Pódio - 3 de julho de 2014

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FERNANDODANTAS/GAZETA PRESS Pódio E3 São Raimundo e Sul-América reinauguram estádio da Colina Pódio E7 Fifa elege David Luiz melhor jogador da Copa até as oitavas Quebra-cabeça MANAUS, QUINTA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2014 [email protected] Felipão testou seis reservas e duas formações táticas no treino de ontem (2). Em ambas, Fred foi sacado do time. No 3-5-2 Henrique herdou a vaga e no 4-3-3 Willian entrou no ataque ao lado de Hulk e Neymar, que fez o falso 9. Pódio E4 e E5

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Pódio E3

São Raimundo e Sul-América reinauguram estádio da Colina

Pódio E7

Fifa elege David Luiz melhor jogador da Copa até as oitavas

Quebra-cabeça

MANAUS, QUINTA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2014 [email protected]

Felipão testou seis reservas e duas formações táticas no treino de

ontem (2). Em ambas, Fred foi sacado do time. No 3-5-2 Henrique herdou a vaga e no 4-3-3 Willian entrou

no ataque ao lado de Hulk e Neymar, que

fez o falso 9. Pódio E4 e E5

Quebra-cabeçaQuebra-cabeçaQuebra-cabeça

MANAUS, QUINTA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2014 [email protected]

Felipão testou seiFelipão testou seis reservas e duas s reservas e duas formações táticas no treino de formações táticas no treino de formações táticas

ontem (2). Em ambas, Fred foi sacado do time. No 3-5-2 Henrique herdou a vaga e no 4-3-3 Willian entrou

no ataque ao lado de

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E2 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2014

CHARGE

HERÓIS DA COPA* MARCUS VINÍCIUS PESSOA

Mesmo sem nunca ter con-quistado um título de expressão pela Inglaterra, Gary Lineker é até hoje o único inglês artilheiro de uma Copa do Mundo, com seis gols no Mundial do México em 1986. Desde cedo, Lineker tinha fama de artilheiro conquistando uma verdadeiras legiões de fãs enquanto jogava pelo Leicester City e Everton antes de se trans-ferir para o Barcelona.

Lineker já era um dos princi-

pais atacantes da Inglaterra, sendo decisivo ao marcar três gols na goleada por 5 a 0 sobre a Turquia que pratica-mente selou a passagem dos ingleses para o mundial.

Ele brilhou na fase de gru-pos e ajudou aseleção Inglesa avançar até as quartas de fi nal, para enfrentar a argentina. Essa partida entrou para história por dois lances de Maradona, a “mão de dues” e o gol an-

tológico que marcou driblando meio time da Inglaterra.

O artilheiro ainda marcou, mas já era tarde e a Inglat-erra foi eliminada. Logo em sua primeira temporada no Barça, Lineker anotou 21 gols em 41 partidas.

Em mais de 600 partidas disputadas nacarreira, Lineker jamais levou um cartão sequer, seja amarelo ou vermelho. Um-verdadeiro “Cavalheiro”.

Gary Liniker

* MARCUS VINÍCIUS PESSOA É REDATOR PUBLICITÁRIO

ARTILHARIA

Tabela da Copa do Mundo

5GOLS

OITAVAS DE FINAL OITAVAS DE FINAL

54

SEGUNDA30/0617h00Porto Alegre - Beira-Rio

ALEMANHA

ARGÉLIA

2

1

53

SEGUNDA 30/0613h00Brasília - Mané Garrincha

FRANÇA

NIGÉRIA

2

049

SÁBADO 28/0613h00Belo Horizonte - Mineirão

BRASIL

CHILE

1

1

50

SÁBADO 28/0617h00Rio de Janeiro - Maracanã

COLÔMBIA

URUGUAI

2

0

52

DOMINGO 29/0617h00Recife - Arena Pernambuco

COSTA RICA

GRÉCIA

1

1

51

DOMINGO 29/0613h00Fortaleza - Castelão

HOLANDA

MÉXICO

2

155

TERÇA 01/0713h00São Paulo - Itaquerão

ARGENTINA

SUÍÇA

1

0

56

TERÇA 01/0717h00Salvador - Fonte Nova

BÉLGICA

ESTADOS UNIDOS

2

1

60

SÁBADO 05/0713h00Brasília - Mané Garrincha

ARGENTINA

BÉLGICA

58

SEXTA 04/07 13h00Rio de Janeiro - Maracanã

FRANÇA

ALEMANHA

QUARTAS DE FINAL

57

SEXTA 04/07 17h00Fortaleza - Castelão

BRASIL

COLÔMBIA

59

SÁBADO 05/07 17h00Salvador - Fonte Nova

HOLANDA

COSTA RICA

62

QUARTA 09/07 17h00São Paulo - Itaquerão

VENCEDOR JOGO 59

VENCEDOR JOGO 60

SEMIFINAL

61

TERÇA 08/07 17h00Belo Horizonte - Mineirão

VENCEDOR JOGO 57

VENCEDOR JOGO 58

3º LUGAR FINAL

64

DOMINGO 13/07 16h00Rio de Janeiro - Maracanã

VENCEDOR JOGO 61

VENCEDOR JOGO 62

63

SÁBADO 12/07 17h00Brasília - Mané Garrincha

PERDEDOR JOGO 61

PERDEDOR JOGO 62

PÊNALTIS: BRASIL 3 X 2 CHILE

JAMES RODRÍGUEZCOLÔMBIA

PÊNALTIS: COSTA RICA 5 X 3 GRÉCIA

Paulo Vinícius Coelho

Febre de Copa

Os 18 milhões de telespecta-dores e as maiores audiências de jogos de futebol nos Estados Unidos em todos os tempos am-pliaram o interesse do mundo sobre o que vai acontecer lá depois da Copa. Os americanos descobriram o futebol e até o Brasil analisa o futuro... deles.

E o nosso? Nunca houve tanta gente nos estádios brasileiros. Mé-dia de público de 51.132 especta-dores por jogo e 98% de ocupação das arenas são números inéditos na história do país do futebol. A

Copa de 50 tinha estádios maiores, mas público médio menor --47 mil por partida, apesar dos 200 mil na fi nal contra o Uruguai.

Discutir os americanos é bom. Conversar sobre o Brasil é me-lhor. Por aqui, a audiência de TV aberta cai e a de TV fechada não é medida no país inteiro, o que difi culta comparar os números de telespectadores.

A questão é mesmo a presença nos estádios. Mesmo que 30% do público nas arenas seja composto por estrangeiros --índice exagera-

do--, há gente demais que desco-briu na Copa o prazer de assistir a um jogo no campo.

Viva a Copa Permanente, pro-posta por Antônio Prata!

É necessário ter ingressos a pre-ços mais baixos para levar quem não pôde ir à Copa. Indispensá-vel! Mas também convencer quem descobriu o prazer do estádio na Copa de que o prazer pode ser de todas as semanas.

É missão dos clubes não se con-formar com estádios vazios. Tam-bém é obrigação da CBF. Fala-se

sobre uma possível candidatura do Brasil a sede do Mundial de Clubes. Copa Permanente não é isso. É um campeonato organizado, com estádios cheios e times fortes.

Os americanos pensam nisso agora, embora boa parte dos que assistiram à Copa pela TV concentrem-se no beisebol e na NBA. Aqui, muita gente vai sair do estádio para ver futebol na TV. Nos dois países, é preciso manter a chama acesa. Nesse caso, se é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil.

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

Depois do Mundial, é missão dos clubes e obrigação da CBF não se conformarem com estádios vazios Mesmo que 30% do público nas are-nas seja composto por estrangeiros -índice exagerado, há gente demais que descobriu na Copa o prazer de assistir a um jogo no campo

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E3MANAUS, QUINTA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2014

Colina reabre os portões após passar por reformaEstádio Ismael Benigno reinaugura hoje e será mais uma opção para clubes do futebol amazonense mandarem suas partidas

Após fi car quase dois anos fechado para obras, o estádio Ismael Benigno, mais conhe-

cido como Colina, voltará a receber uma partida de fute-bol. Refúgio do São Raimundo, tri campeão da Copa Norte e último clube do estado nas primeiras divisões do futebol nacional, o estádio que agora tem capacidade para 10.400 pessoas, custou para os cofres públicos R$ 20,5 de reais e foi construído para servir de Campo Ofi cial de Treinamento (COT) para as seleções que disputaram jogos da Copa do Mundo em Manaus.

São Raimundo e o Sul Améri-ca farão hoje às 20h30, o clás-sico Galo Preto para inaugurar a nova Colina. Os times que vão a campo serão formados por jogadores que ajudaram a escrever as histórias dos dois clubes manauenses. En-tre eles, o ex-atacante Del-mo, que receberá homenagem antes do começo da partida. O pontapé inicial do clássico será dado pelo histórico joga-dor Santarém que defendeu o Tufão na década de 60.

