Pnuma 127

8

Click here to load reader

description

Informativo nº 127

Transcript of Pnuma 127

Page 1: Pnuma 127

I N S T I T U T O

Informativo do Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

BRASIL PNUMAPNUMA

Nººººº 127

OUT/NOV 2012

Visite nosso site

www.brasilpnuma.org.br

Mesmo com o número crescente de reservas naturais,parques nacionais e outras áreas protegidas em váriospaíses, metade das zonas mais ricas em biodiversidade doplaneta continua totalmente desprotegida. Além disso, osinvestimentos em áreas protegidas é cerca de metade donecessário para defender espécies, proteger habitats ame-açados e obter os benefícios que esses ecossistemaspoderiam render se tivessem um manejo sustentável.

Atualmente, pouco maisde 12% das áreas terres-tres do planeta são consi-deradas protegidas. Nocaso das águas oceâni-cas, a situação de preser-vação é pior: 1,6% dosoceanos se encontram pro-tegidos, a maior parte emáreas de mares costeiros.Por tanto, são percentuaisdistantes das metas de áre-as de proteção da biodiver-sidade a serem alcança-das até 2020.

Há dois anos, a Con-venção das Nações Uni-das sobre Biodiversidade(CBD) estabeleceu que,por volta de 2020, pelo me-nos 17% das áreas terrestres e 10% das áreas marinhasdeverão estar bem conservadas e monitoradas pelos paí-ses. Mas para se alcançar essas metas, será necessárioo estabelecimento de mais 6 milhões de km2 de áreasprotegidas em terra (duas vezes o tamanho da Argentina) emais 8 milhões de km2 de áreas marinhas e costeiras(pouco maior que a dimensão da Austrália).

Essas são conclusões do relatório Protected PlanetReport 2012, sobre a situação das áreas protegidas noplaneta. Produzido pelo Pnuma em parceria com a UniãoInternacional para a Conservação da Natureza, o estudofoi divulgado na 11ª Conferência das Partes da CBD,realizada em Hyderabad (Índia).

Biodiversidade: metas de 2020 ainda distantesApesar de avanços, metade dos ecossistemas mais ricos continua desprotegida

Fundos de apoio – Para se alcançar a meta de 2020,a 11ª Conferência das Partes da CBD decidiu, em 19de outubro, que os países ricos irão dobrar os fundosde apoio a nações em desenvolvimento, fortalecendoações para a redução das taxas de perda de suabiodiversidade. Algumas áreas – como os recifes decorais da costa brasileira – deverão receber atençãoespecial dos países.

O relatório do Pnuma re-conhece que, desde 1990,as áreas protegidas aumen-taram 60% em número equase 50% em termos deterritório. No entanto, aler-ta que os países estão pro-movendo progressos insu-ficientes para se alcançaras metas da CBD, devido amanejos precários, apoiofinanceiro insuficiente e fal-ta de dados criteriosos so-bre áreas protegidas. O es-tudo aponta então a neces-sidade de progressos maisintensos pela preservaçãoda biodiversidade, incluin-do mais investimentos emáreas protegidas.

As áreas protegidas contêm cerca de 15% dos estoquesde carbono do mundo e contribuem para o sustento devida de mais de um bilhão de pessoas. No entanto, mesmoprotegidas no papel, boa parte delas sofre problemas. Segun-do o Pnuma, menos de 1/3 dessas áreas conta com planosde manejo. E mais: apenas 1/4 de todas as áreas tidas comoprotegidas teria realmente um manejo adequado, seguro.

Dentre as ações prioritárias em busca das metas daCBD, o relatório recomenda o reforço do envolvimento dascomunidades locais com as áreas protegidas, mais fundospara a sua proteção e o aperfeiçoamento das informaçõessobre essas áreas. O relatório do Pnuma está disponível emwww.unep-wcmc.org/ppr2012_903.html.

Arqu

ivo

Pnum

a

Page 2: Pnuma 127

B R A S I L P N U M A

22222 OUTUBRO/NOVEMBRO 2012 – Nº 127

E D I T O R I A L

Presidente: Haroldo Mattos de Lemos Diretor Jurídico: Oscar Graça Couto Diretor Admi-nistrativo: Roberto Carrilho Padula Jornalista Responsável: Ronie Lima (MTb 15.415/RJ)Referências Bibliográficas: Zilda Rodrigues de Souza Arte e Diagramação: Eliana Mac DowellImpressão: Corbã Conselho Consultivo: Adolpho de Marinho Pontes (ex-deputado federal doEstado do Ceará), Aloisio Ferreira de Souza (ex-presidente da Associação Brasileira de Enge-nharia Sanitária e Ambiental/Abes, AL), Cândido Mendes de Almeida (diretor-geral da FaculdadeCândido Mendes/RJ), Carlos Henrique de Abreu Mendes (ex-secretário de Meio Ambiente doEstado do Rio de Janeiro), Carlos Minc (secretário de Estado do Meio Ambiente do Rio de Janeiro),Henrique Brandão Cavalcanti (ex-ministro do Meio Ambiente e da Amazônia Legal), Jean C. L.Dubois (presidente do Instituto Rede Brasileira Agroflorestal/Rebraf,RJ), João Augusto Fortes(presidente da Sociedade Civil Pró-Rio), Joaquim Falcão (ex-secretário-geral da FundaçãoRoberto Marinho), José Mário de Oliveira Ramos (ex-vice-presidente da Federação das Indús-trias do Estado do Rio de Janeiro/Firjan), Márcio Nogueira Barbosa (vice-diretor executivo daUnesco), Nelio Paes de Barros (ex-diretor administrativo do Instituto Brasil Pnuma), PauloNogueira Neto (ex-secretário especial do Meio Ambiente), Paulo Protásio (ex-presidente daAssociação Comercial do Rio de Janeiro), Ricardo Boechat (diretor de jornalismo da Band Rio),Roberto Klabin (presidente da SOS Mata Atlântica, SP), Roberto Messias Franco (ex-presidente

