POLÍTICA DE INVESTIMENTOS 2008 - 2012 · POLÍTICA DE INVESTIMENTOS 2008 - 2012 DIRETORIA...
Transcript of POLÍTICA DE INVESTIMENTOS 2008 - 2012 · POLÍTICA DE INVESTIMENTOS 2008 - 2012 DIRETORIA...
FUNDAÇÃO CEEE DE SEGURIDADE SOCIAL – ELETROCEEE
POLÍTICA DE INVESTIMENTOS2008 - 2012
DIRETORIA FINANCEIRA
Gerência de Investimentos
2
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................3
2 APLICABILIDADE DA POLÍTICA DE INVESTIMENTOS......................................4
3 PROCESSO INTERNO DE DECISÃO..................................................................4
4 METAS DE RENTABILIDADE...............................................................................5
4.1 ALOCAÇÃO ESTRATÉGICA DA CARTEIRA DE INVESTIMENTOS .............5
4.2 META ATUARIAL............................................................................................6
4.3 META DE GESTÃO.........................................................................................7
5 CENÁRIO MACROECONÔMICO .........................................................................8
6 CRITÉRIOS DE INVESTIMENTO .......................................................................10
6.1 SEGMENTO DE RENDA VARIÁVEL............................................................10
6.1.1 Carteira de Ações em Mercado..................................................................10
6.1.2 Carteira de Participações ...........................................................................12
6.2 SEGMENTO DE RENDA FIXA .....................................................................12
6.3 SEGMENTO DE IMÓVEIS ............................................................................15
6.3.1 Carteira de Aluguéis e Renda ....................................................................15
6.3.2 Carteira de Fundos Imobiliários..................................................................15
6.4 SEGMENTO DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS ............................15
6.4.1 Carteira de Empréstimos a Participantes e Assistidos ...............................15
6.5 OPERAÇÕES COM DERIVATIVOS .............................................................16
7 CRITÉRIOS DE CONTRATAÇÃO DE FORNECEDORES DE SERVIÇOS........17
7.1 instituições financeiras: .................................................................................17
7.2 corretoras: .....................................................................................................17
7.3 agente custodiante: .......................................................................................18
8 AVALIAÇÃO DE RISCOS ...................................................................................19
8.1 RISCO DE MERCADO..................................................................................19
8.2 RISCO DE CRÉDITO....................................................................................19
8.3 RISCO DE LIQUIDEZ....................................................................................20
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................21
3
1 INTRODUÇÃO
A FUNDAÇÃO CEEE DE SEGURIDADE SOCIAL - ELETROCEEE, pessoa
jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, é uma entidade fechada de
previdência complementar, instituída sob a forma de Entidade Civil, na forma da
legislação em vigor, tem sede e foro no município de Porto Alegre, Estado do Rio
Grande do Sul, regendo-se por seu Estatuto, respectivos Regulamentos e pelas
normas legais vigentes.
A Entidade tem como objetivo a instituição e execução de planos de
benefícios de caráter previdenciário, complementares ao regime geral de previdência
social, na forma da legislação vigente.
Este documento de definição da Política de Investimentos e seus objetivos
foi constituído de acordo com a legislação vigente e se submete aos Regulamentos
e Estatuto da FUNDAÇÃO CEEE e de seus planos de Benefício Definido,
Contribuição Definida e Contribuição Variável.
Este documento estabelece as maneiras como os ativos da FUNDAÇÃO
CEEE devem ser investidos e foi preparado para assegurar e garantir a continuidade
do gerenciamento prudente e eficiente dos ativos da Entidade. Os investimentos
devem ser selecionados de acordo com os critérios e definições das seções
seguintes e respeitando a legislação em vigor.
A data limite de aprovação deste documento é 29 de dezembro de 2007 e a
data do início de vigência é 02 de janeiro de 2008.
4
2 APLICABILIDADE DA POLÍTICA DE INVESTIMENTOS
A FUNDAÇÃO CEEE é o administrador legal de um Plano de Gestão
Administrativa e de 7 Planos de Complementação de Aposentadoria, a saber:
Plano Único CEEE
Plano Único RGE
Plano Único AES – Sul
Plano Único CGTEE
CEEEPrev
CRMPrev
SENGE Prev
A presente Política de Investimentos será aplicada em todos planos de
benefícios possuídos pela FUNDAÇÃO CEEE, exceto ao SENGE Prev que terá seus
recursos rentabilizados pela rentabilidade do Segmento de Renda Fixa e Renda
Variável.
