Pódio - 11 de outubro de 2015

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Pódio [email protected] 3090-1075 E1 MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015 COPA AM Fast Clube se prepara para torneio Pódio E4 RICARDO OLIVEIRA JANAILTON FALCÃO O dono da taça Rolinha, ex-craque do Nacional, será homenageado pela Copa Interbairros, competição realizada pela Federação das Ligas Desportivas do Amazonas (FLDAM), por seus serviços prestados aos esporte amazonense. Pódio E4

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015

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Fast Clube se prepara para torneio

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Ele é um sonhador. Batalha todos os dias para ver o esporte amazonense possa ser acessível a

todos e trabalha com afi nco para qualifi car e organizar as ligas desportivas dos bairros da cidade. O intuito é fazer dos campos e quadras espalhados pela cidade, lugares de trans-formação social e, quem sabe, de preparação para futuros atletas de ponta.

Hélio Veiga, presidente da Federação das Ligas Despor-tivas do Amazonas (FLDAM), conversou com o PÓDIO e falou sobre os projetos que desen-volve à frente da instituição, relembrou o passado desportivo do Estado e também comen-tou sobre a Copa Interbairros, torneio de futebol amador que teve início no ano passado e neste ano vai homenagear o ex-jogador Rolinha.

PÓDIO – De que forma a Fl-dam contribui efetivamente para impulsionar o esporte no Estado?

Hélio Veiga - A importân-cia de nós termos hoje a Liga Desportiva é pelo fato de ser um programa rico para pessoas pobres. Existimos nesses mais de 11 anos no esporte com a necessidade de deixar um legado. Cito nomes como o do professor Aly Almeida, Rolinha, Eduardo Monteiro de Paula, en-tre outros, que têm uma história para contar.

Nossa ideia é envolver toda a comunidade, queremos que

todos, de alguma forma, pos-sam praticar qualquer modali-dade. Nós queremos resgatar o esporte. Não estamos falando apenas no modo geral. Temos que resgatar os clubes e as jovens promessas. Quando fa-zemos um campeonato comu-nitário, abrimos as portas para garotos e jovens que nunca tiveram a oportunidade de apa-recer no futebol amazonense. Queremos valorizar a prata da casa e da história do futebol local. O Lima – ex-meia que atuou na Roma-ITA - foi um craque que saiu da comunidade. Podemos ter outros.

PÓDIO - Como envolver as associações e escolas na busca de proporcio-nar aos atletas o acesso à prática desportiva?

HV - Nossa preocupação é mexer com interesses coletivos. Nós queremos dar oportunida-de a esses espaços públicos tanto para terceira idade quanto para o folclore. O projeto Portas Abertas das escolas públicas existem mas não funciona. Essa é a nossa maior difi culdade. Temos um programa chamado Adote uma Comunidade com uma verba que vem do Ministé-rio do Esporte exatamente para isso, e nós queremos que o pre-feito nos ajude a fazer isso em parceria. Um cidadão vai para um campeonato de voleibol que tem 30 pessoas no ginásio. Um esporte maravilhoso como é o vôlei tem 30 pessoas assistindo por que? Isso tudo é infl uenciado por falta de patrocínio, credibili-dade, organização e calendário.

Os clubes estão praticamente falidos, então, por isso, quere-mos adotar uma comunidade. A opção existe. O que falta é um trabalho correto, que tem que ser apartidário, que não se fala de partidos políticos, mas que seja dirigido por um presi-dente de federação que quer o melhor para o Amazonas, nada além disso.

PÓDIO - Existe uma verba do Ministério do Esporte?

HV – Nós conseguimos R$ 9 milhões para trazer para Manaus e ser usado em um espaço público. Estamos bus-cando apenas 32 espaços, para receberem o incentivo.

PÓDIO - Quanto aos espa-ços públicos, o que a fede-ração está fazendo para a sua reconstrução e utilização das comunidades?

