mercados automobi-

lístico, agronegócio, alimentício e

moveleiro. O país terá o seu reposi-

cionamento.

A maior parte do setor plástico é com-

posto por empresas familiares. Mesmo

que sejam mais profissionais, poucas

são de capital aberto e essas empresas,

que são as maiores do segmento no

Brasil, têm oportunidade de acelerar o

crescimento ao setor, pois já disputam

este mercado. Mas boa parte do setor

é composto por empresas que estão na

informalidade e isso vai continuar, pois

uma parte da economia brasileira é as-

sim. Algumas entidades querem resol-

ver tudo no setor plástico, mas não

dá. Como não dá para resolver no cur-

to prazo a economia brasileira. Em âm-

bito nacional é preciso realizar algu-

mas ações, como as reformas tributária

e política. Da mesma forma, o setor

plástico também precisa de iniciativas

junto à petroquímica - com o governo

Para o engenheiro, Comperjinaugura um novo ciclo

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e entidades. Mas não dá para esperar

uma solução para os próximos três anos,

pois algumas coisas demoram a serem

feitas. E aí que penso que será a força

maior do setor plástico brasileiro, mas

isso estará na cabeça do empresário,

na relação com seus fornecedores de

matéria-prima e com seus clientes. Pen-

so que vocês, da imprensa, têm que

começar a criar debates para isso ser

mostrado.

PS – O que é preciso ser feito,então?Zuñeda - Esses próximos dois, três anos

de crise mundial terão efeitos na eco-

nomia brasileira, mas sou um otimista

na crise, ou seja, problemas vão acon-

tecer e acho que agora é a hora do

tema de casa do setor plástico. Ele está

sendo feito por algumas grandes em-

presas do setor ou algumas empresas

menores com grandes empresários. É

que temos grandes empresas com pe-

quenos empresários, grandes empresas

com grandes empresários, e poucas

pequenas empresas com grandes em-

presários. Como se descobre isso? A

petroquímica, as federações de indús-

trias, entidades e governo têm que

começar a descobrir isso, as pequenas

empresas com grandes empresários.

PS - Como o câmbio está atualmenteé melhor para quem? Para importar?Exportar? Quais os benefícios da si-tuação cambial?Zuñeda - Ao analisarmos a questão da

economia, todos sabiam que o câmbio

a R$ 1,70, R$ 1,80 ou R$ 1,60 era um

câmbio irreal. Por quê? Até em função

da competitividade da indústria bra-

sileira, tanto nas amarras fiscais, numa

elevada carga tributária, quanto na

questão empresarial, de uns setores

serem mais integrados do que outros.

Quanto à concorrência com o mercado

internacional, entrando o produto, o

câmbio, num determinado período an-

terior foi muito criticado. Acho que

um câmbio valorizado, um real valo-

rizado, teve seu papel em certo mo-

mento. Primeiro segurou a inflação

com um produto importado; segun-

do, que fez muitos empresários se-

rem competitivos.

O Brasil fez um “colchão” que foi im-

portante para este momento de crise,

de US$ 200 bilhões de reservas, mes-

mo assim o agronegócio exportando

com aquele câmbio. O agronegócio a

10, 15, 20 anos estava quebrado no

Brasil. E com aquele câmbio ajudou os

brasileiros a ter os US$ 200 milhões.

Ou seja, o cambio valorizado naquele

momento pressionou a empresa? Pres-

sionou os setores calçadista e moveleiro

que são fortes no Rio Grande do Sul,

sim. Mas é preciso fazer o empresário

se movimentar - isso tem que aconte-

cer. E isso acaba depurando esse em-

presário, empresa pequena e grande

empresário.

PS - O câmbio mais real ajuda o setorplástico em quê?Zuñeda – O setor plástico não é um

grande exportador, mas os clientes dele

são. Então, não sofrerá uma pressão

muito grande e continuará entrando

produto aqui para manter uma certa

concorrência, tanto na petroquímica

quanto no setor plástico para também

ter um ajuste na questão inflação ou

nos clientes do plástico. O câmbio ain-

da está perto de R$ 2,40, mas diante

dos mercados internacionais, sobe e

cai. Mas penso que ficará mais real,

próximo a R$ 2,10 e R$ 2,20, um valor

que vai segurar a inflação. O momento

é desafiador para o brasileiro. Acho que

o BRIC, principalmente Brasil, China e

Índia, se fizerem bem o que precisa ser

feito economicamente, e os empresá-

rios perceberem as oportunidades, se-

rão muito mais fortes nesta crise. Mas

não é fácil e não vem pronto, precisa

muito trabalho.

PS - E o petróleo, quanto caiu o pre-ço do barril? Vai voltar ao patamaranterior?Zuñeda – Teve uma queda vertiginosa,

pois do barril a U$ 150 o preço des-

pencou para U$ 40. É preciso pensar

assim: há 3, 4 anos, o barril custava

U$ 12 e chegou a U$ 150, 160. Algu-

ma coisa mudou no mundo nesse perí-

odo para o petróleo chegar nisso. O

que aconteceu para o petróleo sair de

uns U$ 20 e ir para U$ 160? Houve

uma economia crescendo no mundo.

Principalmente China e a farra do con-

sumo nos Estados Unidos. Aí começa-

ram a entrar os derivativos e os inves-

timentos em petróleo, ou seja, há anos

atrás todo jovem de 25 anos ou quem

ganhava seu salário e achava que era

pouco e era qualificado, pensava em

ficar rico na bolsa. E todo mundo que-

ria ficar rico na bolsa. O que é isso?

Mercado financeiro. Entretanto quem

“Da mesma forma com que

os americanos e europeus

montam empresas de

consultoria, nós apostamos...

que conseguiríamos fazer

esta empresa ser reconhecida

na América Latina.”

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queria ganhar dinheiro da noite para o

dia saiu porque quebrou. Então, se não

há a pressão da economia não real so-

bre o preço do petróleo, isso já faz cair

uns U$ 50 no mínimo. Então o preço

voltou à normalidade, que ainda é de

preço perto de U$ 50 ou dos U$ 40.

Mas acho que não vai voltar mais para

os U$ 20. Não volta por um sentido,

pelo lado da oferta, que precisava ter

investido muito mais em produção,

exploração e refino no mundo desen-

volvido e não investiu. E isso mesmo

com Estados Unidos e Europa em fran-

galhos a oferta consegue com as suas

restrições do cartel deixar o preço en-

tre R$ 30 / 40. Então eu acho que este

ano o petróleo ainda vai ficar neste

patamar. Alguns analistas de bancos

acham que vai chegar a U$ 100. Não

acredito. A curto prazo, final deste ano,

inicio do próximo, acho que ficará em

torno dos U$ 50, podendo chegar a

US$ 60 que já é um preço alto para

esta fase de crise e seus reflexos.

PS - Quais são os benefícios destaqueda para o transformador brasi-leiro?Zuñeda – O grande beneficio para o

transformador brasileiro não é só a que-

da. Petróleo e nafta têm uma relação

de preço direta. A nafta já caiu sensi-

velmente no mercado brasileiro. Os pre-

ços das resinas brasileiras continuam

sendo mais elevados do que a média

de mercados onde a competição é mui-

to maior, como o mercado mexicano

que fica ao lado dos Estados Unidos

ou dos países asiáticos. Mas é preciso

ver que esta questão de preços é mais

ou menos como banco: se o preço for

do mercado global e do mercado to-

talmente aberto, e isso faz os preços

baixarem, também faz a petroquímica

brasileira não ser forte e não estar tão

próxima do transformador. Daqui a

pouco quem está próximo, só pensan-

do em preço

são os asiáti-

cos e o Orien-

te Médio, mas

quando o mer-

cado america-

no sobe eles

saem do Brasil

e deixam o pes-

soal fora.

Empresários

precisam de re-

sultados. Tem

que pagar funcionários, impostos, e

sabemos que os nossos preços e os

impostos são fundamentais para isso.

Só que ficamos pensando que a solu-

ção será por causa do preço e não olha-

mos as outras oportunidades e os ou-

tros problemas que temos dentro da

empresa. Essa é a aproximação que a

cadeia tem que ter. Mas claro que pre-

cisa negociar um preço mais baixo e

tentar forçar um preço mais baixo no

mercado brasileiro.

PS – Em muitos casos a indústria detransformação ainda é formada porpequenas empresas. Como podem sercompetitivas para atuar no mercadocada vez mais globalizado?Zuñeda - A minha resposta para isso é

assim: Como se descobre uma pequena

empresa com grande empresário? Acho

que o setor plástico precisa descobrir,

tanto a petroquímica, quanto a indús-

tria plástica, entidades, federações de

indústrias e as vezes até os próprios

empresários, como se descobre peque-

na empresa com grande empresário.

Agora eu acho que tem pequenas em-

presas com bons empresários. É preci-

so encontrar. Isso é fundamental.

Os Estados Unidos vão sair da crise,

não pelo mercado, mas por que inves-

tiu no século XX, no final do século

XIX nessas coisas: educação e tecnolo-

gia. O Brasil não investiu muito em tec-

nologia nem em educação, que é uma

ação de longo prazo. Tomara que os

políticos e os empresários brasileiros

entendam isso nessa crise. Que opor-

tunidade na crise no curto prazo vai

haver, mas oportunidade na crise para

o novo salto vai ser lá adiante, e isso

os políticos e os empreendedores vão

ter que fazer.

Então como é que se torna um empre-

“Ações de transferência de rendabeneficiam o setor” diz Zuñeda

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Msário dentro do cenário globalizado?

Ora, vamos nos fortalecer no mercado

interno para ser forte no mercado ex-

terno. Alguns foram para o mercado

externo, foram fortes. Acho que todos

os países, em dois anos de crise e re-

flexos da crise, vão ser mais protecio-

nistas. Agora a solução da economia

no mundo não é o protecionismo.

Porém, os empresários que investiram

muito lá fora terão dificuldade e pre-

cisarão olhar mais para dentro, e aque-

les que olharam muito para dentro e

foram lá para fora até para entender,

estarão mais fortes agora. Então, é esse

o equilíbrio do setor, os mais fortes

vão ser quais? As grandes empresas e

as pequenas empresas com bons em-

presários; e quem sofrerá mais serão

aqueles que não têm bons empresários

ou bons gestores.

PS - Sabemos que o crédito está es-casso no Brasil. Como as empresasdevem fazer para não sofrerem tan-to com isso?Zuñeda - O que movimenta o capita-

lismo é o crédito do sistema bancário.

Não dá para pensar em um país capita-

lista forte com um sistema bancário fra-

co. O presidente Fernando Henrique

Cardoso foi muito criticado na época

do Programa de Estímulo à Reestru-

turação e ao Fortalecimento do Siste-

ma Financeiro Nacional – PROER, um

programa que tinha a finalidade de re-

cuperar instituições financeiras com

problemas financeiros. O Brasil naque-

la época estava com restrição de cré-

dito e com dificuldade nas veias do

sistema capitalista brasileiro. Desta

forma, abriram para alguns bancos in-

ternacionais comprarem outros bancos,

o governo deu dinheiro para alguns não

falirem, depois os empresários retoma-

ram. O que está sendo feito nos Esta-

dos Unidos é algo parecido. Isso mos-

tra que um governo em qualquer parte

do mundo, seja nos Estados Unidos,

Brasil ou Europa não pode deixar o sis-

tema financeiro quebrar. Porque se que-

bra o sistema financeiro, quebra o país.

Esse é o primeiro ponto. O segundo

ponto é que a dificuldade do crédito

no Brasil, do final de 2008 e início de

2009, complicou o crédito para a in-

dústria do plástico. E o spread bancá-

rio ficou muito grande por que o risco

nesse momento aumentou. Nesse sen-

tido, a petroquímica teve que interfe-

rir ao auxiliar através de alongamento

do pagamento, dando um prazo maior

de pagamento para terceira geração. A

petroquímica fez isso com as grandes

empresas com bons empresários e pe-

quenas empresas com bons empresári-

os. Por isso digo que é fundamental

isso. Não foi para todo mundo.

PS - Isso quer dizer que as empresasque você fala que tem grandes em-presários, independente de qualquertamanho, não sofrem tanto com afalta de crédito?Zuñeda - Essas empresas têm opções:

ou a petroquímica fornece auxílio, ou

conseguem negociar com os bancos,

ou buscam ainda outras alternativas

com seu fornecedor ou com seu clien-

te. Entretanto, parte das empresas do

setor plástico não consegue isso. Es-

sas empresas acham que a solução dos

problemas está só na relação de amiza-

de. É claro que o relacionamento é

importante, mas a solução não está

só nisso, a solução está no profis-

sionalismo de entender os cenários

que estão sendo postos e como é que

a crise está afetando o Brasil para

achar alternativas.

PS - O presidente do Banco Cen-tral, Henrique Meireles está oti-mista quanto ao crescimento doBrasil para este ano de 2009, aci-ma de 2%. O plástico acompanhaesse índice ou vai ser superior?Zuñeda - Eu sou da opinião econô-

mica que o Brasil vai crescer mais

próximo de 2% do que 1%, apesar

do cenário econômico mundial não

ser bem claro. O mundo vai crescer

0%, portanto, dizer que o Brasil cres-

cerá 1% já é otimismo.

PS - E o setor plástico acompa-nhará esse ritmo de crescimento?Zuñeda - Uma coisa que não esta-

va acontecendo no passado era a

elasticidade do PIB do setor plás-

tico. Eu penso que ela vai aumen-

tar nesses próximos dois anos de-

vido aos programas de transferên-

cia de renda e ações na constru-

ção civil. A partir de agora as pes-

soas não vão comprar carros, por

exemplo, mas vão consumir mais be-

bidas e comidas.

