Pódio - 03 de agosto de 2014

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z 4 P ara sair do Empolgado ap ós v encer o Botafogo na última rodada, o Flamengo encara a Chapecoens e confiante que poderá vencer dois jogos seguidos pela primei ra vez na compet ição , e sai r da incômoda zona de rebaixamento. Pódio E 7 MANAUS, DOMINGO, 3 DE AGOSTO DE 2014 [email protected]

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Pódio E2 e E3DIEGO JANATÃz4

Para sair do

Empolgado após vencer o Botafogo na última rodada, o Flamengo encara a Chapecoense confi ante que poderá vencer dois jogos seguidos pela primeira vez na competição, e sair da incômoda zona de rebaixamento. Pódio E7

MANAUS, DOMINGO, 3 DE AGOSTO DE 2014 [email protected]

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Tínhamos jogadas e não desper-diçávamos chances de gol. Era o diferencial. Time grande não perde oportunida-de. O São Raimundo foi assim, quem viu, sabe que não estou exagerando”

Maior artilheiro do campeonato ama-zonense, ídolo de uma geração e

tricampeão da Copa Norte vestindo a camisa do São Raimundo. Esses são alguns adjetivos que o ex-atacante Delmo Arcângelo Coelho Mon-teiro pode receber. Nascido em Parintins, Delmo atual-mente é um dos treinadores do projeto Bom de Bola, iniciativa do governo do Amazonas. O ex-jogador que fi cou marcado por sempre utilizar a camisa 11 por todas as equipes por onde passou, conversou com a equipe Pódio e relembrou um pouco sobre sua carreira e seu trabalho no futebol, agora fora das quatro linhas.

Pódio – Ser jogador de futebol sempre foi um de-sejo pessoal?

Meu pai foi jogador em Pa-rintins e isso me infl uenciou. Acabei levado, por ele, para jogar pelo Amazonas FC. Era menor de idade e ele que tinha que assinar. Gostaria de ter começado no Nacional de Parintins. Fiquei 5 anos na equipe até ser chamado para a seleção da cidade.

Pódio – Como foi o seu

início de carreira? Comecei na Copa dos Rios

jogando pela seleção parin-tinense. Disputei por 3 anos esse campeonato. Em 95, cha-mei atenção do Nacional e de seu treinador que na época era o Adinamar Abib. Fizeram um convite e aceitei treinar na equipe. Fiz a temporada seguinte pela equipe e em 98 fui para o Rio Negro. Acabei fazendo um ótimo estadual e terminamos na segunda colo-cação. No mesmo ano fechei com o São Raimundo e minha carreira explodiu. Foi no time da Colina que conquistei os títulos mais importantes da minha carreira, incluindo o tri-

campeonato da Copa Norte.

Pódio – Como lidou com as difi culdades no seu começo?

A primeira difi culdade foi se acostumar com o calçado porque comecei sem base, jogando peladas descalço. A primeira regra de um jogador é ter seu material de trabalho. O outro foi os treinamentos porque são eles que fazem à diferença no trabalho de um atleta. Não tive essa escola nem o costume de treinar. Hoje trabalho no Bom de Bola e faço questão de mostrar isso para os garotos. A importância de eles estarem praticando o esporte ao invés de passarem o dia na rua correndo risco.

Pódio – Como foi viver o auge do São Raimundo?

Quem me levou para o São Raimundo foi o Ivan Guima-rães (ex-dirigente). Foi ótimo viver aquela época no clube.Como atacante, sempre colo-quei em mente que tinha que fazer gols. Tínhamos um gru-po muito bom. Existia respeito entre todos os jogadores. A amizade era grande também fora de campo e não tinha vai-dade. O companheirismo era acima de tudo. Era um time muito unido. Sabíamos a hora certa de atacar. Tínhamos jo-gadas e não desperdiçávamos chances de gol. Era o diferen-cial. Time grande não perde oportunidade. O São Raimun-do foi assim, quem viu, sabe que não estou exagerando.

Pódio – Enquanto defendia o São Raimundo, você rece-beu propostas para sair, mas decidiu fi car no clube. Por que dessa sua escolha?

Recebi muitas propostas, mas a última foi do Náuti-co (PE). Eles chegaram com uma proposta forte, porém tinha contrato com o clube e uma multa rescisória alta. Os dirigentes negociaram, mas não chegaram a uma solução. Não deu certo e fi quei. Acho que o destino também ajudou

muito nisso. Ficava de dezem-bro a fevereiro sem assinar contrato, apenas treinava no São Raimundo. Não aparecia nenhum interessado. Quando renovava com o clube, come-çava a aparecer propostas.

