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- 1 - POLÍTICA DE INVESTIMENTO 2019-2023 PLANO DE BENEFÍCIOS TELEMARPREV Vigência: 01.01.2019 a 31.12.2023

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POLÍTICA DE INVESTIMENTO 2019-2023

PLANO DE BENEFÍCIOS TELEMARPREV

Vigência: 01.01.2019 a 31.12.2023

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Sumário

1. A FUNDAÇÃO ATLÂNTICO E O PLANO TELEMARPREV ........ ............................ 5

2. DIRETRIZES PARA ALOCAÇÃO DE RECURSOS E LIMITES POR SEGMENTO

DE APLICAÇÃO E MODALIDADES DE INVESTIMENTO ........ ......................................... 5

A) SEGMENTO DE RENDA FIXA ............................ ..................................................... 9

B) SEGMENTO DE RENDA VARIÁVEL ........................ ............................................... 9

C) SEGMENTO ESTRUTURADO ................................................................................. 9

D) SEGMENTO EXTERIOR ........................................................................................ 10

E) SEGMENTO IMOBILIÁRIO .............................. ...................................................... 10

F) SEGMENTO DE OPERAÇÕES COM PARTICIPANTES ........... ............................ 11

3. META DE RENTABILIDADE PARA CADA SEGMENTO DE APLICAÇ ÃO .......... 11

4. RENTABILIDADE AUFERIDA POR SEGMENTO DE APLICAÇÃO NO S ÚLTIMOS

CINCO EXERCÍCIOS ........................................................................................................ 11

5. TAXA MÍNIMA ATUARIAL E/OU ÍNDICE DE REFERÊNCIA DO P LANO ............ 12

6. OBJETIVOS PARA UTILIZAÇÃO DE DERIVATIVOS .......... ................................. 13

7. METODOLOGIA E/OU FONTES DE REFERÊNCIA ADOTADAS PARA

APREÇAMENTO DOS ATIVOS FINANCEIROS ................ .............................................. 13

8. PROCEDIMENTOS E CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE

INVESTIMENTO ................................................................................................................ 14

A) RISCO DE CRÉDITO: .............................. .................................................................... 14

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B) RISCO DE MERCADO: .............................. .................................................................. 15

C) RISCO DE LIQUIDEZ: ............................. ..................................................................... 15

D) RISCO OPERACIONAL E LEGAL: ..................... ......................................................... 15

E) RISCO SISTÊMICO: ..................................................................................................... 15

9. DIRETRIZES PARA OBSERVÂNCIA DE PRINCÍPIOS DE RESPON SABILIDADE

AMBIENTAL, SOCIAL E DE GOVERNANÇA ................. ................................................. 16

10. PROCEDIMENTOS E CRITÉRIOS RELATIVOS A SELEÇÃO,

ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE PRESTADORES DE SERVIÇ OS

RELACIONADOS À ADMINISTRAÇÃO DE CARTEIRAS DE VALORE S MOBILIÁRIOS

E DE FUNDO DE INVESTIMENTO ................................................................................... 16

11. PROCEDIMENTOS E CRITÉRIOS RELATIVOS A OBSERVÂNCIA D OS LIMITES

E REQUISITOS DA RESOLUÇÃO Nº 4.661 ................ .................................................... 17

12. OPERAÇÕES REALIZADAS EM ATIVOS FINANCEIROS LIGADOS À

PATROCINADORA, FORNECEDORES, CLIENTES E DEMAIS EMPR ESAS LIGADAS

AO GRUPO ECONÔMICO DA PATROCINADORA ............... .......................................... 18

13. PROCEDIMENTOS E CRITÉRIOS PARA AVALIAR, GERENCIAR E

ACOMPANHAR O RISCO E O RETORNO ESPERADO DOS INVESTI MENTOS .......... 18

14. RESPONSABILIDADES E OBJETIVOS ASSOCIADOS AOS AGENTE S QUE

PARTICIPEM DO PROCESSO DE ANÁLISE, AVALIAÇÃO, GEREN CIAMENTO,

ASSESSORAMENTO E DECISÃO SOBRE A APLICAÇÃO DOS RECU RSOS DOS

PLANOS DA ENTIDADE ................................ .................................................................. 18

15. PROCEDIMENTOS E CRITÉRIOS PARA MITIGAR POTENCIAIS C ONFLITOS

DE INTERESSE DE SEUS PRESTADORES DE SERVIÇOS E DAS PESSOAS QUE

PARTICIPAM DO PROCESSO DECISÓRIO .................. .................................................. 19

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16. ADMINISTRADOR ESTATUTÁRIO TECNICAMENTE QUALIFICADO (AETQ),

ADMINISTRADOR RESPONSÁVEL PELO PLANO DE BENEFÍCIOS (ARPB) E COMITÊ

RESPONSÁVEL PELA GESTÃO DE RISCOS ................. ............................................... 19

17. PRESTAÇÃO DE GARANTIAS ............................ .................................................. 20

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1. A Fundação Atlântico e o Plano TelemarPrev A Fundação Atlântico de Seguridade Social é uma entidade fechada de previdência complementar (EFPC) com diversos patrocinadores e planos. Nosso objetivo é administrar e executar planos de benefícios previdenciários para os empregados e dirigentes de seus patrocinadores. Nossa governança é liderada pelo Conselho Deliberativo. Somos supervisionados pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC), sendo a Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) n.º 4.661/2018, e atualizações posteriores, uma das principais normas a que estamos submetidos. O Plano TelemarPrev é um plano de benefícios na modalidade Contribuição Variável (CV), aberto a novas adesões na modalidade de Contribuição Definida (CD). Sua finalidade é conceder benefícios suplementares ou assemelhados aos da Previdência Social a seus participantes, tendo empresas do grupo OI, além da própria Fundação Atlântico, como patrocinadoras. O Plano conta com aproximadamente 17,6 mil participantes e assistidos; cerca de 76% de seus recursos são relativos a benefícios já concedidos.