O histórico clássico Galo Preto é marcado por curiosi-dades. O duelo ganhou esse apelido porque antes dos confrontos os torcedores de ambas as agremiações esportivas faziam trabalhos de macumba e colocavam na frente da sede do seu adver-sário. Outro fato que envolve os clubes é a proximidade de suas sedes. Separados por

cerca de 300 metros, as tor-cidas são rivais de bairros. A sede do São Raimundo é localizada no bairro de mes-mo nome e o Sul América fica no bairro da Gloria.

LembrançasPara o advogado Ricardo

Jerônimo, 26, o clássico Galo Preto que ficou marcado em sua memória foi o disputado durante o campeonato ama-zonense de 1999. Segundo o são raimundense fanático, o público da partida foi tão

grande que fazia volta en-torno do antigo posto de ga-solina que ficava ao lado da Colina. Chegando duas horas antes do pontapé inicial ao estádio, Ricardo e seu pai só conseguiram entrar após o apito inicial do arbitro. “O time do São Raimundo era muito bom. Naquele ano enfrentamos de igual para igual o Palmeiras que era o campeão da Libertadores da América. Esse foi o melhor elenco que o Tufão teve. Nesse dia, vencemos o Sul

América por 5 a 1”, lembrou o torcedor que naquela época chegava aos jogos de seu clube com a certeza que veria um bom espetáculo devido a qualidade técnica da equipe naquela temporada.

Outro torcedor que tam-bém comemora a reinau-guração do estádio Ismael Benigno é o analista de sis-temas Luiz Júnior, 27. Acre-ditando que a reforma dará uma sobrevida ao clube e ao futebol do estado, Luiz confi a que em pouco tempo o São Raimundo voltará a disputar uma vaga nas principais divi-sões do futebol nacional. “É o legado que nos dará mais 100 anos de vida, já havia acontecido uma vez quando o ilustre Ismael Benigno de-cidiu construir esse estádio e dessa forma garantiu a per-petuação do clube”, disse.

Para o presidente do São Raimundo, Mozart Luis, a reformada Colina marca o começo de uma nova era. Com três estádios na capi-tal, o dirigente tem grandes expectativas que o futebol amazonense será beneficia-do, pois voltará a acontecer jogos em Manaus. “O São Raimundo foi muito prejudi-cado com o fechamento da Colina para a reforma. Não tínhamos a onde treinar e tivemos que ir para cháca-ras em outros municípios. Com a reabertura, o nosso time voltará a mandar jogos perto de sua torcida”, disse o dirigente que informou que o governo do Estado vai ad-ministrar o estádio e arcará com todas as despesas.

O São Raimundo foi muito prejudi-

cado com o fecha-mento da Colina para a reforma. Não tínhamos onde treinar

Mozart Luis,presidente do São Raimundo

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

Segundo o vice-presiden-te e atacante do Sul-Amé-rica, Alex Costa, o jogo de hoje entrará para a história do clube. Sabendo que a reinauguração da Colina é um fato importante para o futebol amazonense,

Alex confi rma que alguns jogadores que escreveram seus nomes na história do clube entrarão em campo para mais esse clássico. “O Clássico Galo Preto é um dos mais importantes do Estado. Muita rivalidade e

tradição estão envolvidas nesse duelo. Convidamos jogadores históricos como Marcilio, Nailson, Alberto e Careca para fazer parte dessa festa”, citou o vice-presidente que também estará em campo.

Sul-América quer estragar festa

Com um gramado impecável, estádio da Colina reinaugura para alegria da torcida do Tufão

RICARDO OLIVEIRA

MAURONETO/SEJEL

Com capacidade para 10,4 mil torcedores, a reabertura do estádio Ismael Benigno pode representar uma nova fase no futebol amazonense, que contará com um novo palco

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E4 E5MANAUS, QUINTA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2014 E5MANAUS, QUINTA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2014

JUCA KFOURI

Limite da psicologia

EM 1958 a seleção brasileira já usava a psicologia para tentar ganhar uma Copa do Mundo.

Ficou famoso o dr. João Car-valhaes, psicólogo da CMTC (Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos) paulista-na, contratado para acompanhar os jogadores e aplicar neles o fa-moso teste de Rorschach, aquele que é chamado de “teste do borrão de tinta” ou “das manchas”.

Pois bem. Não só Pelé foi re-provado como Mané Garrincha tangenciou a debilidade mental.

Nenhum deles seria contratado para ser motorista dos ônibus da CMTC, e principalmente o ponta-direita não era visto como alguém em condições de disputar uma Copa do Mundo. Mané teria descrito uma das manchas como “a cabeçona do doutor Paulo”, o chefe da delegação nacio-nal, Paulo Machado de Carvalho. Noutro teste, o de Quociente de Inteligência, Garrincha voltou a ir mal, ao desenhar um homem pequeno com um cabeção. Ques-tionado sobre o desenho, disse

que era “o Quarentinha, meu companheiro no Botafogo”.

Para piorar, no penúltimo amis-toso antes de o time chegar à Suécia, em Florença, contra a Fiorentina, Mané demorou para fazer um gol e temeu-se que ele, como já fizera e explicara que fizera no Botafogo, “estava apenas esperando que o goleiro abrisse as pernas”. Resultado: foi barrado no amistoso seguinte contra a Inter de Milão e também da estreia da Copa do Mundo, contra a Áustria, substituído por

Joel, do Flamengo.Ao entrar no segundo jogo,

contra o “futebol científico” da União Soviética, protagonizou, segundo a Fifa, os três minutos mais espetaculares da história das Copas do Mundo.

Para alívio do treinador de então, Vicente Feola, que dizia que Gar-rincha “pensava com os pés”.

O episódio é aqui relembrado apenas para frisar os limites do trabalho da atual psicóloga da se-leção, Regina Brandão. Ela não é milagreira nem pronto-socorro.

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

Regina Brandão é excelente psicóloga, mas não é Jesus Cristo ou Telê Santana, não é milagreiraAo entrar no segundo

jogo, contra o “futebol científi co” da União Soviética, protagoni-zou, segundo a Fifa, os três minutos mais espetaculares da his-tória das Copas

Tostão

Hora de a onça beber água

A Copa continua espetacular, com muita qualidade, muita emo-ção e muita festa nos estádios. A única coisa que não está boa é a arbitragem, com muitos erros decisivos, na marcação de pênal-tis e nos impedimentos. Parece Campeonato Brasileiro. Já na condução do jogo, na marcação de faltas, tudo ótimo.

Se a Costa Rica ganhou da Itália e do Uruguai e empatou com a Inglaterra, pode ganhar da favorita Holanda. A Costa Rica marca muito bem e é rápida nos

contra-ataques. Ruiz e Campbell são muito bons jogadores. A Ho-landa mostrou, contra o México, que, além de defender e contra-atacar bem, como fez em vários jogos, sabe pressionar e virar o placar. A equipe possui também muitos jogadores altos e bons nos lances aéreos. O volante De Jong está fora da Copa do Mundo. Contra seleções fortes, que vão atacar, ele vai fazer falta, pois marca muito.

A Argentina, como se esperava, teve enormes difi culdades para

ganhar da Suíça. Como têm sido boas as atuações do goleiro e da defesa, tão criticados antes do Mundial, aumentam as chances de a Argentina ser campeã, pois, com Di Maria e Messi, há sem-pre uma grande possibilidade de gols. Foi sensacional a arrancada de Messi, com a bola colada aos pés, driblando o zagueiro que tentava derrubá-lo, até dar a bola, com açúcar e com afeto, para Di Maria marcar.

Enfi m, a Bélgica mostrou um ótimo time, com muita troca

de passes, o que não faz o Bra-sil. Como os volantes costumam avançar, Messi pode ter muitos espaços contra a Bélgica, o que seria decisivo. Certamente, o téc-nico não tem dormido pensando em como pará-lo. Por outro lado, o ataque envolvente da Bélgica vai criar também chances de gol. O desequilíbrio está nos dois craques argentinos.

Amanhã, falo de Brasil e Co-lômbia e de França e Alemanha, dois jogos equilibrados. Chegou a hora de a onça beber água.

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

Enfi m, a Bélgica mostrou um ótimo time, com muita troca de passes, o que não faz o Brasil. Como os volantes costumam avançar, Messi pode ter muitos espaços

Felipão comanda coletivo sem Fred e testa seis reservasNeymar fez a função de falso 9. Hernanes, Oscar e Ramires formaram o meio campo. Depois, Henrique entrou para experimentar o time no 3-5-2

O treinador da sele-ção brasileira, Luiz Felipe Scolari, tes-tou uma verdadeira

revolução em seu time na tarde de ontem. No total, seis reservas foram observados durante o treinamento tático na Granja Comary: Paulinho, Hernanes, Willian, Henrique, Maicon e Maxwell. Foi o últi-mo treino em Teresópolis an-tes da viagem da equipe para Fortaleza (CE), onde o Brasil enfrenta a Colômbia amanhã, pelas quartas de fi nal.

