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    www.escardio.org

    EUROPEAN

    SOCIETY OF

    CARDIOLOGY

    para a Preveno da Doena Cardiovascular

    Comisso da ESC para as Recomendaes PrticasPara melhorar a qualidade da prtica clnica e o tratamento dos doentes na Europa

    PACINGCARDACORECOMENDAES PARAPACINGCARDACO E TERAPUTICADE RESSINCRONIZAO CARDACA

    Para mais informaes

    PORTUGUESE

    VERSION

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    Distribuio no mbito de Colaborao

    para a formao cintifica

    Traduo: Traverses, lda.

    Reviso: Joo de Sousa

    Coordenao: Cndida Fonseca, Hugo Madeira

    Os Patrocinadores no estiveram envolvidos

    no contedo cientfico do documento

    Patrocinio de

    binio 2007-09

    www.spc.pt

    2

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    Recomendaes para pacing cardaco

    e teraputica de ressincronizao cardaca*Grupo de trabalho da ESC para pacingcardaco

    e teraputica de ressincronizao cardaca

    Desenvolvido em colaborao com a European Heart Rhythm Association

    Presidente:

    Panos E. Vardas

    Departamento de Cardiologia

    Heraklion University HospitalP.O. Box 1352 Stavrakia

    GR-711 10 Heraklion

    (Creta), Grcia

    Telef: (+30) 2810 392706

    Fax: (+30) 2810 542 055

    E-mail: [email protected]

    Membros do Grupo de Trabalho

    Membros da ESC

    1. Keith McGregor, Sophia Antipolis (Frana)

    2. Veronica Dean, Sophia Antipolis (Frana)3. Catherine Desprs, Sophia Antipolis (Frana)

    * Adaptado das Recomendaes para pacingcardaco e teraputica de ressincronizao cardaca de 2007 (European Heart Journal 2007; doi: 10.1093/eurheartj/ehm305).

    1. Angelo Auricchio, Lugano (Sua)2. Jean-Jacques Blanc, Brest (Frana)

    3. Jean-Claude Daubert, Rennes (Frana)

    4. Helmut Drexler, Hannover (Alemanha)

    5. Hug Ector, Leuven (Blgica)

    6. Maurizio Gasparini, Milo (Itlia)

    7. Cecilia Linde, Estocolmo (Sucia)8. Francisco Bello Morgado, Lisboa (Portugal)

    9. Ali Oto, Ankara (Turquia)

    10. Richard Sutton, Londres (UK)

    11. Maria Trusz-Gluza, Katowice (Polnia)

    Recomendaes de Bolso da ESC

    3

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    ndice

    Introduo........ 5Classes de recomendaes . 5

    Nveis de evidncias 5

    1. Pacingem caso de arritmia ............. 6

    1.1. Doena do ndulo sinusal............. 6

    1.2. Perturbaes da conduo aurculo-ventricular e intraventricular ............... 8

    1.3. Enfarte do miocrdio recente ............... 11

    1.4. Sncope reflexa............. 11

    As principais causas da sncope reflexa....................... 11

    1.5. Pediatria e doenas cardacas congnitas................ 13

    1.6. Transplante cardaco............... 15

    2. Pacing em condies especficas............. 16

    2.1. Miocardiopatia hipertrfica.. 16

    3. Teraputica de ressincronizao cardaca em doentes com insuficincia cardaca............ 17

    3.1. Introduo ........... 173.2. Recomendaes........... 17

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    Introduo

    As Recomendaes para a utilizao adequada de dispositivos de pacemaker apresentadas neste

    documento, uma iniciativa conjunta da European Society of Cardiology (ESC) e da EHRA, tm por

    objectivo proporcionar, pela primeira vez na Europa, uma opinio actualizada de especialistas neste

    campo. As recomendaes abarcam duas reas principais: a primeira inclui o pacingpermanente em

    casos de bradiarritmias, sncope e outras condies especiais, enquanto a segunda se encontra

    relacionada com a ressincronizao ventricular como terapia complementar em doentes com

    insuficincia cardaca.