2. Diretrizes para Alocação de Recursos e Limites por Segmento de Aplicação e modalidades de Investimento A gestão dos recursos garantidores do plano TelemarPrev é segregada com base nas características dos compromissos na modalidade de Benefício Definido (BD) e na modalidade de Contribuição Definida (CD). A modalidade BD é aquela em que o valor do benefício está previamente determinado, com base nas regras do regulamento do Plano. Já a modalidade CD é aquela em que os benefícios serão obtidos em função do saldo acumulado de (i) contribuições mensais e extraordinárias de seus participantes, (ii) de seu patrocinador, e (iii) do resultado líquido dos investimentos por nós realizados. Os recursos administrativos, ou seja, aqueles necessários para a cobertura das despesas administrativas da Fundação, também são geridos de forma segregada dos demais investimentos, sendo contemplados na Política de Investimento do Plano de Gestão Administrativa (PGA). Realizamos periodicamente, inclusive através de consultorias independentes, estudos de gestão de ativos e passivos e assemelhados, que fornecem cenários e indicações relativas a cada segmento de aplicação. Os relatórios frutos desses estudos ficam sob a guarda da Diretoria de Investimentos e estão a disposição para consulta dos órgãos de governança e controle da Fundação. A partir destes estudos e considerações revisamos periodicamente nossa estratégia e nossa alocação de recursos, e a refletimos no mínimo anualmente na Política de Investimentos. Nesta estabelecemos limites mínimos e máximos de alocação de recursos por segmento, compatíveis com o horizonte de longo prazo que norteia nossa gestão.

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Tendo em vista a segregação na gestão dos ativos, e atendendo às melhores práticas da indústria de Fundos de Pensão, praticamos limites distintos para os segmentos de aplicação referentes à parcela BD e à parcela CD do Plano. Com esta segregação é possível fazer uma gestão mais direcionada às especificidades e características de cada uma dessas modalidades.

� Limites por Segmento de Aplicação para Parcela BD: A gestão dos investimentos da parcela BD é realizada, em grande parte, através da aquisição de títulos públicos federais indexados a índice de preço. Estas aquisições, em sua maioria, ocorrem por indicação de estudos de gestão de ativos e passivos (Cash Flow Matching). Estes estudos, por sua vez, buscam adequar os investimentos às obrigações do plano. Complementam as indicações deste estudo investimentos em títulos de empresas e instituições financeiras, desde que de baixo risco de crédito. Os demais recursos da parcela BD do plano TelemarPrev são investidos em outros segmentos, tais como fundos multimercados, fundos de renda variável, fundos no exterior e empréstimos a participantes. Há também investimentos em fundos de participações (FIPs) e imóveis. Apesar de ainda presentes em nossa carteira, os FIPs deverão ser gradualmente susbtituídos por investimentos mais líquidos, enquanto os investimentos em imóveis deverão ser adaptados para atender exigências regulatórias.

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Possuímos 0,8% dos Recursos Garantidores em fase de desenvestimento, conforme legislação vigente.

� Limites por Segmento de Aplicação para Parcela CD:

A gestão dos investimentos referente à parcela CD do plano TelemarPrev também é realizada, em grande parte, através da aquisição de títulos públicos federais. Nesse caso, porém, priorizamos liquidez e objetivamos retorno igual ou superior ao índice CDI. Os demais recursos da parcela CD do plano TelemarPrev estão investidos em títulos de renda fixa emitidos por empresas e instituições financeiras de baixo risco de crédito, fundos multimercados, ativos de renda variável e fundos no exterior.

Limite

Inferior

Limite

Superior

Renda Fixa 100,0 90,7 20,8 100,0

Títulos Publicos Federais 100,0 82,7 20,8 100,0

Fundos de índice de renda fixa (100% títulos públicos) 100,0 0,0 0,0 0,0

Ativos de renda fixa emitidos por Instituições financeiras bancárias 80,0 4,8 0,0 40,0

Ativos de renda fixa emitidos por CIAs abertas 80,0 3,2 0,0 40,0

Fundos de índice de renda fixa (títulos públicos e crédito) 80,0 0,0 0,0 0,0

Títulos emitidos por Estados e Municípios 20,0 0,0 0,0 0,0

Obrigações de organismos multilaterais 20,0 0,0 0,0 20,0

Ativos de renda fixa emitidos por Instituições financeiras não-bancárias 20,0 0,0 0,0 0,0

Debentures emitidas por sociedade por CIAs fechadas (12.431) 20,0 0,0 0,0 0,0

FIDC / FICFIDC / CCB / CCCB 20,0 0,0 0,0 20,0

CPR / CDCA / CRA / WA 20,0 0,0 0,0 20,0

Renda Variável 70,0 1,8 0,0 14,2

Ações, fundos de indice e outros - segmento especial 70,0 1,8 0,0 14,2

Ações, fundos de indice e outros - sem segmento especial 50,0 0,0 0,0 14,2

BDRs nível 2 e 3 10,0 0,0 0,0 10,0

Certificados de ouro físico 3,0 0,0 0,0 3,0

Estruturado 20,0 5,3 0,0 20,0

FIP 15,0 2,6 0,0 15,0

FIM / FICFIM 15,0 2,6 0,0 15,0

FI "ações - mercado de acesso" 15,0 0,0 0,0 15,0

COE 10,0 0,0 0,0 10,0

Imobiliário 20,0 0,0 0,0 20,0

FII / FICFII 20,0 0,0 0,0 20,0

CRI 20,0 0,0 0,0 20,0

CCI 20,0 0,0 0,0 20,0

Aluguéis e Renda - CMN. 3792(1) 0,0 0,0 n/a n/a

Operações com Participantes 15,0 1,0 0,0 15,0

Empréstimos pessoais 15,0 1,0 0,0 15,0

Financiamentos Imobiliários 15,0 0,0 0,0 0,0

Exterior 10,0 1,2 0,0 10,0

FI / FIC "Renda Fixa - Dívida Externa" 10,0 0,0 0,0 10,0

Fundos de índice do exterior 10,0 0,0 0,0 10,0

FIs "Investimento no Exterior" (mín 67% em FIs no exterior) 10,0 0,7 0,0 10,0

FIs "Investimento no Exterior" 10,0 0,6 0,0 10,0

BDR nível 1 e cotas de fundos "Ações - BDR nível 1" 10,0 0,0 0,0 10,0

Outros ativos financeiros no exterior 10,0 0,0 0,0 10,0

Segmentos de Aplicação

Resolução CMN

nº 4.661 - Limite

superior

Previsão de

Alocação

Margem de Alocação (%)

