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Faculdade de Economia Universidade Coimbra Pobreza Urbana em Portugal Ana Gonçalves da Silva Coimbra, 2008

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Faculdade de Economia Universidade Coimbra

Pobreza Urbana em Portugal

Ana Gonçalves da Silva

Coimbra, 2008

Faculdade de Economia Universidade Coimbra

Pobreza Urbana em Portugal

Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Fontes de Informação Sociológica da Licenciatura em Sociologia sob orientação de Paulo Peixoto.

Ana Gonçalves da Silva

Coimbra, 2008

Ficha Técnica

Título: Pobreza Urbana em Portugal 

Trabalho realizado por: Ana Cláudia Gonçalves da Silva 

Nº 20080932 

1º Ano de Sociologia 

 

Imagem 

Fotografia da Capa 

  Fonte:  

http://www.idrc.ca/es/ev‐5911‐201‐1‐DO_TOPIC.html 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Olhando‐me profundamente  

 

com seus grandes olhos tristes, 

timidamente sorriu... 

Um sorriso agonizante 

trôpego, morno, ofegante 

de quem só sorri porque... 

não tem mais o que fazer. 

Senti naquele momento 

saudade perdida no tempo 

de uma infância que eu vivi. 

De olhos grandes também... 

agonizante também... 

morno e ofegante também... 

e timidamente sofri. 

Naquele menino triste 

recoberto de pobreza 

que tanto esperava de mim 

eu pude ver com certeza 

o que deixei de fazer 

o que depressa esqueci. 

Máscara cruel da fome 

impossibilidade de ser 

por não ser ou por não ter 

ou simplesmente por ser. 

E foi então que eu senti 

bem lá no fundo de mim 

uma pergunta a bailar: 

‐ Como é que pode, meu Deus, 

alguém ter na sua frente 

esse tiquinho de gente, 

e uma moeda negar?!... 

  

SCRPardo, 18/04/1985 

  

Índice   

1. Introdução    1  2. Desenvolvimento    3   2.1 Estado das Artes    3   2.2 Descrição detalhada da pesquisa    14  3. Avaliação da página da Internet    17  4. Ficha de Leitura    19  5. Conclusão    25  6. Referências Bibliográficas    26    ANEXO I   Página da Internet avaliada  ANEXOII   Texto de suporte da ficha de leitura

1. Introdução 

“A pobreza, enquanto uma das principais manifestações da desigualdade, expressa‐se na situação desvantajosa dos indivíduos, famílias e grupos que estão colocados nos  lugares mais baixos da estratificação social”. (Botella apud Cardoso: 1993)  

No  âmbito  da  disciplina  de  Fontes  de  Informação  Sociológica,  leccionada pelo 

Professor Paulo Peixoto preferi a realização de um trabalho académico. Ou seja, escolhi 

o  regime  de  avaliação  contínua,  uma  vez  que,  sendo  uma  cadeira  cujo  objectivo  é 

formar para a  realização/ utilização de  fontes de  informação, nada melhor que meter 

em prática as aulas leccionadas ao longo do semestre.  

A elaboração deste trabalho exige um estudo exaustivo e bastante longo, dada a 

sua abrangência e importância.  

O primeiro obstáculo que me surgiu, na realização do trabalho, foi a escolha de 

um tema. Dada a variedade de temas proposta e a sua importância não foi fácil escolher 

um para desenvolver.  

Preferi  a  “Pobreza  urbana  em  Portugal”  porque  é  um  tema  sempre  actual  e 

estudá‐lo do ponto de vista sociológico pareceu‐me bastante interessante. Confesso que 

inicialmente estava um pouco aterrorizada no que diz respeito à realização do trabalho 

em  si, mas  a  partir  do momento  em  que me  dediquei  completamente  à  realização 

deste, essa etapa foi ultrapassada. 

A pobreza urbana é um fenómeno característico não só das cidades portuguesas, 

porque é de Portugal que  se  trata, mas  também de  todas as cidades do Mundo. Este 

problema é um dos mais preocupantes da actualidade, existindo associações públicas e 

privadas  espalhadas  pelas  cidades  para  tentar  atenuar  estas  situações.  Sendo  a 

solidariedade um importante ponto de combate à pobreza. 

Posto  isto, decidi começar o trabalho por definir o conceito de pobreza urbana. 

Para isto foi necessário recorrer a indicadores que me ajudassem a definir o conceito, e 

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finalmente  identifiquei as políticas de erradicação da pobreza urbana. Formulei o meu 

estado  das  artes  da  seguinte  forma:  “2.1.1  O  que  é  a  Pobreza  Urbana?”;  “2.1.2 

Indicadores de pobreza”;  “2.1.3 Políticas de Combate  à Pobreza”.  Seguidamente  “2.2 

Descrição detalhada da pesquisa”; “3. Avaliação da página da Internet”; e finalmente “4. 

Ficha  de  Leitura”.  Para  finalizar  o  trabalho  é  necessário  a  elaboração  do  ponto  “5. 

Conclusão” e as importantes “6. Referências Bibliográficas”. 

 

“Por pobres devem entender‐se as pessoas, famílias e grupos de pessoas cujos recursos (materiais, culturais e sociais) são tão limitados que os  excluem  do  nível  de  vida minimamente  aceitável  do  Estado membro onde residem”. (OIT, 2003: 17) 

 

 

 

 

 

 

 

 

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2. Desenvolvimento  2.1 Estado das Artes 

 Como  já  referi, a pobreza é um  fenómeno característico de  todas as cidades à 

escala mundial. 

O  conceito  da  “pobreza  urbana”  tem  vindo  a  registar  algumas  alterações  ao 

longo das décadas, é um conceito  inacabado, que ao  longo dos tempos se manifesta e 

apresenta  de  diferentes  maneiras.  Como  admite  Dominique  Schnapper,  “é  difícil 

escrever sobre os pobres e a pobreza”. (Schnapper apud Fausto e tal: 2001) 

 

“Pobreza  não  é  só  falta  de  recursos:  é  falta  de  poder,  de capacidades  e  de  oportunidades  para  alcançar  níveis mínimos  de  bem‐estar e dignidade” (MENESES, 2008) 

 Em  primeiro  lugar,  foi  necessário  perceber  um  conceito  que  engloba  várias 

definições,  mas  algumas  bastante  ultrapassadas.  Depois  do  conceito  definido  é 

necessário perceber os motivos e as causas deste fenómeno. Mas, não basta perceber 

as  causas,  é  preciso  percebê‐las  e  combatê‐las.  É  então,  que  nascem  as  políticas  de 

combate e erradicação da pobreza. 

