Poéticas Do Hiper Em Textos Digitais e Imagens de Moda (1)

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    Poéticas do hiper em textos digitais e imagens de moda1 

    Resumo  O fenômeno de moda é conhecido pela constante busca pelo novo. Acompanhando estemovimento, a comunicação das marcas trabalha pela aplicação de tecnologias cada vez mais inovadoras.Assim, este estudo busca conhecer as possíveis poéticas das novas configurações midiáticas,

     principalmente no sentido da estética transmídia aplicada à moda. A análise se dá na comparação dessas

    estéticas na abordagem da imagem a partir do que aqui se denominou como “contexto hiper”. Para estaanálise serão usados aportes teóricos desenvolvidos pelas teorias materialistas e pela semiologia(BARTHES, 1987; 1992; 1995), combinados com as análises sobre o contexto da conversão, dacibercultura e da comunicação digital, propostos por Kristeva (1974), Jenkins (2009) e Santaella (2003),além dos aportes da comunicação digital de Martins (2012) 

    Palavras Chave: Comunicação digital – Imagem – Hipertextualidade – Moda  – Mídia 

    Abstract The fashion phenomenon is known by the constant search for the new. Following this trend, the brand communication works by applying increasingly innovative Technologies. So this study aims toknow the possible practices of new media settings, especially in terms of aesthetics transmedia applied tofashion. The analysis takes place in the comparison of these aesthetic in approach from the image from isknown as "hyper context" -  the use of resources such as inter and hypertextuality, hyper andtransmidialidade and the construction of hiperimages. This analysis will be build from the theoreticalframework developed by materialistic theories and semiotics (Barthes, 1987; 1992; 1995), combined withthe analysis of the context of conversion, cyberculture and digital communication, proposed by Kristeva(1974), Jenkins (2009) and Santaella (2003). 

    Palavras Chave: Digital communication - Image - Hypertextuality - Fashion - Advertising 

    Introdução 

    Os avanços tecnológicos e as mudanças sociais decorrentes deles dão à

    comunicação visual um novo patamar dentro dos estudos culturais – principalmente, osque envolvem as dinâmicas da mídia como ferramenta de comunicação de massa. O

     pensamento ocidental dá um novo lugar à linguagem não verbal, principalmente,

    acompanhando a onda evolutiva de fenômenos como a arte, a moda e o design. A leitura

    de textos não verbais passa a ser, não somente uma forma de decodificação de

    informações, mas também de interação social, de identificação, de construção

    identitária, entre outros.

    A imagem, como texto não verbal, passa a fazer parte de uma complexanarrativa cotidiana. Essa narrativa, por sua vez, colabora na construção de uma rede de

    significados intrínsecos às lojas de consumo, de relação e de existência. O estado atual

    da tecnologia torna ainda mais singular a relação dos sujeitos com os textos imagéticos,

    considerando que a produção de imagens é incessante e tenta sempre explorar novos

    formatos – de modo a incorporar o constante apelo ao novo. 

    A cultura do hiperconsumo2  exige um novo comportamento por parte dos

    1

     Trabalho apresentado na Alcar 2015 / Encontro Nacional de História da Mídia realizado na UniversidadeFederal do Rio Grande do Sul entre os dias 03 a 05 de junho de 2015 submetido ao GT História daMídia Digital.

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    consumidores – não somente daqueles que compram produtos, mas para todos os

    sujeitos que criam identificações e se vinculam com textos verbais ou imagéticos. Esta

    realidade justifica o aprofundamento deste estudo no uso que o mercado de moda dá às

    imagens, a partir do contexto de avanço da comunicação não verbal, dos meios digitais

    e da amplificação dos formatos das mídias.

    Com o objetivo de entender algumas poéticas que a comunicação de moda

    estabelece no uso das imagens a partir do contexto hiper – que se refere à comunicação

    da mídia digital baseada na inter e hipertextualidade, hiper e transmidialidade, podendo

    ou não resultar em hiperimagens, sugere-se a análise de uma amostra de imagens que

    usufruem das referidas novas linguagens – que resultam em poéticas novas –

    relacionando-as com os aportes teóricos que tratam da teoria da imagem enquanto texto.