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Além destes limites, a Fundação adota limites de alocação por emissor para os investimentos em crédito privado, financeiro e não-financeiro, mais rigorosos que aqueles previstos na legislação. Esses limites constam na Política de Limites para os Fundos Exclusivos de Crédito Privado e no Estudo de Atualização dos Limites de Crédito Financeiro, documentos aprovados e revistos periodicamente pela Diretoria Executiva e Conselho Deliberativo da Fundação Atlântico. A política para os fundos de crédito define os critérios de investimento e controles de risco praticados quando da aquisição de ativos de crédito privado, estabelecendo limites de concentração por emissor, por faixa de rating e por setor e, ainda, limites por prazo de vencimento. Os demais limites de alocação por emissor, limites de concentração por emissor e limites por Investimento seguem aqueles estabelecidos pela Resolução CMN n. 4.661 e atualizações posteriores.

Limite

Inferior

Limite

Superior

Renda Fixa 100,0 70,1 40,9 100,0

Títulos Publicos Federais 100,0 45,1 40,9 100,0

Fundos de índice de renda fixa (100% títulos públicos) 100,0 0,0 0,0 33,6

Ativos de renda fixa emitidos por Instituições financeiras bancárias 80,0 15,0 0,0 25,0

Ativos de renda fixa emitidos por CIAs abertas 80,0 10,0 0,0 25,0

Fundos de índice de renda fixa (títulos públicos e crédito) 80,0 0,0 0,0 0,0

Títulos emitidos por Estados e Municípios 20,0 0,0 0,0 0,0

Obrigações de organismos multilaterais 20,0 0,0 0,0 20,0

Ativos de renda fixa emitidos por Instituições financeiras não-bancárias 20,0 0,0 0,0 0,0

Debentures emitidas por sociedade por CIAs fechadas (12.431) 20,0 0,0 0,0 0,0

FIDC / FICFIDC / CCB / CCCB 20,0 0,0 0,0 20,0

CPR / CDCA / CRA / WA 20,0 0,0 0,0 20,0

Renda Variável 70,0 7,4 0,0 8,1

Ações, fundos de indice e outros - segmento especial 70,0 7,4 0,0 8,1

Ações, fundos de indice e outros - sem segmento especial 50,0 0,0 0,0 8,1

BDRs nível 2 e 3 10,0 0,0 0,0 8,1

Certificados de ouro físico 3,0 0,0 0,0 3,0

Estruturado 20,0 20,0 0,0 20,0

FIP 15,0 0,0 0,0 0,0

FIM / FICFIM 15,0 15,0 0,0 15,0

FI "ações - mercado de acesso" 15,0 0,0 0,0 15,0

COE 10,0 5,0 0,0 10,0

Imobiliário 20,0 0,0 0,0 20,0

FII / FICFII 20,0 0,0 0,0 20,0

CRI 20,0 0,0 0,0 20,0

CCI 20,0 0,0 0,0 20,0

Aluguéis e Renda - CMN. 3792 0,0 0,0 n/a n/a

Operações com Participantes 15,0 0,0 0,0 1,0

Empréstimos pessoais 15,0 0,0 0,0 1,0

Financiamentos Imobiliários 15,0 0,0 0,0 0,0

Exterior 10,0 2,5 0,0 10,0

FI / FIC "Renda Fixa - Dívida Externa" 10,0 0,0 0,0 10,0

Fundos de índice do exterior 10,0 0,0 0,0 10,0

FIs "Investimento no Exterior" (mín 67% em FIs no exterior) 10,0 1,5 0,0 10,0

FIs "Investimento no Exterior" 10,0 1,0 0,0 10,0

BDR nível 1 e cotas de fundos "Ações - BDR nível 1" 10,0 0,0 0,0 10,0

Outros ativos financeiros no exterior 10,0 0,0 0,0 10,0

Segmentos de Aplicação

Resolução CMN

nº 4.661 - Limite

superior

Previsão de

Alocação

Margem de Alocação (%)

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a) Segmento de Renda Fixa Dadas as características do plano TelemarPrev, priorizamos este segmento, com destaque na aquisição de títulos do Tesouro Nacional, que apresentam segurança, liquidez e rentabilidade. Os recursos da parcela BD estão majoritariamente investidos nos títulos denominados Notas do Tesouro Nacional série B (NTNs-B), cuja rentabilidade é composta pelo indexador IPCA mais juros reais, pois apresentam aquelas características desejáveis já mencionadas e são corrigidos pela inflação. Estes investimentos são realizados, principalmente, através de um ou mais fundos de investimento exclusivos, que objetivam atender às necessidades futuras de desembolsos da parcela BD do plano TelemarPrev. Adicionalmente, também podemos investir em NTNs-B como estratégia de investimentos. Ainda neste segmento destacam-se, nesse caso tanto para as parcelas BD quanto CD, os fundos de investimento exclusivos em renda fixa voltados à negociação de títulos públicos federais, alternando, porém, entre posições pré-fixadas, pós-fixadas e indexadas a índice de preços. Esses fundos buscam usufruir de oportunidades de mercado para obter rentabilidade, sem contudo abrir mão de liquidez. O segmento de renda fixa é ainda complementado por investimentos de crédito do setor privado, mediante operações denominadas “compromissadas” e através da aquisição de Certificados de Depósito Bancário, Letras Financeiras, Debêntures e estruturas de securitização. Estas aplicações buscam rendimentos superiores aos dos títulos públicos, com reduzido risco de crédito, face a limites rigorosos de investimento e acompanhamento constante.