HV - A Federação das Ligas Desportivas de Manaus desde da sua existência resolveu se unir para buscar novas parcerias com o poder público, com o intuito de registrar e reorga-nizar os 62 núcleos presentes nos bairros de cidade. Existem muitos espaços públicos aban-donados em toda capital, sem administração. Nossa ideia é reativar quadras e campos de futebol, para que nós possamos colocar nosso projeto social em prática. Realizar campeonatos de futebol, basquete, handebol e de outras modalidades tam-bém direcionadas às crianças e principalmente aos jovens de baixa renda. Atualmente, nem todas as 62 ligas esportivas

estão ativas. A nova diretoria da federação vai entrar em contato com todos os dirigentes para fazer uma atualização de da-dos. Queremos organizar tudo, acompanhar todas as ações de perto para que tudo aconteça do jeito que planejamos. Que-remos tirar os jovens das ruas, incentivá-los a praticar esporte e ajudá-los a sonhar com um futuro melhor.

PÓDIO - De que forma a federação está trabalhando para o alcance mais amplo nas regiões mais necessita-das de esporte?

HV - As regiões mais ne-cessitadas serão alcançadas a partir dos investimentos que tenham a participação das li-gas esportivas. Hoje o governo federal, por um decreto presi-dencial, está obrigado a fazer os investimentos diretamente com os estados e municípios. A ideia do ministro é expandir esses investimentos e fazer o recurso chegar à ponta, por meio das federações e das ligas, para que especialmente as áreas mais pobres das ci-dades sejam alcançadas por esses benefícios.

PÓDIO - Qual a contribui-ção do ex-jogador Rolinha no fomento do futebol local?

HV – O Rolinha é um exem-plo de homem e integridade. Por isso, dará nome à Copa Interbairros. Nosso campeona-to começa agora em outubro. Homenagear o Rolinha é lem-brar do passado. Lembrar do passado é projetar o futuro.

Hélio VEIGA

‘Lembrar do PASSADO

É PROJETAR o futuro’

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Atualmente, nem todas as 62 ligas esportivas es-tão ativas. A nova diretoria da federação vai entrar em contato com todos os dirigentes para fazer uma atualiza-ção de dados. Queremos organizar tudo, acom-panhar todas as ações de perto para que tudo aconteça do jeito que planejamos. Queremos tirar os jo-vens das ruas, incentivá-los a praticar esporte e ajudá-los a sonhar com um futuro melhor”

Quando fazemos um campeonato comu-nitário, abrimos as portas para garotos e jovens que nunca tiveram a oportuni-dade de aparecer no futebol amazonense”

POR LINDIVAN VILAÇA

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Recorde de público do Parque AmazonenseWillian D’Ângelo

Colunista do PÓDIO

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Túnel do Tempo

Palco de grandes espetácu-los do futebol do Amazonas, o Parque Amazonense foi uma das praças esportivas mais tradicionais de Manaus. Fun-dado em 1906, o estádio surgiu a princípio como hipódromo, sendo que em 1918 passou a receber partidas de futebol.

O primeiro jogo aconteceu no dia 19 de maio de 1918. O local fi cou completamente lotado com a banda da polí-cia militar entretendo a todos. Também se fi zeram presentes todos os representantes dos clubes de Manaus como tam-bém o pioneiro cineasta Silvino Santos, que fi lmou o jogo.

Em campo, o combinado pa-raense enfrentava o combina-do português, que era formado por jogadores de dois clubes portugueses de Manaus: Luso e União Sportiva. O juiz esco-lhido para o jogo foi Raymundo Chaves. Foi posta a Taça Mi-randa Correa, a ser entregue para o time vencedor, no caso o combinado português.

