Pontecial Não Madeireiro

33
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO GABINETE DO PREFEITO ZONEAMENTO ECONÔMICO, AMBIENTAL, SOCIAL E CULTURAL DE RIO BRANCO ZEAS Projeto IV BANCO DA AMAZÔNIA POTENCIAL PARA PRODUTOS FLORESTAIS NÃO- MADEIREIROS NO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO ACRE RIO BRANCO AC, 2009

description

Produtos do Convênio da PMRB com o Basa e a Fundação Bioma

Transcript of Pontecial Não Madeireiro

Page 1: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

ZONEAMENTO ECONÔMICO, AMBIENTAL, SOCIAL E CULTURAL DE RIO BRANCO – ZEAS

Projeto IV BANCO DA AMAZÔNIA

POTENCIAL PARA PRODUTOS FLORESTAIS NÃO-

MADEIREIROS NO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO – ACRE

RIO BRANCO – AC, 2009

Page 2: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 6

2. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................... 7

2.1. Levantamento de dados secundários .............................................................. 7

2.2. Levantamento de campo para realização dos inventários ........................... 8

2.3. Aptidão não-madeireira ...................................................................................... 9

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................. 11

3.1. Os dados secundários e suas limitações. ..................................................... 11

3.2 Aptidão não madeireira do município de Rio Branco e entorno ................. 12

Açaí (Euterpe precatoria Mart.) ............................................................................... 20

Andiroba (Carapa guianensis Aublet.) ................................................................... 21

Copaíba (Copaifera sp.) ........................................................................................... 23

Murmuru (Astrocaryum murumuru Mart.) .............................................................. 24

Jarina (Phytelephas macrosperma Ruiz & Pav.) ................................................. 25

Jatobá (Hymenaea coubaril L.) ............................................................................... 26

A castanheira (Bertholletia excelsa Humb. & Bonpll) .......................................... 27

3.4. Aspectos econômicos e sociais ...................................................................... 29

4. CONCLUSÕES ........................................................................................................ 32

5. Referências bibliográficas ...................................................................................... 33

Page 3: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Imagem CBERS, 2005 identificando as áreas que tiveram seus

inventários utilizados na avaliação da aptidão florestal madeireira e não

madeireira do município de Rio Branco. ............................................................. 5

Figura 2. Amostra das parcelas implantadas nas áreas inventariadas no

município de Rio Branco-AC. .............................................................................. 7

Figura 3. Fluxograma das etapas para definição do potencial não madeireiro,

município de Rio Branco/AC. .............................................................................. 9

Figura 4. Aptidão não madeireira do município de Rio Branco/AC. .................. 15

Figura 5. Produção de castanha-do-brasil nos municípios do Estado do Acre

onde ocorre a espécie, ao longo dos anos de 1998 a 2004. Fonte IBGE/SIDRA.

.......................................................................................................................... 26

Page 4: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Potencial produtivo de Euterpe precatoria (Açaí), frutos/polpa em

áreas de florestas no estado do Acre abrangendo as regionais Alto Acre, Baixo

Acre, Tarauacá-Envira e Juruá. ........................................................................ 18

Quadro 2. Potencial produtivo de Carapa guianensis (Andiroba), frutos/óleo em

áreas de florestas no estado do Acre abrangendo as regionais Baixo Acre,

Tarauacá-Envira e Juruá .................................................................................. 20

Quadro 3. Potencial produtivo de Copaifera sp. (Copaíba), resina/óleo em

áreas de florestas no estado do Acre abrangendo as regionais Alto Acre, Baixo

Acre, Purus, Tarauacá-Envira e Juruá. ............................................................. 21

Quadro 4. Potencial produtivo de Astrocaryum murumuru (Murmuru),

frutos/óleo em áreas de florestas no estado do Acre abrangendo as regionais

Alto Acre, Baixo Acre, Purus, Tarauacá-Envira e Juruá. .................................. 22

Quadro 5. Potencial produtivo de Phytelephas macrosperma (Jarina), sementes

florestais em áreas de florestas no estado do Acre abrangendo as regionais

Baixo Acre, Alto Acre e Juruá ........................................................................... 23

Quadro 6. Potencial produtivo de Hymenaea courbaril (Jatobá), sementes

florestais em áreas de florestas no estado do Acre abrangendo as regionais

Baixo Acre, Alto Acre, Purus, Tarauacá-Envira e Juruá. .................................. 24

Quadro 7. Potencial socioeconômico de manejo da polpa e óleos vegetais.

Cadeia produtiva dividida em Produção – Beneficiamento – Comercialização. 28

Page 5: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Espécies com aptidão não madeireira, registradas para o município

de Rio Branco, a partir de dados de trabalhos não publicados e relatórios

resgatados pelo Programa ZEAS ..................................................................... 10

Tabela 2. Lista de espécies úteis da flora de Rio Branco, conforme os registros

do banco de dados da flora do Acre. ................................................................ 11

Tabela 3. Espécies vegetais com aptidão de uso não madeireiro, documentado

na região de Xapuri e observadas no município de Rio Branco e arredores .... 12

Page 6: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

1. INTRODUÇÃO

O Estado do Acre está localizado em uma região bastante peculiar em

termos ambientais, uma vez que ainda mantém cerca de 90% da sua cobertura

florestal, representada por uma grande variedade de tipologias florestais que abriga

uma alta diversidade de plantas e de animais (BARBOSA et al. 2003).

A região sudoeste do estado revela um padrão de ocupação territorial

marcado pela presença de vários Projetos de Assentamento Dirigido do INCRA

instalados ao longo da BR 364; pela substituição paulatina da cobertura florestal

pelas fazendas e pastagens de grandes e pequenos pecuaristas e, também, pela

presença de Unidades de Conservação de uso direto e indireto (ACRE 2000, 2006).

Como resultado desse processo, é evidente, a expansão da fragmentação

florestal o que gera perda de biodiversidade e dos serviços ambientais a ela

associados (FEARNSIDE 1999, SWEENEY et al. 2004), tais como a manutenção

do ciclo hídrico regional e a conservação dos solos.

O manejo florestal de uso múltiplo pressupõe a oferta de um leque

variado de produtos, matérias-primas e serviços pelo ecossistema florestal de

maneira continuada e permanente, isto é: para as gerações atuais e futuras.

Em função desse quadro e da necessidade de se conhecer o potencial

dos recursos madeireiros e não madeireiros de Rio Branco e arredores, este

relatório foi elaborado e apresenta uma aproximação sobre as informações

disponíveis, com base em fontes primárias e secundárias.