b) Segmento de Renda Variável Em ambas as modalidades – BD e CD – investimos em fundos de ações, exclusivos ou em condomínio com outros investidores, visando trazer diversificação e complementar a rentabilidade dos investimentos. Também possuímos pequeno volume de investimentos diretos em ações, inclusive no Grupo OI, patrocinador dos planos de benefícios administrados pela Fundação. Nossa preferência, contudo, é por realizar investimentos em renda variável via terceiros gestores, em linha com a filosofia de terceirização de gestão em geral. Por fim, podem fazer parte deste segmento eventuais investimentos em ações realizados através dos fundos multimercados denominados institucionais. Estes, diferentemente dos demais fundos multimercados, possuem restrições regulatórias impostas pela Resolução CMN 4.661 em termos de aplicação de ativos. As posições em ativos de renda variável destes fundos, quando investidos, devem ser consolidadas com as demais posições da carteira da fundação.

c) Segmento Estruturado Em ambas as modalidades – BD e CD – investimos em fundos multimercado, assim denominados pois podem aproveitar as oportunidades que diferentes mercados proporcionam.

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As características dos fundos multimercados na parcela BD tendem a ser algo diferente da parcela CD, em função das especificidades de cada uma dessas modalidades, causando reflexos na composição dos investimentos. Fundamentalmente, na parcela BD permitimos investimentos em fundos com maior volatilidade, enquanto na parcela CD há maior enfoque no controle da volatilidade. Obviamente, o retorno esperado desses investimentos tende a ser diferente entre as modalidades. Na modalidade BD também possuímos investimentos em fundos de investimento em participações (FIPs), assim denominados pois podem investir e participar da gestão de empresas e projetos em estágio inicial, atuando conjuntamente com outros investidores institucionais. No entanto, objetivamos a gradual eliminação desses investimentos tendo em vista a menor liquidez que esses investimentos apresentam historicamente. Podemos ainda investir em certificados de operações estruturadas (COE), produtos bancários que nos permitem usufruir de pontenciais ganhos em diferentes mercados, sempre sem abrir mão de proteção, o que limita a perda potencial ao eventual custo de oportunidade dos recursos.

d) Segmento Exterior Em ambas as modalidades – BD e CD – investimos nos mercados internacionais através de fundos de investimento em consoante com a legislação corrente. Esses investimentos ocorrem na medida em que identificamos oportunidades que proporcionem diversificação à nossa carteira e que apresentem um nível atraente de relação risco/retorno. Também são considerados os aspectos positivos e negativos relativos à exposição cambial.

e) Segmento Imobiliário Possuímos investimentos em imóveis em conformidade com o estabelecido pela CMN 3.792. Em função da restrição imposta pela CMN. 4.661 e considerando o prazo para as fundações se adequarem, a presença desses ativos na carteira será gradualmente adaptada. Nesses imóveis, enquanto sob nossa administração direta, nossa política objetiva a redução da vacância existente e manutenção dos bons inquilinos. Buscaremos, com presteza e prudência, adequação à restrição imposta pela CMN 4.661 seja via desinvestimento seja via criação de fundos de investimento. Também podemos investir no segmento imobiliário por meio de fundos imobiliários ou CRIs - certificados de recibos imobiliários. Independente de sua natureza, todos os fundos em que investimos, exclusivos ou não, são registrados junto à CVM – Comissão de Valores Mobiliários.

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f) Segmento de Operações com Participantes Oferecemos empréstimos aos Participantes do plano. As taxas cobradas são sempre estabelecidas acima de nossas necessidades atuariais, porém em níveis módicos. As características dessas operações e os controles por nós praticados permitem que a inadimplência seja baixa. Não oferecemos financiamento imobiliário.

3. Meta de Rentabilidade para cada Segmento de Aplicação

Em função das diferentes características das parcelas BD e CD do Plano, segregamos a gestão dos ativos e nos orientamos por diferentes objetivos de retorno esperado e risco dos investimentos. A meta de rentabilidade para a parcela BD do Plano é a taxa atuarial mínima e, para a parcela CD do Plano é o índice de referência. Na parcela BD as metas de rentabilidade para cada segmento são:

Segmento de Aplicação Meta de Rentabilidade

Renda Fixa INPC+4,50% a.a.

Renda Variável IBOVESPA

Estruturado INPC+5,50% a.a.

Exterior INPC+5,50% a.a.

Imobiliário INPC+4,50% a.a.

Operações com Participantes INPC+4,50% a.a.

Na parcela CD as metas de rentabilidade para cada segmento são:

Segmento de Aplicação Meta de Rentabilidade

Renda Fixa CDI

Renda Variável IBOVESPA

Estruturado CDI+1,0% a.a.

Exterior CDI+1,0% a.a.

Imobiliário CDI

Essas metas são definidas considerando as características e objetivos de cada modalidade do plano e a relação risco versus retorno desejável em cada segmento de aplicação.

4. Rentabilidade auferida por Segmento de Aplicação nos últimos cinco exercícios

A rentabilidade auferida pelo Plano, assim como por cada segmento de aplicação, nos últimos cinco exercícios, de forma segregada por exercício, é apresentada na tabela abaixo:

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Rentabilidade auferida no exercício até outubro; (2)

Início em 22/11/2017; (3)

Rentabilidade auferida pelos ativos da parcela CD do plano e utilizada para atualização do saldo de Contas de Participante.

