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PORTUGUÊS Prof. Carlos Zambeli POLÍCIA CIVIL | RS DELEGADO DE POLÍCIA

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PORTUGUÊS

Prof. Carlos Zambeli

POLÍCIA CIVIL | RSD E L E G A D O D E P O L Í C I A

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português

Prof. Carlos Zambeli

POLÍCIA CIVIL | RS

Delegado de Polícia

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Edital

PORTUGUÊS: Significação das palavras: sinônimo, antônimo, conotação, denotação. homônimos. parônimos, polissemia, figuras de linguagem. vícios de linguagem ; Fonologia; Fonemas e letras; Encontros vocálicos e consonantais: Separação silábica. classificação quanto ao número de sílabas e tonicidade: Ortografia; Emprego de H, X, CH, C, Ç, SS, Z, J, G, E, 1, O, U; Hífen; Acentuação gráfica: Aplicação das regras de acentuação gráfica; Acento diferencial ; Morfologia; Estrutura e processos de formação das palavras; Classe gramatical: invariáveis, variáveis com suas flexões de gênero, número. grau, Sintaxe: Frase. oração e período; Sintaxe interna: termos principais (essenciais e integrames) e acessórios da oração; Regência verbal; Regência nominal: Concordância verbal; Concordância nominal; Crase.

BANCA: ACADEPOL/IBDRH

CARGO: Delegado de Polícia

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aula 1

MORFOLOGIA E CONCORDÂNCIA NOMINAL

A morfologia (flexão nominal) está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais.

São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição.

1. Substantivo (nome)

Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos também nomeiam:

• lugares: Itália, Porto Alegre... • sentimentos: raiva, ciúmes... • estados: alegria, tristeza... • qualidades: falsidade, sinceridade... • ações: escrita, leitura...

2. Artigo

Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número dos substantivos.

Detalhe Zambeliano 1

Substantivação!

Não aceito um não de você.

Os aplicados estão nesta sala.

Detalhe Zambeliano 2

Artigo facultativo diante de nomes próprios.

Sérgio chegou. / O Sérgio chegou.

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Detalhe Zambeliano 3

Artigo facultativo diante dos pronomes possessivos.

Sua turma é pequena no curso.

A sua turma é pequena no curso.

Artigos X semântica • Minha cabeça está doendo. • André é o cabeça dos professores. • O capital financeiro da empresa está sendo analisado. • Brasília é a capital do país. • o/a moral, o/a rádio, o/a grama

3. Adjetivo

Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser.

Ex.: O dedicado empresário resiste ao cansaço.

   O aluno estudioso revisa em casa a matéria nova.

Locução adjetiva

Noite de chuva (chuvosa)

Atitudes de anjo (angelicais)

Pneu de trás (traseiro)

Seleção do Brasil (brasileira)

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4. Pronome

a) Pronome pessoal é aquele que indica as pessoas do discurso. Dividem-se em retos, oblíquos e de tratamento.

Os pronomes pessoais retos geralmente referem-se ao sujeito e são:

Eu – 1ª pessoa do singularTu – 2ª pessoa do singularEle – 3ª pessoa da singularNós – 1ª pessoa do pluralVós – 2ª pessoa do pluralEles – 3ª pessoa do plural

Os pronomes pessoais oblíquos referem-se ao objeto direto ou ao indireto, sendo átonos ou tônicos.

São pronomes oblíquos átonos: me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhes.São pronomes oblíquos tônicos: mim, ti, ele, ela, si, nós, vós, eles, elas.Os pronomes pessoais oblíquos tônicos são usados com preposição.

A professora ansiosa esperava por mim.

Entre mim e ti nunca ocorrem brigas.

Entregarei um presente para ela.

Os pronomes pessoais de tratamento são aqueles que indicam um trato cortês ou informal e sempre concordam com o verbo na terceira pessoa. Quando falamos diretamente com a pessoa, usamos o pronome de tratamento na forma Vossa.

Vossa Excelência vai comemorar seu aniversário onde?

Quando falamos sobre a pessoa, usamos o pronome de tratamento na forma Sua. Observe:

Sua excelência logo os visitará.

b) Demonstrativos

Este, esta, isto – perto do falante.ESPAÇO Esse, essa, isso – perto do ouvinte. Aquele, aquela, aquilo - longe dos dois.

