POLÍTICA Eduardo Cavaco foi o candidato que sobrou e que ... · que sobrou e que se esconde ......

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Tiragem: 6000 País: Portugal Period.: Semanal Âmbito: Regional Pág: 4 Cores: Cor Área: 27,64 x 34,90 cm² Corte: 1 de 3 ID: 48900795 15-07-2013 POLÍTICA José Manuel Oliveira não fecha a porta à equipa de Emídio Sousa “Eduardo Cavaco foi o candidato que sobrou e que se esconde atrás do símbolo do PS” Vereador do PSD desafia candidato socialista a esclarecer o que pensa sobre a unidade do Concelho. O facto de um empresário querer liderar a Câmara é, na sua opinião, uma falsa questão. O seu nome é dado como o nú- mero dois da equipa do candidato do PSD. José Manuel Oliveira não confirma, nem desmente, mas não afasta essa possibilidade. “Neste momento, não está nada definido, mas não fecho a porta a fazer parte de uma equipa de Emídio Sousa” - afirma. Tem a certeza que essa equi- pa será “forte”. Por agora, está en- volvido na campanha “laranja” porque assumiu o compromisso de “ajudar o doutor Emídio Sousa a ser eleito presidente da Câmara”. Esse é o principal objectivo. Na sua opinião, o próximo com- bate eleitoral tem dois lados. “Uma face que é Emídio Sousa, um candi- dato extremamente bem prepara- do, que tem um percurso autárqui- co de longos anos, com capacidade e competência”. O seu candidato. “Do outro lado, está um candidato impreparado e que não tem perfil para ser presidente da Câmara da Feira” - acrescenta. O candidato do PS, sustenta, não é uma primeira escolha. “Convidaram Francisco Assis, Rui Moreira, Helena André, Ferreira da Silva. Eduardo Cavaco foi o candidato que sobrou” - afir- ma. O facto de um empresário que- rer liderar a autarquia é, neste caso, e em seu entender, uma falsa ques- tão. “Um empresário é aquele que cria riqueza para o Concelho e para o País, que cria postos de trabalho. Que saiba, o senhor Eduardo Ca- vaco não tem, neste momento, ne- nhum funcionário nas suas empre- sas ou nos seus serviços. Toda a gente sabe que Eduardo Cavaco foi sócio de uma grande empresa que era gerida por um gestor de reco- nhecido mérito, o seu irmão Antó- nio Cavaco”. Nos pratos da balança, vê um cenário mais favorável a Emídio Sousa pelas competências, pelo co- nhecimento do território e suas gentes. “Eduardo Cavaco tem jo- gado com o silêncio, com o não apresentar propostas, tem-se escon- dido atrás do símbolo do PS. Não tem sido um candidato activo, que apresente propostas para o Conce- lho, não tem trazido nada de novo a este debate”. José Manuel Olivei- ra gostava de ver um debate entre os candidatos. Há, aliás, uma ques- tão que gostava de ver esclarecida. Ou seja, o que cada um defende em termos de unidade do Concelho. “Ao passo que nós defendemos in- tegralmente a unidade do Conce- lho, ainda não vi nenhum comen- tário da parte de Eduardo Cavaco. Eduardo Cavaco tem como seu candidato a presidente da Assem- bleia Municipal, Henrique Ferrei- ra que, enquanto presidente da Jun- ta de Nogueira, defendeu que a fre- guesia pudesse passar para Espi- nho. Tem como seu número dois, António Cardoso, que escreveu num jornal que várias freguesias deveriam passar para Arouca, Es- pinho, Ovar, Gaia. O que desfrag- mentaria o nosso Concelho. Tem como candidato anunciado em Mi- lheirós de Poiares, alguém que de- fendeu a passagem de Milheirós para S. João da Madeira. Tem como seu apoiante nacional, e distrital, Pedro Santos que é um defensor da passa- gem de Milheirós para S. João da Madeira”. O que o leva a tirar ilações. “Não vejo Eduardo Cavaco a ser con- tra esta situação porque a sê-lo teria de desmembrar a equipa que está apresentar e alterar completamente os nomes dos candidatos” - comenta.

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Tiragem: 6000

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Period.: Semanal

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Área: 27,64 x 34,90 cm²

Corte: 1 de 3ID: 48900795 15-07-2013

POLÍTICA José Manuel Oliveira não fecha a porta à equipa de Emídio Sousa

“Eduardo Cavaco foi o candidatoque sobrou e que se escondeatrás do símbolo do PS”

Vereador do PSDdesafia candidatosocialista a esclarecero que pensa sobre aunidade doConcelho.