    Informamos o leitor que as recomendaes, texto, figuras e quadros includos nas presentes

    recomendaes de bolso constituem um resumo sucinto da base alargada de evidncias, avaliao

    crtica, texto de apoio, quadros, figuras e referncias includos na verso integral das recomendaes.

    Por este motivo, aconselhamo-lo veementemente a consultar o texto integral.

    A Classificao das Recomendaes e o Nvel de Evidncia so expressos pela European Society ofCardiology (ESC) do seguinte modo:

    5

    Classes de recomendaes

    Nveis de evidncias

    Existem evidncias e/ou consenso geral de que determinado

    procedimento/tratamento benfico, til e eficaz.

    Existem evidncias contraditrias e/ou divergncia de opinies sobre a

    utilidade/eficcia de determinado tratamento ou procedimento.

    Evidncias/opinies maioritariamente a favor da utilidade/eficcia.

    Utilidade/eficcia pouco comprovada pelas evidncias/opinies.

    Existem evidncias e/ou consenso geral de que determinado procedimento/trata-

    mento no benfico/eficaz e poder, em certas situaes, ser prejudicial.

    Classe I

    Classe II

    Classe IIa

    Classe IIb

    Classe III

    Dados recolhidos a partir de ensaios clnicos aleatorizados mltiplos

    ou de meta-anlises.

    Dados recolhidos a partir de um nico ensaio clnico aleatorizado

    ou de estudos alargados no aleatorizados.

    Opinio consensual dos especialistas e/ou pequenos estudos,

    estudos retrospectivos, e registos.

    Nvel de evidncia A

    Nvel de evidncia B

    Nvel de evidncia C

    * Recomendaes para incluso nas Recomendaes da ESC em www.escardio.org.

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    1. Pacingem caso de arritmia

    1.1. Doena do ndulo sinusal

    Recomendaes para pacingcardaco na doena do ndulo sinusal

    1. Doena do ndulo sinusal que se manifesta como bradicardia sintomtica

    com ou sem taquicardia dependente de bradicardia. A correlao

    sintoma-ritmo deve ter sido:

    - de ocorrncia espontnea

    - induzida por frmacos na ausncia de terapia farmacolgica

    alternativa

    2. Sncope com doena do ndulo sinusal, quer de ocorrncia espontnea,

    quer provocada no estudo electrofisiolgico

    3. Doena do ndulo sinusal que se manifesta como incompetncia

    cronotrpica sintomtica:

    - de ocorrncia espontnea

    - induzida por frmacos na ausncia de terapia farmacolgica alternativa.

    1. Doena do ndulo sinusal sintomtica, espontnea ou induzida por um

    frmaco para o qual no existe alternativa, em que no foi documentada

    qualquer correlao sintoma-ritmo. A frequncia cardaca em repouso

    deve ser < 40 b.p.m.

    2. Sncope para a qual no se pode atribuir outra explicao mas que

    apresenta resultados electrofisiolgicos anormais (TRNSC > 800 ms).

    1. Doentes com sintomas mnimos com doena do ndulo sinusal,

    com frequncia cardaca em repouso < 40 b.p.m. enquanto acordados e

    sem evidncias de incompetncia cronotrpica.

    1. Doena do ndulo sinusal sem sintomas, incluindo frmacos indutores de

    bradicardia.2. Evidncia electrocardiogrfica da disfuno do ndulo sinusal com

    sintomas no directa ou indirectamente relacionados com bradicardia.

    3. Disfuno do ndulo sinusal sintomtica, em que os sintomas podem

    com fiabilidade ser atribudos a medicao no essencial.

    Nota: Quando diagnosticada doena do ndulo sinusal, so provveis as arritmias auriculares, mesmo quando no registadas, pelo que

    tambm deve ser seriamente considerada a teraputica com anticoagulantes orais.

    Classe Indicaes clnicasNvel

    de evidncia

    C

    C

    Classe I

    Classe IIa

    Classe IIb

    Classe III

    C

    C

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    Figura 1. Seleco do modo de pacemakerna doena do ndulo sinusal.