O maior público presente no Parque Amazonense ocorreu no dia 20 de abril de 1969, no duelo entre Nacional e Fast, partida válida pela Taça Ama-zonas. A renda registrada foi de 30.065,00 cruzeiros, com um público pagante de 13.828, recorde absoluto na história do Parque Amazonense

O Fast jogou com Maneco, Pompeu, Floriano, Zequinha Piola, Nivaldo, Luizinho, San-tana (Holanda), Laércio, Edson Piola, Zezinho e Irailton (Ama-ro), com o Nacional jogando com Marialvo, Pedro Hamilton, Sula, Valdomiro, Téo, Mário

Vieira, Rolinha, Zezé, Rangel, Pretinho (Lula Zago) e Pepeta. O jogo terminou empatado em 2 a 2, com Edson Piola e Irailton marcando para o time tricolor. O goleiro Marialvo cobrando penal e Pretinho para o time azul e branco.

O campeonato de 1969 teve as participações de Nacional, Rio Negro, Fast, Olímpico, Rodoviáia, São Raimundo, Sul América e América. Durante a sua campanha, o Nacional teve José Maria Moraes e depois João Bosco como seus treina-

dores, utilizando também os jogadores Procópio, Chiquinho, Valdomiro, Márcio, Marcelo, Bel, Luís Carlos, Jedir e Varbo.

Manaus vivia no período de prosperidade econômica impulsionada por meio da exportação da borracha, que tinha como principal fi nalida-de atender os grandes merca-dos consumidores na Europa e Estados Unidos. Enquanto o governo Artur da Costa e Silva editava o Ato Insti-tucional Número Sete, que suspende as eleições para governadores e prefeitos, na cidade do Rio de Janeiro a Junta Governativa Provisória assinava o decreto-lei, que estabelece a nova Lei de Segurança Nacional.

No dia 25 de outubro de 1970, Rio Negro e Fast Clu-be tiveram o segundo maior público na história do Par-que Amazonense, com 10.981 pagantes. O jogo terminou com a vitória do Rolo Com-pressor por 3 a 1, com gols de Afonso e Laércio (Fast) e Anízio (Rio Negro).

O Fast foi a campo com Maneco, Antônio Piola, Ca-semiro, Zequinha Piola, Pom-peu, Zezinho, Parada (Valdo-cir), Laércio, Afonso, Edson Piola e Adinamar (Zequinha Paraense). O Rio Negro jogou com Walter Serafi m, Dirlei, Zé Carlos, Walter Costa (Abelson), Joãozinho (Valter Costa), Nilsi-nho, Rubens, Paulo Pernambu-cano, Milton (Anízio), Marcus Pintado e Ramon.

Saudoso Parque Amazonense foi palco de grande jogos do futebol

local, e registrou seu maior público em 1918

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Revelação da categoria de base, em uma épo-ca na qual os jovens talentos do futebol

eram descobertos e valori-zados, Antônio Ricardo Pei-xoto Lima, o “Rolinha”, nunca jogou por outro clube fora do Amazonas em seus 11 anos de carreira. Aos 67 anos, o ex-jogador recorda que o cuidado com a mãe, viúva muito cedo, a “intimidade” com o futebol amazonense e o afeto da torcida, levaram-no a fazer carreira em Manaus.

Assim, Rolinha recusou pro-postas de clubes como Fla-mengo, Fluminense, Palmeiras e Cruzeiro, entre outras gran-des forças do país. E sem arrependimentos. Aposentado dos gramados, mas na ativa como professor de Educação Física, Rolinha, um meio-cam-pista clássico, relembra que, na era romântica do futebol, os goleadores eram os grandes ídolos. Os jogadores de meio-campo eram os responsáveis pelo chamado futebol arte e en-cantaram gerações. Rolinha foi um desses ídolos do Nacional.

Revelado no Rio Negro, o ex-craque teve sua consagra-ção no Leão da Vila Municipal antes de encerrar a carreira no Fast Club, coincidentemente, clube que surgiu com dissi-dentes do Nacional. Talentoso desde os 14 anos, ele ainda

recusou um convite do Bota-fogo quando ainda era atleta juvenil. “Eu tinha mais ou me-nos o estilo do Gerson (ídolo da seleção brasileira nas décadas de 60 e 70). A forma como ele jogava, tocava na bola, não é que fosse igual, mas aquele jeito de jogar era semelhante ao meu”, compara.