Pódio – Qual foi o jogo inesquecível?

Difícil escolher só um, por-que tiveram vários. Lembro de um que aconteceu na Colina contra o América de Natal. Era um jogo que precisávamos da vitória para não cair de divisão. Alem do América, tínhamos o Nacional que ofereceu bicho para derrotar nossa equipe. Aos 49 minutos, o Alberto acertou uma bela cobrança de falta e comemoramos a vitória como se fosse um titu-lo. Outro foi contra o Náutico no Vivaldão. Fiz um gol do meio campo, após receber a bola do Garanha. Mirei o gol, mas não sabia que entraria no ângulo.

Pódio – Como foi tomada a decisão de pendurar as chuteiras?

Parei porque tive decepções no futebol. Você é profi ssional, mas infelizmente os diretores não valorizam o seu trabalho. Essa foi uma decisão difícil porque sabia que seria vaiado, pois uma andorinha só não faz verão. Você se planeja, tem contas para pagar, mas o salário atrasa. Os dirigentes não cumprem com sua par-te. Hoje trabalho na área que gosto, no meio do futebol com a criançada. Por incrível que pareça, não sinto falta. Joguei na inauguração da Colina e foi ótimo reencontrar os amigos e bater aquele papo da antiga.

Pódio - Agora você tra-balha na base, como é essa experiência?

Sempre gostei de ensinar o que aprendi. Mostrar como é a vida de um jogador. Ensinar como é ser profi ssional. Tive a felicidade de trabalhar em 2009 no Manaus Compen-

são e conquistei o título da segunda divisão. Seguir car-reira aqui na cidade é difícil porque os diretores não dão valor aos profi ssionais da ter-ra. Muitos não entendem que os craques são formados na base. Essa formação é im-portante porque os garotos absorvem tudo e aprendem rápido. Acredito que a base é a solução para o futebol ama-zonense. Os ex-jogadores têm um pensamento diferente dos dirigentes. Sabemos da reali-dade. Está aí o Paulão (trei-nador do Manaus FC), que foi um ótimo zagueiro, provando isso tendo resultado na base. Os jogadores novos apren-dendo com os mais velhos.

Pódio – Em sua opinião, os dirigentes dos clubes ama-zonenses têm uma mentali-dade antiquada em relação à forma de fazer futebol?

Eles no começo prometem muito e depois não têm como cumprir o combinado. Os atle-tas que vêm de fora recebem de maneira diferente. Os daqui não são valorizados. Muitas vezes os do Estado pensam em parar por isso. Infelizmente acontece isso no futebol profi ssional. Sa-bemos que governo e prefeitura ajudam os times, mas falta or-ganização e planejamento.

Pódio – Valeu a pena tudo o que viveu no futebol?

Não tive a estrutura que os garotos têm hoje. Come-cei muito tarde e tive mui-tas contusões no decorrer da carreira, porém, valeu muito a pena. Construí um nome dentro do futebol. Sou res-peitado pelos clubes por onde passei. Deus ajuda quem tra-balha. O Delmo jogador é re-conhecido por todos e espe-ro também ser reconhecido pelo trabalho que faço hoje. É gratifi cante porque até os atletas que ainda estão na ativa falam comigo e dizem que sou um exemplo. Isso é muito importante para mim. Valeu muito a pena.

Delmo

Valeu MUITO a pena

Foi ótimo viver aquela época no clube. Como atacante, sempre coloquei em mente que tinha que fazer gols. Tínhamos um grupo muito bom. Existia respeito entre todos os jogadores. A amizade era grande também fora de campo e não tinha vai-dade. O companheirismo era acima de tudo

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

RAIMUNDO VALENTIM

Parei porque tive decep-ções no fu-tebol. Você é profi ssional, mas infeliz-mente os di-retores não valorizam o seu traba-lho. Essa foi uma decisão difícil porque sabia que seria vaiado

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E3MANAUS, DOMINGO, 3 DE AGOSTO DE 2014

Princesa vai a Rondônia para desencantar na Série DTime de Manacapuru ainda não venceu na competição nacional e está na penúltima posição do grupo A1. Hoje enfrenta o Genus

Com apenas um ponto em seis disputados no Campeonato Brasilei-ro da Série D e ocupan-

do a penúltima posição do gru-po A1, o Princesa do Solimões encara o Genus neste domingo (3), às 16h, no estádio Aluizio Ferreira, em Porto Velho (RO), em busca da primeira vitória na competição nacional. O técnico do Tubarão do Norte, Charles Guerreiro, mandará a campo a terceira formação diferente do time no torneio.

