Pódio - 19 de julho de 2015

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FOTO: RICARDO OLIVEIRA Nacional enfrenta o Vilhena-RO na Arena da Amazônia, o novo caldeirão da torcida do Leão da Vila. Pódio E3 AreNaça AreNaça MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 [email protected]

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Nacional enfrenta o Vilhena-RO na Arena da Amazônia, o novo caldeirão da torcida do Leão da Vila. Pódio E3

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MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 [email protected]

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PÓDIO – Como você vê o futebol amazonense na atualidade?

Antônio Piola - Faz tem-po que não vejo o futebol amazonense. A última vez que vi, estava muito deva-gar. Mas acho que agora com os próprios dirigentes, principalmente do Nacional Futebol Clube, deu uma le-vantada com contratações de valores para o elenco.

PÓDIO - O que falta para os times do futebol local crescerem como fi zeram no passado, nas décadas de 70 e 80?

AP – Eu ainda acho que a salvação do futebol amazo-nense está no trabalho das categorias de base. O traba-lho de base é um dos mais importantes de um clube, as-sim como fazem os grandes times do futebol do sudeste e sul do Brasil. Os grandes craques surgem diretamen-te desse trabalho feito na base e os craques de hoje estão muito caro.

PÓDIO – A falta de pro-fi ssionalismo prejudica o futebol do Amazonas?

AP - O nosso futebol de-veria ter, sem dúvidas, pro-fi ssionais capacitados, com cursos fora de Manaus para adquirir conhecimento e por em prática no futebol local com a garotada. O Estado tem potencial pra revelar talentos para o cenário do futebol.Trabalho com dois projetos sociais, o Futebol sem Drogas e o Gol de Le-tra com garotos de vários bairros de Manaus. Nesse projeto encontramos muita safra boa e que pode ser o futuro do nosso futebol. Pre-cisamos que o trabalho não seja reconhecido somente pelos órgãos públicos, mas pelos clubes também.

PÓDIO – Os Centros de Treinamentos (CTs) foram construídos para a Copa do Mundo 2014. Você não acha que esses estádios deveriam ser doados aos clubes?

AP – Esses campos deve-riam ser doados ou adminis-trados pelos clubes profi s-sionais do Amazonas. Mas, infelizmente não são. Os estádios são administrados pela Secretaria de Estado da Juventude, Desporto e Lazer (Sejel). Se estivesse com o clube, todo o custeio seria do próprio clube. O estádio da Colina, por exemplo, é do São Raimundo, mas quem manda lá não é clube.

PÓDIO – Na sua avalia-ção, qual a causa da au-sência de torcedores nos estádios?

AP – Já tivemos clubes memoráveis no Campeonato Amazonense. O público da-quela época prestigiava os seus times duas horas tar-de. Recordo-me do Parque Amazonense com um bom público. O que falta mesmo é trabalhar a categoria de base e dar condições para manter um time profi ssio-nal e buscar bons jogadores que motive o torcedor para que volte aos estádios. Te-mos empresas nacionais e internacionais no Polo In-dustrial de Manaus. O que precisamos é ter projetos para essas empresas e o mais importante de tudo, é termos credibilidade pra realizar e prestar contas. Muitos dirigentes pegam o dinheiro e não presta conta e o empresário acaba se afastando.

PÓDIO – Você acredita no projeto do Nacional estar na Série A em 10 anos?

AP – Já tivemos três times na Série A – Fast Clube, Rio Negro e o Nacional. Eu torço muito por isso e espero que o clube chegue à elite do futebol nacional, mas não acredito que isso aconteça agora. Eu não vejo trabalho para nós chegarmos lá. Hoje, os clubes que disputam as séries B, C e D são muitos bons. Mas, espero que não somente o Nacional consi-ga, mas que o Fast e Rio Negro voltem ao cenário do Brasil.

Antônio Piola

Já tivemos três times na Série A – Fast Clu-be, Rio Negro e o Na-cional. Eu torço muito por isso e espero que o clube chegue à elite do futebol nacional, mas não acredito que isso aconteça agora. Eu não vejo trabalho para nós chegarmos lá”

DIEGO JANATÃ

A CBF inter-fere e muito para que não possa-mos voltar à elite. Antigamen-te, o futebol tinha seus represen-tantes pra-ticamente por Estado. Os cartolas fi zeram de tudo para tirar os times do Norte. O que temos que fazer é trabalhar, manter uma estrutura e esquecer a CBF”

Um dos maiores craques produzidos pelo futebol amazonense, o ex-lateral-direito Antônio Piola viveu momentos inesquecíveis no esporte local. Presente na última conquista de um Estadual pelo Fast Club, em 1971, e protagonista da marcante vitória no Nacional sobre o

Corinthians, em 1972, Piola conversou com o PÓDIO. Sempre crítico, defendeu

mudanças gerais com urgência para a modernização do futebol amazonense. Falou também de transformação na Federação Amazonense de Futebol (FAF) e cobrou uma intervenção nas categorias de base dos clubes locais. Amante da “pelota”, ele confessou que faz tempo que não assiste ao campeonato local e que a última vez que foi ao estádio não gostou nada do que viu.

JOSEMAR ANTUNES

‘A SALVAÇÃO do futebol AMAZONENSE está no TRABALHO das categorias de BASE’

PÓDIO – A imprensa do Sudeste e Sul criticam muito o futebol do Norte. Você acredita que a CBF interfere para que os clu-bes sejam eliminados e que não voltem à elite do futebol?