Page 7: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1. Levantamento de dados secundários

Para o levantamento do potencial da cobertura vegetal do município,

foram utilizadas informações de inventários florestais dos planos de manejo

fornecidos pelo Escritório de Manejo do Instituto de Meio Ambiente do Acre -

IMAC (Base de dados Programa ZEAS) já realizados no Município e em seu

entorno em áreas particulares com manejo florestal. E estudos recentes

realizados na área do Seringal São Francisco do Espalha e em três pontos da

Rodovia Transacreana (Figura 1).

Page 8: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

Figura 1. Imagem CBERS, 2005 identificando as áreas que tiveram seus inventários

utilizados na avaliação da aptidão florestal madeireira e não madeireira do município de Rio

Branco.

2.2. Levantamento de campo para realização dos inventários

Para a realização dos inventários foram instaladas oito unidades

amostrais em forma de cruz (Figura 2), em áreas localizadas no município de

Rio Branco com tipologias diferentes, sendo cinco no Seringal São Francisco do

Espalha e três ao longo da Rodovia Transacreana. Cada braço da amostra, com

400 m, teve 250 m inventariados. Considerando-se que o início de cada braço

fica no centro da cruz, os 150 m a partir do início da amostra não foram

inventariados. Assim, o levantamento foi realizado a partir de 150 m do centro da

amostra (formato de cruz) onde foram inventariadas todas as espécies

madeireiras e não-madeireiras, com Circunferência Acima do Peito (CAP) > 15

cm, em um retângulo de 10 X 250 m (Figura 2). Cada amostra (cruz)

correspondeu a 2 ha inventariados, totalizando 162 ha em oito pontos

amostrados.

Page 9: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

Figura 2. Amostra das parcelas implantadas nas áreas inventariadas no município de Rio Branco-AC.

As áreas amostradas no município do Bujari encontram-se localizadas em

tipologias idênticas as que ocorrem no município de Rio Branco, e em função da

escala a ser trabalhada (1:100.000) serão consideradas associações de

tipologias florestais para a análise dos dados.

2.3. Aptidão não-madeireira

Para a análise da aptidão não-madeireira foram utilizados dados dos

inventários realizados no Seringal São Francisco do Espalha (levantamento

primário), informações dos inventários florestais dos planos de manejo

Page 10: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

fornecidos pelo Escritório de Manejo do Instituto de Meio Ambiente do Acre -

IMAC, (utilizou-se estas informações por termos várias espécies arbóreas com

potencial não madeireiro, além do levantamento de Castanha-do-brasil

(Bertholletia excelsa H.B.K.) e seringueira (Hevea brasiliensis Muell. Arg.))

dados secundários extraídos de relatórios governamentais e de organizações

não governamentais, trabalhos científicos, trabalhos técnicos e informações da

Segunda Fase do ZEE.

As espécies com potencial não madeireiro trabalhadas neste relatório

foram as indicadas como prioritárias para o Estado do Acre na Segunda Fase do

ZEE, são elas: Bertholletia excelsa (Castanha), Hevea brasiliensis (Seringa),

Carapa guianensis (Andiroba), Copaifera sp (Copaíba), Astrocaryum murumuru

(Murmuru) e Euterpe precatoria (Açaí), Phytelephas macrocarpa (Jarina) e

Hymenaea courbaril (Jatobá), Para as análises de possibilidade de mercado

abordou os seguintes grupos de uso:

Para inferir sobre o potencial de cada espécie foram utilizados os

seguintes parâmetros fitossociológicos: i) ocorrência de cada indivíduo; ii)

potencial produtivo da cada espécie em áreas de floresta no município.

Page 11: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

ZEE FASE II

Potencial Não-madeireiro

Inventários

Representativos

da Tipologia

Campo Mapa de TipologiasPOTENCIAL NÃO-

MADEIREIRO

Produção/Indivíduo

Renda Anual por

Indíviduo

Figura 3. Fluxograma das etapas para definição do potencial não madeireiro, município de Rio Branco/AC.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1. Os dados secundários e suas limitações.

Fidelidade na identificação das árvores

Uma das limitações graves do manejo florestal é a falta de padronização

na determinação botânica das espécies exploradas. As instituições que aprovam

os planos de manejo e o licenciamento acabam por utilizar listas de nomes

populares associados aos nomes científicos sem que as espécies tenham sido

identificadas por especialistas, ou pelo menos confrontadas com as amostras

botânicas existentes em uma coleção científica.

A identificação das espécies deve ser realizada com o máximo rigor e

exatidão possível, pois a sua negligência pode comprometer manutenção e

Page 12: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

integridade das populações. Espécies raras, de baixa densidade, ou com

distribuição geográfica restrita, podem estar sendo identificadas erroneamente e

tratadas como uma espécie comum, e então, sendo exploradas com a mesma

intensidade que uma espécie comum. Quando efetuada por especialistas

taxonômicos, a identificação das espécies é rigorosa e confiável, no entanto por

ser dependente de material fértil, muitas vezes fica limitada.

3.2 Aptidão não madeireira do município de Rio Branco e entorno

Da lista de trabalhos não publicados e relatórios envolvendo espécies

arbóreas com potencial não madeireiro resgatados pelo Programa ZEAS, tem-se

um total de sete espécies com aptidão de uso registrado para o município de Rio

Branco e entorno (Tabela 1), sendo estes os únicos dados que apresentam a

densidade dessas espécies. A Castanheira apresenta 0,1 a 3,0 indivíduos/ha, o

Açaí 2,0 a 54 indivíduos/ha, a Copaíba 0,03 a 2,0 indivíduos/ha, a Jarina 2,0

indivíduos/ha e o Murmurú 1 a 23 indivíduos/ha.

O banco de dados da flora do Acre também registra para o município de

Rio Branco, 36 espécies arbóreas que se destacam pela aptidão de uso na

alimentação, como medicamento e, também, pelo uso na ornamentação (Tabela

2).

Tabela 1. Espécies com aptidão não madeireira, registradas para o município de Rio

Branco, a partir de dados de trabalhos não publicados e relatórios resgatados

pelo Programa ZEAS.

