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Poesias & Textos
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Copyright 2016 (1ª Edição) Todos os direitos desta edição reservados aos autores.
Impresso no Brasil Printed in Brazil.
Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme decreto n 1.825, de 20/12/1907.
Projeto editorial e diagramação: Antônio Ramos da Silva
Capa:
UQC – comunicação Visual Ltda
Revisão técnica e ortográfica: dos autores.
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
ISBN –
PERMISSÃO DOS AUTORES PARA CITAÇÃO
É proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, inclusive
quanto às características gráficas e/ou editoriais. A violação de direitos autorais
constitui crime (Código Penal, art. 184 e Parágrafos, e Lei nº 6.895, de 17/12/1980)
sujeitando-se à busca e apreensão e indenizações diversas (Lei nº 9.610/98).
S586p Platinum V poesias & textos / Antônio Ramos da Silva... [et al.].
– 1. ed. – [S.l.]: Bookess, 2016. 150 p.
ISBN: 978-85-448-0352-3
1. Poesia brasileira. 2. Literatura brasileira – Miscelânea.
I. Ramos da Silva, Antônio Ramos. Título.
CDD: 869.98
Elaborada por: Andréa Blaskovski CRB 14/999
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Antônio Ramos da Silva Bia Amorim de Lemos Goetscchel
Fanca Coêlho Janet Maria Faggion Corezola
Jose Alfredo Evangelista Márcia Ayres Dugo
Maria Elizabeth Almeida Maurélio Machado
Natália Dinis Severiana Paulino Rodrigues
Tais Martins Vanuza Couto Alves
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1ª Edição
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Essa obra é um projeto da “Academia de Letras Infanto-Juvenil de São Bento do Sul, estado de Santa Catarina” integrando escritores, Alagoano, Catarinense, Carioca, Curitibano, Gaúcho, Paulista, Piauiense e Português. Intercâmbio cultural de ideias retratadas em poesias, pensamentos e textos. “Reunir Escritas é Possível”.
A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.
Aristóteles
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Apresentação: (5)
Sumário: (6)
Poesias & Textos
Antônio Ramos da Silva: (7/18)
Bia Amorim de Lemos Goetscchel: (19/30)
Fanca Coêlho: (31/42)
Janet Maria Faggion Corezola: (43/54)
Jose Alfredo Evangelista: (55/66)
Márcia Ayres Dugo: (67/78)
Maria Elizabeth Almeida: (79/90)
Maurélio Machado: (91/102)
Natália Dinis: (103/114)
Severiana Paulino Rodrigues: (115/126)
Tais Martins: (127/138)
Vanusa Couto Alves: (139/150)
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Antônio Ramos da Silva
Nasceu em 19 de Setembro de 1960, na cidade de Brusque (SC). Vive e trabalha em São Bento do Sul (SC). Professor. Escritor. Ativista Cultural. Historiador e Poeta. Graduado em Ciências Econômicas, pela Faculdade De Plácido e Silva – FADEPS – Curitiba (PR) (1984). Pós-graduado em Gestão Financeira, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR - Curitiba (PR) (1987). Em suas atividades em exercício é Presidente da Academia de Letras Infanto-Juvenil de São Bento do Sul (SC) e membro da Associação Internacional de Poetas. Idealizou, planejou e executa o projeto “Diferente Sim, Indiferente Não” e “Oficina de Poetas” em São Bento do Sul (SC). Recebeu a Medalha do Mérito Cultural Dr. Arthur João de Maria Ribeiro - 2013, concedido pelo Instituto Montes Ribeiro e o Troféu Escritor Osvaldo Deschamps de Literatura e Artes - 2013. Publicou: 30 títulos entre poesias, textos, diálogo e história.
Contato:
Blog e Páginas:
http://www.facebook.com/academiadeletrasinfantojuvenilscsbs https://www.facebook.com/groups/659480440734716/ http://pensador.uol.com.br/colecao/antonioramosdasilva/
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Orvalha-te
Não! Tu não te prenderias a mim. Ficar presa comigo?!
Amor que não devemos. Debitados indelével.
Castigo imposto.
Nos olhos teus. Perigosos como os meus. A sombra pura de desejos.
Não gracejo amarga penúria.
Ficar-te sem?! Desdém essa louca ternura.
Deixe esse vai e vem de mentiras. Atira-te dessa “pasmeira”.
Lubrifique essa secura.
Planta não irrigada seca. Essência evapora.
Vendo a vida ir embora.
E agora!
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Ciclo
Eclode mais um dia. Renasce vida e amor.
Um amor. Uma paixão desmedida.
No final de mais um dia,
o sol põe-se, intermitente, e no colo do horizonte, descansa.
Na dança a chegada da noite.
Em cada amanhecer.
E cada anoitecer. Ciclos findam.
Ciclos renascem.
Como se tecessem, vida e morte. A esperar-te.
Consorte.
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Papel machê
Na gaveta do tempo são guardadas
recordações de um passado, recordações de nossos sonhos...
(realizáveis ou impossíveis) recordações de amores inesquecíveis.
Fosco o dia abria.
Cartas esparramadas ali na areia pisoteada pelo tempo.
Na veia; nem o sangue corria.
Vento gelava, estancando toda a sangria.
Uma sínica palavra
dava tom em primeira linha. Vertia. Continha cheiro de mofo. Aperto o coração sofria.
Loucura transitória. Um simples aceno.
Magia e agonia. Obsceno o oceano a cena trazia.
Mãos delicadas escreviam palavras.
Mel no olhar do nada de costa se despia. Frases lavadas na areia
no “Papel Machê” se partia.
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Ocaso
Vacilo, quase medito. Mais um dia burocrático.
Cotidiano miserável.
Amor mal soletrado. Medo lado a lado.
Esperança sonâmbula. Modo servidor avivado.
Até o dia que não vem,
dilata a madrugada. Mais uma mísera noite gerada.
Por um dia igual. Dor que cada nó
traz docemente quase vegetal... um sofrer letal.
Razão bastarda. Absurda de ser.
Amor repara as suas ruas. Ternas retas curvas nuas.
Morres ou vives; não de asfixia. desse dia a dia.
Docente adolescente.
Tropeços de fobia. Fio de puro ocaso.
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Polido
Sem deixar rastros invada meu ócio. Revire-me essas brancas páginas.
Única coisa que não desejo é de novo ouvir o silêncio;
e não deixar escorrer o magma.
Quero ser som. Barulho das ondas batendo.
Cifras sendo cantadas.
Asas agitando. Passos tamanqueando as estradas.
Dança-me esse cigano mar
que leva e traz minhas areias. Vem fadar-me.
Ser tua bela ceia.
Vem arear essas brancas páginas.
Areia.
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No canto de ti
Naquela noite em que as estrelas falaram-me de ti;
brindei a cada gole.
Limitei-me a sentir os minutos e busquei entrar no clima da noite.
Senti-te suave como a brisa a cada segundo de amor,
a cada segundo de glórias, a cada segundo de buscas, a cada segundo de esperas.
Assim foi o tempo que dispus
para entender o nosso encontro cheio de mistérios e emoções. Mergulho nos meus acasos. Quiçá inunde o meu amanhã
e venhas me buscar.
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Assim que te quero
Chega à noite carrega com ela o breu.
É apenas momentos passageiros
como as estações.
Chega à lua carregada de encanto.
Está crescente. Assim como o meu amor por você.
Assim que te quero.
Crescente. Revigorante
como a luz do sol.
No amanhecer me aqueço com os primeiros raios de sol
e renasço nas linhas de um poema.
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A plenitude do amor
Lá fora o tempo vadia. Por vezes, o sol aparece.
Por outras, nuvem encoberta. Um lusco-fusco intermitente!
Assim, o tempo passa!
As horas brincam. O dia finda.
O mar não dorme. Constante vigília.
Mesmo as horas passando.
O dia findando. Noite chegando.
Ele continua lá, vigiando.
Assim é o amor. Pleno. Consistente. Imortal!
Vive nas asas do tempo. Navega em ondas constantes como se grão de areia fosse
esparramando-se na encosta.
Sedimentando vasto tapete. Chão de prateados verbetes.
Salpicado de sal e poesia. Tempero do bom tempo.
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Busco-me
Busco-me atentamente,
como uma ave a sobrevoar o imenso
céu de primavera.
Sou como a vida, cheia de surpresas.
Observo cada detalhe que ficou guardado na lembrança.
Esboço de um entardecer que dança na eternidade,
incendeia segredos.
Mãos cegas despem a intimidade.
A mente arquiva o tempo.
Busco-me nos montes. No gotejar das águas que desgasta a rocha em um grão de areia; até repousar na praia o mar do meu querer
a procura da terra do teu corpo. Único porto que me faz ancorar.
Densa e clara, na areia.
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Sei lá
Há quem exista! Há que excita... não vive.
Tão pouco se explicita (que se traduzem em coisa alguma).
Mas há aqueles da fita
(que tropeçam, caem, ergue-se até o cume). Será essência ou perfume?
Esses são os verdadeiros artistas!
Vive dramas, comédias, ficção. Romances. Nuance de quem assina o manual da vida. Morrem enrolados na bandeira da alegria.
A vida não é porcaria!
Sacana ilusão que me faz viver; tecendo a euforia pintando alegorias
nesse infindável painel do céu.
Deixa-me morrer... um pouco a cada dia...
de passagem por todas as estações.
Viver ou morrer?! Não importa!
Abro a porta para viver.
Se morrer?! Fecho-a... entro nesse imenso painel. O céu é meu! O seu é sal?!
Só sei do meu; é mel.
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Beatriz Amorim de Lemos Goetscchel
Nascida em 28 de janeiro de 1953, na cidade do Rio de janeiro (RJ).
Nacionalidade franco-brasileira. Filha de Jayme Amorim de Lemos e
Francine Amorim de Lemos.
Economista. Professora e Escritora.
Graduada em Economia, História e Comunicação – PUC/RJ.
Frase que define a escritora: “Meu mundo menor que o átomo maior que eu
mesmo; meus poemas são vozes da alma”.
Atuou na área de marketing como critica de arte e promotora de eventos.
Produziu catálogos de livros para multinacionais promovendo arte - várias
publicações e redator.
Contato:
Páginas:
https://www.facebook.com/bia.damorim.7?fref=ts
https://www.facebook.com/BIADAMORIMGOESTCHEL/
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Louca paixão
Já amou tanto, tanto que dói tudo? Corpo, alma, víscera, dentes.
É como água ardente que desce na garganta da gente.
Fogo que queima.
Luz que brilha.
Bússola sem norte, mar bravio, terra sem chão.
Oceano de emoções... dois corpos a incendiar... roupas, cama, colchão...
Essa paixão que é tormento
e dor longe estando.
Juntos... num toque, num beijo, num olhar.
Basta para o amor selar!
Céu azul ficar, pássaros a voar, real ou a imaginar...
Magia, loucura, beleza,
sentimento, emoção, sei lá! Quero dele sempre me embriagar...
Faz a vida valer...
coração louco a bater... é a razão de viver...
pleno ser! Se um dia o amor me deixar,
por certo... morta hei de estar!
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Cotidiano
Vai cidade nua! Devora crua o cotidiano.
Dura caminhada.
Em busca de tudo e nada. Mas a lua nos espia...
E amamos... E tudo vale...
Sol, chuva, vida! Eterna semente.
Som e melodia.
Sim! Sem fim.
Alegria?
É vivo estar... Exercício diário do verbo amar!
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Aprisionada
Via tudo... O pulsar das veias,
as teias. Eu nelas, elas em mim...
Grilhões que quis!
Mas sou vida que grita... Meu grito vai para quem quiser ouvir!
Sou música,
desejo espectro. Eu...
Você... Voraz por plena estar!
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Lenta agonia
Caí a noite... Espessa, esférica, imutável.
Eterna...
Espera do amanhã. O tudo. O novo.
O por vir.
Pousa nas folhas... orvalhos,
cristais d'água. Lágrimas da madrugada.
Dia!
Sol aberto. Verdade. Mentira...
caminhando vulto e sombra, unos até o fim!
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Poesia
Poesia! Não me abandones. Nem em último fôlego ou lamento!
Preciso semear riso. Amar a natureza.
Tristeza...
É chão batido. Pó comido no caminho da vida,
sempre pronto para um novo amanhecer!
Poesia me faz sobreviver! Dias, noites.
Amores perdidos, nada é vã.
Somos heróis de nossas histórias.
Febris desejos. Lampejos de um coração que busca a ferro e fogo
o torpor da paixão.
Poesia! Não me abandones não.
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Livre prisioneira
Exilada em mim! Saio de meu cárcere, mato meu carrasco,
eu mesma!
Livre prisioneira me entrego por inteira.
Nas algemas vivas.
Onde... estou viva a ferver,
de amor tremer...
Alma e corpo que grita por inteiro
sempre a te querer... fome de você!
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Tire as vendas
Caia o pano.
Apague as luzes. Máscaras caem ao som do vento
e sopra a dor da verdade que não quero ouvir por não querer ver.
Dói sentir. Saber. Ser.
Tire as vendas! Feche as portas.
O coração já oco bate à porta.
Tire as vendas! Sai para rua, que lá tá vazio demais;
anda solta sem nada saber como sempre fez questão de ser.
Tire as vendas!
Põe tudo a venda. Fico não! Tem muito chão de pó batido para andar.
Muitos amores para amar. Beijos de ontem...
hoje não servem mais. Perdi nada... me achei.
Tire as vendas!
Mentiras não cabem mais. Faz de conta? Já tá demais!
