Políticas tic em portugal seminário visita brasileiros furg

17
Políticas de integração educativa das TIC em Portugal Seminário efetuado no âmbito da visita de colegas da Universidade Federal do Rio Grande FURG à Universidade de Aveiro 14 Outubro 2014 Maria João Loureiro | Isabel Barbosa

description

apresentação do seminário para o grupo da FURG

Transcript of Políticas tic em portugal seminário visita brasileiros furg

Page 1: Políticas tic em portugal seminário visita brasileiros furg

Políticas de integração educativa das TIC em Portugal

Seminário efetuado no âmbito da visita de colegas da Universidade Federal do Rio Grande FURG à Universidade de Aveiro

14 Outubro 2014Maria João Loureiro | Isabel Barbosa

Page 2: Políticas tic em portugal seminário visita brasileiros furg

1980 2001 20111990

Plan

o Lo

cal &

Co

labo

raçõ

es. I

nter

naci

onai

sPl

ano

Nac

iona

l

1996

TRENDS (95-98)

Prof2000 (98…)

1985

AGIRE

EduLabs

PLATO (relatório 85)

Minerva 85-94 Nónio Sec. XXI (96-2002)

Informática nas escolas (82)

Portáteise-Escola (2007)Magalhães (2008)

CETEMA - CERCIAVRepositório/avaliação de recursosRecursos NEE - CERCIAV

PTE (2007-2011)

uARTE – Internet nas escolas 97-2002

Programa Internet@EB1 2002-2005

CBTIC@EB1 2005-2006

CRIE 2005-2007ERTE 2007…

SeguraNet 2007…

eTwinnig …ITIC …

Miriadi

SERe

P@lmeGalatea Galanet Galapro (finais de 90-2010)

Dispositivos móveis (tablets – 2011)

Tecn

olog

ias

disp

onív

eis

ASV (até 85) Computadores pessoais (85…)

Internet (90’s…)

Livro Verde (1997)

Competências (2001) Metas (2011…)Objetivos

MARCOS

RedeSIDEdu

webQDA

Page 3: Políticas tic em portugal seminário visita brasileiros furg

MINERVAMeios Informáticos no Ensino: Racionalização, Valorização, Atualização

Primeira iniciativa política de introdução de forma sistemática de computadores nas escolas portuguesas.

Lançado em 1985 sob a alçada do ME (implementado entre 1985 e 1994, apesar de inicialmente estar previsto terminar em 1993)(na sequência das recomendações do Relatório Carmona, produzido pelo “grupo de trabalho em torno das novas tecnologias informáticas na escola” (Alves, 2006; Fontes, et al., 2001; Martins, 2007; Zão, 2006) - PLATO).

Objetivo principal: “promover a introdução das tecnologias de informação no ensino não superior em Portugal” (Ponte, 1994).

Impactos ao nível dos: • recursos materiais disponíveis, • formação de professores, • desenvolvimento de software educativo e de outros materiais de apoio, • desenvolvimento curricular e na promoção do uso das TIC.(Ponte, 1994; Almeida, 2012)

Page 4: Políticas tic em portugal seminário visita brasileiros furg

A avaliação deste projeto considerou que:

• Internacionalmente reconhecido como um programa relevante para a introdução e investigação das TIC no ensino básico e secundário.

• Contribuiu consideravelmente para a alfabetização em TIC e para a sensibilização dos professores e dos alunos.

• Promoveu a criação de novos espaços nas escolas - centros de recursos.

• Teve grande impacte ao nível da formação de professores, sobretudo em articulação com outras iniciativas consideradas importantes para o “desenvolvimento sistemático de uma estrutura de formação em serviço” (DPGF/ME, 1994), nomeadamente iniciativas integradas no programa FOCO.

• Era necessário entender as tecnologias como meios facilitadores e potenciadores do processo de ensino e de aprendizagem e executar de forma integrada (não existiam projetos associados) a introdução das TIC na escola.

MINERVA

Page 5: Políticas tic em portugal seminário visita brasileiros furg

Pólo Minerva de Aveiro

Liderado por equipa interdisciplinar.

