Pnaic 30 de julho matutino e vespertino atual (1)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE EDUCAÇÃO NÚCLEO DE ALFABETIZAÇÃO, LEITURA E ESCRITA DO ESPÍRITO SANTO FORMAÇÃO DE ORIENTADORES DE ESTUDO PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA (PNAIC) CERTA (PNAIC) 14 de agosto de 2015 Orientadora: Náysa Taboda

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO DE EDUCAÇÃO

NÚCLEO DE ALFABETIZAÇÃO, LEITURA E ESCRITA DO ESPÍRITO SANTO

FORMAÇÃO DE ORIENTADORES DE ESTUDO

PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA (PNAIC)NA IDADE CERTA (PNAIC)

14 de agosto de 2015Orientadora: Náysa

Taboda

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Leitura deleite; Vivência de atividade: diversidade linguística na escola

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Este conto nos ajuda a pensar no ditado

popular que diz: “o gato pega o rato”? Por

quê?

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• Há alguma palavra diferente no texto? Alguma palavra que vocês nunca ouviram? Qual?

• O que essa palavra significa?

• É uma palavra que existe no português falado no Brasil? De qual língua é essa palavra?

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O QUE É GHEE ?

                 Ghee – Manteiga ClarificadaÉ o óleo purificado da manteiga, onde toda a água e os elementos sólidos e toxinas da gordura do leite e lactose são completamente removidos.  Embora seja inteiramente preparado a partir da manteiga, suas propriedades diferem muito da manteiga em si.   Quando o ghee é preparado através do método tradicional de aquecimento e coação, toda a água é evaporada e os elementos sólidos da gordura do leite são completamente removidos. O resultado é um óleo dourado e brilhantemente transparente que não fica rançoso. Este é o ouro líquido que aparece nas antigas escrituras indianas. E este é o ghee que encontrará um lugar em todos os alimentos que você preparar.

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• Vocês conhecem pessoas que moram no Brasil, mas falam outras línguas, por que nasceram e viveram em locais em que o português é a segunda língua? Que línguas essas pessoas falam?

• E na sua escola? Há crianças que falam outras línguas porque aprenderam com seus familiares antes de falar português do Brasil ou antes de ir a escola?

• Que línguas você conhece a partir de seus colegas de escola?

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Vamos assistir um vídeo que traz Vamos assistir um vídeo que traz informações sobre uma das diferentes informações sobre uma das diferentes

línguas faladas no línguas faladas no Espírito Santo. Espírito Santo.

http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=3053&catid=28&Itemid=39

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No vídeo, conhecemos uma experiência de preservação de uma língua materna pouco comum em nosso Estado e País. Mas, o que geralmente ocorre com essas línguas?

Por que elas tendem a desaparecer? Quais as implicações do

desaparecimento? Qual o papel da escola? Tem ocorrido mudanças para

preservar línguas minoritárias?

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Diversidade linguística no Ciclo de AlfabetizaçãoDiversidade linguística no Ciclo de AlfabetizaçãoCarlos Rubens de Souza Costa e Mariane Carvalho B. CavalcanteCarlos Rubens de Souza Costa e Mariane Carvalho B. Cavalcante

O conto que lemos e o vídeo que assistimos incitam o debate sobre a questão da diversidade linguística em nossa sociedade. Vamos aprofundar essa discussão com a leitura das páginas 68-79 do Caderno 1:

O texto evidencia que, apesar do Português ser a língua oficial do Brasil, não se pode negar a existência de várias línguas (indígenas, africanas, Libras). Portanto, podemos dizer que o Brasil é um país monolíngue?

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Reflexões a partir do texto Reflexões a partir do texto Diversidade Diversidade linguística no Ciclo de Alfabetização linguística no Ciclo de Alfabetização (Caderno 1, p. 68);(Caderno 1, p. 68); Discussão do texto e de suas relações Discussão do texto e de suas relações com a organização do currículo e da com a organização do currículo e da avaliação na perspectiva da escola avaliação na perspectiva da escola inclusiva;inclusiva;

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DIVERSIDADE LINGUÍSTICADIVERSIDADE LINGUÍSTICA

Costa e Cavalcante (PNAIC, Caderno 1, 2015, p. 68) definem Diversidade Linguística como

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EXTO Conforme os autores, o Brasil é um país

de grande diversidade linguística. Há no Brasil, cerca de dois milhões de brasileiros que não têm o Português como língua materna. Incluindo as línguas indígenas e a dos imigrantes, temos mais de duzentas línguas no país, além da Língua Brasileira de Sinais.