AP – A CBF interfere e mui-to para que não possamos voltar à elite. Antigamente, o futebol tinha seus repre-sentantes praticamente por Estado. Os cartolas fi zeram de tudo pra tirar os times do Norte. O que temos que fazer é trabalhar, manter uma es-trutura e esquecer a CBF.

PÓDIO – Você fala em incentivo na base, mas, por outro lado, a FAF é ge-rida pela mesma pessoa há quase 30 anos. Não acha que é hora de mudar?

AP – Nos Estados do Piauí e Maranhão projetos vêm mudando o futebol deles, recrutando os melhores jo-gadores nas categorias de base no interior e na capital e lançando para os clubes. O que precisamos também é ter mudança de fi losofi a e revolucionar o nosso futebol. Nós temos polos com proje-tos com mais 1.600 garotos nos bairros. Só precisamos de incentivo e apoio. Não tenho nada contra o Dissica que é meu amigo, mas ele já está há mais de trin-ta anos no poder e nada mudou. A diretoria precisa ser mudada para melhorar o formato e dar condições às nossas equipes em todas as categorias nas competições que forem disputar. Nós pre-

cisamos renovar com uma ‘reformulação geral’ o nosso futebol e manter calendário com atividades para as nos-sas equipes.

PÓDIO – Como você ava-lia os clubes amazonenses e a campanha do título do Nacional?

AP – Nós temos que tra-balhar de uns três a cinco anos a garotada com pla-nejamento a longo prazo na categoria de base, revelar e manter os atletas com ex-periências nas disputas das competições. Não podemos fazer um trabalho de base sem estrutura para amanhã querer conquistar campeo-nato. Quanto ao Nacional, o time sobrou na compe-tição e os clubes precisam acompanhar.

PÓDIO - Você tem uma escolhinha de futebol des-de 2002. Nesse período, revelou algum nome para o futebol?

AP – Os meus projetos sociais têm revelado muitos garotos bons com trabalhos de base. As promessas estão aí, mas os olheiros não vêm aqui prestigiar. Dentre as minhas promessas lancei da escolinha Piola’s o atacante Abraão, de apenas de 17 anos, que disputou a segunda divisão amadora do Campeo-nato Espanhol, e está com o contrato assinado para jogar em clube da Itália. Mas antes de seguir para a Europa, o jovem foi contratado pelo Princesa do Solimões para se profi ssionalizar e ganhar experiência.

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NACIONAL encara Vilhena na ‘ARENAÇA’Jogo no estádio amazonense da Copa do Mundo foi pedido pelo lateral-direito Peter, em entrevista ao PÓDIO na fi nal do Barezão. Naça quer usar fator casa para intimidar os adversários e espera vencer a primeira na Série D do Brasileiro

Ele pediu na fi nal do Campeonato Amazo-nense e a diretoria atendeu. O Nacional,

do lateral-direito Peter, encara na tarde deste domingo (19), o Vilhena-RO na Arena da Ama-zônia Vivaldo Lima. A partida será valida pela segunda roda-da da Série D do Campeonato Brasileiro. Ambas as equipes estão empatadas na primei-ra colocação com um ponto, tudo graças aos empates que obtiveram no último fi nal de semana. O Leão da Vila Munici-pal empatou em Boa Vista por 1 a 1 com do Náutico-RR. Já o time de Rondônia empatou, em casa, com o Remo-PA pelo mesmo placar.

Para esse confronto diante do Vilhena, o técnico Ader-bal Lana decidiu modifi car a equipe titular. Testando várias alternativas, o comandante nacionalino, deve colocar em campo uma equipe com ape-nas um meia de criação. Na atividade realizada na própria Arena da Amazônia na última quinta-feira (16), Lana come-çou o coletivo mandando a campo uma equipe no 4-4-2. Nessa formação, o técni-co escalou Rafael Vieira na lateral-esquerda no lugar de

Andrezinho. No meio-campo, Lana criou um losango com Denis, Felipe Manoel, Bruno Potiguar e Charles. No ataque, pela primeira vez o técnico co-mandante testou dois centroa-vantes: Nando e Junior Paraíba. Apesar de fechar a primeira etapa do treinamento por 1 a 0, o técnico afi rmou não ter gostado do futebol apresenta-do pelo time titular.

Por esse motivo, ele mo-difi cou taticamente a for-mação. Testando um 4-3-3, Lana voltou a campo com João Rodrigo na vaga de Rafael Vieira, Lusmar ao lado de Denis, Danilo Rios no lugar de Felipe Manoel e o atacante Felipe forman-do o ataque com Charles e Junior Paraíba.

Questionado sobre a sua preferência, Lana despistou. Uma coisa é certa, o coman-dante deve iniciar o confron-to com o meia Danilo Rios no banco de reservas.

Certeza no time titular, o la-teral-direito Peter, novamen-te, comemorou o fato do duelo ser na arena da Amazônia. Para o camisa 2 nacionalino, o campo facilita no desenvol-vimento do futebol do único representante amazonense do Campeonato Brasileiro.

“Não tem coisa melhor. Nossa

Antes da competição começar, poucas pessoas acreditavam que o Vilhena-RO brigaria por uma vaga na próxima fase da Série D, porém, a boa partida reali-zada diante do Remo-PA na primeira rodada mostrou que a equipe comandada por Marcos Birigui pode complicar para os favoritos e beliscar um lugar no qua-drangular final. O Vilhena chegou em Manaus no sá-bado (18) e se concentrou para encarar o Nacional. A grande esperança da equi-pe é o atacante Cabixi. O camisa 9 do Vilhena-RO já marcou 17 gols na tempo-rada. Ele é o sétimo jogador que mais marcou no ano.

