Pódio - 10 de agosto de 2014

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Pódio E6 Gre-Nal no Beira-Rio marca a reestreia de Felipão Menino na vila Pódio E7 Para sair da lanterna, Fla encara o Sport no Maraca MANAUS, DOMINGO, 10 AGOSTO DE 2014 [email protected] RICARDO SAIBUN/GAZETA No local onde nas ceu para o futebo l e contra o ad versário q ue sempre lh e traz boas recordaç ões, o a t acan te Robinho f az sua reestreia com a camisa do Santos hoje. O jogador mostrou nos treinos a mesma empolgação do início da carreira e espera recuperar a alcu nha de Rei das Pedaladas . E 8

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

Transcript of Pódio - 10 de agosto de 2014

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Pódio E6

Gre-Nal no Beira-Rio marca a reestreia de Felipão

Menino na vila

Pódio E7

Para sair da lanterna, Fla encara o Sport no Maraca

MANAUS, DOMINGO, 10 AGOSTO DE 2014 [email protected]

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No local onde nasceu para o futebol e contra o adversário que sempre lhe traz boas recordações, o atacante Robinho faz sua reestreia com a camisa do Santos hoje. O jogador mostrou nos treinos a mesma empolgação do início da carreira e espera recuperar a alcunha de Rei das Pedaladas. E8

, DOMINGO, 10 AGOSTO DE 2014 [email protected]

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E2 MANAUS, DOMINGO, 10 AGOSTO DE 2014

Eu, que amo o esporte, acompanho um pouco de tudo, fico muito triste por-que temos uma Olim-píada daqui dois anos no Brasil e provavel-mente não teremos um amazonense presente”

Conhecido como Jungle Boy, o piloto amazo-nense Antonio Pizzonia fez história no auto-

mobilismo mundial e conseguiu chegar à principal categoria do mundo, a F-1. O piloto começou sua carreira no Estado e virou sensação na Europa ainda nas categorias que davam acesso à F-1 por seu estilo arrojado. Hoje, aos 33 anos, Pizzonia corre na Stock Car pela equipe Prati-Mico’s Racing e conversou com o Pódio para relembrar histórias e contar algumas curiosidades que viveu durante esse período em que representou o Amazo-nas nas pistas pelo mundo.

Pódio - Quando você co-meçou não tinha na cidade um autódromo. Como lidou com isso?

No começo, era mais uma brincadeira, uma diversão de criança. Tinha apenas nove anos. As difi culdades come-çaram a aparecer quando foi fi cando profi ssional e pegan-do gosto. Ganhei o primeiro kart de presente do sócio do meu pai. Andei pela pri-meira vez e me apaixonei. A mesma pessoa que deu o kart, começou a falar para o meu pai que ele deveria me levar para correr fora de Manaus, em um kartódromo profi ssional. Tudo isso para ver como me sairia. Depois de muita insistência, meu pai me levou para correr em São Paulo. Lá é o pólo do automobilismo nacional. Fui e ganhei a primeira corrida. Nesse momento, o mesmo cara que deu o kart começou a falar que ele deveria inves-tir no meu potencial. Porém, as coisas começaram a fi car difíceis e mais caras para a minha família. Tinha que viajar sempre e perder aulas na escola. Não podia fazer mais de um campeonato por ano. Então o meu foco era o campeonato paulista de kart e o brasileiro.

Pódio - Você apoiou a construção do kartódromo na cidade em 1995. Como foi vê-lo destruído?

É triste porque sei da luta

para realizar aquela cons-trução, mas o kartódromo já vinha em um processo de abandono há muitos anos. Os pilotos que utilizavam, eu por exemplo, que tentavam manter a pista. Limpando, cortando a grama e refor-mando as dependências. Mas mesmo com essas difi -culdades, ainda aconteciam bastantes corridas e muitos pilotos utilizavam nos fi nais de semana. É uma pena a destruição porque é um es-porte muito difícil, que não tem tradição no Estado. Fui o único piloto da história, e provavelmente vou ser por um bom tempo, que conse-guiu sucesso. O meu ciclo está acabando. Se ainda fos-se correr em carros de fór-mula, teria uns cinco anos. Mas é um ciclo que acaba e que gostaria de ver reno-vação, só que sem pista fi ca difícil. Muita coisa aconteceu na minha carreira para que eu conseguisse desenvolver meu talento, mas não tenho dúvida que também foi um dom que Deus deu. Imagine para uma criança que não tem esse talento. Quando não se tem uma estrutura, não tem por onde começar, esquece.

Pódio - Para mudar essa situação, acha que deve-ria existir mais apoio de patrocínios e do próprio Estado?

Acho que o esporte no Amazonas, sinceramente, é precário. Isso em todas as modalidades. Nosso Estado é grande e rico, comparado com outros do país. É longe, mas não impede de nada. Poderia ter a nossa base aqui, mas isso não acontece. Se perguntar qual é o esporte do Amazonas, não sabemos. Não existe. De vez em quan-do, aparece um e outro. Assim como apareci. Mas isso é uma pena. Não tem cultura, não tem investimento para me-lhorar. Eu que amo o espor-te, acompanho um pouco de tudo, fi co muito triste porque temos uma Olimpíada daqui dois anos no Brasil e prova-velmente não teremos um amazonense presente. É uma vergonha. Temos um Estado grande e não contaremos

com um representante.