Este, esta, isto – presente/futuro TEMPO Esse, essa, isso – passado breve Aquele, aquela, aquilo – passado distante

DISCURSO Este, esta, isto – vai ser dito Esse, essa, isso – já foi dito

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RETOMADA

• Os concursos se dividem em dois tipos: Técnico e Analista. Este exige formação acadêmica; aquele, apenas ensino médio.

5. Verbos – indicam ação, estado, fato, fenômeno da natureza.

6. Advérbio

É a classe gramatical das palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. É a palavra invariável que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.

Nós repensamos pouco sobre esse assunto!

Nós sempre analisamos a situação muito pouco!

Nós somos muito estudiosos.

O advérbio pode ser representado por duas ou mais palavras: locução adverbial (à direita, à esquerda, à frente, à vontade, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de manhã, de súbito, de propósito, de repente...)

Curiosidades importantes!

BASTANTE

Adjetivo = vários, muitosAdvérbio = muito, suficiente

• Roubaram bastantes canetas desta secretaria.

• Revisei bastante. • Tenho bastantes razões para

estudar na Casa do Concurseiro!

TODO, TODA – qualquer

TODO O, TODA A – inteiro

• Todo aluno tem dificuldades nos estudos.

• Todo o clube comemorou a chegada do jogador.

MEIO

Adjetivo = metadeAdvérbio = mais ou menos

• Tomou meia garrafa de champanhe.

• Isso pesa meio quilo. • A porta estava meio aberta. • Ele anda meio triste.

7. Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo ao primeiro, ou seja, o regente e o regido.

Regência verbal: Assisti ao vídeo do curso.

Regência nominal: Estou alheio a tudo isso.

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Zambeli, quais são as preposições?

a – ante – até – após – com – contra – de – desde – em – entre – para – per – perante – por – sem – sob – sobre – trás.

8. Conjunções – ligam orações ou, eventualmente, termos. São divididas em:

• Coordenadas – aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas.

• Subordinadas – concessivas, conformativas, causais, consecutivas, comparativas, condicio-nais, temporais, finais, proporcionais.

Que - pronome relativo X conjunção integrante

9. Numeral – indicam quantidade ou posição – um, dois, vinte, primeiro, terceiro.

10. Interjeição – expressam um sentimento, uma emoção...

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FONÉTICA

Letra – representação gráfica

Fonema – som

Os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes.

1) Comparações entre fonemas e letras

a) número de fonemas = número de letras.

• Pipoca, cavalo, sala

b) número de fonemas ≥ número de letras.

• Sexo, tóxico

c) número de fonemas ≤ número de letras.

• Queijo, guitarra, hipopótamo

d) A mesma letra pode representar mais de um fonema. • o fonema sê: texto • o fonema zê: exibir • o fonema chê: enxame • o grupo de sons ks: táxi

e) O mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra.

• zebra • casamento • exílio

2) DÍGRAFOS ocorrem quando duas letras são utilizadas para representar um único fonema. Existem dois tipos de dígrafos na Língua Portuguesa:

a) Dígrafos consonantais – Ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, gu, qu

• machismo, palhaço, sonho, arriscado, assassino, descer, desça, excelência, guerra, querida

b) Dígrafos vocálicos – am, an, em, en, im, in, om, on, um, um

• ampola, antítese, empada, limpeza, tinta, ombreira, umbigo, fundo

Palavra Letras Fonemas

táxi 4 5

hora 4 3

aquele 6 5

guerra 6 4

canto 5 4

fixo 4 5

manhã 5 4

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Observação importante AM e EM – em final de palavras não são dígrafos

3) ENCONTRO CONSONANTAL ocorre quando duas ou mais consoantes se encontram em uma palavra sem perder fonema.

• Psicólogo, atleta, encontrar, aspecto, advogado

4) DITONGO

a) Ditongo Crescente: quando a semivogal (SV) surge antes da vogal (V) na mesma sílaba, ou seja, quando a segunda vogal é a mais forte.

• Aquário (a-quá-rio) • Série (sé-rie)

b) Ditongo Decrescente: quando a vogal surge antes da semivogal na mesma sílaba, ou seja, quando a primeira vogal é a mais forte.

