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    Polimento de Lminas Japonesas

    Entendendo um a apu rada tcn ica m ilenar___________________________________________________Larcio

    Gazinhato, com asupervisotcnica de Laerte Ottaiano

    NOTAS IMPORTANTES: 1) Laerte Ottaiano atua p rof iss io nalmente comopol id or e restaurador d e lminas japo nesas desde 1975 e foi autor d o

    excelente l ivro " Nippon -T: A Espada Japo nesa". N O DEIXE DE LER OBOX FINAL DESTE ARTIGO, " A Form ao de Um Tog ish i" , de sua au toria;2) a traduo d e alg un s d os trm osjaponesesusados neste art igo N O li teral , mas s im INTERPRETATIVA, de acordo c om o q ue o autor ju lgouser a melho r forma d e defini r e/ou exp licar um determ inado u so , ao,

    tcn ic a ou carac te rsti ca.

    Algumas das questes tcnicas que muito atraem a ateno de

    apreciadores de Cutelaria Fina, especialmente nos recentes fruns virtuais darea, so aquelas relativas ao polimento de lminas japonesas clssicas.Este artigo no pretende (e nem poderia!) ser umtratadosobre to vasto etcnico assunto. Seu objetivo apenas e to somente fazer com que maispessoas entendam, pelo menos, os rudimentos desse tipo depolimento, extremamente diferentes dos procedimentos usados para omesmo fim em lminas ocidentais.

    http://www.knifeco.ppg.br/polimento.htmhttp://www.knifeco.ppg.br/polimento.htmhttp://www.knifeco.ppg.br/polimento.htmhttp://www.knifeco.ppg.br/polimento.htmhttp://www.knifeco.ppg.br/polimento.htmhttp://www.knifeco.ppg.br/polimento.htmhttp://www.knifeco.ppg.br/polimento.htmhttp://www.knifeco.ppg.br/polimento.htmhttp://www.knifeco.ppg.br/polimento.htmhttp://www.knifeco.ppg.br/polimento.htmhttp://www.knifeco.ppg.br/polimento.htmhttp://www.knifeco.ppg.br/polimento.htmhttp://www.knifeco.ppg.br/polimento.htmhttp://www.knifeco.ppg.br/polimento.htmhttp://www.knifeco.ppg.br/polimento.htm
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    oficialmente junto a "daimios" e "shoguns". No comeo do sculo 18, a famliaHonami (estabelecida como polidores de lminas desde o final do sculo 16)foi incumbida de preparar um dos mais importantes catlogos antigos delminas japonesas, o famoso "Kyoho Mei Butsu Sho", que comenta com nfasedetalhes das texturas do ao e do "hamon" de algumas das mais clebres

    espadas japonesas.Apenas no Japo existem escolas para a formao de "togishis", cujo cursocompleto pode demorar at 10 (dez) anos (veja box ao final deste artigo),dependendo da metodologia da instituio. A principal escola a da NBTHK(Associao Para a Proteo das Espadas de Arte do Japo), apoiada peloMinistrio da Cultura daquele pas. Existem outras escolas com patrocniosprovinciais e ainda h escolas dirigidas por mestres polidores privados queesto autorizadas a formar profissionais.Em nosso pas, devemos aos saudosos mestres Yoshisuke Oura e Kunio Oda,

    "espadeiros" de origem japonesa que aqui atuaram (veja art igos s obre eles),os primeiros ensinamentos na arte de polir lminas. Laerte Ottaiano,seguramente a maior autoridade da Amrica do Sul em lminas japonesas, foialuno do "sensei" Oura por 3 (trs) anos (1972-75) e concluiu no Japo seuaprendizado, tendo estagiado com o "togishi" Kajihara, hoje considerado o 2melhor polidor de lminas japonesas do mundo. Durante todos estes anos,Laerte dividiu com seus alunos e colecionadores grande parte dosconhecimentos e tcnicas que adquiriu. A ele quero mais uma vez e depblico externar meu agradecimento por toda a colaborao que me prestouna elaborao deste artigo, e ainda me presta.

