POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE...

31
POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004

Transcript of POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE...

Page 1: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO

ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004

Page 2: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

DISCURSO COMO PROMESSA

Toda política mostra uma exterioridade de discurso e uma condição interna voltada para a execução de ações.

O discurso é uma simples promessa de verdade nos contextos da esperança; já a ação um atuar com vigor dinâmico.

Page 3: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

AÇÃO

Na ação temos o inicio, do que não iniciou antes e que vai resultar sempre em uma modificação;

ainda que possa ocorrer uma volta, para uma permanência ao estado inicial, o processo para realizar a ação, em si terá modificado a realidade.

Page 4: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

PLURALIDADE

A ação é uma atividade que só pode ser exercida com outros homens.

Corresponde a condição humana da pluralidade, uma condição da vida política do homem na terra.

Page 5: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

RITUAL DE PASSAGEM

Uma política de informação então seria um ritual de passagem

passagem de uma intenção formal de um discurso de governo para sua implementação como uma ação coordenada de governo.

Um caminho que vai do discurso político atuação de governo

Page 6: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

Intenção da Política

O destino final de uma política nacional de informação é controlar a geração, e a organização das atividades de informação;

Visando uma distribuição socialmente justa desta informação, com a intenção de gerar conhecimento no indivíduo e induzir seu desevolvimento pessoal e do seus espaço de convivênvia

Page 7: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

A Necessidade da Política

A política norteia o curso da ação, pauta as

atividades A SEREM REALIZADAS no setor e indica estratégias revelantes e prioritárias .

Discurso generalista Ação especifica, detalhada

Deus e o diabo habitam os detalhes e os detalhamentos

Page 8: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

Primeiros pensamentos de uma política nacional de informação Em 1975, primeira Reunião Brasileira de Ciência da Informação

(Rebraci) discutiu as diretrizes de uma política em ICT e os objetivos da política em ciência e tecnologia;

Em 1980 já passada a fase de substituição do IBBD pelo IBICT,

o 1.° Congresso Latino-Americano de Biblioteconomia e Documentação, realizado em Salvador, teve como um de seus temas a questão da política de transferência de informação, o que levou a questão maior da política de informação.

O documento de Ação Programada em ICT, de outubro de

1984, quando do último dos PBDCTs era uma política de ICT,

Page 9: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

Intenção Explícita da Política Nacional (1984) – AÇÃO PROGRAMADA EM ICT

1. Compete ao Estado instituir e manter um sistema de informação científica e tecnológica, de âmbito nacional, em todos os campos do conhecimento.

2. Na instituição desse sistema, será adotada uma estrutura descentralizada, com coordenação central, integrando num todo coerente e cooperativo os organismos do setor público, com a iniciativa privada

3. O planejamento das atividades de ICT deve ser efetivamente integrado nos planos nacionais de desenvolvimento,

4. No planejamento e operação das atividades de ICT, deve ser assegurada a plena democratização do acesso e utilização da informação, por parte de todos os usuários.

5. Em todos os segmentos das estruturas de ICT, da geração a distribuição, deve ser devidamente considerado o importante papel a ser desempenhado pelos conhecimentos produzidos no país.

Page 10: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

Estratégias e alternativas

O atuar DA POLÍTICA expõe a uma sucessão de alternativas das quais, a mais intrincada é o equilíbrio entre:

esforço e a prioridade que se colocará na coordenação ou execução de produtos e serviços de informação

Page 11: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

Coordenar e induzir

Ação de coordenação, indução REPRESENTA convencimento para que terceiros realizem o que o governo julga ser uma necessidade Da Política.

Vários recursos são necessários para a COORDENAÇÃO, mais é a credibilidade (da Agência) que realiza as articulações para o convencimento.

Page 12: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

Executar produtos e serviços de informação Representa: competir em um mercado privado

densamente povoado de exclusivos e caros equipamentos;

recursos humanos escassos e de alto custo,

tecnologias intensas em inovação com pesados investimentos e rápido envelhecimento;

mercado em mutação constante e necessidade de decisões rápidas e maleáveis

Page 13: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

Serviços e Produtos próprios do Estado o Estado deve executar serviços e produtos

que sejam próprios : a) aqueles que pela sua qualificação exigem

um alto grau de centralização b) aqueles que por seu caráter inovador

estão nos limites do desenvolvimento da pesquisa e por isso possuem uma estrutura custos e de retorno do capital que está aquém do interesse privado.

Page 14: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

Serviços do Estado: em qualquer base ou através de qualquer canal os catálogos coletivos nacionais; os serviços de representação internacional; as bibliotecas nacionais, em qualquer base o fornecimento de cópias de documentos - país de

geografia continental; manter alguns estoques da produção intelectual nacional (BBTD); a difusão e o incentivo para atuação dos atores com

as novas tecnologias de informação e da comunicação

atuar para + inclusão informacional em qualquer base

Page 15: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

O profissional da informação

Em todo seu agir, o homem de informação, há de ser mais estratégico em suas opções que econômico, pois lida com uma mercadoria de características bastante diferenciadas e com intensa participação participação na inclusão social do indivíduona inclusão social do indivíduo pelo conhecimento, colocando-o em novos limites de liberdade, participação e auto-gestão nos espaços de sua convivência