Para o confronto de logo mais, o técnico Birigui terá

um desfalque certo. Du-rante a semana, o depar-tamento médico do VEC anunciou que o zagueiro Alex Barcelos, autor do gol diante do Remo, não se recuperou da entorse no tornozelo direito e ficará fora pelo menos sete dias. Por isso, o mais cotado para assumir sua vaga é o re-forço para a Série D, André Morosini. O atleta estava atuando no Ji-Paraná antes de fechar com o VEC.

Uma notícia boa que Biri-gui teve durante a semana de treinamento foi a volta do meio-campista Edilsi-nho, que se recuperou de um resfriado e deve começar a partida diante do Nacional como titular.

Sabendo do poder ofen-

FICHA TÉCNICA

NACIONAL Téc.: Aderbal Lana

VILHENA Téc.: Marcos Birigui

Local: Arena da AmazôniaHorário: 16hÁrbitro: Mayron F. dos Reis Novais (MA)

Peter Rafael Vieira

RobinhoMaurício Leal

Rodrigo Ramos

Charles

Bruno Potiguar Felipe Manoel

Nando Junior Paraíba

Tuquinha

ViníciusAndré MorosiniPortela

Naldo

Edilsinho

Cacau

Souza

Diego Siqueira

Denis

Dourado

Cabixi

equipe mostrou nos dois jogos da fi nal do estadual que temos poder ofensivo e na Arena, não tem como o adversário se re-trancar. Tenho certeza de que se a nossa equipe impuser o ritmo que colocamos nas fi nais,

vamos fazer um baita jogo. Temos que ter consciência que vamos encontrar um adversário muito difícil que virá com três zagueiros, mas temos que furar essa retranca e fazer com que o nosso torcedor compareça

ao estádio e saia daqui feliz”, disse o atleta.

Uma novidade que pode pintar no decorrer do duelo é a estréia do meia-ata-cante Romarinho. O jogador que se destacou atuando no

Fast durante o amazonense já está regularizado e pode entrar no segundo tempo para dar velocidade pelo lado esquerdo do campo.

Mudanças táticas para vencer fora de casa

sivo do Nacional, o co-mandante deve utilizar um esquema diferente na arena. O time deve vim

a campo no 3-5-2. Nesta nova formação, o lateral esquerdo Portela terá mais liberdade e pode aproveitar

as subidas de Peter para começar as principais jo-gadas ofensivas do time de Rondônia.

THIAGO FERNANDO

Birigui assumiu o time há pouco tempo e teve que reformular todo o elenco

Jogador fez campanha para que time jogasse a Sé-rie D na Arena

RICARDO OLIVEIRA

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Estatísticas a

favorNacional e Vilhena se enfrentam na Arena da Amazônia e time amazonense ganha do adversário nos números

Estatística não entra em campo, mas ajuda a visualizar a história e momento que cada

equipe vive. E tomando como base os números, o Nacional desponta como favorito para o confronto deste domingo (19), contra o Vilhena-RO, na Arena da Amazônia Vivaldo Lima, pela segunda rodada do Grupo A1, da Série D do Campeonato Brasileiro.

O Leão da Vila Municipal ocu-pa atualmente a 63ª posição do ranking de clubes da Confedera-ção Brasileira de Futebol (CBF), com 1.604 pontos. O adversário aparece na 95ª colocação so-mando 525 pontos.

A última participação do time amazonense na competição foi em 2013, quando chegou a avançar até as oitavas de fi nal, sendo eliminado pelo Sal-gueiro-PE. A expectativa da diretoria é ir além neste ano. O investimento feito em con-

tratações e a folha salarial na casa dos R$ 300 mil mensais, colocam o Nacional como um dos favoritos ao acesso.

O Vilhena vive momento fi nanceiro mais modesto. O investimento no futebol é ape-nas R$ 30 mil (10% da verba do Nascional). A equipe esteve na Série D em 2012 e na oca-sião enfrentou equipes como o Penarol-AM, Remo-PA, Náuti-co-RR, Atlético-AC e Sampaio Corrêa-MA, alcançando uma campanha de cinco vitórias, um empate, quatro derrotas.

DistânciaMesmo estando longe de

pontuações de equipes que disputam a Série A , o Na-cional tem a melhor posição entre os clubes do futebol local. Penarol (80º), Princesa do So-limões (94º), Fast Clube (169º) e América (195º) são algumas posições de clubes do futebol baré no ranking da CBF.

Pelo futebol rondoniense, além do Vilhena na 95ª co-

locação, aparecem o Genus (107º), Espigão (181º) e Ji-Paraná (202º). Com a melhor colocação, o Vilhena Esporte Clube é hoje o time mais ex-pressivo time de futebol do estado de Rondônia.

O VEC representou o estado de Rondônia por duas vezes na quarta divisão do futebol nacional, sendo a primeira em 2010 e a mais recente em 2012. O Naça já vem com mais competições realizadas pela CBF. Já o Leão da Vila Municipal é atualmente recordista em número de títulos estaduais, incluindo um hexacampeonato entre 1976 a 1981. O Naça foi o primeiro clube do Norte do país a disputar a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, e é a equipe amazonense que mais disputou essa divisão principal do futebol nacional, tendo dis-putado um total de 14 edições da competição. Na Copa do Brasil, o Nacional esteve em 16 edições, também um recorde para equipes locais.