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    Em 1995, Laerte Ottaiano re-poliu a l min a deste "k atan" e restaurou sua rara bainharecoberta de " sam" , onde inclu sive faltavam p equeno s pedaos . As foto s de antes e

    dep oi s d a rest aur ao no d eixam dvidas quan to alta q ua lid ade do t rab alhoexecutado.

    por toda a grande carga de trabalho puramente artesanal, pacincia,

    dedicao e conhecimento de tcnicas antigas e complexas que o adequadopolimento de uma lmina japonesa exige muito tempo e caro. Apenas paraque se tenha uma idia: somente o retoque profissional (ou meio-polimento, como tambm pode ser chamado) de uma lmina japonesa antigaainda em razovel estado de conservao, sem "pits" profundos de ferrugem esem "dentes" no fio, exige algo como 80 (oitenta) horas de trabalho de mosexperientes e custa, em mdia, US$ 600.00; o preo do polimentocompleto para uma lmina de "katan" nas mesmas condies situa-se entreUS$ 1,200.00 e US$ 3,000.00, dependendo do que deve (e se poder!) serconsertado.DIFERENASNormalmente, a grande maioria das lminas produzidas no mundo ocidentalrecebe tratamento trmico (tmpera + revenimento) no total de suasuperfcie. Classicamente, em lminas japonesas apenas uma parte (a do fio)recebe esse tratamento, uma vez que o restante da superfcie coberto poruma mistura de argila, cinza e outros ingredientes, sendo isolada do calor e dochoque trmico ocasionados pela tmpera. Essa diferena , em princpio, ofator bsico pelo qual a textura, outras nuances do ao e o padro ou linha detmpera ("hamon") surgiro e sero reveladas em lminas japonesas aps o

    adequado polimento, cujas indicaes viro a seguir. Para conhecer maissobre o ao das espadas japonesas originais, veja tambm o artigo"Desmitificando o Ao dos 'Katans' Antigos".Desde o uso da gua de rios como fonte de energia, a maioria dosmtodos ocidentais de polimento de lminas se fez com o auxiliode mquinas politrizes de mdia e alta velocidades e o uso de compostosabrasivos de grande dureza, como p de pedras desbastadoras ( o antigo "pde esmeril"), xido de alumnio, "carbides" de silcio, etc. Micro-estruturalmente,estes elementos apresentam cantos extremamente pontiagudos e/ou cortantes.A alta velocidade das politrizes gera calor e isto combinado com a intensa ao

    abrasiva dos compostos ocasiona um efeito de "queimao" da superfcie,"fechando", ou se preferirem, compactando, a granulao do ao nessa reae propiciando brilho intenso.Assim, uma lmina japonesa NUNCA dever ser polida com lixadeiras,politrizes ou mquinas de qualquer tipo, de vez que esta ao iralterarIRREMEDIAVELMENTE: a)sua forma, pois no se tem completocontrole de uma mquina dessas em alta velocidade; e b) a superfcie, quepoder ser to desgastada a ponto de se perdera visualizao da estrutura de"pele" e de outras estruturas cristalinas do ao. Uma politriz, mesmo usandosomente uma roda de pano, apenas trar sobre toda a superfcie da lminajaponesa um brilho incmodo e igual,consequentemente escondendo textura e contraste de efeitos/cores.

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    Ao contrrio disso, o mtodo japons de polimento de lminas sefaz manualmente (ento com baixissima velocidade) e com o uso dePEDRAS NATURAIS, relativamente macias se comparadas aos abrasivosocidentais. Assim, a tendncia do mtodo japons a de retiraro mnimopossvel de metal da superfcie, eliminando somente a camada

    oxidada/enferrujada e deixando mostra a estrutura do forjamento e, comclareza, a rea temperada. Isto ocorre porque o polimento com pedras naturaispropicia uma superfcie com a estrutura cristalina do ao mais "aberta",que onde as nuances do forjamento e da tmpera aparecem. Isto, esta"abertura" da superfcie, se deve tambm ao fato de que a granulao daspedras naturais japonesas para polimento , em termos micro-estruturais e namaioria dos casos, arredondada e chata, ao contrrio daquela dos compostosabrasivos ocidentais (com cantos pontiagudos e/ou cortantes).Em seu final, o polimento de uma lmina japonesa dever trazer, quando bemexecutado, 3 (TRES) EFEITOS: ESPELHADA no dorso e na rea acima da