Pódio - Você sempre le-vantou a bandeira do Esta-do e brigou por incentivos. Fazia isso por orgulho de ser da terra e por saber o quanto foi difícil chegar até onde chegou?

Minha briga maior foi por-que sei a difi culdade que pas-sei. Eu sei o quanto é difícil uma pessoa sair daqui e se destacar fora porque não temos quase nenhuma estrutura. Eu, que vivo no esporte, sei que o trabalho que tem que ser fei-to com o atleta é muito mais que na hora do treinamento. Precisa de um nutricionista, um psicólogo, um médico e um fi sioterapeuta. Todas es-sas áreas são precárias em Manaus. E isso com qualquer esporte, até o mais simples.

Pódio - Você já faz parte da história do esporte local, esperava chegar tão longe na sua carreira?

A F-1 era um sonho muito distante. Era uma coisa qua-se impossível. Queria fazer muito mais lá. Queria ser campeão mundial, mas por diversos motivos não con-quistei, porém, meu maior sonho realizei. Fiz minha história no automobilismo. O fato de ter feito algumas corridas na F-1 foi o ápice do que é mais difícil de alcançar. Venci muito antes de chegar lá e continuo vencendo de-pois de sair.

Pódio - Após parar, pensa

em ajudar a desenvolver o esporte no Amazonas?

Eu sempre tentei ajudar como posso. Agora, não cabe só a mim. Tem muita gente acima que tem que ter mais vontade do que eu para tor-nar as coisas mais viáveis. Primeiro, o esporte tem que ser acessível. Falo isso por-que passava pela Recife com sete ou oito anos de idade e via aqueles carrinhos andan-do. Era uma coisa visível e tinha acesso. A criança não pode ter a chance de ver o esporte pela televisão e não ter a menor idéia de onde pode praticar a modalidade. O vôlei é um esporte muito popular no Brasil, mas aqui

não sei a onde ir para levar meu fi lho. Meu pai é de uma cidade do interior de São Pau-lo e é impressionante como a cultura esportiva é diferente. Já vem das escolas, quase americanizado. A criança já cresce com a mentalidade de que se for bem nos espor-tes, vai ter vários benefícios. Aqui não, diferente do que acontece nos EUA e de algu-mas cidades brasileiras. Essa cultura é importante para desenvolver o esporte.

Pódio – Nesse ano, ga-nhou uma corrida na Stock Car. Esse feito serve para motivar?

A vitória motiva. Acho que o sabor da vitória é igual independente da categoria em que estiver. Podemos ver isso na última corrida da categoria. A emoção do Rubinho foi a mesma da Fórmula 1. Sabemos que há dificuldade. É outra ca-tegoria, outro carro, mas a dificuldade é a mesma. A essência do esporte não muda. Tem muita gente que sente prazer em pilotar um carro de corrida, comigo é diferente. O meu prazer é ganhar corrida. Enquanto tiver ganhando corridas, vou continuar. Se um dia parar de ser competitivo, o sentindo do automobilismo vai parar.

Pódio - Quais os próximos planos do Jungle Boy?

Ganhar mais corridas nesse ano. Primeira vez na Stock Car que estou numa equipe que me dá condições de brigar mais à frente. Nos anos anterio-res, estava em equipe pe-quena. Nesse ano, encarei o desafio de voltar para a categoria, acreditei no pro-jeto do nosso patrocinador que é diferenciado. Ele quer saber do piloto ganhando. Os dois carros no pódio e brigando por titulo. Fiquei muito feliz com o convite e com a confiança em mim. Começamos bem, estamos liderando o campeonato. A minha vitória foi a primeira da equipe e do patroci-nador. Quero ganhar mais corrida. Esse é o objetivo para essa temporada.

Antonio Pizzonia

‘O meu PRAZER É ganhar CORRIDA’

Tem muita gente que sen-te prazer em pilotar um carro de corrida, comigo é diferente. O meu prazer é ganhar corrida. Enquanto tiver ganhando corridas, vou continuar. Se um dia parar de ser competitivo, o sentido do automobilismo vai parar”

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

FOTOS: DIEGO JANATÃ

Acho que o esporte no Amazonas, sinceramen-te, é precá-rio. Isso em todas as modalida-des. Nosso estado é grande e rico, com-parado com outros do país

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E3MANAUS, DOMINGO, 10 AGOSTO DE 2014

Obrasileiro é apaixo-nado por futebol. Manaus sediou a Copa do Mundo e

reavivou o espírito do torcedor local de ir ao estádio. Hoje é o segundo domingo de agosto. Talvez, olhando rapidamente, essas afi rmações não tenham conexão entre si. Mas, a dire-ção da escola municipal Odete Puga decidiu misturar tudo isso e o resultado foi uma maneira diferente de feste-jar o Dia dos Pais. Nada de celebração na escola, como de costume. No lugar disso, algo mais atraente no universo masculino: uma visita à Arena da Amazônia. O passeio foi na manhã da última sexta-feira (8) e reuniu mais 200 pais e fi lhos. Durou pouco mais de 30 minutos, tempo mais do que sufi ciente para fi car marcado para sempre na memória.

