PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC - SP ... Daniel Nemi… · E juntos vamos...
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUC - SP
Marcos Daniel Nemitz
UM ESTUDO SOBRE O CICLO DE VIDA DO PERIÓDICO PSICOPEDAGOGIA – REVISTA DA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA (1982 – 2006)
MESTRADO EM EDUCAÇÃO: HISTÓRIA, POLÍTICA, SOCIEDADE
SÃO PAULO
2009
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Marcos Daniel Nemitz
UM ESTUDO SOBRE O CICLO DE VIDA DO PERIÓDICO PSICOPEDAGOGIA – REVISTA DA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA (1982 – 2006)
DISSERTAÇÃO APRESENTADA À BANCA
EXAMINADORA DA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE SÃO PAULO, COMO EXIGÊNCIA
PARCIAL PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE
MESTRE EM EDUCAÇÃO: HISTÓRIA, POLÍTICA,
SOCIEDADE, SOB A ORIENTAÇÃO DA Prof. (a)
Dr.(a) Alda Junqueira Marin
SÃO PAULO
2009
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Marcos Daniel Nemitz
UM ESTUDO SOBRE O CICLO DE VIDA DO PERIÓDICO PSICOPEDAGOGIA – REVISTA DA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA (1982 – 2006)
DISSERTAÇÃO APRESENTADA À BANCA
EXAMINADORA DA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE SÃO PAULO, COMO EXIGÊNCIA
PARCIAL PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE
MESTRE EM EDUCAÇÃO: HISTÓRIA, POLÍTICA,
SOCIEDADE, SOB A ORIENTAÇÃO DA Prof. (a)
Dr.(a) Alda Junqueira Marin
Comissão Examinadora
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Baião Das Comunidades
Zé Vicente
Somos gente nova vivendo a união,
Somos povo semente de uma nova nação ê, ê....
Somos gente nova vivendo o amor,
Somos comunidade, povo do senhor, ê, ê...
1.vou convidar os meus irmãos trabalhadores:
Operários, lavradores, biscateiros e outros mais.
E juntos vamos celebrar a confiança
Nossa luta na esperança de ter terra, pão e paz, ê, ê.
2. vou convidar os índios que ainda existem,
As tribos que ainda insistem no direito de viver.
E juntos vamos reunidos na memória,
Celebrar uma vitória que vai ter que acontecer, ê, ê.
3. convido os negros, irmãos no sangue e na sina;
Seu gingado nos ensina a dança da redenção.
De braços dados, no terreiro da irmandade,
Vamos sambar de verdade, enquanto chega a razão, ê, ê.
Esta era uma das músicas cantadas na reuniões e assembléias da Pastoral da Juventude.
O tempo passou...
Os princípios permaneceram...
Hoje posso atribuir um novo significado:
Somos gente nova vivendo a união, Somos povo semente!!! A continuidade entrego ao tempo!
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Agradecimentos À Eliana, minha mulher, por tudo e por tanto... Ao Heitor, meu filho, pela compreensão. À profª Drª Maria Rita de Almeida Toledo pela orientação brilhante, minha eterna gratidão. À profª Drª Paula Perin Vicentini, pela orientação inicial e as contribuições durante a qualificação. À profª Drª Alda Junqueira Marin, pelas contribuições da qualificação e por ter acolhido este trabalho. À Associação Brasileira de Psicopedagogia, por ter facilitado meu acesso aos arquivos. À ex-presidente profª Drª Neide de Aquino Noffs, pelos esclarecimentos. À editora responsável pela Revista Psicopedagogia Maria Irene Maluf, pelos esclarecimentos para compreender a Revista, As secretárias da ABPp Marlene Derado e Rosângela Bruno Durão pela solicitude. À profª Drª Eloisa Quadros Fagali, por ter ensinado os caminhos da psicopedagogia. À Neiva Augusta da Silva pela ajuda para entender a produção de um periódico. À Telma Pantano, pela discussão das categorias de classificação. À Débora e Ferruccio, que ajudaram com os gráficos. À Ieda, pelo abstract. À Maria Célia Cançado, pela revisão. À Cris, pelo incentivo. Aos amigos conquistados nesta etapa da vida, Crisney, Dolores, Lícia, Lúcia Matias, Marcelo, Tânia e Yáscara, por tantas conversas... À Elisabeth Adania, secretária do programa, pela ajuda constante. À Roseli Castro pela presença. À Mônica Guttman, por tantas conquistas. Ao CNPQ, pela bolsa concedida.
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RESUMO
NEMITZ, Marcos Daniel, UM ESTUDO SOBRE O CICLO DE VIDA DO PERIÓDICO
PSICOPEDAGOGIA – REVISTA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA (1982 – 2006)
Dissertação (mestrado), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2009.
Este trabalho foi desenvolvido sobre o periódico Psicopedagogia – Revista da
Associação Brasileira de Psicopedagogia, no período compreendido entre 1982 a 2006.
O periódico foi considerado como o impresso representativo da história da
Psicopedagogia no Brasil, principalmente pelo importante papel que tem desempenhado no
processo de formação dos psicopedagogos, e na identificação da Psicopedagogia como área
de conhecimento pertencente ao campo da Educação.
Nesta pesquisa foi utilizado como referencial teórico o conceito de campo de Pierre
Bourdieu. Para este autor, campo também é concebido como um espaço em que se estabelece
uma relação de concorrência. A disputa estabelecida dentro desta concorrência refere-se à
monopolização da autoridade e do saber científico sobre o tema. (Bourdieu, 1983)
Esta pesquisa busca compreender o impresso como estratégia de constituição da área
de estudos da Psicopedagogia dentro do campo da Educação.
O periódico é tomado como objeto de pesquisa e analisado como um dispositivo de
normatização da prática psicopedagógica, ao mesmo tempo em que é considerado como
suporte material que permite ampliar a discussão existente dentro do campo educacional, de
um ponto de vista psicopedagógico.
Palavras-chaves: Psicopedagogia – Periódico – Processo de Aprendizagem –
Fracasso Escolar – Associação Brasileira de Psicopedagogia.
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ABSTRACT
NEMITZ, Marcos Daniel, A study about the life cycle of the periodial in the psycho pedagogy periodical – Brazilian Association Magazine of Psycho pedagogy (1982 – 2006), Dissertation (master), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2009.
This work was based in the psycho pedagogy periodical – Brazilian Association
Magazine of Psycho pedagogy, in the period 1982 – 2006.
The periodical was considered the printed matter representative of the Brazilian
Psycho pedagogy history, mostly because of the important role that is has played in the
formation process of the psycho pedagogies and in the Psycho pedagogy as knowledge area in
the Education field.
In this research was used as theoretical reference Pierre Bourdieu’s concept of field.
This author understands field as a space in which it is established a competition relation. The
dispute in this competition is the one for the authority monopolization and the scientific
knowledge about the theme (Bourdieu, 1983).
This research aim is the understanding of the printed matter as strategy for the
constitution of the Psycho pedagogy as study area inside the Education field.
The periodical is taken as research object and is been analyzed as dispositive to
normatize the Psycho pedagogy practice, at the same time it is considered as a material
support that permits to amplify the discussion within the Education field from a Psycho
pedagogical point of view.
Key words: Psycho pedagogy – Periodical – Learning Process – School failure or
Learning failure – Psycho pedagogy – Brazilian Association.
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RELAÇÃO DE QUADROS
Quadro 1 - Apresentação Geral do Formato do Periódico ............................................p. 71 Quadro 2 – Periodização do Ciclo de Vida do Periódico...............................................p.75 Quadro 3 - Ritmo da Publicação – Relação Ano/Mês (1982 – 2006) ...........................p. 77 Quadro 4 - Formato do Periódico – Fase Boletim..........................................................p.80 Quadro 5 - Seções do Periódico da Associação Brasileira de Psicopedagogia – Fase Boletim ..................................................................................................................p.86 Quadro 6 - Seções do Periódico da Associação Brasileira de Psicopedagogia – Fase Revista Nacional......................................................................................................p. 117 Quadro 7 - Formato do Periódico – Fase Revista Nacional ...........................................p. 119 Quadro 8 - Tipos de Propagandas Veiculadas – Fase Revista Nacional........................p. 129 Quadro 9 – Tipos de Propagandas Veiculadas – Fase Revista Indexada........................p. 162 Quadro 10 - Seções do Periódico da Associação Brasileira de Psicopedagogia – Fase Revista Indexada ..........................................................................................................................p.163 Quadro 11 -Formato do Periódico – Fase Revista Indexada...........................................p.171
RELAÇÃO DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Ritmo da Publicação .......................................................................................p.78 Gráfico 2 – Incidência dos Objetos de Pesquisa – Fase Boletim ...................................... p.111 Gráfico 3 – Incidência dos Objetos de Pesquisa nas Resenhas Publicadas........................p.115 Gráfico 4 – Incidência dos Objetos de Pesquisa – Fase Revista Nacional.........................p.156 Gráfico 5 - Incidência dos Objetos de Pesquisa - Fase Revista Indexada........................p.172 Gráfico 6 - Incidência dos Objetos de Pesquisa nas Súmulas de Teses e Dissertações ..p.175
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SUMÁRIO
Introdução...........................................................................................................................p.12
O percurso do pesquisador................................................................................................p. 14
A pesquisa e seu objeto.......................................................................................................p. 16
As Categorias para a Classificação dos Artigos publicados pelo periódico..................p. 29
A organização dos capítulos...............................................................................................p. 31
Capítulo 1
1 - O Fracasso escolar como objeto em disputa: memória e
conhecimento......................................................................................................................p. 32
1.2 - O fracasso escolar em discussão............................................................................... p. 47
1.2.1 - Saberes da Sociologia da Educação....................................................................... p.47
1.2.2 - Saberes da Psicologia Escolar................................................................................ p. 53
1.2.3 - Saberes da Psicopedagogia................................................................................... p. 58
Capítulo 2
2 - O lócus de produção da revista de Psicopedagogia: A Associação Brasileira de
Psicopedagogia – Estratégias e Táticas...................................................................... p. 64 2.1 - O Ciclo de Vida do Periódico dado ao conhecimento.............................................p. 69
2.1.1 - A periodização para a pesquisa............................................................................. p. 69
2.1.2 - Conhecendo o Periódico – A Fase Boletim........................................................... p. 79
2.1.2.1 - As capas da Fase Boletim................................................................................... p. 81
2.1.2.2 - As características do Boletim da Associação Brasileira de Psicopedagogia....p. 84
2.1.2.3 - O Editorial da Fase Boletim................................................................................ p. 89
2.1.2.4 - Outros espaços do periódico da Fase Boletim................................................... p. 93
2.1.2.5 - As propagandas da Fase Boletim....................................................................... p. 98
2.1.3 - A discussão dentro da área – Os discursos sobre a área de Psicopedagogia
publicados pela Fase Boletim.............................................................................. p. 100
2.1.4 - O que revelam os gráficos: incidência dos objetos de pesquisa?....................p. 110
2.1.4.1 - A Incidência dos Objetos de Pesquisa durante a Fase Boletim.......................p.112
2.1.4.2 – As Resenhas publicadas durante a Fase Boletim........................................... p. 113
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Capítulo 3
3 - Um novo periódico: Psicopedagogia - Revista da Associação Brasileira de
Psicopedagogia -A Fase Revista Nacional -1991 a 2002 .........................................p. 116
3.1 - As características da Revista.................................................................................. p. 116
3.1.1 - As capas - Fase Revista Nacional....................................................................... p. 121
3.1.2 - O índice - Fase Revista Nacional .........................................................................p. 127
3.1.3 - O Expediente - Fase Revista Nacional ................................................................p. 128
3.1.4 - Outros espaços de capa na Fase Revista Nacional............................................ p. 128
3.2 - Novos dispositivos de leitura: a seção Conversa com o leitor................................p. 131
3.2.1 - A seção Conversa com leitor dada a conhecer pelo seu discurso
Fase Revista Nacional.......................................................................................... p. 132
3.3 - A seção Compartilhando – Fase Revista Nacional - A ABPp dada a
conhecer?.............................................................................................................. p. 139
3.4 - A discussão dentro da área – Os discursos sobre a área de Psicopedagogia
publicados pela Fase Revista Nacional............................................................... p. 147
3.5 - O que revelam os gráficos: incidência dos objetos de pesquisa? – Fase Revista
Nacional .................................................................................................................p. 155
3.5.1 - A Incidência dos Objetos de Pesquisa - Fase Revista Nacional.........................p. 157
3.6 - Resenhas publicadas durante a Fase Revista Nacional.........................................p. 158
3.7 - Nova Fase ou Novo Periódico? -
- Fase Revista Indexada - 2003 a 2006.....................................................................p. 159
3.7.1 - Características gerais da Fase Revista Indexada............................................p. 159
3.7.1.1 - A s capas da Fase Revista Indexada.................................................................p. 164
3.7.1.2 - O Retorno dos Editoriais - Fase Revista Indexada........................................p. 166
3.8 - A discussão dentro da área – Os discursos sobre a área de Psicopedagogia
publicados pela Fase Revista Indexada...............................................................p. 168
3.9. - Análise dos quadros e gráficos – Fase Revista Indexada.....................................p. 170
3.9.1 - O que revelam os gráficos: incidência dos objetos de pesquisa?................... p. 171
3.9.2 - A Incidência dos Objetos de Pesquisa durante a Fase Revista Indexada......p. 173
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Considerações Finais...............................................................................................p.177
Referências Bibliográficas.......................................................................................p. 180
Anexos.......................................................................................................................p.184
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Introdução
O periódico Psicopedagogia – Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia é
editado pela Associação Brasileira de Psicopedagogia e enviado aos seus associados pelo
correio. O que o associado recebe em suas mãos, em 2009, é algo materialmente diferente do
que outros receberam em outros momentos da história deste periódico. Ou seja, o periódico
carrega em sua materialidade as marcas da sua história.
Roger Chartier afirma
...as tentativas feitas para decifrar diferentemente as sociedades, penetrando o dédalo das relações e das tensões que as constituem a partir de um ponto de entrada particular (um acontecimento, obscuro ou maior, o relato de uma vida, uma rede de práticas específicas) e considerando que não há prática ou estrutura que não seja produzida pelas representações, contraditórias e afrontadas, pelas quais os indivíduos e os grupos dão sentido a seu mundo. (Chartier, 2002, p.66)
Partindo desse pressuposto, a pesquisa tem como objetivo compreender as
representações que podem estar contidas neste periódico.
Os primeiros contatos com esta publicação geraram grande surpresa, à medida que se
comparava o formato em Revista na atualidade com o formato em Boletim no seu início.
Manusear o Boletim leva a imaginar as sensações dos seus leitores daquele momento. É muito
provável que os leitores experimentassem diferentes sensações que jamais serão conhecidas, e
ao historiador não cabe permanecer no universo das sensações. Com isso, há que se
questionar sobre o momento histórico desta publicação: a criação deste Boletim estaria imersa
nos mesmos anseios que assolavam o Brasil naquele momento histórico? O ano da publicação
do primeiro Boletim, 1982, marca um momento importante da história do país. A população
vivia o clima da anistia política, com o movimento deflagrado em 1979, que pedia anistia
àqueles que foram perseguidos pelo regime militar implantado a partir de 1964. Ao mesmo
tempo, era o ano de eleições pluripartidárias, marcando um parcial retorno à liberdade
democrática por meio das eleições diretas para cargos executivos, como governador de
estado, que ficara proibido com o A.I. número 3 em fevereiro de 1966. A ditadura militar que
assolava o país desde 1964, vivia o último mandato de um presidente militar, o general João
Batista Figueiredo (Koshiba, 2003).
Este clima de retorno à liberdade democrática do país tomava conta de diversos
setores da sociedade. Pode-se encontrar a população organizada em diferentes movimentos
sociais, bem como afirmar que o cidadão brasileiro respirava um ar de luta pela liberdade,
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contagiando aqueles que desejavam exprimir uma forma de pensar até então sufocada pelo
clima de perseguição e censura imposto à sociedade e principalmente aos meios de
comunicação social por meio do AI-5. Com a revogação do AI – 5 e o movimento de Anistia
em 1979, os setores sociais retomam parte da liberdade de expressão. (Koshiba, 2003, p. 552
– 558) A publicação do Boletim da Associação dos Psicopedagogos de São Paulo apresenta
em seu primeiro número um texto em que expressa:
O Boletim pretende ser um veículo para o debate, tão necessário entre nós. Ao mesmo tempo divulgará relatos de pesquisa, experiências pessoais, trabalhos teóricos e práticos, informações sobre cursos e divulgação de bibliografia específica. (Boletim AEPSP, 1982, p.3)
O objetivo em promover o debate, como é citado, e ao mesmo tempo em divulgar e
informar, nos permite algumas reflexões. Como é tratado o conhecimento num país que
convive há anos com a censura? Pensando sobre este contexto em que o Brasil vivia, ou seja,
contexto de cerceamento e perseguição política, sucedido pelo clima de anistia e liberdade,
pode-se pensar que está implícito, no lançamento de um Boletim com este objetivo citado
anteriormente, um ato, se não de ousadia, ao menos um ato de comemoração da liberdade e da
retomada do direito de expressão que lhes fora roubado. Divulgar relatos de pesquisa,
experiências e teorias, fazendo circular o conhecimento, remete-nos ao desejo de divulgar
tudo aquilo que outrora fora proibido, a vontade de expressar pensamentos e compreensões
sufocados por um regime ditatorial, que nesse momento dá sinais de término. Com o fim do
AI-5, o cidadão encontra-se livre para expor novas formas de pensar e compreender
polêmicas as quais durante anos foram proibidas. Sabe-se que o sistema de ensino muito
sofreu com os anos de censura. Dessa forma, pode-se afirmar que o clima de retorno à
liberdade tomou conta daqueles que, de uma forma ou de outra, conviveram com a ordem
ditatorial. Se não sofreram com a perseguição política diretamente, pelo menos foram
influenciados pelo rigor do AI-5. Nesse momento, há uma população que viveu por quase
duas décadas cuidando do que falava e de sua forma de expressar. Uma expressão mal
colocada poderia ser interpretada como atitude de discordância da ordem vigente. São muitos
os relatos de educadores que viveram esse momento e muitas vezes foram obrigados a se
justificar perante o sistema sobre suas afirmações, às vezes mal interpretadas.
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O percurso do pesquisador
A minha escolha profissional se deu em meio ao contexto político dos anos 1980. Em
1984 concluí o 2º grau no interior de São Paulo, na cidade de São José do Rio Preto, e naquele
momento era membro da pastoral da juventude da Igreja Católica. Fui convocado para
representar minha comunidade nas reuniões da Pastoral da Juventude Diocesana, na discussão
de como deveria ser a participação da juventude no movimento Diretas Já. Fui para a
primeira reunião sem saber muito bem do que se tratava, e acabei por entender o que
acontecera no país por meio das discussões nessas reuniões. Decidimos pelo apoio ao
movimento e nos comprometemos a levar a discussão para os grupos de base onde cada um
participava, ficamos responsáveis pelo papel de multiplicadores. Toda a nossa discussão era
fundamentada em preceitos religiosos e tinha como base a Teologia da Libertação1.
Acompanhei o processo como era possível naquele momento para um jovem do interior, pois
as informações ainda demoravam um pouco para chegar.
Experimentava um misto de satisfação e indignação. Ficávamos muito satisfeitos por
discutir os rumos do país, dar nossa contribuição, sentíamo-nos atuantes diante da realidade
brasileira, fato muito importante para um militante pastoral fundamentado pela Teologia da
Libertação. Experimentamos a indignação quando a emenda Dante de Oliveira não foi
aprovada. Em paralelo, discutíamos a necessidade da consciência crítica e ao mesmo tempo
ser sujeito da história, um tema muito presente em todas nossas reuniões, assembléias, cursos
e encontros: ser sujeito da história. No ano seguinte promovemos diversas discussões sobre
as próximas eleições e a assembléia constituinte de 1986.
Enquanto isso, decidi-me por uma profissão que permitisse dar continuidade àquelas
discussões, optei por fazer o vestibular para o curso de História. Acreditava que dessa forma
continuaria como agente da formação de jovens com consciência crítica. Vivia a idealização
do engajamento político. Ingressei na faculdade de História em 1986, na UNESP de Franca, e
1 O papel desempenhado pela Teologia da Libertação na historiado Brasil, já foi objeto de estudos de muitas pesquisas em diferentes áreas de conhecimento. Frei Betto é autor do livro O que é comunidade eclesial de base, publicado pela editora brasiliense em 1981. Neste livro o autor apresenta a metodologia utilizada por estas comunidades e analisa sua importância política para a história recente. Sobre a prática pastoral e prática política o autor afirma na p. 87: Nos últimos anos, o controle direto pelo aparelho repressivo do Estado de todos os espaços de articulação da sociedade civil, exceto a Igreja, permitiu que, à sobra desta, se desenvolvesse em muitas regiões um intenso trabalho pastoral, eminentemente popular, capaz de despertar nos fiéis a dimensão social e política da fé cristã. Certos expedientes, como o interesse pelos instrumentais de análise da realidade, tornaram-se comuns na prática pastoral, como parte integrante do processo de evangelização. Propiciar um conhecimento mais crítico e aprofundado da realidade social tornou-se condição da evangelização.
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me afastei da militância na pastoral da juventude, passei a me dedicar ao movimento
estudantil.
Com a conclusão da graduação ingressei na Rede Estadual de Ensino na cidade de São
Paulo. Estava maravilhado com a possibilidade de ensinar história. Muito rápido descobri que
ensinar não era assim tão simples. Experimentava uma frustração muito grande quando me
deparava com o aluno que não aprende. Apesar de toda a análise crítica que conhecia sobre o
nosso sistema educacional, nada parecia suficiente para aceitar a realidade que se colocava à
minha frente. Lecionei história para o curso de magistério na rede estadual. Ficava
impressionado com o preconceito que havia entre os professores, considerando a formação em
magistério como algo menor dentro da Educação.
Por volta de 1994, ouvi comentários a respeito da existência de um curso de
especialização em Psicopedagogia, que foi apresentado como um curso que procurava
entender as dificuldades de aprendizagem. Identifiquei-me com essa proposta, mas demorei
alguns anos para tomar a iniciativa de fazer o curso, estagnado pelo preconceito em torno do
tema psicopedagogia. Neste intervalo fiz diversos cursos de extensão universitária com temas
voltados para ensino de história, também disciplinas como aluno especial nos programas de
mestrado em História, depois em Educação. Posteriormente comecei a procurar cursos sobre
ensino e aprendizagem. Em 1997, tomei a decisão de fazer o curso de Especialização em
Psicopedagogia da PUC – COGEAE. Durante o curso escolhi fazer o estágio na área de
Psicopedagogia Institucional. Na minha visão daquele momento, esta vertente possuía uma
possibilidade maior de atuar com as dificuldades de aprendizagem dentro da instituição
escolar. Em 2000, após o término do curso na PUC, me associei a ABPp e comecei a receber
a Revista Psicopedagogia como Associado. Passei a participar de cursos e grupos de estudos
sobre psicopedagogia, e do Núcleo Psicopedagógico Integração. Enquanto isso, continuei
como professor de história, mas na rede particular.
Por meio do Núcleo Psicopedagógico Integração comecei a dar aulas, em 2004, no
Curso de especialização em Psicopedagogia das Faculdades Integradas de Ribeirão Pires.
Também fui assistente da professora Eloísa Fagali, no curso de Especialização em
Psicopedagogia do Instituto Sedes Sapientiae, no módulo de Psicopedagogia Institucional.
Desenvolvemos, ao mesmo tempo, diversos trabalhos em escolas, focalizando a
Psicopedagogia Institucional, no Núcleo Integração.
Retomei o plano de fazer o curso de mestrado: agora estava claro meu desejo de
realizar uma pesquisa na área de Educação. Cheguei ao Programa de Educação: História,
Política, Sociedade da PUC-SP, mas ainda não estava decidido qual seria o tema de pesquisa.
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Durante as aulas de Anteprojeto, ministradas pela professora Maria Rita de Almeida Toledo,
foi que descobri as possibilidades de pesquisa com periódicos. A partir daí, iniciei a
elaboração de um pré-projeto que resultou nesta pesquisa.
A pesquisa e seu objeto
Esta pesquisa toma por objeto o periódico Psicopedagogia – Revista da Associação
Brasileira de Psicopedagogia. As análises buscaram compreender a forma como a
Psicopedagogia entrou no campo da Educação, em meio a qual contexto histórico os
psicopedagogos construíram um discurso, que passou a integrar o campo educacional, no que
diz respeito à discussão sobre o fracasso escolar.
O periódico foi criado em 1982 pela então Associação Estadual de Psicopedagogos do
Estado de São Paulo. Permanece em circulação, sendo o número 79 lançado no primeiro
semestre de 2009. Durante seu ciclo de vida este periódico não passou por nenhuma
interrupção de produção ou circulação. Ele pode ser considerado como o impresso oficial
representativo da história da psicopedagogia no Brasil, não apenas pelos seus vinte e cinco
anos, completados em 2007, mas principalmente pelo importante papel que tem
desempenhado no processo de formação dos psicopedagogos, e na identificação da
psicopedagogia como área de conhecimento pertencente ao campo da educação.
O conceito de campo aqui utilizado segue o referencial teórico de Pierre Bourdieu.
Para este autor, campo é concebido como um espaço em que se estabelece uma relação de
concorrência. A disputa estabelecida dentro desta concorrência é a disputa pela
monopolização da autoridade e do saber científico sobre o tema. (Bourdieu, 1983)
Por meio da análise do ciclo de vida do periódico eleito pode-se compreender a
entrada da Psicopedagogia no campo da Educação no Brasil.
A escolha deste impresso como objeto de pesquisa se deu por ser este o veículo de
comunicação entre a Associação Brasileira de Psicopedagogia e seus associados. Esta função
veículo de comunicação - é atribuída ao periódico pela própria direção da entidade que o
publica. Isto ocorre no momento da sua criação. No seu primeiro número, o então Boletim da
Associação de Psicopedagogos de São Paulo, encontra-se um texto de apresentação. Neste
texto a Associação afirma, em seu segundo parágrafo, a intenção de ser um veículo para o
debate. Tal afirmação mostra que o Boletim nasce com a função de fomentar um debate
reconhecido como necessário pela Associação. Ao mesmo tempo, afirma que servirá para a
divulgação de um saber específico de um grupo que tem por intenção trabalhar com a
17
aprendizagem como um objeto de estudos. Esta pesquisa, ao reconstruir os passos deste
periódico, revela a história do grupo que se apresenta a sociedade como psicopedagogos. Com
isso vai-se trilhando o caminho percorrido pelo grupo, reconstruindo seu percurso para
compreender a forma como entra no campo da Educação.
Em 2009, pode-se constatar que o Boletim tornou-se uma Revista. Em Abril do
mesmo ano foi publicado o número 79, com uma tiragem de 3.000 exemplares, e completa
vinte e sete anos de existência. Esta trajetória aponta elementos que permite tomar este
periódico como objeto de estudos para adentrar o universo da pesquisa. Tem por objetivo
compreender como a psicopedagogia entra no campo da Educação partindo da teoria de Pierre
Bourdieu que compreende campo, pela definição dos objetos de disputas e dos interesses
específicos que são irredutíveis aos objetos de disputas e aos interesses próprios de outros
campos (Bourdieu, 1983, p.89).
A obra de Pierre Bourdieu é o resultado do trabalho de vários pesquisadores que
juntamente com ele durante a década de 1950, em meio ao período pós-guerra, criaram
ferramentas que permitiram compreender a estrutura e o funcionamento do mundo social. Sua
obra é avaliada como uma das mais complexas teorias no campo da ciência social. Esta
complexidade apresenta-se de forma muito fértil, e é possível encontrar contribuições de
diversas áreas como: sociologia, filosofia, economia, lingüística, ciência política e psicologia.
Ao mesmo tempo, há um grande esforço, por parte do teórico, em superar o pensamento
binário.
Revisitando os fundamentos das obras de Marx, Weber e Durkheim, para elaborar uma
concepção original do mundo social, o autor enfatiza a dimensão relacional das posições
sociais ocupadas pelos seus membros dentro do mundo social. Apresenta-se uma concepção
de sociedade como espaço social por meio da qual assinala um rompimento com uma visão
de sociedade puramente estratificada, definidos a partir de princípios de classificação como
poder, prestígio e riqueza. (SILVA, 2007: 29 – 39)
Ao construir seu modelo de análise, Bourdieu tomou como objeto de estudos a
sociedade francesa dos anos 60 – 70. Estabeleceu como ponto central das investigações a
análise da relação entre as estruturas objetivas e as estruturas incorporadas pelo agente social,
ou seja, as dos campos sociais e as do habitus. Por meio desses conceitos procura
compreender o lugar ocupado pelas pessoas dentro do campo, tratando este como um espaço
complexo, para que se possa compreender a forma como se classificam dentro deste espaço.
Dentro de sua teoria, o espaço social fica configurado por um jogo social. Este jogo por sua
vez é marcado por vários interesses que também estão presentes no campo social global. Os
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interesses transformam-se nas condições de funcionamento do campo estimulando as pessoas
a pertencerem ao jogo social. Com isso é estabelecida uma luta dentro de um campo, formada
por forças que criam modelos e estilos próprios definindo seu funcionamento. Para Bourdieu,
este jogo social é constituído por agentes que hora reproduzem e hora transformam a ordem
social:. o resultado de um passado que o produziu e que por sua vez encontra-se atuando nas
práticas e representações do agente. (SILVA, 2007: 29 – 39)
Em sua obra, algumas propriedades do campo, Pierre Bourdieu mostra que um campo
é estruturado por meio de posições ou postos que colaboram para a compreensão das
propriedades próprias daquele campo. Estas propriedades podem ser analisadas
independentemente das características de seus ocupantes. Aponta como leis gerais dos
campos a existência de leis de funcionamento invariantes. A estruturação de tais leis faz parte
da história específica de cada novo campo. A constituição de um novo campo apresenta-se
com uma especificidade própria, particular ao campo. Dentro deste campo desenvolve-se uma
luta da qual se deve encontrar sua forma específica. Nesta luta estará presente o novo que está
entrando, construindo a abertura de um espaço, ao mesmo tempo em que podemos identificar
outros agentes ocupando a posição dominante, por estarem dentro do campo há mais tempo.
O dominante por sua vez tentará defender o monopólio e excluir a concorrência. A definição
de um campo ocorre com a presença de objetos de disputas, estabelecendo interesses
específicos que são irredutíveis aos objetos de disputas. Os interesses que se apresentam
como parte integrante deste jogo de disputas não são percebidos por quem não foi formado
para entrar neste campo. Para se constatar o funcionamento do campo, é necessário
reconhecer a existência de objetos de disputas e pessoas prontas para disputar o jogo dotados
de habitus. O habitus aponta a existência de um capital de técnicas e de referências que se
configura como uma condição de funcionamento do campo ao mesmo tempo em que é
produzido por ele.
A estrutura de um campo se apresenta como um estado da relação de forças existente
entre os agentes que participam da luta. Estes agentes possuem um capital específico válido
em relação ao próprio campo. Os agentes recém chegados para participar do jogo, por sua
vez, possuem menos capital e com isso tendem à estratégia de subversão, considerada como
heresia. A prática de tais heresias provoca a produção de um discurso defensivo por parte dos
agentes monopolizadores do saber específico daquele campo. A existência desta disputa diz
respeito a outra propriedade do campo: a existência de um certo número de interesses
fundamentais em comum. Para os recém chegados é exigido o conhecimento prático dos
princípios do jogo e ao participarem da luta contribuem para a reprodução do jogo produzindo
19
a crença no valor do que está sendo disputado. Por fim, Pierre Bourdieu aponta como
característica fundamental para o funcionamento de um campo, a existência de uma história
da obra. Há um efeito de campo quando se torna impossível compreender uma obra sem
conhecer a história do campo de produção da obra. (Bourdieu, 1983, p. 89-95)
Esta pesquisa busca compreender o impresso como estratégia de constituição de uma
área de estudos disposta a compreender, inicialmente, por que o aluno não aprende.
Partindo deste pressuposto pergunto: como se deu a constituição da história deste
periódico? A história do periódico é reveladora da história da Associação Brasileira de
Psicopedagogia? O que esta história pode nos revelar acerca da constituição do debate em
torno do tema Psicopedagogia? Como se deu a entrada da psicopedagogia dentro do campo da
Educação?
Estas são perguntas iniciais que não se esgotam nesta pesquisa. O próprio trabalho na
coleta de dados com o periódico foi indicando caminhos a serem percorridos e, ao mesmo
tempo, elaborando novas perguntas. Encontrando informações e as transformando em dados
que serão úteis para a reconstrução dessa história, estes por sua vez geram novas perguntas
que levam a procurar respostas explorando o arquivo da Associação Brasileira de
Psicopedagogia. Ao mesmo tempo, as perguntas geradas pelo objeto de pesquisa também são
respondidas por consultas e leituras realizadas sobre o tema da imprensa periódica como
objeto de estudos para a História da Educação.
Com o desenvolvimento das discussões, práticas e pesquisas sobre o tema, foi possível
acompanhar os debates nos quais a área de Psicopedagogia definiu seu objeto de estudo.
Inicialmente a área apresenta-se pesquisando o aluno que não aprende. Durante a década de
1980, verifica-se um debate sobre a definição do objeto de estudos da Psicopedagogia. Por
meio desta pesquisa, observa-se que na década de 1990 o seu objeto de estudos foi
prioritariamente o processo de aprendizagem. Houve a entrada dos profissionais em
Psicopedagogia dentro do campo da Educação, com práticas e representações produzidas e
colocadas em circulação pela Revista. Esta constatação apresenta como pergunta: quem eram
estes profissionais? A Revista Psicopedagogia é tomada como objeto de pesquisa e analisada
como um dispositivo de normatização da prática psicopedagógica, ao mesmo tempo em que é
considerada como suporte material que permite ampliar a discussão existente dentro do
campo educacional, em torno de temas como o fracasso escolar, de um ponto de vista que
veio a se chamar psicopedagógico.
Tratar o campo da Educação como um espaço de lutas, significa lembrar que o campo
científico possui formas próprias de interesse específico.
20
Esta mesma investigação leva ao conhecimento de vários trabalhos realizados em
programas de outras universidades. Nas páginas seguintes é apresentada uma breve revisão
bibliográfica das pesquisas sobre impressos.
Em seu artigo A imprensa de Educação e Ensino: concepção e organização do
repertório português, Antonio Nóvoa (1997) apresenta a imprensa periódica como fonte para
a história da educação, chamando a atenção para o fato de que, nesse tipo de impresso, pode-
se encontrar as manifestações de diversos atores em relação ao campo educativo. Ao
apresentar as razões que o motivaram a produzir um Repertório Analítico da Imprensa de
Educação e Ensino (Séculos XIX – XX), o autor afirma
Em primeiro lugar, a imprensa é o melhor meio para apreender a multiplicidade do campo educativo, como afirma Pierre Caspard quando deixa clara a intenção do grupo francês em contribuir para uma história total da educação. De fato, a imprensa revela as múltiplas facetas dos processos educativos numa perspectiva interna ao sistema de ensino (cursos, programas, currículos, etc.), mas também no que diz respeito ao papel desempenhado pelas famílias e pelas diversas instâncias de socialização das crianças e dos jovens. A imprensa constitui uma das melhores ilustrações de extraordinária diversidade que atravessa o campo educativo. (Nóvoa, 1997, p.12)
Essa reflexão tem dado suporte para diversas pesquisas de História da Educação no
Brasil, sobretudo, para as que têm se dedicado a estudar a história da profissão docente e a
cultura docente.
A tese de doutorado de Denice Catani foi apresentada em 1989 ao Programa de Pós-
graduação em Educação da FEUSP, com o título: Educadores à meia luz. O objetivo da
autora foi contribuir para compreensão da história dos investimentos dos professores paulistas
no trabalho de delimitação e organização do espaço destinado ao debate de questões relativas
ao ensino. A pesquisa procurou explicitar as características da argumentação utilizada para
apresentar o problema da organização dos serviços de ensino e os da organização do trabalho
do professor. Sempre atenta para compreender os processos de constituição de conhecimentos
sobre educação no Brasil. O trabalho foi realizado por meio da reconstrução do ciclo de vida
do periódico produzido pela Associação Beneficente do Professorado Público de 1902 a 1918:
Revista de Ensino.
Paula Perin Vicentini, (1997), em sua dissertação de mestrado apresentada junto à
FEUSP, analisou a história do Centro do Professorado Paulista (CPP), desde a sua fundação
(1930) até 1964, tendo em vista o processo de organização do magistério enquanto categoria
profissional. Neste trabalho, privilegiou como fonte de pesquisa o órgão informativo da
entidade, intitulado à época, Revista do Professor (1934 – 1965). Utilizou também outras
21
fontes como os documentos relativos à vida administrativa da entidade, depoimentos
fornecidos por seus dirigentes, o noticiário da grande imprensa e a historiografia disponível
sobre o período. A autora constatou que o uso de uma revista de ensino é de grande
importância na reconstrução das lutas travadas pela legitimidade no campo educacional. Essa
constatação possibilitou a análise de aspectos que enfatizam as grandes reformas de ensino e
as mudanças na legislação educacional. Para a realização deste trabalho, usou como
referencial teórico a noção de campo de Pierre Bourdieu.
Ana Flávia Souza Sofiste (2007) realizou uma pesquisa sobre os embates e as disputas
no campo da Educação Física acerca da identidade desse profissional. A pesquisa foi
apresentada como dissertação de mestrado junto ao programa EHPS da PUC-SP, com o titulo
Profissional ou Professor de Educação Física? Interfaces de uma profissão regulamentada.
Neste trabalho, a autora também utilizou como referencial teórico a noção de campo de Pierre
Bourdieu. Para apreender as disputas travadas no campo da Educação Física, analisou os
discursos produzidos sobre o debate em torno da regulamentação presentes na Revista
Brasileira de Ciências do Esporte, na Revista E.F. e no Boletim do MNCR, além de
documentos produzidos pelo Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) e pelo
Movimento Nacional Contra a Regulamentação do Profissional de Educação Física (MNCR).
Com as obras citadas até aqui, é possível constatar a grande contribuição que o uso dos
periódicos e outros impressos como fonte e objeto de pesquisa tem dado à História da
Educação. Por meio dos trabalhos de Vicentini (1997) e Sofiste (2007), pode-se compreender
como se desenvolveram as investigações desses pesquisadores, que utilizaram a teoria de
Pierre Bourdieu como referencial teórico. Em seus trabalhos, os periódicos e outros
impressos serviram como fonte para pesquisa e nos permite compreender como a noção de
campo foi se constituindo dentro de cada área ali pesquisada. Conhece-se, por meio desses
trabalhos, a forma como o debate travado no interior dos periódicos, por meio dos artigos,
contribuíram para a entrada de novos atores dentro de um campo já consolidado, e como
ocorreu a construção da identidade deste campo. Vicentini (1997) e Sofiste (2007) utilizaram
também o conceito de habitus defendido por Pierre Bourdieu (1983). Delimitar o habitus
permite compreender um capital de técnicas, referências e conjunto de crenças que é a
condição para o funcionamento e produto de um campo. São elementos que contribuem para a
investigação sobre a constituição da identidade de um campo. Tendo como referência os
trabalhos citados aqui, e sobretudo os conceitos de Pierre Bourdieu, passei a investigar meu
objeto de estudos e também a explorar os arquivos da Associação Brasileira de
Psicopedagogia (ABPp) em busca de elementos para compor este trabalho.
22
Essa pesquisa procura agregar à vertente anteriormente explicitada a dos estudos sobre
materialidade do impresso. Buscou-se por meio da materialidade da Revista Psicopedagogia
compreender as discussões que colaboraram para a constituição dessa área de estudos
chamada Psicopedagogia. Dessa forma, a Revista Psicopedagogia apresenta-se como fonte de
informação historiográfica e, ao mesmo tempo, como objeto material de investigação, que
permite ao pesquisador o estudo das práticas que formalizam o discurso da Psicopedagogia
em torno do tema de seu objeto de estudos: o processo de aprendizagem.
Para esta análise utilizo as constatações de Roger Chartier
De um lado, os dispositvos formais – textuais ou materiais – inscrevem em suas próprias estruturas as expectativas e as competências do público que visam, portanto, organizam-se a partir de uma representação da diferenciação social. De outro, as obras e os objetos produzem sua área social de recepção bem mais do que são produzidos por divisões cristalizadas e prévias. (Chartier, 2002, p.76)
Entre os trabalhos que subsidiaram a perspectiva adotada, destaca-se a tese de
doutorado de Maurilane de Souza Biccas, O Impresso como Estratégia de Formação de
Professores (as) e de Conformação do Campo Pedagógico em Minas Gerais: o caso da
Revista do Ensino (1925 – 1940), foi apresentada à Faculdade de Educação da Universidade
de São Paulo em 2001. Este trabalho procurou evidenciar as motivações que levaram os
responsáveis pela educação no estado de Minas Gerais a criarem um periódico destinado aos
professores. (Biccas, 2001) A riqueza de dados apresentada em seus três volumes ofereceu-
me uma grande contribuição para elaborar minhas planilhas, que tiveram por objetivo
construir meu banco de dados para compor a pesquisa.
No mesmo programa de estudos ao qual pertenço, Programa de Estudos Pós-
Graduados em Educação: História, Política, Sociedade, da PUC-SP, encontrei vários trabalhos
que utilizaram a Imprensa Periódica como objeto de estudos. A dissertação de mestrado de
Marly Leibruder, O subsídio Recordando e Renovando da rede municipal de São Bernardo
do Campo (1982 – 1995): Análise material de um impresso de formação e normatização das
práticas docentes na escola para a infância, estudou o subsídio pedagógico Recordando e
Renovando, tomando-o como objeto material de investigação, como manifestação da cultura
escolar e fonte de informação historiográfica que intermediou como manifestação da cultura
escolar. (Leibruder, 2007, p. 20) Trata-se de um trabalho inserido dentro do âmbito da
História Cultural e das práticas pedagógicas, trabalhando com a materialidade do periódico e
23
entende que os impressos oficiais podem ser modelos para determinar as estratégias textuais e
editoriais de difusão e imposição dos saberes pedagógicos.
A dissertação de mestrado de Omar Schneider (2003), A revista de Educação Physica
(1932-1945), também apresentada a este Programa, buscou compreender o uso que fizeram do
periódico como um lugar de poder para que pudessem construir uma idéia entre os leitores
sobre as finalidades da Educação Física no âmbito educacional. Seu referencial teórico partiu
das discussões produzidas pela História Cultural. Esta apresenta proposições que orientam
para uma arqueologia dos objetos e tem como proposta para o trabalho do pesquisador,
interrogar os objetos pela sua materialidade na tentativa de compreender as práticas que os
produziu. Para o exame do periódico, a Revista Educação Physica, o autor buscou
compreender os ritmos e fases pelos quais passou o periódico, dando atenção à fórmula
editorial utilizada e atento aos procedimentos e intervenções dos editores para constituir um
periódico comercial com destino pedagógico. Assim, analisou os dispositivos dos editores
para controlar a leitura do impresso e regrar seu uso. Schneider (2003) partiu da premissa de
que o impresso pode ser uma alternativa para compreender o campo pedagógico. O impresso
apresenta-se como possibilidade para produzir uma história da educação menos centrada na
figura de personalidades e atos oficiais e mais centrada na investigação de iniciativas
editoriais, nas quais os grupos envolvidos na sua produção lutam por projetos distintos. Com
isso, o autor propõe-se a entender o processo de formação da imprensa e focar a atenção nas
representações veiculadas por meio do impresso, tratando-o como objeto cultural que,
constitutivamente, guarda as marcas de sua produção e de seus usos.
A dissertação de Ana Maria Smith Santos (2005), apresentada com o título Os
Cadernos de Educação da Escola Cabana (1997 – 2004), faz uma análise dos textos oficiais
do projeto político pedagógico da Escola Cabana de Belém do Pará. Santos pesquisou o
periódico produzido pela Secretaria Municipal de Educação de Belém intitulado: Cadernos de
Educação. O referencial teórico adotado pela autora é o mesmo de Omar Schneider (2003).
Ou seja, sua orientação para investigação é a arqueologia dos objetos e como metodologia
constitutiva utiliza o referencial teórico da História Cultural. O foco de seu trabalho é a
análise dos dispositivos materiais e textuais, tentando compreender a contribuição da forma e
do conteúdo na prescrição de práticas. Para esta concepção teórica, os textos são objetos
culturais e guardam as marcas das práticas de sua produção, ao veicular um regramento de
saberes aos seus leitores (Santos, 2005).
24
No texto Reforma escolar, pedagogia da Escola Nova e usos do impresso, Marta M.
Chagas de Carvalho e Maria Rita de Almeida Toledo (2000) trabalham com a produção e
circulação de impressos para compreender as estratégias utilizadas dentro do processo de
difusão da chamada pedagogia da Escola Nova. Por meio desse caminho, foi possível delinear
as estratégias de intervenção do impresso dentro das tentativas de remodelação da escola
imprimindo uma nova mentalidade pedagógica no professorado.
Toledo (2001), Biccas (2001), Schneider (2003), Santos (2005) e Leibruder (2007)
afirmam que o uso dos impressos, periódicos e livros como fonte para a pesquisa é um
caminho que nos permite compreender os dispositivos utilizados pelos editores para controlar
a leitura e regrar seu uso. É possível também por meio dos trabalhos de Biccas (2001),
Schneider (2003), Santos (2005) e Leibruder (2007), compreender como o periódico foi
utilizado como um lugar de poder, objetivando educar os leitores e produzir saberes
necessários a um determinado momento histórico.
No interior da Revista Psicopedagogia, objeto de pesquisa deste trabalho, encontra-se
um artigo intitulado A contribuição das publicações BOLETIM e REVISTA
PSICOPEDAGOGIA para a construção da identidade da Psicopedagogia. O artigo está
publicado na Revista número 38 de 1996. A autora é Marisa T. D. S. Baptista e é apresentada
pela Revista como Doutora em Psicologia Social pela PUC-SP e coordenadora do Programa
de Mestrado em Psicologia da Universidade São Marcos. O artigo é fruto de uma pesquisa
realizada com as edições do Boletim número 1 de 1982 até a edição número 24 de 1992.
Possui uma Introdução em que a autora faz uma breve descrição do ciclo de vida da Revista
Psicopedagogia destacando os números publicados com sua periodicidade, a Associação
como a responsável pela sua publicação e a caracterização da pesquisa da qual resultou o
artigo.
Marisa Baptista apresenta a pesquisa como sendo realizada em duas fases. Para a
primeira fase afirma que foi denominada “Levantamento de dados” e foi subdividida em três
etapas. Para a primeira etapa elaborou um quadro geral dos autores caracterizados segundo
sua formação universitária, atividade profissional declarada, local de moradia e assuntos
sobre os quais escreveu. Na segunda etapa, foram levantados os aspectos formais da revista
e sua vinculação com a ABPp. Na terceira etapa, analisou as intenções e os objetivos dos
editoriais, além das matérias publicadas que foram caracterizadas quanto à forma e
conteúdo dos trabalhos. A segunda fase da pesquisa, trabalhou com a análise do material e
esta serviu como base para a publicação do artigo na Revista nº 38. Após esta introdução, a
autora apresenta a análise dos aspectos formais das publicações. Para tal trabalho, dividiu o
25
ciclo de vida da Revista em três períodos: O primeiro período, chamado período inicial,
compreende as publicações de 1982 até 1986 produzidas pela Associação Estadual de
Psicopedagogos de São Paulo, a AEPp, e é classificada como Boletim. O segundo período
trabalhou com as edições de 1986 a 1987, com o nome de Intermediário, com a justificativa
de que a diretoria da Associação Brasileira de Psicopedagogia e a da Revista permanecem a
mesma diretoria da Associação Estadual de Psicopedaogogos de São Paulo. Ou seja, a autora
estuda os membros da diretoria e seus respectivos cargos de poder. Chama a atenção para o
fato de ocorrer uma mudança no nome da Associação e, no seu interior, a composição da
diretoria permanecer a mesma. O terceiro período a autora denominou de período de
transformações, que vai de 1987 a 1992, e justifica este recorte pela introdução de mudanças
formais da revista. Para finalizar esta apresentação dos períodos, apresenta seus critérios de
análise: a organização administrativa, padrão gráfico e estrutura editorial.
A autora apresenta suas reflexões sobre cada período de acordo com os critérios
citados. Chama atenção para o fato de que no primeiro período, a estrutura da Revista se
mantém a mesma. No Período Inicial a autora faz a descrição de acordo com os critérios
mencionados. No Período Intermediário, apesar das mudanças do nome, da Associação
Estadual para Associação Brasileira, esta mudança não foi comunicada formalmente pela
Revista, conforme também já foi citado nesta dissertação. No Período das Transformações, a
autora apresenta diversas mudanças: mudanças na organização administrativa, apresentação
gráfica, estrutura editorial, indexação da Revista e destaca a introdução da seção Conversa
com o leitor a partir do número 21 e a introdução de Entrevistas e Leituras Comentadas a
partir do número 23.
A autora apresenta um segundo ponto de discussão com o nome de Perfil dos Autores
e trabalha, conforme já foi mencionado antes, com a classificação dos autores segundo a
origem territorial e a informação sobre a formação acadêmica dos mesmos. A respeito da
origem territorial não são apresentadas as informações no artigo. Sobre a formação
acadêmica dos autores, são elaborados um quadro e um gráfico facilitando a visualização dos
dados. No terceiro ponto do artigo são apresentados os Tipos de Matérias Publicadas no
Período Analisado. A autora apresenta as categorias criadas para sua classificação expondo
seus critérios para elaboração de cada categoria. O quarto ponto do artigo se refere à Análise
de Conteúdo subdividido em Análise dos Editoriais, Análise das Matérias Específicas ao
Campo da Psicopedagogia, Análise das Matérias Caracterizadas como “Pesquisa e
Reflexão” no campo específico da Psicopedagogia. Para finalizar, a autora apresenta a
Conclusão.
26
Ao apresentar suas considerações sobre a Análise do Conteúdo, aponta os editoriais
como espaço em que aparece a política da Associação. Num primeiro momento, os editoriais
evidenciam o início incipiente da formação da identidade da Psicopedagogia, afirma que
ainda não existem profissionais específicos e conseqüentemente necessita arregimentar
interessados a partir de campos afins. Chama a atenção para o editorial do Boletim número 3,
de novembro de 1983, o qual apresenta a evolução da perspectiva inicial do Boletim. Neste
editorial é assumida explicitamente uma identidade para a psicopedagogia cujo foco é a
atenção para a forma como os temas são tratados: os termos educação, reeducação,
dificuldades e problemas de aprendizagem são substituídos por problemas
psicopedagógicos. Após a análise dos editoriais, dedica sua reflexão às outras classificações
que foram realizadas com os artigos produzidos pela Revista. Faz a análise das matérias
específicas ao campo da Psicopedagogia, e por meio dela aponta que existe a presença mais
constante de alguns, ao mesmo tempo em que outros aparecem de forma mais efêmera.
Como tema principal para este bloco de matérias é apontada a Psicopedagogia em si mesma
ou nos psicopedagogos. Aponta outras áreas em que classificou as matérias: área prática,
onde se encontram aglutinados os trabalho psicopedagógico concreto; área prática e
preventiva aglutinando os trabalhos que tratam das ações com a tentativa de evitar que os
problemas se estabeleçam; Campo de Investigação incluindo os trabalhos que focalizam a
psicopedagogia como campo de trabalho; Prática Clínica Terapêutica apontada como uma
área com o maior número de matérias publicadas; Prática Terapêutica onde o tema
privilegiado é o Atendimento Psicopedagógico; Diagnóstico com atenção para aspectos a
serem observados num diagnóstico psicopedagógico; abordagens para referência do
psicopedagogo e os instrumentos a serem utilizados. Posteriormente faz a Análise das
matérias caracterizadas como “pesquisa e reflexão” no campo específico da
Psicopedagogia, Explicitação da identidade da Psicopedagogia, Psicopedagogia clínica ou
curativa e Psicopedagogia preventiva. Para finalizar o artigo, apresenta sua conclusão. Uma
conclusão muito importante em que destaca pontos polêmicos e ao mesmo tempo aponta para
possíveis objetos de pesquisas. Inicialmente afirma que os artigos publicados ao longo do
ciclo de vida da Revista contribuíram significativamente para a consolidação da
Psicopedagogia como um campo de trabalho e também como uma área de conhecimento.
Em seguida, chama atenção para os objetivos das gestões da revista, que não se
concretizaram integralmente, e neste momento refere-se ao objetivo de discutir a identidade,
quando a autora considera dois elementos importantes para compor um processo de
identidade: a igualdade e a diferença. A igualdade é o traço unificador que permite o
27
reconhecimento, enquanto que a diferenciação é o elemento que permite a distinção entre
diferentes identidades. Após considerar os dois elementos afirma que, ao focalizar a
Psicopedagogia Clínica, categoria utilizada na classificação das matérias em sua pesquisa,
identifica claramente um traço de igualdade ao apresentar ao longo do tempo, como seu
objeto de preocupação os problemas de aprendizagem. Ao mesmo tempo, mostra que os
elementos que se diferenciam e se transformam são: o significado de problemas de
aprendizagem, a forma de entendê-los, identificá-los e trabalhar com eles. Por fim, aponta
um paradoxo identificado por meio da pesquisa: uma constância no objetivo de privilegiar e
desenvolver a Prevenção. Por outro lado, o número de artigos publicados sobre a
Psicopedagogia Preventiva foi significativamente menor. Sobre o paradoxo observado
levanta vários questionamentos deixando-os como possibilidades de objeto de pesquisas
futuras.
O Artigo publicado por Marisa Baptista é parte de sua análise dos dados da pesquisa
realizada. A autora pesquisa as edições de 1982 até 1992, ou seja, inicia sua pesquisa com o
Boletim número um de 1982 e vai até a Revista número 24 de 1992. Este trabalho apresenta
um recorte temporal diferente do apresentado nesta pesquisa, no momento em que se
trabalharam as edições de número um, de 1982, até edição número 71 de 2006. Neste artigo a
autora deixa claro que publica a análise dos dados realizada. Não foi sua intenção publicar a
pesquisa completa. Com isso não deixa claro no artigo publicado seu referencial teórico
utilizado de forma que permitisse discutir semelhanças e diferenças sobre os referenciais
teóricos que utilizamos. Marisa Baptista trabalha com as origens dos autores que publicaram
artigos no período. Este aspecto não foi abordado aqui nesta pesquisa. As duas pesquisas
diferem também quanto as categorias utilizadas para a classificação dos artigos. Com isso
pode-se afirmar que se trata de duas pesquisas diferentes apesar de ambas apresentarem o
mesmo objeto de pesquisa. Dessa forma, o artigo de Marisa Baptista foi classificado dentro
da categoria desta pesquisa, Discursos Sobre a área de Psicopedagogia, fazendo parte do
espaço de discussão criado dentro da Revista sobre a área de Psicopedagogia.
Com a articulação dos aspectos mencionados, procurou-se compreender a maneira
como os psicopedagogos adentram o campo da Educação. Analisando os discursos sobre a
área da Psicopedagogia, por meio dos artigos encontrados no interior da Revista, foi possível
compreender a forma como a Associação Brasileira de Psicopedagogia, por meio de seus
interlocutores, construiu um discurso de defesa de sua área de atuação dentro do campo da
Educação. Possibilitou ver a forma como se desenvolveu a discussão sobre a definição do
objeto de estudos da Psicopedagogia, como também de outros pressupostos. Além da
28
discussão sobre o objeto de estudos, encontra-se a discussão sobre o reconhecimento
profissional.
Para realizar esta pesquisa, foi consultado o arquivo da Associação Brasileira de
Psicopedagogia, onde se encontram todos os exemplares arquivados com três cópias de cada
número. Apenas o Boletim número dois, de abril de 1983, não possuía o exemplar original.
Foram encontradas três fotocópias do original encadernadas, permitindo a qualquer
pesquisador conhecer o exemplar.
Para organizar o grande volume de informações, foi criado um banco de dados com o
auxílio do programa de informática da Excel Microsoft, criado para facilitar a visualização
dos dados de cada número publicado, e foi de grande ajuda na comparação e análise dos
mesmos. Dentro deste banco foram registrados 588 artigos, publicados nos 71 números
correspondentes ao ciclo de vida do periódico, do seu lançamento em 1982 até 2006, data dos
vinte e cinco anos de sua existência. Para a elaboração desse banco, foram destacados, em
cada número publicado, os seguintes campos: ano, número da revista, título do artigo, autor e
número de páginas. Após a coleta desses dados, cada artigo passou por uma análise na qual se
procurou identificar, para efeito de classificação, o gênero discursivo e o objeto de pesquisa
de cada um. Estes dados constituíram uma planilha, e esta por sua vez gerou um gráfico,
permitindo uma visualização rápida e objetiva sobre a incidência dos objetos de pesquisa ao
longo do ciclo de vida do periódico.
A elaboração desta planilha foi precedida pela elaboração de outras planilhas, que
permitiram a compreensão da produção do periódico. São planilhas elaboradas para conhecer
melhor a publicação, e delas surgiram perguntas que me levaram a pesquisar e sintetizar
novas informações, que exigiam a elaboração de outras planilhas. Ou seja, o próprio objeto de
pesquisa indicou os caminhos necessários a serem percorridos, para se dar a conhecer. Além
disso, com a finalização da pesquisa, verificou-se que o conjunto de dados pode vir a se
constituir em objeto de estudos para outras pesquisas. Sendo assim, a opção foi dar-lhe
visibilidade publicando-o nesta dissertação.
O banco de dados poderá se constituir como importante material de pesquisa e
consulta para outros pesquisadores interessados pela área da Psicopedagogia.
29
As Categorias para a Classificação dos Artigos publicados pelo periódico
Os artigos publicados pelo periódico foram classificados e analisados por meio de
planilhas que constituem os anexos desta dissertação. Para a análise foram criadas categorias
de classificação dos artigos. Primeiramente cada artigo foi classificado de acordo com seu
Gênero Discursivo e posteriormente de acordo com seu Objeto de Pesquisa. Com a leitura de
cada artigo procurei identificar o gênero discursivo utilizado pelo autor de acordo com as
categorias criadas. Classifiquei os artigos em três categorias de gêneros discursivos.
À primeira categoria atribuí o título de Reflexão Teórica. Como Reflexão Teórica,
considerei o artigo em que o autor explica sua reflexão, como compreende um determinado
tema. Para isso parto do pressuposto de que o autor utilizou um levantamento bibliográfico.
São os textos em que foi possível observar que o autor destaca conceitos e opiniões de
diferentes teóricos para tratar sobre um tema. O seu objetivo é esclarecer um conceito, uma
técnica ou ainda uma forma de trabalhar com seu objeto de estudos.
Outra categoria utilizada nesta classificação foi chamada como Relato de Prática.
Nessa categoria estão classificados os artigos escritos com o objetivo de relatar um trabalho
que vem sendo desenvolvido e que não foi encerrado. Trabalhos pertencentes a projetos mais
amplos. A publicação do artigo configura-se como um momento em que o autor traz à luz a
maneira como o trabalho em questão tem sido desenvolvido. São experiências que possuem
continuidade após a publicação do artigo.
À terceira categoria utilizada, atribuí o título de Relato de Pesquisa. Nesta categoria
estão incluídos os artigos que possuem sua origem numa Dissertação de Mestrado, Tese de
Doutorado, Realização de Monografia ou outras formas de pesquisas realizadas pelo autor.
Para tanto, o autor apresenta um problema de pesquisa e explica os procedimentos para
coletar e avaliar as informações que o ajudaram a esclarecer tal problema.
Num segundo momento da leitura dos artigos, procurei identificar o Objeto de
Pesquisa presente no texto. A variedade de Objeto de Pesquisa demonstrou-se muito grande.
Em uma primeira classificação, quinze categorias possíveis. Observei que muitas delas não
tinham razão para sua existência, uma vez que sua incidência era muito pequena. Solucionei
tal problema criando uma categoria genérica chamada Outros. Ao mesmo tempo, observei
que algumas outras categorias que havia criado se enquadravam dentro de outras como
subcategorias. Com isso procurei rever os critérios e permanecer atento para renomeá-los
conforme a necessidade. Dessa forma segue a lista com as categorias criadas para Objeto de
Pesquisa.
30
Processo de Alfabetização - Nesta categoria estão classificados os artigos que
possuem como objeto de pesquisa a forma como se dá a alfabetização. Dentro destas formas
encontramos o processo saudável da alfabetização. Considero que existe um percurso para a
alfabetização e dentro deste encontramos situações que levam à realização do objetivo com
êxito. Ao mesmo tempo considerei a existência das situações que podem ser caracterizadas
como desvios deste percurso. Caracterizando dessa forma uma dificuldade para que o aluno se
aproprie da leitura e da escrita.
Processo de Aprendizagem - Estão agrupados nesta categoria os artigos que
possuem como objeto de estudos os estágios de desenvolvimento pelos quais passam o sujeito
durante a aprendizagem. Estão incluídas as compreensões cujo foco de análise recai sobre as
habilidades necessárias de conceitos mais amplos para aprendizagem da matemática,
literatura, gramática, história, geografia e outros.
Fundamentos Teóricos - Esta categoria agrupa os artigos que utilizaram como objeto
de reflexão abordagens teóricas como a psicanálise, as teorias desenvolvidas por Piaget,
Vygotski e fornecem o referencial necessário para fundamentar a compreensão, atuação e/ou
intervenção do psicopedagogo.
Falhas no processo de Aprendizagem - Neste grupo estão classificados os artigos
que têm como objeto de estudos as manifestações dos desvios ocorridos durante o processo de
aprendizagem. Nesta categoria estão incluídas as dificuldades que têm causado polêmicas e
debates entre educadores como: dislexia, disortografia, discalculia, déficit de atenção,
hiperatividade etc. São diagnósticos que necessitam de equipes multidisciplinares para a sua
realização. Com isso, temos muitos artigos escritos por profissionais de outras áreas, como
por exemplo, a medicina e fonoaudiologia.
Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica – Esta categoria é formada pelos artigos
que possuem como objeto de estudos as compreensões, ações e formas de intervenção frente
às situações de não aprendizagem. São artigos cujo enfoque recai sobre a atuação do
psicopedagogo e suas orientações sobre procedimentos práticos com vistas a compreender e
ampliar a visão do profissional sobre a queixa de não aprendizagem da criança.
Psicopedagogia Hospitalar – Esta categoria agrupa os artigos cujas reflexões tem por
objetivo compreender as possibilidade para o psicopedagogo atuar dentro das instituições
hospitalares e ou parcerias com a atuação médica.
Psicopedagogia Institucional – Categoria formada pelos artigos que apresentam
como objeto de estudos a atuação do psicopedagogo dentro das Instituições ou como
31
profissional externo à instituição com o objetivo de desenvolver projetos de caráter
psicopedagógico com estas instituições.
Discurso sobre a área de psicopedagogia - Artigos que têm como foco de análise a
atuação da Associação Brasileira de Psicopedagogia, a história da Psicopedagogia, as
discussões sobre a área de atuação dos psicopedagogos.
Psicopedagogia no Ensino Superior – Categoria formada pelos artigos que possuem
como foco de análise a atuação com alunos do ensino superior ou análise de possibilidades de
trabalhos para serem desenvolvidas dentro das universidades.
Criança Marginalizada – Estão agrupados nesta categoria artigos cujo objeto de
estudos são os trabalhos realizados com crianças e/ou adolescentes em situação de
vulnerabilidade social.
Após a classificação dos artigos de acordo com estes critérios, foram gerados gráficos
que forneceram uma visão sobre a incidência dos objetos de pesquisa ao longo do ciclo de
vida do periódico.
A organização dos capítulos
Este trabalho que ora se apresenta, resultou na organização de três capítulos: o
primeiro, situando o nascimento da Psicopedagogia em meio a discussão sobre o fracasso
escolar. Para isso é apresentado o tema sob três pontos de vista diferentes: os saberes
construídos pela área da Sociologia da Educação, seguido dos saberes construídos pela
Psicologia Escolar e, por último, os saberes construídos pela Psicopedagogia.
O segundo capítulo, a partir dos conceitos desenvolvidos por Michel de Certeau sobre
Estratégias e Táticas, é apresentada a Associação Brasileira de Psicopedagogia como
produtora do periódico. Em seguida apresenta-se o ciclo de vida do periódico com a análise
das características reveladas pela sua materialidade. Neste segundo capítulo é apresentada a
análise da primeira fase: a Fase Boletim (1982 – 1990).
O Terceiro capítulo analisa duas fases do ciclo de vida do periódico. A segunda fase,
momento em que o Boletim é transformado em Revista, com o título Psicopedagogia –
Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia, é nomeada como Fase Revista Nacional
(1991 – 2002). A análise da terceira fase: Fase Revista Indexada (2003 – 2006), finaliza o
capítulo.
32
Capítulo 1
1 - O Fracasso escolar como objeto em disputa: memória e conhecimento
Este capítulo procura compreender a memória existente sobre a Psicopedagogia no
Brasil, como também o debate existente dentro da área sobre o tema.
Pesquisando as produções publicadas sobre a história da Psicopedagogia no Brasil,
foram encontrados vários trabalhos que nos remetem à memória da Psicopedagogia. Como
citado, Bourdieu destaca a importância da construção da memória/história para a legitimação
da intervenção dos atores em determinado campo. Ela própria é mote de disputa entre os
novos e velhos atores.