Para a sorte dos clubes em que Rolinha passou, as propos-tas que vinham de outros Es-tados foram todas recusadas. Melhor para o Nacional, que teve o reforço do maestro nas conquistas estaduais de 1968 e 1969, além da vitória histó-rica no Maracanã, em 1969, contra o Maringá por 1 a 0.

Rolinha lembra que sua vi-sibilidade no futebol, desde o início da carreira, foi graças ao bom trabalho que os clubes do Amazonas realizavam nas divisões de base. “Os clubes tinham uma preocupação em trabalhar as categorias como juvenil e juniores. Teve época no Nacional em que todo o pessoal da base ascendeu para o time principal. O Rio Negro, o Nacional, o América e o Fast tinham um trabalho muito bom. Os irmãos Piola (Antonio e Édson) são frutos das categorias de base do Fast”, recorda.

IncentivosApesar de ter rejeitado pro-

postas para jogar em clubes de ponta do futebol brasileiro,

O Gerson do AmazonasClássico meio-campista cerebral, Ricardo Peixoto Lima, “Rolinha”, está eternizado no coração dos torcedores do Nacional e, este ano, será homenageado pela Copa Interbairros, patrocinada pelo Grupo Raman Neves de Comunicação

Rolinha reconhece que não desfrutou de uma estabili-dade fi nanceira com o que ganhou como jogador. Ele viveu a fama regional nos anos 1960, quando jogadores locais atraiam multidões aos estádios, em Manaus. Uma época bem diferente da atual, em que a média de público nos jogos do Campeonato

Amazonense não ultrapassa mil pessoas por partida.

“É preciso criar estratégias novas que chamem a atenção do público para o futebol local. Nas décadas de 60 e 70, as promoções na com-pra de ingressos tinham esse papel de atrair torcedores. As mulheres, por exemplo, não pagavam ingresso. Em

compensação, levavam seus maridos, namorados e fi lhos que lotavam os estádios, com isso o lucro dos times era grande”, diz.

Para Rolinha, a tecnologia pode ter contribuído para que o manauense deixasse de ir aos estádios. “Nós podemos assistir ao jogo de qualquer lugar do mundo por meio da

televisão. Acredito que esse é um dos motivos que afastou as torcidas dos jogos locais, a facilidade de acompanhar o futebol de outros Estados. Porém, é importante lembrar que a presença do público em um jogo é fundamental para os times, pois é sempre um incentivo para o atleta”, conclui Rolinha.

Nada melhor do que futebol para homenagear um grande jogador do Amazonas. Roli-nha não irá driblar adversários como fazia na época de joga-dor, mas vai entrar em campo para receber o devido reconhe-cimento na Copa Interbairros de Futebol, promovida pela Federação das Ligas Despor-tivas do Amazonas (Fldam) com o apoio do Grupo Raman Neves de Comunicação.

De acordo com presidente da Fldam, Hélio Veiga, o nome do torneio já faz referên-cia à carreira do ex-jogador nacionalino. “A copa tem o propósito de relembrarmos a história do Rolinha e sua contribuição ao futebol do

Amazonas. Para nós, fazer um desporto de participação é um prazer imenso, tanto que a preparação é grande”, desta.

Para Rolinha, a homenagem é uma honra. “Penso que, se for para homenagear, que seja enquanto vivo, porque depois que morre, vai festejar o que? Não quero que fi que apenas na lembrança, mas em vida. É muito melhor”, afi rma.

A competição terá 600 ti-mes e terá início neste mês de outubro. No total, serão R$ 100 mil em premiação. O campeão receberá R$ 50 mil, o segundo R$ 30 mil e o terceiro R$ 10 mil. Fora isso, o artilheiro e o melhor goleiro também serão premiados.

