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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE QUÍMICA E BIOLOGIA CURSOS DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA/ELETROTÉCNICA E ENGENHARIA INDUSTRIAL MECÂNICA ESLI JÔNATAS BRITO DE SOUZA RAPHAEL CESAR MAXIMIANO POLUIÇÃO TRABALHO DE PESQUISA

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁDEPARTAMENTO ACADÊMICO DE QUÍMICA E BIOLOGIA

CURSOS DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA/ELETROTÉCNICA E ENGENHARIA INDUSTRIAL MECÂNICA

ESLI JÔNATAS BRITO DE SOUZARAPHAEL CESAR MAXIMIANO

POLUIÇÃO

TRABALHO DE PESQUISA

CURITBA2010

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ESLI JÔNATAS BRITO DE SOUZARAPHAEL CESAR MAXIMIANO

POLUIÇÃO

Trabalho de pesquisa, apresentado à disciplina de Ciências do Ambiente, dos Cursos Superiores de Engenharia Industrial Elétrica/Eletrotécnica e Engenharia Industrial Mecânica do Departamento Acadêmico de Química e Biologia – DAQBi – da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, como requisito parcial para obtenção de nota.

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SUMÁRIO1. INTRODUÇÃO.................................................................................................4

2. DESENVOLVIMENTO.....................................................................................52.1. DEFINIÇÃO..................................................................................................52.2. POLUIÇÃO SONORA...................................................................................52.3. POLUIÇÃO VISUAL......................................................................................62.4. POLUIÇÃO NUCLEAR.................................................................................72.5. POLUIÇÃO DO AR.......................................................................................82.5.1. Poluição atmosférica..................................................................................82.5.2. Geração da poluição..................................................................................92.5.3. Problemas gerados pela poluição do ar....................................................92.5.4. Chuva ácida.............................................................................................102.5.5. Protocolo de Kyoto...................................................................................102.5.6. Smog........................................................................................................112.5.7. Mudanças climáticas................................................................................112.5.8. Aquecimento global.................................................................................122.5.9. Conferência de Bali..................................................................................132.5.10. Conferência de Copenhague.................................................................132.5.11. Efeito estufa...........................................................................................142.5.12. Soluções................................................................................................152.6. POLUIÇÃO DA ÁGUA................................................................................152.6.1. Poluição térmica......................................................................................172.6.2. Soluções..................................................................................................182.7. POLUIÇÃO DO SOLO................................................................................182.8. POLUIÇÃO INDUSTRIAL...........................................................................192.9. POLUIÇÃO LUMINOSA..............................................................................212.10. POLUIÇÃO ESPACIAL.............................................................................212.10.1. Lixo Espacial..........................................................................................222.10.2. Soluções................................................................................................232.11. POLUIÇÃO QUÍMICA...............................................................................232.12. POLUIÇÃO BIOLÓGICA...........................................................................242.13. POLUIÇÃO FÍSICA...................................................................................252.14. POLUIÇÃO RADIOATIVA.........................................................................25

3. CONCLUSÃO................................................................................................27

4. REFERÊNCIAS.............................................................................................28

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1. INTRODUÇÃO

Poluição ambiental é um assunto cada vez mais polêmico. Somos afetados direta ou indiretamente pelas consequências da degradação do meio ambiente, prejudicando nossa saúde, a biota, alterando fisicamente nosso planeta, entre outros problemas.

Alguém pode pensar que afetando os animais e as plantas não estaria afetando o homem, porém toda a nossa alimentação depende deles.

Nesta pesquisa foram abordadas diversas formas de poluição, mostrando suas causas, consequências e, em algumas, possíveis soluções de redução ou eliminação do problema.

Medidas de controle e restrições, como conferências e conscientização da população, já estão sendo adotadas para minimizar a crescente degradação ambiental, que mais cedo ou mais tarde teríamos cérios problemas.

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2. DESENVOLVIMENTO

2.1. DEFINIÇÃO

Segundo a Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, no Art. 3 e inciso III e IV:

III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:

a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;

c) afetem desfavoravelmente a biota;

d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;

e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos;

IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental;

Uma segunda definição seria a introdução no meio ambiente de qualquer matéria ou energia que venha a alterar as propriedades físicas ou químicas ou biológicas desse meio, afetando, ou podendo afetar, por isso, a "saúde" das espécies animais ou vegetais que dependem ou tenham contato com ele, ou que nele venham a provocar modificações físico-químicas nas espécies minerais presentes.

Tomando como base a espécie humana, tal definição, aplicada às ações praticadas pela espécie humana, levaria à conclusão de que todos os atos oriundos desta espécie são atos poluidores; o simples ato de respirar, por exemplo. A fim de que se estabelecessem limites para considerar o que, dentro do razoável, fosse considerado como poluição, foram estabelecidos parâmetros e padrões. Os parâmetros para indicar o que está poluindo e os padrões para quantificar o máximo permitido em cada parâmetro.

Para deixar mais claro, vamos citar um exemplo: uma determinada indústria lança nas águas de um rio águas com temperatura de 40o C, acima da média da temperatura normal dessas águas. Isso será uma forma de poluição consentida se para aquele rio no parâmetro temperatura, o padrão (máximo) de lançamento for 45oC.

2.2. POLUIÇÃO SONORA

A poluição sonora é aquela causada pelo excesso de ruídos como aqueles causados pelos carros, máquinas e etc., bastante comuns nos grandes

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centros urbanos, e o homem, de certa forma, acabou se acostumando (o que não signifique que não seja prejudicial). Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) o limite máximo tolerável é de 65 dB para a saúde humana. O nível de ruído e o tempo de exposição determinarão o efeito sobre a saúde humana. Suponhamos que uma pessoa trabalhe 8 horas por dia, todos os dias, com ruídos do nível de 85 dB, após dois anos, apresentará problemas auditivos causados pela poluição sonora. Uma forma de amenizar a poluição sonora é a utilização de equipamentos de segurança (protetores auriculares, por exemplo) e a aplicação de tecnologias menos ruidosas ou que abafem os ruídos.

Poluição sonora é qualquer ruído que ultrapasse os limites estabelecidos pela legislação ou, que seja capaz de provocar desconforto, e prejudicar a saúde humana.

A poluição sonora, assim como a poluição visual é considerada como uma forma mais “recente” de poluição porque está fortemente relacionada a grande concentração de pessoas, indústrias, veículos, meios de comunicação e outros ruidosos integrantes dos grandes centros urbanos.

Por ser um tipo de poluição impossível de enxergar, a poluição sonora muitas vezes é despercebida, ou então, as pessoas acabam se acostumando a ela. Isso pode gerar perda gradativa de audição.

Exemplos muito comuns de poluição sonora são os sons produzidos por meios de transporte que usamos todos os dias.

2.3. POLUIÇÃO VISUAL

A poluição visual é outra grande fonte de poluição, principalmente nos meios urbanos. Imagens de outdoors, cartazes, placas e diversos outros meios de comunicação com o intuito de transmitir informações, entretanto, o uso excessivo destes recursos pode ser considerado poluição. O tema “poluição visual” é algo ainda bastante novo e, talvez por isso, ainda muito controverso. De um lado, estão os que defendem que o excesso de propagandas e informações causa inúmeros problemas (como stress, desconforto visual, distração para os motoristas, etc.) e de outro estão aqueles que acreditam que isso tudo não passa de um “policiamento estético” do meio urbano.

A poluição visual é a forma de poluição que causa mais polêmica com relação à criação de medidas para coibi-la, pois muitas discussões são geradas por esse motivo.

Talvez por ser um tema recente, tão recente quanto o surgimento da consciência ambiental nas metrópoles, é que se torna tão difícil chegar a um consenso sobre o que é ou não poluição visual.

Há aqueles que defendam que este seja um termo criado apenas para justificar uma espécie de “ditadura estética” que atenta contra a liberdade de expressão. Em contra posição, existem também aqueles para os quais o excesso de publicidade descaracteriza o espaço urbano além de causar grande confusão, estresse e outros problemas relacionados à grande quantidade de informação.

