Play Music 003

Só Você

Me Abraça

AgAgAgAgAgororororora va va va va você você você você você vai tocarai tocarai tocarai tocarai tocar

Partiturascom letras e cifras

Ano 2 - nº 1 - R$ 10,00

97

71

41

51

87

00

6

>1

02

00

ISS

N 1

415-

1871

BateriaAprenda a seqüenciar

Roland E-500A análise

VOZComo explorar e cuidar

O Software mais utilizadoCakewalk 6.0

We Are The World of Carnavale outras

As Origens dos

Queen, Alan Parsons, Billy Joel, Creedence Clearwater Revival

RitmosBrasileirosRitmosBrasileiros

Cursos e Vendas

Teclado - Piano - Sax - Guitarra - Violão - BaixoBateria - Flauta Transversal - CavaquinhoCanto - Gaita - Música por Computador

Opus [email protected]

R. Antonio Comparato, 130/146 - Campo BeloTel (011) 542-9471 / 530-0343 - São Paulo

R. São Bento, 2182 - CentroTel (016) 235-3867 - Araraquara

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O Ritmo da Comunicação...

Caros leitores, é muito gratificante saber que nossa publicaçãoestá atendendo satisfatoriamente seus objetivos. Através de cartas,ligações telefônicas e E-Mail, que recebemos de todas as partes dopaís, constatamos que Playmusic está cumprindo seu papel de aten-der os estudantes e amantes de música, no sentido de dar uma moti-vação a mais para descobrir “como é bom poder tocar um instru-mento...”

O fato de vocês reservarem um espaço, entre inúmeros afazeres,para escrever ou ligar para nós, seja para dar sugestões, elogiar, oumesmo criticar, só vem confirmar que estávamos certos quando pen-samos em atender esse universo, até então inexplorado, da tecnolo-gia musical.

Como toda ousadia e pioneirismo têm um preço, é claro que nosdefrontamos com alguns problemas, os quais enfrentamos com ho-nestidade e profissionalismo e que, no fim, só serviram para apren-dermos ainda mais.

Buscamos, através desse intercâmbio com vocês leitores, nortearnosso trabalho para atender, na medida do possível, seus pedidos esatisfazer essa necessidade de aprender cada vez mais. Pensandonisso passamos, a partir deste número, a dar uma orientação de comoseqüenciar, iniciando pela bateria, com exemplos e exercícios inclu-ídos no disquete que sempre acompanha nossa publicação, além deoutras matérias que acreditamos ser de interesse geral.

Mudamos também a diagramação do caderno de partituras, se-guindo sugestões de nossos leitores, para facilitar a execução daspeças. E não pretendemos parar por aí. Nossa equipe estará empe-nhada em satisfazer os anseios de todos vocês. Afinal é para issoque trabalhamos!

Pretendemos iniciar este ano de 1998 com muita energia positivae, para esta época que precede nosso carnaval, selecionamos, a par-tir desta edição, algumas músicas para vocês treinarem antes da fes-ta. Sobre o repertório, gostaríamos de esclarecer que toda a equipedo departamento musical cuida com muito carinho da escolha dasmúsicas, procurando mesclar os vários estilos para satisfazer todosos gostos. Não estamos comprometidos só com sucessos e sim coma boa música.

Esse intercâmbio fundamental com você, leitor, é nossa principalmotivação, pois acreditamos que esse carinho que recebemos é oresultado merecido para quem faz o que gosta e trabalha com amor.

Edeli S. Zardo

Editora Zardo Ltda.

DiretoresEdeli S.ZardoEverton Zardo

EditoraEdeli S.Zardo

Coordenação GeralEverton Zardo

Supervisão Editorial e MusicalJoão Henrique P. Baptistella

Revisão EditorialTerezinha Oppido

MarketingSilvia Zardo

Departamento Musical

Programação de bateria e mixagemGilberto M. Abreu

Músicas SequenciadasEdeli S.ZardoSimone Santos Monteiro

Revisão MusicalElenice Dallomo BorbaLucila do Amaral Britto

Colaboraram nesta ediçãoNeide BeccariDelcio Tatini NetoLico CandeiasCintia A. SilvaRegina BeloEloysa Silveira

Fotolitos e ImpressãoGrande ABC Editora Gráfica S/A

Fotos da CapaDivulgação

Tiragem20.000 exemplares

Playmusic é uma publicação mensal daEditora Zardo Ltda. A reprodução totalou parcial das matérias, partituras ou mú-sicas sequenciadas, sem expressa autori-zação, está sujeita à todas as sanções pre-vistas por Lei. Opiniões, sugestões ou re-clamações, escreva para:

Editora Zardo Ltda.Rua Olivaldo Vila Nova, 16004652-270 - São Paulo - SPTel/Fax (011) 5562-8208E-Mail: [email protected]

Carta do Editor

4 Playmusic

Desativando a MelodiaDesejo saber como eliminar o canalda melodia no PSR-620?

JOÃO BOSCO PINOTTIColatina - ES

GRÍGOLO HÉRCULES RENATOVia Internet

A Playmusic utiliza o canal 4 para amelodia. No PSR-620 utilize a teclafunction até encontrar a função overall,e através dos botões cursores encontreas telas MinusChR e MinusChL.Informe o n.º 04 em ambos os casos, epressione a tecla MinusOne.

Emoção Via AcrósticoJá que a revista épara atender a todos(iniciantes e maisavançados), poderiaser colocada a letrana partitura darevista, pois assimfacilita a compre-ensão para os inici-antes.Visitem minha

página sobre o Roberto Carlos.JÚLIO JOSÉ TEIXEIRA

Gama-DFwww.conectanet.com.br/robertocarlos

Ficamos muito lisonjeados com seuE-Mail. Optamos pela não inclusão dasletras nas partituras, para facilitar aleitura tanto dos tecladistas como dosguitarristas.

Sistema ExclusivoParabéns à Playmusic. Graças a revistapude esclarecer uma dúvida antiga:Como transportar meus arquivos MIDIem disquete do computador para oteclado. Aquela etiquetazinha foi agrande solução. Gostaria de saber o quesignifica a mensagem “File has SystemExclusive auto send banks. Sendthem now?”, ao carregar as músicas dodisquete.

JOSÉ WILSONVia Internet

A etiqueta permite a formatação do dis-quete HD em DD(720 Kb), formato quea maioria dos teclados exige, portanto

PioneiraLindíssimaAdorávelYoung (Jovem)MagníficaUnicaSensasionalIncrívelCriativa

não deve ser removida. Em relação àmensagem, essa indica se o softwaredeve enviar : Um reset do equipamen-to para um padrão específico (GM, GS,XG) ou parâmetros exclusivos taiscomo volume, timbres, efeitos, etc..

Edição MusicalAmigos da Playmusic, gostaria de elo-giar com méritos esta revista. Não tiveproblemas na reprodução das músicas,mas pergunto se é possível editá-las ecom qual software.

RENATO OLIVEIRAPorto Alegre - RS

Os softwares informados na edição n.º2, com exceção dos arranjadores, po-dem ser utilizados para edição das mú-sicas da revista. A melhor escolha es-tará entre os seqüenciadores, que pos-suem maior número de recursos, comopor exemplo o Cakewalk (veja na pró-xima página), Powertracks, Cubase,etc..

Disquete no PSR-620Como posso acessar as músicas do dis-quete no PSR-620?

JONNY MARINHOVia Internet

VALTER APARECIDO KOPPEVia Internet

1-Inserir o diquete no drive e aguar-dar a leitura até apagar a luz

2-Colocar com as setas do botãofunction (do lado esquerdo do visor)em song

3-Pressionar o botão de número 2(lado direito) com o desenho disk aci-ma, até aparecer o desenho do disque-te no visor

4-Digitar o número da música de-sejada. Ex: 0 (zero) 1 (um) para seleci-onar a primeira música. No visor de-verá aparecer o código da música

5-Agora é só pressionar o botãoplay/stop no lado esquerdo do teclado,onde aparece: rec play/stop repeat playminus one.

6-Para selecionar outras músicas,basta pressionar os botões -/no ou+/yes para voltar ou avançar, ou repe-tir os Ítems 3 e 4 acima.

3 Carta do Editor

4 Cartas

5 Computer MusicCakewalk 6.0

8 AnáliseRoland E-500

9 PesquisaRitmos Brasileiros

11 Guia do Repertório

Partituras12 Só Voce

15 Have You Ever Seen the Rain

17 Menina

21 Just The Way You Are

24 Eye In The Skay

27 Crazy Little Thing Called Love

30 Me Abraça

33 Barracos (Escombros)

36 Estrela Primeira

39 We Are The World of Carnaval

42 Você Sabia ?

43 TécnicasA arte de Seqüenciar

46 Dica

47 EntrevistaVoz

49 OpiniãoMúsica e Sensibilidade

50 Classificados

ÍNDICE

Cartas

Playmusic 5

e simples de operar; o enfoque doproduto é voltado para o usuário queprocura facilidade e não gosta deficar decifrando manuais ou arqui-teturas que mais parecem um que-bra-cabeças. Nele todas as ferra-mentas estão dispostas de formamuito intuitiva e os “atalhos” e aarquitetura de acesso aos menuspermitem ao usuário efetuar opera-ções complexas de edição de ma-neira incrivelmente pratica, rápidae visual!

O Cakewalk tornou-se, a partirda versão 4.0, um software híbrido.Falei grego? Híbrido significa que,além de seqüenciar, controlar e edi-tar material MIDI através de tecla-dos, módulos de som, mixers auto-matizados, processadores de efeitose uma infinidade de outros periféri-cos baseados em tecnologia MIDIdisponíveis no mercado, pode-setambém gravar junto e sincroniza-damente com a seqüência de trechosde áudio análogo capturados atra-vés de uma placa de áudio ou mul-timídia instalada no computador.Dessa forma, um músico pode pro-duzir todo o playback, partes MIDIinstrumentais do seu CD e, ao mes-mo tempo, gravar digitalmente osvocais e uma guitarra elétrica “plu-gados” diretamente na placa desom; o que faz de seu computadoruma verdadeira workstation queauxilia o músico em todas as etapasno processo de produção, desde acriação até a finalização.