    Bosi (1977) trata da imagem em seu estado conceitual, explorando as

    características deste objeto sob a perspectiva da poética do texto. Estes aportes são

    combinados com as abordagens de Barthes (1987;1992;1995) sobre o estudo da

    imagem, a partir da abordagem semiológica e materialista. Em seu artigo “Intertexto,

    hipertexto, hipermídia, transmídia: os caminhos da tecno-arte- poesia”, Antonio (2012)

    contribui no sentido de analisar a imagem hiper sob o aspecto da arte. Por outro lado,

    Messa (2007) corrobora para a identificação da hiperimagem a partir das suas distintas

    características constitutivas e de aplicabilidade. Outros autores como Kristeva (1974),

    Jenkins (2009), Santaella (2003) também contribuem para o reconhecimento do texto

    sob o aspecto da intertextualidade, do uso das múltiplas plataformas e da convergência.

    Entender o uso destas poéticas como ferramentas de comunicação, é também

    tentar descrever uma estética do tempo. Para Bairon e Petry (2000, p. 44)

    Caleidoscópio do tempo da compreensão é como poderíamos chamar o processo de imersão em sistemas hipermidiáticos que se apresentem atravésda plena manifestação da técnica como horizonte. [...] Nesse jogo deabordagens estéticas que vai se construindo ao longo da navegação emambientes gráficos, adquirimos um direcionamento para boa parte dasdúvidas e trajetórias que aparecem durante o caminhar.

    Abordar a questão da poética dos textos midiáticos digitais é uma perspectiva

    interessante, principalmente se aplicada aos discursos da moda – que, por si só, são

     pautados por uma imensidão de significações implícitas e explícitas. Além de descrever

    estratégias gráficas, é importante atentar para o jogo simbólico presente em cada

    2

     Hiperconsumo se refere à terceira onda industrial, na qual existe um grande apelo ao consumo midiáticoe de produtos. Para mais informações, pesquise LIPOVETSKY, Gilles. A Felicidade Paradoxal: Ensaiodobre a sociedade de hiperconsumo. Lisboa: Edições 70, 2007. 

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    escolha, buscando identificar quais os processos culturais envolvidos ali que podem ter

    uma correlação com o contexto social.

    Assim, este artigo se divide em uma parte destinada à apresentação dos

    conceitos referentes ao estudo da imagem em seu estado da arte, em sua aplicação como

    texto e nos modos de uso a partir da relação com diferentes mídias. E, em seguida, são

    apresentados alguns exemplos de peças comunicacionais de marcas de moda que fazem

    uso expandido da imagem, seja através de elementos gráficos, combinação com textos,

    recursos audiovisuais e na transformação da imagem em hiperimagem.

    Texto-imagem: hipertexto e hiperimagens 

    Assim como acontece em qualquer tipo de imagem, a de moda, veiculada nas

    mais diferentes mídias, constitui-se de elementos materiais e subjetivos em busca da

    representação da realidade. No entanto, este processo é ambíguo, uma vez que, ao tentar

    compor a realidade a partir de um sistema de elementos, ainda foge das mãos do autor

    detalhes que aproximariam a imagem do real.

    A segunda força da literatura é sua força de representação. Desde os temposantigos até as tentativas de vanguarda, a literatura se afaina na representaçãode alguma coisa. O quê? Direi brutalmente: o real. O real não é representável,e é porque os homens querem constantemente representá -lo por palavras quehá uma história da literatura (BARTHES, 1995, p. 22).  

    Baseado nesta lógica, o conjunto imagético presente em toda a história do

    fenômeno de moda reflete o que também jaz ao universo literário: a utopia que tenta

    “representar uma ordem pluridimensional em uma ordem unidimensional” (ANTONIO,

    2012, p. 67). Assim:

    Poderíamos imaginar uma história da literatura, ou, melhor, das produções delinguagem, que seria a história dos expedientes verbais, muitas vezeslouquíssimos, que os homens usaram para reduzir, aprisionar, negar, ou pelocontrário assumir o que é sempre um delírio, isto é, a inadequaçãofundamental da linguagem ao real (BARTHES, 1995, p. 23). 

    A semiótica da imagem de moda veiculada em qualquer estrutura midiática, não

    se compõe apenas em um projeto simbólico e ilusório. Apesar de, por vezes, surgir de

    forma pouco real, a semântica deste objeto tende a dar continuidade na realidade não

    apenas cultural do autor (e do espectador), mas também precisa atender as estruturas

    comunicacionais das mídias que envolvem o diálogo do texto com o seu público.