De acordo com a Lei de Crimes Ambientais, Lei 9.605/98, Art. 65, apenas a pichação é considerada crime a qual é aplicada a pena de detenção e multa. Aos meios de publicidade, o controle se dá por meio de leis que tentam regulamentar a atividade. Porém, a maioria delas tem caráter apenas

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arrecadatório ocupando-se muito pouco do aspecto ambiental e prático da questão.

Segundo uma pesquisa realizada pelo IBOPE, 86% dos entrevistados responderam que a cidade de São Paulo é muito poluída visualmente e 80% afirmaram que o problema é grave ou gravíssimo. Ou seja, ainda que a lei tenha descontentado grande parte dos cidadãos e gere controvérsias, ainda mais pelo fato de mexer com o lado econômico da questão, o fato é que a poluição visual é tida sim como uma causa de grandes incômodos, principalmente, pelos habitantes destas cidades.

2.4. POLUIÇÃO NUCLEAR

Há muita discussão em torno da utilização de energia nuclear. De um lado os governos afirmam que esta é uma alternativa segura, eficiente e que não polui. De outro, encontram-se ambientalistas que alertam sobre o perigo da poluição nuclear e de possíveis desvios dos materiais físseis por terroristas, além dos acidentes com o transporte de materiais radioativos.

A poluição nuclear é causada pela destinação incorreta ou vazamento de resíduos radioativos proveniente de diversas fontes que utilizam a energia nuclear, como, por exemplo, as usinas nucleares ou aparelhos de raios-x, e se caracteriza pelo alto grau de periculosidade devido sua capacidade de causar alterações nas estruturas das células provocando, assim, alterações no organismo como um todo.

Na prática, o lixo nuclear polui menos do que o lixo comum produzido pelas indústrias e residências porque o primeiro possui um rigoroso controle de destinação e gerenciamento enquanto que o segundo encontra-se em qualquer lugar e, embora legalmente devesse, não é bem gerenciado. A grande e importante diferença é que o lixo nuclear possui a capacidade de permanecer ativo por milhares de anos exigindo o monitoramento constante e, no caso de acidentes as conseqüências são muito piores podendo, inclusive, causar danos por várias gerações, como no caso do acidente com o Césio-137 em Goiânia para o qual foi criada uma Superintendência permanente para tratar das vítimas do acidente (Superintendência Leide das Neves).

O principal argumento da corrente contra a energia nuclear é justamente o perigo de que acidentes como esses voltem a acontecer.

Com a criação de novas usinas termonucleares para geração de energia a quantidade de resíduos que deverá ser estocada aumentará. Esses resíduos são provenientes não apenas das usinas termonucleares, mas durante todo o processo, desde a fase de mineração até a fase final de reprocessamento do combustível nuclear, quando o urânio não queimado do reator e o plutônio gerado são separados dos produtos formados na fissão. Esses resíduos serão classificados de acordo com o nível de radioatividade sendo classificados como baixa, média ou alta atividade e armazenados segundo normas da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear). Mas, mesmo assim permanecerão por um bom tempo como uma potencial fonte de poluição e perigo.

De fato, a grande resistência atual quanto à utilização da energia nuclear concentra-se na produção e gerenciamento dos resíduos radioativos gerados pelas usinas. A França, que atualmente tem cerca de 80% de suas necessidades energéticas supridas por usinas nucleares, conta com a

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desaprovação de 55% da população quanto à forma como os resíduos são gerenciados. E quase 80% da população européia concordam que não há uma forma segura de descartar os resíduos nucleares.

Entretanto, antecipando-se às iniciativas da Comunidade Européia de tentar acelerar as discussões a respeito, a França lança mão de incentivos fiscais para as cidades que se dispuserem a receber os resíduos gerados por suas usinas nucleares e aprova uma lei onde estipula que os resíduos serão armazenados em abrigos subterrâneos, traçando um cronograma para cumprir seu objetivo até 2015.

Inclusive, um dos argumentos daqueles que são a favor da implementação de um programa energético baseado na energia nuclear argumentam que a tecnologia evoluiu muito nos últimos anos tornando as usinas termonucleares muito mais seguras.

Com certeza, se compararmos as termoelétricas movidas à energia nuclear com aquelas movidas a carvão, que respondem por 53% da energia gerada nos EUA, por exemplo, chegaremos à conclusão óbvia de que a primeira polui muito menos, visto que a segunda emite níveis de CO2 (dióxido de carbono) altíssimos, sendo um dos principais responsáveis pelo aumento do efeito estufa. Conclusão óbvia, mas que, porém não exclui as formas de energia alternativas como a energia eólica ou biomassa que, de fato não poluem.

Só o Japão produz anualmente mais de uma tonelada de resíduos radioativos que são enviados para França e Reino Unido para o reprocessamento.

Ou seja, a energia nuclear polui sim. O que acontece é que isso pode ser evitado armazenando-se e monitorando os resíduos. Situação que, porém, eleva e muito, os custos da energia nuclear.

2.5. POLUIÇÃO DO AR

A partir de meados do século XVIII, com a Revolução Industrial, aumentou muito a poluição do ar. A queima do carvão mineral despejava na atmosfera das cidades industriais européias, toneladas de poluentes. A partir deste momento, o ser humano teve que conviver com o ar poluído e com todos os prejuízos advindos deste "progresso". Atualmente, quase todas as grandes cidades do mundo sofrem os efeitos daninhos da poluição do ar. Cidades como São Paulo, Tóquio, Nova Iorque e Cidade do México estão na lista das mais poluídas do mundo.

2.5.1. POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

Poluição atmosférica é aquele que afeta as condições do ar que respiramos. Ou ainda é a contaminação da atmosfera por resíduos ou produtos secundários gasosos, sólidos ou líquidos, que podem ser nocivos à saúde dos seres humanos, causar danos em plantas, atacar diferentes materiais, reduzir a visibilidade e produzir odores desagradáveis. Suas principais fontes são as indústrias e os automóveis que lançam diversos tipos de gases na atmosfera como o dióxido de carbono, óxidos de enxofre e materiais particulados. Estes gases podem causar diversos danos à saúde humana como doenças respiratórias e alergias que são especialmente graves para crianças e idosos.

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A cada ano, os países industrializados geram milhões de toneladas de contaminantes. Os contaminantes mais comuns e amplamente dispersos são o monóxido de carbono, o dióxido de enxofre, os óxidos de nitrogênio, o ozônio, o dióxido de carbono ou as partículas em suspensão. O nível de poluição é medido pela concentração de contaminantes (microgramas por metro quadrado de ar ou, no caso dos gases, o número de moléculas de contaminantes por milhão de moléculas de ar).

Muitos contaminantes procedem de locais facilmente identificados. O dióxido de enxofre, por exemplo, procede de centrais energéticas que queimam carvão ou petróleo. Outros se formam pela ação da luz solar sobre materiais reativos previamente emitidos à atmosfera. Por exemplo, o ozônio (um perigoso contaminante que faz parte da poluição), é produzido pela interação de hidrocarbonetos e óxido de nitrogênio sob influência da luz solar. O ozônio também tem causado muitos prejuízos nas lavouras. Por outro lado, o descobrimento, na década de 80, de que alguns contaminantes atmosféricos, como o clorofluorcarboneto (CFC), estão produzindo a diminuição da camada de ozônio, fez com que o CFC venha sendo cada vez menos utilizado.

Sistemas de alta e baixa pressão e a interação destes com a topografia local, por exemplo, montanhas e vales. A temperatura normalmente diminui com a altitude, mas quando uma camada de ar frio fica sob uma camada de ar quente produzindo uma inversão térmica, a mistura atmosférica acontece muito lentamente e os contaminantes se acumulam perto do solo. As inversões podem ser duradouras sob um sistema estacionário de altas pressões unido à baixa velocidade do vento. Num período de três dias de escassa mistura atmosférica pode levar a concentrações elevadas de produtos perigosos em áreas de alta contaminação e, em casos extremos, produzir doenças e até a morte. Em 1948, uma inversão térmica sobre Donora (Pennsylvania) causou doenças respiratórias em mais de 6000 pessoas e a morte de 20 delas.