O produto no mercado

Todo mundo sabe ou, pelo me-nos, todo mundo que trabalha commúsica em computadores platafor-ma IBM, que seqüenciador no PCtem um sinônimo: Cakewalk. Oproduto, cujas origens remontam aera do DOS, e que concorria com opopular Voyetra Plus Gold (softwaremais utilizado em PC naquela épo-ca) ganhou o mercado a partir da suaversão 1.3 para Windows 3.1, po-pularizando-se e conquistando no-vos adeptos fiéis, apaixonados e afi-cionados a cada dia, tornando-sehoje, o software seqüenciador sobe-rano mais vendido do mercado nasAméricas. Sem pretensões de con-correr em termos de sofisticação eflexibilidade com seus rivais euro-peus Logic e Cubase, o Cakewalkganhou terreno com outras armas.Toda essa popularidade não nasceusimplesmente porque o Cakewalk éum software poderoso e estável(confiável, pois afinal, nada pode sermais frustrante do que, depois deseis horas de árduo trabalho de pro-dução em um seqüenciador, o seumicro apresentar uma daquelas hor-ripilantes mensagens do tipo erro deproteção geral ou coisa parecida),mas principalmente por se tratar deum software extremamente prático

Hoje a última e mais sofisticadaversão do produto é a 6.1 PRO Áu-dio, mas também há alternativasmais simples e econômicas doCakewalk, como o PROFESSIONAL,que incorpora as mesmas ferramen-tas de edição de MIDI, mas é limi-tado à gravação de quatro canais deáudio analógico e não possui ediçõesde áudio, e o HOME STUDIO, comas mesmas características de grava-ção e edição de áudio doPROFESSIONAL, apresentando,porém, uma concepção light das fer-ramentas MIDI que incorpora ape-nas as mais usuais e, na verdade, nãoé recomendado para aplicações pro-fissionais, pois não possui os recur-sos indispensáveis em um estúdio,como por exemplo, o sincronismo.

O que interessa

Mas vamos ao que interessa: ten-tar expressar todo o impressionantepoder de edição, a facilidade e a agi-lidade com que se trabalha em umsoftware tão sofisticado e com tan-tas ferramentas, com um manual de400 páginas que explica, às vezesaté de forma bem sucinta, cada umade suas funções e cada um de seusparâmetros, do “gigante” Cakewalk6.1 nestas poucas linhas, seria equi-valente a tentar expressar a idiossin-crasia, os detalhes de cada cena etoda a emoção de um filme comoIndiana Jones com a mesma quanti-dade de palavras, ou seja, impossível.

Computer Music

Delcio Tatini Neto

A PreferênciaInternacional

Cakewalk 6.0

6 Playmusic

Considerando isso, limito-me acitar objetivamente algumas das fer-ramentas e métodos que o Cake,para os íntimos, apresenta, para quevocê, futuro usuário, possa vislum-brar alguns dos benefícios que estesoftware pode trazer para seu traba-lho ou mesmo para seu lazer.

Uma das maiores inovações in-corporada ao Cake desde a versão4.0 é o método de edição por takes,isto é, cada trecho de uma seqüên-cia sendo MIDI ou áudio ou ambos,sem restrição de tamanho, fica agru-pado em um “pacote” de informa-ções denominado take; esse méto-do, empregado em outros softwareseuropeus, como o Logic e Cubase,facilita bastante a manipulação detrechos de uma seqüência e colocao usuário em um plano tridimensio-nal de trabalho, porque cada take érepresentado na janela principal doCakewalk em forma de uma barracolorida; o tamanho da barra (coor-denada X) representa o tamanho doCake, e a posição vertical da barra(coordenada Y) representa a pista àqual ele pertence; no entanto, inú-meros takes independentes podemser dispostos em camadas diferen-tes uns sobre os outros na mesmapista e na mesma posição em umplano tridimensional, a coordenada Z.

O método de seleção de cada takeé prático e, com o mouse e a teclaCTRL, o usuário pode rapidamentemover ou copiar os takes enquantoa seqüência “rola”; aliás, uma sériede outras operações na versão 6.0podem ser realizadas durante a exe-cução da seqüência, como transpo-sições e quantizações. Falando emoperações de edição, uma das mai-ores características do Cakewalk éa quantidade e o poder das suas fer-ramentas de edição, a saber: trans-posição; quantização; groove quan-tização ( quantização utilizandogrooves); interpolação (esta ferra-menta permite produzir edições so-

fisticadas baseadas em duas telasSearch/pesquisa e Replace/repasse,nas quais o usuário pode definiruma série de categorias de eventoscomo: notas, controles, intensida-de, canais, benders e muitos mais,pesquisando uma determinada ca-tegoria de eventos e repassandoconforme os critérios definidos natela Replace); velocity scale (per-mite alterar a escala de intensidadede um grupo de notas); fit-to-time(realoca eventos em novas posiçõesproporcionais ou o andamento deum trecho, a fim de alterar seu tem-po de execução); fit-to-improvisation (função exclusiva doCakewalk, que permite ao músicotocar livremente sem o uso de me-trônomo, usando uma marcaçãocomo pisadas em um pedal desustain como referência para ali-nhar a seqüência com o andamentodo clock do Cakewalk, podendo as-sim, posteriormente, efetuar quan-tizações ou impressões na pautadentro dos compassos corretos.Essa função baseia-se em variaçõesde compensação no andamento daseqüência.); slide (desloca um de-terminado trecho da seqüência parafrente ou para trás); retrograde (re-monta o trecho em ordem inversa),e inúmeras outras edições. Todas asedições podem passar por um mé-todo de seleção por filtro (eventfilter) onde se pode filtrar determi-nadas categorias de eventos que nãose deseja editar dentro do trecho se-lecionado. Outro fator importante adestacar é que inúmeras operaçõesde edição, como quantizações etransposições, também podem seraplicadas em trechos de áudio!

E por falar em áudio, oCakewalk também não deixou adesejar em termos de edição e tra-tamento de áudio. Os trechos deáudio são tratados como takes e po-dem ser editados livremente, sendopossível aplicar uma série de algo-

ritmos para tratamento do áudio,inclusive alguns em tempo real, en-quanto se ouve o áudio. Essa seção,denominada CFX, inclui efeitoscomo: reverb, chorus, flanger, echo,equalizações gráficas e paramétri-cas e time/pitch stretch (esta últimapermite alterar a afinação de um tre-cho de áudio, sem alterar o anda-mento ou a afinação, muito útil paracorreções de tonalidade do cantor oude trechos desafinados); a funçãoPitch-to-MIDI-converter também eum novidade da versão 6.0 e o iní-cio da concretização do sonho demuitos usuários. Com ela, é possí-vel transformar um trecho de áudiomonofônico (como uma flauta, umsaxofone ou mesmo uma voz huma-na) em informações MIDI; esse pro-cesso pioneiro e em fase inicial dedesenvolvimento ainda está muitolonge do sonho de transformar ummaterial de áudio digital mixadocom inúmeros instrumentos e fon-tes de áudio simultâneas, formandoassim um espectro sonoro comple-xo e variado composto por inúme-ros instrumentos polifônicos e mo-nofônicos e masterizados em L e Rem um arquivo MIDI, mas já é umcomeço.

Graças à inovadora tecnologiadesenvolvida pela Microsoft DirectX, pela qual um aplicativo pode in-corporar outros programas auxilia-res em seu interior, o Cakewalk ver-são 6.0 já “recebe” os plug-ins fa-bricados por outras empresas comoa Waves ou a Sound Fountry (fabri-cante do Sound Forge), permitindoassim o tratamento de um trecho deáudio através desses programas, di-retamente de dentro do Cakewalk,o que faz do Cake uma ferramentaeficiente até mesmo no processo fi-nal de uma produção, ou seja, amasterização. Impressionado?

As ferramentas de visualizaçãodo Cakewalk também foram rece-bendo melhoramentos a cada ver-

Computer Music

Playmusic 7

são; na 6.0 encontramos algumasbem significativas.

No menu View do Cakewalk en-contramos vários métodos com osquais podemos visualizar e editar omaterial armazenado, e que citamosa seguir.

Piano-roll. Neste método, visu-aliza-se um piano vertical na parteesquerda da tela, e cada nota musi-cal surge como uma barra na tela,cujo início corresponde à cabeça danota e a seu tamanho e duração; as-sim, o usuário pode inserir, apagarou mover de forma muito simplesuma nota ou mesmo um grupo de-las, e, ainda que não seja especifi-camente uma novidade, a nova ver-são traz algumas inovações práti-cas quanto à forma de edição e deseleção de notas.

Staff. Este método, mais tradi-cional, exibe na tela a pauta da mú-sica e a nova versão inclui, entreoutras, as pautas para guitarra (ta-blatura) e percussão, além de no-vos símbolos de notação como pe-dais ou dinâmica. O material podeser facilmente editado através domouse e a pauta impressa, mas lem-bre-se que, diferente do Encore oudo Finale, o Cakewalk não preten-de ser um software notador, não tra-zendo assim, ferramentas de ediçãode pauta tão sofisticadas quanto asde um software desenvolvido exclu-sivamente para esse fim.

Event-list. Esse método apre-senta uma lista cronológica de to-dos os eventos em uma ou mais pis-tas, o que é muito útil para identifi-car ou inserir eventos específicoscomo benders ou variações de con-troles de volume ou reverb duranteuma seqüência, das últimas versõespara a nova não houve inovações.