    Para Bosi (1977, p. 19), “a experiência da imagem, anterior à da palavra, vem

    enraizar -se no corpo. A imagem é afim da sensação visual”. Sensorial, a imagem está

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     baseada na experiência do contato, que trabalha na tentativa da representação da

    realidade, propondo a presentificação do mundo (Ibidem, 1977), assim como a palavra.

    A linguagem poética, em palavras ou imagens, precisa ser entendida, pelo

    menos, como dupla e não linear. O significado poético também pode estar relacionado a

    outros discursos, legíveis ou não no enunciado, criando uma espacialidade textual

    múltipla.

    O termo intertextualidade designa esta transposição de um (ou de vários)sistema(s) de signos em um outro, mas já que esse termo tem sidofrequentemente entendido no sentido banal de “crítica das fontes” de umtexto, preferimos a ele o de transposição, que tem a vantagem de precisar quea passagem de um sistema significante a um outro exige uma novaarticulação do tético – posicionamento enunciativo e denotativo (KRISTEVA,1974a, p 60). 

    A expansão dos significados dos (inter) textos corrobora para a exploração decomunicações que trabalham com uma lógica baseada “entre mídias”, portanto,

    hipermidiática.

    O conceito de separação entre as mídias surgiu na Renascença. A ideia de queuma pintura é feita de tinta sobre a tela ou que uma escultura não deveria ser

     pintada parece característica do tipo de pensamento social – categorizando edividindo a sociedade entre a nobreza com suas várias subdivisões, a pequenanobreza sem títulos, artesãos, servos e trabalhadores sem terras –, que nóschamamos de concepção feudal da Grande Cadeia do Ser. A aproximaçãoessencialmente mecanicista continuou a ser relevante ao longo das primeirasgrandes revoluções industriais, recentemente concluída, e na presente era daautomação, que constitui, de fato, a terceira revolução industrial. (...) Nósestamos nos aproximando do alvorecer de uma sociedade sem classes, para aqual a separação em rígidas categorias é absolutamente irrelevante(ANTONIO, 2012, p. 73). 

    A queda das estruturas das antigas disciplinas proporciona um tipo de liberdade

    mutável para as imagens/textos (BARTHES, 1987). Para Bosi (1977, p. 33), o texto

     precisa admitir a existência de diversos tipos de relações, uma vez que atribui o ser à

    coisa, “dizer de suas qualidades reais ou fictícias, de seus movimentos; de seus liames

    com as outras coisas; referir o curso da experiência”. Concordando com Barthes (1987),

    o texto invoca uma capacidade que foge das disciplinas, dos sentidos básicos, e abre

    espaço para uma complexa característica sinestésica.

    O texto/imagem que faz uso de todos os recursos que a mídia pode oferecer é

    denominado por Santaella (SANTAELLA in ARAÚJO, 2006, p. 198) como hipermídia,

    como “uma linguagem polivalente que, a par das questões formais de justaposição e

    associação, também inclui a inter -relação ou colisão entre texto, imagem e som em

    camadas espaciais e temporais”. O hipertexto, por sua vez, é visto como o conteúdo

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    veiculado nas hipermídias.

    Com a apropriação destes hipertextos por parte da tecnologia3, além de

    interdisciplinar, o texto passa a ser compreendido como hipertextual. 

    [...] quando os programas de hipertexto começam a ser usados a partir 1967,

    com o HES (Hypertex Editing System). Os conceitos de hipertexto e dehipermídia, de 1965, estudados por Ted Nelson, e o surgimento do primeiro

     programa de hipertexto, o HES (Hypertext Editing System), de Andy vanDam, em 1967, representam um segundo momento dos meios digitais como

     proposta para uma nova escrita (ANTONIO, 2012, p. 73).

    A disseminação de textos em redes (como sites, mídias sociais, sites de curadoria

    de contéudo) abre espaço para relações com o texto baseados na desconstrução, em

    rizomas e no interacionismo – como um diálogo com uma obra aberta. Nesta realidade,

    o sentido do texto passa a ser dado pelo seu uso, portanto, é a “leitura que constrói o

    texto” (PARENTE, 1999 apud ANTONIO, 2012, p. 76), quebrando o paradigma da

    ordem dos discursos.