Jacques Le Goff afirma que a memória, é um elemento essencial do que se costuma
chamar identidade, individual ou coletiva, cuja busca é uma das atividades fundamentais dos
indivíduos e das sociedades de hoje, na febre e na angústia. (Le Goff, 1984, p.46)
A constituição, nesta perspectiva, de uma memória/história da atuação da área da
Psicopedagogia e de seus fundadores, institucionais ou físicos, parece ter sido estratégia
fundamental de legitimação e importância na intervenção desses profissionais no campo da
Educação. Destacar a memória constituída sobre a Psicopedagogia pode indicar uma das
estratégias de legitimação das práticas e saberes promovidos por esses profissionais.
Dentre os vários trabalhos que constituem a memória da psicopedagogia no Brasil, no
Boletim da Associação Brasileira de Psicopedagogia, material proposto para utilizar como
objeto de pesquisa, o número 13, de 1987 possui um artigo de Beatriz J. Scoz em parceria
com Mônica Hoene Mendes, relatando a memória da Psicopedagogia no Brasil2. Uma das
autoras, Beatriz J. Scoz, apresenta em 1989, um artigo sobre a importância da Psicopedagogia
para a Educação. Neste artigo de 1989, a autora apresenta um sub-título retomando o histórico
da Psicopedagogia no Brasil com relatos já apresentados pelo artigo de 1987.
O artigo de 1987 é apresentado com o título: A Psicopedagogia no Brasil: Evolução
Histórica. Neste artigo as autoras explicitam sua preocupação em não perder a memória de
um movimento que já possuía alguns anos. O objetivo apresentado é deixar algo por escrito
enquanto temos as pessoas que participaram do processo em condições de registrar suas
memórias. (Boletim da ABPp, nº 13, 1987, p. 15). Vale ressaltar que o artigo foi apresentado 2 As autoras, Beatriz J. Scoz e Mônica H. Mendes, ambas são pedagogas e psicopedagogas. No momento da publicação do artigo eram membros da Associação Brasileira de Psicopedagogia e professoras, vindo posteriormente tornarem-se presidentes da Associação. Beatriz J. Scoz foi presidente na gestão 1989 e 1990 com Mônica H. Mendes como vice presidente. Mônica H. Mendes foi presidente na gestão 1991 – 1992.
33
no Primeiro Seminário Estadual de Psicopedagogia da Universidade Estadual do Rio de
Janeiro em 1987. Na introdução as autoras destacam dois aspectos que consideram muito
importantes: a criação dos primeiros cursos e o surgimento da Associação Brasileira de
Psicopedagogia.
O relato histórico apresentado pelas autoras se inicia com o subtítulo: Alguns fatos que
marcaram a história da Psicopedagogia no Brasil, nesta parte as autoras chamam a atenção
para o argumento da profª Leny Magalhães Mrech, professora da Faculdade de Educação da
USP, que afirma: um dos fatos que merece destaque é o desmembramento das antigas
faculdades de educação em faculdades de Pedagogia e Psicologia. (Boletim da ABPp, nº 13,
1987, p. 15). Para Mrech a formação dos antigos cursos de Educação permitira uma formação
voltada para a atuação psicopedagógica que se perdeu com o desmembramento das faculdades
de educação gerando a perda de uma visão de conjunto. A partir do final de 1970 e início de
1980, a universidade passa por uma revisão curricular em busca de um referencial mais
globalizante e menos tecnicista. Como se vê, as autoras procuram legitimar a Psicopedagogia
como o lugar precípuo de retomada da perspectiva globalizante anteriormente perdida,
legitimando o nome e as práticas desenvolvidas pelas instituições fundadoras e seus agentes.
Em seguida, as autoras apresentam as influências externas. Essas influências são
marcadas, segundo as autoras, pelas contribuições de profissionais Argentinos e Norte-
Americanos para tratamentos de dificuldades de aprendizagem em relação à leitura e escrita.
Esse segundo ponto é importante porque redimensiona a ação do psicopedagogo, atribuindo
sua existência ao cenário internacional. A identidade desses praticantes, nesta perspectiva, vai
além do território nacional, acompanhando o desenvolvimento internacional da ciência.
Um outro tópico apresentado no artigo é um relato sobre os primeiros cursos com
enfoque psicopedagógico. Neste tópico são ressaltados os cursos de extensão universitária
oferecidos pelo Instituto Sedes Sapientiae e pela PUC-SP durante o final da década de 1960 e
início de 1970. Segundo as autoras, estes cursos são procurados por profissionais que
atuavam com as crianças que não respondiam às solicitações das escolas. Com isso, destaca
que foi nesse contexto que surgiu no Instituto Sedes Sapientiae o primeiro curso de
Psicopedagogia Institucional em 1979, por meio de um contato entre Maria Alice Vassimon,
pedagoga e psicodramatista e Madre Cristina Sodré Dória, diretora do Instituto Sedes
Sapientiae. (Boletim da ABPp, nº 13, 1987, p. 18). Segundo as autoras
O objetivo do curso, era o da construção de um modelo próprio que possibilitasse a integração do processo educativo dentro da nossa realidade e que também levasse em conta, a problemática das crianças pertencentes às camadas
34
majoritárias da população. Nesse sentido, desde o início o curso já inclui em sua programação o atendimento individual às crianças da rede pública, reforçando uma prática peculiar do Instituto Sedes Sapientiae desde os seus primórdios. (Boletim da ABPp, nº 13, 1987, p. 18).
O argumento apresenta os marcos fundadores da prática, delimitando tempo e espaço
para essa ação.
Na década de 1980, novos cursos começam a aparecer na cidade de São Paulo. Sobre
esse aspecto as autoras citam a criação do curso de Psicopedagogia na PUC-SP em 1980 e
posteriormente um outro curso nas Faculdades São Marcos. Com isso, destacam a
proliferação de novos cursos na cidade.
Em seguida, as autoras constroem suas argumentações destacando o papel
desempenhado pela Associação Brasileira de Psicopedagogia a partir de seu surgimento em
1980. Para as autoras, a Associação surge a partir dos questionamentos, a respeito do perfil
profissional do psicopedagogo e da necessidade de definição de suas funções, que começam a
aparecer nas primeiras turmas de alunas do Instituto Sedes Sapientiae. (Boletim da ABPp, nº
13, 1987, p. 19). Após o destaque dado ao papel desempenhado pela Associação, as autoras
ressaltam os vários Encontros de Psicopedagogos que acontecem em diferentes estados
brasileiros, promovidos por universidades locais. Esses Encontros, além de ampliar a
discussão teórica sobre a forma de lidar com a aprendizagem, promovem também um
intercâmbio com teóricos de diferentes países da América Latina, em sua maioria argentinos.
Paralelo a isso a Associação amplia a sua atuação com a criação de subsedes chamadas
capítulos. Para finalizar o artigo, as autoras destacam a existência de várias tendências de
atuação no campo da Psicopedagogia. Assim, as autoras chamam a atenção para a
importância de se criar Associações de Psicopedagogos locais para contribuir para o
desenvolvimento do nível dos recursos humanos, otimizando desempenhos e desenvolvendo
com autonomia e liberdade de opinião, uma coesão de grupo que de outra forma, seria
dificilmente alcançada. (Boletim da ABPp, nº 13, 1987, p. 22).
O artigo é finalizado com quatro questões para reflexão. Por meio delas, as autoras
perguntam sobre as necessidades encontradas pelos psicopedagogos sobre sua atuação e papel
profissional.
Em revista publicada pelo Instituto Sedes Sapientiae, Construção Psicopedagógica,
uma das instituições fundadoras da Psicopedagogia, há também um artigo sobre o surgimento
da Psicopedagogia. Este artigo tem por título: A Construção do Curso de Formação em
Psicopedagogia: Clínica e Institucional, cujas autoras são duas professoras do curso, Vera
35
Maria Rossetti Ferretti e Eloisa Quadros Fagali. Ambas fazem parte da equipe citada no
próprio artigo como sendo o grupo de profissionais responsáveis pela criação do curso. Por
meio deste artigo, encontra-se uma parte da memória do primeiro curso de Psicopedagogia do
Brasil. O artigo é escrito em 1991, portanto, o curso em questão possuía precisamente 12
anos. O relato das autoras divide o processo, de doze anos, em quatro momentos diferentes.
Inicialmente, como introdução do artigo, é apresentado o contexto dos anos de 1970, situando
as necessidades educacionais daquele momento histórico e relacionando-as com as práticas
pedagógicas desenvolvidas pelo Instituto Sedes Sapientiae. Posteriormente, as autoras
apresentam a proposta curricular do curso de Psicopedagogia oferecido pela instituição, com
destaque para a abordagem teórica que o curso possui. Ao mesmo tempo é apresentada a
equipe interdisciplinar, formada por psicopedagogos, psicólogos e psicodramatistas, que foi
responsável pela implantação do primeiro curso de formação em Psicopedagogia. A equipe
era formada por Maria Alice Vassimon, Eliana Maria H.P Carreirão, Consuelo de Assis
Carvalho, Eloisa Quadros Fagali, Sonia Maria Madi Rezende, Vera Maria Rossetti Ferretti e
Maria Teresa Lopes. As ideias das autoras são construídas ressaltando que a consolidação do
curso se deu em meio a uma construção participativa aluno-professor, ampliando e
redefinindo o perfil do curso.
O artigo apresenta um tópico com o subtítulo: A Evolução do Curso. Este tópico é
apresentado em quatro partes: O primeiro momento: Uma visão ampliada de educação – as
autoras afirmam que a característica predominante de reeducação atendia à prática do corpo
docente e da demanda da própria população que buscava o curso. Esta reeducação era
considerada como um processo de reintegração do aluno. Em seguida, as autoras destacam
que foi nesse momento que emergiu a necessidade de se criar a Associação de
Psicopedagogos, enfatizando que a criação da Associação se deu por parte de ex-alunos e
independente do curso. Também neste momento aconteceu em Buenos Aires o Primeiro
Congresso Latino Americano de Psicopedagogia, e as autoras destacam a grande contribuição
deste congresso por meio da integração da abordagem psicanalítica com o construtivismo.
Segundo as autoras:
no entanto a abordagem do curso do Sedes tomou como principal referência as construções fenomenológicas, buscando novos construtos com base na psicologia do consciente e nas necessidades da realidade brasileira. Porém as contribuições e reflexões vindas principalmente da Argentina, muito enriqueceram nossas pesquisas. (Ferretti & Fagali, 1992, p.3)
36
No segundo momento do curso, ocorre a Alteração do nome do curso: Psicopedagogia
Clínica e Institucional. Esse momento, segundo as autoras, ocorre em 1989 e é marcado por
uma preocupação maior sobre a identidade do terapeuta. É destacado que o trabalho
psicopedagógico vai além da reeducação e o psicopedagogo clínico é um professor especial,
que deveria realizar a tarefa da construção do conhecimento sem perder de vista o propósito
terapêutico de sua ação. (Ferretti & Fagali, 1992, p.3)
O terceiro momento: A busca do trabalho grupal e o esboço de contribuições para a
Instituição Escolar e enfatiza a ampliação das abordagens que consideram o homem como
ser social. A formação oferecida pelo curso passou a priorizar o trabalho grupal valorizando a
reflexão e prática da Psicopedagogia Institucional Escolar. O curso possuía um estágio
supervisionado e desenvolvido em pequenos grupos dentro das escolas públicas municipais.
O quarto momento: Diferenciações no papel do Psicopedagogo é o momento da
publicação do artigo, ou seja, 1992. As autoras enfatizam que as pesquisas desenvolvidas
pelos alunos se avolumam e como prova disso temos a criação de um espaço de troca
ocorrido em 1991 com a Primeira jornada de Psicopedagogia do Sedes Sapientiae e também
com a criação da Revista Construção Psicopedagógica. (Ferretti & Fagali, 1992, p. 4)
Como se vê, as autoras se aproximam dos argumentos apresentados no artigo já citado,
indicando os lugares de fundação das práticas da Psicopedagogia e seus saberes específicos e
diferenciados, a retomada da vocação interdisciplinar, a sua sintonia com o movimento
internacional.
O livro de Nádia Ap. Bossa (1994), A Psicopedagogia no Brasil - Contribuições a
Partir da Prática é parte da dissertação de mestrado apresentada, pela mesma autora, no
programa de Psicologia da Educação na PUC-SP3. Tem por objetivo compreender como se
estruturou o corpo teórico da Psicopedagogia. Para isso, a autora reconstrói a memória desta
área de conhecimento no Brasil, na Argentina e as primeiras pesquisas sobre aprendizagem na
Europa. A autora apresenta seu compromisso em contribuir para a construção de um corpo
teórico próprio da Psicopedagogia (Bossa, 1994, p.1). Para isso apresenta a pergunta: “o que é
psicopedagogia?”. Para responder tal pergunta surgem novas: “qual é o objeto de estudo da
psicopedagogia? Quais são suas origens? Como se dá a formação de especialistas? Como se
dá a prática?” (Bossa, 1994, p.1). São perguntas colocadas pela autora com o objetivo de
definir o corpo teórico da Psicopedagogia. Para responder estas perguntas investiga os
trabalhos de alguns autores brasileiros que apresentaram sua contribuição para a formação
3 Nádia AP. Bossa, é pedagoga e psicopedagoga e no momento da publicação do livro era professora do curso de Especialização em Psicopedagogia da PUC-SP.
37
desse corpo teórico definindo o que é Psicopedagogia. Alguns destes estudos foram
encontrados pela autora no interior da Revista Psicopedagogia. No primeiro capítulo do livro
a autora cita quatro artigos escritos por psicopedagogas brasileiras que se encontram
publicados na Revista Psicopedagogia. Foram publicados pela Revista nos anos de 1991 e
1992. São artigos que relatam o papel desempenhado pela Psicopedagogia diante de queixas
de dificuldade de aprendizagem e definem o que é Psicopedagogia. Este livro apresenta-se
como uma leitura básica dos cursos de especialização em Psicopedagogia na atualidade. É
também por meio dele que o psicopedagogo atual tem acesso a sua memória. Seu enfoque é o
relato das pesquisas que contribuíram para as primeiras práticas com o objetivo de
compreender os problemas de aprendizagem apresentados como objeto de estudos para a
Psicopedagogia. Aponta elementos que contribuíram para constituir a identidade do
profissional psicopedagogo. Sua fonte de pesquisa são livros e artigos que retratam
apontamentos de teóricos sobre como desenvolveram uma visão do que consideram
problemas de aprendizagem. No segundo capítulo Nádia Bossa apresenta as origens do
pensamento argentino acerca da Psicopedagogia (Bossa, 1994, p. 27). Aponta a dificuldade
em afirmar onde nasceu a Psicopedagogia levando a autora a afirmar que a preocupação com
os problemas de aprendizagem teve origem na Europa ainda no século XIX (Bossa, 1994,
p.28).
A respeito da forma como eram tratados os problemas de aprendizagem, a autora
aponta a existência de uma preocupação que no início pertencia aos filósofos, médicos e
educadores.
Sobre a forma como eram pensados estes problemas, Bossa (1994) afirma que a
literatura francesa aponta os trabalhos da psicopedagoga francesa Janine Mery e, esta por sua
vez, atribui as origens dessas reflexões e discussões como sendo da Europa por meio dos
trabalhos de George Mauco, fundador do primeiro centro médico-psicopedagógico na França.
Neste centro podemos encontrar as primeiras tentativas de articulação entre Medicina,
Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, com o objetivo de solucionar problemas considerados de
comportamento e de aprendizagem.
Os teóricos citados pela autora não têm a intenção de atribuir o nome de
Psicopedagogia para a atuação de um determinado profissional ou filiar as suas posições a essa
área de estudos que posteriormente veio a se chamar Psicopedagogia. Sendo assim, a autora
utiliza-se de uma memória sobre a forma como são compreendidos e trabalhados os problemas
de aprendizagem para compor um relato, uma memória, para justificar a sua compreensão
acerca do que considera ser o campo de atuação dos profissionais que trabalham com o que
38
está sendo chamado de dificuldade de aprendizagem naquele momento histórico, o século
XIX. Localiza as primeiras experiências nesse sentido na fundação de uma escola destinada às
crianças mentalmente deficientes, em 1837, na França, e a introdução de classes especiais para
educação de crianças com retardo mental, por Edouard Claparède, em 1898. Posteriormente
nos fala sobre o método de aprendizagem criado por Maria Montessori, para atender
inicialmente crianças com retardo mental. Esses seriam, segundo a Autora, os marcos
referentes ao século XIX que fundariam os saberes da Psicopedagogia. Nadia Bossa (1994)
observa que a compreensão daquilo que se considerava dificuldade de aprendizagem era
realizado sempre com a ajuda da área médica. Com estas constatações, a autora questiona em
que momento a dificuldade de aprendizagem é tratada do ponto de vista pedagógico.
No século XX, segundo a autora, aparecem as primeiras consultas médico-pedagógicas
com intuito de encaminhar crianças para as classes especiais. Com este fato considera que nos
EUA e na Europa, no momento em que cresce o número de escolas particulares e de ensino
individualizado para crianças consideradas de aprendizagem lenta, começam a mostrar, ainda
que timidamente, a aceitação de que existem outras formas de aprender. (Bossa, 1994) A partir
da segunda década do século XX, surgem os primeiros centros de reeducação para
delinqüentes infantis e também as escolas para crianças de aprendizagem lenta. Em 1946,
surgem os primeiros centros psicopedagógicos chefiados por J. Boutonier e George Mauco
unindo psicologia, psicanálise e pediatria no intuito de tratar comportamentos socialmente
inadequados para readaptá-los. (Bossa, 1994).
O fracasso no desempenho escolar de alguns alunos também é motivo de preocupação
no Brasil durante a primeira metade do século XX. Nádia Bossa apresenta as preocupações
com este tema no Brasil, na segunda metade do século XX, evidenciados nos cursos de
extensão universitária oferecidos pela PUC-SP e nas oficinas de reeducação promovidas pelo
Instituto Sedes Sapientiae, a partir de 1970. Os profissionais brasileiros, nesse período, diante
das complicações advindas do processo de aprendizagem, sentiam-se despreparados para
resolver tais problemas. Com isso, procuravam subsídios nos cursos voltados para a prática
com excepcionais, que não traziam uma resposta aos seus anseios e encaminhavam as crianças
com tais “dificuldades de aprendizagem” para psicólogos e/ou neurologistas. Portanto, Bossa,
com seu relato, delimita os saberes constitutivos do campo, as referências teóricas e as
heranças advindas de outras áreas do conhecimento, assim como as instituições e os
personagens fundadores do mesmo.
Bossa toma como referência as afirmações de Beatriz Scoz e Mônica Mendes. São dois
artigos publicados pelo Boletim da Associação Brasileira de Psicopedagogia número 13 e 17,
39
respectivamente em 1987 e 1989. Segundo as autoras, ambas ex-presidentes da Associação
Brasileira de Psicopedagogia, o primeiro curso regular de Psicopedagogia nasceu no Instituto
Sedes Sapientae, em 1979, em meio a um contexto onde havia uma:
inquietude para encontrar um caminho que possibilitasse uma visão mais globalizante, que incluísse desde uma concepção mais total do aspecto psicomotor, até uma compreensão mais profunda do desenvolvimento do raciocínio e dos aspectos emocionais envolvidos na aprendizagem. (Scoz, 1989, p. 23)
Percebe-se aí o que para elas constituiria os marcos fronteiriços da área da
Psicopedagogia com a Psicologia ou mesmo a Medicina.
A dissertação de mestrado de Mônica H. Mendes (1998) apresentada junto a
Universidade São Marcos, intitulada Psicopedagogia – uma identidade em construção, se
propõe a relatar o processo de construção da identidade da Psicopedagogia. A autora é
pedagoga, psicopedagoga e ex-presidente da Associação. O trabalho possui um capítulo
chamado: “Contando a História de uma Identidade”, em que a autora reconstrói a história da
Psicopedagogia no Brasil a partir da pergunta: Por que surge a demanda por
psicopedagogia? (Mendes, 1998, p.24). Para responder, Mendes estabelece um recorte
temporal localizado no final da década de 1970 e início da década de 1980. Neste período tal
demanda foi provocada por um índice significativo de repetência escolar e evasão. Para
construir sua argumentação apresenta dois tópicos dentro do capítulo em questão com os
subtítulos: Alguns dados que ilustram lacunas da área de formação e atuação dos psicólogos
escolares, e em seguida Alguns dados que ilustram lacunas da área de formação e atuação
dos pedagogos. Para compor suas idéias faz um relato sobre a história do psicólogo
educacional baseado em artigos de revistas científicas e livros. Cita o artigo de autoria de
Maria Helena de Souza Patto, publicado na Revista Marco Eventos de 1985, a obra Psicologia
e Ideologia de 1984 da mesma autora, e também um artigo de Rosas e Xavier publicado sob o
título: Quantos e quem somos?. Este último foi publicado por um periódico do Conselho
Federal de Psicologia, de 1988. Por fim, cita o livro de Yvone Khouri, Psicologia Escolar de
1984. Estas fontes forneceram-lhe elementos com os quais a são apresentados os trabalhos
realizados por psicólogos para trabalharem com as dificuldades de aprendizagem. Em meio
aos seus comentários, a autora destaca trechos de relatos dos psicólogos sobre o trabalho
desenvolvido:
A partir destes relatos, constatamos que alguns psicólogos escolares trabalhavam prioritariamente (e preventivamente) com os professores e até mesmo com grupos de pais. Os demais atuavam na área clínica. De acordo com pesquisa realizada e
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publicada em 1984, pelo Sindicato dos Psicólogos e Conselho Regional de Psicologia – 6ª região, enquanto na Grande São Paulo encontrava-se uma percentagem de 28,9% de psicólogos trabalhando na área de Psicologia Clínica, somente 4,4% dos psicólogos estavam atuando na área de Psicologia Escolar. Como afirma Bastos: “Os resultados (da pesquisa) mostram o trabalho em escola com um reduzido poder de atrair novos profissionais ao longo de suas carreiras, o que podemos creditar, por um lado, às precárias condições de trabalho (referindo-se a remuneração), ou a ausência de um campo ou trabalho claramente conquistado. Temos que ter em mente, que as atividades desempenhadas nesta área não confirmam um padrão definido de atuação – em muitos casos ela se confunde com o trabalho pedagógico ou se trata de uma atuação clínica no contexto escolar” (Mendes, 1988, p.31)
Na seqüência da dissertação, é apresentado o tópico Alguns dados que ilustram
lacunas da área de formação e atuação dos pedagogos onde se faz um breve relato das
origens do curso de Pedagogia no Brasil. Enfatiza a década de 1970 como um período de
expansão um tanto desordenada de cursos e escolas, além do despreparo teórico do
pedagogo e também do surgimento das chamadas teorias do déficit que sugerem o aluno de
baixo poder aquisitivo como depositário de todos o defeitos, e a função da escola, a de
redimi-los, curando-os de suas deficiências. (Mendes, 1998, p.33)
Para finalizar o tópico, Mendes relata dois depoimentos. Primeiramente o de uma
pedagoga que, trabalhando com a orientação educacional em uma escola particular e diante
de vários tipos de dificuldades de aprendizagem, inclusive deficiência mental, buscou os
cursos de especialização oferecidos pela PUC-SP por volta de 1974. Seu objetivo era
encontrar recursos e conhecimentos que a instrumentalizasse para lidar com estes quadros.
Mais tarde, já em 1980, a pedagoga fez a especialização em Psicopedagogia oferecida pelo
Instituto Sedes Sapientiae. Participou da segunda turma formada pelo Instituto e
posteriormente participou da fundação da Associação Brasileira de Psicopedagogia.
(Mendes, 1998, p.34)
Em seguida, o tópico termina com o relato de uma psicóloga escolar, que atuando
junto ao projeto de Psicologia Escolar da Prefeitura de São Paulo, revela
(...) o coordenador pedagógico não conhecia coisas básicas do desenvolvimento (...) quando a gente falava das funções básicas de alfabetização, eles não sabiam (...) quem tinha isso era o psicólogo, que em geral tinha feito um curso de psicomotricidade (...) Era o psicólogo quem dizia o que serve para tal idade, como que é o desenvolvimento cognitivo, esse exercício é para que período (...)” Quando Carmem percebe o movimento da Psicopedagogia, conclui: (...) aí eu penso, agora a Pedagogia não precisa mais da Psicologia e pode andar, pode ir embora (...) Quando a Associação Brasileira de Psicopedagogia foi criada em 80, era o único lugar que a gente tinha pra pensar essas questões da escola. Era um interlocutor. (Mendes, 1998, p.35)
41
Posteriormente, Mônica Mendes apresenta o tópico Encontrando os Fundamentos
Teóricos. Neste tópico, reafirma Bossa (1994), Scoz (1987 e 1989) ao dizer que a
Psicopedagogia utiliza-se de fundamentos teóricos oriundos de várias áreas do conhecimento,
além da Psicologia e da Pedagogia, na Psicolingüística, na Sociolingüística, na Neurologia,
na Fonoaudiologia, na Psicanálise, etc. (Mendes, 1998, p.36). Destaca com isso que a
bibliografia utilizada pelos psicopedagogos brasileiros conta com a influência da Argentina e
da França.
A partir dessa afirmação, Mônica Mendes destaca a influência da França e da Argentina
na formação dos psicopedagogos brasileiros. Ou seja, a autora recua no tempo e no espaço para
compor a memória da Psicopedagogia no Brasil. Isto se deve ao fato da Psicopedagogia
encontrar-se inserida num contexto histórico que ultrapassa as necessidades da educação
brasileira. Estudar o processo de aprendizagem, utilizá-lo como objeto de estudos, não é algo
exclusivo de brasileiros, argentinos ou franceses. Vemos aqui a Psicopedagogia se ampliando
como área de estudos dentro do campo de Educação.
Sendo assim, a autora Monica Mendes se fundamenta nos estudos de Elcie Salzano
Masini (1993) para afirmar que o primeiro Centro Psicopedagógico foi criado em Paris em
1946. Durante a década de 1940 e 1950, os profissionais franceses utilizaram testes com alunos
considerados portadores de dificuldades de aprendizagem, realizando encaminhamentos para
reeducação ou terapia. Estes profisssionais, que assim concebiam o trabalho psicopedagógico,
criavam equipes formadas por médicos, psicólogos, psicanalistas, pedagogos, reeducadores de
psicomotricidade tendo o médico como o responsável pelo diagnóstico. Na década de 1960,
essa concepção diagnóstica passou a ser questionada. Mendes cita um trabalho de Pedagogia
Institucional ocorrido na França, onde o psicólogo e o pedagogo conviviam com professores e
alunos em todas as atividades escolares. Dessa forma, Mendes retrata os trabalhos ocorridos no
primeiro Centro Psicopedagógico Francês.
Ao retratar o caso argentino, Mônica Mendes nos fala que a atividade psicopedagógica
na Argentina antecede o primeiro curso de 1956 na Universidade de El Salvador. Ou seja,
muito antes da criação do primeiro curso regular já realizavam atividades de cunho
psicopedagógico com crianças consideradas portadoras de dificuldade de aprendizagem.
Temos a partir de 1970 a criação dos Centros de Saúde Mental, em Buenos Aires com equipes
de Psicopedagogia fazendo diagnóstico e tratamento.
Ao tratar do caso brasileiro, Mônica Mendes utiliza-se do seu artigo, em pareceria com
Beatriz Scoz, publicado na Revista Psicopedagogia para justificar os objetivos dos
profissionais que buscavam os cursos de formação. Ressalta que as primeiras contribuições
42
foram dadas por profissionais vindos da Argentina para proferir palestras, seminários e cursos.
Estes primeiros trabalhos possuíam um enfoque que atribuía maior ênfase para as questões
orgânicas como explicação dos problemas de aprendizagem. A autora faz um relato dos cursos
oferecidos pela PUC-SP durante a década de 1970, que tinham por objetivo atender
principalmente aos educadores, que não sabiam lidar com os problemas de aprendizagem.
Estes são cursos de extensão universitária oferecidos pela PUC-SP, sob a coordenação da profª
Geny Golubi de Moraes, muitos deles tratando de problemas de aprendizagem apresentados
por crianças portadoras de deficiência mental. Como exemplo a autora cita: A Criança
Problema Numa Sala Comum, Dificuldades Escolares, Pedagogia Terapêutica e outros. Com
isso, a autora destaca que tais cursos podem ser considerados como precursores dos atuais
cursos de Especialização em Psicopedagogia.
Em seguida relata um pouco da bibliografia utilizada no período, destacando que esta se
concentrava principalmente nas obras de Ana Maria Poppovic com ênfase para aspectos
psiconeurológicos da leitura e da escrita.
Cita a entrevista de Edith Rubinstein4 concedida para a realização do seu trabalho, onde
esta enfatiza que os profissionais de Porto Alegre estabeleceram um grande contato com
profissionais Argentinos, além da Associação de Dislexia do Uruguai e da Sociedade
Internacional de Leitura (International Reading Association) com sede na Argentina.
Em seguida a autora passa a relatar o surgimento dos cursos regulares destacando a
criação do primeiro curso regular em 1979 no Instituto Sedes Sapientiae. Este curso nasceu,
segundo Mendes, apoiado numa proposta própria. Não se apoiou em modelos estrangeiros
privilegiou os instrumentos pedagógicos e a abordagem construtivista, no desenvolvimento dos
conceitos. Segundo a autora os cursos do Instituto Sedes Sapientiae se transformam e passaram
a atender uma demanda institucional. Explica tal situação pelo efeito multiplicador da
população que passa pelo curso como também pela percepção mais clara das próprias
limitações, por parte dos profissionais que atuavam nas escolas. A autora destaca as
contribuições de Emilia Ferreiro durante a década de 1980 como um dos fatores que levaram
os professores a tratar os problemas de aprendizagem anteriormente considerados fora dos
padrões normais, passam a ser entendidos pelas escolas como parte do processo de
desenvolvimento do aluno. (Mendes, 1998, p.41)
Em 1978, o Instituto Sedes Sapientiae criou um curso de especialização, sob a
coordenação da profª Drª Elcie Salzano Mazini, com um enfoque psicopedagógico. Era um
4 Edith Rubinstein é pedagoga e psicopedagoga, foi presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia durante as gestões 1982 – 1984 e 1985 – 1986.
43
curso com duração de um ano com o titulo: Aprendizagem – Uma Visão Global de Pessoa no
Processo de Educação. A partir de 1979, o curso passa por reestruturações mudando de nomes.
Em 1986, passa a chamar-se Psicopedagogia – Reflexão e Prática, em 1991 Especialização em
Psicopedagogia – Reflexão e Prática, sob a coordenação da Prof. Marília Toledo, com uma
fundamentação teórica da fenomenologia existencial priorizando o contexto escolar e seus
aspectos preventivos. (Mendes, 1998, p.41)
Em paralelo a isso, surge o curso de Especialização em Psicopedagogia, na PUC-SP, no
início da década de 1980, sob a coordenação da profª Geny Golubi de Moraes. Segundo os
relatos de Mendes, este curso possuía uma proposta de trabalho clínico, mas a partir de 1996
passou a contemplar o enfoque institucional, ampliando assim sua proposta de formação
oferecendo estágios na área clínica e institucional.
Em 1985, a Universidade São Marcos cria um curso de Especialização em
Psicopedagogia, sob a coordenação da profª Elcie Salzano Mazini. Sua proposta é criar um
espaço que a partir de suas dúvidas, diferentes profissionais que atuam em educação possam
refletir à luz de fundamentações teóricas da Psicopedagogia. (Mendes, 1998, p.42)
Com isso a autora destaca que, em relação aos cursos que surgem, o diferencial entre
eles passa a ser a exigência da prática do estágio. Para isso cita sua experiência como
professora em diferentes cursos de Especialização em Psicopedagogia enfatizando ter
observado que é no espaço do estágio que os profissionais têm a oportunidade de dirimir suas
dúvidas trabalhando com os conceitos apreendidos na formação e também adquirindo maior
segurança em suas intervenções.
Após o relato da criação de diferentes cursos, Mendes destaca o papel da Associação
brasileira de Psicopedagogia como o pioneirismo de um grupo que estava fundamentado num
discurso, daqueles que ao se apropriarem de uma fundamentação teórica, embasavam sua
prática em um referencial (a partir de então) denominado psicopedagógico. (Mendes, 1998,
p.44) Nesse momento a autora chama a atenção para o papel da Associação como um órgão
formador por meio de palestras, encontros e com destaque para a publicação de uma revista
que até hoje tem contribuído para divulgar a Psicopedagogia. (Mendes, 1998, p.46)
Esta é a primeira dissertação destacando o papel da Revista Psicopedagogia como um
veículo de divulgação de um saber pertinente à área da Psicopedagogia5.
5 A autora não utiliza o conceito de campo de Pierre Bourdieu. Seu enfoque é a construção da identidade do psicopedagogo, trata-se de outro referencial teórico. Toma-se aqui o trabalho como objeto iluminado pelas noções de Bourdieu, mas a forma como compõe seu trabalho nos permite constatar as propriedades do campo destacadas por Pierre Bourdieu em seu artigo Algumas propriedades do campo e que tratarei no final do capítulo.
44
Posteriormente, a autora apresenta em seu trabalho um capítulo com uma relação de
obras que constituía a bibliografia básica dos cursos do Instituto Sedes Sapientiae e da PUC-
SP. Para isso, apresenta o título da obra, seu autor, ano de publicação e um pequeno
comentário sobre a obra. Trata-se aproximadamente de quatro páginas da dissertação. Em meio
a este relato, a autora destaca o papel desempenhado, a partir de 1982, pela publicação da
revista BOLETIM. Trata-se, na verdade, da revista Psicopedagogia, tomada aqui pelo título que
possuía em seu nascedouro. Para Mendes esta publicação apresenta-se: definindo-se como um
espaço importante para a divulgação de trabalhos teóricos e práticos da Psicopedagogia,
tanto de autores nacionais como de autores estrangeiros. (Mendes, 1998, p.46)
Ao finalizar esta parte da sua dissertação afirma que
Como podemos ver, a partir de 1985 as publicações passam a apresentar uma abordagem de cunho psicanalista, vendo o indivíduo tanto em seus aspectos cognitivo e emocional (levando em conta, principalmente os aspectos inconscientes) e não através de seus distúrbios orgânicos. (Mendes, 1998, p.47)
O foco do trabalho de Mônica Mendes (1998) é relatar a construção da identidade da
Psicopedagogia. A proposta é compreender o que os profissionais consideram importante para
a formação de um psicopedagogo. Não está preocupada em reconstruir o processo histórico da
Psicopedagogia, nem tampouco da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). A
memória da Psicopedagogia no Brasil, na Argentina e na França é utilizada pela autora como
elementos constitutivos da identidade dos profissionais que se apresentam como
psicopedagogo e, com isso, oferecer elementos para discutir a identidade destes profissionais.
O periódico produzido pela Associação Brasileira de Psicopedagogia é utilizado na sua
pesquisa como fornecedor de artigos que apresentam a memória da Psicopedagogia e não
como uma fonte de pesquisa para a história. Em sua dissertação, Mônica Mendes reforça o
trabalho escrito por Nádia Bossa, pois utiliza também seu livro para escrever sua dissertação,
apresentando-o como uma de suas fontes documentais. (Mendes, 1998, p.88). A dissertação
de Mendes acrescenta novos elementos em relação à memória da Psicopedagogia no
momento em que apresenta a visão da psicopedagoga Elcie Salzano Mazini, trazendo novos
elementos que não foram trabalhados pelos outros autores que pesquisei. Desta forma, pode-
se tomar a dissertação de Mônica Mendes como mais uma fonte para compreender o percurso
dos profissionais de Psicopedagogia e da Associação.
Com os elementos apresentados até aqui, é possível constatar a maneira como se
constituiu a memória da Psicopedagogia no Brasil. Os autores que trazem o tema foram
45
apresentados na ordem cronológica de sua publicação. Pode-se observar que Beatriz Scoz e
Monica Mendes, ao publicarem seu artigo na Revista Psicopedagogia em 1987, oferecem aos
leitores o primeiro trabalho sobre a memória da Psicopedagogia. Logo no seu início as autoras
colocam uma nota afirmando que os dados utilizados para a elaboração do artigo se referem
fundamentalmente ao histórico da Psicopedagogia em São Paulo. . (Boletim da ABPp, nº 13,
1987, p. 14). Ou seja, as autoras nos revelam por meio desta nota que existe uma outra
memória que neste momento não está sendo contemplada. Não são explicitados os critérios
utilizados pelas autoras para fazer este recorte. O artigo publicado foi apresentado no Primeiro
Seminário Estadual de Psicopedagogia promovido pela Universidade Estadual do Rio de
Janeiro em 1987. A partir da publicação do artigo de Beatriz Scoz e Mônica Mendes em 1987,
pode-se afirmar que a Psicopedagogia possui uma memória registrada e veiculada para os
seus membros, constituindo-se dessa forma como uma memória oficializada, identificando o
tempo e o lugar, os saberes e os marcos teóricos das práticas então denominadas como da
Psicopedagogia.
Em 1989, Beatriz Scoz apresenta um novo artigo publicado pela Revista
Psicopedagogia com o título: A importância da Psicopedagogia para a Educação. Neste
artigo a autora retoma a mesma memória que publicou em 1987, sintetizada por meio de um
subtítulo: A Psicopedagogia no Brasil: breve histórico. Neste breve histórico a autora
reafirma os elementos apresentados anteriormente. Pergunta-se: por que a necessidade de
reafirmação dessa memória? Seria para colocar em sintonia os novos membros da área?
Haveria outra memória em disputa?
Posteriormente encontram-se publicados o artigo de Eloisa Fagali e Vera Rossetti
Ferretti na já citada Revista Construção Psicopedagógica do Instituto Sedes Sapientiae. Esta é
uma revista com periodicidade mais espaçada, sua publicação é bienal. Sua abrangência é
menor quando comparada à da Revista Psicopedagogia que, por ser publicada pela
Associação Brasileira de Psicopedagogia, possui abrangência nacional, enquanto a Revista
Construção Psicopedagógica é divulgada para os alunos do curso do Instituto Sedes
Sapientiae. Ou seja, pode-se afirmar que a memória divulgada pelo Boletim da Associação
possui uma entrada diferente no campo da Educação, levando-a a ocupar uma posição de
destaque dentro dele. Ainda, o artigo publicado pela Revista Construção Psicopedagógica
46
retrata a memória do curso de Psicopedagogia do Instituto Sedes Sapientiae, estabelecendo
um recorte, excluindo partes da memória da Psicopedagogia no Brasil6.
Posteriormente foi encontrado o trabalho de Nádia Bossa publicado no formato de
livro, com uma abrangência muito maior do que a da Revista Psicopedagogia. Na atualidade o
livro é considerado bibliografia básica nos cursos de formação, como também em concursos
públicos para psicopedagogos aos quais tive acesso à bibliografia apresentada para o
candidato. Neste trabalho a autora cita os três artigos apresentados anteriormente e acrescenta
autores que não figuravam nos artigos. Bossa (1994) retoma como marco inicial do processo
histórico da Psicopedagogia elementos das histórias da Argentina e da França. Recua ao
século XIX na França para mostrar que a preocupação com as dificuldades de aprendizagem
já existia. A autora apresenta a memória da Argentina e a influência que esta recebeu por
meio das idéias da França. Ao mostrar a memória da Psicopedagogia no Brasil, a autora deixa
claro que utilizou os artigos publicados pela Revista Psicopedagogia como também o artigo
publicado pela Revista Construção Psicopedagógica. Dessa forma, Bossa nos mostra o lugar
ocupado por estas memórias dentro da área da Psicopedagogia. Por outro lado, ao acrescentar
os elementos constitutivos das memórias da Argentina e da França, Bossa acaba por alçar as
memórias argentina e francesa à condição de memória brasileira. Dessa forma a autora amplia
o conjunto de elementos que formam a memória brasileira.
A dissertação de Mônica Mendes é escrita após a publicação do material citado
anteriormente. Neste trabalho, apresenta todo este material e acrescenta autores como Elcie
Salzano Masini que retrata a existência de um curso com enfoque psicopedagógico no
Instituto Sedes Sapientiae durante mais de uma década. Confrontando as datas é possível
constatar que este curso era oferecido pelo Instituto paralelamente ao curso Especialização em
Psicopedagogia que carrega o título de primeiro curso do país.
A constituição da área da Psicopedagogia no Brasil ocorre dentro das premissas
apontadas por Pierre Bourdieu. Em seu texto, Algumas propriedades do campo, Pierre
Bourdieu nos fala que a estruturação de um campo científico se define entre outras coisas
6 Com isso temos dois artigos sobre a memória da Psicopedagogia, temos duas memórias publicadas: a primeira de Beatriz Scoz e Mônica Mendes, pela Revista Psicopedagogia, com abrangência nacional, e a segunda por Ferretti e Fagali, pela Revista Construção Psicopedagógica, partindo do curso de Especialização do Instituto Sedes Sapientiae. A Revista Construção Psicopedagógica possui uma abrangência menor, inicialmente seu público são os alunos do próprio Instituto Sedes Sapientiae e seu foco de análise recai sobre o Instituto como protagonista desta memória. Neste momento, a memória da Psicopedagogia torna-se um objeto de disputa entre os membros da área. Esta constatação remete-nos a Pierre Bourdieu quando afirma para que um campo funcione, é preciso que haja objetos de disputa e pessoas prontas para disputar o jogo. (Bourdieu,1983, p.89) . A disputa estabelecida dentro da área estabelece o efeito de campo apontado por Pierre Bourdieu, mostrando o funcionamento do campo da Educação.
47
através da definição dos objetos de disputas e dos interesses específicos... (Bourdieu, 1983).
Os trabalhos de Bossa (1994) e Mendes (1998) sinalizam um conflito saudável no que diz
respeito à memória da Psicopedagogia no Brasil. Bossa escreve sobre os fundamentos teóricos
da Psicopedagogia e Mendes sobre a identidade do psicopedagogo. O recorte estabelecido por
cada autora aponta para movimentos dentro da área e o comportamento de seus atores em seu
interior. A questão colocada é o tratamento que deve receber o fracasso escolar. A
Psicopedagogia surge como uma área disposta a contribuir com a discussão sobre fracasso
escolar. Bourdieu fala em definição de objetos de disputas, estariam as duas autoras diante da
disputa de uma memória tentando estabelecer dentro da área uma memória predominante? A
nota colocada por Beatriz Scoz comunica o leitor sobre a existência de uma outra memória
quando afirma A coleta e a análise de dados se referem fundamentalmente ao histórico da
Psicopedagogia de São Paulo. A pergunta é: como a memória de São Paulo se sobrepõe a
outras memórias? Quem são os atores e como participam destas memórias?
Tais perguntas poderão ser respondidas pela análise dos dados coletados da Revista
Psicopedagogia. A forma como a Associação divulga os saberes da Psicopedagogia por meio
do periódico pode ser reveladora deste tipo de disputa dentro da área. Ao mesmo tempo a
Revista é reveladora de uma disputa dentro do campo da Educação, quando publica em seu
editorial informações sobre a luta pela profissionalização da Psicopedagogia.
1.2 - O fracasso escolar em discussão:
1.2.1 - Saberes da Sociologia da Educação
Como se pode perceber pela análise dos artigos citados, a memória do nascimento da
área restringe-se às condições teóricas e institucionais do tratamento do fracasso escolar. A
representação do fracasso escolar nessa memória é da sua naturalização como problema
pedagógico ou psicológico, sem dimensões sociais. As autoras não procuram se debruçar
sobre o contexto da escola e da sociedade brasileira como produtora do fracasso. Restringem-
se a instaurar o movimento institucional e dos heróis fundadores. Porém, a análise dessa
posição, inserida dentro do campo educacional, pode ser contrastada a outras formas
analíticas ou de representação do que foi ou é o fracasso escolar.
A coleção História Geral da Civilização Brasileira, editada pela Difel em São Paulo,
dividida em quatro volumes e dirigida pelo historiador Boris Fausto, tem como título para o
tomo III O Brasil Republicano. O quarto volume da coleção trata do tema Economia e
48
Cultura, e o analisa dentro do período de 1930 a 1964. Publicado neste Tomo encontramos o
artigo do professor Celso de Rui Beisiegel com o título Educação e sociedade no Brasil após
1930. O autor é professor e chefe de departamento na Faculdade de Educação da
Universidade de São Paulo. Neste artigo publicado em 1984, Beisiegel discute a forma como
se construíram no Brasil as relações entre a escola e o acesso da população às oportunidades
de escolarização. O autor afirma que durante a segunda metade do século XX, a educação
escolar passou por muitas mudanças. Beisiegel analisa as mudanças sofridas pela educação
brasileira, e destaca como resulta- do a extensão das oportunidades de acesso à escola,
também denominado pelo autor processo de democratização do ensino.
Para Beisiegel (1984), durante a década de 1960, o antigo sistema de ensino foi
substituído por outro considerado acessível à maioria da população. No bojo dessas mudanças
percebem-se dois movimentos: o primeiro é o aumento relativo das matrículas nos vários
níveis de educação, e o segundo é a substituição dos diferentes modelos de ensino de nível
médio por um modelo único de escola. Pode-se afirmar também que são tomadas várias
iniciativas com o objetivo de levar a educação comum para todos, ou seja, levar a educação
aos adultos não atingidos pela escola primária.
Por meio das estatísticas constata-se a diminuição das taxas de analfabetismo. Esta
diminuição pode ser atribuída às campanhas de educação de adultos empreendidas pelo antigo
Ministério da Educação e Saúde, além dos esforços dos estados para realizar a educação
supletiva de adolescentes e adultos analfabetos. Encontramos também outras campanhas
levadas a efeito nas décadas de 1950 e 1960, além do Mobral em 1970. Os critérios utilizados
para aferição do analfabetismo podem ser discutíveis questionando o verdadeiro significado
desses índices de alfabetização. Por outro lado, constatamos por meio do aspecto quantitativo,
uma grande abertura de oportunidades de acesso à educação escolar. Setores da sociedade
antes completamente excluídos do sistema escolar passaram a ter oportunidades por meio do
ensino supletivo. Estes argumentos permitem ao autor afirmar que houve um crescimento no
número de matrículas em relação à população em geral, observando ainda que a quantidade de
pessoas candidatas ao ensino superior aumentou em muito o seu número, isso se deve à
contribuição dada pela expansão do ensino de nível médio como também do ensino supletivo.
Por um lado, a ampliação do novo modelo de escola pode ser considerada como um
novo empreendimento voltado para a realização do lucro. Por outro, colaborou permitindo aos
excluídos que pudessem ter como objetivo viável a freqüência ao ensino superior e a obtenção
de um diploma. Esta constatação revela a existência de dois pólos no ensino superior
brasileiro. Num dos pólos encontra-se o modelo de escola que vem sendo constituído dentro
49
do modelo implementado por D. João VI, ainda no início do século XIX. Trata-se de um
modelo de escola seletiva, elitista e com grande competição pelas vagas disponíveis. No outro
pólo, encontram-se escolas com o objetivo de absorver a clientela possível de ser atingida,
exigindo delas seu certificado de conclusão do nível médio e o rigoroso pagamento das
mensalidades. Dessa forma, pode-se afirmar que todos têm a possibilidade de ingressar no
ensino superior. Isto permite para as análises educacionais um ponto de referência que é a
tendência de democratização das oportunidades. Os governos municipais e estaduais,
juntamente com a iniciativa privada, promoveram o desenvolvimento de um sistema escolar
institucionalmente habilitado a proporcionar os serviços de educação às diversas modalidades
de procura por parte da população, confirmando assim esta tendência à democratização.
Se recuarmos no tempo, encontraremos durante o final da primeira república dois
sistemas de educação. Um, estava organizado para o atendimento das classes privilegiadas,
enquanto outro, organizado para atender a educação do povo em geral. Esta forma de
caracterização nos permite apontar a existência de uma dualidade de sistemas.
Beisiegel (1984) afirma que ao se examinar as alterações da legislação do ensino de
nível médio, encontra-se um caminho para a compreensão das orientações mais gerais da
evolução do sistema escolar. No que se refere à Reforma Francisco Campos, pode-se
encontrar algumas inovações. Dentro desta Reforma são encontrados documentos dispondo
sobre o ensino secundário que organizava o ensino comercial, e outro consolidando as
disposições sobre a organização do ensino secundário. Estes documentos deixavam entrever o
impulso centralizador da Revolução de 1930, além de organizar os ramos secundários e
comercial do ensino de nível médio para todo o território nacional. Ao mesmo tempo, o
antigo ensino secundário era substituído por um sistema organizado em séries e currículos
definidos, subdivididos em dois ciclos, o fundamental, de cinco anos, e o complementar, com
dois anos letivos. (Beisiegel, 1984, p.391)
Após esta Reforma, há a constituição de 1934 com uma orientação centralizadora para
com as questões relativas ao ensino. Em seguida, a constituição de 1937 atribuía para a União
a incumbência de fixar as bases e determinar os quadros da educação nacional traçando as
diretrizes para o ensino brasileiro.
O sistema educacional brasileiro ficou organizado com duas barreiras: no plano
vertical havia o exame de admissão na passagem para o primeiro ciclo do nível médio,
constituindo-se como um obstáculo para o acesso ao ensino secundário: no plano horizontal
havia uma separação entre os diferentes ramos do ensino de nível médio. Mantinha-se, então,
o já citado anteriormente sistema dualista do ensino brasileiro. Esses dois sistemas eram
50
encontrados no início da escola primária. Enquanto um era voltado para a população mais
pobre, encaminhando-a para as escolas de nível médio que eram escassas, o outro, voltado
para atender as elites, encaminhava sua clientela para as escolas superiores e/ou posições
privilegiadas na sociedade.
Em paralelo às mudanças empreendidas pela Reforma do Ensino repetia-se um
fenômeno comum na história das leis no Brasil: uma legislação com objetivos acima das
possibilidades reais de realização do Estado brasileiro, fixando uma situação fictícia para a
lei. (Beisiegel, 1984. p.398)
Este processo, que ora é chamado de democratização das oportunidades, possui suas
limitações, inicialmente colocadas na forma quantitativa. O desenvolvimento do avanço da
escolaridade não foi homogêneo. Enquanto as regiões mais ricas, como sul e sudeste,
possuíam um número maior de escolas para a população, em estados do norte e nordeste não
havia uma rede de escolas em condição de absorver toda a população. Essas diferenças não
estavam presentes apenas para as regiões geográficas, como também entre as zonas urbana e
rural. Havia uma grande desigualdade também nos índices levantados na comparação entre a
população urbana e rural. Não obstante o grande número de crianças que não chegavam a
ingressar na escolaridade básica nos deparamos também com a evasão escolar, um desafio
para os governos, mostrando-se como o principal indicador da deficiência do ensino. Como
indicadores expressivos acerca do fracasso escolar, há que se apontar também: a grande
retenção e evasão de alunos, o alto índice de crianças que permaneciam retidas na primeira
série além do descumprimento da obrigatoriedade escolar para as crianças de 7 a 14 anos de
idade.
As explicações atribuídas ao fracasso escolar apontavam a responsabilidade para o
mau rendimento dos alunos, como uma característica de organização e funcionamento de
ensino no país. Entre outros fatores, é apontada a relação entre a oferta de prédios escolares e
o crescimento regional, os altos índices de reprovação nas séries iniciais, o despreparo do
corpo docente, a falta de recursos didáticos e a resistência à modernização. Além desses
fatores, há também um desencontro entre a escola com suas propostas pedagógicas e as
características sócio-culturais de significativas parcelas da população. Esse desencontro se
exprime também nos conteúdos de um ensino desvinculado dos estilos de vida das populações
ainda não urbanizadas, ou mesmo na ordenação de trabalhos letivos. Com isso, se configura
um quadro composto por escolas desprovidas de recursos de um lado e com boas escolas de
outro, sinalizando um rendimento escolar muito diferenciado.
51
Para compreender o fracasso escolar é necessário pensar também na diversidade da
clientela. A educação escolarizada é vista como um privilégio econômico e social. Somente
uma minoria tem condições de arcar com o custo de uma educação escolarizada. A
compreensão e valorização da instrução dependem dos conhecimentos de círculos sociais
dominantes. Para Beisiegel (1984), a desigualdade econômica, social e cultural colabora para
gerar uma indiferença entre os menos privilegiados diante das possibilidades educacionais e
de buscar o ensino como forma de mudança da situação em que vivem. A dinâmica
estabelecida por esses fatores acaba valorizando as classes mais privilegiadas.
Além desses fatores, Beisiegel (1984) aponta a existência de outros fatores
colaborando para o fracasso escolar, que são os fatores considerados pelo autor como causas
extra-escolares. Como causas extra-escolares mais recorrentes, são apresentadas para explicar
o fracasso escolar, a subnutrição e a denominada carência cultural. Beisiegel adverte que o
conceito de privação verbal utilizado como justificativa para a teoria da carência cultural não
possui correspondência na realidade. Amparado nos estudos de Luiz Pereira, afirma que
existe um choque cultural sobre segmentos que apresentam um rendimento aquém do
esperado pelo sistema educacional.
O conteúdo da escola primária é extraído dos modos de vida e da cultura das camadas
sociais médias e superiores urbanas, entrando em choque com os estilos de vida das
populações das camadas sociais baixas. Amplos segmentos da população subalterna vivem
segundo valores e princípios pertencentes a uma cultura onde estão ausentes os conteúdos e a
organização do processo educativo concernentes a sua realidade. Estes contextos culturais
estão excluídos da escola. Portanto, essas populações são de fato carentes quando se analisa a
situação de um ponto de vista da cultura dominante. Esta carência atua dificultando a
assimilação dos conteúdos propostos pela cultura dominante e se exprime sob a forma de
deficiências de rendimento na escola. (Beisiegel, 1984. p.406)
Além desses dois fatores apresentados anteriormente, Beisiegel aponta ainda a
existência do abandono precoce da escola para trabalhar, e com isso o autor finaliza sua
discussão sobre os fatores extraescolares.
Beisiegel utiliza argumentos que relativizam as mudanças provocadas pela
democratização das oportunidades. A extensão do ensino, além de aparecer como elemento
constitutivo das representações sobre a democratização das oportunidades, também faz parte
do processo de fortalecimento do principal instrumento de inculcação dessas mesmas
representações mistificadoras do real.
52
A ampliação das oportunidades levaria à ampliação da ação ideológica desenvolvida
pelo sistema escolar. A ação pedagógica não se esgota no processo de inculcação ideológica,
uma vez que a escolarização traz aprendizados de técnicas básicas de comunicação e de
ajustamento às condições da vida moderna.
A inculcação ideológica está nas atividades voltadas para a transmissão dos
conhecimentos. A formação das habilidades está presente nos conteúdos dos conhecimentos e
das próprias habilidades. Ao transmitir técnicas de comunicação e outros conhecimentos, a
escola também transmite e desenvolve simultaneamente conhecimentos, atitudes, sentimentos
e valores em que se exprimem, e mediante os quais se consolidam representações da
existência social.
A experiência das oportunidades nos setores mais decisivos do ensino, na antiga
escola secundária e no ensino superior, se deu em função das reivindicações educacionais das
populações urbanas.
A experiência do ensino comum e o crescimento dos degraus superiores da
escolaridade provocaram mudanças na composição da clientela e do corpo docente das
instituições escolares.
Ocorreu a incorporação de diversos setores da sociedade por parte da escola que
caracterizou-se como local de encontro de todos os setores da população e como campo de
repercussão de todas as tensões que conturbam a vida na sociedade.
O professor vem sendo transformado num tipo social mais complexo, submetido ao
empobrecimento relativo, obrigado a lutar por suas reivindicações, exposto a diferentes
alternativas teóricas e políticas de encaminhamento de suas reivindicações.
Os alunos provenientes de todos os estratos da população são portadores das
representações da existência social e das experiências concretas dos sistemas de vida dos
diferentes segmentos da sociedade.
Essa diversidade permite uma reelaboração importante de todas estas experiências. A
história recente mostra que o ensino no Brasil não corresponde à idéia de processo eficaz de
transmissão e consolidação de representação, de conhecimentos, sentimentos e atitudes
comprometidas com a tranqüila aceitação da ordem dominante. A situação atual não se
apresenta mais como a identificação entre o processo da escolaridade e a inculcação
ideológica a serviço de uma determinada ordenação da vida coletiva.
A escola tem sua contribuição juntamente com outras instituições na formação de
atitudes, sentimentos e conhecimentos, apresentando grande participação no processo de
53
inculcação ideológica. Sua atuação complexa e contraditória não deve justificar a oposição de
muitos em relação à democratização das oportunidades.
Conscientes da impossibilidade de eliminar, dentro da escola, os efeitos negativos de
situações geradas fora da escola, o autor cita como exemplo, as iniciativas de Lourenço Filho
por meio da Campanha de Educação de Adultos.
Na mesma linha de atuação, existem vários programas de educação popular
empreendidos nos primeiros anos da década de 1960, o MEB (Movimento de Educação de
Base), MCPs (Movimentos de Cultura Popular), CPCs (Centros Populares de Cultura) e o
Programa Nacional de Alfabetização. Todos tinham como intenção estender a atuação do
processo educativo às origens sociais das desigualdades que buscavam combater.
No início da década de 1960, o movimento estudantil viu a prática da educação de
adultos como possível recurso de dinamização do próprio movimento estudantil. Foi adotado
o método Paulo Freire, uma vez que este respondia às expectativas dos grupos dirigentes,
tanto no governo da União, quanto no movimento estudantil e na área de educação. Para
Beisiegel, investir no método proposto por Paulo Freire foi muito mais objetivando as
possibilidades que este sinalizava como meio de mobilização da população do que por
motivos educacionais propriamente ditos. A prática educativa desenvolvida por meio do
método foi reconhecida e prestigiada, e posteriormente foi recusada devido às suas
implicações políticas.
Na análise de Beisiegel fica clara a politização do problema do fracasso escolar em
contraste com aquele estabelecido pela memória da Psicopedagogia. Se nesta área o
tratamento do fracasso dependeria do desenvolvimento das novas práticas interdisciplinares,
para os sociólogos, a análise do fracasso deveria ser conduzida pela problematização das
relações sócio-culturais do Brasil e da escola que foi constituída historicamente.
1.2.2 - Saberes da Psicologia Escolar
O livro de Maria Helena de Souza Patto, A produção do Fracasso Escolar – Histórias
de Submissão e Rebeldia faz parte de suas reflexões realizadas por meio de uma pesquisa de
Livre Docência. A autora é professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São
Paulo e tem suas atividades docentes e em pesquisa, concentradas na área de Psicologia
Escolar. Este livro teve sua primeira edição lançada em 1990. Na sua introdução, a autora
explica que o objetivo da pesquisa foi contribuir para compreensão do fracasso escolar
enquanto processo psico-social complexo, o que a levou a permanecer numa escola pública
54
de primeiro grau e num bairro de periferia da cidade de São Paulo, onde foram realizadas
observações em vários contextos e entrevistas formais e informais com todos os envolvidos no
processo educativo que nela se desenrola, incluindo os alunos e suas famílias. Constatando
que as crianças não fazem parte das pesquisas sobre fracasso escolar, a autora conviveu com
um grupo de quatro crianças multirrepetentes. Esta convivência teve por objetivo encontrar
respostas para suas perguntas: Quem são estas crianças? Como vivem na escola e fora
dela?Como vivem a escola e como participam do processo que resulta na impossibilidade de
escolarizarem-se? Para trabalhar com os dados colhidos por meio da observação, a autora
afirma que buscou subsídios no complexo conceito sociológico de vida cotidiana. O elemento
teórico que permeou sua análise tem como pressuposto a determinação histórico-social da
ação humana. O trabalho apresenta-se composto de uma primeira parte em que a autora
apresenta uma profunda revisão de trabalhos que tratam sobre o tema do fracasso escolar e
uma segunda parte em que apresenta o relato da pesquisa e seus resultados. (Patto, 1990, p.22)
A autora parte do princípio de que é necessário pensar nas idéias sobre o fracasso
escolar no Brasil, e para isso faz uma análise histórica sobre a forma como foram produzidas
estas idéias, buscando elementos que mostrassem a forma como se consolidou a visão de
mundo predominante na sociedade brasileira. Aponta que essa visão de mundo possui um
modo dominante de pensar que se instituiu em países do leste europeu e da América do Norte
durante o século XIX. Seu objetivo foi recolher informações que permitissem entender a
filiação histórica das idéias que tratam da pobreza e da dificuldade escolar tratada pelo senso
comum como sua conseqüência natural. Para compor sua reflexão, a autora parte da análise
das revoluções ocorridas na França e Inglaterra durante o século XVIII. Destaca como ponto
importante para sua análise a contribuição destas revoluções de forma determinante para o
surgimento de relações de produção, que são vistas como justificativa de uma nova maneira
de organizar a vida social. Para discutir este processo histórico, a autora fundamenta-se nos
trabalhos do historiador inglês E. J. Hobsbawn por meio de sua análise sobre as revoluções do
século XVIII. Souza Patto afirma que a partir destas revoluções podemos falar sobre uma
visão de mundo que vai se tornando predominante. Esta visão de mundo apresenta uma
crença no progresso do conhecimento humano, na racionalidade, na riqueza e no controle
sobre a natureza. Podemos encontrar também nesta visão os princípios iluministas
canalizando para a racionalidade econômica e científica. Com isso se constitui uma ideologia
que encontra receptividade entre os mais beneficiados pela nova ordem econômica e social: os
que se dedicam às atividades que giram em torno do comércio – o pensamento burguês.
Segundo a autora, esta ideologia se irradiou pelo mundo criando um modelo de cidadão ideal.
55
Esta idealização, por sua vez, contribuiu para a crença de que o progresso científico, técnico e
administrativo viria como fruto de um mundo racional pautado pela liberdade individual. O
liberalismo clássico configurou-se como a ideologia política da burguesia.
Para Souza Patto, a crença no talento individual colabora para entendermos os
caminhos da psicologia nascente e as explicações sobre o fracasso escolar. O nacionalismo
permite entender o surgimento dos sistemas nacionais de ensino. Para a burguesia, defender
os interesses do povo significava a defesa de um regime constitucional e dessa forma estaria
constituindo uma nação.
A crença em uma vida social igualitária e justa unia forças e destacava a necessidade
de instituir mecanismos sociais que garantissem a transformação do trabalhador em cidadão.
Essa situação trazia à tona a necessidade da constituição de direitos e deveres do aparelho
judiciário, de uma imprensa livre com a permissão de denúncias e críticas, da participação
popular nas decisões por meio do voto, tudo isso com a missão de ilustrar o povo e a
instrução pública universal.
Souza Patto afirma que os sistemas de ensino não são uma realidade nos primeiros
setenta anos do século XIX. Os significados atribuídos à escola são diferentes, de acordo com
o lugar que cada classe ocupa nas relações sociais de produção. Os países mais desenvolvidos
adotaram a escola como instituição estratégica na imposição do pensamento nacional, pois
consideravam a constituição das nações como algo a ser construído. No século XX nos
deparamos com o pensamento de que a escola obrigatória e gratuita não possui poderes
suficientes para transformar a humanidade, tirando-a do lugar da ignorância e de oprimida.
Segundo Souza Patto este é um processo que ocorre após a Primeira Guerra Mundial. O
modelo de escola difundido após esta data é apresentado por meio de uma pedagogia calcada
nos conhecimentos acumulados pela psicologia nascente, que valoriza a natureza do
desenvolvimento infantil, valorizando assim a participação ativa da criança no processo de
aprendizagem.
Os pedagogos liberais, no início do século XX, estavam carregados de um humanismo ingênuo, mas bem intencionado que os levava a acreditar na possibilidade de a escola realizar uma sociedade de classes igualitária, ou seja, uma sociedade na qual os lugares sociais seriam ocupados com base no mérito pessoal. À psicologia científica coube buscar a explicação e a mensuração das diferenças individuais. É neste sentido que a análise desta ciência, enquanto expressão cultural da nova ordem social que emerge do mundo feudal, torna-se fundamental à compreensão da natureza da pesquisa e dos discursos educacionais sobre a reprovação escolar que vigoram nos países capitalistas desde o final do século passado. No entanto, seu surgimento se dá no mesmo lugar e na mesma época em que foram formuladas as primeiras teorias racistas respaldadas no cientificismo do
56
século XIX, fato que não pode ser ignorado quando nos propomos a desvendar a natureza de seu discurso. (Patto, 1990, p.48)
Segundo Souza Patto, a psicologia científica durante o século XIX, trabalhando com a
ciência experimental e influenciada pela teoria da evolução natural, além da crença no
cientificismo que marca a época, desempenhou como papel social a capacidade de apontar os
mais talentosos e os menos aptos para colaborarem com uma vida social fundamentada na
igualdade social. Para a autora, a psicologia ocupou uma posição de destaque entre as ciências
que participaram da defesa do que ela chama de ilusionismo que escondeu as desigualdades
sociais. (Patto, 1990, p.58)
Em seguida a autora discute as contribuições da psicologia diferencial. Esta forma de
pesquisa trabalha com a investigação quantitativa e tem por objeto as diferenças existentes
entre indivíduos e grupos, e colabora para medir a capacidade intelectual e comprovar a sua
determinação hereditária. Para apresentar essa forma de trabalho a autora destaca o nome de Sir
Francis Galton (1822-1911) que possuía como objetivo principal, segundo a autora, medir a
capacidade intelectual e comprovar a sua determinação hereditária. A autora aponta que os
objetivos deste pesquisador vão mais longe, com planos de interferir nos destinos da
humanidade através da eugenia. (Patto, 1990, p.58)
Com o título: Teoria da carência cultural: o preconceito disfarçado?, a autora se refere
às pesquisas que mostram a existência de uma correlação positiva entre classe social e nível de
escolaridade. Considerando tais pesquisas, questiona as teses defendidas pelos liberais
iluministas que, segundo a autora, não passam de palavras.