A rentabilidade auferida pelo Plano, assim como por cada segmento de aplicação, nos últimos cinco exercícios, de forma acumulada, é apresentada na tabela abaixo:

(1)

Rentabilidade auferida no exercício até outubro; (2)

Início em 22/11/2017; (3)

Rentabilidade auferida pelos ativos da parcela CD do plano e utilizada para atualização do saldo de Contas de Participante.

5. Taxa mínima atuarial e/ou índice de referência do Plano A taxa mínima atuarial da parcela BD do plano TelemarPrev é INPC + 4,5% a.a.. A taxa parâmetro de 4,5% a.a. está em conformidade com os mais recentes limites mínimos e máximos estabelecidos pelo órgão regulador e é compatível com os juros pagos pelos títulos federais. O índice de referência da parcela CD do plano TelemarPrev é atingir ou superar o CDI, sujeito ao controle da volatilidade.

Segmento de Aplicação 2014 2015 2016 2017 2018(1)

Renda Fixa 12,9% 15,1% 13,9% 9,7% 8,1%

Renda Variável -45,2% -48,0% 2,1% 32,7% -3,9%

Inv. Estruturado 4,5% 15,5% 24,8% 8,1% 4,3%

Exterior(2) n/a n/a n/a 0,4% -2,7%

Imobiliário 6,0% 4,7% 31,5% 5,5% 13,7%

Operações com Participantes 13,3% 13,9% 13,5% 12,2% 9,9%

Rentabilidade do Plano 4,2% 11,7% 14,4% 9,9% 7,6%

Rentabilidade da Cota(3) 7,0% 10,5% 14,9% 11,6% 5,3%

Segmento de Aplicação 2014 2015 2016 2017 2018(1)

Renda Fixa 12,9% 30,0% 48,0% 62,4% 75,5%

Renda Variável -45,2% -71,5% -70,9% -61,4% -62,9%

Inv. Estruturado 4,5% 20,7% 50,7% 62,8% 69,9%

Exterior(2) n/a n/a n/a 0,4% -2,4%

Imobiliário 6,0% 11,0% 46,0% 54,0% 75,1%

Operações com Participantes 13,3% 29,1% 46,6% 64,5% 80,7%

Rentabilidade do Plano 4,2% 16,4% 33,1% 46,3% 57,3%

Rentabilidade da Cota(3) 7,0% 18,3% 35,9% 51,6% 59,7%

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6. Objetivos para utilização de Derivativos As operações com derivativos, quando ocorrem, são realizadas exclusivamente por terceiros gestores profissionais e apenas na medida em que venham a acrescentar rentabilidade, proteção ou liquidez aos nossos investimentos, sem acrescentar riscos desnecessários e observando a regulamentação em vigor. Exercemos estrito acompanhamento sobre sua utilização, para além dos controles realizados por parte dos próprios gestores, administradores, custodiante qualificado e consultor independente de risco. Em particular instruímos nosso administrador fiduciário ou custodiante qualificado a monitorar nossa exposição em derivativos e igualmente zelar pela adequação das operações às restrições legais e regulamentares. Nosso monitoramento interno relativo ao eventual uso de derivativos é efetuado através do acompanhamento diário das operações realizadas, observando a exposição, a margem e os prêmios envolvidos.

7. Metodologia e/ou fontes de referência adotadas para apreçamento dos ativos financeiros Nossa instituição custodiante, além da guarda, é a principal responsável pela política de apreçamento (atribuição de valor a cada investimento), possuindo independência e notória reputação nesta atividade. Sua metodologia está disponível em manual de precificação e segue as melhores práticas de apreçamento existentes. O Manual de Marcação a Mercado do banco Bradesco, nosso atual custodiante, contém os princípios, critérios e metodologias de marcação a mercado para os ativos de renda fixa, renda variável, derivativos e demais instrumentos financeiros dos fundos de investimento e carteiras dos clientes daquela Instituição, incluindo aí a Fundação Atlântico. Nossos investimentos em renda fixa são precificados nas modalidades “títulos para negociação” (a mercado) ou “títulos mantidos até vencimento” (na curva). Esta segunda forma de apreçamento, somente praticada na parcela BD, reduz a volatilidade dos preços destes ativos e pode vir a ser aplicada tanto em títulos públicos federais de vencimento de médio e longo prazo (acima de 12 meses), quanto em títulos de crédito corporativo ou financeiro, desde que considerados de baixo risco de crédito. Nossos investimentos em renda variável são precificados na modalidade “a mercado”. Apenas eventuais investimentos em empresas sem ações negociadas ou de liquidez reduzida em bolsa são apreçados pelo seu valor patrimonial, também em cumprimento à legislação vigente. Os investimentos em ações de empresas realizados através de FIPs seguem metodologia de avaliação específica, neste caso decorrente das disposições definidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os demais investimentos destes fundos seguem as regras das instituições controladoras responsáveis pelo apreçamento dos ativos de cada fundo. Por fim, para avaliação do valor de mercado dos investimentos em imóveis contratamos regularmente empresas avaliadoras especializadas.

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Independente do objetivo, a modalidade de apreçamento adotada ocorre sempre em obediência à legislação.