2.5.2. GERAÇÃO DA POLUIÇÃO

A poluição gerada nas cidades de hoje são resultado, principalmente, da queima de combustíveis fósseis como, por exemplo, carvão mineral e derivado do petróleo (gasolina e diesel). A queima destes produtos tem lançado uma grande quantidade de monóxido de carbono e dióxido de carbono (gás carbônico) na atmosfera. Estes dois combustíveis são responsáveis pela geração de energia que  alimenta os setores industrial, elétrico e de transportes de grande parte das economias do mundo. Por isso, deixá-los de lado atualmente é extremamente difícil.

2.5.3. PROBLEMAS GERADOS PELA POLUIÇÃO DO AR

Esta poluição tem gerado diversos problemas nos grandes centros urbanos. A saúde do ser humano, por exemplo, é a mais afetada com a poluição. Doenças respiratórias como a bronquite, rinite alérgica, alergias e asma levam milhares de pessoas aos hospitais todos os anos. A poluição também tem prejudicado os ecossistemas e o patrimônio histórico e cultural em geral. Fruto desta poluição, a chuva ácida mata plantas, animais e vai corroendo, com o tempo, monumentos históricos. Recentemente, a Acrópole

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de Atenas teve que passar por um processo de restauração, pois a milenar construção estava sofrendo com a poluição da capital grega. 

O clima também é afetado pela poluição do ar. O aumento do fenômeno do efeito estufa está aumentando a temperatura em nosso planeta. Ele ocorre da seguinte forma: os gases poluentes formam uma camada de poluição na atmosfera, bloqueando a dissipação do calor. Desta forma, o calor fica concentrado na atmosfera, provocando mudanças climáticas. Futuramente, pesquisadores afirmam que poderemos ter a elevação do nível de água dos oceanos, provocando o alagamento de ilhas e cidades litorâneas. Muitas espécies animais poderão ser extintas e tufões e maremotos poderão ocorrer com mais freqüência.

2.5.4. CHUVA ÁCIDA

A Revolução Industrial do século XVIII trouxe vários avanços tecnológicos e mais rapidez na forma de produzir, por outro lado originou uma significativa alteração no meio ambiente. As fábricas com suas máquinas a vapor queimavam toneladas de carvão mineral para gerar energia. Neste contexto, começa a surgir a chuva ácida. Porem, o termo apareceu somente em 1872, na Inglaterra. O climatologista e químico Robert A. Smith foi o primeiro a pesquisar a chuva ácida na cidade industrial inglesa de Manchester.

Atualmente, a chuva ácida é um dos principais problemas ambientas nos países industrializados. Ela é formada a partir de uma grande concentração de poluentes químicos, que são despejados na atmosfera diariamente.  Estes poluentes, originados principalmente da queima de combustíveis fósseis, formam nuvens, neblinas e até mesmo neve.

A chuva ácida é composta por diversos ácidos. Seus principais causadores são o óxido de nitrogênio e o dióxido de enxofre, que são resultantes da queima de combustíveis fósseis (carvão, óleo diesel, gasolina entre outros). Quando caem em forma de chuva ou neve, estes ácidos provocam danos no solo, plantas, construções históricas, animais marinhos e terrestres etc. Este tipo de chuva pode até mesmo provocar o descontrole de ecossistemas, ao exterminar determinados tipos de animais e vegetais. Poluindo rios e fontes de água, a chuva pode também prejudicar diretamente a saúde do ser humano, causando doenças pulmonares, por exemplo.

Este problema tem se acentuado nos países industrializados, principalmente nos que estão em desenvolvimento como, por exemplo, Brasil, Rússia, China, México e Índia. O setor industrial destes países tem crescido muito, porém de forma desregulada, agredindo o meio ambiente. Nas décadas de 1970 e 1980, na cidade de Cubatão, litoral de São Paulo, a chuva ácida provocou muitos danos ao meio ambiente e ao ser humano. Os ácidos poluentes jogados no ar pelas indústrias estavam gerando muitos problemas de saúde na população da cidade. Foram relatados casos de crianças que nasciam sem cérebro ou com outros defeitos físicos. A chuva ácida também provocou desmatamentos significativos na Mata Atlântica da Serra do Mar.

Estudos feitos pela WWF (Fundo Mundial para a Natureza) mostraram que nos países ricos o problema também aparece. Na Europa, por exemplo, estima-se que 40% dos ecossistemas estão sendo prejudicados pela chuva ácida e outras formas de poluição.

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2.5.5. PROTOCOLO DE KYOTO

Representantes de centenas de países se reuniram em 1997 na cidade de Kyoto no Japão para discutirem o futuro do nosso planeta e formas de diminuir a poluição mundial. O documento resultante deste encontro é denominado Protocolo de Kyoto. Neste documento ficou estabelecido que algumas propostas de redução da poluição seriam tomadas e seria criada a Convenção de Mudança Climática das Nações Unidas. A maioria dos países participantes votou a favor do Protocolo de Kyoto. Porém, os EUA, alegando que o acordo prejudicaria o crescimento industrial norte-americano, tomaram uma posição contrária ao acordo.

2.5.6. SMOG

Smog é um fenômeno fotoquímico caracterizado pela formação de uma espécie de neblina composta por poluição, vapor de água e outros compostos químicos. Geralmente, o smog se forma em grandes cidades, onde a poluição do ar é elevada e provocada, principalmente, pela queima de combustíveis fósseis (gasolina e diesel) pelos veículos automotores. Em regiões com grande presença de indústrias poluidoras, o smog industrial também ocorre.

Além do vapor de água, podemos encontrar num smog a presença de aldeídos, dióxido de nitrogênio, ozônio, óxido de nitrogênio, hidrocarbonetos e outros compostos orgânicos voláteis.

O smog causa um efeito visual característico, deixando sobre a cidade uma camada cinza de ar. Nas situações mais extremas, em função das baixas condições visuais, inviabiliza o trânsito terrestre de veículos e aéreo de aviões e helicópteros.

Viver em cidades com smog não é nada bom para a saúde, pois a presença destes poluentes é maléfica ao sistema respiratório das pessoas. Podem provocar diversas doenças.

2.5.7. MUDANÇAS CLIMÁTICAS

As mudanças climáticas são alterações que ocorrem no clima geral do planeta Terra. Estas alterações são verificadas através de registros científicos nos valores médios ou desvios da média, apurados durante o passar dos anos.

São produzidas em diferentes escalas de tempo em um ou vários fatores meteorológicos como, por exemplo: temperaturas máximas e mínimas, índices pluviométricos temperaturas dos oceanos, nebulosidade, umidade relativa do ar, etc.

As mudanças climáticas são provocadas por fenômenos naturais ou por ações dos seres humanos. Neste último caso, as mudanças climáticas têm sido provocadas a partir da Revolução Industrial (século XVIII), momento em que aumentou significativamente a poluição do ar.

Atualmente as mudanças climáticas têm sido alvo de diversas discussões e pesquisas científicas. Os climatologistas verificaram que, nas últimas décadas, ocorreu um significativo aumento da temperatura mundial, fenômeno conhecido como aquecimento global. Este fenômeno, gerado pelo aumento da poluição do ar, tem provocado o derretimento de gelo das calotas polares e o aumento no nível de água dos oceanos. O processo de

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desertificação também tem aumentado nas últimas décadas em função das mudanças climáticas.

2.5.8. AQUECIMENTO GLOBAL

Todos os dias, podemos ver na televisão, nos jornais e revistas as catástrofes climáticas e as mudanças que estão ocorrendo, rapidamente, no clima mundial. Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devastadores como tem ocorrido nos últimos anos.

A Europa tem sido castigada por ondas de calor de até 40 graus centígrados, ciclones atingem o Brasil (principalmente a costa sul e sudeste), o número de desertos aumenta a cada dia, fortes furacões causam mortes e destruição em várias regiões do planeta e as calotas polares estão derretendo (fator que pode ocasionar o avanço dos oceanos sobre cidades litorâneas). Os cientistas são unânimes em afirmar que o aquecimento global está relacionado a todos estes acontecimentos. 

Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aquecimento global está ocorrendo em função do aumento da emissão de gases poluentes, principalmente, derivados da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, etc.), na atmosfera. Estes gases (ozônio, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e  monóxido de carbono) formam uma camada de poluentes, de difícil dispersão, aumentando o efeito estufa. Este fenômeno ocorre, pois, estes gases absorvem grande parte da radiação infra-vermelha emitida pela Terra, dificultando a dispersão do calor.

O desmatamento e a queimada de florestas e matas também colabora para este processo. Os raios do Sol atingem o solo e irradiam calor na atmosfera. Como esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da temperatura global. Embora este fenômeno ocorra de forma mais evidente nas grandes cidades, já se verifica suas conseqüências em nível global.

Com o aumento da temperatura no mundo, está em curso o derretimento das calotas polares. Ao aumentar o nível das águas dos oceanos, pode ocorrer, futuramente, a submersão de muitas cidades litorâneas.

O aumento da temperatura provoca a morte de várias espécies animais e vegetais, desequilibrando vários ecossistemas. Somado ao desmatamento que vem ocorrendo, principalmente em florestas de países tropicais (Brasil, países africanos), a tendência é aumentar cada vez mais as regiões desérticas do planeta Terra.

O aumento da temperatura faz com que ocorra maior evaporação das águas dos oceanos, potencializando estes tipos de catástrofes climáticas.

Regiões de temperaturas amenas têm sofrido com as ondas de calor. No verão europeu, por exemplo, tem se verificado uma intensa onda de calor, provocando até mesmo mortes de idosos e crianças. 

Seriam algumas das consequências do aquecimento global: Desertificação: florestas seriam transformadas em desertos ou

savanas como consequência do aquecimento global;

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Derretimento das geleiras dos pólos do planeta: este efeito já é notado e tem causado o aumento do nível das águas dos oceanos e prejudicando a vida de espécies animais que vivem na região. Diversas cidades costeiras poderiam ser alagadas com esse efeito. Topos de montanhas estão começando a derreter com o aquecimento do planeta. Este efeito tem alterado o ciclo de vida da fauna nestas montanhas, podendo provocar, a médio prazo, a extinção de animais;

Migração em massa de pessoas: o alagamento de cidades e o aquecimento da temperatura em algumas regiões do mundo podem provocar a migração de milhões de pessoas, provocando sérios problemas sociais nas regiões que receberão esses imigrantes;

Problemas na agricultura: o aumento da temperatura global pode provocar sérios problemas na agricultura. Diminuindo a produção de alimento no mundo, podemos ter milhões de pessoas morrendo de fome, principalmente nas áreas mais pobres do planeta;

Epidemias: o aumento da temperatura pode elevar a quantidade de mosquitos transmissores de doenças, principalmente em regiões tropicais e equatoriais. Doenças como a dengue e a malária podem fazer milhões de vítimas nestas áreas. Pode também haver a migração destes mosquitos para regiões que antes possuíam clima frio, disseminando ainda mais estas doenças pelo mundo;

Desastres ambientais: o aumento da temperatura global pode aumentar a quantidade e força de furacões e tornados em várias regiões do planeta.

2.5.9. CONFERÊNCIA DE BALI

Realizada entre os dias 3 e 14 de dezembro de 2007, na ilha de Bali (Indonésia), a Conferência da ONU sobre Mudança Climática terminou com um avanço positivo. Após 11 dias de debates e negociações os Estados Unidos concordaram com a posição defendida pelos países mais pobres. Foi estabelecido um cronograma de negociações e acordos para troca de informações sobre as mudanças climáticas, entre os 190 países participantes. As bases definidas substituirão o Protocolo de Kyoto, que vence em 2012.

2.5.10. CONFERÊNCIA DE COPENHAGUE

A 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima foi realizada entre os dias 7 e 18 de dezembro de 2009, na cidade de Copenhague (Dinamarca). A Conferência Climática reuniu os líderes de centenas de países do mundo, com o objetivo de tomarem medidas para evitar as mudanças climáticas e o aquecimento global. A conferência terminou com um sentimento geral de fracasso, pois poucas medidas práticas foram tomadas. Isto ocorreu, pois houve conflitos de interesses entre os países ricos, principalmente Estados Unidos e União Européia, e os que estão em processo de desenvolvimento (principalmente Brasil, Índia, China e África do Sul).  

De última hora, um documento, sem valor jurídico, foi elaborado visando à redução de gases que aumentam o efeito estufa em até 80% até o

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ano de 2050. Houve também a intenção de liberação de até 100 bilhões de dólares para serem investidos em meio ambiente, até o ano de 2020. Os países também deverão fazer medições de gases do efeito estufa a cada dois anos, emitindo relatórios para a comunidade internacional.

2.5.11. EFEITO ESTUFA

O aumento do efeito estufa tem colaborado com o  aumento da temperatura no globo terrestre nas últimas décadas. Pesquisas recentes indicaram que o século XX foi o mais quente dos últimos 500 anos. Pesquisadores do clima afirmam que, num futuro próximo, o aumento da temperatura provocado pelo efeito estufa acima do normal poderá ocasionar o derretimento das calotas polares e o aumento do nível dos mares. Como conseqüência, muitas cidades litorâneas poderão desaparecer do mapa.

O aumento do efeito estufa é gerado pela derrubada de florestas e pela queimada das mesmas, pois são elas que regulam a temperatura, os ventos e o nível de chuvas em diversas regiões. Como as florestas estão diminuindo no mundo, a temperatura terrestre tem aumentado na mesma proporção.

Outro fator que está aumentando o efeito estufa é o lançamento de gases poluentes na atmosfera, principalmente os que resultam da queima de combustíveis fósseis. A queima do óleo diesel e da gasolina nos grandes centros urbanos, o desmatamento e a queimada de florestas e matas tem colaborado para aumentar o efeito estufa. O dióxido de carbono (gás carbônico) e o monóxido de carbono ficam concentrados em determinadas regiões da atmosfera formando uma camada que bloqueia a dissipação do calor. Outros gases que contribuem para este processo são:  gás metano, óxido nitroso e óxidos de nitrogênio. Esta camada de poluentes, tão visível nas grandes cidades, funciona como um isolante térmico do planeta Terra. O calor fica retido nas camadas mais baixas da atmosfera trazendo graves problemas ao planeta.

Pesquisadores do meio ambiente já estão prevendo os problemas futuros que poderão atingir nosso planeta caso esta situação persista. Muitos ecossistemas poderão ser atingidos e espécies vegetais e animais poderão ser extintos. Derretimento de geleiras e alagamento de ilhas e regiões litorâneas. Tufões, furacões, maremotos e enchentes poderão ocorrer com mais intensidade. Estas alterações climáticas poderão influenciar negativamente na produção agrícola de vários países, reduzindo a quantidade de alimentos em nosso planeta. A elevação da temperatura nos mares poderia ocasionar o desvio de curso de correntes marítimas, ocasionando a extinção de vários animais marinhos e diminuir a quantidade de peixes nos mares.

Preocupados com estes problemas, organismos internacionais, ONGs (Organizações Não Governamentais) e governos de diversos países já estão tomando medidas para reduzir a poluição ambiental e a emissão de gases na atmosfera. O Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, prevê a redução de gases poluentes para os próximos anos. Porém, países como os Estados Unidos tem dificultado o avanço destes acordos. Os EUA alegam que a redução da emissão de gases poluentes poderia dificultar o avanço das indústrias no país. 

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Em dezembro de 2007, outro evento importante aconteceu na cidade de Bali. Representantes de centenas de países começaram a definir medidas para a redução da emissão de gases poluentes. São medidas que deverão ser tomadas pelos países após 2012.

2.5.12. SOLUÇÃO

Apesar das notícias negativas, o homem tem procurado soluções para estes problemas. A tecnologia tem avançado no sentido de gerar máquinas e combustíveis menos poluentes ou que não gerem poluição. Muitos automóveis já estão utilizando gás natural como combustível. No Brasil, por exemplo, temos milhões de carros movidos a álcool, combustível não fóssil, que poluí pouco. Testes com hidrogênio têm mostrado que num futuro bem próximo, os carros poderão andar com um tipo de combustível que lança, na atmosfera, apenas vapor de água.