Ao desenvolver sua argumentação sobre as influências da Teoria da Carência Cultural
nas pesquisas sobre educação, afirma que os grupos sociais mais explorados não aceitam a
condição socialmente imposta de explorados e subjugados, adotando estratégias e formas de
luta para denunciarem a desigualdade em que vivem. O momento histórico em que vivenciam
tais fatos é marcado por movimentos reivindicatórios, como os movimentos ocorridos na
sociedade norte americana em luta pelos direitos sociais durante a década de 1960.
Frente às discussões teóricas acerca do fracasso escolar a autora defende a idéia de que
a resposta política vem através da academia por meio da teoria da carência cultural. Esta
compreensão, por meio da teoria da carência cultural, é uma forma de explicar a perpetuação de
uma parcela da população no fracasso escolar. O argumento baseado nas visões ambientalistas
para explicar o desenvolvimento humano é a forma encontrada por alguns pesquisadores para
não incorrerem no risco ou no erro de argumentos racistas que são, durante a década de 1960 e
1970, rechaçados pela sociedade. Aponta que não pode usar argumentos racistas. Esta
57
argumentação tem uma visão biologizada de vida social valendo-se de uma definição
etnocêntrica de cultura. Estas teorias ambientalistas, com nova fachada científica, passam a
orientar a política educacional. Sobre este tema, a autora apresenta como exemplo o trabalho de
Esther Milner, de 1951 em que são apresentadas afirmações chaves servindo de base a
inúmeros programas de intervenção desenvolvidos nos anos sessenta. Estes trabalhos têm por
objetivo estudar as relações de prontidão de leitura com padrões de interação entre pais e filhos.
Souza Patto questiona a visão etnocêntrica que permeia as conclusões da autora na pesquisa, ao
mesmo tempo em que aponta uma dificuldade dos pesquisadores em perceber que a
precariedade dos instrumentos de avaliação e do contexto das observações pode ser a
responsável pelos resultados negativos encontrados (Patto, 1990, p.73).
A construção da visão dos educadores está inserida num contexto ideológico em que as
relações de poder não estão apenas na sociedade, mas também estão entranhadas no próprio
corpo da ciência. Com isso, as pesquisas contribuem para confirmar aos educadores sua visão
preconceituosa das crianças pobres e de suas famílias, impedindo-os de ampliarem sua visão
com olhos mais críticos. Podemos afirmar, segundo a autora, que mesmo os mais críticos não
estão imunes a esta visão, apontando explicações para a reprovação e evasão escolar que
defendem as teses da teoria da carência cultural. Diante desse quadro, Patto afirma que é
construído um discurso incoerente reafirmando as deficiências da clientela como a principal
causa do fracasso escolar. Ou seja, o tema das diferenças individuais numa sociedade de
classes movimenta-se num terreno minado de preconceitos e estereótipos sociais.
A autora prossegue com sua argumentação e analisa o periódico Revista Brasileira de
Estudos Pedagógicos. Por meio desta análise procurou compreender a forma como a teoria da
carência cultural aparece nos discursos oficiais. Encontra o tema como assunto central de dois
números da RBEP na década de 1970. Com esta constatação Souza Patto aponta que a Teoria
da Carência Cultural, enquanto explicação engendrada pela psicologia educacional norte-
americana, não freqüentou assiduamente a RBEP. Mas esta explicação foi evidenciada na
produção acadêmica de docentes e de alunos de pós-graduação de cursos de psicologia, e na
produção científica do departamento de pesquisas educacionais da Fundação Carlos Chagas.
Souza Patto cita a pesquisa realizada por A. J. Gouveia, de 1970 a 1976, em que analisando o
objeto de relatos de pesquisas presentes na revista Ciência e Cultura da SBPC, no rol de
pesquisas financiadas pelo INEP, e o Caderno de Pesquisa da FCC, destaca as categorias
características dos alunos e ou do ambiente de que provem e idem, focalizadas em função do
desempenho escolar (ambas variáveis independentes), que ocupam lugares de destaque dentro
do programa de pesquisas coordenado por Ana Maria Poppovic, no Departamento de Pesquisas
58
Educacionais da Fundação Carlos Chagas. Segundo Souza Patto, Ana Maria Poppovic foi
adepta da literatura norte americana da teoria da carência cultural. Este referencial teórico
está presente, segundo Segundo Patto, na produção cientifica de Poppovic nos anos
subseqüentes a 1970, investigando a evolução e o nível ótimo de desenvolvimento das
habilidades necessárias a aprendizagem da leitura e da escrita. Segundo Souza Patto, os
pressupostos que nortearam estas pesquisas foram revistos mais tarde, inclusive por integrantes
do próprio grupo.
Conduzindo a pesquisa educacional com estes pressupostos, Souza Patto afirma ser este
um discurso que transforma o aluno em causa do fracasso.
Como é possível perceber, os discursos sobre o fracasso escolar aparecem com força no
final da década de 1970, como problema a ser tratado pelos campos da Educação e da
Psicologia. Nesses campos é possível perceber o embate entre diferentes perspectivas que
tomam esse objeto e disputam pela legitimidade de tratamento do mesmo. A memória
constituída pelos discursos da Psicologia pode ser entendida como uma estratégia de
legitimação da posição de seus defensores, instituidores de saberes e práticas.
1.2.3 - Saberes da Psicopedagogia
A dissertação de mestrado de Beatriz Scoz tem por título Problemas de Aprendizagem
na escola pública – um desafio para a psicopedagogia no Brasil, e foi apresentada ao
programa de Psicologia da Educação em 1992 da PUC-SP. A autora é pedagoga e
psicopedagoga, professora pesquisadora da Universidade Unifieo.
Neste trabalho a autora realiza uma investigação sobre o que é considerado problema
de aprendizagem. Ou seja, a autora adentra a pesquisa cientifica trazendo a discussão sobre o
fracasso escolar colocada entre os psicopedagogos. Suas primeiras constatações sobre o
problema apontam para a dificuldade de definição, e então recorre a uma retrospectiva sobre a
forma como se desenvolveu o conceito de problema de aprendizagem. Segundo a autora o
enfoque orgânico predominou entre educadores e terapeutas ao longo da história da educação.
As raízes desse enfoque podem ser encontradas no século XVIII e XIX com seu
desenvolvimento na medicina e biologia por meio da psiquiatria. O conceito de anormal saiu
dos hospitais e migrou para as escolas. As crianças que encontravam alguma forma de
dificuldade para aprender recebiam a designação de anormais escolares. A incorporação da
psicanálise colaborou para modificar a visão dominante de doença mental como concepção
59
corrente sobre as causas das dificuldades de aprendizagem. A influência de fatores ambientais
e o desenvolvimento da personalidade são fatores que enfatizaram a mudança: de criança
anormal para a designação criança problema.
A autora identifica como um divulgador da corrente psicanalítica nos meios
educacionais Arthur Ramos, médico com produção científica destacada sobre problemas
escolares. A grande contribuição de Ramos, segundo a autora, foi no sentido de chamar a
atenção para a relação adulto/criança, na época em que psiquiatras enfatizavam características
orgânicas, e que predominavam explicações hereditárias do desenvolvimento humano, quando
a dimensão orgânica era considerada responsável pelos problemas de aprendizagem.
Durante a década de 1960, nos deparamos com um novo impulso da medicalização,
quando médicos norte americanos introduziram no Brasil a abordagem psiconeurológica e
noções de DCM (Disfunção Cerebral Mínima) e Dislexia. Sobre este tema, Scoz cita o
trabalho de Souza Patto (1990), afirmando que os primeiros trabalhos de interesse psicológico
no Brasil eram as teses de conclusão de curso nas faculdades de medicina na Bahia e Rio de
Janeiro, consideradas como os primeiros estudos realizados com testes psicológicos europeus.
Outra vertente para compreensão dos problemas de aprendizagem é atribuído por Scoz
ao movimento Escola Nova. No momento em que buscava respostas em experiências
educativas consagradas nos EUA e Europa, segundo a autora, o movimento apresenta uma
nova concepção de infância reconhecendo a especificidade psicológica da criança.
Continuando com o desenvolvimento do conceito, a autora apresenta outras
contribuições para a abordagem dos problemas de aprendizagem. A divulgação da escola
nova colaborou para que os educadores utilizassem testes e instrumentos de mensuração, na
tentativa de encontrar índices que os conduzissem a um diagnóstico dos problemas de
aprendizagem. Para a autora, esta forma de pensar a dificuldade de aprendizagem se
constituiu como uma grande influência na formação do pensamento educacional brasileiro.
Scoz enfatiza que a partir da década de 1980, com as contribuições de Emilia Ferreiro, os
psicopedagogos vem reformulando a sua linha de análise. Por meio da teoria desenvolvida
por Emilia Ferreiro, os educadores começaram a rever o papel representado pelo erro na
construção do conhecimento, contribuindo dessa forma para o redimensionamento dos
problemas de aprendizagem. Com estas idéias, a autora observa também que ocorreu uma
mudança no posicionamento das escolas frente aos alunos. Esta mudança se manifesta na
forma de avaliar os alunos, levando-os também a compreender o que fazem e o que procuram
fazer.
60
Outra vertente apontada por Scoz é o modelo sócio interacionista de Vygotsky. Para
Scoz, o autor muda completamente o enfoque de problema de aprendizagem ao relativizar o
papel representado pela maturação. Ao ressaltar a importância do pensamento de Vygotsky
para a compreensão dos problemas de aprendizagem, a autora enfatiza que à medida que as
crianças vão crescendo, internalizam as operações e as direções verbais fornecidas pelos
adultos, utilizando-as para dirigir seu próprio pensamento. Este é o caminho por meio do
qual formas historicamente determinadas e socialmente organizadas para operar a
informação influenciam o conhecimento do indivíduo e a consciência de si e do mundo. (Scoz,
1992, p. 30)
Prosseguindo em suas reflexões, Scoz aponta a tendência enfatizada pela abordagem
maturacional, pois esta valoriza processos intra-individuais e a considera um fator
secundário no desenvolvimento das formas mais complexas do comportamento humano,
constituindo um processo passivo, incapaz de descrever, adequadamente, fenômenos mais
complexos. (Scoz, 1992, p. 30)
A autora defende a idéia de que o domínio do conhecimento de zona de
desenvolvimento proximal, desenvolvido por Vygotsky, permite-nos compreender o processo
de maturação do ser humano, como também os processos que se encontram em vias de
desenvolver. Com isso, a autora conclui que por meio da mediação, a criança poderá
desenvolver capacidades que antes não estava conseguindo. Para Scoz, esta teoria nos permite
repensar outras, que desenvolvem o conceito de problemas de aprendizagem, frente aos
diferentes processos desenvolvidos pelo ser humano para realizar sua aprendizagem.
Isso não significa que a aprendizagem seja, por si só, desenvolvimento mas que, na criança, uma correta organização da aprendizagem induz ao desenvolvimento mental, mobilizando todo um grupo de processos de desenvolvimento, impossível de ser ativado sem o auxílio da aprendizagem. (Scoz, 1992, p. 32)
A ênfase de Scoz recai sobre a compreensão que o educador possui sobre o processo
de aprendizagem. A proposta da autora é trabalhar com a aprendizagem dentro de um ponto
de vista que a considere prioritariamente social, onde possamos apostar nas capacidades que a
pessoa possui, por meio de um trabalho que valorize mais as qualidades do ser humano do
que os possíveis desvios que se manifestem durante seu processo de aprendizagem. Scoz
também chama nossa atenção para o fato de que a teoria proposta por Vygotsky não
compactua com instrumentos de medida, que fazem parte da psicometria, que contribuem
para uma postura frente à aprendizagem que considera incapazes para aprender aqueles que
61
apresentam um distanciamento frente ao esperado pelo sistema de ensino. A autora propõe
que os mais variados métodos de diagnósticos dos problemas de aprendizagem devem ser
revistos, e que os educadores permaneçam atentos para as diferenças qualitativas no ambiente
social das crianças, considerando essas diferenças com mais firmeza, pois dessa forma o
problema de aprendizagem não estará restrito à própria criança. Scoz aponta que uma teoria
do desenvolvimento embasada nos princípios do materialismo dialético desmistifica entre os
educadores a visão do problema de aprendizagem como doença, considerado por muitos como
o grande responsável pelo fracasso escolar. Após estas constatações, Scoz enfatiza as
contribuições de Jorge Visca7 e Sara Pain para a compreensão psicopedagógica dos problemas
de aprendizagem. Esses dois autores tomam a Psicopedagogia como campo principal de seus
estudos, na tentativa de elaborar uma teoria da prática psicopedagógica. (Scoz, 1992, p. 34)
Segundo Scoz, Jorge Visca concebe a aprendizagem como uma construção
intrapsíquica com continuidade genética e diferenças evolutivas, resultantes das pré-
condições energético-estruturais do sujeito e das circunstâncias do meio. (Scoz, 1992, p. 34)
Ao mesmo tempo, aponta que Sara Pain define a aprendizagem como um processo de
transmissão de conhecimentos, ou seja, de aquisições culturais de uma civilização para a
outra, garantindo a continuidade da conduta humana. (Scoz, 1992, p. 36) Em seguida, Scoz
acrescenta que esta autora, Sara Pain, considera um problema de aprendizagem não como o
contrário de aprender, mas como processo diferente deste.
Dessa forma Scoz destaca, sobre as contribuições de Sara Pain:
A autora oferece duas valiosas contribuições à Psicopedagogia: a necessidade de se observar a maneira peculiar e singular com que cada sujeito se mantém ignorando e a de uma mudança na concepção de problema de aprendizagem, adotando-se uma visão sem preconceitos – e não apenas “patologizante”-, daqueles que fazem algo diferente da norma. (Scoz, 1992, p. 37)
Ao finalizar esta parte, Scoz acrescenta suas considerações sobre os dois autores, Jorge
Visca e Sara Pain:
Com a percepção do indivíduo de uma maneira mais completa, ambos os autores tiveram o mérito de oferecer à Psicopedagogia uma visão da pluricausalidade de
7 Jorge Visca possui diversos livros publicados na área de Psicopedagogia. Segundo seu livro, Clínica Psicopedagógica - Epistemologia Convergente, 1987, Artes Médicas, Porto Alegre, 1987, é professor de graduação em escolas comuns, graduado como professor em Ciências da Educação na Universidade de Buenos Aires em1966. Graduado como Psicólogo Social pela Escola Privada de Psicologia Social fundada por Enrique Pichon Rivière, fundador e diretor do centro de estudos psicopedagógicos.
62
fatores que envolvem o processo de aprendizagem, e os problemas dele decorrentes, o que evidencia, assim a necessidade de um conhecimento multidisciplinar na ação psicopedagógica. (Scoz, 1992, p. 38)
Ao finalizar o primeiro capítulo de sua dissertação, Scoz escreve sobre as
contribuições oferecidas pela Associação Brasileira de Psicopedagogia aos psicopedagogos.
Para a autora, a discussão sobre os problemas de aprendizagem entre os psicopedagogos
contou com importante papel desempenhado pela Associação Brasileira de Psicopedagogia
por meio de seus trabalhos. Faz ainda uma análise sobre as discussões realizadas pela
Associação desde sua fundação em 1980 até o momento da realização de sua pesquisa em
1992.
A análise de Scoz sobre o papel da Associação inicia-se em 1984, A partir da
realização do Primeiro Encontro de Psicopedagogos, onde se discutiu sobre uma atuação dos
psicopedagogos que objetivasse uma melhoria da qualidade de ensino nas escolas. A
Associação prosseguiu com sua atuação promovendo atividades sob a liderança de
profissionais de diferentes áreas de atuação enfatizando a necessidade de conhecimentos
multidisciplinares para elaborar a atuação psicopedagógica.
Em 1986, encontramos a realização do Segundo Encontro de Psicopedagogos
promovido pela Associação. Este encontro teve como tema Psicopedagogia: O Caráter
Interdisciplinar na Formação e na Atuação Profissional, com o objetivo de enfatizar a
multiplicidade de fatores envolvidos no processo de aprender e nos problemas de
aprendizagem.
Em 1988 a Associação promoveu o Primeiro Congresso e o Terceiro Encontro de
Psicopedagogos simultaneamente. Com uma temática que enfatizava a necessidade de uma
abordagem convergente, capaz de promover uma integração de conhecimentos na
compreensão da aprendizagem humana.
Após esses eventos, a Associação, em decorrência da expansão e abertura de cursos de
formação em Psicopedagogia de forma indiscriminada, e preocupada com a qualidade dos
cursos oferecidos, elaborou um documento sobre Identidade Profissional do Psicopedagogo.
Neste documento procurou firmar seu posicionamento sobre os objetivos da Psicopedagogia e
sobre a delimitação do campo de estudos e de atuação.
A elaboração do documento levou a Associação a buscar uma assessoria com Sara
Pain para a redação final do documento.
Em 1990, com a realização do Quarto Encontro de Psicopedagogos promovido pela
Associação, foram aprofundadas alguns pontos elencados pelo documento. O tema tratado
63
propiciou a consideração do documento, como também uma convergência mais direta entre o
conhecimento de diferentes ciências e a Psicopedagogia.
Em 1992, com a realização do Segundo Congresso e Quinto Encontro de
Psicopedagogos, a Associação apresentou como tema A práxis Psicopedagógica na Realidade
Educacional Brasileira.
Segundo Scoz, ao destacar uma práxis psicopedagógica, a Associação adota uma
posição que tem como objetivo transformar a instituição escolar e oferecer aos alunos a
possibilidade de repensar o tratamento que se dá à aprendizagem nas escolas brasileiras. Por
meio de um enfoque multidisciplinar levando em conta uma pluricausalidade de fatores que
interferem no processo de aprender, sem perder de vista a dimensão mais ampla da
sociedade. (Scoz, 1992, p. 42)
Nos parágrafos finais, Scoz enfatiza a ação transformadora da Psicopedagogia.
Segundo a autora, a Psicopedagogia se apropriou de várias áreas do conhecimento para
aprofundar sua área de estudos e de atuação. Apresentou como objetivo contribuir para uma
percepção global do fato educativo e para a compreensão satisfatória dos objetivos da
Educação e da finalidade da escola. (Scoz, 1992, p. 42)
A dissertação de Beatriz Scoz apresenta a compreensão da área da Psicopedagogia
sobre o fracasso escolar. Na sua análise deixa evidente que a psicopedagogia considera como
um processo diferente aquilo que muitas vezes é chamado como fracasso escolar. Chama
atenção para o papel da ABPp como espaço provocador desta discussão.
Percebe-se, portanto, que no início da década de 1980, pelo menos três perspectivas se
colocam em disputa sobre as questões do fracasso escolar. A Psicopedagogia fortalece-se por
ter estabelecido lugares de poder, como a Associação, os congressos e, sobretudo, sua revista.
64
CAPÍTULO 2
2 - O lócus de produção da revista de Psicopedagogia: A Associação Brasileira de
Psicopedagogia – Estratégias e Táticas
Este capítulo tem por objetivo relatar a fundação da Associação Brasileira de
Psicopedagogia e sua estrutura de funcionamento. Este é um conhecimento importante para se
compreender a forma como a Psicopedagogia se organiza dentro do Brasil8. Os dados aqui
apresentados foram coletados por meio de uma consulta ao Estatuto em vigor a partir de
20059.
A Associação Brasileira de Psicopedagogia, identificada também pela sigla ABPp, é
editora do periódico Psicopedagogia – Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia.
Tendo circulado inicialmente como Boletim, a publicação hoje em dia é uma Revista
Indexada com tiragem de 3.000 exemplares, e teve um papel importante na divulgação das
atividades da entidade que foi fundada em 1980.
A Associação nasceu com o objetivo de reunir os profissionais com uma prática que se
auto denominava Psicopedagogia. Segundo Mendes e Scoz (1987), a fundação da Associação
surge em decorrência dos questionamentos existentes naquele momento, acerca do perfil
profissional do psicopedagogo e da necessidade de definição de suas funções. Mendes e Scoz
enfatizam que esta discussão já tinha lugar junto às turmas de alunas do Instituto Sedes
Sapientiae. De acordo com a Ata de Fundação, esta ocorreu em 13/08/1980 no Instituto Sedes
Sapientiae, com a presença de vinte e duas psicopedagogas que se auto denominam, conforme
8 Neste capítulo parte-se dos conceitos de Estratégia e Tática. Carvalho e Toledo (2007) afirmam na p. 90 de seu artigo citado na bibliografia desta dissertação: Incidindo na zona de intersecção entre os modelos inscritos nos produtos culturais e seus usos, entre usos prescritos e usos efetivos, o conceito de estratégia, tomado a Certeau (1994; também Chartier; Hébrard, 1988, p. 97 – 108), ganha pertinência, remetendo a práticas cujo exercício pressupõe um lugar de poder. Aplicado, por exemplo, a uma história dos impressos de destinação escolar, o conceito põe em evidência dispositivos de imposição de saberes e normatização de práticas, referidos a lugares de poder determinados: uma casa de edição; um departamento governamental; uma instância eclesiástica; uma iniciativa de reforma educacional; etc. Sobre tática, as mesmas autoras afirmam: O conceito de apropriação como tática que subverte dispositivos de modelização, também tomado a Michel de Certeau (1994), põe em cena esse hiato entre os usos e suas prescrições. O hiato evidencia a complexidade da relação entre modelos pedagógicos e seus usos no cerne de uma história cultural das práticas e dos saberes pedagógicos. CARVALHO, M.M.C.,TOLEDO, M.R.A. 2007. Os sentidos da forma: análise material das coleções de Lourenço Filho e Fernando de Azevedo, in: Oliveira, Marcus A. Taborda de. Cinco Estudos em História e Historiografia da Educação., Autêntica, Belo Horizonte – MG. 9 No momento da consulta ao Estatuto em vigor a partir de 2005 fui informado pela secretaria da Associação que o mesmo encontra-se em discussão para alterações.
65
consta em ata, profissionais militantes da área da Psicopedagogia.10 A Associação visava
permitir a troca de experiências e a organização desses profissionais para a defensa de seus
interesses comuns. No momento da sua criação, a ação da Associação se restringia ao estado
de São Paulo. Com a realização do II Encontro de Psicopedagogos, ocorrido em 1986, a
Associação de Psicopedagogos de São Paulo foi transformada em Associação Brasileira de
Psicopedagogia. Mendes e Scoz afirmam em seu artigo publicado no Boletim número treze de
1987, que havia um interesse de grupos de psicopedagogos de outros estados, não só em
aprofundar a sua formação, sem depender apenas dos Encontros realizados em São Paulo a
cada dois anos, como também, em divulgar em seus Estados de origem, a sua área de
atuação. Neste momento Mendes e Scoz afirmam haver outros grupos de psicopedagogos
atuando em outros estados11. A transformação da Associação Estadual em Associação
Nacional mostra a ampliação das discussões dentro da área. Esta transformação permite a
entrada de novos elementos em uma forma de se organizar que, a partir de 1986, é obrigada a
encontrar um novo formato para acolher os novos membros. Assim, a reorganização é
também a entrada de novos pontos de vista, ampliando e rediscutindo prática e saberes que já
existiam.
A partir de 1986, surge então a Associação Brasileira de Psicopedagogia. A entidade
manteve a sede no estado de origem e criou subsedes, chamadas de Seções12 ou Núcleos, em
outros estados. (Boletim ABPP, nº 13, 1987, p.21).
De acordo com o Estatuto vigente a partir de 2005, a Associação se apresenta com
quatro órgãos dirigentes. Estes órgãos são: Assembléia Geral, Conselho Nacional, Conselho
Fiscal e Diretoria Executiva.
A assembléia geral tem caráter soberano sendo instituída em duas categorias: ordinária
e extraordinária. A Assembléia Geral, quando Ordinária, tem como proposta reunir-se
10 Este dado foi obtido por meio de consulta a Ata de Fundação da entidade.
11 No artigo publicado no Boletim nº 08 de 1985, por Clarissa S. Golbert, Considerações sobre as atividades dos profissionais em Psicopedagogia na região de Porto Alegre, a autora relata o trabalho dos psicopedagogos de Porto Alegre – RS. (GOLBERT, 1985, Boletim da AEPpSP, nº 08, p.11 – 23). O artigo de Golbert faz parte da memória da Psicopedagogia no Brasil, mas não aparece em nenhum dos trabalhos (livro, dissertação e artigos) citados aqui. Isto permite perguntar: Por que esta memória não aparece relatada nestes artigos? Esta é uma pergunta que indica caminhos para futuras pesquisas sobre o tema. 12 Em artigo publicado no Boletim número 13 de 1987, Mônica H. Mendes e Beatriz Scoz afirmam que com a criação da ABPp no Segundo Encontro de Psicopedagogos de 1986, ocorreu a transformação da Associação de Psicopedagogos de São Paulo, em Associação Brasileira de Psicopedagogia com a proposta de criação de capítulos em outros estados do Brasil. As autoras utilizam-se da palavra capítulo para se referirem, até onde foi possível entender, a Seção. Consultei o primeiro Estatuo da ABPp, com data de registro em cartório de 10/07/1986 e não encontrei nenhuma referência para a palavra capítulo. No Editorial do Boletim número 13 é comunicado a abertura de dois capítulos da ABPp fundados no Rio Grande do Sul em novembro de 1986 e Rio de Janeiro em agosto de 1987.
66
trienalmente, para eleger a nova Diretoria Executiva e Conselho Nacional e para inteirar-se
das atividades da Diretoria Executiva, em fim de mandato, convocada pelo seu Presidente.
Para quaisquer outros assuntos, a Assembléia Geral Extraordinária com a proposta de reunir-
se sempre que convocada pelo Presidente da ABPp, ou por requerimento endossado por , no
mínimo, 2/3 (dois terços) dos associados Titulares quites com a tesouraria. (Estatuto da
Associação Brasileira de Psicopedagogia, p. 13 - 14 )
O Conselho Nacional é constituído por três categorias: Conselheiros Eleitos, Diretores
Gerais de Seção e Coordenadores de Núcleos e Conselheiros Vitalícios.
A escolha do Conselho Nacional é realizada por meio da Assembléia Geral em caráter
ordinário. São eleitos trinta Conselheiros dentre os associados Titulares, em dia com suas
obrigações de contribuição e taxas com sua Seção ou Núcleo e com a ABPp, para mandatos
de 3 (três) anos, permitida a reeleição, sem restrições.
O Conselho Vitalício é formado pelos ex-presidentes da Associação. Todos os
Presidentes automaticamente ao término de seus mandatos tornam-se membros do Conselho
Vitalício.
Após a realização da Assembléia Ordinária, o Conselho Nacional escolhido se reúne
para escolher o presidente e montar sua Diretoria Executiva. A Diretoria Executiva é
composta por dez cargos: Presidente, Vice Presidente, Tesoureiro, Tesoureiro Adjunta,
Secretário, Secretário Adjunto, Diretor Cultural e Científico, Diretor Cultural Adjunto,
Relações Públicas e Relações Públicas Adjunto13.
A Diretoria Executiva tem por direito criar as assessorias conforme suas propostas de
administração, e a obrigatoriedade de formar um Conselho Fiscal composto de três associados
Titulares e dois suplentes, nomeados pela Presidência da ABPp.
Segundo consta em seu estatuto a Associação possui quatro categorias de associados
que são: associados Titulares, Associados Contribuintes, Associados Instituições e
Associados Honorários.
Para ser associado Titular é necessário possuir o título de reconhecimento como
psicopedagogo emitido pela ABPp –Nacional. Os critérios para tornar-se um associado titular
são
Ser associado contribuinte da ABPp há pelos menos 3 (três) anos consecutivos e estar em dia com o pagamento da devida contribuição seja ela quadrimestral, semestral ou anual; Apresentar certificado de conclusão do Curso de Especialização
13 No Anexo desta dissertação é apresentado o quadro: Diretoria da Associação Brasileira de Psicopedagogia – período 1982 a 2006.
67
em Psicopedagogia; Comprovar o exercício efetivo de atendimento psicopedagógico, em consultório ou instituição, pelo período de 5 (cinco) anos, no mínimo; Redigir e apresentar, à Comissão de Reconhecimento, seu Memorial descrevendo sua trajetória profissional; Apresentar currículo, circunstanciado com cópia encadernada dos comprovantes, em ordem cronológica crescente; Apresentar declaração de Supervisão, de no mínimo 5 (cinco) anos, preferencialmente com Psicopedagogos associados Titulares da ABPp; Apresentar declaração, por profissional habilitado, de terapia pessoal de no mínimo 3 (três) anos; Comprovar a participação, como congressista, em pelo menos um Congresso de âmbito Nacional e outro regional promovidos pela ABPp. (Estatuto da Associação Brasileira de Psicopedagogia, p. 3)
O Associado Titular possui como direito ter seu nome, endereço e telefone divulgado
no site da ABPp e na Revista, quando houver disponibilidade de espaço e desde que esteja
quite com a Tesouraria da ABPp. Para ser admitido como sócio titular, o pretendente deve
submeter-se ao processo descrito acima, sob a avaliação de três membros associados titulares
determinados pelo Conselho Nacional.
O associado, para ser considerado associado contribuinte, deve pagar a taxa anual
estabelecida pelo Conselho Nacional.
O associado Instituições trata-se de pessoa jurídica que contribui com a Associação
mediante pagamento da anuidade estabelecida pelo Conselho Nacional.
Os associados honorários são profissionais admitidos pela Diretoria ABPp,
reconhecidos pelos trabalhos científicos de relevância prestados à Psicopedagogia. A categoria
de associado honorário é a que possui menos direitos. Segundo o estatuto este associado tem o
direito da participar das assembléias com direito a voz, mas sem voto.
Nas demais categorias de associados, todos possuem o direito de votar para o Conselho
Nacional e para o cargo de presidente da seção à qual está filiado. Para ter o direito de ser
votado é necessário ser sócio titular. O Conselho Nacional é composto por associados Titulares
somente.
Todos os associados, exceto os associados honorários, podem participar das
assembléias com direito a voz e voto e tem o direito de receber um exemplar, de cada edição
da revista publicada pela ABPp nacional
A receita da Associação vem das contribuições dos associados. As seções e Núcleos
ligados à ABPp Nacional contribuem com 10% de sua arrecadação. Também fazem parte da
contribuição financeira os cursos, conferências e congressos promovidos pela Associação. O
material científico produzido pela Associação pode ser vendido, gerando também receita para a
Associação.
68
Em 2009, a Associação possui um total de 2.081 associados. Após o terceiro ano
consecutivo de inadimplência o associado é excluído automaticamente do sistema
informatizado. Considerando que a Associação possui quase trinta anos de existência,
poderíamos supor que contaria com um número maior de associados, mas conforme a regra, o
associado pode ser excluído ao longo do tempo caso não pague sua anuidade. Nos arquivos da
associação encontrei um Livro dos Sócios da ABPp . Este livro foi aberto com data de 1980, o
ano da fundação da Associação. O livro possui 50 páginas e está preenchido manualmente até a
página 25, perfazendo um total de 1.398 sócios, e a última data de registro é de junho de 1992.
Dentro do livro encontrei cinco fichas em papel cartão com o título: sócios quites com a
associação em 1986. Nesta ficha existe o registro manuscrito de 543 associados.
A Associação Brasileira de Psicopedagogia possui Núcleos e Seções que se encontram
instalados em diferentes cidades e estados. Um Núcleo é formado por associados da ABPp há
no mínimo um ano. Este Núcleo, para existir, necessita de um número mínimo de dez
associados, que exerçam suas atividades na mesma região. A formação do Núcleo deverá ser
promovida, orientada e acompanhada pela Presidente da ABPp ou membros do Conselho
Nacional ou da diretoria executiva por esta designados. (Estatuto da Associação Brasileira de
Psicopedagogia, p.32)
Cada Núcleo possui sua própria coordenação. Composta por coordenador, tesoureiro e
secretário. Os cargos são exercidos por sócios titulares. Os Núcleos estão submetidos ao
Estatuto da ABPp Nacional. O Estatuto exige como pré-requisito para a abertura de Núcleos a
realização de dois eventos de orientação técnico-científicas, na área de Psicopedagogia,
dentro de um período de dois anos.
A partir da existência de um Núcleo em uma determinada região, poderá ser formada
uma Seção. Para isso o núcleo deverá comprovar sua existência, organização e funcionamento
por o período mínimo de dois anos. As seções possuem regimento próprio e obedecem ao
Estatuto da ABPp Nacional. Estas Seções criam seus estatutos próprios, que devem manter-se
compatibilizados com o Estatuto da ABPp Nacional. Ou seja, conforme ocorrerem mudanças
no estatuto da Nacional, deverá ocorrer uma adequação do Estatuto da Seção.
Toda Seção deve obrigatoriamente organizar ao menos um evento científico dentro do
período de um ano, além de promover reuniões científicas bimestralmente.
Toda seção tem por função promover a divulgação da Psicopedagogia em sua região,
participando de eventos, pesquisas, produção científica, observar o cumprimento das normas
estatutárias e do Código de Ética vigentes. (Estatuto da Associação Brasileira de
Psicopedagogia, p.30)
69
Por meio da publicação da Revista Psicopedagogia a Associação atuou promovendo a
discussão e ao mesmo tempo controlando os saberes que foram veiculados pela Revista.
Associação arregimentou pessoas para discutirem sobre a aprendizagem, ao mesmo tempo em
que podemos ver que a existência de uma Associação dentro da área, permite que haja um
controle de algumas práticas psicopedagógicas. Alçando-as a um lugar de domínio dentro da
área por meio da Revista Psicopedagogia. Assim como afirma Bourdieu quando fala que na
estrutura do campo existe uma relação de força entre os agentes ou as instituições engajadas
na luta ou, se preferirmos, da distribuição do capital específico que, acumulado no curso das
lutas anteriores, orienta as estratégias ulteriores. (Bourdieu, 1983, p. 90)
O periódico adquiriu no processo de configuração das práticas e identidade da área da
Psicopedagogia grande importância: como instrumento estratégico, a análise desse periódico
acaba por desvelar as relações de força e seus deslocamentos ao longo da história da
Associação. Daí a importância de tomá-lo como objeto fundamental.
2.1 - O Ciclo de Vida do Periódico dado ao conhecimento
2.1.1 - A periodização para a pesquisa
O lançamento da primeira edição deste periódico ocorreu em agosto de 1982. Esta é a
data encontrada na capa do primeiro fascículo do Boletim da Associação de Psicopedagogos de
São Paulo, como foi chamado no momento da publicação. Logo no segundo fascículo o título
aparece como Boletim da Associação Estadual de Psicopedagogos de São Paulo. (Boletim
AEPSP, 1982)
A Associação Estadual de Psicopedagogos traz em seus propósitos uma forma de
compreender a Educação e o que é chamado de dificuldade de aprendizagem. É dentro do bojo
da liberdade democrática da década de 1980 que nasce o objeto de estudos desta pesquisa. Um
Boletim que, como já foi dito anteriormente, tem por objetivo ser um veículo para o debate e,
como sabemos, o debate gera a polêmica. A atitude da Associação Estadual de Psicopedagogos
pode ser vista dentro deste contexto como um sinal de retomada da liberdade de expressão que
se anuncia após duas décadas de censura, perseguição e cerceamento da livre expressão do
pensamento.
Olhando seu nascimento desta forma, podem-se gerar diversas outras perguntas de
pesquisa que não fazem parte deste trabalho, mas que poderão servir de estímulo para outros
trabalhos e pesquisadores.
70
Ao tomar esta publicação como objeto de estudos pode-se compreender o que revela o
ciclo de vida deste periódico. Ao retomar o contexto histórico brasileiro no momento do
nascimento do primeiro Boletim, depara-se com os desejos de um grupo que está se
organizando e parece refletir um pouco os desejos maiores de toda a sociedade, como a
liberdade de expressão.
O Boletim da Associação Estadual de Psicopedagogos de São Paulo nasce, assim, em
agosto de 1982. Todos os números do Boletim e da Revista estão arquivados e disponíveis para
a consulta na atual sede da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Foi criado também, por
ocasião da comemoração dos 25 anos da publicação do periódico, em 2007, um Cd ROM com
todos os números publicados até aquela data. Este Cd ROM produzido pela Associação e
colocado à venda para seus associados facilitou o acesso de todos às informações e artigos que
compõem parte da história da Associação. Foi feito uso deste material em vários momentos da
pesquisa, mas manipular o objeto concretamente nos permite conhecer características do
documento que não seria possível somente por meio do contato virtual. A materialidade do
documento apresenta-se assim como algo imprescindível para a pesquisa histórica.
71
Quadro 1 - Apresentação Geral do Formato do Periódico
Edições ano tipo de
editorial nº de paginas
súmario nº fotos nº ilustrações
Propaganda capa cores Categoria
01 ago-82 editorial 30 sim 0 0 0 titulo azul Boletim estadual 02 abr-83 editorial 39 sim 0 0 1 tema preta Boletim estadual 03 nov-83 editorial 33 sim 0 0 1 índice verde Boletim estadual 04 abr-84 editorial 45 sim 0 0 0 índice vermelha Boletim estadual 05 ago-84 editorial 38 sim 0 0 0 índice azul Boletim estadual 06 dez-84 editorial 48 sim 0 0 0 índice rosa Boletim estadual 07 abr-85 editorial 92 sim 0 0 0 índice azul Boletim estadual 08 ago-85 editorial 56 sim 0 0 4 índice lilás Boletim estadual 09 dez-85 editorial 52 sim 0 0 0 índice azul Boletim estadual 10 abr-86 editorial 50 sim 0 0 0 índice vermelha Boletim estadual 11 ago-86 editorial 75 sim 0 0 0 índice preta Boletim Nacional 12 dez-86 editorial 77 sim 0 0 0 índice verde Boletim Nacional 13 jun-87 editorial 73 sim 0 4 0 imagem vermelha Boletim Nacional 14 dez-87 editorial 92 sim 0 3 0 imagem laranja Boletim Nacional 15 jun-87 editorial 83 sim 0 4 0 imagem verde Boletim Nacional 16 dez-88 editorial 86 sim 0 3 0 imagem laranja Boletim Nacional 17 jun-89 editorial 98 sim 0 3 0 imagem vermelha Boletim Nacional 18 jun-90 editorial 130 sim 0 0 0 imagem verde Boletim Nacional 19 jul-90 editorial 155 sim 0 0 0 imagem lilás Boletim Nacional 20 dez-90 editorial 132 sim 0 0 0 imagem verde limão Boletim Nacional 21 1º
sem/91 conversa c/ leitor
44 sim 0 0 0 título preto Revista ABPp
22 2ºsem/91 conversa c/ leitor
46 sim 0 0 0 imagem rosa Revista ABPp
23 1º sem/92
conversa c/ leitor
74 sim 0 0 0 imagem azul Revista ABPp
24 2º sem/92
conversa c/ leitor
38 sim 0 0 0 imagem várias Revista ABPp
72
25 93 conversa c/ leitor
37 sim 1 1 0 imagem várias Revista ABPp
26 93 conversa c/ leitor
41 sim 1 0 0 imagem várias Revista ABPp
27 93 conversa c/ leitor
32 sim 1 0 0 imagem várias Revista ABPp
28 94 conversa c/ leitor
40 sim 1 0 0 imagem várias Revista ABPp
29 94 conversa c/ leitor
48 sim 2 0 0 imagem várias Revista ABPp
30 94 conversa c/ leitor
48 sim 2 0 0 imagem várias Revista ABPp
31 94 conversa c/ leitor
42 sim 0 0 0 imagem várias Revista ABPp
32 95 conversa c/ leitor
47 sim 1 0 0 imagem várias Revista ABPp
33 95 conversa c/ leitor
44 sim 2 0 0 imagem várias Revista ABPp
34 95 conversa c/ leitor
48 sim 0 9 0 imagem várias Revista ABPp
35 96 conversa c/ leitor
48 sim 1 13 0 imagem várias Revista ABPp
36 96 conversa c/ leitor
52 sim 3 12 0 imagem várias Revista ABPp
37 96 conversa c/ leitor
52 sim 1 6 0 imagem várias Revista ABPp
38 96 conversa c/ leitor
68 sim 4 0 0 imagem várias Revista ABPp
39 96 conversa c/ leitor
51 sim 4 0 0 imagem várias Revista ABPp
40 97 conversa c/ leitor
68 sim 0 5 0 imagem várias Revista ABPp
41 97 conversa c/ leitor
48 sim 2 4 0 imagem várias Revista ABPp
42 97 conversa c/ leitor
44 sim 2 4 0 imagem várias Revista ABPp
43 98 conversa c/ leitor
64 sim 0 0 0 imagem várias Revista ABPp
73
44 98 conversa c/ leitor
56 sim 0 5 0 imagem várias Revista ABPp
45 98 conversa c/ leitor
68 sim 0 0 0 imagem várias Revista ABPp
46 98 conversa c/ leitor
66 sim 18 4 0 imagem várias Revista ABPp
47 99 conversa c/ leitor
56 sim 1 3 0 imagem várias Revista ABPp
48 99 conversa c/ leitor
60 sim 1 2 0 imagem várias Revista ABPp
49 99 conversa c/ leitor
60 sim 0 3 0 título preta Revista ABPp
50 99 conversa c/ leitor
50 sim 0 3 0 imagem várias Revista ABPp
51 2000 conversa c/ leitor
54 sim 0 8 0 imagem várias Revista ABPp
52 2000 conversa c/ leitor
84 sim 5 2 0 imagem várias Revista ABPp
53 2000 conversa c/ leitor
84 sim 0 1 0 imagem várias Revista ABPp
54 2001 conversa c/ leitor
76 sim 0 2 0 imagem várias Revista ABPp
55 2001 conversa c/ leitor
112 sim 0 0 0 imagem várias Revista ABPp
56 2001 conversa c/ leitor
112 sim 0 0 0 imagem várias Revista ABPp
57 2001 conversa c/ leitor
110 sim 3 4 0 título preta Revista ABPp
58 2001 conversa c/ leitor
80 sim 18 0 0 imagem várias Revista ABPp
59 2002 conversa c/ leitor
77 sim 0 2 0 imagem marrom Revista ABPp
60 2002 conversa c/ leitor
93 sim 0 2 0 imagem azul Revista ABPp
61 2003 editorial 86 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada
62 2003 editorial 142 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada
74
63 2003 editorial 242 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada
64 2004 editorial 87 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada
65 2004 editorial 179 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada
66 2004 editorial 255 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada
67 2005 editorial 79 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada
68 2005 editorial 268 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada
69 2005 editorial 271 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada
70 2006 editorial 77 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada
71 2006 editorial 151 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada
75
Do ponto de vista da materialidade, como mostra o Quadro 1, o ciclo de vida deste
periódico pode ser dividido em três fases. O conjunto da publicação pode ser encontrado no
formato de Boletim ou de Revista. No formato Revista pode-se constatar a existência de duas
fases: a Fase Revista Nacional e a Fase Revista Indexada.
Inicialmente o periódico é publicado no formato de Boletim, do número um ao número
21. Na Fase Boletim foi publicado do número um ao dez como Boletim da Associação
Estadual de Psicopedagogos de São Paulo e do número 11 ao número 21, ainda é publicado no
formato de Boletim, porém apresentado como Boletim da Associação Brasileira de
Psicopedagogia.14 A partir da publicação do número 21 passa a ser apresentado no formato de
Revista com o título: Psicopedagogia – Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia.
Para uma melhor compreensão deste trabalho, foi organizada a periodização do ciclo de
vida da Revista de acordo com o quadro abaixo:
Quadro 2 – Periodização do Ciclo de Vida do Periódico
Números
da Revista
Ano de Publicação Título Apresentado na Capa Nome
atribuído ao
período
01 ao 20 Agosto/1982 até
Dezembro/1990
Boletim da Associação
Brasileira de Psicopedagogia
Fase Boletim
21 ao 60 1º semestre/1991 até
novembro/2002
Psicopedagogia Revista da
Associação Brasileira de
Psicopedagogia
Fase Revista
Nacional
61 ao 71 2003 até 2006 Psicopedagogia Revista da
Associação Brasileira de
Psicopedagogia
Fase Revista
Indexada
O quadro 3, na página 77, apresenta o ritmo da publicação do periódico dentro dos
seus 25 anos de existência. Por meio deste quadro observa-se a constância de algumas
características e inconstância de outras. Destaca-se a atenção para o número de publicações no
ano. Transformando os dados em números pode-se verificar: a publicação anual corresponde a
14 O nome da Associação sofreu mudança durante o IIº Encontro de Psicopedagogos realizado em 1986, por meio de uma Assembléia Geral, segundo consta no texto de apresentação publicado na segunda capa do Boletim da Associação Brasileira de Psicopedagogia, número 13, ano 6, junho de 1987.
76
8%, a publicação semestral 28%, a publicação quadrimestral corresponde a 52%, a publicação
trimestral 8% e um ano atípico, com cinco publicações correspondendo dessa forma a 4%.
Por meio dessas mudanças vê-se a evolução desta publicação. Ao mesmo tempo, surge a
pergunta: o por quê deste comportamento em relação à publicação. Quais os fatores que
explicam esta inconstância da periodicidade da publicação? A proporcionalidade revela uma
opção pela quadrimestralidade, uma vez que ela representa a maioria absoluta da amostra. A
questão é: como se deu essa opção? E o que ela pode revelar?
77
Quadro 3 – Ritmo da Publicação - Relação Ano/Mês (1982 - 2006)
Mês / Ano
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Total de publicações no ano.
Periodicidade
1982 1 1 publicação única
1983 1 1 2 semestral 1984 1 1 1 3 quadrimestral 1985 1 1 1 3 quadrimestral 1986 1 1 1 3 quadrimestral 1987 1 1 2 semestral 1988 1 1 2 semestral
1989 1 1 publicação única
1990 1 1 1 3 quadrimestral 1991 1 1 2 semestral 1992 1 1 2 semestral 1993 1 1 1 3 quadrimestral 1994 1 1 1 1 4 Trimestral 1995 1 1 1 3 quadrimestral 1996 1 1 1 1 1 5 atípico 1997 1 1 1 3 quadrimestral 1998 1 1 1 1 4 Trimestral 1999 1 1 1 3 quadrimestral 2000 1 1 1 3 quadrimestral 2001 1 1 1 3 quadrimestral 2002 1 1 2 semestral 2003 1 1 1 3 quadrimestral 2004 1 1 2 semestral 2005 1 1 1 3 quadrimestral 2006 1 1 1 3 quadrimestral
78
Gráfico 1
Ritmo da Publicação
0
1
2
3
4
5
6
1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Publicações no ano
79
O Quadro 3, apresentado acima, permitiu a criação do Gráfico – 1 facilitando a
visualização dos dados. Por meio de uma observação atenta constatam-se as constâncias e
inconstâncias no ritmo da publicação discutidas anteriormente.
A materialidade do periódico integrou o questionário que orientou a pesquisa.
Configurou-se como elemento central para estabelecer um diálogo entre o pesquisador e sua
fonte. Como afirmam Carvalho e Toledo15 (2007) a respeito de estudos realizados com
impressos, é importante analisá-los da perspectiva de sua produção e distribuição, como
produtos de estratégias editoriais em complexa correspondência com estratégias políticas e
pedagógicas determinadas. Dessa forma, a Revista Psicopedagogia apresenta-se como
suporte material e também como um dispositivo normatizador das práticas e prescrições
outorgadas pela Associação Brasileira de Psicopedagogia.
Todas as edições do periódico foram analisadas e catalogadas por meio de planilhas
elaboradas a partir do programa Excel da Microsoft.
2.1.2 - Conhecendo o Periódico – A Fase Boletim
Neste capítulo é descrito e analisado elementos da materialidade do Boletim da
Associação Brasileira de Psicopedagogia. A Fase é formada por 20 edições que permitem
conhecer as mudanças ocorridas dentro da área por meio da configuração material do
periódico.
15 Sobre pesquisas com impressos encontramos importantes discussões realizada pelas autoras no artigo Os sentidos da forma: análise material das coleções de Lourenço Filho e Fernando de Azevedo, in: Oliveira, Marcus A. Taborda de. Cinco Estudos em História e Historiografia da Educação. 2007, Autêntica, Belo Horizonte – MG.
80
Quadro 4 - Formato do Periódico – Fase Boletim
Edição Número de artigos
Número de páginas
Número de ilustrações
Número de fotos
Formato (cm)
Índice/sumário
1 3 31 0 0 13,8 x 20,8
Sumário
total em 1982
3 31 0 0
2 4 45 0 0 15 x 21,5 Sumário 3 5 36 0 0 15 x 21,5 Sumário total em 1983
9 81 0 0
4 6 52 0 0 15 x 21,5 Sumário 5 6 43 0 0 14 x 21,3 Sumário 6 7 52 0 0 14 x 21,3 Sumário Total em 1984
19 147 0 0
7 6 97 0 0 13,8 x 21 Sumário 8 7 67 0 0 13,8 x 21 Sumário 9 9 72 0 0 13,8 x 21 Sumário Total em 1985
22 236 0 0
10 7 63 0 0 13,8 x 21 Sumário 11 9 79 0 0 13,8 x 21 Sumário 12 4 77 3 0 15,8 x
21,5 Sumário
Total em 1986
20 219 3 0
13 8 75 4 0 15,8 x 21,5
Índice
14 5 94 3 0 15,8 x 21,5
Índice
Total em 1987
13 169 7 0
15 5 86 4 0 15,8 x 21,5
Índice
16 4 90 3 0 15,8 x 21,5
Índice
Total em 1988
9 176 7 0
17 4 102 3 0 15,8 x 21,5
Índice
Total em 1989
4 102 3 0
18 3 135 0 0 15,8 x 21,5
Índice
19 5 158 0 0 15,8 x 21,5
Índice
20 3 136 0 0 15,8 x 21,5
Índice
Total em 1990
11 429 0 0
Total Geral
110 1590 20 0
81
2.1.2.1 - As capas da Fase Boletim
Durante a Fase Boletim, de Agosto de 1982 a Dezembro de 1990, encontram-se as
publicações do número um ao número 20.
As capas utilizadas para a publicação do periódico são um primeiro elemento que nos
chama atenção. O Boletim não possuía apenas um modelo de capa repetido em todas as
publicações. Para cada número publicado encontra-se uma capa com formatação diferente,
não caracterizando uma padronização das capas. Na Fase Boletim, as capas exibem uma
diagramação igual. No alto da capa era colocado um cabeçalho que se repete em todos os
números. Abaixo deste cabeçalho era colocada uma ilustração, mantendo desta forma a
diagramação. O que mudava a cada número publicado eram somente as ilustrações. Ao se
deparar com esse formato de capa, o leitor percebia a identidade dos diferentes números,
presente por meio da diagramação. Por outro lado percebia as diferenças entre eles ao
focalizar as ilustrações, ainda que essas não levassem a uma relação direta com o conteúdo da
revista.
Apenas as publicações de número um e número dois fogem a este modelo. Na capa
do Boletim número um, no lugar das chamadas para os artigos de seu interior, encontra-se um
tema: A Psicopedagogia em Questão. A capa do Boletim número dois traz como tema
Dificuldades na aprendizagem da Leitura e da Escrita. Ambas são capas de fundo branco,
apenas com o título no centro, sem ilustração, trazendo o cabeçalho citado anteriormente no
alto. As demais capas, dos números três, ao número 12 apresentam a capa com o mesmo
cabeçalho no alto, fundo branco e no lugar do tema aparece a chamada para os artigos
constantes no seu interior. Com isso privilegia-se mostrar, logo no início, os conteúdos de
cada número. Os títulos e autores são o chamariz do Boletim.
Edição nº 1 Edição nº 2 Edição nº 3
82
Edição nº 4
Edição nº 5
Edição nº 6
Edição nº 7
Edição nº 8
Edição nº 9
Edição nº 10
Edição nº 11
Edição nº 12
83
Edição nº 13
Edição nº 14 Edição nº 15
Edição nº 16
Edição nº 17
Edição nº 18
Edição nº 19
Edição nº 20
84
A mudança de Associação de Psicopedagogos de São Paulo para Associação
Brasileira de Psicopedagogia pode ser observada no Boletim de número 12 por se tratar do
primeiro número a ser publicado com o nome Boletim da Associação Brasileira de
Psicopedagogia.
As capas adotadas para este período, exceto as capas do número um e número dois,
mostram a preocupação esboçada pelos editoriais. Essas capas apresentam uma chamada para
os artigos do interior do Boletim. É colocado o título do artigo e logo abaixo o seu autor.
Chama a atenção do leitor, para colocar seu foco sobre os artigos. É estabelecida uma ordem.
Quais os critérios norteadores desta ordem? Quando se pensa na existência de critérios para
definir esta ordem, pode-se pensar na existência de estratégias que selecionam os artigos para
participar da publicação como também no estabelecimento desta ordem: o artigo que vem
primeiro e o artigo que vem por último. A capa adotada já esboça esta ordem para o leitor.
Para as capas dos números 13 ao 20 foi introduzido o uso da imagem. A diagramação
permanece a mesma descrita no parágrafo anterior. A mudança ocorre com a introdução de
ilustração no lugar dos títulos dos artigos. Do número 13 ao número 17 encontra-se uma
ilustração no estilo de charge. Todas elas apresentam alguma referência ao mundo da escrita
ou da matemática por meio de números e/ou letras. Na parte baixa da capa, quase no rodapé, é
publicada a relação dos títulos dos artigos, mas desta vez sem seus autores. Os números
dezoito, dezenove e vinte possuem um estilo de ilustração diferente dos anteriores. Enquanto
nas anteriores temos charges com referências ao mundo do conhecimento, nos três últimos
números o tipo de ilustração muda. Observa-se a mudança no traço do desenho como também
na sua proposta de mensagem. O número 18 destoa de todos os demais quanto ao seu estilo.
Traz um desenho abstrato que lembra figuras geométricas em perspectiva. Nos números 19 e
20 retorna o estilo charge, mas desta vez com referências à infância por meio de brinquedos.
A chamada para os artigos é mantida. Continuam sendo publicados os títulos sem os autores.
A observação das mudanças ocorridas com as capas nos traz a pergunta: o que teria ocorrido
para provocar a mudança? Observa-se que a assinatura da ilustração é, nos três últimos
números, diferente das anteriores. Consultando o expediente, pode-se constatar que a gráfica
havia mudado e que, por sua vez, coincide com a mudança de diretoria da Associação.
2.1.2.2 - As características do Boletim da Associação Brasileira de Psicopedagogia
A coleta de dados contribuiu para a elaboração de planilhas formando assim um banco
de dados. Estas planilhas foram criadas segundo as necessidades diante da descrição, uma vez
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que os dados organizados em forma de planilhas facilitam a sua compreensão e atribui aos
dados a objetividade necessária para descrever o que é encontrado.
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Quadro 5 - Seções do Periódico da Associação Brasileira de Psicopedagogia – Fase Boletim
Publicações recebidas
Nº do Boletim /seções
Índice geral
Preço da assinatura
Cupom de assinatura
Texto: "como associar-se"
Resenha bibliográfica
Ficha de sócio
Livros Periódicos
Noticiários Notas
1 x X I.N.E.* x 0 x 0 0 x 0
2 x X I.N.E. x 1 x 0 0 x 0
3 x X I.N.E. x 2 x 0 0 I.N.E. 0
4 x X I.N.E. x 1 x 0 0 x 0
5 x X I.N.E. x 1 x 0 0 I.N.E. 0
6 x X I.N.E. x 1 I.N.E 0 0 I.N.E. 0
7 x X I.N.E. x 1 x 0 0 x 0
8 x X x x 0 x 0 0 x 0
9 x X x x 0 x 0 0 x 0
10 x X x x 2 x 0 0 x 0
11 x X x x 2 x 0 0 - 0
12 x I.N.E. I.N.E. I.N.E. 0 I.N.E. 0 0 - 0
13 x X x x 2 x 1 2 - 4
14 x X x x 4 x 0 5 - 6
15 x X x x 3 x 2 8 - 7
16 x X x x 2 x 3 13 - 4
17 x - x - 2 x 0 8 - 7
18 x X x - 2 x 0 11 - 3
19 x X x - 0 x 3 9 - 0
20 x X x - 1 x 1 6 - 0
* I.N.E = Informação não encontrada.
87
Em todos os números do Boletim, conforme mostra o Quadro 5, encontra-se o
sumário. Por meio destes sumários podemos perceber que a publicação dos artigos é o ponto
mais importante do Boletim. Isto porque antes e depois dos artigos existem páginas com
informações, mas estas não são citadas no sumário. Nota-se com isso uma hierarquização do
conteúdo do Boletim: por meio do sumário localiza-se rapidamente a informação desejada,
enquanto que para as demais informações há a necessidade de se percorrer página por página
do Boletim.
A partir do número 13 até o número 20, a apresentação muda. Passa a ser apresentado
como índice e não mais como sumário. Este índice é divido em partes: editorial, artigos,
destaques e seções. O número dezessete é a única publicação do período que apresenta uma
entrevista. É colocada como mais uma parte do índice. A entrevista é realizada com a
professora Sara Paín, doutora em Filosofia pela Universidade de Buenos Aires, e naquele
momento - julho de 1988 - é apresentada como professora na Universidade Paris XIII e
Faculdade de Educação de Toulouse. Os entrevistadores são Sônia Maria B. Albuquerque
Parente, apresentada no início da entrevista como psicóloga e psicanalista; e Lino de Macedo
professor adjunto no Departamento de Psicologia da Aprendizagem e do Desenvolvimento, do
Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Na identificação dos entrevistadores não
é citado que ambos pertencem à diretoria da Associação. Sônia Maria B. Albuquerque Parente
ocupa o cargo de Diretora Cultural Adjunto e o professor Lino de Macedo é membro do
Conselho editorial do Boletim.
O editorial é o texto de abertura do Boletim, logo após a primeira capa o leitor se
depara com o editorial. Na Fase Boletim, seu texto nunca excede a uma página. São quatro
números apresentando um texto editorial com mais de cinco parágrafos e sete números
apresentando um texto com menos de cinco parágrafos. Em seguida ao editorial, é publicado o
sumário e na seqüência são publicados os artigos. Após a publicação do último artigo
encontramos informações sobre a assinatura do Boletim, informações como preço, endereço e
telefone da sede da Associação para os interessados em receber o Boletim via correio. Logo
após é apresentado um texto com o título Como associar-se e na seqüência a Ficha de sócio
para a Associação. O Boletim número oito, de agosto de 1985, publica pela primeira vez o
Cupom de Assinatura. Ou seja, três anos depois da primeira publicação.
Existe uma seção com o nome Noticiário. Esta seção aparece no sumário dos primeiros
números. Posteriormente ela é mencionada no sumário eventualmente. Nesta fase, o
Noticiário esteve ausente nos números três, cinco e seis. Não havendo assim nenhuma
publicação de notícias sobre a Associação nos números citados. O Boletim era enviado pelo
88
correio aos associados da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Assim, a condição de
associado garante o direito de receber o Boletim. A seção Noticiário apresenta as últimas
notícias sobre a atuação da Associação. São apresentadas a programação de cursos e
conferências e aquisições de livros e periódicos para a Biblioteca da Associação. No Boletim
número três, de novembro de 1983, e no quatro, abril de 1984, é publicado o comunicado da
realização do I Encontro Estadual de Psicopedagogos. O primeiro comunicado é um texto
curto, apresentando a data de realização, o tema e o endereço para envio de trabalhos a serem
apresentados no Encontro. O segundo comunicado possui quatro páginas. Apresenta:
objetivos, temário, sub-temas, local de realização, atividades, prazo para entrega de trabalhos,
taxas de inscrição e finaliza com a Ficha de Inscrição.
O Segundo Encontro de Psicopedagogos é noticiado no Boletim número oito de
Agosto de 1985, um ano antes de sua realização prevista para julho de 1986. A comunicação
do Encontro aparece juntamente com os demais artigos. No seu interior havia o programa do
Encontro com objetivos, temário e prazo para entrega de trabalhos. Foi publicado com o
formato de um folder de divulgação ocupando o espaço de uma página. Os números nove e
dez, dezembro/85 e abril/86 respectivamente, trazem o mesmo programa com a ficha de
inscrição sem citação de sua existência no índice. O leitor encontrará a informação folheando
o Boletim, como quem encontra uma notícia ou propaganda em meio aos artigos, mas a
formatação que possui não corresponde nem à notícia nem à propaganda, lembra mais um
artigo junto aos demais.
Esta forma de apresentar o conteúdo do Boletim revela uma hierarquização das
informações. Ou seja, a publicação de artigos vem em primeiro lugar, possui um lugar de
destaque. Após o último artigo publicado podemos encontrar uma resenha bibliográfica. Não
se encontram resenhas no Boletim número um, oito e nove. Nos demais se tem uma oscilação,
mas garantindo no mínimo uma resenha publicada em cada número.
Com esta descrição da materialidade do Boletim, como mostra o Quadro 5, conclui-se
que existe uma prioridade em oferecer ao leitor um conhecimento sobre a Psicopedagogia por
meio dos artigos e resenhas publicados. Estes artigos fazem parte da espinha dorsal do
Boletim, levando a crer que sem artigos não haveria publicação. Portanto, a intenção colocada
pelo primeiro número, veículo para o debate, cumpre-se com esta constatação. A seção de
Noticiário falha em três números, ou seja, não é uma prioridade. O cupom de assinatura
demorou três anos para ser incluído. Encontra-se a informação disponível para tornar-se um
assinante, mas não se tem a facilitação proporcionada pelo cupom de assinatura. Com isso,
89
pode-se concluir que a finalidade do Boletim da Associação Brasileira de Psicopedagogia,
inicialmente, é circular entre os psicopedagogos associados.
2.1.2.3 - O Editorial da Fase Boletim
O editorial está presente em todos os números do Boletim deste período. No número
um o editorial não é mencionado no sumário. Do número dois ao número sete o editorial faz
parte do sumário e é publicado na primeira página do Boletim. Funciona como o elemento de
abertura da edição. O sumário aparece em seguida. Os números oito, nove, e dez permanecem
com o editorial na página um, mas não é citada a sua existência no sumário.
Todos os editoriais do período são assinados pela direção da Associação. O editorial
do número um possui cinco parágrafos. Seu texto apresenta o Boletim como a expressão de
uma conquista da Associação, e afirma que o Boletim pretende ser um veículo para debate e
divulgará trabalhos que estão relacionados com as áreas de problemas de aprendizagem e
reeducação. Em seguida afirma destinar-se aos profissionais da educação e reeducação e logo
após solicita, em nome da Associação, a colaboração sob forma de artigos, reservando o
direito de publicação à Associação. (Boletim AEPSP, nº 1, 1982) O Boletim número dois
publica seu Editorial com quatro parágrafos. Registra a satisfação em publicar o segundo
número e comenta os artigos publicados neste número. Por meio da leitura do Editorial
confirma-se o tema da capa: Dificuldades de Aprendizagem da Leitura e da Escrita. Seu texto
é finalizado com a afirmação de que a “troca de idéias” é que permite encontrar perspectivas
novas para velhos problemas e com isso pede artigos para a publicação. (Boletim AEPSP, nº
1, 1983)
Os editoriais publicados pelos números três, quatro, cinco e seis aumentam o tamanho
do seu texto. O número três possui sete parágrafos e os demais oito parágrafos. Todos eles
ocupam o espaço de uma página. Possui em média 30 linhas cada um.
Os textos dos Editoriais dos números três ao seis trazem um primeiro parágrafo
introdutório. Constantemente é manifestada a satisfação em continuar publicando o Boletim, é
destacado um tema que se sobressai nos artigos ali publicados. Nos parágrafos seguintes é
comentado cada artigo publicado, finalizando com um parágrafo padrão. Este último
parágrafo expressa o objetivo da associação e pede a colaboração do leitor por meio de artigos
para a publicação. Ou seja, passam a ser um paratexto. Antecipam o que o leitor vai ler e
regram o funcionamento da leitura.
90
As edições de número sete a dez publicam um Editorial de tamanho menor. Trata-se de
um texto com três parágrafos para os números sete e oito e dois parágrafos para os números
nove e dez. O corpo do texto ocupa um espaço equivalente a um terço da página, localizado
no alto da página. Nos números sete, oito e nove é anunciada a publicação dos textos dos
trabalhos apresentados no Primeiro Encontro de Psicopedagogos, realizado no ano anterior.
Com isto, o número de páginas do Boletim aumenta e o texto editorial não traz o resumo dos
artigos como nos números anteriores. A publicação dos trabalhos apresentados no Encontro
segue até o Boletim número nove que já aparece de forma mista: trabalhos apresentados no
Encontro e outros artigos trazendo assuntos inéditos.
O Editorial publicado no Boletim número dez, destaca a variedade de temas e
abordagens das publicações até aquele momento. Valoriza esta variedade como incentivo à
liberdade de investigação.
O Boletim números 11 e 12 apresentam um editorial comentando o Segundo Encontro
de Psicopedagogos.
O Editorial dos números 13 e 14 continua sendo assinado pela direção da Associação.
No Boletim número 13 é comunicado o início da nova diretoria da Associação para o biênio
87-88. Justifica a introdução de duas novas seções: Publicações Recebidas e Notas, com o
intuito de propiciar um acesso cada vez maior ao conhecimento. Também comunica a
abertura de dois capítulos da ABPp no Rio Grande do Sul e que neste número existe a
transcrição da conferência da Drª Guiomar Namo de Mello, deputada estadual naquele
momento, e ex-secretária municipal da Educação da cidade de São Paulo. Por fim, nos dois
últimos parágrafos comunica a publicação, nesta edição, de três trabalhos apresentados no 1º
Seminário de Psicopedagogia promovido pela Universidade do Rio de Janeiro Ao falar do 1º
Seminário de Psicopedagogia da UERJ, justifica ser essa uma atividade precursora da abertura
do capítulo da ABPp-RJ. (Editorial do Boletim da ABPp, nº 13, junho 1987)
O Editorial dos números 15 e 16 não possui assinatura. No Editorial do número 15 é
destacada a realização do Primeiro Congresso e IIIº Encontro de Psicopedagogos realizado
pela Associação.