8. Procedimentos e critérios para avaliação dos riscos de investimento Continuamente avaliamos, analisamos, monitoramos e controlamos os riscos de crédito, de mercado, de liquidez, operacional, legal e sistêmico dos investimentos. Este acompanhamento assenta-se em métodos, procedimentos e critérios executados por equipe própria, e é complementado por monitoramento permanente exercido por parte de administradores terceiros, formalmente responsáveis junto à CVM, pelo custodiante qualificado e por consultor independente de risco. A descrição das metodologias de avaliação dos riscos e dos procedimentos internos de controle e monitoramento estão formalmente documentadas no Modelo Proprietário de Riscos dos

Investimentos e as evidências de seu cumprimento são obtidas e mensalmente arquivadas. A seguir estão descritos os critérios adotados: a) Risco de Crédito: gerenciamos este risco em momentos e de formas distintas: antes de cada aquisição, analisando as características da emissão e a capacidade de solvência do emissor; e ao final de cada mês analisando em conjunto todos os títulos de crédito privado em carteira. A análise que precede as aquisições é realizada de forma distinta para títulos de crédito emitidos por instituições financeiras e empresas não financeiras. No caso de operações diretas com emissores financeiros, consideramos exclusivamente instituições de primeira linha; nossa avaliação é suportada pela análise das informações disponibilizadas pelo Banco Central e é apoiada nos ratings de agências classificadora. Os limites são periodicamente atualizados pela Diretoria de Investimentos e submetidos à aprovação da Diretoria Executiva e do Conselho Deliberativo, conforme Política de Competências e Alçadas. As aquisições de títulos de crédito de emissão de empresas não financeiras, e instituições financeiras de médio porte, neste último caso com limites também aprovados pelo Conselho Deliberativo, ocorrem basicamente através de fundos exclusivos. Estas oportunidades são analisadas a partir de recomendação fundamentada tanto pelo gestor como pela equipe interna, e apoiada em ratings de agências classificadoras. O Comitê de Investimento do fundo de crédito, liderado pelo gestor, aprecia a oportunidade de investimento, onde a Fundação tem o poder de veto. A análise interna considera, dentre outros, os critérios de investimento e controles de risco praticados que constam na Política de Limites para os Fundos Exclusivos de Crédito Privado, avaliando questões como limites de concentração por emissor, por faixa de rating e por setor e, ainda, limites por prazo de vencimento. Além das análises que precedem as aquisições, ao fim de cada mês é realizada a etapa de monitoramento, quando são verificadas eventuais alterações na percepção do risco de crédito de

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cada titulo. Em seguida é realizada a etapa de avaliação quando se estima a perda potencial do conjunto de todos os títulos de credito privado já adquiridos. b) Risco de mercado: Gerenciamos o risco de mercado através de duas ações: do estabelecimento de orçamento de risco para os veículos de investimentos exclusivos e dos percentuais alocados em cada classe de ativo – macro-alocação. Nos fundos exclusivos impomos aos gestores terceiros limites específicos de tolerância a risco de acordo com o mandato e com o objetivo de retorno do fundo, sendo alguns expressos em valores absolutos e outros em relação ao descolamento do seu benchmark. O monitoramento deste risco é realizado diariamente através da ferramenta VaR (Value at Risk), testes de estresse e expected

shortfall. Periodicamente reavaliamos estes limites de risco e os comparamos com o objetivo de rentabilidade do investimento. Para os fundos de investimentos multimercados não exclusivos, estabelecemos limites máximos de risco desejáveis. O gerenciamento de risco por macro-alocação ocorre no nível consolidado dos investimentos e deve ser realizado de forma separada para os ativos da parcela CD e da parcela BD. Tanto na carteira CD quanto na carteira BD uma alteração na macro-alocação é esperada caso a volatilidade verificada ultrapasse faixa pré-determinada. Desta forma é possível limitar a probabilidade de perda máxima para um limite tolerável a partir da macro-alocação. c) Risco de liquidez: O risco de liquidez é tratado a curto prazo e a longo prazo, este considerando até o pagamento do último benefício. O risco de liquidez de curto prazo possui monitoramento mensal via fluxo de caixa, cujo objetivo é eliminar a incerteza referente à eventual falta de liquidez dos investimentos no momento dos resgates previdenciários. Para gerenciar o risco de liquidez de longo prazo também realizamos periodicamente estudos de fluxo de caixa, que apontam as necessidades de liquidez ao longo do tempo. Em ambos os casos este monitoramento pode gerar recomendação de reforço nos níveis de liquidez dos planos. d) Risco Operacional e Legal: Com apoio de consultoria externa e áreas dedicadas, analisamos a eficácia dos procedimentos de identificação, avaliação, controle e monitoramento dos riscos operacionais, visando o fortalecimento do ambiente de governança corporativa e da aderência dos controles internos aos normativos vigentes. e) Risco Sistêmico: monitoramos a possibilidade de um possível risco no sistema como um todo através do acompanhamento dos mercados financeiros nacional e internacional e através da análise dos efeitos de cenários de estresse elaborados pela B3 em nossas posições. Todos os estudos relativos a risco tem sua metodologia documentada em procedimento interno e os relatórios resultantes ficam à disposição para consulta dos órgãos de governança e controle da Fundação.

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9. Diretrizes para observância de princípios de responsabilidade ambiental, social e de governança A Fundação Atlântico entende que administradores de plano de previdência complementar possuem papel importante na promoção de boas práticas relativas a questões ambientais, sociais e de governança corporativa. Ao avaliar a contratação de prestadores de serviços voltados para a área de investimentos, ou ao adquirir títulos e valores mobiliários, a Fundação dá criteriosa importância à parte qualitativa, aí incluídos os aspectos relativos a ética, transparência, sustentabilidade e governança corporativa da instituição objeto da avaliação. Esta avaliação considera o setor de atuação da instituição, quais os potenciais impactos negativos que sua atuação pode ter na sociedade e quais medidas são tomadas para minimizar esses impactos. Maior detalhamento sobre o processo de avaliação e os critérios considerados para atendimento a esses objetivos pode ser encontrado na Política de Responsabilidade Social, Ambiental e de

Governança para Investimentos Mobiliários, a qual está a disposição dos órgãos de governança e controle da Fundação. Adicionalmente, buscamos, em nosso dia-a-dia, para o cumprimento adequado de nossa missão, ter uma atitude e um comportamento que contribua para um ambiente sustentável. Para tal: • Objetivamos, nas relações com os nossos Colaboradores, propiciar condições dignas e seguras de trabalho, que induzam o desenvolvimento profissional e que combatam práticas discriminatórias de emprego de qualquer natureza, sempre em observância às leis e costumes; • Objetivamos, no trato e comunicação com Participantes, Patrocinadores e Entidades Representativas, respeito, transparência, diálogo e tempestividade; e • Pautamo-nos, no relacionamento com Entidades Reguladoras e órgãos de governo em geral, por conduta ética e transparente.

