Poesia de Natal
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8/3/2019 Poesia de Natal
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O dia de Natal
S. José e mais Maria
iam ambos de jornada:
S. José andava muito
e Maria is cansada.
Viram ao longe uma casa,
foram lá pedir pousada.
Chamaram pela patroa,
e respondeu a criada:
- é um homem e sua mulher
que nos vêm pedir pousada;
trazem um filho nos braços,
que nasceu de madrugada.
Poema popular de Gralhós – Montalegre
B i b l i o t e c a
E s c o l a r d o
C a r a n d á
N a t a l 2 0 1 1
Neste Natal, surpreenda!
Leia um poema!
Natal na capelinha
Conta uma história antiga que um mendigo,
Doa que não tem teto nem lareira,
Na noite de Natal buscou abrigo,
Na ermida da Senhora da Azinheira.
E no chão térreo e frio da capela
Fez um borralho e uma humilde ceia,
Depois foi ao altar, fixou-se n’Ela,
E pô-La com o Menino à sua beira.
“-Consoamos – disse ele- os três assim:
O bebé faz de filho, ao pé de mim,
E a Senhora, que é a Mãe, faz de quem é!
Com Vós os dois, aqui, neste cantinho,
Até eu, um humilde pobrezinho,
Já me sinto a fazer de S. José!”
Alexandre Parafita,
Histórias de Natal contadas em verso
8/3/2019 Poesia de Natal
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O Natal da Escola
O Natal vai à escola
com roupas de fantasia;
num bolso leva os sonhos
e no outro a poesia.
O Natal pousa nos livros,
no quadro e nas carteiras
e deixa um pó de estrelas
no fundo das algibeiras.
E até o telemóvel,
que na aula não deve entrar,
quando toca de repente
é o Natal que vem lembrar.
O Natal entra na escola,
na mochila e nos cadernos
e segreda ao ouvido
os votos que são eternos.
O Natal é o recreio
que a campainha anuncia;
todos celebram contentes
o sentido desse dia.
Ninguém sabe bem o que é
esse espírito de que se fala,
se vem dentro de um trenó
ou no forro de uma mala.
Ninguém sabe se é brinquedo
ou objeto de valor,
se tem nome e morada
ou se é coisa de sonhador.
Ninguém sabe que cor tem,
se é vermelho ou amarelo,
se tem caracóis prateados
ou flores azuis no cabelo.
Só de uma coisa há certeza
e é rara e especial:
aquilo de que falamos
é o Espírito de Natal.
E esse Espírito do Natal
que trabalha sem horário
é doce, quente e fraterno,
amigo e solidário.
José Jorge Letria,
O Livro do Natal
Há quem lhe chame magia
e quem não lhe chame nada;
este ano dão-nos livros
com uma história ilustrada.
Essa história foi contada
de geração em geração
e hoje quem a conta
são os meninos que ali estão.
José Jorge Letria,
O Livro do Natal
O Espírito do Natal
Ninguém sabe que forma tem,
se é magrinho ou anafado,
se tem perfume de sândalo
ou bigodinho aparado.
Ninguém sabe se é um menino
ou se é um Pai Natal,
se tem voz doce e timbrada
ou um tom mais gutural.