Nome popular Espécie/nome Categoria de uso

Castanheira Bertollethia excelsa Alimentação

Açaí Euterpe precatoria Alimentação

Andiroba Carapa guianensis Medicinal

Copaíba Copaífera Medicinal

Page 13: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

Jarina Phytelephas macrocarpa Artesanato

Jatobá Hymenaeae courbaril Medicinal/Alimentação

Murmuru Astrocaryum murumuru Alimentação

Tabela 2. Lista de espécies úteis da flora de Rio Branco, conforme os registros do

banco de dados da flora do Acre.

Espécie Categoria de uso

Allophylus pilosus Medicinal

Attalea phalerata Alimentação

Bactris major Alimentação

Bactris maraja Alimentação

Bauhinia Medicinal

Bauhinia glabra Medicinal

Brosimum lactescens Árvore espera

Casimirella Medicinal

Chamaesyce capitellata Medicinal

Garcinia Alimentação

Geonoma juruana Alimentação

Guettarda aff. acreana Medicinal

Hasseltia floribunda Medicinal

Hura crepitans Medicinal

Leonotis nepetifolia Medicinal

Mascagnia macrodisca Medicinal

Momordica charantia Medicinal

Moutabea Medicinal

Oenocarpus mapora Alimentação

Ormosia grandiflora Medicinal

Pouteria Alimentação

Psidium guajava Medicinal

Psychotria viridis Medicinal

Rollinia mucosa Alimentação

Senna reticulate Ornamental

Spondias mombin var. globosa Alimentação

Spondias testudinis Alimentação

Urera laciniata Medicinal

Wulffia baccata Medicinal

Page 14: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

Além desses registros, trabalhos realizados na região de Xapuri (KAINER

& DUREYA 1992, MING et al. 1997) documentaram a aptidão de uso das

plantas exóticas e nativas que também ocorrem na capital do Acre e são

comumente utilizadas pela população (Tabela 3).

Tabela 3. Espécies vegetais com aptidão de uso não madeireiro, documentado na

região de Xapuri e observadas no município de Rio Branco e arredores.

Categoria de uso/ Família Espécie

Bebida

Arecaceae Oenocarpus bataua.

Anacardiaceae Spondias testudinis

Arecaceae Mauritia flexuosa

Caesalpiniaceae Senna occidentalis

Alimento

Anacardiaceae Spondias globosa

Anacardiaceae Spondias mombin

Arecaceae Astrocaryum aculeatum

Arecaceae Attalea butyracea

Mimosaceae Inga cf. calantha

Moraceae Pseudolmedia macrophylla

Pedaliaceae Sesamum indicum

Quiinaceae Quiina

Condimento

Asteraceae Spilanthes acmella

Apiaceae Foeniculum vulgare Mill.

Combustível

Flacourtiaceae Banara nitida

Fibras

Cyclanthaceae Evodianthus funifer

Sabão

Cucurbitaceae Fevillea pedatifolia

Cobertura

Arecaceae Attalea butyracea

Arecaceae Attalea phalerata

Arecaceae Geonoma deversa

Medicinal

Page 15: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

Pteridófita Adiantum obliquum Willd.

Lamiaceae Leonotis nepetifolia (L.) Aiton

Scrophulariaceae Scoparia dulcis L.

Pedaliaceae Sesamum indicum L.

Solanaceae Brunfelsia grandiflora D. Don

Asteraceae Pseudelephantopus spiralis (Less.) Cronq.

Apocynaceae Himatanthus sucuuba (Spruce) Woodson

Asteraceae Tagetes patula L.

Caesalpiniaceae Cassia occidentalis L.

Chenopodiaceae Chenopodium ambrodioides L.

Phytolaccaceae Petiveria alliacea L.

Euphorbiaceae Phyllanthus cf. nirari L.

Piperaceae Pothomorphe peltata (L.) Miq.

Verbenaceae Lippia alba (Mill.) N. E. Br.

Scrophulariaceae Capraria biflora

Scrophulariaceae Scoparia dulcis L.

Ornamental

Nyctaginaceae Mirabilis jalapa L.

Caesalpiniaceae Senna reticulata (Willd.) H. S. Irwin & Barneby

Heliconiaceae Heliconia spp.

Costaceae Costus spp.

Zingiberaceae Renealmia spp.

Halucinógeno

Malpighiaceae Mascagnia macrodisca (Triana & Planch.) Nied.

Rubiaceae Psychotria viridis Ruiz & Pav.

Poção

Solanaceae Brunfelsia grandiflora D. Don

Simpatias

Euphorbiaceae Jatropha curcas L.

Euphorbiaceae Jatropha gossypifolia L.

A soma desses registros resulta em um total de 70 espécies com uso

potencial documentado para Rio Branco, porém, é importante salientar, que os

esforços sistemáticos voltados à catalogação e avaliação de aspectos básicos

da ecologia populacional dessas espécies ainda é incipiente diante da riqueza

de espécies úteis existentes na região.

Page 16: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

No mapa de aptidão não madeireira os tons de verde mais escuro indicam

maior índice de potencial de ocorrência de espécies não madeireiras (Figura 4).

Ao sul do município, onde os tons de verde são mais escuros, observa-se que

este índice varia de 0,358 a 0,496 e a tipologia predominante nesta área é a

FAP + FAB (Floresta Aberta com Palmeira mais Floresta Aberta com Bambu)

onde podem ser encontradas algumas espécies de palmeiras como: Euterpe

precatória. (açaí), Iriartea exorrhiza. (paxiúba), Attlea pharelata (uricuri), M.

flexuosa (buriti). Além de algumas espécies arbóreas dominantes: Hura

crepitans (açacu), Fícus sp. (apuí), Calycophyllum spruceanum (Mulateiro),

dentre outras (Acre, 2000). Esta tipologia representa 19,14% da área total do

município. Os altos índices de aptidão não madeireira, quando comparado com

o restante do município, se deve ao conhecimento das espécies que ocorrem

nesta área com base nas tipologias florestais.

Page 17: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

68°0'0"W

68°0'0"W

69°0'0"W

69°0'0"W

10°0

'0"S

10°0

'0"S

0 20 40 60 8010Km

LegendaPotencialNão-madeireiro

0,000

0,001 - 0,237

0,238 - 0,291

0,292 - 0,327

0,328 - 0,357

0,358 - 0,380

0,381 - 0,400

0,401 - 0,424

0,425 - 0,457

0,458 - 0,496

Figura 4. Aptidão não madeireira do município de Rio Branco/AC.