    A imagem no contexto hiper explora a inclusão de signos não verbais,

     possivelmente vinculados à multimidialidade. Não é mais possível a compreensão que

    considera a mídia como a única e pura que veicula aquela determinada peça, mas o

    conjunto de veiculações que determinada ação de marketing apresenta ao mercado. Para

    a interpretação deste sentido, “o significante de apoio será recortado em uma seqüência

    de curtos fragmentos contíguos, que aqui chamaremos de lexias, já que são unidades deleitura” (BARTHES, 1992, p. 47).

    O resultado desta transmidialidade no discurso hipertextual, sob o aspecto de

    imagens, é a concentração de elementos como sons, animações, hiperlinks, sistemas

    gráficos de outros contextos, apresentando uma imagem de representação expandida da

    realidade. A esta imagem denomina-se hiperimagem (MESSA, 2007).

    A imagem se constitui na conjunção e conjugação de dois verbos,

     principalmente, “aparecer” e “parecer” (BOSI, 1977). Para a inconstante hiperimagem,o processo de “apparet ” (aparecer em latim) é protagonista em seu processo de

    significação. Interpretar o parecer se torna a ação vulgar na relação com a imagem. O

    âmago interpretativo do objeto dinâmico está na libertação por um processo de leitura,

    deixando que novos traços expandam a dimensão da imagem – ligando-a a lado mais

    emocional e sensorial.

     Não existe mais um estado homólogo entre a forma e o imaginário criado sobre

    3  Aqui se referem às tecnologias de comunicação, tecnologias de criação de textos e imagens, quedisseminação e geração de informação.

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    ela. O imaginário sobre a obra pode ser o mesmo, mas a estrutura material sobre ela

    não. A hiperimagem está baseada na relação com os objetos imediatos. A construção de

    signos se estrutura através de objetos dinâmicos, assim, a relação do espectador com a

    narrativa da imagem deverá assimilar a historicidade de quem vê, e a temporalidade do

    evento da percepção.

    A estética do inter e do hipertextual aplicado à hiper e transmidialidade remete a

    um discurso híbrido, formado por elementos fronteiriços entre as mais diversas

     plataformas midiáticas. Para os hipertextos são presentes as características de não

    linearidade, interatividade e diferentes níveis de leitura – existe uma proposta não

    sequencial de escrita. Por outro lado, na hipermídia, o texto/imagem está composto por

    outros componentes como gifs4, grafismos, ícones e sons.

    A relação híbrida entre texto e imagem indica que as sobreposições midiáticas,

    explorando diferentes interfaces para a divulgação de uma peça é uma característica da

    contemporaneidade, fazendo uso das relações de interfaces e intercursos – como uma

     poética (SANTAELLA, 2003). A nova abordagem da mídia faz uso de uma poesia

    concreta para materializar as subjetividades comunicacionais. A apropriação de uma

    hiperimagem é uma busca pela pergunta que aquele texto responde. “Compreender um

    texto, quer dizer compreender a pergunta” (GADAMER, 2004, p. 82), assim, a

    hiperimagem convida a pensar não como o objeto é, mas em como se tornou o que é. 

    Dadas as características da hiperimagem, é possível considerar este tipo de

    ferramenta como um ápice do diálogo com textos imagéticos no contemporâneo. No

    entanto, além dela, as correlações de peças publicitárias de moda em diferentes mídias

    também correspondem a um tipo de estratégia importante, tanto como registro histórico,

    como oportunidade de uso de novas poéticas.

    Poéticas e reflexões 

    As imagens baseadas na lógica do hipertexto assimilam características próximasda realidade de outras mídias (impressas e audiovisuais). Esse aspecto se dá tanto pelo

    uso das estruturas já conhecidas pelo olhar dos sujeitos, como um processo de transição

    transmidiático.

    Em geral, o uso da palavra cena aparece quando esse instante possuicaracterísticas da linguagem audiovisual ou teatral. Assim, o termo é oriundodessas linguagens anteriores. Nosso objetivo é inserir o ser na linguagem,

     para torna-lo apto a produzir conhecimento a partir dessa linguagem,

    4  Refere-se ao termo “Graphics Interchange Format” que em tradução literal significa formato de

    intercâmbio de gráficos, referindo-se à imagens digitais animadas.

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    eliminando sua condição de permanência em um paradigma que o faz pensara partir de outra linguagem. O resultado disso é evidente nos dias de hoje.Muito do que vemos nos meios digitais é produto realizado por profissionaisorientados sob uma linguagem audiovisual ou gráfica, que criam soluçõeshipermidiáticas com aparência de filmes para a televisão ou catálogosimpressos, constituindo-se inclusive como fase de transição obrigatória, uma

    espécie de evolução até que o homem apreenda como operar sob a novalinguagem (MESSA, 2007, p. 79).