Publicação bimestral. Permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte.

INSTITUTO

BRASIL PNUMA COMITÊ BRASILEIRO DO PROGRAMA DASNAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE

Haroldo Mattos de LemosPresidente

O interessado em tornar-se sócio doInstituto BRASIL PNUMA e recebereste informativo deve fazer contatopelo nosso telefone ou pelo email.

PNUMA

www.brasilpnuma.org.br

do Ibama) Conselho Fiscal: Joper Padrão do Espirito Santo, Telma de Avellar Guimarães,Vicente Hermogerio Schmall (titulares), João Alfredo Noronha Viegas, Saint Clair ZugnoGiacobbo (suplentes).

INSTITUTO BRASIL PNUMAAv. Treze de Maio 13, sala 1.315 – CentroCEP 20.031-901 – Rio de Janeiro – RJ – BrasilTelefax: (21) 2262-7546CGC: 40.200.230/[email protected]

Em nossa capa, destacamos re-latório do Pnuma que alerta para anecessidade dos países reforçaremações para aumentar as áreas deproteção da biodiversidade; para quesejam, assim, alcanças as metas deáreas de preservação estabelecidaspara 2020 pela Convenção das Na-ções Unidas sobre Biodiversidade(CBD).

Aqui ao lado, falamos de outro im-portante relatório do Pnuma, lançadona conferência da CBD promovida naÍndia: como ainda existem muitas ter-ras projetadas para serem ocupadaspor expansões urbanas, os paísesprecisam cuidar desde agora paraque esse crescimento ocorra da for-ma mais sustentável possível.

Na página 3, divulgamos outrorelatório do Pnuma, que revela anecessidade de se reforçar o com-bate às organizações criminosasque atuam na exploração e comér-cio ilegais de madeira. O futuro dasflorestas mundiais – e do clima –depende em muito de ações inte-gradas entre países que fortaleçamo combate a esse crime ambiental.

No artigo das páginas centrais,as especialistas Anita Vazquez-Ti-bau e Amanda Just alertam sobre osperigos à saúde humana do uso demercúrio na composição de amál-gamas dentárias.

Por fim, na contracapa, publica-mos reportagem sobre a festa depremiação, no Rio, de oito jovensque venceram o 21º Concurso Inter-nacional de Pintura Infantil sobre oMeio Ambiente do Pnuma, dentreeles, o brasileiro Waldir HissashiSantana Tokuda, de 12 anos, mora-dor de Teresópolis (RJ).

Um abraço e até o próximo

2030: futuro urbano preocupantePnuma defende expansão sustentável das cidades

Lançado na Conferência das Partesda Convenção das Nações Unidassobre a Biodiversidade (CBD), promo-vida, em outubro, em Hyderabad (Ín-dia), o relatório do Pnuma Cities andBiodiversity Outlook traça um panora-ma sobre o futuro das cidades nomundo – e mostra que mais de 60%das terras projetadas para se torna-rem zonas urbanas, por volta de 2030,ainda estão para ser ocupadas.

Embora preocupante,esse cenário futuro –traçado por 123 cien-tistas internacio-nais que traba-lharam no rela-tório – indicatambém umagrande opor-tunidade paraque os paísesaperfeiçoema sustentabi-lidade global –com a promoçãode um desenvolvi-mento de baixo car-bono e com recursos efi-cientes para um crescimentourbano com menos impacto sobre abiodiversidade e com mais qualidadede vida.

Produzido pela CBD em parceriacom o Stockholm Resilience Centre(SRC) e o Local Governments for Sus-tainability (Iclei), esse relatório repre-senta a primeira análise global sobrecomo os projetados padrões de ex-pansão das terras urbanas deverão ter

significativas implicações na biodiver-sidade e nos ecossistemas, com po-tencial para gerar impactos negativossobre a saúde humana e o desenvolvi-mento.