Lyrics. Esse método exibe umaespécie de processador de texto, noqual se vê a letra da música. A in-serção normalmente é feita atravésda janela Staff, em uma pista onde

esteja gravada a melodia; assim,cada sílaba da letra fica “linkada”com a melodia e o resultado na ja-nela Lyrics é uma espécie dekaraokê, no qual a parte da letra queestá sendo tocada vai sendo ilumi-nada em vídeo inverso.

Panel. Esta janela, que nas ver-sões anteriores chamava-se faders,agora ganhou lay-out e concepçãocompletamente novos, como umaespécie de “jogo de montar”, em queo usuário desenha seu próprio pai-nel de mixagem; para tanto, dispõede uma série de modelos de elemen-tos como faders deslizantes, botõesrotativos, knoks, leds, VUs e outrosdispositivos. O usuário usa sua ima-ginação e pode satisfazer suas ne-cessidades para montar o seu pró-prio painel, definindo não só a po-sição e a dimensão de cada um doselementos dispostos no painel, masprincipalmente o dispositivo queeste vai controlar. Como elemento,pode ser associado a mais de umcontrole como control changes, con-troles MCI, SysEx (pode-se desen-volver editores de timbres), execu-ção de rotinas em linguagem CALe outros; vários elementos tambémpodem ser associados de modo a tra-

Computer Music

balharem em grupo, mantendo seusvalores relativos quando se movi-menta qualquer elemento do grupo,e o recurso de inserção de figuras etextos serve para dar mais persona-lidade a cada painel criado.

Áudio. Aqui o usuário visualizauma representação gráfica dos tre-chos de áudio armazenados peloCakewalk, como nos softwares deedição de áudio. É a partir dessa ja-nela que se seleciona e acessa o menude ferramentas para edição de áudio.

Ainda há muito para dizer sobreo Cakewalk. Além de especialista,sou grande admirador do Cake e es-tarei em outro número da Playmusicdando mais informações. Para osinteressados, ao optarem por umseqüenciador, procurem antes co-nhecer um pouco do Cakewalk, sepossível “ao vivo”, para certificar-se se ele realmente atende suas ex-pectativas, e em caso positivo, bem-vindo ao clube. ❏

Delcio Tatini Neto é especialista em MIDI esíntese do Depto. de Treinamento da TeaSynthex, ministra os curso do Cakewalk e MIDIe faz parte da equipe de desenvol-vimento docurso Tecnologia Musical Profissionalizante naSynthex. Maiores informações podem serobtidas pelo telefone: (011) 5581-6097 (Depto.de Treinamento).

Tela do Cakewalk com “Tracks”e “Staff”

8 Playmusic

Com a entrada para microfone econtroles independentes pode-se fa-zer um karaokê completo e atravésdos botões transpose # ou b alteraro tom das músicas em tempo real.

“O E-500 ABRANGE RECUR-SOS DE SEQÜENCIADOR EDE TECLADO ARRANJA-DOR!”

Pode-se também gravar músicascom os estilos de teclado e depoisalterar apenas os compassos dese-jados através das funções edit domenu sequencer.

O E-500 também permite a lei-tura de arquivos da linha de pianosdigitais da Roland ( linha KR ), comacompanhamentos e efeitos diferen-ciados.

Com relação aos efeitos é possí-vel alterar os timbres e incluirReverb, com 8 tipos, Chorus, com8 tipos, e DSP com multiefeitos,além de controlar a intensidade decada um.

O teclado possue ajustes interes-santes e de fácil acesso para quem tocaao vivo, como controle de volume en-tre melodia e acompanhamento, ajus-tes de brilho no timbre, inclusão desegundo timbre na mão direita e trans-posição dos arranjos. ❏

o usuário pode salvá-las em disque-te e então liberar espaço para mais32, chamando as anteriores assimque necessário.

Existem dois botões chamadosPads, que ao contrário do que mui-ta gente pensa, são botões progra-máveis aos quais podem ser atri-buídas funções como: Start/Stop,Fill-ins, Intro/Ending, SynchroStart/Stop, Fade In/Out entre ou-tros.

Na parte de criação de estilos oE-500 possui 8 pistas para inclusãode bateria, baixo e outros acom-panhamentos, criando assim o es-tilo do usuário, que deve ser salvoem disquete. Outra função bem in-teressante é a conversão de músi-cas padrão SMF em estilos. Colo-camos uma música no teclado edeterminamos qual trecho servirácomo introdução e qual a tonalida-de que deve ser adotada, pronto oteclado automaticamente transfor-mará o trecho em introdução. As-sim fazemos com as outras partes(variação, original, final e viradas).

O seqüenciador permite a gra-vação de 16 pistas com instrumen-tos variados dentre os 270 do te-clado. Existem funções de ediçãocomo: quantize, copy, paste, erase,delete, transpose entre outras. Mes-mo das músicas prontas pode-sealterar timbres, transposição, anda-mento e volume de cada pista.

Com a linha de teclados arran-jadores, a Roland teve um lança-mento em 1997, o E-500. Teclado61 teclas, com 270 timbres padrãoGM/GS, 8 sets de bateria, 64 notasde polifonia, 16 partes multitim-brais, 32 performances e 16 pistasde seqüenciador.

A entrada para disquete facilitaa leitura de novos estilos, músicasprontas e perfomances do usuário.Não é necessário ‘carregar’ o arqui-vo para dentro do teclado, pois estepossui um processador R.I.S.C. de32 bits que permite a leitura dosestilos, músicas e performances emtempo real, muito importante paraapresentações ao vivo.

A tela de cristal líquido de gran-des dimensões facilita o manuseioe permite visualização de funçõesimportantes como: Lyrics, letra dasmúsicas, Desenho de um piano,onde controlamos a abertura da cau-da com modificação do som, as 16pistas de seqüenciador, e a monta-gem de estilos.

O teclado E-500 possui uma fun-ção chamada performance memory,onde podemos armazenar até 32registrações diferentes incluindo otimbre escolhido, o ritmo, o anda-mento, os efeitos (Reverb, Choruse Delay), recursos de layer (doistimbres na mão direita), controle depedais e muito mais. Caso as Per-formance Memories se esgotarem

Análise

O RolandPerfeito

João H. de Paiva Baptistella

João Henrique de Paiva Baptistella é professorde teclado, especialista em softwares musicaise supervisor de produção musical da Playmusic.

E-500

Playmusic 9

RitmosBrasileiros

RitmosBrasileiros

Qual a origem do Samba? Deonde vem o Axé? De onde vem aTimbalada? Depois de várias pes-quisas, concluí que lidava com uma“salada” brasileira, com grande di-versidade de ritmos. Hoje encontra-mos variações desses ritmos até noRock’n Roll.

É interessante observar que osestrangeiros apreciam muito nossamúsica e não conseguem imitá-la.Por que? É que eles não têm o nos-so “molhinho”. Até o MichaelJackson não resistiu ao nosso “tem-pero”. Está no sangue, mas no san-gue mesmo!!! A maioria dos ritmosbrasileiros vem de nossos ancestraisafricanos e indígenas, que caracte-rizam esses ritmos pelo “batuque”,que significa fazer barulho, marte-lar e também é o nome de uma dan-ça da região baiana. Ah... Bahia!Berço da maioria dos novos ritmosque surgiram na última década.

Então, vamos batucar moçada!O Samba, ao contrário do que sepensa, tem origem indígena e des-

cendência brasileira. Há vários ti-pos de Samba. Samba Tradicional,Pagode, Samba-canção, BossaNova , Samba-reggae etc. A dife-rença entre essas modalidades re-side no andamento. As batidas deSamba podem parecer bem simila-res ou mesmo iguais, mas quandomodificamos o andamento estamosdando a característica principalpara distingui-las. O Samba Tradi-cional vem do samba carioca.Pulsante e rápido, com andamentovariando entre 112 a 126 semínimaspor minuto, é aquele que dá vonta-de de sair sambando, como o sam-ba-enredo das escolas, com muitosritmistas e instrumentos.

Na escola de samba o númerode instrumentos e a formação de-pendem do mestre da bateria e daescola. Fazem parte da bateria di-versos instrumentos de percussão,como o ganzá, formado por váriostubos cheios de pratinhos, cuja mai-oria, atualmente é tocada por mu-lheres na escola de samba.

O chocalho, também conhecidocomo shaker, é aquele com areiadentro, geralmente de alumínio, eque, às vezes, improvisamos comuma latinha de cerveja ou de refri-gerante.

Entre os instrumentos mais co-nhecidos encontram-se: surdo econtra-surdo, tarol, maracaxeta,repenique e não repique, cuíca, pra-tos, reco-reco, tan-tan e pandeiro.

Pagode é um estilo bem novo.Hoje em dia, grupos conhecidoscomo Negritude Júnior, Só prá Con-trariar e Zeca Pagodinho e sua ban-da popularizaram muito o ritmo. OPagode usa menos instrumentos eseu andamento é mais cadenciadoe sua origem é paulistana.

Samba-canção e Bossa Nova vi-eram dar um novo colorido à nossamúsica a partir dos anos 60. A Bos-sa Nova de João Gilberto, Viníciusde Morais e Tom Jobim, entre ou-tros, logo tornou-se uma paixãomundial por seu ritmo um poucomais lento que o Samba eharmonicamente diferente. JoãoGilberto interpreta bem a BossaNova sem um instrumento de mar-cação, que logo apareceu bem defi-nido pelo baterista Mílton Banana,precursor dessa batida, usando mui-to o aro de caixa e vassourinhas paracaracterizá-la.

O Samba-canção é bem lento emais arrastado que a Bossa Nova,ficando seu andamento entre 56 e60 semínimas por minuto, enquan-

Os embalos da vida

Cintia A. Silva

Pesquisa

10 Playmusic

Timbalada Mineral - Foto de Mara Márcia (BA)

to a Bossa Nova fica entre 76 e 100semínimas por minuto. Comoexemplo de Samba-canção pode-mos citar a música “Tatuagem” deChico Buarque de Holanda, inter-pretada maravilhosamente por ElisRegina. A Bossa Nova é mais co-nhecida pelo grande sucesso mun-dial “Garota de Ipanema”.