O facto de um empresário querer liderar a Câmara é, na sua opinião, uma falsa questão.

O seu nome é dado como o nú-mero dois da equipa do candidatodo PSD. José Manuel Oliveira nãoconfirma, nem desmente, mas nãoafasta essa possibilidade. “Nestemomento, não está nada definido,mas não fecho a porta a fazer partede uma equipa de Emídio Sousa” -afirma. Tem a certeza que essa equi-pa será “forte”. Por agora, está en-volvido na campanha “laranja”porque assumiu o compromisso de“ajudar o doutor Emídio Sousa aser eleito presidente da Câmara”.Esse é o principal objectivo.

Na sua opinião, o próximo com-bate eleitoral tem dois lados. “Umaface que é Emídio Sousa, um candi-dato extremamente bem prepara-do, que tem um percurso autárqui-co de longos anos, com capacidadee competência”. O seu candidato.“Do outro lado, está um candidatoimpreparado e que não tem perfilpara ser presidente da Câmara da

Feira” - acrescenta. O candidato doPS, sustenta, não é uma primeiraescolha. “Convidaram FranciscoAssis, Rui Moreira, Helena André,Ferreira da Silva. Eduardo Cavacofoi o candidato que sobrou” - afir-ma.

O facto de um empresário que-rer liderar a autarquia é, neste caso,e em seu entender, uma falsa ques-tão. “Um empresário é aquele quecria riqueza para o Concelho e parao País, que cria postos de trabalho.Que saiba, o senhor Eduardo Ca-vaco não tem, neste momento, ne-nhum funcionário nas suas empre-sas ou nos seus serviços. Toda agente sabe que Eduardo Cavaco foisócio de uma grande empresa queera gerida por um gestor de reco-nhecido mérito, o seu irmão Antó-nio Cavaco”.

Nos pratos da balança, vê umcenário mais favorável a EmídioSousa pelas competências, pelo co-nhecimento do território e suasgentes. “Eduardo Cavaco tem jo-gado com o silêncio, com o nãoapresentar propostas, tem-se escon-dido atrás do símbolo do PS. Nãotem sido um candidato activo, queapresente propostas para o Conce-lho, não tem trazido nada de novoa este debate”. José Manuel Olivei-

ra gostava de ver um debate entreos candidatos. Há, aliás, uma ques-tão que gostava de ver esclarecida.Ou seja, o que cada um defende emtermos de unidade do Concelho.“Ao passo que nós defendemos in-tegralmente a unidade do Conce-lho, ainda não vi nenhum comen-tário da parte de Eduardo Cavaco.Eduardo Cavaco tem como seucandidato a presidente da Assem-bleia Municipal, Henrique Ferrei-ra que, enquanto presidente da Jun-ta de Nogueira, defendeu que a fre-guesia pudesse passar para Espi-nho. Tem como seu número dois,António Cardoso, que escreveunum jornal que várias freguesiasdeveriam passar para Arouca, Es-pinho, Ovar, Gaia. O que desfrag-mentaria o nosso Concelho. Temcomo candidato anunciado em Mi-lheirós de Poiares, alguém que de-fendeu a passagem de Milheirós paraS. João da Madeira. Tem como seuapoiante nacional, e distrital, PedroSantos que é um defensor da passa-gem de Milheirós para S. João daMadeira”. O que o leva a tirar ilações.“Não vejo Eduardo Cavaco a ser con-tra esta situação porque a sê-lo teriade desmembrar a equipa que estáapresentar e alterar completamenteos nomes dos candidatos” - comenta.

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entrevista15_07_2013 Entrevista: Sara Dias Oliveira

“Vamos duplicara nossa capacidadeindustrialno próximo PDM”

A pergunta incontornável: quandoé que o Plano Director Municipal(PDM) está concluído?