Formação de professores centrada em:Exploração de ferramentas de produtividade para a educação – works;Desenvolvimento de recursos multimédia;Problemas de áreas disciplinares específicas (ex. Ciências, FQ e Línguas);

Desenvolvimento de recursos interdisciplinares:Aveiro ao tempo do século XV (História, Geografia, Sociologia)Reserva de S. Jacinto…

Page 6: Políticas tic em portugal seminário visita brasileiros furg

Nónio Século XXI/CRIEPrograma de Tecnologias da Informação e da Comunicação em Educação

financiado pelo PRODEP (Programa de Desenvolvimento Educativo para Portugal) no âmbito dos QCA (Quadros Comunitários de Apoio)

NÓNIO-SÉCULO XXI (1996) surge 2 anos após o final do MINERVA evidenciando a preocupação de acompanhar as orientações e políticas europeias neste sector.

Este programa tinha uma duração prevista de quatro anos, mas as estruturas criadas ainda se mantêm atualmente.

A sua atividade estava assente em Centros de Competência, sediados em instituições do ensino superior e centros de formação de professores (27 - dispersos por todo o país – atualmente 9)

O objetivo destes centros era garantir o apoio técnico-pedagógico e organizacional às escolas do ensino básico e secundário da sua área de abrangência na realização de projetos de utilização das TIC que obrigatoriamente apresentavam ao ME.

Page 7: Políticas tic em portugal seminário visita brasileiros furg

Objetivos:

• melhoria das condições em que funciona a escola e o sucesso do processo de ensino e de aprendizagem;

• qualidade e a modernização da administração do sistema educativo; • desenvolvimento do mercado nacional de criação e edição de software para educação com

finalidades pedagógico-didáticos e de gestão; • contribuição do sistema educativo para o desenvolvimento de uma sociedade de informação

mais reflexiva e participada.

Eixos de ação/subprogramas:

(1) a aplicação e desenvolvimento das TIC no sistema educativos; (2) a formação em TIC; (3) a criação e desenvolvimento de software educativo; (4) a difusão de informação e cooperação internacional.

Nónio Século XXI/CRIE

Page 8: Políticas tic em portugal seminário visita brasileiros furg

Impactos:

• o apetrechamento de muitas escolas com novo equipamento informático, • o aumento da oferta de formação em TIC aos professores, • a divulgação de informação, a produção de software educativo, a criação de páginas e de

materiais educativos, • a cooperação internacional em redes e iniciativas promotoras da integração das TIC na escola

(European Schoolnet; Rede ENIS – European Network of Innovative Schools; Spring day in Europe; eSchola; Netd@ays, etc).

A estrutura do Programa NÓNIO prolongou-se para além do tempo inicialmente previsto, transformando-se em 2005 numa nova unidade operacional designada por EduTIC e tendo depois sido integrada no projeto assumido pela Equipa de Missão Computadores, Redes e Internet na Escola (CRIE).

Nónio Século XXI/CRIE

Page 9: Políticas tic em portugal seminário visita brasileiros furg

1997/98 - 1 computador multimédia com leitor de CD em cada biblioteca escolar com ligação RDIS à Internet. Ligação de todas as escolas (Fundação para a Computação Científica Nacional-FCCN), partindo da Rede de Computação Científica Nacional (RCCN), infraestrutura de ligação criada para as instituições de ensino universitário pública. Deu origem à Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade (RCTS)

O apoio prestado pela Unidade de Apoio à Rede Telemática Educativa (uARTE), com o objetivo de acompanhar o processo e promover atividades inovadoras no uso da Internet na escola. Atividade centrou-se na utilização pedagógica da Internet e fornecimento de serviços, nomeadamente, endereços de correio eletrónico, espaço para publicação de páginas na Web e espaços de comunicação síncrona.

Em 2001, no ano de conclusão do PIE todas as escolas estavam ligadas, mesmo as do 1º ciclo do ensino básico, situação não prevista inicialmente, mas que foi possível concretizar através de parcerias com as autarquias. No entanto, o rácio computador com ligação à internet por aluno reduzido, 39 alunos por computador, tendo baixado para 27 alunos por computador em 2002/2003, de acordo com relatório de 2005, da Unidade de Missão para a Inovação e Conhecimento (UMIC). in http://www.osic.umic.pt/publicadas/TIC_EstabNS_04_05.pdf, consultado em 4 de Março de 2008

PIE- Programa Internet na Escola (contemporâneo do Programa Nónio)

Page 10: Políticas tic em portugal seminário visita brasileiros furg

Missão: Estrutura de apoio ao desenvolvimento da política governamental para a sociedade da informação, inovação e governo eletrónico. Ao nível da educação, e no âmbito do Plano de Acão para a Sociedade da Informação, as medidas nos objetivos definidos na Estratégia de Lisboa e do Plano de Ação eEurope.