Acredito que a elasticidade do PIB

nesse período de 2009 – 2010 será

maior para o plástico. Vou dar um

grande número: se o PIB crescer 2%

acho que o plástico cresce 4%. Pen-

so que o crescimento do plástico

será no mínimo o dobro.

“...temos grandes empresas

com pequenos empresários,

grandes empresas com

grandes empresários, e poucas

pequenas empresas com

grandes empresários.”

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///João Luiz Zuñeda

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PS - Em palestra recente o OtávioCarvalho disse que o setor plásticoestá entrando num ciclo de baixa ren-tabilidade. Quais são suas causas eefeitos disso?Zuñeda - No Brasil temos uma maté-

ria-prima não competitiva com um pre-

ço ainda elevado e o setor plástico

por outro lado tem uma pressão do

seu cliente que por vezes são grandes

empresas internacionais que em suas

matrizes ou na Europa e EUA estão

sofrendo uma pressão muito forte.

Mesmo o mercado brasileiro crescen-

do para esses grandes consumidores

o setor plástico será pressionado, e

por outro lado existe a pressão de

matéria-prima, pois a petroquímica

brasileira ainda é mais cara que a mé-

dia mundial. Desta forma o jogo que

vai se dar. A rentabilidade na cadeia

não é alta para todo mundo, não tem

muita margem. Entretanto a margem

vai ser maior ou na petroquímica ou

no plástico. É neste ponto eu volto a

dizer, aquela empresa pequena ou gran-

de, mas que possui o bom empresário

e que tem a noção de o que está acon-

tecendo, consegue ajustar através de

seu cliente ou fornecedor. O segredo

é negociar. Por que que nos dois pró-

ximos anos, essa relação de margens

para bons empresários do setor plás-

tico pode ficar melhor, mas eles vão

ter que trabalhar muito pra isso.

PS - O Brasil é o pioneiro em fon-tes renováveis. Que importânciaisso tem no contexto Brasil, Amé-rica Latina e no mundo?Zuñeda - É fundamental o movimen-

to dos bioplásticos e do plástico ver-

de. Entretanto, penso que na próxi-

ma década o Brasil vai ter que inves-

tir em petroquímica tradicional. O

país precisa de aumento da oferta da

petroquímica e é ilusório pensar que

vai se dar através de plástico verde.

O plástico verde vai ser o inicio de

um conhecimento maior e fundamen-

tal de uma tecnologia.

Desta forma, é importante que o Bra-

sil tenha saído na frente nesse senti-

do. Apesar de que com a queda no

preço do petróleo, o biocombustivel

ficou pressionado. Muito dos proje-

tos de biocombustiveis da Europa e

Estados Unidos estão parados em vir-

tude do preço do petróleo. A matriz

álcool brasileira é fundamental, mas

na próxima década ou até mais, o

crescimento da oferta da petroquí-

mica brasileira vai se dar através da

petroquímica tradicional. E neste

contexto surgirá o Comperj. Porque

matéria-prima competitiva para a

petroquímica é fundamental.

PS - O Comperj vai ser um divisorde águas na petroquímica nacional?Zuñeda - É o novo grande ciclo de

investimento de petroquímicas brasi-

leiras com uma nova tecnologia. Em-

presarialmente não está claro ainda

sobre quem vai participar junto com a

Petrobrás. Mas pelo visto o novo ciclo

vai se dar através do Comperj, ou seja,

é ilusório pensar que a petroquímica

de álcool vai atender o ciclo de inves-

timento da oferta no Brasil.Não se con-

segue montar hoje uma petroquímica

só de álcool, por que uma petroquímica

precisa ter matéria-prima competitiva

e tamanho. Uma petroquímica produ-

tora de eteno tem que produzir um

milhão de toneladas hoje para ser com-

petitiva. E fazer uma petroquímica des-

se porte base álcool no Brasil é um ne-

gocio complicado.

Entretanto, o Comperj já é um dife-

rencial. É ótimo que o Brasil pesquise

e produza o plástico verde, que em-

presas como Braskem, Solvay e Dow

tenham tido essa iniciativa. Esse mo-

vimento é fundamental, porém o

novo ciclo de crescimento da indús-

tria brasileira vai se dar através de

um projeto como o Comperj.

PS - O plástico e o meio-ambiente.Qual a sua visão sobre o movimen-to que as entidades e indústriasestão fazendo para melhorar a ima-gem do plástico?Zuñeda - Todos deveriam ter preo-

cupação com o meio-ambiente, por

que ele é a casa em que nós vivemos.

Todo mundo tem a preocupação em

manter seu lar limpo e bonito e, em

minha opinião, com o meio ambien-

te deveria ser a mesma coisa.

A petroquímica, através do Plastivida

e Instituto Nacional do Plástico, bem

como Abiquim e Abiplast, fazem mo-

vimentos para atenuar isso e levam a

discussão para sociedade. Empresas

como o Grupo Vonpar, Gerdau,

Braskem e Quattor também fazem

isso. Entretanto, democracia é isso,

é preciso criar regras e discutir essas

regras para atenuar a situação e o

plástico precisa participar desta dis-

cussão através da indústria de trans-

formação e da petroquímica.

Deve existir uma sociedade democrá-

tica que se preocupe com o meio-

ambiente do lado empresarial, públi-

co e governamental, discutindo qual

é a melhor regra de transição para

uma nova fase. Eu sou a favor da sa-

cola plástica, mas utilizada por uma

pessoa com preocupação ambiental.

A população precisa ter consciência

e educação. Proibir as sacolas plás-

ticas não é a solução.

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///A Economia e o Plástico

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Nem marola,nem TsunamiO robusto mercado interno brasileiro traz um alívio ao setor

plástico brasileiro diante do cenário econômico mundial, mas o

sinal é amarelo e exige atenção.

Brasil está preparado para so-

breviver aos entraves econô-

micos mundiais. Mas quem

pensa que isso será graças a setores

robustos como o automobilístico e

eletroeletrônico, engana-se. Com uma

economia interna forte, o país tem

como grande aliado para o crescimento

os projetos de transferências de ren-

da, como o Bolsa Família e aumento

de salário mínimo. Isso porque o gran-

de filão é o consumo doméstico, ou

seja, o crescimento do consumo das

famílias, que alavanca um dos princi-

pais setores da economia para o plás-

tico: o alimentício.

Quem justifica o argumento é o

sócio-diretor da Maxiquim, João Luiz

Zuñeda. O consultor afirma que au-

mentando a transferência de renda

e o salário mínimo, aumenta o con-

sumo de alimentos, que é um dos

setores mais dinamizados. Outro fa-

tor que elevará a economia interna

é o Programa de Aceleração do Cres-

cimento, que a médio e longo pra-

zo dará retorno positivo ao país e

impulsionará a construção civil, um

dos principais setores que utilizam

produtos plásticos.

O governo federal avaliza o forta-

lecimento do Brasil diante dos entra-

ves mundiais. Segundo o presidente do

Banco Central brasileiro, Henrique

Meirelles, a economia do Brasil está em

uma posição forte para resistir à crise

financeira e vai crescer acima da mé-

dia mundial neste ano.”Estamos no

processo de rever as nossas previsões,

mas a nossa estimativa é que nós va-

mos crescer acima da média mundi-

al”, disse Meirelles a jornalistas du-

rante uma reunião do Congresso

Ibero-Americano de autoridades de

finanças na cidade do Porto. Ele afir-

mou que a economia brasileira esta-

va em uma forte posição financeira,

com 200 bilhões de dólares em reser-

Meirelles afirma que forte posição

financeira favorece o Brasil

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vas cambiais líquidas: “isso permiti-

rá ao país enfrentar escassez de fi-

nanças internacionais”, afirmou.

Mas esses fatores não significam

que o Brasil esteja imune dos aconte-

cimentos externos. No cenário

macroeconômico, em 2009 o país será

influenciado pelo que acontece no

mundo. O cenário é de uma recessão

total com 1.6 trilhões de dólares de

déficit. O Japão e países da Ásia en-

frentam essa recessão séria. Os países

do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China)

também sofrem esse revés mundial,

entretanto fizeram algumas reformas e

não sentiram o mesmo impacto. O BCI

(Brasil, China e Índia) tem mercado de

consumo interno, e é bom lembrar que

o plástico entra nesse consumo.

“A crise não é uma marolinha, mas

também não é um Tsunami”, afirma o

presidente da Associação Brasileira da

Indústria do Plástico (Abiplast),

Merheg Cachum. O dirigente acredita

que por condições privilegiadas no

país, o Brasil foi o último a entrar no

“furacão” e será um dos primeiros a sair.

Ele espera que, com a eleição de um

novo presidente nos Estados Unidos,

a situação comece ao menos se soluci-

onar nos próximos meses.

Comperj em péO Rio de Janeiro, apesar da con-

juntura mundial adversa, ainda tem

condições de atrair R$ 24, 827 bilhões

em investimentos, nos próximos dois

anos. A previsão saiu de um levanta-

mento da Codin – agencia de desen-

volvimento do Governo do RJ – com

base na carteira de projetos em análi-

se, antes e depois da crise financeira.

Em agosto de 2008, o RJ tinha 69 pro-

jetos listados, no valor de R$ 42, 967

milhões. Alguns projetos foram adia-

dos, mas nenhum foi cancelado. No

setor petroquímico, a previsão de in-

vestimentos aumentou: em agosto de

2008 – antes da crise – o setor

petroquímico tinha R$ 412 milhões, em

projetos programados. Hoje, o total dos

investimentos no setor subiu para R$

R$ 458 milhões.

Localizado no município de

Itaboraí, região metropolitana do Rio

de Janeiro, o Complexo Petroquímico

do Rio de Janeiro (Comperj) é uma das

principais obras do Programa de Ace-

leração do Crescimento (PAC). Com a

terraplenagem em andamento, o com-

plexo tem previsão de operar no fim de

2012. Com a criação de seis empresas

para cada uma das áreas de produção

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///A Economia e o Plástico

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do Comperj, a Petrobras montou a es-

trutura jurídica do polo cuja constru-

ção está avaliada em US$ 8,4 bilhões.

A primeira das seis empresas, to-

das sociedades anônimas, é a Comperj

Participações, uma holding que contro-

lará as demais cinco empresas. A

Comperj Produtos Básicos será a

controladora da refinaria que proces-

sará 150 mil barris de óleo pesado por

dia para gerar os insumos petroquí-

micos, principalmente eteno e

propeno. A Comperj PET vai fabricar

produtos da cadeia do poliéster e a

matéria-prima para garrafas plásticas

(PTA e PET). Também produzirá

paraxileno, o insumo básico da cadeia

do PET/poliéster. A Comperj Estirênico,

produtora de estireno, item usado na

produção de borracha sintética e o

poliestireno, uma resina plástica en-

contrada em geladeiras e TVs. A Comperj

MEG produzirá etileno glicol e de óxi-

do de eteno, usados em solventes e

outros químicos, e a Comperj Poliolefinas

produzirá polipropileno e polietileno,

as principais resinas termoplásticas,

compõem as empresas do complexo.

Inicialmente, a Petrobras contro-

lará todas as companhias, mas a inten-

ção é atrair sócios para o empreendi-

mento. A Quattor, petroquímica con-

trolada pela Unipar (60%) e a própria

Petrobras (40%), é a principal

candidata a dividir o controle da

Comperj Poliolefinas. O grupo Ultra, pri-

meiro a sugerir a criação de um polo

petroquímico no Rio com base no refi-

no de óleo pesado, já manifestou a

intenção de ficar apenas nas áreas afins

com sua linha atual - seu nicho natu-

ral é a Comperj MEG.

A Comperj Estirênico tem o gru-

po Unigel, dono da Companhia Bra-

sileira de Estireno (CBE) que adqui-

riu a planta de estireno da Dow na

Bahia, como um sócio potencial. A

diretoria de todas as seis empresas

será formada por Nilo Carvalho Vieira

Filho (presidente), Sérgio Martins Be-

zerra e Laerte Rocha Pires (diretores).

Paulo Roberto Costa, diretor de Abas-

tecimento da estatal, presidirá o con-

selho de administração.

Petrobras reforçaráo investimento

O Plano de Negócios da

Petrobras para o período 2009-2013

prevê investimentos de US$ 47,8 bi-

lhões para a Área de Abastecimento

e Refino e priorizará o aumento da

capacidade de refino da companhia

de modo a tornar o Brasil auto-sufi-

ciente também no processamento dos

diversos produtos comercializados no

País. As informações foram dadas pelo

diretor de Abastecimento e Refino da

Estatal, Paulo Roberto Costa. Segun-

do ele, a empresa investirá 73% do

total na área de refino, 12% em

petroquímica, 8% na de dutos e ter-

minais e 7% no transporte marítimo.

Para aumentar a capacidade de

refino, a Petrobras manteve a pre-

visão de construção de cinco no-

vas refinarias, o que inclui o Com-

plexo Petroquímico do Rio de Ja-

neiro (Comperj). Estão ainda pre-

vistos investimentos na construção

das refinarias Abreu e Lima

(Pernambuco), Clara Camarão (Rio

Grande do Norte), Premium I (Cea-

rá) e Premium II (Maranhão) e no

Complexo Petroquímico de Suape,

que terá uma unidade de fertilizan-

tes nitrogenados.

Também estão previstas obras de

conversão e qualidade de produtos nas

refinarias existentes, com destaque

para as metas de produção de diesel e

gasolina com menor teor de enxofre,

além de investimentos em dutos e ter-

minais. Com os investimentos na área

de refino, a carga de petróleo proces-

sada nas refinarias do país deverá pas-

sar dos atuais 1,791 milhão de barris

para 2,270 milhões em 2013 e 3,012

milhões em 2020, com um aumento

médio anual de 4,8%.