Algumas soluções para diminuir o aquecimento global seriam: Diminuir o consumo de combustíveis fósseis (gasolina, diesel,

querosene) e aumentar o uso de biocombustíveis (biodiesel) e etanol;

Os automóveis devem se regulados constantemente para evitar a queima de combustíveis de forma desregulada. O uso obrigatório de catalisador em escapamentos de automóveis, motos e caminhões;

Instalação de sistemas de controle de emissão de gases poluentes nas indústrias;

Ampliar a geração de energia através de fontes limpas e renováveis: hidrelétricas, eólica, solar, nuclear, e maremotriz. Evitar a geração de energia através de termoelétricas que usam combustíveis fósseis;

Dar preferência a transporte coletivo (ônibus, trens, metrôs) ou bicicleta (além de ser um meio de transporte é um exercício físico);

Separar o lixo reciclável; Aproveitar o gás metano nos aterros sanitários; Dar preferência à luz natural durante o dia nos ambientes

domésticos; Reduzir os desmatamentos e queimadas em florestas. O plantio de

novas árvores também reduz o aquecimento global; Na agricultura, migrar para tecnologias limpas e avançadas para

evitar a emissão de carbono; Fazer uso da energia solar para aquecer água.

2.6. POLUIÇÃO DA ÁGUA

A poluição dos corpos hídricos (rios, lagos, etc.) é talvez a mais comum de todas as poluições. Durante toda a sua historia o homem sempre procurou locais próximos a cursos d’água para se estabelecer e acabou comprometendo a qualidade das águas ao lançar esgotos de indústrias, residências, e toda sorte de empreendimentos. Atualmente existem leis que proíbem este tipo de destinação para os esgotos, mas ainda são muitos os locais onde isso

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acontece devido, dentre outras coisas, à fiscalização deficiente. Outro agravante é que praticamente toda forma de poluição atmosférica e do solo acaba indo parar na água quando ocorrem as chuvas.

Poluição da água é a introdução de partículas estranhas ao ambiente natural, bem como induzir condições em um determinado curso ou corpo de água, direta ou indiretamente, sendo, por isso, potencialmente nocivos à fauna, flora, bem como populações humanas vizinhas a tal local ou que utilizem essa água.

Hoje em dia a poluição da água é questão a ser tratada em um contexto global. Considera-se que esta é a maior causadora de mortes e doenças pelo todo o mundo e que seja responsável pela morte de cerca de 14000 pessoas diariamente.

A água é geralmente considerada poluída quando está impregnada de contaminantes antropogênicos, não podendo, assim, ser utilizada para nenhum fim de consumo estritamente humano, como água potável ou para banho, ou então quando sofre uma radical perda de capacidade de sustento de comunidades bióticas (capacidade de abrigar peixes, por exemplo). Fenômenos naturais, como erupções vulcânicas, algas marinhas, tempestades e terremotos são causa de uma alteração da qualidade da água disponível e em sua condição no ecossistema.

Há três formas principais de contaminação de um corpo ou curso de água, a forma química, a física e a biológica:

A forma química altera a composição da água e com esta reagem; A forma física, ao contrário da química, não reage com a água, porém

afeta negativamente a vida daquele ecossistema (por exemplo, mudança de temperatura);

A forma biológica consiste na introdução de organismos ou microorganismos estranhos àquele ecossistema, ou então no aumento danoso de determinado organismo ou microorganismo já existente.

Além dessas três formas, temos duas categorias de como pode se dar a poluição:

Poluição localizada, onde a fonte de poluição origina-se de um ponto específico, como por exemplo, uma vala ou um cano. Exemplos de tal forma são o despejo de impurezas, por parte de uma estação de tratamentos residuais, por parte de uma empresa ou então por meio de um bueiro;

Poluição não localizada é uma forma de contaminação difusa que não possui origem numa única fonte. É geralmente o resultado de acumulação do agente poluidor em uma área ampla. A água da chuva recolhida de áreas industriais e urbanas, estradas bem como sua consequente utilização é geralmente categorizada como poluição não localizada.

Como principais contaminantes da água, podemos citar:

Elementos que contenham CO2 em excesso (como fumaça industrial, por exemplo);

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Contaminação térmica; Substâncias tóxicas; Agentes tensoativos (alteram a tesão superficial ou superfície de contato

entre dois líquidos); Compostos orgânicos biodegradáveis; Agentes patogênicos; Partículas sólidas; Nutrientes em excessos (eutrofização – nutrição excessiva); Substâncias radioativas.

Como recurso hídrico indispensável, torna-se cada vez mais importante a conscientização sobre a melhor forma de tratamento da água como sustentáculo da vida no planeta. Ainda mais se pensarmos que a maioria das comunidades espalhadas pelo planeta possuem pouca consciência sobre a melhor forma de tratamento de um de seus recursos mais importantes.

Este milênio que está começando, apresenta o grande desafio de evitar a falta de água. Um estudo recente da revista Science (julho de 2000) mostrou que aproximadamente 2 bilhões de habitantes enfrentam a falta de água no mundo. Em breve poderá faltar água para irrigação em diversos países, principalmente nos mais pobres. Os continentes mais atingidos pela falta de água são: África, Ásia Central e o Oriente Médio. Entre os anos de 1990 e 1995, a necessidade por água doce aumentou cerca de duas vezes mais que a população mundial. Isso ocorreu provocado pelo alto consumo de água em atividades industriais e zonas agrícolas. Infelizmente, apenas 2,5% da água do planeta Terra são de água doce, sendo que apenas 0,08% estão em regiões acessíveis ao ser humano.

As principais causas de deteriorização dos rios, lagos e dos oceanos são: poluição e contaminação por poluentes e esgotos. O ser humano tem causado todo este prejuízo à natureza, através dos lixos, esgotos, dejetos químicos industriais e mineração sem controle.

Em função destes problemas, os governos preocupados, têm incentivado a exploração de aqüíferos (grandes reservas de água doce subterrânea). Na América do Sul, temos o Aqüífero Guarani, um dos maiores do mundo e ainda pouco utilizado. Grande parte das águas deste aqüífero situa-se em subsolo brasileiro.

Estudos da Comissão Mundial de Água e de outros organismos internacionais demonstram que cerca de três bilhões de habitantes em nosso planeta estão vivendo sem o mínimo necessário de condições sanitárias. Um milhão não tem acesso à água potável. Em virtude desses graves problemas, espalham-se diversas doenças como diarréia, esquistossomose, hepatite e febre tifóide, que matam mais de 5 milhões de seres humanos por ano, sendo que um número maior de doentes sobrecarregam os precários sistemas de saúde destes países.

2.6.1. POLUIÇÃO TÉRMICA

Consiste no aquecimento das águas naturais pela introdução de águas quentes utilizadas na refrigeração de usinas termoelétricas, refinarias, siderúrgicas e indústrias diversas. Ou ainda

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Tais efluentes provocam, nos rios, desoxigenação, uma vez que o calor provoca dissipação do oxigênio dissolvido, além disso, podem provocar a mortandade de peixes, pois a faixa de temperatura de sobrevivência deles é bastante estreita. E para os seres vivos, os efeitos da temperatura dizem respeito à aceleração do metabolismo, ou seja, das atividades químicas que ocorrem nas células.

A poluição térmica combinada e reforçada com outras formas de poluição pode empobrecer o ambiente de forma imprevisível.

A aceleração do metabolismo provoca aumento da necessidade de oxigênio e, por conseguinte, na aceleração do ritmo respiratório. Por outro lado, tais necessidades respiratórias ficam comprometidas, porque a hemoglobina tem pouca afinidade com o oxigênio aquecido.

Uma solução para minimizar a poluição térmica seria o uso de torres de resfriamento.

2.6.2. SOLUÇÕES

Com o objetivo de buscar soluções para os problemas dos recursos hídricos da Terra, foi realizado no Japão, em março de 2003, o III Fórum Mundial de Água. Políticos, estudiosos e autoridades do mundo todo aprovaram medidas e mecanismos de preservação dos recursos hídricos. Estes documentos reafirmam que a água doce é extremamente importante para a vida e saúde das pessoas e defende que, para que ela não falte no século XXI, alguns desafios devem ser urgentemente superados: o atendimento das necessidades básicas da população, a garantia do abastecimento de alimentos, a proteção dos ecossistemas e mananciais, a administração de riscos, a valorização da água, a divisão dos recursos hídricos e a eficiente administração dos recursos hídricos.