No entanto, o número de pessoas que têm línguas maternas minoritárias constitui apenas 5% da população brasileira, deixando a impressão de que o Brasil é um país monolíngue (RODRIGUES, 2001).

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ÃO [...] aspectos, cognitivo, cultural e das identidades coletivas, mostram-se como fortes argumentos para a preservação da diversidade linguística, e têm mobilizado reflexões e ações na sociedade brasileira, no sentido de garantir a todos o direito de se expressar em sua língua materna, de considerar a complexidade e a diversidade do potencial humano, de valorizar o aporte cultural de nosso país e de resistir as práticas homogeneizadoras e de dominação (p.72).

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Desse modo, mesmo considerando que grande parte da população brasileira utiliza o Português como língua materna, sendo este o idioma oficial do país, é necessário pensar nas diferenças linguísticas existentes no cenário brasileiro.

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Essas diferenças linguísticas trazem implicações para o currículo, em especial, no que diz respeito ao processo de alfabetização, uma vez que [...] explorar a diversidade linguística na escola é um desafio que precisamos enfrentar, e já estamos enfrentado. Propostas de letramento bilíngue (escolas indígenas e de imigração), bidialetal (as variedades linguísticas presentes em sala de aula) e bilíngue bimodal (português brasileiro escrito e língua de sinais) precisam ser socializados para a promoção da melhoria da educação básica nos anos iniciais (p.79).D

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De modo geral, essas propostas pedagógicas estão organizadas com base em três situações:

a) Línguas maternas minoritárias: quando os alunos que são monolíngues não compreendem a LP ou quando os alunos são bilíngues insipientes, ou seja não falam mas compreendem a língua materna, ou alunos bilíngues ativos.

MEDIDAS: Fazer da língua materna a língua de instrução oral e escrita (instrumento de interação na sala de aula); ter professor que utilize a mesma língua materna e tomar a língua materna dos alunos como objeto de estudo e reflexão, alfabetizando em língua materna.

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b) Língua Portuguesa: Mesmo em contextos em que os falantes

usam línguas minoritárias, é necessário considerar o direito ao aprendizado da língua oficial, no caso, a Língua Portuguesa, para que possam estar em condições de intervir plenamente na vida econômica, política, jurídica e cultural do país. A Língua Portuguesa pode aparecer de duas maneiras:

como primeira língua (estudantes monolíngues em LP);

como segunda língua (estudantes monolíngues em uma língua minoritária)

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c) Língua Brasileira de Sinais: É a língua materna minoritária das

pessoas surdas e que, portanto, deve ser ensinada na escola. Como dificilmente o professor é surdo, é necessário a presença do intérprete em Libras.

No AEE um efetivo ensino e acompanhamento em Libras, uma vez que muitos estudantes se apropriam da própria língua apenas na escola.

LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL  DE 2002: LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL  DE 2002: Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras .Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.

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Além da grande diversidade de línguas usadas em seu território, o Brasil também se caracteriza por abrigar muitas variedades linguísticas.

A variedade linguística expressa a cultura, os conhecimentos construídos e valorizados coletivamente e as características de diferentes grupos sociais e, podemos verificar esse efeito de transbordamento das diferentes culturas, também, por meio das diferentes manifestações artísticas e culturais como podemos verificar a seguir:

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a) Que outras variedades a) Que outras variedades linguísticas você consegue linguísticas você consegue identificar na sua escola?identificar na sua escola?b) Das que você conhece, b) Das que você conhece, qual delas você considera ser qual delas você considera ser mais valorizada socialmente? mais valorizada socialmente? c) Qual o papel da escola c) Qual o papel da escola diante da variedade diante da variedade linguística?linguística?