Podemos citar como ritmo tipi-camente brasileiro, a Marcha-ran-cho, grande sucesso dos carnavaisdos anos 40 e 50, que também éum ritmo mais lento do que a Mar-cha Tradicional. Através de gran-des compositores como Braguinha,Mário Lago (ator e compositor) efinalmente Zequinha de Abreu, po-demos notar a diferença desses doisestilos de marcha pelas músicas “AEstrela Dalva” (Marcha-rancho) e“Taí” (marcha), imortalizada navoz de Carmem Miranda.

Um pouco mais acima, o Nor-deste apresenta seis ritmos típicos.O Frevo é originário dePernambuco, trazido pelos holan-deses. É frenético e rápido (138 a144 semínimas por minuto). Amaioria dos Frevos é de composi-tores baianos, pois Pernambuco eBahia são conhecidos pelos TriosElétricos, enormes carros de somque transportam bandas para a di-versão do povo ruas de Recife,Olinda e Salvador, berços desse rit-mo. Os frevos mais famosos são“Vassourinhas”, “Festa do Interior”e “Atrás do Trio Elétrico”.

Axé Music, nascida na Bahia,vem dos círculos de capoeira, e étocada com berimbau e atabaque ouconga. Esses instrumentos de per-cussão podem ser distinguidos en-tre si pela medida. A conga é me-nor que a tumbadora (nome atual)ou atabaque (nome indígena). Ca-poeira lembra afro e afro lembraCandomblé, o que explica o uso devários instrumentos de percussão.Você já prestou atenção em uma

banda de Axé? É integrada pelo ba-terista e sempre há um ou doispercussionistas juntos para dar

aquela batida gostosa.O Olodum e a Timbalada são os

ritmos mais atuais, também prove-nientes da Bahia. O Olodum tevesuas raízes nos Filhos de Gandhi,grupo folclórico encarregado da la-vagem das escadarias da Igreja deNosso Senhor do Bonfim. Seuscomponentes tocam vários instru-mentos usados nas escolas de sam-ba, como surdos, caixas erepeniques. Introduziram, contudo,um par de timbales, geralmente to-cado pelo mestre e que é o únicoinstrumento que faz muitas varia-ções de divisão. O grupo é conhe-cido internacionalmente e já chegoua gravar com músicos americanos,como Paul Simon e MichaelJackson. Hoje o Olodum incorporauma ala feminina.

A Timbalada foi criada pelomúsico baiano Carlinhos Brown,que hoje faz sucesso com a música“A namorada”. Recebeu o nomeTimbalada pelo número grande deTimbals ou Timbas encontrados nabanda. Carlinhos também nos apre-senta a “bacurinha”, que seria umtimbale bem pequeno (medindo dezpor quatro polegadas). A Timbaladatem um colorido diferente, propor-cionado pelos instrumentos de per-cussão, e seu andamento é muito va-

riável do lento ao rápido. CarlinhosBrown é percussionista e toca mui-to bem a tumbadora, além de can-

tar; a harmonia fica acargo da voz apenas,porque não há instru-mentos de harmonianos primeiros trabalhosda Timbalada deCarlinhos.

Para concluir, va-mos falar do Forró. Deorigem totalmente nor-destina, descende doXote (origem indígenacom descendência edesenvolvimento nor-

destinos) e do Baião (aquele famo-so e imortalizado por LuizGonzaga). Os instrumentos mais co-nhecidos do Forró são a zabumba,o agogô e o triângulo. Às vezes,pode-se introduzir um pandeiro,apenas como marcação. Hoje, exis-tem alguns trabalhos de Forróestilizado, como chamamos, pois noverdadeiro Forró, o instrumento deharmonia é a sanfona, e algumasbandas substituíram esse instrumen-to por guitarra e baixo.

Você sabia que existe um Chote(do alemão Schottisch, música hún-gara com raízes sulinas) que nadatem a ver com o ritmo nordestino?Vem do Rio Grande do Sul e suabatida é mais lenta que a do Xotenordestino, além da grafia diferen-te. Não dá para confundir.

Se você tem curiosidade de pro-gramar ou deseja adquirir esses rit-mos, já pode encontrar esse traba-lho em forma de disquetes ou car-tuchos. Como baterista, posso pro-porcionar mais informações aos in-teressados, pelo E-mail desta revis-ta. Valeu! ❏

Pesquisa

Cintia A. Silva é baterista profissionl, dá aulashá 15 anos. Desenvolveu método de ritmosbrasileiros e pedal duplo.

Playmusic 11

Guia do Repertório

Estamos mudando a diagramação do caderno de músicas, a partirdeste mês, conforme solicitado por nossos leitores através de cartas eligações, parra permitir maior comodidade na uilização das partituras.As letras foram estrategicamente colocadas antes ou depois de cadapartitura, para evitar que o músico precise virar as páginas durante aexecução das mesmas.

Pedimos a vocês leitores que nos enviem opiniões sobre essa novaforma de apresentação.

Os estilos que aparecem no início de cada música foram escolhidostendo sempre como base o original gravado no disquete. Seguindoesse mesmo procedimento, procurem em seus teclados os ritmos maisapropriados para cada música, lembrando que os mesmos semprepodem sere susbstituídos por outros, como no caso do Foxtrot porSwing.

Neste número usamos como sugestão o ritmo Samba-reggae emquatro músicas, variando apenas a velocidade, para conseguir obalanço específico.

Na música We Are The World Of Carnaval o estilo samba-reggae,usado na velocidade de 165 semínimas por minuto, consegue dar a idéiade frevo. Leia também a matéria Ritmos Brasileiros para aprimorar seusconhecimentos nesse campo muito rico de nossa cultura.

Lembramos que existe à venda no mercado, cartuchos e disquetesespecíficos de ritmos brasileiros.

Edeli S. Zardo

12 Playmusic

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q = 120

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Só VocêFábio Jr.

8 Beat Light Vinícius Cantuária

Copyright by 1984 Sigem

PL020101

Playmusic 13

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Repeat and F.O.

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PL020101

14 Playmusic

Só VocêFábio Jr.

Intro.: Am G/ F / Am G/ F/ Am G/ F G/F

Am G F Demorei muito pra te encontrar Am G FAgora eu quero só você,Am G F Seu jeito todo especial de ser,Am G FFico louco com você.C G Te abraço e sinto Am FCoisas que eu não sei dizer,C G Am F Só sinto com você.C G Am Meu pensamento voa FDe encontro ao teu,C G Am F Será que é sonho meu?Am G F Tava cansado de me preocupar,Am G FTantas vezes eu danceiAm G F E tantas vezes que eu só fiquei,Am G F Chorei, chorei.C G Agora eu quero

Am FIr fundo lá na emoção,C G Am Mexer teu coração,C G Am Salta comigo alto, FTodo mundo vêC G Am Que eu quero só você F Em7 Eu queroF G F Em7 Só você

F G F G Só você

Solo: Am G/ F / Am G / F /Am G / F/ Am G / F

C G Te abraço e sinto Am FCoisas que eu não sei dizer,C G Am F Só sinto com vocêC G Am Meu pensamento voa FDe encontro ao teu,C G Am F Será que é sonho meu?Am G F Estava cansado de me preocupar,Am G FTantas vezes eu danceiAm G F E tantas vezes que eu só fiquei,Am G F Chorei, chorei

C G Agora eu quero Am FIr fundo lá na emoção,C G Am F Mexer teu coração,C G Am Salta comigo alto, FTodo mundo vêC G Am F Que eu quero só você

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F Em7Eu quero só você F. O .

BIS

Playmusic 15

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q = 120

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Have You Ever Seen The RainCreedence Clearwater Revival

Pop Rock John Forgerty

Copyright by Jondora Music/Fantasy Inc/BMG Music Publishing Int LtdSub-editor BMG Music Publishing Brasil

PL010202

16 Playmusic

Have You Ever Seen The RainCreedence Clearwater Revival

Intro.: Am / F / C / G / C / G7

CSomeone told me long agoCThere’s a calm before the storm GI know CIt’s been comin’ for sometimeCWhen it’s over so they sayCIt’ll rain on a sunny day GI know C C7Shining down like water

F GI want to know C Em/B Am Am7/GHave you ever seen the rainF GI want to know C Em/B Am Am7/GHave you ever seen the rainF G CComin’ down on a sunny day

CYesterday and days beforeCSun is cold and rain is hard GI know CIt’s been that way for all my timeC‘Till forever, on it goesCThough the circle, fast and slow GI know C C7And it can’t stop I wonderF GI want to know C Em/B Am Am7/GHave you ever seen the rain

F GI want to know C Em/B Am Am7/GHave you ever seen the rainF G CComin’ down on a sunny day



F GI want to know C Em/B Am Am7/GHave you ever seen the rainF GI want to know C Em/B Am Am7/GHave you ever seen the rainF G C G CComin’ down on a sunny day

Playmusic 17

MeninaNetinho

Intro.: Dm C / Bb C / Dm C / Bb C / Dm C / Bb C / F / Bb /

F AmMeninaBb AmQue um dia eu conheci criançaBb Am DmMe aparece assim de repenteGm C7 F C7 Linda, virou mulherF AmMeninaBb AmComo pude te amar agoraBb Am DmTe carreguei no colo, meninaGm C7 F F7Cantei prá ti dormirBb Am DmTe carreguei no colo, meninaGm C7 F Eb7sus4Cantei prá ti dormir

AbLembro a menina feia Bbm Eb Ab Gb FmTão acanhada de pé no chãoAbHoje maliciosa Bbm Db Gm7Guarda um segredo em seu coração C C+Seu coração

F AmMeninaBb AmQue tantas vezes fiz chorarBb Am DmAchando graça quando ela diziaGm C7 F C7Quando eu crescer vou casar com você

F AmMeninaBb AmComo pude te amar agoraBb Am DmTe carreguei no colo, menina

Gm C7 F F7Cantei prá ti dormirBb Am DmTe carreguei no colo, meninaGm CCantei prá ti dormir

Solo : C# / / F# / D7/ C# / / Gm7 / C+ /

F AmMeninaBb AmQue tantas vezes fiz chorarBb Am DmAchando graça quando ela diziaGm C7 F C7Quando eu crescer vou casar com vocêF AmMeninaBb AmComo pude te amar agoraBb Am DmTe carreguei no colo, meninaGm C7 F C7Cantei prá ti dormirBb Am DmTe carreguei no colo, meninaGm C Dm CCantei prá ti dormirBb C Dm CCantei prá ti dormirBb C Dm CCantei prá ti dormirBb C FCantei prá ti dormir

Solo : F / Bb / F

18 Playmusic

=====================& b 44Intro.