Paulo Roberto Costa afirma que a Petrobrás investirá 12% em petroquímica

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Câmbio e nafta devemsustentar petroquímica

Conforme publicado na Agên-

cia Estado, as incertezas quanto à

magnitude dos impactos da crise

mundial, nos principais setores

demandantes de resinas e à trajetó-

ria do câmbio e dos preços interna-

cionais e nacionais, tornam pouco

claras as perspectivas para o setor

petroquímico neste ano. Se o desem-

penho dos principais consumidores

- indústria automobilística, alimen-

tos, bebidas e construção civil -

deve ser modesto, a desvalorização

do real e a queda nos preços da nafta

podem se mostrar como fatores po-

sitivos para a indústria petroquímica

brasileira. A avaliação é da con-

sultoria Tendências Consultoria In-

tegrada, cujos analistas projetam,

diante desse cenário, um cresci-

mento de 3,0% no consumo apa-

rente nacional de resinas termoplás-

ticas, com expansão de 3,8% e

2,5% para produção e vendas in-

ternas, respectivamente.

Na contra-mão da crise

Apesar dos inúmeros problemas

econômicos do cenário nacional e

internacional, existem empresas que

rumam a resultados positivos e es-

tão satisfeitas com seu desempenho.

A distribuidora de resinas Activas é

um exemplo de Companhia que tra-

fega na contra-mão da crise finan-

ceira mundial.

Empresa 100% brasileira e com 19

anos de mercado, a Activas não espera

a crise passar de braços cruzados. Se-

gundo o diretor da empresa, Laércio

Gonçalves, existem mercados como o

brasileiro que, além das boas perspec-

tivas de repetir os volumes de 2008,

podem ter um crescimento de um ou

dois dígitos. Em sua opinião, apesar

do declínio em alguns setores da eco-

nomia, existem outros que estão rea-

gindo bem. “Se há consumo, nosso

objetivo é atender a demanda sem fi-

car de braços cruzados, esperando cair

do céu”, afirma o empresário. Para ele,

o segredo está em atuar em novas opor-

tunidades, sazonalidades, segmentos,

mercados, nichos que praticam ações

de competitividade e investir em tec-

nologia e diferenciais. “Os nossos vo-

lumes voltam gradativamente ao nor-

mal se compararmos a média de vendas

em 2008”, salienta.

O processo de gestão da empre-

sa sofreu alterações no último ano. A

entrada da Quattor na distribuição da

Activas fez com que a petroquímica

tenha uma co-participação no pro-

cesso. Os resultados foram positivos:

ciclometria de logística melhor, plane-

jamento de estoques na matriz e nas

filiais,prazos ajustados em detalhes,

mais agilidade em negociações, mais

capitalidade e concorrência mais com-

petitiva com importados. “Outro fator

determinante foram as melhorias no flu-

xo administrativo e financeiro, sempre

buscando menor dependência de ca-

pitais externos (inclusive pela baixa ge-

neralizada no mundo)”. Gonçalves cita

como exemplo as vendas via cartão do

BNDES, onde o cliente tem limites de

R$250 mil por cartão, com prazos de 3

a 36 meses com juro pré-fixado de 1%

ao mês.

A expectativa de futuro é de muito

esforço em busca de bom desempenho.

“Nossa perspectiva é de muito traba-

lho e de investimentos que proporcio-

ne resultados concretos, objetivos e

mercadológicos que invertam ‘a

choradeira’ sem se debruçar no que

‘chamam de crise’, mas como um ciclo

a ser derrotado”, destaca.

Laércio Gonçalves:“Activas sem crise”

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///Indústria da Alimentação

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Tecnologia e pesquisagarantem mais qualidade

Cada vez mais aumenta a

importância dos plásticos no

acondicionamento e

armazenagem de alimentos,

seja em in natura ou

processados. A tecnologia

tem registrado grandes

avanços, principalmente no

que se refere às matérias-

primas e aditivos que

garantem qualidade superior

aos produtos finais e vida

mais longa às embalagens.

No acondicionamento dos

alimentos, os plásticos em

geral podem ser

apresentados de duas

formas: embalagens rígidas

e embalagens flexíveis.

Saiba quais os principais

produtos oferecidos pelas

petroquímicas e indústrias

químicas e as novidades

para este segmento.

Braskem oferece amplocatálogo em PP e PE

Petroquímica com forte vocação

para pesquisa e atuação de vanguar-

da, a Braskem possui um amplo catálo-

go de produtos em polipropileno (PP)

e polietileno (PE) para todas as solu-

ções existentes no mercado. São mais

de 100 resinas que podem ser utiliza-

das em embalagens alimentícias.

O polipropileno pode ser utiliza-

do tanto em embalagens rígidas, quan-

to em embalagens flexíveis. Segundo

os engenheiros de Aplicação PP Hei-

tor Trentin e Sérgio Almeida, na linha

de embalagens rígidas, a Braskem pos-

sui um portfólio completo para as apli-

cações existentes. “Suas principais

características que trazem vantagens

sobre as outras soluções são: facilida-

de de moldagem, baixo peso, excelente

balanço de rigidez e resistência ao im-

pacto, resistência térmica excelente,

que permite envase a quente e esterili-

zação por calor, além de uma ótima

barreira a umidade, faz do PP o polímero

com o maior número de embalagens

diferentes no mercado”, ressaltam.

“Podemos destacar as aplicações

em potes de sorvete produzidos pelo

processo de injeção utilizando as resi-

nas Braskem CP191, CP195 e CP145.

Já os potes e tampas de margarina

podem ser fabricados com H606,CP195, CP145 entre outros graus.

Potes de requeijão utilizam resinas

especiais, mais transparentes, onde

destacamos o RP347 e o Prisma

Braskem pesquisa PP clarificado no CTI em Triunfo (RS)

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2400” acrescentam os especialistas.

A família de produtos chamada

Prisma, informam Heitor Trentin e Sér-

gio Almeida, contém algumas das resi-

nas mais diferenciadas do mercado: “o

Prisma 3410 é o PP mais transparente

disponível, o Prisma 2910 é o único

polipropileno fabricado no mercado

interno com elevada resistência ao

impacto a baixas temperaturas e, ao

mesmo tempo, transparente. Por fim,

o já citado Prisma 2400 é um produ-

to desenhado tanto para injeção,

quanto para o processo sopro ISBM.

No caso do PP, são fabricadas garra-

fas para sucos e água. Outra resina

que merece destaque na linha de em-

balagens rígidas é o H502HC, o

homopolímero de mais alta rigidez pro-

duzido no Brasil, substituindo poli-

estireno em aplicações como copos e

pratos descartáveis”, revelam.

[Embalagens Flexíveis] -Na linha de embalagens flexíveis a

Braskem conta com uma ampla gama

de resinas de polipropileno: homopolí-

meros (PH0952, PD943XP, H401,PH0950) , copolímeros (RP344 ePRA0852) e terpolímeros (Symbios3102 e 4102) - adequadas à obtenção

de Filmes Mono e Multicamadas,

tubulares e planos. “Estas resinas são

amplamente utilizadas nas camadas

externas das estruturas de filmes para

embalagens flexíveis porque assegu-

ram excelente efeito estético através

do alto brilho e apropriadas proprie-

dades de superfície para efeitos per-

feitos de impressão sendo que os

copolímeros RP344, PRA0852 e

terpolímeros Symbios 3102 e 4102têm aqui especial aplicação”, susten-

tam os engenheiros da Braskem.

E explicam que estes produtos,

também os associados como homopo-

límeros PH0952 e H401 apresentam

altíssimo grau de transparência, sen-

do utilizados em estruturas de filmes

para embalagens de alimentos como

massas e sopas e outras aplicações fora

da área alimentícia como vestuário,

flores e DVDs. “O homopolímero

PD943XP apresenta excelente proces-

sabilidade e se destaca pela aditivação

especial na obtenção de filmes de es-

pessura fina”, destacam Heitor Trentin

e Sérgio Almeida.

Além disso, informam que a ex-

celente condição de barreira à umi-

dade faz de filmes de Polipropileno

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///Indústria da Alimentação

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Biorientados, comumentemente co-

nhecidos como BOPP, e produzidos

com as resinas especiais de PP Braskem

H504XP e Symbios 4102, serem apli-

cados em embalagens de produtos ali-

mentícios crocantes e secos como

“snacks”, por exemplo. “Estes

filmes, também capazes de serem

metalizados, consequentemente agre-

gam maior valor às embalagens de ali-

mentos porque as tornam ainda mais

protegidas contra o processo de de-

terioração por oxigênio, elevando a

vida de prateleira dos produtos em-

balados”, ressaltam os especialistas.

As características intrínsecas dos

filmes de PP de suportarem tempera-

turas elevadas acima de 100oC os tor-

nam ideais para estruturas de embala-

gens de alimentos cozidos e produtos

que sofrem processo como esteriliza-

ção e neles são utilizados as resinas

Braskem homo, copo e terpolímeros, ex-

plicam os engenheiros. “A facilidade

dos terpolímeros Symbios 4102 e3102 selarem a baixa temperatura e de

suportarem altas temperaturas os tor-

nam especiais para uso na camada de

selagem destas estruturas. A facilidade

de torção de Filmes produzidos com a

resina PH-0950 a faz específica para a

linha de balas e bombons, onde esta

resina tem a liderança de aplicação”,

sentenciam.

[Novidade] - A Braskem in-

veste permanentemente em Pesquisa e

Desenvolvimento e lança no mercado

brasileiro resinas de polietileno e

polipropileno no estado-da-arte, des-

tacam Heitor Trentin e Sérgio Almeida

Em 2009, a empresa mostrará durante

a Brasilplast alguns de seus lançamen-

tos. “Para o setor de embalagens tere-

mos as resinas CP404XP, desenvolvi-

das para o segmento de tampas para

refrigerantes, sucos e água. Em relação

às soluções existentes, o novo grau

permite melhor produtividade nos

transformadores, além de melhor

performance mesmo com diferentes

cores de tampas”, revelam.

Para o segmento de filmes de PP

eles contam que a Braskem promoverá

a linha Symbios. A resina Symbios4102 é indicada para a camada tra-

tada e metalizável de Filmes de BOPP.

As resinas Symbios 3102 e Symbios4102 são indicadas para camada de

solda de estruturas multicamadas de

filmes planos e tubulares. “A menor tem-

peratura de solda associada ao “Hot

tack” – resistência de solda ainda a

quente destas resinas, podem ainda pro-

porcionar otimização de custos por

conferir maior produtividade na linha

de embalagem. Outras propriedades,

como a resistência da solda à alta tem-

peratura, ainda viabilizam estruturas

para filmes que sofrem processos de

cozimento e esterilização”, completam

os engenheiros.

[Aplicações de PE] – Segun-

do o engenheiro Marco A. Martinez de

Oliveira, o polietileno (PE) da Braskem

tem várias aplicações no setor de ali-

mentação, como por exemplo:

* Caixas plásticas para produtos

horti-fruti (JV060U, IA59U3), como

naquelas que passarão a ser usadas pela

Central de Caixas da Ceasa do Rio Gran-

de do Sul; Tampas para bebidas,

achocolatados, remédios etc. (IN34,IF33, IB32); - Embalagens sopradas

para iogurtes, achocolatados, fermen-

to, leite, sucos etc. (GD5160, GF4960);

Filmes termoencolhíveis para latas de

cerveja e refrigerantes (HF0150,PB526, LF720/21AF); Filmes para car-

nes processadas (LF 0720/21AF, LHB118/21AF, EB 853/72, BF 0323/12HC,LL7901S, LL6801N, FLEXUS 9211,0312SP); Embalagens para arroz, açú-

car, farinha, feijão, fubá, pipoca, ma-

carrão, bolachas, etc.

Na próxima Brasilplast, de 4 a 8

de maio a Braskem apresentará uma

série de novidades para o setor.

Mamadeiras feitas com Prisma 3410, material que substitui policarbonatos

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Quattor: foco no PPOutra petroquímica brasileira, a

Quattor, também possui em seu

portfólio uma série de polímeros (plás-

ticos) destinados a embalagens de ali-

mentos, tais como os polietilenos de

baixa densidade (PEBD), baixa densi-

dade lineares (PELBD), baixa densida-

des lineares metalocênicos (mPELBD),

alta densidades (PEAD), polipropilenos

(PP) e Copolímero de Etileno Acetato

de Vinila (EVA) que são fortemente de-

mandados, apresentando propriedades

de barreira a umidade e gordura, entre

outras, revelam Rafael Navarro, Geren-

te de Marketing PE e Marcelo Neves,

Gerente de Serviços Técnicos PP da

Quattor. Segundo os executivos, “a

Área de Desenvolvimento de Produ-

tos e Serviços Técnicos da Quattor

tem como uma de suas principais ati-

vidades oferecer suporte técnico aos

seus clientes no desenvolvimento e

projeto de embalagens para alimen-

tos e outros segmentos, contando

ainda com laboratórios altamente ca-

pacitados para esta finalidade”.

Eles ressaltam que, devido à sua

versatilidade, o polipropileno (PP) en-

contra-se presente em toda a cadeia

de produção de alimentos, desde o

plantio até a mesa do consumidor. “A

Quattor Petroquímica possui um am-

plo portfólio para atender a todas es-

sas necessidades e exigências. Com re-

lação às embalagens flexíveis, o

polipropileno já aparece no transporte

de açúcar, arroz, milho, soja e outros

grãos, através das sacarias de ráfia e

big-bags. Para essas aplicações, novas

resinas têm permitido a obtenção de

tecidos mais leves, porém com a ma-

nutenção de sua resistência mecânica

e ganho de produtividade no proces-

so de produção”, destacam Rafael

Navarro e Marcelo Neves.