 Assim,  percebe‐se  que  a  erradicação  não  é  fácil.  É  notório  um  aumento  da 

pobreza a cada dia que passa, o que transmite uma ideia de urgência em relação a este 

fenómeno. É  indispensável uma  reflexão  sobre as políticas postas em prática e o  seu 

sucesso ou até mesmo o seu fracasso. Devido ao  impacto mundial da pobreza, “No dia 

17  de Outubro  assinala‐se o Dia  Internacional para  a  Erradicação  da  Pobreza”. (REDE 

EUROPEIA ANTI POBREZA, 2008). 

A  pobreza  é  um  fosso  de  desigualdade  social  que  pode  tomar  proporções 

gigantescas se nada for feito para o impedir.  

   

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 2.1.1 O que é a pobreza urbana? 

    

 “Falar  da  pobreza  é  evocar  um  conjunto  heterogéneo  de  situações individuais,  familiares  e  de  grupo,  cuja  caracterização  sócio‐económica  e cultural  tem  de  incluir  uma  vasta  gama  de  variáveis,  de  tal  modo  a realidade a descrever se apresenta complexa e multifacetada.”. (Silva apud Cardoso: 1993)   O conceito de pobreza, é difícil de definir. Porque além de existirem vários tipos 

de pobreza1 é um fenómeno que não e fácil de investigar. Este trabalho apenas focaliza 

um tipo de pobreza, a pobreza urbana. 

 

“É uma pobreza exposta, ainda que tendencialmente contida fora da vista do  resto da Cidade. É uma pobreza cumulativa, de que a expressão mais visível  é  a  carência  de  alojamento  –  a  sua  precariedade,  insalubridade, insegurança,  ausência  de  conforto  são  factores  de  “guetização”  e  de exclusão social ”. (Silva, apud Cardoso: 1993) 

 

Mas a pobreza não se  fica por aqui, são protagonistas da pobreza  indivíduos e 

famílias  cujos  rendimentos  ou  as  habilitações,  bem  como  as  condições  de  vida  e  de 

trabalho sejam inferiores aos da média dos indivíduos ou famílias da mesma sociedade. 

Na  cidade  estes  contraste  acentuam‐se  sendo mais  notória  a  diferença  entre 

ricos e pobres, ente o luxo e a miséria e entre o excesso e a escassez. 

Segundo o ponto de vista do Rowntree2, existem dois tipos de famílias pobres: “ 

– Famílias cujos rendimentos são insuficientes para satisfazer as necessidades básicas; ‐ 

famílias  cujos  rendimentos  seriam  suficientes  para  a  satisfação  dessas  necessidades, 

mas  que  são  canalizados  para  outras  despesas,  segundo  o  autor,  muitas  vezes 

supérfluas.”. (Townsend apud Fausto et al.: 2001) 

1 Pobreza absoluta, pobreza relativa e a pobreza subjectiva (Baptista et al. apud Fausto et al: 2001). 2 Investigador da política social e das causas das dificuldades sociais. 

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Em  Portugal  existem  várias  situações  de  pobreza  urbana  que  é  necessário 

distinguir. Os  bairros  de  lata,  realojamentos,  barros  sociais,  zonas  envelhecidas  e  de 

construção clandestina, habitações sem condições de vida e concentração de população 

idosa  e  com  baixos  recursos,  compreendem  os  espaços  urbanos  degradados.

(CARDOSO, 1993)

Didier Fassin discute a origem de três noções ligadas à pobreza urbana e os seus 

contextos originais: a “marginalidade”, que estaria  ligada à  relação centro/periferia; o 

“underclass”  que  trataria  da  relação  hierárquica  alto/baixo;  e  a  de  “exclusão”,  que 

privilegiaria as relações dentro/fora. (Fassin apud Fausto et al.: 2001) 

A um nível mais avançado, a pobreza pode mesmo transformar‐se em exclusão 

social,  “quando  o  nível  dos  recursos  é  muito  baixo  para  participar  da  vida  social 

(problemas de saúde, fracasso escolar, dificuldades de trabalho)”. Renato (2008) 

 

“  «Exclusão  social»  como  a  fase  extrema  de  «marginalização»,  entendido este  como  um  percurso  «descendente»,  ao  longo  do  qual  se  verificam sucessivas  rupturas  na  relação  do  indivíduo  com  a  sociedade…  A  fase extrema  ‐    a  da  «exclusão»  ‐    é  caracterizada  não  só  pela  ruptura  com  o mercado de  trabalho, mas por  rupturas  familiares, afectivas e de amizade” (Robert Castel apud Costa, 1998: 9).  

Assim, percebe‐se a diversidade de temas com que a pobreza está relacionada e 

a  delicadeza  com  que  o  tema  tem  que  se  analisado. Mas  para  avaliar  a  pobreza  é 

indispensável considerar uma série de indicadores. 

 

   

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2.1.2 Indicadores da Pobreza 

 

Existem  vários  indicadores  de  pobreza  que  nos  ajudam  a  compreender  a  sua 

origem, as causas e a necessidade de existir um fim para este fenómeno. 

De acordo com o  livro “Pobreza Urbana em Portugal” os principais  indicadores 

são:  rendimento  e  despesa;  situação  na  actividade  económica;  grau  de  instrução; 

saúde e alimentação e ainda habitação e conforto3. 

O  rendimento  e  a  despesa  são  o  indicador mais  importante  na  avaliação  da 

pobreza. Portugal cresceu de  forma heterogénea entre o  litoral e o  interior. Tendo as 

famílias de procurar melhores condições de vida deslocando‐se do interior para o litoral. 

Mas  quando  confrontadas  com  as  dificuldades  que  as  cidades  colocam,  (integração 

social e económica), vêem‐se obrigadas em adaptar modos de vida que não sendo os 

melhores são os mais atingíveis. 

 

“A  pobreza  é  por  outro  lado,  um  fenómeno  estrutural  e  as  suas características  (intensidade,  incidência  e  tipologia) no momento presente são  determinadas  pelo(s) modelo(s)  crescimentos  seguido(s)  nas  últimas décadas pela economia portuguesa, originando a marginalização de certos grupos sociais e criando situações de vulnerabilidade nestes grupos.” (Silva et al. 1989). 

  “A  natureza  circular  destes  mecanismos  conduz,  assim,  a  uma 

tendência  para  a  perpetuação  do  fenómeno  da  pobreza  dentro  de  uma mesma  geração,  e  para  a  sua  transmissão  entre  gerações.”  (Silva  et  al. 1989). 

 É  a  situação  na  actividade  económica  que  dita  o  nível  de  vida  da 

população.   

“As famílias cujos representantes são activos com emprego a tempo inteiro,  e  sobretudo  aquelas  em  que mais  de  um membro  trabalha,  são 

3 Para a  indicação dos diferentes  indicadores de pobreza, recorri ao  livro “Pobreza Urbana em Portugal” (Costa  et  al.  1985),  seguindo  a  tipologia  do  livro,  estes  indicadores  relativos  às  cidades  de  Portugal Continental, restringem os espaços urbanos degredados de Lisboa, Porto e Setúbal. 

