PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E...

38
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA E ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL PRODUÇÃO E CUSTOS Profª . Drª Cleide de Marco Pereira

Transcript of PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E...

Page 1: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS

CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO

ECONOMIA E ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL

PRODUÇÃO E CUSTOSProfª . Drª Cleide de Marco Pereira

Page 2: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

TEORIA DA PRODUÇÃO

Page 3: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

AS EMPRESAS, ATUANDO EM UM MERCADO CADA VEZ MAIS

CONCORRENCIAL, SENDO A BUSCA PELA EFICIÊNCIA UMA EXIGÊNCIA DE

SOBREVIVÊNCIA, PRECISAM CONHECER MUITO BEM SEU PROCESSO

PRODUTIVO E SEUS CUSTOS PARA MAXIMIZAR RESULTADOS E CONSTRUIR

VANTAGENS COMPETITIVAS

Page 4: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

A TEORIA DA PRODUÇÃO E A TEORIA DOS CUSTOS SERVEM DE BASE PARA A ANÁLISE DAS RELAÇÕES EXISTENTES ENTRE PRODUÇÃO E CUSTOS DE PRODUÇÃO NUMA ECONOMIA MODERNA, CUJA TECNOLOGIA E PROCESSOS PRODUTIVOS EVOLUEM DIARIAMENTE

A TEORIA DA PRODUÇÃO PREOCUPA-SE COM A RELAÇÃO TÉCNICA OU TECNOLÓGICA ENTRE OS FATORES DE PRODUÇÃO (INPUTS) E DE QUANTIDADES FÍSICAS DE PRODUTOS (OUTPUTS)

A TEORIA DA PRODUÇÃO TRATA DAS RELAÇÕES FÍSICAS NA PRODUÇÃO

Page 5: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

A EFICIÊNCIA NA PRODUÇÃO ESTÁ RELACIONADA À UTILIZAÇÃO DE MENOR QUANTIDADE DE INSUMOS PARA PRODUZIR UMA QUANTIDADE EQUIVALENTE DO PRODUTO

A EFICIÊNCIA ECONÔMICA ESTÁ ASSOCIADA AO MÉTODO DE PRODUÇÃO MAIS BARATO (ISTO É, COM CUSTOS DE PRODUÇÃO MENORES) RELATIVAMENTE A OUTROS MÉTODOS PARA PRODUZIR A MESMA QUANTIDADE DO PRODUTO

Page 6: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

TEORIA DA PRODUÇÃO O empresário, ao decidir o que, como e quanto

produzir, com base nas respostas do mercado consumidor, modificará a quantidade utilizada dos fatores, para com isso variar a quantidade produzida do produto.

A função da produção é a relação que mostra a quantidade física obtida do produto a partir da quantidade física utilizada dos fatores de produção em determinado período de tempo

Page 7: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

Curto prazo e Longo prazo

No estudo da produção, é importante que se diferencie o curto prazo do longo prazo.

Curto Prazo: refere-se ao período de tempo no qual um ou mais fatores de produção não podem ser modificados. Fatores que não podem ser modificados no curto prazo são chamados de insumos fixos de produção. No curto prazo, as empresas podem variar a intensidade da utilização de uma determinada fábrica e seus equipamentos;

Longo Prazo: corresponde ao período de tempo necessário para tornar variáveis todos os insumos presentes na produção. No longo prazo as empresas podem modificar a capacidade das fábricas.

TEORIA DA PRODUÇÃO

Page 8: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

TEORIA DA PRODUÇÃO Admite-se sempre que o empresário esteja utilizando

a maneira mais eficiente de combinar os fatores e, conseqüentemente, obter a maior quantidade de produto.

A melhor tecnologia de produção é, na realidade, mais uma questão de engenharia do que de economia

A função da produção pode ser representada por: q = f(x1, x2, x3, x4............, xn)q= quantidade produzida do bem ou serviçox1, x2, x3, x4.......... xn. = quantidades utilizadas dos diversos fatores de produção

Ou seja, é uma função da quantidade dos insumos utilizados

Page 9: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

ANÁLISE DE CURTO PRAZO

Page 10: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

TEORIA DA PRODUÇÃO Para simplificar, consideremos que há apenas dois

insumos: a mão-de-obra N e o capital K. Teremos a seguinte função:

Q = f (K,N)

Lê-se: A quantidade produzida é função da quantidade de trabalho e capital empregados no processo produtivo

A curto prazo, a quantidade produzida depende somente de uma variação da quantidade utilizada do fator variável, isto é, de uma variação da quantidade de mão de obra. Podemos então expressar a função da produção simplesmente como:

Q = f (N)

Page 11: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

CONCEITO DE PRODUTO TOTAL E PRODUTIVIDADE MÉDIA

Produto total: é a quantidade do produto que se obtém da utilização do fator variável, mantendo-se fixa a quantidade dos demais fatores

Produtividade média do fator: é o resultado do quociente da quantidade total produzida pela quantidade utilizada desse fator, tem-se então:

Page 12: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

PRODUTIVIDADE MÉDIAa) produtividade média da mão-de-obra:PMen = quantidade de produto___ número de trabalhadores

b) produtividade média do capital:

PMek = quantidade de produto número de máquinas

Page 13: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

CONCEITO DE PRODUTIVIDADE MARGINAL Produtividade marginal do fator: é a relação entre as

variações do produto total e as variações da quantidade utilizada do fator. Ou seja, é a variação do produto total quando ocorre uma variação no fator de produção.

Produtividade marginal de mão de obra: PMgn = variação de produto_________ acréscimo de 1 unidade de MO

o Produtividade marginal do capital

PMgk = variação de produto____________ acréscimo de 1 unidade de capital

Page 14: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES Elevando-se a quantidade do fator variável,

permanecendo fixa a quantidade dos demais fatores, a produção inicialmente aumentará a taxas crescentes,a seguir, depois de certa quantidade utilizada do fator variável, continuará a crescer, mas a taxas decrescentes, ou seja, com acréscimos cada vez menores

Continuando o incremento (aumento) da utiliação do fator variável, a produção total chegará a um máximo, para depois decrescer.

Page 15: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE MÉDIA E MARGINAL DE UM FATOR VARIÁVEL

Terra(fator fixo)Alqueires

(1)

Mão de obra(fator variável)(em milhares de trabalhadores

(2)

Produto total(toneladas)

(3)

Produtividade média da mão de obra (toneladas por mil trabalhadores)

(4) = (3) : (2)

Produtividade marginal da mão de obra (t/mil trabalhadores)

(5) ∆ em 3/ ∆ em 2

10 1 6 6,0 610 2 14 7,0 810 3 24 8,0 1010 4 32 8,0 810 5 38 7,6 610 6 42 7,0 410 7 44 6,3 210 8 44 5,5 010 9 42 4,7 -2

Verifica-se que de início, podem ocorrer rendimentos crescentes, isto é, os acréscimos de utilização do fator variável provocam incrementos na produção. A partir da quarta unidade de mão de obra incluída no processo produtivo, começam a surgir os rendimentos decrescentes

Page 16: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

ANALISANDO AINDA A TABELA ....

A oitava unidade, associada a 10 unidades do fator fixo terra, maximiza o produto (44 toneladas). A produtividade marginal dessa oitava unidade é nula. Daí por diante, cada unidade de mão de obra incluída passará a ser ineficiente, ou seja, sua produtividade marginal torna-se negativa

Page 17: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

GRAFICAMENTE

Fonte: Vasconcellos et all. Fundamentos de economia p.75

Page 18: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

ANÁLISE DE LONGO PRAZO

Page 19: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

ANÁLISE DE LONGO PRAZO

A hipótese de que todos os fatores são variáveis caracteriza a análise de longo prazo

A função de produção simplificada, considerando a participação de apenas dois fatores de produção, é representada da seguinte forma:

Q = f (K,N)

A suposição de que todos os fatores variam, inclusive o tamanho da empresa, dá origem aos conceitos de economia e deseconomias de escala

Page 20: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

ECONOMIA DE ESCALA OU RENDIMENTOS DE ESCALA

Os rendimentos de escala ou economias de escala representam a resposta da quantidade produzida a uma variação da quantidade utilizada de todos os fatores de produção. Ou seja, quando a empresa aumenta seu tamanho.

Page 21: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

Rendimentos crescentes de escala: ocorrem quando a variação na quantidade do produto total é mais do que proporcional à variação da quantidade utilizada dos fatores de produção.

Por exemplo: aumentando-se a utilização dos fatores em 10%, o produto cresce em 20% - equivale a dizer que a produtividade dos fatores aumentou

Pode-se apontar como causas geradoras de rendimentos crescentes de escala:

- maior especialização no trabalho, quando a empresa cresce;- Indivisibilidade entre os fatores de produção – exemplo: numa

siderúrgica, como não existe meio forno, quando se adquire mais um forno, devem ocorrer grande aumento na produção

Page 22: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

Rendimentos constantes de escala – acontecem quando a variação do produto total é proporcional à variação da quantidade utilizada dos fatores de produção.

