Plataformas de rede

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Plataformas de rede? @augustodefranco

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Plataformasde rede?

@augustodefranco

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Não se pode falar de

plataforma de rede sem

entender o que é rede

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Ninguém pode entender o

que é rede se não entender

a diferença entre

descentralização e

distribuição

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“On distributed communications” (1964)

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O diagrama original de Paul Baran

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A conectividade acompanha a distribuição

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A interatividade acompanha a

conectividade-distributividade

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Para pensar plataformas de rede

é necessário entender a

fenomenologia da interação

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Clustering

Swarming

Cloning

Crunching

As quatro grandes descobertas da

fenomenologia da interação

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A primeira grande descoberta:Tudo que interage clusteriza

Tudo clusteriza independentemente do

conteúdo, em função dos graus de distribuição

e conectividade (ou interatividade) da rede

social.

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A primeira grande descoberta:Tudo que interage clusteriza

Ao articular uma organização em rede

distribuída não é necessário pré-determinar

quais serão os departamentos, aquelas

caixinhas desenhadas nos organogramas.

Estando claro, para os interagentes, qual é o

propósito da iniciativa, basta deixar as forças

do aglomeramento atuarem.

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A segunda grande descoberta:Tudo que interage pode enxamear

Swarming (ou swarm behavior) e suas

variantes como herding e shoaling, não

acontecem somente com insetos, formigas,

abelhas, pássaros, quadrúpedes e peixes. Em

termos genéricos esses movimentos coletivos

(também chamados de flocking) ocorrem

quando um grande número de entidades self-

propelled interagem.

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A segunda grande descoberta:Tudo que interage pode enxamear

Algum tipo de inteligência coletiva (swarm

intelligence) está sempre envolvida nestes

movimentos. Isso também ocorre com

humanos, quando multidões se aglomeram

(clustering) e “evoluem” sincronizadamente

sem qualquer condução exercida por algum

líder; ou quando muitas pessoas enxameiam e

provocam grandes mobilizações sem

convocação ou coordenação centralizada.

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A terceira grande descoberta:Imitação é uma forma de interação

Como pessoas – gholas sociais – todos somos

clones, na medida em que somos culturalmente

formados como réplicas variantes (embora

únicas) de configurações das redes sociais

onde estamos emaranhados.

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A terceira grande descoberta:A imitação é uma clonagem

O termo clone deriva da palavra grega klónos,

usada para designar "tronco” ou “ramo",

referindo-se ao processo pelo qual uma nova

planta pode ser criada a partir de um galho.

Mas é isso mesmo. A nova planta imita a velha.

A vida imita a vida. A convivência imita a

convivência. A pessoa imita o social.

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A terceira grande descoberta:A imitação é uma clonagem

Sem imitação não poderia haver ordem

emergente nas sociedades humanas ou em

qualquer coletivo de seres capazes de interagir.

Sem imitação os cupins não conseguiriam

construir seus cupinzeiros. Sem imitação, os

pássaros não voariam em bando, configurando

formas geométricas tão surpreendentes e

fazendo aquelas evoluções fantásticas.

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A terceira grande descoberta:A imitação é uma clonagem

Quando tentamos orientar as pessoas sobre o

quê – e como, e quando, e onde – elas devem

aprender, nós é que estamos, na verdade,

tentando replicar, reproduzir borgs: queremos

seres que repetem. Quando deixamos as

pessoas imitarem umas as outras, não

replicamos; pelo contrário, ensejamos a

formação de gholas sociais. Como seres

humanos somos seres imitadores.

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A terceira grande descoberta:A imitação é uma clonagem

Nada a ver com conteúdo. Nos mundos

altamente conectados o cloning tende a auto-

organizar boa parte das coisas que nos

esforçamos por organizar inventando

complicados processos e métodos de gestão.

Mesmo porque tudo isso vira lixo na medida em

que os mundos começam a se contrair sob

efeito de crunching.