Em relação a 2000, as áreas urba-nas deverão triplicar até 2030, com aspopulações das cidades dobrando, al-cançando cerca de 4,9 bilhões depessoas. Esta expansão urbana verti-ginosa preocupa os cientistas, pois –

se não for bem administrada –terá forte impacto am-

biental sobre a águae outros recursos

naturais, além dedestruir primor-dialmente ter-ras que pode-riam ser des-tinadas à agri-cultura.

O relatóriomostra que aexpansão urba-

na está ocorren-do rapidamente em

áreas próximas a ecos-sistemas com alta biodiver-

sidade e zonas costeiras. Atu-almente, mais da metade da popula-ção mundial já vive em cidades – nú-mero que deverá aumentar para 60%da população por volta de 2030. Ocrescimento sustentável das cidades,em harmonia com a natureza, é assimvisto como fundamental – e inadiável.

O relatório está disponível para down-load em www.cbd.int/subnational/partners-and-initiatives/cbo.

Arquivo Pnuma

Page 3: Pnuma 127

B R A S I L P N U M A

33333OUTUBRO/NOVEMBRO 2012 – Nº 127

Relatório produzido pelo Pnuma e Interpol avalia quede 50% a 90% da derrubada de florestas nos principaispaíses tropicais da Bacia Amazônica, África Central eSudeste da Ásia é executada por organizações crimino-sas. Em todo o mundo, a extração ilegal de madeira járesponde por 15% a 30% do comércio de exploraçãomadeireira – uma ação criminosa que ameaça os esforçosde combate à mudança climática, ao desmatamento, àconservação da biodiversidade e à erradicação da pobreza.

As florestas mundiais capturam e armazenam CO2 (dióxi-do de carbono), um dos principais gases-estufa, ajudando amitigar as mudanças climáticas. No entanto, o desmatamen-to – principalmente de florestas tropicais – é responsável porcerca de 17% das emissões de CO2 causadas pelo serhumano – índice 50% maior do que o das emissões proveni-entes de navios, aviação e transporte terrestre juntos.

Divulgado na Conferência Mun-dial sobre Florestas, promovida emsetembro, em Roma (Itália), o relató-rio Green Carbon: Black Trade trazcálculos aproximados das cifras mo-vimentadas nesse comércio crimi-noso: de US$ 30 bilhões a US$ 100bilhões por ano. Esse tipo de crimedificulta ações de países em apoio às iniciativas de Redu-ção de Emissões por Desmatamento e Degradação Flores-tal (REDD e sua expansão REDD+; nas siglas em inglês).

Essas iniciativas são importantes ferramentas de incen-tivo a ações de preservação das florestas, ao fornecermarcos legais, nacionais e internacionais, incluindo acor-

Desmatamento ilegal pode chegar a 90% do corte de árvores em países tropicais

dos, convenções e sistemas de certificação, que devem seraprovados pelos países signatários para a redução da extra-ção ilegal de madeira e o apoio a práticas sustentáveis. Maspara que valham a pena a longo prazo, os pagamentos aosesforços de conservação das comunidades envolvidas preci-sam ser maiores do que os lucros auferidos das atividadesque degradam o meio ambiente.

Combate internacional – A Interpol e o Pnuma criaramo projeto-piloto Law Enforcement Assistance to Forests(LEAF) para reforçar a aplicação da legislação de assistên-cia a florestas. Financiado pelo governo da Noruega, oprojeto visa ao desenvolvimento de um sistema internacio-nal de combate a essa modalidade de organizações crimi-nosas em colaboração com parceiros de vários países.

Para reforçar esse combate, o relatório sugere iniciativasaos países, como aumentar as capacidades nacionais deinvestigação e operação, por meio de treinamentos especi-ais; centralizar as licenças de desmatamento em registrosnacionais, para facilitar a transparência e a investigação;incentivar investigações de fraude fiscal com foco particularem plantações e usinas; e reduzir a atratividade de investi-mentos em empresas florestais em regiões identificadascomo áreas de extração ilegal de madeira.

O trabalho pela frente é gigantesco, exigindo união deesforços. Em vários casos investigados, a madeira ilegaltransportada através de fronteiras e portos corresponde aum volume até 30 vezes maior do que o oficialmenteregistrado. O relatório está disponível para download emwww.unep.org ou em www.grida.no.

Organizações criminosas ameaçam florestasOrganizações criminosas ameaçam florestas

O comércio criminoso de madeira explorada ilegalmente já pode estar movimentando algo em torno de US$ 100 bilhões ao ano

Law

renc

e H

islo

p/A

rqui

vo P

num

a

Page 4: Pnuma 127

B R A S I L P N U M A

44444 AGOSTO/SETEMBRO 2012 – Nº 126

Aviso global: os perigos do mO mercúrio é um dos elementos

mais venenosos – não radioativos – naTerra. O Programa das Nações Unidaspara o Meio Ambiente (Pnuma) explica:“O mercúrio é reconhecido como umproduto químico que causa preocupa-ção global devido a sua facilidade de sertransportado por longas distâncias naatmosfera, a sua persistência no meioambiente, a sua capacidade de bioacu-mulação nos ecossistemas e seu con-siderável efeito negativo sobre a saúdehumana e a saúde do meio ambiente”.