10. Procedimentos e critérios relativos a seleção, acompanhamento e avaliação de prestadores de serviços relacionados à administração de carteiras de valores mobiliários e de fundo de investimento Utilizamos instituições especializadas na administração fiduciária, custódia qualificada e controladoria dos nossos recursos. Na gestão dos recursos, também utilizamos prioritariamente instituições especializadas, embora tenhamos parcela gerida internamente. Cabe aos gestores externos a execução da estratégia específica dentro dos princípios gerais estabelecidos pela Diretoria de Investimentos, ratificados pela Diretoria Executiva e Conselho Deliberativo.

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Na seleção dos prestadores de serviços realizamos avaliação quantitativa e qualitativa, onde avaliamos a capacitação técnica, a observância de princípios de responsabilidade ambiental, social e de governança e a existência de potenciais conflitos de interesse. Possuímos critérios específicos e diferenciados para seleção de gestores para mandatos de renda fixa, crédito, multilmercado, ações e exterior, que abordam aspectos de natureza quantitativa e qualitativa. Um maior detalhamento sobre o processo de seleção desses gestores pode ser encontrado nos manuais de seleção de gestores para essas classes de ativos, os quais estão a disposição dos órgãos de governança e controle da Fundação. A avaliação dos prestadores de serviço com contrato em curso é realizado pela Diretoria de Investimentos, que acompanha continuamente o desempenho dessas instituições. Especificamente em relação àqueles que atuam na gestão de recursos, quando se faz necessária a seleção ou substituição dos mesmos, aquela Diretoria identifica e avalia as características que aqueles fornecedores devem possuir, considerando o histórico de risco e retorno dos recursos por eles geridos, bem como demais características desejadas, tais como atendimento, middle office, controle de risco, backoffice, volume sob gestão e reputação no mercado. Estas conclusões e recomendações são submetidas à Diretoria Executiva e ao Conselho Deliberativo. Os relatórios frutos desses estudos ficam sob a guarda da Diretoria de Investimentos e estão a disposição para consulta dos órgãos de governança e controle da Fundação.

11. Procedimentos e critérios relativos a observância dos limites e requisitos da Resolução nº 4.661 Nossa Instituição custodiante, além de exercer a atividade de custódia e ser a principal responsável pelo apreçamento dos ativos, também exerce papel fundamental na conferência, com relação ao enquadramento, das nossas operações. Essa conferência é realizada em momentos e formas distintas. Antes de a Fundação fazer aplicação incial em um fundo de investimento, o custodiante verifica o enquandramento da operação aos normativos vigentes, em especial a Resolução CMN 4.661. Somente após essa conferência as operações são liberadas para liquidação e então passam a fazer parte do conjunto de ativos investidos pela Fundação. Além disso, após o encerramento do mês, o custodiante elabora relatório de verificação do enquadramento da carteira, em sua totalidade, aos normativos vigentes. Essa verificação é realizada considerando isoladamente cada Plano de Benefícios administrado pela Fundação, analisando também o Plano de Gestão Administrativa. Cabe a Fundação, além de auxiliar na construção desse relatório de enquadramento provendo alguns insumos necessários, também verificar os resultados obtidos e indicar, caso identifique, os desenquadramentos verificados para posterior regularização. Exercemos especial acompanhamento na utilização de derivativos por parte dos gestores terceiros. Nesses casos, além dos controles realizados por parte dos próprios gestores, administradores, custodiante qualificado e consultor independente de risco, realizamos também

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monitoramento interno através do acompanhamento diário das operações realizadas, observando a exposição, a margem e os prêmios envolvidos.

12. Operações realizadas em ativos financeiros ligados à patrocinadora, fornecedores, clientes e demais empresas ligadas ao grupo econômico da patrocinadora Eventuais investimentos em ativos financeiros ligados a patrocinadora, seu controlador ou acionista relevante, e ainda junto a demais empresas ligadas aos respectivos grupos econômicos, são de competência do Conselho Deliberativo da Fundação. O percentual máximo para investimentos em ativos ligados as patrocinadoras é o limite legal. 13. Procedimentos e critérios para avaliar, gerenciar e acompanhar o risco e o retorno esperado dos investimentos A definição da macro-alocação dos investimentos e a seleção de gestores são as decisões de maior relevância realizadas pela diretoria de investimentos. Os processos que envolvem estas decisões são contínuos, e ocorrem inicialmente no Comitê de Investimentos, ratificados ou não pela Gerência correspondente e Diretoria de Investimentos. Para cada cenário de volatilidade e retorno são debatidas possíveis alocações que buscam convergir o retorno esperado dos ativos do plano com sua respectiva taxa mínima atuarial ou índice de referência, vis-a-vis o nível de volatilidade tolerada. As decisões são formalmente registradas mensalmente no documento denominado Book de Investimento. Adicionalmente, no denominado Book de Risco são registrados aspectos relacionados aos controles de risco para os investimentos mobiliários. 14. Responsabilidades e objetivos associados aos agentes que participem do processo de análise, avaliação, gerenciamento, assessoramento e decisão sobre a aplicação dos recursos dos planos da entidade O nível hierárquico mais elevado do processo decisório da Fundação é o seu Conselho Deliberativo, cabendo a ele aprovar as Políticas de Investimentos dos planos e também a Política

de Competências e Alçadas da Fundação. Nesta estão definidas as respectivas competências e alçadas de decisão de cada instância. O documento Processo decisório e de governança da Fundação Atlântico formaliza o processo decisório e governança da Fundação aplicáveis aos investimentos e, junto com a Política de

Competências e Alçadas, explicita o papel da Diretoria de Investimentos, das gerências subordinadas a ela e do Comitê de Investimentos da Fundação na aplicação dos recursos.