    7

    Doena do ndulo sinusal

    Bradicardia sinusal

    Bloqueio

    aurculo-ventricular

    Ausncia de incompetncia

    cronotrpica

    Presena/ausncia

    de incompetncia

    cronotrpica

    Presena/ausncia

    de incompetncia

    cronotrpica

    Presena de taquiarritmias

    auriculares

    Ausncia de taquiarritmias

    auriculares

    Ausncia de

    taquiarritmias auriculares

    DDDR+MPV

    Classe IIa

    Nvel de evidncia C

    DDDR+MPV+

    ANTITAQUI

    Classe IIb

    Nvel de evidncia C

    AAIR

    Classe I

    Nvel de evidncia C

    DDDR+MPV

    Classe IIa

    Nvel de evidncia C

    DDDR+MPV

    Classe I

    Nvel de evidncia C

    ANTITAQUI = algoritmos de antitaquicardia em pacemaker;MPV = minimizao do pacingventricular.

    Nota: Na doena do ndulo sinusal, os modos VVIR e VDDR no so considerados apropriados e no so recomendados. Em caso de bloqueioaurculo-ventricular, o AAIR no considerado apropriado.

    No Sim

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    1.2. Perturbaes da conduo aurculo-ventricular e intra-ventricular

    Recomendaes para pacingcardaco em caso de bloqueio aurculo-ventricular

    adquirido

    8

    1. Bloqueio aurculo-ventricular de segundo ou terceiro graus (Mobitz I ou II).

    2. Doena neuromusculares (e.g. distrofia muscular miotnica, sndrome

    de KearnsSayre, etc.) com bloqueio aurculo-ventricular de segundo

    ou terceiro graus.

    3. Bloqueio aurculo-ventricular de segundo ou terceiro graus (Mobitz I ou II):

    (i) aps ablao por cateter da juno aurculo-ventricular

    (ii) aps cirurgia valvular quando no se espera que o bloqueio seja

    resolvido.

    1. Bloqueio aurculo-ventricular de segundo ou terceiro graus (Mobitz I ou II)

    assintomtico.

    2. Bloqueio aurculo-ventricular de primeiro grau significativo com sintomas.

    1. Doenas neuromusculares (distrofia muscular miotnica, sndrome de

    KearnsSayre, etc.) com bloqueio aurculo-ventricular de primeiro grau.

    Classe Indicaes clnicasNvel

    de evidncia

    C

    B

    C

    C

    C

    B

    Classe I

    Classe IIa

    Classe IIb

    1. Bloqueio aurculo-ventricular de primeiro grau assintomtico.

    2. Bloqueio de segundo grau Mobitz I assintomtico com bloqueio

    supra-hisiano.

    3. Bloqueio aurculo-ventricular passvel de resoluo.

    C

    C

    C

    Classe III

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    9

    Recomendaes para pacingcardaco em caso de bloqueio bifascicular

    e trifascicular crnico

    1. Bloqueio aurculo-ventricular de terceiro grau intermitente.

    2. Bloqueio aurculo-ventricular de segundo grau Mobitz II.

    3. Bloqueio alternado dos ramos.

    4. Estudo electrofisiolgico com intervalo HV particularmente prolongado

    (> 100 ms) ou bloqueio infra-Hisiano induzido porpacingem doentes com

    sintomas.

    Classe Indicaes clnicasNvel

    de evidncia

    CClasse I

    1. Sncope com origem no demonstrada em bloqueio aurculo-ventricular

    quando outras causas provveis foram excludas, especialmente a

    taquicardia ventricular.

    2. Doenas neuromusculares (e.g. distrofia muscular miotnica, sndrome

    de KearnsSayre, etc.) com qualquer grau de bloqueio fascicular.

    3. Resultados de estudos electrofisiolgicos com intervalo HV particularmente

    prolongado (> 100 ms) ou bloqueio infra-Hisiano induzido porpacingem

    doentes sem sintomas.