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claramente menos ameaçadas pela pobreza do que as famílias em que os representantes não trabalham, seja por razões de desemprego, de doença, de deficiência ou de velhice.” (idem, 1989). 

 O facto de ser inactivo ou activo desempregado está directamente ligado com a 

pobreza. Uma vez que não exercem profissão também não são renumerados, recebem 

apenas uma pensão concebida pela Segurança Social. 

O  grau  de  instrução  está  relacionado  com  o  nível  de  escolaridade,  com  o 

emprego/desemprego  e  com  o  nível  de  rendimento.  Quanto  maior  é  o  nível  de 

instrução, maior é o rendimento e por sua vez menor é o grau de pobreza.  Indivíduos 

com pouca ou nenhuma escolaridade, possuem fracos empregos, e estão mais próximos 

a uma situação de pobreza. 

Um  outro  indicador  também  extremamente  importante  é  a  saúde  e  a 

alimentação.  A  saúde  resulta  da  precariedade monetária,  uma  vez  que  em  Portugal 

grande parte dos cuidados intensivos continuam dependentes dos recursos económicos 

disponíveis das famílias. (Almeida et al. apud Fausto et al.: 2001) 

Embora  a  saúde  seja  sinónimo  de  ser  saudável,  na  realidade,  nem  sempre  é 

assim, também está relacionado com a herança genética. (Silva et al. 1989: 115).  

Ao contrário do que se pensa não é nos bairros de lata que se encontra a maior 

parte  da  população  debilitada,  esta  encontra‐se  fundamentalmente  nos  bairros  de 

realojamento (Almeida et al. apud Fausto et al.: 2001)4.  

No  que  toca  à  alimentação,  é  importante  referir  que  acima  de  tudo  é  uma 

necessidade básica. 

A  alimentação  deste  tipo  de  população  não  é  igual  à  dos  indivíduos  com 

remunerações mais  elevadas,  “com  efeito,  a maioria  das  famílias  viu‐se  excluída  do 

acesso a determinados produtos alimentares”. (Silva et al. 1989) 

Famílias  com  rendimentos mais  elevados  alimentam‐se melhor  em  termos  de 

variedade e de quantidade do que famílias que vivam em áreas urbanas degradadas. 

4 Esta  informação,  aparentemente  contraditória,  resulta  do  facto  destes  indivíduos  terem  sido transferidos  de  bairros  degradados,  os  chamados  bairros  de  lata,  para  bairros  de  realojamento  por motivos  essencialmente  de  saúde,  pois  pessoas  com  problemas  graves  de  saúde/deficientes  são  uma prioridade no que diz respeito à habitabilidade. 

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Por fim, a habitação e o conforto são vistos, muitas vezes, como bens supérfluos.  

 

“A  situação  habitacional  dos  sectores  mais  desfavorecidos  da população urbana nunca foi boa”. (Silva et al. 1989) 

    

Os elevados custos das habitações e as dificuldades de empréstimo, não deixam 

outra saída se não viver em habitações sem as condições mínimas. “Os bairros de  lata 

constituem um dos aspectos mais chocantes da segregação social e espacial a que certas 

camadas pobres da população urbana foram «condenadas»” (idem, 1989). Os bairros de 

lata, os bairros de realojamento, as barracas e as casas velhas servem de abrigo aos mais 

desfavorecidos. Muitas  vezes,  estas  casas  não  possuem  água,  luz,  saneamento  etc., 

agravando  também  as  condições  de  segurança  dos  habitantes  (Almeida  et  al.  apud 

Fausto et al.: 2001e Silva et al. 1989).  

A população  residente neste  tipo de bairros é bastante numerosa  (Silva  et  al. 

1989; Almeida  et al. apud  Fausto  et al.: 2001). Onde por  vezes existem  as  condições 

necessárias para a criminalidade e a insegurança. Mas o facto de viverem num “habitat 

à  parte”  não  impede  de  se  relacionarem  com  outros.  Embora  a  convivência  seja 

possível,  apresenta‐se  bastante  limitada  pelas  dificuldades  impostas  pelo  quotidiano 

(Silva et al. 1989). 

 

 

 

   

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2.1.3 Políticas de Combate à Pobreza 

 

O meu  trabalho  incide principalmente nas políticas de  combate  à pobreza. As 

principais políticas de combate à pobreza vão de encontro com os  indicadores, mas a 

diferença entre estes é que as políticas aprofundam e avaliam os indicadores na medida 

do que é importante fazer.  

  

“Ser  pobre  é  também  não  ter  tido  tempo  para  ser  criança,  é  ter começado  a  trabalhar  muito  cedo,  é  integrar  as  profissões  menos prestigiadas, é pertencer às  camadas menos alfabetizadas, é  correr mais riscos de saúde, é sentir‐se pobre, excluído, marginalizado. É, enfim, viver um acumular de situações desvantajosas.” (Cardoso, 1993). 

 Segundo  o  livro  ”A  outra  face  da  cidade:  pobreza  em  bairros  degradados  de 

Lisboa”5  as  principais  políticas  de  erradicação  da  pobreza  devem  seguir  a  política  de 

habitação; política de urbanização e equipamento social; política de emprego; política 

de formação profissional; política de segurança e de acção social; política educativa e a 

política de saúde. 

A política de habitação e realojamento  levanta muitas questões principalmente 

no  “modo  como  se  tem  realizado  grande  parte  dos  processos  de  realojamento”. 

(Cardoso, 1993). O realojamento é feito através do aglomerados de famílias pobres que 

depois resulta em  inúmeros problemas sociais como a  integração social e a dificuldade 

de saída de uma situação de pobreza. (Ferreira apud Fausto et al.: 2001). 

Os  bairros  são  sempre  construídos  em  zonas  periféricas.  Muitas  vezes  é 

necessário  o  realojamento  porque  é  preciso  dar  utilização  rentável  ao  espaço  ou 

construir estradas e  infra‐estruturas. O que significa que os habitantes dos bairros são 

despejados para áreas menos acessíveis e equipadas e com dificuldades de  integração 

no novo espaço. O realojamento está sempre ligado à mudança de casa mas também à 

mudança dos hábitos do quotidiano. 

5 Para  a  indicação  das  políticas  de  erradicação  de  pobreza,  recorri  ao  livro  ”A  outra  face  da  cidade: pobreza em bairros degradados de Lisboa” (Cardoso, 1993), seguindo a tipologia do  livro, estas políticas restringem aos espaços urbanos degradados de Lisboa. 

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Os realojados que viviam as habitações unifamiliares passam a viver em prédios 

de vários andares onde residem também muitas outras famílias. Quebram‐se hábitos de 

rua  que  depois  dão  origem  a  “uma  apropriação  indevida  dos  espaços  colectivos”. 