    "shinogui" (ou linha medial da lmina, quando ela a tiver); ESCURECIDO narea de "pele" no temperada e ESBRANQUIADO/CLARO na rea datmpera, destacando assim seu desenho. As reas com efeito escurecido eesbranquiado/claro tero textura acetinada e a espelhada ser, bvio,brilhante.Pedras naturais para o polimento de lminas so habitualmente vendidas noJapo, na forma de "kits" ou isoladamente, e no so baratas (* veja final doartigo). Em seuestgio final (conforme veremos), o polimento japonstambm usa ps finissimos, aplicados manualmente sobre a lmina: amarelona superfcie ("jizuya") e azul na rea de tmpera ("hazuya").O ao de uma boa lmina japonesa deve revelar atravs de polimentoadequado os elementos que derivam especificamente do mtodo de forja dequalquer escola, que so vistos e analisados na seguinte ordem (PARA

    MELHOR

    COMPREENSO, ACOMPANHE NO DESENHO ESQUEMTICO):

    "hada",texturaou micro-granulao da superfcie, resultado das

    dobraduras usadas em tcnicas de forjamento, tambm conhecida como"pele" do ao;

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    Esta macro foto grafia, mo stra - acima do " hamo n" - a "h ada", ou textura do ao, numalmin a japo nesa.

    "hamon",pa

    dro ou linha de tmpera, sendo que cada tipo de tmpera pode contervrios elementos de decorao, tais como "nervos de ouro" ("kinsuji"),"raios" ("inazuma"), "fio pousado" ("utchinok"), "pernas" ("ashi"), etc.

    Macro fo tografia d e " hamo n" , ond e po ssvel p erceber, pelo meno s parcialment e, o"n ii" e o " nie". Note que o acabamento desse "h amon" do t ipo " sashikomi" , prefer ido

    pelo autor por ser m ais natural. "nii" e "nie", ambos sendo trmos tcnicos referentes a formaes

    cristalizadas na rea temperada. Nii" , que numa traduo vulgar querdizer "cheiro", define a formao estrutural da rea temperada como seela fosse formada de micro-pontos, uns ligados aos outros, mostrandouma estrutura compacta, que poderia ser visualmente comparada auma camada de fino vaporsobre um espelho. resultante detemperatura muito alta no momento da execuo da tmpera; noOcidente, este tipo de estrutura conhecido comomartensita. "Nie",que literalmente significa "em desenho", refere-se a uma estruturacomposta de pontos maiores, destacados uns dos outros, bem

    brilhantes e discernveis a olho n, que delineiam a linha temperada epodem muitas vezes projetarem-se sobre a superfcie no temperadacomo enfeite. Nas lminas japonesas esse enfeite, bem como a "hada", voluntrio, seguindo o desejo do forjador. No Ocidente, esse tipo deestrutura conhecido como perlita. Podem existir o "nie" grosso ("ara-nie"), o pequeno ("k-nie") e o de superfcie ("ji-nie").

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    importante notar que: "ashi" so finas e pequenas linhas de ao macio, em ngulo reto ou

    levemente inclinado em relao linha do fio (principalmente em tiposde "hamon" que tenham pontas) as quais, alm de uma forma dedecorao, tm a funo de interromper o prosseguimento de eventuaisfraturas ("dentes") nessa rea de maior dureza aps a tmpera.

    "nii", "nie" e "ashi" apenas so visveis sob observao prxima e emcondies ideais de luminosidade. No desenho esquemtico suarepresentao apenas simblica.

    Dessa forma, fica fcil entendermos porque o adequado polimento de umalmina japonesa , alm de tcnico, algo tambm artstico e que exigeextremo conhecimento, percia, habilidade e ateno do artista polidorparadestacar cada um desses elementos.PROCEDIMENTOS & ESTILOSClassicamente, a tcnica de polimento de lminas japonesas pode, paraefeitos apenas de informao, ser dividida em estgios. Estes so osprocedimentos em cada estgio e deve serespecialmente notado que,dependendo do estgio, a lmina dever ser passada EM DIFERENTESSENTIDOS (* veja final do artigo) SOBRE AS PEDRAS, estas sempreUMEDECIDAS COM GUA:

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    ESTGIO A -"shitaji" ou"aratogui" (superfciebaixa ou superfcie debase; polimento

    grosso), com o uso depedras grossas (granasa partir de cerca de 80,mas sendo o maiscomum a partir de 180)e cujo objetivo remover a camadasuperior deoxidao/ferrugem atobter toda umasuperfcie homognea

    branca. As partes mais importantes do trabalho de "shitaji" so: 1) amanuteno clara, bem evidente, da "shinogui"(linha medial), e 2) aobteno de superfcies bem uniformes, lisas, no(s) plano(s) que almina apresentar em cada face. So usadas 3 a 4 pedras, que podemser sintticas, e importante notar que neste estgio e nos doisseguinte a lmina passada SOBRE as diversas pedras;