Embora muitas soluções sejam buscadas em esferas governamentais e em congressos mundiais, no cotidiano todos podem colaborar para que a água doce não falte. A economia e o uso racional da água devem estar presentes nas atitudes diárias de cada cidadão. A pessoa consciente deve economizar, pois o desperdício de água doce pode trazer drásticas conseqüências num futuro muito próximo.

Algumas dicas para economizar água: Feche bem as torneiras, regule a descarga do banheiro, tome banhos curtos, não gaste água lavando carro ou calçadas, reutilize a água para diversas atividades, não jogue lixo em rios e lagos, respeite as regiões de mananciais.

2.7. POLUIÇÃO DO SOLO

Poluição do solo é a atividade de introdução de organismos xenobióticos (do grego “xenos”, estranho ou estrangeiro, e “bios”, vida, formando “forma de vida estranha àquele ambiente”) por meio químico, pela mão do homem, podendo ser também uma alteração do solo por ambiente em si, naturalmente.

Todo resíduo que é despejado no solo sem cuidado algum (o que não é o caso de aterros sanitários, por exemplo) caracteriza um tipo de poluição. Os conhecidos “lixões”, locais para onde eram levados os resíduos produzidos em uma cidade, e que hoje em dia são ilegais, constituem uma fonte de

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poluição do solo assim como os agrotóxicos e defensivos agrícolas que, se usados indiscriminadamente podem provocar a contaminação do solo e, na ocorrência de chuva, dos corpos hídricos (quando a água da chuva arrasta para os rios e lençóis freáticos toda a poluição que estava no solo).

A poluição deriva geralmente da ruptura de tanques sépticos, da introdução de pesticidas, infiltrações de água contaminada através do solo, despejo de óleo e combustíveis, locais inapropriados de despejo de lixo, agrotóxicos, etc. Os componentes geralmente envolvidos em contaminação do solo são hidrocarbonetos, solventes, pesticidas, chumbo e demais metais pesados.

O vidro, por exemplo, leva cerca de 5 mil anos para se decompor, enquanto certos tipos de plástico, impermeáveis ao processo de biodegradação promovido pelos microorganismos, levam milhões de anos para se desintegrarem. Assim, o material sólido do lixo demora muito tempo para desaparecer no ambiente.

A preocupação com a contaminação do solo deriva necessariamente dos riscos que proporciona à saúde e manutenção de todo organismo vivente na área, bem como o possível contato humano diretamente com o meio, com os vapores do agente contaminante e contaminação dos caminhos e lençóis de água presentes naquela área. Em várias ocasiões o ser humano está à mercê de um contato com a poluição infiltrada no solo, permitindo a propagação de doenças.

O registro e mapeamento de áreas contaminadas e sua consequente recuperação demandam uma boa quantidade de tempo e trabalho, dependendo de estudos profundos de geologia, hidrologia, química e simulação computadorizada.

As soluções usadas para reduzir o acúmulo de lixo, como a incineração e a deposição em aterros, também têm efeito poluidor, pois emitem fumaça tóxica, no primeiro caso, ou produzem fluidos tóxicos que se infiltram no solo e contaminam os lençóis de água.

Um atual desafio relacionado ao tema é o dos pesticidas utilizados nas lavouras para a eliminação de pragas. Com o constante aumento da população e ocupação de áreas cada vez mais próximas a regiões de cultivo, torna-se questão de suma importância o equacionamento da utilização racional de materiais agrotóxicos e a consequente manutenção de um solo livre de poluentes e agentes tóxicos, que, fatalmente, entrarão em contato com o ser humano. Temos como principais pesticidas os inseticidas, utilizado no combate a insetos vetores de doenças contagiosas; a seguir temos os herbicidas, utilizados na destruição de vegetação e ervas daninhas bem como espécies parasitárias, e finalmente, os fungicidas, atuantes no combate a fungos que ameacem o desenvolvimento da cultura a ser desenvolvida.

A melhor forma de amenizar o problema, na opinião de especialistas, é investir nos processos de reciclagem e também no uso de materiais biodegradáveis ou não descartáveis.

2.8. POLUIÇÃO INDUSTRIAL

O desenvolvimento industrial ocorreu de forma extremamente acelerada a partir da revolução industrial, após meados do século XIX. A partir deste período, a poluição ambiental causada pelo homem aumentou

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consideravelmente e de modo descontrolado, de forma que as relações entre o homem e o seu meio ambiente se modificaram. Atualmente não é possível estimar a enorme quantidade de produtos e substâncias produzidas industrialmente, sendo que os dejetos e emissões das mesmas ao meio ambiente são igualmente diversos.

A poluição industrial ocorre em todos os meios da biosfera, na água doce, nos oceanos, na atmosfera e no solo. Conseqüentemente as comunidades biológicas dos ecossistemas estão em contato com substâncias e materiais não naturais, a maioria dos quais causando algum tipo de dano ecológico. A poluição industrial afeta diretamente o homem, uma vez que estamos sujeitos a ingerir água e alimentos contaminados e respirar o ar poluído. Exemplos da seriedade deste problema são a intoxicação e morte de dezenas de pessoas em Minamata, no Japão, após consumirem peixes contaminados com mercúrio. Eventos como este, envolvendo contaminação de alimentos com poluentes industriais, têm sido comuns ao longo das últimas décadas.

Agentes principais da poluição industrial são os gases tóxicos liberados na atmosfera, os compostos químicos orgânicos e inorgânicos lançados nos corpos hídricos e a poluição do solo com o uso de pesticidas.

Entres os poluentes mais prejudiciais ao ecossistema estão os metais pesados. Estes elementos existem naturalmente no ambiente e são necessários em concentrações mínimas na manutenção da saúde dos seres vivos (são denominados oligoelementos, ou micronutrientes). Alguns metais essenciais aos organismos são o ferro, cobre, zinco, cobalto manganês, cromo, molibdênio, vanádio, selênio, níquel e estanho, os quais participam do metabolismo e formação de muitas proteínas, enzimas, vitaminas, pigmentos respiratórios (como o ferro da hemoglobina humana ou o vanádio do sangue das ascídias). No entanto, quando ocorre o aumento destas concentrações, normalmente acima de dez vezes, efeitos deletérios começam a surgir.

A crescente quantidade de indústrias atualmente em operação, especialmente nos grandes pólos industriais do mundo, tem causado o acúmulo de grandes concentrações de metais nos corpos hídricos como rios, represas e nos mares costeiros. Isto ocorre, pois grande parte das indústrias não trata adequadamente seus efluentes antes de lançá-los no ambiente.

Os metais, quando lançados na água, agregam-se a outros elementos, formando diversos tipos de moléculas, as quais apresentam diferentes efeitos nos organismos devido a variações no grau de absorção pelos mesmos. O zinco, por exemplo, pode formar ZnOH, ZnCO3; o mercúrio pode constituir HgCl2, Hg2SO3; o chumbo pode constituir PbOH, PbCO3, e assim por diante.

Apesar da toxicidade de cada metal variar de acordo com a espécie, existe uma classificação da toxicidade relativa dos metais mais comuns no meio ambiente, em ordem decrescente de periculosidade: Hg, Ag, Cu, Zn, Ni, Pb, Cd, As, Cr, Sn, Fe, Mn, Al, Be, Li.

Um dos efeitos mais sérios da contaminação ambiental por metais pesados é a bioacumulação dos poluentes pelos organismos vivos. Animais e plantas podem concentrar os compostos em níveis milhares de vezes maiores que os presentes no ambiente.

O acúmulo de metais e outros poluentes industriais pelos organismos pode ter efeito bastante abrangente já que possibilita o transporte dos contaminantes via teia alimentar para diversos níveis tróficos da cadeia

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alimentar. Este efeito culmina com a ocorrência das maiores taxas de contaminação nos níveis mais altos da teia trófica (consumidores secundários e terciários).

