Poemas Divertidos 12

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Poesia criativa e divertida para crianças e jovens.

Transcript of Poemas Divertidos 12

O autor agradece a Deus e a todas as pessoas que gentilmente o ajudaram na elaboração deste livro.

Ilustrações: Lúcio MazzaroProjeto gráfico e diagramação: Flávio Colombini

Colorização da capa: Marcel Matsunaka

Direitos desta publicação e distribuição:24x7 Cultural Ltda.

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Copyright © 2012 by Flávio Colombini

Colombini, Flávio Coleção poemas divertidos / Flávio Colombini ;[ilustrações Lúcio Mazzaro]. -- São Paulo :24X7 Cultural, 2012. -- (Coleção poemasdivertidos)

Obra em 12 volumes. ISBN 978-85-99577-09-7 (Coleção)

1. Poesia - Literatura infantojuvenilI. Mazzaro, Lúcio. II. Título. III. Série.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Índices para catálogo sistemático:

1. Poesia : Literatura infantil 028.52. Poesia : Literatura infantojuvenil 028.5

12-11708 CDD-028.5

Alguém sempre sai descabelada,

com a cara assustada ou dá uma gargalhada...

E tem sempre algum capetaque resolve fazer careta,e outro que faz chifrinho

na cabeça do vizinho.

Por mais que a gente tente,nunca tiramos uma foto decente.

Alguém aí quer tirar foto com a gente?

Gosto de tirar foto,mas notoque nunca consigofotografar meus amigos.

Um fica com o sorriso forçado,outro se dispersa e olha pro lado,ou pisca e sai de olho fechado.

Outro fica bravo e cutuca quem tá do lado.

Outro esquece de sorrire fica com cara de “o que eu tô fazendo aqui?”

Eu sou menino, mas o que aconteceriase eu tivesse nascido menina?Como eu seria? Você imagina?

Em vez de brincar de carrinho, eu brincaria de bonecaEm vez de brincar com o Paulinho,eu brincaria com a chata da Rebeca.Em vez de me apaixonar pela Fabiana,eu ia gostar do Fábio, aquele banana.

Em vez de pisar nas baratas,eu ia me assustar e gritar: Aaaahhh! Alguém mata!

Eu sempre ia me enfeitar,ia passar batom e me maquiar.Em vez de fazer xixi em pé, eu teria que me sentar.Em vez de Raul, eu me chamaria Ritae, em vez de pipi, eu teria uma periquita.

Não, definitivamente eu não quero essa sina.Que bom que eu nasci menino e não menina!

Eu sou menina, mas o que aconteceriase eu tivesse nascido menino?Como eu seria? Nem imagino.

Em vez de brincar de casinha pra me divertir,eu ia tocar a campainha da vizinha e fugir;ia levar uma bronca quando fosse pego,ia fingir que sou corajoso, mesmo quando estivesse com medo;eu iria falar um monte de palavrãoe teria de lavar a boca com sabão.

Quando fosse passear, eu não iria me arrumar nem me maquiar,ficaria com o cabelo bagunçado e nem iria me importar.

Eu ia jogar futebol o dia inteiroe ficaria fedido e cheio de chulé.No banheiro, eu ia fazer xixi de pé.Em vez de Rebeca, eu me chamaria Paulinhoe, em vez de perereca, eu teria um pintinho.

Não, definitivamente eu não quero esse destino.Que bom que eu nasci menina e não menino!

Maria Inêsnão sabe falar português. Ela fala mindingo, em vez de mendigo,mortandela, em vez de mortadela.

O Conradoé outro que fala tudo errado.Ele diz menas, em vez de menos, largato, em vez de lagarto.

A Jurema não sabeque dizer pobrema é um problema.Ela diz tauba, em vez de tábua,iorgute, em vez de iogurte.

Todos eles, com vontade,dizem que são di menor,

em vez de menor de idade.

Eles se acham espertos, pensam que falam certo,

xingam os outros de indiota, mas são eles

que parecem idiotas.

É tanta ignorância que eles dizem inguinorança.