    Pedras japon esas para o incio do polim ento d e um a lmin a. ESTGIO B - "tchutogi",

    ou polimento mdio, que onde - atravs dapassagem de outras 3 a 4pedras de granas menores- se apagam as marcasdeixadas pelas grossas ese comea a mostrar a core a estrutura doao; eventualmente,

    tambm neste estgiopodem ser usadaspedras sintticas;

    ESTGIO C - "shimai" ou"suetogui", com apassagem de 3 pedrasfinas (de granulaes 1.000, 1.500 e 2.500),obrigatoriamente naturais,que apagam as marcas deixadas pelas anteriores e "abrem" asuperfcie, j mostrando a "pele" e o "hamon" distintamente com todosos seus particulares;

    ESTGIO D - "shiague", ou ltima fase, acabamento, feito com

    caquinhos minsculos e chatos de pedras naturais"uchigumori", adequadamente preparados com as superfes bem

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    planas e passados com os dedos sobre toda a superfcie da lmina:amarelospara a rea no temperada ("jizuya") e cinza para.......................... .Pedra"uch igumor i " em bru to paraa rea temperada

    ("hazuya"). ................................................................................... pol imentode acabamento

    O passo seguinte no acabamento o brunimento (espelhamento) dasuperfcie acima da "shinogui" (linhamedial) e do dorso da lmina("mun"), executado cominstrumentos de metal durssimo, os

    quais atravs de sua passagemcom fora compactam o gro doao, tornando essas partesespelhadas. O instrumento bsicopara esse fim chama-se "kanab",ou "mikagi-b", o que pode sertraduzido como "agulha de metal",embora possa ter tambm a formade lmina ou basto, todos mais oumenos com o comprimento de umlpis novo. A ltima fase do

    acabamento destina-se a acentuaro contraste da rea temperada em relaoquela no temperada, escurecendo-se essa ltima superfcie com o que chamado de "nugui" (p de xido de ferro), o qual deve ser esfregado com umpapel especial. A rea temperada destaca-se com o p de pedra branca. Comoesse processo apenas maquiagem, o trmo japons para esseltimo .retoque chamado de "kesh"(=maquiagem)Exemplos de ferramentas para..................brunimentode lmin as japon esas............................Um procedimento moderno, adotado hpoucos anos, o de tambm agregar p depedra branca emtodo o alto perfil da reatemperada, o que resulta um aspecto"artificial" nas lminas japonesas, algo comose uma mulher que j fosse linda por naturezanecessitasse de maquiagem...Ainda assim, considerado um modo vlido de dar destaqueespecial rea temperada. A isso tambm sed o nome de "kesh".Para definir esse constraste entre as reas

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    temperada e no-temperada as escolas de polimento usavam (e seusseguidores ainda hoje utilizam) dois trmos clssicos e sempre vlidos:

    Exemplos de " nugu is"

    1) "sashikomi", tipo mais comum, que era o polimento para as lminas(principalmente espadas) que estavam em uso dirio, e assim se mantiverammesmo depois da lei de proibio de seu uso em pblico, em 1876. Esse tipode acabamento de polimento mostra todas as caractersticas com os trsefeitos;2) "hadori", literalmente, destaque da tmpera, e nesse caso a lmina noestaria mais em uso, o polimento destinando-se somente para a apreciaoespecfica do desenho da tmpera. Essa forma de contraste tem muito a ver

    com o polimento adotado pelas modernas escolas japonesas de manufatura delminas.Grosso modo, pode se afirmar que o acabamento do tipo "sashikomi" revela deforma contrastada todas as texturas, enquanto o "hadori" maisesbranquiado, visualmenteisolando a rea do "hamon" para baixo de todo oresto da lmina. Pessoalmente, julgo o "hadori" como se fosse uma tabuletacolocada na lmina onde estivesse escrito "Veja, eu tenho 'hamon'!", toimposto ele me parece...Mas, isto so coisas de preferncias pessoais ealgumas associaes de estudiosos de lminas japonesas, inclusive no prprioJapo, o recomendam.

    Lmina com "h ador i" , uma forma de contraste que ressal ta muito o " hamon" , conformepode ser observado.