O maior dos testes foi feito logo no início dos trabalhos: Felipão montou a equipe sem o centroavante Fred no time titular, testando um esquema tático com um falso 9, tendên-cia da Copa do Mundo até aqui. O que surpreendeu, porém, foi que, com essa mudança de esquema, ele também alterou outras posições. Fernandinho, que ganhou uma vaga no meio-campo na última partida, foi para o time reserva, assim como o suspenso Luiz Gustavo. Com isso, três vagas foram abertas, ocupadas por Herna-nes, Ramires e Willian.

Nessa formação inicial, a de-fesa seguia intacta, com o se-guinte time: Julio César, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo, Ramires, Hernanes, Oscar e Willian, Neymar e Hulk. Após cinco minutos, porém, Fe-lipão mudou, fazendo o time voltar a sua formação preferida, com um camisa 9 fi xo e cinco jogadores no meio-campo.

Com isso, ele voltou a fazer mudanças, usando Fernan-dinho e o ex-titular Paulinho como sua dupla de volantes. Os meias-ofensivos foram Os-car, Neymar e Hulk. O camisa 10, aliás, apareceu no grama-do sem a proteção no joelho que utilizou nos últimos dias e participou normalmente dos trabalhos. O susto pelas pan-cadas sofridas diante do Chile parece ter fi cado no passado - o atacante chegou a tomar anti-infl amatórios e realizar terapia com choques elétricos para afastar as dores.

Os três últimos nomes usa-

dos por Felipão no treinamen-to foram o zagueiro Henrique, o lateral direito Maicon e o lateral esquerdo Maxwell. O último, por pouco tempo, me-nos de cinco minutos, quando Marcelo saiu de campo man-cando ao lado do médico. A utilização do ex-zagueiro do Palmeiras, porém, foi mais sé-ria, mostrando que o técnico do Brasil está, mesmo, pen-sando em armar sua equipe com três zagueiros.

Com a suspensão de Luiz Gustavo, Felipão ganhou um buraco no meio-campo: Fer-nandinho, seu reserva ime-diato, estava sendo usado como segundo volante. An-tes de Henrique, ele testou Hernanes na função. Depois, recuou Fernandinho e voltou a usar Paulinho.

O terceiro teste foi com o zagueiro do Napoli, em um 3-5-2 sem centroavante. Henrique entrou no lugar de Fred, traba-lhando como terceiro zagueiro, com Fernandinho e Paulinho à frente da zaga. Neste momen-to, Maicon também entrou, no lugar de Daniel Alves. Foi aí que o time titular deslanchou. Fred, para os titulares, e Jô, para os reservas, já tinham marcados. Após a mudança de esquema, os titulares fi zeram mais três, com dois de Paulinho e um de Ramires - que entrou entre os titulares nos minutos fi nais em um ponto em que Felipão fazia trocas frequentes entre seus jogadores.

O Brasil enfrenta a Colômbia amanhã, pelas quartas de fi nal da Copa do Mundo, no Caste-lão, em Fortaleza.

MUDANÇASNo treinamento de ontem, Felipão testou três formações dife-rentes no decorrer da movimentação. Seis jo-gadores considerados reservas apareceram no time titular, mas nada está defi nido

O jogo entre Brasil e Colômbia nesta sexta-fei-ra trará também um duelo pessoal entre dois camisas 10 – Neymar e James Rodri-guez. O brasileiro vem ob-servando o rival, reconhece as boas atuações no Mun-dial, mas não tem problemas em dizer que espera que a boa fase termine agora.

“O Rodriguez é um cra-que, vem demonstrando isso apesar da pouca idade, 22 anos. Está de parabéns pelo que vem fazendo, mas es-pero que o ciclo dele acabe agora (risos). Com todo o respeito, claro”, disse o ata-

cante, respondendo a uma jornalista colombiana.

O atacante também falou da pouca idade, tanto sua como de Rodriguez – ambos tem 22 anos. Para Neymar, experiência não está, neces-sariamente, ligada à idade.

“Acho que tem que jogar futebol, futebol não tem ida-de. Experiência ajuda, claro, mas eu, por exemplo, sou um cara que com 22 anos passou por muita coisa na vida, já aprendi muito, isso ajuda. Acho que não tem que fazer isso ou aquilo, tem que jogar bola, colocar o futebol em prática”, afi rmou.

Neymar elogia James Rodríguez

As duas defesas de Júlio César na disputa de pênaltis contra o Chile, no sábado, tiveram uma parcela de contribuição signifi cativa de um vídeo sobre detalhes dos batedores rivais. Para o jogo de sexta-feira, diante da Co-lômbia, um novo material já está sendo produzido.

Quem seleciona as ima-gens é Thiago Larghi, ana-lista de desempenho da co-missão técnica. Ele repassou o conteúdo ao preparador de goleiros Carlos Pracidelli, que, na sexta-feira (véspera do jogo em Belo Horizonte), chamou os três jogadores da posição para estudar as cobranças por 40 minutos.

No dia da partida, Júlio César disse aos colegas de linha que iria defender três cobranças. Defendeu

as duas primeiras, dos ata-cantes Mauricio Pinilla e Alexis Sánchez. Na última, que o zagueiro Gonzalo Jara acertou a trave direi-ta, o goleiro brasileiro es-colheu o canto certo e fi cou bem próximo da bola.

Próximo adversário, a Colômbia tem um gol de pênalti neste Mundial. Foi anotado pelo meia Juan Cuadrado, com um chute forte, no canto esquerdo do goleiro, na vitória por 4 a 1 sobre o Japão, ainda na primeira fase da com-petição. Para ter um con-teúdo completo, o analisa de desempenho varre jogos antigos da seleção adversá-ria e também dos clubes de cada jogador. No caso de James Rodríguez, o francês Monaco, por exemplo.

Júlio César estuda colombianos

Atacante do Barcelona espera comemorar mais que James

Goleiro brasilei-ro verá vídeo de

cobradores de pê-naltis da Colômbia

MARCELO FONSECAGAZETA PRESS

FERN

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SGAZ

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Felipão deve pro-mover a volta do volante Paulinho

ao time titular

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E4 E5MANAUS, QUINTA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2014 E5MANAUS, QUINTA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2014

JUCA KFOURI

Limite da psicologia

EM 1958 a seleção brasileira já usava a psicologia para tentar ganhar uma Copa do Mundo.

Ficou famoso o dr. João Car-valhaes, psicólogo da CMTC (Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos) paulista-na, contratado para acompanhar os jogadores e aplicar neles o fa-moso teste de Rorschach, aquele que é chamado de “teste do borrão de tinta” ou “das manchas”.

Pois bem. Não só Pelé foi re-provado como Mané Garrincha tangenciou a debilidade mental.

Nenhum deles seria contratado para ser motorista dos ônibus da CMTC, e principalmente o ponta-direita não era visto como alguém em condições de disputar uma Copa do Mundo. Mané teria descrito uma das manchas como “a cabeçona do doutor Paulo”, o chefe da delegação nacio-nal, Paulo Machado de Carvalho. Noutro teste, o de Quociente de Inteligência, Garrincha voltou a ir mal, ao desenhar um homem pequeno com um cabeção. Ques-tionado sobre o desenho, disse

que era “o Quarentinha, meu companheiro no Botafogo”.

Para piorar, no penúltimo amis-toso antes de o time chegar à Suécia, em Florença, contra a Fiorentina, Mané demorou para fazer um gol e temeu-se que ele, como já fizera e explicara que fizera no Botafogo, “estava apenas esperando que o goleiro abrisse as pernas”. Resultado: foi barrado no amistoso seguinte contra a Inter de Milão e também da estreia da Copa do Mundo, contra a Áustria, substituído por

Joel, do Flamengo.Ao entrar no segundo jogo,

contra o “futebol científico” da União Soviética, protagonizou, segundo a Fifa, os três minutos mais espetaculares da história das Copas do Mundo.

Para alívio do treinador de então, Vicente Feola, que dizia que Gar-rincha “pensava com os pés”.

O episódio é aqui relembrado apenas para frisar os limites do trabalho da atual psicóloga da se-leção, Regina Brandão. Ela não é milagreira nem pronto-socorro.

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

Regina Brandão é excelente psicóloga, mas não é Jesus Cristo ou Telê Santana, não é milagreiraAo entrar no segundo

jogo, contra o “futebol científi co” da União Soviética, protagoni-zou, segundo a Fifa, os três minutos mais espetaculares da his-tória das Copas

Tostão

Hora de a onça beber água

A Copa continua espetacular, com muita qualidade, muita emo-ção e muita festa nos estádios. A única coisa que não está boa é a arbitragem, com muitos erros decisivos, na marcação de pênal-tis e nos impedimentos. Parece Campeonato Brasileiro. Já na condução do jogo, na marcação de faltas, tudo ótimo.