• Deixa (dei-xa) • Céu

c) Ditongo Oral: quando há o encontro de duas vogais orais na mesma sílaba. Os sons das vogais orais são pronunciados exclusivamente pela boca (a, é, ê, i, ó, ô, u).

• dois • mineiros (mi-nei-ros)

d) Ditongo Nasal: quando, na mesma sílaba, há uma junção de duas vogais nasais ou de uma vogal nasal e uma oral.

• balão (ba-lão) • mãe

5) HIATO é o encontro de dois sons vocálicos cujas vogais são separadas na divisão de sílabas.

• Hiato, país, dia

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ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Acento Tônico X Acento GráficoO acento tônico está relacionado com a intensidade dos fonemas, e o acento gráfico, como o agudo e o circunflexo, marca a sílaba tônica.

Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tônica

1) Proparoxítonas  física

2) Paroxítonas  Cadeira

3) Oxítonas  abacaxi

Classificação das palavras quanto ao número de sílabas

1) Monossílabos  pó, sal, céu, pneu

2) Dissílabos  ga-to, lu-a

3) Trissílabos  ce-lu-lar, re-ló-gio

4) Polissílabos  in-te-li-gên-cia, ge-la-dei-ra

Regras de acentuação

1) Monossílabos tônicos terminados em a(s), e(s), o(s), éi(s), éu(s), ói(s)

• chá, fé, pós, céu, dói

2) Oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), éi(s), éu(s), ói(s), em, ens

• português, pastéis, anzóis, ninguém, parabéns, guardá-la, compô-la

3) Paroxítonas terminadas em l, n, r, x, ps, i(s), u(s), ã(s), ão(s), um(uns), ditongo crescente

• lavável, hífen, tórax, bíceps, ímãs, sótão, álbum, vácuo, insônia, dilúvio

4) Proparoxítonas são todas acentuadas

• trânsito, música, líquido, lâmpada

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5) Hiatos são acentuados "i" e "u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos na sílaba ou acompanhados apenas de "s", desde que não sejam seguidos por "-nh".

• Egoísmo, sanduíche. Gaúcho, raízes

6) Verbos ter e vir a terceira pessoa do plural destes verbos será acentuada.

Singular Plural

Ele tem, ele vemEles mantém, intervém

Eles têm, eles vêm Eles mantêm, intervêm

7) Acentos diferenciais serão obrigatórios nas palavras pôr (verbo) e pôde (passado do verbo poder).

8) Trema Não se usa mais em palavras da língua portuguesa. Ele apenas permanecerá em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira, como Bündchen, Müller.

9) Palavras com as repetições oo, ee não são acentuadas.

• Voo, veem, perdoo.

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ORTOGRAFIA

Uso dos Porquês

1) Por que

• Utiliza-se para introduzir perguntas;

• Utiliza-se quando se troca por “motivo” “razão”;

• Utiliza-se quando se troca por “pelo qual”

• “Cê quer saber? Então, vou te falar!    Por que as pessoas sadias adoecem?    Bem alimentadas, ou não...    Por que perecem?    Tudo está guardado na mente!” (Criolo)

• Ainda não se sabe por que houve o rompimento das barragens de rejeito de minério em Mariana.

• A tragédia por que passam as pessoas dessa cidade é triste.

2) Por quê

• utiliza-se no fim da frase.

• “Já não me preocupo se eu não sei por quê.

• Às vezes, o que eu vejo quase ninguém vê.” (Legião Urbana)

3) Porque

• introduz ideia de causa e explicação. Equivale a “pois”, “já que”

• “Eu canto porque o instante existe    e a minha vida está completa.    Não sou alegre nem sou triste:    sou poeta.” (Cecília Meireles)

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4) Porquê

• usa-se como substantivo. Vem acompanhado de um artigo, pronome, numeral.

• Você tem seus porquês para estar aqui!

• Preciso de cinco porquês neste caso!

Veja que legal alguns exemplos do uso dos porquês, em um trecho do texto de Clóvis Sanches “Os porquês do porquinho”:

Aconteceu na Grécia!

Era uma vez um jovem porquinho belo e bom, muito pequenino, cuja vida foi dedicada à procura dos porquês da floresta. Tal porquinho, incansável em sua busca, passava o dia percorrendo matas, cavernas e savanas perguntando aos bichos e aos insetos que encontrava pelo caminho todos os tipos de porquês que lhes viessem à cabeça.

