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    ESTRUTURA E PROPRIEDADES DE

    POLIMROS

    PMT 2100 - Introduo Cinciados Materiais para Engenharia

    8a aula

    autora: Nicole R. Demarquete

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    Roteiro da Aula

    Histrico

    Qumica das molculas polimricas

    Estrutura dos polmeros

    Estrutura da cadeia

    Microestrutura

    Propriedades Trmicas

    Propriedades Mecnicas

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    Histrico

    Desde as civilizaes primitivas h utilizao de polmeros

    naturais (couro, l, madeira, algodo).

    Em 1849, se deu o desenvolvimento do processo de

    vulcanizao da borracha natural por Charles Goodyear.

    Incio do sculo XX, desenvolvimento da celulose

    modificada, poliestireno, baquelite (resina fenlica).

    Em 1920, conceito de macromolculas proposto por

    Staudinger (prmio Nobel de qumica, 1953).

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    Qumica das molculas polimricas

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    Definies

    Molculas dos polmeros: nos polmeros as molculas(macromolculas) so constitudas de muitos segmentos repetidosou unidades chamadas meros.

    Monmero:molcula constituda por um nico mero.

    Polmero:macromolcula constituda por vrios meros.

    Polimerizao:reaes qumicas intermoleculares pelas quais osmonmeros so ligados na forma de meros estrutura molecularda cadeia.

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    Monmero, Mero e Polmero

    Molcula de polietileno6

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    Obteno de materiais polimricos

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    POLIMERIZAO

    Os monmeros reagem entre si formando uma longa sequncia de unidades

    repetitivas (meros). Os mecanismos de polimerizao podem ser classificados

    em: adio e condensao.

    A polimerizao por adio (em cadeia) envolve as seguintes etapas(exemplo de polimerizao do Polietileno):

    1) Iniciao: formao destio reativo a partir de iniciador (R) e monmero:

    R + CH2=CH2 R-CH2CH22) Propagao da reao a partir dos centros reativos:R-CH2CH2 + n CH2=CH2 R-(CH2CH2)nCH2CH2

    3) Terminao da reao:R- (CH2CH2)nCH2CH2 + R R-(CH2CH2)nCH2CH2-R

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    Monmeros e polmeros mais comuns

    Monmero Nomenclatura NomenclaturaPolmero

    Metacrilato de metila

    (2-metil-propenoato demetila

    Estireno

    (vinilbenzeno)

    Etileno

    (eteno)Propileno(propeno)

    Cloreto de vinila(cloroeteno)

    CH2 CH2

    CH2 CH

    CH3

    CHCH2

    CCH2

    CH3

    C

    O

    O

    CH3

    CH2 CH

    Cl

    9

    Polimetacrilato demetila(acrlico)

    Poliestireno

    (PS)

    Polietileno(PE)

    Polipropileno(PP)

    Policloreto de vinila(PVC)

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    Polimerizao

    Polimerizao por condensao(por etapas): neste processo asreaes qumicas intermoleculares ocorrem por etapas e em geralenvolvem mais de um tipo de monmero.

    Exemplo: formao do polister (reao entre hidroxila e carboxila)

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    Representao de um passo do processo de polimerizao por

    condensao do polister (este passo se repete sucessivamente,produzindo-se uma molcula linear)

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    Grupos funcionais obtidos na polimerizao

    por condensao

    O

    - C-O-

    O

    O- C-N-

    H

    O

    - C-N-

    H

    Polister Poliamida Poliuretano

    (Garrafa de (Nylon, Kevlar) (Estofamento)

    Refrigerantes)

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    Massa molar

    Um polmero constitudo de

    longas cadeias de tamanho no-

    uniforme. Nele existe uma

    quantidade (i) de cadeias commassas molares iguais (Mi).

    =i

    iin MxMMassa molar numrica mdia:

    onde: xi, frao numrica do total de molculas que possuem massa Mi(massa molar da cadeia i)

    =i

    iiw MwMMassa molar ponderada mdia:

    onde: wi, frao em massa do total de molculas que possuem massa Mi(massa molar da cadeia i) 12

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    Polidisperso e grau de polimerizao

    Polidisperso: relao entre a massa molar numrica mdia e a massa molarponderada mdia. Quanto mais variados forem os tamanhos das molculas, maior ser a

    polidisperso (que sempre maior que 1) Quando os tamanhos das cadeias so prximos, a polidisperso

    aproximadamente 1.

    nw MMMWD /=Polidisperso molecular:

    Ograu de polimerizao (n) representa a quantidade mdia de merosexistentes numa molcula (tamanho mdio da cadeia):

    m

    M

    n

    n

    n = m

    M

    n

    w

    w =Grau de polimerizao: ou

    onde: , massa molar numrica mdia

    , massa molar ponderada mdia, massa molar do mero

    wM

    nM

    m 13

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    Estrutura dos polmeros

    Estrutura da cadeia

    Microestrutura

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    Macromolcula contendo espirais e dobras

    aleatrias produzidas por rotaes dasligaes da cadeia

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    linear

    com ligaes cruzadas

    ramificada

    em rede

    Estrutura

    molecular

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    Configurao

    molecular(Estereoisomeria)

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    Classificao das caractersticas das molculas polimricas

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    Copolmeros

    Homopolmero: polmero derivado de apenas uma espcie demonmero.