Copa Interbairros faz homenagem

Ex-craque sempre gosta de dizer que o futebol local não tem produzido atletas nos últimos anos do mesmo nível de sua época de jogador

Rolinha foi um dos melhores

meias do Estado

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POR LINDIVAN VILAÇA

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Durante boa parte do ano, a diretoria do Fast man-teve o discurso de que, caso fosse confi rmada a

realização da Copa Amazonas, competição que garante ao cam-peão uma vaga na Copa Verde de 2016, o Rolo Compressor entraria com o time Sub-20. Após muita negociação, a Federação Amazo-nense de Futebol (FAF) anunciou a realização da competição. Entre as regras, está a presença de no máximo quatro atletas acima de 23 anos em cada time, fora o

goleiro. Cinco equipes - Nacio-nal Borbense, Holanda, Operário, Manaus FC e Fast - confi rmaram presença no torneio. Logo nos primeiros dias, os times foram anunciando contratações de peso sonhando com o título que garan-te vaga na competição nacional na próxima temporada.

Com este cenário, a diretória do Tricolor de Aço foi obrigada a buscar reforços para fortale-cer o elenco Sub-20. Jogadores conhecidos do público amazo-nense, como o goleiro Labilá e os volantes Lê e Roberto Dinamite, foram contratados.

Durante esta semana, mais seis atletas fi caram à disposição do treinador João Carlos Cavalo.

Os treinamentos para a com-petição começaram na última semana. Mesmo com pouco tempo, o comandante já co-meçou a dar uma cara ao time que estreia na quarta-feira (14) contra o Holanda. A partida será realizada no estádio Carlos Zamith, Zona leste de Manaus. Dentre as principais dúvidas está quais jogadores acima de 23 anos utilizar. Cavalo tem a disposição os jogadores Emer-son, Rodrigo Ítalo, Lê, Roberto

Dinamite, Romarinho, Wever-ton, Railson e Deuciney. Sobre essa questão, o técnico afi rmou que irá estudar seu adversário para defi nir os escolhidos para iniciar o confronto.

“A mescla do grupo é impor-tante. Mesmo os atletas que são jovens já vêm de duas compe-tições importantes. A chegada desses atletas com mais expe-riência é importante vai trazer um crescimento no futebol dos mais jovens. Temos que ter um pouco mais de estratégia para utilizar os atletas no posiciona-mento adequado. Temos nove

acima da idade, então, temos que observar o jogo. Tudo vai depender de como vai acontecer o jogo”, explicou o treinador que ainda revelou acreditar que o Holanda começa a frente na competição por ter iniciado a preparação antes.

Em sua quinta temporada no futebol amazonense, o goleiro La-bilá ressalta a importância dessa competição, principalmente para os garotos. Segundo o arqueiro, o futebol baré está recheado de jogadores “estrangeiros”, fato que tira espaço dos locais.

“É uma copa diferente. É

uma oportunidade única de disputar essa competição. É importante passar a experiên-cia para os meninos que estão começando. Eles vão ter a oportunidade de serem vistos, porque geralmente ninguém cobre o campeonato juvenil. Fora isso, é uma chance dos outros times observarem esses atletas, porque no campeonato amazonense, a maioria são de jogadores de fora. Já venho jogando há muito tempo e vejo que tem muitos jogadores im-portados e poucos do Estado”, concluiu o camisa 1 fastiano.

Mistura tricolorFast aposta na mescla de jogadores da base com atletas experientes para fazer sucesso na Copa Amazonas

POR THIAGO FERNANDO

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Romarinho (no centro) treinando

com os garotos

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Mercedes busca bicampeonato em SochiSe conquistar três pontos a mais que a Ferrari, escuderia alemã se tornará campeã do Mundial de Construtores

Sochi (Rússia) - Assim como em 2014, a Rússia pode ver uma festa de título na Fórmula 1. A

Mercedes, com sua larga van-tagem de 169 pontos para a Ferrari, pode selar no grande prêmio de Sochi o bicampeona-to do Mundial de Construtores. E o cenário é muito favorável às pretensões da equipe germâni-ca. A prova está marcada para começar às 7h (de Manaus), deste domingo (11).