Caia o pano. Apague as luzes preciso dormir...
na alma e no coração que a mente... mente não!
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Se eu conhecesse o amor
Se soubesse amar como é meu sentir,
viveria a voar de flor em flor pousar.
Ah! O amor esse amigo traiçoeiro, que me assaltou por inteiro.
No teu corpo sinto a vida.
No teu cheiro sou selvagem.
Nas tuas mãos amanso para calma pousar meu olhar
em teus olhos, para altura alcançar.
Depois do amor como nau a flutuar.
Nas nuvens andar a levitar. Dos teus beijos a fúria quero provar.
Nos teus braços...
Me acho. Me perco. Sou fêmea. Mulher.
Tomada por esse infinito desejo
de tua ser para num ser só me tornar.
Nua a alma, mas uma vez me desnudo a te chamar.
Sem pudor de pedir para, ao amor chegar.
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Proibido
Dói-me nas entranhas o estranho. O nó. O insabido. O oculto.
O amor professo. O caminhar em tangentes
nas paralelas que não se tocam.
O afeto não pele. Só carne.
Amor transverso sem verso.
A carne só desejo,
que só ouve o arquejo, esquece o beijo.
A alma que sofre.
Porque canta. A poucos encanta.
O ser flor. Pétala.
Perfume. Espinho e caule.
Na dor que poda. Orvalho que toca. É beijo de amor.
Sensível a sentir
quase sem ser humano. Meio anjo. Meio oceano.
Eterno movimento das ondas num ir e vir sem fim.
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Furtados beijos em sonhos
Morto desejos, pensei, mas que ainda latejam.
Das noites em claro,
dos dias sem sol dentro de mim.
Imagens que não esqueço, saudade que rasga o peito
em som e cor.
Sentindo em mim todo seu amor, salvo em poesia
noite e dia!
Na sombra de nós dois ali parado a nos olhar
sem perdoar...
e assim...
em letras e palavras sentido, sentindo...
não sei onde começa e onde é o fim!!!
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Francisca Angélica Meireles Coêlho Laurentino
Nasceu em 24 de Outubro de 1958, em Floriano - Piauí. Vive e trabalha em Floriano (PI). Professora, Poetisa e Ativista cultural. Graduada em Letras Português na Instituição FAFIRE - Faculdade de Filosofia do Recife (1982). Pós-graduada em Educação: Docência do Ensino Superior na Instituição UESPI - Universidade Estadual do Piauí (2000). “Acordei com os raios de sol adentrando a varanda do meu quarto, preguiçosamente abri os olhos, me estiquei na cama escorregando entre os lençóis; enroscada ao travesseiro permaneci contemplando o dia que pra mim acabava de nascer um novo projeto de escrever a vida e fazer minha estreia no mundo oficial dos meus sonhos – publicar os meus pensamentos e versos – no projeto Platinum”. Contato:
[email protected] Página:
https://www.facebook.com/fanca.coelho?fref=ts
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Liberto-me
Te fiz único entre tantos pro meu espanto, te fiz encanto,
tornou-se pranto no meu desengano! Não sou percebida, sou preterida,
aflita me refugio no silêncio do meu pensamento onde tudo é encantamento!
Sofro a tua indiferença
e na tua presença, não faço diferença, indiferente sigo, avanço,
não questiono, me posiciono, descubro que entre tantos és igual a qualquer um!
Resgato minha razão,
percebo que nada foi em vão, liberto-me da falsa sensação de paixão!
Estou livre pra viver nova emoção!
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Espaço aberto
Tenho as portas e as janelas escancaradas para quando a felicidade chegar
não se demorar a entrar e de mim se apossar; e preservar em mim
todo amor que guardei para ti dar.
Aproxime-se! Não tenhas receio, atenda o meu apelo
e chegue até a mim com todo desvelo, para que eu possa me permitir olhar pra ti,
reconhecer e sentir que era por ti que estive a esperar todo esse tempo sem fim!
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Amadurecer
Amadurecer... É ter consciência
que o tempo passa para mim e para você. É assumir cada ruga que existe no rosto e que ás vezes nós não queremos ver.
É aceitar envelhecer-se; olhar no espelho e gostar de se ver.
É reconhecer as limitações que o tempo nos traz. É valorizar só o que é autêntico.
É não se deter ao superficial. É encarar toda e qualquer verdade
sem nunca esquecer que temos que nos dobrar a nossa realidade. É não ter medo de "perder" nada ou alguém,
porque não temos a posse e o que é nosso não se vai, fica para sempre.
É ir além da aparência. É buscar a essência!
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Viver
Ás vezes me sinto tão impotente diante de mim mesma, que me apavora a ausência do controle sobre mim!
Nunca me permiti perder o controle, sair do meu limite, entregar-me a um momento mais fugidio,
mais ínfimo que fosse!
Sempre fui razão em vez de emoção, razão em vez de sensação,
razão no pensamento, razão antes até da minha imaginação!
Um dia rompi com tudo e dei vazão
a todos os sentimentos nunca esquecidos, mas adormecidos;
a sensação de liberdade é surpreendente, mas também, os riscos de se machucar são iminentes!
A vida é risco constante, aventura frequente,
desafio premente, emoções permanentes!
Arriscar-se é viver, é sentir o coração pulsar aceleradamente,
as mãos tremer e gelar incontrolavelmente, é sentir o fôlego desaparecer de repente,
é a ausência das pernas sempre presente, é perder-se e fingir-se de contente,
é encantar-se e permitir-se ferir, machucar e sangrar inutilmente!
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Humildade
Senhor! Hoje me prostro aos seus pés,
mentalizo uma prece silenciosa de agradecimento pelo milagre da vida que todo dia acontece em mim,
pela vida que pulsa e me faz tão feliz, por todas as bênçãos a mim concedidas,
muitas que foram pedidas e, sei que pouco merecidas, porque sou falha, sou fraca, sou imperfeita
e várias vezes me deixei entristecer sem perceber que era apenas a Tua vontade a prevalecer!
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Paixão
Paixão mascarada pelas palavras; paixão escondida no olhar que não vês;
paixão que está a me invadir e que você não pode sentir;
paixão que a distância não permite que chegue até a ti;
paixão que me faz sonhar e sentir você aqui; paixão que faz de mim metade sem ti!
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Arrisco-me
Ao anoitecer pensei em você, senti a sua falta,
do abraço que não me deu, do toque que não aconteceu,
do olhar que por um instante me pertenceu, do cumprimento que se perdeu!
Quis ver você, quis ter você!
Por um momento me deixei envolver por pensamentos que eram todos para você,
mas você parece que me esqueceu, pois de repente desapareceu,
não me procurou e de ti me escondeu.
Não gosto da sensação que agora me preenche! Estava só, a porta aberta e a janela também,
você sem pedir entrou e se acomodou, não aprovei a invasão, mas permiti a provocação
que me deixou sem ação!
Reflito se realmente vale a pena submeter a minha vida a real situação,
se estou disponível pra me entregar a essa emoção.
Não sei, mas tenho consciência que toda emoção justifica a tentação de vivê-la!
Enquanto resolvo esse conflito interior, me deixo seduzir por momentos
e palavras que tivemos e dissemos até aqui!
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Há vida lá fora
Acordei cheia de saudades de mim,
não sei em que momento parti e nem para onde segui,
sei apenas que a despedida aconteceu e que não percebi quando ocorreu!
Vejo um enorme caminho a minha frente,
preciso percorrê-lo, deixar os medos, abraçar os fantasmas, enfrentar as dores,
encarar os desamores, vencer os desafetos!
Respiro calmamente e concentro todas as minhas energias nessa trilha que se apresenta sinuosa, perigosa, desafiadora e surpreendente!
Nada me detém, venha o que vier
tudo me fará bem e serei imbatível, porque sou forte e fragilidade não me convém.
No fim da caminhada tudo é aprendizado,
tudo acrescenta algo, tudo é benéfico e construtivo, cabe a mim absorver o melhor de tudo, pois até no mal o bem se faz presente!
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Coragem
Coragem é viver cada dia como sendo o último dia de seus dias!
É encarar a vida com todas as tristezas e as alegrias, mas nunca deixar-se permanecer triste, apenas aceitar!
É viver intensamente, sendo verdadeira,
inteira sem se preocupar em fingir o que não pensa e nem o que não sente!
É se expor e deixar que todos a vejam
como realmente é, sem máscaras. É suportar as críticas
e muitas vezes a inveja de alguns, que no íntimo gostariam de ser você,
mas são fracos e não conseguem nem se ver e nem se fazer perceber!
Ter coragem é se preservar, se permitir viver do seu jeito
e da sua forma de ser e de se pertencer! Ter coragem é apenas ser você!
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Saudade
Saudade não tem hora nem sabor, tem desejo, tem dor, tem amor,
tem espinhos, tem flor!
Saudade tem identidade, tem nome, tem cheiro, tem forma, tem encanto, tem pranto, tem cor!
Saudade tem intimidade,
tem magia, tem sedução, tem fantasia, tem sorrisos, tem alegrias!
Saudade pode ser de você que comigo viveu,
ou de alguém que sequer me conheceu!
Saudade é um sentimento que mexe, que revoluciona a cabeça e o coração da gente!
Saudade paralisa, emudece, permanece,
fica para sempre, se eterniza dentro da gente!
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Janet Maria Faggion Corezola
Nasceu em 20 de Março de 1956 em Bento Gonçalvez (RS). Mora em Caxias do Sul (RS). Professora aposentada. Graduada em Pedagogia em Educação Especial para Deficientes Mentais, pela instituição UCS - Universidade de Caxias do Sul (1982). Lecionou por 30 anos na rede municipal, sendo doze dedicados a crianças com dificuldade em aprendizagem. Escreve a poetisa: - A vida é um sopro, então não espere que tudo se repita, o que passou não volta. Insistir em algo vencido é um esforço desnecessário; faça novos planos, foque na vida, em um novo arco-íris, há um sol a lhe beijar a face, uma chuva a lhe afagar os cabelos; tem tanta vida na sua vida, basta deixar sentimentos e emoções lhe afagar.
Contato:
Páginas:
https://www.facebook.com/Transbordando-Sentimentos-by-Chislei-876023069122628/ https://www.facebook.com/janetmaria.faggioncorezola?fref=ts
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Transbordando Sentimentos
O vento sempre se faz calmaria, pois sabe que viramos ventania
quando estamos a sós. Ele não se atreveria
a nos importunar, ele vira brisa suave a nos confortar,
depois de fartos desejos que estávamos a desfrutar.
A noite chega de mansinho e faz frio na alma.
Às vezes a dor some o caminhar já não importa, a vontade fugiu e sentes um vazio no peito.
E interrogações chegam... se não valeu todo o carinho é porque não sentiu,
se não escutou o lamento é porque não se permitiu, se te vais e nem olhas pra trás é porque assim devia ser.
Eu sabia, percebi tudo já estava escrito nas estrelas,
estava lá só nós não vimos.
Teu sorriso sempre preenche
os lugares mais escuros e escondidos da minha alma.
Tudo esta confuso agora, sinto que vamos nos perder,
nada é mais meu aqui. A primavera finda
e viro mais uma vez um porto solidão.
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Transbordando Sentimentos
Eu mergulho fundo enquanto você só pisa em águas rasas. Eu coloco meus sentimentos a prova.
Eu te falo de minhas saudades. Eu cumpro o que prometo.
Eu me jogo e fico de verdade. Lembre-se:
Pés molhados deixam pegadas por pouca extensão;
da última vez nem chegou ao meu coração.
A tempestade não me causa medo,
o vento forte não me detém. Meus sentimentos sim, esses me causam medo, meus pensamentos me detém, pois são intensos.
Não sei ser calma, sou impulsiva, atropelo tudo, depois peço perdão.
Você é de uma nota só,
mas é a que toca fundo na minha alma, na minha pele,
e faz vibrar meu coração.
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Transbordando Sentimentos
Te proíbo de me olhar com olhos de promessas,
te proíbo de me dizer que amas,
te proíbo de dizer que tens desejos,
te proíbo de demonstra esse vontade de me amar,
te proíbo de chegar e me agarrar,
te proíbo de sussurrar baixinho ao meu ouvido
o que desejas de mim, te proíbo
de passar a mão de leve pelas minhas costas e de a pousar na minha nuca,
te proíbo... te proíbo... te proíbo...
de tanto proibir me esqueci e me joguei
inteira em ti.
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Transbordando Sentimentos
Venho de tantas verdades e saudades. Venho de tantas colheitas e maldades.
Venho de campos floridos e abandonados. Venho de longos frios e flocos de neve.
Venho de perfumes do campo, do ar, do mar. Venho...
e só quero me abrigar, pousar, descansar saber que posso ficar entre o brilho do teu olho,
teu beijo que me vicia e nosso amor que contagia.
Amo-te
E por amar-te tanto Desnudo meu olhar
Cubro de vestes meu viver Sou apelo sem você.
Amo-te E por amar-te tanto Decifro caminhos Preciso te achar
Sou angustia sem você. Amo-te
E por amar-te tanto Preciso respirar
Transbordar sentimentos Sou só metade
Quando não vens. Amo-te
E por amar-te tanto Fico à esperar
Que te faças encanto E fiques envolto No meu viver.
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Transbordando Sentimentos
Minha plumagem muda de acordo com meus sentimentos.
Tenho momentos puros de um branco neve,
tenho vermelho intenso de um coração que vibra,
tenho azul cintilante de lágrimas vivas,
tenho um roxo de um medo desesperador,
tenho um amarelo que me ilumina, mas fico preto
com receio do que virá. Mas posso voltar
e ser arco-íris se você prometer me amar.