Exemplo: aumentando-se a utilização dos fatores em 10%, o produto aumenta também em 10%

Rendimentos decrescentes de escala – aparecem quando a variação do produto é menos do que proporcional à variação na utilização dos fatores

Exemplo: aumenta-se a variação dos fatores em 10% e o produto cresce em 5%. Houve, nesse caso, uma queda na produtividade dos fatores

Page 23: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

A TEORIA DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO

Page 24: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

Qual a função da Teoria dos Custos? Qual a importância de se conhecer a estrutura de custos de uma empresa?

A eficiência econômica de uma empresa está associada ao método de produção mais barato, isto é, com custos de produção menores

Page 25: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

Para entender os custos de produção

O objetivo básico de toda firma é a maximização de seus resultados. Assim, através de uma combinação ótima dos fatores, ela procura obter a máxima produção possível. Seja maximizando a produção para um dado custo total ou seja maximizando o custo total para um dado nível de produção

Convém esclarecer que existe uma diferença sobre o que é custo econômico e custo contábil ou financeiro.

Custo econômico – custos de oportunidade (implícitos) Custo contábil - financeiro – custos reais que envolvem desembolso

monetário (explícito), no sentido de gastos no processo produtivo.

diretos custos variáveis = salários, matérias -primas e componentes indiretos custos fixos = aluguel das instalações, salários da administração provisão para risco, etc

Page 26: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

Custo total de produção

É o total das despesas realizadas pela firma com a utilização da combinação mais econômica dos fatores, por meio da qual é obtida determinada quantidade do produto

Os custos totais de produção se dividem em:

Custos variáveis totais = CVT - custos que variam com o volume de produção Custos fixos totais = CFT – custos que independem da produção: aluguel, iluminação

Então:

Na Teoria da produção os custos também dividem-se em custos de curto e de longo prazos

CT = CVT + CFT

Page 27: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

Custos de curto prazo:

CTMe ou CMe = CT q quociente entre o custo total e a quantidade produzida , ou seja, o custo unitário

CVMe = CVT q

quociente entre o custo variável total e a quantidade produzida

CFMe = CFT q

quociente entre o custo fixo total e a quantidade produzida

CMg = Δ CT = variação do custo_total_____ Δ q acréscimo de 1 unidade na produção

é dado pela variação do custo total em resposta a uma variação

da quantidade produzida

Custo total médio

Custo variável médio

Custo fixo médio

Custo marginal

Page 28: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

Custos de longo prazo:

No longo prazo não existe custo fixo – todos os custos são variáveis

Custos privados e custos sociais: as externalidades ou economias externas

São as alterações de custos e benefícios para a sociedade derivadas da produção das empresas

Positivas transferências de mão-de-obra treinada entre as empresas – obras públicas – uma nova estrada e etc;

Negativas quando uma unidade econômica cria custo para outra, sem pagar por isso – poluição/congestionamentos de

veículos, construção de barragens, etc

Page 29: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

Produção total (Q/dia)

(1)

Custo fixo total

(CFT) R$

(2)

Custo variável

total (CVT) R$

(3)

Custo total(CT)R$

(4)= (2) + (3)

Custo fixo médio

(CFMe) R$

(5) = (2) : (1)

CustoVariávelMédio

(CVMe) R$

(6) = (3) : (1)

Custo médio (CMe)

R$

(7)= (4) : (1)

Custo margina

l (CMg)

R$Δ em 4Δ em 1

0 10,00 0 10,00 - - - -

1 10,00 5,00 15,00 10,00 5,00 15,00 5,00

2 10,00 8,00 18,00 5,00 4,00 9,00 3,00

3 10,00 10,00 20,00 3,33 3,33 6,67 2,00

4 10,00 11,00 21,00 2,50 2,75 5,25 1,00

5 10,00 13,00 23,00 2,00 2,60 4,60 2,00

6 10,00 16,00 26,00 1,67 2,67 4,33 3,00

7 10,00 20,00 30,00 1,43 2,86 4,28 4,00

8 10,00 25,00 35,00 1,25 3,13 4,38 5,00

9 10,00 31,00 41,00 1,11 3,44 4,56 6,00

10 10,00 38,00 48,00 1,00 3,80 4,80 7,00

Custos de produção

Page 30: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

Todos os custos tem formato de U, primeiro decrescem, para depois crescerem. É a Lei dos rendimentos marginais decrescentes. Após certo nível de produção (ponto ótimo), o custo total passa a crescer mais que o aumento da produção

CUSTOS DE CURTO PRAZO

Curvas de custos médios e marginais

Page 31: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

CURVA DE CUSTO MÉDIO A LONGO PRAZO

O formato de U da curva de longo prazo deve-se às economias de escala, com todos os fatores de produção variando, incluindo o próprio tamanho ou escala da empresa.Até o ponto A, o aumento da produção leva a uma diminuição do custo médio (ganhos de produtividade), revelando economias de escala. Após este ponto, o custo médio de longo prazo tende a crescer, revelando deseconomias de escala ou rendimentos decrescentes.