A maioria dos pais nunca tinham pisado no novo está-

dio amazonense. O industriário Alessandro Nascimento, 33 é um deles. Ao lado de Andrey, seu fi lho de 6 anos, ele é quem parecia ser a criança. Boquia-berto, disse estar deslumbrado com a beleza do Vivaldão, como ele mesmo disse que continua chamando a arena.

“É a primeira vez que venho aqui. É lindo demais, foi um presente muito legal de dia dos pais. A sensação de estar com meu fi lho num estádio lindo desse é sensacional. Nossa, você não tem ideia da minha felicidade”, disse empolgado.

O professor Francisco Filho teve uma alegria dupla. Pai de dois alunos da escola e marido da pedagoga da unidade de ensino, comemorou em família o seu dia. Ela conta que só co-nhecia a arena pela televisão e que de perto, ela é muito mais bonita. Com uma máqui-na fotográfi ca nas mãos, ele fez questão de registrar cada momento. Foi tanta foto que a memória fi cou cheia.

“É um momento histórico

e tem que registrar, né? É a minha primeira vez na are-na da Amazônia e em um dia especial, onde a escola promoveu esse encontro de pais e fi lhos, alusivo ao Dia dos Pais. Fico feliz de estar aqui com a minha família comemorando o meu dia. Eu prometi a eles que os traria ao estádio, mas não deu na Copa porque estava muito tu-multuado. Coincidiu de ser no Dia dos Pais”, comemorou.

EmoçãoAfi cionado por futebol e fl a-

menguista roxo, Marcos An-tônio Nascimento ainda não tinha tido a oportunidade de visitar a Arena da Amazônia. Acompanhado da fi lha, Kemi-le, ele fi cou emocionado ao lembrar que estava pisando no gramado onde desfi la-ram craques mundiais como Cristiano Ronaldo (Portugal), Balotelli (Itália) e Rooney (In-glaterra) e que foi palco de uma Copa do Mundo.

“Cara, estar aqui é uma emo-

ção muito grande. Pisar nesse gramado me deu uma sensa-ção diferente. Não tem como explicar. Olhando de longe não dá para entender. Vou deixar registrado para guardar como recordação”, falou.

Perguntado se esse foi o melhor presente de dia dos pais que recebeu, ele não teve dúvidas. “Desde que minha fi -lha nasceu, com certeza, este foi o melhor presente que já ganhei”, afi rmou.

IdeiaSegundo a diretora da escola

Odete Puga, Amanda Macano-ni, a festa sempre é comemo-rada na escola, mas como este ano a cidade recebeu quatro jogos da Copa do Mundo, eles pegaram o gancho para fazer uma atividade diferente.

“Hoje só tem homens aqui. As mulheres são as que trabalham na escola. Nós queríamos fazer uma interação entre os pais e os fi lhos. Tem tudo a haver, pai, fi lho, futebol, arena. Eles adoraram a ideia”, revelou.

Presente inesquecível

Mais de 200 pais de alunos da escola municipal Odete Puga comemoram o seu dia com uma visita na Arena da Amazônia

THIAGO BOTELHOEquipe EM TEMPO

Francisco Filho realizando o sonho de pisar no gramado da arena

LTON SANTOS

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E4 E5MANAUS, DOMINGO, 10 AGOSTO DE 2014

Falta de apoio prejudica futebol amazonense Clubes amazonenses encontram difi culdades para buscar patrocínio junto às empresas do Polo Industrial de Manaus

Basta começar a dis-cutir melhorias para o futebol amazonense que um assunto vem

à tona: a falta de patrocínio por parte do empresariado lo-cal ao esporte mais praticado do Brasil. Por abrigar no Polo Industrial de Manaus (PIM) e conceder vários incentivos fi s-cais as multinacionais que aqui se estabelecem, os questiona-mentos são ainda maiores.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazo-nas (Fieam), Antônio Silva, viveu os dois lados da moeda. Ele presidiu o centenário Rio Negro e fez parte da diretoria de 1987 a 1992. De acordo com ele, o futebol amazonense precisa ser reinventado para que boas pro-postas de patrocínios surjam.

“Em primeiro lugar, nós te-mos que reformular o futebol local como um todo. Pensar de que forma podemos trazer a torcida ao campo. Trazer jogadores veteranos, mas que ainda estejam atuando, pode ser o caminho. Mas não para um clube só, mas para três, quatro. Precisamos revitalizar o futebol como um todo, esse é o caminho”, receita Silva.

Para ele, o desinteresse das grandes empresas do PIM em patrocinar os clubes da cidade

tem explicação. Silva acredita que é complicado as equipes locais venderem com o otimismo a ideia de colaboração para as indústrias, já que o campeonato estadual não atrai bons públicos e, consequentemente, dá pouca visibilidade às marcas.

“O problema para a ausên-cia de patrocínio é a falta de retorno. Você tendo jogo com bom público no estádio, natu-ralmente tem transmissão, vai

ter uma marca registrada na sua camisa, alguém olhando para essa marca e isso pode gerar um retorno”, aponta o ex-presidente rio-negrense.