Com eles à solta,nossa língua não tem vez.

Eles são os assassinos do português.

A Salete mascou, mascou

um chiclete...

Quando o gosto sumiu,ela cuspiu

o chiclete no chão.

Um menino passou e pisou...Ah, não!

O chiclete grudou no pé do Paulão.

O moleque ficou um tempãotentando desgrudar o chiclete

que a Salete jogou no chão.

Mas ele não conseguiu e desistiu.Saiu andando pela calçada

e tudo em que ele pisavagrudava.

Pisou num papelãoe grudou.

Ah, não!

Pisou no rabo de um cãoe grudou.

Ah, não!

Pisou no pé de um anãoe grudou.

Ah, não!

Então,o chiclete endureceu

e até o chãoficou grudado

no pé do Paulão. Ah, não!

Você acabou de ler uma pequena parte do livro Poemas Divertidos 12. Ele pode ser comprado nas máquinas de livro do metrô de São Paulo, pelo preço que você quiser pagar por ele, na promoção “Pague Quanto Acha que Vale”. É só colocar uma nota de qualquer valor na máquina e escolher o livro que você quer ler.

Escritor: Flávio Colombini

Ilustrador: Lúcio Mazzaro

Comecei a desenhar quando era criança. Aprendi vendo desenhos na TV, nos gibis, e copiando os personagens no papel. Depois passei a criar os meus próprios personagens. Desenhar é uma paixão e, quando estudei Cinema (outra paixão), aprendi a pôr os meus personagens em movimento, produzindo desenhos animados. Além disso, também dirigi videoclipes e fiz storyboards e ilustrações em geral. Sou sócio da produtora Interrogação Filmes, e meus tra-balhos podem ser vistos no site www.interrogacaofilmes.comOs desenhos deste livro foram resultado de um árdua e frutífera colaboração com o Flávio, colega da faculdade, amigo de longa data, parceiro de vários trabalhos, e este livro foi um verdadeiro aprendizado de vida para ambos. Como já disseram, “desenhista é uma criança que NUNCA PAROU de desenhar”, e eu espero continuar desenhando sem parar, pois pra mim “desenhar é sempre aprender”.

Fiz faculdade de Cinema e depois estudei Literatura e Teatro. Já escrevi e dirigi alguns filmes de curta-metragem. Entre eles se destaca O Mistério do Cachorrinho Perdido, que participou de diversos festivais de cinema e foi exibido em canais de TV. Também escrevi e produzi uma peça de teatro infantil chamada Heróis de Verdade, que ficou em cartaz em São Paulo e alegrou muitas crianças e adultos.Se você quiser saber um pouco mais sobre meus trabalhos e sobre mim, visite o site www.flavito.com.brEu descobri a poesia infantil quando já era adulto. Fiquei fascinado lendo livros de diversos autores consagrados. Porém, nunca me imaginava capaz de escrever poesia. Até que, um dia, comecei a ter ideias e escrevi os primeiros poemas. Gostei e não parei mais. Um ano e meio depois, a primeira versão de Poemas Divertidos estava pronta. Man-dei para várias editoras, mas nenhuma se interessou. Fiquei muito triste, mas não desisti. Continuei escrevendo poemas novos e pedindo para o Lúcio fazer os desenhos. Depois de dez anos, tínhamos 190 poemas e, o que era um, virou doze livros que compõem a coleção Poemas Divertidos. Agora eu só espero que esses livros, feitos com muito amor, deem um pouco de alegria a você, querido leitor.

Visite o site www.flavito.com.br para acessar um conteúdo divertido relacio-nado a essa coleção de livros: Poemas transformados em músicas; poemas animados; poemas declamados de maneira criativa e engraçada; dicas para se montar uma peça de teatro; sugestões para professores; atividades para baixar; poemas inéditos, etc.

Conheça todos os livros da coleção:

ISBN 978-85-99577-10-3

Para crianças a partir de 3 anos.

Para crianças a partir de 5 anos.

Para crianças a partir de 7 anose também para jovens.