(Cardoso, 1993) 

O realojamento deve “contemplar as identidades sócio‐culturais em presença, os 

modelos  de  “habitat”  diferenciadamente  interiorizados,  as  redes  de  relações  pré‐

existentes os laços de sociabilidade construídos (antes do realojamento), os projectos e 

estratégias de vida”. (Rodrigues apud Silva et al.: 1989) 

As  populações  são  obrigadas  a  residirem  nestes  bairros,  não  têm  escolha. Na 

maioria dos casos as famílias admitem que só habitam naqueles locais porque não têm 

condições monetárias para mudarem de habitação. 

O  desemprego  e  a  fraca  formação  profissional  são  “a  grande  rota  para  a 

pobreza”. (Milano apud Fausto et al.: 2001) 

 

“o emprego é um dos mais importantes problemas de luta contra a exclusão.  Porque  é  ele  que  garante  o  rendimento,  confere  a  identidade social,  estar  numa  situação  de  exclusão  relativamente  ao  emprego constitui  um  processo  que,  sem  intervenção  específica  conduz  quase inevitavelmente à exclusão social”  (Comissão das Comunidades Europeias apud Cardoso: 1993). 

 

Das  famílias que  se encontram abaixo do nível da  linha de pobreza, pelo 

menos um dos elementos é desempregado. Por isso, é necessária “uma adequada 

política de  salários devidamente  articulada  com políticas de produtividade e de 

preços” (cfr. COSTA, 1985). 

A  Segurança  Social  como meio de  atenuar  a pobreza muito pouco pode 

fazer  uma  vez  que  a maioria  dos  indivíduos  recorre  ao  trabalho  clandestino  e 

precário. 

É  também  “indispensável  uma  política  de  formação  profissional 

devidamente  adaptada  às  condições  dos  menos  favorecidos”.  (Comissão  das 

Comunidades  Europeias  apud  Cardoso:  1993)  A  formação  da  população  pobre 

Pobreza Urbana em Portugal

11

deve começar pela mudança de atitudes e comportamentos e na criação de novos 

hábitos.  Esta  formação  tem  que  ser  adequada  ao  grupo  alvo  inteirando  as 

limitações dos mesmos. 

O baixo nível de educação é uma característica dos bairros degradados. 

 

“As crianças residentes em bairros e alojamentos onde imperam as más condições de habitalidade; pertencentes a  famílias  com  fracos níveis de  instrução  e  de  baixos  recursos  económicos,  o  que  frequentemente “empurra”  as  próprias  crianças muito  cedo  para  o  trabalho;  tendo  uma alimentação deficiente; possuindo um estado de saúde vulnerável, não se encontram  certamente  em  “pé  de  igualdade”  com  as  outras  crianças  na escola,  são,  por  isso, mais  propensas  ao  insucesso  escolar, ao  abandono precoce, a se integrarem, no futuro, nos níveis de escolaridade mais baixos” (Cardoso, 1993). 

   Com a importância da educação no processo da integração social e económica 

é  necessário  que  se  criem  condições  de  acessibilidade  ao  ensino  para  as  populações 

pobres.  A  escola  contribui  também  para  a  reprodução  da  pobreza  na  inserção  dos 

indivíduos no mercado de  trabalho. É  inevitável  repensar o  actual  sistema educativo. 

Uma medida  educativa  tem  que  ser  articulada  com  uma  outra  política  –  habitação, 

saúde, emprego, salários,  família, etc …  ‐ de  forma a atenuar as desigualdades sociais 

sem criar diferentes oportunidades de acesso/sucesso ao ensino. (Cardoso, 1993) 

  Na  maioria  dos  casos,  existe  um  desinteresse  por  parte  dos  pais  no 

acompanhamento  das  actividades  educativas  dos  filhos.  Com  particular  intensidade 

para as famílias com baixos rendimentos, maior deficiência de integração no mundo do 

trabalho e um ambiente familiar com inúmeros problemas sociais. 

  Uma  política  de  educação  tem  que  abranger  também  adultos  para  uma 

educação  permanente  na  aquisição  de  conhecimentos  e  desenvolvimento  das 

capacidades dos indivíduos. (Davies apud Fausto et al.: 2001) 

  Ao  nível  da  saúde,  “aqueles  que  têm  poucos  recursos  recebem  menos 

assistência na gravidez; tendem mais frequentemente a ter bebés com pouco peso e a 

proporcionar  dietas  inadequadas  às  suas  crianças.  Isso  contribui  para  atrasar  o 

Pobreza Urbana em Portugal

12

desenvolvimento físico, diminuir a capacidade de prestar atenção e aumentar o número 

de doenças infantis”. (WOLFE e GAAG apud Fausto et al.: 2001) 

  Melhorar  a  saúde  pode  ser  uma  saída  para  a  pobreza.  Uma  política  de 

erradicação da pobreza terá que visar a melhoria dos níveis de vida da população. “ter 

saúde, para  inúmeras crianças e  respectivos pais,  seria antes de mais alimentar a  sua 

fome,  habitar  em  alojamentos  que  não  fossem  húmidos  ou  insalubres,  trabalhar  em 

condições que não pusessem a sua saúde permanentemente em risco”  (Anglade apud 

Fausto et al.: 2001) 

É necessário  implementar programas  relacionados com higiene, alimentação, 

planeamento familiar e vacinação com alguma projecção social importante. É necessária 

também  a  presença  e  a  criação  de  unidades  de  saúde  permanentes  nos  bairros 

desfavorecidos, para os  indivíduos  serem acompanhados e  também para aprenderem 

uma rotina de higiene e adequada para a saúde. 

  Para evitar que as  crianças  fiquem  sozinhas na  rua entregues a  si próprias é 

necessária  a  criação  de  equipamento  social  próximo  dos  bairros  degradados.  O 

surgimento de creches, ATL6 e jardins‐de‐infância surge como meio de prevenção contra 

a pobreza, na medida em que guarda e possibilita um desenvolvimento das crianças. 

  “há que dotar estes bairros de equipamentos desportivos e culturais” melhorar 

os esgotos e a limpeza das ruas investir em “animadores de rua”e em postos de saúde. 

(Cardoso, 1993). 

  Os objectivos da acção social “são a melhoria da qualidade de vida social da 

população, pelo desenvolvimento e reforço da autonomia das pessoas e grupos e pela 

harmonização  das  relações  sociais.  …  (“a  pessoa  é  considerada  tanto  no  seu 

funcionamento  individual  como  social.  O  seu  próprio  desenvolvimento  e  autonomia 

apresentam uma dupla dimensão: o benefício próprio e o benefício da colectividade em 

que está integrada”. (GOES apud Cardoso: 1993). 