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A quarta grande descoberta:Small is powerful

Essa talvez seja a mais surpreendente

descoberta-fluzz de todos os tempos. Em

outras palavras, isso quer dizer que o social

reinventa o poder. No lugar do poder de

mandar nos outros, surge o poder de encorajá-

los (e encorajar-se): empowerment!

Sim, fluzz é empowerfulness.

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A quarta grande descoberta:Small is powerful

Quando aumenta a interatividade é porque os

graus de conectividade e distribuição da rede

social aumentaram; ou, dizendo de outro modo,

é porque os graus de separação diminuíram: o

mundo social se contraiu (crunch). Os graus de

separação não estão apenas diminuindo: eles

estão despencando. Estamos sob o efeito

desse amassamento (Small-World

Phenomenon).

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A quarta grande descoberta:Tudo que interage se aproxima

Nada a ver com conteúdo. Tudo que interage

tende a se emaranhar mais e a se aproximar,

diminuindo o tamanho social do mundo. Quanto

menores os graus de separação do

emaranhado em você vive como pessoa, mais

empoderado por ele (por esse emaranhado)

você será. Mais alternativas de futuro terá à

sua disposição.

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Pois bem...

Como seria uma

plataforma adequada para

redes sociais?

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É adequada uma plataforma de

rede baseada em participação?

Como seria uma plataforma

baseada em interação?

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Não seria nada parecido com

mídias sociais “egonetizadas”,

proprietárias e p-based tipo

Facebook e assemelhados

(como o Google+)

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Plataformas egonetizadas

deseducam seus

“usuários” para as redes

sociais distribuídas.

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Plataformas egonetizadasEm vez de fluxo, “meu quadrado”

A pessoa tende a achar que a sua página é o

seu espaço proprietário, a partir do qual ela vai

interagir. Em vez de se jogar no fluxo, ela se

aboleta no seu bunker (chamado de “Minha

Página”). E é induzida a achar que ali pode

colocar todas as “suas” coisas. E fica até

ofendida quando alguém lhe lembra que o

concurso de Miss Universo não tem muito a ver

com astrofísica...

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Plataformas proprietáriasEm vez de distribuição, centralização

São urdidas pelos trancadores de códigos. Ao

construírem caixas-pretas para esconder seus

algoritmos ou para montar seus alçapões de

dados (Google ou Facebook), erigem na

verdade pirâmides para proteger suas

operações centralizadoras da rede social. Não

é por acaso que essas plataformas

desenhadas a partir de uma instância

proprietária tentem disciplinar a interação.

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Plataformas p-basedEm vez de interação, participação

Plataformas p-based (baseadas em

participação) envolvem sempre algum tipo de

escolha de preferências geradora de escassez.

E suas funcionalidades estão voltadas ao

arquivamento de passado (para aumentar o

repositório ao qual somente seus proprietários

têm pleno acesso, na medida em que só eles

podem programá-las sem restrições).

Page 35: Plataformas de rede

Qual é, no fundo, no fundo, o

problema de todas essas

plataformas egonetizadas,

proprietárias e p-based?

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Um problema de concepção Midias sociais inadequadas ao netweaving

O que está por trás de tudo isso é a idéia de

que o indivíduo é o átomo social, quando, na

verdade, para ser social, é preciso ser

molécula. Redes sociais são redes de pessoas

e pessoas são produtos de interação e não

unidades anteriores à interação.

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Um problema de ignorância mesmo Midias sociais inadequadas ao netweaving

Em geral os que se metem a construir

plataformas de rede não conhecem (não

estudam, não investigam) a nova ciências das

redes e não estão familiarizados com a

fenomenologia da interação.

Page 38: Plataformas de rede

Um exemplo recente Midias sociais inadequadas ao netweaving

O exemplo mais recente pode ser fornecido

pelos Círculos do Google+ - a nova mídia

social egonetizada, proprietária e p-based - que

o Google lançou para ter o seu próprio

Facebook. Os Círculos são clusters não

conformados pelo clustering e sim por escolha

ex ante à interação. Construir um Círculo é

assim como gerenciar uma agenda de

contatos.

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Bem, infelizmente a

conversa está apenas

começando... Mas

felizmente já está

começando!

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