Essa preocupação do Pnuma sobreesse metal tóxico resultou na forma-ção do Comitê Intergovernamental deNegociação (INC, na sigla em inglês),para criar até 2013 um tratado interna-cional do mercúrio que seja juridica-mente vinculante. A comissão reuniu-se em Estocolmo (Suécia), em 2010,em Chiba (Japão), no início de 2011,em Nairóbi (Quênia), no final de 2011,e em Punta del Este (Uruguai), emmeados deste ano.

Em cada reunião do INC, delegados erepresentantes de organizações não go-vernamentais discutiram os riscos domercúrio para a saúde ambiental e hu-mana, indústrias que utilizam mercúrio,possíveis regulamentos, o apoio finan-ceiro e técnico para a promulgação deregulamentos, composição do texto dotratado e outros aspectos logísticos.

Fernando Lugris, do Uruguai, é oatual presidente do INC, que realizarásua última sessão em Genebra (Suí-ça), em janeiro de 2013.

Talvez devido ao trabalho do INC,alguns países estão atualizando medi-das em relação a indústrias que envol-vam mercúrio. Por exemplo, novas nor-mas para reduzir as emissões de mer-cúrio a partir de usinas a carvão foramestabelecidas nos Estados Unidos,em 2011.

Regulamentos para o mercúrio den-tário também estão sendo considera-dos globalmente, porque as restaura-ções de amálgama, comumente referi-das como “obturações”, são consti-

ANITA VAZQUEZ-TIB

MERCÚRIO, PNUMA

tuídas de 45% a 55% de mercúrio;medido em volume. Os governos daNoruega, Suécia e Dinamarca já bani-ram restaurações de amálgama. Ale-manha e Canadá têm limitado seuuso nas mulheres grávidas. E França,Finlândia e Áustria têm recomendadoque apenas os materiais dentários nãocontendo mercúrio sejam usados nasmulheres grávidas.

Na reunião do INC4 do Pnuma, rea-lizada há poucos meses no Uruguai, oGrupo de Países da América Latina edo Caribe (Grulac) apresentou umaproposta (artigo 20bis [Aspectos desaúde] [CRP.19]) em que as partes“implementariam programas de pre-venção à exposição ocupacional” e“garantiriam o acesso adequado aoscuidados de saúde” para as pessoasafetadas pela exposição ao mercúrio.

Como as restaurações de amálga-mas impactam os técnicos de odonto-

logia, dentistas e seus pacientes, estaproposta se relaciona diretamente como mercúrio usado na odontologia.

Segundo o Boletim de Negociaçõesda Terra, “o Grupo Africano e diversospaíses e ONGs apoiaram a proposta.O IPEN (International Persistent Orga-nic Pollutant) enfatizou a referência às‘populações vulneráveis’, e com o Con-selho do Tratado Indígena Internacio-nal e outros, pediu referências especí-ficas para os povos indígenas”.

O apoio desses grupos para a pro-posta do Grulac é importante porquepesquisa de 2011, publicada no Jornalda Associação Americana de Odonto-logia, mostra que obturações conten-do mercúrio ainda estão sendo usadasrotineiramente nos EUA nas minoriasétnicas (incluindo 53,4% de afro-ame-ricanos e 72,9% de indígenas ameri-canos-nativos do Alasca-asiáticos-edas Ilhas do Pacífico.

O Boletim de Negociações da Terrainformou ainda que, a partir do INC4, aOrganização Mundial de Saúde (OMS)anunciou que “qualquer um dos seusmembros participantes pode solicitaro tipo de assistência descrito na pro-posta do Grulac”.

Desde então, vários grupos já ex-pressaram sua preocupação com essetipo de hipocrisia, afirmando que, em-bora o tratado do INC esteja sendocriado para reduzir a poluição globaldo mercúrio, a OMS apoia o uso domercúrio na amálgama dentária e nasvacinas, quando alternativas viáveis jáforam estabelecidas e estão sendopraticadas e usadas em larga escala.

Na verdade, a odontologia livre demercúrio foi promovida no INC4. Espe-cificamente, o Dr. Roberto Villafana,da Academia Internacional de Medici-na Oral e Toxicologia (IAOMT), fezuma apresentação para o Grulac so-bre os perigos do mercúrio dentário nolocal de trabalho.

Enquanto isso, no primeiro semes-tre deste ano, a Organização Norue-guesa do Trabalho e Previdência re-

O presidente do INC,Fernando Lugris, e

Anita Vazquez-Tibauparticiparam do

terceiro encontro doComitê Intergovernamental

de Negociação, em 2011,na sede do Pnuma,

em Nairóbi

Arqu

ivo

Pnum

a

Page 5: Pnuma 127

B R A S I L P N U M A

55555AGOSTO/SETEMBRO 2012 – Nº 126

mercúrio na amálgama dentáriaBAU e AMANDA JUST

A E ODONTOLOGIA

conheceu oficialmente a lesão causa-da pelo mercúrio como uma doençaprofissional. E em meados do ano, aNew York University (NYU), nos EUA,anunciou que seus estudantes deodontologia serão treinados para res-taurar dentes utilizando outros com-postos de resinas – em vez das obtu-rações de amálgama contendo mer-cúrio – como os principais materiaisrestauradores.