Se a Costa Rica ganhou da Itália e do Uruguai e empatou com a Inglaterra, pode ganhar da favorita Holanda. A Costa Rica marca muito bem e é rápida nos

contra-ataques. Ruiz e Campbell são muito bons jogadores. A Ho-landa mostrou, contra o México, que, além de defender e contra-atacar bem, como fez em vários jogos, sabe pressionar e virar o placar. A equipe possui também muitos jogadores altos e bons nos lances aéreos. O volante De Jong está fora da Copa do Mundo. Contra seleções fortes, que vão atacar, ele vai fazer falta, pois marca muito.

A Argentina, como se esperava, teve enormes difi culdades para

ganhar da Suíça. Como têm sido boas as atuações do goleiro e da defesa, tão criticados antes do Mundial, aumentam as chances de a Argentina ser campeã, pois, com Di Maria e Messi, há sem-pre uma grande possibilidade de gols. Foi sensacional a arrancada de Messi, com a bola colada aos pés, driblando o zagueiro que tentava derrubá-lo, até dar a bola, com açúcar e com afeto, para Di Maria marcar.

Enfi m, a Bélgica mostrou um ótimo time, com muita troca

de passes, o que não faz o Bra-sil. Como os volantes costumam avançar, Messi pode ter muitos espaços contra a Bélgica, o que seria decisivo. Certamente, o téc-nico não tem dormido pensando em como pará-lo. Por outro lado, o ataque envolvente da Bélgica vai criar também chances de gol. O desequilíbrio está nos dois craques argentinos.

Amanhã, falo de Brasil e Co-lômbia e de França e Alemanha, dois jogos equilibrados. Chegou a hora de a onça beber água.

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

Enfi m, a Bélgica mostrou um ótimo time, com muita troca de passes, o que não faz o Brasil. Como os volantes costumam avançar, Messi pode ter muitos espaços

Felipão comanda coletivo sem Fred e testa seis reservasNeymar fez a função de falso 9. Hernanes, Oscar e Ramires formaram o meio campo. Depois, Henrique entrou para experimentar o time no 3-5-2

O treinador da sele-ção brasileira, Luiz Felipe Scolari, tes-tou uma verdadeira

revolução em seu time na tarde de ontem. No total, seis reservas foram observados durante o treinamento tático na Granja Comary: Paulinho, Hernanes, Willian, Henrique, Maicon e Maxwell. Foi o últi-mo treino em Teresópolis an-tes da viagem da equipe para Fortaleza (CE), onde o Brasil enfrenta a Colômbia amanhã, pelas quartas de fi nal.

O maior dos testes foi feito logo no início dos trabalhos: Felipão montou a equipe sem o centroavante Fred no time titular, testando um esquema tático com um falso 9, tendên-cia da Copa do Mundo até aqui. O que surpreendeu, porém, foi que, com essa mudança de esquema, ele também alterou outras posições. Fernandinho, que ganhou uma vaga no meio-campo na última partida, foi para o time reserva, assim como o suspenso Luiz Gustavo. Com isso, três vagas foram abertas, ocupadas por Herna-nes, Ramires e Willian.

Nessa formação inicial, a de-fesa seguia intacta, com o se-guinte time: Julio César, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo, Ramires, Hernanes, Oscar e Willian, Neymar e Hulk. Após cinco minutos, porém, Fe-lipão mudou, fazendo o time voltar a sua formação preferida, com um camisa 9 fi xo e cinco jogadores no meio-campo.

Com isso, ele voltou a fazer mudanças, usando Fernan-dinho e o ex-titular Paulinho como sua dupla de volantes. Os meias-ofensivos foram Os-car, Neymar e Hulk. O camisa 10, aliás, apareceu no grama-do sem a proteção no joelho que utilizou nos últimos dias e participou normalmente dos trabalhos. O susto pelas pan-cadas sofridas diante do Chile parece ter fi cado no passado - o atacante chegou a tomar anti-infl amatórios e realizar terapia com choques elétricos para afastar as dores.

Os três últimos nomes usa-

dos por Felipão no treinamen-to foram o zagueiro Henrique, o lateral direito Maicon e o lateral esquerdo Maxwell. O último, por pouco tempo, me-nos de cinco minutos, quando Marcelo saiu de campo man-cando ao lado do médico. A utilização do ex-zagueiro do Palmeiras, porém, foi mais sé-ria, mostrando que o técnico do Brasil está, mesmo, pen-sando em armar sua equipe com três zagueiros.

Com a suspensão de Luiz Gustavo, Felipão ganhou um buraco no meio-campo: Fer-nandinho, seu reserva ime-diato, estava sendo usado como segundo volante. An-tes de Henrique, ele testou Hernanes na função. Depois, recuou Fernandinho e voltou a usar Paulinho.

O terceiro teste foi com o zagueiro do Napoli, em um 3-5-2 sem centroavante. Henrique entrou no lugar de Fred, traba-lhando como terceiro zagueiro, com Fernandinho e Paulinho à frente da zaga. Neste momen-to, Maicon também entrou, no lugar de Daniel Alves. Foi aí que o time titular deslanchou. Fred, para os titulares, e Jô, para os reservas, já tinham marcados. Após a mudança de esquema, os titulares fi zeram mais três, com dois de Paulinho e um de Ramires - que entrou entre os titulares nos minutos fi nais em um ponto em que Felipão fazia trocas frequentes entre seus jogadores.

O Brasil enfrenta a Colômbia amanhã, pelas quartas de fi nal da Copa do Mundo, no Caste-lão, em Fortaleza.

MUDANÇASNo treinamento de ontem, Felipão testou três formações dife-rentes no decorrer da movimentação. Seis jo-gadores considerados reservas apareceram no time titular, mas nada está defi nido

O jogo entre Brasil e Colômbia nesta sexta-fei-ra trará também um duelo pessoal entre dois camisas 10 – Neymar e James Rodri-guez. O brasileiro vem ob-servando o rival, reconhece as boas atuações no Mun-dial, mas não tem problemas em dizer que espera que a boa fase termine agora.

“O Rodriguez é um cra-que, vem demonstrando isso apesar da pouca idade, 22 anos. Está de parabéns pelo que vem fazendo, mas es-pero que o ciclo dele acabe agora (risos). Com todo o respeito, claro”, disse o ata-

cante, respondendo a uma jornalista colombiana.

O atacante também falou da pouca idade, tanto sua como de Rodriguez – ambos tem 22 anos. Para Neymar, experiência não está, neces-sariamente, ligada à idade.

“Acho que tem que jogar futebol, futebol não tem ida-de. Experiência ajuda, claro, mas eu, por exemplo, sou um cara que com 22 anos passou por muita coisa na vida, já aprendi muito, isso ajuda. Acho que não tem que fazer isso ou aquilo, tem que jogar bola, colocar o futebol em prática”, afi rmou.

Neymar elogia James Rodríguez

As duas defesas de Júlio César na disputa de pênaltis contra o Chile, no sábado, tiveram uma parcela de contribuição signifi cativa de um vídeo sobre detalhes dos batedores rivais. Para o jogo de sexta-feira, diante da Co-lômbia, um novo material já está sendo produzido.

Quem seleciona as ima-gens é Thiago Larghi, ana-lista de desempenho da co-missão técnica. Ele repassou o conteúdo ao preparador de goleiros Carlos Pracidelli, que, na sexta-feira (véspera do jogo em Belo Horizonte), chamou os três jogadores da posição para estudar as cobranças por 40 minutos.

No dia da partida, Júlio César disse aos colegas de linha que iria defender três cobranças. Defendeu

as duas primeiras, dos ata-cantes Mauricio Pinilla e Alexis Sánchez. Na última, que o zagueiro Gonzalo Jara acertou a trave direi-ta, o goleiro brasileiro es-colheu o canto certo e fi cou bem próximo da bola.

Próximo adversário, a Colômbia tem um gol de pênalti neste Mundial. Foi anotado pelo meia Juan Cuadrado, com um chute forte, no canto esquerdo do goleiro, na vitória por 4 a 1 sobre o Japão, ainda na primeira fase da com-petição. Para ter um con-teúdo completo, o analisa de desempenho varre jogos antigos da seleção adversá-ria e também dos clubes de cada jogador. No caso de James Rodríguez, o francês Monaco, por exemplo.

Júlio César estuda colombianos

Atacante do Barcelona espera comemorar mais que James

Goleiro brasilei-ro verá vídeo de

cobradores de pê-naltis da Colômbia

MARCELO FONSECAGAZETA PRESS

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Felipão deve pro-mover a volta do volante Paulinho

ao time titular

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E6 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2014

Família Scolari leva Brasil ao quinto título MundialSob o comando de Felipão, seleção canarinho garantiu o penta na terra do sol nascente com ataque fenomenal

Os barbeiros e cabe-leireiros do Brasil ti-veram um dia cheio na segunda-feira, 1º

de julho de 2002. Todo me-nino que gostava de futebol no país queria um corte de cabelo igual ao de Ronaldo. No dia anterior, o craque exibira, na fi nal da Copa do Mundo do Japão e da Coreia, um dos mais esquisitos, para dizer o mínimo, penteados da histó-ria dos Mundiais. A meia-lua de cabelo na frente da testa, no entanto, deu sorte para o artilheiro. Ele marcou dois gols contra a Alemanha do goleiro Oliver Kahn, chegou aos oito na artilharia da Copa, se tornou o jogador que mais balançou as redes em Mundiais, com 15 tentos, e garantiu o pentacam-peonato para o Brasil.