Insatisfeito com o rendi-mento do lateral esquerdo Al-berto na última partida diante do Rio Branco-AC, em casa, Guerreiro promoverá a es-treia do jovem Guilherme na posição. Aos 19 anos, o garoto que é cria das divisões de base do Princesa, está confi rmado

na equipe titular.“Você vê que o Gelvane está

machucado. O Alberto é um jo-gador que vinha jogando, mas a gente observou que no jogo não foi tão bem. Precisamos mudar. Não estamos aqui para tapar o sol com a peneira, nós temos que corrigir. Temos que buscar a vitória. É um jogador novo e um dia ele vai ter que estrear. E o momento é esse, fora de casa, longe da torcida, ele vai poder mostrar sua qualidade”, explica o comandante alvirrubro.

O garoto, por sua vez, é só alegria com a possibilidade de ajudar o time de Manacapuru a buscar a primeira vitória na Série D. Contudo, ele sabe da responsabilidade que terá ao entrar em campo com a ca-misa alvirrubra, mas acredita numa boa apresentação da equipe longe de casa.

“É o jogo da minha vida. Como sou o mais novo do elenco vou

dar o meu melhor e tentar sair de lá com a vitória, pois nós estamos precisando demais. A gente está trabalhando aí fi rme e forte e Deus vai nos abençoar. As vitórias vão chegar e, se Deus quiser, vamos dar sequencia”, confi a Guilherme.

Sem maiores problemas para escalar a equipe, Charles Guer-reiro deve mandar a campo o time com Paulo Wanzeler, Delciney, Lídio, Leandro Camilo, Guilherme; Rondinelle, Amaral, Renato Medeiros, Michell Pa-rintins; Branco e Somália.

Lourinho e Nando agrada-ram o comandante alvirrubro no último treinamento antes do embarque para Rondônia e podem pintar no time titular nos lugares de Renato Medei-ros e Somália, respectivamente. “Pode ser, a gente não descarta (mudar o time), até porque aqui ninguém tem contrato para ser titular”, despistou Guerreiro.

Embalado pela primeira vitória na competição, o treinador do Genus José Francisco não deve fazer mudanças na equipe titular para o jogo de hoje diante do Princesa do Solimões, no estádio Aluízio Ferreira.

Com o elenco montado as pressas para a disputa da Série D, já que herdou a vaga do Ariquemes, o time aurigrená ocupa a quarta colocação na ta-bela de classifi cação do campeonato. Foram dois jogos, com uma vitória e uma derrota.

Para o jogo de logo mais, que pode colocar o time rondoniense na zona de

classifi cação para a Sé-rie C, José Francisco deve mandar a campo a equipe no 4-4-2. O Genus vai a campo com Dida; Guara-pe, Thiago Vela, Vagner, Marlon; Chana, Pinóquio, Walter Maicon (Cavalo), Ronan; Marcos Canhoto e Rafael Pato.

A expectativa da direto-ria é de casa cheia no Alui-zão. Se na vitória contra o Atlético-AC 498 torcedo-res pagaram para assistir a partida, espera-se casa cheia para o duelo diante do Tubarão do Norte, já que a capacidade máxima do acanhado estádio é de 700 pessoas.

Genus repete time do último jogo

Estádio Aluizio Ferreira (RO)

16h

Rafael Odílio Ramos dos Santos (MT)

FICHA TÉCNICAGENUSPRINCESA

Local:

Horário:

Árbitro:

Genus: Dida; Guarape, Thiago Vela, Vagner, Marlon; Chana, Pinóquio, Walter Maicon, Ronan; Marcos Canhoto e Rafael Pato. Técnico: José Francisco

Princesa: Paulo Wanzeler, Del-ciney, Lídio, Leandro Camilo, Gui-lherme; Rondinelle, Cleiton Amaral, Renato Medeiros (Lourinho), Michell Parintins; Branco e Somália (Nan-do). Técnico: Charles Guerreiro

Estádio Aluizio Ferreira (RO)

16h (de Manaus)

Rafael Odílio Ramos dos Santos (MT)

ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

Atacante Branco desper-diça chance de gol duran-te treino do Princesa do Solimões em Manaus

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Oito combates agitam a 12ª edição do Mr. Cage

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Amazonense Diego Davilla castigando o adversário com agressividade, sua marca no octógono

O Mr. Cage Cham-pionship chega a sua 12ª edição, neste domingo (3).