    As intersecções entre as mídias demonstram um comportamento estético

     bastante específico. A mistura de linguagens é um ponto importante para a

    materialização de um conceito que extrapole a uniformidade textual gráfica.

    Figura 1 – Editorial @IBlameJordan Fonte: VIRTUAL MAN MAGAZINE, 2015 

    O produto veiculado na revista “Virtual Man Magazine” apresenta um editorial

    com diferentes marcas internacionais agrupadas dentro de uma organização por estilos,

    de modo a criar uma coerência visual entre as peças, tendo como norte um modo de uso.

    Além das peças, de forma muito singular, o editorial combina as imagens com

    elementos tradicionalmente originados nas plataformas digitais.

    Logicamente, a presença de hashtags  não faz sentido ao lado das fotografias,

    uma vez que a sua função é criar hiperlinks  quando usadas em forma de texto em

     postagens de redes virtuais como Twitter 5. Esses hiperlinks têm como função interligar

    todas as postagens que fazem uso da combinação da hashtag  com o termo em questão,

    como na função “#termoemquestão”. Portanto, em uma imagem estática, por mais que

    também veiculada no meio digital, o símbolo da hashtag  não passa de um elemento de

    adorno, passível de ser comparado com qualquer componente exclusivamente alegórico

    5 Rede social baseada na comunicação entre perfis através do uso de imagens e/ou textos construídos em148 caracteres. Endereço do site twitter.com 

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    da imagem.

    Com origem na cultura japonesa, os emojis  são elementos figurativos que

     possuem um significado que podem representar ações, estado de espírito, emoções, bem

    como adquirem significado específico quando combinados entre si – como a estrutura

    de um código. Recorrentes na comunicação virtual, os emojis pertencem à cultura ciber

    e tiveram uma grande disseminação a partir de comunicadores instantâneos presentes

    em smartphones – como o Whatsapp6, por exemplo. 

    A presença de elementos originais da cibercultura e com funções efetivas apenas

    dentro da comunicação digital em fotografias estáticas, sugere o avanço dos elementos

    digitais como uma nova poética comunicacional. Existe, portanto, uma expansão dos

    códigos textuais imagéticos das mídias tradicionais como a fotografia, a partir do uso de

    novos significantes oriundos de outras plataformas. 

    Por outro lado, as campanhas de moda têm se apoiado na narrativa transmídia

    como forma de explorar a totalidade de cada peça ou campanha. Dessa forma, fica clara

    a demanda por elementos estéticos que deem conta de um ethos baseado na conversão

    midiática. Neste aspecto, Jenkins (2009) contribui no sentido de declarar a importância

    da interconexão de diferentes canais de comunicação, sendo que, o sentido total

    somente poderá ser experimentado quando o acesso a ele se der de forma completa. A

    necessidade de explorar uma campanha em sua totalidade convida o consumidor/usuário

    a acessar mídias como revistas impressas, portais virtuais (em busca de imagens

    digitais), redes baseadas no compartilhamento de vídeos (para ter acesso à versões

    fílmicas das campanhas e, até mesmo, dos making of’s7 das mesmas).

    A narração de uma campanha, a partir de uma estética transmídia, passa a

     percorrer caminhos distintos, explorando a totalidade de cada veículo/mídia com o

    melhor desempenho comunicacional que ele possa oferecer ao produto/conceito.

    Martins (2012, p. 99) afirma queo cenário transmidiático estabelece-se quando uma narrativa passa de umamídia para outra, sendo construída de forma independente e quando permiteque o público compreenda-a, seja em que mídia for. Por isso, atransmidialidade estaria na relação entre as histórias, ligadas por um mesmoenredo, mas narradas e transmitidas por meios independentes.

    Dada à amplitude de alcance subjetivo e a imersão conceitual que a

    6 Aplicativo usado em smartphones que possibilita a troca de mensagens e arquivos entre usuários.7

     Making of se refere a um tipo de produto audiovisual ou fotográfico que faz um registro de como o produto principal foi feito, como se tratasse dos batidores da produção de um filme, clipe ou campanha de publicidade.