Outras preocupaçõesinternacionais

Além disso, uma queixa de “Crimescontra a Humanidade” foi apresentada,no primeiro semestre deste ano, noTribunal Penal Internacional da ONU(TPI), em Haia, contra os envolvidos emum projeto de pesquisa norte-america-na envolvendo mercúrio dentário. O ex-perimento, conhecido como Teste deAmalgamas em Crianças (CAT), foirealizado em mais de 1.000 crianças.Muitos dos participantes eram órfãosda Casa Pia, uma instituição estatalem Portugal para educação e apoio acrianças pobres e órfãos menores deidade, onde um escândalo de pedofiliaocorreu durante os estudos do CAT.

A ação judicial no Tribunal PenalInternacional da ONU (TPI) foi iniciadapor Anita Vazquez-Tibau, em nome daDAMS, Inc., um grupo internacionalde consumo, e pela documentaristaKelly Gallagher, em nome de A Bocada Esperança, uma organização semfins lucrativos. Seu trabalho inspirouuma exposição internacional sobre omercúrio dentário e os estudos do CATna televisão RTP, em Portugal.

Dentista e membro da AcademiaInternacional de Medicina Oral e Toxi-cologia (IAOMT, na sigla em inglês),Olympio Faissol Pinto, do Rio de Ja-neiro, foi entrevistado no programa ealertou sobre estudos como o CAT: “Aevidência científica em mais de 30 mildocumentos é clara. E não precisa-mos de mais estudos, não há neces-sidade de submeter animais, muito

menos humanos, a experiências quepodemos antecipar os resultados, combase na ciência pura”.

Mineração do ouroAlém disso, os relatórios sugerem

que algumas das 300 a 400 toneladasde mercúrio dentário importado legal-mente são vendidas para a indústria demineração do ouro em pequena escalaartesanal (ASGM, na sigla em inglês).Essa indústria, muitas vezes, não éregulamentada, e sabe-se que essetipo de mineração causa danos aosmineiros e comunidades mineiras. Aindústria é reconhecida globalmentecomo a maior usuária do mercúrio e amaior fonte de emissões de mercúriopara o meio ambiente,

Isto significa que o mercúrio dentaltem um efeito perigoso sobre o meioambiente e os seres humanos, tanto pormeio da ASGM, quanto da odontologia.

Riscos ambientaise para a saúde humana

O mercúrio utilizado no setor odonto-lógico prejudica o meio ambiente atra-vés de águas residuais provenientes deconsultórios de dentistas, eliminaçãoimprópria de amálgama contendo mer-cúrio, lançamentos de vapor de mercú-rio, cremação de pessoas com mercú-rio em seus dentes e da excreção fecalde pacientes com amálgama.

Questões de saúde humana sãoigualmente conhecidas, especialmen-te porque a amálgama dentária é amais importante fonte de exposição aomercúrio para a população em geral,em comparação com alimentos (incluin-do peixes), ar exterior e interior, águapotável e solo.

Pesquisas associam o mercúriodentário com a disfunção do sistemaimune, esclerose múltipla, doençasrenais, síndrome da fadiga crônica,alergias, problemas reprodutivos, pro-blemas cardiovasculares, a absorçãode metais pesados no cérebro, doen-ça de Lou Gehrig, doença de Alzhei-

mer, a resistência aos antibióticos,perda de audição e outros problemas.Os perigos da exposição fetal e infantilao mercúrio dentário materno tambémforam cientificamente documentados.

Alternativas paraobturações com mercúrio

Obturações sem amálgama têmsido utilizadas em todo o mundo háanos. O Tratamento Restaurador Atrau-mático (ART), uma forma para a res-tauração do dente, livre de mercúrio,tem sido utilizado em mais de 20países e é recomendado pela OMS.Além disso, a American Dental Asso-ciation (ADA) explica que é moderadoo custo de uma obturação compostade resinas; outra alternativa à de mer-cúrio. E uma pesquisa recente mos-trou que apenas menos da metade dosdentistas está usando restauraçõesde amálgama nos EUA.

Próximos passosA consciência pública sobre amál-

gama dentária continua a crescer, e oscidadãos de todo o mundo estão espe-rando por líderes progressistas queprotejam o mundo contra os efeitos domercúrio.

O Brasil é uma força poderosa emtendências internacionais e nas nego-ciações do INC, especialmente comoum dos principais interessados doGrulac nessa questão. Decisões doBrasil certamente vão ter um papelimportante nas negociações históri-cas sobre o mercúrio dentário.

Anita Vazquez-Tibau passou mais deuma década defendendo regulamentosde mercúrio dentário. Ela tem participa-do ativamente das negociações do INCpara tratados sobre o mercúrio comouma das partes interessadas dos EUA, ecom várias ONGs.