3 PROCESSO INTERNO DE DECISÃO
O processo interno de decisão está definido pela Legislação vigente que
determina a composição, atribuições e alçadas do Conselho Deliberativo e da
Diretoria Executiva.
Operacionalmente o processo inicia pela proposição ao Comitê Consultivo
de Investimentos (CCI), pela Diretoria Financeira, dos negócios e projetos
selecionados. O CCI aprova a proposição à Diretoria Executiva que por sua vez,
aprova e encaminha ao Conselho Deliberativo negócios de valor igual ou superior a
3% (três por cento) da Carteira de Investimentos e compra ou venda de imóveis.
Os procedimentos pautados neste item obedecem aos regramentos
definidos no documento Manual de Gestão, numerados como 7.3.16 –
Planejamento de Investimentos e 7.3.17 – Operacionalização de Investimentos.
Outras obrigatoriedades serão definidas no decorrer deste trabalho.
5
4 METAS DE RENTABILIDADENa seleção de investimentos e alocação de seus recursos, a Fundação
CEEE, adota uma política com baixa tolerância a riscos de crédito e de mercado. As
simulações apresentadas nos quadros a seguir buscam delinear a alocação ótima
dos investimentos de acordo com o binômio risco/retorno parametrizadas pela Meta
Atuarial e pela Meta de Gestão.
4.1 ALOCAÇÃO ESTRATÉGICA DA CARTEIRA DE INVESTIMENTOSA alocação estratégica é resultado de um estudo dos ativos e passivos
(ALM) da Entidade que identifica os percentuais de exposição em cada segmento
necessários para o atingimento da meta atuarial de longo prazo. É uma alocação
virtual que serve de base comparativa para a alocação tática anual definida de
acordo com o cenário esperado.
O benchmark da Carteira de Investimentos é representado pela ponderação
dos benchmarks de cada segmento pelos respectivos pesos da alocação estratégica
a seguir:
Renda Fixa (excluindo investimentos atrelados à índices de inflação): 45% dosrecursos totais;
Renda Fixa (investimentos atrelados à índices de inflação): 25% dos recursostotais;
Renda Variável: 20% dos recursos totais; Imóveis: 5 % dos recursos totais. Empréstimos a participantes: 5% dos recursos totais.
META REAL 8,00% ao ano 0,64% ao mêsINPC PROJETADO 4,20% ao ano 0,34% ao mêsMETA NOMINAL 12,54% ao ano 0,99% ao mês
META ATUARIAL 6,00% ao ano 0,49% ao mêsINPC PROJETADO 4,20% ao ano 0,34% ao mêsATUARIAL NOMINAL 10,45% ao ano 0,83% ao mês
6
4.2 META ATUARIALA Meta Atuarial ou de Longo Prazo a ser perseguida pela Fundação CEEE
na vigência desta Política de Investimentos será de 6% (seis por cento) ao ano
acima da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC calculado
pelo IBGE.
A participação de cada ativo, no conceito de Carteira de Investimentos
conforme determina a Secretaria de Previdência Complementar (SPC), e as
rentabilidades esperadas estão demonstradas no quadro abaixo.
METAS PARA 2008 - CARTEIRA DE INVESTIMENTOSTÍTULOS PROJEÇÕES
R P RxP R com Inflação
Renda Variável 11,95% 28,6% 3,42% 16,7%Carteira de Ações 11,97% 28,5% 3,41% 16,7%
Invest. não Tradicionais (FIP) 6,00% 0,1% 0,01% 10,5%
Renda Fixa 6,53% 68,7% 4,49% 11,0%Títulos Públicos Federais 6,53% 66,2% 4,32% 11,0%
CDBs 0,00% 0,0% 0,00% 4,2%
Debêntures 6,53% 0,9% 0,06% 11,0%
Fundos Invest. (FIDC/CRI) 6,53% 1,6% 0,10% 11,0%
Imóveis 6,00% 1,6% 0,10% 10,5%
Empréstimos aos Participantes 6,53% 1,1% 0,07% 11,0%
Total 100,0%
Rentabilidade Real Ponderada 8,07% 12,61%
Onde: INPC
Ganho Real é a parcela que superar a variação do INPC. Projetado
R = Rentabilidade de cada ativo acima do INPC.