Aderbal Lana participou da última campanha do Nacional na Série D em 2013

RAIM

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WILLIAN D’ÂNGELO

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Atletismo amazonense: das vitórias à decadênciaConsiderado terceira força no atletismo nacional no fi nal do século passado, modalidade enfrenta difi culdades atualmente

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ANDRÉ TOBIAS

Sandro Viana aponta solução ‘A reforma é uma ressurreição’ Bicampeão Pan-Ame-

ricano – em 2007 no Rio de Janeiro e em 2011 em Guadalajara (MEX) no revezamento dos 100 metros rasos -, o velocista amazonense Sandro Viana foi o últi-mo grande nome ama-zonense revelado para o mundo do atletismo. Experiente, ele lamenta o momento vivido pelo esporte no Estado.

“Procuro não me envol-ver tanto com a questão do atletismo amazonen-se, mas, ao mesmo tempo, não me conformo como um estado que investiu tanto no esporte olímpico nas últimas três décadas esteja passando por uma situação como a de hoje por conta de questões mal resolvidas e más adminis-trações. Eu tento par-ticipar e aju-dar aos p o u c o s , p o r q u e eu entendo que meu c o n h e c i -mento fi cou muito acima da realidade local, e isso

causa alguns tipos de confl itos”, conta Viana.

Calejado com as difi -culdades da carreira, ele não crê que o momento atual seja culpa da falta de estrutura, de investimento ou até mesmo de recursos. “A solução está no compro-metimento. Se um amazo-nense deu certo no esporte a justifi cativa é apenas uma: comprometimento. Vi muitos atletas com ta-lento superior ao meu que pararam no meio do cami-nho. É preciso dedicação. Você só colhe aquilo que você planta. A desculpa não está no talento local, no caboclo, no fi lho da terra. Se ele tiver comprometi-mento e alguém que tenha conhecimento no esporte, ele vai se sobressair” avisa o velocista.

A reforma da pista de atletismo pode ser a res-surreição do atletismo baré. É no que acredita o secretário executivo da Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), Ricardo Marrocos. De acordo com ele, novos implementos foram com-prados pelo poder público para auxiliar os atletas.

“O atletismo hoje tem toda estrutura física da pis-ta. Temos alguns atletas no Centro de Alto Rendimento da Amazônia. Alguns estão hospedados na Vila e tem toda estrutura disponibili-zada, tem a academia, com o apoio do técnico e do fi sioterapeuta. Quando a federação solicita passa-gens áreas, nós disponibili-zamos”, explica Marrocos.

Se o Estado oferece estrutura, faltam projetos voltados para o esporte. No município a história não é diferente. Sem espaços adequados para a prática da modalidade a Secreta-ria Municipal de Juventude, Esporte e Lazer (Semjel), colaborara com os atletas de outras maneiras.

“O que a gente faz é dar um incentivo e volta e meia quando a federação nos procura fazemos parce-rias em eventos. Especi-fi camente para atletismo nós não temos trabalho. A maioria dos locais que a gente administra temos quadra e piscinas, mas nada específi co para o atletismo”, argumenta o titular da Semjel, Sildo-mar Abtibol.por conta de questões mal

resolvidas e más adminis-trações. Eu tento par-ticipar e aju-dar aos p o u c o s , p o r q u e eu entendo que meu c o n h e c i -mento fi cou muito acima da realidade local, e isso

o velocista.zamos”, explica Marrocos.

Entre os anos de 1970 e 1990, o atletismo amazonense viveu sua fase áurea. Sem a es-

trutura ideal, a modalidade contou com o empenho e a dedicação de Geraldo Teixei-ra, que foi o responsável por revelar atletas como Welling-ton Nóbrega, recordista sul-americano na prova dos 110 metros com barreiras; João Raimundo, o João do Peso; e Lyndon Johnson, vice-cam-peão sul-americano dos 110 metros com barreiras.

Mas, o atual cenário da mo-dalidade nem de longe lembra as glórias do passado vito-rioso e dourado. Apesar de contar com uma pista recém-reformada e com cheirinho de nova, o Estado carece de revelações e nomes de peso. Para a presidente da Fede-ração Desportiva de Atletis-mo do Estado do Amazonas (Fedaeam), Marleide Borges, falta estrutura para recolocar o esporte em evidência.

“Vivemos numa eterna re-novação, pois é necessária, haja vista que temos de man-ter uma base para que assim possamos revelar e conquistar resultados expressivos para o atletismo amazonense. Pre-cisamos de estrutura e de recursos para fazer com que esses talentos sejam desen-volvidos e alcancem um lugar no pódio”, avalia Marleide, que nas mãos de Geraldo Teixeira foi campeão brasileira e vice sul-americana de heptatlo e salto em altura.

Apesar do novo espaço para a prática da modalida-de, Marleide lamenta a falta de apoio e estrutura disposta para a prática do atletismo no Amazonas. Segundo ela, é preciso mais para desenvolver um bom trabalho.

“Hoje a luta é pelo o mate-rial. Necessitamos de imple-mentos, como por exemplo, o colchão do salto com vara. Essa prova já trouxe muitas

medalhas para o Amazonas e hoje não temos condições de formar atletas e até mes-mo trazer grandes eventos para serem realizados aqui. Todo material que utiliza-mos é da época em que a pista foi construída, em 1990, diz a dirigente.

Ainda de acordo com Mar-leide, atualmente é a Fedaeam quem compra os materiais e implementos necessários para outras provas, como dis-co, peso e dardo. Outro projeto da entidade é a implantação da cronometragem eletrôni-ca, já que os resultados das provas de atletismo não são ofi cializados por conta da con-tagem manual.