Amanda Just é uma sobrevivente doenvenenamento por mercúrio nos EUAque compartilhou suas anotações sobreo impacto do mercúrio dentário com vá-rias ONGs e o Departamento de Estadodos EUA, em preparação para o INC3.

Page 6: Pnuma 127

B R A S I L P N U M A

66666 OUTUBRO/NOVEMBRO 2012 – Nº 127

E S T A N T E

Parte das publicações, periódicos e DVDs recebidos pela biblioteca

A G E N D A30

T E R Ç A

O U T U B R O

COELHO, Victor. Paraíba do Sul: um rioestratégico. Rio de Janeiro: Casa daPalavra, 2012. 335 p.

COUTINHO, Camilla Porto Pereira.Rastreabilidade Pet Food. Monografia (Es-pecialização em Gestão Ambiental) – Es-cola Politécnica da Universidade Federaldo Rio de Janeiro/Instituto Brasil Pnuma,2012. Rio de Janeiro, 2012. 53 p.

DIAS, José Luciano de Mattos. Os mer-cados medidos: a construção da tecno-logia industrial básica no Brasil. Rio deJaneiro: INK produções, 2007. 196 p.

FGPE/UNEP/BAYER/NIKON. The inter-national children´s painting competiti-on. [s.l.], 2012.

IBICT. O pensamento do ciclo de vida:uma história de descobertas. Brasília:O Instituto, 2012. 56 p.

INTERNATIONAL ORGANIZATION FORSTANDARDIZATION. Economic bene-fits of standards: international case stu-dies - v.2. Genebra: ISO, 2012. 343 p.

MIRANDA, Thalita Xavier Garrido. Fecha-mento de Mina no Brasil: ferramentapara gestão socioambiental na atividadede mineração e as lacunas na legislaçãonacional. Monografia (Especialização emGestão Ambiental) – Escola Politécnicada Universidade Federal do Rio de Janei-ro/Instituto Brasil Pnuma, 2012. Rio deJaneiro, 2012. 50 p.

MONITORAR Rio. Educação ambientalpara a qualidade do ar. Rio de Janeiro:Rio de Janeiro: Centro de EducaçãoAmbiental, [2012]

.Seminário Rio+20 e o Futuro que Vamos Ter – Em 5 de novembro, no Rio deJaneiro (RJ). Realização: Associação Comercial do Rio de Janeiro. Informações [email protected] ou pelo telefone (21) 2514-1203..Seminário Internacional A Rotulagem Ambiental e as Compras PúblicasSustentáveis – Rótulo Ecológico dos Países do Cone Sul – Em 6 de novembro, noRio de Janeiro (RJ). Realização: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).Informações em [email protected] ou pelo telefone (21) 3974-2322..Fimai/Simai – Feira Internacional e Seminário Internacional de Meio AmbienteIndustrial – De 6 a 8 de novembro, em São Paulo (SP). Realização: ComunicaçãoAmbiental. Informações em www.fimai.com.br.

Em defesa dos tubarõesRepresentantes dos governos dos

50 países signatários do Memorandode Entendimento sobre a Conserva-ção dos Tubarões Migratórios, que fazparte da Convenção das Nações Uni-das sobre Espécies Migratórias (CMS,na sigla em inglês), adotaram um novoplano de conservação que visa a mobi-lizar iniciativas regionais para a redu-ção das ameaças à vida das espéciesde tubarões migratórios.

O novo acordo foi aprovado no pri-meiro encontro dos signatários dessememorando, promovido em setembro,em Bonn (Alemanha). Os represen-tantes desses 50 países concordaramainda em envolver representantes daindústria pesqueira, ONGs e cientis-tas para a implementação desse novoplano de preservação de espécies.

Muitas espécies de tubarão estãosob sério risco de sobrevivência. AUnião Internacional para a Conserva-ção da Natureza já classificou comoestando ameaçadas 17% de mais de1.000 espécies. Somente para supriro rico mercado global de barbatanas,estima-se que são mortos anualmen-te de 26 a 73 milhões de tubarões.

Como as espécies de tubarões mi-gratórios cruzam os oceanos e águasnacionais de diversos países, umacolaboração internacional mais estrei-ta é necessária para o enfrentamentode sua pesca predatória e de outrasameaças a esses peixes. Mais infor-mações sobre o memorando de enten-dimento em www.unep.org.

MONITOR-Rio. Estações de monitora-mento da qualidade do ar do Monitor-RIO. Rio de Janeiro: Centro de EducaçãoAmbiental, [2012]

MONTEIRO, Solange Castellano Fer-nandes. Rios que passam pelo cotidi-ano das escolas: a emancipação so-cial a partir da educação ambiental. –1.ed. – Curitiba, PR: CRV, 2012. 190p.

PLURALE EM REVISTA. Rio de Janeiro,v. 5, n. 29, maio/jun. 2012.

REVISTA DE POLÍTICA AGRÍCOLA. Bra-sília, v. 21, n. 1, jan./mar. 2012.