As embalagens flexíveis feitas

com filmes, tanto não-orientados

como orientados, respondem pelo

maior volume consumido de PP para

embalagens, informa a Quattor. “Os

filmes de PP são usados em embala-

gens para salgadinhos, biscoitos, cho-

colates, massas, picolés, rótulos di-

versos, isso sem falar nas estruturas

laminadas com outros materiais para

sopas, refeições prontas, pet food

etc”, destacam os executivos.

[Nanotecnologia] - Antes de

chegar ao usuário final, os filmes de-

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vem passar por vários processos como,

metalização, impressão, laminação até

chegar às etapas onde são transforma-

dos em embalagens do tipo flow pack,

form fill seal, stand up pouch etc. “No

desenvolvimento de seus produtos, a

Quattor leva em consideração todos

esses processos ao qual o filme é sub-

metido, de forma a otimizar o desem-

penho nos mesmos”, explicam.

Apenas citando um exemplo, a

Quattor possui um polipropileno es-

pecífico para filmes bi-orientados

metalizados. “Por permitir a perfeita

adesão do alumínio ao filme, esse PP

permite a fabricação de embalagens

que conservam melhor o seu conteú-

do devido à maior barreira a gases e

à luz. Em estágio avançado de de-

senvolvimento, a companhia tem um

PP com nanotecnologia para aumen-

tar a barreira a luz do filme sem per-

da de transparência – qualidade al-

tamente apreciada pelos consumido-

res que gostam de ver o conteúdo

das mercadorias que estão levando

para casa”, revelam os executivos.

Para embalagens rígidas, desta-

cam que o universo de aplicações tam-

bém é muito amplo. As principais apli-

cações são as tampas de bebidas, bal-

des para o segmento de food service e

potes para margarina, sobremesas, sor-

vetes e alimentos em pó em geral. Para

potes de paredes finas, os copolímeros

de impacto (heterofásicos) de altíssima

fluidez permitem que os produtores

otimizem seu processo, produzindo em-

balagens leves e com ciclos de produ-

ção a cada dia menores. “Tudo isso

requer um PP com um balanço

otimizado entre fluidez e propriedades

mecânicas”, sustentam.

No quesito transparência, a

Quattor possui um portfólio completo

de copolímeros random para extrusão

e injeção, sendo que o lançamento mais

recente foi um copolímero random de

alta fluidez. “Essa resina possui exce-

lentes propriedades organolépticas,

sendo indicada para embalagens de

alimentos (inclusive os envasados a

quente)”, informam Rafael Navarro e

Marcelo Neves.

[Luzz 730, novidade] - Ain-

da no segmento de injeção, em 2008

a Quattor lançou o Luzz 730, um

polipropileno random de altíssima trans-

parência. Os executivos ressaltam que,

“por se tratar de uma especialidade, o

foco maior do Luzz 730 é na aplicação

em utensílios domésticos duráveis e

eletrodomésticos, entre outros. Tam-

bém já foram feitos testes em copos de

requeijão com um ganho perceptível

de transparência em relação ao random

convencional”.

Para a produção de tampas para

bebidas, a evolução do processo alia-

do às melhorias feitas no PP para essa

aplicação permitiu aos produtores au-

mentar sua produtividade com redu-

ção da quantidade de material usado

tanto na tampa quanto na garrafa. Esse

é apenas um dos exemplos de como a

Quattor busca trabalhar “a quatro mãos”

com seus parceiros na busca do de-

senvolvimento sustentável do seu ne-

gócio, ressaltam os executivos.

[Portfólio] - Principais

polímeros do portfólio Quattor (*) uti-

lizados na fabricação de embalagens

para alimento, sendo definido o tipo

de acordo com tipo de embalagem, ali-

mento a ser condicionado, etc:

Polietileno Linear de Baixa Den-

sidade (PELBD): BF-20008 S3 e HF-

22008 S3.

Polietileno de Baixa Densidade

Linear Metalocênico (mPELBD): MF-

28006 e MF-18006 S3;

Polietileno de Alta Densidade

(PEAD): BF-48100; HF-48100; HF-

5007;

Polietileno de Baixa Densidade

(PEBD): UB 2307AT /01; UB 208C; UB

2119/02;UB 440C;UB 218C; UB 2126/

O plástico é utilizado em diversos segmentos, como em embalagens de arroz

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02; UB 113C; UB 2141/03 E UB 1975;

Produto EVA (ABC): UE 1203F;

UE 1220/31F; UE 1720 E UE 1825.

(*) Para maiores especificações

consultar a empresa

Dow investe em P&DA Dow conta com um amplo

portfólio de resinas e uma equipe de

especialistas em embalagens flexíveis

para auxiliar o cliente a criar novos

produtos ou a melhorar suas estrutu-

ras atuais. “O objetivo da Dow é cola-

borar para que os clientes cresçam con-

tinuamente, oferecendo o que existe

de mais avançado para o consumidor

final”, ressaltam Bruno Pereira, Geren-

te de Marketing para Embalagens de

Alimentos e Especialidades (Food &

Specialty Packaging) e Agustín

Argibay, Diretor de Solution/PEBDL

ambos na abrangência da Dow para a

América Latina.

Os executivos revelam que as plan-

tas de polietileno (PE) da Dow distri-

buídas pelo mundo somam uma capa-

cidade de produção superior a 7 mi-

lhões de toneladas por ano. A Dow con-

ta também com a maior oferta de etileno

do mundo, garantindo o abastecimen-

to contínuo do produto. “A Dow ofe-

rece suporte e assessoria técnica glo-

balmente a partir de seus centros de

P&D, inclusive na América Latina. Nes-

tes centros, cientistas e especialistas

em mercado trabalham junto aos cli-

entes para desenvolver produtos ino-

vadores. Assim, a Dow colabora para

que eles alcancem diferenciais, explo-

rem ao máximo as oportunidades e se

posicionem à frente de seus concor-

rentes”, explicam Bruno Pereira e

Agustín Argibay.

Os executivos sustentam que a

Dow tem ampla experiência em ofe-

recer soluções para as necessidades

dos principais mercados de embala-

gens flexíveis: Carnes e queijos; Fru-

tas e verduras frescas e congeladas;

Alimentos secos (pós, cereais e

snacks); Alimentos líquidos (água,

leite, sucos); Alimentos preparados

(embalagem asséptica e “hot fill”);

Produtos médicos.

[Produtos] – Denrto do mix

ofercido pela Dow para esse mercado

inclui os seguinte produtos: Affinity™:plastômeros poliolefínicos (POPs);

Amplify™ : polímeros funcionais;

Attane™: resinas de polietileno de

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ultra baixa densidade (PEUBD) – uma

excelente combinação de proprieda-

des óticas e resistência a punção e

rasgo; Dowlex™: polietileno de baixa

densidade linear (PEBD) superior ;Engage™: plastômeros poliolefínicos

(POPs); Elite™: resinas de polietileno

melhorado (EPE) - combinação única

de desempenho e processabilidade;

DOW™ LDPE: resinas de polietileno

de baixa densidade; Primacor™: co-

polímeros; Versify™: plastômeros;

Saran™ : resinas e filmes de cloreto

de polivinilideno (PVDC); Saranex™:

filmes de barreira; e Infuse™: copolí-

meros olefínicos em bloco.

[Novidades] - Bruno Pereira e

Agustín Argibay ressaltam que a Dow

tem a inovação como um de seus valo-

res fundamentais, e por isso está sem-

pre desenvolvendo soluções exclusivas

e diferenciadas para atender às mais

diversas necessidades de seus clientes.

Na área de embalagens para alimentos,

a empresa destaca como novidades:

* Introdução de novas soluções de

PEAD dedicadas à produção de filmes com

elevada barreira à umidade: Conver-

tedores e usuários finais têm a opção

de utilizar uma resina com alto desem-

penho em filmes que necessitam de

barreira à umidade. Os novos grades

apresentam uma combinação única de

barreira à umidade e resistência mecâ-

nica, além de excelente estabilidade de

balão durante a extrusão-sopro. Essas

resinas são altamente indicadas para

aplicações como embalagens para ce-

reais, biscoitos e produtos secos. Ou-

tro fator importante é a promoção de

maior shelf-life para os produtos ali-

mentícios, permitindo redução de per-

das e economia no transporte ao lon-

go da cadeia logística.

* Introdução de novos grades na

família de resinas ATTANE™ para embala-

gem de produtos congelados: A resistên-

cia à perfuração, principalmente a bai-

xas temperaturas, faz do Attane™ uma

alternativa espetacular para produtos

congelados em geral - tais como em-

balagens para carnes e bolsas de gelo,

entre outros. Além disso, esta linha de

resinas traz mais sustentabilidade para

a cadeia de alimentos, pois proporcio-

na redução de perdas ocasionadas pela

perfuração da embalagem.

* Dowlex 2049 para embalagem

de arroz, farináceos e grãos em geral: Esta

resina proporciona perfeito balanço

entre propriedades mecânicas (garan-

tindo proteção ao produto) e óticas

(principalmente para laminação). O

Dowlex 2049 ainda agrega um grande

diferencial de sustentabilidade, pois

proporciona redução de até 15% na

espessura da embalagem mantendo as

características de proteção.

Basf atua emvários segmentos

Especialista em inovação e com

um amplo catálogo de produtos, a

Basf também está presente de forma

marcante no fornecimento de solu-

ções para a indústria de embalagens

para o setor de alimentação. Andreas

Fleischhauer, Diretor da Divisão de

Estirênicos para a América do Sul re-

vela quais os produtos fornecidos e

suas aplicações:

[Alto Impacto] – para apli-

cações como: copos, pratos e potes

descartáveis; Poliestireno cristal -

utilizado na injeção de talheres e co-

pos, facilmente encontrados nos ser-

viços de bordo das companhias aére-

as; Styroflex® - que pode ser extrusado

para criar um filme transparente e alta-

mente elástico para aplicações em em-

balagens alimentícias; Styrolux® - uti-

lizados em aplicações alimentícias,

como: copos termoformados e tampas,

além de filmes termo-encolhíveis.

Conforme Fleischhauer, a novida-

de é o grade HS70 de Styrolux. “Este

produto oferece uma alta perfomance

para Shrink Sleeve e o diferencial deste

grade é o alto brilho e a facilidade de

Dow destaca resinas aplicadas em embalagem para pães

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impressão comparado com os shrinks

convencionais”, revela. Outro destaque

é o Styrolux® 3G46, diz. Este produto

é um copolímero de estireno-butadieno

(SBC) desenvolvido especificamente

para fichas e filmes de extrusão para

termoformagem. “O Styrolux® 3G46 é

projetado para melhorar o desempenho

na mistura com poliestireno para uso

geral, fornecendo peças com um exce-

lente equilíbrio de transparência e te-

nacidade”, completa

As aplicações sugeridas, enfatiza

Fleischhauer, incluem todo o portfólio

de produtos alimentares e não alimen-

tares como embalagem blister, copos,

tampas, bandejas e sheeting.

[Biodegradável] – Sempre

preocupada em oferecer soluções, uma

nova tecnologia que a Basf está intro-

duzindo no mercado é a sua gama de

resinas biodegradáveis e compostáveis

por meio das marcas Ecoflex®, Ecovio®e Ecobras™. Conforme Letícia Mendon-

ça, Gerente de Especialidades Plásti-

cas para a América do Sul, o Ecovio® e

o Ecobras™, além de biodegradáveis,

também são de fontes renováveis. “O

Ecobras™ foi lançado em 2007 na úl-

tima Brasilplast e foi desenvolvido no

Brasil em parceria com a subsidiária bra-

sileira da Corn Products International,

especialista no processamento de ma-

térias-primas vegetais”, revela.

A executiva explica que as três

resinas têm uma proposta de valor úni-

ca para os clientes de embalagens. “Pri-

meiro, a inovação é baseada em maté-

rias-primas de fontes renováveis, con-

tribuindo para o desenvolvimento sus-

tentável de toda a cadeia de plásticos

ao balancear o tempo de produção do

plástico ao seu consumo e decompo-

sição. A segunda parte da proposta

considera o descarte do produto final.

As três resinas possuem certificado de

Biodegradação e Compostabilidade de

órgãos especializados, o que significa

que elas se comportam como um com-

posto orgânico normal e podem ser des-

cartadas como um composto orgânico

normal”, destaca.

Ainda segundo Letícia Mendon-

ça, oss três polímeros são inovações

que são processadas em equipamentos

tradicionais do setor e são adequados

para extrusão (produção de filmes),

sopro e injeção.

[Plásticos de Engenharia]– Uma terceira frente de atuação da

Basf para o segmento de alimentação

está na divisão de Plásticos de Enge-

nharia, que oferece a linha Ultramid®- Poliamida 6 e Copoliamida 6/66 espe-

cialmente desenvolvidas para a produ-

ção de filmes para embalagens utiliza-

das na indústria alimentícia e quími-

ca, devido à sua resistência mecânica,

térmica, transparência, barreira ao oxi-

gênio, a produtos químicos e aromas,

segundo informa Vagner Rogério de

Castro, Coordenador de Negócios –

Plásticos de Engenharia

Como novidade para o segmen-

to de Extrusão o executivo destaca

dois novos grades: Ultramid® RX2109,

que é uma Poliamida 6, homopolímero,

e o Ultramid® RX2113, que por sua

vez é uma Copoliamida 6/66 de alta

viscosidade. “Indicados para aplica-

ção em filmes e monofilamentos, es-

tes novos grades proporcionam uma

melhor processabilidade, maior maci-

ez e transparência quando compara-

dos aos grades atuais”, explica. E re-

vela mais detalhes: * Ultramid®RX2109: indicado para aplicações do

tipo stand-up pouch, pois confere à

embalagem resistência mecânica, ri-

gidez e barreira - tanto a produtos

químicos quanto ao oxigênio. Também

é indicado para a produção de filmes

que serão laminados, pois possui uma

excelente estabilidade dimensional e

alta resistência térmica.