ReferênciaSe atualmente a pista da Vila

Olímpica não recebe grandes eventos, no passado ela já foi referência nacional e recebeu grandes nomes do atletismo brasileiro. Durante a década de 90, atletas como os cuba-nos Javier Souto Maior, Ivan Pedroso, Ana Quirot e Any Garcia; o canadense Donavan Bailey, recordista mundial e campeão olímpico em Atlanta nos 100 metros rasos e no revezamento dos 100 metros rasos; a portuguesa Fernanda Ribeiro, medalhista de ouro em Atlanta nos 10 mil me-tros e os brasileiros Joaquim Cruz, Robson Caetano, Maur-ren Maggi, Zequinha Barbosa, Elisângela Adriano, Claudinei Quirino e Sanderlei Parrela, treinaram ou competiram no Amazonas.

“Na época, o governador Amazonino Mendes liberava uma verba signifi cativa para manter o centro de alto rendi-mento. Os melhores atletas do Brasil junto de seus técnicos treinavam aqui. Tinha vários técnicos cubanos também. Nove atletas do centro foram treinar em clubes de São Pau-lo. Sem contar que tinham mé-dicos, dentistas e fi siologistas cubanos”, recorda Marleide.

Sandro Viana participou recentemente da reinaugu-ração da pista de atletis-mo da Vila Olímpica. Ele é o ícone do esporte no Amazonas

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Fluminense e Vasco

Rio de Janeiro (RJ) - Neste domingo (19), o Maracanã vai respirar um cli-

ma de rivalidade, promovi-da por Fluminense e Vasco, que se enfrentam a partir das 15h (de Manaus) pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. O duelo, que já começou antes da bola ro-lar, começa com o Tricolor levando algumas vantagens. A começar pela festa que vai promover pela contratação de Ronaldinho Gaúcho, que vai ser apresentado pouco antes do confronto. O jogador chegou a ser dado como certo no Cruz-Maltino pelo presi-dente Eurico Miranda, que disse que no Brasil ele só jogaria pelo Vasco.

Eurico Miranda, por sinal, tem sido um dos principais promotores do clima de riva-lidade. Ele está pedindo que os torcedores vascaínos não compareçam ao jogo, uma vez que eles não poderão ocu-par, na arquibancada, o lado direito das cabines de rádio que historicamente pertencia a eles. Isso porque, ao assi-nar acordo com o consórcio que administra o Maraca-nã, o Fluminense conseguiu colocar uma cláusula que deixa a sua torcida daquele lado em qualquer ocasião. O fato inclusive está gerando uma batalha judicial.

A esses ingredientes junta-se a posição dos times na ta-bela de classifi cação. O Flumi-nense, embalado pela vitória de 2 a 1 sobre o Atlético-PR, a segunda consecutiva, tem 27 pontos e aparece na vice-liderança. Já o Cruz-Maltino perdeu os três últimos due-los pela competição, sendo o mais recente por 2 a 0 para o Grêmio, soma nove pontos e está afundado na zona de rebaixamento. A situação dos vascaínos não deixa os trico-lores mais animados.

“O Vasco conta com jo-gadores experientes e que podem recuperar o time. Por-tanto, não podemos esperar

nenhum tipo de facilidade, pois estamos falando de um clássico. A minha expectativa é de um jogo muito disputa-do, onde quem errar menos vai conseguir deixar o campo com os três pontos”, disse o zagueiro Antônio Carlos.

Os tricolores têm bons motivos para colocarem “a barba de molho”. Isso por-que o Vasco deu sinais de reação no meio de semana, quando derrotou o América-RN por 3 a 1 e encaminhou a vaga nas oitavas de fi nal da Copa do Brasil. Os vas-caínos entendem que esse jogo pode infl uenciar no

resultado deste domingo.“A gente estava precisando

de uma vitória para quebrar a sequência de resultados ruins, que estavam aconte-cendo mesmo quando o time conseguia render bem. Isso acaba sendo muito ruim, pois quando se joga bem e per-de a confi ança vai embora. Contra o América de Natal a gente sabia que precisava do resultado positivo, por ser um torneio eliminatório, que não dá chance de reação”, disse o lateral direito Madson.

“Além disso, tem um clás-sico no domingo e a gente precisa do resultado positivo. Ir a campo com confi ança em um jogo de muita rivali-dade e história acaba sendo muito importante. Estamos confi antes em um bom de-sempenho contra o Fluminen-se”, completou.

Em termos de escalação, o Fluminense está defi nido e o

R10 será apresentado no Maraca

IMBRÓGLIOTradicionalmente, a torcida do Vasco assiste ao clássico na arquiban-cada do lado direito das cabines de rádio, mas o Fluminense tomou o local após assinar contrato com a adminis-tradora do estádio

técnico Enderson Moreira só deverá promover uma mudan-ça em relação à formação que derrotou o Atlético-PR. Recu-perado de dores musculares na coxa direita, o volante Jean reaparece no posto de Rafi nha, que vai fi car como opção no banco de reservas. O atacante Osvaldo teve a documentação regularizada e vai fi car à disposição.