Pela primeira vez na história, a Copa do Mundo foi dispu-tada em duas sedes. O Japão e a Coreia do Sul dividiram a responsabilidade de organizar o Mundial. A fi nal foi em solo japonês, mas quem se deu me-lhor durante o torneio foram os coreanos. Eles venceram Portugal e Polônia na primeira fase, depois a Itália nas oita-vas de fi nal e a Espanha nas quartas. Com a torcida em êxtase, os coreanos só foram parados na semifi nal, quando perderam para a Alemanha. No fi m, fi caram com um his-tórico quarto lugar.

Os japoneses também não fi zeram feio. O apoio dos torcedores foi sufi ciente não apenas para que o Japão ven-cesse uma partida de Copa pela primeira vez, mas acabou empurrando o time para uma igualmente inédita segunda fase. A seleção nipônica der-rotou a Rússia e a Tunísia e empatou com a Bélgica na primeira fase, classifi cando-se em primeiro lugar do grupo. Mas a alegria dos japoneses não durou muito: nas oitavas de fi nal, derrota para a sur-preendente Turquia.

Os turcos, aliás, foram as maiores zebras de uma Copa

que não pecou pela falta de resultados inesperados. Em 2002, a Turquia voltou a dis-putar um Mundial depois de 48 anos. Caíram, logo de cara, no grupo do Brasil. Mesmo assim, conseguiram se clas-sifi car, graças ao saldo de gols melhor que o da Costa Rica. Nas oitavas de fi nal, 1 a 0 sobre o Japão. Nas quar-tas, mais uma vitória magra, dessa vez na prorrogação, so-bre o também surpreendente Senegal. A Turquia difi cultou ao máximo a vida do Brasil, na semifi nal, mas um chute de bico de Ronaldo resolveu o jogo. Os turcos ainda tiveram fôlego para vencer a Coreia do Sul e terminar o Mundial com um incrível terceiro lugar.

Vítima da Turquia, a seleção

de Senegal também merece menção honrosa. Seguindo a tradição africana de jogar um futebol alegre, os senegale-ses mostraram força logo no primeiro jogo, com o 1 a 0 sobre a então campeã França. Depois, empates com Dina-marca e Uruguai. Nas oitavas de fi nal, uma impressionante vitória sobre a Suécia na pror-rogação, que colocou Senegal entre os oito melhores times da Copa. Pela primeira vez, as oitavas de fi nal contaram com seleções de cinco con-federações diferentes.

Os americanos consegui-ram a melhor campanha de sua história ao vencerem o México e avançar para as quar-tas de fi nal, quando foram derrotados pela Alemanha.

Rivaldo e Ronaldo levam seleção à glóriaAssim como em 1994, a

seleção brasileira passou aperto para garantir a clas-sifi cação à Copa de 2002. Na Copa América de 2001, o Brasil passou por um dos maiores vexames de sua his-tória: perdeu por 2 a 0 para a modestíssima Honduras. A vaga no Mundial veio apenas na última rodada das Elimi-natórias, com uma vitória sobre a Venezuela.

Mais uma vez, a opinião pública pedia Romário. O téc-nico Luiz Felipe Scolari, no entanto, nem quis saber. Fe-lipão fechou o grupo, expôs sua confi ança nos convoca-dos e garantiu a união de um elenco que fi cou conhecido como “Família Scolari”.

Na primeira fase da Copa do Mundo de 2002, o Brasil não teve muitas dificulda-des. Foram três vitórias. A

Turquia até que endureceu o jogo, mas acabou derrota-da por 2 a 1. China e Cos-ta Rica foram despachadas com sonoras goleadas.

Nas oitavas de fi nal, um jogo complicado diante da Bélgica. O placar de 2 a 0 para o Brasil não espelhou os obstáculos que a seleção precisou superar em campo. Com muita marcação, os bel-gas chegaram a ameaçar. Mas Rivaldo e Ronaldo ga-rantiram a vitória.

A Inglaterra de David Be-ckham foi o adversário das quartas de fi nal. E o sonho do penta quase escapou pelas mãos quando Michael Owen aproveitou uma falha de Lú-cio e abriu o placar. Mas o Brasil tinha Ronaldinho Gaú-cho. O meia era então um garoto de 22 anos que jogava no Paris Saint-Germain, ain-

da longe de ser o jogador que encantou o mundo com a camisa do Barcelona. Mas foi contra os ingleses que ele começou a chamar a atenção de todos. Primeiro, fez bela jogada no meio-de-campo e acertou um passe primo-roso para Rivaldo empatar. Depois, acertou um chute espírita que entrou no ân-gulo do gol inglês. Até hoje a intenção de Ronaldinho é discutida: quis cruzar ou chutar a gol? O importante foi que a bola entrou.

Um reencontro com a Tur-quia foi o cardápio da semi-fi nal. O Brasil já havia ven-cido o mesmo adversário na primeira fase e, por isso, o favoritismo era imenso. Mas a retranca preparada pelos turcos foi ainda mais forte. Um chute de Ronaldo com o bico da chuteira, no

entanto, foi sufi ciente para colocar o Brasil de novo na fi nal, a terceira seguida desde 1994.

A decisão colocou fren-te a frente dois gigantes do futebol mundial: Brasil e Alemanha. Eram sete títulos mundiais em campo: os bra-sileiros buscavam o penta e os alemães, o tetra.

A Alemanha tinha o golei-ro Oliver Kahn, que acabou sendo eleito o melhor joga-dor da Copa de 2002. Mas Ronaldo marcou dois gols na decisão, se tornou o ar-tilheiro do torneio, garantiu o pentacampeonato para o Brasil e, depois, ainda foi eleito o melhor jogador do mundo em 2002. O único problema é que, na imagem que fi cou para a posteridade, o Fenômeno aparece com aquele corte de cabelo.

Time base: Marcos; Lúcio, Roque Jr e Edmílson; Cafu, Gilberto Silva, Kléberson, Ronaldinho, Rivaldo e Roberto Carlos; Ronaldo

CAMPANHAAlém da França, Portu-gal e Argentina também se despediram logo na primeira fase do Mun-dial. Os portugueses, que contavam com Figo, foram derrotados logo na estreia e não conse-guiram se recuperar

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Aposta de Felipão após passar por cirurgia no joelho, Ronaldo brilhou no Mundial de 2002 e marcou oito gols na competição

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E7MANAUS, QUINTA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2014

Defesa de Paiva está com a Fifa

A Fifa informou on-tem (2) que já recebeu a defesa da CBF sobre a agressão do diretor de comunicação da en-tidade, Rodrigo Paiva, ao atacante chileno Mauricio Pinilla.

Paiva teve um pro-cedimento disciplinar aberto por ter dado um soco no atleta durante o intervalo do jogo.

O envolvimento de outras pessoas na confusão, inclusive do atacante Fred, fl agrado dando um tapa de leve na cabeça do zagueiro chileno Medel, ainda está sendo analisado.

A agressão do dire-tor de comunicação da CBF revoltou Pinilla. Via Twitter, o atacante chi-leno cobrou da Fifa uma punição exemplar ao as-sessor de imprensa.

“Uma partida para o Rodrigo Paiva? É uma vergonha dar só isso a esse delinquente disfar-çado de terno. Exijo da Fifa uma punição exem-plar igual a meu colega Suárez! Isso é ainda mais grave! As imagens estão aí”, disse.

A decisão do comitê disciplinar da Fifa so-bre uma eventual pu-nição ao assessor de imprensa e a outros jogadores ou membros de comissões técnicas envolvidos na briga deve sair hoje (3).

PUNIÇÃOBlatter declara Mundial ‘um sucesso’ e elogia estádios

Participando de um se-minário no Rio de Janeiro sobre gestão esportiva, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, rasgou elogios à organização da Copa do Mundo no Brasil. Para ele, o evento contrariou as crí-ticas e já pode ser consi-derado um sucesso.

“Onde estão as revoltas, os protestos, os problemas? A Copa do Mundo é um sucesso até então. Um êxito do país e do esporte. Agradeço ao povo brasileiro, que aceitou essa Copa. Hoje posso dizer que estou muito feliz”, declarou.

Apesar disso, um peque-no grupo de manifestantes

recepcionou o cartola suíço na entrada do local com cartazes, fantasias e gritos de ordem. O próprio Blatter admitiu que resta torcer para que dê tudo certo nos jogos seguintes.