2.9. POLUIÇÃO LUMINOSA

Existem vários tipos de poluição que afetam o nosso ambiente, a menos conhecida é a poluição luminosa. A poluição luminosa é causada pelo mau uso da luz na iluminação de ruas, praças ou residências. As luminárias mais utilizadas em iluminação pública são ineficientes, mandando literalmente grande parte da luz para o espaço, ou seja, gasta-se energia para iluminar mal a rua e ainda poluir o ambiente.

Apenas lançar luz para o espaço não seria um problema se a luz não fosse espalhada pela atmosfera, quando vistas de longe, as grandes cidades parecem estar envoltas em uma grande bolha de luz que não contribui em nada para a iluminação da cidade.

Podemos perceber a poluição luminosa de diversas maneiras. Olhando para o céu em uma noite com algumas nuvens, vemos as nuvens esbranquiçadas ou até amareladas. Esta luz é luz proveniente da iluminação que é perdida para na direção do céu, que refletida nas nuvens chega até nós novamente. Em uma região afastada de fontes intensas de luz, longe de grandes cidades, não podemos distinguir as nuvens do escuro do céu pela cor, vemos que estas apenas encobrem a luz das estrelas. Em uma noite de céu sem nuvens o efeito da poluição luminosa também é devastador, em uma grande cidade podemos ver estrelas de até terceira ou quarta magnitude a olho nu, enquanto em uma região menos iluminada podemos enxergar até sexta magnitude.

De uma grande cidade é impossível enxergar a faixa da Via Láctea também devido poluição luminosa. Em uma região de pouca iluminação também podemos ver os rastros dos diversos corpos que adentram nossa atmosfera, vários em uma noite, já numa cidade isto é impossível.Mas não é apenas a degradação do céu noturno que é relevante, temos também o desperdício de energia. O potencial de produção de energia de nosso país está chegando perto de seu limite, precisamos então utilizar a energia de forma racional. As luminárias frequentemente utilizadas na iluminação pública utilizam uma determinada quantidade de energia para uma iluminação ineficiente. Se a luminária for projetada adequadamente, teremos uma condição de iluminação do solo melhor com menos energia, pois de que adianta a luminária de uma rua, por exemplo, iluminar para cima ou para os lados. O problema da poluição luminosa não é privilegio das grandes cidades do país, ela está também atingindo as localidades mais distantes dos grandes centros, um exemplo disso é o observatório Pico do Dias (LNA) localizado próximo a cidade de Itajubá (MG) que já é prejudicado pela poluição luminosa das cidades próximas.

2.10. POLUIÇÃO ESPACIAL

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Quando se fala em Poluição Espacial, o espaço envolvido não é o cosmos inteiro, ou o infinito. O espaço que é poluído pelo homem e que merece cuidados é o de até os 1.000 km distante da superfície da Terra.

A poluição espacial  consiste do aglomerado de objetos mandados pelo homem ao espaço. Eles se alojam fora do planeta e entram em órbita, permanecendo por lá durante muito tempo, até que um dia colidam com outro objeto, ou entrem na atmosfera terrestre. Com o aumento no número de detritos espaciais no espaço, torna-se mais provável que um meteorito, um satélite ou outro corpo espacial qualquer atinja algum outro detrito e cause   sua   divisão   (muitas   vezes   em milhões   de   partes),   aumentando   ainda  mais   a quantidade de lixo no espaço e a probabilidade de futuras colisões.

2.10.1. LIXO ESPACIAL

O espaço pelo qual os satélites e os ônibus espaciais trafegam está ficando cada vez mais congestionado por resíduos, em alguns casos de origem nuclear ou química.

No espaço,  pedaços de foguetes ou plataformas espaciais,  de satélites que não são mais   funcionais,   de fragmentos  de   utensílios   e de dejetos humanos   (urina,   fezes)   são considerados detritos espaciais ou lixos espaciais (space debris ou space junk).

Existem   vários   fragmentos   de   objetos   que   circulam   a   Terra.   Alguns   são microscópicos (muitas vezes apenas poeira estelar deixada pra trás por cometas), enquanto outros são restos de tinta, vidros ou chapas de metal – resultado da poluição de 50 anos de investimento no espaço.

Existem mais de 150.000 objetos em órbita,  a maioria entre um e dez centímetros. Esses objetos     são   oriundos   da   época   da  Guerra   Fria   e do   crescimento   dos   sistemas   de comunicação através do uso dos satélites. Existem objetos em órbita de todos os tamanhos: desde   luvas de  astronautas,   chaves   de   fendas   perdidas   durante   consertos   em naves, chegando até a resquícios de foguetes e ônibus espaciais destruídos. Objetos soltos no espaço podem demorar desde alguns meses até milhares de anos até que atinjam com a barreira da atmosfera e evaporarem, caso não a ultrapassem.

Dentre todos os 150.000 objetos que giram pela órbita da Terra, uma pequena parcela (menos de 10.000 deles) chega a pesar 200 toneladas, sendo representados muitas vezes por pedaços de plataformas espaciais abandonadas ou inoperantes.

Todos os objetos de tamanho considerável são possíveis de serem catalogados graças a um radar que vasculha o espaço à procura desses objetos. Este radar consegue mapear todos os objetos de grande porte e caso algum deles venha cair, eles têm sua trajetória estimada e monitorada para despencarem em áreas sem habitantes, em oceanos ou desertos. O monitoramento é feito, principalmente, por militares dos Estados Unidos e da Rússia, que são os responsáveis pela maior parte de todo o lixo espacial em órbita. Caso todo esse lixo fosse ser retirado, o custo final seria da ordem de 5,6 bilhões de dólares, além de vários   anos   de   espera   pelo processo. Por isso  um  sistema   de  monitoramento  é  mais conveniente do que retirar pedaço por pedaço dos detritos do espaço.

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Mesmo as partículas menores oferecem bastante perigo, pois viajam a 1,6 quilômetros por segundo. Essa velocidade faz essas partículas terem a potência de uma bala. Em 1995 um satélite explodiu após uma colisão com restos de urina embalada que estavam viajando pelo espaço já há muito tempo.

Todos   os   objetos   que   estão   em  órbita   continuam  em  órbita até perderem  sua velocidade e serem capturados pela gravidade da Terra, ou até saírem permanentemente das proximidades terrestres. Quando entram na atmosfera terrestre ficam incandescentes devido à temperatura que chega a ser de 1.000 ºC. Normalmente, os objetos se desintegram, uma vez que a maioria não tem uma resistência suficiente para agüentar  tal temperatura, mas para os que resistem podem atingir 400 km/h durante o processo de queda.

2.10.2. SOLUÇÕES

Algumas soluções já foram propostas para reduzir os problemas causados por satélites e objetos espaciais em geral, de poluir o espaço próximo à Terra.

Geralmente as alternativas  requerem um maior custo na  fabricação dos próprios satélites em si, pois prevêem a instalação de certos dispositivos adicionais, como um “mini- foguete”.

Normalmente, quando um satélite ou objeto espacial  está em condições de defeito irreversível, ou quando ele se torna inoperante devido ao término de sua energia interna, ele fica vagando em  sua órbita ao  redor da Terra,   até que um dia a  força gravitacional  e magnética da terra naturalmente o atrai para seu interior, destruindo-o.

Então uma abordagem simples de  fazer com que os satélites sumam da região de detritos   da   Terra   é   simplesmente   deixá-los   soltos: fazendo-os   naturalmente   serem destruídos,   desintegrados   ao  atingirem  a barreira da  atmosfera   terrestre   com  o  espaço exterior.

Este método, porém,  contém o  inconveniente de  fazer os   satélites ficarem muito tempo expostos aos detritos que orbitam a Terra, aumentando as chances de causar colisões. Dependendo da posição, ângulo e velocidade de um satélite, ele pode ficar orbitando sem controle desde alguns meses ou anos até milhares de anos antes de finalmente ser destruído atualmente.   Ao processo   de   trazer   satélites   de   volta   para   “baixo”   chama-se desorbitar.