* Ultramid® RX2113: indicado

para filmes que exigem maior transpa-

rência e maciez. Como possui um ponto

de fusão menor do que o dos grades

atuais, possibilita o seu proces-

samento com um perfil de temperatu-

ra reduzido, o que é altamente reco-

mendado para a co-extrusão de filmes

multi-camadas, onde há a presença de

polímeros termo-sensíveis, como por

exemplo: EVOH.

Bayer destacaqualidades do Makrolon

O portfólio da Bayer Material

Science envolve resinas para aplica-

ções em vários segmentos. No caso

do setor de alimentação, o famoso

policarbonato Makrolon® é utiliza-

do com sucesso na fabricação de

potes de uso geral. Suas excelentes

propriedades, como rigidez e estabi-

lidade dimensional, proporcionam

funcionalidades ímpares às embala-

gens, favorecendo um perfeito fecha-

mento entre pote e tampa, o que é

essencial para a conservação dos ali-

mentos, ressalta a empresa.

Os especialista também enfatizam

que a excepcional resistência ao im-

pacto de Makrolon® mantém a inte-

gridade da embalagem, mesmo após

quedas de alturas elevadas. A grande

resistência térmica do produto permi-

te que alimentos, ainda quentes, se-

jam acondicionados em recipientes

fabricados com a resina.

[Múltiplos usos] - Assim,

além de garantir todas as funcionali-

dades fundamentais em uma embala-

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gem, é importante lembrar que a exce-

lente transparência do Makrolon® per-

mite utilizar os produtos, não só para

preparo e acondicionamento de ali-

mentos, mas também para serví-los com

inovação, praticidade e sofisticação.

Conforme a Bayer MS, seus

policarbonatos destinados ao segmento

alimentício pertencem à família

Makrolon® Série XXX6, como, por

exemplo, o Makrolon® 2456, tipo in-

dicado para injeção de copos

educativos, potes de uso geral e em-

balagens de baixa espessura de pare-

de; o Makrolon® 2856 é indicado para

frascos produzidos via injeção-

estiramento-sopro, utilizados com su-

cesso em mamadeiras, já o Makrolon®3106 é ideal para frascos processados

via sopro convencional.

Para a Bayer MS é importante res-

saltar que todos os seus grades utiliza-

dos em aplicações para contato com

alimentos, Makrolon® Série XXX6, es-

tão em conformidade com os órgãos

reguladores do segmento.

Sabic oferecealternativa “verde”aos Hashis de madeira

Com uma posição de liderança no

setor de plásticos, a Sabic Innovative

Plastics conta com a colaboração de

seus clientes e investe continuamente

em tecnologia para criação de novos

polímeros, desenvolvimento de aplica-

ções globais, tecnologias de processo

e soluções ambientalmente responsá-

veis para vários segmentos onde são

utilizados plásticos de engenharia,

entre estes, o de alimentação.

A cena é comum e típica: todos

os dias no Japão, milhões de hashis

(pauzinhos orientais usados como ta-

lheres) descartáveis de madeira vão para

o lixo após cada refeição em refeitóri-

os de empresas, escolas e outros locais

de alimentação. Agora a Sanshin Kako,

um dos principais fabricantes de uten-

sílios de mesa de uso profissional do

país, está usando a resina de alto de-

sempenho Valox iQ* 420 HP da Sabic

Innovative Plastics para oferecer um

produto ambientalmente mais respon-

sável e contribuir para os três Rs: Re-

duzir, Reutilizar e Reciclar.

Os hashis plásticos da Sanshin

Kako não apenas conservam os recur-

sos naturais, mas cada quilograma desta

resina usa 0,87 quilogramas de garra-

fas de polietileno tereftalato (PET) pós-

consumo, que de outra forma iriam para

os aterros sanitários. Esses hashis, que

estão disponíveis em cores vivas e per-

sonalizadas, oferecem uma superfície

suave em comparação com a madeira,

que pode quebrar com facilidade, e re-

presentam o comprometimento da

Sabic com o desenvolvimento global

de novas tecnologias que ajudem os

consumidores a superar os desafios

ambientais da atualidade.

Conforme Takashi Hata, presiden-

te da Sabic Innovative Plastics no Ja-

pão, “a Sabic desenvolveu a platafor-

ma de resina iQ como parte de nosso

programa de sustentabilidade, com foco

em soluções ambientalmente respon-

sáveis”. O uso da resina Valox iQ na

nova linha de hashis da Sanshin Kako

os ajudou a atingir dois objetivos

ambientais: o desenvolvimento de um

produto que fosse reutilizável e fa-

bricado com a transformação de gar-

rafas plásticas pós-consumo. “Ao evi-

tar que 68,5 milhões (274 toneladas)

de hashis descartados por dia sejam

encaminhados aos incineradores de

lixo do Japão e reduzir os 2,5 mi-

lhões de toneladas de PET que vão

para os aterros todos os anos, a nova

linha de hashis plásticos ajuda o Ja-

pão a ampliar suas iniciativas

ambientais”, ressalta o executivo.

[Reutilizável até 1.000vezes] – Assim, graças ao alto de-

sempenho e à injeção na cor da resina

Valox iQ 420HP, os hashis da Sanshin

Hashis em plástico para sushis são feitos com Valox iQ 420 HP da Sabic

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Kako podem ser lavados em lava-lou-

ças automáticas e usados até 1.000 ve-

zes, enquanto os hashis de madeira são

usados uma única vez. Além disso, os

materiais iQ da Sabic reduzem as emis-

sões de CO2 em mais de 50%, quando

comparados com qualquer outro

termoplástico de engenharia do mer-

cado – sem o comprometimento de suas

propriedades físicas.

A Valox iQ 420 HP .segundo a

Sabic, é uma resina preenchida com

30% de fibra de vidro que oferece ri-

gidez superior, resistência ao impac-

to e um facilidade de processamento.

A resina também oferece acabamen-

to estético interessante por conta do

desenvolvimento de cores personali-

zadas e injeção na cor final, o que

permite que a Sanshin Kako produza

uma grande variedade de hashis nas

cores azul, laranja, vermelho, amare-

lo, roxo e, é claro, verde.

Segundo o executivo da Sabic,

usando esta resina, o produto da

Sanshin Kako atende aos requisitos

do Ministério da Saúde, Trabalho e

Assistência Social do Japão (MHLW),

e é certificado como produto ‘Eco-

mark (de marca ecológica)’ no Japão.

A resina Valox iQ 420HP também aten-

de aos requisitos europeus para apli-

cações em contato com alimentos e

aguarda a aprovação do Food & Drug

Administration (FDA) dos Estados

Unidos nos próximos meses.

A Sabic destaca que as resinas

inovadoras Valox iQ passam por um

processo químico exclusivo de

transformação de garrafas de PET

pós-consumo em resina de poli-

butileno-tereftalato (PBT), o que

amplia a vida útil de uma única

garrafa em até 20 anos.

[Xylex, Lexan EXL e

Ultem] – Além da Valox iQ*420HP , a Sabic oferece outras resi-

nas para uso em produtos ligados

ao setor de alimentação. O Xylexpara flavour shaker com a marca do

Jamie Oliver é um deles.

[Outras resinas] – A Sabic

também oferece outras resinas, como

o Lexan EXL para moldes para fabrica-

ção de chocolate. Os moldes fabrica-

dos com Lexan EXL 1443T concentram

excelentes propriedades. Já a resina

Ultem também possui aplicações no

segmento de alimentação, com várias

propriedades que a tornam diferente.

Milliken destaca oaditivo Millad® NX8000

Por mais qualidades que tenha uma

matéria-prima, para que seu uso possa

ser ampliado e resultar em produtos de

qualidade, geralmente será necessário

adicionar ao proceso um aditivo que

garante outras propriedades. A Milliken

atua nesta área. “De fato oferecemos

uma ampla gama de aditivos para

polipropileno que, em linhas gerais,

melhoram as propriedades físicas, me-

cânicas e estéticas do material, uma

preocupação constante da indústria de

embalagens para alimentos”, destaca

Kaari Sevo, Gerente de Desenvolvimento

de Mercado da Milliken.

Segundo a executiva, a grande

novidade é realmente o Millad®NX8000, um novo clarificante que ga-

rante níveis de transparência jamais

vistos em um polipropileno, reforçan-

do a vocação desta resina como alter-

nativa a outros plásticos como PET, PS,

SAN, PC, PVC e outros materiais de

embalagem, como o vidro.

“Outro ponto forte do Millad®NX8000 é a janela de trabalho mais

ampla nos processos de injeção,

extrusão e sopro, atendendo, de for-

ma mais precisa, as necessidades

dos transformadores de plástico e

melhorando a consistência e a pro-

dutividade total do processo”,

acrescenta Kaari Sevo.

Ela informa que o polipropileno

clarificado com o Millad® NX8000 já

está testado e aprovado para o conta-

Claudia Kaari Sevo, da Milliken, ressalta ampla gama de aditivos da empresa

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///Indústria da Alimentação

DE

STA

QU

E

to direto com alimentos uma vez que

atende plenamente às exigências da

FDA (Food & Drug Administration) dos

EUA. “Ele também já foi incluído na

nova lista positiva de aditivos para

plásticos da Anvisa”, explica.

A atratividade da embalagem,

garantida pelo novo clarificante, se-

gundo Kaari Sevo, vai de encontro

aos benefícios inerentes ao

polipropileno como baixa densidade,

bom equilíbrio entre rigidez e impac-

to, boa resistência térmica e quími-

ca, e total reciclabilidade. “O PP cla-

rificado com o Millad® NX8000 é pro-

cessado e reciclado usando as tec-

nologias convencionais disponíveis

no mercado”, completa.

Empresas de pequeno portecontam com nova embalagem

Cada vez mais as pequenas em-

presas utilizam a embalagem como uma

ferramenta de promoção e divulgação

de sua marca e de seus produtos. Isto

porque, seguindo uma tendência in-

ternacional, estas empresas perceberam

que trabalhar uma boa embalagem é mais

barato que empreender campanhas pu-

blicitárias. Diante deste novo cená-

rio, a Tradbor Stand-Up Pouches, pio-

neira na fabricação de stand-up

pouches pré-formados no Brasil, pas-

sou a fornecer a linha de embalagens

plásticas flexíveis TradPouch a partir

de 500 unidades, personalizadas com

rótulos autoadesivos, em mais de 10

tamanhos diferentes. As embalagens

stand-up pouch também podem ser

metalizadas ou transparentes e dota-

das de um zíper reselável que lhes ga-

rante total hermeticidade. A linha está

disponível para pronta entrega.

Além de atender às necessidades

das pequenas empresas que buscam

diferenciar-se e colocar-se no mesmo

patamar das empresas maiores, a linha

TradPouch pode ser utilizada por em-

presas grandes que precisam de peque-

nas quantidades para ações promo-

cionais ou de amostragem. “É comum

vermos as grandes empresas buscarem

uma alternativa mais econômica para

este tipo de ação e só encontrarem

possibilidades que não agregam valor

ao produto e a marca.

Números preocupam a Abief

Rogério Mani (*)

“A indústria brasileira de emba-

lagens plásticas flexíveis fechou 2008

com um resultado que reflete claramente

o fraco desempenho de seu principal

cliente, a indústria de alimentos”. Este

que é o principal cliente de nossa in-

dústria registrou um aumento de pro-

dução bem modesto: 0,54% (dados da

Fundação Getúlio Vargas).

Mesmo considerando a maturida-

de dessa indústria, o número fica mui-

to aquém das expectativas e reflete a

fragilidade do setor diante do novo

cenário econômico imposto pela crise

internacional. E isto considerando-se

que as pessoas não deixam de comer...

Por sorte, os dados da Associa-

ção Brasileira da Indústria de Alimen-

tos (Abia) mostram um panorama me-

lhor para este setor: um crescimento

aproximado de 13% a 14% em 2008. E

por mais sorte ainda da nossa indús-

tria, o segmento de derivados de car-

ne – um grande usuário de embalagens

plásticas flexíveis – teve alta de

faturamento, fechando 2008 com R$

60 bilhões dos cerca de R$ 270 bi-

lhões faturados por toda a indústria

de alimentos contra R$ 231 bilhões

faturados em 2007.

Especificamente no caso das sa-

colas plásticas, ligadas ao varejo, o

entrave imposto em 2008 não teve a

ver com redução de consumo direto,

mas sim com posicionamento

ambiental. Atacadas com total desco-

nhecimento de causa por políticos e

defensores ambientais de visão unila-

teral, as sacolas viraram alvo fácil para

plataformas políticas populistas.

Mas o setor continua trabalhan-

do para mostrar que a boa sacola, pro-

duzida de acordo com a norma ABNT, é

muito mais vantajosa e vai de encon-

tro a uma necessidade maior: o consu-

mo consciente e a conseqüente redu-

ção do número de sacolas utilizadas.

Quanto mais resistente a sacola e, por-

tanto, adequada à norma, menos sa-

colas são necessárias por compra.”

(*) Rogério Mani é presidente da

Abief (Associação Brasileira da

Indústria de Embalagens Flexíveis

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Linha TradPouch metalizado éopção para pequenas empresas

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///Distribuição

ME

RC

AD

O

maior distribuidora brasileira

de produtos químicos e

petroquímicos para indústria,

a Ipiranga Química, cuja controladora

100% é a Braskem - tem nova identi-

dade, nome e marca. Agora é quantiQ,

que mostra a força das oportunidades

e a infinidade de possibilidades por

meio do potencial das pessoas.