    Por tudo o que foi exposto, embora de forma sinttica, creio que oentendimento destes procedimentos tcnicos ficou mais fcil e mostrou queo verdadeiro polimento de uma lmina japonesa, principalmente se ela forantiga e de boa qualidade, NO trabalho para amadores, nem tampoucopara artesos leigos, mesmo que eles possam ter imensa boa vontade.

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    A .,.F O R M A O...D E... U M... " T O G I SH I "

    _______________________________________________porLaerte Ottaiano

    Para que uma pessoa no Ocidente possa entender como se forma umprofissional polidor no Japo, deve - primeiramente - compreender o

    seu ttulo naquele pas: ARTISTA POLIDOR, mostrando que eledomina a ARTE DE POLIR.

    O candidato a "togishi" no Japo , na maioria das vezes, umestudante de Arte, interessa-se especialmente por espadas e fazestudos em escolas ou instituies especializadas. Aps ter se

    familiarizado com a matria, comea a saber e a definir periodos,escolas e artistas "espadeiros" individualmente. Com isso, aprende

    que cad a espada um cas o, que merecer atenoespecfi caquando tiver que ser polida. Dever ser levado em

    considerao o perodo e escola de sua manufatura, sua estrutura e asdurezas de cada parte, definindo assim quais as pedras mais

    adequadas para cada espada.Para o trabalho de polimento de uma lmina japonesa, o indivduo

    deve desenvolver tcnicas especficas de postura, movimentosritmicos, sensibilidade nas mos, olhar e ouvidos aguados para

    qualquer marca ou risco na superfcie e qualquer som de cristaisindesejados cortando o ao. Domina-se essa tcnica com exercciosdirios de cerca de 6 (seis) horas, sob a orientao de um mestre-

    polidor.Em geral, nos 3 (trs) primeiros anos o aprendiz apenas usar as

    pedras grossas e mdias. Aps esse perodo, e por mais 2 (dois) anos,aprender as tcnicas de acabamento. Terminados os 5 (cinco) anosde aprendizado bsico, o polidor recm-formado dever atuar outros 5(cinco) como assistente, ou estagirio, de um polidor profissional para

    apenas depois poder se estabelecer como polidor independente.Essa prtica requer esforo, dedicao e amor aos objetos tratados.Desenvolve-se uma relao emocional ao se iniciar o polimento de

    uma lmina japonesa e ao terminar goza-se de satisfaoindescritvel: a espada " vo lto u vid a", como que ressuscitada emostrando todo o seu esplendor de maravilhoso Objeto de Arte.

    O contato fsico e a interao do artista com o objeto permitem que sed um gr ande p ass o almno conhecimento e no entendimento daespada. Aqueles que so apenas "experts" e no Artistas Polidores

    no desfrutam desse privilgio.

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    Para a mdia de cada 100 (cem) estudantes formados, apenas algocomo 1 (um) ou 2 (dois) iro se destacar mais tarde como profissionais.

    So vrias as causas disso, mas a principal razo para o sucesso aquela que sempre define um grande artista: TALENTO.

    Notas Finais:1) mais uma vez, agradecimentos especiais ao amigo LaerteOttaiano por toda a sua ajuda e assessoria no desenvolvimento deste artigo;2) tambm agradecimentos especiais aos "togishis" norte-americanos John DeMesa(www.johndpolishingsword.com); David Hofhine(www.swordpolish.com)e Patrick Giacobbe(http://token-togishi.com.index.html) pela cesso dealgumas fotos aqui reproduzidas e pelos conselhos gentilmente prestadosquanto estruturao geral deste artigo.(*) Existe um "site" japons especializado na venda de pedras parapolimento de lminas. H uma verso em ingls e, entre outras coisas,

    explicado o sentido de polimento das diversas pedras. Para conhec-lo,digitewww.namikawa-ltd.co.jp/.

    http://www.johndpolishingsword.com/http://www.johndpolishingsword.com/http://www.johndpolishingsword.com/http://www.swordpolish.com/http://www.swordpolish.com/http://www.swordpolish.com/http://token-togishi.com.index.html/http://token-togishi.com.index.html/http://token-togishi.com.index.html/http://www.namikawa-ltd.co.jp/http://www.namikawa-ltd.co.jp/http://www.namikawa-ltd.co.jp/http://www.namikawa-ltd.co.jp/http://token-togishi.com.index.html/http://www.swordpolish.com/http://www.johndpolishingsword.com/