  A  população  assistida  deve  abranger  as  creches,  jardins  de  infância, ATL’s  e 

centros de dia. É necessária uma  reflexão que dê prioridade  à prevenção,  favoreça  a 

6 ATL – Actividades de Tempos Livres 

Pobreza Urbana em Portugal

13

autonomia  das  pessoas  em  relação  aos  serviços  e  que  estimule  a  participação  das 

populações. (Machado apud Fausto et al.: 2001) 

  Assim, o principal desafio da acção social é um conjunto de acções “destinadas 

a dar  a  conhecer  aos pobres os  seus direitos e  auxiliá‐los  a  fazer  valer  tais direitos”. 

(Comissão das Comunidades Europeias apud Cardoso: 1993) 

  Em suma, citando  (Sachs, 2005)7 existem quatro  investimentos  fundamentais 

para sair de uma situação de pobreza. Investimento em saúde básica, em educação, em 

serviços como a electricidade, transportes e comunicações e ainda em água potável e 

saneamento. 

  Já existe investimento e políticas a trabalhar nestas áreas, mas o problema que 

é  colocado é o  fracasso das mesmas.  Estas políticas desvalorizam‐se  a níveis  como  a 

eficácia,  a  equidade,    accountability8,  o  localismo9,  o  efeito  de 

proximidade/familiaridade e a escala. (Sousa et al., 2007).  

  As políticas sociais são caracterizadas pela “individualização, contratualização, 

inserção/activação,  descentralização  e  integração”,  mas  “a  renovação  das  políticas 

sociais  em  Portugal  é  tardia,  limitada  e  pouco  consiste  …”  (Sousa  et  al.,  2007). 

(sublinhado por mim). 

  Num análise, Alfredo Bruto da Costa certifica que pouco ou nada se tem feito no 

combate  à pobreza,  calculando que  46% da população passou por esse  estado  entre 

1995 e 2000. Parece pois  lícito concluir que a democracia portuguesa  falhou nos dois 

objectivos essenciais: promover a coesão social e melhorar o nível de vida.   

7 Segundo o livro “O Fim da Pobreza” de Jeffrey Sachs, (2005) existem quatro investimentos para acabar com a pobreza. Neste livro o autor refere a pobreza a nível mundial mas os mesmos investimentos servem para acabar com a pobreza nos bairros degradados de Portugal. 8 Segundo o livro “Famílias Pobres: Desafios à intervenção Social” de Liliana Sousa et al. (2007), accountability é ‐  “maior dificuldade em controlar a aplicação de recursos públicos”. 9 “Localismo – possibilidade de “desvios” significativos na execução de políticas, entre os objectivos nacionais e a sua concretização local.” (Sousa et al., 2007). 

Pobreza Urbana em Portugal

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2.2 Descrição detalhada da pesquisa 

Depois  de  toda  a  adaptação  à  disciplina  e  ao método  de  avaliação  escolhido 

colocou‐se  o  primeiro  problema,  o  tema  do  trabalho.  Do  tema  do  trabalho  definido 

dediquei‐me  à  pesquisa. Ao  dedicar‐me  à  pesquisa  surgiram  diversos  problemas  que 

depressa foram eliminados, tais como “onde pesquisar?” e “como pesquisar?”. 

Comecei  por  pesquisar  em  livros,  em  primeiro  lugar  no  catálogo  on‐line  da 

Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra e em segundo lugar no catálogo on‐line da 

Biblioteca  da  Faculdade  de  Economia  da  Universidade  de  Coimbra.  Recorri  a  uma 

pesquisa Simples e escolhi o  campo  “Qualquer  campo”. Então, as palavras‐chave que 

utilizei foram: “Pobreza”, “Pobreza Urbana”, pobreza Portugal” e “combate à pobreza”.  

Recorrendo  inicialmente  à  Biblioteca  Geral  da  Universidade  de  Coimbra,  na 

expectativa de poder encontrar de forma rápida tudo o que queria, cheguei à conclusão 

que de facto a Biblioteca da Faculdade de Economia é bastante boa, neste tema, até me 

arriscaria  a dizer que está bem mais equipada. Mas, mesmo  assim, não deitei  fora o 

trabalho já realizado e os livros já recolhidos utilizando‐os na composição do trabalho. 

Recorrendo a pesquisa simples e à  (“opção  todas as palavras”) para a palavra‐

chave  <pobreza  urbana>  registei  cinco  livros.  Dois  dos  quais  utilizei  no  trabalho; 

A  outra  face  da  cidade:  pobreza  em  bairros  degradados  de  Lisboa  de  Ana  Cardoso, 

(1993); Filhos e netos da pobreza: estudo de uma família numa área urbana degradada 

de Fausto Amaro et al. (2001). 

 Depois desloquei‐me para o catálogo da Biblioteca da Faculdade de Economia. 

Utilizando  novamente  a  pesquisa  simples  e  à  (“opção  todas  as  palavras”).  A minha 

primeira  palavra  –  chave  foi  <pobreza  urbana  em  Portugal>  onde  apenas  obtive  um 

registo: Pobreza Urbana em Portugal: Um  inquérito a  famílias em habitat degradado, 

nas cidades de Lisboa, Porto e Setúbal de Manuela Silva et al. (1989). Considerando que 

a pesquisa deste modo se tornava difícil continuei com a “opção todas as palavras” mas 

desta  vez  com  <pobreza  urbana>  e  obtive  quatro  livros.  Dos  quatro,  três  deles 

Pobreza Urbana em Portugal

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encontravam‐se Inglês e desde logo os exclui, e o quarto já o tinha obtido com a palavra 

– chave atrás  referida. Se com estas palavras‐chave a pesquisa estava  restrita quando 

utilizei  a  “opção  todas  as  palavras”, para  <Pobreza>,  onde  obtive  cento  e  sessenta  e 

nove registos (169). Foi então que me deparei com um ruído densamente grande. Quase 

já  a  entrar  numa  situação  de  desespero  resolvi  utilizar  a  palavra  –  chave  <pobreza 

Portugal>. Encontrei trinta e seis registos e uma palavra que não era muito  limitada e 

que não produzisse muito ruído.  

Dos  trinta  e  seis  encontrados  escolhi  os  três  que  me  pareceram  mais 

importantes, voltando depois à biblioteca e requisitando mais alguns livros. O primeiro 

foi: A Luta contra a Pobreza e a Exclusão Social em Portugal: Experiências do Programa 

Nacional  de  Luta  contra  a  pobreza,  (2003);  depois  Famílias  Pobres:  Desafios  à 

Intervenção Social de Liliana Sousa e et al.; O Fim da Pobreza: como consegui‐lo na nossa 

geração de Jeffrey Sachs. 

Depois das pesquisas  simples efectuadas dediquei‐me às pesquisas avançadas. 