“Temos oito jogos pela frente. Vamos cruzar os de-dos para que essas parti-das sigam o mesmo padrão das demais, com o mesmo clima”, afi rmou o dirigente, que ainda aproveitou para elogiar os estádios.

“A imprensa internacional questionava, dizia que não es-tavam prontos. Eles estavam errados. Estão prontos e são obras de arte”, elogiou.

PRESIDENTE

‘Beque’ é o melhor jogador da CopaO melhor jogador da Copa

do Mundo, após a disputa das oitavas de fi nal, é o zagueiro brasileiro David Luiz. Essa é uma conclusão da Fifa, que organiza em parceria com um patrocinador, um ranking de performance dos atletas.

Em quatro jogos, David Luiz recuperou a posse de bola em 24 oportunidades, acertou 77,9% dos passes e marcou um gol, contra o Chile. Em terceiro lugar ao fi nal da primeira fase, o defensor bra-sileiro ultrapassou o meio-campista colombiano James Rodríguez, ex-líder e atual goleador da competição.

Mesmo com dois gols dian-te do Uruguai, Rodríguez caiu uma posição. Ele está à frente do atacante francês Karim Benzema.

A relação dos dez primeiros conta com mais dois brasi-leiros. O atacante Neymar subiu da oitava para a sexta posição, enquanto o zagueiro Thiago Silva passou de nono a sétimo.

O chileno Claudio Bravo é apontado como melhor goleiro. Na seleção ideal, formada pelos melhores de cada posição, não há espaço para Neymar, nem para o argentino Lionel Messi.

DAVID LUIZ

1º - David Luiz, za-gueiro, Brasil, 9,79

2º - James Rodríguez, meia, Colômbia, 9,74

3º - Karim Benzema, atacante, França, 9,7

4º - Arjen Robben, ata-cante, Holanda, 9,66

5º - Jan Vertonghen, lateral, Bélgica, 9,62

6º - Neymar, atacante, Brasil, 9,59

7º - Thiago Silva, za-gueiro, Brasil, 9,56

8º - Ivan Perisic, meia, Croácia, 9,53

9º - Johan Djourou, zagueiro, Suíça, 9,5

10º - Thomas Müller, atacante, Alemanha, 9,48

Veja abaixo a relação dos dez melhores:

David Luiz afasta o perigo da zaga

brasileira

Balanço mostra queda da média de gols nas oitavasNa fase de grupos da Copa foram registradas dez goleadas. No mata-mata, número de ‘estufadas na rede’ declinou

A Copa do Mundo de 2014 para muitos é a melhor dos últimos tempos, com jogos ele-

trizantes e mesmo os empates sem gols têm promovido ver-dadeiros espetáculos. Porém, o torneio apresentou uma queda em sua média de gols a partir das oitavas de fi nal. Isso por-que, na etapa de grupos, foram marcados 136 gols em 48 par-tidas, média de 2.83. Com os 18 gols anotados nas oitavas, que elevam a quantidade total de partidas para 56, a média de gols passou a ser de 2.75.

Mesmo assim, a Copa de 2014 tem a maior média de gols desde 1982, que terminou com 2.8 tentos por partidas. Além disso, os 254 gols anota-dos até aqui já colocam o tor-neio do Brasil como o terceiro com mais gols na história. A Copa de 1998, na França, é a recordista de gols, com 171 tentos, seguido pela edição de 2002, que apresentou 161 gols divididos em territórios de Japão e Coréia do Sul. Difi cilmente um Mundial vai superar, em média de gols, a edição de 1954, na Suíça, que acabou com 5.38 gols por partida.

Ainda no assunto gols, a Holanda segue como o ataque mais positivo da competição, com 12 gols marcados, segui-

da de perto pela Colômbia, que balançou as redes rivais em 11 ocasiões. Por falar nos rivais de sexta-feira da Seleção Bra-sileira, os colombianos pos-suem o artilheiro do torneio até o momento, o habilidoso meia James Rodríguez, que tem cinco gols anotados.

A atual edição apresentou ainda o recorde de prorroga-ções em oitavas de fi nal, com cinco em oito jogos. Até então o Mundial de 1990, na Itália, liderava essa estatística com quatro prorrogações. Levando em consideração todos os re-sultados, incluindo a etapa de grupos e os tentos anotados mesmo nas prorrogações, o placar de 2 a 1 foi o mais visto em gramados brasileiros até o momento, tendo se repetido 14 vezes. Depois aparece o 1 a 0, visto em nove ocasiões. A maior goleada até o momento continua sendo os 5 a 2 que a França aplicou na Suíça.

Para as quartas de fi nal, Europa e América estão tec-nicamente empatadas, com quatro times cada um. Brasil, Argentina e Colômbia formam a tropa da América do Sul, que conta com o reforço da surpre-sa Costa Rica, representante da América Central. Já o Velho Continente está representado por Holanda, Bélgica e as po-derosas Alemanha e França.

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E8 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2014

A dois dias do jogo mais importante de sua história, a sele-ção e o povo colom-

biano relembram a morte do ex-zagueiro e capitão Andrés Escobar.

Na Copa do Mundo de 1994, disputada nos EUA, o jogador marcou um gol con-

tra, justamente na partida diante dos donos da casa, e colaborou diretamente para a eliminação no Mundial.

A campanha frustrou as expectativas dos torcedo-res, que tinham grandes esperanças na geração co-mandada por Asprilla, Rin-cón e Valderrama.

No dia 2 de julho, logo após voltar da Copa, Escobar foi assassinado em frente a uma danceteria de Medel-lín pelo trafi cante de drogas Humberto Muñoz Castro.

Testemunhas afi rmaram que os dois discutiram por causa do gol contra de Esco-bar e que, enquanto atirava

12 vezes no jogador, come-morava gritando “gol!”.

O funeral de Andrés Es-cobar contou com a pre-sença de 120 mil pessoas. Humberto Muñoz Castro foi condenado a 43 anos de prisão, mas deixou a cadeia em 2005 por bom comportamento.

Vinte anos da morte do zagueiro Andrés EscobarIntegrante da geração de ouro da Colômbia, que foi elogiada inclusive por Pelé, o ex-zagueiro e capitão foi assassinado em Medellín após gol contra

Zagueiro está apto para enfrentar a Alemanha

LIBERADO

DIVULGAÇÃO

Depois de fi car no banco de reservas na partida con-tra a Nigéria devido a uma lesão na coxa, o zagueiro francês Mamadou Sakho disse que está à disposição e pronto para defender a equipe amanhã (4) contra a Alemanha, pelas quartas de fi nal da Copa do Mundo.

“Precisei fi car fora e sem treinar, mas estou bem, me sinto melhor. Treinei bastante, fi z um trabalho muscular e ago-ra estou à disposição do treinador”, disse.

Sakho foi substituído pelo zagueiro Laurent Koscielny, que teve a atuação elo-giada pelos colegas e pelo técnico Didier Deschamps.

“Não existe hierarquia na nossa equipe. Se um jogador não está bem e outros estão à disposição, o técnico precisa tomar uma

decisão. O importante é que o coletivo esteja bem”, completou Sakho.

Varane Internado na segunda-

feira (30) com desidrata-ção após o jogo contra a Nigéria, o zagueiro Raphaël Varane treinou normal-mente com a equipe na tarde de ontem (2).

O único jogador que fi -cou fora do treinamento no estádio Santa Cruz foi o lateral-direito Mathieu Debuchy, que sofreu uma lesão na virilha. De acor-do com a assessoria de imprensa da FFF (Federa-ção Francesa de Futebol), o atleta fará um trabalho separado da equipe.

A seleção francesa en-frenta a Alemanha amanhã (4) às 12h (de Manaus), no Maracanã (RJ).

Colombiano disputou o Mundial de 1994, nos Estados Unidos, e marcou um gol contra no duelo com os anfitrões

Zagueiro francês Sakho se recuperou de lesão na

EDSON SILVA/FOLHAPRESS

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E9MANAUS, QUINTA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2014

A bola vai rolarA reforma do estádio da Colina e a construção do estádio Carlos Zamith para os padrões Fifa não serviram às seleções, mas podem impulsionar o futebol amazonense

Para sediar os jogos da Copa do Mundo 2014, a Fifa (Federação In-ternacional de Fute-

bol Associados) obrigava que todas as subsedes tivessem pelo menos dois centros de treinamentos, que fi cariam à disposição das seleções que iriam jogar naquela cidade. Escolhida como uma das 12 sedes do Mundial, Manaus se preparou para entrar no famoso “Padrão Fifa”.

O primeiro passo dado foi reformar o Estádio Ismael Benigno (Colina), que fi ca lo-calizado na rua Rio Branco, em São Raimundo, Zona Oeste de Manaus. A reforma demorou 2 anos para ser fi nalizada e custou pouco mais de R$ 20,5 milhões. A nova Colina tem capacidade para 10,4 mil pessoas. Outro passo foi a construção do Estádio Carlos Zamith, que fi ca na avenida Cosme Ferreira, no Coroado, Zona Leste. A obra custou R$ 14,7 milhões.