Após o GP da Rússia, 172 tentos ainda estarão em jogo na disputa dos Construtores. Desta forma, três pontos a mais que a Ferrari serão o bastante para que a conquista seja se-lada na gelada cidade russa.

Convenhamos que, diante da superioridade prateada, conseguir só três pontos em relação à Ferrari não é missão das mais difíceis. Isso acon-teceu em dez das 14 corridas da atual temporada.

Entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg, o inglês é franco favorito, naturalmente. O ren-dimento no ano vem sendo muito melhor. Oito vitórias contra três, 11 poles contra duas, 48 pontos de vanta-gem no Mundial de Pilotos e nenhum sinal de reação por parte do alemão, dominado desde a primeira corrida.

O britânico, inclusive, em 2014, fez a pole e venceu na estreia de Sochi no calendário da principal categoria do au-tomobilismo do planeta.

O autódromo construído dentro do Parque Olímpico da cidade não empolgou muito até o primeiro trei-no livre. O traçado parecia bobo, simples. Mas uma vez

acelerando, os pilotos muda-ram de ideia e passaram a fazer elogios. Algumas curvas tinham um elevado grau de di-fi culdade, outras, até mesmo inclinação negativa.

De todo modo, a corrida não empolgou, mesmo. Com uma escolha conservadora de pneus, a prova teve somente um pit-stop e pouco sabor. Rosberg, que caiu para último após uma parada ainda na primeira volta, terminou em segundo com facilidade. Do meio para o fi m da disputa,

a chegada de Vladimir Putin ao complexo passou a chamar muito mais a atenção.

Com a opção pelos super-macios e macios em 2015, a tendência é que isso melhore. A expectativa é por um ele-vado desgaste.

Atrás da MercedesOlho na disputa entre Fer-

rari e Williams, que deve ser interessante. No ano passado, Valtteri Bottas fi cou 0s4 atrás de Hamilton no Q3, mas o desempenho foi tão impres-sionante quanto, por exemplo, o do grande prêmio da Áustria.

Isso porque a pista de Sochi é bem mais extensa e tem muito mais curvas. Não tivesse o fi n-landês errado na última curva, seria possível até mesmo se colocar na primeira fi la.

Como o FW37 tem caracte-rísticas similares às do carro de 2014, dá para esperar uma Williams forte nas longas retas russas.

Só que, neste ano, há a competição da Ferrari, que se colocou como a segun-da força do grid. E como o motor italiano se mostrando um tanto forte, é de se es-perar que Sebastian Vettel e Kimi Räikkönen no mínimo briguem pelo pódio.

Se é para se ter otimismo an-tes de um GP que pouco animou no ano passado, esse otimismo reside na disputa pelo degrau mais baixo do pódio.

Completando a zona de pontuação

A Red Bull até que melhorou nas últimas corridas, embora tenha saído zerada do GP do Japão, e tende a seguir como a quarta força do grid. Com sorte, dá um salto e briga por um top-5, mas o natural é imaginar Daniel Ricciardo e Daniil Kvyat na quarta fi la.

Lotus e Force India devem se aproximar, com o motor Mercedes falando bem mais alto que o Renault. A Toro Rosso também gostaria de entrar no bolo, e seus pilotos estão bem animados para isso. No ano passado, foi em Sochi que Kvyat conseguiu sua melhor classifi cação, ainda a bordo de uma STR. Sauber, McLaren e Manor fi cam um pouco mais atrás.

CURIOSIDADES1) Hamilton venceu o GP da Rússia, em 2014, em 1h32min50s744, com uma média de velocidade de 202,347 km/h.