– Por que você tem listras pretas se os cavalos não as têm? – perguntava gentilmente o porquinho às zebras.

– Pernas compridas por quê, se outros pássaros não as têm? – indagava às seriemas, de forma perspicaz.

– Por que isso? Por que aquilo?

Era um festival de porquês, dia após dia, ano após ano, sem que ele encontrasse respostas adequadas aos seus questionamentos de porquinho.

Por exemplo, sempre que se deparava com uma abelha trabalhando arduamente, ele perguntava por quê. E a pergunta era sempre a mesma:

– Saberias, por acaso, por que fazes o mel, oh querida abelhinha?

E a abelha, com seus conhecimentos de abelha, sempre respondia assim ao porquê:

– Fabrico o mel porque tenho que alimentar a colmeia.

Mas a resposta das abelhas não o satisfazia, porque eram os ursos os maiores beneficiados com aquela atividade.

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Sinônimos Antônimos

• Sinônimos Perfeitos: são as palavras que compartilham significados idênticos, por exemplo: léxico e vocabulário; morrer e falecer; após e depois.

• Sinônimos Imperfeitos: são as palavras que compartilham significados semelhantes e não idênticos, por exemplo: feliz e alegre; cidade e município; córrego e riacho.

Adversário e antagonistaAdversidade e problemaAlegria e felicidadeAlfabeto e abecedárioAncião e idosoApresentar e exporBelo e bonitoBrado e gritoBruxa e feiticeiraCalmo e tranquiloCarinho e afetoCarro e automóvelCão e cachorroCasa e lar

Antônimos com radicais diferentes:

• bom e mau;

• bonito e feio;

• alto e baixo.

Antônimos com prefixos de negação:

• feliz e infeliz;

• atento e desatento;

• típico e atípico.

Antônimos com prefixos contraditórios:

• exteriorizar e interiorizar;

• progressão e regressão;

• ascendente e descendente.

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Homônimas Parônimas

Palavras homônimas ou homônimos são palavras que são pronunciadas da mesma forma, mas têm significados diferentes.

Parônimos ou palavras parônimas são palavras que são escritas de forma parecida e são pronunciadas de forma parecida, mas que apresentam significados diferentes.

Leve • Essa apostila é leve. • “Leve com você só o que foi bom!”

Morro • Algumas pessoas moram no morro. • Eu morro de medo de concurso.

Rio • Este rio está poluído? • Eu rio de suas bobagens

São • O aluno se encontra são e feliz! • Que horas são?

Verão • Odeio o verão! • Eles verão esta aula no EAD?

Outros casos importantes

Sessão/seção/cessão • Hoje vou ver o filme da sessão da tarde! • Onde fica minha seção eleitoral? • A família permitiu a cessão de seus

órgãos para transplantes

Trás/traz • Não se detenha olhando para trás. • ele traz o material para a aula!

Fluvial/pluvial • Demasiada essa precipitação na floresta

pluvial. (chuva) • Existem no Brasil diariamente transpor-

tes fluviais. (rio)

Imergir/emergir • Ele imergiu nos estudos • O corpo emergiu depois de 2 dias.

Imigrar/emigrar • Muitos imigrantes chegam até hoje no

Brasil. • Queria emigrar deste país logo!

Iminente/eminente • Cuidado! Risco de perigo iminente. • Realmente ele é um palestrante eminente

Infligir/infringir • O juiz infligirá uma multa no advogado. • Ele infringiu as leis de conduta.

Retificar/ratificar • É preciso retificar este gabarito. • É preciso ratificar este gabarito.

Ao encontro de/ DE encontro a • Minhas ideias vão ao encontro das suas. • Minhas ideias vão de encontro às suas.

A princípio/ Em princípio • Acabo a matéria em princípio hoje. • A princípio vamos nos reunir.

Denotação e Conotação

A Denotação é a palavra utilizada em seu sentido literal, original, real, objetivo; enquanto a Conotação é o uso figurado, subjetivo ou expressivo da palavra e depende do contexto em que é empregado.