    B

    Classe I

    C

    C

    NenhumClasse I

    1. Bloqueio do ramo sem bloqueio aurculo-ventricular ou sintomas.

    2. Bloqueio do ramo com bloqueio aurculo-ventricular de primeiro grau sem

    sintomas.

    Classe IB

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    Figura 2. Seleco do modo de pacemakerem caso de bloqueio bifascicular

    e trifascicular crnico e aurculo-ventricular adquirido.

    Bloqueio aurculo-ventricular

    bifascicular e trifascicular

    Ritmo sinusal

    Incompetncia cronotrpica Incompetncia cronotrpica

    VVI

    Classe I

    Nvel de

    evidncia C

    VVIR

    Classe I

    Nvel de

    evidncia C

    VDD/DDD*

    Classe IIa

    Nvel de evidncia A

    VVI

    Classe IIb

    Nvel de evidncia C

    DDDR*

    Classe IIa

    Nvel de evidncia A

    VVIR

    Classe IIb

    Nvel de evidncia C

    NoSim

    No SimNo Sim

    Quando o bloqueio aurculo-ventricular no permanente, devem ser seleccionados pacemakers com algoritmos para a preservao

    da conduo aurculo-ventricular natural.

    *VVIR pode ser uma alternativa, especialmente para doentes com um nvel baixo de actividade fsica e para doentes com uma pequena

    esperana de vida.

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    11

    1.3. Enfarte do miocrdio recente

    Recomendaes para pacingcardaco permanente em caso de perturbaes da

    conduo relacionadas com enfarte agudo do miocrdio

    1.4. Sncope reflexa

    Principais causas de sncope reflexa

    1. Bloqueio cardaco de terceiro grau persistente precedido ou no por

    perturbaes da conduo intra-ventricular.

    2. Bloqueio cardaco de segundo grau - Mobitz tipo II persistente associado a

    bloqueio do ramo, com ou sem prolongamento PR.

    3. Bloqueio cardaco de segundo ou terceiro graus - Mobitz tipo II transitrio

    associado a bloqueio do ramo de novo.

    Classe Indicaes clnicasNvel

    de evidncia

    B

    B

    Classe I

    Classe Ila

    Classe Ilb

    Classe Ill

    Nenhum

    Nenhum

    1. Bloqueio cardaco de segundo ou terceiro graus transitrio sem bloqueio

    do ramo.

    2. Hemibloqueio anterior esquerdo desenvolvido de novo ou presente na

    admisso.

    3. Bloqueio aurculo-ventricular de primeiro grau persistente.

    Sncope vasovagal (desmaio comum)

    Sncope do seio carotdeo

    Sncope situacional:

    Hemorragia aguda (ou depleo aguda de fluido)

    Tosse e espirro

    Estimulao gastrointestinal (engolir, defecar e dor visceral)

    Miccional (ps-miccional)

    Ps-exerccio

    Ps-prandial

    Outras (e.g. tocar instrumentos de sopro ou praticar levantamento de pesos)

    Neuralgia glossofarngea

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    Sncope recorrente causada por presso involuntria no seio carotdeo e

    reproduzida por massagem do seio carotdeo, associada a assstole ventricular

    com durao superior a 3 s. (o doente pode estar sincopal ou pr-sincopal), na

    ausncia de medicao que se saiba reduzir a actividade do ndulo sinusal.

    Classe Indicaes clnicasNvel

    de evidncia

    CClasse I

    Classe IlaSncope recorrente no explicada, sem presso involuntria clara no seio

    carotdeo, mas com sncope reproduzida por massagem do seio carotdeo,

    associada a assstole ventricular com durao superior a 3s. (o doente pode estar

    sincopal ou pr-sincopal), na ausncia de medicao que se saiba reduzir aactividade do ndulo sinusal.

    B

    C

    C

    Classe IlbPrimeira sncope, com ou sem presso involuntria no seio carotdeo, mas com

    sncope (ou pr-sncope) reproduzida por massagem do seio carotdeo,

    associada a assstole ventricular de durao superior a 3 s, na ausncia de med-

    icao que se saiba reduzir a actividade do ndulo sinusal.