Após comentar a realização do Congresso, o Editorial do número 15 apresenta os
temas que serão encontrados no interior deste número por meio dos artigos, os Relatos de
Experiência e os Destaques. Para finalizar o Editorial, o último parágrafo convoca os leitores
para participarem do Iº Congresso e IIIº Encontro de Psicopedagogos. Este Editorial não
possui uma assinatura como os demais que são assinados pela Associação.
91
O Editorial do número 16 comenta o êxito alcançado no I Congresso Brasileiro de
Psicopedagogia atribuindo isso ao vigor e a força da Associação. Em seguida, explica que não
foi possível publicar os trabalhos apresentados no Congresso, como sempre é feito, devido à
grande quantidade de trabalhos inscritos. Posteriormente, comunica que será realizada uma
seleção dos trabalhos para serem publicados num livro do Congresso e outros serão
publicados no próximo Boletim. Para finalizar, este Editorial comenta que os leitores terão por
meio deste Boletim, o contato com temas importantes, oferecendo contribuição valiosa para o
campo de atuação psicopedagógica. A frase em destaque faz referência ao campo de atuação
psicopedagógica. A Associação neste momento, por meio de seu Editorial, não teve a
intenção de usar o termo Campo enquanto conceito teórico.
O Editorial do Boletim número 17 é assinado pela Editora. Na abertura do texto
aparece o tema mudanças. Apresenta duas mudanças: a mudança de Diretoria e a mudança de
Editora. Enfatiza que apesar da mudança, dará continuidade ao que é essencial e percorrerá
novos caminhos que as contingências tragam. (Boletim ABPp, nº 17, 1989, p.5).
Neste número, o 17, diferente dos editoriais anteriores, nos quais eram escritos
comentários sobre cada artigo, é feita uma conclusão do texto justificando a escolha dos
artigos por meio de temas que tratassem das duas grandes áreas de atuação da Psicopedagogia:
Escola e Clínica, conjugados com a divulgação de trabalhos apresentados no I Congresso
Brasileiro de Psicopedagogia. Este Editorial contextualiza o trabalho realizado até aquele
momento pela Associação. Enfatiza a importância da mudança, da participação política em
temas ligados à Educação e conclui com a importância, para o Boletim, de fazer escolhas de
temas que ofereçam subsídios para a atuação dos profissionais Psicopedagogos.
O Editorial do Boletim número 18 afirma que está sendo retomada a publicação dos
trabalhos apresentados no Iº Congresso Brasileiro de Psicopedagogia com temas relacionados
à área clínica. Justifica que o enfoque adotado é uma preparação para o tema do II Congresso
que tratará sobre a Formação e a Atuação do Psicopedagogo. No último parágrafo, chama o
Boletim de Revista. Nesse momento parece ter ocorrido uma confusão. Ao mesmo tempo
demonstra uma intenção que mais tarde se concretizará no número 21, quando deixa de ser
publicado no formato Boletim e passa a ser publicado no formato Revista. O texto destaca em
negrito o nome da Associação (ABPp) e palavras como formação e Atuação do
Psicopedagogo que serão os temas do próximo Encontro de Psicopedagogos. Para finalizar,
comunica a publicação de um relatório de atividades da ABPp durante 1989. Justifica ser para
o conhecimento dos associados e leitores em geral. Sobre este relatório, destaca ainda o
92
documento síntese sobre a Identidade Profissional do Psicopedagogo como sendo um marco
da gestão 89/90 na ABPp. (Boletim ABPp, nº 18, Junho de 1990, p.5).
O Editorial do Boletim número 19 trata apenas dos temas abordados pelos artigos
publicados. Nos números anteriores se pautava por um diálogo da Associação com o leitor,
pois usa o espaço para comunicados. Neste número encontram-se os parágrafos em forma de
perguntas que remetem aos temas retratados pelos artigos publicados. Desse modo, o texto
estabelece um diálogo com o leitor por meio de perguntas. São quatro parágrafos, doze linhas,
em forma de perguntas que, no quinto e sexto parágrafos são comentadas como respostas
encontradas nos artigos publicados. É um texto que problematiza os temas abordados pelos
artigos publicados. E por fim, enfatiza serem temas que contribuirão para o aprimoramento
da prática psicopedagógica e educacional em geral. (Boletim da ABPp, nº 19,1990, p.5).
O Editorial do Boletim número 19 está publicado na página cinco. Logo em seguida,
mais precisamente na página sete, pois a página seis está em branco, foi publicada uma Moção
apresentada no IV Encontro de Psicopedagogos de São Paulo - Julho de 1990, analisada no
capítulo anterior. O Editorial do Boletim número 20 comunica a publicação de trabalhos
apresentados no IV Encontro de Psicopedagogos de São Paulo realizado em julho de 1990.
Justifica que a publicação destes trabalhos contribui para a determinação do perfil do
profissional psicopedagogo. Também enfatiza a contribuição que é dada, por meio da
publicação, para a ação escolar e que este é um movimento que vai ao encontro da realidade
educacional de nosso país. No penúltimo parágrafo destaca o artigo, de autoria de Alicia
Fernández, tratando do tema modalidade de aprendizagem e que a identificação desta não é
uma necessidade apenas para o aluno, mas também para o profissional. No último parágrafo
chama a atenção para dois artigos que tratam sobre a necessidade de integração de diferentes
áreas de conhecimento como a Psicanálise, a Sociologia, e a Sócio e Psicolingüística, entre
outras, para a melhor compreensão dos processos de aprendizagem. (Boletim ABPp, nº 20,
Dezembro de 1990, p.5).
Por meio deste Editorial, a Associação mostra sua preocupação em publicar trabalhos
que contribuam para a determinação do perfil do profissional Psicopedagogo. Ao falar em
perfil do profissional emerge um questionamento: o que está sendo chamado de perfil pode ser
o que Pierre Bourdieu trata como habitus? Para Bourdieu habitus é um ofício, capital de
técnicas, de referências, um conjunto “crenças”. (Bourdieu, 1983, p. 89)
A direção da Associação está partindo do princípio de que estes profissionais já
possuem um perfil que permita sua identificação dentro do campo da Educação e que, ao
mesmo tempo, este perfil pode ser discutido, avaliado e divulgado pela Associação. Ou seja,
93
existe uma prática que identifica os profissionais que fazem uso dela, diferenciando estes
profissionais dos demais que se encontram dentro do campo da Educação. Neste momento –
1990 - a Associação apresenta pela primeira vez a idéia de existência de um perfil dos
psicopedagogos. A palavra perfil pode ser usada para falar em descrição e contorno. A
Associação, neste momento, está se referindo a descrição de características que identificam a
prática e a forma de atuação do profissional que adentra o campo da Educação. A publicação
deste Editorial pertence à edição número 20 de 1990. Ou seja, a Associação já possui nesse
momento dez anos de existência como representante do grupo de psicopedagogos, e comenta
neste Editorial a realização do quarto Encontro de Psicopedagogos.
Com isso os editoriais mostram as estratégias de controle da leitura no momento em
que destacam os temas que serão encontrados pelo leitor, ao mesmo tempo em que apresenta
uma sinopse dos artigos, mostrando e regrando o que deverá ser encontrado pelo leitor. Dessa
forma os editoriais reiteram e legitimam seus próprios critérios de seleção de saberes que
podem fazer parte do debate psicopedagógico. Assim, o debate está instaurado, mas se
desenrola dentro de um universo regrado pelo conselho editorial do Boletim, que é a
Associação Brasileira de Psicopedagogia.
2.1.2.4 - Outros espaços do periódico da Fase Boletim
Esta primeira fase da publicação, como Boletim da Associação Brasileira de
Psicopedagogia, publica o Expediente na página dois.
O expediente do Boletim número um apresenta a direção da Associação e em seguida
o conselho editorial, os autores da capa com os dados de identificação da gráfica que o
imprimiu. A partir do número dois até o número seis o expediente permanece igual. Ocupa o
espaço de uma página inteira. Logo acima vem seu título: Boletim da Associação Estadual de
Psicopedagogos de São Paulo, abaixo sua periodicidade e segue identificando os membros da
direção da Associação e Conselho Editorial do Boletim. Em seguida aparece um pequeno
texto com instruções sobre como conseguir números avulsos do Boletim. Para isso, cita o
endereço da Associação. Após este texto, identifica a produção gráfica. No final da página, é
publicado um texto de três parágrafos, que passa a ser um texto padrão para os demais
números, informando o leitor sobre o tipo de publicação que será encontrada no interior do
Boletim, endereço para o envio dos artigos para publicação, seguido do critério adotado pela
Associação para escolha dos artigos a serem publicados. Por fim, um último parágrafo atribui
a responsabilidade aos autores pelos conceitos e opiniões emitidos nos artigos.
94
Do número 13 ao número 20, o expediente encontra-se publicado na página quatro, e
na página três é publicado o índice. Na página dois é publicada a relação de nomes e seus
respectivos cargos que compõem a diretoria da Associação, identificando também o biênio ao
qual pertence aquela diretoria. Acima, na mesma página, é publicado um texto de
apresentação da Associação. Este texto aparece pela primeira vez no Boletim número 13.
Trata-se de um texto padrão para todos os números desta fase. Possui seis parágrafos curtos
contando a origem da Associação, sua finalidade, suas realizações, a transformação em
Associação Brasileira e a existência das seções em outros estados.
A contagem de páginas inicia-se com a primeira capa, isto é, a capa é contada como
página um e a segunda capa como página dois.
Durante a Fase Boletim, cada número é encerrado com a publicação da Ficha de Sócio
na última página. Somente o Boletim número seis de dezembro de 1984 não apresenta esta
ficha. Todos os demais trazem a mesma ficha, com informações que identificam a pessoa:
nome, endereço, data de nascimento, endereço profissional e finalizam com espaço para
registrar as áreas de interesse no Campo da Psicopedagogia. A expressão Campo da
Psicopedagogia aparece com letra maiúscula dentro da frase.
Dentro desta idéia de campo de atuação, pode-se considerar uma consciência
disseminada nos discursos do dia a dia pelo senso comum, de que para atuar profissionalmente
deve-se estar inserido dentro de uma área de interesses, atuando juntamente com outras
pessoas, que acabam por formar um grupo com interesses em comum e com isso
desenvolvendo práticas comuns. A palavra, da forma como é usada nesta ficha, tem como
objetivo compreender a área de interesse do novo associado. Quais os temas e ou informações
que este associado procura no momento em que demonstra seu interesse por tornar-se um
membro, um associado da ABPp? A resposta ali colocada ajudará como um critério para a
diretoria da Associação. De um lado o associado torna público seu interesse, sua procura. De
outro, temos a Associação que toma posse desse conhecimento e pode usá-lo de diferentes
formas para realizar seu trabalho enquanto Associação.
No momento em que a Associação preocupa-se com áreas de interesse no campo da
Psicopedagogia estamos também diante da criação de critérios identificadores das
preferências dentro da área. Ou seja, a Associação está, neste momento, trabalhando com um
leque de opções para fornecer ao seu Associado. Este leque de opções trata de uma construção
histórica das produções da área. A possibilidade de apontar as preferências nos remete à
possibilidade de escolhas a serem feitas. Conseqüentemente existem diferentes agentes dentro
desta área que são portadores de capitais culturais que podem ser divulgados por meio da
95
Associação. Este capital cultural, segundo Bourdieu, é algo que pode e deve ser divulgado
dentro do campo. Refiro-me aqui a um capital cultural que foi construído dentro do campo da
Educação, em relação às técnicas e teorias construídas historicamente. Nesse mesmo número
do Boletim encontra-se no Editorial uma referência ao conceito de modalidade de
aprendizagem, de Alicia Fernandez. Este é um conceito específico da Psicopedagogia,
construído pela psicopedagoga Alicia Fernandez, dentro da área de atuação psicopedagógica.
A autora utiliza-se de conceitos oriundos da Psicanálise e da Psicogênese do Conhecimento
para compor um conceito novo. Com isso cria o conceito de Modalidade de Aprendizagem16
partindo de estudos científicos que realizou na sua atuação como psicopedagoga na Argentina.
Estamos, então, diante da transformação de princípios e crenças oriundos de campos já
existentes em novos conceitos e crenças que contribuirão na composição do Habitus já
existente no campo de Educação. Em todos os números esta ficha é precedida por um texto
com instruções sobre como associar-se, reproduzido abaixo:
“como associar-se Os interessados em filiar-se à AEP São Paulo, com direito a receber o Boletim da Associação, deverão remeter à sede da Associação a ficha anexa devidamente preenchida, acompanhada de um cheque nominal no valor de 3 ORTNs (ou 1 ORTN em 3 meses consecutivos) em nome da Associação Estadual de Psicopedagogos de São Paulo, correspondente à anuidade de 1985.” (Boletim da AEPSP, nº 7, 1985, p. 96)
A quarta capa do Boletim, nesse período, configura-se inicialmente como um espaço
inconstante. No número um aparece em branco. O número dois e três possui uma propaganda
das Aerolineas Argentinas. Os números quatro e cinco anunciam a realização do Primeiro
Encontro de Psicopedagogos, promovido pela Associação. Os números seis, sete e oito
aparecem em branco. Do número nove ao vinte, adquire uma constância publicando as
Normas para apresentação de trabalhos. Trata-se de um texto que ocupa uma página inteira
dividido em quatro partes: introdução sobre a observação das normas, instruções para redação
dos trabalhos, instruções para referência bibliográfica, finalizando com as instruções sobre o
uso de figuras e tabelas nos artigos.
16 Este conceito é explicado por Alicia Fernándes no livro A Inteligência Aprisionada da editora Artmed. Na página 107 deste livro a autora inicia suas discussões sobre o conceito: Em cada um nós, podemos observar uma particular “modalidade de aprendizagem”, quer dizer, uma maneira pessoal para aproximar-se do conhecimento e para conformar o seu saber. Tal modalidade de aprendizagem constrói-se desde o nascimento, e através dela nos deparamos com a angústia inerente ao conhecer-desconhecer. As discussões sobre Modalidade de Aprendizagem são retomadas e ampliadas por Alicia Fernández no livro Os Idiomas do Aprendente editado pela mesma editora.
96
A forma como as informações são colocadas pelo expediente estabelecem uma
hierarquia das informações. Em primeiro lugar aparecem as informações sobre a Associação,
para depois aparecerem as informações sobre o Boletim. Dessa forma, a Associação é
colocada em destaque mostrando o pertencimento do Boletim à Associação, e com essa ordem
o seu lugar dentro dessa hierarquia. Esta hierarquização nos remete a um regramento da
leitura. O que é propiciado ao leitor em primeiro plano e em segundo plano. O texto
apresentado como Normas para apresentação de trabalho, na quarta capa, deixam claras as
normas para publicação de trabalhos no interior do Boletim. São normas estabelecidas pelo
Conselho Editorial e este, por sua vez, é composto por membros da diretoria da Associação.
A presença de ilustrações existem apenas nos boletins do número 13 ao 17. São
ilustrações em formato de charges logo após o título do artigo. Todas as ilustrações
apresentam relação com o tema abordado por aquele artigo. Não existe a presença de nenhuma
fotografia nesta fase. A diagramação segue o formato de livro onde as frases e parágrafos do
texto são publicados de forma contínua. Não existe um intervalo para descanso dos olhos do
leitor, como se vê em outros periódicos que usam como recurso a ilustração e/ou o
destacamento de trechos e frases chaves do autor.
O espaço posterior aos artigos, espaço dedicado a partir de agora, permite
compreender um pouco das articulações realizadas pela Associação. São articulações
realizadas entre a Associação e outras entidades de classes. Dessa forma este ficou
caracterizado como espaço de comunicação da Associação com seus membros. Como mostra
o quadro da página 86 nesta dissertação, o Boletim possui uma grade de seções fixas. Ao
mesmo tempo, encontram-se algumas lacunas entre uma edição e outra. Verifica-se que a
seção Índice Geral aparece em todos os números do período e trata-se de um espaço em que é
publicado o índice de todos os números anteriores.
Uma seção constante na maioria dos números é a seção Resenha Bibliográfica. Nesta
fase, a seção não é encontrada somente na publicação número 19. O mesmo não se pode
afirmar a respeito do número 12, encontrado com defeito de publicação. Portanto, considerada
como informação não encontrada, antes de considerá-la não existente.
Esta seção, Resenha Bibliográfica, não possui uma constância no número de resenhas
publicadas. Ora é publicada com a resenha de um só título e ora é publicada com mais títulos.
No Boletim número 14, encontram-se quatro resenhas de títulos diferentes publicadas. São
resenhas escritas por associados, alguns são membros da diretoria da Associação. Não fica
esclarecido por que esta edição possui um número maior de resenhas. Ao analisar os temas
97
dos quais tratam os livros escolhidos, não foram encontrados nenhum indício que justificasse
o número.
Outra seção que aparece em quase todos os números é a seção de publicações
recebidas. Encontra-se subdividida em duas partes, sendo uma voltada para livros e outra para
periódicos. É uma área de comunicação da Associação com o associado, uma possibilidade de
o associado tomar contato com o material que está disponível na sede da Associação. O
número de periódicos recebidos é maior que o número de livros. Em algumas edições
encontra-se a publicação de recebimento de vários periódicos, e nenhuma de livros. Por meio
dos títulos recebidos, pode-se compreender um pouco da área de interesse. É possível
também, por meio de um levantamento, ver a estruturação de áreas de interesses da
Associação e por sua vez dos associados. Essa idéia ocorre visto que houve um esforço por
parte de algum associado ou diretor em fornecer os dados da Associação para que esta
recebesse tal publicação. Existe um interesse mínimo em ter a posse de determinado material
para formar um banco de consultas para o associado. Olhando esta área como banco de
consultas, é possível traçar um perfil dos temas que mais aparecem, os que são freqüentes,
revelando assim uma hierarquização de interesses do associado. Esta é uma seção que
permanecerá presente em todos os números de seu ciclo de vida. Enquanto as outras seções
falham, deixam de aparecer em alguns números, esta é uma seção com a permanência igual a
dos artigos, pois encontrei lacunas apenas nos números 11, 12 e 58. A Seção desaparecerá
somente no período em que o periódico torna-se indexado a organismos internacionais. Trata-
se de uma seção que podemos considerar valorizada pelos editores no momento em que se
observa a sua constância dentro do periódico. Ao mesmo tempo esta seção revela o
regramento das leituras realizado pela Associação. O que a Associação indica como leitura
para seus associados? Estas indicações possuem dois lados. Por um lado indica temas
colaborando com a formação de um perfil de psicopedagogo necessário para seu
pertencimento ao campo da Educação. Por outro, controla as possibilidades de leitura dos seus
associados alçando temas à posição de domínio dentro da área de estudos.
Neste primeiro período da publicação, encontra-se uma seção chamada notas, que
publica diferentes informações sobre os trabalhos realizados pela ABPp. A seção aparece com
certa constância na Fase do Boletim e desaparece ao tornar-se Revista. Ainda assim, na Fase
do Boletim, são encontradas algumas lacunas. De um total de vinte números publicados neste
período, a seção é constante em seis números, do 13 ao 18. Seu perfil é o mesmo, ou seja, ali
se publicam as realizações da ABPp não apenas em São Paulo, como também em outros
estados. Eventos como cursos e simpósios de diferentes localidades que se relacionam todos
98
dentro da área de Educação e Psicologia. No Boletim número 16, na página 74, há um
comunicado da Associação com grande destaque. Trata-se de um texto de dois parágrafos
ocupando o espaço central da página, destacado por linhas em negrito acima e abaixo do texto.
Antes e depois do texto a página aparece em branco. Isto atribui um destaque para o texto
chamando atenção do leitor. Tudo isso mostra o valor atribuído à informação pelos editores.
Seu conteúdo revela as mudanças realizadas na publicação a partir da diretoria do biênio
87/88 e que se referem à diagramação do Boletim como também à introdução de novas
seções. Em seguida, o texto comunica que esta diretoria traz uma inovação: a abertura de
assinatura da Revista, desvinculada da filiação como sócio da ABPp. Justifica tal atitude
como uma forma de favorecer os leitores de outros Estados que não têm interesse em filiar-se
à Associação, mas que podem dessa forma manter contato com a ABPp. Ou seja, a
justificativa reforça o caráter de comunicação da Associação com seus membros ao mesmo
tempo em que demonstra um interesse em divulgar a Psicopedagogia. A chamada para o texto
é: Revista Boletim. É uma das primeiras vezes que o Boletim é chamado de Revista. O texto
está publicado no número 16 e o formato Revista surge a partir do número 21. Temos aí um
prenúncio da mudança que muito provavelmente já era objeto de discussão da diretoria da
Associação, ou até mesmo era uma bandeira de luta da diretoria empossada para o biênio
87/88. Este comunicado suscita algumas perguntas: qual a visão desta diretoria (biênio 87/88)
em relação ao papel a ser desempenhado pela Associação na sociedade? O boletim tem como
papel fundamental comunicar-se com os associados ou divulgar os estudos da Psicopedagogia
por meio de seus artigos? Ou esta diretoria trabalha com a duas propostas? São perguntas que,
uma vez respondidas, ajudam a compreender o curso do processo histórico criado pela
Associação. Com isso, esta seção Notas configura-se como um espaço revelador deste
processo histórico.
2.1.2.5 - As propagandas da Fase Boletim
Após o exame de cada edição, constata-se que existem dois tipos de propagandas
marcando este período do Boletim. A primeira propaganda que aparece em todo o período
encontra-se na quarta da capa do Boletim número três de novembro de 1983. Trata-se de uma
propaganda que ocupa todo o espaço da capa, em fundo branco com o tipo em verde. É uma
propaganda da Aerolineas Argentinas. As demais formas de propaganda aparecem
concentradas no Boletim número oito. São quatro propagandas colocadas todas no final da
publicação assim que se encerram os artigos. As quatro referem-se à venda de livros. A
99
primeira pertence à Cortez Editora, a segunda à Livraria da Vila, a terceira à Editora Artes
Médicas e a quarta ao Centro de Estudos Simonne Ramain. Exceto esta última, do Centro de
Estudos, as demais trazem um quadro com o logo da editora ou livraria e uma lista de livros
com seus títulos e autores. A editora Artes Médicas apresenta também os preços dos livros. A
propaganda do Centro de Estudos Simonne Ramain, anuncia a formação de turmas para o
curso: Formação em Psicomotricidade – Método Ramain. São propagandas colocadas uma em
cada página diferente, no final da página, após o texto daquela página ocupando metade da
página. Não se encontram propagandas de produtos sem relação com o trabalho da
Associação. As propagandas de livrarias fazem indicação de leituras. O que a Associação
sugere como leitura?
Assim como já foi citado anteriormente, foi utilizado para esta pesquisa o acervo do
arquivo da Associação Brasileira de Psicopedagogia que foi recolhido pela direção da
entidade em 2007. Por meio de um pedido, realizado aos associados mais antigos, conseguiu-
se montar um excelente acervo com três exemplares originais de cada número de toda a
coleção, tanto da fase do Boletim quanto da fase da Revista. Apenas um número, o Boletim
número dois, não consta do acervo com a impressão original. Para substituí-lo existem três
exemplares em reprodução xerográfica, encadernados em formato espiral. A penúltima página
destes volumes possui uma propaganda da Aerolineas Argentinas. A página seguinte traz o
texto Como associar-se (reproduzido anteriormente), acompanhado da Ficha de Sócio. Não
foi encontrada numeração para que se pudesse identificá-las como páginas ou capas como as
demais. A ordem em que aparecem nos leva a crer que houve um erro de encadernação. Por
meio da observação dos números seguintes, é possível crer que o texto e a ficha de sócio
fazem parte de uma página final do Boletim e a propaganda da Aero Lineas trata-se da quarta-
capa daquele número, pois propaganda semelhante compõe a quarta-capa do número seguinte,
o Boletim número três, como já foi dito anteriormente. Ainda sobre o Boletim número dois,
encontrei um texto de agradecimento à Aero Líneas Argentinas por ter, graciosamente,
transportado as professoras Ana Maria Rodriguez Muñiz e Maria Rita de Chiara, ambas de
Buenos Aires. O texto apenas agradece a Aero Lineas Argentinas. Foram Investigados todos
os números do período, na tentativa de entender como teria sido a presença das duas
professoras no Brasil. Não existe nenhuma referência nos Boletins do período, sobre qualquer
evento que pudesse contar com a participação das professoras.
O Boletim número três apresenta um texto após a publicação dos artigos e antes da
Resenha Bilbiográfica, de uma página, assinado por Orphila Conte. Seu título é Ana Maria
Poppovic. O texto enaltece o trabalho de Ana Maria e destaca a obra Alfabetização-
100
Disfunções Psiconeurológicas como sendo de importância vital para os psicopedagogos.
Enfatiza o caráter visionário da obra e seus recursos, ainda não sistematizados para um
melhor conhecimento e conseqüente subsídio para o trabalho de re-educação.(Boletim da
AEPpSP, 1983, nº 3, p.30). Em várias passagens do texto, a autora lamenta a ausência de Ana
Maria Poppovic o que leva a acreditar que se trata de uma homenagem póstuma. O texto não
deixa claro se é uma homenagem pelo aniversário de morte ou se esta teria ocorrido
recentemente. Apenas presta uma homenagem a Ana Maria Poppovic e no último parágrafo
revela ser um testemunho sobre sua obra. Aponta Ana Maria como uma inspiração e
parâmetro claro e seguro para o trabalho do psicopedagogo ao trabalhar com as dificuldades
de aprendizagem. Procurando informações sobre o falecimento de Ana Maria Poppovic, foi
constatado que seu falecimento ocorreu em junho de 1983. Com isso, foi possível concluir que
este texto trata de uma homenagem à educadora por ocasião do falecimento. O Boletim
número três é de novembro de 1983 e o número dois de abril. Sendo assim, a homenagem para
a educadora saiu publicada no número imediatamente seguinte ao falecimento.
2.1.3 - A discussão dentro da área – Os discursos sobre a área de Psicopedagogia publicados pela Fase Boletim
A elaboração da planilha de Classificação dos Artigos publicados pela Revista
Psicopedagogia, revelou a existência de artigos cujos temas discutem a área de
psicopedagogia. Foi criada uma categoria na qual pudesse aglutinar todos esses artigos e que
recebeu o nome de Discursos Sobre a Área da Psicopedagogia. Tratam-se de artigos
publicados com temáticas que discutem as ações promovidas pela ABPp. O objetivo presente
nestes artigos é divulgar, discutir e/ou debater temas referentes à psicopedagogia, e por meio
da sua leitura tomar conhecimento sobre a discussão existente entre os membros da
Associação.
A primeira publicação sobre esse tema encontra-se no Boletim número seis, de
dezembro de 1984. É um artigo de três páginas com um relato sobre o Primeiro Encontro de
Psicopedagogos ocorrido em novembro de 1984. A autora, Nádia Dumara Ruiz da Silveira, é
membro do Conselho Editorial da Revista naquele momento, e apresenta como objetivos do
Encontro: reunir psicopedagogos, pesquisadores e profissionais de diferentes áreas que
contribuam para o conhecimento teórico e prático da psicopedagogia, discutir tendências
teóricas e práticas, e por último propor a criação da Associação Brasileira de
Psicopedagogos.
101
Segundo a autora, o tema do encontro foi: A visão preventiva e terapêutica no
processo de aprendizagem, tanto no âmbito da educação formal como da educação informal,
dentro de diferentes instituições. A programação se concretizou por meio de conferências,
mesas redondas, painéis, grupo de vivência, sessões de temas livres e cursos. Contou com a
participação de quatrocentos educadores, que possuem como meta comum a necessidade de
caracterizar o desenvolvimento do processo de aprendizagem e suas conseqüências. No
encerramento do Encontro, a Associação Estadual de Psicopedagogos se pronunciou com as
seguintes propostas: criação de cursos de formação de psicopedagogos nos diversos estados,
fundação de novas associações nos diversos estados, aprofundamento das discussões sobre o
papel do psicopedagogo na realidade educacional brasileira, trocas de experiências
psicopedagógicas entre as diferentes localidades, pautas de discussões sobre o uso de
instrumentos de avaliação e mesmo do direito da realização do trabalho psicopedagógico em
relação a diferentes grupos de profissionais. São propostas que deveriam ser colocadas em
prática pela diretoria da Associação nos próximos anos. A autora lembra que todas elas estão
embasadas em princípios definidos pela Associação Estadual de Psicopedagogos.
A necessidade da interdisciplinariedade na realização do trabalho psicopedagógico. Que se intensifique cada vez mais a reflexão sobre a atuação de cada profissional e que nessa reflexão não se perca de vista que a criança ou o ser humano em qualquer idade deve ser a preocupação maior de todos, acima de qualquer radicalização. (Boletim AEPp-SP nº 06, 1984 p. 46)
Neste momento verificamos as características do campo citadas por Bourdieu (1983).
A entrada da Psicopedagogia no campo da Educação provoca uma disputa por um lugar que
estava sendo ocupado pela psicologia escolar.
Nadia Dumara escreve, em 1984, como membro do Conselho Editorial de 1982 –
1984. Escreve logo após a realização do Primeiro Encontro com o objetivo de informar o
leitor. Beatriz Scoz escreve em 1992, oito anos após a realização do Encontro, com o objetivo
de mostrar a importância da ABPp na formação do psicopedagogo.
O papel desempenhado pela Associação na organização dos psicopedagogos é
analisado por Beatriz Scoz por meio de sua produção acadêmica. Scoz é
pedagoga/psicopedagoga, e foi presidente da Associação em 1989 e 1990. Em sua dissertação
de mestrado apresentada junto ao programa de Psicologia da Educação na PUC-SP, discute
no primeiro capítulo as contribuições da Associação para área. Faz um relato de todos os
Encontros de Psicopedagogos promovidos bienalmente pela Associação até 1992. Na sua
102
visão a discussão sobre os problemas de aprendizagem entre os psicopedagogos foi
propiciada pela Associação Brasileira de Psicopedagogia, por meio de seus trabalhos.
Em sua análise chama a atenção para o Primeiro Encontro de Psicopedagogos
realizado em 1984. Este apresentou como tema a atuação dos psicopedagogos e seu objetivo
foi uma melhoria da qualidade de ensino nas escolas. Scoz enfatiza que a preocupação neste
Encontro foi além da discussão sobre problemas de aprendizagem. A forma como argumenta
em sua dissertação, base dos artigos que publicou no periódico, mostra que por meio deste
Encontro a Associação revela sua preocupação com algo mais amplo do que apenas discutir
sobre a dificuldade de aprendizagem. Para Scoz a Associação, ao promover este Encontro,
mostra sua preocupação com a qualidade de ensino da escola brasileira. Segundo a autora, a
Associação prosseguiu com sua atuação promovendo atividades com profissionais de
diferentes áreas de atuação, enfatizando a necessidade de conhecimentos multidisciplinares
para elaborar a forma de atuação psicopedagógica. (Scoz, 1992, p. 39)
A ênfase atribuída por Scoz ao papel da Associação mostra uma tentativa de legitimar
as práticas psicopedagógicas dentro do campo da Educação. Esta ação revela a existência de
disputas dentro deste campo. Ao mesmo tempo surge a pergunta: quem são os personagens
dessa disputa? São perguntas que apontam para novas pesquisas.
No Boletim número sete, de abril de 1985, encontra-se a publicação de um convite para
o Segundo Encontro de Psicopedagogos. Neste texto é apresentada a justificativa para São
Paulo ter sido escolhida para sediar o Segundo Encontro e convida profissionais da área de
Educação para participarem e encaminharem propostas de temário.
O Boletim número oito, de agosto de 1985, apresenta a programação do Segundo
Encontro de Psicopedagogos a ser realizado em julho de 1986.
Nesta programação encontramos objetivos, temário e prazo para entrega de trabalhos.
Entre os objetivos, encontram-se os mesmos citados para o Primeiro Encontro tendo sido
acrescentado como quinto objetivo: criar a Associação Brasileira de Psicopedagogia e
Capítulos Estaduais.
No mesmo Boletim número oito, de 1985, encontra-se publicado o artigo:
Considerações sobre as atividades dos profissionais em Psicopedagogia na região de Porto
Alegre, de autoria de Clarissa S. Golbert, apresentada como professora nos curso de pós-
graduação em Educação e Lingüística na PUC-RS. Este é o primeiro artigo publicado na
história do periódico com a temática sobre a área da Psicopedagogia.
Neste trabalho, a autora toma como base depoimentos de profissionais envolvidos com
atividades psicopedagógicas. Para escrever o artigo entrevistou um grupo de profissionais,
103
apresentados como pessoas de reconhecida capacitação e representatividade. É formado por
seis docentes que trabalham com a preparação de profissionais em educação. Não é
mencionado no artigo em quais cursos da área de educação esses docentes trabalham. Dentro
do grupo destaca a existência de três profissionais desenvolvendo atividades psicopedagógicas
na linha terapêutica ou remediativa. O artigo foi elaborado a partir de dados coletados por
meio de um instrumento de pesquisa, um questionário respondido individualmente, segundo
explica a autora no segundo parágrafo. Com as respostas coletadas pelos questionários foi
elaborado um conjunto de idéias apresentados pela autora por meio do artigo, mas que antes foi
submetido à apreciação de outros dez profissionais em Psicopedagogia. Este grupo de dez
profissionais teve por função concordar ou discordar das idéias apresentadas pelos
questionários, por meio de críticas e/ou sugestões. Com isso, demonstra que o artigo utiliza
uma metodologia, porém ao mesmo tempo reconhece que a amostra é pequena, chamando a
atenção do leitor para o fato que referem-se à uma realidade peculiar à Porto Alegre. Com esta
afirmação toma o cuidado de comunicar o leitor de que tais idéias não se aplicam às outras
regiões do Brasil e nem mesmo a outras cidades do Rio Grande do Sul.
Ao entrar no universo da pesquisa a autora descreve a realidade de Porto Alegre em
relação à Psicopedagogia. Porto Alegre é apresentada como possuidora de três agências de
preparação de profissionais em Psicopedagogia. Estas três agências, como são chamadas no
artigo, são descritas pela autora como segue abaixo:
- A Clínica Médica Pedagógica de Porto Alegre e desde 1970 prepara profissionais em Psicopedagogia Terapêutica, e que, desde 1983, criou o Centro de Estudos Médicos e Psicopedagógicos de Porto Alegre, destinado à formação e atualização em Psicopedagogia, Consultoria Escolar e Pesquisa. - A Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, que desde 1972 desenvolve a área de Concentração em Aconselhamento Psicopedagógico, dentro de seu Curso de Pós-Graduação em Educação, a nível de (sic) Especialização e/ou Mestrado. - A Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que em 1974/1975 desenvolveu o Curso de Especialização em Psicopedagogia Terapêutica e, a partir de 1984 desenvolveu o Curso de Especialização em Aconselhamento Psicopedagógico dentro de seu Cursos de Pós-Graduação em Educação. (Golbert, BoletimAEPpSP, nº 08, 1985, p. 11 - 12)
Após esta identificação a autora apresenta um subtítulo Caracterização da
Psicopedagogia. Nesta parte do artigo percebemos que a autora tem por objetivo esclarecer
como nasce a Psicopedagogia enquanto pressuposto teórico. A autora afirma que a
Psicopedagogia tem seu nascimento a partir das vinculações entre psicologia e pedagogia a
partir de pressupostos teóricos desenvolvidos em países de língua francesa. Ao fazer esta
104
colocação não leva em consideração a influência dos autores argentinos apontados por Bossa e
Mendes, conforme citação no primeiro capítulo desta dissertação. Bossa e Mendes chamam a
atenção para os pressupostos teóricos não apenas franceses, mas também argentinos. Em seus
trabalhos, Bossa e Mendes dedicam um subtítulo a participação da Argentina, que não é citada
no artigo de Golbert.
Golbert afirma que a Psicopedagogia procura desenvolver ações preventivas ou
terapêuticas para tratar de questões oriundas do processo de aprendizagem da pessoa. Para
tanto necessita da sistematização de pressupostos teóricos próprios. Com isso a autora justifica
que naquele momento há a falta de um corpo teórico próprio, à Psicopedagogia por ser nova
em todo o mundo e dependente da Psicologia e Pedagogia.
Em seguida a autora passa a discutir o objeto de estudos da Psicopedagogia e o divide
em dois enfoques: preventivo e terapêutico. Dentro de um enfoque preventivo considera como
objeto de estudos o ser humano em desenvolvimento, enquanto ser educável. No enfoque
terapêutico considera o objeto de estudos a identificação, análise e elaboração de uma
metodologia de diagnóstico e tratamento das dificuldades de aprendizagem. Em relação ao
objeto de estudos é necessário lembrar que Golbert escreve em 1985, quando as discussões
sobre a definição do objeto de estudos estão no seu início. Somente na década de 1990 é que se
encontra uma bibliografia definindo o objeto de estudos da Psicopedagogia como processo de
aprendizagem. Ao prosseguir com suas idéias, Golbert destaca que o trabalho desenvolvido
com as dificuldades de aprendizagem no Brasil remonta aos anos de 1950. A partir desse
período, segundo a autora, existe um grande grupo de alunos que, mesmo apresentando
integridades motoras, sensoriais, intelectuais e emocionais apresentam desadaptação escolar
e/ou dificuldades para as aprendizagens escolares, de forma mais ou menos persistente. A
autora afirma que são indivíduos portadores de alterações em processos que dão origem a
diferentes dificuldades. Estas alterações são relativas ao sistema nervoso central, fatores
psicodinâmicos e sócio-cultural que não afetam a aprendizagem básica, mas incidem na
aquisição de habilidades de aprendizagem escolar. Como continuidade para a discussão destes
temas a autora fala sobre a formação do Psicopedagogo. Neste tópico do artigo, defende uma
formação multidisciplinar e assentada em diversas ciências. Sustenta como argumento que a
formação do Psicopedagogo deve ser embasada em pressupostos teóricos de diferentes pontos
de vista e cita pontos de vista filosófico, sociológico e psicológico que possam fornecer
elementos para sua formação. Do ponto de vista filosófico, elementos que permitam encontrar
a idéia de homem e os valores implícitos em cada teoria educacional. Do ponto de vista
sociológico, a autora afirma que é necessário uma formação para possibilitar ao psicopedagogo
105
a compreensão do seu tempo e do seu espaço sócio-cultural. Do ponto de vista psicológico a
formação deve ser abrangente e profunda, envolvendo principalmente, o estudo do
desenvolvimento sob os pontos de vista evolutivo e dinâmico, das relações interpessoais na
família e na escola, da teoria de aprendizagem. Ao finalizar esta discussão em seu artigo,
afirma que o psicopedagogo promove a integração entre estas diversas áreas do conhecimento,
e esta integração não lhe é dada “a priori” e sim é construída por ele.
Ao dar continuidade em sua argumentação, discute os princípios que norteiam a ação
dos psicopedagogos. Dedica um tópico específico dentro de seu artigo no qual procura refletir
sobre as ações necessárias para tal profissional e quais devem ser seus objetivos para com elas.
A forma como constrói o artigo leva o leitor a se fazer perguntas que são respondidas na
seqüência pela autora. Ou seja, no tópico seguinte a autora inicia com a pergunta quem é o
psicopedagogo. Nesta etapa faz afirmações claras com o objetivo de delimitar a atuação desse
profissional. Ao finalizar o tópico, enfatiza a complexidade do trabalho de um psicopedagogo
ao afirmar a necessidade de um autoconhecimento, que seja colocado a serviço de seu trabalho
com o processo da aprendizagem. Dentro desta perspectiva, passa a discutir o papel
desempenhado pelo psicopedagogo na dinâmica escolar. Enfatiza suas contribuições no
assessoramento dos profissionais envolvidos com o ensino-aprendizagem dentro da instituição
escolar. Frente a isso, o profissional tem a função de esclarecer as dificuldades de
aprendizagem, não apenas com origens no próprio aluno, mas também na instituição e suas
formas de organização. Acrescenta que o papel do psicopedagogo integra diretamente a
dinâmica da aprendizagem, encontrando facilitadores que permitam o aluno buscar a
aprendizagem. Assim desenvolve sua argumentação, discutindo as diferenciações entre o papel
do psicopedagogo e de alguns técnicos. Ressalta a existência de uma interface no papel
desempenhado pelo psicopedagogo junto a outros profissionais e os limites abstratos que
impedem, muitas vezes, a possibilidade de definir os papéis de forma objetiva. Sobre
dificuldade, afirma não pertencer apenas ao funcionamento do nível técnico, mas também a
natureza do ser humano: não é possível definir os limites da linguagem e do pensamento, dos
processos de aprendizagem e das características pessoais, e assim por diante.
Ao finalizar o artigo, Clarissa Golbert chama a atenção para o fato de ter tratado o
psicopedagogo como profissional na reflexão feita no artigo, e lembra que não existe
reconhecimento da profissão. Encerra o artigo questionando os rumos a serem tomados pela
definição do papel do psicopedagogo e enfatizando que poderá acontecer na medida em que as
pessoas que no Brasil trabalham nesta área se unirem e buscarem este objetivo. Após o
encerramento de sua argumentação, a autora publica a lista com os nomes e a identificação do
106
currículo profissional de cada docente participante da pesquisa. Em seguida apresenta a lista
dos dez profissionais que participaram da discussão crítica do artigo, como também da
professora orientadora do trabalho. (Golbert, BoletimAEPpSP, nº 08, 1985, p. 11 - 12)
Este artigo é publicado com a data de 1985. É citado por Sonia Azambuja Fonseca em
1994. Pode-se ver que, em 1985, Clarissa Golbert desenvolveu a discussão mostrando a
preocupação em definir o objeto de estudos da Psicopedagogia e firmar uma posição frente à
dificuldade de aprendizagem como uma situação que não tem sua origem somente no aluno.
Retomando o lugar atribuído ao do 2o encontro pelas memorialistas oficiais da
Associação, é importante destacar que este foi divulgado pelos Boletins número 11 e 12. Nos
editoriais dessas edições encontra-se uma justificativa afirmando que nestes números foram
publicados como artigos os trabalhos apresentados durante o Segundo Encontro. O tema desse
Segundo Encontro foi: Psicopedagogia: O Caráter Interdisciplinar na Formação e na Atuação
Profissional. Em sua dissertação, Scoz afirma que este Encontro teve o objetivo de debater a
multiplicidade de fatores envolvidos no processo de aprender e nos problemas de
aprendizagem. (Scoz, 1992, p. 40)
Sobre este mesmo Encontro pode ser encontrado um comentário no editorial do Boletim
número 12 de dezembro de 1986. Neste é comunicado que a publicação de trabalhos
apresentados no Segundo Encontro de Psicopedagogos se encerra, mas os trabalhos que não
foram publicados pelo Boletim serão encontrados no livro publicado pela Editora Artes
Médicas com o título: Psicopedagogia: o caráter interdisciplinar na formação e atuação do
profissional. Em seguida, aparece um parágrafo:
A opção por uma publicação mais densa, desvinculada do Boletim se justifica por um lado, pelo grande volume de trabalhos apresentados no II Encontro, por outro, pela nossa intenção de democratizar cada vez mais o acesso ao conhecimento. (Editorial do Boletim da ABPp, nº 12, dezembro de 1986).
O Boletim nº 11, de agosto de 1986 publicou uma Moção Apresentada no Segundo
Encontro de Psicopedagogos. No primeiro parágrafo deste documento, as autoras Monica
Mendes e Beatriz Scoz afirmam que as decisões tomadas no Primeiro Encontro foram
praticadas. A confirmação é feita por meio das exposições feitas no Segundo Encontro. O que
vem sendo praticado é a atuação mais direta junto às camadas menos privilegiadas da
população. Chamam atenção para as decisões tomadas no Segundo Encontro com destaque
para a proposta de delinear com objetividade os princípios éticos que “iluminam e regem a
atuação dos profissionais psicopedagogos.” A frase seguinte justifica que o perfil desse
107
profissional vai progressivamente se definindo e criando raízes cada vez mais fortes nos
pressupostos teóricos e filosóficos que lhe dão suporte. Em seguida é ressaltada a
necessidade de propiciar aos educadores e demais profissionais que contribuem para o
desenvolvimento do processo de aprendizagem, uma formação com uma atuação mais
objetiva frente ao processo de aprendizagem. O texto da Moção é finalizado com o
compromisso de criar um Código de Ética que garanta o desempenho sério e compromissado
desse profissional. (Boletim da AEPpSP, nº 11, 1986, p. 5 – 6)
O boletim número 14, de dezembro de 1987, publicou na sessão Notas a chamada
para a realização do Primeiro Congresso Brasileiro de Psicopedagogia e IIIº Encontro de
Psicopedagogos. Esta chamada é apresentada com o tema: “Psicopedagogia: o resgate da
integração no processo ensino-aprendizagem”, além da data e local de realização do evento.
(Boletim da ABPp, nº 14, 1986, p.85)
O Boletim número 15, de junho 1988, apresentou na sessão Notas a chamada para
Reuniões Científicas, que são apresentadas como um espaço propício à troca de experiências
e à discussão de temas relevantes para a Psicopedagogia. Em seguida é apresentada a
programação de quatro reuniões com seus respectivos temas, palestrantes, datas e horários.
(Boletim da ABPp, nº 15, 1988, p. 73)
Em junho de 1988 o Editorial do Boletim número 15 publica comentários sobre a
preparação do Primeiro Congresso e Terceiro Encontro de Psicopedagogos que ocorreu
simultaneamente. Segundo o Editorial a equipe da ABPp – São Paulo, contou com a
colaboração valiosa de membros da diretoria das seções da ABPp – Rio de Janeiro e Rio
Grande do Sul, assim como associadas do Paraná e de Minas Gerais. Destaca que a
Associação cumpriu um papel importante fornecendo subsídios para os educadores
fundamentalmente nas escolas públicas. Em seguida comenta que isto ocorreu também por
meio de artigos publicados no Boletim. Ao mesmo tempo em que o Boletim é usado como
espaço para divulgar as ações da Associação junto à área de Psicopedagogia, é utilizado
também para enaltecer estas mesmas ações. Ao mesmo tempo pode-se perguntar: estes
subsídios seriam os Boletins? A Associação não possuía nenhuma outra publicação. Ou estes
subsídios seriam materiais produzidos especificamente para os educadores?
O Boletim número 16 é lançado logo após a realização do Primeiro Congresso e
Terceiro Encontro. No seu Editorial encontram-se comentários enfatizando o êxito do
Congresso. Em paralelo a isso, mais uma vez, é enaltecido o trabalho da Associação no
Congresso.
108
O Boletim número 16, de dezembro de 1988, publicou uma Moção apresentada no Iº
Congresso Brasileiro de Psicopedagogia e IIIº Encontro de Psicopedagogos de São Paulo. A
Moção apresenta uma pequena retrospectiva do primeiro e segundo Encontro. Nessa
retrospectiva é apresentado o tema de cada Encontro e as decisões já citadas acima. Em
seguida, o texto apresenta uma síntese do que foi o Iº Congresso Brasileiro de
Psicopedagogia e simultaneamente IIIº Encontro de Psicopedagogos. O tema deste
Congresso/Encontro foi: Psicopedagogia: o Resgate da Integração no Processo
Ensino/Aprendizagem. É destacado como aspecto de maior importância ocorrido neste
evento: o espaço aberto à discussão envolvendo a participação de elementos de vários
Estados do Brasil, que se posicionaram com respeito ao perfil do psicopedagogo. (Boletim
da ABPp, nº 16, 1988, p. 5 – 6). A moção é assinada por duas associadas: Beatriz Judith Lima
Scoz e Mônica Hoehne Mendes, respectivamente Vice-presidente e Diretora-cultural em
exercício na Associação, no Biênio 87/88. O tema da moção destaca a necessidade de
fortalecer o trabalho da Associação, promovendo a abertura de mais seções em outros
estados. .
Em 1989 o editorial do Boletim número 17, destaca o compromisso da gestão 89-90
com a definição do perfil do psicopedagogo. Neste momento é citada pela primeira vez nos
Editoriais a preocupação com a regulamentação da profissão de psicopedagogo. No mesmo
Editorial é relatada a participação da Associação nas discussões sobre a nova Constituição
Estadual em relação ao tema da Educação. Esta participação, segundo o editorial em questão,
foi em atendimento ao convite da Deputada Guiomar Namo de Melo. A participação da
Associação pode ser vista como um indício do reconhecimento da mesma como representante
da área de Psicopedagogia.
O Boletim número 18 publicou na seção notas a chamada para o IV Encontro de
Psicopedagogos a ser realizado em julho de 1990 na Universidade de São Paulo. O tema para
este encontro foi: A identidade do Psicopedagogo: Formação e atuação profissional.
(Boletim da ABPp, nº 18, 1990, p. 117)
Em 1990, é realizado o Quarto Encontro de Psicopedagogos promovido pela
Associação. Após a realização do Quarto Encontro foi publicado pelo Boletim número 19 a
Moção apresentada no IV Encontro de Psicopedagogos de São Paulo. Esta moção apresenta
o tema do IV Encontro, e a intenção deste em aprofundar a discussão do perfil do
psicopedagogo. Em seguida comunica a abertura de uma seção da ABPp no Estado do Ceará
e a existência de intenções em abrir outras seções no próprio estado de São Paulo. Menciona a
criação de um documento norteador para a definição do perfil do psicopedagogo e dos
109
campos de conhecimento que fazem parte deste perfil: Psicanálise, Psicolingüística e
Neurologia. Posteriormente relata como resultados deste Encontro: continuidade do
aprofundamento das áreas de conhecimento, encaminhamento de um documento sobre o
perfil dos psicopedagogos, encaminhamento também para Faculdades e Universidades e
divulgação nos meios de comunicação de paradigmas que envolvem a formação e a atuação
psicopedagógica. Por fim, afirma ter atingido os objetivos propostos com um melhor nível de
qualidade, seriedade e comprometimento da ação psicopedagógica. (Boletim ABPp, nº 19,
1990, p.5).
O mesmo Boletim número 19 publicou também a Moção apresentada no IV Encontro
de Psicopedagogos de São Paulo – julho 1990. Esta Moção enfatiza o trabalho desenvolvido
pela Associação Brasileira de Psicopedagogia, promovendo a organização dos profissionais
em torno da Psicopedagogia por meio da discussão de seus pressupostos teóricos. Em seguida
destaca a apresentação do documento que serve como elemento norteador para a definição
do perfil do psicopedagogo. Com isso aponta as três áreas selecionadas para aprofundar os
conhecimentos: Psicanálise, Psicolingüística e Neurologia. O texto é finalizado chamando a
atenção para os objetivos que foram atingidos com estas ações. (Boletim da ABPp, nº 19,
1990, p. 07)
Como se vê, a Psicopedagogia percorreu um caminho, durante os anos de 1980, por
meio dos Encontros e Reuniões Científicas que apresentou como objetivo definir o perfil do
profissional psicopedagogo. O espaço para a divulgação dessas definições foi o Boletim. De
acordo com a Moção apresentada no IV Encontro e publicada pelo Boletim em 1990, os
psicopedagogos entram na nova década com este perfil definido. Os discursos veiculados
pelos artigos nesta Fase entrelaçam aspectos constitutivos da área da Psicopedagogia com
aspectos pertencentes ao papel da Associação dentro da área.
Inicialmente a Psicopedagogia se propôs a discutir sobre as Dificuldades de
Aprendizagem, como mostra Beatriz Scoz, por meio do papel desempenhado pela Associação.
A área de estudos apresenta como discussão no Primeiro Encontro, seis anos após a fundação
da Associação, temas mostrando outra compreensão sobre a aprendizagem. Neste encontro
fala-se em multiplicidade de fatores que atuam nas chamadas dificuldades e é reconhecida a
necessidade de atuar dentro da instituição escolar. No Segundo Encontro, ao falar em
convergência de conhecimentos, sinaliza a preocupação em discutir quem é esse profissional
e como ele atua frente ao que propõe. Dessa forma, a Associação apresenta seus primeiros
movimentos em direção ao estabelecimento de regras e controle da área que se expande. São
mecanismos buscando estratégias de controle também do crescimento indiscriminado da
110
oferta de cursos de Especialização em Psicopedagogia. Por outro lado pode-se perguntar:
qual seria a força desta Associação diante da crescente oferta de cursos dentro do campo da
Educação?
Esta preocupação é reafirmada pela Associação com a realização do Terceiro
Encontro, no qual foi discutido sobre a identidade profissional. Vê-se a construção de um
modelo de atuação reagindo contra críticas ou outras formas de atuação não legitimadas pela
Associação.
Os Quarto e Quinto Encontros se complementam enfatizando a existência de uma
práxis psicopedagógica. A área de estudos vai gradativamente se ampliando por meio das
discussões promovidas pela Associação.
2.1.4 - O que revelam os gráficos: incidência dos objetos de pesquisa?
Na introdução foram apresentadas as categorias elaboradas para classificação dos
artigos publicados em cada Fase. Após a finalização das planilhas, que integram o anexo desta
dissertação, foram gerados gráficos que são analisados aqui.
111
Gráfico 2
Incidência dos objetos de pesquisa - Fase Boletim
0
1
2
3
4
5
6
7
8
1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990
Psicopedagogia Institucional Fundamentos Teóricos Processo de AprendizagemDiagnóstico e Intervenção Psicopedagógica Falhas no Processo de Aprendizagem Processo de AlfabetizaçãoDiscursos sobre a Área de Psicopedagogia Psicopedagogia Hospitalar Crianças marginalizadasPsicopedagogia no Ensino Superior Outros
112
2.1.4.1 - A Incidência dos Objetos de Pesquisa durante a Fase Boletim
Nesta fase estão presentes as onze categorias de classificação, como mostra o Gráfico
2. O primeiro aspecto que chama a atenção do observador é a oscilação. O ano de 1989
apresenta uma igualdade da incidência das cinco categorias presentes. Pode-se verificar que
neste ano foi publicado apenas um exemplar, o número 17. No editorial deste número foi
possível encontrar elementos que ajudassem a compreender a constância revelada pelos
gráficos. Foram encontrados vários elementos que chamam a atenção e ajudam a reflexão.
Segundo este editorial, é o início da gestão 1989/1990, que tem como compromisso a
definição do perfil do psicopedagogo, visando à regulamentação da profissão. Outros
aspectos relevantes: a Associação está envolvida com a discussão da nova Constituição
Estadual no capítulo sobre Educação; o editorial relata a realização de um seminário: Teorias
de aprendizagem: Vygotsky e Piaget em confronto que despertou grande interesse dos
professores das redes de ensino público e privado. Posteriormente o editorial revela que o
Boletim 17 pautou a escolha de seus artigos por atenderem simultaneamente às duas grandes
áreas de atuação da Psicopedagogia – Escola e Clínica – combinado com o interesse em
divulgar trabalhos apresentados no I Congresso Brasileiro de Psicopedagogia. (Boletim
ABPp, 1989, nº 17, p. 5). Estes são os fatos que contextualizam o ano de 1989 segundo o
Editorial. Por outro lado, deve-se lembrar que neste número foram publicados cinco artigos
classificados em cinco categorias diferentes, ou seja, foi publicado um artigo de cada
categoria. As categorias que apareceram são: Processo de Aprendizagem, Diagnóstico e
Intervenção Psicopedagógica, Falhas no Processo de Ensino Aprendizagem, Processo de
Alfabetização, Discursos sobre a área de Psicopedagogia. Podemos considerar dois fatos
importantes: o Seminário promovido suscita uma discussão que está presente nos temas dos
artigos ao mesmo tempo que o I Congresso apresenta uma temática que enfatiza a necessidade
de uma abordagem convergente, capaz de promover uma integração de conhecimentos na
compreensão da aprendizagem humana, conforme revela Beatriz Scoz. (Scoz, 1992). Dessa
forma, têm-se vários elementos que ajudam a pensar a constância que se manifestou.
Alguns temas possuem uma incidência maior dentro da Fase, o que revela a existência
de uma maior valorização de alguns temas. O tema Diagnóstico e Intervenção
Psicopedagógica é o que mais aparece. Exceto no ano de 1982, marcado pela publicação
apenas do número um, todos os outros anos apresentam Diagnóstico e Intervenção
Psicopedagógica como o tema mais publicado. O tema Psicopedagogia no Ensino Superior
113
aparece apenas uma vez dentro deste período. Artigos sobre Psicopedagogia Hospitalar não
foram publicados neste período.
No ano de 1982 houve a publicação apenas do número um, no qual foram publicados
artigos somente com o tema Fundamentos Teóricos. Isto se deve ao fato de as duas primeiras
edições do Boletim serem temáticas. O tema que aparece na capa do Boletim número um é A
Psicopedagogia em Questão. Isso justifica o aparecimento apenas de Fundamentos Teóricos
no gráfico. O tema de capa do número dois é Dificuldades de Aprendizagem na Leitura e
Escrita, o que explica o aparecimento de quatro categorias: Processo de Aprendizagem,
Falhas no Processo de Aprendizagem, Processo de Alfabetização e Outros.
2.1.4.2 – As Resenhas publicadas durante a Fase Boletim
Durante o ciclo de vida do periódico encontra-se uma seção com o título de Resenhas.
Para uma melhor compreensão dos temas abordados nesta seção, foi elaborada uma planilha,
que faz parte do anexo, catalogando todas as resenhas publicadas dentro Fase Boletim. Por
meio dos dados obtidos a partir do gráfico 3 gerado pela planilha, verifica-se a incidência dos
objetos de pesquisa das resenhas publicadas.
As planilhas mostram uma constância na publicação das resenhas durante Fase
Boletim. Somente o ano de 1986 não possui a publicação de resenhas, enquanto nos demais
anos que compõe esta Fase, encontramos resenhas publicadas em todos eles.
A classificação das resenhas permite compreender o que está sendo proposto e
valorizado pela área em termos de publicações. É possível ter uma visão sobre as propostas de
leituras feitas pelo conselho editorial da Revista, ao mesmo tempo em que se pode considerar
também como propostas de montagem de bibliotecas pessoais para os psicopedagogos.
Foram criadas onze categorias para classificação dos objetos de pesquisa como já foi
apresentado anteriormente. O gráfico 3 apresenta a incidência de cada categoria dentro da
Fase, por meio de porcentagens. Apresentar a incidência em forma de porcentagem foi uma
alternativa que facilitou a compreensão desses dados.
Dessa forma verifica-se que durante a Fase Boletim a categoria Outros é a que possui
maior incidência com 38,1%, seguida por três categorias com a mesma incidência:
Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica, Processo de Alfabetização e Processo de
Aprendizagem com 19,05% cada uma delas; por último, Fundamentos Teóricos com 4,76%
tem a menor incidência. As demais categorias não possuem resenhas publicadas na Fase
Boletim.
114
A classificação dos artigos e das Resenhas publicadas por meio de seus objetos de
pesquisa permite compreender como a Psicopedagogia adentra o campo da Educação durante
a Fase. A análise mostra as categorias mais lidas pelos membros da área e com isso se verifica
o regramento das práticas e saberes da Fase.
115
Gráfico 3
Incidência dos Objetos de Pesquisa nas Resenhas Publicadas
7,27%
16,67%
4,76%
20,00%
50,00%
10,91%
16,67%
7,27%
19,05%
5,45%
16,67%
10,91%
19,05%
38,18%
19,05%
38,10%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
Fase Boletim Fase Revista Nacional Fase Revista Indexada
Psicopedagogia Institucional Fundamentos Teóricos Processo de Aprendizagem
Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica Falhas no Processo de Aprendizagem Processo de Alfabetização
Outros
116
CAPÍTULO 3
3 - Um novo periódico: Psicopedagogia - Revista da Associação Brasileira de
Psicopedagogia
A Fase Revista Nacional -1991 a 2002
Neste capítulo a materialidade do periódico mostra a transformação do Boletim da
Associação Brasileira de Psicopedagogia em Revista. O novo título: Psicopedagogia –
Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia apresenta a nova Fase: Revista Nacional.
Formada por 40 edições, o capítulo apresenta a descrição do que foi esta Fase.
3.1 - As características da Revista
Esta é a Fase mais longa dentro da periodização estabelecida para o ciclo de vida do
periódico, iniciando-se no número 21, publicado no primeiro semestre de 1991 e se
encerrando com o número 60 publicado em novembro de 2002. Por meio da análise de todos
os números pode-se encontrar 16 seções fixas, como mostra o Quadro 6. Tratam-se das seções
encontradas presentes em todos os números lançados durante esta Fase. Inicialmente, ao
montar o quadro classificando as seções, foram identificadas 26 seções presentes. Ao encerrar
o quadro e analisá-lo, dez destas seções tratavam, na verdade, de inserções pontuais dentro de
determinados números. Sendo assim, o quadro foi re-elaborado excluindo o que aparecia uma
só vez e que anteriormente havia sido tratado como seção.
As seções permanentes, ou que pelo menos aparecem na maioria das quarenta edições
que compõem esta fase, são: Conversa com o Leitor, Compartilhando, Entrevistas,
Colaboração Nacional, Artigos, Mesa Redonda, Teses, Relatos de Experiências, Destaques,
Resenhas, Publicações Recebidas, Ficha de sócio, Ficha para Assinatura, Propaganda da
ABPP e Propaganda Externa.
117
Quadro 6 - Seções do Periódico da Associação Brasileira de Psicopedagogia – Fase Revista Nacional
Seções Número da edição
Conversa com o Leitor
Compartilhando Entrevistas Colaboração Nacional
Artigos Mesa Redon- da
Teses Relatos de experiên cias
Memorial
Desta ques
Leituras comenta das
Resenhas Publicações Recebidas
Ficha de sócio
Endereços das Seções
Ficha para assinatura
Propaganda da ABPP
Propaganda externa
Agenda - nº de eventos
Seminários e Conferências
21 0 0 0 0 5 0 0 2 0 3 0 1 8 2 11 2 5 0 0 0
22 1 0 0 0 4 0 0 2 0 2 0 1 2 2 7 2 1 0 0 0
23 1 0 2 0 4 0 0 2 0 2 1 1 8 2 7 1 1 0 0 0
24 1 0 0 0 5 0 0 0 0 1 1 1 2 2 7 1 1 0 0 0
25 1 0 1 0 4 0 0 3 0 2 0 1 0 2 7 1 1 0 2 0
26 1 0 1 0 3 0 0 3 0 1 0 1 0 0 0 1 1 1 x 0
27 1 0 1 0 4 0 0 1 0 0 0 8 0 0 0 0 2 2 0 0
28 1 0 1 0 4 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 0 2 3 0 0
29 1 0 1 0 3 0 0 1 1 0 0 2 14 0 0 0 1 6 0 0
30 1 0 1 0 3 0 0 2 1 1 0 2 16 0 0 0 3 0 0 0
31 1 0 0 0 4 0 0 2 0 2 0 2 7 0 0 0 3 0 0 0
32 1 0 1 0 3 0 0 3 0 1 0 1 7 0 0 0 1 0 0 0
33 1 1 1 1 2 1 0 1 0 1 0 1 18 0 0 0 0 1 0 0
34 1 1 1 2 4 1 0 2 0 1 0 1 12 0 0 0 2 1 0 0
35 1 1 1 1 6 1 0 2 0 1 0 1 12 0 0 0 2 1 0 0
36 1 1 2 1 3 2 1 2 0 1 0 1 21 0 0 0 2 1 0 0
37 1 1 0 2 4 1 0 2 0 1 0 1 17 0 0 0 2 1 0 0
38 0 1 0 1 7 0 2 4 0 2 0 1 31 0 0 0 1 1 0 0
39 1 1 0 1 5 1 1 2 0 1 0 2 18 0 0 0 1 3 0 0
40 1 1 0 1 4 1 1 1 0 1 0 1 30 0 20 0 1 2 0 0
41 1 1 1 1 5 2 1 2 0 1 0 1 0 0 20 0 1 2 0 0
42 1 1 1 3 4 1 1 0 0 1 0 1 32 0 0 0 1 2 0 0
43 1 1 1 1 4 1 2 1 0 1 0 1 33 0 24 0 1 2 0 0
44 1 1 0 1 8 0 0 1 0 1 0 2 17 0 0 0 0 2 0 0
45 1 1 1 1 5 1 2 3 0 1 0 1 14 0 0 0 0 1 0 0
46 1 1 0 1 4 2 2 2 0 1 0 2 42 0 0 0 0 3 0 0
47 1 1 1 2 4 2 1 2 0 1 0 2 22 0 0 0 0 4 0 0
48 1 1 0 0 7 1 0 3 0 1 0 2 26 0 0 0 0 4 0 0
49 1 1 0 1 8 0 0 2 0 1 0 2 17 0 0 0 1 2 0 0
50 1 1 0 2 6 0 DM 1 0 2 0 1 11 0 24 1 1 2 0 0
51 1 1 0 0 10 1 0 0 0 0 0 2 20 0 24 0 1 1 0 0
52 1 1 0 0 10 0 1 2 0 0 0 2 18 0 0 0 0 1 0 0
53 1 1 0 0 13 0 1 0 0 0 0 1 16 0 24 0 0 1 0 1
54 1 1 0 0 6 0 0 0 0 0 0 2 22 0 0 0 1 0 0 0
55 0 0 0 0 5 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
56 1 1 0 3 7 0 1 2 0 1 0 2 17 0 0 0 2 2 0 0
57 0 0 1 2 6 0 3 3 0 1 0 3 34 1 24 0 1 0 0 1
58 1 1 0 0 5 8 4 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 5 0 0
59 1 1 homenagem 0 7 0 1 0 0 1 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0
60 1 1 0 0 7 0 1 1 0 0 2 2 28 0 0 0 1 0 0 0
118
Ao observar o formato da Revista, mostrado pelo quadro 7, imediatamente percebe-se
uma mudança. Ampliou-se o tamanho, mudou-se a diagramação, mudando com isso toda sua
organização tipográfica. Por um lado encontra-se uma Revista que estabelece um diálogo
maior no momento em que cada seção é claramente demarcada, mostrando ao leitor seu início
e seu fim. A seguir, foram destacados os recursos que são utilizados para mostrar ao leitor
que, ao virar a página, estará em uma nova seção: título da seção em negrito em todas as
páginas, tamanho de letras diferentes para títulos e corpo de texto, traços contínuos para
indicar o encerramento de um texto, mudança no tipo da letra, por exemplo, para informar o
nome do autor do texto, diagramação do texto de artigos em três colunas verticais dentro da
mesma página, mudando esta diagramação quando se trata de outra seção. A publicação
adquiriu enfim um formato de Revista, perdendo as características que na fase anterior nos
remetiam ao formato de livro.
