Poesia de Natal

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O dia de Natal S. José e mais Maria iam ambos de jornada: S. José andava muito e Maria is cansada. Viram ao longe uma casa, foram lá pedir pousada. Chamaram pela patroa, e respondeu a criada: - é um homem e sua mulher que nos vêm pedir pousada; trazem um filho nos braços, que nasceu de madrugada. Poema popular de Gralhós Montalegre Biblioteca Escolar do Carandá Natal 2011  Neste Natal, surpreenda! Leia um poema! Natal na capelinha Conta uma história antiga que um mendigo, Doa que não tem teto nem lareira, Na noite de Natal buscou abrigo, Na ermida da Senhora da Azinheira. E no chão térreo e frio da capela Fez um borralho e uma humilde ceia, Depois foi ao altar, fixou-se n’Ela, E pô-La com o Menino à sua be ira. -Consoamos  disse ele- os três assim: O bebé faz de filho, ao pé de mim, E a Senhora, que é a Mãe, faz de quem é! Com Vós os dois, aqui, neste cantinho, Até eu, um humilde pobrezinho, Já me sinto a fazer de S. José!” Alexandre Parafita, Histórias de Natal contadas em verso

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8/3/2019 Poesia de Natal

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O dia de Natal

S. José e mais Maria

iam ambos de jornada:

S. José andava muito

e Maria is cansada.

Viram ao longe uma casa,

foram lá pedir pousada.

Chamaram pela patroa,

e respondeu a criada:

- é um homem e sua mulher

que nos vêm pedir pousada;

trazem um filho nos braços,

que nasceu de madrugada.

Poema popular de Gralhós – Montalegre

B i b l i o t e c a

E s c o l a r d o

C a r a n d á

N a t a l 2 0 1 1

 Neste Natal, surpreenda!

Leia um poema!

Natal na capelinha 

Conta uma história antiga que um mendigo,

Doa que não tem teto nem lareira,

Na noite de Natal buscou abrigo,

Na ermida da Senhora da Azinheira.

E no chão térreo e frio da capela

Fez um borralho e uma humilde ceia,

Depois foi ao altar, fixou-se n’Ela, 

E pô-La com o Menino à sua beira.

“-Consoamos – disse ele- os três assim:

O bebé faz de filho, ao pé de mim,

E a Senhora, que é a Mãe, faz de quem é!

Com Vós os dois, aqui, neste cantinho,

Até eu, um humilde pobrezinho,

Já me sinto a fazer de S. José!” 

Alexandre Parafita,

Histórias de Natal contadas em verso

8/3/2019 Poesia de Natal

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O Natal da Escola

O Natal vai à escola

com roupas de fantasia;

num bolso leva os sonhos

e no outro a poesia. 

O Natal pousa nos livros,

no quadro e nas carteiras

e deixa um pó de estrelas

no fundo das algibeiras. 

E até o telemóvel,

que na aula não deve entrar,

quando toca de repente

é o Natal que vem lembrar.  

O Natal entra na escola,

na mochila e nos cadernos

e segreda ao ouvido

os votos que são eternos.  

O Natal é o recreio

que a campainha anuncia;

todos celebram contentes

o sentido desse dia.

 Ninguém sabe bem o que é

esse espírito de que se fala,

se vem dentro de um trenó

ou no forro de uma mala.  

 Ninguém sabe se é brinquedo

ou objeto de valor,

se tem nome e morada

ou se é coisa de sonhador.

 Ninguém sabe que cor tem,

se é vermelho ou amarelo,

se tem caracóis prateados

ou flores azuis no cabelo.

Só de uma coisa há certeza

e é rara e especial:

aquilo de que falamos

é o Espírito de Natal.

E esse Espírito do Natal

que trabalha sem horário

é doce, quente e fraterno,

amigo e solidário.  

José Jorge Letria,

O Livro do Natal 

Há quem lhe chame magia

e quem não lhe chame nada;

este ano dão-nos livros

com uma história ilustrada.

Essa história foi contada

de geração em geração

e hoje quem a conta

são os meninos que ali estão.

José Jorge Letria,

O Livro do Natal 

O Espírito do Natal 

 Ninguém sabe que forma tem,

se é magrinho ou anafado,

se tem perfume de sândalo

ou bigodinho aparado.

 Ninguém sabe se é um menino

ou se é um Pai Natal,

se tem voz doce e timbrada

ou um tom mais gutural.