Temos tido imensos problemasburocráticos neste processo. A ques-tão da Reserva Ecológica foi felizmen-te ultrapassada no final do ano passa-do. Mas este dossiê foi enviado emJaneiro deste ano para publicação eaté hoje não foi publicado. O que éuma coisa completamente absurda.Depois de ser aprovado pela CCDRN(Comissão de Coordenação e Desen-volvimento Regional do Norte), pelaDirecção-Geral do Território, pela Co-missão Nacional da Reserva Ecológi-ca, o mesmo dossiê foi enviado parapublicação e passados seis meses ain-da não foi publicado. O que demons-tra que, de facto, há muita entropianos patamares hierárquicos e muitaburocracia nas instituições. Há sem-pre questões incontornáveis. Sempreque alteram a legislação, colocammais entropia no processo. Tínhamoso regulamento feito, mas com umanova portaria, alteraram-se designa-ções. E assim temos de alterar o regu-lamento de forma a cumprirmos osnossos objectivos e adequarmos à le-gislação.

Neste momento, O PDM dependepraticamente da Câmara. O que estáem elaboração é o regulamento doPDM. Tudo o resto está concluído. Aspeças estão desenhadas, as opções to-madas, as estratégias definidas. A con-cepção deste plano é do professorCosta Lobo, que faleceu recentemen-te, e que foi uma mais-valia em todoeste processo, o seu último PDM.

A burocracia tem sido apresentadacomo a responsável pelos atrasos noPDM. A autarquia também não temresponsabilidades nesta matéria?

Temos porque somos nós que ela-boramos e será a Assembleia Munici-pal a aprovar. Se calhar, não temossabido ir ao encontro das instituições

que fazem as análises. Mas só nãoacho que sejamos co-responsáveisporque os outros municípios têmexactamente os mesmos problemas.Há câmaras que andaram 15 anos afazer revisões dos PDM - alguns fo-ram acabados recentemente e outrosainda estão em curso. O mesmo pro-blema da Câmara da Feira é geral anível nacional. A grande culpa nãoserá nossa.

O novo PDM, que terá ainda umafase de discussão pública, não estaráterminado antes das eleições?

Completamente fechado não. Po-derá estar aprovado e sujeito a dis-cussão pública, mas não totalmenteem vigor.

O aumento das áreas industriais éuma certeza no novo PDM?

Não só uma certeza, como é umacerteza a sua duplicação. Neste mo-mento, temos cerca de 512 hectaresde zonas industriais, implementadasou ainda por implementar, e vamospassar para 1.020. Vamos duplicar anossa capacidade industrial no pró-ximo PDM.

Faz sentido na actual conjuntura?Faz. Faz sentido continuar a apos-

tar no desenvolvimento económico.Faz sentido continuar a apostar nacaptação de novas empresas para oConcelho porque serão geradoras deemprego e indutoras de mais quali-dade de vida para a nossa população.

O PS tem criticado o estado de al-gumas zonas industriais...

Não percebo essa crítica do PS. Aúnica zona industrial que, neste mo-mento, não tem ocupação é a da Ro-mariz. Todas as outras estão ocupa-das e praticamente esgotadas. É umacrítica demagógica, de quem não con-cretiza aquilo que diz. E quando dizque está ao abandono é porque, às

vezes, um passeio não está devida-mente limpo ou tem ervas. Isto não éuma degradação total. Por vezes, háfalta de meios para fazer uma limpe-za urbana mais eficaz.

As zonas industriais estão a funcio-nar, temos procura de mais solo in-dustrial e, por vezes, não temos ofer-ta. O que demonstra algum dinamis-mo do sector empresarial no Conce-lho. Aliás, os dados do desempregona Feira indicam, ao contrário do queseria expectável por ser um municí-pio extremamente industrializado,que a taxa é inferior à média nacional.Neste momento, a taxa de desempre-go da Feira está abaixo da média na-cional, o que é um bom indicador. Aprópria Ecco, que queria deslocalizara produção, voltou para o Concelho,já admitiu uma centena de funcioná-rios, e tenho informações de que nopróximo ano irá admitir mais 200 tra-balhadores. É essa a expectativa daempresa e isso significa que conse-guimos ser atractivos e que vamosconseguir dar a volta.

Já estão definidas as freguesiasonde se verificará essa duplicação daszonas industriais?

Genericamente, se as zonas indus-triais tiverem possibilidades serãoampliadas, de forma a dar-lhes maisforça e massa crítica.

Depois do PDM, prometeu avan-çar com os planos de pormenor. Oque está previsto?

Temos várias coisas em curso. Te-mos o plano de urbanização elabora-do e aprovado em Lourosa, o planode urbanização de Picalhos tambémaprovado e em vigor. Neste momen-to, temos em elaboração, e pratica-mente concluído, o plano de urbani-

zação da área central de Santa Mariada Feira. E a seguir vamos apostar,muito claramente, em projectos derequalificação urbana.