Distância difi cultaNo fi nal da década de 90 e

início da década de 2000, quando o São Raimundo conseguiu o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro, o futebol amazonense viveu bons momentos. À época, o

clube, que tinha o futebol gerido por um departamento autôno-mo, alcançou bons resultados. Um dos responsáveis pelas conquistas foi Ivan Guimarães, atualmente diretor de futebol da Federação Amazonense de Futebol (FAF).

Em meados dos anos 2000, quando a equipe disputava a Série B, surgiram boatos de que a Honda mostrou interesse em apoiar o clube, mas com uma condição: a fábrica disponibiliza-ria um executivo para fazer parte da diretoria do São Raimundo e “fi scalizar” o uso da verba de patrocínio. Guimarães negou e explicou o que, de fato, ocorreu.

“Nunca aconteceu proposta de lá (da empresa) para cá (São Raimundo), e sim daqui para lá. Aqui (em Manaus) o projeto era sempre bem recebido, mas quando era levado a São Paulo acabava engavetado. Eles ale-gavam que não era o segmento deles, já que fabricavam carros e motos. Para outras empresas nós mandamos e nunca tivemos uma resposta positiva, diziam que o mercado consumidor não era Manaus, e sim Rio de Janeiro e São Paulo”, explica.

Apesar da ajuda nunca ter saído, Guimarães fez questão de lembrar que a indústria coopera sim, com futebol amazonense.

O PÓDIO tentou contato com a Honda da Amazônia, mas não obteve resposta.

ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

APOIONem mesmo a excelen-te fase vivida pelo São Raimundo no fi nal da dé-cada de 90 e início dos anos 2000 foi capaz de atrair um bom patrocínio para o clube, que teve uma duradoura parceria com as Lojas HM

Representante do Ama-zonas no Campeonato Bra-sileiro da Série D, o Prin-cesa do Solimões se vira como pode para manter a folha de pagamentos e demais despesas em dias. Sem patrocínio de grandes empresas, o atual vice-campeão amazonense so-brevive por conta de recur-sos dos seus dirigentes.

“Quando começamos uma temporada vamos em busca de parceiros. Nós estivemos no Distrito, fo-mos na Samsung, mas eles não apoiam, não patroci-nam. Hoje, os custos são bancados com recursos da diretoria, nós somos empresários. O Princesa, no Amazonas, é o único time com todas as cer-tidões negativas em dia, não devemos nenhum im-posto de órgão algum, e ninguém ajuda a gente”, reclama o diretor de fute-bol do Tubarão do Norte,Rone Barbosa.

O dirigente ressalta o apoio que recebe da Pre-feitura Municipal de Ma-nacapuru e do governo do Estado, além da Soma Distribuidora (empresa do diretor) e da RM Material de Construção (do também

diretor de futebol do al-virrubro, Raphael Maddy). Assim como Ivan Guima-rães, Barbosa afi rma que as empresas do PIM alegam que suas matrizes fi cam em São Paulo e lá é que são avaliadas as propostas de patrocínio.

“Há anos estamos ten-tando (patrocínio). Eu não tenho condições de manter um grande clube. Os custos giram em torno de R$ 220 mil. Às vezes dá vontade de desistir porque é muita promessa, mas temos espe-rança que um dia apareça alguém que ajude. Os caras vêm para cá cheio de incen-tivos. Nossas autoridades deveriam exigir deles o lado social, e não só os empregos gerados. Não patrocinam porque não querem. O docu-mento que os grandes têm o Princesa também tem. Não tem desculpa. Eles vão dizer que não tem retorno, não tem expressão. Tudo bem, hoje não tem, mas amanhã pode ter. Nós precisamos de uma ajuda inicial”, desaba-fou Barbosa.

O PÓDIO tentou conta-to com a matriz da Sa-msung, que fi ca na gran-de São Paulo, mas nãoobteve sucesso.

Trabalho com recursos próprios

Camisa do Princesa estampa a marca da Prefeitura de Manacapuru

São Raimundo tentou, mas não conseguiu um bom patrocínioAntônia Silva, presidente da Fieam, já presidiu o Rio Negro e hoje torce para o ressurgimento do clube, que passou por momentos desesperadores quando se afundou em dívidas

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Falta de apoio prejudica futebol amazonense Clubes amazonenses encontram difi culdades para buscar patrocínio junto às empresas do Polo Industrial de Manaus

Basta começar a dis-cutir melhorias para o futebol amazonense que um assunto vem

à tona: a falta de patrocínio por parte do empresariado lo-cal ao esporte mais praticado do Brasil. Por abrigar no Polo Industrial de Manaus (PIM) e conceder vários incentivos fi s-cais as multinacionais que aqui se estabelecem, os questiona-mentos são ainda maiores.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazo-nas (Fieam), Antônio Silva, viveu os dois lados da moeda. Ele presidiu o centenário Rio Negro e fez parte da diretoria de 1987 a 1992. De acordo com ele, o futebol amazonense precisa ser reinventado para que boas pro-postas de patrocínios surjam.