Eu tenho um jeito manso de ser...
mas não se iluda, fera ferida tem garras
e sabe se defender das armadilhas da vida.
Prenda-me em teus braços
e se for pra soltar que seja pra me virar do avesso.
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Transbordando Sentimentos
Com o tempo se aprende que despir-se não é ficar nu...
com o corpo descoberto, desnudo, mas é deixar sentimentos tranquilos,
emoções se aquietarem, sonhar em dia claro,
amar mesmo na tempestade. Hoje me despi de tudo... passei a pensar em mim
o que quero realmente viver, o que necessito para sorrir
seguir leve pela vida que teima em me fazer tomar decisões
traçar caminhos e fugir de atalhos. Hoje me despi de tudo
de falsos pudores de errados amores
me despi e me despedi.
Platinum V
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Transbordando Sentimentos
Vou deixar o livro aberto pra não esquecer a página, pra não esquecer de mim
em um parágrafo qualquer.
Vou deixar o livro aberto pra não me perder nos verbos
que quero decorar, mas tenho medo de verbalizar.
Vou deixar o livro aberto
pra te encontra na escrita mais bonita.
Vou deixar o livro aberto e quem sabe você ache um jeito
de me achar aqui solta, embebida em mim... mais...
sempre pensando em ti.
Eu que já me perdi em estradas,
avenidas, ruas,
ruelas, becos.
Agora dei pra me perder em frases,
olhares, beijos roubados
desejos mal guardados.
Platinum V
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Transbordando Sentimentos
Minhas noites já foram de insônias, de dores, de lágrimas, de desilusões.
Hoje são de recordações, de canções
de brisa leve, de livros, de vinhos
e de habitar uma emoção. A janela está aberta
e não é para entrares... é para sair angustias
que teimavam em ficar embolorando cantinhos do meu coração
que bem podiam estar desocupados, pois ele sabe sempre estive
a tua espera em primaveras e verões.
Abraço-me
de meias verdades de falsos momentos
de intensas saudades de buscas constantes
de uma eterna vontade de amar, de ser amada
de me encontrar no teu olhar, mas sem me apegar,
pois lembranças sempre me trarão
só saudades de VOCÊ.
Platinum V
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Transbordando Sentimentos
Não espere muito de mim.
Não espere que sorria sempre. Não espere que eu grite
aos quatro ventos meu amor por ti. Não espere que eu seja sempre intensa
Não espera que te beije sempre; beijos loucos de amor.
Não espere que te rasgue a roupa. Não espere que te arranhe todo;
ás vezes sou calmaria sou brisa leve de verão. Gosto de molhar os pés no riacho.
Gosto de ficar só eu. Gosto de respirar pensamentos.
Gosto de inspirar verdades. Gosto de expirar saudades.
Gosto de ti bem sabes, mas gosto de mim. Gosto dessa verdade que me desnuda a alma.
Gosto dessa verdade que tenho no rosto. Gosto desse gostar e entendas
se não gosto mais é porque acabei todo o estoque que tinha
quando me apaixonei por ti.
Platinum V
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Eu e a vida
Nós estamos sempre a bater de frente. Desconfio que nossos signos não são compatíveis.
Desconfio que não temos os mesmos gostos. Desconfio que não gostamos dos mesmos lugares.
Desconfio que ela não gosta de mim. Apenas desconfio.
Eu amo o sol que ela me manda.
Amo a lua, as estrelas, as nuvens. Amo o vento, o frio, a neve.
Amo flores - claro nem todas. Amo as árvores que me dão sombra.
Amo o mar, as ondas, a areia. Amo...
Então vida! Me declarei.
Pare de me impedir de ser totalmente Feliz...
Platinum V
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Jose Alfredo Evangelista
Nasceu no dia 25 de Fevereiro de 1946, na cidade de São Roque (SP). Ingressou nas fileiras do Exército Brasileiro e passou para a reserva, após trinta anos de efetivo serviço, tendo fixado residência na cidade de Lorena onde formou sua família. Estudou Teologia na Universidade Salesiana de Lorena e Jornalismo em Mogi das Cruzes. É um dos fundadores da Associação dos Militares Inativos e Pensionistas de Lorena – AMIPEL. Possui o título de Comendador outorgado pelo Poder Executivo de Lorena com a “Comenda Bernardo José de Lorena” por relevantes serviços prestados à comunidade. É Acadêmico na ALLARTE – Academia Lorenense de Letras e Artes, ocupando a cadeira nº 11 e tem como seu Patrono, o Marechal Cândido da Silva Rondon, Patrono das Comunicações. É autor dos livros: “TENENTE CLÁUDIO PEREIRA – Tributo e Memórias”; “CASOS E CAUSOS DA CASERNA – Relatos de um militar inativo”; “DIVAGAÇÕES POÉTICAS - Um olhar aos meandros da vida” e “CONTOS & CRÔNICAS – Uma resenha da vida”, “POEMAS DA ALMA”, todos na suas 1ª Edições. Participou da antologia “Platinum III e IV” - (poesias, 2016) - Bookess Editora. Contato: [email protected] Página e Blog: https://www.facebook.com/josealfredoevangelista.evangelista/about www.http:/alfredo-literario.blogspot.com
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Essa gente estranha!
Coisas escusas dessa gente... Estranhos conceitos criam... Politicamente corretos ela Traveste-se de salvadora
De uma pátria vilipendiada Por uma ideologia ultrapassada.
Uma cartilha que arremeda
Num borrão democrático Invasões de terras ela tinge
De vermelho nosso Símbolo... Estranha gente preconceituosa,
Que caminha numa sina tortuosa, E infesta com sanha violenta
Tal qual serpente peçonhenta!
Estranha gente essa no avesso da cultura, Que regride na contramão dos valores
Legados pelos heróis lutadores, E acalenta o esquecimento da historia...
No governo e no povo, é a escória,
Com bandeira vermelha ostenta lutas; Empunha armas do ódio e da violência...
Do caráter e da honra são inimigos! Gente estranha essa de tanta insolência!
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Jeitinho brasileiro
Por que fazer hoje o que posso fazer amanhã? Deixa pra lá que depois dou um jeito!
Por que tenho que fazer se ninguém faz? - “Seu guarda, não dá pra quebrar o galho”?
Situações que se assemelham às cartas fora do baralho... Em todos os “jeitos” sempre tem um trejeito...
De todo o jeito, o do brasileiro é contumaz.
Trabalho de segunda a sexta que se encerra mais cedo... Porque sexta é o dia internacional da cerveja!
Se tiver feriado na quinta o jeitinho se completa! Praia à vista e felicidade repleta!
Se o feriado é na segunda, do bolo quero a cereja! Começo o jeitinho na quinta emendando...
Tudo o que eu tenho direito pra não ficar resmungando!
Na guerra do trânsito prevalece a lei do cão. Cada um na sua, mas sem barbeiragem...
No jeitinho dou minhas costuradas, Com velocidade sempre quero chegar à frente!
A imprudência com certeza me surpreende, Mas não me incomodo com as “barbeiradas”!
De dedo em riste mostro a minha sacanagem...
Não sou muito afeito nessa tal de cultura política... Em dia de eleição cumpro com minha obrigação!
Para mim quem ganhar está legal! Pagando meu salário e sempre com aumento,
No fim do mês contento-me com meu pagamento! Estou estressado com esse negócio de corrupção,
Mas com jeitinho, tudo isso é normal!
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Gosto de uma fofoquinha quando não é comigo! Tenho sempre um jeito pra difamar e julgar.
Espalhar boatos é igual jogar penas no ventilador... Quanto mais ferver o caldeirão é melhor assim...
O “disse que me disse” se espalha como notícia ruim, Nos diversos “jeitinhos” travestido estou de traidor!
Sempre disposto, a primeira pedra atirar!
Meu jeitinho brasileiro é ser folgado. Não cumpro leis porque são muitas!
Trabalhar menos porque meu salário é pouco! Não pago aluguel em dia, porque é meu direito... Se quiserem ferrar-me, saio pelo portão estreito!
Arrumo outra casa e dou uma de louco... Afinal, vou às passeatas e grito até ficar rouco...
Com jeitinho, tenho o futebol, cerveja e samba no pé... Tenho feriado que encurta a semana de trabalho...
Cerveja pra refrescar a cuca, praia pra me bronzear... Futebol para xingar o juiz e zoar com a torcida rival...
Dinheiro que é bom tenho que arrumar na moral! Mas pra tudo tem um jeito que só brasileiro sabe descolar!
Sem jeitinho, não há jeito... É carta fora do baralho!
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A NOVA CARTILHA DAS ESQUERDAS - “CRÔNICA”
Lembram-se dos inimigos do governo militar de 64 que balizavam suas ações, seguindo a famosa CARTILHA Marxista-leninista? E lembram-se também da propalada expressão: “Inocentes úteis” que serviam aos propósitos das esquerdas revolucionárias de 64? Pois é, passaram-se mais de cinquenta anos e quase nada evoluiu nos conceitos de democracia neste País! Temos hoje como base de toda essa articulação esdrúxula que aprisiona o Estado brasileiro, nos moldes ideológicos de 64, uma nova e mais moderna CARTILHA, segundo atualização “GRAMCISTA”: - Conhecemo-la como “FORUM DE SÃO PAULO”! Daí saem todas as iniciativas orquestradas pelo Partido do Governo, que conhecemos como PT, de cujos seguidores têm as mesmas características “debilóides” dos idos de 64, conhecidos como “INOCENTES ÚTEIS”! A CARTILHA PETISTA, mais moderna e sem a mão de ferro do governo militar, está livre e solta na orientação dos futuros APARELHOS que vão se formando e se agrupando nos porões do governo ditatorial petista-comunista-socialista, com seus cofres abarrotados para o financiamento do golpe final. Nesse contexto, tudo continua como dantes no quartel de Abrantes. As velhas técnicas Marxistas de implantação do comunismo buscam no enfraquecimento das Instituições brasileiras a desmoralização social e o “emburrecimento“ do povo, que dá mostras de uma letargia que impede a sua cultura política em detrimento de um grande curral eleitoral que o leva às eleições de cartas marcadas para a consolidação do poder. Os conteúdos da CARTILHA DO FORUM DE SÃO PAULO são enriquecidos com as ingerências ideológicas dos esquerdopatas Venezuelanos, Bolivianos, Uruguaios, Argentinos, Chilenos, Cubanos e toda a cúpula do movimento pseudodemocrático do xenófobo MERCOSUL, que já travestido com o manto do FORUM, objetivam transformar toda a América Latina na nova CORTINA COMUNISTA abaixo do equador!
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O Foro de São Paulo, composto por partidos e movimentos de esquerda da América Latina e Caribe, como o PT, desperta o medo e a desinformação. Ele foi fundado em 1990, pelo PT do ex-presidente Lula e pelo Partido Comunista Cubano de Fidel Castro, entre outros. Ele se autodeclara como sendo de esquerda, anti-imperialista, socialista e democrático. É um fórum de debates que discute as alternativas à visão neoliberal da economia e da política. Esses grupos e partidos de esquerda trocam experiências e conhecimento a respeito de como construir políticas sociais. No final dos anos 80, com a queda da União Soviética, parecia que a esquerda estava destinada a acabar. Alguns até sugeriam que a visão neoliberal da sociedade – baseada na utopia de que o livre mercado seria capaz de promover crescimento econômico para todos – era o “fim da história”. O Foro surgiu justamente para oferecer um contraponto a essa visão. O “Foro de São Paulo” é a mais vasta organização política que já existiu na América Latina e, sem dúvida, uma das maiores do mundo. Dele participam todos os governantes esquerdistas do continente. Mas não é uma organização de esquerda como outra qualquer. Ele reúne mais de uma centena de partidos legais e várias organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e à indústria dos sequestros, como as Farc e o MIR chileno, todas empenhadas numa articulação estratégica comum e na busca de vantagens mútuas. Nunca se viu, no mundo, em escala tão gigantesca, uma convivência tão íntima, tão persistente, tão organizada e tão duradoura entre a política e o crime.
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“APARELHAMENTO”: Especialidade petista – “CRÔNICA” No tempo da ditadura era comum na mídia, a divulgação das explosões de “novos aparelhos do terrorismo”... Os ardis da esquerda terrorista especializavam-se na organização de “aparelhos” espalhando-os por todas as grandes capitais brasileiras e desfechando atos atentatórios contra diversos alvos para desestabilizar o governo militar da época. De aeroportos aos postos de sentinelas militares, a esquerda utilizava-se de varias formas de atentados que além do enfrentamento aos militares, atingiam indiscriminadamente a população civil fazendo vítimas inocentes. Seguindo nessa mesma linha, na atualidade podemos perceber a estratégia do governo petista, na “aparelhagem” de todo o Estado Brasileiro. Sorrateiramente a cúpula petista, livre dos militares, e assegurada pela falsa democracia travestida de “democratura”, objetiva sua perpetuação no poder que lhe tem assegurado inúmeros privilégios tanto no aspecto ideológico quanto no financeiro e eleitoreiro! Portanto, podemos afirmar, sem medo de errar, a “especialidade petista” quanto se trata da APARELHAGEM em qualquer instância. De início, trataram de atar as mãos da mais alta esfera governamental – o “Supremo Tribunal Federal” que devidamente aparelhado está sob o comando dos “delegados petistas” que ao arrepio das leis e do que consagra a democracia legislam e defendem suas próprias causas. Outra aparelhagem característica trata do uso forjado das urnas eletrônicas, sob o pretexto de sua segurança e tecnologia nas apurações! O descaso às Forças Armadas no sentido de enfraquecê-las por se tratarem de um dos mais firmes pilares de manutenção da soberania nacional, portanto, já se percebe a presença dos Ministros Civis de Defesa neutralizando o assessoramento de um antigo Estado Maior (EMFA) para assuntos de defesa nacional e políticas de guerra. A sanha continua com a “substituição de bustos e estátuas consagradas” a brasileiros ilustres do tempo dos governos militares e pretende trocar o nome da Ponte Rio-Niterói um dos ícones da engenharia militar.