Como os treinos no Vasco têm sido fechados, a esca-lação do time é sempre um mistério muito bem guardado pelo técnico Celso Roth. Po-rém mudanças vão aconte-cer. Serginho assume a vaga do volante argentino Pablo Guiñazu, suspenso por acú-mulo de cartões amarelos. O lateral esquerdo Julio Cesar e o meia Andrezinho, que foram preservados contra o América-RN, reaparecem. O primeiro ganha o posto de Henrique, que deixou a parti-da contra o time potiguar logo aos seis minutos por causa de dores na coxa direita. Já o meia reaparece no lugar de Emanuel Biancucchi.

Duelo será marcado por apresentação de Ronaldinho Gaúcho e torcida vascaína no lado inverso ao das cabines de rádio do estádio

fazem clássicoDuelo será marcado por apresentação de Ronaldinho Gaúcho e torcida vascaína no lado inverso ao das cabines de rádio do estádio

fazem clássicofazem clássicofazem clássicofazem clássicofazem clássicofazem clássico

O dia tão esperado che-gou. Ronaldinho Gaúcho será apresentado, pelo Flu-minense, neste domingo (19), no Maracanã, antes do clássico contra o Vasco, pelo Brasileirão. A progra-mação, divulgada na quarta-feira pela direção tricolor, prevê o seguinte roteiro: o craque aparecerá no campo após conceder uma entrevista coletiva e, depois, participará da preleção de Enderson Mo-reira. No intervalo do jogo, Paulo Cezar Caju assinará o Livro de Ouro do Maracanã - o reforço o fará antes de a bola rolar.

A expectativa para a apre-sentação é grande. Durante

a semana, torcedores fi ca-ram na fi la durante horas para comprar ingresso para o clássico. A diretoria acre-dita que o estádio terá mais de 50 mil pessoas.

Ronaldinho Gaúcho assi-

nou contrato com o Flumi-nense no sábado passado (11), em vínculo que vai até o fi m de 2016. O meia ainda está de férias e só começará a treinar no dia 27, dia se-guinte da partida contra a Chapecoense, em Chapecó. Os jogadores, principalmen-te os mais jovens, estão ansiosos para a chegada do craque, ídolo de alguns de-les na época em que jogava pelo Barcelona.

O vice presidente de fu-tebol do Fluminense, Mário Bittencourt, disse que a es-treia de Ronaldinho com a camisa tricolor deve ser na partida contra o Grêmio, no

Maracanã, no dia primei-ro de agosto.

do clássico contra o Vasco, pelo Brasileirão. A progra-mação, divulgada na quarta-feira pela direção tricolor, prevê o seguinte roteiro: o craque aparecerá no campo após conceder uma entrevista coletiva e, depois, participará da preleção de Enderson Mo-reira. No intervalo do jogo, Paulo Cezar Caju assinará o Livro de Ouro do Maracanã - o reforço o fará antes de a bola rolar.

A expectativa para a apre-sentação é grande. Durante

de 50 mil pessoas.Ronaldinho Gaúcho assi-

a treinar no dia 27, dia se-guinte da partida contra a Chapecoense, em Chapecó. Os jogadores, principalmen-te os mais jovens, estão ansiosos para a chegada do craque, ídolo de alguns de-les na época em que jogava pelo Barcelona.

O vice presidente de fu-tebol do Fluminense, Mário Bittencourt, disse que a es-treia de Ronaldinho com a camisa tricolor deve ser na partida contra o Grêmio, no

Maracanã, no dia primei-ro de agosto.

Novo reforço do Tricolor carioca será apresentado antes do clássico contra o Vasco

O sempre arti-lheiro Fred é a

esperança de gols do Fluminense

na partida deste domingo

FRAM

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AÇÃO

FICHA TÉCNICAFLUMINENSEVASCO

Local:

Horário:

Árbitro:

Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

15h (de Brasília)

Luiz Flavio de Oliveira (Fifa-SP)

FLUMINENSE: Diego Cava-lieri, Wellington Silva, Gum, An-tônio Carlos e Giovanni; Edson, Jean, Gerson, Marcos Junior e Gustavo Scarpa; Fred Técnico: Enderson Moreira

VASCO: Jordi, Madson, Rodrigo, Aislan e Julio Cesar; Anderson Salles, Serginho, An-drezinho e Dagoberto; Herrera e Duvier Riascos Técnico: Celso Roth

Autor de um go-laço no meio de

semana, Biancucchi estará em campo

pelo Vasco

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E7 MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

Furacão recebe Chape para se reaproximar dos líderes

Curitiba (PR) - Em confron-to direto na parte intermediá-ria da classifi cação, mas com um olho nos líderes, Atlético-PR e Chapecoense farão o duelo matinal deste domingo (19), às 10h (de Manaus), na Arena da Baixada. O Fura-cão, entretanto, passa por um momento de instabilidade e entrará em campo modifi cado para o confronto.

Dois desfalques certos pelo Rubro-Negro são o lateral Natanael e Walter que está machucado. Já o meia Marcos Guilherme, com uma luxação no ombro, e o atacante Cléo, com dores musculares, foram poupados

e são dúvida. A boa notícia é a volta de Hernani.

A Chapecoense tem a chance de ultrapassar o adversário na classifi cação - ambos somam 19 pontos - e se aproximar do grupo de líderes da competição. Para isso o técnico Vinícius Eutró-pio deve fazer pelo menos duas mudanças na equipe. A primeira dela é a entrada Wanderson no lugar de Bruno Silva, que cumpre suspen-são automática pelo terceiro amarelo. A outra deve ser tática, com a entrada de mais um meia caso Roger, poupa-do durante a semana, não tenha condições de jogo.