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    convergência que a narrativa transmídia (NT) proporciona, Jenkins (2009) aponta para a

    criação de um “universo”. Este “abraçar” que a NT cria é também uma resposta a esta

    cultura baseada na convergência midiática, recorrentemente aplicada à indústria

    cultural. Com forma de inovação, as marcas tendem a buscar esta ferramenta

    comunicacional pois, “conseguem desta forma atrair novos e potenciais consumidores. 

    Cada meio possui a sua parcela de público, que através das narrativas  

    transmidiáticas poderá ser atingido de alguma forma” (BIEGING; 

    BUSARELLO; ULBRICHT, 2010, p. 4). 

    A narrativa transmídia (transmedia storytelling ) nasceu como resultado do

    desenvolvimento da cultura da convergência e refere-se a um modelo que surgiu em

    resposta à convergência de mídias, captando as exigências dos consumidores e

    dependendo da participação ativa das comunidades de conhecimento (JENKINS,

    2009a). Assim, a NT é o que este autor chama de “a arte da criação de um universo”. No

    caso, um universo interconectado em diferentes canais de comunicação, cujo sentido só

    é plenamente compreendido quando o conteúdo é experimentado no todo, visto por

    todos os ângulos. 

    O processo de interação do usuário/receptor com a “mesma” peça / marca em

    diferentes mídias, já passa a ser considerada como um ato de consumo e,

    consequentemente, processo cultural.

    Por convergência, refiro-me ao fluxo de conteúdos de múltiplas plataformasde mídia, à cooperação entre múltiplos mercados midiáticos e aocomportamento migratório dos públicos dos meios de comunicação, que vãoa quase qualquer parte em busca das experiências de entretenimento quedesejam (JENKINS, 2009, p. 29). 

    Divulgando sua icônica bolsa Lady Dior, a marca mundialmente conhecida

    Christian Dior lança campanhas semestrais que apresentam as novidades estilísticas do

    modelo que são apresentadas a cada troca de estação. A campanha apresentada na mídia

    impressa costuma apresentar a bolsa sendo usada por alguma modelo ou em versões de

    imagem do produto em still 8.

    8  Uma imagem do produto em still é quando ele é apresentado sem modelo, apenas com fundomonocromático. 

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    “os construtos audiovisuais como modos singulares de 

    expressão e significação da experiência do mundo”, considerando os modos de

    apreensão dos conteúdos presentes nas narrativas. Em destaque desta análise a outra

    abordagem do recurso audiovisual é “como um campo contemporâneo de  

    convergência de formatos, suportes e tecnologias, resguardadas as especificidades do 

    cinema, da televisão, do vídeo e das mídias digitais” (Ibidem, 2010, p. 40). Focada na

    questão do recurso e do suporte, esta segunda concepção do vídeo como mídia,

    encaminha para a especificidade destas estruturas estarem baseadas em uma tecnologia

    específica como a internet – configurando, assim, um webvídeo. 

    O uso das mídias web e de dispositivos móveis para a visualização de vídeos,

    entrega ao espectador/receptor um tipo de experiência tátil muito específica que pode

    ser percebida no ambiente digital. Baseado nas experiências anteriores dos usuários, o

    webvídeo, como imagem animada, está calcado na característica do novo, como uma

    versão amplificada, se comparada com os contatos com filmes que não sejam através da

    internet.

    Outra característica fundamental apresentada pelo vídeo analisado, é que ele não

    objetiva trazer uma mensagem diferente da exibida pela campanha em mídia

    fotográfica. O vídeo apresentado não é uma peça publicitária isolada, mas se trata de um

    complemento da peça em si, por ser de montagens de cenas de bastidores – constituindo

    o que o mercado de publicidade chama de making of . 

    Figura 4 – Vídeo de divulgação da bolsa Lady Dior  

    Fonte: YOUTUBE, 2015 

    O uso do making of como um produto midiático é, por si só, uma forma

    intermidiática de tratar do texto primário. O making of  é visto como o produto resultante

    do registro dos bastidores de outra produção midiática. O formato baseia -se em uma

    narrativa documental.Assim, o making of   de uma campanha de publicidade que usa da fotografia

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    como mídia, desenvolve uma plataforma audiovisual para apresentar o processo de

     produção de outro produto – apenas visual, neste caso da marca Christian Dior. Se

    tratando de uma campanha de moda, o making of , aqui, antecipa a campanha fotográfica

    e, por si só, já apresenta boa parte do conceito subjetivo e estilístico que estará presente

    nos lançamentos da temporada que apresenta.