Destaques:• Iniciativa Nacional para a Banda Larga (melhorar as condições de acesso à Internet das escolas),

concluída em 2006, com um ligeiro atraso relativamente ao prazo inicialmente previsto e já no âmbito da Iniciativa Ligar Portugal.

• Apetrechamento das escolas (melhorar o rácio computador por aluno) No 1º ciclo e pré escolar (~1998/99 - familiarização “precoce” com as tecnologias):1 computador multimédia e respetivo software em cada escola do pré-escolar público e em cada sala de aula das escolas do 1º Ciclo (parceria com a Associação Nacional de Municípios Portugueses).No ensino básico e secundário (2004):Iniciativa 1000 Salas TIC que permitiu equipar de raiz cerca de 1100 salas TIC (14 computadores, 1 servidor, 1 switch, 1 projector digital e 1 impressora laser).

• Inclusão no currículo da disciplina obrigatória de TIC para o 9º e 10º anos, em 2004/2005 (coincidente com as “salas TIC”)

UMIC - Unidade de Missão para a Inovação e Conhecimento (2002)

Page 11: Políticas tic em portugal seminário visita brasileiros furg

Nónio Século XXI/CRIEEquipa de Missão Computadores, Redes, e Internet

CRIE surge em 2005 (A criação desta equipa enquadrava-se em objetivos mais latos definidos como “urgência nacional”)

Missão: “a conceção, desenvolvimento, concretização e avaliação de iniciativas mobilizadoras e integradoras no domínio do uso dos computadores, redes e Internet nas escolas e nos processos de ensino e de aprendizagem”.

Áreas de intervenção:• Desenvolvimento do currículo de tecnologias de informação e de comunicação (TIC) nos ensinos

básico e secundário;• Promoção e dinamização do uso dos computadores, redes e da Internet nas escolas;• Apetrechamento e manutenção de equipamentos de TIC nas escolas.

O CRIE e a Iniciativa Ligar Portugal foram até à publicação do PTE (Julho de 2007) as iniciativas em destaque no que concerne à promoção das TIC no processo de ensino e de aprendizagem.

Page 12: Políticas tic em portugal seminário visita brasileiros furg

Nónio Século XXI/CRIEEquipa de Missão Computadores, Redes, e Internet

Coordenador TIC em cada agrupamento de escolas ou escola não agrupada (Despacho n.º 26691/2005)

• papel de liderança das equipas TIC • ação pedagógica e técnica. • responsável pela elaboração, execução e avaliação do plano TIC (documento orientador das

atividades de integração das tecnologias no quotidiano da escola) • manutenção do parque informático, assegurando que são adotadas as medidas de

intervenção técnica necessárias ao seu funcionamento pleno (colaboração com a autarquia na intervenção ao nível das escolas do 1ºciclo e pré-escola do agrupamento).

Iniciativa Escola, Professores e Computadores Portáteis (2006/07)Objetivo: facultar às escolas e aos professores, equipamentos destinados à atividade docente (contributo para a apropriação das tecnologias pelos professores e promoção do seu uso efetivos em atividades de ensino e de aprendizagem).Operacionalização: (mediante candidatura, forneceu equipamentos a cerca de 1100 escolas)10 computadores por escola, para trabalho individual e profissional dos professores;Kit 14 computadores, 1projetor digital e 1ponto de acesso sem fios, para atividade em sala de aula com os alunos no desenvolvimento de atividades de ensino e de aprendizagem.

Page 13: Políticas tic em portugal seminário visita brasileiros furg

PTE/ERTEProblemas identificados:• As escolas mantêm uma relação desigual com as TIC. É necessário reforçar e atualizar o

parque informático na maioria das escolas portuguesas, aumentar a velocidade de ligação à Internet e construir redes de área local estruturadas e eficientes;

• As TIC necessitam de ser plena e transversalmente integradas nos processos de ensino e de aprendizagem, o que implica reforçar a infraestrutura informática, bem como desenvolver uma estratégia coerente para a disponibilização de conteúdos educativos digitais e para a oferta de formação e de certificação de competências TIC dos professores;

• As escolas necessitam de um modelo adequado de digitalização de processos que garanta a eficiência da gestão escolar.