Ao leste onde o índice varia de 0,381 a 0,496 encontra-se manchas das

tipologias, FAP+FAB (Floresta Aberta com Palmeira mais Floresta Aberta com

Bambu), cujas espécies mais representativas já foram supracitadas; FAB+FAP

(Floresta Aberta com Bambu mais Florestas Aberta com Palmeiras), tipologia

mais representativa dentro o município com 23,6 %, com palmeiras no sub-

bosque apresentando maior concentração das espécies: Astrocarium murumuru

(murmuru), Phytelephas macrocarpa (jarina), Oenocarpus distichus. (bacaba),

Euterpe precatoria (açaí), Iriartea sp. (paxiubinha), Iriartea exorrhiza. (paxiubão),

Oenocarpus bataua. (patauá), Attalea excelsa (uricuri), Bactris maior (marajá) e

Page 18: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

Astrocaryum sp (tucumã); FAB+FD (Floresta Aberta com Bambu mais Floreta

densa), representa 0,94% em todo município, uma pequena mancha com

existência rara de palmeiras, mas podem ser encontradas representantes de

Iriartea sp (paxiúbas) e O. bataua (patauá) e FAP+FD+FAB (Floresta Aberta

com Palmeira mais Floreta Densa mais Floresta Aberta com Bambu), 7,04%

dentro do município, onde são encontradas espécies de palmeiras como:

Oenocarpus bataua (patauá), Euterpe precatoria. (açaí), Astrocarium murumuru

(murmuru), Phytelephas macrocarpa (jarina), Oenocarpus distichus (bacaba). E

em relação as espécies arbóreas, as mais ocorrentes são: Aspidormerma

vargasii (amarelão), Torresea acreana (cerejeira), Bertholletia excelsa

(castanheira), Tabebuia sp. (ipê), Apuleia leiocarpa (cumaru-cetim) entre outras.

Estas quatro tipologias, que estão representadas em remanescentes florestais

na área mais antropizada do município, não possuem levantamentos primários

de referência. As inferências a respeito do índice de potencialidade são

realizadas com base na extrapolação das informações referentes a outros

levantamentos realizados nestas tipologias em outras áreas do município. Deve-

se haver um real levantamento de campo para checagem destas informações.

No Norte do município ocorre uma variação do índice de 0,292 a 0,381

onde encontra-se manchas das tipologias FAB+FAP+FD (Floresta Aberta com

Bambu mais Florestas Aberta com Palmeiras mais Floresta Densa), que

representa 0,73% dentro do município, a FAB+FD (Floresta Aberta com Bambu

mais Floresta Densa), FAB+FAP (Floresta Aberta com Bambu mais Floresta

Aberta com Palmeira) (estas três tipologias já tiveram suas espécies

predominantes citadas anteriormente);e, FAP+FD (Floresta Aberta com Bambu

mais Floresta Densa), que na sua representação dentro do município apresenta

um total de 3,26%. Esta floresta apresenta manchas com o dossel aberto com

Page 19: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

presença de espécies de palmeiras como Euterpe precatoria (açaí), Oenocarpus

bataua (patauá), Oenocarpus distichus (bacaba), Iriartea exorrhiza (paxiubão),

Iriartea sp. (paxiubinha), A. murumuru (murmuru), P. macrocarpa (jarina). E em

relação as espécies arbóreas foram observadas nesta fisionomia Bertholletia

excelsa (castanheira), Cedrela Odorata. (cedro vermelho), Torresea acreana ,

Dipterys ferrea (cumaru-ferro), Tabebuia serratifolia (pau d’arco amarelo), dentre

outras( Acre, 2000).

Já a noroeste, final da Rodovia Transacreana, e a sudoeste do município

onde estão localizados o Seringal são Francisco do Espalha e parte da Resex

Chico Mendes, observa-se uma variação bastante baixa do índice de

potencialidade, 0,001 a 0,237 e 0,001 a 0,327 respectivamente. A noroeste

encontra-se as tipologias FAP+FAB (Floresta Aberta com Palmeira mais Floresta

Aberta com Bambu); FAB+FAP (Floresta Aberta com Palmeira mais Floresta

Aberta com Bambu); e, FAP+FD (Floresta Aberta com Palmeira mais Floresta

Densa). No sudoeste, além das tipologias citadas acima, encontra-se FABD

(Floresta Aberta com Bambu Dominante); FAP+FD+FAB (Floresta Aberta com

Palmeira mais Floresta Densa mais Floresta Aberta com Bambu); e, FAP

(Floresta Aberta com Palmeira), cujas espécies mais representativas foram

citadas anteriormente, com exceção da FAP que apresenta um dossel aberto

com presença das espécies de palmeiras como A. murumuru (murmuru),

Astrocaryum sp. (tucumã), A. excelsa (uricuri), E. oleraceae (açaí), Bactris maior.

(marajá), A. wallissii (jaci), P. macrocarpa (jarina) dentre outras. Em relação as

espécies arbóreas ocorrem Hevea brasiliensis (seringueira), Bertholletia excelsa.

(castanheira), Apuleia leiocarpa (cumaru-cetim), Manilkara huberi

(maçaranduba), Qualea tesmannii (catuaba amarela), dentre outras (Acre,

2000). Esta situação de poucas espécies pode estar relacionada a dois fatores,

Page 20: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

a não ocorrência das espécies com potencial não madeireiro e/ou a falta de

informação. Supõe-se que deve ser atribuído a falta de informações primárias

(levantamento de campo) nestas regiões, já que não foram encontradas

informações a respeito de planos de manejo nesta área. As áreas cinzas são

áreas antropizadas no município e correspondem a 26,12% de sua área total,

(869.687,176 ha).

A seguir são discutidas as características ecológicas e o potencial de manejo de

algumas espécie prioritárias separadamente. Também, são apresentados alguns

quadros com o potencial destes produtos para as regiões do estado do Acre

(informações retiradas do documento condensado: Potencial florestal dos

produtos não-madeireiros prioritários para o estado do acre. ZEE/AC, 2006).

Açaí (Euterpe precatoria Mart.)

O manejo e o aproveitamento dos frutos do Açaí, quando feito de modo

adequado, ou seja, subindo na planta para coletar o cacho, não elimina a

palmeira. Desta forma, os frutos são recursos que possuem potencial ecológico

de manejo intermediário (Quadro 1). Além disso, a espécie possui boa

disponibilidade de frutos e sementes, característica fundamental para espécies

submetidas ao aproveitamento de seus recursos, porque traz maiores chances

de estabelecimento de plântulas do que para aquelas com poucas estruturas

reprodutivas. A renda gerada com a comercialização de açaí é alta.