3) Em Sochi, Valtteri Bottas marcou a primeira e única volta mais rápida de sua carreira na F1. Foi na 53ª e última volta da prova, contornada em 1min40s896, 0s404 mais rápido que Nico Rosberg.

5) Agora é ofi cial: só Hamilton, Rosberg e Vettel, os três pilotos que efetivamente pensaram em título desde o início do ano, têm chances matemáticas de levantar o caneco ao fi nal de 2015. Mas há um favorito neste trio, e por muito...

7) No ano que vem, o GP vai mudar de data e ser disputado em maio. Mas, ao contrário do que muita gente pensa, o GP da Rússia não abrirá a chamada ‘temporada europeia’: Sochi fi ca localizada na porção asiática da Rússia.

4) O traçado é um dos mais longos da temporada com seus 5.848 metros. São 18 curvas.

8) A organização da corrida, encantada com o que é feito em Cingapura e em Abu Dhabi, quer transformar a prova em um evento noturno no futuro

6) Com o ‘zero’ da Red Bull no GP do Japão, só Ferrari e Merce-des pontuaram em todas as corridas da temporada 2015 da F1.

2) Se vencer, Hamilton chega à 42ª vitória e passa Ayrton Senna.

FRAM

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Escuderia alemã pode confi rmar

supremacia na Rússia

INTERFERÊNCIA

Os muros são bem próximos, o que sem-pre leva a crer que o safety-car pode dar as caras. Além disso, em 2014, não havia tantas vias de resga-te, o que torna difícil a saída de um carro que parar na pista

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Meia Gabriel quer usar amistoso para mostrar serviço para o técnico

Fla usará jogo com Democrata-ES como preparação para a reta final do Brasileirão

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Cariacica (ES) - O técnico Oswaldo de Oliveira passou a semana inteira preparando a equipe que vai disputar o

amistoso deste domingo, às 15h (de Manaus), contra a Desportiva, no es-tádio Kléber Andrade, em Cariacica (ES). Nitidamente, o treinador vai usar a partida como preparação para o duelo da próxima quarta contra o Figueirense, no Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC), pela 30ª ro-dada do Campeonato Brasileiro.

Uma prova disso é que o lateral esquerdo Jorge vai iniciar a partida no banco de reservas. Isso porque ele está suspenso do duelo contra o Figueirense por ter sido advertido com o terceiro cartão amarelo na vitória de 2 a 0 sobre o Joinville. Jajá foi o escolhido para o posto e ganhou elogios do treinador.

“O Jajá é um jogador que me empolga em alguns momentos, assim como o Jonas (volante). É um jogador que tem muito talento, chama a atenção, porém eu ainda o conheço pouco”, disse Oswaldo, dando força ao atleta.

O treinador deve ter o desfalque do meia Everton, que vem reclamando de fortes dores na parte posterior da coxa esquerda e fi cou fazendo tra-tamento no departamento médico durante a sexta-feira (9). O técnico acredita ser pouco provável que o atleta atue contra a Desportiva, uma vez que pode correr algum risco de

agravar lesão e desfalcar o time na reta fi nal do Brasileirão.

Sem Everton, o treinador montou o meio de campo com Márcio Araújo, Héctor Canteros e Alan Patrick. Além disso, o ataque fi cou com um trio composto por Paulinho, Emerson Sheik e Kayke, que vai, inclusive, atuar contra o Figueirense, por-que o peruano Paolo Guerrero está servindo a sua seleção na disputa das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.

O zagueiro Wallace, livre de um estiramento na coxa esquerda, tra-balhou normalmente e será rela-cionado para o amistoso. Pelo que se viu no treino da sexta-feira, o Flamengo irá a campo com Paulo Victor, Ayrton, César Martins, Sa-mir e Jajá; Márcio Araújo, Héctor Canteros e Alan Patrick; Paulinho, Emerson Sheik e Kayke.