Violão

q = 120

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MeninaNetinho

Slow Bossa Paulinho Nogueira

Copyright by Seresta Edições Musicais Ltda

PL020103

Playmusic 19

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PL020103

20 Playmusic

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PL020103

Playmusic 21

Just The Way You AreBilly Joel

Intro.: D Gm D G / D Gm D G /

D Bm Don’t go changingG7+ Bm D7 To try and please meG7+ Gm7 D Am7 D7 You never let me down before mm, mmG7+ Gm7 Don’t imagineD Bm7 You’re too familiarEm7 E7 G And I don’t see you anymore

D Bm I would not leave youG7+ Bm D7 In times of troubleG7+ Gm7 D Am7 D7 We never could have come this far mm, mmG7+ Gm7 I took the good timesD Bm7 I’ll take the bad timesEm7 G D Gm D G I’ll take you just the way you are

D Gm D G

D Bm Don’t go tryingG7+ Bm D7 Some new fashionG7+ Gm7 D Am7 D7 Don’t change the color of your hair mm, mmG7+ Gm7 You always have myD Bm7 Unspoken passionEm7 E7 G Although I might not seem to care

D Bm G7+ Bm D7 I don’t want clever conversationG7+ Gm7 D Am7 D7 I never want to work that hard mm, mmG7+ Gm7 I just want someoneD Bm7 That I can talk to

Em7 G D Gm D G I want you just the way you are

D Gm D D7

G7+ A F#m B I need to know that you will always beEm7 G D C The same old someone that I knew, ahBb C Am7 D7 What will it take till you believe in meGm7 G The way that I believe in you

D Bm I said I love youG7+ Bm D7 And that’s foreverG7+ Gm7 D Am7 D7 And this I promisse from the heart mm, mmG7+ Gm7 I couldn’t love youD Bm7 Any betterEm7 G D Gm D G I love you just the way you are

D Gm D G

Solo : D Bm /G7+ Bm7 D7/ G7+ Gm7/

D Am7 D7/G7+ Gm7/ D Bm7/

D E7 / G

D Bm G7+ Bm7 D7 I don’t want clever conversationG7+ Gm7 D Am7 D7 I never want to work that hard mm, mmG7+ Gm7 I just want someoneD Bm7 That I can talk toEm7 G D Gm D G I want you just the way you are

D Gm D G / D Gm D G / ( F.O)

22 Playmusic

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Intro.

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Just The Way You AreBilly Joel

16 Beat Ballad Billy Joel

Copyright by Joel Songs/Emi Blackwood Music Inc.

PL020104

Playmusic 23

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PL020104

24 Playmusic

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Eye In The SkyAlan Parsons Project

8 Beat Pop Alan Parsons/Eric Woolfson

Copyright by Woolfsongs LTD/Careers-BMG Music Publishing Inc.Sub-editor BMG Music Publishing Brasil

PL020105

Playmusic 25

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PL020105

26 Playmusic

Eye In The SkyAlan Parsons Project

Intro.: Bm / / G / / Bm / / G / /

D BmDon’t think, sorry is easily saidD BmDon’t try, turning tables instead G GmYou’ve taken lots of chances before Bm EBut I ain’t gonna give anymore, don’t ask me DThat’s how it goes G D‘Cause part of me knows what you’re thinking

D BmDon’t say words you’re gonna regretD BmDon’t let the fire rush to your head G GmI’ve heard the accusation before Bm EAnd I ain’t gonna take anymore, believe me DThe sun in your eyes G DMade some of the lies worth believing

DI am the eye in the sky F#mLooking at you, I can read your mind D F#mI am the maker of rules, dealing with fools

I can cheat you blind G GmAnd I don’t need to see anymore to know thatBm7I could read your mindGI could read your mindBm7I could read your mindGI could read your mind

D BmDon’t leave false illusions behindD BmDon’t cry, I ain’t change my mind G GmSo find another fool like before Bm E‘Cause I ain’t gonna live anymore, believe me DSome of the lies G DAre all of the signs of deceiving

Refrão 2 vezes

Solo : Bm / / G / / Bm / / G Bm / / G / / Bm

REFRÃO

Playmusic 27

Crazy Little Thing Called LoveQueen

Intro.: D / / / /

D This thing, called love

G C GI just can’t handle in DThis thing, called love G C GI must get round to it DI ain’t ready Bb C DCrazy little thing called love

DThis thing, called love GIt cries C GIn a cradle all night DIt swings, it jigges G C GIt shakes all over like jelly fish DI kinda like it Bb C DCrazy little thing called love

GThere goes my baby C GShe knows hiw to rock’n’roll BbShe drives me crazy E AShe gives me hot and cold fever DShe leaves me in cool, cool sweat

DI gotta be cool, relax G C GGet hip to get on my tracks DTake a back seat, hichhike G C GTake a long ride on a motorbike DUntil I’m ready Bb C DCrazy little thing called love

Solo : Bb / / D G / D / Bb / / E A / A

DI gotta be cool, relax G C GGet hip to get on my tracks DTake a back seat, hichhike G C GTake a long ride on a motorbike DUntil I’m ready Bb C DCrazy little thing called love

DThis thing, called love G C GI just can’t handle in DThis thing, called love G C GI must get round to it DI ain’t ready Bb C DCrazy little thing called love Bb C DCrazy little thing called love Bb C DCrazy little thing called love

Repeat and Fade Out

28 Playmusic

=====================& ## 44Intro.

q = 155

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Crazy Little Thing Called LoveQueen

Fox Trot Freddie Mercury

Copyright by Queen Music Ltd./Emi Music Puplishing Limited

PL020106

Playmusic 29

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PL020106

30 Playmusic

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Sax

q = 105

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Me AbraçaBanda Eva

Samba Reggae Jorge Xaréu/Roberto Moura

Copyright by Perto da Selva/Mercury

PL020107

Playmusic 31

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PL020107

32 Playmusic

Me AbraçaBanda Eva

Intro.: A C#m / F#m C#m / Bm F#m / Dm (Bis)

AQuando você passa Bm A BmEu sinto seu cheiro AAguça meu faro Bm A A7E disparo em sua caça, iaiá D C#m BisTempo inteiro a te admirar BmPerco o tino F#mParo de pensar DSeguindo seus passos E AAonde quer que vá

A EMe abraça e me beijaF#m C#mMe chama de meu amorBm7 F#mMe abraça e desejaDm EVem mostrar prá mim A EO seu calorA EMe abraça e me beijaF#m C#mMe chama de meu amorBm7 F#mMe abraça e desejaDm EVem mostrar prá mim AO seu calor

A EEu vejo em seus braçosF#m C#mUm laço perfeitoBm7 F#mMe dá essa chance, meu bemDm AMe veste de beijos

Bm7 F#mMe dá essa chance, meu bemDm A EMe cobre de beijos

Refrão

Solo: A C#m / F#m C#m / Bm F#m / Dm (Bis)AQuando você passa Bm A BmEu sinto seu cheiro AAguça meu faro Bm A A7E disparo em sua caça, iaiá D C#mTempo inteiro a te admirarBmPerco o tino F#mParo de pensar DSeguindo seus passos E AAonde quer que vá

Refrão

A EEu vejo em seus braçosF#m C#mUm laço perfeitoBm7 F#mMe dá esse chance, meu bemDm AMe veste de beijosBm7 F#mMe dá essa chance, meu bemDm A EMe cobre de beijos

Refrão ( 2 vezes )

Solo: A C#m / F#m C#m / Bm F#m / Dm

A C#m / F#m C#m / Bm F#m / Dm / / A

REFRÃO

Playmusic 33

Barracos (Escombros)Netinho

Intro.: Bb Eb / Bb Eb / Bb Eb / Bb Eb / ( Bis )

Bb Eb Bb Prá quem mora lá no morro

Eb Bb Prá quem vive nas encostas Ab EbOnde o diabo faz fogo F BbOnde Deus virou as costas Eb BbPrá quem vive na surdina Eb BbOnde a luz não ilumina Ab EbOnde a morte começa FOnde a vida termina

Bb Eb Esse barraco vai cair Bb Eb Eu não me canso de avisar Bb Eb Ele não tem alvenaria Bb Eb Não tem coluna prá apoiar Bb Eb Gm7 D Eb Ai, eu não quero ver o dia F Bb Eb Dessa zorra desabar

Bb Eb / Bb Eb / Bb Eb /

Bb Eb BbPrá quem vive nos escombros Eb BbSem poesia e sem paixão Ab EbSem mel, sem céu, sem sonho F BbCom o coração na mão Eb BbPrá quem tá no fim da fila Eb BbEstá no beco sem saída Ab EbEstá perdendo a graça FEstá ganhando mais ferida

Refrão

Bb Ab EbOh! Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!F Bb Eb Bb EbVai desabar Bb Ab EbOh! Oh! Oh! Oh! Oh! Oh! F Bb Eb Bb EbNão da prá viver lá

Solo : Bb Eb / BbEb / Bb Eb / Bb Eb / (Bis)

Bb Eb Bb Prá quem mora lá no morro

Eb BbPrá quem vive nas encostas Ab EbOnde o diabo faz fogo F BbOnde Deus virou as costas Eb BbPrá quem vive na surdina Eb BbOnde a luz não ilumina Ab EbOnde a morte começa FOnde a vida termina

Bb Eb Esse barraco vai cair Bb Eb Eu não me canso de avisar Bb Eb Ele não tem alvenaria Bb Eb Não tem coluna prá apoiar Bb Eb Gm7 D Eb Ai, eu não quero ver o dia F Bb Eb Dessa zorra desabar

Bb Ab EbOh! Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!F Bb Eb Bb EbVai desabar Bis Bb Ab EbOh! Oh! Oh! Oh! Oh! Oh! F Bb Eb Bb Eb Não da prá viver lá

Solo: Bb Eb / Bb Eb / Bb Eb / Bb Eb / Bb Eb / Bb Eb / Bb Eb / Bb Eb /Bb

REFRÃO

BIS

34 Playmusic

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Barracos (Escombros)Netinho

Samba Reggae Tenison Del Rey

Copyright by Stalo Produções Artísticas

PL020108

Playmusic 35

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PL020108

36 Playmusic

=====================& ## 44Intro.