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Inferência

Na leitura de um texto, o resultado da compreensão depende da qualidade das inferências geradas. Os textos possuem informações explícitas e implícitas; existem sempre lacunas a serem preenchidas. O leitor infere ao associar as informações explícitas aos seus conhecimentos prévios e, a partir daí, gera sentido para o que está, de algum modo, informado pelo texto ou através dele. A informação fornecida direta ou indiretamente é uma pista que ativa uma operação de construção de sentido. Portanto, ao contrário do que muitos acreditam, a inferência não está no texto, mas na leitura, e vai sendo construída à medida que leitores vão interagindo com a escrita.

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FORMAÇÃO DE PALAVRAS

No português, os principais processos para formar palavras novas são dois: derivação e composição.

O radical é o morfema que contém o significado básico da palavra e a ele podem ser acrescidos outros elementos mórficos, como as desinências e os afixos; é o que acontece na série casa, casebre, casarão,caseiro. Por terem o mesmo radical e uma significação comum, dizemos que pertencem a uma família de palavras. As palavras que compõem uma mesma família são chamadas de cognatas. Note estes exemplos: régua, regra, regular, irregular; corpo, corpinho, corpanzil, corpúsculo, corporal, incorporação, corpanzil; fugir, fuga, refúgio.

Derivação

É a formação de palavras a partir da anexação de afixos à palavra primitiva.

Derivação Prefixal

Faz-se pela anexação de prefixo à palavra primitiva.

• desfazer, refazer, inútil, antebraço

Derivação Sufixal

Faz-se pela anexação de sufixo à palavra primitiva.

• alegremente, carinhoso, solar, felicidade

Derivação Prefixal e Sufixal

Na derivação prefixal e sufixal haverá a possibilidade de se retirar sufixo, prefixo, ou seja retirar os afixos, seja uma após o outro ou os dois simultaneamente e ainda assim haverá existência de um termo com significação e sentido próprio.

• Injustiça, infelicidade, deslealdade

Derivação Parassintética

Na derivação parassintética (prarassíntese) não poderá haver retirada dos afixo seja simultaneamente ou isoladamente sem que haja perda de sentido ou significação do termo remanescente.

• esquentar, entristecer, engaiolar, desgelar

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Derivação Regressiva

Faz-se pela redução da palavra primitiva.

• Chorar – choro

• Trabalhar – trabalho

• Beijar – beijo

• Debater – debate

Derivação Imprópria

Forma-se quando uma palavra muda de classe gramatical sem que a forma da primitiva seja alterada.

• O infeliz faltou à aula hoje.

• Não aceito um não como resposta neste caso!

Composição

O processo de composição forma palavras através da junção de dois ou mais radicais.

Composição por Aglutinação

Ocorre quando um dos radicais, ao se unirem, sofre alterações fonéticas.

• planalto (plano + alto), embora (em + boa + hora).

Composição por Justaposição

Ocorre quando os radicais, ao se unirem, não sofrem alterações fonética.

• pé-de-galinha, passatempo, cachorro-quente, girassol.

Outros processos

Abreviação: Na abreviação é apenas utilizada parte da palavra, em vez de ser utilizada a palavra na sua totalidade. Essa parte de palavra passa a existir como uma palavra autônoma.

• foto (de fotografia)

• pneu (de pneumático)

• ceva (cerveja)

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Sigla

• ONU (Organização das Nações Unidas)

• PUC (Pontifícia Universidade Católica)

• AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)

Hibridismo: é a palavra formada com elementos oriundos de línguas diferentes.

• automóvel (auto: grego; móvel: latim)

• sociologia (socio: latim; logia: grego)

• sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)

Neologismo corresponde à formação de novos termos ou expressões da língua.

• Internetês,

Neologismo

Beijo pouco, falo menos ainda.Mas invento palavras

Que traduzem a ternura mais fundaE mais cotidiana.

Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.Intransitivo:

Teadoro, Teodora.

Onomatopeia

Palavra construída com a finalidade de imitar um som.

• blablabla

• tique-taque

• atchim

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aulas 2 e 3

ANÁLISE SINTÁTICA

Frase: É o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação.

Na frase é facultativo o uso do verbo.

Oração: É o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.

Período: É a oração composta por um ou mais verbos.

Sujeito

O sujeito é alguém ou alguma coisa sobre a qual é dada uma informação. O núcleo do sujeito é a palavra que tem mais importância, é o principal termo contido no sujeito.

Como eu acho o sujeito de uma frase, Zambeli?