P = Participação de cada ativo no patrimônio 4,20%
7
4.3 META DE GESTÃOA Meta de Gestão ou o objetivo de retorno de curto prazo definida pela
Diretoria Executiva da Fundação CEEE para o ano de 2008 será de 9% (nove por
cento) acima da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC
calculado pelo IBGE. No quadro a seguir apresentamos uma projeção de
rentabilidades esperadas no conceito gerencial de “Rentabilidade Patrimonial” que
inclui “Operações com Patrocinadoras” e que deve ser o objeto de atenção dos
gestores do patrimônio da Fundação CEEE.
METAS PARA 2008 - RENTABILIDADE PATRIMONIALTÍTULOS PROJEÇÕES
R P RxP R com Inflação
Renda Variável 11,95% 26,30% 3,14% 16,6%Carteira de Ações 11,97% 26,2% 3,14% 16,7%
Invest. não Tradicionais (FIP) 6,00% 0,1% 0,01% 10,5%
Renda Fixa 6,53% 62,90% 4,11% 11,0%Títulos Públicos Federais 6,53% 60,7% 3,96% 11,0%
CDBs 0,00% 0,0% 0,00% 0,0%
Debêntures 6,53% 0,7% 0,05% 11,0%
Fundos Invest. (FIDC/CRI) 6,53% 1,5% 0,10% 11,0%
Empréstimos aos Participantes 6,53% 1,0% 0,07% 11,0%
Imóveis 6,00% 1,5% 0,09% 10,5%
Operações com Patrocinadoras 9,00% 8,3% 0,75% 13,6%
Total 100,0%
Rentabilidade Real Ponderada 8,15% 12,69%
Onde: INPC
Ganho Real é a parcela que superar a variação do INPC. Projetado
R = Rentabilidade de cada ativo acima do INPC.
P = Participação de cada ativo no patrimônio 4,20%
8
5 CENÁRIO MACROECONÔMICO
Com a conjugação do regime de metas de inflação, de câmbio flutuante e do
compromisso de forte controle fiscal e superávits primários, a economia brasileira
tem convivido com políticas macroeconômicas que reforçam a credibilidade das
autoridades monetárias, assim como traçam um horizonte mais estável para os
próximos períodos se levados em conta os fundamentos conquistados nos últimos
anos.
Projeções Macroeconômicas 2008 - 2012
A análise macroeconômica dos fundamentos brasileiros e sua inserção no
contexto internacional leva à montagem de um cenário básico para os próximos
anos onde a relação da dívida do setor público converge marginalmente para o
patamar médio de endividamento dos demais países que possuem classificação de
risco de crédito igual a investment grade.
Indicador 2007 2008 2009 2010 2011 2012PIBCrescimento real (%) 4,70 4,40 4,00 4,09 4,00 4,00
InflaçãoIPCA 4,01 4,10 4,00 4,00 4,00 4,00INPC 4,38 4,20 4,00 4,00 4,00 4,00IGP-M 5,30 4,03 4,00 4,00 4,00 4,00IGP-DI 5,55 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00
Taxa de CâmbioR$/US$ - final de período 1,85 1,90 2,00 2,00 2,10 2,10
Taxa de JurosTaxa básica final de período 11,00 10,75 9,50 9,00 8,50 8,50Taxa básica média 11,88 11,00 9,75 9,30 8,88 8,88Taxa de Juros Real média - s/ IPCA 7,57 6,63 5,53 5,10 4,69 4,69
Contas PúblicasDívida Líquida do Setor Público (% PIB) 43,30 42,00 39,50 37,10 37,00 37,00
Bolsa de ValoresIbovespa (em pontos) 60.000 70.000 n.a n.a n.a n.a
Fontes: Pesquisa Focus Bacen (05/10/2007) BBDTVM - Macro e Mercados (14/09/2007).Santander Brasil Research (Perspectiva Econômica 08/10/2007) UAM - Unibanco Asset ManagementING Brazil Key economic forecasts (September 2007) BRAM - Bradesco Asset ManagementItau Informativo Consultoria Econômica (01/10/2007). UBS PactualProjeções MCM - cenário básico (08/10/2007). FMI
Projeções
9
A FUNDAÇÃO CEEE trabalha, em um cenário básico para o ano de 2008,
com as seguintes expectativas:
Taxa básica de juros (Selic) - média : 6,53% real (descontada a variação do INPCe equivalente a 11,00% nominal)
INPC: 4,20%
Renda Variável (Ibovespa): 11,97% real (equivalente a 16,67% nominal)
10
6 CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOA seguir, serão apresentados os limites e critérios de investimentos por
segmentos e carteiras.