(GEPE, 2007 - conclusões do estudo de diagnóstico do ME sobre a modernização tecnológica do sistema de ensino )

Objetivo da políticas educativa (in RCM nº 137/ 2007 – cria PTE)“o reforço das qualificações e das competências dos Portugueses para a construção da Sociedade do Conhecimento em Portugal”, com o objetivo de até 2010 colocar Portugal entre os cinco países europeus mais avançados na modernização tecnológica do ensino.

Page 14: Políticas tic em portugal seminário visita brasileiros furg

PTE/ERTEÉ neste âmbito que é referida a importância da valorização e da modernização da escola, através da criação de condições físicas que favoreçam o sucesso escolar dos alunos e simultaneamente permitam a consolidação do papel das TIC enquanto ferramenta básica para aprender e ensinar. E, na redução das desigualdades de acesso às tecnologias, bem como na difusão das TIC junto das famílias, é entendido como o pilar da inclusão digital dos alunos.

Objetivos do PTE:A modernização tecnológica das escolas parte do pressuposto que “a integração das TIC no processo de ensino e de aprendizagem, e nos sistemas de gestão da escola, é condição essencial para a construção da escola do futuro e para o sucesso escolar das novas gerações de Portugueses” (in RCM nº 137/ 2007). A escola será o centro de uma rede de projetos direcionados para o que realmente importa: aprender e ensinar mais e melhor, os professores e os alunos.

• ligação à Internet de banda larga (igual ou superior a 48 Mbps) – todas as escolas até 2010,

• rácio de 1 computador por aluno,• 90% dos professores com certificação em TIC.

Page 15: Políticas tic em portugal seminário visita brasileiros furg

PTE/ERTEO PTE traduz o conjunto de intenções e de iniciativas integradas numa estratégia de crescimento global e tem o objetivo de criar um choque tecnológico que permita:• mobilizar Portugal para a Sociedade da Informação;• imprimir um novo impulso à inovação; • vencer o atraso científico e tecnológico; • qualificar os Portugueses.

Medidas (parcerias com instituições e empresas, na área das telecomunicações e da informática ):

Projeto e-Escola (Setembro de 2007) – criou condições excecionais de aquisição de 1 computador portátil com acesso Banda Larga (acesso massificado à tecnologia, público-alvo professores e alunos de diversos níveis de ensino).

Projeto e-Escolinha ou “Magalhães” (setembro 2008 )- destinado a cobrir as carências ao nível do 1º ciclo do ensino básico.

Modelo de Formação e Certificação de Competências TIC (2009) – “pacote” de formação para professores e reconhecimento de competências na área das TIC que pressupunha 3 níveis de certificação (básico, elementar e avançado).

Page 16: Políticas tic em portugal seminário visita brasileiros furg

Síntese

Ao nível da introdução das TIC na escola em Portugal, Silva (2008) considera três grandes etapas, uma primeira com objetivos de sensibilização dos membros da comunidade educativa para as potencialidades das tecnologias (MINERVA), à qual se seguiu a etapa de apetrechamento das escolas e finalmente a etapa da aposta no desenvolvimento de projetos de carácter mais abrangente que visam a aquisição de competências básicas em TIC por parte de professores e alunos. (Barbosa, 2009, p. 33)

Apesar de parecer uma evolução lógica, considera-se que não existe uma estratégia global de políticas para a integração da TIC na educação em Portugal. As iniciativas implementadas resultam de necessidades de acompanhamento da estratégia definida em termos europeus, e estão dependentes do financiamento europeu… quando este não existe, as medidas adotadas tornam-se insustentáveis.

Page 17: Políticas tic em portugal seminário visita brasileiros furg

Notas finais:

• Interação entre as Universidades e Escolas

• Formação de professores

• Utilização generalizada das TIC por alunos e professores

• Apetrechamento das escolas/Internet (banda larga)

• Divulgação da informação

Pontos fortes Pontos fracos• Número de CC’s e de professores destacados

• Centralização

• Falta de visão estratégica (políticas)

• Dificuldade na integração das TIC na escola