Determinado quando é identificado na oração ou Indeterminado quando não é possível identificá-lo, por exemplo, se o verbo não se refere a alguém determinado na oração.

Os sujeitos determinados, por sua vez, se dividem em:

Simples quando tiver apenas um núcleo. ou

Composto quando tiver dois ou mais núcleos.

Nem sempre o sujeito está expresso na oração.

Quando isso acontece, estamos diante do sujeito oculto, elíptico ou desinencial.

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TIPOS DE SUJEITOS

1) Sujeito simples – é o sujeito determinado que possui um único núcleo, um único vocábulo diretamente ligado com o verbo.

• “A vida vai ficando cada vez mais dura perto do topo.” (Nietzsche)

• “Não existe amor em SP.” (Criolo)

• “Buquês são flores mortas num lindo arranjo.” (Criolo)

• “Já não sinto mais saudade de nada na alma” (Vanguart)

2) Sujeito composto – é o sujeito determinado que possui mais de um núcleo, isto é, mais de um vocábulo diretamente relacionado com o verbo.

• “A objeção, o desvio, a desconfiança alegre, a vontade de troçar são sinais de saúde: tudo o

que é absoluto pertence à patologia.” (Nietzsche)

• “O homem e a vaidade movem o mundo.” (Foucault)

3) Sujeito indeterminado – quando não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o predicado da oração se refere. Observe que há uma referência imprecisa ao sujeito; caso contrário, teríamos uma oração sem sujeito.

A língua portuguesa apresenta duas maneiras de identificar o sujeito:

a) Com o verbo na 3ª pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido identificado anteriormente.

• “Dizem que o sol brilha para todos, mas para algumas pessoas no mundo ele nunca brilha.” (Bob Marley)

• “Me disseram que, para quem sonha, alto o tombo é grande. Só que se esqueceram de me

perguntar se eu tenho medo de cair.” (Bob Marley)

b) com o verbo na 3ª p do singular, acrescido do pronome se. Essa construção é típica dos verbos que não apresentam complemento direto:

• Não se luta apenas pelos vinte centavos.

• Morre-se lentamente dessa maneira.

• Era-se menos preocupado naqueles tempos.

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4) Orações sem sujeito – são formadas apenas pelo predicado, articulam-se a partir de um verbo impessoal.

a) Verbos que indicam fenômeno da natureza

• Nevou na serra neste ano.

• Está amanhecendo.

Obs.: quando empregados em sentido conotativo, haverá sujeito.

• As janelas amanheceram cobertas pela neve.

b) Verbo haver – no sentido de existir ou ocorrer

• “Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.” (Nietzsche)

• “Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura.” (Nietzsche)

• “Há coisas que melhor se dizem calando.” (Machado Assis)

• Está havendo ótimos avanços nesta turma.

c) Verbo Fazer – indicando temperatura, fenômeno da natureza, tempo.

• Amanhã fará trinta dias que me inscrevi na Casa do Concurseiro.

• Está fazendo 6ºC ali fora!

• Faz noites quentes nesta época.

d) Verbo ser – indicando hora, data, distância

• Agora são 10h15min.

• Hoje são 6 de setembro.

• São 100km até a praia.

5) Sujeito Oracional

• “Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta.” (Carl Jung)

• Era indispensável que eu voltasse cedo.

• Vê-se que você não entendeu nada!

• Seria interessante que todos se envolvessem com a aula.

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TRANSITIVIDADE VERBAL

1) Verbo Intransitivo (VI)

É aquele que traz em si a ideia completa da ação, sem necessitar, portanto, de um outro termo para completar o seu sentido. Sua ação não transita.

• "Os opostos se distraem.

  Os dispostos se atraem." (Teatro Mágico)

• “Voe por todo mar e volte aqui para o meu peito” (Jota Quest)

• “Coube tudo na malinha de mão do meu coração” (Liniker)

2) Verbo Transitivo Direto (VTD)

Não possuem sentido completo, logo precisam se um complemento(objeto). Esses complementos (sem preposição) são chamados de objetos diretos.

• “Se todos dermos as mãos, quem sacará as armas?” (Bob Marley)

• “Eu vejo, na televisão, a tropa invadindo o complexo do alemão.

  Eu leio, nos jornais, novas notícias de guerras mortais.

  Eu vejo muita corrupção, enquanto irmão mata irmão.