Quadro 1. Potencial produtivo de Euterpe precatoria (Açaí), frutos/polpa em áreas de

florestas no estado do Acre abrangendo as regionais Alto Acre, Baixo Acre, Tarauacá-

Envira e Juruá.

Açaí - Estatística Número de indivíduos produtivos/ha.

Produção de frutos/ano/ha. (kg).

Renda/ano/ha. de frutos (R$)

Produção de polpa/ano/ha. (kg).

Renda/ano/ha de polpa (R$)

Page 21: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

Baixo Acre (n=9)

Mínimo e Máximo 0,2 e 280 1,5 e 2100 0,75 e 1050 0,47 e 645 1,69 e 2322

Média ± Desvio padrão

42,5±91,3 318,7±684,7 159,4±342,4 97,9± 210,3 352,4± 757,1

Alto Acre (n=13)

Mínimo e Máximo 0,8 e 75 6 e 562,5 5,4 e 506,2 1,8 e 172,8 7,4 e 622,1

Média ± Desvio padrão

27 ± 22,1 202,5± 165,7 182,2±82,9 62,2± 50,9 248,8±203,7

Tarauacá/Envira (n=2)

Mínimo e Máximo 46 e 56 345 e 420 310,5 e 378 106 e 129 381,6 e 464,4

Média ± Desvio padrão

51±7,1 382,5±53,2 344,3±47,9 117,5±16,3 423±58,7

Juruá (n=8)

Mínimo e Máximo 2 e 19 15 e 142,5 13,5 e 128,2 4,6 e 43,8 16,5 e 157,7

Média ± Desvio padrão

10,1±6 75,7±45 37,9± 40,5 23,3± 13,8 83,9±49,7

Um Açaí produz 7,5 ± 4,2 kg de frutos/ha/ano (Rocha, 2004); uma lata de

18 litros de frutos é comercializada a R$7,00 (SEPROF). O preço de um kg de

polpa de Açaí é de R$2,50 (Ferreira & Ferreira, não publicado 2002); Uma lata

de frutos produz 4,3 kg de polpa (Ferreira & Ferreira, não publicado 2002). Os

mesmos valores de produção e preço foram utilizados para calcular o potencial

em todas as regionais do estado do Acre. A estimativa da produção de polpa

não leva em consideração os custos de beneficiamento..

Andiroba (Carapa guianensis Aublet.)

Esta espécie tem ampla distribuição no neotrópico. No Brasil ocorre na

bacia amazônica, principalmente nas várzeas e nas faixas alagáveis ao longo

dos cursos de água, sendo também encontrada na terra firme (Boufleuer, 2004).

Ocorre em todas as regionais do estado do Acre.

É considerada uma espécie de densidade média intermediária (entre 0,01

a 11 indivíduos/ha), tolerante à sombra, porque pode germinar sobreviver,

crescer e se reproduzir à sombra na floresta, com distribuição espacial

Page 22: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

agrupada. Estas características ecológicas proporcionam de intermediária a alta

quantidade de sementes de Andiroba na floresta.

Esta árvore exibe floração/frutificação anual. Provavelmente entomófila com uma

predominância de besouros e abelhas como potenciais polinizadores

(Nascimento et al., 2001). A dispersão das sementes é feita pela água e também

por grandes roedores (Hall, et al. 1994).

Quadro 2. Potencial produtivo de Carapa guianensis (Andiroba), frutos/óleo em áreas de

florestas no estado do Acre abrangendo as regionais Baixo Acre, Tarauacá-Envira e

Juruá.

Andiroba – Estatística Número de indivíduos produtivos/ha

Produção de sementes/ano/ha (kg)

Renda/ano/ha de sementes (R$)

Produção de óleo/ano/ha (l)

Renda/ano/ha de óleo (R$)

Baixo Acre (n=6) Mínimo e Máximo 0,16 e 7,2 7,2 e 324 2 e 90,7 0,26 e 12 2,6 e 120 Média ± Desvio padrão

2,6 ± 3,1 117± 139,5 32,8± 39,1 4,3 ± 5,2 43 ± 52

Alto Acre (n=1) 0,07 3,15 1,6 0,12 1,2

Purus (n=1) 0,01 0,45 0,2 0,02 0,16

Tarauacá/Envira (n=2) Mínimo e Máximo 6 e 11,7 270 e 526,5 135 e 263,3 10 e 19,5 100 e 195 Média ± Desvio padrão

8,9 ± 4 400,5±180 200,3 ±90 14,8 ± 6,7 148 ± 67

Juruá (=1) 0,01 0,45 0,2 0,02 0,16

Cada 100 kg de sementes produzem em média 18 litros de óleo (Shanley, et al.2005). Cada 1 kg contém 55 sementes (Shanley, et al.2005). O preço de um litro de óleo é de R$ 10,00. Uma árvore produz de 700 a 4000 sementes/ano ou 22,4 a 122 kg. 1l de óleo = 27 kg de sementes. A estimativa da produção de óleo não leva em consideração os custos de beneficiamento.

Page 23: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

Copaíba (Copaifera sp.)

Ocorre nas florestas do Brasil, Colômbia, Venezuela, Guianas, Argentina,

Paraguai, Bolívia, Panamá. Pelo menos 25 espécies são representadas na

região amazônica (Gentry, 1993 citado por Plowden, 2003). As principais

espécies que são comercializadas são: Copaifera reticulata, C. multijuga, e C.

langsdorffi (MMA-SCA, et al. 1998 citado por Plowden, 2003). No Acre ocorrem

as espécies Copaifera reticulata, C. guianensis, C. multijuga. A Copaíba ocorre

na bacia amazônica em várzeas e nas florestas de terra firme (Alencar, et al.

1979). No Acre não foi amostrada apenas na regional Tarauacá-Envira.

O manejo e o aproveitamento do óleo/resina das espécies de Copaíba

quando coletado de modo adequado, ou seja, através de um furo por trado

(Leite, et al.2001), não mata as plantas. Desta forma, o óleo pode ter alto

potencial de manejo sustentável. A copaíba também possui uma alta quantidade

de estruturas reprodutivas, característica fundamental para espécies submetidas

ao aproveitamento de seus recursos.

Quadro 3. Potencial produtivo de Copaifera sp. (Copaíba), resina/óleo em áreas de

florestas no estado do Acre abrangendo as regionais Alto Acre, Baixo Acre, Purus,

Tarauacá-Envira e Juruá.