Guitarra

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Estrela Primeira (Amor Eu Fico)Netinho

Samba Reggae Jal/Pierre Onasis


PL020109

Playmusic 37

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PL020109

38 Playmusic

Estrela PrimeiraNetinho

Intro.: Bm / A / G / F# / ( Bis )

BmÉ luz do meu ser AA fonte mais pura do viver EmSerá que é ilusão F#As batidas do meu coração BmPairando no ar AToda sapiência de um ser EmOh meu bem não vá F#Pois no meu eu está você Bm AAmor, eu fico G A DNesse balanço você baila comigo F# Bm AAmor, eu fico Amor, eu fico G A Bm F#Nesse balanço você baila comigo BmCustei te encontrar AEstrela primeira do meu céu EmPrincesa, tu és F#Revela teu rosto, tira o véu BmCustei te encontrar ANum despertar puro, encantador EmTe espero amanhã F#Te encontro lá em São Salvador

Bm AAmor, eu fico G A DNesse balanço você baila comigo F# Bm AAmor, eu fico Amor, eu fico G A Bm A7Nesse balanço você baila comigo

D ATô na varanda, amor EmMe pega nos braços

Me leva prá cama F#Que eu vou

Solo : Bm / A / G / F# / (Bis)

BmCustei te encontrar AEstrela primeira do meu céu EmPrincesa, tu és F#Revela teu rosto, tira o véu BmCustei te encontrar ANum despertar puro, encantador EmTe espero amanhã F#Te encontro lá em São Salvador

Bm AAmor, eu fico G A DNesse balanço você baila comigo F# Bm AAmor, eu fico Amor, eu fico G A D A7Nesse balanço você baila comigo

D ATô na varanda, amor EmMe pega nos braços

Me leva prá cama F#Que eu vou

Repete o Refrão e Fade Out

REFRÃO

BIS

BIS

Playmusic 39

We Are The World Of CarnavalNetinho

Intro.: Bb / / Bb /

Solo de Guitarra:

F / / Dm / / Gm / / C / C C+/

F / A / Dm / / Bb / Gm / C / Bb C /

F Dm Ah ! Que bom você chegou

GmBem-vindo a Salvador C C C+Coração do Brasil, do BrasilF A DmVem, você vai conhecer BbA cidade de luz e prazer Gm CCorrendo atrás do trio

Bb Am DmVai compreender que o baiano é Am BbUm pouco a mais de mil

Gm Am Ele tem Deus no seu coração Bb A E o diabo no quadril

Bb We are carnaval C We are, we are folia Bb A We are, we are the world of carnaval Dm Bb C We are Bahia

Solo de Guitarra:

F / / Dm / / Gm / / C / C C+/

F / A / Dm / / Bb / Gm / C / Bb C /

Bb Am DmVai compreender que o baiano é Am BbUm pouco a mais de mil

Gm Am Ele tem Deus no seu coração Bb A E o diabo no quadril

Bb We are carnaval C We are, we are folia Bb A We are, we are the world of carnaval Dm Bb C We are Bahia

Ab Bb / Eb

BIS

BIS

40 Playmusic

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We Are The World Of CarnavalNetinho

Samba Reggae Nizan Guanaes


PL020110

Playmusic 41

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PL020110

42 Playmusic

Você Sabia ?Toco que toca

Que a Clave foi criada no século XIX, emCuba, por escravos africanos trazidos para traba-lhar em plantações de cana de açucar e tabaco? Éum instrumento de percussão amplamente usadoem músicas latino-americanas, principalmente narumba. Composta por dois tocos de madeira com25cm de comprimento por 2,5 cm de diâmetro,se som é produzido pela batida de um toco nooutro, que é segurado pela mão esquerda em for-ma de concha, a fim de permitir a amplificaçãodo som.

Criando um clima

Que o Gongo, geralmente feito de bronze emedindo 75 cm de diâmetro, é tocado com umabaqueta de ponta macia? O gongo produz efeitosde fade-in e fade-out, ou seja, o som cresce emvolume e decresce em seguida dando um “clima”em alguns trechos da música. Sua origem éincerta, mas provavelmente data do século VI.Em países como o Tibet, acredita-se que o gongotraga ao músico alegria e força.

Tradição Escocesa

Que a Gaita de Foles, usada pelos escoceses,é composta por uma bolsa feita de pele de ovelhacoberta com tartã (tecido escocês axadrezado),três flautas palhetadas para harmonia, uma flautapara melodia e um tubo para entrada de ar? Osom produzido pela gaita de foles é continuo,pois as palhetas das flautas são ativadas peloar armazenado na bolsa, e não pelo sopro doinstrumentista. O ar é soprado para dentro da bolsaatravés de um tubo que contém uma válvula quenão permite seu retorno. A bolsa é colocadaembaixo do braço e é pressionada forçando asaída do ar pelas palhetas. Faz parte da culturaescocesa e surgiu como um instrumento militarpor volta dos anos 1500.

Pequeno mas eficiente

Que o Oboé foi um dos primeiros instrumen-tos de sopro (madeira) a ter seu lugar regular emorquestras clássicas? Isto porque sua afinação nãovaria muito com a mudança de temperatura, fun-cionando inclusive como guia (dando a nota La),para afinar os outros instrumentos.

É um dos menores instrumentos da orquestra,de palheta dupla e difícil de tocar, pois é precisomuita força pra soprar o ar para dentro de umaabertura muito pequena

Você tocaria?

Que a Nose Flute é uma flauta de bambucomum nas ilhas do Pacífico? Ela é tocada comuma das narinas em vez da boca, e a outra narinaé tampada com um trapo, com tabaco ou com amão.

Esse jeito incomum de tocar tem um signifi-cado religioso e supersticioso nessa região, poisalgumas pessoas acreditam que tocando dessamaneira (com o nariz), adquirem poderes mágicos.

Turma do barulho

Que o Steel Drum, ou panela, é um dosinsrumentos de percussão afinado, originalmentedesenvolvido no Caribe, e hoje e dia usado emmuitos carnavais e festivais de todo o mundo? Éfeito em tamanhos diferentesm podendo produzirde 4 a 30 notas específicas. Os Steel Drums sãofeitos de galões de óleo (250 l) cortados na parteinferior e afinados na parte superior. Surgiram porvolta dos anos 40 em Trinidad, para serem tocadosem cordões carnavalescos. A confecção dessesinstrumentos é extremamente barulhenta, pois épreciso aquecer a superfície e bater com ummartelo na área a ser afinada. É tocado combaquetas de ponta de borracha.

Playmusic 43

ça. Para que não haja dúvida so-bre qual Kit usar, vamos seleci-onar o Standard Kit 1. É semprebom lembrar que, dependendoda marca de seu instrumento, onome Standard Kit 1 pode seroutro. Nesse caso, use o primei-ro timbre da relação de timbresde bateria.

Uma vez feita essa introdu-ção, vamos analisar peça porpeça.

O bumbo é a maior peça dabateria. É ele que emite o sommais grave e “pesado”, sendousado para marcar o tempo for-te da música. Tomemos comoexemplo uma música romântica,

Uma das maiores dificulda-des que geralmente as pessoasenfrentam quando querem se-qüenciar uma música está nabateria. Provavelmente, todomundo já viu esse instrumentoem shows, na televisão, em umaloja, enfim, as pessoas conhe-cem o instrumento mas não sa-bem qual a função ou o som decada uma das partes de uma ba-teria. Portanto, vamos analisarcada uma delas.

Vamos começar definindo aquantidade de peças: uma bate-ria básica tem sete peças, a sa-ber: bumbo, caixa, dois tom-tons, surdo, chimbau e prato(Fig. 1). Como as partes desseinstrumento são avulsas, o tama-nho da bateria depende da quan-tidade de peças que possui. As-sim sendo, existem baterias comdois bumbos, duas ou três cai-xas, cinco tom-tons, e assim pordiante. Normalmente, as pesso-

as perguntam: para que tantas pe-ças em uma bateria? A respostaé simples: para poder ter maistimbres ou sons diferentes, umavez que, dependendo da larguraou do diâmetro de cada peça, épossível obter sons e afinaçõesdiferentes. Afinação?? Bateria seafina?? Sim, cada peça tem suaafinação. Para nós, contudo, issonão tem importância, uma vezque vamos usar os timbres doteclado ou de um módulo gera-dor de timbres, ambos com afi-nação correta.