“Em primeiro lugar, nós te-mos que reformular o futebol local como um todo. Pensar de que forma podemos trazer a torcida ao campo. Trazer jogadores veteranos, mas que ainda estejam atuando, pode ser o caminho. Mas não para um clube só, mas para três, quatro. Precisamos revitalizar o futebol como um todo, esse é o caminho”, receita Silva.

Para ele, o desinteresse das grandes empresas do PIM em patrocinar os clubes da cidade

tem explicação. Silva acredita que é complicado as equipes locais venderem com o otimismo a ideia de colaboração para as indústrias, já que o campeonato estadual não atrai bons públicos e, consequentemente, dá pouca visibilidade às marcas.

“O problema para a ausên-cia de patrocínio é a falta de retorno. Você tendo jogo com bom público no estádio, natu-ralmente tem transmissão, vai

ter uma marca registrada na sua camisa, alguém olhando para essa marca e isso pode gerar um retorno”, aponta o ex-presidente rio-negrense.

Distância difi cultaNo fi nal da década de 90 e

início da década de 2000, quando o São Raimundo conseguiu o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro, o futebol amazonense viveu bons momentos. À época, o

clube, que tinha o futebol gerido por um departamento autôno-mo, alcançou bons resultados. Um dos responsáveis pelas conquistas foi Ivan Guimarães, atualmente diretor de futebol da Federação Amazonense de Futebol (FAF).

Em meados dos anos 2000, quando a equipe disputava a Série B, surgiram boatos de que a Honda mostrou interesse em apoiar o clube, mas com uma condição: a fábrica disponibiliza-ria um executivo para fazer parte da diretoria do São Raimundo e “fi scalizar” o uso da verba de patrocínio. Guimarães negou e explicou o que, de fato, ocorreu.

“Nunca aconteceu proposta de lá (da empresa) para cá (São Raimundo), e sim daqui para lá. Aqui (em Manaus) o projeto era sempre bem recebido, mas quando era levado a São Paulo acabava engavetado. Eles ale-gavam que não era o segmento deles, já que fabricavam carros e motos. Para outras empresas nós mandamos e nunca tivemos uma resposta positiva, diziam que o mercado consumidor não era Manaus, e sim Rio de Janeiro e São Paulo”, explica.

Apesar da ajuda nunca ter saído, Guimarães fez questão de lembrar que a indústria coopera sim, com futebol amazonense.

O PÓDIO tentou contato com a Honda da Amazônia, mas não obteve resposta.

ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

APOIONem mesmo a excelen-te fase vivida pelo São Raimundo no fi nal da dé-cada de 90 e início dos anos 2000 foi capaz de atrair um bom patrocínio para o clube, que teve uma duradoura parceria com as Lojas HM

Representante do Ama-zonas no Campeonato Bra-sileiro da Série D, o Prin-cesa do Solimões se vira como pode para manter a folha de pagamentos e demais despesas em dias. Sem patrocínio de grandes empresas, o atual vice-campeão amazonense so-brevive por conta de recur-sos dos seus dirigentes.

“Quando começamos uma temporada vamos em busca de parceiros. Nós estivemos no Distrito, fo-mos na Samsung, mas eles não apoiam, não patroci-nam. Hoje, os custos são bancados com recursos da diretoria, nós somos empresários. O Princesa, no Amazonas, é o único time com todas as cer-tidões negativas em dia, não devemos nenhum im-posto de órgão algum, e ninguém ajuda a gente”, reclama o diretor de fute-bol do Tubarão do Norte,Rone Barbosa.

O dirigente ressalta o apoio que recebe da Pre-feitura Municipal de Ma-nacapuru e do governo do Estado, além da Soma Distribuidora (empresa do diretor) e da RM Material de Construção (do também

diretor de futebol do al-virrubro, Raphael Maddy). Assim como Ivan Guima-rães, Barbosa afi rma que as empresas do PIM alegam que suas matrizes fi cam em São Paulo e lá é que são avaliadas as propostas de patrocínio.

“Há anos estamos ten-tando (patrocínio). Eu não tenho condições de manter um grande clube. Os custos giram em torno de R$ 220 mil. Às vezes dá vontade de desistir porque é muita promessa, mas temos espe-rança que um dia apareça alguém que ajude. Os caras vêm para cá cheio de incen-tivos. Nossas autoridades deveriam exigir deles o lado social, e não só os empregos gerados. Não patrocinam porque não querem. O docu-mento que os grandes têm o Princesa também tem. Não tem desculpa. Eles vão dizer que não tem retorno, não tem expressão. Tudo bem, hoje não tem, mas amanhã pode ter. Nós precisamos de uma ajuda inicial”, desaba-fou Barbosa.

O PÓDIO tentou conta-to com a matriz da Sa-msung, que fi ca na gran-de São Paulo, mas nãoobteve sucesso.