Copaíba – Estatística Número de indivíduos produtivos/ha

Produção de óleo/ano/ha (l)

Renda/ano/ha de óleo (R$)

Baixo Acre (n=5) Mínimo e Máximo 0,009 e 2 0,009 e 2 0,13 e 30 Média ± Desvio padrão 0,26 ± 0,49 0,26 ± 0,49 3,9 ± 7,3

Alto Acre (n=18) Mínimo e Máximo 0,02 e 0,4 0,02 e 0,4 0,3 e 6 Média ± Desvio padrão 0,16± 0,16 0,16± 0,16 2,4 ± 2,4

Purus (n=8) Mínimo e Máximo 0,007 e 0,05 0,007 e 0,05 0,1 e 0,75 Média ± Desvio padrão 0,03±0,03 0,03±0,03 0,4± 0,4

Page 24: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

Juruá (=4)

Mínimo e Máximo 0,008 e 1 0,008 e 1 0,1 e 15 Média ± Desvio padrão 0,52±0,5 0,52±0,5 7,8± 8,2

Uma árvore produz 1 litro de óleo por ano (Shanley, et al. 2005); O preço do litro do óleo é de R$15,00 (Projeto BID, 2001). Cada n representa um hectare.

Murmuru (Astrocaryum murumuru Mart.)

Palmeira de sub-dossel que possui estipe único ou cespitoso. No Acre

ocorre em todas as regionais (Ferreira, comunicação pessoal), apesar de não ter

sido amostrada nas regionais Purus e Tarauacá/Envira.

O manejo das sementes do Murmuru não matam a palmeira, a coleta é

feita no chão. As sementes têm abundantes reservas e nenhuma dormência.

Esta palmeira exibe floração/frutificação anual. Provavelmente a polinização se

faz por abelhas e besouros e a dispersão por pequenos mamíferos e aves. Para

esta palmeira os possíveis polinizadores e dispersores são comuns. Uma

espécie de besouro desenvolve-se dentro do fruto do Murmuru, consumindo

inteiramente a amêndoa em seu interior. Normalmente, os cocos que ficam

sobre o chão a partir de dois meses após a queda, apresentam o furo indicando

que foi predado (Dias, 2005 – não publicado).

Quadro 4. Potencial produtivo de Astrocaryum murumuru (Murmuru), frutos/óleo em

áreas de florestas no estado do Acre abrangendo as regionais Alto Acre, Baixo Acre,

Purus, Tarauacá-Envira e Juruá.

Murmuru – Estatística Número de indivíduos produtivos/há

Produção de sementes/ano/ha (kg)

Renda/ano/ha de sementes (R$)

Produção de óleo/ano/ha (kg)

Renda/ano/ha de óleo (R$)

Baixo Acre (n=7) Mínimo e Máximo 0,06 a 23 0,6 a 223,1 0,16 a 62,4 0,2 a 95,6 2,5 a 956,1 Média ± Desvio padrão

5,1 ± 8,1 49,5 ± 78,6 13,8 ± 21,9 21,2 ± 33,7 212 ±336,7

Page 25: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

Alto Acre (n=7) Mínimo e Máximo 0,1 a 7 1 a 67,9 0,3 a 19 0,4 a 29,1 4,2 a 291 Média ± Desvio padrão

1,59 ± 2,5 15,4 ±24,2 4,3 ± 6,8 6,6 ± 10,4 66,1 ± 103,9

Juruá (=7) Mínimo e Máximo 5 a 43 48,5 a 417,1 13,6 a 116,7 20,8 a 178,8 207,9 a

1787,6 Média ± Desvio padrão

23,5 ± 14,1 227,9 ± 136,7 63 ± 68,8 97,7 ± 58,6 976,9 ± 586,2

Uma palmeira produz 9,7 kg de frutos/ano (Sousa et al. 2001). O preço

unitário por 1 kg de frutos é de R$0,50 (BID, 2001). Uma lata de 18 litros = 1300

frutos = 10,5 kg (Sousa et al. 2004). Um litro de óleo custa R$10,00. Os cálculos

para as espécies foram feitos tendo como comparações diferentes números e

tamanhos de amostragens. A estimativa da produção de óleo não leva em

consideração os custos de beneficiamento

Jarina (Phytelephas macrosperma Ruiz & Pav.)

Ocorre em todas as regionais apesar de não ter sido amostrada nas

regionais Purus e Tarauacá-Envira.A Jarina é uma palmeira dióica produz

menos de 1000 sementes por indivíduo por evento reprodutivo.

No Alto e Baixo Acre a palmeira apresentou indivíduos com até 14

infrutescências, o número de frutos variando de 5 a 26, e de 1 a 6 sementes por

fruto. Um quilograma de sementes tem em média 41 sementes (Boufleuer,

2002).

Quadro 5. Potencial produtivo de Phytelephas macrosperma (Jarina), sementes

florestais em áreas de florestas no estado do Acre abrangendo as regionais Baixo Acre,

Alto Acre e Juruá.

Jarina - Estatística Número de indivíduos produtivos/ha

Produção de sementes /ano/ha (kg)

Renda/ano/ha de sementes (R$)

Page 26: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

Baixo Acre (n=4) Mínimo e Máximo 1 e 74 4,6 e 340,4 11,5 e 851 Média ± Desvio padrão

25,5 ± 34,2 117,3± 157,3 293,2 ± 393,3

Alto Acre (n=5) Mínimo e Máximo 41 e 174 188,6 e 800,4 471,5 e 2001 Média ± Desvio padrão

120 ± 53,8 552 ± 247,5 1380 ± 618,7

Juruá (n=1) 1 4,6 11,5

Um kg de sementes de Jarina custa R$2,50; Um indivíduo produz 4,6 kg de sementes por ano; 1 indivíduo produz 177 sementes/ano.

Jatobá (Hymenaea coubaril L.)

Ocorre em todas as regionais do estado do Acre. Possui entre 1000 e

10000 sementes por evento reprodutivo. Exibe frutificação supra-anual. O fruto é

do tipo vagem, seco e indeiscente. Um kg de sementes de Jatobá possui 275

unidades.

Quadro 6. Potencial produtivo de Hymenaea courbaril (Jatobá), sementes florestais em

áreas de florestas no estado do Acre abrangendo as regionais Baixo Acre, Alto Acre,

Purus, Tarauacá-Envira e Juruá.