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Com isso e no afã da aparelhagem subversiva e sistemática da nossa história buscam engessar os conhecimentos de nossos estudantes na inversão do processo histórico massificando junto aos mais jovens, os valores ideológicos de um petismo-comunismo execrando toda a classe militar brasileira depositária de tantas conquistas e legitimação democrática de nossa gente! Talvez, ao que se possa depreender, de tanta sujeira, falcatruas e corrupção, os cofres petistas tenham surrupiado do erário público a grande fortuna que os assegura tanto poder sobre um povo anestesiado com os “contos da sereia petista”! A classe média brasileira passa a ser o grande inimigo pensante que começa a incomodar o sossego da classe dominante! E os aposentados, já tidos como vagabundos e ombreando aos professores, tentam sobreviver com salários de fome! Grandes negociatas acontecem envolvendo somas astronômicas de recursos, como a intrigante compra de uma refinaria sucateada americana! O gigante e até então, “imaculada” Petrobras fora inoculada pelo vírus petista pelas escusas sanhas financeiras da cirandinha do poder! Quer dizer então, que o aparelhamento petista, é inescrupuloso, imoral, corrupto quando ocupa espaços desde o seu reduto mais frenético no Congresso Nacional, lançando raízes pelas demais instâncias de poder em todos os Estados brasileiros, contaminando os mais caros princípios democráticos consagrados na nossa Constituição! Por fim, sua ira ideológica de esquerda doentia e ultrapassada, deita seus tentáculos e inicia seu namoro com seus pares do cone sul, levando o Brasil a fazer parte no grande APARELHO COMUNISTA-SOCIALISTA LATINO-AMERICANO. Quem diria que durante o Governo Militar tínhamos uma dura luta contra o
“aparelhamento terrorista contra o Estado brasileiro” e na atualidade é o
próprio governo petista encastelado que aprisiona o Estado, e impõe sua
ditadura terrorista, descaradamente?
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CAIU A FICHA - “CRÔNICA” A opinião pública brasileira tem dado mostras, ultimamente, na aceitação às Forças Armadas. Parece que caiu a ficha no entendimento de que jamais os militares brasileiros “foram ditadores”! Na comparação dos governos militares após 64 com os governos civis que os sucederam, as diferenças são incomparáveis! O progresso econômico e social conquistado por aqueles períodos revolucionários legaram ao país, avanços de prosperidade que já deixam saudades. As redes sociais mostram a enxurrada de opiniões pró Forças Armadas em detrimento da grande insatisfação nos governantes da atualidade, cuja debilidade do Estado, se faz sentir em todos os setores da vida pública nacional. Os clamores da sociedade fazem ecos, exigindo “intervenção constitucional” ante a desmoralização total dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, que transformaram o Congresso Nacional numa fachada hipócrita de corruptos afrontando o erário público, a moralidade social e a integridade institucional! A máscara ideológica encalacrada desde 1964 está caindo. A percepção civil da sociedade começa a questionar com veemência os descaminhos e desgovernos de uma casta desmoralizada. O lastro histórico de 64, do qual os militares são fiéis depositários já por mais de cinquenta anos estão aflorando nos sentimentos cívicos e nacionalistas de uma nação pródiga nos valores legados pela própria história! É chegado o momento em que mudanças drásticas haverão de ocorrer, pois o limite de tal situação está a exigir providências. A ficha finalmente começa a cair. O povo já percebeu o universo de antibrasileiros que está por trás de tudo isso. A mídia, como porta voz da opinião e dos anseios sociais, já, desnuda diariamente as falcatruas que denigrem o Brasil enfraquecendo suas Instituições à revelia de cofres abarrotados com recursos financeiros do povo. “Os militares não foram ditadores”... A Revolução de 64 finalmente já não é vista mais como um golpe, mas, necessariamente, à época, uma INTERVENÇÃO CONSTITUCIONAL. As fichas caem e mostram a urgência tão decantada pela opinião pública brasileira!
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BATE BOCA ENTRE DOIS BURROS – “CONTO” Certa vez, um homem conduzia sua carroça puxada por um asno, ou burro, talvez!... O sol a pino queimava e fritava mamona no asfalto. Era quase meio dia e a carroça cheia de móveis fazia o pobre animal suar pela boca que pingava até quase a exaustão. O carroceiro condutor nem ligava para o pobre animal que custava a dar os passos de tanto peso e derrubado pelo cansaço. Num dado momento, o carroceiro, vendo que o animal quase não podia andar deu-lhe uma violenta chicotada nos lombos fazendo o animal berrar de dor. Ao mesmo tempo, que, após a chicotada o condutor bradou em alta voz: -“Vê se anda seu burro”. Para surpresa do carroceiro, o animal deu um pinote empacou e disse ao seu truculento chefe: -“Burro é você seu idiota e imbecil que fica sentado ai em cima e na moleza só quer me esfolar”! O carroceiro estupefato, disse ao animal: -“Quem disse que burro fala”? E o animal espumando pela boca, rebateu: -“Burro fala sim pra outro burro entender”! O carroceiro tomado pela ira deu-lhe outra chicotada nos lombos do animal que relinchou de dores e mandou um violento coice na bunda do homem que foi ao chão assustado. Ao virem a cena, os transeuntes foram socorrer o homem que se esborrachava ao chão depois daquele coice certeiro na sua traseira. Perguntaram-lhe se estava tudo bem e abominavam a violência daquele animal, quando lhe perguntaram: -“Puxa que animal feroz o senhor tem... Se ele fez isso com o senhor imaginem com estranhos”! De repente, o burro que estava quieto preso à carroça relinchou possantemente e disse: -“O burro aqui não sou eu, mas, esse imbecil que vive me chicoteando achando que eu não estou entendendo suas ordens... Dei o troco nele”! Todos ficaram estarrecidos com aquela cena e se puseram a correr gritando: -“Vejam, tem aqui um burro que fala”!... E o burro respondia: - “Aqui tem dois burros: Um que fala e outro que dá chicotada”! O homem levantou-se, tomando as rédeas às mãos, subiu na carroça e disse ao burro: - “Vamos agora seu imbecil”! E o burro mais calmo obedeceu respondendo ao seu chefe: - “Agora sim, você está sendo educado comigo, seu FDP”! E foram embora um resmungando com o outro, mas, sem chicotadas nem coices!
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CONTO DA SEXTA-FEIRA - “CONTO” Dois rapazes caminhavam juntos, por volta das 23hs. O papo rolava animado, pois conversavam sobre a expectativa do programa por eles desejado. Iriam à balada com muita cerveja e garotas! Quando passavam, em frente ao cemitério, um fantasma os abordou, dando-lhes um grande susto! A figura fantasmagórica, perguntou-lhes: - “Vocês não temem passar por aqui, numa sexta-feira a essa hora”? Ao que os rapazes, ainda sem fôlego e estáticos com aquela abordagem, tremendo, responderam: - “Quem é você e o que faz aqui”? O fantasma da sexta-feira, logo lhes respondeu: - “Sou uma alma penada e desejo me divertir assustando as pessoas que passam por aqui”! Um dos rapazes, mais calmo e equilibrado com a inusitada cena, disse: - “Espera meu irmão! Vamos fazer um acordo. Você pare de nos assustar e venha conosco participar do nosso programa. Hoje é sexta-feira, e no mundo dos vivos, é o dia da cerveja e da balada”! O fantasma, então, pensou um pouco e respondeu-lhe: - “É isso aí garoto. Acho que vou divertir-me mais com vocês, no mundo dos vivos, mas não vai adiantar nada eu tomar cerveja, porque não consigo embriagar-me e não sei se vou ficar alegre como vocês ficam”! Os rapazes foram para a balada na companhia daquele fantasma disfarçado de humano. A festa rolava, com muita música, bebida e garotas! Lá pelas tantas, o fantasma enrustido, subiu no palco e fez uma zoeira com a Banda que tocava. Começou a tocar todos os instrumentos de um só vez sob os olhares curiosos dos “baladeiros”! Após sua “apresentação” ele identificou-se ao público, dizendo em alta voz e no microfone da Banda: - “Pô! Estou divertindo-me muito mais aqui que lá no cemitério, donde eu sai com dois rapazes”! E deu uma fantasmagórica gargalhada! Foi um pega pra capá! Todo mundo saiu correndo e gritando... E um dos “bebuns” chegou a gritar: - “Pô! Eu estou na balada ou num cemitério”? E acabou a festa por conta do fantasma intruso. Os dois rapazes, arrependidos, sumiram e até hoje nunca mais foram vistos na balada das sextas-feiras!
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Márcia Ayres Dugo
Nasceu em São Paulo - Capital, aos 16 de maio de 1960. Atualmente reside em Monte Alegre do Sul – SP. Casada e mãe de um garoto. Uma gravidez mágica a fez fazer a melhor viagem de sua vida, onde foi mãe aos 48 anos. Graduada em Psicologia, adora trabalhar com crianças, aliás, sua paixão estar com elas. Desde sua alfabetização tem lembranças de “rabiscar” pensamentos e utilizar a caneta e o papel como terapia. Como ela diz: “... Percorro longínquos mundos e muitas vezes minha fome, sede e necessidade de dormir são saciadas apenas escrevendo...”. “... Estar com outros escritores, mesmo que virtualmente é como sentar-me ao redor de uma fogueira... Um violão e o brilho da lua e das estrelas...”. Já participou de várias antologias e coletâneas na CBJR (Câmara Brasileira de Jovens Escritores) e foi através desta que foi indicada e recebeu o título de Acadêmico Titular do 1º Colegiado de Escritores Brasileiros – Órgão Executivo da Litteraria Academiae Lima Barreto – Ocupando hoje a cadeira 56 – Seccional Sudeste. Contato: [email protected] Página: https://www.facebook.com/marcia.ayres.56?fref=ts
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Amar
Quiçá um poema de amor Vagando a te esperar Vá! Deixe-o entrar Que ele te ensina a amar...
Num lugar onde consiga Penetrar no que separa...
No mais, nada existe Melhor que seja assim Dentro e fora correr solto Um amor que não tem fim...
Lucidez
A lucidez é ir de encontro Encontrar mais uma parte
Tecer o todo com arte.
Como uma luz se apossa Mostra os reveses como são
Transforma em caminhos uma emoção.
Encontro de nossos limites Foge se tentarmos prender
É algo que não se pode deter.
Liberta e aprisiona Faz sorrir e faz chorar
Momento tão fugaz.
Vai aos confins quando quer Deixa às escâncaras onde passeia
Ah! Lucidez, por onde agora vagueia?
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Olimpo
A menina cresceu e clamou! Deste mundo despertou
Foi ao Olimpo e se libertou Sua alma voou
Ao corpo não retornou Lá ficou
E ninguém mais a encontrou Quem procurou Com ela falou Se enganou
Com sua sombra brindou Brincou Brigou
É que deste mundo se cansou! De lá alguém a chamou
Ela simplesmente aceitou Um canto entoou Não mais pensou
Tudo por aqui abandonou Se desinteressou
Tudo deixou Tudo encontrou
E quem um dia a desejou Sonhou...
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Papo virtual
Esse papo de papo virtual É mesmo de endoidecer
Se soubesses o quanto isto me enfada Não me constranjo em dizer.
E daí? Minh’alma louca a reclamar!
Que mal ali divagar? Sinto-me uma paisagista doidivana
Que vive a vida pela veneziana.
Gosto de divagações em frente ao mar Meus olhos com outros conversarem
Sentir cheiro e respirar Ver cada detalhe se transmutar.
Meu coração quer sentir Tocar pele e transmitir
Essa falsa ideia de aproximação Não... Não é pra mim não.
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Creio
Quando amanhece Sinto saudade do que fenece...
Mas a idade levando-me vai Em cada sono um pouco mais
Perto do Pai... Assim espero. Eu quero...
Nada me importa Mais que esta porta Que vejo adiante...
E eu viajante Ela querendo atravessar
Chegar Bem ali, onde há Luz... Farei o sinal da Cruz Ajoelharei. Rezarei...
Quero bendizer Agradecer o chão que pisei...
Com quem aprendi. Quem ensinei... Já d'outro lado recomeçar
Mais aprender também ensinar Compartilhar... O que merecer
Encontrar... Só uma certeza Comigo levarei
Que a cada porta Que atravessar Irei ajoelhar...
Bem baixinho irei dizer Creio em Ti meu Deus!
O que for preciso Hei de buscar
Pra que o meu caminhar Sempre firme e conciso
Me ajude a voltar!
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Esse teu olhar
Lá fora Mundo afora
Cá dentro No centro Irei mirar Teu olhar
E alcançar teu pulsar... Quero arriscar
Te encarar Te encontrar...
E nas profundezas Toda pureza
Através do teu olhar... Em um raio de sol viajarei
Em ti entrarei Com tua luz me unirei
Só assim saberei Te encontrarei
Nu de tuas máscaras De tuas palavras ásperas...
Lá somente tua semente Inebriante
Tua alma iluminada De ti mais nada Hei de querer...
E quando anoitecer Me enternecer
Ajoelhar Agradecer
O brilho do luar Refletido em teu olhar...