    Classe Ill Hipersensibilidade reflexa do seio carotdeo sem sintomas.

    Recomendaes para pacingcardaco em caso de sndrome no seio carotdeo

    Recomendaes para pacingcardaco em caso de sncope vasovagal

    Nenhuma.

    Classe Indicaes clnicasNvel

    de evidncia

    C

    Classe I

    1. Doentes com idade superior a 40 anos com sncope vasovagal recorrentegrave que revelam assstole prolongada durante o ECG e/ou teste de Tilt, aps

    ineficcia de outras opes teraputicas e aps serem informados dos resulta

    dos contraditrios dos ensaios.

    C

    C

    Classe I

    Classe I

    Classe I

    1. Doentes com idade inferior a 40 anos com sncope vasovagal recorrente grave

    que revelam assstole prolongada durante o ECG e/ou teste de Tilt, aps

    ineficcia de outras opes teraputicas e aps serem informados dos resulta

    dos contraditrios dos ensaios.

    1. Doentes sem bradicardia demonstrvel durante a sncope reflexa.

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    1.5. Pediatria e doenas cardacas congnitas

    Recomendaes para pacingcardaco em pediatria e doena cardaca congnita

    1. Bloqueio aurculo-ventricular de terceiro grau congnito com qualquer das

    seguintes condies:

    Sintomas

    Frequncia ventricular < 50-55/min em bebs

    Frequncia ventricular < 70/min em doena cardaca congnita

    Disfuno ventricular

    Ritmo de escape QRS alargado

    Ectopia ventricular complexa

    Pausas ventriculares abruptas > 2-3x a extenso do ciclo bsico QTc prolongado

    Bloqueio mediado pela presena de anticorpos maternos

    2. Bloqueio aurculo-ventricular de segundo ou terceiro graus com

    Bradicardia sintomtica*

    Disfuno ventricular

    3. Bloqueio de segundo ou terceiro graus - Mobitz tipo II ps-operatrio que per

    siste pelo menos 7 dias aps cirurgia cardaca.

    4. Disfuno do ndulo sinusal com correlao de sintomas.

    Classe Indicaes clnicas

    Nvel

    de evidncia

    BClasse I

    C

    C

    C

    1. Bradicardia sinusal assintomtica na criana com doena cardaca congnita

    complexa e

    Frequncia cardaca em repouso < 40/min ou

    Pausas na frequncia ventricular > 3 s

    2. Sndrome de bradicardia-taquicardia com necessidade de antiarrtmicos quan

    do outras opes teraputicas, como a ablao por cateter, no so possveis.

    3. Sndrome QT-longo com

    Bloqueio aurculo-ventricular de terceiro grau ou 2:1

    Bradicardia sintomtica* (expontnea ou induzida por beta-bloqueador)

    Taquicardia ventricular dependente de pausa.

    4. Doena cardaca congnita e alterao hemodinmica provocada por

    bradicardia sinusal* ou perda de sincronia aurculo-ventricular.

    Classe IlaC

    C

    B

    C

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    1. Bloqueio aurculo-ventricular congnito de terceiro grau sem indicao para

    pacingde Classe I.

    2. Bloqueio aurculo-ventricular transitrio de terceiro grau no ps-operatrio com

    bloqueio bifascicular residual.

    3. Bradicardia sinusal assintomtica em adolescentes com doena cardaca con-

    gnita e

    Frequncia cardaca em repouso < 40/min ou

    Pausas na frequncia ventricular > 3 s

    4. Doenas neuromusculares com bloqueio aurculo-ventricular de qualquer grau

    sem sintomas.

    Classe Indicaes clnicasNvel

    de evidncia

    Classe Ilb

    Classe Ill

    B

    1. Bloqueio aurculo-ventricular transitrio no ps-operatrio com regresso da

    conduo aurculo-ventricular num perodo de 7 dias.

    2. Bloqueio bifascicular assintomtico no ps-operatrio com ou sem bloqueio

    aurculo-ventricular de 1 grau.