Um dos maiores evento de Mixed Martial Arts (MMA) do Amazonas contará com oito combates, sendo um deles a defesa de cinturão categoria 61 kg. Entre os duelos, cinco lu-tas serão de atletas da capital amazonense contra lutadores do Rio de Janeiro. O Mr. Cage 12 será realizado a partir das 20h, no Centro de Convenções do Studio 5, bairro Japiim, Zona Sul de Manaus. O grande confronto da noite será entre o amazonense Diego Davilla e o carioca André Lourenço.

O anfi trião da noite, o ama-zonense Diego Davilla (CTP/SDSystem), 26, diz que há dois meses vem treinando pe-sado para mais uma edição do evento. Ele, que manteve o cinturão da edição em maio, ressaltou que está pronto para fi nalizar ou nocautear o adver-sário no primeiro round.

“Estou só esperando a hora da luta para fazer o que eu sempre fi z, que é vencer no pri-meiro round. Tenho estudado meu adversário e se ele levar para o chão, estarei em casa, pois jogo melhor no chão, que minha praia é o jiu-jítsu”, disse o lutador amazonense. Diego Davilla vem de três vitórias consecutivas em 2014. Em sete anos de carreira no MMA, ele já venceu 16 vezes e perdeu quatro. Já foi campeão do Bi-tetti Combat, Nitrix Champion Fight e Mr. Cage.

Já o carioca André Louren-ço, 21, informou que desco-nhece seu adversário, mas ressaltou que está prepa-rado para levar o cinturão para o Rio de Janeiro. “Estou tranquilo. Vou administrar a luta round por round. Vai dar para ganhar. Vai ser a vontade de Deus”, falou.

André iniciou no MMA aos 13 anos de idade. Ele começou a carreira na luta livre e já foi

campeão no Jungle Fight e outras competições cariocas. Em seu cartel constam seis vitórias e duas derrotas.

O melhor Para o organizador do Mr.

Cage, Samir Nadaf, esta é a maior edição de todos os tempos pelo número de com-bates de alto nível com atle-tas amazonenses e cariocas. Ele ressaltou que quatro atle-tas manauenses, crias do Mr. Cage, já estão prontos para integrar o maior evento de MMA do mundo, o UFC. “Naldo Silva, Diego Davilla,

Heliton Dias e Dileno Lopes são os meus atletas que es-tão prontos para os maio-res eventos internacionais da modalidade e, também, para o UFC”, revela.

Samir Nadaf relembrou que algumas feras amazonenses que já ganharam espaço no UFC passaram pelo Mr. Cage. “É o caso do Adriano Martins que lutou pela última vez em Manaus no Mr. Cage. Tem o Diego Brandão que lutou no Brasil pela última vez, também, no evento. Já o Michel Sassa-rito, saiu do evento para XFC Internacional”, relembra.

Os ingressos para assistir ao Mr. Cage 12 serão vendidos na bilheteria do Studio 5. O amante de lutas poderá comprar nos va-lores de R$ 70 (estudante/pla-teia), R$ 100 (plateia premium) e R$ 130 (VIP com comida japonesa inclusa/estudante).

CARD DE LUTAS

DEFESA DE CINTURÃO (61 KG)Diego Davilla (AM) x André Lourenço (RJ)

SUPERLUTA (61 KG)

Helinton dos Santos (AM) x Carlos Eduardo (RJ)Naldo Silva (AM) x Alvino Torres (DF)

PRELIMINARES

Adail Aranha (RR) x Igor Maxx (DF)Deigrisson Jacarezinho (AM) x Lincon Sá (RJ)Matheus Ortiz (AM) x Jamilson Daduzinho (RJ)

Rafael Dias (AM) x Carrilho Coari (AM)Fernando Tourinho (AM) x Max Douglas (AM)

O principal duelo da noite será entre o amazonense Diego Davilla e o carioca André Lourenço. Vale o cinturão do evento

A luta principal do Mr. Cage 12 coloca frente a frente o amazonense Die-go Davilla e o carioca André Lourenço. Mas antes da defesa de cinturão na cate-goria 61 kg, o evento será palco para da superluta entre Naldo Silva (AM) e Alvino Torres (DF).