O que é que isso significa?Significa fazer projectos para cen-

tros de freguesias como os que estãohoje a ser concretizados em Paços deBrandão. A requalificação urbana nocentro da freguesia está parcialmenteconcluída e julgo que as pessoas estãosatisfeitas com o seu produto final.

Houve críticas pela falta de estaci-onamentos, passeios muito largos...

Privilegiamos claramente o peãoem detrimento do automóvel.

Será assim em todas as freguesias?Vamos sempre privilegiar o peão,

vamos sempre privilegiar a acessibi-lidade para todos em sacrifício, mui-tas vezes, de lugares de estacionamen-to.

Mesmo em freguesias com dese-nhos geográficos mais complexos?

Sim. Na Rua Elísio de Castro, está aser feita uma requalificação. Julgo queestará a ficar muito bem e que depoisda obra concluída as pessoas irão gos-tar. É mais um projecto de planeamen-to que privilegia o peão em detrimen-to do automóvel. Nessa rua, sacrificá-mos seis ou sete lugares de estaciona-mento, mas julgo que o produto finalvai justificar esse sacrifício – assimcomo na zona envolvente da Rua dosDescobrimentos e do Rossio.

A localização do aterro em Cane-do provocou alterações no PDM?

O aterro em Canedo foi um pro-cesso bastante discutido e que, nestemomento, me parece bastante pacífi-

co. Houve uma tentativa de aprovei-tamento político, mais uma vez porparte do PS, que normalmente tentair ao encontro das soluções mais fá-ceis e mais populistas, mesmo nãotendo soluções. O PS era contra o ater-ro, mas não tinha uma solução alter-nativa.

O PS defendia a adesão à Lipor.A Lipor foi clara, dizendo que não

tinha condições para receber o Con-celho. O PS continuava a insistir, ape-sar do senhor presidente ter mostra-do documentos em que se reconheciaque não havia essa capacidade. Pensoque hoje o processo é pacífico. Nãohouve qualquer alteração ao PDM,houve sim estudos de impacto ambi-ental, uma suspensão parcial do PDMpara facilitar a integração do aterroem Canedo.

Como está o processo do Eixo dasCortiças?

O Eixo das Cortiças tem uma viaestruturante que, na minha opinião, émais importante para o Concelho, quefaz falta neste momento. No sentidoNorte-Sul, temos uma série de boasligações, a EN-1, a A-32, o IC-1. Falta--nos, de facto, uma via que possa in-terceptar estas no sentido Nascente-Poente. É uma via extremamente cara,uma via ambiciosa, que está desenha-da no PDM, ligando desde a A-29 à A-32, em Canedo. Há um troço muitoimportante e que seria fundamentalfazer no próximo mandato - e queserá uma prioridade do doutor Emí-dio Sousa -, entre a zona industrial doCasalinho, ou a chamada via do PEC,e a zona industrial de Fiães. Este troçoseria o principal, a seguir seria a liga-ção até ao cruzamento da Corga edepois a ligação a Gião, entrando

A área das zonas industriais vai duplicar de 512 para 1.020 hectares no novoPlano Director Municipal. Não é tudo. Os privados vão ter luz verde paracriar e vender lotes, fazer arruamentos. Desta forma, os espaços industriaisdo Concelho deixam de ser exclusivamente de promoção municipal. Overeador do Planeamento e Urbanismo, José Manuel Oliveira, volta a res-ponsabilizar a burocracia e as constantes alterações na legislação para oatraso do PDM. Neste momento, a bola está do lado da Câmara. A apostaem projectos de requalificação urbana, em que o peão é privilegiado, éapresentada como uma certeza.

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Área: 5,31 x 4,17 cm²

Corte: 3 de 3ID: 48900795 15-07-2013José Manuel OliveiraNasceu a 20 de Julho de 1965 em Lourosa.Trajectória Vereador do Planeamento e Urbanismo da CâmaraMunicipal. Foi vereador do Planeamento e Habitação de 1998 a 2001.Foi vice-presidente da Comissão Política Concelhia do PSD.Formação em Arquitectura.