A delegação desembarcou no Es-pírito Santo na manhã deste do-mingo. A ideia de viajar no dia do jogo visa à redução de gastos com hotel, além de evitar que os atletas fi quem concentrados para um amistoso.

Pelo acordo feito com os orga-nizadores da partida, o Flamen-go vai receber uma cota de R$ 350 mil por disputar a partida. O dinheiro, porém, só será pago se mais da metade do time con-siderado titular for a campo, o que vai acontecer.

AMISTOSO levado a sério

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015E8 PódioPódioSantos abre as portas da Vila Belmiro para síriosTime paulista fechou parceria para receber refugiados da Síria e usar o esporte para inseri-los na sociedade brasileira

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Refugiados da guerra do Oriente Médio, cem sírios assistiram ao jogo do Santos contra o Internacional da Vila Belmiro, no último domingo

Santos (SP) - Um dos fatos que mais exal-tam o orgulho san-tista é a história do

clube ter causado uma para-lisação da Guerra de Biafra, na Nigéria, em 1969. Na ocasião, Pelé e companhia enfrentaram a Seleção do Médio Oeste, em Benin, no jogo que ficou marcado como “guerra suspensa”. Quarenta e seis anos depois, o Peixe volta a levantar a bandeira de uma causa humanista. Desta vez, o time não pre-cisou sair de seu território para se solidarizar com um povo que vive em conflito há quatro anos: os sírios.

“O Santos Futebol Clube está apoiando os nossos re-fugiados, que são recebidos no país, mas que precisam viver aqui dentro. E a gente entende que, através do fu-tebol, a gente pode inserir eles um pouco mais na nossa sociedade. Que eles possam conviver conosco e enxerga-rem o mundo o pouco melhor, porque o que eles enxergam é muito triste”, afirma Silvia Maria, esposa do presidente Modesto Roma Júnior e que está à frente da ação.

Dois representantes da As-sociação de Assistência a Re-

fugiados no Brasil, chamada por Oasis, estiveram no CT Rei Pelé para conhecer um pouco mais do clube e para formalizar esta parceria.

“Só este apoio que o Santos está dando vai ser importante para dar visibilidade para o problema do refugiado. Isso já é um fator importantíssimo. Neste contexto do Brasil, você tem 2 mil refugiados, mas não existe esse conhecimento e que essa pessoas precisam dessa ajuda. O Santos vai abrir essas portas para o re-fugiado sírio. Então, para nós essa ação é importante neste contexto. Essa abertura, este apoio, essa solidariedade, que vai contaminar outros clubes, as torcidas”, explica Moha-mad El Kadri.

Na arquibancadaHoje, o Brasil tem cerca

de 8 mil refugiados. Destes, 2.097 são sírios. A guerra civil no país asiático se iniciou em março de 2011 e desde então o número de imigran-tes que abandonaram sua cidade natal em busca de um novo lugar para viver só tem aumentado. O Brasil se torna especial neste aspecto porque é o único a acolher estes refugiados sem qual-

quer restrição.“É o único mesmo. O Brasil

é o único que liberou um visto legal para os refugia-dos entrarem pela fronteira legalmente, sem sofrer ne-nhum problema. A Alemanha recebeu, mas, a pessoa vai

cruzar o mar, sofrer pro-blemas, andar quase 4 mil quilômetros a pé, até che-gar na Alemanha. Chegando na Alemanha, eles recebem. Mas, aqui não. Eles dão o visto e (o refugiado) entra aqui mais digno”, ressalta

Amer Masarami.Mohamadi e Amer são lí-

deres da Oasis e foram dois dos cem refugiados sírios que assistiram a vitória do Santos por 3 a 1 sobre o In-ternacional, no último dia 27 de setembro, na Vila Belmiro.

Achamos uma grande opor-tunidade levar os refugiados para assistir bola (futebol), para eles esquecerem um pouquinho dos traumas que eles passaram lá na Síria, por causa da guerra, do bom-bardeio lá”, Amer Masarami.

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