Naldo Silva, 27, conhe-cido como Naldo Faveloso, há 8 anos se dedica ao mundo do MMA. No cur-rículo, ele tem 21 lutas, sendo 17 vitórias e qua-tro derrotas. Já conquistou competições nacionais e regionais como Shooto Brasil e Bitetti Combat.

Para o mais novo desafi o da carreira, Naldo ressal-tou que estudou bem os pontos fortes e baixos do seu adversário. O ama-zonense, que cresceu no esporte por meio do boxe e muay thai, espera nocaute-ar Alvino para melhorar no ranking. “Vai ser uma luta de alto nível porque os dois lutadores têm estilos de ir para a trocação. Ele gos-ta de lutar em pé. Vamos para cima dele. Eu quero nocauteá-lo para me valo-rizar ainda mais no cenário nacional”, comentou.

Alvino Torres, 38, tam-bém promete um em-bate de pura trocação dentro do octógono. De acordo com ele, as ca-racterísticas dos dois lu-tadores falam por si só, e o duelo tem tudo para ser um dos melhores da noite, já que ambos bus-carão o nocaute.

Naldo Silva quer nocautear o adversário

MANAUS - RJDois dos maiores centros da luta no mundo, Manaus e Rio de Janeiro, protago-nizarão uma disputa direta neste edição do Mr. Cage. Serão quatro lutas entre ma-nauenses e cariocas

Naldo Silva aplicando um belo chute em seu adversá-rio durante luta este ano

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Sonho americanoA jogadora de futebol Eduarda Pavão brilha nos gramados americanos e sonha em chegar à seleção brasileira. Nascida em Marília (SP), Duda, como é conhecida, morou 10 anos na capital amazonense até ir se aventurar na terra do Tio Sam

Habilidosa, talentosa e persistente. Essa é a jogadora de futebol Eduarda Pavão, 19.

Nascida em Marilia (SP), a jo-vem que morou por mais de dez anos em Manaus, hoje desfi la seu belo futebol em gramados norte-americanos atuando pela univer-sidade de Stetson. Duda, como é carinhosamente chamada, está fora do país desde os 15 anos e vai aos poucos conquistando seu espaço nos EUA.

O primeiro contato de Duda com o esporte aconteceu aos quatro anos, ainda em Marilia (SP). A própria atleta fala que via os meninos mais velhos jogando futebol e constan-temente pedia para seu pri-meiro professor, apelidado de Russo, para jogar também.

“O Russo não deixava porque os meninos eram mais velhos e eu seria a única menina. O futebol foi sempre uma paixão em minha vida. Brincava em frente de casa. Quando comecei a jogar, tive total apoio da minha família e na escola. Cheguei a Manaus e isso não mudou”, conta a atleta que aos sete anos teve que pedir uma autorização judicial para poder atuar no campeonato amazo-nense de futsal justamente porque era a única meni-na. A jovem ainda cita que no começo foi estranho porque os meninos não a c e i t a v a m treinar com ela, mas com

o passar do tempo e vendo a qualidade de seu futebol, se acos-tumaram e faziam até questão de sua presença nos times.

Preconceito Segundo Vânia Pavão, mãe

de Duda, a fi lha sempre sofreu com o preconceito por jogar fu-tebol. Ela conta que teve vezes em que estava acompanhando na arquibancada o jogo de sua fi lha e ouvia pessoas comen-tando o fato de ter uma menina no meio dos garotos.

“Uma mãe chegou a falar que nunca deixaria a sua fi lha jogar futebol. Nunca me importei com isso porque sempre soube que era a diversão favorita dela. Quando dava uma boneca, a Duda brincava bem pouco e já deixava de lado, ia para o quintal chutar a bola”, explicou a mãe coruja que sem-pre acompanhou sua fi lha em todos os cam-p e o n a t o s . Ela lembra que teve um jogo em que ela e sua f a m í l i a escutaram comentá-rios maldo-

sos na arquibancada durante a peleja. Ao término da partida, Duda jogou tão bem que as mesmas mulheres que antes falaram mal foram cumprimen-tar e aplaudir a jovem na saída do ginásio. Duda acredita que esse preconceito pode diminuir no país após a realização das Olimpíadas de 2016, que acon-tecerá no Rio de Janeiro.

“O evento ajudará a alavancar o esporte no Brasil. Nosso povo, que ainda tem preconceito, vai ver a seriedade da modalidade e respeitará o futebol feminino. Sinto preconceito aqui ainda, nos EUA não. Chega a ser es-tranho não ver uma menina praticando o esporte lá. No passado já me xingaram, mas nunca desisti. Ganhei o respeito dentro de campo e na teimosia”,

disse a bem-humorada

men i -na.

temente pedia para seu pri-meiro professor, apelidado de Russo, para jogar também.