Jatobá - Estatística

Número de indivíduos produtivos/ha

Produção de sementes/ano/ha (kg)

Renda/ano/ha de sementes (R$)

Baixo Acre (n=21) Mínimo e Máximo 0,01 e 2 0,1 e 26,6 2 e 399 Média ± Desvio padrão 0,3 ± 0,4 4 ± 5,3 59,8 ± 79,8

Alto Acre (n=5) Mínimo e Máximo 0,09 e 0,3 1,2 e 4 17,9 e 59,8 Média ± Desvio padrão 0,2 ± 0,07 2,6 ± 0,9 39,9 ± 13,9

Purus (n=11) Mínimo e Máximo 0,006 e 0,2 0,08 e 2,6 1,2 e 39,9 Média ± Desvio 0,06 ± 0,06 0,8 ± 0,8 12 ± 12

Page 27: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

padrão

Tarauacá/Envira (n=1) 0,08 1,1 16

Juruá (n=2) Mínimo e Máximo 0,01 e 0,03 0,1 e 0,4 2 e 6 Média ± Desvio padrão 0,02 ± 0,01 0,2± 0,1 4 ± 2

Uma árvore produz aproximadamente 4000 sementes (Shanley,

2005;IPEF, 2005); Trezentas sementes pesam 1 kg (Muxfeldt, et al. 2004); 1 kg de sementes custa R$15,00 (FUNTAC, 2005).

A castanheira (Bertholletia excelsa Humb. & Bonpll)

A castanheira é uma espécie típica de terra firme, prefere solos argilo-

arenosos e segundo Prance & Mori (1979) ocorre em agregados naturais, com

50 a 100 indivíduos, distanciados por até 1 km. Um estudo recente, realizado no

sudeste do Estado do Acre (Wadt et al., 2005a) discorda dessa descrição de

Prance & Mori, pelo menos para os castanhais do Acre, onde não se observa

formação de agregados e sim uma distribuição quase aleatória das árvores com

distância média entre elas de 34,3 m (com mínimo de 1m e máximo de 233m).

O Acre apresenta grande potencial para produção de castanha nas

regionais do Alto e Baixo Rio Acre. As condições de mercado são favoráveis

onde observa-se um aumento da demanda interna pelo produto e um crescente

interesse por países tanto da Europa como da América do Norte.

Page 28: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Ano

Pro

du

çã

o (

ton

)

SENA MADUREIRA

RIO BRANCO

ACRELÂNDIA

BUJARÍ

CAPIXABA

PLÁCIDO DE CASTRO

PORTO ACRE

SENADOR GUIOMARD

ASSIS BRASIL

BRASILÉIA

EPITACIOLÂNDIA

XAPURÍ

Figura 5. Produção de castanha-do-brasil nos municípios do Estado do Acre onde

ocorre a espécie, ao longo dos anos de 1998 a 2004. Fonte IBGE/SIDRA.

As exigências internacionais para a qualidade da castanha têm trazido

resultados benéficos para a cadeia produtiva, podendo ser citadas as ações do

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento quanto ao controle sanitário

e exigências para exportação. Além disso, o setor produtivo tem se

conscientizado da necessidade de se melhorar o sistema de produção e

experiências com a certificação tem sido positivas no Estado.

Apesar de todo o cenário positivo para a atividade, observa-se na base

uma certa resistência por parte dos produtores em mudar as práticas de coleta,

ou seja, implementar as técnicas de manejo recomendadas pelo Governo e pela

Embrapa. Isso se deve ao fato de não haver uma política de diferenciação de

Page 29: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

preço para a castanha manejada, ou seja, exige-se melhor qualidade, mas na

safra as negociações são feitas, na maioria das vezes, sem nenhuma referência

à qualidade, desmotivando aqueles que tomam certos cuidados e produzem

uma castanha de melhor qualidade.

3.4. Aspectos econômicos e sociais

A comercialização de óleo de copaíba, sementes de andiroba, sementes

de murmuru, frutos de açaí, in natura no Baixo Acre, pode render em média ao

seringueiro R$ 209,90/ha; no Alto Acre R$ 188,90/ha (Murmuru, Açaí, Copaíba);

no Purus R$ 0,40/ha (Copaíba); em Tarauacá- Envira R$ 544,60/ha (Andiroba e

Açaí); no Juruá R$ 108,70/ha (Açaí, Copaíba e Murmuru).

As principais fragilidades para a produção da polpa de Açaí são: 1) a

exigência de transporte rápido, porque os frutos e polpa são perecíveis, em

áreas que na maior parte das vezes não há nem animais de carga; 2) a

exigência de políticas públicas de incentivos a produção através de

treinamentos, infra-estrutura (estradas, energia elétrica, transporte), 3) custos de

congelamento e manutenção da polpa em câmaras de congelamento.

No beneficiamento da polpa todos os indicadores de potencial foram

baixos, evidenciando o grande aporte de recursos necessários para desenvolver

o beneficiamento do Açaí. Na comercialização do produto apenas a organização

comunitária e políticas públicas direcionadas para o desenvolvimento do setor

tem baixo potencial.

Para os óleos a receita e os custos de produção da instalação das

unidades de beneficiamento são maiores no Juruá e em Tarauacá/Envira do que

no Baixo Acre e no Purus. Provavelmente nas primeiras regionais as unidades

terão maior porte porque nelas há um maior volume potencial de matéria prima

(Projeto BID, 2001), o que corrobora com a análise atual, em que o potencial

Page 30: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

produtivo é maior nas regionais Tarauacá-Envira e Juruá do que nas regionais

Baixo e Alto Acre.

Alguns problemas para o desenvolvimento da cadeia produtiva são: (1)

Falta de integração dos principais atores públicos e privados no

desenvolvimento dos PFNM; (2) flutuação da qualidade, quantidade, legalidade

e preços; (3) Assistência técnica deficiente; (4) falta de comunicação e

planejamento entre as parcerias interinstitucionais; (5) Falta de mão de obra

especializada; (6) Falta de comunicação interna e externa entre produtores e

instituições; (7) Falta de manejo e monitoramento das boas práticas de manejo;

(8) Falta de planejamento da produção; (9) Falta de contrapartida da

comunidade, gerando um clima de assistencialismo; (10) Falta de organização

para a produção de mercado; e (11) Falta de uma estratégia de mercado.