“quantiQ é a tradução de um trabalho

apaixonado”, explica o diretor presi-

dente Fernando Rafael Abrantes. A pa-

lavra é derivada do latim quantum, que

significa quanto, tanto, o mais possí-

vel. Segundo Abrantes, que fez a apre-

sentação da nova marca, revelou o ba-

lanço de 2008 e as perspectivas para

2009 em fevereiro, essa também é uma

oportunidade de reenergizar a compa-

nhia em tempos de crise. A quantiQ

aumentou seu faturamento em 32% nos

últimos dois anos. “É uma coincidên-

cia de momento, mas que, por um lado,

também se torna uma oportunidade.

Estamos assumindo uma postura cria-

tiva, inovadora e ousada para lidar com

as instabilidades da economia atual”.

O executivo ressalta que as mu-

danças trazem pontos positivos para

o relacionamento com o mercado, com

os clientes e com a equipe da quantiQ.

quantiQ: apresentação,resultados e perspectivasApós crescer 32% nos últimos

dois anos, a troca de marca

significa uma reenergização

para enfrentar a crise e

crescer 19% em 2009.

“Queremos sempre evoluir com nossa

capacidade de entrega, a qualidade e

a diversidade de produtos e o conhe-

cimento do mercado”.

Disse o executivo: “A conjuntu-

ra econômica teve uma participação

importantíssima em nossos resultados

até outubro, com um período de fre-

quentes aumentos de preços de nos-

sos produtos, alta demanda em nos-

sos mercados e o dólar estável. Esta

oportunidade de gerar grandes resul-

tados, foi muito bem aproveitada pela

equipe”, garante. Porém, ressalta que

no último trimestre o cenário mudou

radicalmente, mas não afetou de for-

ma importante os resultados da em-

presa, exceto o consumo de caixa de-

vido ao câmbio. “Aliado a tudo isto,

tivemos equipes motivadas e focadas,

em todas as áreas da empresa. Assim,

em 2008 a nossa empresa realizou amelhor performance da sua história”,

revela Abrantes.

[Números positivos] - A

empresa, cuja receita bruta foi de R$

803 milhões em 2008 - representou

US$ 447 milhões -, um crescimento

de 19,3%. Nos últimos 12 anos a re-

ceita bruta cresceu 18% a.a. e o

EBITDA mais de 4.400% no período.A empresa tem metas ambiciosas para

este ano. “Pretendemos crescer 19%

em relação ao período anterior, ba-

seado em estratégias específicas para

segmentos de mercado-alvo, além da

consolidação da área de Lifescience,

que comporta as Unidades de Negó-

cio Aromas e Fragrância, Cosméticos,

Aditivos para Nutrição

Humana e Animal e

Farma”, explica.

Abrantes ressalta

que a nova marca tam-

bém é um incentivo

para a empresa alcançar sua meta. Os

projetos para 2009 incluem maior co-

bertura do mercado, aumento da pro-

dutividade da equipe e foco no rela-

cionamento com os clientes.

Veja o que diz o executivo sobre

os desafios de 2009: “O ano de 2009

está inserido num contexto muito di-

ferente de 2008. Com a crise finan-

ceira-econômica global , a conjuntu-

ra é de retração de consumo, menores

preços, riscos de crédito e alta con-

corrência. Ser uma empresa

diversificada e com uma visão muito

clara da sua estratégia, fará a diferen-

ça”, observa.

E acrescenta: “Teremos que lutar

todos os dias pela realização de nos-

sas metas, buscando alternativas para

cada negócio não realizado. O primei-

ro trimestre será um termômetro para

dar a temperatura do ano. A “compe-

tência” terá que superar a “ conjuntu-

ra” . Será o ano dos campeões de ver-

dade”, conclui. O foco de 2009 será

efetividade de vendas, captura de eco-

nomia e comunicação.

[Mais sobre a quantiQ] -É uma empresa diversificada, que atua

em 52 segmentos do mercado indus-

trial, concentrados em 14 macromer-

cados com um portfólio de mais de 700

produtos, entre commodities e especia-

lidades químicas. Possui estrutura de

vendas baseada no conhecimento pro-

fundo dos mercados e dos produtos

oferecidos, equipes estruturadas em 11

Unidades de Negócios, com atuação

exclusiva por mercados.

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///Fimec 2009

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33ª Feira Internacional de Cou-

ros, Químicos, Componentes e

Acessórios, Equipamentos e

Máquinas para Calçados e Curtumes re-

úne nos pavilhões da Fenac S/A, em

Novo Hamburgo, o que há de mais mo-

derno no setor do couro e calçado. Re-

conhecida como uma das duas maio-

res feiras do mundo, ao lado da Asia

Pacific Leather Fair, de Hong Kong, a

Fimec apresenta os principais lança-

mentos em produtos e serviços de apro-

ximadamente 1.200 marcas.

São dezenas de países exposito-

res representando todos os continen-

tes, dispostos a transformar as incer-

tezas do atual momento econômico

mundial em novas oportunidades de

negócios e em desenvolvimento. Em

quase 40 mil metros quadrados de feira

deverão circular milhares de visitantes

altamente qualificados, movimentando

a cadeia produtiva e garantindo o con-

ceito de evolução da moda e da tec-

nologia que deverá marcar esta edição.

O calçado pedepassagemA Fimec 2009, que acontece

nos dias 24 a 27 de março,

e Novo Hamburgo (RS),

direciona os holofotes para

o setor calçadista,

apresentando tendências e

mostrando que o segmento

tem muito a crescer.

“A Fimec é a oportunidade ideal

neste momento para que os empresári-

os do mundo inteiro tenham acesso às

novas tecnologias, aos equipamentos

mais modernos e a todas as novidades

do setor. Precisamos ser criativos para

conquistar novos mercados e superar

os desafios impostos pelo mercado in-

ternacional. Por isto a edição 2009

certamente será marcada pelo sucesso.

A Fimec vem crescendo ano a ano e

assumimos o compromisso de torná-la

a principal feira mundial do setor”,

destaca o diretor-presidente da Fenac,

Ricardo Michaelsen.

Recuperação do setorPara aproveitar todas as oportu-

nidades oferecidas por uma das maio-

res feiras do cenário internacional do

setor coureiro calçadista, a Associação

Brasileira de Empresas de Componen-

tes para Couro, Calçados e Artefatos

(Assintecal) organizará ações

direcionadas, principalmente, aos seus

associados durante o evento Confor-

me o Presidente da Entidade, Luís

Amaral, neste ano a Fimec é esperada

com expectativa por muitas empresas

e profissionais do setor.Para o Presi-

dente da Assintecal, a feira marcará o

início de uma fase de recuperação do

mercado. Diante dessa satisfatória pers-

pectiva, Amaral ressalta a importância

da Fimec para o mercado nacional e

internacional. “A feira realizada na re-

gião do Vale do Sinos, considerado o

maior cluster calçadista do mundo, é

indispensável para todos, pois repre-

senta um grande momento de

integração e também de atualização

tecnológica, com expositores mostran-

do seus diferenciais em busca de no-

vos negócios e novos mercados”, des-

taca. O empresário ressalta que a feira

será o start para a recuperação do mer-

cado.

[Presença do Sinplast] –O setor plástico marca presença na

Fimec. Conforme o vice-presidente re-

gional do Sinplast no Vale dos Sinos,

Cláudio Longhi, a participação da en-

tidade no evento tem sido uma de-

monstração de como as entidades po-

dem colaborar para a sustentação e o

crescimento do setor. “Nestes três anos,

a participação do Sinplast não apenas

contribuiu para que este modelo fosse

copiado, como também ajudou que

empresas pudessem avaliar a partici-

pação efetiva em uma feira”, afirma.

Segundo o executivo, a conclusão foi

unânime: “considerando custo x be-

nefício, o resultado é altamente

satisfatório, tanto que as empresas que

já estiveram nas edições anteriores,

foram as primeiras a se inscrever para

esta próxima Fimec, revela.

[Medidores e durômetrosMainard] - É a quinta participação

da Mainard na Fimec. Para o diretor

da empresa, Amilton Mainard, a prin-

cipal intenção no evento é consolidar

sua participação no setor coureiro

calçadista. “É o maior evento do setor

onde encontramos nossos clientes além

de receber muitos visitantes do exte-

rior”, revela. A empresa apresenta na

feira a linha completa de medidores de

espessura para couro e sintéticos. Como

grande novidade será exposto os

durômetros Shore para borracha e prin-

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cipalmente o Shore Asker C que será

nosso principal lançamento na feira.

Himaco completa 40 anoscom inúmeras atividades

A Himaco, de Novo Hamburgo,

RS, chega aos 40 anos com a mesma

garra que motivou a sua criação em

1969, pela mão empreendedora do

empresário Enoré Antônio Bondan

(1940-2006), que iniciou seu traba-

lho juntamente com sua esposa Ange-

lina, seus irmãos Julio e Flavio Bondan,

e Valdi Smaniotto, tornando a empre-

sa uma das maiores fabricantes de

injetoras para termoplásticos do Bra-

sil. Para comemorar a data, a empresa

tem uma extensa programação que ini-

cia durante a Fimec, em Novo Hambur-

go. Nos dias 24, 25 e 26 de março, a

direção da empresa recebe, em sua sede,

clientes e amigos com jantares

temáticos que vão contar a história da

Himaco, de uma forma envolvente e

glamourosa. Ainda para a Fimec, está

reservada uma ação de responsabilida-

de social, que é outra marca da Himaco.

Serão injetados em torno de 800 chi-

nelos de dedo, numeração 35, com sola

de PVC e tira de TR, tendo a parceria

de Termoline e PVC Sul. A metade desta

produção será doada à Pastoral da Cri-

ança, um presente para as voluntárias

desta instituição. Os demais pares se-

rão distribuídos aos visitantes da fei-

ra. Nesta edição da feira , a Himaco

vai expor três injetoras: Atis 1600-

740 LHST - injetora horizontal com

força de fechamento de 160 tonela-

das. A máquina com melhor cus-

toXbenefício do mercado e que desde

seu lançamento é sucesso no merca-

do. A outra máquina é a LVSC II 1200-

740 - máquina vertical dupla de 120

toneladas. Modelo de injetora extre-

mamente versátil, pois permite traba-

lhar com dois postos independentes

(para monocolor) ou injetando por

inserto (para bicolor).

Máquina com motor de 30 CV e

derivação para bomba dupla, o que

permite economia de energia elétrica.

A Actual MR 8 800-740 - rotativa mono-

color com oito postos de injeção por

par será o terceiro produto no estande

da feira. Esta máquina foi desenvolvi-

da com base nas solicitações dos cli-

entes e possui bomba dupla para mo-

vimentos simultâneos, CLP Atos (que

permite a regulagem de cada estação

independente). Máquina compacta e

que atende as necessidades de espaço

reduzido de chão de fábrica.P S

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///Plast’2009

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15ª edição do Salão Internacional para Indústrias

de Plástico e Borracha – Plast’09, evento trienal,

é um dos mais importantes da Europa para as in-

dústrias de plástico e borracha, e acontece no novo com-

plexo de exposições no Feira Milão, de 24 a 28 de março,

no Rho. A revista Plástico Sul estará em Milão com a edi-

tora Melina Gonçalves, que vai revelar na próxima edição

as novidades da feira e as opiniões dos expositores e visi-

tantes brasileiros.

Diante de tempos difíceis as indústrias de plásticos e

borracha tem um papel importante e de relevância, pois se

a maioria dos mercados do mundo estão afetados pela cri-

se econômica, é preciso se superar. E as empresas estão

prontas para começar um encontro que permita a seus ope-

radores compararem suas experiências e estratégias.

[Expositores e público] - Dentro do complexo

da Feira em Milão, cerca de 1.300 empresas - italianas e as

estrangeiras procedentes de 40 países, diretamente e re-

presentantes, ocupando 7 salões em uma área de exibição

equivalente a 60.000 metros quadrados - estarão dando a

largada para a 15ª edição da Plast. Muitas máquinas serão

exibidas na exposição, com os agradecimentos ao suporte

financeiro fornecido pelo organizador, que cobrirá a parte

dos custos das conexões e do consumo de energia. Quan-

to aos visitantes profissionais, os organizadores têm ex-

pectativas ligeiramente otimistas, considerando os quase

8.000 pré-registros foram confirmados até o final de ja-

neiro, dos operadores de todo o mundo: 5% a mais com-

parado ao fim do mesmo prazo programado na ocasião da

Plast’ 06. Além disso, é preciso contabilizar a visita de 30

delegações oficiais - sendo missões de negócio organiza-

das em colaboração com a comissão de comércio italiana e

as associações setoriais da indústria dos respectivos paí-

ses de origem.

[Brasileiros prestigiam evento italiano]- Muitos empresários brasileiros do setor plástico pisarão

em solo italiano entre os dias 24 e 28 de março. Em busca

de tecnologias e inovações, transformadores, executivos

Otimismo em Milão,apesar da crise

e dirigentes se deslocam rumo a Milão que, pelo menos por

uma semana, passará de “capital da moda”, como é conhe-

cida, para “capital do plástico”. A Abiplast participará do

evento através de seu presidente Merheg Cachum. “A

Plast’09 é uma feira das grandes feiras do mundo e eu diria

que ela é extremamente importante no que tange mostrar

a todos os visitantes e expositores o que existe de tecno-

logia e inovação de ponta sobre máquinas, moldes, resi-

nas”, revela. O dirigente, que sempre participa da Plast,

recomenda a feira para os transformadores nacionais, en-

tretanto, alerta para a atual situação mundial. “A minha

preocupação é que estamos num ano extremamente difí-

cil. Então o que pode acontecer é imprevisível”, explica.