As  pesquisas  avançadas  não  se  revelaram  positivas.  Primeiro  pesquisei  a  palavra 

<pobreza>, onde registei uma pesquisa com demasiado ruído. Procurei então a palavra 

–  chave  igualmente  em  “assunto”  <pobreza  urbana  em  Portugal>,  onde  não  foram 

encontradas entradas. Seguidamente pesquisei a palavras – chave <pobreza urbana> e o 

resultado foi um livro em Inglês.  

Desloquei‐me também ao Centro de Estudos Sociais para completar ainda mais a 

minha  pesquisa, mas  não  encontrei  nenhum  artigo  relevante  para  vincular  ao meu 

trabalho. Apenas encontrei artigos sobre pobreza mas muito centralizadores. Ou dados 

estatísticos sobres cidades e outros países ou a pobreza estudada de um outro ângulo 

que não o meu. 

Relativamente  à  pesquisa  efectuada  na  Internet,  os meus motores  de  busca 

foram o Google e o Altavista para comparar  resultados e cruzar  informações.  Iniciei a 

minha  pesquisa,  no  Google,  de  forma  simples  com  a  palavra  <pobreza>  onde  os 

resultados  obtidos  foram  22.000.000.  Recorri  a  uma  pesquisa mais  selectiva  com  a 

palavra  <pobreza+urbana>  tendo  obtido  1.770.000  registos.  Resolvi  ainda  recorrer  a 

Pobreza Urbana em Portugal

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uma  outra  palavra,  a  <pobreza+urbana+Portugal>  onde  obtive  571.000.  Do  mesmo 

modo  e  seguindo  a  mesma  tipologia,  pesquisei  no  Altavista  e  obtive  os  seguintes 

resultados  respectivamente: 730.644, 66.018, 18.485. Em ambos os motores de busca 

pesquisei <políticas de combate à pobreza urbana em Portugal> onde os registam foram 

438.000  e  4.759  respectivamente.  Utilizei  as mesmas  palavras  –  chave  inicialmente 

seleccionadas  para  a  pesquisa  de  livros.  Perante  uma  numerosa  recolha  de  sites  na 

internet seleccionei os que me pareciam mais interessantes: 

• http://fisioterapiasocial.blogspot.com/2008/04/pobreza‐urbana.html 

• http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/opinion/columnis

tas/pt/desarrollo/1183237.html 

• http://5dias.net/2008/05/30/pobre‐portugal/ 

• http://reapn.org/documentos_visualizar.php?ID=109 

 

 

 

 

 

 

 

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3. Avaliação de página da Internet   

 

Caracterização Geral: 

Nome do sítio: Rede Europeia Anti Pobreza / Portugal 

Tipo de Informação: Informar 

Público‐alvo: Vasto 

Língua Original: Português 

Endereço URL: http://reapn.org 

 

Preferi escolher esta página da  Internet uma vez que está estreitamente  ligada 

ao tema do meu trabalho e como tal achei interessante efectuar a sua avaliação.  

Primeiramente esta página apresenta‐se bastante acessível, uma vez que não se 

dirige  a  um  público  especializado,  pois  a  REAPN  é  uma  entidade  sem  fins  lucrativos, 

reconhecida  como  Associação  de  Solidariedade  Social,  de  âmbito  nacional.  É 

reconhecida, como Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD). 

Relativamente  ao  Check  list  referente  ao  autor  do  sítio,  este  é  identificado,  o 

autor é uma instituição. O autor é um especialista no combate à pobreza, até porque é 

uma  associação  a  nível  europeu,  nunca  se  exprime  em  nome  individual mas  sempre 

como instituição privada. 

Relativo à estrutura e navegação, o endereço é  intuitivo e curto, dispõe apenas 

de um instrumento de pesquisa e de navegação, o mapa de sítio, não dispondo assim de 

motor  de  pesquisa  interna.  A  navegação  é  bastante  simples  de  efectuar,  as  ligações 

estão activas e são pertinentes. O sítio não contém publicidade. 

 Quanto  ao  conteúdo  e  alcance do  sítio,  a  informação  apresentada  é  bastante 

clara,  exacta  e  objectiva.  Corresponde  ao  meu  nível  de  estudos  e  é  apresentada 

ordenadamente. A  informação  confirma a que  li noutro  local, o  conteúdo  respeita as 

regras e a forma da língua portuguesa. A última actualização foi realizada em Dezembro 

de 2008, e existem quatro páginas na internet com ligação a este sítio. 

Pobreza Urbana em Portugal

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Referente ao seu grafismo, é singular mas bastante atractivo não dificultando a 

leitura. A página não dispõe de grandes  imagens,  apenas o  logótipo da  associação, e 

utiliza um formato de leitura bastante adequado. 

Por último,  a utilidade do  sítio para  a  realização do  trabalho  foi  indispensável 

mesmo não abordando a generalidade das questões estudadas. 

Um  outro  critério  também  importante  é  a  amplitude  da  página.  Neste  caso, 

apresenta‐se com bastante  informação, uma vez que é esse o seu objectivo, dispõe de 

uma  diversidade  de  ícones  de  fácil  acesso,  não  tornando  a  informação  exaustiva  e 

pesada para quem a lê.  

Mesmo  a  página  não  tratando o  assunto  da pobreza  de  forma  exaustiva,  que 

esse  também  não  é  a  sua  intenção,  trata  o  tema  através  da  solidariedade  e  da 

apresentação e divulgação de projectos de combate à pobreza.  

Esta é uma  instituição com vários anos, mas que  se encontra com uma página 

bastante actual uma vez que podemos ver por exemplo programas, eventos, seminários, 

workshops,  congressos  que  se  encontram  na  data  actual,  e  com  informações 

relativamente importantes como o preço de formações fornecidas nesta área. 

Deste modo podemos concluir que a página é actual, e embora não apresente 

um autor identificado, é uma página que reúne informação das delegações distritais da 

associação uma vez que esta está assim organizada. 

Concluindo, considero esta página bastante bem elaborada, acessível e apelativa, 

conseguindo deste modo  realizar o seu objectivo de  informar e apelar ao combate da 

pobreza em Portugal uma vez que a página permite também aos visitantes tornarem‐se 

sócios ou apenas voluntários. 

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4. Ficha de Leitura  

 

Caracterização Geral: 

Titulo da publicação: A luta contra a pobreza e a exclusão social em Portugal 

Autor da obra: OIT – Organização Internacional do Trabalho 

Local  onde  se  encontra:  Biblioteca  da  Faculdade  de  Economia  da  Universidade  de 

Coimbra 

Data de publicação: 2003 

Edição: 1ª 

Local de edição: Genebra 

Editora: Bureau Internacional do Trabalho 

Título do capítulo: As primeiras respostas das políticas sociais aos problemas da pobreza 

e da exclusão social em Portugal (até ao início da década de 90) 

Cota: 304 ‐ LUT 

Número de páginas do capítulo: 41 ‐ 51 

Assunto: Resultado das políticas sociais face à pobreza e à exclusão social 

Palavras‐chave: política social, pobreza, luta contra a pobreza 

Data de leitura: Dezembro de 2008 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pobreza Urbana em Portugal

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O que é o OIT (Organização Internacional do Trabalho)? 