“O Russo não deixava porque os meninos eram mais velhos e eu seria a única menina. O futebol foi sempre uma paixão em minha vida. Brincava em frente de casa. Quando comecei a jogar, tive total apoio da minha família e na escola. Cheguei a Manaus e isso não mudou”, conta a atleta que aos sete anos teve que pedir uma autorização judicial para poder atuar no campeonato amazo-nense de futsal justamente porque era a única meni-na. A jovem ainda cita que no começo foi estranho porque os meninos não a c e i t a v a m treinar com ela, mas com

chutar a bola”, explicou a mãe coruja que sem-pre acompanhou sua fi lha em todos os cam-p e o n a t o s . Ela lembra que teve um jogo em que ela e sua f a m í l i a escutaram comentá-rios maldo-

disse a bem-humorada

men i -na.

Aos 15 anos, Duda se mudou para os EUA e foi atuar pela IMG Academy. Chegando lá, a jovem sentiu a primeira diferença: a orga-nização do esporte. Acostu-mada com a estrutura que tinha em Manaus, a atleta se deparou com outra realida-de no país do Tio Sam.

“Não tem comparação a estrutura dos EUA com a daqui. Lá temos várias li-gas e varias divisões. Eles apóiam você desde peque-no. Tem vários colégios e

universidades apoiando e dando bolsas de estudo para os atletas. É um incentivo extra. Acho que o Brasil está bem atrás da realidade americana. Tive a oportuni-dade de ir ao Rio de Janei-ro, joguei com alguns times de lá, nenhum clube daqui (Brasil) é tão bom quanto os dos EUA. Lá tratam o futebol masculino e femini-no da mesma forma”, citou Duda, que está indo para o segundo ano da faculdade de comunicação social.

‘Futebol nos EUA é organizado’

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

A garota, que já treinou com a seleção de base do Brasil na Granja Comary, mira agora uma chance na seleção brasileira. Por incrível que pareça, jogar fora do país pesa negativamente para que isso aconteça, pois as jogadoras que estão fora não têm a mesma visibi-lidade que as que atuam aqui. Prova disso são as ultimas convocações. A grande maioria joga em clubes nacionais.

Duda afi rma que a reali-dade do futebol feminino brasileiro está melhoran-do. O problema é que os clubes não conseguem se manter por muito tempo na ativa. Exemplo disso foi o Santos, que montou um time recheado de cra-ques da seleção brasilei-ra, como Maurine e Marta, mas não continuou por falta de recurso.

“No Brasil, as pessoas que investem no espor-te ainda estão fechadas para o futebol feminino. Não dá para comparar com a Europa nem os EUA. A liga feminina nos EUA está muito forte. O soccer como um todo, está crescendo muito lá. Exemplo disso é a ida de jogadores famosos como Kaká, Lampard e David Beckham”, falou a jogadora, que teve a oportunidade de traba-lhar como voluntária nos jogos realizados na Are-na da Amazônia Vivaldo Lima durante a Copa do Mundo 2014. Experiên-cia que a jovem levará para sempre, pois teve a chance de ver ídolos como Pirlo, Balotelli, Mo-dric, Rooney e Cristiano Ronaldo de perto.

Sonho é chegar à seleção brasileira

Duda mostra a camisa do Brasil autografada por CR7 na Copa

Eduarda mostrando a sua habilidade, que tem agradado nos EUA

O amor de Duda pelo futebol ex-pressado por um beijo na bola, ob-jeto mais amado do esporte

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Chuteiras, meião e short. Dessa maneira que Duda se sente mais à vontade. Completa a lista com uma bola de futebol

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Palmeiras quer afastar o perigo no centenário

O Palmeiras, que chegou a gritar “é campeão” com o troféu Julinho Botelho nas mãos após vencer a Fiorentina na quar-ta-feira, volta ao Pacaembu para melhorar a sua realidade. O time iniciou a 13ª rodada do Brasileiro a três pontos da zona de rebaixamento e enfrenta o Bahia às 16 horas (de Brasília) deste domingo com a missão de não deixar, desde já, qualquer perigo de descenso se aproximar.

O zagueiro Lúcio volta após ser desfalque por fratura no rosto e Josimar ganha vaga no meio-campo. O argentino Allione teve problemas com a documentação e não joga.