Nesta fase, a Revista apresenta um formato diferente que pode propiciar outra relação
do leitor com a leitura. No formato que se apresenta para esta fase, é possível fazer uma leitura
menos cansativa, pois a diagramação das páginas propicia, por exemplo, descanso para os
olhos com espaços em branco maiores que as duas fases anteriores. Na Fase Boletim, depara-
se com o formato livro, tipo de letra igual para todas as páginas sem descanso para os olhos
entre um texto e outro. Na Fase Revista, ao iniciar uma nova seção, o leitor primeiramente se
depara com o título da seção, logo abaixo o título do texto disponível para leitura. Ambos
estão em negrito com letras em tamanho maior que as letras que compõem o texto. A seguir é
apresentado o nome do autor com um asterisco que nos remete para o final do texto, no qual
se encontram os dados de identificação do autor.
119
Quadro 7 -Formato do Periódico – Fase Revista Nacional
Edição Número de
artigos Número de páginas
Número de ilustrações
Número de fotos Formato (cm)
Índice/ Sumário
21 3 44 4 0 21 x 28 índice 22 4 45 4 0 21 x 28 índice Total em 1991
7 89 8 0
23 4 24 0 1 21 x 28 índice 24 5 36 0 0 21 x 28 índice Total em 1992
9 60 0 1
25 4 38 1 1 21 x 28 índice 26 3 40 0 1 21 x 28 índice 27 4 32 0 1 21 x 28 índice Total em 1994
11 110 1 3
28 4 40 0 1 21 x 28 índice 29 3 48 0 1 21 x 28 índice 30 3 48 0 2 21 x 28 índice 31 4 42 0 0 21 x 28 índice Total em 1994
14 178 0 4
32 3 46 1 1 21 x 28 índice 33 6 42 5 2 21 x 28 índice 34 6 48 9 0 21 x 28 índice Total em 1995
15 136 15 3
35 7 48 13 1 21 x 28 índice 36 4 52 14 2 21 x 28 índice 37 6 52 6 1 21 x 28 índice 38 8 68 4 0 21 x 28 índice 39 6 51 4 0 21 x 28 índice Total em 1996
31 271 41 4
40 5 68 5 0 21 x 28 índice 41 6 48 4 2 21 x 28 índice 42 7 44 5 1 21 x 28 índice Total em 1997
18 160 14 3
43 5 64 1 0 21 x 28 índice 44 9 56 5 0 21 x 28 índice 45 6 68 5 0 21 x 28 índice 46 5 68 4 29 21 x 28 índice
Total em 1998
25 256 15 29
47 6 56 3 1 21 x 28 índice 48 7 60 3 0 21 x 28 índice 49 9 60 3 0 21 x 28 índice 50 6 52 3 7 21 x 28 índice
Total em 1999
28 228 12 8
51 10 56 4 4 21 x 28 índice 52 10 84 3 5 21 x 28 índice
120
Edição Número de artigos
Número de páginas
Número de ilustrações
Número de fotos Formato (cm)
Índice/ Sumário
53 13 84 1 0 21 x 28 índice Total em 2000
33 224 8 9
54 6 76 2 0 21 x 28 índice 55 edição especial
19 112 0 0 21 x 28 índice
56 17 112 0 0 21 x 28 índice 57 7 110 4 3 21 x 28 índice 58 17 96 18 66 21 x 28 índice Total em 2001
66 506 22 69
59 7 76 2 0 21 x 28 sumário 60 7 92 2 0 21 x 28 sumário Total em 2002
14 168 4 0
Total Geral
271 2386 141 133
121
A divisão interna da Revista permanece privilegiando os artigos. A seção de artigos é a
maior. As demais, são compostas por um texto, enquanto a seção de artigos possui sempre
mais de um texto, de autores diferentes. Do número 21 ao número 32 não é possível encontrar
um padrão na publicação. Observa-se que de um número para o outro, dentro do período
desses onze números, são mantidos a mesma qualidade e os mesmos objetivos, porém não
existe ainda a definição do estilo e da forma para comunicação com o leitor. Em alguns
números a página um é o cupom de assinatura com as instruções necessárias para efetivá-la.
Em outros, encontra-se o cupom como um encarte externo, que deve ser destacado do corpo
da Revista, preenchido e enviado pelo correio. A página um, então, passa a ser uma
apresentação da diretoria da Associação em primeiro plano, seguido do Conselho Editorial da
Revista. Após estas informações, em alguns números é apresentado o índice, alternando com
outros números que trazem as normas para publicação antes do índice, enquanto que em
outros as normas para publicação aparecem no final da Revista, após as seções. A partir do
número 33 de 1995, a Revista adquire formato e apresentação que sofrem poucas e pequenas
mudanças, mantendo sua diagramação, até o número 60. O estabelecimento deste novo padrão
é bem visível. E também é bem visível que a mudança no formato se deve à mudança da
gráfica da Revista. A partir do número 33 a Revista passa a ser editada pela Editora Salesiana
Dom Bosco. O fato é comunicado para os leitores na Seção Conversa com o Leitor, assinada
pela vice-presidente da Associação, que por sua vez possui o cargo de Editora Responsável
dentro da equipe do Conselho Editorial da Revista.
O projeto gráfico mostra-se diferente do anterior. As mudanças se iniciam no tipo de
papel utilizado, com uma gramatura diferente daquela utilizada nas edições anteriores. O
papel para confecção das capas também possui gramatura diferente do papel das páginas. As
ilustrações para a primeira e quarta capas são mais coloridas. É possível perceber que, a partir
deste momento, o leitor tem em mãos uma publicação mais cara.
3.1.1 - As capas - Fase Revista Nacional
Nesta fase as capas passam a ser impressas em papel com gramatura diferente, trata-se
de um tipo de papel diferente do utilizado nas fases anteriores. Todas as capas são coloridas,
com quatro cores diferentes em média.
No alto da capa, em letras grandes, aparece Psicopedagogia como título, sempre
grifado, geralmente em letras vermelhas. Na ponta direita da Revista, abaixo do grifo, são
colocadas duas linhas com informações: na primeira linha o volume e na segunda o número da
122
Revista com o ano da publicação. No pé da página, do lado direito da Revista, é colocado o
logo da Associação – ABPp – acompanhado do nome completo da Associação. Do número 21
ao número 27, aparece o nome completo da Associação Brasileira de Psicopedagogia. O nome
ocupa lugares diferentes dentro da capa em cada número. A partir do número 28, é colocado o
logo acompanhado do nome da Associação com um lugar fixo que permanecerá até o número
50, quando ocorre uma nova mudança de projeto gráfico e editora.
O primeiro número desta fase, a Revista número 21, apresenta uma capa com título,
sem ilustração. Isto nos lembra o primeiro número do Boletim que também foi publicado com
título e sem ilustração.
O número 22 traz na capa uma charge como ilustração. Do número 23 até o número
39, predominam ilustrações que nos remetem à arte abstrata. Do número 40 até o número 50,
exceto o número 47, as capas trazem ilustrações com rostos. Do número 40 ao número 49 são
utilizados rostos de crianças para compor a ilustração. O número 50 apresenta o perfil de um
rosto de mulher. Do número 51 ao número 60 não é possível se falar de um eixo de
similaridade entre as capas. Elas mostram uma mudança de um número para o outro. O
número 52 é uma edição comemorativa dos 20 anos da Associação. Com isso, a capa deste
número apresenta fotos de algumas capas do período. Os números 55 e 58 apresentam-se
como Edição Especial. Trata-se da publicação dos textos completos das conferências e mesas
de debate do Fórum Psicopedagógico, promovido pela Associação em julho de 2001. Do
número 52 ao 59, existe um tema em destaque em cada capa. Do número 34 ao 51 é publicada
a chamada para os conteúdos da Revista nas capas. São destacados os títulos dos artigos.
123
Edição nº 21 Edição nº 22 Edição nº 23
Edição nº 24 Edição nº 25 Edição nº 26
Edição nº 27 Edição nº 28 Edição nº 29
124
Edição nº 36 Edição nº 37 Edição nº 38
Edição nº 33 Edição nº 34 Edição nº 35
Edição nº 30 Edição nº 31 Edição nº 32
125
Edição nº 39 Edição nº 40 Edição nº 41
Edição nº 42 Edição nº 43 Edição nº 44
Edição nº 45 Edição nº 46 Edição nº 47
126
Edição nº 48 Edição nº 49 Edição nº 50
Edição nº 51 Edição nº 52 Edição nº 53
Edição nº 54 Edição nº 55 Edição nº 56
127
3.1.2 - O índice - Fase Revista Nacional
Nesta fase da publicação, o índice esteve presente em todos os números, sofrendo
alterações na diagramação.
Do número 21 ao 24, o índice é publicado na página número três. A página é dividida
em duas colunas: na primeira coluna encontra-se o expediente da Revista e na segunda, o
índice divido em seções. Cada seção possui um título, separado por traço contínuo, e o título
de seu texto é colocado abaixo acompanhado do autor e número de página.
Do número 25 ao 32 o índice passa a ser publicado sozinho na página três e mantém a
mesma diagramação. Do número 33 ao 60 o índice passa a ser publicado na página um,
Edição nº 60
Edição nº 57 Edição nº 58 Edição nº 59
128
dividindo o espaço com o expediente publicado dentro de um retângulo na parte mais baixa da
página. A diagramação do índice mantém-se a mesma do número 27 ao número 60, que
encerra a Fase Revista Nacional.
3.1.3 - O Expediente - Fase Revista Nacional
Do número 21 ao número 24, o expediente ocupa uma coluna na mesma página onde é
publicado o índice. Este expediente é dividido em partes. As partes apresentam, na ordem que
segue, Conselho Editorial, Comissão Editorial, Comissão Administrativa e Editora
Responsável. Em seguida, ainda como parte desse expediente, temos: Normas para
Apresentação de Trabalho, Histórico e Diretoria da Associação Brasileira de Psicopedagogia.
Do número 26 ao número 32 o expediente passa a ser apresentado na página dois.
Neste bloco de revistas, o expediente apresenta informações sobre a gráfica que produziu a
Revista e a equipe de trabalho. Divide a página com as Normas para Publicação.
Do número 33 ao número 60, o expediente passa a ser publicado na página um dentro
de um retângulo, abaixo do índice. A partir deste número a produção da publicação é da
Editora Salesiana Dom Bosco, e podemos observar a presença de um jornalista responsável
compondo a equipe de expediente. A partir da publicação com a Editora Salesiana Dom
Bosco, constata-se uma profissionalização da Revista. As outras informações que geralmente
dividiam a página com o expediente passam a ocupar a última página da Revista. São elas:
Normas para Publicação, Conselho Editorial, Histórico e Diretoria da Associação Brasileira de
Psicopedagogia.
O histórico trata de um texto de três parágrafos: o primeiro parágrafo conta a fundação
da Associação em 1980, o segundo apresenta a Associação como entidade de caráter
científico cultural e o terceiro e último cita o número de seções da Associação pelo Brasil e as
apresenta.
129
3.1.4 - Outros espaços de capa na Fase Revista Nacional
Quadro 8 - Tipos de Propagandas Veiculadas – Fase Revista Nacional
Tipo de propaganda
nº da edição Propaganda externa, sem vículo com a ABPp
Propaganda sobre produtos comercializados pela ABPp
Propaganda de eventos promovidos pela ABPp
21 0 1 1 22 1 1 0 23 0 1 0 24 0 1 0 25 0 1 0 26 1 0 0 27 2 1 1 28 3 1 1 29 4 2 1 30 0 2 1 31 0 2 1 32 0 1 0 33 1 0 0 34 1 1 1 35 1 1 1 36 1 1 1 37 1 1 1 38 1 1 0 39 1 1 0 40 1 1 0 41 1 1 0 42 1 1 0 43 2 1 0 44 2 1 0 45 1 1 0 46 4 0 0 47 2 1 0 48 2 1 0 49 2 0 1 50 2 1 1 51 2 1 1 52 1 1 0 53 1 1 0 54 0 0 1 55 0 0 2 56 2 0 2 57 0 2 0 58 2 1 0 59 0 0 1 60 0 0 1
130
As Segundas capas são exploradas como espaço de propaganda. Nesta fase é possível
encontrar: catorze números em branco; nove números com propagandas externas ao trabalho
desenvolvido pela Associação, mas todas da área da educação; treze números divulgando
atividades, cursos, palestras e produções de material científico da Associação; dois números
com a relação das seções e núcleos da Associação espalhados pelo Brasil; um número com o
expediente; um número com o Conselho Editorial, histórico e diretoria da Associação; e um
número comemorando os vinte anos da Associação.
As Terceiras capas, durante esta fase, também passam a ser exploradas como espaço
para publicação, da seguinte forma: Dezoito números apresentam propagandas de atividades,
como encontros, palestras e cursos, ou material científico produzido pela Associação, como
fitas com gravações em vídeos dos cursos e palestras promovidos. Em nove números, a
terceira capa encontra-se em branco. Cinco números apresentam propagandas externas ao
trabalho da Associação, divulgam encontros científicos ou escolas. Quatro apresentam o texto
com as normas para a publicação de trabalhos na Revista. Três trazem propagandas da
Revista e ficha de adesão de sócio para a Associação. Uma divulga os vinte anos da
Associação. Uma apresenta o histórico da Associação juntamente com o Conselho Editorial da
Revista.
As Quartas-capas, nesta fase, passam a ocupar um papel importante na publicação
como espaço de propaganda. Do número 21 ao número 26 é publicado o índice daquele
número. Do número 27 ao número 31 são publicadas informações sobre a Associação: cursos
promovidos pela Associação ou livros publicados pela Editora da Associação. O número 32
publica o índice novamente e do número 33 ao número 52 são publicadas propagandas de
livros da Editora Salesiana Dom Bosco, responsável pela publicação deste bloco de Revistas.
Do número 53 ao número 60 a editora responsável pela publicação é outra, e com isso muda o
tipo de propaganda da quarta-capa. São propagandas diferentes em cada número
predominando propagandas sobre as atividades da Associação. O Quadro 8 permite conhecer
o tipo de propaganda veiculada pelo periódico.
Pode-se ver que as segundas, terceiras e quartas capas configuraram-se como um
espaço utilizado para fazer divulgações. Inicialmente, as segundas e terceiras capas, foram
utilizadas como espaço de divulgação da própria Associação. A propaganda externa à
Associação predominou a partir do número 33 na quarta capa. Seria um espaço de trocas entre
o Conselho Editorial do periódico e a editora?
131
3.2 - Novos dispositivos de leitura: a seção Conversa com o leitor.
Neste período desaparece o Editorial. Não foi encontrado com o título tradicional de
Editorial. A seção Conversa com o Leitor somente não aparece nos números 38, 55 e 57. Tem
a função de um editorial, mas é publicado com um título diferenciado. Do número 25 ao
número 60 a seção é assinada pela Editora Responsável pela publicação, que é a vice-
presidente da ABPp. Dentro deste período alguns números fogem a esta regra. O número 21
traz a seção assinada por A Editora. Não existe uma identificação se esta Editora é a
responsável pela produção da Revista, a gráfica, ou se é a Editora Responsável, membro do
Conselho Editorial. A edição número 22 publica esta seção assinada pela presidente da ABPp,
identificando o nome da presidente daquele momento. As edições 23 e 24 apresentam a seção
assinada pela vice-presidente da ABPp identificando o nome da pessoa. A edição número 27
apresenta uma seção diferente de todas as demais: enquanto todas as outras apresentam um
texto de conversa com o leitor da revista, a número 27 apresenta um trecho de uma poesia de
Fernando Pessoa e logo abaixo votos de feliz natal assinado por A Diretoria. A edição número
38 não publica a seção e não apresenta justificativa para isso. A edição número 55 é uma
edição especial, em formato de livro, com textos do Fórum Psicopedagógico realizado em
2001. As edições de número 25 a 60 publicam a seção Conversa com o Leitor assinada pela
vice- presidente da ABPp. É assinada com o nome da pessoa e sem identificação do cargo que
ocupa. Para isso é necessário que se recorra ao quadro da diretoria da ABPp publicado pela
revista. Na edição número 57, apesar de não haver nenhuma referência explícita, é possível
perceber um caráter especial na publicação. Sua capa apresenta uma chamada para a
aprovação da Lei nº 10.891 de 20/09/2001, em que o poder executivo autoriza a implantação
de assistência psicológica e psicopedagógica nos estabelecimentos de ensino básico. No seu
interior, no lugar da Conversa com o Leitor, encontra-se uma entrevista realizada com a
presidente da ABPp e mais três textos. A entrevista foi concedida ao site Psicopedagogia On
Line, onde a presidente faz um balanço de sua gestão enfatizando o avanço que conseguiu
sobre a regulamentação da profissão por meio da aprovação da lei citada anteriormente. Os
três textos seguintes são: um Comunicado assinado pelo deputado estadual Claury Santos
Alves da Silva, um segundo texto chamado justificativa e assinado pelo deputado Barbosa
Neto e um terceiro texto chamado Justificativa-Psicopedagogia assinado pela deputada
federal Marisa Serrano. Investigando as demais seções deste número da revista não foi
encontrada nenhuma outra menção à lei aprovada. As seções de Artigos, Relato de
Experiência, Colaboração Nacional, Súmula de Monografia, Resenha e Destaque, não
132
publicaram nenhum texto aludindo à nova lei, mantiveram seu caráter publicando artigos
referentes à teoria e prática psicopedagógica. Ainda neste mesmo número foram incluídas as
seções Evento e Relato de Evento. Em cada uma foi publicado um texto sobre o VIII Encontro
de Psicopedagogia promovido pela Seção Curitiba. Os dois textos relatam o evento que
ocorreu em maio de 2001. Apesar de ser um evento promovido por uma seção da ABPp, o
tema da regulamentação profissional não é citado.
3.2.1 - A seção Conversa com leitor dada a conhecer pelo seu discurso -
Fase Revista Nacional
O que podem revelar os textos Conversa com o leitor? Com esta pergunta investigou-
se a publicação desta coluna. Realizando a leitura de todos os textos, foram encontrados textos
nos moldes do Editorial. Trata-se de uma conversa estabelecida entre o Conselho Editorial da
Revista com seu leitor. Em alguns momentos encontra-se um discurso em que a autora se
posiciona como um membro da ABPp que tem o espaço da Revista como meio de
comunicação com o Associado. Em outros, um discurso cujo teor demonstra um
distanciamento entre o Conselho Editorial e a ABPp. Sendo assim, o melhor caminho seria
apresentar um pequeno resumo de cada texto para se obter uma visão do processo. A outra
opção seria criar mais uma tabela, mas o texto, neste momento, fornecerá uma visão melhor.
A Revista número 21 comunica a transformação do Boletim em Revista e apresenta os
artigos desse número que marca a transformação do Boletim da Associação Brasileira de
Psicopedagogia em Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia.
A Revista número 22 comunica a finalização do primeiro ano daquela gestão da ABPp
e faz um balanço da gestão biênio 91/92. O texto é assinado pela presidente da Associação
Mônica Mendes. Cada parágrafo comenta uma realização da gestão que encerra seu primeiro
ano de mandato e finaliza convidando o leitor para participar do cronograma científico
cultural organizado pela ABPp. Neste texto o teor do discurso está a serviço da ABPp.
A Revista número 23 apresenta um texto comentando o II Congresso Brasileiro de
Psicopedagogia realizado no primeiro semestre de 1992. Não faz comentários sobre os artigos
presentes na edição e é assinado pela vice-presidente da ABPp.
A revista número 24 comunica a publicação de alguns textos apresentados no II
Congresso Brasileiro de Psicopedagogia em julho de 1992. A editora responsável se despede
do público leitor com o fim de seu mandato que durou quatro anos.
133
A Revista número 25 comunica a entrega da Revista para um novo editor, comenta os
artigos e destaca a publicação do Código de Ética como um importante documento que a
Associação tem o empenho de divulgar. (Boletim ABPp, nº 25, 1993, p.4).
A Revista número 26 agradece a colaboração dos leitores por meio do envio de artigos,
apresenta os temas e destaca o aumento da tiragem dos exemplares da Revista, ao mesmo
tempo em que convida para eventos da ABPp.
A Revista número 27 publica uma poesia e votos de Feliz Natal. Sem comentários
sobre os artigos ou sobre a ABPp.
A Revista número 28 comunica que será realizado o VI Encontro de Psicopedagogia
da ABPp.
A Revista número 29 comunica a realização do VI Encontro de Psicopedagogos e seu
objetivo em “refletir sobre o papel do profissional nos diferentes contextos institucionais. Em
seguida relata os nomes de alguns dos profissionais que participaram do evento ressaltando
que estes representam diversas linhas de pensamento. (Revista Psicopedagogia, nº 29, p.4,
1994).
A Revista número 30 publica um texto de congratulações pelo Encontro realizado e
comunica a publicação de alguns trabalhos neste número.
A Revista número 31 publica uma poesia e agradecimento da diretoria que encerra sua
gestão em 1995.
A Revista número 32 comunica a nova Comissão Editorial, a publicação de artigos
selecionados pela Comissão anterior e pede sugestões para os próximos números.
A Revista número 33 comunica que pretende manter a mesma linha editorial do grupo
anterior, e ainda a introdução das seções Compartilhando e Colaboração Nacional, os critérios
utilizados na seleção dos artigos que serão publicados e, por fim, que a publicação da Revista
a partir deste momento será realizada pela Editora Salesiana Dom Bosco. Esta mudança da
Editora responsável pela publicação já pode ser observada pelo manuseio da Revista. Trata-se
de um papel de gramatura diferente dos anteriores. A materialidade neste momento revela a
mudança com a utilização de um papel mais espesso e uma capa também mais elaborada,
utilizando um número maior de cores na sua confecção. Tais características nos remetem a um
aumento no custo da publicação.
A Revista número 34 menciona a intenção de propiciar novas aproximações,
compartilhamos com os nossos associados. São expressões que mostram o uso do espaço para
comunicação explícita entre a Associação e o associado. A partir deste número a Revista
reassume sua intenção inicial em ser um veículo de comunicação entre a ABPp e o associado.
134
No texto divulga informações que nos mostram o trabalho da Associação e a constituição da
área. As informações registradas são: pessoas que comparecem na sede da ABPp para
conhecer o trabalho realizado pelo grupo; a criação de um novo estatuto e o pedido de
encaminhamento de contribuições; a criação de novos Núcleos da ABPp em outros estados e
outras cidades; a regularização da mala direta como forma de facilitar a comunicação com os
associados e com isso, fortalecer a Associação; a realização de um Congresso em 1996,
envolvendo diferentes áreas de conhecimento, e por fim, um pedido aos profissionais
sugerindo-lhes que explicitem cada vez mais as contribuições da Pedagogia, da Educação, à
Psicopedagogia, para que parcerias com as demais áreas se instalem de forma gradativa,
competente... Que se privilegie a essência desta intervenção, e não mais a aparência...
Contamos com seu apoio! (Revista Psicopedagogia, nº 34, 1995, p.3).
A Revista número 35 comunica o aumento do número de artigos para comissão
Científica, em seguida relata as vantagens conseguidas pela comissão de publicação, sem
mencioná-las, mas agradece a Editora Salesiana Dom Bosco pela colaboração e orientação
com pareceres, opiniões e informações. No final do texto pede a colaboração com resenhas de
livros para publicação e comunica a decisão em reunião do Conselho da ABPp por não
publicar os memoriais. (Revista Psicopedagogia, nº 35, 1996, p.2).
A revista número 36 relata a dificuldade em publicar os novos números. Por meio
desse texto, pede ajuda aos leitores para divulgar a ABPP e angariar novos sócios, divulgar e
participar do congresso e tentar manter a pontualidade nos seus compromissos financeiros
com a entidade. (Revista Psicopedagogia, nº 36, 1996, p.2,). Ainda neste número comunica a
criação de uma nova seção destinada à publicação de obras de referência e resumos de teses
que contribuirão para o fortalecimento da Psicopedagogia como área de ciências. Também
relata um trabalho que está sendo feito refletindo sobre critérios para proporcionar aos
órgãos que atuam em Ciências e Tecnologia, uma maneira ágil e funcional de organizar os
dados científicos da Psicopedagogia. (Revista Psicopedagogia, nº 36, 1996, p.2).
A Revista número 37 apresenta um texto em que destaca o momento importante da
Psicopedagogia. Esse momento não é explicitado pelo texto Conversa com o leitor. O texto
afirma que pretende distribuir este número da Revista no Congresso Brasileiro. Procurei nos
demais textos e artigos e encontrei, na seção Compartilhando, referências que demonstram o
que pode ser considerado como um momento importante e que justifique a distribuição da
Revista; trata-se de uma audiência com o Ministro da Educação e do Desporto, Paulo Renato
de Souza. O texto relata que na audiência foi formalizado um convite para a participação do
135
ministro no Congresso de Psicopedagogia, uma explicitação dos objetivos da ABPp, no III
Congresso, a discussão da área de atuação do Psicopedagogo e seu perfil profissional.
A revista número 38 não possui a seção Conversa com o Leitor. Nas páginas em que
estaria publicada esta seção, encontramos a publicação da seção compartilhando e, logo em
seguida, na mesma edição, a publicação do Código de Ética da ABPp. Não existe, neste
número, nenhuma referência ao fato da não publicação da seção Conversa com o Leitor.
A Revista número 39 destaca o encerramento do biênio 95/96, por meio de um texto de
despedida e também se desculpa pelo atraso na publicação. Ao mesmo tempo, afirma que foi
um ano marcado por turbulências e embates, mas com vitalidade de crescimento de nossa
modalidade profissional. (Revista Psicopedagogia, nº 39, 1996, p. 2).
Na Revista número 40 é destacado o trabalho da presidente Neide Noffs. Segundo o
texto, a presidente utiliza contatos e conhecimentos a favor da psicopedagogia e
conseqüentemente do seu reconhecimento. No parágrafo seguinte, comunica ações que tentam
facilitar o acesso da revista à comunidade de psicopedagogos. Neste momento o texto assume
uma postura de separação entre a Associação e o Conselho Editorial. Relata que fazemos parte
dos grupos de trabalho em boa parte dos projetos em andamento. Posteriormente, lista as
decisões tomadas pelo Conselho Editorial e suas ações para ter acesso à comunidade dos
Psicopedagogos. Em seguida, comunica a preparação de um folder sobre o reconhecimento da
profissão, encartado junto à revista, e sua distribuição para colaborar com a Comissão de
Reconhecimento da Profissão. Ao finalizar o texto, solicita cuidados no envio de artigos para
publicação ficando atento às normas. Comunica que a demora na resposta do artigo faz parte
do processo anônimo que é percorrido pelos artigos no momento em que são submetidos à
comissão de leitores críticos do Conselho Editorial.
A Revista número 41 agradece o apoio dos associados pelos artigos. Comunica que as
deliberações das comissões da ABPp estão em andamento e solicita a participação dos
leitores. Para finalizar o texto, solicita indicações de bibliotecas públicas para aumentar o
número de permutas. Essas permutas não são esclarecidas. Considerando-se que no final da
revista, nas últimas páginas, temos a seção publicações recebidas, subentende-se que são
permutas da Revista com livros e periódicos de outras entidades.
A Revista 42 é considerada um número especial por publicar sobre a regulamentação
da profissão. Segundo o texto, o número atrasou a pedido da presidente da ABPp, que
solicitou a espera na publicação deste número com o intuito de publicar os pareceres das
conselheiras da ABPp sobre a regulamentação da profissão.
136
Estes pareceres foram publicados na página seguinte, por meio de uma seção
introduzida especificamente neste número, intitulada Regulamentação. Esta seção possui três
páginas com pequenos textos assinados pelas conselheiras da ABPp, representantes de seções
de diferentes estados e cidades. No final do texto Conversa com o Leitor a editora responsável
destaca a entrevista com Ivan Capellatto17 e sua opinião sobre a regulamentação.
A Revista número 43 destaca que este é um momento delicado para o reconhecimento
da profissão. Apresenta a revista como um instrumento reconhecido no meio científico de
divulgação do trabalho do Psicopedagogo: é a única forma de buscarmos uma iniciativa no
nosso discurso enquanto psicopedagogos. Muitas são as formações, muitas são as práticas...
É hora de sabermos dividir e construir um espaço que é nosso!!!. (Revista Psicopedagogia, nº
43, 1998, p. 3).
Neste momento a ABPp é destacada como órgão de luta da Psicopedagogia, é a
revista a serviço da ABPp somente.
Na Revista 44 comunica que o projeto de regulamentação da profissão está na
Comissão de Educação da Câmara. O Conselho Editorial optou pelo atraso na publicação da
revista, em função do encaminhamento financeiro. Em seguida, afirma: Felizmente nosso
congresso foi um sucesso e vamos poder arcar com os compromissos de 1998. (Revista
Psicopedagogia, nº 44, p. 3, 1998). A frase revela que uma das fontes de recursos para a
confecção da Revista é a ABPp, e que os eventos promovidos pela ABPp, como os
Congressos, é também mais uma fonte de recursos a serem usados na publicação da Revista. É
a primeira vez que aparece esta comunicação.
A Revista número 45 apresenta um texto de despedida. É o término de uma gestão.
Agradece o apoio recebido e comunica que possui artigos aprovados na fila para publicação,
além do espaço livre para manifestações como forma de garantia para a apresentação das
diferentes vertentes teóricas. (Revista Psicopedagogia, nº 45, 1998, p. 3)
Na Revista número 46 são publicados os agradecimentos pela colaboração das
diferentes comissões e da presidente da ABPp. Para finalizar o texto, afirma que esta diretoria
está deixando uma estrutura montada e facilitadora para o próximo grupo.
A revista número 47 apresenta o texto da nova gestão, biênio 99/2000. Afirma que
haverá uma continuidade da gestão anterior. Esta continuidade parece clara quando vemos na
17 Na entrevista publicada na edição número 42, de 1997, p. 34 – 35, Ivan Capellatto é apresentado como psicólogo, supervisor do GEIC (Grupo de Estudos e Pesquisas em Psicopedagogia da Infância e Adolescência) de Cuiabá – MT e Londrina – PR , professor convidado do Curso de Terapia Breve e Familiar do THE MILTON H. ERICKSON FONDATION INC., em Phoenix – Arizona – USA. Professor convidado do curso de Reciclagem de Psicopedagogia da Infância do Departamento de Pediatria da Maternidade de Campinas. (Revista Psicopedagogia, 1997, nº 42, p. 34)
137
página anterior a publicação da seção Compartilhando assinada pela presidente da ABPp,
Nívea Maria de Carvalho Fabrício que até o número anterior assinava os textos como Editora
Responsável, função esta que cabe a vice presidente da ABPp. Neste texto da seção Conversa
com o Leitor, a nova Editora Responsável afirma ter aceitado o cargo de vice presidente da
ABPp e que tem por função cuidar da revista.
A Revista número 48 afirma que a publicação da Revista Psicopedagogia tem por
intenção veicular artigos que contribuam para a fundamentação e instrumentalização do
profissional, e em seguida apresenta os artigos desta edição.
Na Revista número 49, a seção apresenta os artigos publicados nesta edição. Afirma
existir nos artigos publicados um referencial prático teórico tão necessário para práxis
psicopedagógica, segundo a autora. Em seguida, afirma que ampliar o campo da
Psicopedagogia, conversando com outras áreas (sociologia, filosofia, lingüística) é uma
constante em nossa prática, porém neste número da nossa Revista isso torna-se mais uma vez
evidente. (Revista Psicopedagogia, nº 49, 1999, p. 3,).
A Revista número 50 apresenta o resumo de todos os artigos publicados. A autora
enfatiza a prática como forma de ampliar o referencial teórico. A afirmação extraída do texto
nos mostra esta ênfase:
Os artigos e relato de experiência que compõem esta revista atendem sem dúvida a uma crescente demanda, que é a de propiciar ao profissional psicopedagogo um referencial prático, e ampliam sem dúvida alguma o referencial teórico. (Revista Psicopedagogia, nº 50, 1999, p.3).
A Revista número 51 apresenta o texto com um título: Aprender a conhecer, Aprender
a ser, Aprender a viver, Aprender a fazer. A autora explica que este é um dos parâmetros
apontados pela UNESCO para a educação do século XXI e, neste momento, permeia a edição
número 51 como um todo.
A Revista número 52 apresenta-se como edição comemorativa dos 20 anos da ABPp.
Logo no início do texto anuncia a comemoração e posteriormente chama a atenção para o
novo projeto gráfico envolvendo capa e logotipo da revista. Em seguida explicita o caminho
que é traçado pela Revista e pela Associação com o objetivo de construir uma identidade. Em
seguida afirma: A publicação da revista Psicopedagogia é, sem dúvida, uma demonstração
dessa realidade. (Revista Psicopedagogia, nº 52, 2000, p. 3).
A edição número 53 traz como título Educação no terceiro milênio: uma forma de
construir a felicidade do ser humano. Afirma que o compromisso desta edição é atualizar o
138
profissional da Psicopedagogia. Em seguida, chama a atenção para os avanços da ciência e
tecnologia que nos impulsionam para novos conhecimentos. Após essa afirmação enfatiza a
visão transdisciplinar na educação, como uma possibilidade para o terceiro milênio. Nos
parágrafos finais do texto destaca o livro de Edgar Morin: Os sete saberes necessários à
Educação do futuro.
Aponta a possibilidade da leitura desta edição contribuir para as divergências do dia-a-
dia do profissional e finaliza o texto com uma frase do Talmude.
Na edição número 54 a autora justifica o atraso da publicação por meio de uma
reflexão acerca do tempo e do erro. Esta reflexão é embasada em argumentos de Edgar
Morin, citado no número anterior. Neste texto cita novamente o livro e destaca trechos da
obra. Posteriormente aponta a volta da seção Colaboração Nacional e afirma que os artigos
desta edição levam a refletir sobre as propostas de Edgar Morin.
A edição número 55 é apresentada, logo na capa, como edição especial. Tem esse
caráter porque publica os textos completos das conferências e mesas de debate do Fórum
Psicopedagógico promovido pela ABPp, realizado em julho de 2001. Esta edição é publicada
em setembro de 2001. Por se tratar de Edição Especial, ela não apresenta todas as seções.
Apresenta uma edição diferenciada com o formato de livro. Inicia-se com a seção Palavra da
Presidente e logo em seguida, no lugar da seção Conversa com o Leitor, é publicado um texto
de Apresentação assinado por Vânia Maria C. B. de Souza que ocupa o cargo de Diretora de
Relações Públicas Adjunta da ABPp.
A edição número 56 apresenta um texto assinado por duas autoras: Maria Cristina
Natel, da Coordenação Editorial e Vânia Maria C. B. de Souza que a partir da edição número
55 tem seu nome publicado na Coordenação Editorial substituindo Maria Cristina Natel. O
texto apresenta os artigos chamando a atenção do leitor para os variados enfoques que ali
existem.
A edição número 57 é diferenciada das demais. Não é apresentada na capa como
edição especial, mas destaca a aprovação da Lei nº 10.891 de 20/09/2001. O texto da lei é
publicado na própria capa: Autoriza o Poder Executivo a implantar assistência psicológica e
psicopedagógica em todos os estabelecimentos de ensino básico, com o objetivo de
diagnosticar e prevenir problemas de aprendizagem. (Revista Psicopedagogia, nº 57, 2001,
capa). As seções Compartilhando e Conversa com o Leitor não são publicadas. Nas páginas
em que estas apareceriam encontram-se: entrevista com a presidente da ABPp, comunicado do
deputado autor do projeto de lei, seguido de duas justificativas, ambas assinadas por
139
deputados que participaram da aprovação do projeto de lei. As demais seções da Revista são
mantidas neste número.
A edição número 58 também é uma edição especial. Apresenta-se na capa como edição
especial por publicar os textos do mesmo fórum já citado na edição número 55. São edições
com capas iguais, com a diferença que a número 58 publica o canto direito inferior com a
informação volume 2. No seu interior segue o mesmo padrão atribuído para a número 55.
A edição número 59 apresenta um texto em que a autora justifica ter assumido o cargo
de Editora da Revista Psicopedagogia com o objetivo de reformular para atender aos padrões
estabelecidos para uma revista cientifica. Com isso, explica que as reformulações praticadas
nesta edição visam atender as exigências da ABNT e a busca de novos indexadores. Em
seguida apresenta os novos campos da revista. A palavra campo aqui é utilizada com o mesmo
significado de seções.
A edição número 60 apresenta um texto com epígrafe de Guimarães Rosa do romance
Grande Sertão Veredas. O texto enfatiza as mudanças da revista com o objetivo de expandir e
melhorar a qualidade. Posteriormente comunica o aumento da tiragem, convida o leitor a
visitar o site da ABPp e ler o Diálogo Psicopedagógico, um novo boletim da ABPp que está
sendo lançado. Finaliza o texto com um parágrafo em comemoração ao dia do Psicopedagogo
em 12 de novembro.
Como podemos ver a seção Conversa com o leitor desempenhou o papel de fazer a
comunicação entre o Conselho Editorial da Revista e o leitor. Os textos voltam-se para
comentários sobre os artigos publicados por aquele número. Ao mesmo tempo, em muitos
desses textos, comentam-se ações da Associação. São revelações possíveis quando se analisa
o periódico da perspectiva de sua produção e distribuição, e reconhece-se em seus discursos
estratégias editoriais em correspondência com estratégias políticas e pedagógicas modelando
práticas de leituras.
3.3 - A seção compartilhando – Fase Revista Nacional
A ABPp dada a conhecer?
A partir da edição número 33, foi introduzida uma nova seção. Trata-se da seção
Compartilhando. É um espaço destinado à comunicação entre a presidente da ABPp e o
associado, reafirmando a intenção da Revista em ser um veículo de comunicação entre a
Associação e o associado como foi explicitado pelo Boletim da Associação Estadual de
Psicopedagogos do Estado de São Paulo. (Boletim AEPSP, 1982, p.3)
140
O texto desta seção é assinado pela presidente em exercício. A Revista passa a ter duas
seções que ocupam um espaço semelhante ao do Editorial. Constata-se por meio da leitura
destas duas seções que, a partir deste número, a seção Compartilhando dedica-se a comunicar
realizações da Associação, sendo um espaço reservado para a presidente da Associação,
enquanto a seção Conversa com o leitor será um espaço reservado para comunicação de
realizações do Conselho Editorial em relação à Revista.
A Revista número 33 apresenta o primeiro texto da seção Compartilhando. Neste, a
presidente explica que esta nova seção foi criada com a intenção de propiciar novas
aproximações com nossos associados através da veiculação de informações envolvendo a
ABPP. (Revista ABPp, nº 33, 1995, p.3).
No decorrer do texto há uma explicação sobre a estrutura e o funcionamento da
Associação. A autora, a presidente em exercício Neide de Aquino Noffs, apresenta como é
composto e formado o Conselho Nacional, como também a periodicidade de suas reuniões.
Explica o funcionamento das reuniões do Conselho e apresenta as comissões existentes com
seus temas, objetivos e respectivos coordenadores. Posteriormente apresenta outras áreas de
trabalho da Associação e finaliza afirmando que pretende fortalecer os profissionais que
trabalham com a Psicopdegogia esclarecendo que esta é uma área de atuação multidisciplinar
em que devemos trabalhar em parceria respeitando prioritariamente a Educação de onde
originariamente somos egressos... (Revista ABPp, nº 33, 1995, p.3).
O texto apresentado pela edição número 34 está assinado pela vice-presidente Nívea
Maria de Carvalho Fabrício. Esta autoria me chamou a atenção, pois a Conversa com o leitor
que vem logo a seguir está assinada pela presidente. Nessa troca de autoria dos textos não foi
encontrada a existência de nenhuma errata no número posterior. A partir do número 35 a
autoria desses textos volta a ser publicada como anteriormente. Parece estar-se diante de uma
troca ou erro que nem sequer foi notada ou preferiu-se ignorar. O texto da seção
Compartilhando da edição número 34 que temos aqui é a narração de questões vinculadas ao
Conselho Editorial da Revista. O discurso deste número gira em torno das decisões tomadas
pelo Conselho Editorial sobre os critérios adotados e deliberados em reunião do Conselho para
definir o entrevistado pela Revista.
A Revista número 35 publica um texto comunicando o encerramento de um ano da
gestão (biênio 95/96) e apresenta uma lista das realizações da gestão finalizando com
agradecimentos.
A Revista número 36 anuncia a realização do III Congresso de Psicopedagogia pela
Associação. Apresenta um breve resumo dos trabalhos das Comissões Científicas. Segundo
141
relato da seção Compartilhando, as seções ou núcleos da Associação participam da
organização do evento representadas por suas Comissões Científicas. Estas fazem indicações
de temas e palestrantes para participarem do Congresso com o objetivo de assegurar as
especificidades regionais. As decisões foram tomadas pela Comissão Científica Nacional que
utilizou como critério o caráter inédito das apresentações e a representatividade qualitativa
representativa (Revista Psicopedagogia, 1996, nº 36, p. 3) Comunica a participação da
Associação como parecerista do documento Parâmetros Curriculares Nacionais para o
Ensino Fundamental – Documento Introdutório na seção Fundamentos Psicopedagógicos. O
fato é destacado como um marco desta área de conhecimento por ter em seu conhecimento
específico um fato reconhecido. Para finalizar o texto, comunica o recebimento de uma carta
do secretário municipal de Educação de Londrina apoiando o trabalho da ABPp frente à
regulamentação da profissão e um parágrafo pedindo a colaboração dos associados para
divulgarem a ABPp.
A Revista número 37 publica um texto apresentando os avanços conseguidos pela
ABPp em relação à regulamentação da profissão. Apresenta como fato importante a
participação do Ministro da Educação e do Desporto na sessão de encerramento do III
Congresso. Agradece a seção Goiás que conseguiu um espaço na agenda do Ministro da
Educação por meio de um parlamentar. Finaliza o texto com um relato da discussão realizada
na reunião do Conselho da ABPp.
A Revista número 38 publica um texto apresentando os resultados da avaliação do III
Congresso. São dados coletados com os participantes e tabulados pelo Conselho Nacional
pertencente a ABPp. Posteriormente comunica que o Código de Ética foi aprovado pela
Assembléia realizada durante o Congresso, e o crescimento da Associação por meio da
criação de novas seções e aumento do número de membros inscritos.
A Revista número 39 publica um relato de atividades realizadas pela gestão 95/96 que
chega ao seu fim. Comunica o surgimento de novas seções e núcleos da ABPp pelo Brasil.
Finaliza com o resultado da eleição dos conselheiros para o biênio 97/98, apresentando todos
os nomes acompanhados do número de votos recebidos.
A Revista número 40 publica um relato de atividades realizadas pela gestão em ordem
cronológica. Dentro desta atividade, a que possui maior destaque é o comunicado sobre o
projeto de lei para a regulamentação da profissão. Em seguida publica a síntese do projeto de
lei.
A Revista número 41 publica um texto explicando a finalidade da seção dentro da
revista: atualizar a classe de psicopedagogos, relatando os acontecimentos mais relevantes
142
envolvendo o período entre o último número da revista e a atual. Posteriormente comunica
que a prioridade do momento é os informes envolvendo a regulamentação da profissão. Com
isso, o texto informa detalhes sobre o procedimento de um projeto de lei dentro da Assembléia
Legislativa e todo o seu trâmite até o momento da aprovação. Junto é publicada uma foto que
registra o momento da entrega do projeto. Para finalizar, a autora enfatiza que a aprovação
dependerá da vontade política dos Psicopedagogos. (Revista ABPp, nº 41, 1997, p.2).
A Revista número 42 publica o texto acompanhado de uma foto da presidente Neide de
Aquino Noffs, e da ex-presidente e conselheira nata Edith Rubinstein em companhia do
Deputado Federal Jair Meneghelli. Por meio do texto, é explicado que o Projeto de Lei para a
regulamentação da profissão foi aprovado junto à Comissão de Trabalho, de Administração e
Serviço Público. O texto destaca a participação do Deputado na defesa do Projeto e finaliza
com a publicação do relatório da comissão acompanhado de uma carta da ABPp enviada à
Comissão.
A Revista número 43 comunica a realização do VIII Encontro de Psicopedagogos com
o tema: Psicopedagogia: desafios na formação e atuação profissional. Após o encerramento
do texto é publicado um em tempo em que a autora comunica que haverá uma audiência
pública para que seja discutido com os diferentes segmentos a importância da lei 3124/97. Em
seguida, há um discurso de protesto da autora que afirma: a psicopedagogia não pode ser
confinada como reserva de mercado de qualquer profissão já existente.” (Revista ABPp, nº
43, 1998, p.2). Ao finalizar o texto comunica que está sendo elaborado um parecer a respeito
da lei citada.
A Revista número 44 comunica que representantes da Psicopedagogia participaram
juntamente com representantes da Psicologia de uma teleconferência e uma audiência pública
sobre o tema: Especialização não é profissão. Em seguida a autora relata as dificuldades
financeiras da ABPp que quase não permitiram a publicação da Revista, e que esta situação
foi sanada com a realização do Encontro de Psicopedagogos que trouxe a verba necessária
para a publicação da Revista.
Revista número 44 ainda comenta dois fatos ligados ao tema da regulamentação da
profissão. O primeiro deles, ocorrido em 24/04/98, foi a participação do prof. Dr. Lino de
Macedo, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e da então Presidente da
Associação, a Drª Neide de Aquino Noffs, em uma teleconferência organizada pelo CRP
(Conselho Regional de Psicologia) para discutir o tema “Especialização não é profissão”. O
outro fato teria ocorrido em 18/06/98, em Brasília, onde uma equipe de assessoria do
Congresso promoveu uma situação chamada de audiência pública. Foi uma discussão
143
realizada com quatro representantes do CRP e quatro representantes da ABPp. O tema da
discussão foi a Psicopedagogia como profissão. Pode-se constatar por meio destes dois fatos o
que Pierre Bourdieu afirma no parágrafo transcrito abaixo. Ou seja, a realização de tal
discussão nos mostra a reação daqueles que, até aquele momento, monopolizam o capital
específico dentro do campo da Educação. A participação de representantes da ABPp nessa
discussão é o reconhecimento da existência de novos agentes na relação de força dentro do
campo da Educação.
Pierre Bourdieu afirma em seu texto Algumas propriedades do campo
Aqueles que, num estado determinado de relação de força, monopolizam (mais ou menos completamente) o capital específico, fundamento do poder ou da autoridade específica característica de um campo, tendem a estratégias de conservação – aquelas que nos campos da produção de bens culturais tendem à defesa da ortodoxia -, enquanto os que possuem menos capital (que freqüentemente são também os recém-chegados e portanto, na maioria das vezes, os mais jovens) tendem à estratégias de subversão – as da heresia. É a heresia, a heterodoxia, enquanto ruptura crítica, freqüentemente ligada à crise, juntamente com a doxa, que faz com que os dominantes saiam de seu silêncio, impondo-lhes a produção do discurso defensivo da ortodoxia, pensamento “direito” e de direita, visando a restaurar o equivalente da adesão silenciosa da doxa. (BOURDIEU, 1983, p.90)
A Revista número 45 relata o sucesso do VIII Encontro de Psicopedagogos, e os
resultados dos dados tabulados a partir de entrevista realizada com os participantes do
Encontro, mostrando o número de profissionais que participaram do Encontro e suas
formações. Em seguida comunica que o projeto de lei sobre a regulamentação da profissão
encontra-se em compasso de espera em função das eleições e a redefinição do quadro do
Congresso Nacional. Finaliza comunicando que nos próximos números da revista serão
publicadas algumas falas dos representantes que participaram da audiência pública discutindo
a regulamentação da profissão.
Na revista número 46 foi publicado o maior texto da seção Compartilhando até este
número. Um texto com oito páginas. O texto é a transcrição da audiência pública realizada em
18/06/1998 na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados. A audiência foi
convocada pela relatora do projeto nº 3.124-A/97 que propõe a regulamentação da profissão
de Psicopedagogia. No texto são relatados os nomes de todos os participantes da audiência e
funcionários do congresso. Não existe nenhuma frase da presidente, como de hábito, tratando-
se assim de uma transcrição de toda a audiência na sua íntegra.
Na Revista número 47 o texto anuncia o início de uma nova gestão: biênio 99/2000. A
autora relata a manifestação de apoio recebida de diferentes regiões do Brasil. Afirma que
144
manterá os trabalhos da gestão anterior em relação à regulamentação da profissão. Destaca o
apoio da presidente da gestão anterior Neide Noffs. Finaliza comunicando que já está em
preparação o Congresso de Psicopedagogia e que existe uma conselheira membro da diretoria
cuidando da inserção da ABPp na internet.
Na Revista número 48 o texto relata o final do primeiro semestre de gestão destacando
as realizações desta diretoria. Ressalta a realização de uma imersão dos membros da diretoria
ocorrida em Campos do Jordão com o objetivo de discutir, refletir e traçar metas para a
Psicopedagogia e área de formação de Psicopedagogos. Comunica que na abertura e
fechamento das reuniões do Conselho Nacional haverá a apresentação de um trabalho
científico. Para finalizar o texto comunica que a presidente da comissão de regulamentação,
Neide Noffs, participou de uma reunião em Brasília com o deputado Barbosa Neto e relembra
a necessidade de todos conversarem com os deputados federais da Comissão de Educação de
cada região e anuncia a publicação do livro dos Congressos de 96 e de 98 a serem lançados
em 1999.
Na Revista número 49 o texto destaca que a Psicopedagogia tem crescido no Brasil.
Exemplifica dizendo que existem cursos de especialização, assim como de Mestrado Stricto
Senso, além de vários congressos e publicações sobre o tema. Agradece os convites recebidos
para a ABPp participar dos congressos e encontros espalhados pelo Brasil. Elabora uma lista
por cidades que sediaram eventos relacionados com a Psicopedagogia e convidaram a ABPp.
Comunica que estes eventos culminarão na realização do I Congresso Latino-americano – V
Congresso e IX Encontro Nacional de Psicopedagogos do ano 2000 em São Paulo. Para
finalizar comunica a realização de uma imersão do Conselho da ABPp e a definição do tema
do Congresso: Ampliando a Psicopedagogia: avanços teóricos e práticos.
Na revista número 50 é feito um relato dos trabalhos realizados durante o primeiro ano
desta gestão. Com destaque para a reunião do Conselho Nacional que aconteceu em Goiânia
com o apoio da Seção de Goiás, a transformação do núcleo de Santa Catarina em Seção e a
eleição da empresa Futuro para a organização do Congresso de Psicopedagogia.
Na Revista número 51 relata a comemoração dos 20 anos da ABPp e realização do V
Congresso Brasileiro de Psicopedagogia, a realização de um pré-congresso com a participação
dos coordenadores de cursos de Psicopedagogia do Brasil e a realização de uma audiência
pública sobre a regulamentação da profissão em Brasília.
Na revista número 52 a seção aparece com o título A maioridade da ABPP. Destaca a
realização do V Congresso de Psicopedagogia por meio do número de trabalhos apresentados.
O texto cita que foram apresentados 300 trabalhos e atendeu a 1418 inscritos. Posteriormente
145
relata a realização da Assembléia Geral da ABPp durante o Congresso sendo aprovada a
prorrogação de mais um ano para todas as diretorias e conselhos das gestões que se
encontravam em exercício em 2000. Nesta assembléia também foi eleito o conselho fiscal e
uma comissão para a discussão do novo estatuto da ABPp. Para finalizar o texto a autora cita
que a comemoração dos 20 anos da ABPp indica sua maioridade.
A Revista número 53, no lugar do texto habitual, publicou um conto hindu, de autor
desconhecido. O conto ressalta a necessidade de se olhar para nossos defeitos e reconhecer
que eles poderão gerar beleza. A autora justifica que as informações ordinárias serão
apresentadas no último número do ano 2000, a próxima edição.
A Revista número 54 destaca a publicação da audiência pública realizada em
06/06/2000 junto à Comissão de Educação, Cultura e Desporto. Esta comissão debate o
Projeto de Lei de regulamentação da Psicopedagogia como profissão. Comunica a realização
de uma reunião com a presidente do Conselho Federal de Psicologia para debater
possibilidades de acordos. Comunica a contratação de uma advogada para orientação sobre o
registro da Psicopedagogia no Código de Ocupação.
A Revista número 55 publica a seção com o título Palavra da Presidente. Nesta é
comunicada a decisão de realizar um fórum Psicopedagógico sobre Avaliação, momento em
que será votado, em assembléia geral, o novo estatuto da ABPp. Dessa forma, justifica que a
realização do Fórum acontece para garantir a Assembléia Geral.
Na Revista número 56 de 2001 a autora inicia o texto comemorando a aprovação do
projeto de lei nº 3124/97 na Comissão de Educação, Cultura e Desporto. Em seguida
comunica a realização do Fórum de Psicopedagogia com o tema: Debate Nacional sobre
Avaliação na Aprendizagem que atendeu a um público de 800 pessoas inscritas. Também
comunica a existência de uma Comissão de Credenciamento. Esta Comissão é responsável
pelo credenciamento e reconhecimento do profissional como Psicopedagogo Especialista e
postulante ao título de Sócio Titular. Para finalizar comunica a realização das eleições para o
Conselho Nacional e a aprovação do Projeto de lei nº 128/2000, que estabelece a implantação
de assistência psicológica e psicopedagógica em todos os estabelecimentos públicos de Ensino
do Estado de São Paulo.
Na revista número 57 não é publicada a Seção Compartilhando. Esta é uma edição
diferenciada em relação às demais. Isto se deve à publicação da Lei nº 10.891 de 20/09/2001.
Em seu lugar são publicadas: entrevista com a presidente da ABPp, Nívea Maria de Carvalho
Fabrício e logo em seguida um Comunicado e duas Justificativas, todos os textos estão
tratando do significado e importância da Lei nº 10.891, para a Psicopedagogia.
146
Na Revista número 58 a presidente se despede por concluir seu mandato e destaca as
realizações como a compra do prédio da nova sede sem desfazer do prédio da sede anterior.
Faz referência ao processo eleitoral que pela primeira vez teve chapas concorrentes: três
chapas. Afirma que duas chapas eram encabeçadas por membros da diretoria e a outra não.
Finaliza parabenizando a nova presidente, Maria Cecília Gasparian, solicitando a ela que
continue sendo a mediadora que sempre foi quando diretora da ABPp.
Na revista número 59 a nova presidente, Maria Cecília Gasparian, se apresenta ao
leitor com texto de agradecimento à diretoria anterior. Em seguida comunica que a ABPp
estará promovendo uma série de eventos para atender a uma demanda existente em relação a
cursos de atualização e aperfeiçoamento. Afirma que a proposta desta gestão é
uma política pública, atendendo as classes menos favorecidas, demonstrando a eficácia de nossa atuação, poderemos ter força política para vencermos mais uma batalha na grande luta pela qualidade, espaço de trabalho e dignidade do psicopedagogo. (Revista ABPP, nº 59, 2002, p.2).
Na revista número 60 a presidente da ABPp relata sua participação em Encontros de
Psicopedagogia realizados pelo Brasil todo, os pedidos de abertura de Núcleos em outros
estados e as atividades realizadas pela ABPp Nacional. Posteriormente comunica a realização
de convênios entre a ABPp e lojas e livrarias para compra de material para psicopedagogos.
Também comunica o estabelecimento de um convênio com uma seguradora para adesão de
Seguro de Vida Profissional. Comunica a elaboração do novo do site da ABPp, do
Informativo Diálogo Psicopedagógico e da reformulação da Revista Psicopedagogia visando
maior cientificidade.
A seção Compartilhando encerrou sua publicação na Revista número 60. A partir da
Revista número 61, pertencente a Fase Revista Indexada, observa-se o retorno do Editorial. A
leitura destes editoriais revelou um discurso voltado para as mudanças ocorridas no interior da
Revista. O foco dos editoriais recai sobre as ações do Conselho Editorial. O papel
desempenhado pela seção Compartilhando é interrompido. As ações da Associação passam a
serem comunicadas pelo site da ABPp e do Informativo Diálogo Psicopedagógico.
Com a finalização da Fase Revista Nacional pode-se verificar que este foi um período
de grande diálogo entre a Associação e seus associados. A seção compartilhando foi o espaço
utilizado para essa comunicação. O tema mais recorrente foi o Projeto de Lei de
regulamentação da profissão. Com esta análise verifica-se o papel da Associação Brasileira de
Psicopedagogia diante da construção histórica da área da Psicopedagogia. Por um lado
147
encontra-se uma Associação arregimentando os profissionais, provocando o debate sobre o
conhecimento da área e da defesa de seus interesses. Por outro lado, encontra-se também a
Associação controlando os saberes e práticas por meio da publicação do seu periódico. Esse
controle também tem por objetivo organizar a área de Psicopedagogia para que continue
pertencendo ao campo da Educação.
3.4 - A discussão dentro da área – Os discursos sobre a área de Psicopedagogia publicados pela Fase Revista Nacional
Em 1992, na realização do Segundo Congresso e Quinto Encontro de Psicopedagogos,
a Associação apresentou como tema A práxis Psicopedagógica na Realidade Educacional
Brasileira. Segundo Scoz, ao destacar a existência de uma práxis psicopedagógica, a
Associação adota uma posição que tem como objetivo propor mudanças na instituição escolar e
oferecer aos alunos a possibilidade de repensar o tratamento que se dá à aprendizagem nas
escolas brasileiras, por meio de um enfoque multidisciplinar levando em conta uma
pluricausalidade de fatores que interferem no processo de aprender, sem perder de vista a
dimensão mais ampla da sociedade. (Scoz, 1992, p. 42)
O Congresso aparece na Revista número 23, do primeiro semestre de 1992, por meio
do texto intitulado Flash!.Este texto apresenta um subtítulo: Psicopedagogia apresenta
“flashs” do II Congresso Brasileiro de Psicopedagogia e V Encontro de Psicopedagogos,
promovido pela ABPp no mês de julho, em São Paulo. O texto é composto dos comentários de
participantes de diferentes estados do Brasil. Os participantes comentam os temas apresentados
no Congresso e a importância destes para suas respectivas atuações e para o desenvolvimento
da Psicopedagogia no seu estado. (Revista Psicopedagogia, nº 23, 1992, p. 8). O modo como se
apresenta o congresso contrasta com a avaliação de Scoz. A opinião dos participantes parece
indicar uma zona de consenso sobre as práticas e objetos da área.
A Revista número 28, de 1994, publicou artigo intitulado Mesa Redonda – A formação
do Psicopedagogo: Análise e Reflexão de autoria de Sônia Azambuja Fonseca. A autora é
apresentada como psicóloga, pedagoga, psicopedagoga e professora coordenadora geral do
Centro de Estudos Médicos e Psicopedagógico de Porto Alegre. Neste artigo a autora tem como
objeto de estudos o processo de formação em Psicopedagogia. Afirma que esta formação
decorre da concepção sobre a área de conhecimento e do seu campo de atuação. Esta
afirmação, sobre o processo de formação em Psicopedagogia, é explicada pela autora como
148
decorrência da concepção que tem sobre aquela área do conhecimento e do seu campo de
atuação ou dos princípios filosóficos, teóricos e metodológicos que orientam a práxis do
profissional que nela atua. Com isso a autora apresenta seus questionamentos: O que é a
Psicopedagogia? Qual o seu objeto de estudo? Quem é o psicopedagogo?. Em relação a esse
tema afirma que se pode encontrar respostas diferenciadas e que isto se deve aos diferentes
referenciais filosóficos, teóricos e metodológicos utilizados por cada profissional que atua com
formação em Psicopedagogia no sul do país. Neste ponto do artigo, em nota de rodapé, a
autora faz referência ao artigo publicado por Clarissa Golbert no Boletim número oito de 1985.
Prosseguindo com suas reflexões a autora apresenta suas definições sobre
Psicopedagogia. Estas são apresentadas em um pequeno texto que afirma que Psicopedagogia é
uma ciência aplicada e amplia seus argumentos citando que naquele momento, 1994, a
Psicopedagogia encontra-se em fase de estruturação de seu corpo teórico. Posteriormente, a
autora afirma que o psicopedagogo é um profissional que reúne conhecimentos de várias áreas.
Diante dessas constatações, a autora propõe sua reflexão por meio de mais questionamentos: os
cursos estão fornecendo um referencial teórico e currículo básico que dê conta da
multiplicidade de variáveis que interferem na complexidade da aprendizagem humana?
Apresenta como justificativa para tal questionamento o fato de se ter deparado com respostas
unilaterais a respeito da aprendizagem humana. Avalia que as respostas apresentadas não
fornecem uma compreensão suficiente e consistente. Também afirma que para a compreensão
do processo de aprendizagem humana é necessário um enfoque não apenas multidisciplinar,
mas interdisciplinar. Em seguida apresenta um novo questionamento que recai sobre os cursos
de formação em Psicopedagogia: estão os cursos de formação fornecendo instrumentalização
suficiente aos futuros psicopedagogos quanto a avaliação e a prática psicopedagógica? Este
questionamento, para a autora, é decorrência de suas observações sobre um profissional que
apresenta uma prática interpretativa e analítica diante de todas as produções do sujeito. Neste
ponto o artigo se refere ao psicologismo observado em alguns profissionais e chama a atenção
para o quanto isso é preocupante. Ao finalizar a argumentação sobre este questionamento a
autora afirma ser esta questão, no seu entendimento, uma questão de foco, de identidade
profissional e de ética profissional. Posteriormente a autora afirma ser fundamental que o
psicopedagogo tenha claro que seu objeto de estudo é o sujeito e o seu processo de
aprendizagem e que este objeto de estudo não é exclusivamente psicológico, mas
psicopedagógico. Para tanto a autora chama a atenção para a necessidade de uma formação do
psicopedagogo com uma instrumentalização adequada para lidar com aspectos relacionados
ao desenvolvimento cognitivo e psicolingüístico além da aprendizagem matemática. Neste
149
momento defende que a formação do psicopedagogo deve ser multidisciplinar, assentada sobre
diversas ciências, visando sempre que possível, a difícil interdisciplinaridade.
Em seguida cita novamente Clarissa Golbert e destaca os seguintes três pontos sobre a
formação do psicopedagogo: primeiro para Fonseca, é necessária uma formação que possibilite
a discussão a partir de um ponto de vista filosófico, acerca da concepção de homem como
também dos valores que estão implícitos nas teorias educacionais. Segundo, ao mesmo tempo,
é necessário na formação uma reflexão do ponto de vista sociológico para a compreensão do
seu tempo e do seu espaço sócio-cultural. Terceiro, a autora aponta ainda que, do ponto de
vista psicológico, uma fundamentação abrangente e profunda, envolvendo principalmente o
estudo do desenvolvimento – psicologia evolutiva e dinâmica – das relações interpessoais na
família e na escola, das teorias de aprendizagem, da aquisição do conhecimento e das
dificuldades de aprendizagem.
Posteriormente chama a atenção para a existência de uma Psicopedagogia tradicional
com seu foco de trabalho priorizando o estudo do fracasso da criança nas aprendizagens.
Aponta com isso a existência de uma Psicopedagogia atual, que esta se volta para o estudo dos
processos de desenvolvimento e o estudo do aprender (sentido amplo) e das aprendizagens
escolares (sentido restrito). Finaliza com a afirmação de que a compreensão do processo que
leva ao êxito poderá esclarecer o fracasso.
Com tais afirmações, a autora chama a atenção para o trabalho que é desenvolvido pelo
psicopedagogo com pontos de vista do aluno, do professor, da escola e da família na tentativa
de integrar com as informações de outros profissionais sem perder de vista o seu referencial
que é o conhecimento e o entendimento dos processos de aprendizagem. Enfatiza as
características formativo-pessoais necessárias para favorecer a práxis do profissional em
Psicopedagogia. O artigo é finalizado com uma citação da autora Madalena Freire sobre a
construção responsável do educador e uma lista de características formativo-pessoais
favoráveis e prática psicopedagógica. (Revista Psicopedagogia, nº 28, 1994, p.19 - 22)
Este artigo, de Sonia Azambuja Fonseca, foi publicado em 1994 . Foi publicado após a
dissertação de Beatriz Scoz e ao mesmo tempo em que é publicado o livro de Nádia Bossa: A
psicopedagogia no Brasil. Os três estudos convergem para o mesmo ponto. Ou seja, as três
autoras apresentam como objeto de estudos para a psicopedagogia o processo de aprendizagem.