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15. Procedimentos e critérios para mitigar potenciais conflitos de interesse de seus prestadores de serviços e das pessoas que participam do processo decisório A Fundação entende que um relacionamento correto e transparente com terceiros, sejam agentes de mercado, fornecedores ou emissores de títulos e valores mobiliários, é chave fundamental para sua existência e sucesso. Visando manter a integridade e a eficiência na alocação dos recursos a Fundação exige, como regra geral, que o colaborador na área de investimentos não tenha relação comercial ou financeira com empresas ou prestadores de serviços de investimentos junto aos quais a Fundação mantenha relacionamento, nem possuir qualquer tipo de interesse pessoal que possa afetar sua capacidade de avaliação em relação a fornecedores ou empresas investidas. Da mesma forma, os colaboradores não podem utilizar informações confidenciais ou privilegiadas que possuam para auferir, direta ou indiretamente, benefício, nem possuir relação de parentesco até terceiro grau ou vínculo pessoal com aqueles que possam ser por ele beneficiada. Qualquer situação de conflito envolvendo algum colaborador deve ser tempestivamente informada ao Diretor de Investimentos. O documento Práticas de ética e conflitos de interesses adotados pela área de investimentos ratifica as práticas adotadas pela área de investimentos referentes a padrões éticos, contendo maior detalhamento sobre situações de potencial conflito de interesse envolvendo custodiante, Administradores (fiduciário ou não), gestores, consultores, fornecedores e emissoras de valores mobiliários.

16. Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado (AETQ), Administrador Responsável pelo Plano de Benefícios (ARPB) e Comitê Responsável pela Gestão de Riscos Marcio de Araújo Faria, Diretor de Investimentos, é o Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado (AETQ), sendo o responsável pela gestão, alocação, supervisão, controle de risco e acompanhamento dos recursos para todos os segmentos de aplicação, bem como pela prestação de informações relativas aos mesmos, sem prejuízo da responsabilidade solidária dos demais administradores. Evandro Couceiro Costa Júnior, Diretor de Seguridade, é o Administrador Responsável pelo Plano de Benefícios (ARPB), sendo dele a responsabilidade pela administração e execução do Plano, acompanhamento das hipóteses biométricas, demográficas, econômicas e financeiras utilizados na sua avaliação atuarial, bem como pela prestação de informações relativas ao mesmo junto à PREVIC. Em função das novas diretrizes introduzidas pela Resolução CMN. 4.661, e visando assegurar as melhores práticas de governança, a Fundação Atlântico designa os seguintes participantes do comitê responsável pela gestão de riscos: (i) Gerente de Risco e Estudos Econômicos; (ii) Assessor de Planejamento, Orçamento, Controle e Regulatório; e (iii) Gerente de Processos, RH e TI.

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17. Prestação de garantias Exceto as garantias requeridas em juízo, a Fundação não presta garantias. A Administração

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Glossário AETQ Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado. Pessoa Física credenciada e responsável pela gestão, alocação, supervisão e acompanhamento dos investimentos da entidade, bem como pela prestação de informações relativas às aplicações dos recursos. O AETQ responde administrativa, civil e criminalmente pelas atividades de aplicações de recursos, sem prejuízo da responsabilidade solidária dos respectivos administradores, custodiante ou Administrador Fiduciário. ALM Sigla em inglês de Asset Liability Management. É definido como o gerenciamento conjunto de ativos e passivos de uma instituição ou, mais especificamente, o processo de formulação, implementação, monitoramento e revisão de estratégia relacionada aos ativos e passivos, na tentativa de alcançar os objetivos financeiros a partir de diferentes níveis de riscos e retornos. Benchmark

Expressão em inglês que significa ponto de referência ou unidades-padrão. É utilizado para que se estabeleçam parâmetros entre produtos, serviços, títulos, taxas etc. com o intuito de saber se eles se encontram acima ou abaixo do que serve como referência. Benefício Concedido Benefício cujo valor já foi pago ou está sendo usufruído. Benefício Definido Significa aquele benefício cujo o valor está previamente determinado, com base nas regras do Regulamento do Plano. Benefício em formação ou “a conceder” Benefício ainda não concedido, estando em processo de acumulação financeira ou sendo relativo a Participantes que ainda não atingiram as condições de elegibilidade. Compliance

Expressão em inglês. Significa aderência, ou conformidade, das práticas ao prescrito na legislação e regulamentação. Contribuição Definida Significa que os benefícios serão obtidos em função do saldo acumulado de (i) suas contribuições mensais, (ii) de seus Patrocinadores, e (iii) do resultado líquido dos investimentos realizados. Contribuição Variável Um plano de contribuição variável é aquele onde os benefícios programados apresentam características tanto de Contribuição Definida (CD) quanto de Benefício Definido (BD). EFPC Entidade Fechada de Previdência Complementar.

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Expected Shortfall

Expressão em inglês. É uma medida que demonstra o valor esperado da perda de um ativo ou carteira, para um determinado horizonte de tempo, condicionado a um percentil. Ratings

Expressão em inglês. São classificações atribuídas por empresas especializadas (rating agencies) e dizem respeito à qualidade de crédito de empresas ou de países. Teste de Estresse Procedimento utilizado para verificar os resultados de um modelo ou estudo quando se adota premissas extremas. VAR Sigla em inglês de Value at Risk. É uma medida que demonstra a maior perda esperada de um ativo ou carteira, para um determinado horizonte de tempo e dada probabilidade de ocorrência.