VICEversaPOLÍTICAPOLÍTICAPOLÍTICAPOLÍTICAPOLÍTICA Verdade.URBANISMOURBANISMOURBANISMOURBANISMOURBANISMO Darqualidade de vida às nossaspopulações.ECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIA Motor para odesenvolvimento do País.ALFREDO HENRIQUESALFREDO HENRIQUESALFREDO HENRIQUESALFREDO HENRIQUESALFREDO HENRIQUESUm autarca de excelência,uma referência a nívelnacional.EDUEDUEDUEDUEDUARDO CAARDO CAARDO CAARDO CAARDO CAVVVVVAAAAACCCCCOOOOO Ocandidato do PS dos inúme-ros convites que o PS fez eque não foram aceites.CONCELHOCONCELHOCONCELHOCONCELHOCONCELHO O meuConcelho.

DETALHE

“Alfredo Henriques é um líder carismático”A saída de Alfredo Henriques do próximo combate eleitoral é, emseu entender, um dado a ter em conta. “É um líder carismático. Aolongo dos anos soube cativar a população do Concelho, tem umaobra ímpar”. Ao longo de quatro mandatos, aprendeu bastante como homem que ocupa o topo da hierarquia municipal. “Só não apren-de com Alfredo Henriques quem, de facto, não tiver apetência ecapacidades para aprender o que quer que seja. Ao longo dos tem-pos, sempre demonstrou gerir a Câmara com bastante rigor e commuita sensibilidade” - refere. José Manuel Oliveira acredita queEmídio Sousa, candidato do PSD, saberá capitalizar a obra de Alfre-do Henriques, juntando outras ideias para um novo ciclo de desen-volvimento que pretende implementar no Concelho.

numa outra fase, na ligação à A-29,atravessando a zona de Santa Mariade Lamas, de Rio Meão.

O Parque Empresarial da Cortiça(PEC), que não será concretizado, ser-viu única e exclusivamente para criaruma via de acesso?

Não. A via de acesso que foi cons-truída surgiu na oportunidade doPEC. É ao contrário. O PEC foi dese-nhado, havia intenção de o construir,havia intenção de fazer uma parceriapúblico-privada à semelhança do queestá a ser feito com o PERM. Mas nãoapareceram interessados em fazer essaparceria. Havia fundos que erammuito reduzidos e muito curtos e queapenas dariam para fazer a via de aces-so. Fizemos uma candidatura paraconstruir essa via, que não é só a viade acesso ao PEC – foi chamada dessaforma para facilitar a candidatura, paraser financiada - mas integra um troçoda chamada via Feira-Nogueira. Foiuma atitude de boa gestão e não ocontrário.

De qualquer forma, o PEC, apesarde não ter tido empresários, continuazonado no novo PDM como área deactividades económicas, o que permi-tirá, no futuro, a captação de indústri-as para essa zona. Os privados inte-ressados têm aquela área para inves-tir. E há outra coisa que vamos per-mitir no futuro. Todas as zonas in-dustriais são de promoção municipal.Um particular não pode fazer lotes evender. No futuro PDM, isso não vai

acontecer. Vamos deixar esse proces-so completamente aberto à econo-mia, permitir aos privados criar lo-tes, fazer arruamentos. O que facilitao surgimento de novas unidades, denovas zonas industriais.

Foi feita uma alteração que permi-te legalizar indústrias e armazéns quenão estavam licenciados. A igualda-de de tratamento não poderá ser pos-ta em causa?

Não. Tínhamos um regulamentodo PDM que proibia indústrias commais de 700 metros quadrados foradas zonas industriais. Tínhamos em-presas que, entretanto, tinham feitomais 50, mais 100, mais 200, e que nãoeram licenciáveis porque não cum-priam essa regra dos 700. E isso criavamuitos constrangimentos às empre-sas. Falámos com a CDDRN, com oMinistério da Economia, e, em con-junto, fizemos uma alteração ao re-gulamento para que as indústrias exis-tentes pudessem crescer e se pudes-sem legalizar. Havia outro problema.Hoje a banca não financia nenhumempresário, que queira dar a sua em-presa como garantia de financiamen-to, que não tenha licença de utiliza-ção. Sentindo que poderia existir em-presas a entrar em falência mais rapi-damente, a acabar com postos de tra-balho mais rapidamente, fizemosuma alteração a pensar, uma vezmais, nas pessoas e no emprego. Estamedida reflecte-se no bolso do em-presário porque, entretanto, tam-bém propusemos a isenção de taxaspara as indústrias existentes. Não nosparecia justo que concedêssemosisenção de taxas a uma indústrianova que aparecesse, porque querí-amos captar investimento, e queobrigássemos quem trabalha equem diariamente se esforça paramanter as suas empresas, a pagaressas taxas. Isentamos tudo o que sequeira implementar em zona indus-trial e isentamos todos os que já es-tão instalados que se queiram licen-ciar e, eventualmente, queiram am-pliar as suas instalações. Com issoestamos a contribuir para o desen-volvimento do Concelho, para ocrescimento económico, para a cri-ação de mais emprego.