Um fator importante a se res-saltar quanto ao timbre é o tipode música a ser seqüenciada.Existem timbres mais específi-cos para alguns estilos de músi-ca. Procure ouvir jazz e rock, aschamadas músicas eletrônicas, etente perceber a diferença desons existentes. Para facilitar,procure no seu teclado ou nomódulo gerador de timbres osdiferentes sons de bateria, oschamados Kits de bateria. Toquesempre a mesma nota e altere oKit e você perceberá a diferen-

Técnicas

( Parte II) - Bateria

A arte deSeqüenciarA arte de

Seqüenciar

Gilberto Abreu

Bumbo

44 Playmusic

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tos se juntam e quando o pedal ésolto, eles se separam. No mo-mento em que os pratos se tocam,emitem um som agudo e seco.Esse som é usado para marcartodos os tempos e contratemposdo compasso, ou seja:

1 e 2 e 3 e 4 e 1 e 2 e 3 e 4 e...

No padrão general midi asnotas F#2(54), G#2(56), A#2(58)correspondem ao chimbau. Cadauma, porém, tem som e funçãodiferentes. São conhecidas comochimbau-fechado, chimbau-fe-chando e chimbau-aberto respec-tivamente. O primeiro, conformejá mencionado, marca todos ostempos. O segundo serve paraacentuar os tempos fortes docompasso, e o terceiro tem a fun-ção de variar o som e deve serusado esporadicamente, de pre-ferência nos contratempos “e 3”e “e 1”. Lembre-se que as notasF#2(54) e A#2(58) não devem sertocadas ao mesmo tempo, poiscorrespondem a posições diferen-tes do chimbau e a nota que soa-rá é a que foi tocada com maisforça. Veja exemplo a seguir ou

que em alguns teclados é chama-da de 8 beats.

Nesse estilo de música o com-passo tem 4 tempos, ou seja, aofinal do quarto tempo voltamosao primeiro. Para sabermosquando tocar a nota correspon-dente ao bumbo vamos subdivi-dir o compasso contando 1 e 2 e3 e 4 e 1 e 2 e 3 e 4 e… O bumbodeverá ser tocado no temposmarcados:

1 e 2 e 3 e 4 e 1 e 2 e 3 e 4 e ...

Procure tocar com intensida-des diferentes. Os tempos 1 e 3devem ser tocados com mais for-ça em relação aos contratempos,ou seja, os “e”.

No padrão general midi exis-tem três timbres de bumbo quecorrespondem às notas A1, B1 eC2. Alguns teclados trazem emcima ou em baixo das notas asfiguras das peças ou ainda, o nú-mero correspondente a cada nota.Portanto, as notas A1, B1, C2podem ser encontradas pelos nú-meros 45, 47, 48, respectivamen-te. Escolha o timbre que mais lheagrada, ajuste o tempo (veloci-dade da música) pelo metrôno-mo e procure gravar dois com-passos. Usarei a nota B1(47) e otempo 90. Veja exemplo a seguirou ouça o exemplo n.º1(PX020101.mid) do disquete.

Ao gravar, nem sempre acer-tamos a hora exata em que a nota

deveria ser tocada, uma vez queas subdivisões entre os tempos deum compasso são muito grandes.Para facilitar o entendimento,vamos comparar com o segundode um cronômetro. As subdivi-sões do compasso correspondemao milionésimo de segundo docronômetro. Para corrigir essesmicroajustes utilizamos a função“quantizar” (quantize). Em al-guns teclados essa função podeser encontrada como 1/8, 1/16,1/32, e normalmente está ajusta-da na quantização de 1/16, quedeverá ser suficiente para corri-gir os ajustes automaticamente.Em softwares musicais é neces-sário definir qual a nota ou o tre-cho que se quer quantizar. Assubdivisões podem estargrafadas como “Eigth” (1/8),“Sixteenth” (1/16), etc. Escolhaa opção “Sixteenth”. Para maio-res informações sobre essa fun-ção, consulte o manual de seuequipamento. Ouça o resultadoe se estiver tudo certo, siga emfrente.

Essa peça (Fig.1) é compostapor um mecanismo acionado porum pedal com o pé esquerdo dobaterista. São dois pratos cônca-vos, presos ao centro e em posi-ção oposta que permite fechar ou

abrir. Quando o pedal é aciona-do, ou seja, pressionado, os pra-

Técnicas

Exemplo n.º 1 (PX020101.mid)

Chimbau

Fig. 1 - Chimbau

Playmusic 45

experimentados são os das no-tas A#1 (46), D2 (50), E2 (52).

Se você estiver montando o rit-mo em um teclado que tenhaduas partes de programação, usea nota C#2 (49) na primeira par-te (PARTE A) e na segunda(PARTE B), escolha entre asnotas A#1 (46), D2 (50), E2 (52),a que mais lhe agradar. Procuretambém variar usando a caixa noterceiro tempo na PARTE A e naPARTE B, o segundo e o quartotempos com a caixa. Vejamoscomo fica esse padrão com obumbo, o chimbau e a borda decaixa, ouvindo o exemplo n.º 3(PX020103.mid) do disquete ecom a nota D2 (50) no exemplon.º 4 (PX020104.mid) semprelembrando de quantizar.

Os pratos de uma bateria va-riam em timbres de acordo comseu tamanho, forma ou espessu-ra e seus timbres dividem-se emdois grupos: um formado porpratos de ataque e o outro, porpratos de condução. Os pratos de

ouça o exemplo n.º 2(PX020102.mid) do disquete.

A mesma rotina de quantiza-ção deve ser feita após a grava-ção do chimbau.

Isso feito pode-se dizer que a“coluna” do ritmo está pronta.Agora falta colocarmos as outraspeças, que variam muito de acor-do com cada música ou até mes-mo em trechos diferentes da mes-ma música.

É uma das peças mais impor-tantes da bateria e é usada paramarcar o tempo da música. Exis-tem vários timbres dessa peça,porque depende da largura, dotipo de pele com que é feita ouda forma como se toca. Em mú-sicas românticas é muito comumusar a borda da caixa. Toque anota C#2 (49) para conhecer osom. Essa peça pode ser tocadanos tempos 2 e 4 ou então notempo 3. Experimente essas duasopções e veja qual a que mais lheagrada. Outros timbres a serem

ataque são usados normalmenteno primeiro tempo do compas-so.

Costumam ser usados logoapós uma virada (fill) que expli-carei melhor logo adiante, quan-do discorrer sobre os tom-tons.Esses pratos correspondem àsnotas C#3 (61), E3 (64), G3 (67),A3 (69) no teclado. Os pratos decondução, que no tecladocorrespondem às notas D#3 (64),F3 (65) ou B3 (71), servem parasubstituir o chimbau F#2 (54) eem geral, são usados na PARTEB.

É possível usar qualquer umdos timbres, dependendo de suapreferência.

O chimbau-aberto A#2 (58)deve ser evitado quando o pratode condução está sendo utiliza-do.

O chimbau-fechando G#2(56), por sua vez, pode ser usa-do no segundo e no quarto tem-pos para acentuá-los.

Fica a critério de cada um usarou não. Vejamos como ficaria aPARTE B pelo exemplo n.º 5(PX020105.mid).

As peças usadas para criar asviradas (fill) são os tom-tons eos surdos. São peças que possu-em vários timbres, dependendodo seu tamanho, e servem para

Caixa

Tons e Surdo

Pratos

Técnicas

=============? 44 ««««« ««««« «««« «««««#ˆ ˆ #ˆ ˆ ««««« ««««« «««« «««««ˆ ˆ ˆ ˆ ««««« ««««« «««« «««««#ˆ ˆ #ˆ ˆ «««« «««« «««« ««««ˆ ˆ ˆ #ˆll ll ””Exemplo n.º 2 (PX020102.mid)

46 Playmusic

Os arquivos do disquete estão no padrão SMF (Standard MIDI File),que estabelece normas para que o disquete seja lido em qualquer equi-pamento que obedeça o padrão para facilitar a compatibilidade. Entretan-to alguns equipamentos dizem obedecer o padrão General MIDI (GM)

mas não o obedecem por completo portanto tenha certeza que está utilizando um equipamentocompletamente no padrão para que não desapareçam notas, timbres ou trechos que deixem amúsica sem sentido.

Para conectar o seu equipamento MIDI ( teclado, módulo, sequencer, etc. ) ao computador énecessário um adaptador (tipo MIDIBOX) para encaixe na porta de joystick do computador (placamultimídia) e dois cabos MIDI para as conexões IN e OUT, ou então um cabo adaptador ( de umlado conexão para joystick e do outro duas conexões MIDI). Caso não possua placa multimídiapode ser utilizada uma interface MIDI.

Ao conectar verifique se a entrada da placa está na saída do equipamento MIDI e vice-versa. IN => OUT ESQUEMA DE CONEXÃO OUT => IN

Alguns equipamentos mais recentes já possuem uma conexão direta para o computador sem anecessidade de interfaces. Essa conexão é conhecida como serial, host ou RS232-C. Para elaexiste um cabo especial . Além disso é necessário um disquete para instalação do drive no compu-tador. Mas atenção somente alguns equipamentos possuem esta conexão, entre eles: YamahaPSR 630, Yamaha MU-80, Roland XP-10, Roland PMA-5, Alesis QS6.

variar o padrão em determinadaparte. Essas viradas ocorrem,normalmente, a cada quatro ouoito compassos.

As viradas (fill) podem sercurtas quando começam a partirdo terceiro tempo do compassoou longas, quando começam des-de o primeiro tempo do compas-so.

As peças e os tempos de com-passo em que são tocadas depen-de de cada um. Crie uma virada(fill) quando você quiser alterara bateria da PARTE A para aPARTE B e vice-versa.

No teclado, as notas quecorrespondem ao tom-tons sãoA2 (57), B2 (59), C3 (60) e D3(61), e os surdos são as notas F2(53) e G2 (55).

A caixa também é muito usa-da viradas (fill). Procure usar nomínimo duas peças diferentespara enriquecer a virada (fill).

Vejamos os exemplos de vi-radas passando da PARTE A paraa PARTE B

No exemplo n.º 6 (PX020106.mid) usamos virada de A para B,curta.