E nele me perder Deixar-me pertencer
Pelo exato tempo De um querer...
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Eu te amo
Eu te amo Além, após e antes Fora, dentro e entre
Entre as entranhas do meu ser Entre sem bater...
Eu te amo Por tudo
E apesar dos pesares Dentro deste espaço chamado VIDA
E do espaço Corpo Eu te amo
Adormecida ou acordada Num ritual de ir e vir
Buscar e compreender Doer!
Amar... Eu te amo assim mesmo
Exatamente assim Como somos!
Em nossas imperfeições O encontro mais fiel
E a consagração do nosso Amor Quando em nossa nudez de subterfúgio
O mesmo e ardente pulsar...
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Onde mora o amor?
Estava indo Julgava o caminho lindo
Fui seguindo... Quando me percebi esvaindo
Nada mais fluindo Em precipício eu caindo
Sensações me confundindo Eu partindo
O combinado descumprindo Da Luz fugindo...
Até que uma mão estendida Fez-me ver a ferida já curtida
Em minh’alma doída. Abatida. Afligida... Pedi ajuda!
Você surgiu. Urdiu e comigo urgiu: É bom levantar!
Disse, querendo gritar... Esteve até agora a derramar O que te demos pra se elevar
Agora nada adianta chorar Assim, onde pretende chegar?
Parece ruim isso, eu sei Mas precisava que assim fosse - eu pensei... E depressa me levantei. Outro rumo tomei... Agora cá estou lembrando o que se passou
Onde e como minha voz cantou Com quem cismou
O que pegou. O que ficou... O que era lindo se acabou?
Não! Transformou-se Minha forma de apreciar. Desejar...
Buscar o que quer que seja Desde que leve e me leve breve...
Desde que me dê asas pra que eu volte pra casa Sem rastejar. Quero voar e pra isso sei
Preciso despojar-me do que pesa Pra que minh’alma consiga planar e voar...
Até onde? Até onde preciso for Não sentir dor. Encontrar-me na casa do Amor...
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Sê
Quem simplifica O que fica
Quem deseja unir Deixe fluir Quem ama Sem gana
Quem não tem vintém E pro alto olha, diz amém...
Sê cada dia um traço Sem régua ou compasso
Vá tecendo Cosendo
Deixe tua mente Extremamente
Serena Não a aceite pequena...
Sê bucólico! Mais um dia, mais um traço
Outro passo... Com olhar vigilante
Cuida que coração e mente Busquem no outro o verdadeiro
Não o prisioneiro O qual desenhará em tua tez Marcas da tua insensatez...
Sê confiante Cante...
O inimigo não existe Só teu ego que insiste Em não querer olhar
Que pra se amar É preciso contemplar
Acreditar Na possibilidade de fazer
A semente brotar... Então risque
Rabisque Busque!
Sempre há de encontrar O que estiver a desenhar...
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Um dia o adeus Eram dois irmãos que não se largavam. Brincavam com carrinho de rolimãs, roda, pião, pular corda e guerra de lama... Ah! As tardes de verão com chuva - a diversão preferida. Mesmo com a mãe ralhando: “Parecem dois pintos molhados”... E você (referindo-se à menina) um “Joãozinho”... “Vive na rua...” “Um verdadeiro moleque...”. Ela, com seu cabelo curto, pés no chão, camiseta e bermuda. Ele, apenas de bermuda, com seu olhar vibrante e não demonstrando medo de nada rua afora. Sabe, às vezes reflito sobre algo que li uma vez: ...”Deus coloca pessoas em nossas vidas para nos dar paz e nos empurrar para o nosso melhor...”. ”Pessoas que transformam dias feios apenas com seus sorrisos...”. E ele era assim: “... Vamos subir naquela árvore?” “Vem, senta em meu carrinho de rolimãs que eu te empurro. Não tenha medo, você não vai cair. Você consegue. Eu te ajudo...”. Fazendo com que uma lágrima vista nos olhos de sua irmã se transformasse em um lindo arco-íris... Sem saber, ou sei lá, sabendo, ele a ajudava a sentir-se mais segura em um ambiente um tanto quanto inóspito, o que viviam. E foi assim, dia após dia, brincando, crescendo, chorando, sorrindo... Mais chorando e chorando muito que o tempo foi passando, a vida acontecendo, tudo se transformando e a amizade destes dois irmãos se solidificando. Com simples gestos de amor e carinho, como cobrir a irmã no meio da noite, ou ternamente acariciar seu rosto, penalizado com os dias difíceis que viviam, ele tornava tudo menos doloroso para ela... E de alguma forma, ela sabia que Deus nos empresta estes Anjos com prazo de validade. E à hora dele chegou... Ele o chamou! O Anjo encarnado na forma de irmão se foi e a garota se viu só... Vazia e tudo tão triste que a sensação era de não sentir mais nada, a não ser dor! Imaginem uma casa sem teto, sem janelas em um dia de inverno... Você tenta se cobrir pra esquentar aí vem à chuva...
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Suas lágrimas se misturam com a chuva. Seu tremer de frio com a dor da saudade, que faz tremer até os ossos e tudo no auge do mais insano sentimento culmina num gemido quase sufocante que parece nunca mais ter fim. “Ai, como dói” - dizia baixinho enquanto soluçava... Mas, após um turbilhão de sentimentos nefastos, veio o amanhecer... Ele sempre vem, mesmo quando não queremos acordar ele vem e lá estava um novo dia obrigando-a a abrir os olhos... O amanhecer e com ele a lembrança de um sonho. A menina despertou, sentou-se em sua cama e lembrando seu sonho sorriu... Pela primeira vez, após o fatídico dia da constatação que seu irmão partira e nesta aventura ela não poderia acompanhá-lo... Sorriu e pensou: Só você mesmo pra vir em sonho e me deixar com essa sensação de leveza. Como ele estava lindo, todo de branco e me dava à mão para que eu subisse um imenso barranco, dizendo com um lindo sorriso: “Vem, você consegue. Só mais um pouquinho...”. Pois é, realmente tem gente que fica mesmo tendo ido. Sabe-se lá Deus pra onde... Tem gente que abraça mesmo não estando perto. Tem gente que está, onde tantos já foram. Ele emprestou o coração pra sua irmã morar em vida. E ela só percebeu a força de sua presença quando um dia sorrindo alto, aliás, ela não sorria, gargalhava às escancaras e ouvindo ecoar dentro de si o sorriso do irmão: Nossa! O som do meu riso parece o seu riso... Que bom! A gente ainda consegue rir junto... Até um dia meu irmão. Que saudade... Dói, mas aprendi a ser forte e feliz. A menina virou mãe e hoje empresta o seu coração para o seu filho, tentando empurrá-lo para o seu melhor e suas lágrimas e as do seu filho ela tenta transformar em arco-íris do entendimento. Assim passeia o amor entre os corações, graças a Deus! (Em memória do Milton, meu mano).
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Maria Elizabeth de Almeida
Natural de Itajaí (SC). Vive e trabalha em Itajaí (SC). Professora, Poetisa e Ativista cultural. Graduada em Pedagogia, pela instituição Uniasselvi - Associação Educacional Leonardo da Vinci (2007). Pedagoga das séries iniciais e educação infantil. Intérprete de Libras. Administradora do grupo fechado “Elizabeth Almeida Poesias e Poemas”. Sempre envolvida com a educação, especificamente alfabetizando crianças, essa arte do pensamento, imaginação o faz de conta, sempre esteve presente e foi descobrindo a cada dia como é lindo esse mundo da poesia. “Mesmo que os ventos soprem ao contrário não desanimeis jamais” e assim estreou na literatura em “Premium VII”, “Premium X Ouro” e Platinum I e III. Com obra própria “Ciranda da Poesia” (poesias, 2015) Bookess Editora.
Contato: [email protected] Blog e Páginas: https://www.facebook.com/groups/819071804835514/ https://www.facebook.com/profile.php?id=100007108784594&fref=ts http://www.bookess.com/profile/mariaelizabeth2015/
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Amar é...
Mais do que sonhar... É correr atrás de ideais para uma vida feliz a dois.
É querer está perto, mesmo após uma discussão calada. É sonhar com a pessoa amada, mesmo quando se está acordado.
É sentir saudades, e querer voltar para casa a fim de dividir, Carinhos e carícias;
É pedir para não ser compreendido por outrem. Amar é...
Se perder pelos caminhos da razão. É se encontrar nos caminhos do delírio.
É morar junto com a loucura. Amar é...
Tornar-se sensível e se entregar ao bem estar Da Pessoa amada para que ela seja feliz. É viver cada dia como se fosse o último. É querer roubar todas as estrelas do céu
Para presentear seu amor. Amar é...
Suportar a dor dos espinhos só para colher uma flor. É semear em terra seca e esperar que a chuva
Faça nascerem novas plantas. Amar é...
Tornar-se livre de preconceitos e medos. É caminhar nas nuvens e viver no mundo da lua. É não se importar com os julgamentos alheios. Ideais e Amor são a força que move o mundo.
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Vem dançar comigo
Vem! Segura minha mão. Leve-me pra junto de ti.
Dança comigo. Desliza suas mãos até minha cintura.
Me segura e dança comigo. Aproxime seu rosto do meu. Feche seus olhos e dance.
Acerte o passo da música lenta. Acalme sua respiração deixe-se levar.
Sinta a emoção ao se aproximar do meu corpo. A suavidade das minhas mãos nas tuas te convidando...
Vem dançar comigo.
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Saudade
Hoje sou eu que sinto A saudade de um amor Que já não volta mais. E choro solitariamente.
Devaneios por uma paixão Que o tempo não apagou,
Pelas marcas das lembranças Infelicidades de escolhas mal pensadas... Mas quem se importava com o que veria,
Se tudo que queríamos Era viver aquele sonho de amor,
Que o próprio tempo fez questão de maltratar... Com palavras mal esclarecidas,
Meu coração ainda palpita pelo amor que vivemos, Mesmo com pesar das marcas da distância,
Acredito que nosso tempo não acabou .
Tenho sonhos com você... Eu sei e você também sabe.
Existe ainda amor entre nós...
Platinum V
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Magia
Você vai chegando Com sua magia contagiante.
Que lindo ver você!
Sinto em meu corpo O calor da paixão.
Estendo-te minhas mãos quentes.
Meu olhar para em você E turbilhoes de pensamentos
Em segundos mechem com minha mente E o desejo aumenta. Preciso amar você!
Quero saber como é com você.
Platinum V
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Felicidade
Vem felicidade! Entra nesta ciranda.
Também tu és meu sonho.
Te quero todos os dias, Mas não ficas comigo.
Te espero a tanto tempo, Meus dias ficam ofuscados,
Passas por mim muitas vezes Até já estivesses comigo,
Mas não ficas comigo.
Os anjos se alegram dançam e tocam músicas celestiais, Pois estas sempre com eles; felicidade.
Nesta ciranda de poesia as borboletas sobrevoam felizes Porque estão com você e é sublime te sentir.
Felicidade! Faças-me ser feliz Sempre por que o universo de um poeta é um pensamento.
Indescritível e profundo, um arco-íris no horizonte.
Platinum V
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Universo
Senhor! Que universo maravilhoso deixastes aqui.
Tudo tu criastes: Seres vivos, mares, cascatas, belezas sem fim.
Vivendo nesse universo sempre te agradeço Pelo vento fresco que alivia o suor do meu rosto,
quando o sol teima comigo. Oh! Às vezes acho que é castigo! Não seria, pois o vento rodopia
Devolvendo-me a energia. Caminhante sou por este universo
Que também existe dor, Mas sempre o amor é meu salvador.
Sigo sempre adiante, olhando para o horizonte Vejo um arco-íris.
Quem sabe ali eu encontre um pode de diamante Nesse universo brilhante.
Platinum V
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Fica amor
Fica só uma noite inteira. Que não seja passageira.
Deixa eu te sentir primeiro. Tocar teu lindo rosto.
Deixa o teu perfume em minhas mãos.
Em cada vão. Em todos os cantos do meu ser.
Me de tempo para que eu possa sonhar.
Te recordar. Quando minhas mãos escrevem
O teu nome que não consigo esquecer. Começo a chorar, a saudade apertar.
Teu perfume já está evaporando.
Ele é tudo que tenho. Fica só mais uma noite inteira.
Fica para sempre.
Deixa a semente do amor da gente crescer A cada amanhecer.
As estrelas brilham e a lua Brinda-nos com seus clarões.
Tudo conspira que fiques por uma vida toda. E te entregues a este amor.
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Motivo
Das poesias que eu escrevi, Você é o motivo do muito que eu senti.
Nada me resta do pouco que eu sei, A não ser a vontade de te amar cada dia mais.
Motivo eu sempre te esperei só eu sei.
Quanto tempo espero para estar ao seu lado, Só pra ler no seu rosto uma frase de amor,
Uma mensagem, da saudade que ficou em nós.
À noite me deixa frágil; sonho com você. Então escuto a sua mensagem no meu celular,
E meu pensamento passeia sob o universo, Nada se move nem me faz parar de escutar.
Sua voz rouca e suave me faz silenciar. Que saudade de te encontrar te amar. Motivo, eu sempre te amei só eu sei.
Você é meu único amor você é o meu motivo, Quero ler no seu rosto uma frase de amor.
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Me sinto só
Tem dias que me sinto só. Em pranto profundo.
Com a alma dilacerada, Que sofre sem fim tentando achar. Saída para curar a dor de amores.
Nunca vividos. Um coração sofrido, partido tragado.
Iludido por estar perdido Entre as sensações do desconhecido...