  O bonde dos amigos invadindo o bonde dos irmãos.” (Ponto de Equilíbrio)

• “Se um dia alguém te deixou com o coração ferido, secando ao Sol,

  Talvez não tenha entendido, não deu o valor.

  Mas eu sei que o mundo gira, que as coisas vem e também podem voltar,

  Que o fogo esquenta, mas também pode queimar.” (Chimarruts)

3) Verbo Transitivo Indireto (VTI)

O complemento vem ligado ao verbo indiretamente, com preposição obrigatória.

• “Nesse grande futuro, não podemos nos esquecer do nosso passado.” (Bob Marley)

• Você pode confiar em mim, você não vai se arrepender disso!

• “Entre o chão e os ares, vou sonhando com outros ares.” (Marcelo Camelo)

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4) Verbo Transitivo Direto e Indireto (VTDI)

A ação contida no verbo transita para o complemento direta e indiretamente, ao mesmo tempo.

• As decisões arbitrárias do Congresso não lhe indicaram boas notícias.

• “A Mônica explicava ao Eduardo coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar.” (Legião)

5) Verbo de Ligação (VL)

É aquele que, expressando estado, liga características ao sujeito. Os principais verbos de ligação são:

• SER = A Apostila é nova. • ESTAR = Tati está feliz. • PARECER = André parece cansado. • PERMANECER = Ravazolo permanece aflito. • FICAR = Dudan ficou triste. • CONTINUAR = Sérgio continua feliz. • ANDAR = Cláudia anda nervosa.        

Detalhe zambeliano! André anda depressa.

André anda cansado.

Tati continua doente.

Tati continua o trabalho!

• “Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal.” (Oscar Wilde)

• “A violência é tão fascinante, e nossas vidas são tão normais.” (Legião)

ADJUNTO ADVERBIAL

É o termo da oração que indica uma circunstância(dando ideia de tempo, instrumento, lugar, causa, dúvida, modo, intensidade, finalidade, ...). O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo, de um advérbio.

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Advérbio X Adjunto Adverbial

• H o j e e u q u e ro ve r e sta a u l a n o m e u s o fá co n fo r tave l m e nte .

APOSTO X VOCATIVO

Aposto é um termo acessório da oração que se liga a um substantivo, tal como o adjunto adnominal, mas que, no entanto sempre aparecerá com a função de explicá-lo, aparecendo de forma isolada por pontuação.

Vocativo é o único termo isolado dentro da oração, pois não se liga ao verbo nem ao nome. Não faz parte do sujeito nem do predicado. A função do vocativo é chamar o receptor a que se está dirigindo. É marcado por sinal de pontuação.

• “Segura teu filho no colo.

  Sorria e abraça os teus pais enquanto estão aqui

  Que a vida é trem-bala, parceiro,

  E a gente é só passageiro prestes a partir.” (trem-bala)

• “A morte, angústia de quem vive, ocorre ao acaso.”

Adjunto Adnominal

É o termo que caracteriza e/ou define um substantivo. As classes de palavras que podem desempenhar a função de adjunto adnominal são adjetivos, artigos, pronomes, numerais, locuções adjetivas. Portanto se trata de um termo de valor adjetivo que modificara o nome ao qual se refere.

• Aquele restaurante de luxo serve, durante as refeições, dois pratos lindíssimos.

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DESTAQUE PARA CONCORDÂNCIA VERBAL

Regra geral – O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.

• “Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro.” (Freud)

Regra Destaque

1) SE

a) Pronome apassivador – o verbo (VTD ou VTDI) concordará com o sujeito passivo.

• Viram-se todos os jogos neste final de semana.

• Alugam-se apartamentos usados.

• Exigem-se referências dos candidatos.

• Consertam-se, desde 2010, nesta sala da paróquia, os pianos da missa.

• Entregou-se uma flor à mulher..

b) Índice de indeterminação do sujeito – o verbo (VL, VI ou VTI) não terá sujeito claro! Terá um sujeito indeterminado.

• Não se confia nos resultados sem provas.

• Necessitou-se de funcionárias neste evento.

• Assistiu-se a todos os jogos neste final de semana.

2) Expressões partitivas ou fracionárias – verbo no singular ou no plural

• A maioria dos candidatos apoia/ apoiam a ciclovia na cidade.