[Simplás promove Plastech] - O Sindicato da

Indústria de Material Plástico do Nordesde Gaúcho estará

na Plast com 30 personalidades ligadas ao setor. Para o

presidente da entidade, Orlando Marin, a participação de

empresários numa feira da grandeza e da importância da

Plast é muito importante, pois proporciona o contato com

as mais avançadas tecnologias empregadas na transforma-

ção do plástico, além de proporcionar oportunidades de

negócios. “Já é uma tradição do Simplás - desde o início

da década de 90 - promover missões de visita e participa-

ção às principais feiras do setor”, diz. O Sindicato apro-

veita a oportunidade para promover a Feira Plastech Brasil

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Evento ocorre em moderno centro de exposições

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2009, que ocorre de 28 a 31 de julho, em Caxias do Sul

(RS). O objetivo é aproveitar a Plast09 para divulgar a

realização da Plastech, tendo em vista que a segunda edi-

ção do evento está com uma área maior e também com

mais empresas confirmadas em relação a edição 2007. A

expectativa dos organizadores do evento é que será supe-

rada a meta de 250 empresas com mais de 400 marcas em

exposição. A participação da Plastech em Milão tem como

objetivo ainda aproveitar a oportunidade para ampliar o

relacionamento com as associações e entidades do seg-

mento plástico, visando a promoção da feira nos seus lo-

cais de atuação.

[Sinplast amplia Programa de Apoio a Fei-ras e Missões] - O Programa Sinplast de Apoio a Feiras

e Missões, que tem como objetivo incentivar a participação

de empresas do plástico associadas ao Sindicato em even-

tos de interesse do setor, está com novidades em 2009.

“Visitas a feiras no exterior também contam com o subsídio

do Sinplast. Somente neste mês de março, estaremos, por

exemplo, apoiando várias empresas a participarem da Plast

2009, na Itália”, destaca o coordenador do Comitê de Fei-

ras e Missões, responsável pelo programa, Írio Posselt. Em

2009, o apoio financeiro para visitas a feiras no Brasil é de

até R$ 500,00, para eventos na América do Sul ou Central

de até US$ 500,00, e para os demais continentes o subsí-

dio é de até US$ 1000,00. O apoio financeiro é para uma

pessoa por empresa associada, que poderá participar de até

três feiras nacionais, uma feira na América do Sul ou Central

e duas nas demais localidades. “Com isso, o Sinplast estará

apoiando a participação a seis eventos por ano a cada em-

presa associada”, destaca Posselt.

Romi lança injetora elétrica na feiraA Indústrias Romi S.A. lançará na Plast 2009 a primei-

ra injetora elétrica da marca Sandretto, a EL150, fruto da

integração entre as duas tradicionais marcas. A injetora

elétrica Sandretto EL150 foi desenvolvida em conjunto pe-

las equipes da empresa no Brasil e na Itália. O trabalho dos

dois times permitiu o lançamento em tempo recorde,

complementando a linha da Sandretto e oferecendo mais

opções aos seus clientes. A injetora tem painel de controle

e-ONE derivado da série Nove HP, da Sandretto, e é indicada

para injeção de peças de elevada precisão, como compo-

nentes de aparelhos celulares, peças médicas e

eletroeletrônicas, entre outras. Na Plast 2009 será apresen-

tada a versão com 150 toneladas de força de fechamento

que, para mostrar a alta repetitividade e precisão da máqui-

na, estará injetando uma peça para uso médico: uma válvu-

la de não retorno do sistema de diálise, em policarbonato

(Makrolon 2458- 55/115 Bayer), num molde de 24 cavida-

des. No estande de 500m2, a Romi exporá algumas das

principais linhas de injetoras da marca Sandretto: Nove

HPF 200, máquina de ciclo rápido, com 200 toneladas de

força de fechamento; Nove HPF 220, injetora de uso geral

técnico, com 220t de força de fechamento, que estará

produzindo peças pelo sistema High Gloss, que resulta em

produtos com alto brilho; e Mega 820 TESD, máquina de

grande porte, híbrida, com plastificação elétrica, com 820t

de força de fechamento. “A participação na Plast 2009 é

muito importante pois mostraremos na maior feira italiana

do setor os resultados da estratégia de integração entre

as duas marcas, que fortalece nossa posição no mercado

mundial de máquinas para processamento de plástico”,

afirma o diretor de comercialização de máquinas para plás-

tico da Romi, Fabio Seabra.

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///Negócios

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oi um ano difícil e a combina-

ção de uma agenda estratégi-

ca relevante com um desempe-

nho operacional sólido permitiu à

Braskem encerrar 2008 mais preparada

para enfrentar os desafios gerados pela

conjuntura econômica internacional e

o momento do ciclo petroquímico. A

conclusão do processo de consolida-

ção do setor no sul do país, com a in-

corporação da Ipiranga Petroquímica

e da Copesul, foi o ponto alto da agen-

da estratégica, proporcionando maior

integração na cadeia, captura de

sinergias e fortalecimento da lideran-

ça de mercado.

Esse movimento contribuiu para

a sustentação de bons resultados

operacionais, evidenciados pela recei-

ta líquida de R$ 18 bilhões e o Ebitda

de R$ 2,4 bilhões, aliados ao reforço

da liquidez da companhia, que termi-

nou o ano com R$ 3 bilhões em caixa.

Apesar de realizar um lucro

operacional (antes dos resultados fi-

nanceiros) de R$ 1,1 bilhão, a varia-

ção cambial de 32% em 2008 teve im-

pacto contábil expressivo no resulta-

do líquido da companhia.

[Prejuízo] - Com praticamen-

te 100% da receita vinculada, direta

ou indiretamente, à variação do dólar,

e cerca de 85% dos seus custos tam-

bém atrelados a essa moeda, a Compa-

nhia mantém a maior parte de seu

endividamento também em dólares.

Atualmente a parcela da dívida em dó-

lares é de 74%. A variação cambial de

32% impactou o resultado financeiro

em R$ 2,6 bilhões no ano. Desse modo,

o resultado líquido da Braskem ficou

negativo em R$ 2,5 bilhões em 2008.

A empresa diz que é importante

ressaltar que o efeito da variação cam-

bial não tem impacto direto sobre o

caixa da companhia no curto prazo.

Esse valor representa o efeito da va-

riação cambial, principalmente sobre

o endividamento da Companhia, e

será desembolsado por ocasião do

vencimento da dívida, que tem pra-

zo médio de 11 anos e não reflete a

receita futura também reajustada

com base no dólar.

[Investimentos] - Alinhada

ao seu compromisso com a disciplina

de capital e a realização de investi-

mentos com retorno acima do seu cus-

to de capital, a Braskem realizou in-

vestimentos consolidados no ano de

2008 que totalizaram R$ 1,4 bilhão

(não inclui juros capitalizados nem os

R$ 638 milhões desembolsados com a

aquisição dos ativos petroquímicos do

Grupo Ipiranga), semelhante ao valor

investido em 2007. Vale ressaltar tam-

bém o investimento na unidade de

polipropileno em Paulínia, que consu-

miu R$ 136 milhões em 2008.

[Planta de PE no Sul] - OConselho de Administração aprovou em

dezembro o investimento de R$ 488

milhões na implantação de uma uni-

dade de eteno verde no Rio Grande

do Sul, que permitirá a partir de 2011

a produção de 200 mil toneladas por

ano de polietileno utilizando maté-

ria-prima 100% renovável. Como par-

te de seu compromisso com a

sustentabilidade e da estratégia em

investir no desenvolvimento de

polímeros verdes, a Braskem também

obteve sucesso ao certificar em 2008

o primeiro polipropileno de origem ex-

clusivamente vegetal, produzido em

bases experimentais. “A confiança da

Braskem na recuperação dos mercados

e no desenvolvimento da petroquímica

mundial se traduz na confirmação dos

nossos projetos de crescimento, sem-

pre pautados pela disciplina financei-

ra”, afirma Bernardo Gradin, presidente

da Braskem. “Estamos empenhados em

fazer deste momento de crise econô-

mica internacional uma oportunida-

de para criar as condições que vão

permitir um salto de competitivida-

de para toda a cadeia produtiva da

petroquímica e dos plásticos no Bra-

sil”, acrescenta Gradin.

Braskem alcança Ebtidade R$ 2,4 bi em 2008Priorização da disciplina financeira sustenta R$ 3 bilhões no caixa,

mas resultado líquido ficou negativo em R$ 2,5 bilhões em 2008.

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Gradin revela que crise é sinônimo

de oportunidades para Braskem

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Randon obtém receita brutade R$ 4,6 bilhões em 2008

Foi em clima de festa que a

Randon S.A Implementos e

Participações anunciou seu

desempenho de 2008 e expectativas

para 2009. Isso porque, além de resul-

tados satisfatórios, a empresa come-

mora neste ano seus 60 anos de atua-

ção no mercado.

Em um ano impactado por cená-

rios que oscilaram da expansão da eco-

nomia ao agravamento da crise finan-

ceira, a Randon S.A Implementos e Par-

ticipações encerrou o exercício de

2008 com uma receita bruta total de

R$ 4,6 bilhões, o que representou um

aumento de 26,6% em relação a 2007.

A receita líquida consolidada foi de R$

3,1 bilhões, um crescimento de 20,9%

sobre o ano anterior, enquanto o lucro

líquido consolidado chegou a R$ 231,1

milhões, 33,3% superior a 2007. O lu-

cro bruto no período chegou a R$

833,7 milhões, representando 27,2%

da receita líquida consolidada e um

acréscimo de 24,2% em relação ao ano

anterior. EBITDA de R$ 520,8 milhões

teve um incremento de 34% em com-

paração ao exercício anterior. As ex-

portações consolidadas totalizaram, em

2008, US$ 287 milhões, 22,1% supe-

rior ao ano anterior. Para o diretor

corporativo e de relações com investi-

dores, Astor Milton Schmitt, a expec-

tativa para 2009 é de o ano ainda tra-

ga bons resultados estimando em tor-

no de R$ 4,0 bilhões a receita bruta

total e exportações ao redor dos US$

240 milhões. Focada em soluções vol-

tadas ao transporte de cargas e com-

ponentes correlacionados, o portfólio

de produtos têm relação com vários

segmentos da economia. Os negócios

da Randon foram favorecidos pelo bom

desempenho da cadeia automotiva e

do agronegócio, embora no último tri-

mestre de 2008 a empresa tenha sen-

tido os reflexos do recuo da demanda

e dos investimentos de quase todos os

setores. Foram registrados cancelamen-

tos de pedidos na área de implementos

e ajustes nos programas de compras das

montadoras por conta da retração e do

encarecimento do crédito.

Todos os segmentos de atuação

das Empresas Randon apresentaram

desempenho positivo em 2008. No

conjunto das receitas, as áreas de

implementos rodoviários, ferroviários

e de veículos especiais tiveram uma

participação de 48,73%, enquanto

autopeças e sistemas contribuíram

com 49,80% e serviços e outros com

1,47% do faturamento.

[Exportações] - Seguindo a

estratégia de busca de novos merca-

dos e de ampliação dos canais de dis-

tribuição, a Randon conseguiu man-

ter o ritmo crescente de exportações.

A redução de custos, aumento da im-

portação de insumos e os ajustes nos

preços externos foram os instrumen-

tos utilizados pelos administradores

para contrapor a valorização do real

no primeiro semestre. Na divisão de

exportações por bloco econômico,

Mercosul e o Chile ficaram com uma

fatia de 38%, enquanto os países do

Nafta responderam por 24% e a Áfri-

ca por 22%. A Europa teve uma par-

cela de 7% na receita das vendas ex-

ternas do conglomerado, ficando a

América do Sul com 4%.

Randon comemora 60 anos de atividades no ano de 2009

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///Segurança Alimentar

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o início houve resistência dos

fornecedores de caixas de ma-

deira, mas o bom senso ven-

ceu e o Programa Ceasa no Capricho -

Central de Caixas, lançado pela governa-

dora Yeda Crusius, acrescenta, a partir

de 10 de março, segurança alimentar

aos consumidores. As 500 mil tonela-

das de hortigrangeiros comercializadas

anualmente por atacadistas e produto-

res de 198 municípios na Ceasa serão

movimentadas com o uso de embala-

gens plásticas retornáveis e higienizá-

veis, fabricadas em polietileno.

Deixarão de ser gastos R$ 12 mi-

lhões/ano com reposição de caixas de

madeira. Ao mesmo tempo, diminuirão

as perdas e desperdício de alimentos,

até então de 30% devido ao manuseio

e transporte inapropriados. A nova re-

alidade permitirá preços menores de

frutas e hortaliças ao mercado consu-

midor. “As caixas de plástico são a

transformação do início do desenvol-

vimento das Centrais de Abastecimen-

to, das caixas de madeira. Não temos

nada contra elas, mas já existe substi-

tuto melhor”, afirmou a governadora.

Essa operação, pioneira no Bra-

sil, aconteceu no pavilhão da Central

de Caixas, instalado na Ceasa. O novo

processo recebeu R$ 5 milhões em in-

vestimentos. Na avaliação da governa-

dora, todas as caixas de produtos agora

serão a ‘laranja de amostra’, porque to-

dos verão produtos bem cuidados em

caixas higienizadas. Por isso, ela afir-

mou se sentir “muito orgulhosa e par-

ceira de vocês”, ao se dirigir ao públi-

co formado por produtores, atacadis-

tas, empresários, deputados, vereado-

res, secretários, dirigentes da Braskem

(fornecedora da matéria-prima) e da

Associação Gaúcha dos Supermercados.