Na Revista nº 44 de 1998, Maria Cecília Almeida e Silva publicou um artigo intitulado
O objeto da Psicopedagogia. O artigo discute sobre a mudança ocorrida em relação ao objeto
de estudos da Psicopedagogia ao longo do tempo. A autora não faz uma análise cronológica
sobre a mudança. Compreende como o foco de análise da psicopedagogia se transforma a partir
150
de sua percepção, por meio de sua atuação, de que seu objeto de estudos deve ser mais amplo
caso queira atingir o êxito da aprendizagem. No início de seu artigo a autora afirma que o
objeto da Psicopedagogia não é dado a priori, mas sim construído historicamente. Esta
construção se dá primeiro pela ruptura com o pré-saber psicopedagógico generalizado e,
depois, pela retificação, pelo alargamento, pela complementação das características positivas
desse pré-saber psicopedagógico, percebidas através da história da sua prática no Brasil.
Afirma que inicialmente a Psicopedagogia está atenta para questões sintomáticas das
dificuldades de aprendizagem – desatenção, desinteresse, lentidão, astenia, etc. – e sua
preocupação é remediar esses sintomas. Neste momento, chama a atenção para o fato de que
tratar os sintomas se revela insuficiente para o êxito escolar. Com esta constatação a
Psicopedagogia começa a entender o sintoma como sinal da desarticulação dos diferentes
aspectos da aprendizagem, a saber: o aspecto afetivo, o aspecto cognitivo e o aspecto social.
Ao descobrir que os sintomas podem ser considerados como valores relativos, a
Psicopedagogia se depara com a mudança de objeto. O objeto passa a ser a gênese da
aprendizagem. Esta é considerada pela autora como uma nova fase para a Psicopedagogia, pois
seu objeto passa a ser o processo de aprendizagem. Portanto, muda também seus objetivos: sua
intenção passa a ser remediar ou refazer o processo de aprendizagem. Da mesma forma, a
noção de Psicopedagogia muda de qualidade e passa a ser percebida como um saber
independente, tendo, é claro, seus próprios instrumentos corretivos e profiláticos. (Silva,
Revista Psicocopedagogia, nº 44, 1998, p. 40 - 42)
Em 1998, com este artigo publicado pelo número 44, Silva reafirma a discussão sobre o
objeto de estudos da Psicopedagogia. No final dos anos 1990, podem-se verificar vários autores
discutindo sobre o objeto de estudos e demonstrando consenso. Eles, então, reconhecem o
processo de aprendizagem como objeto de estudos para a Psicopedagogia. O espaço para esta
discussão foi a Revista, que segue regrando os saberes da área. A Revista nº 48 de 1999
publicou o artigo A maturidade da Psicopedagogia nos 500 anos do Brasil, assinado pela
diretoria da ABPp. O artigo é iniciado com a apresentação do contexto de mudanças pelo qual
passa o país, e dentro deste contexto, aponta a Psicopedagogia em busca de sedimentar sua
teoria e sua prática, através do reconhecimento e legalidade profissional. O artigo explica que
ocorreu uma reunião do Conselho Nacional da ABPp, e nesta reunião foi produzido um texto,
que é este artigo, publicado pela Revista número 48. Este texto é apresentado dentro dos
fundamentos teóricos propostos por Edgar Morin, valorizando a necessidade de transformação
da educação por meio de uma visão de integração sistêmica, que possibilite ao homem evoluir
em ações responsáveis e comprometidas com o desenvolvimento e saúde do ser humano. Um
151
pouco mais à frente no artigo, são citados os quatro pilares da educação como um conjunto de
pressupostos que a Psicopedagogia precisa estar preparada para interagir. Por meio desse
artigo, o Conselho Nacional propõe que a Psicopedagogia deva estar aberta ao diálogo entre as
ciências, buscando o entrelaçamento de conhecimentos e o exercício da livre reflexão.
(Diretoria da ABPp, Revista Psicopedagogia, nº 48, 1999, p. 27 - 28)
O artigo, assinado pela diretoria da Associação, por um lado apresenta questionamentos
sobre a maturidade da Psicopedaogia, por outro lado, ao apresentar um referencial teórico,
contribui para a ampliação como também para o regramento dos saberes psicopedagógicos.
Na revista nº 49 de 1999, foi publicado o artigo Psicopedagogia: que opção é essa? de
autoria de Amélia Americano Franco Domingues de Castro. Apresentada como professora da
Unicamp e da USP. A autora inicia o artigo relembrando que em outro artigo, em 1992, falou
sobre a Psicopedagogia como uma terceira opção18. Neste artigo, e 1999, a autora apresenta a
Psicopedagogia como uma nova forma de aliança entre dois campos associados, referindo-se a
psicologia e pedagogia. Para explicar o que chama de nova aliança, enfatiza que a psicologia
afirmou sua independência científica por meio de um processo que ocorreu no final do século
XIX, organizando sua metodologia, abrangendo diversos aspectos da vida humana e
elaborando pontos de vista explicativos. A primeira forma de aliança entre psicologia e
pedagogia ocorreu por meio da psicologia aplicada à educação. Nesta forma de aliança a
pedagogia torna-se um apêndice da Psicologia que por sua vez, aplicada à educação se
fundamenta pela necessidade de entender como a criança aprende, já que a psicologia estuda a
criança. Uma segunda forma de aliança apontada pela autora é a realizada pela psicologia da
educação. Identifica-a como a educacional psychogy dos anglo-saxões. Nesta forma de aliança
explica que a pedagogia torna-se ciência auxiliar associada à formação de professores. Nesta
forma de relação, segundo a autora, a psicologia corre o risco de assumir função colateral, se
não subordinada. Com estas considerações a autora apresenta a terceira opção: a
Psicopedagogia, que promove a cooperação, interação e influência recíproca. Para Amélia
Americano, a terceira opção é o estabelecimento de uma circularidade entre as áreas
associadas. Não se trata de uma separação do conhecimento e sim de uma cooperação,
interação e influência recíproca. Aponta a existência de uma nova aliança em que o ponto
central não está na generalidade, mas recai sobre o processo educativo. A busca de soluções
liga a teoria à prática. Existe uma relação de circularidade que se estabelece entre as áreas
associadas. Quando diante de um problema pedagógico, recorre-se à pedagogia para entendê-
18 Pesquisei na Revista Psicopedagogia e o artigo não foi publicado por esta revista.
152
lo e busca na psicologia os instrumentos para sua resolução. Após apresentar sua visão da
natureza da Psicopedagogia, a autora prossegue em suas reflexões dedicando um tópico do
artigo para o tema Qual o reflexo dessas relações na metodologia da pesquisa pedagógica, em
seus objetivos e resultados?. Como resposta para tal pergunta fala de uma etapa pré-
psicopedagógica, e refere-se à forma como são utilizadas as posturas teóricas frente aos objetos
de pesquisa. Como etapa pré-psicopedagógica está se referindo às relações encontradas dentro
da pesquisa entre pedagogia e psicologia. Afirma que a relação encontrada é paralela à da
psicologia aplicada à educação, que para esta forma de pesquisa pode ser considerada
antepassada da pesquisa psicopedagógica, por seu potencial para atacar problemas e pela
abertura interdisciplinar. Para Amélia Americano a pesquisa psicopedagógica tem propósitos
que vão se tornando bem definidos, ou seja: diagnóstico, intervenção visando à reeducação (às
vezes, “remediação”) e prevenção. Prosseguindo em suas colocações, apresenta exemplos de
sua experiência como pesquisadora e afirma: a intenção é indicar os caminhos que vem sendo
abertos em nosso meio e as possibilidades de trabalho. O segundo tópico deste artigo é
Primeiro grupo de exemplos. Para compor este tópico seleciona trabalhos de pesquisas nos
quais “se fazia Psicopedagogia sem o saber”, e “avant la lettre”(grifos da autora) e justifica
sua afirmação porque o termo Psicopedagogia não freqüentava o vocabulário dos
profissionais. Para esta discussão cita vários trabalhos, com seus respectivos títulos e autores,
acompanhado de um pequeno comentário sobre o objeto de estudos e o modelo de pesquisa de
cada um deles. O terceiro tópico do artigo é intitulado Segundo grupo de exemplos. Neste ponto
da reflexão, nas palavras da autora, este grupo de exemplos permite que se observe a variedade
de aspectos que a pesquisa psicopedagógica vem assumindo. Apresenta o autor, a obra, seu
objeto de pesquisa e o modelo de pesquisa, encerrando o tópico com a afirmação de que sua
proposta é indicar as possibilidades abertas pela pesquisa nacional. O tópico seguinte é: Como
se Insere o professor na pesquisa psicopedagógica?. Para discutir este tema, seleciona obras
que apresentam pesquisa que incide diretamente sobre a atuação docente. O penúltimo tópico
deste artigo é: E quanto à pesquisa psicopedagógica: serão eles somente os seus beneficiários?
Neste ponto da reflexão chama a atenção para o trabalho do professor. Uma vez que o
problema da aprendizagem é detectado pelo professor, é fundamental seu envolvimento nas
experiências psicopedagógicas. Como um último tópico Amélia Americano apresenta as Teses
Citadas. Apresenta a bibliografia com dezoito teses e dissertações selecionados por ela para
apresentar a discussão que realizou no artigo. Destes dezoito trabalhos, sete apresentam data de
realização anterior a 1990, enquanto onze trabalhos apresentam a data dentro da década de
1990. Dos dezoito trabalhos, apenas um foi realizado fora do estado de São Paulo, produzido
153
na Universidade Federal de Uberlândia. Há uma Tese de Livre Docência produzida na UNESP
de Rio Claro, e os demais são todos trabalhos produzidos pela USP ou Unicamp. A autora
encerra o artigo apresentando sua bibliografia de referência.
Na revista 52, de 2000, foi encontrado o artigo Os 20 anos da Associação Brasileira de
Psicopedagogia: reflexões sobre a identidade do Psicopedagogo. A autora é Beatriz Scoz, ex-
presidente da Associação e autora de outros artigos publicados pela Revista, tratando do tema
da Psicopedagogia e sua memória citada nos outros capítulos desta dissertação. No início do
artigo a autora ressalta sua intenção de discutir o significado dos vinte anos da Associação
Brasileira de Psicopedagogia. Chama atenção para o fato de que vinte anos é a conquista da
maioridade e como tal a Psicopedagogia deve atuar trabalhando com os professores que estão
sendo colocados no lugar de ignorantes. Para isso defende a realização do trabalho
psicopedagógico para ajudá-lo a ressignificar e reconstruir seu próprio processo de
ensinante/aprendente19, a resgatar seu saber, a autorizar-se a pensar, para que assim possa
autorizar os demais. Para discutir seu tema a autora usa como referencial teórico os estudos de
Antonio Carlos Ciampa, pertencente à psicologia social20. Segundo a autora, ela estabelece
relações entre os pontos sobre a construção da identidade das pessoas, com a construção da
identidade do psicopedagogo. Scoz enfatiza a construção da identidade da psicopedagogia ao
longo desses vinte anos de existência da ABPp e, dentro desse ponto de vista, afirma que a
identidade do psicopedagogo deve estar ancorada nas questões cientificas e acadêmicas e deve
também ser construída a partir de uma ação contextualizada na sociedade e em um tempo
histórico. Segundo a autora, Antonio Carlos Ciampa afirma que a identidade é metamorfose e
se concretiza em cada momento de uma forma específica, dadas as condições históricas e
sociais, sob o risco de tornar-se irracional caso não realize este movimento. É necessário haver
a convergência de interesses entre uma organização e a sociedade em que está inserida. A
ABPp, também tem sofrido e precisa continuar sofrendo metamorfose, para preservar sua
racionalidade e sua autoconservação. Enfatiza que ao discutir projetos de identidade
precisamos considerar que tais projetos não seguem apenas uma linha de desenvolvimentos dos
processos de produção, mas também utiliza elementos pertencentes ao universo subjetivo da
19 Ensinante/Aprendente é um conceito desenvolvido por Alicia Fernández, psicopedagoga argentina, no livro A Inteligência Aprisionada, da editora Artmed. Este conceito pode ser encontrado no capítulo 1 – Da hiperacomodação ao aprender. 20 O referencial teórico de Antonio Carlos Ciampa utilizado neste artigo é o mesmo utilizado por Mônica Hoene Mendes em sua dissertação de mestrado, MENDES, Mônica H. 1998. Psicopedagogia – Uma Identidade em Construção, Dissertação (Mestrado em Educação), Univ. São Marcos, São Paulo, citado no capítulo 1 desta dissertação.
154
história de cada um. Dessa forma, afirma que a construção da identidade é uma questão de
aprendizagem. Para finalizar seu artigo ressalta a necessidade de que a psicopedagogia mais do
que outra área de conhecimento esteja sempre aberta para perguntar sobre sua identidade e
para isso é necessário considerar os conhecimentos adquiridos nos seus vinte anos de
existência. (Scoz, Revista Psicopedagogia, nº 52, 2000, p. 16 - 21)
Na revista número 53 de 2000, foi encontrada a publicação do artigo Capítulo cearense
de Psicopedagogia – um breve histórico. Sua autora, Cleomar Landim de Oliveira, é psicóloga,
pedagoga e Psicopedagoga. Também é apresentada como uma das fundadoras da Associação
no Ceará. Neste artigo é feito um breve relato sobre a fundação do Capítulo Cearense da
Associação Brasileira de Psicopedagogia, em dezembro de 1989. Segundo a autora, a abertura
deste Capítulo da Associação se deu durante um evento da Associação Cearense de Dislexia,
intitulado como Primeira Jornada Cultural. A entidade promoveu atividades científicas e
culturais com o objetivo de aprofundar as questões referentes ao perfil do psicopedagogo,
além de debates e divulgação das teorias e práticas psicopedagógicas entre universidades,
educadores e órgãos oficiais ligados à educação. A partir de 1991 foi instalado o Curso de
Extensão Universitária em Psicopedagogia. A autora informa que o Capítulo Cearense
promove cursos e encontros para profissionais envolvidos com Educação além de palestras em
escolas e instituições. Destaca ainda a existência de um Curso Livre de Psicopedagogia, que
naquele momento está na 12ª turma. Em janeiro de 1994 foi realizado o IV Encontro de
Psicopedagogia e também foi fundada a Escola de Psicopedagogia do Ceará – EPCE.
Na Revista número 53 de 2000, outro artigo intitulado O papel social do psicopedagogo
trata da publicação de uma palestra realizada no Congresso de Psicopedagogia em julho de
2000, pela ex-presidente da Associação Neide de Aquino Noffs. O texto tem inicialmente um
comentário sobre a realidade brasileira, apresentando alguns dados estatísticos do UNICEF
sobre a situação da infância no Brasil. Há um destaque para os artigos da Constituição
Brasileira sobre cidadania e educação como também para a LDB 9.394 e as Diretrizes
Curriculares Nacionais de 1999. Com estas considerações a autora coloca a pergunta: Até que
ponto o legal atende a demanda da população? Em seguida afirma que as desigualdades e
injustiças sociais nem sempre são diminuídas por meio da lei. Perante tal situação coloca a
pergunta: O que fazer? Sua resposta para esta pergunta propõe como reflexão uma lista de oito
questões, que são consideradas como ponto de partida para a atuação do psicopedagogo no
meio social. Estas afirmações geram uma nova pergunta feita pela autora: Mas quem é o
psicopedagogo que atua nesta vertente? Para responder à pergunta, tece considerações sobre a
formação do psicopedagogo e destaca ser muito importante que devemos cuidar para que o
155
psicopedagogo não se reduza a um profissional prático com o domínio da solução de
problemas da cotidianidade do sujeito alijando-se do processo de investigação e pesquisa
sobre as condições concretas que geram essas aprendizagens (ou não). Em seguida cita o
Projeto de Lei 3.124/97, que dispõe sobre a regulamentação da profissão de psicopedagogo e o
Projeto de Lei 128/2000 que propõe o trabalho do psicopedagogo para assistência ao aprendiz
e à instituição. A autora relata a visita realizada ao Ministério de Educação e Ciência de Madri,
destacando uma lista de funções de apoio especializado aos centros educativos que estão na
Espanha. Para finalizar seu artigo, chama a atenção para a necessidade de registrar os trabalhos
realizados sobre Psicopedagogia junto às escolas, e afirma que neste momento histórico, a
atuação do Psicopedagogo junto às instituições é urgente. Por fim, conclama os
psicopedagogos a se mobilizarem pela aprovação do Projeto de Lei que foi votado na Comissão
de Educação.
Nestes três últimos artigos publicados dentro da Fase Revista Nacional, encontra-se
inserções da Associação propondo discussões, relatando práticas da Associação como também
prescrições sobre a necessidade do trabalho psicopedagógico nas instituições. A autora chama
a atenção para a necessidade de registrar esses trabalhos. A importância do registro seria para
a constituição da memória?
3.5 - O que revelam os gráficos: incidência dos objetos de pesquisa? – Fase
Revista Nacional
Os artigos e as resenhas publicados pela Revista durante a Fase Revista Nacional,
foram classificados e analisados de acordo com as categorias elaboradas para classificação dos
artigos apresentadas na introdução desta dissertação.
156
Gráfico 4
Incidência dos objetos de pesquisa - Fase Revista Nacional
0
5
10
15
20
25
1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
Psicopedagogia Institucional Fundamentos Teóricos Processo de AprendizagemDiagnóstico e Intervenção Psicopedagógica Falhas no Processo de Aprendizagem Processo de AlfabetizaçãoDiscurso sobre a Área de Psicopedagogia Psicopedagogia Hospitalar Psicopedagogia no Ensino SuperiorOutros
157
3.5.1 - A Incidência dos Objetos de Pesquisa - Fase Revista Nacional
Esta é a fase mais longa de todo o ciclo de vida do periódico. Compreende o período
de 1991 a 2002. O gráfico 4 desta Fase, assim como o da Fase anterior, revela uma oscilação
em relação aos temas. Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica é novamente o tema que
mais aparece. Este tema não aparece apenas nas publicações do ano de 2002, e está presente
em todos os outros anos da publicação, sempre com incidência maior que os demais, ou num
patamar de igualdade. Fundamentos Teóricos, Processo de alfabetização e Processo de
Aprendizagem são três temas presentes em todos os anos da publicação. É oportuno lembrar
que na década de 1990, conforme se vê neste capítulo, fica definido como objeto de estudos
para a psicopedagogia o Processo de Aprendizagem, justificando assim sua presença
significativa dentro do período. Observando no gráfico 4 as barras da categoria Processo de
aprendizagem é possível constatar que elas estabelecem um ritmo ascendente, apresentando
uma queda no ano de 1995 e voltando a crescer logo em seguida. Psicopedagogia
Institucional também é um tema muito presente dentro do período, não aparece apenas em
1995 e 2002. Nos anos de 1993 e 2001 houve uma grande incidência na publicação deste
tema. Recortando do gráfico o período de 1991 a 1993 podemos verificar um ritmo ascendente
para este tema. A realização do VI Encontro de Psicopedagogos em julho de 1994 teve como
tema A Psicopedagogia Institucional, o que contribui para se compreender o ritmo ascendente
para o tema revelado pelo gráfico, que se mostra antes da realização do Encontro. Ou seja, o
Encontro de Psicopedagogos aparece como o ponto culminante da discussão sobre
Psicopedagogia Institucional. O tema Discursos sobre a Área de Psicopedagogia nesta fase
aparece a partir de 1994. Só não aparece em 1995 e 2002, no restante apresenta uma pequena
presença em todos os anos. Dentro desta categoria estão incluídos os artigos que tratam da
atuação da Associação Brasileira de Psicopedagogia, da história da Psicopedagogia e das
discussões sobre a atuação dos psicopedagogos. A partir dos anos 1990 se intensifica a
discussão sobre os trabalhos da comissão de regulamentação da profissão de psicopedagogo.
A partir do número 33 de 1995 foi introduzida a seção Compartilhando assinada pela
presidente da Associação Neide Noffs. A seção aglutinou toda a discussão sobre este tema em
nome da Associação. Considerando que esta seção discute o mesmo tema elencado por esta
categoria, pode-se afirmar que o debate sobre a Área da Psicopedagogia tornou-se uma
constante entre os psicopedagogos. O tema Falhas no Processo de Aprendizagem aparece
apenas no ano de 1991. Não aparece dentro do período de 1992 a 2002. A idéia de falha ou
dificuldade possui outra compreensão entre os psicopedagogos, pois para a criação destas
158
categorias foi observado como está sendo abordado o objeto de pesquisa pelo autor do artigo.
Dessa forma, a visão de falha ou dificuldade é pouco freqüente na discussão entre os autores.
Essa categoria se fez presente na Fase Boletim durante a década de 1980, discutindo temas
como Dislexia, Déficit de Atenção e outros. A definição do processo de aprendizagem como
objeto de estudos da Psicopedagogia na década de 1990, contribui para a mudança na forma
de tratar essas diferenças. A categoria Psicopedagogia Hospitalar aparece a partir de 1996 e
até 2002, deixando de aparecer apenas em 1997, sendo um tema recorrente entre os
psicopedagogos.
A Categoria Psicopedgogia no Ensino Superior é um tema que se faz presente
timidamente a partir de 1999 até 2002. Este tema não aparece no último ano da fase que é
2002.
3.6 - Resenhas publicadas durante a Fase Revista Nacional
A seção de Resenhas apresentou-se durante a Fase Revista Nacional com uma pequena
ausência de publicação. As edições número 50, 55 e 58 não possuem a seção de Resenhas
publicadas.
De acordo com o gráfico 3 analisado e publicado na página 116 desta dissertação,
podemos afirmar que durante esta Fase foi apresentado um número maior de categorias com
resenhas publicadas. A categoria Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica se destaca como
a mais publicada com 38,1% de incidência, seguida por Fundamentos Teóricos com 20% de
incidência; Processo de Aprendizagem e Outros apresentam a mesma incidência, 10,91%;
Falhas no Processo de Aprendizagem e Psicopedagogia Institucional com 7,27% de
incidência cada uma; e por último Processo de Alfabetização com uma incidência de 5,45%.
A partir de 1996 encontramos outra seção publicada no ciclo de vida do periódico. A
seção chamada Súmula de Teses e Dissertações. Seu nome não se mantém o mesmo durante o
ciclo de vida do periódico. O mais comum é aparecer com o nome Súmula de Tese variando
para Súmula de Teses e Dissertação ou ainda Súmula de Monografia. A análise revela ser um
espaço destinado à publicação de resenhas sobre pesquisas realizadas e apresentadas em forma
de monografia, dissertação ou teses. No caso de monografia, são as monografias produzidas
por alunos no encerramento do curso de Especialização em Psicopedagogia. É uma seção
presente apenas na Fase Revista Nacional e Revista Indexada.
Foi criada uma planilha com a classificação destas súmulas englobando as três fases do
periódico. Como esta planilha trabalha com um volume menor de dados por período, foi
159
possível a confecção de um gráfico englobando as três Fases do periódico, permitindo assim
uma comparação mais objetiva dos dados de todo o período da publicação. Na fase Revista
Indexada foi publicada apenas uma súmula no ano de 2004. Conseqüentemente não é possível
criar uma planilha nem um gráfico. Portanto, esta seção gerou uma planilha para todo o ciclo
de vida do periódico contendo as duas Fases juntas.
Na Fase Revista Nacional pode-se encontrar a categoria Processo de Aprendizagem
com a maior incidência 33,3%. Em seguida, tem-se a categoria Falhas no Processo de Ensino
Aprendizagem com 16,67%, Psicopedagogia Institucional e Outros com 11,11% cada; e cinco
categorias com a mesma incidência, de 5,56%, que são: Fundamentos Teóricos, Diagnóstico e
Intervenção Psicopedagógica, Processo de Alfabetização, Discursos Sobre a Área de
Psicopedagogia e Psicopedagogia no Ensino Superior.
Os dados apresentados aqui permitem compreender a forma como a área de
Psicopedagogia adentra o campo da Educação durante a década de 1990 e início do século
XXI. Durante esta Fase é possível encontrar uma revista com grande diversidade de temas e
com um destaque maior para a atuação da Associação. Por meio da Seção Compartilhando e
do Projeto de Lei de regulamentação da profissão houve um destaque para a atuação da
Associação Brasileira de Psicopedagogia.
3.7 - Nova Fase ou Novo Periódico?
A Fase Revista Indexada - 2003 a 2006
Neste capítulo é analisada a Fase Revista Indexada. Dentro do ciclo de vida do
periódico, esta é a fase que não se encerra porque está em curso. Para esta fase foram
analisadas edições do número 61 ao número 71, dos anos de 2003 a 2006. Coincidentemente,
2006 é o ano em que se comemorava 25 anos de publicação. A edição de número 71 era a
mais recente quando foi iniciada a pesquisa dessa dissertação.
3.7.1 - Características gerais da Fase Revista Indexada
Esta Fase tem início a partir de 2003, com a indexação do periódico e encerra-se em
2006. Apresenta-se com muitas mudanças. A primeira mudança encontra-se nas capas. A
partir da edição número 62 as capas seguem um padrão. O título da Revista - Psicopedagogia -
aparece no alto da página em letras grandes e pretas. Abaixo, em letras menores, a
160
identificação de pertencimento à Associação, seguida do número da edição, ano e o número
do ISSN. Em seguida tem-se um traço contínuo preto. Forma-se, então, um quadro de fundo
branco e grande onde é publicado o índice da Revista com o nome da seção em negrito e
abaixo o título do texto que pertence àquela seção. Todos os nomes e títulos aparecem
primeiro em português seguido de sua versão em inglês.
Na primeira página da Revista encontra-se a apresentação do Conselho Editorial
distribuído entre os cargos: Editora, Conselho Executivo, Conselho Editorial Nacional e
Conselho Editorial Internacional. Na segunda página aparecem os dados da Associação
Brasileira de Psicopedagogia: endereço e site seguido por duas colunas: a primeira, com a lista
das bases de dados de indexação da Revista; e a segunda com o expediente. Logo abaixo
temos um retângulo com os dados de catalogação da Revista. Na terceira página é apresentada
a diretoria da Associação, a identificação do grupo de Conselheiras Natas e a identificação das
Conselheiras Eleitas. Na quarta página é reproduzido o sumário idêntico ao que foi publicado
na primeira capa. Essas quatro páginas não possuem numeração, constituindo-se como
páginas de apresentação do periódico, deixando claro que pertence à Associação Brasileira de
Psicopedagogia, pois a segunda página é dedicada integralmente a apresentação da
Associação. Após as quatro páginas, iniciam as páginas numeradas com o Editorial. Após o
Editorial são publicados os artigos mencionados no sumário. No final da Revista, após o bloco
de artigos, encontram-se as oito últimas páginas também sem numeração. Estas apresentam,
na seqüência: Normas para publicação, texto composto de duas páginas em português; a
tradução do texto Normas para publicação em espanhol; Normas Administrativas para Novos
e Antigos Associados da ABPp; e a última página com Informações importantes para o
associado da ABPp e para quem deseja associar-se, seguido de Formulário de Associação
para pessoa jurídica e pessoa física.
A edição número 61 de 2003 marca sua entrada nesta nova fase. Diferencia-se das
demais quanto a sua estrutura de organização. Apresenta na segunda capa o programa
detalhado do VI Congresso Brasileiro de Psicopedagogia que aconteceu simultaneamente com
o II Congresso Latino Americano de Psicopedagogia, X Encontro Brasileiro de
Psicopedagogos e I Expo Psicoped. O evento foi promovido pela Associação e sua publicação
nesta edição possui um caráter de divulgação. A segunda capa das edições 62 a 71 passam a
apresentar a lista de endereços dos Núcleos e Seções com o nome de suas respectivas
presidentes espalhados pelo Brasil, adquirindo com isso uma constância na sua apresentação.
A terceira capa da edição número 61 e número 65 se diferenciam das demais. A edição
número 61 apresenta a continuidade do programa do evento citado na segunda capa, o VII
161
Congresso Brasileiro de Psicopedagogia. Esta terceira capa publica o programa de Oficinas e
Cursos Confirmados para o evento. A edição número 65 de 2004, publica a Agenda de
Eventos da ABPp Nacional 2º semestre 2004, com o título: 4º Ciclo de Palestras - “Diálogos
Psciopedagógicos”. Abaixo apresenta a programação de Oficinas e Cursos promovidos pela
Associação. As demais edições que constituem a Fase não apresentam eventos promovidos
pela Associação, consolidando a terceira capa como um espaço para publicar um texto com o
histórico da Associação Brasileira de Psicopedagogia composto de seis parágrafos. O texto, no
seu primeiro parágrafo, define o caráter da Associação. No segundo parágrafo relata sua
origem. O terceiro parágrafo apresenta o papel desempenhado pela Associação nos últimos
anos quanto a formação do psicopedagogo. No quarto parágrafo relata os eventos promovidos
pela Associação e destaca em negrito o site da Associação. O quinto parágrafo apresenta o
Projeto Pertencer, promovido pela Associação. Segundo o texto, este projeto visa não só o
atendimento da população carente, promovendo a inserção social e a divulgação da
importância da prática psicopedagógica, como também implantar um novo modelo de estudo
e pesquisa nesse campo. O sexto e último parágrafo específica que todas as pessoas
interessadas nessa área de atuação podem associar-se a ABPp. Este texto está publicado em
todas as terceiras-capas das edições que compõe a Fase, exceto, como já foi dito, as edições
número 61 e 65. O mesmo texto migra, na edição número 65, para a quarta-capa. Na edição
número 61 o texto não foi publicado.
As quartas-capas configuram-se como um espaço para a divulgação de Encontros e
Congressos científicos promovidos pela Associação adquirindo, dessa forma, uma constância
dentro da Fase.
O Quadro 9 mostra que as propagandas dessa fase, são todas sobre os eventos
promovidos pela Associação.
162
Quadro 9- Tipos de Propagandas Veiculadas – Fases Revista Indexada
Tipo de propaganda
nº da edição
Propaganda externa, sem vículo com a ABPp
Propaganda sobre produtos comercializados pela ABPp
Propaganda de eventos promovidos pela ABPp
61 0 0 1 62 0 0 1 63 0 0 1 64 0 0 1 65 0 0 1 66 0 0 1 67 0 0 1 68 0 0 1 69 0 0 1 70 0 0 1 71 0 0 1
163
QUADRO 10 Seções do Periódico da Associação Brasileira de Psicopedagogia – Fase Revista Indexada
164
A Revista desta fase é composta por dez sessões. Por meio da análise do quadro 8 é
possível constatar que, das dez sessões, apenas três estão presentes em todos os números,
enquanto que as demais não possuem a mesma constância. As dez sessões são: Editorial,
Artigos de Revisão, Artigos Originais, Relato de Pesquisa, Artigo Especial, Resenhas, Relato
de Experiência, Ponto de Vista, Dissertação de Mestrado e Cartas ao Editor. Estas são sessões
que aparecem pelo menos uma vez dentro da Fase. As três sessões que apresentam constância
são: Editorial, Artigos Originais e Artigos de Revisão.
A materialidade desta fase revela que a Revista adquiriu um caráter mais científico.
Adequou-se aos padrões exigidos para seu reconhecimento no meio científico. Com estas
mudanças a publicação abandona as características que remetem a uma revista comercial. O
primeiro contato de um leitor, ao visualizar a capa, decodifica que se trata de uma revista de
caráter científico. Não possui mais o espaço de propagandas que havia na quarta-capa. Nesta
fase, adotou estratégias necessárias para seu pertencimento e reconhecimento ao campo da
Educação. As mudanças ocorreram em atendimento às exigências das bases de dados às quais
está indexada. Ao mesmo tempo em que a Revista Psicopedagogia se reorganiza para
pertencer ao campo, pode-se dizer também que o campo está se reorganizando para ceder um
espaço ao novo elemento. Trata-se de um equilíbrio de forças que vai sendo conquistado
dentro do campo.
3.7.1.1 - A s capas da Fase Revista Indexada
Edição nº61 Edição nº 62 Edição nº 63
165
Edição nº 64 Edição nº 65 Edição nº 66
Edição nº 67 Edição nº 68 Edição nº 69
Edição nº 70 Edição nº 71
166
3.7.1.2 - O Retorno dos Editoriais - Fase Revista Indexada
O Quadro 10 permite conhecer a materialidade desta Fase.
A partir da edição número 61 as seções Conversa com o Leitor e Compartilhando
foram extintas. Nos seus lugares retorna o editorial. Todos os editoriais, a partir deste número,
são apresentados com título. Na edição, de número 61, o título é: Novas tendências. O texto
comunica o novo formato da Revista, que objetiva obter a indexação em novas bases de
dados, e a formação do novo Conselho Editorial. Este novo Conselho é composto por
profissionais de renome na educação e na Psicopedagogia brasileira e estrangeira. O texto
apresenta ainda novas normas de publicação adotadas e que se encontram dentro dos
parâmetros científicos internacionais. O discurso concentra-se em aspectos relativos à Revista.
A edição número 62 tem o editorial com o título: Inserindo novas fronteiras. Destaca o
fato de que neste número temos autores de diferentes países. Comunica que os artigos
publicados são dos autores palestrantes do VI Congresso, cujo tema trata sobre o
entrelaçamento dos saberes. Para finalizar afirma haver uma heterogeneidade nos artigos, mas
que os contrastes de posições privilegiam um tema comum sobre as dimensões cognitivas,
afetivas e sociais do ser humano. O discurso mantém sua idéia central sobre a revista, com um
destaque para o VI Congresso como fornecedor dos artigos da edição.
Na edição número 63 o editorial tem como título: Um aporte para o futuro. Seu texto
retoma a origem da Psicopedagogia e seu compromisso com a educação, aponta a práxis
psicopedagógica como confluência de saberes, destaca o momento de redefinição do papel da
educação e da Psicopedagogia no mundo. Para concluir, apresenta a abertura de espaço nesta
edição para a reflexão dos diferentes pontos de vista do saber que se projetam para o futuro da
Psicopedagogia no Brasil e no mundo.
A edição número 64 traz como título de editorial: Psicopedagogia: reforçando nossa
identidade.... Destaca a responsabilidade em publicar a revista pelo comprometimento com o
percurso histórico da própria revista. No primeiro parágrafo, encontramos a afirmação
esta publicação vem divulgando um saber que sem dúvida tem promovido o fortalecimento do corpo teórico da nossa profissão, pelo incentivo a novas pesquisas, estudos e práticas, servindo de modelo a uns e ponto de partida a outros. (Revista ABPp, nº 64, 2004, p. 1).
Nesta citação encontramos referência à constituição da área da Psicopedagogia. Para
finalizar o texto relata os artigos que fazem parte desta edição.
167
A edição número 65 tem como título Singularidade. O texto explica que a Revista está
indexada junto a bases como o INEP e o Latindex, e comunica que se encontra em via de
obtenção da indexação em bases de dados da Fundação Carlos Chagas.
A edição número 66 tem como título do editorial: Novos Caminhos. Comunica a
introdução da seção Artigos Especiais e que serão textos elaborados a convite do Editor, de
grande relevância para a especialidade. Relata um resumo sobre os artigos que fazem parte
desta edição. (Revista ABPp, nº 66, 2004, p. 185).
A edição número 67 tem como título do editorial: Um momento especial. Justifica o
título pelo fato da Revista completar 25 anos de existência. Posteriormente relata os artigos da
edição.
A edição número 68 tem como título do editorial: Vários focos, uma só luz.... O texto
apresenta os artigos que fazem parte da edição e destaca a diversidade de pensamento presente
por meio de seus autores.
A edição número 69 tem como título do editorial: O Caminho se faz.... Comunica a
satisfação em apresentar a edição que recebeu a qualificação Qualis B Nacional pela CAPES21
e obter sua indexação junto ao LILACS. O texto dedica dois parágrafos a esta conquista.
Posteriormente apresenta os artigos da edição.
A edição número 70 tem por título do editorial: Gerando reflexões.... Apresenta os
artigos da edição e enfatiza a característica que a revista possui em divulgar novos
desdobramentos do conhecimento, capazes de provocar reflexões sobre as questões do
aprender.. (Revista ABPp, nº 70, 2006, p.1).
A edição número 71 apresenta como título do editorial: Revista Psicopedagogia:
refletindo o amadurecimento científico de nossa Associação. O texto destaca a
Psicopedagogia como área em permanente evolução, a chegada do VII Congresso Brasileiro
de Psicopedagogia promovido pela ABPp e o tema predominante desta edição que é a
Transdisciplinaridade. Em seguida, apresenta os artigos da edição.
Nesta fase da Revista encontra-se o retorno dos Editoriais. Eles desapareceram na
passagem da Fase Boletim para a Fase Revista, substituídos pelas seções Compartilhando e
Conversa com o leitor. Por meio da análise dos discursos utilizados nestes editoriais,
conforme descrevo acima, constatamos que desempenham o papel que anteriormente ficou a
cargo das duas seções. O espaço do Editorial, na Fase Revista Indexada é utilizado como
21 A qualificação Qualis é feita pela CAPES sobre os periódicos e revistas dos programas de pós-graduação para a divulgação da produção intelectual. Esta classificação é feita de acordo com a categoria indicativa de sua qualidade. São três categorias: “A” alta, “B” média e “C” baixa. É classificada também de acordo com a sua circulação: Internacional, Nacional e Local.
168
forma de comunicação entre a Associação e seus membros, como também entre o Conselho
Editorial da Revista e seus leitores. Os avanços e conquistas da Psicopedagogia dentro campo
da Educação são objetos de apreciação pelos textos editoriais. Por um lado a Associação
apresenta seus avanços com a indexação da Revista em bases de dados internacionais. Por
outro, a Revista mostra as conquistas e avanços da Psicopedagogia dentro do campo com suas
reformulações, principalmente as reformulações esboçadas nesta última fase. Pode-se dizer
que é uma via de mão dupla: a Revista é reformula para atender as exigências científicas e
pertencer ao campo da Educação. Isto gera necessidades que levam os membros da área da
Psicopedagogia, a se transformarem para serem aceitos e pertencerem ao campo da Educação.
Durante esta Fase encontra-se por meio dos editoriais um discurso voltado para as realizações
do Conselho Editorial. Percebe-se um controle maior para que a Revista atenda as exigências
impostas pelas bases de dados as quais está indexada. Com isso temos o papel da Associação
liderando e conduzindo este movimento.
3.8 - A discussão dentro da área – Os discursos sobre a área de Psicopedagogia
publicados pela Fase Revista Indexada
A revista número 62 de 2003, publicou o artigo com o título Psicopedagogia e
Eqüidade Social: o contexto como protagonista, a diversidade como norma. Sua autora,
Carmen Pastorino, é apresentada pela Revista como socioanalista, psicopedagoga, doutora
Honoris Causa em Psicopedagogia pela Associación Uruguaya de Psicopedagogia,
FundaciónInstituto Psicopedagógico Uruguayo. O artigo está publicado dentro da Seção
Artigo de Revisão. A autora divide o artigo em duas partes: na primeira parte aponta os
avanços os novos compromissos da Psicopedagogia, e na segunda parte aponta aspectos da
realidade da educação na América Latina e suas perspectivas. Segundo a autora o século XXI
exige do psicopedagogo a responsabilidade na construção de uma sociedade livre e justa. Para
isso aponta que a área de Psicopedagogia vem construindo um novo paradigma que leva em
conta todas as dimensões que encerra o processo de aprendizagem, por meio de suas relações
com os determinantes históricos, socioeconômicos, culturais, familiares e genéticos.
Integrando estes diferentes saberes científicos que se transversalizam. Enfatiza a tarefa de
assessoramento, orientação e co-participação dos profissionais psicopedagogos, em relação às
situações de ensino e aprendizagem que se desenvolvem na América Latina dentro de uma
perspectiva histórica com relação aos fins da Educação. De acordo com cada contexto
169
histórico em que se vive na América Latina, a autora chama a atenção à diversidade e às
diferenças como norma para que todos possam atingir seu pleno desenvolvimento e sua
inserção social. Para finalizar enfatiza que a tarefa da Psicopedagogia é atuar não apenas no
âmbito da inclusão, mas com todas as crianças que fazem parte desse sistema.
(Psicopedagogia, 2003, nº 62, p. 173 - 178)
Na Revista número 66 de 2004 foi publicado o artigo com o título Rumos da
Psicopedagogia Brasileira. As autoras: Edith Rubinstein, Marisa Irene Castanho e Neide de
Aquino Noffs, são apresentadas como psicopedagogas e conselheiras da Associação Brasileira
de Psicopedagogia. O artigo tem como objetivo apresentar o projeto Rumos da
Psicopedagogia Brasileira. Este projeto pretende analisar a direção que a Psicopedagogia e
os psicopedagogos vem tomando ao longo dos anos. Por meio do artigo pretendem
compartilhar com os psicopedagogos os Rumos da Psicopedagogia no Brasil. No momento da
publicação o projeto encontrava-se no seu início e sendo assim foram apresentados três
subtemas dos seis que possui. Estes subtemas são: Histórico das bases teóricas, Formação e
Conceito/idéia que os profissionais de áreas afins têm sobre o psicopedagogo e a
Psicopedagogia. Após a apresentação destes subtemas são apresentadas as considerações
finais em que as autoras afirmam que não há uma uniformidade de modelos teóricos dentro da
área de Psicopedagogia. A Psicopedagogia constrói modelos de intervenção amparados pela
diversidade e consideração da alteridade no processo educacional. Propõe que seja feito um
investimento na formação continuada do profissional, além de legalizar/oficializar através de
leis o que já está legitimado. (Psicopedagogia, 2004, nº 66, p. 225 -238)
A Revista número 70 de 2006 publicou o artigo O Impacto da Psicopedagogia no Distrito
Federal. A autora é Maria Therezinha de Lima Monteiro e é apresentada pela Revista como
professora de Epistemologia Genética no curso de pós-graduação stricto sensu, Mestrado em
Educação na Universidade Católica de Brasília. A discussão realizada pela autora parte da
constatação do fracasso escolar como um fato que remonta aos anos de 1930 no Brasil.
Apresenta como marco das preocupações com a qualidade da educação as eleições para
governos estaduais em 1982. Segundo a autora, a partir desta data, o fracasso escolar passou a
ser utilizado como um indicador da ineficiência do sistema. Com isso afirma que a
Psicopedagogia não deve voltar-se para a escola com o objetivo de prevenir o fracasso escolar,
mas otimizar o processo de ensino aprendizagem, possibilitando a construção da própria
inteligência e saúde mental da criança. Para esta afirmação a autora retoma a memória de
Beatriz Scoz sobre a Psicopedagogia, apresentada na sua dissertação de mestrado, mostrando
o papel desempenhado pela Associação Brasileira de Psicopedagogia na construção de um
170
modelo teórico próprio para a área de Psicopedagogia. Em seguida, faz referências ao artigo
publicado na revista número 66 por Rubinstein, Castanho e Noffs citados anteriormente nesta
dissertação, para mostrar o desenvolvimento da Psicopedagogia no Brasil e o
desenvolvimento da prática psicopedagógica nos cursos universitários. Posteriormente a
autora enfatiza as contribuições de Jean Piaget por meio da epistemologia Genética,
colaborando para a criação de uma prática psicopedagógica no Brasil, ao enfrentar problemas
na compreensão dos conteúdos de aprendizagem. Para finalizar seu artigo a autora destaca as
contribuições da Associação Brasileira de Psicopedagogia no cenário educacional brasileiro e
enfatiza o trabalho desenvolvido pela ABPp – Seção Brasília nos últimos dez anos de sua
atuação. Assim finaliza o artigo e apresenta um trabalho de pesquisa que vem sendo
desenvolvido pela autora e demais pesquisadores sobre o grau de influência da
Psicopedagogia sobre a educação no Distrito Federal. (Psicopedagogia, 2006, nº 70, p. 68 -
74)
Os artigos publicados na Fase Revista Indexada classificados dentro da categoria
Discursos sobre a área de Psicopedagogia, seguem mostrando e divulgando o trabalho
desenvolvido pela Associação Brasileira de Psicopedagogia. Nesta fase pode-se observar a
entrada de um artigo proveniente de uma Associação de Psicopedagogia estrangeira. Trata-se
do artigo publicado na edição número 62 em que a autora pertence a Associação de
Psicopedagogia Uruguaia.
3.9. - Análise dos quadros e gráficos – Fase Revista Indexada
Esta Fase do ciclo de vida da Revista Psicopedagogia mostra uma estabilidade em sua
publicação. O ritmo de produção, conforme mostra o gráfico 1 publicado na página 78 desta
dissertação, é estável. O número de artigos publicados não é constante, mas verifica-se que
nenhuma edição é publicada com menos de sete artigos, e o maior número de artigos por
edição – 11 artigos – está nos exemplares 61 e 62. Uma justificativa para isso está no editorial
da Revista número 62, que comunica a publicação de alguns trabalhos apresentados no VI
Congresso Brasileiro de Psicopedagogia. O número de páginas publicadas em cada exemplar
também aumentou consideravelmente. Os artigos possuem um rigor científico exigido pelos
organismos de indexação, e com isso os artigos ficaram maiores em número de páginas. As
ilustrações estão presentes, mas não aparecem apenas com o objetivo ilustrativo, fazem parte
do artigo acrescentando informações. Não existem fotos publicadas em nenhum número. Ou
seja, a Revista adquiriu um padrão de publicação. Este padrão por sua vez, tem o objetivo de
171
atender aos critérios de avaliação dos organismos aos quais está indexada. Os dados descritos
aqui podem ser confirmados pela análise do Quadro 11.
Quadro 11 - Formato do Periódico – Fase Revista Indexada
3.9.1 - O que revelam os gráficos: incidência dos objetos de pesquisa?
Utilizando-se dos mesmos critérios das Fases anteriores, foram analisadas as planilhas
e gráficos de classificação dos artigos e resenhas publicados na Fase Revista Indexada.
Edição Número de artigos
Numero de páginas
Número de ilustrações
Número de fotos Formato (cm)
Índice/ Sumário
61 11 89 2 0 21 x 28 índice 62 11 203 1 0 21 x 28 índice 63 8 295 2 0 21 x 28 índice Total em 2003
30 587 5 0
64 8 87 2 0 21 x 28 índice 65 8 179 2 0 21 x 28 índice Total em 2004
16 266 4 0
66 7 255 0 0 21 x 28 índice 67 7 85 2 0 21 x 28 índice 68 8 179 0 0 21 x 28 índice 69 9 271 0 0 21 x 28 índice Total em 2005
31 790 2 0
70 9 80 0 0 21 x 28 índice 71 10 190 0 0 21 x 28 índice Total em 2006
19 270 0 0
Total Geral 96 1913 11 0
172
Gráfico 5 – Incidência dos Objetos de Pesquisa – Fase Revista Indexada
Incidência dos objetos de pesquisa - Fase Revista Indexada
0
2
4
6
8
10
12
2003 2004 2005 2006
Psicopedagogia Institucional Fundamentos Teóricos Processo de Aprendizagem
Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica Falhas no Processo de Aprendizagem Discursos sobre a Área de Psicopedagogia
Psicopedagogi Hospitalar Psicopedagogia no Ensino Superior Outros
173
3.9.2 - A Incidência dos Objetos de Pesquisa durante a Fase Revista Indexada
Esta é a fase mais curta do ciclo de vida da Revista Psicopedagogia. A pesquisa é
encerrada no ano de 2006 quando a publicação completa vinte cinco anos. Neste período a
Revista torna-se indexada a diversos organismos, inclusive internacionais. O rigor científico
exigido por estes organismos é grande.
O Gráfico 5 mostra que durante esta Fase a categoria Processo de Aprendizagem é o
tema mais recorrente. Em todos os anos é o tema que possui maior incidência, sozinho ou
dividindo esta posição com outro tema.
Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica é o segundo tema mais recorrente da
Fase.
Podemos constatar o reaparecimento da categoria Falhas no Processo de
Aprendizagem. O que poderia explicar o retorno desta categoria? Num primeiro momento
pode-se constatar a presença de artigos tratando de temas relacionados ao processo de
inclusão. Dentro deste tema encontram-se diferentes formas de avaliar o processo de
aprendizagem, muitas vezes destacando manifestações diferenciadas na forma de aprender
como possíveis falhas que pertencem a processos de inclusão. A confirmação desta
constatação demanda um refinamento da pesquisa, avaliando o referencial teórico adotado
para discutir o tema. Este refinamento não foi o foco desta pesquisa.
A categoria Psicopedagogia Institucional permanece presente como vinha se
mostrando na fase anterior, é uma categoria que somente não aparece no ano de 2005.
Fundamentos Teóricos é uma categoria presente de forma mais tímida quando
comparada às duas Fases anteriores, Boletim e Revista Nacional. Esta categoria está presente
em quase todos os anos das fases anteriores. Na Fase Revista Indexada aparece em 2003 e
2006 somente.
Discursos sobre a Área de Psicopedagogia é uma categoria presente em todos os anos,
porém com poucos artigos.
A categoria Psicopedagogia Hospitalar adquire mais espaço quando comparada às
Fases anteriores. Está presente em todos os anos, e no ano de 2003 é a terceira categoria com
o maior número de artigos.
O gráfico 5 permite verificar que a categoria Psicopedagogia no Ensino superior
tornou-se um tema mais freqüente entre os psicopedagogos. Está presente em todos os anos da
publicação.
174
Na Fase Revista Indexada a seção Resenhas está ausente em alguns números. A
análise do gráfico 3, na página 115, mostra que a categoria Fundamentos Teóricos é a que se
destaca dentro da Fase com 50% de incidência seguida por Psicopedagogia Institucional,
Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica e Processo de Alfabetização com 16,67% de
incidência cada.
A seção introduzida a partir de 1996 com o título de Súmula de Teses e Dissertações
não apresenta constância na Fase Revista Indexada. Foram encontradas apenas três
publicações em toda a Fase, classificadas em três categorias: Processo de Aprendizagem,
Processo de Alfabetização e Psicopedagogia Hospitalar com uma incidência de 33,3% cada.
Conforme mostra o gráfico 6 publicado na página seguinte.
175
Gráfico 6
Incidência dos Objetos de Pesquisa nas Súmulas de Teses e Dissertaçãoes Publicadas
11,11%
0,00%
5,56%
0,00%
33,33% 33,33%
5,56%
0,00%
16,67%
0,00%
5,56%
33,33%
5,56%
0,00%
33,33%
5,56%
0,00%
11,11%
0,00%0,00%0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
Fase Revista Nacional Fase Revista Indexada
Psicopedagogia Institucional Fundamentos Teóricos Processo de Aprendizagem
Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica Falhas no Processo de Aprendizagem Processo de Alfabetização
Discursos sobre a Área de Psicopedagogia Psicopedagogia Hospitalar Psicopedagogia no Ensino Superior
Outros
176
Esta fase revela a entrada da Psicopedagogia no campo da Educação ampliando as
bases de Indexação do periódico. Por um lado amplia o rigor científico da publicação
oferecendo uma Revista que segue normas e padrões determinados pelo campo ao qual
pertence. Por outro, a publicação esboça uma desvinculação tão direta que possuía, em
relação a Associação como vimos na Fase Revista Nacional. A necessidade de manter sua
indexação é um fator que contribui para a mudança na sua relação com a Associação.
177
Considerações Finais
Chegando ao término deste trabalho de pesquisa, verificam-se várias questões e
aspectos que poderiam ser retomados. Isso mostra que o trabalho final é fruto do
amadurecimento da pesquisa e aponta a necessidade de refletir sobre a metodologia adotada.
Esta pesquisa analisou a Revista Psicopedagogia como um dispositivo de
normatização da prática dos psicopedagogos. Ao mesmo tempo procurou-se compreender as
estratégias editoriais e os instrumentos utilizados, que pudessem revelar a entrada das práticas
psicopedagógicas no campo da educação.
Durante o processo de descrição dos elementos materiais da Revista Psicopedagogia
foi sendo revelado o que deveria ser lido para conceituação desta dissertação e como esta
leitura deveria ocorrer. Esses elementos materiais mostraram também a forma como a
psicopedagogia adentrou o campo da educação em meio ao debate sobre o fracasso escolar.
Identificar as estratégias editoriais que produziram e fizeram circular os saberes da
área de Psicopedagogia foi uma condição necessária para compreender os possíveis usos que
deles são feitos. Ao mesmo tempo é necessário pensar que um periódico, após a sua
circulação, pode seguir por caminhos que não foram previstos pelos objetivos presentes no
momento de sua produção. Além de que, um periódico permite aos seus leitores que façam
usos diferentes em lugares e épocas muito distintas. Estes pressupostos fazem desta pesquisa
um elemento gerador de novos problemas e debates para a área de Psicopedagogia.
Os dispositivos materiais permitiram periodizar em três fases o ciclo de vida da
Revista, e a definição dessas fases foi revelada pela própria materialidade do periódico, com a
análise das capas.
A primeira fase, chamada Fase Boletim, revela uma padronização da leitura e do
leitor. Esta padronização pode ser observada a partir de sua composição e textualização,
quando é encontrado um Boletim publicado no formato de livro. O Boletim se configurou
como um espaço reservado ao debate científico por meio de temas pertinentes à área. A
comunicação das ações promovidas pela Associação Brasileira de Psicopedagogia ficou, num
primeiro momento, restrita ao editorial, por meio dos comentários acerca dos Encontros de
Psicopedagogos. Num segundo momento, estas comunicações foram realizadas também por
meio da inserção de artigos no interior do Boletim, com discussões da área ocorridas nos
eventos promovidos pela Associação. No final da década de 1980, últimos anos da Fase
Boletim, encontra-se a discussão sobre a regulamentação da profissão.
178
A segunda fase, chamada Fase Revista Nacional, apresenta a transformação material
de Boletim para Revista. Com este formato é mantido o caráter normatizador da leitura,
apresentando ao leitor temas referentes ao objeto de estudos da Psicopedagogia, definido a
partir desta década como sendo o processo de aprendizagem. O espaço para apresentação das
ações da Associação Brasileira de Psicopedagogia é ampliado com a criação da seção
Compartilhando. Esta seção é constituída como um espaço em que o leitor toma
conhecimento do debate sobre a regulamentação da profissão de psicopedagogo. Ao mesmo
tempo, cresce o número de artigos publicados com o tema Discursos Sobre a Área de
Psicopedagogia. Estes artigos mostram-nos o debate sobre as possibilidades da área dentro do
campo da educação. Encontrou-se um conjunto de artigos de autoria da diretoria da
Associação Brasileira de Psicopedagogia, como também de pesquisadores membros da
Associação, além de pesquisadores acadêmicos sem vínculos com a Associação, apresentando
suas visões sobre a pertinência da área ao campo da educação. Nesta fase, o espaço
anteriormente reservado para o editorial é transformado numa nova seção, que recebe o nome
de Conversa com o Leitor. Esta seção restringe-se à apresentação da produção da Revista
enquanto dispositivo de leitura. A publicação de artigos oriundos de diferentes seções da
Associação Brasileira de Psicopedagogia mostra ao leitor a expansão da Associação para
outros estados brasileiros. Estes artigos permitem ao leitor o contato com fundamentos
teóricos sobre o processo da aprendizagem que são estudados em outras regiões do país. Ao
mesmo tempo é revelada uma predominância de artigos oriundos da região sul e sudeste do
Brasil.
A terceira fase, chamada Fase Revista Indexada, apresenta uma nova transformação na
materialidade do periódico. Sua indexação a organismos internacionais é refletida pelos
gráficos como um período de estabilidade que não aparece nas fases anteriores. A
materialidade do periódico adquire uma padronização. Esta materialidade revela também sua
pertinência ao campo da educação como um periódico científico. Verificamos a supressão das
seções Compartilhando e Conversa com o Leitor e o retorno do editorial. A partir destas
transformações verifica-se, pela sua materialidade, a manutenção de um modelo que permite
sua permanência como periódico científico. Conforme demonstram os gráficos, nesta Fase os
Discursos Sobre a Área de Psicopedagogia apresentam uma tendência à diminuição da sua
incidência.
A análise do ciclo de vida da Revista Psicopedagogia permitiu verificar a conformação
de saberes acerca da Psicopedagogia, moldando as práticas psicopedagógicas, como também
disseminando conteúdos, procedimentos e valores. A Revista Psicopedagogia teve a função,
179
estratégica para seus leitores, de formação dos psicopedagogos, fomentando o debate dentro
da área.
Segundo os pressupostos de Roger Chartier (1991), pode-se deparar com a construção
de diferentes significados por parte do leitor para um texto. Estes significados são construídos
de acordo com a forma como o texto é recebido por seus leitores. Por meio das publicações de
resenhas de livros, teses e dissertações, eram exigidos do leitor conhecimentos prévios sobre o
campo da educação como também da área da psicopedagogia. A publicação de resenhas
apresenta-se como estratégias para aquisição de determinadas obras e para a constituição de
bibliotecas específicas.
A Revista Psicopedagogia contribuiu por um lado para difundir idéias e teorias sobre a
prática psicopedagógica, e por outro colaborou conformando a leitura e o modo como o leitor
deveria se apropriar dos conteúdos veiculados.
Durante o ciclo de vida, a Revista apresenta-se também como referência de fontes
bibliográficas.Verificam-se diferentes formas de apresentar bibliografias voltadas para apoiar
o estudo e a atualização da prática psicopedagógica.
Como órgão oficial de divulgação da Associação Brasileira de Psicopedagogia, o
periódico explicitou estratégias para o fomento do debate psicopedagógico dentro da área, a
partir de concepções teóricas que fundamentam as práticas psicopedagógicas. Esta
constatação confirma a permanência do objetivo inicial do periódico, publicado pelo editorial
do Boletim número um em 1982.
Para finalizar, a análise do ciclo de vida da Revista Psicopedagogia revela que, ao
mesmo tempo em que o periódico é produzido, produz e constrói a área de psicopedagogia
dentro do campo da educação. Espera-se que, da mesma forma, esta dissertação possa
contribuir para o debate dentro da área da psicopedagogia, estimulando novos temas e novas
abordagens sobre a Psicopedagogia – Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia.
180
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Profissão Docente e Organização do Magistério (1930 – 1964). Dissertação (Mestrado em
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ANEXO 1
Classificação dos Artigos Publicados no Periódico da Associação Brasileira de Psicopedagogia – Fase Boletim – 1982 – 1990
gênero discursivo
Objeto de pesquisa
A Psicopedagogia em questão Nádia D. R. Silveira 1 ago/82 3 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Considerações sobre o trabalho psicopedagógico e avalorização das relações afetivas na aprendizagem
Eloisa Quadros Fagali 1 ago/82 4 Relato depesquisa
Fundamentos Teóricos
Aportes de la Epistemologia Convergente Jorge Visca 1 ago/82 7 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Diagnóstico da dificuldade de aprendizagem da leiturae da escrita
Elsa L. G. Antunha 2 abr/83 12 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
Aspectos emocionais da criança com dificuldade naaprendizagem da leitura e da escrita
Wanderley YanoeDomingos
2 abr/83 6 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
Alfabetização em Psicopedagogia Genny Golubi de Moraes 2 abr/83 4 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
Dislexia Celma Cenamo 2 abr/83 10 Reflexão teórica
Distúrbios daAprendizagem
Literatura infantil e ansiedade um estudo de reaçõesao texto
Leda Maria Codeço Barone 3 nov/83 11 Relato depesquisa
Processo deAprendizagem
Condiciones prévias para el ingreso en la escuelaprimária. Orientación para el pediatra
Ana Maria Nuñiz 3 nov/83 4 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
sensibilizaçao e expressao um projeto criativo para apré-escola
Eloisa Quadros Fagali 3 nov/83 5 Relato dePrática
Processo deAprendizagem
a importância da leitura e da literatura infantil noaprimoramento da linguagem e do desenvolvimentoemocional da criança
Maria Helena Martins 3 nov/83 6 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
Ana Maria Poppovic Orphila Conte 3 nov/83 1 Homenagem Póstuma
Outros
O atendimento psicopedagógico realizado naUniversidade do Estado do Rio de Janeiro
Maria Lúcia Lemme Weiss 4 abr/84 6 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Ramain - a metodologia sob enfoque dinâmico demudança de atitude
Solange Thiers 4 abr/84 5 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Classificação dos Artigos do Periódico da Associaçã o Brasileira de Psicopedagogia - Fase Boletim - 198 2 a 1990
Número de páginas
Ano dapublicação
ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número do exemplar
Página 1 de 9
gênero discursivo
Objeto de pesquisaNúmero de páginas
Ano dapublicação
ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número do exemplar
Orientação vocacional e aprendizagem Marina R. Müller 4 abr/84 3 Reflexão teórica
Outros
Relação psicólogo escolar x pedagogo: questão dedefinição de funções?
Sérgio aAtonio da SilvaLeite
4 abr/84 8 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Elementos legais para a abertura de escolas deprimeiro grau na rede particular de ensino e suasconsequencias na organização
Neide de Aquino Noffs 4 abr/84 9 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Crianças com distúrbios de aprendizagem: umacategoria de problemas de aprendizagem ignoradapor nós
Sylvia Ignes Duarte Megda 4 abr/84 9 Reflexão teórica
Distúrbios daAprendizagem
O uso do desenho estória no Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Leda Maria Codeço Barone 5 ago/84 11 Relato depesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Obstáculos à aprendizagem e ao desenvolvimento daleitura: uma experiência de tratamentopsicopedagógico realizada na Universidade do Estadodo Rio de Janeiro
Maria Lúcia Lemme Weiss 5 ago/84 4 Relato dePrática
Processo de Alfabetização
Distúrbios de linguagem em lesões cerebrais Fernanda dreux MirandaFernandes
5 ago/84 3 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
Orientação Psicopedagógica Elcie F. Salzano Masini 5 ago/84 5 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
O educador como agente de mudanças Vera Maria Nigro de SouzaPlacco
5 ago/84 5 Reflexão teórica
Outros
A supervisão na formação do psicólogo Elenir Rosa Golin Cardoso 5 ago/84 5 Reflexão teórica
Outros
Leitura criativa: revisão do conceito Carmem Lúcia Hussein 6 dez/84 6 Relato depesquisa
Fundamentos Teóricos
A psicopedagogia e a aprendizagem afetiva Monica Mendes 6 dez/84 2 Reflexão teórica
Processo deAprendizagem
As dificuldades de aprendizagem e problemas deleitura e escrita: caracterização, diagnóstico etratamento - o trabalho do psicopedagogo
Edith Rubinstein 6 dez/84 10 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
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gênero discursivo
Objeto de pesquisaNúmero de páginas
Ano dapublicação
ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número do exemplar
Atendimento Psicopedagógico ao nível hospitalar Sara Bozzo de Schettini 6 dez/84 5 Discussão sobre aprática
Psicopedagogia Hospitalar
Indução das estruturas lógicas elementares: ummétodo do tipo "aprendizagem operatória" quepossibilita estudo longitudinal do funcionamentocognitivo
Lúcia Cunha de Carvalho 6 dez/84 9 Relato depesquisa
Processo deAprendizagem
Menores marginalizados: uma pedagogia da condutaanti-social ou das estratégias de sobrevivência?