O amor.
***
Meu Sonho dourado, Minha eterna paixão.
O tempo não dá tempo. Me deixa na ilusão...
***
O meu amor é Magico... Viajo em minhas fantasias.
É lá que te encontro todas as Noites.
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Teu perfume
Teu perfume que ficou em mim tem gosto
E cheiro de flores silvestres. Meus lábios ainda adormecidos pelos beijos teus
Te procuram em minha sonolência. Sinto apenas teu perfume em meus lençóis,
Fecho meus olhos revivo por alguns segundos. Tua presença; apenas teu cheiro de amor ficou aqui.
Cheiro de orquídeas ou jasmim Perfume de rosas algo assim Como orvalho da madrugada,
Indecifrável para mim. Meu coração fica inquieto,
Rolo na cama. Olho para um céu de estrelas
Vejo uma noite linda, Sinto você seu perfume é você voltando.
***
Naveguei em meus sonhos, Entre flores de outono.
Entre chuvas de inverno. Meu amor eterno ancorei.
Em teus abraços suspirei e repousei. Em águas cristalinas suavemente toquei. Beijo-te agora os lábios que tanto desejei.
Meus olhos passeiam sob o refletor, Do brilho de amor dos olhos teus.
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Maurélio Machado Nasceu em São Bento do Sul (SC). Escritor e poeta. Casado com Karim Voigt, pai de Daniela, Fernanda e Fábio Luis. Netos: Giovanna e Eduardo. Formado em Ciências contábeis pela Univille - Universidade de Joinville/SC, com vários cursos de especialização em finanças, economia e administração. Membro da Academia Parano-Catarinense de Letras, ocupando a cadeira de nº. 41. Membro da Diretoria da Oficina de Poetas - formação de jovens poetas nas escolas públicas. Membro da Academia de Letras Infanto-Juvenil de São Bento do Sul. Atualmente é colunista do Jornal Evolução de São Bento do Sul. Mérito Literário do Instituto Montes Ribeiro de Curitiba (PR). Administrador do Grupo POETEIRO DE RUA: https://www.facebook.com/groups/maurmach/?ref=bookmarks. Patrono do projeto PREMIUM - Poesias & Textos. Livros publicados: Poeteiro de Rua (Clube de Autores). Infinitas Saudades, Palavras de Amor e Paixão, Sufocadas Paixões - Poemas Card (Editora Bookess). Antologias publicadas: Além-Mar das Palavras, Premium V, IX e X – OURO, Platinun I e III (Editora Bookess). Tem participações em diversas Antologias no Brasil e em Portugal: - Vida, Motivos, Degraus (editora nova letra). Encontro Feras da Poética do Mindim - Luna Di Primus (90 escritores) Diamantes III e IV (Editora Berthier). Contatos: [email protected] http://www.recantodasletras.com.br http://poeteiroderua.blogspot.com http://www.facebook.com/groups/maurmach/. http://www.jornalevolucao.com.br/colunistas/30/maurelio-machado. http://rencantodasletras.50webs.com/maurelio.htm https://www.facebook.com/maurelio.machado?fref=ts
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Doce abrigo
Que encanto estar ao teu lado Usufruindo desta ufana alegria Sentindo-me por ti acarinhado
Suave, indispensável companhia.
Orgulha-me estar a sós contigo Meiga e perfumada flor
Verdadeiro abrigo Único e verdadeiro amor...
Nas intempéries de nossa vida Quero ser sempre teu protetor Querida encantadora querida...
Nos caminhos tristes e sombrios
Encontrei-te perfumada flor... Adeus, para sempre meus vazios!
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Como quisera
Descrever em versos coloridos Nas bucólicas manhãs da infância
Extraordinários sonhos vividos Fantasias de ingênuas crianças.
Quisera a graça de renascer
De fazer acontecer a felicidade Em cada suave amanhecer
Atestar os sorrisos da mocidade.
Nas asas da esperança, ai de mim Que jamais conseguirei conceber Este fogo de viver que há em mim
Expectativa de um novo amanhecer.
Pois que já no umbral desta vida A relembrar especiais momentos
Afetuosa companhia querida Fará cessar todos os tormentos!
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Sou assim
Misto de flores e folhas Alegrias e amargores
Sou assim...
Mistura de doce e sal Não espero nada, afinal...
Sou assim...
Uma lágrima e um sorriso A espera do paraíso
Sou assim...
A labuta e o dissabor Cansaço indolor
Sou assim...
A alegria no cantar O prazer de encantar
Sou assim...
A solidão do meu ser Lutar e sobreviver
Sou assim...
Nas sombras do amanhã Doces cantos do Jaçanã
Sou assim...
Nos versos de esperança A candura de uma criança
Sou assim...
Aprendiz da vida Por você querida
Sou assim...
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Enlace
Impetuoso córrego De águas cristalinas,
Serpenteias pela montanha Fruindo o frescor das matas Misturando-se e lambendo Seixos de pedras roliças
Em forma de pequena cascata Avanças eufórico para beijar
Alvas areias da praia Para então entregar-te
Inteiramente às águas do mar... Num enlace de amor!
***
Canteiro de poesias
Ventos amenos transportaram Frescas sementes vivas
Que se alojaram No jardim de tua alma
Vicejaram Coloriram a vida Com seus olores
Perfumaram O recanto de flores.
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Vamos
Deixe o quebra-cabeça no chão Vem caminhar comigo
Pelos labirintos da vida.
Pegue sua mochila, respire fundo Vamos conquistar nosso mundo
Permitir-nos ser felizes.
Impregnemos nossa nave de emoção Vamos juntos nesta bela caminhada!
***
Que amor é este?
Estático ante o corpo inerte Prematuramente fenecido
Vítima de ciúme exacerbado, Assassino confesso
Olhos perdidos no vazio Se perguntando...
- Por que sangue e não flores? - Pois se matei por amor,
Sagrados laços enfim Para a amada e para mim?
Que amor é este? Tenebrosa escuridão...
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Sei que você sabe
Qual pássaro rejeitado Fui atirado do ninho
Sentimento indesejado Tão triste e sozinho Dias tão sombrios
Nuvens ameaçadoras Amargos vazios
Visões perturbadoras Mais nada me intimida Só por você linda flor Tenho a contrapartida
De nosso grande amor! Sei que você sabe querida
Que são seus meus sonhos Todo o mais de nossa vida
Amor e paz, Deixam-nos risonhos.
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Vem, chegou a hora
Para ti mulher especial Uma confidência verdadeira
Alma gêmea escultural Minha sombra companheira.
Vem usufruir desta paixão
Jamais pensar em despedidas Façamos a nobre celebração
A união de nossas vidas.
Ah! Eterno sorriso luzidio Espero aqui sem demora Com teu corpo me inebrio Acolha esta paixão agora.
Ah! Momento acalentador
Sonhados sonhos de outrora Que guardei com muito amor
Vem que chegou a hora.
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Das sombras à luz
Poluíram águas, cidades e campos Deixaram a natureza depredada Perderam-se todos os encantos Desta terra outrora abençoada.
Passaram-se muitos e muitos anos O homem aprendeu as duras lições Que amargura destes desenganos
Não perduraram as fatídicas ilusões.
Nasceu num dia ensolarado, a criança Das sombras, plúmbeas das desilusões
A dulcíssima ansiada esperança!
Mudou o mundo e seus habitantes Beleza ecoando em todos os rincões Natureza, fauna e flora irradiantes.
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Sonho encantador
Vem amor Me diz de teus desejos
Quero dar-te beijos Intenso sabor
Deita em minha cama Despojas de tuas vestes Diga-me que me amas
Que tu quiseste Sentir o sabor
De nosso encantado E desejado amor!
Diga-me Flor!
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Obrigado pelo amor
Na manhã de suave amanhecer Muita preguiça tomando conta
Despertar deste maravilhoso invernal Vontade dos santos louvar
Que dia esplendoroso Senhor... Obrigado pelo céu azul, As matas verdejantes
O dourado dos raios de sol As límpidas águas sobre os seixos
As cascatas espumantes Peixes em período de defeso
Nas margens o namoro de amantes Obrigado pelo amor.
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Natália Dinis
Nasceu em 24 de Janeiro de 1962, na cidade de Coimbra (PT). Reside e trabalha em Lisboa (PT). Casada mãe de dois filhos. Empresária do ramo de moda tem como hobby a pintura e a escrita. Frequentou até o 2º ano na Faculdade de Direito de Lisboa (PT). Participou de várias antologias em Portugal; e no Brasil participou do projeto cultural “Premium IV”, pela Bookess Editora – projeto editorial PRIMA OBRA. Publicou em 2016 “Seis Ruas de Inspiração”, livro escrito a seis mãos; compilação do Poeta Jorge Pincoruja. Contato:
Página: https://www.facebook.com/natalia.paisdinis?fref=ts
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Teu beijo
Beija-me o rosto amor devagarinho Deixa que os teus beijos deslizem para a boca
Como água cristalina Dá-me beijos meu amor pra que tirem a agonia
Que translouca por secura a minha boca. Há uma Rosa
A mais bela do entulho Abrigada num penedo
Chego a pensar se serei eu... ela Feita deusa.
São os olhos tapados com um véu À transparência olho o céu
E há uma nuvem que se rasga Os astros gotejam diamantes e cristais
A lua entorna-se toda ela Sobre o mar.
Este quebra e é tão quedo Murmuram em cascatas as águas
Pelas colinas Ensurdecem...
Solta-se uma pétala de rosa E mais outra
Por um ou outro beijo Flutuam folhagens de jasmim
Cheira a flor de macieira Arroxeia o crepúsculo... queima
Estala o céu pelo meio Emerge Apollo
Beija-me o rosto Deslizam os beijos para a boca Em lufadas de água cristalina Rasga-se no céu uma nuvem
Quebra-se o mar Tudo é quedo.
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A chuva cai felina
A chuva chora e murmura Vai e volta com o vento
Sem lamento Como herdeira das gotas derramadas
Torna a noite revoltada e quadrada No interior de cada gota há uma luz acesa e cintilante
É a paixão torrencial dos amantes sem revolta A chuva é como as lágrimas Lava o corpo... lava a alma
Escancara-lhes a porta E expulsa os intrusos
Quando a chuva cai aos cântaros Vai e volta e cai felina nos telhados compassada
Nada a compromete pela ternura Dum gemido ou dum som
Vira o vento Batem as asas as aves de contentes
É o asar um abraço E a noite é leviana
Há uma luz que acende e não apaga E a chuva cai felina compassada
Nos telhados.
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Amor a eternidade
No místico silêncio como crente
Chamo por ti em gestos repetidos Tombo de cansaço.
Adormeço Deixa que acorde pela manhã... eternidade
Que limpe o verniz na minha cara Deixado pelo sono
Como marca de pecado É negra a terra de dor e desespero
E eu afinal só quero um braço Que me afague
Mesmo sendo um braço pecador Não sou e creio não haver alguém santificado A própria natura floresce à sombra de pecado
Por ora limpo o verniz da minha cara Tiro do bolso
O meu lenço branco De linho fino e raro
Peço me enxugue as lágrimas de lama Deus é imenso
E só por ele a minha angústia chama A morte não me assusta
Sei que o mundo é pecador Peço ao sol que me ilumine E enxugue este meu pranto
Nem sempre a terra é negra de dor e desespero Creio nos presságios perfumados E no sonho que apaga as marcas
Deixadas pelo sono Eu creio no amor e na eternidade E nos dias perfeitos e inacabados.
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A tua melodia
Lírica a noite cai e nasce a lua São tão doces os cheiros das mil e uma flores
Que a lua enluarua no jardim E eu docemente ponho a minha mão na tua
Olho-te com o mesmo olhar com que me olhas Dou-te o mesmo beijo que me dás
Comemos a mesma maçã E são os nossos beijos isentos de pecado
É tão vasto o pomar Rasgam o ar os frutos nascidos
Ao luar Na telha dos sonhos chove a lua
E deixa um mar de dourados cristais Espero-te meu amor
Para que suas as calçadas do meu corpo Ao som da melodia
Que te traz a luz ao outro dia Pelo sono... sonho ser eu o teu navio Ariadne
E ir chegar um dia o teu porto Iço a bandeira mesmo à proa
E o navio não fundeia Levanto a âncora e caio de corpo inteiro
Nos teus braços Liricamente ponho a minha mão na tua
E amor... a tua melodia Percorre as calçadas do meu corpo
Lírica cai a noite... nasce a lua.
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Gaivota
Na tarde a chuva deixa pegadas tão vastas Mal se nota o rasto do sol e eu só quero
Que ao de leve os nossos corpos se toquem Soltam-se rios enormes nas faces
Engrossam-nos as lágrimas que saltam dos olhos Em leve suspiro
Pelo olhar... alada voa uma gaivota Voa pelos olhos do sol
E dão-me rosas vermelhas nos cheiros Do verão
Canta a gaivota um canto alado... calado Agasalha-me pelas asas em manto
Como se fora um feitiço Ama-me pelo rasto do sol e deixa no meu corpo Pegadas tão vastas como as da chuva deixadas
Na tarde Voa-te gaivota em mim num voo alado
Regressa por cantos cantados Em gestos d'encanto
Deixa que se toquem as de leve Os corpos como asas.
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Poesia
É o telhado Palco de bailados belos
Da chuva que dança Levanta o vento as folhas das árvores
Lembram vestidos de belas damas Esvoaçam...
E a lareira estala em doces aplausos Tocam adufes... violas e flautas
E eu no meu canto Escrevo e canto poesia.