 

É  uma  agência  multilateral  ligada  à  Organização  das  Nações  Unidas  (ONU), 

especializada  nas  questões  do  trabalho.  Possui  representação  dos  governos  dos  180 

Estados‐Membros e de organizações de empregadores e de trabalhadores. A sua sede é 

em Genebra, na Suíça, mas possui uma rede de escritórios em todos os continentes. 

A OIT foi criada pela Conferência de Paz após a Primeira Guerra Mundial. A ideia 

da  legislação  trabalhista  internacional  surgiu  como  resultado  das  reflexões  éticas  e 

económicas sobre o custo humano da revolução industrial.  

A  criação  de  uma  organização  internacional  para  as  questões  do  trabalho 

baseou‐se em argumentos:  

• Humanitários:  condições  injustas,  difíceis  e  degradantes  de  muitos 

trabalhadores;  

• Políticos: risco de conflitos sociais ameaçando a paz;  

• Económicos: países que não adoptassem condições humanas de trabalho 

seriam um obstáculo para a obtenção de melhores condições em outros 

países  

Em 1969, no seu 50º aniversário, a Organização foi agraciada com o Prémio Nobel da 

Paz. O presidente do Comité do Prémio Nobel afirmou que a OIT era  "uma das  raras 

criações  institucionais das quais a raça humana podia orgulhar‐se". Desde 1999, a OIT 

trabalha pela manutenção de seus valores e objectivos, um equilíbrio entre a eficiência 

económica e a equidade social. 

 

 

 

 

Pobreza Urbana em Portugal

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Resumo 

  A  criação  tardia  de  um  Estado‐Providência  é  o  resultado  do  Estado‐Novo.  Só 

depois  do  25  de Abril  se  tomaram medidas  como  a  pensão  social  e  a  assistência  ao 

desemprego, até aí não existia qualquer ajuda. 

  Portugal, depois da sua entrada na CEE,  foi  integrado no Programa Pobreza  III. 

Este tinha como princípios fundamentais: a investigação‐acção; multidimensionalidade; 

dimensões sociais e económicas; partenariado; participação e valorização do nível local. 

Destes  princípios  resultaram  quatro  projectos  em  Portugal,  o  que  permitiu 

conhecimentos mais aprofundados sobre a pobreza, uma visão crítica sobre as acções, 

um  reforço  do  papel  do  Estado,  articulação  da  acção  estatal  com  a  sociedade  civil, 

inovação de projectos e ainda a articulação da luta com o desenvolvimento local. 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Estrutura  

 

O  capítulo  está  dividido  em  duas  partes.  Na  primeira  parte  o  autor  inicia 

explicando os  factos que  levaram à criação  tardia do Estado‐Providência. Começa por 

explicar  sucintamente que o que  levou ao atraso do Estado‐Providência  foi a situação 

política e económica vivida durante o Estado‐Novo. Depois recua até 1933 e explica que 

até então a protecção social era pela assistência pública e pelo mutualismo. Este tipo de 

assistência dependia de iniciativas de voluntariado.  

Com  a  Constituição  de  1933  apareceram  os  seguros  sociais  obrigatórios  e 

corporativismo  como  forma de organização do  Estado. Os  resultados destas medidas 

foram  limitados, explicando que não cobriam toda a população e eram exclusivos para 

casos de doenças, desastres, invalidez e velhice. 

Mais tarde, em 1962, houve necessidade de criar uma reforma destas políticas. 

Apesar de grande parte da população continuar excluída esta reforma já contribui para 

a evolução da Segurança Social. Depois da Revolução de 1974 foram criadas medidas há 

muito esperadas como a criação de um salário mínimo nacional, a criação do Sistema 

Nacional de Saúde, a pensão mínima e social e um novo esquema de abono familiar.  

A Constituição de 1976, sagrou o dever do Estado em responder a políticas que 

tivessem  por  objectivo  o  bem‐estar  social  e  económico  da  população  bem  como  a 

participação em associações. 

O autor afirma que é através destes avanços que a Segurança Social consegue a 

sua universalidade e direito de todo e qualquer cidadão. 

O Estado‐Providência  começou a desenvolve‐se em Portugal numa altura de  recessão 

económica o  que  tornou  esta  tarefa  ainda mais  difícil  depois  da  ditadura. Durante  o 

período  de ditadura  a  sociedade  auto‐regulava‐se  de  forma  formal,  através  da  Igreja 

Católica, ou informal, através das famílias. 

  Na  segunda  parte  o  autor  explica  os  projectos  europeus  em  que  Portugal 

participou e os seus efeitos no combate à pobreza. 

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  A primeira iniciativa comunitária ligada à pobreza iniciou‐se nos anos 70, com o I 

Programa  Europeu  de  Luta  Contra  a  Pobreza  que  teve  como  seu  objectivo  a 

investigação. O autor chama à atenção que já não estávamos perante um problema de 

privação  mas  sim  de  insuficiência  de  recursos.  Este  primeiro  programa  tinha  como 

objectivo o debate e o diálogo relativamente à pobreza.  

  A expressão deste primeiro projecto em Portugal  foi bastante  reduzida. Só em 

1986, com a entrada de Portugal para a CEE é que registou uma participação mais activa 

no  II Programa Europeu de  Luta Contra  a Pobreza. Este projecto  teve  como principal 

objectivo a recolha de dados estatísticos sobre a pobreza e  troca de conhecimentos e 

processos  de  investigação.  Com  este  projecto, mais  prático  que  o  primeiro,  permitiu 

entender‐se  a  pobreza  para  além  da  tradicional  concepção  de  falta  de  rendimentos 

introduzindo assim uma nova expressão, a exclusão social. 

O autor  refere o  III Programa Europeu de  Luta Contra a Pobreza  como o mais 

ambicioso e importante, este desenvolve essencialmente estratégias preventivas. Possui 

três  principais  objectivos:  o  aprofundamento  do  conhecimento  e  da  sensibilização,  a 

inovação de novas estratégias de combate à pobreza e a recomendação de políticas ao 

nível local/nacional. 

Para  cumprir  estes  objectos  o Programa Pobreza  III  adoptou  três  princípios:  a 

multidimensionalidade;  o  partenariado  e  a  participação.  Da  aplicação  prática  dos 

objectivos através dos princípios resultaram mais seis princípios que o autor apresenta 

de forma sucinta e clara. Esses seis princípios metodológicos são: a  investigação‐acção 

que  procura  a  natureza  e  a  extensão  dos  acontecimentos  através  de  conhecimento 

científico; a visão societal e multidimensional da pobreza tendo em conta as diferentes 

expressões  sociais,  económicas,  culturais,  políticas  e  ambientais;  a  integração  das 

dimensões económicas e  sociais dos excluídos e a adopção de políticas  integradas; o 

partenariado  significa  corresponsabilização  da  sociedade  civil  à  articulação  de 

estratégias  e  recursos;  a  participação  criando  uma  capacidade  de  auto‐inserção;  e  a 

valorização  do  nível  dos  projectos  e  das  acções  em  busca  da  transformação  dos 

contextos socioeconómicos‐culturais. 