[Ceasa/RS] - O presidente da

Ceasa/RS, Elmar Schneider, informou

que a Central de Caixas é um projeto

pioneiro no país com benefícios soci-

ais, ambientais e econômicos, além dos

sanitários. Em formato cônico e feitas

de plástico, as novas caixas deverão

facilitar o transporte, a estocagem e o

manejo dos hortifrutigranjeiros e re-

duzir o volume de lixo e o desperdício

em todas essas etapas. Ao implantar a

Central de Caixas, o governo do Estado

cumpre instrução normativa da Sarc/

Anvisa/Inmetro. O projeto determina

a higienização de todas as caixas

retornáveis. A utilização de embalagens

de madeira e papelão terão uso único,

sem possibilidade de reaproveitamento.

Mas, de acordo com o presidente, os

recicladores dessas embalagens não

perderão sua fonte de renda, pois se-

rão criados mais de 100 empregos na

Central de Caixas. Para a aquisição das

novas caixas haverá financiamento do

Banco do Brasil. Caixas sem higieni-

zação também são potenciais veículos

de contaminação de pessoas e lavou-

ras. Toda a água utilizada para a hi-

gienização será obtida a partir da cap-

tação das chuvas.

Schneider lembrou que a Ceasa é

uma empresa pública que gera mais

de 50 mil empregos e pela qual circu-

lam, diariamente, mais de 25 mil pes-

soas e 11 mil veículos. Os produtos

provêm de 198 municípios, que des-

tinam 35% de sua produção de

hortifrutigranjeiros para a Ceasa. “Des-

sa forma é importante modernizar-se”,

afirmou. O secretário da Agricultura,

Pecuária, Pesca e Agronegócio, João

Carlos Machado, destacou os benefí-

cios ao consumidor.

Ceasa gaúcha lançaCentral de Caixas

Governadora do RS prestigia evento que enfoca as caixas de hortifrutigranjeiros

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PLAST MIX

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Fax: (+ 55-54) 3222- 9300

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PLÁSTIKOS Por Julio Sortica

Mapeamento detalheda 3a geração do RSEsta é uma notícia importante para

o setor de transformação no Sul. As

entidades empresariais que represen-

tam a terceira geração do setor plás-

tico gaúcho - Sinplast, Simplás e

Simplavi - entregaram ao diretor da

Receita Estadual, Júlio César Grazzio-

tin, um mapeamento detalhado das

1.222 indústrias, que formam a ca-

deia do plástico, no Rio Grande do

Sul. O jornal Correio do Povo divul-

gou que o levantamento atende a

uma solicitação feita pela própria

Secretaria da Fazenda durante as ne-

gociações para a ampliação do

diferimento do ICMS a todas as in-

dústrias do setor, no estado.

Mapeamento IIO trabalho começou a ser realizado

em outubro do ano passado e reúne

a razão social, o CNPJ, o CNAE, o

subsetor, os principais produtos e as

principais matérias-primas utilizadas

por cada uma das empresas. Do total

de indústrias analisadas, 770 estão

vinculadas ao Sinplast, que tem sede

em Porto Alegre, 418 ao Simplás, de

Caxias do Sul, e 34 ao Simplavi, de

Bento Gonçalves, em Rio Grande do

Sul. De acordo com os sindicatos, este

é mais um passo na negociação que

se estende desde o governo passado

e pretende potencializar a indústria

de terceira geração.

Deb’Maq promoveucurso em Caxias do SulMuito boa essa iniciativa da Deb’Maq:

entre os dias 16 e 20 de março, a

UMDT – Unidade Móvel de Difusão Tec-

nológica da Deb’Maq visitou a cidade

de Caxias do Sul (RS), onde realizou

gratuitamente cursos e demonstra-

ções práticas referentes às novas tec-

nologias empregadas em máquinas/

equipamentos de corte e conforma-

ção para o setor metal-mecânico. O

enfoque da programação foi opera-

ção e programação de máquinas CNC.

O objetivo é promover a difusão tec-

nológica e atualização técnica de

docentes e alunos de instituições de

ensino locais, assim como de profis-

sionais e empresários do setor, além

de incentivar a interação dos mes-

mos com os fornecedores de máqui-

nas. O evento ocorreu no estaciona-

mento da loja DEB DN.

Lord patrocinaevento na FiergsQuem foi ao “Encontro Regional

Abmaco”, na Federação das Indústrias

do Rio Grande do Sul (Fiergs), em

Porto Alegre (RS) teve uma bela

oportunidade de atualização sobre o

tema. A Lord foi uma das patrocina-

doras do evento organizado pela As-

sociação Brasileira de Materiais

Compósitos (Abmaco). O encontro faz

parte do programa de divulgação re-

gional criado pela entidade, a prin-

cipal representante da indústria bra-

sileira de compósitos. Segundo a

Abmaco, eventos como esse servem

para mostrar à sociedade as novida-

des e tendências de um dos setores

industriais que mais crescem no Bra-

sil – ano passado, conforme levanta-

mento da associação, o consumo

doméstico de compósitos cresceu

7%, totalizando 190.000 toneladas.

Além de patrocinar o evento, a Lord

participou como palestrante. Paulo

Steiner, coordenador de assistência

técnica da empresa, mostrou em Por-

to Alegre as principais aplicações dos

adesivos estruturais e o correto

dimensionamento das juntas de ade-

são. Em relação às aplicações, Steiner

abordou as particularidades da utili-

zação dos adesivos estruturais nos

segmentos aeroespacial, náutico e

automotivo. Quanto ao

dimensionamento das juntas de ade-

são ele recorreu a exemplos práticos

para mostrar como são obtidos os

melhores resultados. “Por exemplo,

associando o tipo de substrato ao

adesivo mais indicado”, comentou.

Techmer PM abreescritório em SPMais concorrência na área de master

e aditivos. A Techmer PM inaugura

escritório no Brasil, um espaço que

vem reforçar a presença de mais de

dez anos da empresa no país e que

pretende fortalecer a relação com cli-

entes da região, proporcionando-lhes

uma melhoria na comunicação e fácil

acessibilidade por estar localizada em

zona central e de grande destaque na

cidade de São Paulo. “Podemos di-

zer que estamos satisfeitos por con-

seguir levar adiante nosso plano de

expansão, mesmo na situação eco-

nômica atual.” Afirma John Manuck,

presidente da Techmer PM.

Depois de encerrada a parceria com a

brasileira Mash Plásticos, a Techmer

PM vai suprir diretamente o mercado

nacional, através de seu novo escri-

tório em São Paulo, e não terá ne-

nhum outro distribuidor local. Esta

nova adição a empresa, destaca-se

por dar uma assistência direta aos

clientes no Brasil, que poderão en-

trar em contato com a equipe da

Techmer PM através de ligações do-

mésticas. A empresa vai estar na

Brasilplast em maio.

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///Bloco de Notas

Coza lança linha sustentávelA Coza, de Caxias do Sul (RS), pionei-

ra no uso de biopolímeros no país e

uma das poucas empresas do mundo

com esta experiência em seu merca-

do, lança a Coza Native – sua mais

nova linha de produtos sustentáveis,

produzida a partir de um novo

biopolímero brasileiro composto de

fibras do coco. As peças da nova li-

nha mesclam 35% de biopolímero fei-

to de casca e fibra de coco e 65% de

plástico polipropileno (PP). “A maté-

ria-prima utilizada é 100% nacional,

atóxica e possibilita a substituição de

35% de substância proveniente de

petróleo por uma de fonte renovável”,

diz Cristina Zatti, diretora de Desen-

volvimento de Produtos.

“A mistura de elementos naturais

na composição do produto traz be-

leza e originalidade tropical, sem

deixar de lado a praticidade e a re-

sistência do plástico”, acrescenta.

A Coza Native se soma às já existen-

tes linhas Bios e Organic, que retra-

tam de forma direta o posicionamen-

to da Coza quanto à conscientização

sócio-ambiental e preocupação

constante com a sustentabilidade.

Fazem parte da linha Native,

produtos nas coleções Sobre a Pia,

Banho e Mesa. O conjunto Mesa Native

(foto) mistura peças produzidas com

biopolímero de coco e peças em

polipropileno na cor exclusiva verde

oliva com textura inspirada nas fo-

lhas do coqueiro das designers Rena-

ta Rubim e Graziella Prando.

Abiquim quer novas normaspara uso de poliuretanoO boletim do Siresp noticiou que o

spray de poliuretano (PU), utiliza-

do para fazer o isolamento térmico

de telhados e paredes, está receben-

do atenção especial das indústrias

e de empresas, a preocupação é as-

segurar que ele seja misturado e apli-

cado da forma correta, a fim de atin-

gir o resultado final. A Comissão

Setorial de Poliuretanos da Abiquim

informou que estudou todos os as-

pectos da fabricação e da aplicação

de spray de PU e elaborou um docu-

mento, que será enviado pelo Comi-

tê Brasileiro de Química da Abiquim,

à ABNT, com a participação de ou-

tros CBs, entre os quais os de Isola-

mento Térmico, Construção Civil e

Segurança contra incêndios.

Junto com ele, segundo a entidade,

estará a solicitação de abertura for-

mal de uma Comissão de Estudos. A

iniciativa visa criar uma Norma Brasi-

leira que especifique os detalhes do

produto, como a espessura necessária

para cada tipo de edificação, as re-

gras para fazer a mistura de produtos,

as formas de aplicação e também as

exigências de segurança no manuseio

dos produtos.

Logística da Braskemem Triunfo é com a Log-InA Log-In Logística Intermodal assu-

miu a gestão logística das seis unida-

des de produção de resinas termoplás-

ticas da Braskem no polo de Triunfo

(RS). A medida busca melhorar a qua-

lidade do serviço e reduzir custos

operacionais. Os ganhos são compar-

tilhados. O contrato, com validade de

um ano, prevê que a Log-In faça a

gestão dos contratos dos operadores

logísticos que atuam no polo de Tri-

unfo prestando serviços à Braskem. São

empresas que trabalham com arma-

zenagem e embalagem de produtos

nas unidades da petroquímica, com

a transferência das resinas para de-

pósitos externos e com o transporte

(via rodoviária e ferrovia) para os

mercados interno e externo. Cabe à

Log-In gerir esse pacote de forne-

cedores. Segundo Jano Valença, ge-

rente de contratações logísticas da

Braskem, a expectativa é ter ganhos

de redução de custos e melhoria na

prestação dos serviços.

Ação polêmica do MPsobre a venda de lanchescom brinquedos em SPNo mínimo o tema é discutível: o Mi-

nistério Público Federal em São Paulo

recomendou que as redes de fast food

Burger King, Bob’s e McDonald’s sus-

pendam a venda promocional de brin-

quedos – produzidos com peças de

plástico - em suas lanchonetes. O MP

deu um prazo para as empresas res-

ponderem a recomendação, que tam-

bém foi enviada para a Agência Naci-

onal de Vigilância Sanitária (Anvisa)

para que se manifeste sobre o tema.

O procurador da República Marcio

Schusterschitz da Silva Araújo, au-

tor da recomendação, avaliou que

os métodos de venda e promoção

das lanchonetes são agressivos e

fazem a criança adotar um hábito

alimentar que não é saudável e que

pode ser mantido pela vida inteira.

O que vocês acham?

O plástico de coco da Coza –

Conexão com o Brasil na Mês Native

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BRASIL

Fimma Brasil 2009Feira Internacional de Máquinas,

Matérias-primas e Acessórios para

Móveis

De 23 a 27 de março de 2009

Local: Parque de Eventos de Bento

Gonçalves, RS, Brasil.

Site: http://www.fimma.com.br

Embala AmazôniaDe 24 a 26 de março de 2009

Hangar Centro de Convenções e

Feiras da Amazônia

Belém – PA

Embala MinasDe 14 a 16 de abril de 2009

Centro de Eventos ExpoMinas

Belo Horizonte – MG

BrasilPlast 2009De 4 a 8 de maio de 2009

Parque Anhembi - Av.Olavo

Fontoura, 1209 - São Paulo - SP

Mais informações:

www.brasilplast.com.br

FeimafeDe 18 a 23 de maio de 2009

Parque Anhembi

Av. Olavo Fontoura, 1.209

São Paulo - SP

Mais informações:

www.feimafe.com.br

OUTROS PAÍSES

PlastIndia 2009De 4 a 9 de fevereiro de 2009

4-9 Fevereiro/2009

Pragati Maidan, Nova Delhi, Índia

www.plastindia.org

Plast 2009Feira da Indústria do Plástico

De 24 a 28 de março de 2009

Pavilhão Internacional

em Milão, na Itália.

Site: http://www.plast09.org

Plasticos’09De 29 de junho a

AG

EN

DA

///Programe-se para 2009

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2 de julho de 2009

III Exposição Internacional da

Industria Plástica

Centro Costa Salguero - Buenos

Aires - Ar-gentina

Mais informações:

www.banpaku.com.ar

NPE 2009De 22 de junho a

26 de junho

McCormick Place - 401 N. Michigan

Avenue , 23rd Floor

Chicago - Estados Unidos

Activas # Pág. 44

Agebras # Pág. 39

Aspó # Pág. 07

Brasilplast # Pág. 09

Brasilux # Pág. 39

Heatcon # Pág. 23

Itatex # Pág. 21

Lorena # Pág. 33

Mega Steel # Pág. 02

Megacal # Pág. 25

Met. Wagner # Pág. 21

Minematsu # Pág. 39

Momesso # Pág. 23

Moynofac # Pág. 39

Multi-União # Pág. 35

Nazkon # Pág. 39

Plastech # Pág. 15

quantiQ # Pág. 05

Rosiltec # Pág. 39

Rulli # Pág. 17

Sandretto # Pág. 43

Sigma # Pág. 25

Super Finishing # Pág. 16

Treficap # Pág. 39

Valimplast # Pág. 25

Para anunciar, ligue 51 3062.4564Plá

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///Anunciantes da Edição

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