6.1 SEGMENTO DE RENDA VARIÁVELEste segmento envolve Carteira de Ações em Mercado (própria e fundos
exclusivos) e Carteira de Participações. Um máximo de 30% (trinta por cento) dos
recursos da Carteira de Investimentos poderão estar alocados neste segmento.
O segmento de renda variável poderá ser composto por:
Ações em mercado; Debêntures Conversíveis; Quotas de FIP e/ou Private Equity (Carteira de Participações); Outros Ativos;
Não são permitidas aquisições de cotas de Fundos Abertos, tais como
Fundos de Investimento em Ações (FIA) e de Fundos de Aplicação em Quotas de
Fundo de Investimento em Ações (FIQ) abertos, exceto quando se tratar de FIP -
Fundo de Investimento em Participações e/ou dos Fundos Exclusivos.
6.1.1 Carteira de Ações em Mercado
• Até 30% (trinta por cento) da Carteira de Investimentos poderá ser direcionada
para a Carteira de Ações em Mercado. Para fins de enquadramento à Política de
Investimento aqui definida, o administrador da carteira deverá operar na faixa de
20% a 30%, utilizando esta margem para maximizar o rendimento da carteira.
• No mínimo 15% (quinze por cento) e no máximo 30% (trinta por cento) dos
recursos desta carteira deverão ser administrados por gestores externos através
de fundos exclusivos com políticas de investimentos claramente definidas,
aprovadas e em linha com as diretrizes estabelecidas neste trabalho. Por
conseguinte, os recursos remanescentes, deverão ser administrados
internamente (até 85%).
• Os ativos pertencentes a esta Carteira poderão ser utilizados em operações de
aluguel de ações em que a Eletroceee seja a parte doadora.
11
a) Quanto a carteira própria de ações em mercado:
• O benchmark é o Ibovespa médio.
• O objetivo de médio e longo prazo é superar a meta atuarial e o de curto prazo é
superar 100% do benchmark.
• O gestor poderá efetuar operações mensais de giro limitado a até 20% (vinte por
cento) do total da carteira, em condições normais de mercado.
• A carteira deverá ter um mínimo de 15 (quinze) e um máximo de 35 (trinta e
cinco) empresas em seu portfólio.
• A relação de subsetores alvo de investimentos, segundo a classificação da Bolsa
de Valores de São Paulo, será a seguinte:
Alimentos Energia Elétrica
Madeira e Papel Petróleo/Gás
Intermediários financeiros Saneamento
Holdings Diversificadas Siderurgia
Mineração Telefonia fixa e móvel
Transporte Construção e Engenharia
Comércio Químico
• A seleção de empresas, dentro destes setores, será realizada pelo método top
down a partir da análise de múltiplos da Escola Fundamentalista.
b) Quanto aos fundos exclusivos de renda variável:
• O benchmark é o Ibovespa médio.
• A meta de rentabilidade é refletir 100% do benchmark através de uma gestão
passiva.
• Nenhum fundo poderá ter patrimônio superior a 40% (quarenta por cento) dos
recursos destinados para gestão externa no segmento de renda variável.
• Como pré-qualificação para administrar recursos da Fundação CEEE neste tipo
de Carteira, a empresa administradora de recursos deverá ter sob sua
responsabilidade um volume mínimo de R$ 1,5 bilhão (hum bilhão e quinhentos
milhões de reais) de recursos de terceiros no segmento de Renda Variável.
12
6.1.2 Carteira de Participações
• Até 5% (cinco por cento) da Carteira de Investimentos poderá ser direcionada
para a Carteira de Participações.