Ambos os estádios foram

entregues para a Fifa antes do começo da Copa do Mundo, conforme acordado. Durante esse período, a cidade recebeu oitos seleções, porém ape-nas a Inglaterra utilizou um dos centros de treinamento, a Colina. Nesse dia, somen-te dois jogadores do English Team foram correr pelo cam-po. Todas as outras seleções apenas fi zeram um treino de reconhecimento da Arena da Amazônia Vivaldo Lima um dia antes de seus jogos.

ReinauguraçãoOs centros de treinamentos

já estão à disposição do gover-no do Estado, que administra-rá os dois e começará a colo-

cá-los à disposição dos clubes estaduais. O

primeiro será o estádio Ismael

Benigno (Co-lina). Hoje, às 20h30, São Raimundo e Sul Amé-rica dis-p u t a r ã o o famoso C láss i co “Galo Pre-

to” no local. O estádio

voltará a ser usado para

uma partida após 3 anos. A festa de abertura

contará com a presença

de atletas que fi zeram história no futebol amazonense. No-mes como o do ex-atacante Delmo e do zagueiro Donizete já foram confi rmados. A Coli-na, no passado, chegou a ter jogadores famosos, como Jair-zinho e Rivelino, despejando seus talentos no estádio.

“O estádio da Colina tem muita história. Os jovens que hoje têm 19 ou 20 anos come-çaram a conhecer futebol no local. Acho que demorou sair essa reforma. Manaus mere-cia outro belo palco para o fu-tebol. Fico contente com esse avanço. Será muito importan-te para o futebol amazonense. Espero que os governantes pensem em uma solução para ajudar os clubes que precisam de um calendário anual”, co-menta o ex-zagueiro Paulão, que jogou no São Raimundo e no Nacional, do Amazonas, e disputou muitos clássicos no local. Atualmente, ele trabalha como treinador das catego-rias de base do Manaus FC.

Zamithão Já o Estádio Carlos Jamith

será inaugurado no próximo sábado, às 9h. Manaus FC e Manaus EC disputarão o jogo histórico que apresentará o novo palco do futebol amazo-nense para os torcedores.

A partida será válida pelo Campeonato Amazonense de Juniores, que já está no se-gundo turno. “Esse novo es-tádio será importante para os clubes porque no local serão disputados jogos das catego-rias de base. Tenho certeza de que os garotos que vão participar dessa inauguração guardarão para sempre o mo-mento”, afi rma.

“Espero que os dirigentes locais comecem a valorizar mais as bases dos clubes. Isso é fundamental para qualquer equipe que queira, um dia, chegar às principais divisões nacionais”, emenda Paulão.

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

SÓ INGLATERRAAmbos os estádios foram entregues para a Fifa antes do começo da Copa do Mundo. Durante esse período, a cidade recebeu oitos seleções, porém apenas a Ingla-terra utilizou um dos centros de treinamento

Estádio da Colina será reinaugurado ofi cial-mente hoje, com o clás-sico entre São Raimun-do e Sul-América

Novo palco do futebol, o estádio Carlos Jamith será inaugurado no sábado, com a partida entre Ma-naus FC e Manaus EC

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Fan Fest com programação amanhãCom o início dos jogos das

quartas de final da Copa do Mundo no Brasil, a Fifa Fan Fest volta amanhã com a programação normal. Os portões do Complexo Turís-tico da Ponta Negra serão abertos a partir de 10h. A grande atração do dia será a transmissão ao vivo do jogo entre Brasil e Co-lômbia, às 16h, diretamen-te da Arena Castelão, em Fortaleza (CE).

Mais cedo, ao meio-dia, haverá decisão do jogo en-

tre França e Alemanha, que ocorrerá no Maracanã, Rio de Janeiro (RJ). Após a dis-puta, os melhores do rock clássico ficam por conta da Echoes Band, grupo forma-do por jovens amazonen-ses que tem como estilo o hard rock.

Já a grande atração da noite é a dupla sul-mato-grossense Maria Cecília e Rodolfo, que tocará os maiores sucessos da música sertaneja para fechar o 23° dia de Fan Fest. O show

promete animar o público com os sucessos ‘Presente de Deus’ e ‘Você de Volta’.

Festa na zona LesteA transmissão pública na

avenida Itaúba, bairro Jor-ge Teixeira, na Zona Leste continua. Nessa sexta-feira, o evento começará às 10h e contará com o agito do DJ Marcos Tubarão, Fru-tos do Pagode, a cantora amazonense Márcia Novo e a banda Forró na Cara. A festa vai até as 22h. Maria Cecília e Rodolfo serão a grande atração de amanhã da Fifa Fan Fest, na Ponta Negra

DIVULGAÇÃO

RETORNA

Fronteira Brasil x Colômbia terá fi scalização rigorosa

As cidades vizinhas de Tabatinga (AM) e Letí-cia (Colômbia) tinham fechado um acordo

para que as torcidas colom-bianas e brasileiras pudessem cruzar a fronteira entre os dois países para comemorar após os jogos das seleções nacio-nais durante a Copa do Mundo. Mas, com a classifi cação das duas equipes para disputar as quartas de fi nal amanhã a medida será revista.

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE) decidiu, em parceria com ou-tros representantes federais, que será adotado um controle rigoroso na fronteira entre as duas cidades durante o confronto entre as seleções brasileira e colombiana. O jogo será realizado às 16h,

na Arena Castelão, em For-taleza (CE).

A medida, que prevê a ma-nutenção da ordem pública, foi uma iniciativa do Ministério Público Federal do Amazonas (MPF) e conta com o auxílio, além do MPE, da Justiça Fe-deral, do Exército e da Polícia Militar. De acordo com os procuradores do MPF, Bruno Oliva e André Caselli a medida se faz necessária em razão do grande movimento de pessoas e veículos em Tabatinga após os jogos do Brasil.

“A fronteira não será fecha-da, ela somente receberá um controle mais rigoroso. Nos dias de jogos do Brasil o mu-nicípio à margem esquerda do Rio Solimões, que faz fronteira com a Colômbia e Peru, recebe um grande número de pessoas e precisamos fi car atentos”, disseram os procuradores.

O policiamento do distrito

de Tabatinga fi cará respon-sável por garantir a ordem pública e evitar incidentes, sem impedir o direito de livre manifestação ao resultado do jogo. No entanto, a popula-

ção não poderá transpor a fronteira a partir do início do jogo para evitar atritos entre as torcidas.

Haverá ainda um bloqueio policial nos dois territórios e

que terá o intuito de orientar os moradores dos dois lados da fronteira quanto a mani-festações de torcidas den-tro de seus países, a fi m de evitar excessos. Em caso de necessidade será permitida a transposição da fronteira mediante apresentação de documentação válida.

Reforço policialUm grupo formado por 20

policiais militares atuará em Tabatinga fazendo a fi scaliza-ção e, em caso de necessida-de, homens da Força Nacional serão acionados para ajudar no controle fronteiriço das torcidas, bem como no con-trole seletivo a fi m de evitar a transposição dos limites de fronteira por carretas ou movimentos organizados por torcedores antes, durante e após o jogo.

*Com Assessorias.

DENY CÂNCIO*Especial EM TEMPO

IMPEDIMENTOO reforço na fi scaliza-ção na área de frontei-ra foi uma solicitação do Ministério Público Federal e de outras forças federais, que querem preservar o ordenamento da área durante o jogo decisivo

Foi grande a presença de colombianos durante jogo em Manaus

FOTOS: ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

A fronteira não será fechada durante o jogo entre as seleções, será, no entanto, montado um esquema especial de fiscalização

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E11MANAUS, QUINTA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2014

‘Foi um tapa de luva de pelica’O capitão do pentacam-

peonato Cafu elogiou a estrutura construída pelo Brasil para receber a Copa do Mundo. O ex-jogador, que participou de quatro edições do Mundial, disse que o país não fi ca atrás de nenhum outro na organiza-ção da competição.

“Nós não perdemos para a estrutura de lugar ne-nhum. As estruturas es-tão fantásticas, desde os campos de treinamento até os gramados de jo-gos, os estádios. O Brasil realmente deu um tapa de luva de pelica em todo mundo que não acreditou que nós poderíamos fazer uma Copa do Mundo como essa”, afi rmou Cafu, lateral-direito da seleção brasileira nas Copas de 1994, 1998, 2002 e 2006. Ele partici-pou do 3º Seminário de Gestão Esportiva FGV-Fifa

Master Alumni, ontem, no Rio de Janeiro.

Cafu foi ao estádio em todos os jogos da seleção neste Mundial e em outras partidas, como Uruguai x

Inglaterra e Argentina x Su-íça, ambos realizados em São Paulo, e aprova o que tem visto dentro de campo. “Estou indo em todos que tenho oportunidade. Têm sido bons jogos. O nível

técnico está muito alto, os jogadores correndo muito até o último minuto”.