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Estes princípios  foram a base de experiências  realizadas nos estados‐membros 

divididas  em  trinta  Acções  Modelo  e  doze  Iniciativas  Inovadoras.  Em  Portugal 

realizaram‐se três Acções Modelo uma Porto, em Almeida e na Covilhã, e uma Iniciativa 

Inovadora em Lisboa. 

Já no final do texto o autor compara o  investimento feito em  infra‐estruturas e 

os escassos recursos financeiros aplicados no combate à pobreza. 

O  processo  de  escolha  dos  projectos  era  feito  pelos  estados‐membros  que 

depois  eram  avaliados pela Comissão que  financiava parcialmente  sendo  completado 

por instituições a nível nacional. 

Da  aplicação  deste  programa  resultaram  vários  dados  bibliográficos.  Os 

resultados obtidos em Portugal  face ao Programa de  Luta Contra a Pobreza  foram os 

seguintes, um conhecimento mais aprofundado sobre a pobreza, uma visão crítica sobre 

as  acções  convencionais, um  reforço do papel do Estado articulando políticas  sociais, 

articulação  da  acção  estatal  com  a  sociedade  civil,  inovação  de  projectos  e  ainda  a 

articulação da luta com o desenvolvimento local. 

Concluindo, o autor sublinha que os princípios obtidos e  resultados alcançados 

constituem apenas o ponto de partida na luta contra a pobreza. 

 

Na minha  opinião  este  texto  é  bastante  interessante.  Uma  vez  que  no meu 

trabalho optei por focar com mais ênfase as políticas de combate à pobreza, este texto 

foi  fundamental  para  perceber  o  que  já  foi  feito,  como  foi  efectuado  e  quando  se 

percebeu que a pobreza era um assunto de máxima importância.  

   

   

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5. Conclusão  

 Ao  longo  da  realização  deste  trabalho  surgiram‐me  muitas  dificuldades  e 

barreiras que tive de ultrapassar. Procurei realizá‐lo da melhor forma possível definindo 

o  fenómeno da pobreza de  forma sucinta e clara bem como os seus  indicadores, e as 

políticas de combate à mesma. 

O  trabalho  trata  de  um  fenómeno muitíssimo  vasto  e  complexo,  por  isso  os 

temas aqui abordados ficam muito à margem do fenómeno em si mesmo, ficaram por 

abordar  temas  de  igual  importância  quando  analisamos  a  pobreza  em  geral.  Assim 

sendo, esforcei‐me ao máximo para o realizar da melhor forma possível tornando‐o num 

trabalho simples e de fácil compreensão para todos. 

Repensando nos objectivos  iniciais da  cadeira penso que os  consegui alcançar. 

Durante  a  realização  do  trabalho  aprendi  imenso,  até  com  erros  cometidos  e  depois 

corrigidos, o que transformou este trabalho numa tarefa animada apesar de esforçada. 

Quanto  ao  tema  do  trabalho,  é  bem mais  preocupante  do  que  aquilo  que  eu 

imagina  quando  agarrei  este  projecto.  A  pobreza  é  um  fenómeno  preocupante  na 

sociedade que em vez de regredir está cada vez e mais depressa a progredir. 

Apesar  de  existirem  diversos  investigadores  nesta  área  e  de muitas  políticas 

estarem  já  em  curso  é  necessário  repensar  este  fenómeno.  Porque  não  interessa 

existirem muitas e diversas políticas, o que interessa é que estas sejam eficazes. E neste 

momento isso não se está a verificar. Assim sendo, é aqui que é indispensável investir e 

progredir. O bem‐estar dos indivíduos é o progresso da sociedade. 

   

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 6. Referências Bibliográficas 

 

Referências Bibliográficas  

 

 i) Fontes de imprensa:  

 

Amaro, Fausto et al. (2001), Filhos e netos da pobreza: estudo de uma família numa área 

urbana degradada, Lisboa: Fundação Nossa Senhora do Bom Sucesso. 

 

Cardoso, Ana, (1993), A outra face da cidade: pobreza em bairros degradados de Lisboa, 

Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa. 

 

Costa, Alfredo Bruto  (1998), Exclusões Sociais, Lisboa: Gradiva. Cadernos democráticos 

2. 

 

Costa, Alfredo Bruto et al., (1985), A pobreza em Portugal, Lisboa: Caritas.  

 

Ministério da  Solidariedade e  Segurança  Social  (1997), Pobreza Não – Erradicação da 

Pobreza 1997 – 2006. Lisboa: Departamento de Estatísticas, Estudos e Planeamento do 

Ministério e Solidariedade e segurança Social. 

 

OIT  –  Organização  Internacional  do  Trabalho  (2003),  A  luta  contra  a  pobreza  e  a 

exclusão social em Portugal. Genebra: Bureau Internacional do Trabalho. 

 

Sachs,  Jeffrey D.,  (2005), O Fim da Pobreza: como  consegui‐lo na nossa geração, Cruz 

Quebrada: Casa da Letras/Editorial Notícias. 

 

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Silva, Manuela e Costa, Alfredo Bruto da, (1989), Pobreza Urbana em Portugal, Lisboa: 

Colecção Caritas.  

 

Sousa,  Liliana  et  al.  (2007),  Famílias  Pobres:  Desafios  à  Intervenção  Social,  Lisboa: 

CLIMEPSI Editores.  

 

ii) Internet   

 

Câncio,  Fernanda  (2008),  “Pobre  Portugal”.  Página  consultada  a  16  de  Dezembro  de 

2008. Disponível em: http://5dias.net/2008/05/30/pobre‐portugal/

 

Meneses, João Wengorovius (2008), “Ser Pobre”. Página Consultada a 16 de Dezembro 

de  2008.  Disponível  em:

http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/opinion/columnistas/pt/desar

rollo/1183237.html

 

Rede Europeia Anti Pobreza / Portugal  (2008). Página Consultada em 18 de Dezembro 

de 2008. Disponível em: http://reapn.org/documentos_visualizar.php?ID=109

 

Renato  (2008),  “Pobreza  Urbana”.  Página  consultada  a  18  de  Dezembro  de  2008. 

Disponível em: http://fisioterapiasocial.blogspot.com/2008/04/pobreza‐urbana.html 

 

 

 

 

ANEXO I Página da Internet Avaliada

ANEXO II Texto de suporte da ficha de leitura