REVISTA VIVAVERDE NATUREZA. v. 6,n. 24, abr./maio 2012. Rio de Janeiro(Estado). Secretaria de Estado do Am-biente. Ambiente do Rio/Secretaria deEstado do Ambiente e Instituto Esta-dual do Ambiente. Rio de Janeiro: Inea,2012. 72 p.

ROMANCINI, Regina Messere. Aspec-tos da sustentabilidade e rastreabili-dade de passivos na indústria de cos-méticos. Monografia (Especializaçãoem Gestão Ambiental) – Escola Poli-técnica da Universidade Federal doRio de Janeiro/Instituto Brasil Pnuma,2012. Rio de Janeiro, 2012. 85 p.

SCHNEIDER ELETRIC. Relatório deestratégia e sustentabilidade SantoAmaro: Schneider Eletric, 2011-2012.

SILVA, Elmo Rodrigues da, MARTINIJUNIOR, Luiz Carlos, Org. O ambienteentre nós. Rio de Janeiro: Sinergia, 2012.287 p.

Arquivo Pnuma

Page 7: Pnuma 127

B R A S I L P N U M A

77777OUTUBRO/NOVEMBRO 2012 – Nº 127

Relatório do Pnuma avalia que asvendas globais dos produtos químicosdevem aumentar 3% ao ano até 2050 –sendo urgente uma ação coordenadaentre governos e indústrias para reduziras crescentes ameaças à saúde huma-na e ao meio ambiente, devido ao au-mento dos casos de manejo insusten-tável dessas substâncias perigosas.

O estudo Global Chemicals Outlooktraça um panorama internacional da situ-ação atual, apontando os riscos que vêmsendo agravados por mudanças cres-centes na produção, uso e descarte deprodutos químicos em países desenvol-vidos, emergentes e em desenvolvimen-to; onde medidas e regulamentos deproteção costumam ser fracos.

Por outro lado, o estudo mostra queiniciativas para o tratamento adequadode químicos pode trazer benefícioseconômicos, dando suporte à econo-mia verde. Um manejo adequado podereduzir, por exemplo, gastos financei-ros e de saúde, beneficiando meios desubsistência, dando suporte a ecos-sistemas, reduzindo a poluição e de-senvolvendo tecnologias verdes.

O relatório descreve abordagensimportantes para uma transição globalpara se alcançar um manejo mais

A Organização das Nações Unidaslançou, em outubro, um série de cin-co manuais para o aperfeiçoamentodo manejo de recursos naturais, nosentido de reduzir os riscos de confli-tos entre países. O conteúdo dessekit de ferramentas – sobre temascomo indústrias extrativistas e recur-sos renováveis – procura demonstrarcomo os recursos naturais bem ma-nejados podem prevenir conflitos oucontribuir para a paz e o desenvolvi-mento sustentável em nações dilace-radas por guerras.

Recuperando a caatingaExecutado pela ABDA (Agência

Brasileira de Desenvolvimento Socio-ambiental), com patrocínio do seloPrograma Petrobras Ambiental, o Pro-jeto Aquiflora desenvolve o Programade Recuperação e Preservação daFauna e Flora sertaneja, em especialde espécies nativas ameaçadas deextinção da caatinga do Oeste do RioGrande do Norte – e contribui, assim,para a contenção do processo de de-sertificação da região.

Implantada no Sítio Caiçara, às mar-gens da barragem de Umari, no Municí-pio de Upanema, a Estação Ecológicade Umari é a base de campo do Aqui-flora e de apoio ao programa, com aprodução e oferta de mudas de plantase de alevinos de peixes. A estaçãoserve também como um centro de difu-são e de educação ambiental, consci-entizando os moradores para o usosustentável dos recursos da caatinga.

Aumenta venda de produtos químicos

Kit para a redução de conflitos ambientaisAs ligações entre recursos naturais

e conflitos violentos são um crítico de-safio enfrentado atualmente por váriospaíses. A exploração de recursos natu-rais valiosos, como petróleo, gás, mi-nerais e madeira, vem sendo constan-temente citada como fator-chave paraprovocar, aumentar ou alimentar guer-ras ao redor do planeta. Além disso,está crescendo a competição interna-cional por recursos naturais cada vezmais escassos, como terras e fontesde água. A série de manuais pode seracessada em www.unep.org.

adequado dos produtos químicos, es-pecialmente nas economias emergen-tes e em desenvolvimento. O Pnumasustenta a necessidade de ações ur-gentes para os países lidarem com oproblema. Alguns números são assus-tadores: enquanto as vendas globaisdevem aumentar cerca de 3% ao anoaté 2050, a produção de químicos entre2012 e 2020 deve registar aumentomédio de 40% na África e no OrienteMédio e de 33% na América Latina.

Dentre as principais preocupaçõesambientais dos especialistas, estão acontaminação de rios e lagos por pes-ticidas e fertilizantes, poluição por me-tais pesados associados a cimento eprodução têxtil e a contaminação pordioxina proveniente da mineração. Emalgumas regiões, o escoamento defertilizantes e pesticidas usados naagricultura vem contribuindo para umnúmero crescente de “zonas mortas”em águas costeiras. Como é o caso doGolfo do México, contaminado em es-pecial por efluentes agrícolas da baciado Rio Mississipi, no Sul dos EstadosUnidos.