    Copolmero: polmero derivado de duas ou mais espcies demonmero.

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    Tipos de distribuio dos diferentes monmeros nas molculas dos co-polmeros: (a) aleatria, (b) alternada, (c) em bloco e (d) ramificada

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    Homopolmero

    Copolmero

    Copolmero

    Monmero A Monmero B

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    Microestrutura

    Microestrutura de um polmero semi-

    cristalino apresentando regies

    cristalinas e amorfas.

    Mi

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    Microestrutura

    Clula unitria

    (ortorrmbica) da parte

    cristalina do Polietileno (PE)

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    Grau de cristalinidade (% em peso)

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    Grau de cristalinidade (% em peso)

    100)(

    )(

    peso)em(%

    = acs

    asc

    dadecristalini

    onde: S, densidade do polmero; a, densidade da parte amorfa;

    c, densidade da parte cristalina

    Representao de

    uma estrutura

    esferultica

    22

    Efeito do grau de cristalinidade e da massa molar nas

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    Efeito do grau de cristalinidade e da massa molar nascaractersticas fsicas do polietileno (PE)

    Massa molar

    Ceras

    (Frgeis)

    Ceras

    (Tenazes)

    Plsticos

    (Duros)

    Plsticos

    (moles)Ceras

    (Moles)

    Graxas

    (Lquidos)

    Nota: Esses Comportamentos dependem da temperatura 23

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    Polmeros termoplsticos e termofixos

    Os polmeros podem ser classificados em termoplsticos e termofxos.

    Termoplsticos Podem ser conformados mecanicamente repetidas vezes, desde que

    reaquecidos (so reciclveis).

    Parcialmente cristalinos ou totalmente amorfos.

    Lineares ou ramificados.

    Termofixos Podem ser conformados plasticamente apenas em um estgio

    intermedirio de sua fabricao.

    O produto final duro e no amolece com o aumento da temperatura. Eles so insolveis e infusveis.

    Mais resistentes ao calor do que os termoplsticos.

    Completamente amorfos.

    Possuem uma estrutura tridimensional em rede com ligaes cruzadas.25

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    Transies Trmicas

    Semi-cristalinos Amorfos

    Lquido viscoso Lquido ViscosoTm

    Estado Ordenado

    (volume livre aumenta) Estado BorrachosoTg

    Estado OrdenadoEstado Vtreo

    Nota: no existem polmeros 100% cristalinos (se fossem, eles passariam

    diretamente do estado cristalino para o lquido viscoso).26

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    Transies Trmicas

    Volume

    Especfico 100 % amorfo

    semi-cristalino

    cristal perfeito

    Tg Tm Temperatura

    Tg : Temperatura de transio vtreaTm : Temperatura de fuso 27

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    Transies Trmicas

    Os polmeros 100% amorfos no possuem temperatura defuso, apresentando apenas a temperatura de transio

    vtrea (Tg).

    Se Tuso Tg o polmero borrachoso

    Se Tuso >> Tg a viscosidade do polmero diminuiprogressivamente at alcanar-se a

    temperatura de degradao

    Para os plsticos: Tg > Tamb

    Para os elastmeros: Tg < Tamb28

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    Utilizao do polmero de acordo com a temperatura

    Termoplstico Termofixo

    Linear

    Semi-Cristlino

    Tg, Tm

    Linear ou

    RamificadoAmorfo

    Tg

    Ligaes Cruzadas

    AmorfoTg

    Tg < Tamb

    Produto

    macio

    Tg > Tamb

    Produto

    rgido

    Tg < Tamb

    Elastmero(cristaliza sob tenso)

    Tg > Tamb

    Termorrgido

    29

    Exemplos de temperatura de transio vtrea (Tg) e

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    g

    temperatura de fuso (Tm)

    30

    Polmero Tg Tm

    PEAD -110 137

    PEBD -90 110

    PVC 105 212

    PTFE -90 327

    PP -20 175

    PS 100

    Ny 6,6 57 265

    PET 73 265

    PC 150

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    Propriedades Mecnicas

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    Propriedades Mecnicas

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    Propriedades Mecnicas(Tenso x Deformao)

    Relao entre a tenso e a deformao para: A- polmero rgido e

    quebradio, B- polmero rgido e plstico, C- polmero elastomrico32

    Propriedades Mecnicas

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    p(Influncia da Temperatura)

    Influncia da temperatura na relao entre a tenso e adeformao para o poli(metacrilato de metila) 33

    Propriedades Mecnicas

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    Propriedades Mecnicas

    Altas taxas de deformao: o material apresentacomportamento rgido.

    Baixas taxas de deformao: o material apresenta

    comportamento dctil. Ligaes cruzadas: inibem o movimento das molculas,

    aumentando a resistncia do polmero e tornando-o mais frgil.

    Ligaes intermoleculares secundrias: inibem o movimentomolecular. Essas ligaes so mais fracas que as ligaescovalentes.

    Massa molar:a resistncia mecnica aumenta com a massamolar (para valores relativamente baixas (