• Os investimentos desta carteira serão realizados preferencialmente no setor de
energia elétrica e poderão ser efetivados através de aportes em quotas de
“Fundos de Participação” (FIP) ou “Fundos Private Equity” ou através de
“Sociedade de Propósito Específico” (SPE).
Como pontos de análise deverão ser observados os seguintes itens, no mínimo:
• A taxa de retorno esperada e as possíveis taxas de administração e performance
deverão ser adequadas e compatíveis com o mercado.
• O aporte de recursos e o porte dos projetos deverão ser compatíveis com o
patrimônio da Fundação CEEE.
• A participação da Fundação CEEE deverá ser relevante e preferencialmente com
direito a assento em Comitê de Investimentos e/ou Comitê Técnico e Conselhos e/ou
Diretorias.
O investimento em Fundos de Participação ou Private Equity deverão obedecer aos
seguintes critérios e requisitos:
• O gestor deverá possuir comprovada experiência e tradição como tal;
• O gestor deverá ter capacidade técnica para a seleção de projetos;
• O fundo deverá apresentar uma política de investimento e desinvestimento bem
definida e clara;
• O regulamento do Fundo deverá prever práticas de governança e alto nível de
exposição e participação dos quotistas na gestão;
• O perfil dos quotistas deverá estar alinhado aos interesses e objetivos do Fundo;
• O gestor deverá participar também como investidor;
• A estrutura jurídica do Fundo deverá estar bem definida e clara.
Os Investimentos classificados nesta carteira deverão ser submetidos à
apreciação do Conselho Deliberativo independentemente de seu valor.
6.2 SEGMENTO DE RENDA FIXAAs aplicações neste segmento poderão ser realizadas através de:
13
• Títulos Públicos Federais, de emissão do Tesouro Nacional e/ou Banco Central
do Brasil Pré-fixados, Pós-Fixados e indexados à inflação;
• Títulos Públicos de emissão de Estados e Municípios classificados como baixo
risco de crédito por agências nacionais de classificação de rating. Os Títulos
Públicos Estaduais e Municipais adquiridos em prazo anterior a publicação da
Resolução CMN 3.121 classificados como médio/alto risco de crédito, poderão
ser mantidos até o vencimento, desde que não apresentem liquidez para
negociação com preços compatíveis a negociações de Títulos Públicos Federais
indexados a mesmos índices e que apresentem maior liquidez.
• Títulos Privados de Emissão de Instituições Financeiras e Empresas Não
Financeiras com Risco de Crédito Aprovado pelo Comitê de Crédito e de
Investimentos do gestor, tanto Própria como Terceirizada, na data de aquisição
devendo, o administrador de recursos, acompanhar a evolução ou tendência de
classificação de rating de crédito do título e, ainda, refletir no preço do mesmo,
toda e qualquer atualização de classificação realizada. Títulos que sofrerem
rebaixamento de classificação e não apresentarem liquidez no mercado
secundário, devem ser precificados por taxas de títulos de características
semelhantes, agravadas pelo custo do rebaixamento. O administrador de
recursos deve empregar os melhores esforços para retirar da carteira, títulos
privados que sofrerem rebaixamento e não se enquadrarem nas determinações
deste documento. A Entidade deve ser comunicada de todos os procedimentos a
serem realizados. Todo e qualquer título enquadrado nesta modalidade, deve
também ser classificado por, no mínimo, uma agência de “rating”, devidamente
autorizada a operar no Brasil, como baixo risco de crédito (ou “investment
grade”):
Certificados de Depósito Bancário (CDBs); Recibos de Depósito Bancário (RDBs); Debêntures por Emitente Financeiro e Não Financeiro; Títulos Privados indexados a Índices de Inflação; Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI); Quotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC); Outros Ativos de Renda Fixa.