Existem   dispositivos   que   foram   desenvolvidos, mas   que   ainda estão   sendo aprimorados, que facilitam esse processo de pulverização do satélite na atmosfera.  Em geral, o funcionamento desses dispositivos é bastante simples. É construído um parelho parecido com um  foguete,  porém de  tamanho  reduzido.  Ele contém uma certa quantidade de energia que fica depositada em seu  interior e só é  liberada para provocar movimento, quando ordenada através de comandos vindos da Terra ou através de comandosdo próprio satélite ao qual ele está acoplado.

2.11. POLUIÇÃO QUÍMICA

Os incorretos destinos de produtos químicos, que são prejudiciais ao meio ambiente, são responsáveis pela poluição química. Os resultados

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provenientes dessa contaminação podem aparecer de forma imediata ou posteriormente, isso depende do tipo do poluente.

A poluição química é provocada por dois tipos de poluentes que são classificados em biodegradáveis, como detergentes, inseticidas, fertilizantes entre outros, e os persistentes, como DDT (dicloro-difenil-tricloroetano), mercúrio e outros que causam sérios problemas a partir da contaminação.

Na produção agropecuária a contaminação química é mais evidente devido à utilização de insumos agrícolas como fertilizantes, inseticidas e herbicidas. O uso de substâncias químicas na produção agropecuária se difundiu a partir dos anos 60, com objetivo de alcançar uma produção de melhor qualidade e assim obter uma boa aceitação no mercado.

A contaminação ocorre no solo e nas águas, quando os fertilizantes e os agrotóxicos são conduzidos através das águas da chuva, uma parte penetra no solo que atinge o lençol freático contaminando o aqüífero, a outra parte é levada pela enxurrada até os mananciais, como córregos, rios e lagos que se encontram nas partes mais baixas do relevo. Com a contaminação, os animais silvestres e domésticos ingerem sementes e frutos das lavouras, além de consumir água contaminada no curso fluvial. Outro agravante é a contaminação humana, o homem utiliza a água que ficou sujeita à poluição provocada pela produção agrícola.

Outro problema que acontece no solo proveniente da poluição química é em relação à quebra da cadeia de microfauna (minhocas, formigas, besouro, fungos, bactérias) presente no litossolo que favorece a fertilidade do mesmo por meio da interatividade entre os organismos. O solo contaminado destrói esses seres vivos, perde a fertilidade tornando-se estéril, sendo necessária uma aplicação cada vez maior de insumos agrícolas.

Em um primeiro momento, o uso de agrotóxicos e fertilizantes ficou restrito somente aos países desenvolvidos, somente nos anos 60 atingiu as nações subdesenvolvidas que promoveu uma verdadeira revolução na produção agrícola, mas lembrando que são negativos os reflexos derivados dessa prática.

2.12. POLUIÇÃO BIOLÓGICA

A poluição biológica é causada geralmente por detritos orgânicos suscetíveis à fermentação. Os detritos são representados principalmente por esgoto domiciliares e despejo industrial (papel, açúcar, serrarias, matadouros, etc.). Os esgotos domiciliares contêm, além de detritos orgânicos, restos de alimentos, sabões, detergentes etc. Sua composição é essencialmente de carboidratos, gorduras, material protéico, detergentes, fosfatos e bactérias.

Os processos biológicos que ocorrem em ambientes aquáticos são responsáveis pela degradação dessas substâncias. Podem ser subdivididos em dois grupos: aeróbios e anaeróbios. Esses processos de fermentação de detritos resultam em grande consumo de oxigênio e formação de amônio, metano, dióxido de carbono, etc. Isto leva a uma diminuição do processo de fotossíntese de alguns organismos vegetais e morte das populações de peixes e outros organismos aquáticos.

No entanto, alguns corpos d'água adquirem altas concentrações de nutrientes, principalmente sódio, potássio, fósforo e compostos inorgânicos de nitrogênio, que provocam alta proliferação de algas na superfície dos rios,

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lagos, igarapés e áreas costeiras. Isto causa a redução da passagem da luz para a coluna d'água e conseqüentemente a quantidade de oxigênio dissolvido na água é reduzida drasticamente. Em alguns casos, pequenos volumes de esgoto ricos em nutrientes são capazes de condenar um sistema aquático, porém podem ser totalmente inócuos num rio de maiores proporções.

Além de alterar o ecossistema aquático a descarga de resíduos humanos transporta grande variedade de patógenos, entre eles bactérias, vírus, protozoários ou organismos multicelulares, que podem causar doenças gastrointestinais. Outros organismos podem infectar os seres humanos por intermédio do contato com a pele ou pela inalação por dispersão no ar, a partir de aerossóis contaminados.

As bactérias patogênicas comumente detectadas em água contaminada são Shigella, Salmonella, Campylobacter, Escherichia coli, Vibrio e Yersinia. Outras bactérias patogênicas são Mycobacterium, Pasteurella, Leptospina e Legionella, sendo as duas últimas e alguns fungos transmitidos pelo aerosol. Agentes virais também são importantes contaminantes, como o vírus da hepatite, do rotavírus e anterovírus (echovírus, adenovirus), do parvovírus e gastroenterite tipo A.

Dos protozoários patogênicos, Giárdia sp. Entanomeba sp. e Cryptosporidum são os mais significativos: causam doenças gastrintestinais e afetam os tecidos da mucosa intestinal, produzindo disenteria, desidratação e perda de peso. Naegleria gruberi produz infecção quase sempre fatal. Muitos vermes parasitas encontrados em água contaminadas por esgotos ou em águas de irrigação podem afetar trabalhadores em serviços públicos (tratamento de esgotos), inúmeras pessoas em áreas de recreação ou trabalhadores no campo em projetos de irrigação. Esses vermes incluem a Taenia saginata, Ascaris lumbricoides, várias espécies de Schistosoma e Ancylostoma moderade.

2.13. POLUIÇÃO FÍSICA

A poluição física compreende a poluição por resíduos radiativos e detritos inertes, que influenciam diretamente na transparência, temperatura e turbulência do corpo d'água. Estas três propriedades físicas afetam a vida aquática. A transparência é importante para o crescimento das algas e penetração da radiação solar. Já temperaturas muito baixas resultam em processos biológicos lentos, ao passo que altas temperaturas são fatais para muitos organismos. Finalmente, a turbulência é um fator importante no processo de transporte de nutrientes e lixo presentes no corpo d'água.

A concentração do material dissolvido e a concentração do material em suspensão interferem na transparência da água, o que dificulta a penetração da radiação solar na coluna d'água para ser utilizada como forma de energia na fotossíntese.

A quantidade de material em suspensão no meio aquático depende basicamente do intemperismo das rochas, lixiviação do solo, assoreamento dos rios ou igarapés, deposição atmosférica e despejos urbanos.

2.14. POLUIÇÃO RADIOATIVA

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Desde o início da era atômica, as centenas de experiências com material nuclear têm jogado quantidades enormes de resíduos radioativos na atmosfera. As correntes de ar, por sua vez, se encarregam de distribuir este material para todas as regiões da Terra. Com o tempo, a suspensão é trazida para o solo e para os oceanos, onde será absorvida e incorporada pelos seres vivos.

Além da liberação direta de material radioativo, existe o grave problema do lixo atômico, produzido pelas usinas nucleares, que apresenta uma série de dificuldades em seu armazenamento.

O estrôncio-90 radioativo liberado por vazamentos ou explosões nucleares pode causar sérios problemas quando assimilado. Uma vez na corrente sangüínea, ele é confundido com o cálcio e absorvido pelo tecido ósseo, onde será fixado. Agora fazendo parte dos ossos, ele emite sua radiação e acabará por provocar sérias mutações cancerígenas nos tecidos formadores de sangue encontrados na medula óssea.

São os principais elementos radioativos: Iodo 131 Plutônio 239 Estrôncio 90 Urânio Cobalto Cálcio

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3. CONCUSÃO

A revolução industrial e outras diversas evoluções tecnológicas nos proporcionaram um grande avanço tecnológico. Porém isso acarretou uma degradação ambiental que hoje já nos trás sérias consequências. Se medidas que reverta a situação ou pelo menos a mantenham, não forem tomadas a tempo, vivenciaremos uma situação caótica, onde espécies da fauna e flora e até mesmo milhões de pessoas seriam extintas.

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4. REFERÊNNCIAS

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