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Às vezes
Perco-me de mim quando perturbada por pequenos nadas Mas acho-me quando me invade a lucidez na minha quietude
Não me concentro nas ausências dos meus desencontros Mas raciocino quando possuída por um vulcão
No querer das minhas vontades Não escrevo quando a caneta
teimosamente hesita no desenhar das palavras Mas sim quando com paixão ela me deixa abraça-la
por entre os dedos em cama da minha mão Às vezes quero ser louca
Vestir-me de luz como a lua em noite de lua cheia Mas outras... tresloucada como um barco à deriva
Em mim perdida... por mim achada.
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Tua música
Queria tanto olhar-te meu amor Falar contigo e dizer-te tão somente
Que aqui estou à tua espera Mas... atrapalha-me esta ansiedade Tenho medo que cesse a tua música
E não possas mais olhar as rosas que carrego Junto ao peito
Teço os dias pelas memórias dos teus beijos E das lágrimas que orvalham os meus olhos
Traga-te o vento! O vento norte que é mais forte E os montes e vales devaste por onde passe
No mar a espuma negra mato Na terra o chão adorno com tapetes de alecrim
E rosmaninho Os flancos do meu corpo visto a camélias Vermelhas. ...rubras. ...coradas de paixão
E eu quero tanto olhar-te! Era Outono... lembras? E eu estava ali contigo
Ouço ainda o ressoar compassado dos carris Na fenda semicerrada
Dos ouvidos Ondulam-me os cabelos num súbito morno e claro vento
É meia tarde e o sol é já oblíquo E eu só queria... tanto...
Olhar-te... meu amor e ouvir A tua música.
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Culminar das palavras
Como nas noites de insónia vêm ao de cima as palavras E o centro da noite é como o culminar do cio
O sol toma a rota de norte para sul E eu pressinto-te por um golpe d'asa da ave que voa
São aos milhares as cores Parecem as cores d'um pavão
O bico é húmido é reto e oblíquo o voo A beijar o chão
Há um debruçar pelo sentir do seu canto Sinto na boca um sabor a sal
Sei que são beijos Têm os cheiros da terra e os saibos do mar
Pousam em mim as falésias E o ventre arde
À tona da água flutuam vermelhas maçãs ao cair da tarde E o sol toma a rota de norte para o outro lado do mundo
A noite faz vénia ao cio Confunde-se o tempo pela doce carícia
Da névoa erguida Pinto de luar uma pedra e o centro da pedra
É o centro do ventre E... o culminar das palavras e o saibo dos beijos
E dos mares É o saibo do cio e de ti!
“E... o culminar das palavras é o saibo dos beijos”.
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Todas as palavras
Sabes meu amor? As palavras que te escrevo São labaredas de incêndio
Outras são frescas gotas de orvalho À luz das estrelas
Teço as leves e as inocentes Mas as palavras que te escrevo meu amor
São os beijos que não dei São o sonho em desabafo
Quando pelo sonho te beijei Escreve para ti a minha mão
Tantas palavras Que me perco à noitinha ao luar
E pela boca ouço a música das tuas São as palavras
A minha voz da alma Estão no deserto
Esculpidas em cada grão d'areia Escrevo palavras
De redonda formosura Nascem nos meus olhos E em breve arquitetura No teu corpo desaguam
Dei-te braçadas de palavras Por dálias e cravinas
Quando p'lo sonho te sonhei São as palavras
O meu sonho em desabafo Pelos beijos que não dei
Por isso meu amor A ti me dou
Em todas as palavras.
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Severiana Paulino Rodrigues (Séve)
Nasceu em Águas de Santa Bárbara (SP). Reside e trabalha na cidade de Iaras (SP). Escritora. Pedagoga na Fundação CASA. Graduada em Pedagogia pela FREA - Fundação Regional Educacional de Avaré - Faculdade de Ciências e Letras de Avaré, (1997). Pós-graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela FSP - Faculdade Sudoeste Paulista - Avaré, (2010). Revisora de textos para outros escritores (as). Administradora de várias páginas na internet e grupos de diversos assuntos e temas, com exclusividade para assuntos ligados à cultura, educação, políticas públicas e literatura. Minha inspiração que tem como tema preferido o amor e o romantismo nos seus escritos. Mais se inspira em temas do dia a dia também. Desde 2008 participa como escritora quando teve selecionada num concurso cultural a sua carta de combate ao racismo que foi publicada no livro Racismo: São Paulo Fala. Cartas selecionadas da campanha cultural 120 Anos de Abolição - Racismo: Se você não fala, quem vai falar? Lançado pela Ipsis Gráfica e Editora, 2008. Tem uma participação no livro de Antologia Poética “O Diário das Almas Femininas”, lançado pela Editora Sanches 2015 e “Platinum I, II, III e IV” – (poesias, 2016) – Bookess Editora.
Contato:
Página:
https://www.facebook.com/severianapaulinorodrigues
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Severiana?
Lembra-te de primeiro amor Na brincadeira
Lembras-te, Severiana?
Através das cartinhas E bilhetinhos
No jardim da praça Marcava os encontros
E nas aulas vagas Os encontros acontecia
Escurinho do coreto da praça.
Ali acontecia os beijos, os abraços e os amassos,
A inocência do namoro puro As mãos trêmulas o suor escorrendo
e o coração que palpitava. Olhos nos olhos, sorrisos
Lábios nos lábios E disso não passava.
Era um namoro puro, inocência e aventura,
Mais era o respeito O carinho e a ternura.
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Amore
Que quer você? Amá-lo.
Que quer de mim? Reciprocidade.
Amá-lo-ei de todo o coração. A ti me entregarei.
Que quer sentir? Amor!
Que quer explorar? Âmago! Te desejar intensamente
E fundir-se em um só corpo.
Que quer viver? Um amor! Que quer realizar? Um sonho!
De carregar a paixão embeber-se No forte sentimento de ser amada.
Que quer ouvir? Uma confirmação! Que quer vivencias? A experiência!
No esforço de compreender e interpretar enigmas. O desejo de compor e recompor o amor.
Que quer que aconteça? Realização!
Que quer afinal? Intensidade! Entregar-se completamente em você.
Sermos dois em um.
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Minha mãe!
Te amo mãe! Trancado analisei
Nesse louco mundo O que eu passei
E eu espero Que possa me perdoar
Porque eu te amo E pra sempre vou te amar.
Nessas palavras
Eu não me engano Porque eu vou sair sorrindo De onde entrei chorando.
Na hora da dor
Eu penso em você E a minha tristeza
Começou a aparecer.
Lágrimas caem quando penso em você Porque pra mim você vale ouro
É a minha joia rara De todo o meu tesouro.
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Minha dor
Por você meu coração Bate tresloucado
Numa forte emoção Em ritmo acelerado.
Encontra-se estraçalhado Carregado de sofrimento Esse coração apaixonado Caído no esquecimento.
É um coração desconsolado
Nesta distância imensa Neste tristonho quadro
Com dor intensa.
Assim está retalhado Este meu coração sentimental
Sente-se atrapalhado Pois nunca viveu um amor igual.
Deixo registrado
Nesses versos de amor O sofrimento por meu amado
E também a minha dor.
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Sonhos sem fim
Essa força que resiste ao tempo Impulsionando a razão maior
Nesse crescente alento Tornando-se em dor pior.
Me ponho a dizer
Estou sofrendo por amor Sem você não aprendi a viver
No meu peito há muita dor.
É um ardor que fulgaram Revelando a sua ausência E as feridas que não saram
Causando tamanha turbulência.
Encontro-me num precipício Pressa nessa louca paixão
Dentro deste hospício fazendo sacrifício Para libertar-me das grades da prisão.
Agora me visto de sonhos sem fim
Desejo me desprender E cuidar mais de mim E ficar livre para ser.
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Meu eterno amor
No rútilo de luz Me refaço
Esse amor que seduz E que me deixou em pedaços.
Sinto o vazio da separação Deste amor que me deixou
Restou dor e emoção De um amor que não vingou.
Irredutível prazer dos olhos
Plácido amor Gestos alegres e serenos
Muitas vezes transborda as lágrimas da dor.
Sou um em você Você é um em mim
Nesse instante aconteceu Um encontro sem fim.
Mesmo assim, te sonho e desejo
Na ansiedade e nessa dor Mesmo que não te vejo
Meu eterno amor.
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Porto seguro
Esse sentimento profundo e imenso Que por ti venho declarar
É um espetáculo que flana dentro do peito verdadeiro No premir do despertar e intenso.
Diletentes luminosidade ofuscante
E, com o coração aos saltos No incógnito exasperante
No sussurrar ao gritar bem alto.
O silêncio concatenado sustenta a virtude do amor Fadados a permanecer na história
Em face transformada a dor Guardada no baú da memória.
No que concerne às relações entre estar e ser
Se compraz em turbulência o imprevisto Espraiando a ardente e caprichosa fantasia do poder
Contemplando a paz da alma e do Espírito.
Hoje aprendi a conviver com a saudade, Pois você tomou outra direção e rumo,
Mas entendo a realidade Confesso que você sempre foi o meu porto seguro.
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As marcas da mentira
A voz cheia de dor Ao balbuciar da paixão
Nas órbitas do amor Inteiriçou-se o sentir da emoção.
Sem hesitar lágrimas descem e escorrem
Sob a face sibilando em gotas Repugnância do ribombar crescem
No erigir das mais amplas das grotas.
Íngreme são as circunstâncias reais Do escorregadio caráter despojado Sensivelmente aos que são leais
Resplendia o reverberar do enojado.
Inverossímeis perspectivas Do possível ao improvável
Às ranhuras expelidas Embarafustando-se do fel indomável.
Ao se tornar num espetáculo de sofrimento
E lufadas máscaras que se atira Ronronavam extenuando o momento
São as labaredas das marcas da mentira.
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A ciência de ser você
Traços imutáveis da personalidade Destacando aspectos neurológicos, psicológicos, Sociais, antropológicos, consumidores e secretos
Da pessoa mais importante do mundo: Você.
O eu é uma sala de cinema mental É a ponta do iceberg
Da múltipla personalidade Tão fragmentada e imprevisível.
Esse upgrade é a celebridade mais quente
Do mundinho neurocientífico: O neurônio espelho Da sucessão infinita de imagens mentais
Ao momento em que me revelo.
Fase de angústia e transição Nas brumas do pertencer
Não se vive de ilusão A ciência nobre do ser você.
Oh! Como é bom se pertencer
Ainda vale tentar decifrar Que o maior mistério de todos:
Essa coisa estranha que você chama de “eu”.
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Mulher Fonte de Inspiração
Mulher é a verdade ditada de conspiração É escrita e reescrita em poesia
É o sentimento em emoção É também traços de uma boemia.
Descrever a mulher é pura sintonia
É segredo a desvendar A mulher é um ser coberta de magia
Com sorriso e brilho no olhar.
Mulher é como uma viagem nas ilhas gregas Um impulso na autoconfiança
São tão elaboradas quanto às próprias regras Na expressão séria no exercer a liderança.
Vislumbre do destino estalido
Por reflexo da vaidade Nas convicções da libido
De uma beleza feminina em trivialidade.
Mulher extensão natural da sua popularidade Celebridade da expressão Encantada na virtuosidade Mulher fonte de inspiração.
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Tais Martins
Escritora, Professora Universitária, Advogada e Coach. Membro da Academia Brasileira de Letras seção Minas Gerais - ocupando a cadeira Machado de Assis. Membro da Academia de Letras Jurídicas - Seção Minas Gerais titular da Cadeira Rui Barbosa. Membro da Academia de Letras Alubra de Araraquara (SP). Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni (MG). Colunista na Revista Orizont Literar Contemporan da Romênia. Colunista da Editora Illuminare. Delegada Cultural pela Escbrás. Premiada com a Medalha de Honra ao Mérito Fernando Amaro concedido pela Câmara Municipal de Curitiba pelo Livro Anjo Negro - Poemas que escondem Histórias. Contemplada com o Título de Cidadã Honorária de Curitiba em 2014 pela Câmara Municipal de Curitiba. Contato:
Página:
https://www.facebook.com/tais.martins.75?fref=ts
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Outras histórias
Solta a minha mão Não quero mais segurá-lo em meu colo
Podes partir Ficarei bem sozinha
O nosso jardim está morto E de certa com ele murchou o nosso amor
Não é justo tantas adagas metidas em meu peito Pois a solidão dói numa única vez
E essas partidas e chegadas consomem uma vida Que não posso repetir...
O que queres de mim não posso dar Não mais quero dar...
Olho para as estrelas e elas Parecem compreender a eloquência do meu silêncio...
E essas pinturas na parede estão envelhecidas Não reconheço os sorrisos conjuntos
Nem tampouco aquela luz que cintilava No mesmo instante.
Somos estranhos e ao mesmo tempo amigos Vivendo os últimos momentos
Do que um dia chamamos de amor...
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Anjo apaixonado
As viagens feitas de solidão cessaram Agora as asas permitem um abraço
Um carinho e beijos doces sem gosto de solidão... As asas não estão sangrando
E o poeta permite que as palavras caiam do coração Para o papel para contar uma história sem mortes
Sem agonia e sem tristeza... O anjo sai então dos cemitérios
E volta para a vida fazendo uma escolha Pelo amor.