Internacional e Santos se enfrentam pelo Brasileirão

Internacional e Santos viveram semanas parecidas. Depois de vencerem pelo Brasileirão no último sábado, ambos perderam suas partidas pela Copa do Brasil no meio de semana. Agora, o objetivo de ambos é o de vencer hoje (3), às 17h30 (de Manaus), no Beira-Rio, resultado que pode valer uma vaga no G-4 para os dois ao fi nal desta 13ª rodada do Brasileirão.

A carta na manga de Oswaldo pode ser Leandro Da-mião. Ex-jogador do Inter, Damião está em fase final da recuperação de um entorse no tornozelo esquerdo e pode aparecer no banco de reservas.

Sport visita o lanterna em busca de continuar boa fase

Em realidades totalmente opostas, Figueirense e Sport se enfrentam hoje (3), às 15h (de Manaus), no estádio Orlando Scarpelli, pela 13ª rodada do Campe-onato Brasileiro. Enquanto os catarinenses lutam para deixar a lanterna da competição e iniciar uma recupe-ração capaz de tirá-los da zona do rebaixamento, os pernambucanos fl ertam com o G-4.

Invicto há seis jogos no Campeonato Brasileiro, o Sport aposta na solidez da defesa, que sofreu apenas um gol nessa sequência de invencibilidade, para voltar ao Recife com os três pontos. Rithely e Patric, que cumpriram suspensão na última rodada, voltam ao time diante do combalido Figuei-rense, que já sofreu 20 gols nos 12 jogos disputados.

Na zona de rebaixamento, o Coritiba recebe o vice-líder Corinthians no estádio Couto Pereira, em Curitiba (PR)

Duelo de apostos no sul

Coritiba e Corinthians entrarão em campo hoje (3) às 15h (de Manaus), no Couto

Pereira, com um objetivo em comum, ampliar o bom mo-mento. Os anseios na tabela do Campeonato Brasileiro é que serão bem diferentes. Os donos da casa lutam para dei-xar a zona do rebaixamento e os visitantes seguem na caça ao líder Cruzeiro.

Cinco pontos atrás do pri-meiro colocado no início da rodada, o time do Parque São Jorge não perdeu desde a re-tomada da competição após a Copa do Mundo e vem de vitória sobre o rival Palmeiras. Com bons resultados em seu estádio, os comandados de Mano Menezes esperam fazer o mesmo longe de casa.

“É sempre melhor jogar den-tro de casa, conseguimos cum-prir o que a gente pretendia

nessa sequência. Agora, temos que continuar desempenhando um bom futebol fora”, afi rmou o meia Jadson, que volta ao time titular depois de cumprir suspensão no clássico.

Guerreiro, suspenso, dá lugar para que Romarinho forme a du-pla de ataque com o paraguaio Ángel Romero no duelo.

Do lado do Coxa, a equi-pe deverá ser a mesma que derrotou o Grêmio, em Porto Alegre. Poupando alguns titu-lares, o Coritiba bateu também o Paysandu, na quinta-feira, pela Copa do Brasil.

“O jogo contra o Corin-thians é diferente, é como o do Grêmio. Não é o que vocês viram contra o Paysandu, com o time adversário jogando por uma bola. As equipes que estão na ponta da tabela vêm para cá para ganhar, para atacar o Coritiba”, analisou o técnico Celso Roth.

FICHA TÉCNICACORITIBA-PRCORINTHIANS-SP

Local:

Horário:

Árbitro:

estádio Couto Pereira (PR)

15h (de Manaus)

Leandro Pedro Vuaden (RS)

Coritiba: Vanderlei; Norberto, Welinton (Leandro Almeida), Luccas Claro e Dener Assunção; Germano, Baraka, Robinho (Él-ber) e Alex; Dudu e Zé LoveTécnico: Celso Roth

Corinthians: Cássio; Fagner, Cleber, Gil e Fábio Santos; Ralf, Elias, Petros e Jadson; Romarinho e RomeroTécnico: Mano Menezes

Ángel Romero

comandará o ataque

corinthiano no jogo D

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Respirando ares mais tranqui-los por conta da vitória de 1

a 0 sobre o Botafogo, o Flamengo tenta ga-nhar embalo hoje (3), quando visita a Chape-coense às 15h (de Ma-naus), na Arena Condá (SC), pela 13ª rodada do Campeonato Brasi-leiro. Apesar do bom resultado no clássico, o clima é de preocupação, pois o time tem apenas dez pontos e fi gura na zona de rebaixamento. Pelo lado do anfi trião a palavra de ordem é reagir após a derrota de 3 a 0 para o Santos, que manteve os catari-nenses com 11 pontos, fl ertando com o Z4.