As principais oportunidades do manejo e do desenvolvimento da cadeia

produtiva são: (1) a continuidade da produção, (2) a maior rentabilidade, (3)

maiores oportunidades de mercado, (4) conservação florestal e de serviços

ambientais, como por exemplo melhor qualidade do ar, minimização de

enchentes, (5) conservação da biodiversidade, (6) conservação da cultura local,

(7) melhor distribuição de renda e emprego.

Quadro 07. Potencial socioeconômico de manejo da polpa e óleos vegetais. Cadeia produtiva

dividida em Produção – Beneficiamento – Comercialização.

Produção Produto Florestal

Indicadores socioeconômicos

Polpa (Açaí) Óleo Justificativa

Regularização Fundiária

Alto potencial (3)

Alto potencial (3)

1. Posse: Baixo potencial 2. Assentamento Agrícola: Médio potencial 3. Reservas extrativistas, T.indígenas: Alto potencial.

Organização comunitária

Médio potencial (2)

Médio potencial (2)

1. Familiar: Baixo potencial 2. Associação: Médio potencial

Page 31: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

3. Cooperativa: Alto potencial

Disponibilidade de mão de obra

Baixo potencial (1)

Alto potencial (3)

1. Pouca mão de obra: Baixo potencial 2. Quantidade intermediária: Médio potencial 3. Abundante mão de obra: Alto potencial

Transporte Baixo potencial (1)

Alto potencial (3)

1. Exige muito (carros, carroças): Baixo potencial. 2. Exige (animais de carga): Médio potencial 3. Exige pouco (nas costas): Alto potencial

Custos de Produção /Necessidade de créditos

Médio potencial (2)

Médio potencial (2)

1. Alto custo: Baixo potencial 2. Custo intermediário: Médio potencial 3. Baixo custo: Alto potencial

Assistência técnica especializada

Baixo potencial (1)

Médio potencial (2)

1. Exige muita: Baixo potencial 2. Exige intermediária: Médio potencial 3. Exige pouco: Alto potencial

Políticas públicas

Baixo potencial (1)

Médio potencial (2)

1. Exige políticas: Baixo potencial 2. Exige pouco: Médio potencial 3. Não exige: Alto potencial

Beneficiamento Produto Florestal

Indicadores socioeconômicos

Polpa (Açaí)

Óleo (Andiroba, Copaíba, Murmuru).

Justificativa

Organização comunitária

Baixo potencial (1)

Baixo potencial (1)

1. Exige muita: Baixo potencial 2. Exige: Médio potencial 3. Exige pouco: Alto potencial

Gerenciamento administrativo

Baixo potencial (1)

Baixo potencial (1)

1. Exige muito: Baixo potencial 2. Exige: Médio potencial 3. Exige pouco: Alto potencial

Infra-estrutura (luz, estradas, etc.)

Baixo potencial (1)

Alto potencial (3)

1. Exige muito: Baixo potencial 2. Exige: Médio potencial 3. Exige pouca: Alto potencial

Recursos humano-técnicos

Baixo potencial (1)

Baixo potencial (1)

1. Exige muito: Baixo potencial 2. Exige: Médio potencial 3. Exige pouco: Alto potencial

Custos de beneficiamento /necessidade de crédito

Baixo potencial (1)

Médio potencial (2)

1. Alto custo/exige muito: Baixo potencial 2. Intermediário/exige: Médio potencial 3. Baixo custo/Exige pouco: Alto potencial

Políticas públicas Baixo potencial (1)

Baixo potencial (1)

1. Exige políticas: Baixo potencial 2. Exige pouco: Médio potencial 3. Não exige políticas: Alto potencial

Comercialização Produto Florestal

Indicadores socioeconômicos

Polpa (Açaí)

Óleo (Andiroba, Copaíba,

Justificativa

Page 32: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

Murmuru).

Organização comunitária

Baixo potencial (1)

Baixo potencial (1)

1. Exige muita: Baixo potencial 2. Exige: Médio potencial 3. Exige pouco: Alto potencial

Recursos Humanos/ técnicos

Médio potencial (2)

Médio potencial (2)

1. Exige muito: Baixo potencial 2. Exige: Médio potencial 3. Exige pouco/não exige: Alto potencial

Oportunidade de mercado (Demanda)

Alto potencial (3) Médio potencial (2)

1. Baixa oportunidade: Baixo potencial 2. Intermediária: Médio potencial 3. Alta oportunidade: Alto potencial

Valor de mercado (Preço de venda)

Alto potencial (3) Alto potencial (3)

1. Baixo valor: Baixo potencial 2. Valor intermediário: Médio potencial 3. Alto valor: Alto potencial

Quantidade comercializada

Alto potencial (3)

Médio potencial (2)

1. Baixa: Baixo potencial 2. Intermediária: Médio potencial 3. Alta: Alto potencial

Retorno econômico

Alto potencial * (3)

Alto potencial * (3)

1. Baixo: Baixo potencial 2. Intermediário: Médio potencial 3. Alto: Alto potencial

Políticas públicas Baixo potencial (1)

Baixo potencial (1)

1. Exige políticas: Baixo potencial 2. Exige pouco: Médio potencial 3. Não exige políticas: Alto potencial

*O retorno econômico depende do tamanho da unidade de beneficiamento do PFNM.

4. CONCLUSÕES Embora o estudo tenha sido limitado em relação à área inventriada,

observa-se regiões no município com potenciais diferenciados para a produção

de PFNM.

As espécies que se destacam em termos de ocorrência e valor comercial

são: açaí, castanha, copaíba e jatobá. No entanto é necessário um estudo mais

detalhado com base de dados ecológicos para a definição dos valores de

produção para essas espécies.

Page 33: Pontecial Não Madeireiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

GABINETE DO PREFEITO

Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]

5. Referências bibliográficas ACRE. Governo do Estado. Ministério do Meio Ambiente. Zoneamento ecológico-econômico do Acre (ZEE). Rio Branco: PPG-7, 2000.

CHAU MING, L.; GALDÊNCIO, P.; SANTOS, V. P. Plantas medicinais – Uso popular na Reserva Extrativista “Chico Mendes”, Acre. Botucatu: CEPLAM; UNESP-Botucatu, 1997.165p.

KAINER, K. A.; DURYEA M. L. Tapping women's knowledge: Plant resource use in extractive reserves, Acre, Brazil, 1992 Econ. Bot. 46: 408-425. ROCHA, E.; WADT, L.H. de O; MAIA, W.G.G. Potencial florestal dos produtos não-madeireiros prioritários para o estado do acre. Governo do Estado do Acre, SEMA – ZEE/AC, 2006.