    O conceito de imagem em movimento direciona este estudo para a análise das

    hiperimagens como mídia cada vez mais presente na comunicação de moda. A

    hiperimagem está concentrada em um “recorte momentâneo, de um ambiente

    hipermidiático que caracterize uma unidade informacional daquela obra” (MESSA,

    2007, p. 87). À medida que novos recursos são incorporados à hiperimagem, mais

    distante ela se torna das fotografias tradicionais e, até mesmo, das imagens digitais

    disponíveis em formatos estáticos. Para Parente (2004) não é apenas um objeto virtual,

    mas o aspecto “hiper” está no processo criativo, estruturado em recursos digitais que

    apresentam outras hiperimagens – como um processo híbrido de construção simbólica

    do texto.

    Focado na experiência do usuário, a estratégia das hiperimagens são usadas em

    catálogos virtuais de lojas de moda. Como pode ser visto no caso da loja Style Pit,

    lançado para divulgar a coleção dos produtos disponíveis na loja no verão 2014.

    Figura 5 – Lookbook  virtual da rede Style Pit Fonte: STYLE PIT, 2015 

    Quando o site da loja é acessado, o carregamento da página acontece enquanto

    uma tela com fundo monocromático apresenta os dizeres “Whoever Whenever

    Wherever ”. Assim que carregada a página, um cenário de estação de trem subterrânea

    surge na tela. A progressão da cena se dá no sentido “esquerda para direita”. Aos

     poucos, alguns personagens vão sendo mostrados. O comportamento das pessoas que

    estão presentes é aleatório, não demonstrando qualquer interatividade entre si. Um som

    ambiente completa a hiperimagem, a melodia é bastante ritmada, com grandes variações

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    de tons e efeitos de origem eletrônica – a música é apresentada em looping durante todo

    o acesso ao site. 

    O cursor do mouse se transforma em um ponto circular que, quando clicado e

    movimentado, passa a apresentar pequenas setas nas laterais, sugerindo a possibilidade

    de navegar horizontalmente pelo cenário. Este recurso dá ao usuário/receptor a

     possibilidade de estabelecer a velocidade com que a cena anda na tela – sendo este um

    dos principais elementos de interação.

    Cada personagem possui um ponto em sinal de “+” que indica ao usuário que

    neste ponto existe um elo de interação com a composição de figurino e,

    consequentemente, apresenta informações sobre o look  usado pelo modelo. 

    Figura 6 – Lookbook  virtual da rede Style Pit 

    Fonte: STYLE PIT, 2015 

    A hiperimagem a seguir mostra que, após o clique, uma outra imagem surge em

     primeiro plano na tela. Com fundo branco, um quadro expõe os produtos que o modelo

    está usando na cena. O mesmo quadro, à direita, apresenta nome da marca, descrições,

    valor e, na parte inferior, o botão “buy product”, destinado à levar o receptor do texto à

    compra da peça em questão.

    Figura 7 – Lookbook  virtual da rede Style Pit 

    Fonte: STYLE PIT, 2015 

    Ainda baseado nas estruturas impressas, a primeira cena que apresenta apenas as

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     palavras que abrem o site, representaria a capa do material. No entanto, a solução de

    mídia impressa não resolveria a necessidade da ideia da abertura do catálogo on line,

    uma vez que ela apresenta uma transição gradual de cor, dando a noção de dinamicidade

    à hiperimagem. 

    A transição da “capa” do catálogo para hiperimagem na qual os modelos estão

    na cena acontece de forma instantânea (após o total carregamento do site que acontece

    apenas na primeira hiperimagem). Esta escola se aproxima da reação sensível presente

    no virar de página que também está presente em um material impresso. O imprevisto

    causa surpresa e, possivelmente, estranhamento neste espectador/receptor do texto

    midiático.

    A cena é construída em escalas entre preto e branco, predominando tons

    acinzentados -  que indicam uma certa nostalgia. Este tipo de estética é bastante

    incomum para catálogos de moda, principalmente os estáticos, uma vez que a cor das

     peças possui extrema importância na atração do público.