    3. Bloqueio aurculo-ventricular de segundo grau - tipo I assintomtico.

    4. Bradicardia sinusal assintomtica no adolescente com frequnciacardca mnima > 40/min e pausa mxima do ritmo ventricular < 3 s.

    C

    C

    C

    B

    C

    C

    C

    * O significado clnico da bradicardia varia conforme a idade

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    15

    1.6. Transplante cardaco

    Recomendaes para pacingcardaco aps transplante cardaco

    1. Bradiarritmias sintomticas provocadas por disfuno do ndulo sinusal ou

    bloqueio aurculo-ventricular persistentes 3 semanas aps o transplante.

    Classe Indicaes clnicas

    Nvel

    de evidncia

    Classe I C

    1. Incompetncia cronotrpica que dificulta a qualidade de vida no perodo

    ps-transplante tardio.

    Classe IIa C

    1. Bradiarritmias sintomticas entre a primeira e a terceira semanas aps o

    transplante.

    Classe IIb C

    1. Bradiarritmias assintomtcas e incompetncia cronotrpica tolerada.

    2. Monitorizao da rejeio cardaca exclusivamente.

    3. Bradiarritmias durante a primeira semana aps o transplante.

    Classe IIl C

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    2. Pacingem condies especficas

    16

    2.1. Miocardiopatia hipertrfica

    Recomendaes para pacingcardaco em caso de miocardiopatia hipertrfica

    Nenhuma.

    Classe Indicaes clnicasNvel

    de evidncia

    Classe I

    CBradicardia sintomtica induzida por beta-bloqueadores quando no so

    aceitveis terapias alternativas.Classe Ila

    ADoentes com miocardiopatia hipertrfica refractria aos frmacos com gradientesignificativo do TSVE, em repouso ou provocado, e contra-indicao para ablao

    septal ou miectomia.

    Classe Ilb

    C1. Doentes assintomticos.

    2. Doentes sintomticos que no apresentam obstruo TSVE.

    Classe III

    TSVE = tracto de sada do ventrculo esquerdo

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    3.1. Introduo

    Efeitos clnicos da teraputica de ressincronizao cardaca com base na evidncia

    O tratamento moderno da insuficincia cardaca congestiva (ICC), para alm de aliviar os sintomas,

    prevenir a morbilidade major e reduzir a mortalidade, tenta igualmente prevenir a progresso da

    doena, especialmente a transio entre a disfuno VE assintomtica e a ICC declarada. Os efeitos

    clnicos da TRC a longo prazo foram primeiro avaliados em estudos no controlados, nos quais se

    mediram os benefcios continuados conferidos pelo pacingbiventricular. Foram posteriormente efec-

    tuados ensaios multicntricos aleatorizados com tratamentos transversais ou paralelos, de forma a

    comprovar o valor clnico da TRC em doentes com ICC avanada e em casos de ritmo sinusal com ousem indicaes para desfibrilhador cardioversor implantvel (CDI). Foram tambm publicadas

    meta-anlises. Os critrios habituais utilizados nos estudos foram: (i) ICC em classe funcional III ou IV

    da New York Heart Association (NYHA) apesar do tratamento farmacolgico ptimo (TFO); (ii) FEVE 55 mm e durao QRS > 120 ou 150 ms.

    3.2. RecomendaesO pacingna insuficincia cardaca pode ser aplicado atravs de pacingbiventricular ou, em casos

    seleccionados, pacingdo VE isolado. As recomendaes seguintes tm em conta o pacingcardacoatravs de pacingbiventricular para a insuficincia cardaca, uma vez que este modo de estimulao

    sustentado pelo maior conjunto de evidncia. Esta situao no exclui, no entanto, outros modos

    de pacing, como o pacingVE, para corrigir a dissincronia ventricular.