Sandra Francesca Conti deAlmeida
6 dez/84 6 Relato depesquisa
Crianças marginalizadas
Encontro de Psicopedagogos: uma visãomuldisciplinar do Processo de Aprendizagem
Nadia D. R. Silveira 6 dez/84 3 Relato dePrática
Discursos sobre a Área dePsicopedagogia
La dislexia: um pretexto para avanzar em el estudiodel lenguaje
Mabel Condemarin 7 abr/85 18 Reflexão teórica
Distúrbios daAprendizagem
Sugestões para a avaliação das aprendizagensiniciais em leitura
Clarissa S. Golbert 7 abr/85 7 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
Identificação de crianças disortográficas em sala deaula
Sônia Moojen Kiguel 7 abr/85 15 Relato depesquisa
Distúrbios daAprendizagem
Fundamentos para um sistema de ensino daortografia baseado na estrutura da língua
M. A. Carbonel deGrompone
7 abr/85 14 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
Seleccion, adaptacion y creacion de textos literariospara uso escolar
Felipe Alliende 7 abr/85 14 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
Classificación de los objetos Jacobo Feldman 7 abr/85 17 Reflexão teórica
Processo deAprendizagem
O psicopedagogo no ensino superior: um campo a serconquistado
Geraldina Poto Witter 8 ago/85 6 Reflexão teórica
Psicopedagogia no EnsinoSuperior
Considerações sobre as atividades dos profissionaisem psicopedagogia na região de Porto Alegre
Clarissa S. Golbert 8 ago/85 13 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Aspectos lingüísticos nos problemas deaprendizagem
Mary A. Kato 8 ago/85 6 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
Psicopedagogia: algumas perspectivas paradelimitaçao de seu campo
Célia F. S. Linhares 8 ago/85 8 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
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gênero discursivo
Objeto de pesquisaNúmero de páginas
Ano dapublicação
ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número do exemplar
Psicopedagogia com adultos Geraldina Poto Witter 8 ago/85 5 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Dislexia: ponto de vista neuropsicológico Elsa L. G. Antunha 8 ago/85 5 Reflexão teórica
Distúrbios daAprendizagem
O atendimento psicopedagógico realizado junto aoCentro de Aplicação da Psicologia da UniversidadeFederal de Minas Gerais
Paula Marília CabralRobeiro Justo e Ida Mariado Carmo Amaral BrontMachado
8 ago/85 8 Relato dePrática
Psicopedagogia no EnsinoSuperior
O atendimento de crianças com problemasemocionais intensos e a psicopedagogia
Edith Rubinstein e M.Cristina C. Broide
9 dez/85 6 Relato dePrática
Processo de Alfabetização
É possível a psicopedagogia na escola? Marília Pinheiro Machadode Souza
9 dez/85 5 Relato deexperiência
Psicopedagogia Institucional
Experiência de atendimento psicopedagógico clínico,em forma grupal
Maria Lúcia Lemme Weisse Jance Correa
9 dez/85 8 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Ramain: terapia psicomotora no estudo clínico de umcaso
Solange Thiers 9 dez/85 8 Relato deexperiência
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Ramain: uma proposta de trabalho que possibilita aeducação da criança e a formação do educador
Beatriz Leonel Scavazza 9 dez/85 6 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A educação da atitude e do movimento dentro dométodo Ramain
Leda Maria Codeço Barone 9 dez/85 4 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A literatura na escola - arte ou pedagogia? Maria Helena Martins 9 dez/85 3 Reflexão teórica
Processo deAprendizagem
Leitura criativa: ensino e aprendizagem Carmem Lúcia Hussein 9 dez/85 7 Relato depesquisa
Processo de Alfabetização
A informática na educação: uma nova postura Equipe do ProjetoEducacional da DomusInformática
9 dez/85 10 Relato dePrática
Processo deAprendizagem
O sintoma de aprender Ricardo Goldenberg 10 abr/86 5 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Mudanças da auto-estima em menoresinstitucionalizados
Lúcia Maria Moraes Moysés 10 abr/86 17 Relato depesquisa
Crianças marginalizadas
Página 4 de 9
gênero discursivo
Objeto de pesquisaNúmero de páginas
Ano dapublicação
ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número do exemplar
A importancia do objeto transicional na escola Clarisse MacedoSalamonde
10 abr/86 4 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
A alfabetização e as idéias de Emília Ferreiro Suad Nader Saad 10 abr/96 5 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
Utilização de um sistema motivacional na remediaçãode leitura: um estudo de caso
Maria Aparecida Cunha,Maria Lucia Mattos P.Guimarães, Maria da SaleteG. de Abreu e NeideAparecida de Souza
10 abr/86 6 Relato deexperiência
Processo de Alfabetização
Reflexões sobre a educação de menores de rua Maria Stela Santos Graciani 10 abr/86 8 Reflexão teórica
Crianças marginalizadas
O idoso e a educação Dante Silvestre Neto 10 abr/86 4 Relato dePrática
Outros
O caráter interdisciplinar na psicopedagogia Wanderley M. Domingues 11 ago/86 3 Reflexão Teórica
Fundamentos Teóricos
Caráter interdisciplinar na psicopedagogia Latife Yazigi 11 ago/86 2 Reflexão Teórica
Fundamentos Teóricos
A família e a escolaridade Alda Pellegrini Lemos 11 ago/86 6 Relato deExperiência
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A conduta impulsiva, sua relação com o rendimentoescolar, e algumas alternativas de tratamento
Neva Milicic 11 ago/86 11 Reflexão Teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Problemas de Aprendizagem - O que é isso?Confusões em um processo pouco conhecido
Elcie F. Salzano Mazini 11 ago/86 11 Relato deExperiência
Processo deAprendizagem
Aprendizagem e nível de competência Marília Amorim 11 ago/86 5 Reflexão Teórica
Processo deAprendizagem
Indução operatória feita através do computador Lúcia Cunha de Carvalho eTerezinha de Jesus Gomes
11 ago/86 11 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
Aprendizagem e nível de competência: aalfabetização na Pré-escola. Comentários sobrepesquisas fundamentais na obra de J. Piaget
Luci Banks Leite 11 ago/86 2 Reflexão Teórica
Processo de Alfabetização
O tesouro de Natália. Ilusão e realidade no aprender Dalva Rigon Leonhardt 11 ago/86 10 Relato deExperiência
Processo deAprendizagem
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gênero discursivo
Objeto de pesquisaNúmero de páginas
Ano dapublicação
ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número do exemplar
Análise das interrelações entre dez tarefas numéricasPiagetianas
Ana Maria Musiello 12 dez/86 14 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
Um estudo sobre o processo de consolidação dasestruturas operatórias de classes
Maria Aparecida CóriaSabini
12 dez/86 6 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
Mesa redonda: "O computador como instrumento noprocesso ensino-aprendizagem" - Projeto de trabalhopara crianças com dificuldades de aprendizagem.
Norma Dias A. C. Godoy eMonica Hoehne Mendes
12 dez/86 5 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
Abordagem crítica da psicomotricidade na pré-escola Daniel Larry Benchimol 12 dez/86 13 Relato deExperiência
Fundamentos Teóricos
Educação enquanto Política Pública: Uma contradiçãoa ser explorada
Guiomar Namo de Mello 13 jun/87 9 Reflexão Teórica
Outros
A psicopedagogia no Brasil: Evolução Histórica Beatriz Judith Lima Scoz eMonica H. Mendes
13 jun/87 11 Reflexão Teórica
Discursos sobre a Área dePsicopedagogia
A psicopedagogia e sua prática Edith Rubinstein 13 jun/87 4 Reflexão Teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Psicopedagogia Clínica: O Diagnóstico Maria Lucia Lemme Weiss 13 jun/87 7 Reflexão Teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Família e Problemas de aprendizagem Claudia Toledo Massadar 13 jun/87 5 Reflexão Teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
O Desenho do Par Educativo: Um recurso para oEstudo dos vínculos na aprendizagem
Ana Maria Rodriguez Muñiz 13 jun/87 8 Reflexão Teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Uma breve discussão a respeito da concretude domaterial pedagógico
Leny Magalhães Mrech 13 jun/87 4 Reflexão Teórica
Fundamentos Teóricos
Atitudes de Professores e Alunos de 1º grau quantoao uso do computador na escola
Carla Witter 13 jun/87 12 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
O Ditado atrás do Estojo Célia Maria Boscolo,Luciana Chehda Bargud eRosana Corrêa Amá Brusco
14 dez/87 10 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
Precondiciones Energéticos - Estructurales delAprendizaje
Jorge Visca 14 dez/87 8 Reflexão Teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Página 6 de 9
gênero discursivo
Objeto de pesquisaNúmero de páginas
Ano dapublicação
ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número do exemplar
A Imagem do Indio na Educação Formal: umapesquisa com professores e alunos de 1º grau deseis escolas municipais de São Paulo
Carmem Silvia RotondoTaverna, Clara SuelyRosemberg, Laura MariaJorge Carvalho, LígiaMiranda Azevedo, ReginaCastelo Branco e VeraScognamiglio Campos deOliveira
14 dez/87 14 Relato dePesquisa
Outros
Oficina Psicopedagógica para o Desenvolvimento doRaciocínio através da Sensibilização e linguagem nãoverbal
Eloisa Quadros Fagali,Maria Elizabeth Soares,Maria Inês Sestaroli, SoniaMaria D. Alfonso Martins eSuzana Erat
14 dez/87 10 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
Rotulação de desenhos infantis: influência de visitaorientada à exposição DACOLEÇÃO, classe social eidade
Maria Theresa O. PereiraMello, Geraldina PortoWitter, Teresa C.Reingruber, Telma C.Witter, Renata Vaccari,Maria Lucia Pires de Melloe Maria Eugência A.Carvalho.
14 dez/87 10 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
Construtivismo e aprendizagem da escrita Lino de Macedo 15 jun/88 10 Reflexão Teórica
Processo de Alfabetização
A equipe interdisciplinar na escola: realidade ouutopia?
Berta Weil Ferreira 15 jun/88 6 Relato dePesquisa
Psicopedagogia Institucional
Sobre o processo de formação do educador Madalena Freire e CleideLerzi
15 jun/88 2 Reflexão Teórica
Outros
O psicólogo para não psicólogos Cláudia Toledo Massadar 15 jun/88 4 Reflexão Teórica
Outros
Problemas psicossociais na Adolescência: as tarefasde desenvolvimento e a escola
Geraldina Porto Witter 15 jun/88 8 Reflexão Teórica
Outros
Tendências atuais no tratamento das desadaptaçõesescolares - Recursos Pedagógicos
Clarissa S. Golbert 16 dez/88 8 Reflexão Teórica
Processo de Alfabetização
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gênero discursivo
Objeto de pesquisaNúmero de páginas
Ano dapublicação
ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número do exemplar
Psicologia Soviética ou Sulamericana? - AAdolescência americana.
Berta Weil Ferreira 16 dez/88 8 Reflexão Teórica
Outros
Conceito de Escrita e Opinião de Escolares (1º a 8ºSéries) Sobre o que controla seu comportamentocognitivo no ato de escrever.
Geraldina Porto Witter eElza Penalva Pinto
16 dez/88 14 Reflexão Teórica
Processo de Alfabetização
O ato didático e o enfoque psicopedagógico darelação professor-aluno.
Leny Magalhães Mrech 16 dez/88 8 Reflexão Teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Multirepetentes: o crescimento na aprendizagematravés de grupos de tratamento psicopedagógicos
Maria Lucia Weiss 17 jul/89 6 Relato deExperiência
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Psicopedagogia: algumas reflexões sobre seu sentidopara os profissionais da educação
Beatriz Judith Lima Scoz eMonica H. Mendes
17 jul/89 10 Reflexão Teórica
Discursos sobre a Área dePsicopedagogia
A utilização do microcomputador na escola comoprevenção de distúrbios de aprendizagem
Rosane Aragon de Nevado 17 jul/89 8 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
Metacognição e produção de textos: O que ascrianças sabem sobre os textos que escrevem?
Roxane H. R. Rojo 17 jul/89 20 Relato deExperiência
Processo de Alfabetização
A criança hiperativa e a aprendizagem Wanderley M. Domingues 17 jul/89 6 Reflexão Teórica
Distúrbios daAprendizagem
A psicologia escolar no estado de São Paulo Elcie F. Salzano Mazini 18 jun/90 12 Reflexão Teórica
Outros
Atendimento grupal em Psicopedagogia Terapêutica Lisete Annes Henriques,Janete Pereira Annes
18 jun/90 14 Relato deExperiência
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Aproximações teóricas da Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógicaem Histórias Convergentes
Clarissa S. Golbert e DalvaR. Leonhardt
18 jun/90 30 Reflexão Teórica
Fundamentos Teóricos
O jogo da senha num contexto psicopedagógico Lino de Macedo, Ana RosaAbreu, Maria Anita Romeo
18 jun/90 4 Relato deExperiência
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Uma síntese de teorias relacionadas, como recursoInstrumental na formulação do diagnóstico
Liette Franchi 19 jun/90 42 Reflexão Teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A revisão da didática no Processo de Alfabetização Edith Rubinstein 19 jun/90 18 Reflexão Teórica
Processo de Alfabetização
O processo e o vínculo na relação psicopedagógica Monica M Bigarella 19 jun/90 6 Reflexão Teórica
Fundamentos Teóricos
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gênero discursivo
Objeto de pesquisaNúmero de páginas
Ano dapublicação
ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número do exemplar
O papel do jogo no desenvolvimento de linguagemescrita
Roxane H. R. Rojo 19 jun/90 14 Reflexão Teórica
Processo de Alfabetização
O relacionamento entre cognição e motivação nodesenvolvimento de estratégias de leitura em leitoresmenos efetivos
Maria Cecília CamargoMagalhães
19 jun/90 18 Relato deExperiência
Processo de Alfabetização
O sol de Gabriel, A chave do futuro Clarissa S. Golbert, DalvaR. Leonhardt
19 jun/90 13 Relato deExperiência
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Tratamento Psicopedagógico didactico um pilarfundamental em la formacion del psicopedagogo
Alicia Fernández 20 dez/90 10 Reflexão Teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Uma breve discussão a respeito da concretude domaterial pedagógico
Beatiz Vargas Dorneles 20 dez/90 12 Reflexão Teórica
Fundamentos Teóricos
Aspectos afetivos do desempenho escolar: algunsprocessos inconscientes
Maria Bernadete AmêndolaContart de Assis
20 dez/90 13 Reflexão Teórica
Processo deAprendizagem
A aprendizagem, deficits neurológicos e dificuldadesemocionais
Ana Maria Zenícola 20 dez/90 4 Reflexão Teórica
Distúrbios daAprendizagem
A implantação do modelo pedagógico em educaçãoespecial no município de Duque de Caxias a partir domodelo construtivista: mudança na práticapedagógica e institucional
Edicléa MascarenhasFernandes
20 dez/90 6 Relato deExperiência
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Professora desesperada procura psicóloga paraclasse indisciplinada
Beatriz de Paula Souza 20 dez/90 8 Relato deExperiência
Outros
A psicologia na sala de aula e a construção deidentidades
Márcia Siqueira de Andrade 20 dez/90 13 Relato deExperiência
Fundamentos Teóricos
Identidade do Psicopedagogo Formação e AtuaçãoProfissional
Marcia Souto Maior MourãoSá
20 dez/90 4 Reflexão Teórica
Discursos sobre a Área dePsicopedagogia
Uma proposta piagetiana de atuação psicopedagógicaem berçários de creches: análise de uma experiência
Durlei de Carvalho Cavichia 20 dez/90 15 Relato deExperiência
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
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ANEXO 2 Classificação dos Artigos Publicados no Periódico da Associação
Brasileira de Psicopedagogia – Fase Revista Nacional – 1991 – 2002
Classificação do Artigos do Periódico da Assossiaçã o Brasileira de Psicopedagogia - Fase Revista Nacio nal 1991 a 2002
Gênro Discursivo
Objeto de Pesquisa
Reeflexoes sobre a psicopedagogia na escola Maria Lúcia Lemme Weiss 21 1º sem/91 4 Reflexão Teórica
Psicopedagogia Institucional
Psicopedagogia: um só termo e muitassignificações
Maria Apparecida MamedeNeves
21 1º sem/91 5 Reflexão Teórica
Fundamentos Teóricos
Utilização do jogo e da brincadeira empsicopedagogia
Edith Rubinstein 21 1º sem/91 5 Reflexão Teórica
Processo de Aprendizagem
Importância dos sinais de alterações qualitativas naavaliação psicopedagógica
Dora B. Piltcher, MariaAmazilda T. Reimão
21 1º sem/91 4 Reflexão Teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Normalidade x Patologia no Processo deAprendizagem: abordagem psicopedagógica.
Sonia Maria Moojen Kiguel 21 1º sem/91 4 Reflexão Teórica
Processo de Aprendizagem
Contribuição da Psicanálise num estudo de umcaso escolar
Ana Maria Kriemler 21 1º sem/91 5 Relato deExperiência
Fundamentos Teóricos
De paredes e muralhas Carlos Luiz Gonçalves 21 1º sem/91 2 Reflexão Teórica
Fundamentos Teóricos
O método Tomatis - escuta e dificuldades escolares Carmen Leonor MarchioniMonteiro
21 1º sem/91 3 Reflexão Teórica
Falhas no Processo deAprendizagem
Vivência de integração sem perda de identidade Claudia Nicolsky, CristinaCosta Lima, Helen de OliveiraAguiar, Marisa Mendes, MariaCecíli Machado.
21 1º sem/91 4 Relato deExperiência
Processo de Aprendizagem
Desvelando a criança que existe em seu aluno -algumas implicações para o fazer da professora pré-escolar
Maria da Graças FleuryUmbelino de Souza
22 2º sem/91 4 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Aprender e o não aprender na escola: o contexto ealgumas possibilidades de superação
Lucia Maria Vaz Perez 22 2º sem/91 3 Reflexão Teórica
Processo de Aprendizagem
Recuperar a infância na leitura: a imagem televisivaauxilia ou dificulta?
Dulce Rodrigues Pereira 22 2º sem/91 6 Reflexão Teórica
Processo de Alfabetização
Na suspensão do desejo, a origem do pensamento Denise da Cruz Gouveia 22 2º sem/91 3 Reflexão Teórica
Fundamentos Teóricos
número de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
Página 1 de 29
Gênro Discursivo
Objeto de Pesquisanúmero de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
Pontos de encontro e desencontro na PráticaPsicopedagógica: Argentina x Brasil
Carmem Lúcia Montti e NádiaAparecida Bossa
22 2º sem/91 5 Reflexão Teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Processo Diagnóstico da Dificuldade deAprendizagem num Enfoque sistêmico
Equipe "Síntese- Psicologia ePedagogia"
22 2º sem/91 7 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Leitura: o que é isso afinal? Dora Fraiman Blatyta 22 2º sem/91 6 Reflexão Teórica
Processo de Alfabetização
Sucessos e Insucessos de gruposPsicopedagógicos: uma experiência escolar.
Maria Lúcia Lemme Weiss 22 2º sem/91 4 Relato dePrática
Psicopedagogia Institucional
Método clínico de Piaget e avaliação escolar. Lino de Macedo 23 1º sem/92 6 Reflexão Teórica
Fundamentos Teóricos
O início do funcionamento mental segundo aPsicanálise - Reflexão para psicopedagogos
Roosevelt M. S. Cassorla 23 1º sem/92 8 Reflexão Teórica
Fundamentos Teóricos
A escola: uma análise contextualizada dos fatoresintra-escolares.
Maria Rita Santana 23 1º sem/92 7 Relato dePesquisa
Psicopedagogia Institucional
Relatório de avaliação psicológica da clientela declasse especial para deficiente mental
Alice Ivone Marconi, SoniaVitaliano Graminha
23 1º sem/92 10 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A Técnica do Grupo Operativo em Workshop paraProfissionais de Escolas Bilíngües. Ensino Bilíngüe:Vantagem ou Desvantagem?
Maria Cecília Machado, HelenAguiar, Augusta Nigri
23 1º sem/92 9 Relato dePesquisa
Processo de Aprendizagem
Atendimento Psicopedagógico: Relato de umaExperiência em Curso de Pós-Graduação LatoSensu
Elena Etsuko Shirahige 23 1º sem/92 5 Relato dePrática
Fundamentos Teóricos
O psicopedagogo e os meios de comunicação demassa
Debora Miriam Raab Glina 23 1º sem/92 4 Reflexão teórica
Outros
A leitura psicopedagógica no contexto escolar Monica H. Mendes 23 1º sem/92 5 Reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
Contribuição ao diagnóstico das dificuldades deaprendizagem escolar
Edna M. Maturano, Joceli M.Magna e Paula M. Murtha
24 2º sem/92 9 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A vivência profissional dos ex-alunos de cursos depós-graduação Lato Sensu em Psicopedagogia
Marisa T. D. S. Baptista 24 2º sem/92 4 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Página 2 de 29
Gênro Discursivo
Objeto de Pesquisanúmero de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
Aquisição da linguagem: qual o caminho? Rosana D. de Almeida, SoniaM.T. de Souza e Nivea M.C.Fabricio
24 2º sem/92 5 Relato dePrática
Processo de Alfabetização
Formação do Psicopedagogo na Instituição Evelise Maria Labatut Portilho 24 2º sem/92 3 Relato deexperiência
Psicopedagogia Institucional
Paralisia Cerebral - Um desafio psicopedagógico Ana Maria Zenicola 24 2º sem/92 2 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Levantamento de Produções Científicas Pertinentesà Área de Psicopedagogia
Beatriz Juditeh Lima Scoz 24 2º sem/92 4 Relato dePesquisa
Fundamentos Teóricos
Psicopedagogia e Escola: uma parceria possível? Eliana Mara Alves Chaves 25 1993 4 Relato dePesquisa
Psicopedagogia Institucional
A contribuição da psicopedagogia aos conteúdoscurriculares; Integração do afeto, desejo econhecimento em sala de aula
Eloisa Quadros Fagali e ZéliaDel Rio do Vale
25 1993 4 Reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
A noção de signo linguístico para Vygotsky: reflexosde uma influência na Educação e Reeducação
Marcia Goldfeld e Suely B. deFreitas
25 1993 2 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
O Ensino Público como um desafio paraPsicopedagogia no Brasil
Leny Magalhães Mrech 25 1993 3 Reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
O Trabalho do NOAP junto aos profissionais queatuam na escola
Maria Luiza Gomes Teixiera,Suely B. de Freitas
25 1993 4 Relato deexperiência
Psicopedagogia Institucional
Problema de Aprendizagem Reativo e a AtuaçãoPsicopedagógica no Âmbito Escolar
Suzana Fróes Monteiro 25 1993 4 Relato deexperiência
Psicopedagogia Institucional
Atividades Terapêuticas: Grupos de AtendimentoPsicopedagógico para deficientes visuais
Claudia de Quadros Ramos 25 1993 3 Relato deexperiência
Psicopedagogia Institucional
Código de Ética Herval G. Flores, Sonia M. Collide Souza e Mõnica H. Mendes
25 1993 3 Código denormas
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A Criança, seu Meio e a Comunicação perspectivasócio-histórica do desenvolvimento
Angel Pino 26 1993 7 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
O possível e o Necessário como Eixos daConstrução do Real vistos na situação de um jogo
Maria Célia Rabello MaltaCampos
26 1993 5 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Página 3 de 29
Gênro Discursivo
Objeto de Pesquisanúmero de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
Reflexoes sobre a Natureza do Trabalho Clínico:alguns pontos de Convergências entre aPsicopedagogia e a Psicologia Clínicias
Suely Gevertz 26 1993 5 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Abordagem Psicopedagógica em Crianças comDistúrbios de Aprendizagem
Vera Barros de Oliveira 26 1993 3 Reflexão teórica
Distúrbios de aprendizagem
A Busca da Eficiência pela Deficiência Ademar R. de Souza, NunoLuiz Dutra Amaral
26 1993 2 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
A Formação em Serviço do Professor Alfabetizador -Medidas Alternativas - Busca de Solução
Cleide Nébias 26 1993 5 Reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
Instituto de Psicopedagogia Jean Piaget-Linguagem, Pensamento e Afetividade
Maria Nilza Moreira 27 1993 4 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
Uma Introdução à Psicanalise em Cinco Lições Leandro de Lajonquière 27 1993 8 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Um Trabalho Interdisciplinar com Base na Teoria deJean Piaget
Maria Inês Rosenburg Glueck 27 1993 4 Relato dePesquisa
Fundamentos Teóricos
A Teoria de Jean Piaget e a Práxis Pedagógica Maria Ap. Cória Sabini 27 1993 4 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
O raciocínio da Criança no Jogo de Regras:Avaliação e Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Antonio Carlos Ortega,Christiny Maria BassetiCavalcante, Caludia BoettoRossetti, Cláudia Cypreste dosSantos, Flávia Cypreste,Renata Valadão LeiteArchanjo,Rosimar Macedo Alves,Terezinha de Jesus L.Loureiro.
27 1993 5 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Avaliação Educacional: das técnicas aos Valores Nilson José Machado 28 1994 10 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
II Congresso Brasileiro de Psicopedagogia VEncontro de Psicopedagogos Mesa Redonda: "AFormação do Psicopedagogo: análise e Reflexao"
Sonia Azambuja Fonseca 28 1994 4 Reflexão teórica
Discurso sobre a Área dePsicopedagogia
Página 4 de 29
Gênro Discursivo
Objeto de Pesquisanúmero de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
O Elemento Criador na Aprendizagem Cristina Dias Allessandrini 28 1994 3 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Avaliação Assistida do Desempenho de Crianças na Ordenação e Descriçao de Sequencias Temporais-Lógicas-Análise Preliminar
Maria Regina FonsecaLindenberg e Maria BeatrizMartins Linhares
28 1994 5 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Humilhação ou Transcendência da Escrita? Oscar V. Onãtivia 29 1994 6 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
Dificuldades na Leitura e Escrita - Contribuições daFonoaudiologia
Jaime Luiz Zorzi 29 1994 9 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
A psicopedagogia no Enfoque ExistencialFenomenológico
Roseli C. Rocha C. Baumel 29 1994 5 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Uma Varredura sobre as Metodologias deObservação Utilizadas em Psicologia doDesenvolvimento
Maria Cecília Sonzogno 29 1994 4 Relato deexperiência
Processo de Aprendizagem
O Otimismo Educativo de Reuven Feurstein Lorenzo Tébar Belmonte 30 1994 7 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Aspectos da Complexidade da Organização Escolar Maria Rita Santana 30 1994 3 Reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
Problemas de Aprendizagem Normal: Revelação eDenúncia A/ Cerca do Indioma
Grácia Maria Fenelon 30 1994 4 Relato dePesquisa
Processo de Aprendizagem
Vida diária e conhecimento: as condições doEstudante Trabalhador
Cilene Ribeiro de Sá LeiteChakur
30 1994 6 Relato dePesquisa
Outros
Uma análise Construtivista da Cópia e doRaciocínio na Torre de Hanói
Márcia zampieri Torres e Linode Macedo
30 1994 4 relato deprática
Processo de Aprendizagem
Uma Introdução à Abordagem de Reuven Feursteinna Avaliação de Indivíduos com Atraso noDesenvolvimento
Luiza Russo 31 1994 4 Reflexão teórica
Distúbios de Aprendizagem
A Ação Educativa como Reprodutora eMantenedora das Desigualdades Sociais
Ana Luiza Monteiro do Amarale Maria Dulce marrey Moncau
31 1994 6 Reflexão teórica
Outros
A Dimensão Psicomotora em AmbienteComputacional de Aprendizagem com SujeitoPortadores de Paralisia Cerebral
Berenice da Silva Franco 31 1994 4 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
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classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
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Aventuras Psicopedagógicas na Sala de Aula Acontribuição do Construtivismo Piagetiano
Tânia Ramos Fortuna 31 1994 6 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Work-shop: Vivência de Contos de fadas Dalva Rigon Leonhardt 31 1994 8 relato deprática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Uma Psicopedagogia Gaúcha no Japão:Observações Sobre o Sistema EducacionalJaponês
Raquel de Sennes Pinto 31 1994 3 Relato deexperiência
Outros
Utilização de computadores para oDesenvolvimento Cognitivo de Jovens Portadoresde Paralisia Cerebral
Angela Beatriz G. Moori 32 1995 11 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A psicopedagogia no Enfoque ExistencialFenomenológico
Neide de Aquino Noffs 32 1995 7 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Documento: a identidade do Psicopedagogo anexo do artigo anterior
Código de Ética anexo do artigo anterior
Viver o Êxito da Escola Lorenzo Tébar Belmonte 32 1995 4 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Novas Perspectivas para a prática pedagógica Cleide Nébias 32 1995 4 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Mesa Redonda: Fracasso escolar e IntervençoesPreventivas
Cleomar Landim de Oliveira 32 1995 5 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Letramento e Alfabetização: Colocações para umaReflexão sobre "Distúrbios de Aprendizagem"
Leda Verdiani Tfouni 32 1995 4 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
O uso de brinquedos e jogos na intervençaopsicopedagógica de criança com necessidadesespeciais
Leny Magalhães Mrech 33 1995 10 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
O jogo e suas diferentes concepçoes Maria Angela Barbato Carneiro 33 1995 5 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
O Material Disparador - Considerações preliminaresde uma experiência clínica psicopedagógica
Vera Regina Passos Bosse 33 1995 3 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
TEACCH: Uma abordagem psicopedagógica notratamento do Autismo
Sonia Maria dos Santos Lewise Viviane Costa de Leon
33 1995 3 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
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Pensamento e Linguagem - uma articulaçãonecessária
Ana Maria Lacombe e CléliaArgolo Estill
33 1995 7 Relato dePrática
Processo de Alfabetização
Síndrome da 5ª Série: vínculo e aprendizagem Janete Carrér 33 1995 3 Relato dePesquisa
Processo de Aprendizagem
Representaçao social de criança e suasimplicações para o psicopedagogo
Maria das Graças Fleury 33 1995 4 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
A Psicopedagogia: construindo uma nova práxis Magda Anachoreta Alves 33 1995 2 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
As teorias das múltiplas inteligências & distúrbios deaprendizagem
Adriana Fóz Veloso 34 1995 3 Reflexão teórica
Diagnóstico deaprendizagem
A transferência do imaginário ou o imaginário datransferência: aspectos diferenciais da atuação dopsicopedagogo e do psicanalista em instituição
Leny Magalhães Mrech 34 1995 4 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica Vinh Bang 34 1995 5 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A dimensão da Educação Holística e aPsicopedagogia
Regina Lúcia Brandão Alencar 34 1995 2 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Palestra: "A criança hiperativa - características -conduta da família e da pré-escola"
Cleomar Landim de Oliveira 34 1995 2 Reflexão teórica
Distúrbios de aprendizagem
Psicopedagogia de adultos e o PsicodramaPedagógico: uma vivência numa instituição Freinet
Isabel Cristina Hierro Parolim 34 1995 5 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A contribuição da psicanálise frente às dificuldadesde aprendizagem
Vera B. Zimmermmann 34 1995 4 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
As janelas do sonho: construtividade e estética emterapia de aprendizagem
Dalva Rigon Leonhardt 34 1995 8 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Afeto e aprendizagem Maria Lydia de Mello Negreiros 34 1995 3 Relato deexperiencia
Processo de Alfabetização
A profissionalização na instituição creche:metodologia psicopedagógica de atuação
Claudia Cunha 35 1996 3 Reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
A função da mediação na debilidade auto-regulativada criança
Hugo Otto Beyer 35 1996 3 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
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ano dapublicação
As relações entre a epistemologia e a psicologiagenéticas
Magda Ivonete Montagrinini 35 1996 2 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Estudo do processo de construção da leitura eescrita de crianças portadoras de necessidadesespeciais em ambientes computacionais quefavorecem a comunicação, criação de idéias eproduções textuais
Lucila Maria Costi Santarosa 35 1996 5 Relato dePesquisa
Processo de Aprendizagem
La Psicopedagogia y las Psicopedagogias Alícia Fernandez 35 1996 5 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Uso de carpetas dentro del enfoque de evaluaciónauténtica
Mabel Condemarin 35 1996 6 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
Logo: o erro como ferramenta cognitiva Sueli de Abreu Mesquita, Leilade Oliveira Machado, MarciaBellotti Cortez
35 1996 3 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Pensando no fracasso escolar Simone Carlberg 35 1996 2 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Biblioterapia: um instrumento psicopedagógico Cláudia Feldman 35 1996 5 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Introduzindo conteúdos numa classe de alunos dedfícil abordagem psicopedagógica
Maria luisa Sampaio, SidneiLeal da Silva, Vera B.
35 1996 3 Relato deexperiencia
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
O trabalho por equipes na escola Jean Piaget 36 1996 7 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Distúrbios de Aprendizagem ou de Escolarização Luiz Carlos Souza Sampaio eTânia Maria de Campos Freitas
36 1996 3 Relato dePrática
Distúrbios de aprendizagem
Da ação à comunicação: um Processo deAprendizagem
Suelly Cecília Olivan Limongi 36 1996 3 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
A construção do conhecimento: uma abordagempiagetiana
Maria Therezinha de LimaMonteiro
36 1996 8 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Autismo - aspectos psicodinâmicos Vera Regina Jardim RibeiroMarcondes Fonseca
36 1996 3 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
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ano dapublicação
A contribuição da teoria da modificabilibdadeestrutural cognitiva na educação das pessoasportadoras de necessidades especiais
Edith Rubinstein 36 1996 7 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Provas Piagetianas e teste visomotor de Bender Déborah Bulbarelli 36 1996 6 Relato dePesquisa
diagnostico psicopedagógico
Projeto Psicopedagogia Ruth Grunebaum, teresaMarco Nigri e Renata Simon
36 1996 1 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Psicopedagogia e a resolução nº 003/95, doConselho Regional de Psicologia
Márcio Pestana e Mônica A.Maman
37 1996 2 parecer juridico
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica e areinvenção da escola para além da modernidade
Maria Luiza Andreozzi daCosta
37 1996 6 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A construção do discurso escrito - vivências emsala de aula
Clarissa Golbert, Darli Collares,Carime R. Elias, Ellen Reis e
37 1996 5 Relato dePesquisa
Processo de Alfabetização
Aplicación de um programa de lenguaje oral yescrito em escuelas de bajo rendimiento: algunospanteamientos frente a la atención de niños comnecesidades educativas especiales
Mabel Condemarin 37 1996 7 Relato deexperiencia
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Os pesquisadores como sujeitos de aprendizagem:uma experiência de pesquisa em processo no Cap.Da UFRJ
Angela Alves Fonseca, ElianeCamargo de Albuquerque,Maria Cecília Machado, MíriamA. Kaiúcia, Regina CéliaPugliese, Rita de CássiaSouza, Rosane EvangelistaDias
37 1996 2 Relato dePesquisa
Outros
A psicopedagogia na sala de aula: do porquê aoque fazer
Tânia Ramos Fortuna 37 1996 5 Reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
Projeto: atualização psicopedagógica escolar Ana Celina AquinoVasconcellos e Heloisa Gissoni
37 1996 2 Relato deexperiencia
Psicopedagogia Institucional
Os caminhos da escrita Hermínio Sargetim 37 1996 5 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
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ano dapublicação
Educação transformadora e EpistemologiaConstrutivista
Beatriz Vargas Dorneles e Linode Macedo
38 1996 6 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Relações interpessoais e avaliação do processoensino aprendizagem: apontamentos para umareflexão sobre a formação dos profissionais daPsicopedagogia
Maria Helena Melhado Stroilli 38 1996 5 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Repensando o papel das instituições: contribuiçõesda psicopedagogia
Beatriz Judith Lima Scoz 37 1996 5 Reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
Fin de siglo: familia y transmissión Maria Cristina Rojas 38 1996 2 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
A contribuição das publicações Boletim e RevistaPsicopedagogia para a construção da identidade daPsicopedagogia
Marisa T.D.S. Baptista 38 1996 11 Relato dePesquisa
Discurso sobre a Área dePsicopedagogia
O jogo do erro Mavisa Annunziata 38 1996 3 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Pedagogia psicanalítica ou Psicanálise paraeducadores
Marcos Gheiler M. 38 1996 3 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Projeto de capacitação e treinamento dosprofessores da Rede da Prefeitura de São Paulopertencentes às salas dos alunos portadores denecessidades especiais (SAPNES) e das salas deapoio pedagógico (SAPS) - Projeto Escola Viva
Leny Magalhães Mrech 38 1996 7 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A presença da Psicanálise na Escola de Bonneuil Maria Cristina Cupfer 38 1996 6 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
O estudo orientado: uma atividade complementar Nívea Gomes Basile, MariaLuisa Basile Wendriner, MariaCristina Basile e Maria IsabelBasile
38 1996 2 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Reflexões sobre a individualidade Elena Etsuko Shirahige 38 1996 6 Relato deexperiencia
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Da Psicanálise à Psicopedagogia Maria Valeria Pelosi HossepianSalles Lima
38 1996 2 Relato dePrática
Fundamentos Teóricos
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ano dapublicação
Quando uma escola torna-se terapêutica Eneida de Souza Cintra 38 1996 2 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Família: a relação entre a expectativa dos pais e aaprendizagem
Equipe da Síntese 39 1996 2 Relato dePrática
Fundamentos Teóricos
As modalidades de aprendizagem e os tipospsicológicos
Claudete Sargo e SuelyGrimaldi Moreira
39 1996 4 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Uma educação para o próximo século - paradigmapara uma nova pedagogia
Claudio João Paulo Saltini 39 1996 8 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Aprendizado: desafios e perspectivas Maria Ignez Saito 39 1996 4 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A Psicopedagogia na visão multidisciplinar,Interdisciplinar e transdisciplinar
Beatriz Judith Lima Scoz 39 1996 6 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Oficina criativa e psicopedagogia na perspectivados coordenadores cognitivas
Cristina Dias Allessandrini 39 1996 6 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
O especialista em educação: uma proposta detrabalho no Cap/UFRJ
39 1996 5 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Trabalho psicopedagógico em Instituição Hospitalar Andreia Cavani Jorge, RitaMittempergher e Vera MariaRossetti Ferretti
39 1996 2 Relato deexperiencia
Psicopedagogia Hospitalar
A latência acordada: perplexidade dos pais de pré-adolescentes
Rosa Maria JunqueiraScicchitano
39 1996 3 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
A Psicopedagogia na educação auxiliando nodesenvolvimento da fala em crianças de pré-alfabetização
Stela Maris Cortez Bacha 40 1997 5 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
Cognição e afetividade: o desejo de saber Cláudio João Paulo Saltini 40 1997 5 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Memórias de brinquedo Lenita Medeiros Scocco 40 1997 4 Relato dePesquisa
Outros
Aportes de la teoria psicoanalítica de família a laclínica psicopedagógica
Maria Cristina Rojas 40 1997 5 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
El origen temprano de las patologias adictivas Sonia Abadi 40 1997 4 Reflexão teórica
Distúrbios de aprendizagem
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ano dapublicação
Família, desejo e aprendizagem Eliane Kamlot 40 1997 7 Relato deexperiencia
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A conquista do espaço psicopedagógico na escola:relato de experiência
Sônia Maria Moojen 40 1997 9 Relato deexperiencia
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
aprofundando a discussão das relaçoes entredesnutriçao, fracasso escolar e merenda
Maria Aparecida AffonsoMoysés e Cecília AzevedoLima Collares
40 1997 13 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
A pesquisa em Psicopedagogia na Educação: umapráxis interdisciplinar
Lina Cardoso Nunes 41 1997 4 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
A função do psicopedagogo como terceiro narelação familiar de aprendizagem
Rejane Ruduit Dias 41 1997 4 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Inibição intelectual e tramas de lealdade familiar Elizabeth Polity 41 1997 2 Relato deexperiencia
Fundamentos Teóricos
A afetividade do educador Lenita Maria Costa de Almeida 41 1997 2 Relato dePesquisa
Fundamentos Teóricos
A brinquedoteca e a Psicopedagogia Institucional Neide de Aquino Noffs 41 1997 4 Relato deexperiencia
Psicopedagogia Institucional
Tendências na compreensão da dislexia: estudo naperspectiva psicopedagógica
Gislene de Campos Oliveira 41 1997 4 Reflexão teórica
Distúrbios de aprendizagem
Com uma definição; porém sempre em processo.Um pouco da minha prática
Lidia Henriques Mendes 41 1997 2 Relato deexperiencia
Psicopedagogia Institucional
Sensibilização ao ato de ler e interpretar textos Ana Carina Tamanaha, AndréaKazue Leite Agari, Katia Tobo,Márcia da Silva, Rosa Aeram,Selma Mie Isotani, MariaCecília Sonzogno
41 1997 4 Relato dePesquisa
Processo de Aprendizagem
Considerações sobre os aspectos psicodinâmicosdo autismo
Vera Regina Jardim RibeiroMarcondes Fonseca
41 1997 3 Relato deexperiencia
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Consequencias do pós-moderno na subjetividadeda dinâmica familiar
Ruth Blay Levisky 41 1997 5 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
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ano dapublicação
Família Grupo x Grupo Família Ana Margarida Cunha,Antonietta Donato, CeneideCerveny, Fernanda Schwyter,Fernanda M. Gomes, MariaCecília R. Da Silva, MarildaGoldfeder, Nívea Maria C.Fabrício, Ruth B. Levisky
41 1997 2 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
A Adolescência, o adolescente, o pensamentoformal e seus desdobramentos
Maria Luiza Teixieira 42 1997 3 Reflexão teórica
Outros
Estruturas Infralógicas: conceituação Magda Ivonete Montagrinini 42 1997 2 Relato deexperiencia
Processo de Aprendizagem
A inclusão de portadores de N.E.E. (NecessidadesEducativas Especiais): problema de preconceito ounecessidades educativas dos profissionaisenvolvidos?
Verônica dos Reis MarianoSouza
42 1997 2 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica:avaliação do aluno ou da escola?
Maria Lucia Lemme Weiss 42 1997 6 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A produção da narrativa em pré-escolares e ainfluência da intervenção, num contexto de estória ede jogo: uma análise psicopedagógica
Maria Celia Rabello MaltaCampos
42 1997 3 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Leitura conjunta com repetentes da primeira sériede escola pública brasileira
Mercedes Cupolillo, RegianaSouza Silva, Shamia Socorro eKeith Topping
42 1997 5 Relato dePesquisa
Processo de Alfabetização
Olhar e escuta psicopedagógica na clínica Maria das Graças Sobral Griz 42 1997 3 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Alternativa na Integração social Cláudia Feldman e SandraCaruso Paiva
42 1997 4 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
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classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
A regulamentação da profissão assegurando oreconhecimento do Psicopedagogo
Beatriz Judith Lima Scoz,Cristina Dias Alessandrini,Elisa Maria Pitombo, MargaridaAzevedo Dupas, Neide deAquino Noffs, Sonia MariaColli de Souza, Sueli GrimaldiMoreira
43 1998 6 Relato dePrática
Discurso sobre a Área dePsicopedagogia
Revisitando a identidade do psicopedagogo: daAdolescência à maturidade.
Evelise Maria Labatut Portilho 43 1998 3 Reflexão teórica
Discurso sobre a Área dePsicopedagogia
Aplicações do conceito de inteligência emocional Maria Aparecida Cória Sabini 43 1998 7 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Desenho: mensageiro de imagens Vera Barros de Oliveira 43 1998 3 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A voz do self ouvida na dificuldade deaprendizagem
Claudete Sargo 43 1998 7 Relato deexperiencia
diagnostico psicopedagógico
Do nascimento ao início da vida escolar: o que fazerpara os filhos darem certo?
Nadia Ap. Bossa 43 1998 2 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A psicopedagogia selecionando contribuições dapsicanálise
Leda Maria Codeço Barone 43 1998 7 Relato deexperiencia
Fundamentos Teóricos
Distúrbios de aquisição e desenvolvimento delinguagem sob a ótica da neuropsicologia
Daniela Pimenta Bittar 43 1998 3 Relato deexperiencia
Processo de Alfabetização
O papel do psicopedagogo no processo deintegração do portador de deficiência
Marisa Potiens Zilio 44 1998 4 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Habilidades cognitivas - desenvolvimento doraciocínio e formação do educador
Ligia Leitao de MoraesCarvalho
44 1998 4 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
As trocas surdas-sonoras no contexto dasalterações ortográficas
Jaime Luiz Zorzi 44 1998 9 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
A informática como instrumento na Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica(Institucional e clínica)
Raquel Caruso Whitaker Lopese Sílvia Amaral de Mello Pinto
44 1998 7 Relato dePrática
Processo de Aprendizagem
A oficina de Bonecos como instrumentopsicopedagógico na construção do texto
Dilaina Paula dos Santos 44 1998 3 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
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A Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica naparceria com os professores
Ana Silvia Borges FigueiralCoelho
44 1998 3 Relato deexperiencia
Psicopedagogia Institucional
Tônus e escrita: formas de comunicação e relaçãocom o mundo
Liane Cristina Müller Baccar 44 1998 7 Relato dePesquisa
Processo de Alfabetização
Por onde andará a Psicopedagogia Maria Lucia Almeida e SergioLuiz Baptista da Silva
44 1998 1 Reflexão teórica
Discurso sobre a Área dePsicopedagogia
O objeto da Psicopedagogia Maria Cecilia Almeida e Silva 44 1998 3 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Crianças com problemas psiquiatricos emprogramas de brinquedoteca
A. Madanelo, L. H. Pagan e F.B. Assumpção Jr.
44 1998 5 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Informática e problemas de aprendizagem Maria Lucia Lemme Weiss 45 1998 5 Relato dePrática
Processo de Aprendizagem
Aprender/não aprender e gênero Marlene Rozek 45 1998 4 Relato dePesquisa
Processo de Aprendizagem
O raciocínio de crianças no jogo das quatro coresem um texto psicogenético
Claudia Cypreste dos Santos 45 1998 5 Relato dePesquisa
Processo de Aprendizagem
Pedagogia y Psicologia profunda: ?construyendouma articulación posible?
Leon Tragtemberg 45 1998 6 Reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
A avaliação sob um ponto de vistapsicopedagógico
Maria Aparecida Florense,Maria Lúcia Almeida e SérgioLuiz Baptista da Silva
45 1998 4 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
O mestre e o jogo André Michelet 45 1998 7 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica àcriança queimada: uma experiência hospitalar
Cláudio Carneiro de Miranda eCláudia Ximenes Alves
45 1998 11 Relato deexperiencia
Psicopedagogia Hospitalar
Psicopedagogia e informática - uma articulaçao naclínica
Ana Celina AquinoVasconcellos
45 1998 5 Relato deexperiencia
Processo de Aprendizagem
O ser construtivista no contexto psicopedagógico -o uso do jogo
Ana Maria S. Galvão Castro 45 1998 4 Relato deexperiencia
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Psicologia e educação: perspectivas nainterdisciplinaridade
Marisa Irene SiqueiraCastanho
45 1998 3 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
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classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
A psicopedagogia e a Psicomotricidade - umencontro
Isabel Cristina Hierro Parolim 46 1998 2 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Dislexia, distúrbios da leitura-escrita... De queestamos falando?
Jaime Luiz Zorzi 46 1998 7 Reflexão teórica
Distúrbios de aprendizagem
Resolução de problemas e tipos psicológicos deJung
Elena Etsuko Shirahige 46 1998 10 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Atendimento psicopedagógico de crianças emserviço especializado de psicologia infantil na áreade Saúde - uma perspectiva desenvolvimentista
Maria Beatriz Linhares 46 1998 7 Reflexão teórica
Psicopedagogia Hospitalar
"Por que" e "como" Psicopedagogia Institucional Eloisa Quadros Fagali 46 1998 5 Reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
Projetos que deram certo! Brinquedoteca: o mesmoprincípio em duas realidades
Beatriz Picolo Gimenes 46 1998 4 Relato deexperiencia
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Algumas considerações sobre a subjetividade nocontexto psicopedagógico
Sylvia Maria Camargo Pires deAlmeida
46 1998 2 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Identificação e aprendizagem: papel dos pais eprofessores
Maria Helena Melhado Stroili 46 1998 2 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Posible articulación de tareas imposibles José Cukier 46 1998 6 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
A psicopedagogia e suas parcerias em questões deaprendizagem - Um estudo de caso
Ana Maria Zenicola 47 1999 8 Relato deexperiencia
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A linguagem do desenho Erasmo Borges Souza Filho 47 1999 4 Reflexão teórica
diagnostico psicopedagógico
Computadores x Educadores Maria Alice Leite Pinto 47 1999 3 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Ambiente familiar e aprendizagem escolar Edna Maria Marturano 47 1999 6 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Um olhar psicanalítico em direção à sociedadeglobalizada
Suely Gevertz 47 1999 3 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Niñez y adolescencia - la education hoy. Desafios Jose Cukier 47 1999 3 Reflexão teórica
Outros
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Gênro Discursivo
Objeto de Pesquisanúmero de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
A alfabetização e o contar histórias Lina Cardoso Nunes, MagdaAnachoreta Alves e MariaCecília de Castello BrancoFantinato
47 1999 4 Relato deexperiencia
Processo de Alfabetização
O olhar e a escuta psicopedagógica na práticainstitucional
Diva Carlos Neto e Neto eKátia Regina Escobar deAlmeida
47 1999 4 Relato deexperiencia
Psicopedagogia Institucional
O Banquete de Platão: a leitura como arte naprodução da subjetividade
Catalina Pagés 47 1999 2 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Reflexões sobre o entrelaçamento da atuação empsicopedagogia clínica e em psicologia clínica:estudo de caso
Anita Lilian Zuppo Abed 47 1999 4 Relato deexperiencia
Processo de Aprendizagem
Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica dainstituição educativa
Sueli de Paula Cunha 48 1999 3 Reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
O Déficit de Atenção e a importante função deescutar
Rosangela Hofacker Cunha 48 1999 4 Reflexão teórica
Distúrbios de aprendizagem
Psicologia da arte: uma perspectiva Vygotskyana Flavia Zambon Tronca 48 1999 3 Reflexão teórica
fundamentos teoricos
Sinfonia rural: alguns "nós" na educação de umatese sobre concepções de criança, educação edesenvolvimento infantil de uma comunidade
Maria das Graças Fleury 48 1999 5 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
La Psicopedagogia em España Marcio Martin Bris e JoséAntonio Luengo Latorre
48 1999 4 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Psicopedagogia operatória: uma projeção dopensamento piagetiano
Carmen Campoy Scriptori 48 1999 4 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
A maturidade da psicopedagogia nos 500 anos deBrasil
Diretoria da ABPp 48 1999 2 Reflexão teórica
Discurso sobre a Área dePsicopedagogia
Um estudo inicial sobre a multi-repetência naUniversidade
Jesus Garcia Pascual 48 1999 8 Relato dePesquisa
Psicopedagogia no EnsinoSuperior
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Objeto de Pesquisanúmero de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
Os jogos infantis no currículo da pré-escola e seusaspectos culturais
Léa Stahlschmidt P. Silva,Adriana B. Guimaraes,Cristiane Elise Vieira, LucianaNazaré de S. Franck, MariaIsabel Steinherz Hippert
48 1999 6 Relato dePesquisa
Processo de Aprendizagem
O lúdico em crianças deficientes visuais e criançasnormais: análise da percepção de mães
Meiry Soares da Costa 48 1999 6 Relato dePesquisa
Processo de Aprendizagem
Conceito de Psicopedagogia: uma prática paraalém do conceito teórico
Sônia Maria Moojen 48 1999 3 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Psicopedagogia: que opção é essa? Amélia Americano FrancoDomingos de Castro
49 1999 7 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica naprática docente do professor de línguasestrangeiros
José Paulo de Araújo 49 1999 6 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A complexidade na aprendizagem: as dificuldadesinerentes à ação de conhecer
Laerte Abreu Júnior 49 1999 8 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Promovendo o aprender através da atitudeoperativa
Laura Monte Serrat Barbosa 49 1999 6 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Sociopsicomotricidade Ramain - Thiers e acomplexidade do movimento corporal
Ana Lucia Mandacaru Lobo 49 1999 4 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
A indisciplina e as variáveis que a determinam Leila Cristina dos Santos F. Sá 49 1999 5 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
A utilização de jogos psicopedagógicos no ensinode Matemática
Clarissa S. Golbert 49 1999 7 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
As representações que a criança faz de si mesmaconsiderações sobre a Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Lia Leme Zaia 49 1999 2 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Discurso de Abertura do IX Encontro Regional dePsicopedagogia
Maristela Nunes PinheiroFigueiredo
49 1999 1 Reflexão teórica
Discurso sobre a Área dePsicopedagogia
Da escuta do silêncio à leitura do desejo Ana Beatriz Machado deFreitas
49 1999 3 Relato deexperiencia
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Instrumentos psicopedagógicos para conhecimentodo sujeito que não aprende
Maria de Fatima Marques Gola 49 1999 2 Relato deexperiencia
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
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Objeto de Pesquisanúmero de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
O adolescente e a família Veronica Coates 49 1999 1 Reflexão teórica
Outros
Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógicainstitucional
Anna Maria Vieira Pires Gil 50 1999 6 Relato dePesquisa
Psicopedagogia Institucional
As contribuições da psicanálise para a formaçãosubjetiva do psicopedagogo
Ana Lúcia Mandacaru Lobo,Darcy Haddad Daccache, LedaMaria Codeço Barone, LucianaEstefino Saddi Mennucci,Maria de lurdes de SouzaZemel e Regina WeinfeldReiss
50 1999 2 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Gravidez na Adolescência: um enfoque atual Maria José Carvalho Sant'Anna 50 1999 1 Reflexão teórica
Outros
O papel da psicopedagogia na educação inclusiva -O profissional psicopedaogogo e a inclusão escolar
Neide de Aquino Noffs 50 1999 3 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Formação pessoal em psicopedagogia: essencialou acessória?
Leda Maria Codeço Barone 50 1999 2 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Nos ringues, a dança da luta entre a masculinidadee a feminilidade: machismo
Mary Pimentel Drumont 50 1999 7 Relato dePesquisa
Processo de Aprendizagem
Caixa de areia e as miniaturas: um olharpsicopedagógico
Sonia Maria Gomes de SáKuster e Isabel Cristina HierroParolin
50 1999 5 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Transtornos de aprendizagem em adolescentes eminstituição hospitalar - Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica com famílias
Grácia Maria Fenelon 50 1999 2 Relato deexperiencia
Psicopedagogia Hospitalar
A intervenção docente no desenvolvimento infantil Adriana O. Crespo 50 1999 12 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
O adolescente e seu futuro profissional naatualidade. Um desafio para pais, educadores epsicopedagogos
Ana Maria Zenicola 51 2000 6 Reflexão teórica
Outros
A psicopedagogia nas ações comunitárias: umahistória em construção
Nanci Miyo Mitsumori 51 2000 6 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
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classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
Psicopedagogia Institucional - uma práxis emconstrução
Simone Carlberg 51 2000 4 Relato dePrática
Psicopedagogia Institucional
Atendimento psicopedagógico no Processo deAlfabetização
Antonia Maria Nakayama 51 2000 2 Reflexão teórica
Processo de Alfabetização
Quatro aprendizagens fundamentais Marianela Rodrigues da Silva 51 2000 3 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Por que o pai não comparece aos consultórios depsicopedagogia?
Sérgio Luiz Baptista da Silva 51 2000 2 Reflexão teórica
diagnostico psicopedagógico
A construção da representação espacial na criança Magda Ivonette Montagnini 51 2000 2 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Impacto social da Bolsa - Escola, ensino eaprendizagem
Maria Therezinha de LimaMonteiro
51 2000 3 Reflexão teórica
Outros
Psicopedagogia Institucional - uma proposta deintervenção
Mônica Hoehne Mendes 51 2000 4 Reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
O foco das dificuldades na aprendizagem: o desejode saber e o desejo de ensinar
Daucy Monteiro de Souza 51 2000 10 Relato dePesquisa
Fundamentos Teóricos
Da prática à fundamentação teóricapsicopedagógica
Maria Lúcia de Alemida Melo 51 2000 4 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Facilitando a experiência de aprendizagem naInternet - esboço de uma sala de aulas virtual
Jose Paulo de Araújo 52 2000 12 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Os 20 anos da ABPP Beatriz Scoz 52 2000 6 Reflexão teórica
Discurso sobre a Área dePsicopedagogia
A aprendizagem e sua relação com a organizaçãodo real
Lucia Helena Correa deOliveira Cavaggioni
52 2000 6 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Considerações sobre a revisão curricular nocontexto da sociedade atual
Marianela Rodrigues da Silva 52 2000 6 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Repensando o educador à luz do modelo sistêmico Elizabeth Polity 52 2000 4 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
A psicopedagogia clínica como instrumento de açãosocial
Elenita Tonera 52 2000 1 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
O processo de socialização Lauro de Oliveira Lima 52 2000 3 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
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Gênro Discursivo
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classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
Transfer... O processo de transferêncial empsicopedagogia
Julia Eugenia Gonçalves 52 2000 3 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Estágio supervisionado: uma atividade napreparação do exercício na escola
Lina Maria Fernandes de Gil 52 2000 4 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Para que mundo educa®mos? Ênio Brito Pinto 52 2000 9 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Diálogo, pesquisa e faz de conta: uma proposta quepode dar certo
Silvana Barros 52 2000 13 Relato deexperiencia
Psicopedagogia Institucional
Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica noEnsino Superior: um relato de experiência
Jesus Garcia Pascual, MariaClaudia Mont' Alverne, SorayaMoreira Pessoa, Maria BetâniaCavalcante de Abreu
52 2000 6 Relato deexperiencia
Psicopedagogia no EnsinoSuperior
A formação de conceitos na criança Maria Cecília Iannuzzi Ferreira 53 2000 8 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica numacomunidade terapeutica para dependentesquímicos
Maria Célia Rabello MaltaCampos e Gildete BatistaSouza
53 2000 5 Relato deexperiencia
Psicopedagogia Hospitalar
A importância do diálogo na formação doconhecimento
Elcie F. Salzano Masini 53 2000 5 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Capítulo Cearense de psicopedagogia Cleomar Landim de Oliveira 53 2000 2 Reflexão teórica
atuaçao da ABPp
El aprendizaje como segmento de conducta Jorge Visca 53 2000 5 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
A importância do jogo na formação doconhecimento
Amélia Thereza de MouraVasconcellos
53 2000 8 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
La dislexia como transtorno del desarrollo Maria Antonieta Rebolo 53 2000 6 Reflexão teórica
Distúrbios de aprendizagem
O papel social do psicopedagogo Neide de Aquino Noffs 53 2000 4 Reflexão teórica
Prática Psicopedagógica
O desejo de crescer e de aprender Cleomar Landim de Oliveira 53 2000 3 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
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Gênro Discursivo
Objeto de Pesquisanúmero de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
Fortalecendo os pais: desafios de educar, hoje Marina da Silveira RodriguesAlmeida
53 2000 5 Reflexão teórica
Prática Psicopedagógica
Regulamentação da profissão de psicopedagogo Beatriz Scoz 53 2000 5 Reflexão teórica
Discurso sobre a Área dePsicopedagogia
Um aporte del psicoanálisis a la capacitación de loseducadores y profesionales afines
Marcos Gheiler 53 2000 5 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Sob o olhar da diferença Carla Cristina de S. SurianiMuniz, Fernanda Alves Mattosde Souza e Josiane CordeiroCovelli
53 2000 4 Relato deexperiencia
Psicopedagogia Institucional
Regulamentação da profissão de psicopedagogo 53 2000 24 Relato dedebate
Discurso sobre a Área dePsicopedagogia
Fatores que influenciam a aprendizagem antes daconcepção
João da Silva Carvalho Neto 54 2001 14 Relato dePesquisa
Processo de Aprendizagem
Processamento auditivo e distúrbio daaprendizagem
Mauro Spinelli 54 2001 8 Relato dePesquisa
Distúrbios de aprendizagem
Psicopedagogia no ambiente hospitalar Sivia Maria Riceto RonchinPasseri e gislene de CamposOliveira
54 2001 6 Relato dePesquisa
Psicopedagogia Hospitalar
Currículo, cultura e aprendizagem Nivea Maria de CarvalhoFabrício
54 2001 3 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Doença mental na visão da psiquiatria Edmundo Clairefonte DiasMaia
54 2001 6 Reflexão teórica
Outros
Os quatro pilares do atendimento psicopedagógico Ana Luiza Snoeck Amaral 54 2001 4 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Dificuldades da avaliação na situação de transiçãoda família e da escola
Carlos Alberto de Medina 55 2001 6 Reflexão teórica
Prática Psicopedagógica
Diagnóstico: um trabalho para Sherlock Holmes? Ana Lisete Frontini PereiraRodrigues
55 2001 4 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
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Gênro Discursivo
Objeto de Pesquisanúmero de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
Ponencia para el forum acerca de "Valuación" -Avaliação e Ética: avaliação como reconhecimentode autoria e construção grupal de conhecimentos
Alicia Fernández 55 2001 4 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Fragmentos de uma avaliação "amorosa" Léa Depresbiteris 55 2001 11 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A participação do psicopedagogo na avaliaçãoinstitucional
Cleide Nébias 55 2001 5 Reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
A relação entre estilos de aprendizagem emetacognição na avaliação psicopedagógica emadultos
Evelise Maria Labatut Portilho 55 2001 6 Relato dePesquisa
Psicopedagogia no EnsinoSuperior
As contribuições da técnica projetiva par educativopara a avaliação institucional
Janete Carrer 55 2001 4 Relato dePesquisa
Psicopedagogia Institucional
Aspectos dinâmicos da avaliação diagnóstica Maria Angélica Moreira Rocha 55 2001 13 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Avaliação a partir da reflexão das ações doprofessor
Beatriz Judith Lima Scoz 55 2001 7 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Avaliação: um enfoque a partir da ciência pós-moderna - a reflexão das ações dos professores
Beatriz Scoz 55 2001 8 Reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
O Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógicainstitucional: uma visão sistêmica
Maria Cecília Castro Gasparian 55 2001 4 Reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
A relação entre tarefa do aluno e avaliação Maria Célia Rabello MaltaCampos
55 2001 5 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Saúde e educação: uma proposta para a prevenção Maria Ignez Saito 55 2001 3 Reflexão teórica
Outros
Avaliacão da aprendizagem através do desenho Ana Maria Zenicola 55 2001 3 Reflexão teórica
diagnostico psicopedagógico
Avaliação psicopedagógica interventiva Edith Rubinstein e Denise daCruz Gouveia
55 2001 8 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Avaliação : ato reflexivo Lígia Fleury Leitão 55 2001 5 Reflexão teórica
diagnostico psicopedagógico
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Gênro Discursivo
Objeto de Pesquisanúmero de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
Avaliação na progressão continuada Isabel Cristina Nache Borges 55 2001 5 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Avaliação dinâmica de áreas integradas - Teoria Cláudia Feldman 55 2001 7 Reflexão teórica
diagnostico psicopedagógico
Dificuldade ou modalidade de aprendizagem? Claudete Sargo 55 2001 4 Reflexão teórica
diagnostico psicopedagógico
Avaliação: inclusão - Promoção automática:exclusão
Elcie F. Salzano Masini 55 2001 4 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A contribuição da psicanálise para uma re-leituradas queixas escolares por parte dos educadores
Maria Célia R. Malta Campos 56 2001 7 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Adolescência, Família, escola e drogas Maria Ignez Saito 56 2001 3 Reflexão teórica
Outros
Psicopedagogia: identidade de uma especialidadeem construção
Maria Helena Melhado Stroili 56 2001 3 Reflexão teórica
Discurso sobre a Área dePsicopedagogia
Mito de Héstia Cristiane Lopes Kaulich 56 2001 3 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Informática na dislexia Raquel Caruso Whitaker, SilviaAmaral de Mello Pinto
56 2001 7 Reflexão teórica
Distúrbios de aprendizagem
O mito da dificuldade de aprendizagem e dadeficiência
Elizabeth Chinche Bregantini 56 2001 8 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Vygotsky na clínica psicopedagógica Luciana Puglisi de Paula Souza 56 2001 7 Reflexão teórica
diagnostico psicopedagógico
Resíduo do 3º milênio: exclusão e fracasso naEducação Básica - Caminhando para a superação
Maria Cecília Machado 56 2001 4 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A Benéfica presença da frustração em nossas vidas Eneida de Souza Cintra 56 2001 2 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Incluir... Como? Regina Célia CelebroneLourenço
56 2001 3 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Dificuldades de aprendizagem em matemática: umenfoque metacognitivo
Evelise Maria Labatut Portilho 56 2001 4 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A disciplina RPI - Relações Pessoais einterpessoais
Marcos Meier e Sylvie Brandes 56 2001 6 Relato dePesquisa
Outros
Página 24 de 29
Gênro Discursivo
Objeto de Pesquisanúmero de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
Os direitos das crianças são direitos humanos -Educar para a cidadania
Vera Mayer da Silva e VerônicaAlfosin
56 2001 6 Relato deexperiencia
Outros
Formação em Psicopedagogia: transformação doprofissional junto àquele que aprende
Elena Etsuko Shirahige 56 2001 4 Reflexão teórica
Prática Psicopedagógica
Internet: questoes básicas da aprendizagem doadolescente
Maria Lúcia Lemme Weiss 56 2001 5 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Adolescência, cultura, vulnerabilidade e risco. Aprevenção em questão
Maria Ignez Saito 57 2001 5 Reflexão teórica
Outros
Por uma psicopegogia social Afrânia Márcia Pinto Ramos 57 2001 5 Reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
A contribuição da linguagem corporal na aquisiçãoda linguagem escrita: um estudo de caso de umacriança com problema de aprendizagem escolar
Elisa Pitombo 57 2001 3 Relato deexperiencia
Processo de Alfabetização
Vicissitudes dos adolescentes em seus vínculoscom a família e a escola
Sonja M. R. Antiqueira Magri 57 2001 6 Relato dePesquisa
Outros
Famílias mutantes, parentabilidades distantes? Maria Consuello Passos 57 2001 5 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Do interesse à criança ao melhor interesse dacriança
Giselle Groeninga 57 2001 14 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Ecoar e espelhar como formas de conhecimento Luciana Pires 57 2001 9 Relato deexperiencia
Processo de Aprendizagem
E aí, como vai sua tese? (A clínica do trabalhoacadêmico)
Maria Lúcia de Alemida Melo 57 2001 8 Relato deexperiencia
Psicopedagogia no EnsinoSuperior
Contar e ouvir histórias: um acesso ao mundo daleitura e escrita
Cristiane Laurito Costa 57 2001 4 Relato deexperiencia
Processo de Alfabetização
O alívio do estresse na criança hospitalizada Ivani Carvalho Amorim Oliveira 57 2001 5 Relato deexperiencia
Psicopedagogia Hospitalar
Com a palavra a criança: "Aluno novato vai à escolapara aprender e o aluno repetente para passar deano"
Léa Stahlschmidt P. Silva 57 2001 10 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Discurso de Abertura do VIII Encontro dePsicopedagogia - Seção Curitiba
Isabel Cristina Hierro Parolin 57 2001 2 Discurso Oficial
Discurso sobre a Área dePsicopedagogia
Página 25 de 29
Gênro Discursivo
Objeto de Pesquisanúmero de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
VIII Encontro de Psicopedagogia Laura Monte Serrat Barbosa 57 2001 2 Discurso Oficial
Discurso sobre a Área dePsicopedagogia
O pediatra e as dificuldades na aprendizagem:intervenção preliminar
Héctor Daniel Vazquez 58 2001 6 Reflexão teórica
Psicopedagogia Hospitalar
Progressão continuada: re-significando a avaliaçãoescolar
Sandra M. Zákia L. Sousa 58 2001 5 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Quando o psicopedagogo e a escola olham para ostranstornos
Ana Maria Rodriguez Muñiz 58 2001 4 Reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
Avaliação no construtivismo sistêmico simbólico,um estudo da pedagogia simbólica
Carlos Amadeu BotelhoByington
58 2001 6 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
A construção da cidadania como valor: umirremovível desejo para quem quer educar
Paulo Afonso Caruso Ronca 58 2001 2 Reflexão teórica
Outros
O ressignificar do processo avaliativo à luz dapsicopedagogia para portadores de necessidadeseducativas especiais
Marisa Pascarelli Agrello 58 2001 3 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Pediatria e psicopedagogia: parceria na avaliaçãodo desenvolvimento da criança
Ana Maria Rodriguez Muñiz 58 2001 3 Reflexão teórica
Psicopedagogia Hospitalar
O mito da avalição do "deficiente". As múltiplasformas de aprender em busca do "eficiente"
Elizabeth Chinche Bregantini 58 2001 3 Reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Psicopedagogia e pediatria Sonia Maria Colli de Souza 58 2001 3 Reflexão teórica
Psicopedagogia Hospitalar
Avaliação contínua: um passo para a aprendizagem Mônica Hoehne Mendes 58 2001 5 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Avaliando competências no professor e no aluno Cristina Dias Alessandrini 58 2001 10 Relato dePesquisa
diagnostico psicopedagógico
Avaliação a partir do potencial do aluno Vânia Maria de CarvalhoBueno de Souza
58 2001 5 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Avaliação num modelo de escola mais do queespecial
Nivea Maria de CarvalhoFabrício
58 2001 6 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Ana Maria Rodriguez Muñiz - Homenagem Fátima Gola, Maria Katiana V.Gutierrez, e Simone Cavallari
59 2002 3 Homenagem póstuma
Outros
Página 26 de 29
Gênro Discursivo
Objeto de Pesquisanúmero de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
Algumas contribuiçoes da psicanálise para acompreensão da tendência anti-social
Margarida Azevedo Dupas 59 2002 11 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
A cartilha na alfabetização: por que permanece? Maria Aparecida Cória Sabini eZélia Rodrigues Neves
59 2002 7 Relato dePesquisa
Processo de Alfabetização
Competências na psicopedagogia: um enfoque parao novo milênio
Marisa Irene SiqueiraCastanho
59 2002 6 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
"Odeio matemática" - Um olhar psicopedagógicopara o ensino da matemática e suas articulaçõessociais
Isabel Cristina Hierro Parolin eLia Helena Schaeffer Salvador
59 2002 12 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
A clínica psicopedagógica: o erro no processo decontrução do conhecimento como possibilidade deressignificação da história de aprendizagem
Rita de Cassia M. BrunelliBarroso Linkeis e Vera MariaSaveria Pricoli
59 2002 5 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Psicopedagogia: um significante Maria Luiza Andreozzi 59 2002 7 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Avaliação e ação psicopedagógica nas dificuldadesde alfabetização
Luciana Vellinho Corso 59 2002 7 Relato dePrática
Processo de Alfabetização
"Cállense muchachos, la classe va a empezar" - Lafunción analítica del educador
Marcos Gheiler 59 2002 4 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Leitura e escrita como fatores de inclusão:comparando a eficácia dos métodos fônico e globalde alfabetização
Alessandra Gotuzo SeabraCapovilla
60 2002 21 Relato dePesquisa
Processo de Alfabetização
Cognição e afetividade Maria das Graças Sobral Griz 60 2002 8 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
Do ensino à aprendizagem: um caminho a percorrer Maria Silvia Bacila Winkeler eMari Angela Calderari Oliveira
60 2002 8 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
A formação de educadores para uma educaçãoinclusiva
Neide de Aquino Noffs 60 2002 4 Reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Ser "certinho" é sinal de adequação Ruth Blay Levisky 60 2002 7 Reflexão teórica
Processo de Aprendizagem
A formação continuada em serviço, doscoordenadores e os sentimentos dos professores
Marili Moreira da Silva Vieira eVera Maria Nigro de SouzaPlacco
60 2002 6 Reflexão teórica
Psicopedagogia Hospitalar
Página 27 de 29
Gênro Discursivo
Objeto de Pesquisanúmero de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
Sono, ansiedade e qualidade de vida (WHOQOL -100): em universitário do 5º ano de Psicologia(Humanas) e Engenharia (Exatas), na Capital e noInterior de São Paulo
Maria Nilza Moreira 60 2002 8 Relato dePesquisa
Distúrbios de aprendizagem
Capacidade para a prática interdisciplinar: um relatode experiência
Maria Luiza Midhelini Wippel,Denise Fernandes Goulart,Ana Luiza Galvão BenderMoreira, Maria da GlóriaGracco Bozza
60 2002 8 Relato dePesquisa
Prática Psicopedagógica
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ANEXO3
Classificação dos Artigos Publicados no Periódico da Associação Brasileira de Psicopedagogia – Fase Revista Indexada– 2003 a 2006
Classificação dos Artigos do Periódico da Assocação Brasileira de Psicopedagogia - Fase Revista Indexa da 2003 a 2006
Gênro Discursivo
Objeto de Pesquisa
Psicopedagogia & Inclusão - O papel doprofissional e da escola
Elcie F. Salzano Masini 61 2003 5 reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Grupo ensino: uma estratégia de Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica no ensino superior
Antonio Wilson Pagotti e SueliAssis de Godoi Pagotti
61 2003 10 Relato dePesquisa
Psicopedagogia no EnsinoSuperior
Um olhar semiótico para o processo deaprendizagem de sujeitos com deficiência mental
Rosana Aparecida Vieira MaiaAngelini
61 2003 10 Relato dePrática
Processo deAprendizagem
Angenor, estudo de caso de um cidadão brasileiro Elisa Pitombo 61 2003 5 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Os alicerces da aprendizagem Claudete Sargo 61 2003 6 reflexão teórica
Processo deAprendizagem
Liberdade e limite na educação infantil: algumascontribuições filosóficas e psicopedagógicas
Sergio Pereira da Silva e AndréaAfonso Borges
61 2003 9 reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Desenvolvimento do raciocínio verbal:aprendizagem por coordenação de ações,reconstrução e ressignificação de experiências
Maria Therezinha de Lima Monteiro 61 2003 5 reflexão teórica
Processo deAprendizagem
O papel do adulto em situações de aprendizagem Ana Maria Falsarella 61 2003 4 reflexão teórica
Processo deAprendizagem
Afetividade, um instrumento didático João da Silva Carvalho Neto 61 2003 5 reflexão teórica
Processo deAprendizagem
Sala de aula: espaço de autoria de pensamento Jurema Nogueira Mendes Rangel 61 2003 6 reflexão teórica
Processo deAprendizagem
Educação nos tempos atuais: grandes desafios Lélia de Cassia Faleiros Oliveira 61 2003 5 reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
O conceito de "diferente" no processo de inclusãoe sua relação com os diversos segmentos sociais
Ana Lúcia Mandacaru Lobo 61 2003 4 reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
O mundo pré-operatório de Laurinha:considerações gerais sobre o estágio depensamento pré-operatório
Vera Regina Passos Bosse 61 2003 9 reflexão teórica
Processo deAprendizagem
Linguistica e surdez: compreendendo asingularidade da produção escrita de sujeitos
Dóris Anita Freire Costa 62 2003 13 Relato dePesquisa
Processo de Alfabetização
A deficiência redescoberta: a orientação de pais decrianças com deficência visual
Maria Lúcia Toledo MoraesAmiralian
62 2003 9 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
número de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
Página 1 de 7
Gênro Discursivo
Objeto de Pesquisa número de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
Los retos de la alfabetización: cómo comprender loque se lee cuando aún no se há aprendido deltodo a leer
Emilio Sánchez, J. Ricardo GarciaPérez
62 2003 12 Relato dePesquisa
Processo de Alfabetização
Ser adolescente Hoy Maria Cristina Rojas 62 2003 8 reflexão teórica
Outros
Estrategias de aprendizaje: bases para laintervención psicopedagógica
Maria Teresa Moreno Valdés 62 2003 7 reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
La inclusión del niño com necesidades educativasespeciales: algo más que um desafío pedagógico
Neva Milicic e Soledad López deLérida
62 2003 11 reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Dificultades de aprendizaje y neuropsicologíacognitiva
Jesús Alejandro Martinez Martin 62 2003 8 reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A aplicação de teorias psicológicas aoplanejamento e avaliação do processo de ensino-aprendizagem
Maria Aparecida Cória Sabini 62 2003 11 reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Psicopedagogia e eqüidade social: o contextocomo protagonista, a diversidade como norma
Carmem Pastorino 62 2003 6 reflexão teórica
Discursos sobre a Área dePsicopedagogia
Complexidade e sistema na Psicopedagogia Maria Luiza Puglisi Munhoz 62 2003 10 reflexão teórica
Processo deAprendizagem
Aspectos da formação de leitores nas quatroséries iniciais do primeiro grau
Jaime L. Zorzi, Marisa T.Serapompa, Polyana S. Oliveira,Adriana T. Faria
62 2003 13 Relato dePesquisa
Processo de Alfabetização
A formação continuada de professores e seuimpacto na prática cotidiana
Ana Maria Falsarella 63 2003 8 Relato dePesquisa
Outros
Campos de problematização moral dos jovens Maria Aparecida Memede Neves,Celso Wilmer, Stella M. P. deAzevedo Pedrosa
63 2003 10 reflexão teórica
Psicopedagogia no EnsinoSuperior
A Influência dos distúrbios respiratórios naDificuldade de Aprendizagem
Renata C. Di Francesco 63 2003 4 Relato dePesquisa
Falhas no Processo deAprendizagem
Jogo e educação: o que pensam os educadores Tânia Ramos Fortuna, Aline Duránda Silveira de Bittencourt
63 2003 9 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
Ensinar e aprender: saberes e práticas deprofessores de anatomia humana
Sérgio Augusto Nader Damascenoe Maria Aparecida Cória Sabini
63 2003 12 Relato dePesquisa
Psicopedagogia no EnsinoSuperior
Familia y modalidades de aprendizaje Maria Cristina Rojas 63 2003 6 reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Página 2 de 7
Gênro Discursivo
Objeto de Pesquisa número de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
Prevenção na escola: uma proposta interdisciplinarentre a fonoaudiologia e a psicopedagogia
Monique Antunes de SouzaChelminski Barreto
63 2003 9 reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
A microgênese na oficina criativa Cristina Dias Alessandrini 63 2003 22 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
Dislexia y Disgrafia de superficie evolutivas emespañol: um experimento de rehabilitación
Jesús Alejandro Martinez Martin eJosé Orrantia Rodriguez
64 2004 17 Relato dePesquisa
Falhas no Processo deAprendizagem
Desejo de saber e anorexia ao saber Antonio Mamede Neves 64 2004 11 reflexão teórica
Processo deAprendizagem
Reflexiones teórico - prácticas del accionarpsicopedagógico em la escuela
Claudia Elvira Simon 64 2004 8 reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
A interferência do ruído na aprendizagem Raquel Cecilia Fischer DreossiTeresa M. Momensohn Santos
64 2004 10 reflexão teórica
Processo deAprendizagem
A psicopedagogia no contexto hospitalar: quando,como, por quê?