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Gontijo e Schwartz (2009) pontuam que por falta de conhecimentos sobre o funcionamento da linguagem costuma-se considerar algumas características da oralidade como formas “erradas” de se expressar e, que apenas a escrita convencional é considerada correta. Assim, tendo em vista um aprofundamento conceitual e prático sobre a temática da variedade linguística, vamos ao livro Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística de Marcos Bagno (2007).

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Com base nos estudos do campo da Sociolinguística, Bagno apresenta algumas razões para trazer o tema da variação linguística ao cenário pedagógico:

Ocorreram mudanças na concepção de ensino da língua e a variação linguística, como objeto de ensino, precisa acompanhar essas mudanças, uma vez que esse conhecimento é, por vezes, deixado a segundo plano ou tratado de modo superficial;

Com a democratização do acesso à Educação Básica no Brasil, ocorre uma transformação no perfil socioeconônimo e cultural da população que frequenta as escolas públicas;

Mudança também no perfil perfil socioeconônimo e cultural das professoras e professores.

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De acordo com o autor, “[...] não existe problema algum no fato da escola passar a ser ocupada por falantes do genuíno vernáculo brasileiro e não mais por defensores de um padrão obsoleto inspirado na norma de Portugal, apegados a um modelo rançoso de língua literária que nossos melhores escritores e escritoras têm abandonado nos últimos 100 anos.

O problema verdadeiro é não oferecer para as professoras [e professores] uma formação que permita que elas [eles] lidem adequadamente com uma série de questões que, inevitavelmente, surgem no dia a dia da sala de aula” (BAGNO, 2007, p. 33).

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Fatores extralinguísticos Fatores extralinguísticos

Origem geográfica: Origem geográfica: a fala característica de diferentes regiões brasileiras, estados, zona rural ou urbana.

Status socioeconômico: Status socioeconômico: nível de renda

Grau de escolarização:Grau de escolarização: ligado aos usos da escrita, práticas de leitura e outras práticas culturais

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Idade: modo de falar dos adolescentes, adultos e

jovens podem ser diferente.

Sexo: há situações em que homens e mulheres fazem usos diferenciados dos recursos que a língua oferece.

Mercado de trabalho: vínculo com determinadas profissões e ofícios

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Existem três respostas possíveis a esse questionamento:

a)Desconsiderar as contribuições da ciência linguística e levar adiante a noção de erro, insistindo no ensino da gramática normativa e da lingua-padrão como a única forma certa de uso da lingua;

b)Aceitar as contribuições da ciência linguística e desprezar totalmente a antiga noção de erro, substituindo-o pelos conceitos de variação e mudança;

c)Reconhecer que a escola é o lugar de interseção entre o saber científico e o senso comum, reconhecendo que não existe “erro”, mas fenômeno linguístico passível de ser explicado , compreendido e mediado no processo formativo dos estudantes.

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Se um dos objetivos da alfabetização é garantir que as crianças façam uso de textos orais e escritos em diversas situações sociais, é preciso que a escola fique aberta a pluralidade de discursos existentes na sociedade. [...] Dessa maneira, como disse Lemle (1989), estigmatizamos aqueles que: trocam na fala o L pelo R como na palavra planeta/praneta, não pronunciam o som i nas palavras como salário/ salaro etc. Porém, conforme a autora, “[...] é uma falha profissional compartilhar desses preconceitos e dar mostras de assumir essa maneira de valorizar e desvalorizar as características das falas das pessoas (GONTIJO; SCHWARTZ, 2009, p. 68).

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BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística.São Paulo: Parábola Editorial, 2007.CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. 10. ed. São Paulo: Scipione, 2007.GARCIA, Marcus Vinícius Carvalho. A diversidade linguística como patrimônio cultural. In: BRASIL, Instituto de pesquisa econômica aplicada. Revista: Desafios do desenvolvimento. 2014 . Ano 10 . Edição 80 - 23/06/2014

GONTIJO, Claudia Maria Mendes; SCHWARTZ, Cleonara Maria. Alfabetização teoria e prática. Curitiba, PR: Sol, 2009.BRASIL, Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Currículo na perspectiva da inclusão e da diversidade: as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica e o Ciclo de Alfabetização: Caderno 1 . Brasília: MEC, SEB, 2015.PROJETO BURITI (Obra coletiva). Português 3º ano . Editora Moderna: São Paulo, 2011.

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