14
Não são permitidas aplicações em Títulos Privados de Emissão de
Instituições Financeiras e Empresas Não Financeiras classificados como médio/alto
Risco de Crédito na data da aquisição pelo Comitê de Crédito e de Investimentos
do(s) Administrador(es) de Recursos;
Aplicações em títulos do próprio Administrador de Recursos e Empresas
Coligadas devem ser realizadas apenas dentro dos limites impostos pela
regulamentação pertinente;
Não são permitidas aquisições de cotas de Fundos Abertos, tais como
Fundos de Investimento (FI) e de Fundos de Investimentos em Quotas (FIQ) de
Fundo de Investimento exceto em Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios,
e Fundos de Investimentos em Quotas de Fundos de Investimentos em Direitos
Creditórios e nos Fundos Exclusivos;
O segmento de renda fixa terá um benchmark definido da seguinte maneira:
Benchmark RF1 = (65%*IMA-S) + (35%*IMA-B)
a) Quanto a Carteira Própria de Renda Fixa:
• Poderá ter em sua composição títulos públicos e/ou privados classificados como
“baixo risco de crédito” conforme regras, critérios de seleção e limites
recomendados pelo Comitê Consultivo de Investimentos – CCI e aprovados pela
Diretoria Executiva dentro de sua competência de atuação.
• Fica vedada a aquisição de “comercial papers”.
b) Quanto aos Fundos exclusivos de Renda Fixa:
• Poderá ter em sua composição títulos públicos e/ou privados classificados como
“baixo risco de crédito” conforme regras, critérios de seleção e limites
recomendados pelo Comitê Consultivo de Investimentos – CCI e aprovados pela
Diretoria Executiva dentro de sua competência de atuação.
• Fica vedada a aquisição de “comercial papers”.
• Como pré-qualificação para administrar recursos da Fundação CEEE neste tipo
de Carteira, a empresa administradora de recursos deverá ter sob sua
15
responsabilidade um volume mínimo de R$ 1,5 bilhão (hum bilhão e quinhentos
milhões de reais) de recursos de terceiros no segmento de Renda Fixa.
• O patrimônio líquido de cada fundo será limitado a 15% (quinze por cento) da
Carteira de Investimentos da Fundação CEEE, por instituição administradora.
6.3 SEGMENTO DE IMÓVEISA decisão de compra ou venda de ativo imobiliários baseia-se na avaliação
das oportunidades que se apresentam e a rentabilidade das mesmas relativamente
ao custo de oportunidade de outras opções de investimento.
O investimento neste segmento não poderá superar o limite de 5% (cinco
por cento) da Carteira de Investimentos.
A rentabilidade global da carteira deverá ser de no mínimo 6% (seis por
cento) acima da variação do INPC.
6.3.1 Carteira de Aluguéis e RendaA meta de sucesso no gerenciamento desta carteira será medida
considerando-se o período de ocupação (locação) e deverá atingir 90% (noventa por
cento) de ocupação média.
6.3.2 Carteira de Fundos ImobiliáriosIncluem-se nesta carteira os investimentos em quotas de fundos de
investimento imobiliário.
6.4 SEGMENTO DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOSNo segmento de Empréstimos e Financiamentos a Fundação CEEE alocará
recursos somente na Carteira de Empréstimos a Participantes e Assistidos.
O saldo deste carteira será limitado a 5% (cinco por cento) da Carteira de
Investimentos.
6.4.1 Carteira de Empréstimos a Participantes e AssistidosA Diretoria Executiva definirá os critérios de cálculo do custo do empréstimo
para o tomador, (taxa de preservação patrimonial, juros remuneratórios, taxa de
administração, etc), de maneira a atender a legislação vigente e atingir as metas
estabelecidas, Atuarial e de Gestão.
1 O IMA-S e o IMA-B são índices do mercado de renda fixa que refletem a rentabilidade dos títulospúblicos pós-fixados e indexados a índices de preços respectivamente ponderados pela participaçãodos mesmos no mercado. [ www.andima.com.br ].
16
A meta de rentabilidade a ser perseguida será de 100% (cem por cento) do
CDI ou INPC + 6% ao ano, dos dois o maior.
6.5 OPERAÇÕES COM DERIVATIVOSOs mercado de derivativos (mercados de futuros, de opções, de juros, etc),
serão utilizados somente para a realização de operações de proteção (hedge) às
carteiras de ativos da Fundação CEEE e/ou como estratégia de renda fixa.
Estas operações deverão ser recomendadas pelo CCI e autorizadas pelos
órgãos competentes da Fundação CEEE, Diretoria Executiva e Conselho
Deliberativo, se for o caso, em respeito aos limites determinados pelo Estatuto em
seu artigo 18, inciso VII.
Os resultados alcançados deverão ser apresentados e analisados pelos
mesmos órgãos após o encerramento de cada operação.