EM CURITIBA

Joinville pega Ponte Preta querendo deixar a lanterna

A situação do Joinville no Campeonato Brasileiro é a pior possível, mas o noticiário recente do clube envolve mais a discussão sobre a taça do Estadual do que a lanterna no Nacio-nal. Às 17h30 (de Manaus) deste domingo (19), o Co-elho recebe a Ponte Preta com missão de esquecer o passado extracampo para tentar ganhar fôlego na zona de rebaixamento.

A ponta de esperança tri-color nasce do mau desem-penho recente da Ponte

Preta. A equipe campineira soma quatro rodadas sem vencer e está despencando na classificação.

O confronto, portanto, tem tudo a ver com reabi-litação. Uma vitória do Co-elho daria fôlego na corrida pela permanência na elite, visto que reaproximaria o JEC de seus concorrentes. Já a Ponte Preta pensa mais alto, sonhando em conso-lidar posição na primeira metade da classificação para projetar voos mais altos na sequência.

SUPERAÇÃO

Cruzeiro mede forças com AvaíBelo Horizonte (MG) – O

Cruzeiro recebe neste do-mingo (19), às 17h30 (de Manaus) o Avaí no Mineirão querendo se afastar ainda mais da zona de rebaixa-mento. A raposa tem 16 pontos, três a mais que o Santos, que abre a zona da degola. O Avaí tem a mesma pontuação, mas por critérios de desempate, aparece em pior posição que o rival. Para o duelo, o técnico Vanderlei Luxemburgo vai fazer mu-danças na equipe.

A novidade deve ser a pre-sença do zagueiro Manoel, que foi poupado das ativida-

des durante a semana, mas terá condições de jogo.

O time participou do últi-mo treino antes do jogo teve a seguinte formação: Fábio; Ceará, Paulo André, Manoel e Fabrício; Charles, Henri-que, Marcos Vinicius e De Arrascaeta; Marinho e Joel. Após o coletivo, Vanderlei Luxemburgo confi rmou que este será o time que entra em campo no domingo.

“Vou repetir a equipe. En-tra o Paulo André no lugar do Léo. Vou repetir a equipe, que teve uma resposta boa. É uma manutenção natu-ral. Vejo as pessoas ques-

tionando as mudanças na equipe. Cheguei num mo-mento de mudanças. Estou mantendo a equipe depois de muitos jogos. Temos que entender a importância de todos. Isso está sendo implantado. Todos estão no grupo”, declarou.

O volante Willians, que era titular na chegada de Luxemburgo ao Cruzeiro, perdeu espaço no time ti-tular e será substituído por Charles, que atuou contra o Goiás porque Willians esta-va suspenso e agradou ao treinador cruzeirense, fi can-do com a vaga no time.

NO MINEIRÃO

Luxemburgo mandará a campo uma equipe bastante modificada para jogo em casa

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AÇÃO

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AÇÃO

Tricolor está na quinta colocação e, se vencer, somará 26 pontos e pode terminar entre os primeiros

São Paulo encara Sport de olho no G-4G-4G-4G-4G-4G-4G-4G-4G-4G-4G-4G-4G-4G-4G-4G-4G-4G-4G-4G-4G-4G-4G-4G-4G-4G-4

São Paulo (SP) – Após dois jogos com vitórias, o São Paulo encara o Sport, neste domingo

(19), às 15h (de Manaus), na Are-na Pernambuco querendo uma vitória para voltar ao G-4. O time paulista aposta suas fi chas no bom momento de Alexandre Pato para fazer a diferença na partida. Já o Sport, vem de em-pate em casa com o Palmeiras. O time do nordeste faz boa campanha e perdeu apenas uma partida neste Brasileirão para o líder Atlético-MG.

O São Paulo teve uma semana

turbulenta, mesmo sem jogar. A debandada de jogadores conti-nua e uma das vitimas quase foi o atacante Luis Fabiano. Ele recebeu sondagem do Cruz Azul, do México, mas a venda não se concretizou. Por isso, ele nem viajou com o elenco para o Recife. Ele deve ser a única baixa do técnico Juan Carlos Osorio para a partida.

No lado do Sport a novidade é a volta do meia-atacante Elber. A escalação do jogador foi confi rmada pelo técnico Eduardo Baptista, que sacará Neto Moura da equipe. Com

isso, o meio-campo jogará na posição que Maikon Leite vinha atuando, bem aberto pela ponta direita.

“O time está defi nido. É o mesmo que treinou nesta se-mana, com Élber pelo lado direito. Também teremos a volta do Rithely”, disse.

A decisão de Eduardo Baptis-ta de escalar Élber no time titu-lar não foi puramente técnica. Acompanhando a recuperação do atleta de perto, o treinador disse que a entrada do jogador acontece no momento em que ele o passou segurança.

“Se eu visse alguma inse-gurança eu não escalaria. Eu tentei colocá-lo no jogo contra o Palmeiras. Ele se mostrou à disposição, mas no olhar dele eu senti que não era o momento. Agora ele me mostrou segurança sufi ciente para ser titular. É um menino 100% corajoso e tenho total confi ança”, concluiu.

Com isso, o Sport entrará em campo com Danilo Fernan-des; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Durval e Renê; Rithely, Wendel, Diego Souza, Marlone e Élber; e André.