Vanderlei Luxembur-go, técnico do Flamen-go, vem trabalhando com seus jogadores um discurso bem realista e vê a situação ainda preocupante. Para ele o confronto deste do-

mingo deve ser tratado com caráter decisivo, como um choque direto. Isso porque, em caso de triunfo, os fl amenguistas ultrapassam a Chape na tabela de classifi cação.

Escalação“Trata-se de um con-

fronto direto, de um jogo muito complicado, mas que é uma fi nal para a nossa equipe. O am-biente melhorou contra o Botafogo e as pessoas já nos olham com outra cara. Mas é preciso dar sequência a isso, senão as coisas podem voltar a piorar. Já estive em Chapecó em algumas si-tuações e sei que é muito complicado ganhar lá”, disse Vanderlei, que in-clusive conseguiu anteci-par a viagem para o in-terior de Santa Catarina em um dia para evitar um desgaste ainda maior de seus comandados.

Em relação à escala-ção não há mistério. O vo-

lante Luiz Antonio jogará na lateral direita. Gabriel entra na vaga do machu-cado Paulinho no ataque. O argentino Canteros fará a mar-c a -

ç ã o do meio, substituindo Cáceres, expulso contra o Botafogo. No gol, Pau-lo Victor segue entre os titulares.

“O Flamengo ganhou novo ânimo, os jogado-res estão mais leves e isso vai fazer com que o jogo deles possa fl uir com mais facilidade. Não podemos permi-tir, portanto, que eles tenham o controle das ações. Jogando em casa somos muito fortes e temos que usar o que temos de melhor a nosso favor para somar os três pontos”, afi rmou o za-gueiro da Chapecoense, Rafael Lima.

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O volante argentino Héctor Canteros vai estrear pelo Rubro-Negro carioca

Atléticos duelam no estádio Independência

Sem Ronaldinho Gaúcho, o Atlético-MG volta a campo pelo Brasileiro hoje, receben-do o Atlético-PR, às 17h30 (de Manaus), no Independên-cia. O pensamento alvinegro é somente de vencer para iniciar uma reação na compe-tição. Os mineiros ocupam a 11º posição com 15 pontos.

O técnico Levir Culpi esco-lheu Guilherme como subs-tituto de Ronaldinho. Com isso, a tendência é que seja mantida a base da equipe

que perdeu para o Sport na rodada passada.

Pelo Furacão, o técnico Do-riva será obrigado a modifi -car. O goleiro Weverton está supenso e Santos assume a meta rubro-negra. Se optar pela volta do 4-4-2, o que pa-rece mais lógico no momento, Bady entra no lugar do ata-cante Éderson que negocia sua saída do clube. Se insistir no 4-3-3, as opções aumen-tam. Dellatorre, Mosquito e Cléo são as opções.

EM MINAS

Fluminense enfrenta o Goiás com Fred no banco

Após as vitórias do fi m de semana, Fluminense e Goiás se enfrentam hoje (3), no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. Os tricolores es-tão na briga pela liderança, enquanto que os goianos mi-ram uma vaga no G-4. Para os donos da casa, a grande novidade será o retorno do atacante Fred ao time após a disputa da Copa do Mundo.

O técnico Cristovão Bor-ges afi rmou que já decidiu sobre a presença do jogador desde o início, mas só vai divulgar no dia da partida. A parte física do camisa 9 do Fluminense é a preocupação do treinador. Caso Fred fi que

como opção no banco, Rafael Sóbis seguirá na equipe.

O Fluminense vem de atu-ação quase perfeita con-tra o Atlético-PR, fora de casa. No entanto, Cristóvão Borges não crê que os tri-colores tenham desempe-nho semelhante neste fim de semana.

Já no Goiás, o pensamen-to é de muito respeito ao adversário. Em termos de escalação, o técnico Ricar-do Drubscky deve repetir a equipe que venceu o Tri-color paulista na semana passada, com o ataque sendo formado por Erik e Bruno Mineiro.

PELO TOPO

lante Luiz Antonio jogará na lateral direita. Gabriel entra na vaga do machu-cado Paulinho no ataque. O argentino Canteros fará a mar-c a -

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Cariocas vêm de vitória sobre o Botafogo e querem vencer dois jogos seguidos pela primeira

Fla quer embalar contra Chapecoense

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