Como bom brasileiro, Cafu acredita que a seleção brasileira estará na fi nal. “Eu tenho muito otimismo sem-pre, então acho que o Brasil conquistará o hexacampeo-nato mundial”. O ex-jogador confi a numa novidade na decisão. “Acho que no outro lado da chave poderemos ter uma surpresa. A Bélgica tem um time muito bom e pode aparecer”.

O Brasil enfrenta a Co-lômbia, amanhã, às 16h, em Fortaleza. O vencedor da partida vai jogar con-tra quem passar do duelo entre França e Alemanha, no mesmo dia, às 12h. No sábado, pelo outro lado da chave, Argentina x Bélgica e Holanda x Costa Rica disputam as outras vagas nas semifi nais.

Para o pentacampeão, o Brasil não fi ca atrás de nenhum outro na organização da Copa

CAFU

Para Blatter, Mundial é um sucessoO presidente da Fifa, Joseph

Blatter, afi rmou ser indiscu-tível o sucesso da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. O dirigente elogiou a estrutura oferecida pelo país para rece-ber o torneio, o clima festivo nas subsedes e as parcerias com os governos federal, es-tadual e municipais. Junto com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, Blatter participou da abertura do 3º Seminário de Gestão Esportiva da Funda-ção Getúlio Vargas, ontem, no Rio de Janeiro.

“Quando você trabalha com parceiros como os governos, onde a base é a confi ança, é mais fácil. Ainda temos oito jogos pela frente, então va-mos torcer para que sejam no mesmo padrão e atmosfera de até agora. Tudo está ótimo, estádios estão magnífi cos. Posso dizer, indiscutivelmen-te, que é um sucesso. Onde estão todos os problemas que falaram antes? Só tenho a agradecer todo o povo bra-sileiro que aceitou a Copa”,

disse Blatter.A importância do torneio

foi exemplifi cada pelo minis-tro do Esporte, Aldo Rebelo, ao lembrar que a partida en-tre Estados Unidos e Bélgi-ca, disputada na terça-feira (1º) pelas oitavas de fi nal da

Copa, mudou a agenda da Casa Branca.

“A Copa é um evento de dimensões esportivas e ge-opolíticas, atrai para o mes-mo ambiente países distintos como EUA e Irã, em torno de uma agenda positiva. Mesmo

com a seleção dos EUA elimi-nada, as autoridades pararam para mandar mensagens de felicitações aos atletas. E a palavra foi orgulho”, revelou.

Os números da Copa do Mun-do também foram exaltados pelo ministro, como os recor-des de audiência televisiva al-cançados e a troca de informa-ções e dados pela internet. Para Aldo Rebelo, o evento também pode gerar um legado para o futebol brasileiro.

“A Copa é capaz de bater todos os recordes de circula-ção de informações nas redes sociais e de audiência na TV, e o Brasil tem a oportunidade de acolher esse evento, com a perspectiva de mudança e reforma do esporte no país, fazer com que o futebol as-suma o desafi o da gestão profi ssional, sem perder a sua essência e se tornan-do apenas uma mercadoria. Esse evento tem capacidade de elevar o futebol brasileiro na economia do esporte e na economia do país”.

Joseph Blatter disse, ontem, que a Copa no Brasil é indiscutivelmente um grande sucesso

APROVADO

PRESENTEO ex-jogador Cafu foi ao estádio em todos os jogos da seleção nesta Copa e em outras partidas realizadas em São Paulo, e aprova o que tem visto dentro de campo

DIVULGAÇÃO

ENY MIRANDA/GOVERJ

CASA BRANCAA importância do torneio foi exemplifi cada pelo ministro Aldo Rebelo, ao lembrar que a partida entre Estados Unidos e Bélgica, disputada nas oitavas de fi nal da Copa, mudou a agenda da Casa Branca

Pressão psicológica explica choro de jogadores brasileiros na Copa do Mundo, diz especialista

O choro de alguns jogadores da se-leção brasileira na partida pelas

oitavas de fi nal contra o Chile, no dia 28 de junho, levantou dúvidas entre os torcedores sobre a prepa-ração emocional do time para enfrentar as próximas e decisivas etapas desta Copa do Mundo.

O doutor em psicologia do desenvolvimento e profes-sor da Universidade Presbi-teriana Mackenzie, Aurélio Melo, disse que existe uma pressão psicológica muito forte sobre os atletas que leva ao choro durante o jogo. Como a Copa ocorre no Brasil pela segunda vez (a primeira foi em 1950), há uma expectativa imensa do povo, que coloca sobre os ombros dos jogado-res uma responsabilidade muito grande.

“É diferente, por exemplo, da Colômbia, que está jo-gando, está feliz, está ale-gre, mas ninguém espera-va. Ela vem se superando”.

No caso brasileiro, aconte-ce o contrário, segundo o especialista: “O Brasil está jogando em casa, tem cinco campeonatos, tem que ga-nhar. Essa é uma situação psicologicamente adversa para o indivíduo, de maior difi culdade”, disse.

Segundo Melo, se ape-nas um jogador tivesse se emocionado no jogo contra o Chile, isso poderia ser atribuído a uma caracterís-tica de personalidade. Mas como foram muitos atletas a chorar ou demonstrar so-frimento diante da pressão, a reação pode ser con-siderada “uma circunstân-cia coletiva e não apenas ligada a características de personalidade”.

RespostaO especialista disse que,

no caso do goleiro Júlio César, apontado com res-ponsável pela desclassifi -cação do Brasil na última Copa, a emoção era espe-rada, porque, com a vitória sobre o Chile nos pênaltis,

respondeu à cobrança de anos atrás. “Ele tinha uma necessidade de provar, di-gamos, a inocência depois de 4 anos e a situação aumentou esse teste”.

Para melhorar o desem-penho emocional nos pró-ximos confrontos na Copa, Melo sugere que os joga-dores corram mais, joguem mais. “Nada de se lamentar, se vitimizar ou se responsa-bilizar. Você tem que agir. O corpo é a grande razão, ele não mente. A alegria é um sentimento que poten-cializa o indivíduo”.

O psicólogo reiterou que esse é o processo que ocor-re com a seleção da Colôm-bia. “Eles estão no lucro, não têm medo de perder porque não há cobrança. Estão confi antes”. A torcida também pode ajudar o time brasileiro a seguir em fren-te, segundo Melo, reduzindo o grau de cobrança e sem levar a disputa tão a sério, porque o esporte não é uma coisa de “vida ou morte”, na avaliação do especialista.

Lágrimas de desespero

Neymar e companhia sen-tiram, no sábado, o peso da responsabilidade de jogar uma Copa em casa

MARCELLO CASAL JR./AGÊNCIA BRASIL

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A Copa do Mundo 2014 está dando o que falar por vários motivos diferentes, e um deles são as belas namoradas dos jogadores das seleções na Copa. Algumas já são famosas por aqui, como a atriz Bruna Marquezine

- namorada do craque Neymar -, e a musa da música pop Shakira, namorada do zagueiro Gerard Piqué, da Espanha.

Mas parece o bom gosto para mulheres não é uma exclu-sividade de Neymar e Piqué. Os jogadores de futebol sempre tiveram fama de se darem bem com as mulheres, e as com-panheiras dos principais astros da Copa estão mostrando que essa teoria está confi rmadíssima. E é claro que, enquanto os namorados fazem bonito nos campos, as beldades estão chamando muita atenção fora deles.

Veja abaixo a seleção das mulheres de jogadores da Copa. Eles estão ou não estão bem acompanhados?

Craques e suas ‘divas’nas arquibancadasJogadores das seleções que disputam o Mundial não são reconhecidos apenas pelo bom futebol que mostram, mas também pelas belas mulheres que têm ao lado

Yolanthe Cabau namo-ra o craque holandês Wesley Sneijder

Jornalista, Sara Carbonero é casada com Iker Casillas, com quem tem um fi lho

Pilar Rubio é casada com o jogador espanhol Sergio Ramos

Alena Seredova é namorada do goleiro da Itália, Gianluigi

Colombiana Shakira é casada com o craque espanhol Piqué

Ann Kathrin é a escolhida do ale-mão Mario Götze

A bela modelo Melissa Satta namora o jogador da seleção de Gana, Kevin-Prin-ce Boateng

Atriz, Bruna Marquezine reatou na-moro com Neymar antes da CopaAtriz, Bruna Marquezine reatou na-moro com Neymar antes da Copa

FOTO

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Irina Shayk dis-puta holo-fotes com Cristiano Ronaldo

ESPECIAL COPA 2014EDIÇÃO Michele GouvêaTricia Cabral

REPORTAGENS André Tobias, Deny CâncioRaphael Lobato e Thiago Fernando

REVISÃO Gracicleide DrummondDernando Monteiro

DIAGRAMAÇÃOKleuton Silva, Klinger Santiago, e Pablo Filard

TRATAMENTO DE IMAGENSAdriano Lima

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