Page 32: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

A maximização dos lucros

A teoria microeconômica diz que :

LT = lucro totalRT = receita total de vendasCT = custo total de produção

A empresa, para maximizar seus lucros, escolherá sempre o nível de produção em que a receita total seja maior que o custo total

A empresa produzirá até um nível onde : isso significa que:

A empresa maximizará seu lucro num nível de produção tal que a receita marginal da última unidade produzida, seja igual ao custo marginal dessa última unidade produzida. Se passar desse nível, o lucro cai.

Vejamos os dados:

LT = RT – CT

RMg = CMg

RT > CT

Page 33: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

Produção e vendas (por dia)

(1)

Custo total (CT)R$

(2)

Preço unitário de mercado

(P)R$

(3)

Receita total(RT)R$

(4) = (3) x (1)

Lucro total (LT) = RT-CT

R$

(5) = (4) – (2)

CustoMarginal

(CMg)R$

(6) = Δ em 2 Δ em 1

ReceitaMarginal

(RMg)R$

(7) = Δ em 4

Δ em 1

0 10,00 5,00 0 -10,00 - -

1 15,00 5,00 5,00 -10,00 5,00 5,00

2 18,00 5,00 10,00 -8,00 3,00 5,00

3 20,00 5,00 15,00 -5,00 2,00 5,00

4 21,00 5,00 20,00 -1,00 1,00 5,00

5 23,00 5,00 25,00 2,00 2,00 5,00

6 26,00 5,00 30,00 4,00 3,00 5,00

7 30,00 5,00 35,00 5,00 4,00 5,00

8 35,00 5,00 40,00 5,00 5,00 5,00

9 41,00 5,00 45,00 4,00 6,00 5,00

10 48,00 5,00 50,00 2,00 7,00 5,00

11 56,00 5,00 55,00 -1,00 8,00 5,00

Maximização do lucro total

Page 34: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

Pelos dados da tabela visualiza-se que:

O nível de produção ótimo, onde a RMg = CMg é 8 unidades, tendo um lucro máximo de R$5,00 (RT- CT)

Page 35: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

O CONCEITO DE LUCRO NORMAL E LUCRO EXTRAORDINÁRIO

O lucro normal também é conhecido como custo de oportunidade do capital, que é o ganho alternativo que os proprietários ou acionistas de uma empresa obteriam se empregassem o capital em outra atividade ou aplicação (é a expectativa de retorno do capital empregado)

O custo de oportunidade não é contabilizado no balanço das empresas, mas é uma análise útil para a tomada de decisões empresariais.

O lucro normal é a remuneração do capital investido e é o que mantém o empresário em uma dada atividade. Se o lucro fosse mais baixo, ele deixaria essa atividade se transferindo para outro investimento ou aplicação.

Page 36: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

O que exceder o lucro normal é chamado de lucro extraordinário, lucro extra ou lucro econômico

O lucro extra é ampliado através da diminuição dos custos

Lucro extraordinário → permite maior acumulação e cria capacidade de auto-financiamento para as empresas, além de permitir investimentos em pesquisas para a inovação (P&D)

LUCRO EXTRA = receita – custos contábeis – custos de oportunidade

Page 37: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

É através da obtenção de lucros extraordinários que as empresas

acumulam capital, crescem, se agigantam de tal forma a se transformar na grande

empresa oligopolista, detentora de grande poder de mercado

vimos isso no estudo histórico de formação dos oligopólios

Page 38: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CEATEC – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE TECNOLOGIAS CURSO: QUÍMICA TECNOLÓGICA – 6º PERÍODO ECONOMIA.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:VASCONCELLOS, M.S. & GARCIA, M.E -

Fundamentos de economia. SP Saraiva, 3ª edição. Cap. 6. p-69-92

VASCONCELLOS, M.S Economia: Micro e Macro SP Atlas. Capítulos 5 e 6.