Trabalho com recursos próprios

Camisa do Princesa estampa a marca da Prefeitura de Manacapuru

São Raimundo tentou, mas não conseguiu um bom patrocínioAntônia Silva, presidente da Fieam, já presidiu o Rio Negro e hoje torce para o ressurgimento do clube, que passou por momentos desesperadores quando se afundou em dívidas

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E6 MANAUS, DOMINGO, 10 AGOSTO DE 2014

O Gre-Nal deste do-mingo é recheado de grandes atra-ções. O primeiro

clássico do Beira-Rio após as reformas para a Copa do Mundo marcará também o reencontro de Luiz Felipe Scolari, técnico mais vitorio-so da história do Grêmio, com seu ex-clube. Do outro lado estará Abel Braga, treina-dor campeão do mundo pelo Internacional. A partida co-meçará às 15h (de Manaus), e vale pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro.

No duelo dos técnicos, Felipão leva a melhor. Em 15 Gre-Nais, venceu sete, em-patou cinco e perdeu três. Abelão, em 17, ganhou qua-tro, empatou oito e perdeu cinco. O último confronto entre ambos foi marcan-te: na fi nal do Gauchão de 1995, o Grêmio, com time misto, bateu o Internacio-nal por 2 a 1, conquistando o título estadual 18 dias antes de ganhar também sua segunda Libertadores.

Dezenove anos depois,

porém, o favoritismo é co-lorado. Ao menos é assim que entendem os jogadores gremistas: “eles são os favo-ritos, por estarem jogando em casa e estarem à frente na tabela. Mas a gente tem um bom time, e precisamos vencer de qualquer manei-ra, para pegar confi ança. Temos um elenco muito bom. Quem sabe vencendo a gente possa ganhar mais confi ança?”, projeta o za-gueiro Rhodolfo.

Mesmo melhor na classi-fi cação (o Inter é 3º, com 25 pontos, o Grêmio é 11º, com 19), jogando em casa e invicto há oito clássicos, o lado vermelho nega que seja o favorito a vencer o Gre-Nal: “o Grêmio quer sair da situação em que está, tem a motivação de vir com um novo treinador, de currículo fantástico e nós estamos vivendo um bom momento. Espero um bom jogo, com comprometimento na mar-cação. Não tem favorito, é imprevisível”, rebate o za-gueiro Ernando.

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AÇÃO Na volta ao Grêmio, Luiz Felipe

Scolari já enfrenta de cara o primeiro Gre-Nal do novo Beira-Rio

Melhor reestreia impossível

Verdão enfrenta o irregular Galo mineiro fora de casa

No Independência, onde o Atlético-MG construiu a fama de que “caiu no Hor-to, está morto”, o Palmeiras precisa mostrar reação no Campeonato Brasileiro. Às 17h30 (de Manaus) de hoje (10), diante de um Galo que luta contra a própria osci-lação, o Verdão busca sua primeira vitória no torneio, após sete rodadas para, ao menos, se afastar da zona de rebaixamento.

Sob o comando de Ricardo Gareca na competição, o time perdeu três jogos e empatou

com o Bahia, penúltimo colo-cado, no Pacaembu. A campa-nha fez a equipe iniciar a 14ª rodada a três pontos do Z4, o que aumenta a apreensão do argentino para, enfi m, vencer no campeonato.

Da base que derrotou os catarinenses no Pacaembu, não poderá escalar Wendel, suspenso, e deve promover a entrada de Weldinho. No resto da equipe, tem dúvi-da entre Leandro, critica-do pela torcida, e Mouche, autor do gol do triunfo no meio da semana.

Em boa fase, Chape recebe o Figueirense na Arena Condá

Hoje (10), a Chapecoense recebe o Figueirense na Arena Condá, no terceiro duelo segui-do do Verdão dentro de casa. A equipe do oeste empatou com o Atlético-MG em 1 a 1 na última rodada e não quer saber de perder pontos dentro de casa, enquanto o time do litoral vem embalado por uma vitória por 3 a 0 diante do Sport e busca mais um triunfo para sair da zona de rebaixamento.

A última vez que os clubes catarinenses se enfrentaram foi em fevereiro deste ano, em Chapecó, onde as equi-pes empataram em 0 a 0

pelo Campeonato Catarinen-se. Na tabela de classifi cação do Campeonato Brasileiro, a Chape ocupa a 12ª posição, com 15 pontos. O volante Abu-da vê essa vitória do Figueira como um fator para redobrar a atenção nas quatro linhas.

O Figueirense amarga a zona de degola, na 18ª posição, com 10 pontos. O Botafogo, última equipe antes do Z-4, soma 13 pontos, e a equipe de Florianó-polis precisa buscar um triunfo para sair do sufoco. O zagueiro Marquinhos, que nunca jogou na Arena Condá, sabe da difi -culdade do duelo.

NO HORTO

CLÁSSICO

Felipão es-treia no Gre-Nal de hoje

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Page 7: Pódio - 10 de agosto de 2014

E7 MANAUS, DOMINGO, 10 AGOSTO DE 2014

Botafogo visita o Atlético-PR em meio à crise fi nanceira

Vivendo um momento muito conturbado, com 100% das receitas penhoradas e com o elenco sem receber salários há três meses, o Botafogo tenta deixar os problemas de lado para conseguir uma importan-te vitória diante do Atlético-PR, hoje (10), às 15h (de Manaus), na Arena da Baixada (PR), em duelo válido pela 14ª roda-da do Campeonato Brasileiro. Com 13 pontos conquistados, o Glorioso fl erta com a zona de rebaixamento e não quer mer-gulhar ainda mais na crise. Já o Furacão, que tem 19 e aparece na parte intermediária da ta-bela, tenta reagir após perder os dois últimas partidas.