• Um terço dos políticos rejeitou/ rejeitaram essa ideia.

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PRONOMES RELATIVOS X REGÊNCIA VERBAL

A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou as circunstâncias (adjuntos adverbiais).

Pronome relativo

1. QUE:

Retoma pessoas ou coisas.

• Meus colegas, que nos ensinam ótimas matérias, são grandes professores! • O material de que necessito será publicado só amanhã. • O colega em que confio é o Dudan.

2. CUJO:

Indica uma ideia de posse. Concorda sempre com o ser possuído.

• O centro da cidade, cuja especulação imobiliária é excessiva, oferece muito conforto.

• A minha tia com cuja crítica concordo estava me orientando. • A namorada a cujos pedidos obedeço sempre me abraça forte.

3. ONDE:

Só retoma lugar. Sinônimo de EM QUE

• A cidade aonde iremos é referência no combate à violência. • A situação em que me encontro é realmente grave.

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CRASE

Ocorre Crase

Eles foram à praia no fim de semana (A prep. + A artigo)

A aluna à qual me refiro é estudiosa (A prep. + A do pronome relativo A Qual)

A minha blusa é semelhante à de Maria (A prep. + A pronome demonstrativo)

Ele fez referência àquele aluno (A prep. + A pronome demonstrativo Aquele).

1. Substitua a palavra feminina por outra masculina correlata; em surgindo a combinação AO, haverá crase.

• Eles foram à praia = AO mar

2. Substitua os demonstrativos Aqueles(s), Aquela(s), Aquilo por A este(s), A esta(s), A isto; mantendo-se a lógica, haverá crase.

• Ele fez referência àquele aluno = A este aluno.

3. Nas locuções prepositivas, conjuntivas e adverbiais.

• à frente de; à espera de; à procura de; à noite; à tarde; à esquerda; à direita; às vezes; às pressas; à medida que; à proporção que; à toa; à vontade, etc.

4. Na indicação de horas determinadas: deve-se substituir a hora pela expressão “meio-dia”; se aparecer AO antes de “meio-dia”, devemos colocar o acento, indicativo de crase no A.

• Ele saiu às duas horas e vinte minutos. (ao meio dia)    Ele está aqui desde as duas horas. (o meio-dia).

5. Antes de nome próprio de lugares, deve-se colocar o verbo VOLTAR; se dissermos VOLTO DA, haverá acento indicativo de crase; se dissermos VOLTO DE, não ocorrerá o acento.

• Vou à Bahia. (volto da). Vou a São Paulo (volto de).

Obs.: se o nome do lugar estiver acompanhado de uma característica (adjunto adnominal), o acento será obrigatório.

• Vou a Portugal. Vou à Portugal das grandes navegações.

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Crase Opcional

1. Antes de nomes próprios femininos.

• Entreguei o presente a Ana (ou à Ana).

2. Antes de pronomes possessivos femininos adjetivos no singular.

• Fiz alusão a minha amiga (ou à minha amiga). Mas não fiz à sua.

3. Depois da preposição ATÉ.

• Fui até a escola. (ou até à escola).

Não ocorre crase

Crase Proibida

1. Diante de nomes masculinos.

• Ando sempre a pé. • Não sabemos andar a cavalo.

2. Diante do artigo indefinido UMA.

• Levei o carro a uma oficina.

3. Diante de verbos

• A mocinha pôs-se a chorar.

4. Quando tiver o A (singular) antes de palavra no plural.

• Não assistimos a cenas violentas.

5. Antes de alguns pronomes

• Ninguém respondeu a esta questão. • Fiz um convite a Vossa Senhoria. • Escrevi um poema a ela. • Ela nunca escreveu a mim! • A certa altura todos falaram sobre o problema. • Não faço menção a nenhuma pessoa!

6. Entre palavras repetidas: face a face, cara a cara, lado a lado, frente a frente, gota a gota, etc..

• No altar eles ficaram lado a lado. • O médico recomendo-me tomar o remédio gota a gota.

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7. Depois de preposição

• Ontem compareci perante a banca examinadora.

8. Antes da palavra casa, significando lar, residência, domicílio (próprio), terra, tomada em sentido indeterminado e distância também tomada em sentido indeterminado.

• Vou a casa buscar meus livros. • Os marinheiros voltaram a terra. • Vimos um carro a distância.