A síntese do relatório está disponí-vel em www.unep.org/hazardous-substances/.

O Aquiflora pretende ofertar por ano300 mil mudas de plantas e 3 milhõesde filhotes de peixes e pitus, atuandoem 100 hectares de reposição e prote-ção de mata ciliar, difundindo o pro-grama para sete municípios circunvi-zinhos. Com 1.230 pessoas direta-mente envolvidas no programa de edu-cação socioambiental, espera atingir13 mil moradores (5.500 ribeirinhos,860 professores e 6.500 alunos doensino básico, cem técnicos e agen-tes municipais). Mais informações emhttp://aquiflora.org.

Arqu

ivo

Pnum

a

Arqu

ivo

Pnum

a

Page 8: Pnuma 127

B R A S I L P N U M A

88888 OUTUBRO/NOVEMBRO 2012 – Nº 127

Oito crianças e jovens de vári-os países, com idades entre 6 e 14anos, foram os vencedores do 21ºConcurso Internacional de PinturaInfantil sobre o Meio Ambiente, pro-movido pelo Pnuma e parceiros –dentre eles, o estudante brasileiroWaldir Hissashi Santana Tokuda,de 12 anos.

Os premiados se destacaramentre mais de 630 mil trabalhosinscritos nessa competição anual.A cerimônia de entrega dos prêmi-os foi realizada, em outubro, noRio de Janeiro (RJ), com a presen-ça do diretor de Comunicação doPnuma, Nick Nuttal, e da diretorado Escritório do Pnuma no Brasil,Denise Hamu.

Morador de Teresópolis, na Re-gião Serrana do Rio de Janeiro,Waldir Tokuda ficou em primeirolugar na categoria América Latinae Caribe. A tragédia climática queatingiu sua cidade, em janeiro de2011, teve influência em sua pin-tura, que representa as Comuni-dades Verdes, tema do concurso:

Crianças pintam o meio ambienteMorador de Teresópolis foi um dos oito premiados de concurso do Pnuma

pessoas, animais, carros e ciclis-tas foram retratados convivendoem harmonia em um mundo decores e alegria.

A grandevencedorado prêmioglobal, aamericanaDiana Fan,de 13 anos,não pôdecompare-cer à ceri-mônia depremiação.Outro dosprincipaispremiados foi Ka Mun Leong, de14 anos, da Malásia, que recebeu oprêmio no valor de US$ 1 mil e umaviagem para a Conferência Inter-nacional Tunza de Jovens peloMeio Ambiente, que acontecerá emDubai, em janeiro de 2013. Orga-nizada pelo Pnuma, a conferênciaé um dos maiores encontros ambi-entais de jovens do planeta.

Conferência em Dubai – Os seisvencedores regionais também fo-ram premiados com US$ 1 mil eparticiparão da conferência em Du-bai. São eles: Atthaphon Wirotrat, daTailândia (Ásia-Pacífico); CarolinaFerreira, de Cabo Verde (África);Cristina Iurie Durnea, da Moldávia(Europa); Dariyush Jehangir Pos-twalla, do Bahrein (Oeste da Ásia);Michelle Hau Tung Lai, do Canadá(América do Norte); e Waldir Tokuda,do Brasil (América Latina e Caribe).

Os desenhos se inspiraram notema Comunidades Verdes, retra-tando desde humanos jogando si-nuca sobre um mapa da Terra, atéuma equipe de bichos que, comomédicos e enfermeiros, opera umplaneta doente. As pinturas vence-doras podem ser apreciadas emhttp://unep.org/tunza/children/21stcompetition.aspx.

“Da mudança do clima às espé-cies ameaçadas, esses jovens ar-tistas retrataram, de forma criativae inspiradora, os principais desafi-os ambientais enfrentados em suaspróprias comunidades ou nas co-munidades de seus colegas ao re-dor do mundo”, elogiou o vice-se-cretário-geral da ONU e diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner.

O concurso é o principal eventode arte e meio ambiente do Pnuma.Desde 1991, foram recebidos maisde três milhões de trabalhos decrianças de cerca de 190 países. Acompetição é organizada pelo Pnu-ma em parceria com a Fundaçãopela Paz Global e Meio Ambiente(FGPE), com sede no Japão, a Bayere a Nikon Corporation.

Crianças e jovens entre 6 e 14anos já podem se inscrever, até 13de fevereiro de 2013, no 22º Con-curso Internacional de Pintura In-fantil, que terá como tema Água:De Onde Ela Vem?. Mais informa-ções em www.unep.org/tunza/children.

Div

ulga

ção

Arquivo Pnuma/Cecilia Madeira

Em festa de premiação concorrida, no Palácio do Itamaraty, jovens de váriaspartes do mundo receberam US$ 1 mil e uma viagem para conferência em Dubai

Pintura de Diana Fan