Com a crise instalada, os jogadores se apegam ao que há de positivo para lutarem pelo triunfo. A boa atuação na semana passada, no em-pate por 1 a 1 com o líder Cruzeiro, é um dos alentos e os jogadores acreditam que este é o modelo para ser usado na competição

“Contra o Cruzeiro, fi camos satisfeitos pela melhora que apresentamos. Aos poucos as coisas vão se encaixando e o Vagner Mancini vai conseguin-do deixar ainda mais visível seu trabalho. Mesmo com al-guns maus resultados depois

do recesso, o grupo nunca deixou de acreditar e estamos cientes de que podemos fazer uma grande campanha. Essa partida contra o Cruzeiro deve servir de exemplo e se repe-tirmos o desempenho contra o Atlético podemos ganhar”, disse o volante Gabriel.

BRASILEIRÃO

FICHA TÉCNICAATLÉTICO-PRBOTAFOGO-RJ

Local:

Horário:

Árbitro:

Arena da Baixada, em Curitiba (PR)

15h(de Manaus)

Jean Pierre Goncal-ves Lima (RS)

Atlético: Weverton, Mário Sérgio, Cleberson, Léo Pereira e Natanael; Deivid, João Paulo, Bady e Marcos Guilherme; Marcelo e CléoTécnico: Doriva

Botafogo: Jéff erson, Lucas, Dória, Bolívar e Junior Cesar; Aírton, Gabriel, Edilson e Carlos Alberto; Rogério e Emerson SheikTécnico: Vagner Mancini

Vagner Mancini acredita no poder de superação dos atletas

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Nem fale em derrota

Na última coloca-ção do Campeo-nato Brasileiro, o Flamengo terá a

chance de sair da incômoda lanterna hoje (10), quando vai encarar o Sport, no Maraca-nã. Os cariocas vão tentar mais uma vitória em casa, onde conseguiram seus dois únicos triunfos na Série A nes-te ano. Já os pernambucanos buscam a reabilitação após perder na última rodada.

O técnico Vanderlei Luxem-burgo trabalhou insistente-mente fi nalizações durante a seman. Os fl amenguistas têm o pior ataque do Brasi-leiro, com apenas oito gols. Em relação à escalação, o comandante terá as voltas do lateral direito Leonardo Mou-ra e do volante Victor Cáceres. Com isso, Luiz Antônio volta para o meio, enquanto que Muralha e Canteros retornam para o banco de reservas.

Outra novidade deverá ser

a estreia como titular do atacante Eduardo da Silva. O brasileiro naturalizado croa-ta entrou durante a derrota para a Chapecoense e com a ausência de Paulinho, le-

sionado, será o companheiro de Alecssandro. O zagueiro Marcelo exaltou a experi-ência que Eduardo da Silva pode dar a equipe ao lado de Alecsandro no ataque.

“Como sou defensor digo que hoje, no caso de Alec-

sandro e Eduardo da Sil-va, temos dois jogadores sensacionais e que estão prontos para ajudar o time. O Eduardo é um cara de excelente qualidade e acre-dito que a bola entrará. Es-tamos treinando forte e não vamos desistir em nenhum momento”, disse.

Pelo lado do Sport, o pen-samento é o de se recuperar da derrota para o Figuei-rense na rodada passada. Para isso, os pernambucanos esperam aproveitar o deses-pero dos cariocas na busca pela vitória. Para o goleiro Magrão, os visitantes pre-cisam estar focados para criar contra-ataques.

“A gente tem que ter a inte-ligência para saber explorar isso. Se a gente conseguir aproveitar os buracos que o Flamengo provavelmente abrirá no campo, a gente terá boas chances de sair com a vitória”, declarou.

FICHA TÉCNICAFLAMENGO-RJSPORT-PE

Local:

Horário:

Árbitro:

Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

15h (de Manaus)

Emerson de Almei-da Ferreira (MG)

Flamengo: Paulo Victor, Leonardo Moura, Marcelo, Wallace e João Paulo; Cáceres, Luiz Antônio, Everton e Lucas Mugni; Eduardo da Silva e AlecsandroTécnico: Vanderlei Luxemburgo

Sport: Magrão, Patric, Ewerton Páscoa, Oswaldo e Renê; Ro-naldo, Augusto César, Rithely, Danilo e Felipe Azevedo; Neto Baiano. Técnico: Eduardo Baptista

MUDANÇASDurante o treino de sexta-feira, o técnico Vanderlei Luxemburgo testou variações no esquema Rubro-Negro. Testou o time com três volantes e deu mos-tras do que pode fazer no decorrer do jogo

Na lanterna do Campeonato Brasileiro, o Flamengo recebe o Sport e precisa desesperadamente de uma vitória

Argentinos Lucas Mugni (à esq.) e Héctor Canteros durante treinamento no Ninho do Urubu na última sexta-feira (8)

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Page 8: Pódio - 10 de agosto de 2014