Paulo Henrique Ganso foi sondado por time americano, mas, ao contrário de Luis Fabiano, estará à disposição para a partida

CARL

A CA

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L/FR

AME

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Page 8: Pódio - 19 de julho de 2015

E8 MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

ArenaEm boa fase, o Alviverde vem crescendo no

campeonato. Já o time da Vila segue no Z-4

São Pau-lo (SP) – Pal-meiras e

Santos fazem a reedição da fi nal do Campe-

onato Paulista neste domingo

(19), às 15h (de Ma-naus) na Allianz Arena, mas vivendo momentos opos-tos. Se na decisão do esta-dual, o time alvinegro levou e melhor e apresentou um futebol convincente, hoje, a situação é totalmente ao contrário. O time da Vila ocupa a zona de rebai-xamento do Campeonato Brasileiro com apenas 13 pontos conquistados em 13 jogos, e o Palmeiras vem em ascensão na com-petição, principalmente após a chegada do técnico Marcelo Oliveira. O Verdão ocupa a 7ª colocação do Brasileirão com 22 pontos somados e quer a vitória para encostar no grupo dos quatro primeiros co-

locados do certame.O Palmeiras poderia estar

em melhores condições se não tivesse deixado a vitória sobre o Sport, na última ro-dada, escapar nos minutos fi nais de partida. O Santos, por sua vez, vem de vitória sobre o Figueirense por 3 a 0. E o poderio ofensivo da equipe santista, que tem Ricardo Oliveira, o artilheiro do campeonato, preocupa o técnico palmeirense.

“Precisamos sempre ter atenção. Não existe mais moleza e adversário fraco no futebol, ainda mais se tratando do Santos, que tem Ricardo Oliveira, Lu-cas Lima, Geuvânio e Ga-bigol”, disse.

EscalaçõesSem poder contar com Vi-

tor Hugo, que ainda se recu-pera de uma fratura na face, Marcelo Oliveira escalou a dupla de zaga com Victor Ramos e Leandro Almei-da. Na armação, Robinho retoma a titularidade após

desfalcar a equipe nos três últimos jogos por problema muscular. Assim, o Palmei-ras deve entrar em cam-po com: Fernando Prass; Lucas, Leandro Almeida, Victor Ramos e Egídio; Gabriel, Arouca, Robinho, Dudu e Rafael Marques; Leandro Pereira.

No Santos, a novida-de é a volta do veterano Renato ao meio-cam-po. Ele entra na vaga de Paulo Ricardo. O lateral-direito Victor Ferraz virou dúvida após se chocar Elano durante treinamento. Se ele não tiver condi-ções de jogo, Crystian assume a vaga.

O Alvinegro deve ir a campo neste domin-go com: Vanderlei, Victor Ferraz (Crystian), Werley, David Braz e Zeca; Thiago Maia, Re-nato e Lucas Lima; Gabriel, Ricardo Oliveira e Geuvânio.

Ricardo Oliveira é o

artilheiro do Brasileirão

com oito gols

Em boa fase, o Alviverde vem crescendo no campeonato. Já o time da Vila segue no Z-4

SSantos fazem a reedição da fi nal do Campe-

onato Paulista neste domingo

(19), às 15h (de Ma-naus) na Allianz Arena, mas vivendo momentos opos-tos. Se na decisão do esta-dual, o time alvinegro levou e melhor e apresentou um futebol convincente, hoje, a situação é totalmente ao contrário. O time da Vila ocupa a zona de rebai-xamento do Campeonato Brasileiro com apenas 13 pontos conquistados em 13 jogos, e o Palmeiras vem em ascensão na com-petição, principalmente após a chegada do técnico Marcelo Oliveira. O Verdão ocupa a 7ª colocação do Brasileirão com 22 pontos somados e quer a vitória para encostar no grupo dos quatro primeiros co-

Goleiro Fer-nando Prass vem fechan-do o gol do Palmeiras nos últimos jogos

ArenaArenaEm boa fase, o Alviverde vem crescendo no

campeonato. Já o time da Vila segue no Z-4

locados do certame.O Palmeiras poderia estar

em melhores condições se não tivesse deixado a vitória sobre o Sport, na última ro-dada, escapar nos minutos fi nais de partida. O Santos, por sua vez, vem de vitória sobre o Figueirense por 3 a 0. E o poderio ofensivo da equipe santista, que tem Ricardo Oliveira, o artilheiro do campeonato, preocupa o técnico palmeirense.

“Precisamos sempre ter atenção. Não existe mais moleza e adversário fraco no futebol, ainda mais se tratando do Santos, que tem Ricardo Oliveira, Lu-cas Lima, Geuvânio e Ga-

Sem poder contar com Vi-tor Hugo, que ainda se recu-pera de uma fratura na face, Marcelo Oliveira escalou a dupla de zaga com Victor Ramos e Leandro Almei-da. Na armação, Robinho retoma a titularidade após

desfalcar a equipe nos três últimos jogos por problema muscular. Assim, o Palmei-ras deve entrar em cam-po com: Fernando Prass; Lucas, Leandro Almeida, Victor Ramos e Egídio; Gabriel, Arouca, Robinho, Dudu e Rafael Marques; Leandro Pereira.

No Santos, a novida-de é a volta do veterano Renato ao meio-cam-po. Ele entra na vaga de Paulo Ricardo. O lateral-direito Victor Ferraz virou dúvida após se chocar Elano durante treinamento. Se ele não tiver condi-ções de jogo, Crystian assume a vaga.

O Alvinegro deve ir a campo neste domin-go com: Vanderlei, Victor Ferraz (Crystian), Werley, David Braz e Zeca; Thiago Maia, Re-nato e Lucas Lima; Gabriel, Ricardo Oliveira e Geuvânio.

Ricardo Oliveira é o

artilheiro do Brasileirão

com oito gols

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Palmeiras e Santos duelam na

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