Claudia Terra do Nascimento 64 2004 9 reflexão teórica
Psicopedagogi Hospitalar
Avaliação e intervenção metafonológica emdistúrbio da linguagem escrita
Alessandra Gotuzo Capovilla,Ingrid Suiter e Fernando César
64 2004 12 reflexão teórica
Falhas no Processo deAprendizagem
Uma visão psicanalítica do Transtorno do Déficitde Atenção e Hiperatividade
Denise da Cruz Gouveia 64 2004 3 reflexão teórica
Falhas no Processo deAprendizagem
Atendimento psicopedagógico em enfermariapediátrica
Ivani Carvalho Amorim 64 2004 12 Relato dePesquisa
Psicopedagogia Hospitalar
Produção Escrita e Mediação: o papel do contextoescolar na produção escrita de sujeitos comnecessidades educativas especiais
Dóris Anita Freire Costa 65 2004 14 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
O olhar psicopedagógico na instituiçãoeducacional: o psicopedagogo como agente deinclusão social
Maria Luiza Garitano de Castro 65 2004 9 Relato dePrática
Psicopedagogia Institucional
Considerações sobre a avaliação do processoensino-aprendizagem no ensino superior
Maria Aparecida Cória Sabini,Sergio Augusto Nader Damasceno
65 2004 10 reflexão teórica
Psicopedagogia no EnsinoSuperior
Dislexia e disgrafia: dificuldades na linguagem Elisabeth Caldeira e Dulce MariaLazzaris de Oliveira Cumiotto
65 2004 8 reflexão teórica
Falhas no Processo deAprendizagem
Intervenções multidisciplinares na escola: umavisão psicopedagógica
Elizabeth Polity 65 2004 11 reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
A influência do perfil de leitor nas habilidadesortográficas
Jaime L. Zorzi, Marisa T.Serapompa, Adriana T. Faria ePolyana S. Oliveira
65 2004 11 Relato dePesquisa
Processo de Alfabetização
Página 3 de 7
Gênro Discursivo
Objeto de Pesquisa número de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
A influência da respiração oral no processo deaprendizagem da leitura e escrita em crianças pré-escolares
Katia A. Kuhn Chedid, Renata C. Di Francesco, Paula Andreya deSouza Junqueira
65 2004 7 Relato dePesquisa
Processo de Alfabetização
"DDA" e outras novas siglas associadas alimitações de ensino aprendizagem escolar
Anna Maria Vieira Pires Gil 65 2004 13 reflexão teórica
Falhas no Processo deAprendizagem
Desenvolvimento do raciocínio verbal de criançascarentes:a zona proximal de desenvolvimento
Maria Therezinha de Lima Monteiro 66 2004 20 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
Dificuldade na compreensão da leitura: umaabordagem metacognitiva
Luciana Vellinho Corso 66 2004 10 Relato dePesquisa
Processo de Alfabetização
A interação social de crianças com queixas dedificuldades de aprendizagem: reflexões paraprofessores e psicopedagogos
Eliane Giachetto Saravali 66 2004 9 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
Rumos da psicopedagogia brasileira Edith Rubinstein , Marisa IreneCastanho e Neide de Aquino Noffs
66 2004 14 reflexão teórica
Discursos sobre a Área dePsicopedagogia
Brincar e narrar: possibilidades de organização daexperiência
Leda Maria Codeço Barone 66 2004 6 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
Diagnósticos em Psicopedagogia Sônia Maria Moojen 66 2004 11 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Consultoria em avaliação de desempenho: umaárea de atuação do psicopedagogo
Helena Correa Tonet 66 2004 13 reflexão teórica
Psicopedagogia Institucional
A vivência da reinserção escolar de crianças comcâncer: estratégia de atuação do psicólogo
Gisele Machado da Silva, ElizabethRanier Martins do Valle
67 2005 12 Relato dePesquisa
Outros
Evaluación de los estilos de aprendizaje ymetacognición em estudiantes universitarios
Evelise Maria Labatut Portilho 67 2005 12 Relato dePesquisa
Psicopedagogia no EnsinoSuperior
O relatório psicopedagógico e sua importânciapara o trabalho do professor
Carolina Provvidenti de PaulaGurgel
67 2005 15 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Percursos históricos da psicopedagogia no RioGrande do Sul
Fabiana Ortiz Portella 67 2005 10 reflexão teórica
Discursos sobre a Área dePsicopedagogia
A gênese do símbolo e a entrada na cultura: areflexão epistemológica apóia a reflexãopsicopedagógica
Helena Vellinho Corso 67 2005 8 reflexão teórica
Processo deAprendizagem
Desmistificando a inclusão Maria Lucia Toledo MoraesAmiralian
67 2005 8 reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Violência na/da escola: em busca de definições Rosana Maria C Del Picchia deAraújo Nogueira
67 2005 13 Relato dePesquisa
outros
Página 4 de 7
Gênro Discursivo
Objeto de Pesquisa número de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
As preocupações dos estudantes universitários:um estudo exploratório
Antonio Wilson Pagotti e GiulianoAntonio de Godoi Pagotti
68 2005 11 Relato dePesquisa
Psicopedagogia no EnsinoSuperior
O ruído em salas de aula de curitiba: como osalunos percebem este problema
Dayanne Klodzinski, Fabiane Arns,Angela Ribas
68 2005 6 Relato dePesquisa
Processo deaprendizagem
Educação terapêutica da criança hemofílica Enza Sidoti, Maria CecíliaSonzogno, Nildo Alves Batista,Maria Tatiana Benigno, e GiuseppeTringalli
68 2005 8 Relato dePesquisa
Psicopedagogia Hospitalar
Outros: Modernidade e pós-modernidade José Outeiral 68 2005 29 reflexão teórica
Outros
Conductas de aprendizaje em el aula: La siguientegeneración de evaluación e intervención
Cesar Merino Soto,Barbara ASchaefer, Frank C. Worrell
68 2005 6 reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
A prevenção dos problemas de aprendizagem e ascapacidades e competências mínimas para aparticipação produtiva no século XXI
Marcelo Chelminski Barreto,Monique Antunes de SouzaChelminski Barreto
68 2005 8 reflexão teórica
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Um olhar psicopedagógico sobre a velhice Maria de Lourdes Bortolanza eSimone Krahl e Felipe Biasus
68 2005 9 Relato dePesquisa
Outros
El lugar del cuerpo de los alumnos em elaprendizaje áulico: impronta de dos modelos
Marta Busani, Maria CristinaFossati
68 2005 9 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
Educação sexual para estudantes surdos Luiza Elena Leite Ribeiro do Valle 69 2005 7 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Diagnóstico inicial: Violência doméstica, motivo deconsulta e indicação de tratamentopsicopedagógico
Iara Abreu Wrege 69 2005 10 Relato dePrática
Outros
Contextualizando a vida: Estudo sob o enfoquepsicopedagógico com crianças e adolescentespacientes de doenças Hemato-oncológicas
Fany Miriam Axelrud 69 2005 12 Relato dePesquisa
Psicopedagogia Hospitalar
O brincar e a aprendizagem: concepções deprofessores da educação infantil e do ensinofundamental
Cristina de Andrade Varanda,Érica Relvas Prudêncio, MárciaCristina Portella Rocha Bidá
69 2005 10 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
Psicopedagogia e transtornos psiquiátricos Claudete Sargo e Suely GrimaldiMoreira
69 2005 5 Relato dePrática
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Dificuldades de aprendizagem: Dislexia e Disgrafiana era da informação
Laura Monte Serrat Barbosa 69 2005 13 reflexão teórica
Falhas no Processo deAprendizagem
A psicopedagogia na educação superior:contribuições da teoria piagetiana
Eliane Giachetto Saravali 69 2005 11 reflexão teórica
Psicopedagogia no EnsinoSuperior
Página 5 de 7
Gênro Discursivo
Objeto de Pesquisa número de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
Sobre a possibilidade do jogo como mediador daaprendizagem do adulto
Carolina Sophia Vila Zambotto eMarisa Irene Siqueira Castanho
69 2005 15 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
A brinquedoteca em expansão mundial: Breverelato atual
Vera Barros de Oliveira 69 2005 3 reflexão teórica
Processo deAprendizagem
Múltiplos sentidos do terapêutico: intervençõespsicopedagógicas em diferentes contextos einfluências da forças culturais
Eloisa Quadros Fagali 70 2006 13 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
Representações de valores humanos de alunos de5ª à 8ª série do ensino fundamental
Maria Aparecida Cória Sabini eValdir Kessamiguiemon de Oliveira
70 2006 8 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
Estratégias de aprendizagem da criança emprocesso de alfabetização
Evelise Maria Labatut Portilho eSonia Maria Gomes de Sá Küster
70 2006 7 Relato dePesquisa
Processo de Alfabetização
A interdisciplinaridade como metodologia e apsicanálise como eixo referencial comum
Grácia Maria Fenelon 70 2006 12 Relato dePrática
Psicopedagogia Hospitalar
Trauma e filiação em Ferenczi: efeitos na relaçãoprofessor -aluno
Leda Maria Codeço Barone 70 2006 7 reflexão teórica
Processo deAprendizagem
O desenvolvimento da criatividade e da autonomiana escola: o que nos dizem Piaget e Vygotsky
Ana Luisa Manzini Bittencourt deCastro
70 2006 13 reflexão teórica
Processo deAprendizagem
Princípios e práticas do empreendedrismo: umnovo paradigma em educação e empsicopedagogia
Clara Geni Berlim; Fabiana OrtizPortella; Ingrid SchroederFranceschini; Mônica Timm deCarvalho
70 2006 6 Relato dePrática
Psicopedagogia Institucional
O impacto da psicopedagogia na Educação noDistrito Federal
Maria Therezinha de Lima Monteiro 70 2006 9 Relato dePesquisa
Discursos sobre a Área dePsicopedagogia
O Caminho para a Transdisciplinaridade Maria das Graças Sobral Griz 70 2006 4 reflexão teórica
Fundamentos Teóricos
Análise da representação da imagem e esquemacorporal em crianças com problemas deaprendizagem
Juliana Christina Rezende deSouza
71 2006 6 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
Escrita ortográfica: análise do desempenhoortográfico de universitários
Rosa Lise de Sousa Kusner,Graciela Inchausti de Jou, ValériaOliveira Thiers, Brasilio RicardoCirillo da Silva
71 2006 7 Relato dePesquisa
Psicopedagogia no EnsinoSuperior
Página 6 de 7
Gênro Discursivo
Objeto de Pesquisa número de páginas
classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar
ano dapublicação
Nível de leitura e compreensão de sentençasfaladas no ensino fundamental: diagnósticodiferencial dos problemas de leitura
Carolina Cunha Nikaedo, ElizeuCoutinho de Macedo, CleberDiana, Katerina Lukasova, CarolinaKuriyama, Fernanda Orsati,Fernando César Capovilla, LuaneNatalle
71 2006 9 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
Desempenho na resolução de problemasenvolvendo o conceito aditivo em sujeitos comdislexia do desenvolvimento
Anelise Caldonazzo, Cintia AlvesSalgado, Simone AparecidaCapellini, Sylvia Maria Ciasca
71 2006 8 Relato dePesquisa
Falhas no Processo deAprendizagem
Avaliação de vocabulário expressivo e receptivo naeducação infantil
Fernanda Ferracini, AlessandraGotuzo Seabra Capovilla, NatáliaMartins Dias, Fernando CésarCapovilla
71 2006 10 Relato dePesquisa
Processo deAprendizagem
Estilos de aprendizagem e inclusão escolar: umaproposta de qualificação educacional
Claudia Gomes 71 2006 11 Relato dePesquisa
Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica
O estalo de Vieira à espera da leitura Clélia Argolo Estill 71 2006 7 Relato deexperiencia
Falhas no Processo deAprendizagem
Aspectos individuales que influencian em eldesempeño durante el examen psicológicas
Thomas Oakland e César MerinoSoto
71 2006 6 reflexão teórica
Outros
Dificultades em el aprendizaje de las matemáticas:uma perspectiva evolutiva
Josetxu Orrantia 71 2006 23 reflexão teórica
Processo deAprendizagem
Os neurobiomecanismos do aprender: a aplicaçãode novos conceitos no dia-a-dia escolar eterapêutico
Ana Alvarez, Ivana de CarvalhoLemos
71 2006 10 reflexão teórica
Processo deAprendizagem
Página 7 de 7
ANEXO 4
Classificação das Resenhas Publicadas – Fase Boletim – 1982 -1990
Classificação das Resenhas Publicadas - Fase Boleti m - 1982 a 1990
Programas de InformaçãoProfissional
J. A. Junior e Eduardo M. Edicom 1983 Leda MariaCodeço Barone
2 1982 1 Outros
O que é Leitura M. H. Martins Brasiliense 1982 Leda MariaCodeço Barone
3 nov/83 3 Processo deAprendizagem
Preparando a alfabetização -Instrumento de avaliação dorepertório básico
Sérgio Antonio da Silva Leite Edicom 1984 Antônio Jayro daFonseca MottaFagundes
4 abr/84 2 Processo deAlfabetização
Ensinando Observação: umaintrodução
M.F. Danna e M. A. Matos Edicom 1984 Márcia ReginaSaviolli
5 ago/84 3 Outros
Descrição, Definição e Registro deComportamento
Antonio Jayro F. M. Fagundes Edicom 1984 Cibele FreireSantoro
3 dez/84 3 Outros
A Adolescente e o sexo Darcy Raiça e Senira Anie F.Fernandez
Edicom 1985 Darcy Raiça eSenira Anie F.Fernandez
2 abr/85 2 Outros
Universidade Brasileira - a intençãoda extensão
Nádia Dumara Ruiz Silveira Loyola 1987 Maria F. deRezende eFusari
6 jun/87 1 Outros
Atirei o pau no gato. A pré escola emserviço
Marília Amorim Brasiliense 1986 Maria CecíliaMachado
13 jun/87 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Psicopedagogia - O caráterInterdisciplinar na Formação eAtuação Profissional
Beatriz Judith Lima Scoz Artes Médicas 1987 Maria CecíliaMachado
14 dez/87 2 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Como enfrentar o Stress M. N. Lipp, A. S. P.F. Romano,M.A.Covolan e M.J.G. Neri.
Icone 1987 Nione T. A. deOliveira
14 dez/87 2 Outros
Alfabetizando com sucesso Marieta Lucia Machado Nicolau eMauro M.Adelia F.
EPU 1986 Carmem SilviaC.V. Canuto
14 dez/87 4 Processo deAlfabetização
A crise e as alternativas da psicologia Oswaldo h. Yamamoto Sylvia Leser deMello
14 dez/87 2 Outros
Problemas de Leitura na Criança Peter Bryant e Lynette Bradley -Tradução Irineo Constantino SchuchOrtiz
Artes Médicas 1987 Lucila Maciel dosSantos
15 jun/88 2 Processo deAprendizagem
Análise Experimental doComportamento
Paula Inez Cunha Gomide e LídiaNatália Dobrianskyj
Dione deRezende
15 jun/88 1 Outros
Introdução à Psicologia da Criança Paul Osterrieth - tradução de LuizDamasco Penna e J.B. DamascoPenna
Cia. EditoraNacional
1987 Elaine Zorzi 15 jun/88 1 Processo deAprendizagem
Classificação doObjeto dePesquisa
Título do Livro Nome do autorda Resenha
Número da Edição
Ano daEdição
Número de Páginas
Autor do Livro Resenhado Editora dapublicação
Ano dapublicação do Livro
Página 1 de 7
Classificação doObjeto dePesquisa
Título do Livro Nome do autorda Resenha
Número da Edição
Ano daEdição
Número de Páginas
Autor do Livro Resenhado Editora dapublicação
Ano dapublicação do Livro
Estudos de Psicopedagogia Musical Violeta Hemsy de Gainza - TraduçãoBeatriz A. Canabrava
Summus Editorial
1988 Maria CecíliaMachado
16 dez/88 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Crianças e Bebês à Luz deObservações Psicanalísticas
Martha Harris - Tradução: Heloisa P.Attuy
Edições Vértice
1988 Anna ChristinaMotta Pachecode Mello
16 dez/88 2 Fundamentos Teóricos
A arte de escrever: odesenvolvimento do discurso escrito
Lucy Mc Cormick Calkins Artes Médicas 1989 Silvia R.Bergamin
17 jul/89 2 Processo deAlfabetização
Da Clínica à Sala de Aula - UmaInvestigação Antropológica
Suely Grimaldi Moreira Editora Loyola 1989 Claudete Sargo 18 jun/90 2 Processo deAprendizagem
Psicanálise da Alfabetização - Umestudo psicanalítico do ato de ler eaprender
Bruno Bettelheim e Karen Zelan -Tradução Luis Caon
Artes Médicas 1984 Maria da GlóriaNascimento
18 jun/90 5 Processo deAlfabetização
O Despertar do Espírito Françoise Dolto e Antoinette Muel Edições 70 1980 Maria da GlóriaNascimento
20 dez/90 4 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Pré - Escola é não é Escola Maria Lucia A. Machado Paz e Terra 1991 Marjory ValiasPasquinelli
21 1º sem/91 2 Fundamentos Teóricos
Psicopedagogia - Contextualização,formação e atuação profissional
Scoz, Barone, Campos, Mendes(org.)
Artes Médicas 1991 Maria CecíliaMachado
22 2º sem/91 2 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Integração da Criança Deficiente naClasse
Pierre Vayer - Charles Roncin Manole 1989 Neide de AquinoNoffs
23 1º sem/92 2 Psicopedaogia Institucional
Eu aprendo aqui e ali Fátima Gola, Simone Cavallari, MariaAzevedo
Ática 1992 Suely GrimaldiMoreira
24 2 º sem/92 1 Outros
Psicopedagogia Clínica: Uma visãoDiagnóstica
Maria Lucia L. Weiss Artes Médicas 1992 Maria CecíliaMachado
25 1993 2 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
De Piaget a Freud (psico) Pedagogiaentre o conhecimento e o saber
Leandro de Lajonquiére Vozes 1993 Luci Banks Leite 26 1993 2 Fundamentos Teóricos
Novas Contribuições da Psicologiaaos Processos de Ensino eAprendizagem
vários autores Tônia Frochtengarten
27 1993 2 Processo deAprendizagem
Dificuldades na Aprendizagem daLeitura. Teoria e Prática
Terezinha Nunes, Lair Buarque, PeterBryant
Cortez 1992 Eduardo Kanemoto
28 1994 2 Falhas noProcesso deAprendizagem
De Ler o Desejo ao Desejo de Ler Leda Barone Vozes 1993 Leny MagalhãesMrech
29 1994 2 Processo deAlfabetização
Página 2 de 7
Classificação doObjeto dePesquisa
Título do Livro Nome do autorda Resenha
Número da Edição
Ano daEdição
Número de Páginas
Autor do Livro Resenhado Editora dapublicação
Ano dapublicação do Livro
A Paixão de Formar: Da Psicanáliseà Educação
Maria Cecília Pereira da Silva Artes Médicas Marion Minerbo 29 1994 2 Fundamentos Teóricos
A Psicopedagogia no Brasil -Contribuições a Partir da Prática
Nádia A. Bossa Artes Médicas 1994 Fátima Gola 29 1994 2 Fundamentos Teóricos
Escola e Alfabetização: Umaperspectiva Didática
Berta Braslavsky - tradução VeraMazagão Ribeiro
Unesp 1993 Cleide Nébias 30 1994 2 Processo deAlfabetização
O Desenvolvimento da Fala naCriança: do Inter para o Intrapsíquico
Alessandra Fernandes Carreira Alessandra Fernades Carreira
30 1994 3 Processo deAprendizagem
Psicopedagogia Institucional Aplicada Eloisa Quadros Fagali e Zélia Del Riodo Vale
Vozes 1993 Iara MariaAlvarez Gambale
31 1994 2 Psicopedagogia Institucional
Psicopedagogia Clínica: Uma visãoDiagnóstica
Maria Lucia L. Weiss Patricia CatalaniRacca
31 1994 2 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
A Mulher Escondida na Professora Alicia Fernandez Artes Médicas 1993 Isabel CristinaHierro Parolin
32 1995 1 Fundamentos Teóricos
Psicopedagogia e Realidade Escolar -O problema escolar e deaprendizagem
Beatriz Judith Lima Scoz Vozes 1994 Sonia MariaMoojen
33 1995 1 Fundamentos Teóricos
A Práxis Psicopedagógica Brasileira Sargo, C.; Weinberg, C.;Mendes,M.H.; Souza, S.M.C.; Moreira, S.G.
Editora ABPp 1994 Maria Célia R.Malta Campos
34 1995 2 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Técnicas ProjetivasPsicopedagógicas
Prof. Jorge Visca Wilma BarataBarbosa
35 1996 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Refúgio num mundo sem coração - Afamília: santuário ou instituiçãositiada?
Christopher Lasch Paz e Terra 1991 Maria DulceMarrey Moncau
36 1996 2 Outros
Problemas de aprendizagem Lucinda Dias Antroposófica 1995 Cláudia Feldman 37 1996 2 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Avaliação Psicopedagógica dacriança de 7 a 11 anos
Nádia Ap. Bossa e Vera Barros deOliveira
Vozes 1996 Sandra CarusoPaiva
38 1996 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Subjetividade Objetividade -Relações entre Desejo eConhecimento
Sara Pain Cevec 1996 Claudete Sargo 39 1996 1 Fundamentos Teóricos
Página 3 de 7
Classificação doObjeto dePesquisa
Título do Livro Nome do autorda Resenha
Número da Edição
Ano daEdição
Número de Páginas
Autor do Livro Resenhado Editora dapublicação
Ano dapublicação do Livro
SDT - Teste do Desenho de Silver -Cognição e Emoção
Rawley Silver Casa doPsicólogo
1996 Ana LiseteFrontini PereiraRodrigues
39 1996 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Psicopedagogia: teoria, clínica,investigación
Jorge Pedro Luis Visca 1993 Helenice MaiaGonçalves
40 1997 1 Fundamentos Teóricos
Contagem de freqüência deocorrência de palavras expostas acrianças na faixa pré-escolar e sériesiniciais do 1º grau
Angela Maria Vieira Pinheiro ABD (Associação Brasileira deDislexia)
1996 Ana LuizaMonteiro Amaral
41 1997 1 Falhas noProcesso deAprendizagem
Piaget e a intervençãoPsicopedagógica
Maria Luiza Andreozzi da Costa Olho D'Água 1997 Mirtes Firmo Leal 42 1997 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Psicopedagogia Clínica: Uma visãoDiagnóstica
Maria Lucia L. Weiss Artes Médicas 1994 Ana PaulaValinho Agostinho
43 1998 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
A informática e os problemasEscolares de aprendizagem
Alba Maria Lemme Weiss e MariaLucia R. M. da Cruz
DP&A Editora 1998 Maria CecíliaMachado
44 1998 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Psicopedagogia Clínica: Uma visãoDiagnóstica
Maria Lucia L. Weiss DP&A Editora 1997 Ana PaulaValinho Agostinho
44 1998 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Quatro cores, senha e dominó:oficinas de jogos em uma perspectivaconstrutivista e psicopedagógica
Lino de Macedo, Ana Lúcia SícoliPetty, Norimar Christe Passos
Casa doPsicólogo
1997 Aparecida Duarte
45 1998 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Psicopedagogia: em busca de umafundamentação teórica
Maria Cecília Almeida e Silva Nova Fronteira
1998 Joel Birman 46 1998 1 Fundamentos Teóricos
O crocodilo tenebroso; Fifa, avaquinha fantástica; A abelha Belinhae Recanto colorido
Paula Furtado Minden Editora Ltda
Ana LiseteFrontini PereiraRodrigues
46 1998 1 Processo deAlfabetização
Personalidade e escolha profissional:subsídios de Keirsey e Bates
Maria de Lourdes Ramos da Silva EPU 1996 Lélia de CássiaFaleiros Oliveira
47 1999 1 Outros
Psicopedagogia Institucinal Sistêmica Maria Cecília Castro Gasparian Lemos Editorial
Elisabeth Polity 47 1999 1 Psicopedagogia Institucional
Projeto de Trabalho: uma forma deatuação psicopedagógica
Laura Monte Serrat Barbosa Mont Editora 1998 Marcia CristinaPinheiro Bertoldi
48 1998 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Escrita e número - relações iniciais Beatriz Vargas Dorneles Artmed Lino de Macedo 48 1998 1 Processo deAprendizagem
Página 4 de 7
Classificação doObjeto dePesquisa
Título do Livro Nome do autorda Resenha
Número da Edição
Ano daEdição
Número de Páginas
Autor do Livro Resenhado Editora dapublicação
Ano dapublicação do Livro
Hiperatividade - Como lidar? Abram Topczewski Casa doPsicólogo
Mirtes Firmo Leal 49 1999 1 Falhas noProcesso deAprendizagem
O manifesto da Transdisciplinaridade Basarab Nicolescu - Tradução: LuciaPereira de Souza
Trion 1999 Laura MonteSerrat Barbosa
49 1999 1 Fundamentos Teóricos
O conto na psicopedagogia Jean Marie Gillig Artmed Rita de CássiaMonteiro deBarros e Couto
51 2000 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Psicopedagogia: uma prática,diferentes estilos
Edith Rubinstein (org.) Casa doPsicólogo
Tania MarciaCaretta
51 2000 1 Fundamentos Teóricos
A emoção na sala de aula Ana Rita Silva Almeida Papirus 1999 Suzy Xavier daSilveira Zarza
52 2000 1 Processo deAprendizagem
O ato de aprender Elcie F. Salzano Masini (org.) Editora Mackenzie
1999 Valéria RivelinoLourenzo Moreira
52 2000 2 Processo deAprendizagem
Por que estou assim? Cybelle Weinberg Casa doPsicólogo
Lélis T. MarinoDuarte
53 2000 1 Outros
(Por) Uma educação com alma - Aobjetividade e a subjetividade nosprocessos de ensino/aprendizagem
Beatriz Scoz (org.) Vozes 2000 Elisa Pitombo 54 2001 2 Processo deAprendizagem
Problemas de Leitura e escrita: comoidentificar, prevenir e remediar numaabordagem fônica
Alessandra Gotuzo Seabra Capovillae Fernando César Capovilla
Ed. CientiaVinces, FAPESP, Memnon
Nacir de CamposAlcantara
54 2001 2 Falhas noProcesso deAprendizagem
A psicopedagogia no Âmbito daInstituição Escolar
Laura Monte Serrat Barbosa Expoente 2001 Laura MonteSerrat Barbosa
56 2001 1 Psicopedagogia Institucional
Psicanálise e educação: novosoperadores de leitura
Leny Magalhães Mrech Pioneira 1999 Maria Ignez Saito 56 2001 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Aprendendo a conviver comadolescentes
Francisco Baptista Neto e Luiz CarlosOsório
Insular 2000 Marcia MaristelaScalco
57 2001 2 Outros
Aprender com os jogos e situaçõesproblema
Lino de Macedo, Ana Lúcia SícoliPetty, Norimar Christe Passos
Artmed 2000 Carla GomesCardim
57 2001 3 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Psicanálise e educação: novosoperadores de leitura
Leny Magalhães Mrech Pioneira 1999 Nanci Mitsumori 57 2001 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Aprender a compreender: atividadesde linguagem e cognição
Carmen Silvia Micheletti, EstelaMarques, Quézia Bombonatto Silva eThais H. F. Pellicciotti
Editora Fácil Maria Katiana V.Gutierrez
59 2002 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Página 5 de 7
Classificação doObjeto dePesquisa
Título do Livro Nome do autorda Resenha
Número da Edição
Ano daEdição
Número de Páginas
Autor do Livro Resenhado Editora dapublicação
Ano dapublicação do Livro
A função do filho: espelhos elabirintos da infância
Esteban Levin Vozes 2001 Marcia CristinaPinheiro Bertoldi
59 2002 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
O psicanalista diante da morte -Intervenção terapêutica napreparação para a morte eelaboração do luto
Tereza Marques de Oliveira Editora Mackenzie
2001 Maria Lúcia deAmorim
60 2002 2 Outros
Aprender a compreender: atividadesde linguagem e cognição (SegundoLivro)
Carmen Silvia Micheletti, EstelaMarques, Quézia Bombonatto Silva eThais H. F. Pellicciotti
Plexus Maria Katiana V.Gutierrez
60 2002 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
As Relações Interpessoais naFormação de Professores
Laurinda Ramalho de Almeida, VeraMaria de Souza Placco, AbigailAlvarenga Mahoney, Beatriz Scoz,Lúcia Maria Teixeira Furlani, Moacyrda Silva, Vera Lúcia Trevisan deSouza
Loyola 2002 Eda MariaCanepa
61 2003 2 Fundamentos Teóricos
Psicopedagogia & Psicomotricidade:Pontos de Intersecção nasdificuldades de aprendizagem
Auredite Cardoso Costa Loyola 2002 Cássia VirginiaMoreira deAlcântara
61 2003 3 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
O papalagui E. Scheurmann (org.) Marco Zero Cleonice deSales Forasteiroe Eliane MaraAlves Chaves
62 2003 2 Outros
Henri Wallon - Psicologia e Educação Abigail Alvarenga Mahoney; LaurindaRamalho de Almeida (orgs.)
Loyola 2000 Izilda MaltaTorres
63 2003 1 Fundamentos Teóricos
As emoções no processo dealfabetização e a atuação docente
Cleomar Azevedo Vetor 2003 Maria Deosdédite Giarreta
63 2003 3 Processo deAlfabetização
O estilo de aprendizagem e a queixaescolar: entre o saber e o conhecer
Edith Rubinstein Casa doPsicólogo
Denise da CruzGouveia
64 2004 2 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Dificuldade de Ensinagem. Quehistória é essa...?
Elizabeth Polity Vetor 2002 Marilene dosSantos Grandesco
64 2004 2 Fundamentos Teóricos
O coordenador pedagógico e ocotidiano da escola
Vera Maria Nigro de Souza Placco eLaurinda Ramalho de Almeida
Loyola 2003 Izilda MaltaTorres
65 2004 1 Psicopedagogia Institucional
Página 6 de 7
Classificação doObjeto dePesquisa
Título do Livro Nome do autorda Resenha
Número da Edição
Ano daEdição
Número de Páginas
Autor do Livro Resenhado Editora dapublicação
Ano dapublicação do Livro
Psicopedagogo na Rede de Ensino -A trajetória Institucional de seusautores
Neide de Aquino Noffs Elevação 2003 Maria TeresaBaptista Oliveira
65 2004 2 Psicopedagogia Institucional
Aprender a Ler e a Escrever: umaproposta construtivista
Ana Teberosky - Teresa Colomer Artmed 2003 Rosa MariaJunqueira Scicchitano
66 2004 2 Processo deAlfabetização
A teia da vida: uma novacompreensão científica dos sistemasvivos
Fritijof Capra Cultrix 1996 Lenina LopesSoares Silva
66 2004 1 Fundamentos Teóricos
A Constituição da Pessoa naProposta de Henri Wallon
Abigail Alvarenga Mahoney; LaurindaRamalho de Almeida
Loyola 2004 Izilda MaltaTorres
67 2005 2 Fundamentos Teóricos
O Berço da Aprendizagem: umestudo a partir da Psicologia de Jung
Claudete Sargo Icone 2005 Ecleide CunicoFulanetto
67 2005 2 Fundamentos Teóricos
Página 7 de 7
ANEXO 5
Classificação dos Artigos Publicados como Súmula de Dissertação, Teses e Monografias
Gênero Discursivo
Objeto de Pesquisa
A Psicopedagogia Institucional: a trajetória de seusatores-autores
Neide de AquinoNoffs
36 1996 1 FE/USP Tese dedoutorado
Psicopedagogia Institucional
Oficina Criativa e Psicopedagogia Cristina DiasAllesandrini
38 1996 1 IP/USP Dissertação de Mestrado
Processo deAprendizagem
A significação do processo de alfabetização nacriança
Júlia Eugêniagonçalves
39 1996 1 FE/UFF Dissertação de Mestrado
Processo deAlfabetização
O jogo de regras nos jogos da vida: sua funçãopsicopedagógica na sociabilidade e na afetividadede pré-adolescentes institucionalizados segundoPiaget
Beatriz PicoloGemenez
40 1997 1 Instituto Metodista deEnsino Superior
Dissertação de Mestrado
Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica
Psicopedagogia e prática docente: revisitando umcaso clínico e devolvendo-o à escola
Maria CecíliaMachado Cardoso
41 1997 1 UFRJ Dissertação de Mestrado
Falhas no Processode Aprendizagem
A psicopedagogia na Universidade: possibilidadesde Reflexão e Atuação - Proposta deInstitucionalização
Evlise MariaLabatut Portilho
42 1997 1 PUC/PR Dissertação de Mestrado
Psicopedagogia noEnsino Superior
O jogo Arca de Noé como instrumento de avaliaçãoe intervenção psicopedagógica
Cláudia BroettoRossetti
43 1998 1 UFES Dissertação de Mestrado
Processo deAprendizagem
Trilogia inevitável: família - aprendizagem - escola Regina FortesCelidonio
43 1998 7 Não mencionado
Tese dedoutorado
Processo deAprendizagem
O Psicopedagogo no atendimento ao deficiente - ovalor da interdisciplinaridade e do institucionalismo
Elizabeth Chinche Bregantini
45 1998 1 Insituto SedesSapientiae
Monografia de Curso deEspecialização emPsicopedagogia
Psicopedagogia Institucional
Diagnóstico psicopedagógico escolar de alunos de 7a 14 anos, com mais de dois anos de repetência na1ª série do 1º grau
Francisca Vasconcelos Leitão
46 1997 1 Universidade do Vale doParaíba
Dissertação de Mestrado
Falhas no Processode Aprendizagem
Classificação do Artigos Publicados como súmula de Dissertação, Tese ou Monografia
Número de Páginas
ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número daEdição
Ano daEdição
Universidade em que foiapresentada a
Página 1 de 2
Gênero Discursivo
Objeto de PesquisaNúmero de Páginas
ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número daEdição
Ano daEdição
Universidade em que foiapresentada a
Interesse e liberdade na escola proepreana: umestudo sobre a prática da escolha num ambienteeducacional construtivista
Doralice BeneditaCavenachi Corazza
46 1998 1 FE/Unicamp Dissertação de Mestrado
Processo deAprendizagem
O Estranho no Ninho - Estudo da Ferida Narcísicados Pais de Pessoas Especiais Deficientes Mentais
Maria CecíliaCorreia de Faria
47 1999 1 PUC/SP Dissertação de Mestrado
Outros
Psicopedagogia - Uma identidade em construção Mônica HoeneMendes
50 1999 1 Universidade São Marcos
Dissertação de Mestrado
Discurso sobre aárea de
Adolescente com dificuldades de aprendizagem:uma compreensão psicopedagógica
Gilze de MoraesRodrigues
52 2000 1 Não mencionado
Dissertação de Mestrado
Outros
Abrindo olhares para o ato de aprender Rosemary Jimenez Venturados Santos
53 2000 10 PUC/SP Dissertação de Mestrado
Falhas no Processode Aprendizagem
O Sentido da Vontade de Aprender - Compreensãodos aspectos psicológicos afetados na relação coma construção do conhecimento escolar
Maria CristinaCabral Ricardi
56 2001 2 PUC/SP Monografia de Curso deEspecialização emPsicopedagogia
Processo deAprendizagem
A Escola e a Família sob o Olhar de seus Agentes -Um Estudo das Representações de Pais eProfessores em uma Escola Cooperativa
Lélia de CássiaFaleiros Oliveira
57 2001 2 FE/USP Dissertação de Mestrado
Processo deAprendizagem
Freud: a presença na Antiguidade Clássica Ana LúciaMandacaru Lobo
57 2001 6 USP Dissertação de Mestrado
Fundamentos Teóricos
A relação entre escrita alfabética e escritainconsciente: um instrumento de trabalho naalfabetização de crianças psicóticas
Ilana Katz ZaguryFragelli
59 2002 5 IP/USP Dissertação de Mestrado
Processo deAlfabetização
O estilo de aprendizagem e a queixa escolar: entreo saber e o conhecer
Edith Rubinstein 60 2002 7 Universidade São Marcos
Dissertação de Mestrado
Processo deAprendizagem
O atendimento psicopedagógico em enfermariapediátrica
Ivani CarvalhoAmorim
64 2004 12 Não mencionado
Dissertação de Mestrado
Psicopedagogia Hospitalar
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ANEXO 6
Número de Artigos Publicados por Autor
Número de Artigos Publicados Por Autor
Autores/Edições1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34
Nadia D. R. Silveira 1Eloisa Quadros Fagali 1 1 1 1Jorge Visca 1 1Elsa L. G. Antunha 1 1Wanderley Yanoe Domingos 1Geny Golubi de Moraes 1Celma Cenamo 1Leda Maria Codeço Barone 1 1Ana Maria Rodrigues Muñiz 1 1Maria Helena Martins 1Orphila Conte 1Maria Lucia Lemme Weiss 1 1 1 1 1 1Solange Thiers 1 1Marina R. Müller 1Sergio Antonio da Silva Leite 1Neide de Aquino Noffs 1 1Sylvia Ignes Duarte Megda 1Walter Trinca 1Fernanda Dreux Miranda Fernandes 1Elcie F. Salzano Masini 1 1 1Vera Maria Nigro de Souza Masini 1Elenir Rosa Golin Cardoso 1Carmen Lúcia Hussein 1Monica Mendes 1 1Edith Rubinstein 1 1 1 1 1Sara Bozzo de Schettini 1Lucia Cunha de Carvalho 1Sandra Francesca Conte de Almeida 1Mabel Condemarin 1 1Clarissa S. Golbert 1 1 1Sônia Moojen Kiguel 1 1
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35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71Total deartigos publicados
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Número de Artigos Publicados Por Autor
Autores/Edições1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34
M. A. Carbonel de Grompone 1Felipe Alliende 1Jacobo Feldman 1Mary A. Kato 1Célia F. S. Linhares 1Paula Maria Cabral Robeiro Justo 1Ida Maria do Carmo Amaral Bront Machado 1Geraldina Porto Witter 2 1 1 1M. Cristina C. Broide 1Marília Pinheiro Machado de Souza 1Jane Correa 1Beatriz Leonel Scavazza 1Equipe do Projeto Educacional da DomusInformática 1Ricardo Goldenberg 1Lúcia Maria Moraes Moysés 1Clarisse Macedo Salamonde 1Suad Nader Saad 1Mércia Ap. Cunha 1Maria Lucia Mattos P. Guimarães 1Maria da Salete G. de Abreu 1Neide Ap. Souza 1Maria Stela Graciani 1Dante Silvestre Neto 1Wanderley M. Domingues 1Latife Yazigi 1Alda Pellegrini Lemos 1Neva Milicic 1Marília Amorim 1Lúcia Cunha de Carvalho 1Terezinh de Jesus Gomes Lankenau 1
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Número de Artigos Publicados Por Autor
Autores/Edições1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34
Luci Banks Leite 1Dalva Rigon Leonhardt 1 1Jacqueline Golbspan 1Ana Maria Musiello 1Maria Aparecida Cória Sabini 1Norma Dias A. C. Godoy 1Daniel Larry Benchimol 1Guiomar Namo de Mello 1 1Beatriz Judith Lima Scoz 1Claudia Toledo Massadar 1 1Leny Magalhães Mrech 1 1 1 1Carla Witter 1 1Célia Maria Boscolo 1Luciana Chehda Bargud 1Rosana Corrêa Armá Brusco 1Carmem Silvia Rotondo Taverna 1Clara Suely Rosenberg 1Laura Maria Jorge Carvalho 1Ligia Miranda Azevedo 1Regina Castelo Branco 1Vera Scognamiglio Campos de Oliveira 1Maria Elizabeth Soares 1Maria Ines Sestaroli 1Sonia Maria D. Alfonso Martins 1Suzana Erat 1Maria Theresa O. Pereira Mello 1Claudia Mello Gonçalves 1Tereza C. Reingruber 1Telma C. Witter 1Renata Vaccari 1Maria Lucia Pires de Mello 1
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Número de Artigos Publicados Por Autor
Autores/Edições1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34
Maria Eugênica A. Carvalho 1Lino de Macedo 1 1Berta Weil Ferreira 1Madalena Freire 1Cleide Lerzi 1Elza Penalva Pinto 1Rosane Aragon de Nevado 1Roxane H. R. Rojo 1 1Lisete Annes Henriques 1Janete Pereira Annes 1Liette Franchi 1Monica M Bigarella 1Maria Cecília Camargo Magalhães 1Alícia Fernandez 1Beatriz Vargas Dorneles 1Maria Bernardete Amêndola Contart de Assis 1Maria Ap Mamede Neves 1Dora B. Piltcher 1Maria Amazilda T. Reimão 1Maria das Graças Fleury Umbelino de Souza 1Lucia Maria Vaz Perez 1Dulce Rodrigues Pereira 1Denise da Cruz Gouveia 1Roosevelt M. S. Cassorla 1Maria Rita Santana 1 1Alice Ivone Marconi 1Sonia Viataliano Graminha 1Edna M. Maturano 1Joceli M. Magna 1Paula C. Murtha 1Marisa T. D. S. Baptista 1
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Número de Artigos Publicados Por Autor
Autores/Edições1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34
Rosana D. de Almeida 1Sonia M. T. de Souza 1Nivea M. C. Fabrício 1Evelise Maria Labatut Portilho 1Ana Maria Zenicola 1Eliana Mara Alves Chaves 1Zélia Del Rio do Vale 1Marcia Goldfeld 1Suely B. de Freitas 1Angel Pino 1Maria Célia Rabello Malta Campos 1Suely Gevertz 1 1Maria Nilza Moreira 1Leandro de Lajonquière 1Maria Inês Rosenburg Glueck 1Maria Ap. Cória Sabini 1Nilson José Machado 1Sonia Azambuja Fonseca 1Cristina Dias Allessandrini 1Oscar V. Onãtivia 1Jaime Luiz Zorzi 1Roseli C. Rocha C. Baumel 1Lorenzo Tébar Belmonte 1 1Grácia Maria Fenelon 1Luiza Russo 1Ana Luiza Monteiro do Amaral 1Maria Dulce Marrey Moncau 1Berenice da Silva Franco 1Tânia Ramos Fortuna 1Angela Beatriz G. Moori 1Maria Angela Barbato Carneiro 1
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Número de Artigos Publicados Por Autor
Autores/Edições1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34
Vera Regina Passos Bosse 1Sonia Maria dos Santos Lewis 1Viviane Costa de Leon 1Ana Maria Lacombe 1Clélia Argolo Estill 1Janete Carrér 1Adriana Fóz Veloso 1Vinh Bang 1Regina Lúcia Brandão 1Cleomar Landim de Oliveira 1Isabel Cristina Hierro Parolim 1Claudia CunhaHugo Otto BeyerMagda Ivonete MontagrininiLucila Maria Costi SantarosaSueli de Abreu MesquitaLeila de Oliveira MachadoMarcia Bellotti CortezJean PiagetLuiz Carlos Souza SampaioTania Maria de Campos FreitasSuelly Cecília Olivan LimongiMaria Therezinha de Lima MonteiroMárcio PestanaMônica A. MamanMaria Luiza Andreozzi da Costa
Darli CollaresCarime R. ElliasEllen ReisVera SantosAngela Alves Fonseca
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Número de Artigos Publicados Por Autor
Autores/Edições1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34
Eliane Camargo de AlbuquerqueMaria Cecília MachadoMiriam A. KaiúciaRegina Célia PuglieseRita de Cassia SouzaRosane Evangelista Dias Maria Helena Melhado StroilliMaria Cristina RojasMavisa AnnunziataMarcos Gheiler M.Maria Cristina CupferEquipe da SínteseClaudete SargoSuely Grimaldi MoreiraClaudio João Paulo SaltiniMaria Ignez SaitoStela Maris Cortez BachaLenita Medeiros ScoccoSonia AbadiLina Cardoso NunesRejane Ruduit DiasElizabeth PolityLenita Maria Costa de AlmeidaGislene de Campos OliveiraMaria Luiza Teixieira Verônica dos Reis Mariano de SouzaMaria Celia Rabello Malta CamposMercedes CupolilloRegiana Souza SilvaShamia Socorro Keith Topping
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Vera Barros de OliveiraNadia Ap. BossaMarisa Potiens ZilioLigia Leitao de Moraes CarvalhoRaquel Caruso WhitakerSilvia Amaral de Mello PintoDilaina Paula dos SantosAna Silvia Borges Figueiral CoelhoLiane Cristina Müller BaccarMaria Lucia AlmeidaSergio Luiz Baptista da SilvaMaria Cecilia Almeida e SilvaMarlene RozekClaudia Cypreste dos SantosLeon TragtembergMaria Aparecida FlorenseAndré MicheletElena Etsuko ShirahigeMaria Beatriz LinharesErasmo Borges Souza FilhoMaria Alice Leite PintoJose CukierSueli de Paula CunhaRosangela Hofacker CunhaFlavia Zambon TroncaMarcio Martin BrisJose Antonio Luengo LatorreCarmen Campoy ScriptoriDiretoria da ABPpAmélia Americano Franco Domingos de Castro
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José Paulo de AraújoLaerte Abreu JúniorLaura Monte Serrat BarbosaAna Lucia Mandacaru LoboLeila Cristina dos Santos F. SáLia Leme Zaia Anna Maria Vieira Pires GilDarcy Haddad DaccacheLuciana Stefino Saddi MennucciMaria de Lourdes de Souza ZemelRegina Weinfeld ReissMaria José Carvalho Sant'AnnaMary Pimentel DrumontNanci Miyo MitsumoriSimone CarlbergAntonia Maria NakayamaMarianela Rodrigues da SilvaDaucy Monteiro de SouzaJose Paulo de AraújoLucia Helena Correa de Oliveira CavaggioniElenita ToneraLauro de Oliveira LimaJulia Eugenia GonçalvesLina Maria Fernandes de GilÊnio Brito PintoMaria Cecília Iannuzzi FerreiraGildete Batista SouzaAmélia Thereza de Moura VasconcellosMaria Antonieta ReboloMarina da Silveira Rodrigues AlmeidaCarla Cristina de S. Suriani Muniz
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Fernanda Alves Mattos de SouzaJosiane Cordeiro CovelliJoão da Silva Carvalho NetoMauro SpinelliSivia Maria Riceto Ronchin PasseriEdmundo Clairefont Dias MaiaAna Luiza Snoeck AmaralMargarida Azevedo DupasZélia Rodrigues NevesMarisa Irene Siqueira CastanhoLia Helena Schaeffer SalvadorRita de Cassia M. Brunelli Barroso LinkeisVera Maria Saveria PricoliLuciana Vellinho CorsoAlessandra Gotuzo Seabra CapovillaMaria das Graças Sobral GrizMaria Silvia Bacila WinkelerMari Angela Calderari OliveiraRuth Blay LeviskyMarili Moreira da Silva VieiraVera Maria Nigro de Souza PlacoMaria Nilza MoreiraSergio Pereira da SilvaAndrea Afonso BorgesAna Maria FalsarellaJurema Nogueira Mendes RangelLélia de Cassia Faleiros OliveiraMonique Antunes de Souza Chelminski Barreto
Antonio Mamede NevesClaudia Elvira Simon
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Raquel Cecilia Fischer DreossiTeresa M. Momensohn SantosClaudia Terra do NascimentoIngrid SuiterFernando Cesar CapovillaSergio Augusto Nader DamascenoElisabeth CaldeiraDulce Maria Lazzaris de Oliveira CumiottoMarisa T. SerapompaAdriana T. FariaPolyana S. OliveiraKatia A. Kuhn ChedidRenata C. di FrancescoPaula A. de Souza JunqueiraGisele Machado da SilvaElizabeth Ranier Martins do ValleCarolina Provvidenti de Paula GurgelFabiana Ortiz PortellaHelena Vellinho CorsoMaria Lucia Toledo Moraes AmiralianRosana Maria C Del Picchia de AraújoNogueiraAntonio Wilson PagottiGiuliano Antonio de Godoi PagottiDayanne KlodzinskiFabiane ArnasAngela RibasEnza SidotiMaria Cecilia SonzognoNildo Alves BatistaMaria Tatiana Benigno
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Giuseppe TringaliJosé OuteiralCesar Merino SotoBarbara A SchaeferFrank C. WorrellMarcelo Chelminski BarretoMaria de Lourdes BortolanzaSimone KrahlFelipe BiasusMarta BusaniMaria Cristina FossatiLuiza Elena Leite Ribeiro do ValleIara Abreu WregeFany Miriam AxelrudCristina de Andrade VarandaÉrica Relvas PrudêncioMarcia Cristina Portella Rocha BidáEliane Giachetto SaravaliValdir Kessamiguiemon de OliveiraSonia Maria Gomes de Sá KüsterAna Luisa Manzini Bittencourt de CastroJuliana Christina Rezende de SouzaRosa Lise de Sousa KusnerGraciela Inchausti de JotiValeria Oliveira ThiersBrasilio Ricardo Cirillo da SlivaCarolina Cunha NikaedoElizeu Coutinho de MacedoCleber DianaKaterina LukasovaCarolina Kuriyama
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Fernanda OrsatiLuane NatalleAnelise CaldonazzoCintia Alves SalgadoSimone Aparecida CapelliniSylvia Maria CiascaFernanda FerraciniNatalia Martins DiasClaudia GomesThomas OaklandJosetxu OrrantiaAna AlvarezIvana de Carvalho LemosCristiane Lopes KaulichElisabeth Chinche BregantiniLuciana Puglisi de Paula SouzaRegina Célia Celebrone LourençoMarcos MeierSylvie BrandesVera Mayer da SilvaVerônica AlfonsinAfrânia Marcia Pinto RamosElisa PitomboSonja M. R. Antiqueira MagriMaria Consuelo PassosGiselle GroeningaIvani Carvalho Amorim OliveiraLéa Stahlschmidt P. Silva
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ANEXO 7
Diretoria da Associação Brasileira de Psicopedagogia – período de 1982 a 2006
Diretoria da Associação Brasileira de Psicopedagogia - período 1982 a 2007
Ano Presidente Vice-presidente Diretor Cultural Direto r culturalAdjunto
Diretor deRelações Públicas
Primeiro Secretário
Segundo Secretário
Primeiro Tesoureiro
Segundo Tesoureiro
Diretor deRelaçoes Públicas
Diretor Administrativo
Diretora Administrativa Adjunta
Diretora de Relações
Diretora Secretária
Diretora Secretária Adjunta
Diretora Financeira
Diretora Financeira Adjunta
1982/1984 Edith Rubinstein Matilde ArancibiaL.O. de Castro
1985/1986 Edith Rubinstein Orphila Conte Beatriz LimaScoz
Eunice MariaMuniz Rossa
Neide de AquinoNoffs
Monica Mendes Zélia Temin Silvia Maria P.Ayres Hochheimer
Denise daCruz Gouveia
1987/1988 Leda MariaCodeço Barone
Beatriz JudithLima Scoz
Monica HMendes
Eunice MariaMuniz Rossa
Neide de AquinoNoffs
Cecília Chiattone Denise da CruzGouveia substituída emdez /87 porMaria A. CruzCosta Magalhães
Silvia Maria P.Ayres Hochheimer
Renata Simonsubstituída emdez /87 porRosa MariaRamponi Serrão
1989/1990 Beatriz JudithScoz
Monica HoeneMendes
Neide de AquinoNoffs
Sonia Maria de A.Parente Jun/90Carmen Monte(em exercício)
Maria Célia MaltaCampos
Suely GrimaldiMoreira
Zuleica Pimentade Felice
Maria JoséLellis de Souzaem Jun/90Ademar Rodrigues deSouza
Rosa MariaRamponi Serrão
1991/1992 Monica HoeneMendes
Maria Celia MaltaCampos
Claudete Sargo Carmen AliciaMonti de Concina
Berenice Rozanczyh2º semestre/91 SueliGrimaldi Moreira
Rosana ApBachiega
Suely GrimaldiMoreira 2ºsem/91 Niveade CarvalhoFabricio- 1ºsem/92 CybeleWeinberg
Ademar Rodrigues deSouza
Sonia MariaColi de Souza
1993/1994 Maria Celia MaltaCampos
Ana Lisete F. P.Rodrigues
Nivea Maria deCarvalho Fabricio
Rosmeire VieiraRomero
Ademar Rodriguesde Souza nº 27Veronica S. Lima
Rosana ApBachiega
Ana LuizaMonteiro Amaralnº 29 MariaCristina Natel
Herval Gonçalves Flores
Roseli Alves nºEduardo Kanemoto
1995/1996 Neide AquinoNoffs
Nivea MariaCarvalho Fabricio
Claudete Sargo Ecleide C.Furlaneto
Suely Grimaldi Sonia Maria Collide Souza
Maria de FátimaMarques Gola
Herval Gonçalves Flores nº 33Elza Goes deOliveira
Daniel Kohl nº33Eliana deOliveira nº 35Maria CristinaNatel
1997/1998 Neide AquinoNoffs
Nivea MariaCarvalho Fabricio
Maria CristinaNatel
Marisa Irene SCastanho
Cristina DiasAllessandrini
Áurea Marly C GGutiérrez
Maria Tereza B.de Oliveira
Ademar Rodrigues deSouza
Marília Toledo
1999/2000 Nivea MariaCarvalho Fabricio
Maria CristinaNatel
Eliana deOliveira - nº 49:Ana Lizete F.P.Rodrigues
Ana Lizete F.P.Rodrigues nº 49Elizaneth ChincheBregantine
Cybele Wainberg nº49 Maria Alice LeitePinto
Cybele Weinberg
Lídia HenriqueMendes
Elizabeth Polity Elizabeth Polity
Nacir deCampos Alcântara
Ana LuciaMandaru Lobo
1999/2000/2001
Nivea MariaCarvalho Fabricio
Maria CristinaNatel
Ana Lizete F.P.Rodrigues
Elizaneth ChincheBregantine
Cibele Wainberg nº49 Maria Alice LeitePinto
nº 47 - DiretoraSecretária: Nacirde CamposAlcantara
nº 47 - DiretoraSecretária Adjunta:Ana Lucia Mandacaru Lobo
Maria AliceLeite Pinto
Maria KatianaV. Gutierrez
Elizabeth Polity Vânia M.C.B. Souza
Nacir deCampos Alcântara
Ana LuciaMandaru Lobo
Maria CecíliaGasparian
Mônica HMendes
2002/2004 Maria CeciliaCastro Gasparian
Vania CarvalhoBueno de Souza
Maria Irene deMatos Maluf
Wylma E.T.Ferraz Lima
Silvia Amaralde Mello Pinto
Andrea deCastro Jorge Racy
Neusa Torres Cunha
Quézia Bombonato Silva
Raquel Antunes Scartezini
2002/2004 Maria CeciliaCastro Gasparian
Maria Irene deMatos Maluf
Wylma E. T.Ferraz Lima
Cristina VandorosQuilici
Andréia de CastroJorge Racy
Silvia Amaralde Mello Pinto
Sandra Lia Nisterhofen Santili
Neusa Torres Cunha
Quézia Bombonato
Raquel Antunes Scartezini
2005/2007 Maria Irene Maluf Quezia Bombonato
Patrícia Vieira Rebeca LescherNogueira deOliveira
Edimara de Lima Silvia Amaralde Mello Pinto
Yara Prates
Neusa Torres Cunha
Claudia Feldman
Sandra LiaNisterhofen Santili
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