E8 MANAUS, DOMINGO, 10 AGOSTO DE 2014

Robinho em seu primeiro treino após voltar ao Santos

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ULG

AÇÃO

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO-SPVITÓRIA-BA

Local:

Horário:

Árbitro:

Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)

17h30 (de Manaus)

André Luiz de Frei-tas Castro (GO)

São Paulo: Rogério Ceni; Douglas, Rafael Toloi, Antônio Carlos e Álvaro Pereira; Souza, Denilson, Ganso e Kaká; Pato e Alan Kardec Técnico: Muricy Ramalho

Vitória: Wilson; Ayrton, Alemão, Kadu e Euller; Adriano, Richarlyson, Luis Aguiar, Marcinho e Caio; Dinei Técnico: Jorginho

Santos e Corin-thians fazem hoje (10) um clássico temperado pelo re-

torno de Robinho ao time da Vila Belmiro. O Rei das Pedaladas coleciona su-cessos contra o arquirrival e enfrentará mais um duelo contra o Timão, às 15h (de Manaus), em casa.

O atacante chegou ao clu-be na última quinta-feira, já treinou entre os titulares e recordou: “Sempre dou sorte contra o Corinthians”. Regu-larizado na sexta, foi confi r-mado para sua nona partida contra a formação do Parque São Jorge, com sete vitórias e um empate até aqui.

Os números ainda pen-dem para o lado santista no retrospecto em casa na temporada, com 15 vitórias e dois empates em seu es-tádio. Um dos triunfos foi a goleada por 5 a 1 sobre seu principal adversário no início da temporada, pelo Campeonato Paulista, jogo que Oswaldo de Oliveira prefere deixar de lado.

“Esses dados não são pre-ponderantes. Não quando dois times da qualidade de Santos e Corinthians se encontram. O Corinthians é diferente daque-le que jogou aqui em janeiro, vamos ter um rival muito forte. Está por vir um encontro de

duas grandes equipes”, afi r-mou o treinador.

Do outro lado, os jogado-res também tentam esque-cer a goleada. Eles juram não nutrir um sentimento de vingança e se vêem muito mais bem preparados para o clássico agora. No con-fronto anterior, o time ainda estava no começo do pro-cesso de reformulação que o técnico Mano Menezes

espera estar terminando.“Sofremos uma goleada

no Campeonato Paulista, mas agora é totalmente di-ferente. Nossa equipe está encorpada, temos feitos bons jogos e estamos bem no Campeonato Brasileiro. O clássico é um campeonato à parte”, disse o zaguei-ro corintiano Gil, um dos responsáveis pela melhor defesa do Brasileirão.

Após 11 anos, Kaká volta a atuar diante dos Tricolores

A missão do São Paulo hoje (10) é a mesma que não cumpriu no sábado passado, diante do Criciúma, no Morumbi. O time precisa urgentemente voltar a vencer para não se desgarrar ainda mais dos primeiros colo-cados do Campeonato Brasilei-ro. O adversário é outro (o Vi-tória, atualmente no 15º lugar), mas o palco é o mesmo.

O grande trunfo do técnico Muricy Ramalho é o retorno de Kaká. O meia passou a sema-na passada em recuperação de uma pancada sofrida na panturrilha direita e fará sua primeira partida no estádio em seu retorno ao clube, de-

pois de 11 anos. Desde que voltou, o meia atuou apenas uma vez, na derrota por 2 a 1 para o Goiás, quando marcou o único gol tricolor.

De lá para cá, a equipe venceu o Bragantino com difi culdade na Copa do Brasil e empatou em casa com o Criciúma por 1 a 1 no Brasileiro. Já são três ro-dadas seguidas sem vencer na competição nacional por pontos corridos. “Não dá mais para perder pontos se quisermos bri-gar pelas primeiras colocações. Perdemos pontos em casa em jogos que estavam nas nossas mãos, como o último”, disse o técnico Tricolor.

Kaká está 100% fi sicamente e

voltará a atuar no gramado do

Morumbi

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AÇÃO

Rei das Pedaladas fará sua reestreia pelo Peixe contra o rival alvinegro que lhe traz boas recordações. Já o Timão, quer vencer para continuar a caça ao líder Cruzeiro

Com Robinho, Santos faz clássico contra o Timão

SÃO PAULO

LEMBRANÇAContra o Corinthians, Robinho fez o jogo que o elevou a status de cra-que. Na fi nal do Brasilei-rão de 2002, o atacante entortou o lateral direito Rogério e a partir de então recebeu o apelido de Rei das Pedaladas

FICHA TÉCNICASANTOS-SPCORINTHIANS-SP

Local:

Horário:

Árbitro:

Estádio da Vila Belmi-ro, em Santos (SP)

15h (de Manaus)

Raphael Claus (SP)

Santos: Aranha; Cicinho, Bruno Uvini, David Braz e Emerson; Alison, Arouca e Lucas Lima; Thiago Ribeiro, Robinho e Leandro Damião Técnico: Oswaldo de Oliveira

Corinthians: Cássio; Guilherme Andrade, Cleber, Gil e Fábio Santos; Ralf, Elias, Petros e Jadson (Renato Augusto); Romero e Guerrero Técnico: Mano Menezes

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