Page 16: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

Barreiras Estruturais da política

Nível de renda da população Nível de instrução Condições do: habitar, alimentar, vestir

saúde, instrução Competência para decodificar os códigos de

inscrição da informação Participação política, cidadania Competências individuais de assimilação da

informação

Page 17: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

Nível de educação da sociedade

Page 18: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

BARREIRAS NA APROPRIAÇÃO DA INFORMAÇÃO

Page 19: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

O espaço da política

Page 20: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

AS PIRÂMIDES INVERTIDAS

Page 21: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

O Livro Verde da Sociedade da Informação

Editado no ano 2000 = esforço compreensivo para delinear uma Política Nacional de Informação, considerando as tecnologias digitais; aborda sete itens:

1. Mercado, Trabalho e Oportunidades2. Universalização de Serviços para a Cidadania3. Educação na Sociedade da Informação4. Conteúdos e Identidade Cultural5. Governo ao Alcance de Todos6. P&D, Tecnologias-chave e Aplicações7. Infra-estrutura Avançada e Novos Serviços8. Base Legal

Page 22: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

Porque não deu certo a Sociedade da Informação no Brasil

O documento está direcionado prioritariamente, para fornecer subsídios tecnológicos para a oferta de informação digital

O programa sociedade da informação se localizava em um dos ministérios do governo e por estar neste nível hierárquico, não teve força política para sua implantação, ou para inserção no planejamento global.

O documento tinha duas opções: ser abrangente como esta’ e arriscar ser um trabalho de referência ser específico, por exemplo, tratando só do acesso universal, e correr o risco de não ter uma platéia muito grande.

O plano verde escolheu ser grande e abrangente e perdeu-se na burocracia das intenções de poder de cada setor do Governo.

Page 23: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

"National information policies" FID - 1999

O estudo realizou uma análise das características principais de uma política nacional de informação.

Contexto de 25 países em desenvolvimento.

Page 24: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

Pontos a serem considerados na formulação da Política Convergindo informação para o conhecimento arcabouço teórico; a informação como

mediadora do conhecimento Preservando e Promovendo Democracia sistemas de informação modernos e em redes se

preocupam inclusão social; inclusão digital Liberdade de Acesso à Informação todos tenham acesso a informação e a tecnologia

nova. Liberdade de Informação não há qualquer sentido em melhorar o acesso a

informação se a própria informação estiver sujeita a restrições.

Page 25: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

Pontos 2

Segurança da Informação e da Comunicação proteger de intrusão ilegal os dados pessoais e comerciais

Direitos de Propriedade Intelectual um marco legal importante em uma política de informação.

Promover o Desenvolvimento de Recursos Humanos desenvolver habilidades de informação entre a população.

Conteúdos de informação devem refletir a Cultura Qualquer grupo cultural, étnico ou minoria de um país deve

poder desenvolver seu próprio conteúdo

Page 26: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

Pontos 3 Idiomas Locais importância de usar idiomas locais

Desenvolvendo a Indústria de Informação introdução ou expansão da industria de hardware

e de software de informação; Comércio Eletrônico facilitar e acelerar transações comerciais nacionais

Informação e o Trabalho treinar mão-de-obra para trato com a informação e

suas técnicas mercado de trabalho

Page 27: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

Pontos 4

Desenvolvendo a Infra-estrutura de Informação

• infra-estrutura de telecomunicações• a expansão do acesso de Internet • aplicativos para bibliotecas, outros estoques• pesquisa em tópicos relacionados a informação • padrões de informação nacionais e internacionais. Interoperabilidade

Mantendo dentro da Lei aspectos legais no uso da informação: crimes com

uso do computador, como também as implicações legais do uso inapropriado da informação.

Page 28: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

Pontos 5 Informação no serviço público serviços públicos como área de aplicação

da informação. Aplicações prioritária da Informação aplicação de informação em setores

específicos e prioritários, como agricultura, saúde e transporte, e para grupos específicos, como o idoso, jovens e aqueles fisicamente prejudicados.

Estruturas Organizacionais prever modificação nas estruturas

organizacionais existentes.

Page 29: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

FIM O professor responsável pelo desenho da SI, dizia que o desafio

de uma Política Nacional de Informação está relacionado:

(i) A identificação de uma política para informação cientifica e tecnológica com a qual o Governo Federal efetivamente se comprometa;

(ii ) A definição de uma Agência e o seu papel dentro do contexto proposto por (i); e

(iii) A capacitação pessoal e provimento de outros recursos para a Agência para implementar (i) e ter esse papel reconhecido pela comunidade de informação, no Brasil e no exterior, e completava:

No Brasil não existe (i), (ii) ou (iii) acima indicados

Page 30: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

Algumas indicações IBICT. Ação programada em ciência e tecnologia; IBICT.

Brasília, 1984. 69 p.

POLÍTICA DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA, Antonio Agenor Briquet de Lemos.Conferência pronunciada no 14. ° Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação, realizado no Recife, de 20 a 25 de setembro de 1987 (http://tinyurl.com/3b339)

Documento da FID sobre Políticas Nacionais de Informação – feito para a UNESCO em 1999, inglês (http://aldo.barreto.name/download/pesquisa/index.htm)

Page 31: POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

Sobre o palestrante:

Aldo de Albuquerque Barreto

[email protected]

URL: http://aldo.barreto.name

DataGramaZero www.dgz.org.br

Lista a-barreto-l http://tinyurl.com/sedy