Todas as operações de derivativos (Swap, Futuro) devem ser garantidas por
Bolsa de Valores ou de Mercadorias e Futuros (BOVESPA – Bolsa de Valores de
São Paulo & BM&F – Bolsa de Mercadorias e Futuros, respectivamente). Não são
permitidas operações de derivativos para fins de alavancagem. Permitir que
derivativos sejam usados para fins de posicionamento rápido e troca de posição (pré
e pós)
17
7 CRITÉRIOS DE CONTRATAÇÃO DE FORNECEDORES DE SERVIÇOSA FUNDAÇÃO CEEE entende que a terceirização da gestão de uma parcela de
seus recursos agrega expertise e aprimora conceitos de gestão e controles internos
à qualificação da Gestão Própria da Entidade. Assim, o Conselho Deliberativo da
Entidade julgou eficiente a contratação de Administradores de recursos para
administrar os recursos da Entidade nos Segmentos de Renda Fixa e Renda
Variável.
O estilo de gestão adotado possui como meta a obtenção dos retornos
necessários aos objetivos definidos nesta Política de Investimentos levando-se em
consideração o nível de tolerância a risco da Entidade.
7.1 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS:Os Administradores de Recursos são selecionados, através de parâmetros
de qualificação tais como: tradição, solidez, capacitação técnica ao atendimento dos
objetivos da Entidade, representatividade da carteira de clientes, manutenção da
base de clientes, qualidade e manutenção do quadro de profissionais envolvidos na
gestão dos recursos, entre outros. Para auxiliar a Entidade na contratação e
avaliação de Administrador(es) de Recursos, a Entidade pode contratar Consultoria
Especializada.
A seleção de ativos é realizada pelos administradores de recursos
contratados, que, dentro dos critérios e limites impostos por esta Política de
Investimentos e pela legislação em vigor, têm liberdade na escolha dos ativos a
serem adquiridos.
7.2 CORRETORAS:A(s) Corretora(s) são selecionadas para a Gestão Própria segundo critérios
definidos por: política de corretagem e retenção de “Soft Dollar”,ou seja , a retenção /
repasse de quaisquer descontos nas taxas básicas de corretagem obtidas pela
Entidade; capacidade de pesquisa e fornecimento de informações sobre potenciais
compras, cenários macroeconômicos e setoriais; volume de corretagem; eficiência
na prestação de informações das operações realizadas e eficiência na execução de
ordens. Para uma avaliação qualitativa, serão atribuídas notas que variam de um a
dez para as corretoras previamente selecionadas e os pesos estão descritos por:
18
Critério de Análise Peso (%)
Política de corretagem e retenção de "soft dollar" 35Capacidade de Pesquisa de Ações 20Fornecimento de Cenários Macroeconômicos 10Volume de Corretagem e Base de Clientes 10Eficiência e qualidade de informações de negociação da Entidade 25
A eficiência na execução de ordens apresenta caráter eliminatório em prol
do objetivo maior de uma Corretora que é viabilizar as negociações de ativos em
Bolsas de Valores. A nota final será a média ponderada das notas para cada critério
de análise descrito na tabela acima o que balizará a decisão de escolha das
Corretoras.
Estes critérios podem ser modificados pela Entidade, a qualquer instante,
desde que com aprovação prévia do Conselho Deliberativo. A Corretora não deve ter
fatos que desabonem sua credibilidade e seus registros junto a CVM e ao Banco
Central, bem como a de seus acionistas e diretores, o que deve ser monitorado pela
FUNDAÇÃO CEEE.
7.3 AGENTE CUSTODIANTE:O agente custodiante é selecionado através de parâmetros de qualificação
tais como: tradição em custódia, carteira de clientes, manutenção da base de
clientes, ausência de real e potencial conflito de interesses entre os serviços,
qualidade e clareza das informações prestadas, comprometimento e cumprimento
dos prazos.
19
8 AVALIAÇÃO DE RISCOSPara o efetivo gerenciamento de riscos decorrentes das atividades
desenvolvidas nos investimentos da Fundação CEEE, principalmente no que
concerne aos valores de seus ativos ao longo do tempo, serão usados instrumentos
de mensuração para o risco de mercado, risco de crédito e risco de liquidez.