    A perturbao da conduo ventricular continua a ser definida de acordo com a durao QRS (QRS

    > 120 ms). Sabe-se que o atraso da conduo intra-ventricular pode no provocar dissincronia

    mecnica. A dissincronia definida como um padro localizado de descoordenao da

    contraco-relaxamento. Embora do ponto de vista terico possa ser mais apropriado utilizar a

    dissincronia mecnica do que o atraso na conduo elctrica, nenhum grande estudo controlado

    avaliou de forma prospectiva o valor da dissincronia mecnica nos doentes com insuficinciacardaca sob pacingpara a insuficincia cardaca.

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    3. Teraputica de ressincronizao cardaca emdoentes com insuficincia cardaca

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    Recomendaes para a utilizao da teraputica de ressincronizao cardaca com

    pacemaker biventricular (TRC-P) ou pacemaker biventricular combinado com um

    cardioversor desfibrilhador implantvel (TRC-D) em doentes com insuficincia cardaca

    Recomendaes para a utilizao de pacingbiventricular em doentes com insuficincia

    cardaca com indicao concomitante para pacingpermanente

    Recomendaes para a utilizao de um cardioversor desfibrilhador implantvel combina-do com um pacemakerbiventricular (TRC-D) em doentes com insuficincia cardaca comindicao para um cardioversor desfibrilhador implantvel

    Recomendaes para a utilizao de pacingbiventricular em doentes com insuficinciacardaca com fibrilhao auricular permanente.

    Doentes com insuficincia cardaca sintomtica, em classes III-IV da NYHA apesar do tratamento far-

    macolgico ptimo, com fraco de ejeco do ventrculo esquerdo reduzida (FEVE < 35%),dilatao VE*, ritmo sinusal normal e complexo QRS alargado (> 120 ms).

    - Classe I: Nvel de evidncia A para TRC-P para reduzir a morbilidade e a mortalidade.

    - A TRC-D uma opo aceitvel para doentes com uma esperana de sobrevivncia e com um bom

    status funcional por um perodo superior a um ano; Classe I: Nvel de evidncia B.

    Doentes com insuficincia cardaca sintomtica, em classes III-IV da NYHA, FEVE reduzida

    (FEVE < 35%), dilatao VE* e indicao concomitante para pacingpermanente (primeiro implante

    ou upgradingde pacemakerconvencional).

    - Classe IIa: Nvel de evidncia C.

    Doentes com insuficincia cardaca com indicao de Classe I para CDI (primeiro implante ou

    upgrading na substituio do dispositivo) que apresentam ICC sintomtica, em classes III-IV da NYHA

    apesar do TFO, com fraco de ejeco reduzida (FEVE < 35%), dilatao VE*, e complexo QRS

    alargado ( > 120 ms).

    - Classe I: Nvel de evidncia B.

    Doentes com insuficincia cardaca sintomtica, em classes III-IV da NYHA apesar do TFO, com

    fraco de ejeco reduzida (FEVE < 35%), dilatao VE*, FA permanente e indicao para ablao

    da juno AV.

    - Classe IIa: Nvel de evidncia C.

    * Dilatao do ventrculo esquerdo/ Foram utilizados critrios diferentes para definir a dilatao do VE em estudos controlados sobre TRC:

    dimetro tele-diastlico do VE > 55mm; dimetro tele-diastlico do VE > 30mm/m2, dimetro tele diastlico do VE > 30mm/m (altura).

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    considerao das evidncias disponveis data da sua redaco. Os profissionais de sade so

    encorajados a t-las em considerao no exerccio da sua avaliao clnica. No entanto, as

    recomendaes no se devem sobrepor responsabilidade individual dos profissionais de sade de

    tomarem as decises ajustadas com base nas circunstncias especficas dos doentes de forma

    individualizada, de mtuo acordo com cada doente e, se for caso disso e exigido, com o

    representante ou encarregado do doente. Cabe igualmente ao profissional de sade verificar as regras

    e regulamentos aplicveis aos medicamentos e dispositivos mdicos data da prescrio dotratamento.

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    O contedo destas consiste numa adaptao das Recomendaes para pacingcardaco e teraputica de ressincronizao cardaca. (European Heart Journal

    2007; 10 1093/eurheartj/ehm305)

    Para consultar o Texto Integral na European Heart Journale Europace visite o nosso site:

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