O poeta encantado percebe Que na areia não há mais
O rastro das asas solitárias Caminhando ao encontro do crepúsculo... Aberto na janela da praia há um quadro
Rodeado por rosas vermelhas voando pelo ar Existe agora um caminho percorrido na areia
Onde as asas são acompanhadas por pegadas Desvendando um anjo de perfume e paixão... O poeta ainda oculta alguns sentimentos, pois O anjo livre do cárcere está agora protegido
Por abraço e beijos que encantam seu mundo... O anjo está livre dos cemitérios e perde então a eternidade
Mas recebe em troca a chance de viver uma história de amor Que será traduzida ao longo do tempo pela poetisa, mas
Repleta de carinho de anjo.
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Quando menina
Debrucei na janela do destino Presa a namorar as estrelas Admirando o espelho da lua
Beijando meus olhos. Um sonho tão belo
O céu tão azul Esqueci de ser quem sou
Para ser um pouco de você... Amar-te e amar-te
Sobretudo namorar as estrelas Em teus braços e beijar a lua
Como teus lábios. Ser mais que viva
Estar feliz! Quando o sol nascer novamente
Perdida no que faço Encontro o teu abraço
Enquanto meus olhos desabrocham Em lágrimas de renovada alegria.
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Doce brisa de amanhã
Falarei só Dormirei só
Andarei pelos caminhos Seguindo passos de sombra...
Serei só
Amarei só Amarei a noite
Negra como teus olhos
Triste é só Lembrar só Amarei o sol
Quente como teus lábios.
Acordarei só Chorarei só
Amarei todos os dias Como no passado.
O dia que brilha ou esconde
O dia que não chora responde O da que ama e quer
Recordar das noites sozinha Pensando como menina e sonhando ser mulher...
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Crença
Nada consegui Pois havia muito sangue em minhas mãos
Depois do espelho quebrado... Tristes as imagens que meus olhos veem
mas sei que estou condenado. Renego a alegria mortal
Preso em punhais de paixão que matam os amantes... Não acredito no amor
Tampouco nos sorrisos. As mentiras cercam os sentimentos
Como se eles fizessem parte da realidade. Toco as mãos imaginárias do desejo
E ouso corromper o que sou Sem o sol para aquecer minha alma gélida
Não estou pronta para a loucura De amar e não ser amada.
Quebrei o espelho e estilhacei minha alma Sangue corrente e forte
Levando para sempre o que desejei Mas nunca poderei possuir...
Corro contra as ondas Provando ser mais forte que o mar
Afogada pela agonia Sentindo “Ismália” no peito
Entre a prisão das torres e dessa tolice de amor Prefiro a solidão verdadeira
Do que a mentira dos amores Que aprisionam a alma e apagam para sempre
A identidade daquele que ousou amar. Após o beijo nossa alma resta corrompida
E o medo da ausência invadirá Sem poesia a nossa essência...
Os sonhos tomaram um novo contorno Sentiremos sede e frio sem entender o motivo
As flores serão dadas e seu perfume ficará
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Preso nas veias do pensamento Enquanto pulsamos no temos do amanhã...
A e esse silêncio traz consigo canções Que ouvimos juntos e que juramos nunca esquecer...
Os poetas não revelaram as verdades Mas omitiram as dores severas e as marcas profundas
Do amor... A ampulheta continua contra mim
Temo segurar sua mão sou um espírito atormentado Pelo que não quero sentir...
Sei que incendiará minha casa e minha vida E o simples silêncio dos teus olhos
Será uma mácula no meu peito amedrontado Quando eu adormecer será a sua imagem retida
Que singrará comigo ao mundo dos sonhos... Preciso decidir entre sorver teu abraço
Ou correr para sempre ouvindo o grito do adeus... Meu amor é a crença estilhaçada no espelho
Pois ao buscar minha imagem Só encontro você...
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Minuto
Estou perdida como um soneto incompleto Uma música de belos acordes iniciais,
Mas tracejada por melodia sem conclusão. Procuro meus olhos
Em um cemitério de ilusões, Mas é tarde para o sol escondido na neve...
Os violões têm as cordas quebradas Pelos meus dedos
E o piano toca marchas fúnebres E na despedida não consigo transmitir alegria
Nem com as palavras... Sou uma flor simples
Mas de espinho inquebrantáveis Pelo veneno da solidão.
Meu destino está nas pétalas Que escondem as minhas lágrimas
E guardam minhas poesias Em seus espinhos.
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Mais do mesmo
A chuva varrerá a sua poeira
Com as fotos queimadas na lareira A felicidade entre as chamas desfigurando
O casal que um dia fomos...
Perdidos e sozinhos Deveremos construir novas histórias
Mas as pegadas ainda estão nas praias do destino Onde resolvemos não mais juntos pisar.
Agora os sonhos possuem um novo vértice
Não foi possível assistir juntos um longa metragem O cinema da vida propõe um novo programa
sem promessas de final feliz nem para mim e tampouco para você...
E o céu que antes era azul Agora está repleto de nuvens de chuva
E os nossos corpos polarizados Não mais se atraem na medida do afastamento que chega.
Os minutos não tem importância Pois vivemos juntos tanto tempo É possível ficar mais um pouco
Rever os quadros da vida e repensar...
A chuva lá fora é um sinal Choramos juntos e partimos
Cada qual procurando Um outro diferente, mas no fundo sempre igual...
* título de uma música do Legião Urbana.
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Dez horas
Por mais poesias que eu escreva Perdida estou em palavras sem fim
Sejam minhas as lembranças Ou papéis e lápis inventados por mim!
Não há sonhos Não há trovas
Não existem sonhos distantes A realidade é longínqua de uma vida nova!
Se o poeta é tão humano
Poderia eu imaginar que a vida tem alma Mas quando escrevo
Digo que isso torna-se verdade Quando a solidão
É o mais soturno e fúnebre dos medos...
O caixão aberto Entre a vida e o morrer
Imagino que estar vivo não é A única forma de viver
Em alguns momentos não entendo o que sinto
Então coloco ponto final nos pensamentos Sinto a realidade das horas
Nessas dez horas que não só a mim pertencem Mas de tão silenciosa e maligna
Não permite a dos outros ser igual...
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Personagem refletido
Risos bobos que sinto em meu rosto agora Não sou mais a menina de outrora
Mas não me tornei a mulher que desejei ser.
Nada bela, ou antes, formosa Pouco gentil ou nada amistosa
A vida mostrou sua faceta nada divina.
De vestido rodado ela dança feliz Sua maquiagem é o falso chamariz Da agudez de sua vida complexa.
Sua voz ecoa pelos corredores
E sozinha procurando novos amores Ela deita cansada de sua vida de atriz.
Cabelos longos e soltos ao vento
Pensa ela por um rápido momento Como seria deixar de ser o que não é.
Há certamente comigo ririas
A pensar essas tonterias E volto novamente a fingir escrever.
Os pensamentos que agora ecoam
Certamente outrora povoam As histórias que inventei.
Mas em dado momento o castelo desmorona
E sem nenhuma vergonha Quem lê as minhas mentiras pode se reconhecer.
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Vanuza Couto Alves
Nasceu em 30 de Novembro de 1941, na cidade de Piaçabuçu (AL). Aposentada reside em Maceió (AL). Professora, poetisa e ativista cultural. Graduada em Licenciatura em Português e Literatura, e Literatura da Língua Portuguesa, pela Instituição UFAL – Universidade Federal de Alagoas (1978). Homenageada e agraciada pela Coordenação de Linguagens e Códigos, no “Projeto Versiprosa” – CEFET (2005), com o “Espaço SALA” que recebeu seu nome e uma placa comemorativa. É considerada pela instituição “Amiga do Versiprosa”, pois continua sendo integrante das comissões que realizam as atividades do projeto. Participa desde 2009 do concurso de poesia “Talentos da Maturidade”, promovido pela instituição financeira Santander. Também, aderiu à internet para divulgar os seus poemas e hoje é participante de grupos literários. Frequenta o projeto “A Arte de Lembrar” no SESC/Poço - Maceió (AL), desenvolvendo atividades que valorizam a memória da terceira idade. Mérito Cultural 2015, concedido pela Academia de Letras Infanto-Juvenil para Santa Catarina Municipal São Bento do Sul (SC). Publicou: “À Luz das Palavras”, (poesias, 2012) e "Premium I, VII, IX e X - Ouro", (poesias, 2015). “Platinum I, II e III”, (poesias, 2016).
Contato:
Página e Blog:
https://www.facebook.com/profile.php?id=100007108784594&fref=ts http://www.bookess.com/profile/vanuzacouto/
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O passado que não passou
Traz-me lembranças antigas, do tempo que vivias,
nas minhas insônias, a cor do teu sorriso, fazia-me sonhar, nos parcos minutos,
em que eu adormecia. Eras o poente das minhas tardes de poesia,
vendo-te caminhar tão vagamente, rumo ao nosso mundo de sonhos,
hoje tateio as tuas palavras, para encontrar-me, mas não consigo. Compreendi que sou o teu silêncio,
espero que um dia, em tua memória, eu seja saudade!
***
Tenho-te, amor!
Acariciado pelas minhas saudades e pelos meus inefáveis desejos
de encontrar-me contigo, Num poema sem silêncios...
Estou com saudade da tua voz!
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Em minhas tardes
És o pôr do sol, deixando-me com saudade.
És o arco-íris colorindo nossos rostos e os nossos sonhos de amor. És o meu viver de felicidade.
És um riacho que corre lento em meu corpo, deixando calafrios de amor.
És em minhas tardes, o motivo poético para os meus versos serem declamados,
à moda romântica do passado.
És a criação revelada pela minha imaginação, cinzelando o teu belo ser, em minha alma, Vendo o teu corpo refletido sobre o meu,
nas sombras de um entardecer de nuvens bordando imagens aladas,
velando nossos sonhos de amor...
És a Natureza rebuscada de lírios perfumando os meus versos,
nas tardes em que te sinto só meu!
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Tua ausência
Ainda busca razões para o amor... Nesta manhã o sol me trouxe o teu olhar.
Senti amor e um pouco
do que ainda resta do teu lirismo... Embora a tua poesia grite a dor,
o medo e a saudade.
Mas, sabes enfim, ser frágil quando sonhas com o amor!
***
Sensatez
Venha mais sóbrio ao meu encontro. Quero de ti
palavras e silêncios que me descubram!
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É das lembranças
Que recomeço sonhos passados.
Adoro tê-los de volta, em minhas saudades.
Tudo que já me fez um pouco ou muito feliz
é poesia para o meu viver. E continuo poeta,
das minhas saudades e da vida quando me dá felicidade.
***
Poesia existe
Onde há sentimentos iluminados onde a esperança transforma
os sonhos tristes em sonhos felizes. São tantos os corações
que perderam os seus encantamentos, depois que perderam a poesia dos seus sonhos de amor.
Reviva saudades, silêncios, antigos poemas. Deixe a poesia existir na paisagem
dos seus doces sentimentos. Seja o amor de alguém!
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Tantos poemas
Do coração. Da alma.
Da saudade. Da solidão. Dos apelos.
Das buscas Infindas por uma felicidade.
Tantos poemas
no tremor das minhas mãos, a esconder um amor
que o meu olhar não consegue esconder...
Tantos poemas desencontrados,
Nos silêncios das palavras, a chorar por um amor!
***
Eu te inventei
Um sonhador, sem queixas da vida. Um presente só meu,
perdido em meus sonhos, suspirando de amor por mim!
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Uma poesia bela
Está num doce olhar. É pedir um colo amoroso. É dizer o que alma sente.
É não se afogar nas dúvidas da vida.
É esperar que outro sonho venha nos trazer certezas.
É dar asas aos versos
de um poema tímido para vê-lo pousar, em semeados risos de uma bela paixão.
É saborear um doce beijo,
sem que o néctar do desejo faça-o mais prazeroso,
mas que lhe dê o gosto do amor.
É não sombrear o que precisa. Ser claro numa relação,
em que sentimentos falem bem antes das palavras!
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Te amo demais
E aqui estou a chorar de amor. És o meu bem querer e o ar que respiro.
És desse meu penitente pranto a melancolia que me faz sofrer.
Não quero esquecer-te e nem devo, porque és o enlevo
dos meus sonhos de amor. Ah, se em toda minha vida,
essa agonia for por ti amar, morrei aliviada, porque amar-te tanto assim, em meus versos,
é porque estarei também te amando, por toda a minha eternidade!
***
Revivendo
Aquele encontro
dos nossos olhares. Era noite,
e a poesia entre nós dois, fazia as nossas palavras
se encontrarem, não sei de nós dois
quem mais sonhava!
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Sinta o meu amor
Assim como ele é e não como você o imagina.
Não queira inventar
um coração para mim. Nem mudar a essência
do que sou.
Se me deseja diferente, é porque não entende
os meus silêncios.
***
Silenciar
É dar tempo as palavras, aqui dentro da gente.
Antes que elas percam
o valor dos seus sentidos, nos ecos vazios,
mutilados na solidão da gente!
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Sombras
A minha. A tua.
Enredo de sonhos sem medo.
Sombras que vejo, se afogando nas saudades...
Sombras
A minha.
A tua. Num cantinho do céu,
junto ao luar que nos acolheu...
Sombras
A minha. A tua.
Desenhadas nos versos.
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Sentimental
É quem faz do seu coração o pouso de uma saudade que sente.
É quem excede, na esperança de um amor que não vem!.
Sentimental é quem ainda sente o aroma do perfume,
que o primeiro amor deixou, no sorriso da gente.
Sentimental é quem permite que os olhos falem,
enquanto o coração silencia!
***
Sabes, amor!
Que estás nos meus versos, nos meus sonhos,
nas minhas saudades sempre... Sabes, amor, que tudo de ti cabe,
na minha poesia e no meu coração. Sabes que te amo sem medos,
não preciso me machucar por esse amor, eu adoro te esperar para mim!