POLÍTICA José Manuel Oliveira não fecha a porta à equipa de Emídio Sousa

“Eduardo Cavaco foi o candidatoque sobrou e que se escondeatrás do símbolo do PS”

Vereador do PSDdesafia candidatosocialista a esclarecero que pensa sobre aunidade doConcelho.

O facto de um empresário querer liderar a Câmara é, na sua opinião, uma falsa questão.

O seu nome é dado como o nú-mero dois da equipa do candidatodo PSD. José Manuel Oliveira nãoconfirma, nem desmente, mas nãoafasta essa possibilidade. “Nestemomento, não está nada definido,mas não fecho a porta a fazer partede uma equipa de Emídio Sousa” -afirma. Tem a certeza que essa equi-pa será “forte”. Por agora, está en-volvido na campanha “laranja”porque assumiu o compromisso de“ajudar o doutor Emídio Sousa aser eleito presidente da Câmara”.Esse é o principal objectivo.

Na sua opinião, o próximo com-bate eleitoral tem dois lados. “Umaface que é Emídio Sousa, um candi-dato extremamente bem prepara-do, que tem um percurso autárqui-co de longos anos, com capacidadee competência”. O seu candidato.“Do outro lado, está um candidatoimpreparado e que não tem perfilpara ser presidente da Câmara da

Feira” - acrescenta. O candidato doPS, sustenta, não é uma primeiraescolha. “Convidaram FranciscoAssis, Rui Moreira, Helena André,Ferreira da Silva. Eduardo Cavacofoi o candidato que sobrou” - afir-ma.

O facto de um empresário que-rer liderar a autarquia é, neste caso,e em seu entender, uma falsa ques-tão. “Um empresário é aquele quecria riqueza para o Concelho e parao País, que cria postos de trabalho.Que saiba, o senhor Eduardo Ca-vaco não tem, neste momento, ne-nhum funcionário nas suas empre-sas ou nos seus serviços. Toda agente sabe que Eduardo Cavaco foisócio de uma grande empresa queera gerida por um gestor de reco-nhecido mérito, o seu irmão Antó-nio Cavaco”.

Nos pratos da balança, vê umcenário mais favorável a EmídioSousa pelas competências, pelo co-nhecimento do território e suasgentes. “Eduardo Cavaco tem jo-gado com o silêncio, com o nãoapresentar propostas, tem-se escon-dido atrás do símbolo do PS. Nãotem sido um candidato activo, queapresente propostas para o Conce-lho, não tem trazido nada de novoa este debate”. José Manuel Olivei-

ra gostava de ver um debate entreos candidatos. Há, aliás, uma ques-tão que gostava de ver esclarecida.Ou seja, o que cada um defende emtermos de unidade do Concelho.“Ao passo que nós defendemos in-tegralmente a unidade do Conce-lho, ainda não vi nenhum comen-tário da parte de Eduardo Cavaco.Eduardo Cavaco tem como seucandidato a presidente da Assem-bleia Municipal, Henrique Ferrei-ra que, enquanto presidente da Jun-ta de Nogueira, defendeu que a fre-guesia pudesse passar para Espi-nho. Tem como seu número dois,António Cardoso, que escreveunum jornal que várias freguesiasdeveriam passar para Arouca, Es-pinho, Ovar, Gaia. O que desfrag-mentaria o nosso Concelho. Temcomo candidato anunciado em Mi-lheirós de Poiares, alguém que de-fendeu a passagem de Milheirós paraS. João da Madeira. Tem como seuapoiante nacional, e distrital, PedroSantos que é um defensor da passa-gem de Milheirós para S. João daMadeira”. O que o leva a tirar ilações.“Não vejo Eduardo Cavaco a ser con-tra esta situação porque a sê-lo teriade desmembrar a equipa que estáapresentar e alterar completamenteos nomes dos candidatos” - comenta.