    O jogo subjetivo da temporalidade também está presente na medida em que são

    apresentados elementos que indicam um recorte temporal bastante específico da cena

    desta hiperimagem. Um exemplo destes lapsos temporais é a cena em que um dos

    modelos parece derramar um copo. O líquido no ar, o gotejar, o espalhar -se da

    substância trabalham com uma experiência nostálgica, que remete a um instante muito

    específico que constitui toda a cena teatral estabelecida nesta rede de hiperimagens. 

    Figura 8 – Lookbook  virtual da rede Style Pit 

    Fonte: STYLE PIT, 2015 

    Assim como a trilha sonora, a imagem é construída em forma de looping. Assim,

    a mesma parede que dá origem à cena é que a finaliza. Esta poética coloca o

    espectador/receptor no centro da cena toda, como um coadjuvante interativo, que pode

    tocar, inspecionar, analisar detalhes das peças, sem que seja notado pelos demais

     personagens que estão presentes neste espaço teatral.

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    A narrativa apresentada por esta hiperimagem está construída a partir de um

    recurso transitório de poéticas, cada um com uma função específica – mas que

    agrupados conseguem criar um universo subjetivo a partir da relação com o objeto.

    Cada componente desta cena, por si só não a traduz, nem a cena é a soma destes

    elementos – a hiperimagem, no entanto, é a combinação destes elementos de forma

    muito específica e focada na experiência deste espectador/receptor.

    Reforçando o aspecto hipermidiático desta hiperimagem, o mesmo catálogo é

    acessado de modo específico em diferentes plataformas – como pode ser visto no vídeo

    de divulgação apresentado pela rede de varejo. 

    Figura 9 – Lookbook  virtual da rede Style Pit 

    Fonte: STYLE PIT, 2015 

    Para Messa (2007), a premissa para a existência da hiperimagem é que ela seja

    um produto do meio digital, mas que esteja inserida em um contexto hipermidiático e,

     possivelmente, multiplataformas. O aglutinamento destes recursos reitera a construção

    do universo do espectador/receptor como um momento de contemplação subjetiva.

    As poéticas apresentadas pelo conjunto total das imagens apontam para a força

    da estratégia que se apoia no hibridismo visual, construído a partir da combinação de

    diferentes plataformas (visuais, audiovisuais e cinéticas) de forma inovadora e criativa.

    Estas poéticas acabam por desenvolver um tipo de relação com os textos imagéticos

    ainda mais profunda para com seus espectadores/receptores, a medida que lhes exige

    maior interação e proporciona um tipo de experiência singular e marcante. 

    Conclusão 

    A partir da escolha das imagens, relacionando-as aos seus mais diversos

    contextos e plataformas, foi possível entender que existe a construção de um ethos

    social que elabora uma nova relação com os textos imagéticos. A moda, como fenômeno

    de celebração do novo, se apoia nestes discursos e vai criando novas poéticas quase que

    tirando o melhor proveito do contexto de apelo ao hiper – marcado pelas novas formasde consumo, de vivência e de realização dos sujeitos.

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      Este tipo de estudo contribui para um registro dos movimentos encontrados nas

    mídias digitais. Estes movimentos estão apoiados, principalmente, na busca pelo

    máximo uso das plataformas – desenvolvendo uma estética de hibridização, na medida

    em que apresenta multimeios para a sua materialização.

    Com a ampla exploração da comunicação por imagens, o mercado de moda

    deve, cada vez mais, se apoiar em inovações em direção aos meios hipermidiáticos e em

     busca da máxima interação – para que seu espectador/receptor possa criar uma

    identificação tão íntima, que o motive para o ato de consumo. Assim, o campo de

    estudos dos diferentes usos da imagem digital e a amplitude dos recursos que a

    tecnologia oferece tende a ganhar certo protagonismo.

    Está, portanto, a cargo da comunicação digital, a renovação das ferramentas

    midiáticas de modo a criar experiências cada vez mais singulares para os receptores

    destes textos hipermidiáticos. Como foi percebido neste trabalho, essas demandas

    configuram a retomada da imagem como relação com o externo e tende a ganhar forças

    a medida que tem um olhar para as necessidades mais subjetivas de seus espectadores.

    A estética proposta pelas imagens de moda no contexto hiper retoma a poética

    artística das formas gráficas, mas também apresenta novos usos para as plataformas já

    conhecidas. Este recompor se apoia em um jogo de historicidade e realoca outras esferas

    do discurso, possivelmente, mais experienciais, sensoriais, emocionais e subjetivas.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

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