8.1 RISCO DE MERCADOA medição numérica do risco relacionado aos retornos esperados dos
investimentos em decorrência de variações nas taxas de juros, câmbio, preços de
ações, inflação, etc, será feito através dos métodos de Value at Risk (VaR) e da
Divergência não Planejada (DnP).
O VaR é mensurado sob diferentes cenários de stress, horizontes de tempo
e intervalos de confiança, sendo calculado pela empresa que realiza a custódia dos
ativos da Fundação CEEE, com disponibilização diária dos cálculos individualizados
por carteiras, fundos e também valores consolidados.
A DnP é calculada pelos técnicos da Fundação CEEE, com base em dados
mensais, através da diferença entre a rentabilidade do segmento/carteira e a Meta
Atuarial e a Meta de Gestão.
Também são efetuados os cálculos de Controle da DnP, que vem a ser o
desvio-padrão da DnP acima citada (tracking error), e a DnP Estimada, que é a
média da DnP ao longo do tempo utilizado.
8.2 RISCO DE CRÉDITOA medição do risco relacionado ao recebimento de um valor
contratado/compromissado, a ser pago pelos emissores, contraparte de um contrato
ou emissão de um título, usada nas avaliações dos investimentos da Fundação
CEEE, é aquele efetuado por agências classificadoras de risco em funcionamento
no País (empresas de Rating), fornecido e divulgado ao mercado.
A Entidade deve selecionar, através da classificação efetuada por agências
classificadoras de risco de crédito em funcionamento no País, quais são os títulos
considerados como de baixo risco de crédito – “Investment grade”. Com isto, durante
a vigência desta política de investimentos, a ELETROCEEE somente adquirirá para
os títulos classificados como de baixo risco de crédito – “Investment grade” -, pelas
20
agências definidas no quadro abaixo e mediante aprovação prévia do Conselho
Deliberativo e Diretoria da Entidade.
Agência deClassificação de Risco Ratings Nacionais considerados como Baixo Risco de Crédito
FITCH RATINGS F1(bra), F2(bra), F3(bra), AAA(bra), AA(bra), A(bra), BBB(bra)
SR RATING sr AA, sr A, AAA SR /, AA+ SR, AA SR , AA-SR, A+SR, ASR/brAA, A-SR,BBB+SR/brA+, BBBSR/brA, BBB-SR/brA-
MOODY’s INVESTOR BR-1, BR-2, BR-3, Aaa1.br, Aaa2.br, Aaa3.br, Aa1.br, Aa2.br, Aa3.br, A1.br,A2.br, A3.br, Baa1.br, Baa2.br, Baa3.br
AUSTIN ASIS AAA, AA, A, BBBSTANDARD & POOR’S BrAAA, brAA, brA, brBBB, brA-1, brA-2, brA-3
No caso de duas ou mais agências classificarem o mesmo papel, será
adotado, para fins de classificação de risco de crédito, aquela mais conservadora, ou
seja, de menor “Rating”.
O administrador de recursos deve empregar os melhores esforços para
retirar da carteira títulos privados que sofrerem rebaixamento e não se enquadrarem
nas determinações deste documento.
8.3 RISCO DE LIQUIDEZO risco de perdas devido a incapacidade de se desfazer, de acordo com a
necessidade, de uma posição, ou obter funding devido as condições de mercado, é
controlado pela Fundação CEEE através da metodologia do Asset Liability
Management (ALM) e cálculo de duration da carteira de títulos.
Tal risco é mitigado, atualmente, pela composição da carteira da Fundação
CEEE que privilegia títulos públicos.
Este risco também é mitigado em função da baixa necessidade de liquidez
que o fluxo de caixa da Fundação CEEE representa.
21
9 CONSIDERAÇÕES FINAISA presente Política de Investimentos busca manter o perfil de gestão da
Fundação CEEE na administração de seus ativos e considera a diversificação um
ponto chave para a compensação de riscos e aumento da eficiência na composição
de seus portfólios.
Suas aplicações devem ser consistentes com a filosofia de preservação do
capital com retornos diferenciados, dando ênfase na busca por qualidade de gestão
e na redução dos custos de administração.
Essa política de investimentos deve ser revisada e aprovada pelo Conselho
Deliberativo anualmente, ou, extraordinariamente quando da ocorrência de um fato
relevante que possa influenciar qualquer uma das premissas que a norteiam.