No exemplo n.º 7 (PX020107.mid) usamos virada de A para B,longa.

Da PARTE B para PARTE A

No exemplo n.º 8 (PX020108.mid) usamos virada de B para A,curta.

No exemplo n.º 9 (PX020109.mid) usamos virada de B para A,longa.

Além das peças da bateria,existe uma grande quantidade deinstrumentos de percussão que a

elas se somam. Pandeiro F#3(65), Shake A4 (81), MaracasA#4 (82), entre outros. Podem edevem ser usados para enrique-cer a música. Procure ouvir cadapeça da percussão, tentandoencaixá-la da maneira que vocêachar melhor.

Antes de seqüenciar a bateriade uma música, faça um exercí-cio de percepção, ouvindo diver-sas vezes a mesma música oumesmo só alguns trechos de cadavez, para identificar bem as pe-ças da bateria. Sugiro que vocêmonte diversas vezes os padrõesdescritos, procurando tocar algu-ma música em cima do ritmomontado. Só a prática fará comque você se aperfeiçoe. Portantonão desista, insista. ❏

Técnicas

Gilberto Abreu é técnico especealista degravação em estúdio, tecladista, baterista eresponsável pela gravação dos ritmos e damixagem das músicas da Playmusic

.

Playmusic 47

Prof. Malatian

Playmusic - Qual é o traba-lho de um professor de canto?

Malatian - O professor de can-to é quase sempre um cantor, mastambém é um profissional queestudou a voz e a sua utilizaçãode maneira técnica. Isso signifi-ca que conhece a fisiologia, osprocessos para a produção davoz, ele sabe de onde ela sai.Sabe qual a relação entre a res-piração e a voz, a tensão ou o re-laxamento e a voz. Ensina a “co-locar” a voz, a utilizar a resso-nância, a articulação, o foco. To-dos esses elementos fazem parteda técnica vocal, através de exer-cícios de respiração, vocalizes,exercícios de canto e trabalho derepertório o aluno aprende a uti-lizar os conhecimentos técnicospara aperfeiçoar sua voz.

O primeiro trabalho do profes-sor é classificar a voz. No casodos homens: tenor, barítono oubaixo (do agudo para o grave).Para as mulheres: soprano, meio-soprano ou contralto.

Entrevista

VOZUm Instrumento

Acústico

Cantar é uma arte. Apesar detoda a técnica, apresenta aspec-tos imponderáveis, como acriatividade e a espontaneidade.

Ópera, jazz, country, rock,samba são incontáveis ritmos eestilos que fazem da música umadas formas mais ricas de comu-nicação do planeta, sem contarque já chegou a Marte.

Cantar é uma manifestaçãoprimordial do homem que nas-ce de um instrumento que eletraz dentro de si mesmo.

Para falar sobre voz e seussegredos, entrevistamos o pro-fessor João Malatian. Com umavasta experiência em aulas detécnica vocal, o professorMalatian é cantor do Coral Líri-co do Teatro Municipal de SãoPaulo, formado pelo Conserva-tório Dramático e Musical deTatuí e pela Faculdade de ArtesSanta Marcelina. Seu contatocom a música teve início na ado-lescência com um largo currícu-

lo de aperfeiçoamento e traba-lhos apresentados. Atualmentededica-se á produção e direçãode espetáculos líricos musicais.

Playmusic - Qualquer pessoapode cantar?

Malatian - Em geral, todas aspessoas estão aptas a cantar, bas-ta querer, experimentar. Porém,existem alguns casos de pessoasque não possuem uma coordena-ção neurológica entre o que ou-vem e o que conseguem repro-duzir. São pessoas desafinadas defato, mas são muito poucas.Quem tem essa limitação fisio-lógica, não consegue cantar.

Para cantar é essencial saberouvir, ou melhor, saber se ouvir.Isso é muito importante, os can-tores populares, que cantam como microfone, precisam ter sem-pre aquelas caixas de retorno devoz para poderem ouvir o queestão cantando. Uma boa formade aprender a se ouvir é cantar emgrupo, num coro, por exemplo.

Regina Belo

48 Playmusic

EntrevistaPlaymusic - E o que aconte-

ce com a voz desse aluno?

Malatian - Ele terá sua exten-são vocal ampliada, vai melho-rar a qualidade do timbre da vozcantada e a afinação ficará maisprecisa. É como um elástico quevocê estica e volta.

Com a prática dos exercíciosé possível adquirir mais resistên-cia vocal (fortalecer a voz) oucompensar através de exercíci-os fisiologicamente saudáveis,esforços não saudáveis que sefaz cantando rock, por exemplo.

Praticar canto ajuda adesinibir. No começo é um pou-co estranho, pode acontecer dese sentir a voz cansada depois deuma aula. Mas logo é possívelperceber que se está adquirindoresistência, que a voz passas ater uma prontidão inesperada.Sem saber que tinha toda aquelavoz lá dentro, o estudante viveuma experiência muito agradá-vel, às vezes surpreendente.

Playmusic - O estudo da téc-nica vocal serve para cantarqualquer estilo de música?

Malatian - Sem dúvida, ten-do o cuidado de levar em contadois aspectos importantes. Porum lado, como a gente ainda nãotem aqui no Brasil uma faculda-de de música popular, isso sig-nifica que o professor teve umaformação erudita, para canto deópera. Por isso, é importante queele utilize os conceitos técnicosde maneira adequada à necessi-dade, ao objetivo do aluno, aotipo de música que o cantor de-seja cantar.

No meu trabalho sempre tivea preocupação de traduzir essesparâmetros respeitando a lingua-gem que o aluno quer seguir.

Já tive alunos atores, canto-res populares, cantores eruditose até pessoas que tiveram pro-blemas de voz e vieram por in-dicação de fonoaudiólogos.

A voz pode ser trabalhada,mas nem sempre deve sercorrigida. A forma rouca de can-tar é própria do rock, assimcomo na bossa nova temos a vozquase sussurrada.

O jazz tem seu estilo, assimcomo o blues, a música serta-neja e assim por diante. Então,temos o outro lado, o cantor. For-mas que a escola erudita consi-deraria como erradas de cantarpodem ser naturais e espontâne-as para o cantor.

Nesse sentido, não existeerro. Para cantar, é preciso terclaro qual é o seu objetivo, opróprio instrumento ( as cordasvocais e força muscular da gar-ganta) pode estar naturalmen-te adequado ao estilo do can-tor. Um bom professor devetrabalhar a voz e não alterá-la,mudá-la em função de seuspróprios conceitos.

Playmusic - Então, como re-conhecer um bom professor?

Malatian - No canto, a rela-ção aluno/professor é uma rela-ção muito íntima, pela próprianatureza do estudo.

Além de procurar se informarsobre o trabalho do professorque pretende escolher, o alunoprecisa confiar na sua intuição.Tem muita que já canta bem e

acha que precisa fazer aula aca-bando por se perder, emboramuitas vezes possa se achar. Essediscernimento é muito importan-te, a sensibilidade de sentir seestá fazendo bem ou não aquiloque deseja.

Playmusic - Que dicas vocêpode dar para quem gosta decantar?

Malatian - Cuidar da voz re-quer tanto apuro quanto qualquerinstrumento. Até mais, porquevocê está tirando o som de den-tro de si mesmo, mexendo coma sua essência, a sua forma de semanifestar. É preciso ter respei-to pela voz. Isto faz parte de umposicionamento profissional.

Tratar bem da voz é tomarmuito líquido, hidratar asmucosas para evitar irritações.

Alimentos gordurosos comoo chocolate, provocam secreção(pigarro) que fica na gargantaatrapalhando.

O álcool altera as mucosas,não é bom. Mel, gengibre, essascoisas são boas, porém é precisotomar cuidado com as muletas,vícios não são saudáveis.

O gengibre e o limão são mui-to ácidos, não devem ser consu-midos em excesso. Se você ficourouco e tem uma apresentaçãoem breve, evite falar em lugaresbarulhentos.

Muito líquido e repouso vo-cal são as melhores coisas paraa voz. ❏

Regina Belo é Escritora , redatora ecolaboradora de diversas revistas.

Playmusic 49

Dependendo de seu estado deespírito, a música pode lhe dei-xar calmo, sonhador, tenso, emo-cionado, irritado e assim por di-ante... Reparem como as trilhassonoras são responsáveis porgrande parte das emoções queuma determinada cena possatrazer.

Com estudos que venho fa-zendo sobre o efeito da músicasobre as pessoas, constatei que apersonalidade do indivíduo estámuito ligada a um determinado

estilo musical. Como professorde música, tenho verificado seuefeito sobre diversas crianças e,recentemente, tive a idéia de im-plantar um curso de música paraexcepcionais. As crianças porta-doras de deficiência mental oufísica assimilam muito os sonsgerados pelos instrumentos, o queas traz, em certa medida, para anossa realidade. Apesar dessepotencial aflorar a médio e longoprazos, nada impede essas crian-ças de se tornarem bons músicos.

Os instrumentos de percussãosempre foram considerados defácil assimilação e aprendizagempara essas crianças, mas, utilizan-do uma afinação diferente emmeu instrumento, percebi que oaprendizado tornou-se ainda mais

fácil, e obtive resultados fantás-ticos.

Estarei inaugurando neste mêsde janeiro minha escola de músi-ca e pintura, na qual o aluno teráuma formação técnica e profissi-onal de nível internacional.

Aliada à música, a pintura étambém uma forma de liberar asemoções. A combinação de co-res e formas faz com que as cri-anças, especialmente as portado-ras de deficiências, tenham me-lhor controle motor e uma parti-cipação mais ampla em nossa so-ciedade.

Venha conhecer esse novo tra-balho! Um forte abraço. ❏

Lico Candeias

Opinião

Lico Candeias é professor de guitarra e cursoutécnicas e estilos musicais na Universidade deMiami.

A músicadesenvolvendosensibilidade

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