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Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Comunicação Social Patricia Lima da Silva Relações Públicas Internacionais Porto Alegre 2008

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Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Comunicação Social

Patricia Lima da Silva Relações Públicas Internacionais

Porto Alegre 2008

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Patricia Lima da Silva

Relações Públicas Internacionais Itália

Trabalho acadêmico considerado um dos requisitos para obtenção de grau na disciplina Relações Públicas Internacionais do curso de Relações Públicas da Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Professor Dr. Jacques Alkalai Wainberg

Porto Alegre 2008

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Sumário

Aspectos Gerais .................................................................................................................. 5

A República Italiana ........................................................................................................... 5

Importância econômica e política do país ........................................................................... 5

População, densidade e principais cidades ........................................................................ 6

Migração, grupos étnicos, idiomas e religião .................................................................... 7

Etnicidade .......................................................................................................................... 7

Migração ............................................................................................................................ 7

Idioma ................................................................................................................................ 8

Religião .............................................................................................................................. 8

Transportes e Comunicação ............................................................................................... 9

Transportes ........................................................................................................................ 9

Transporte Rodoviário ........................................................................................................ 9

Transporte Ferroviário ........................................................................................................ 9

Transporte Marítimo ......................................................................................................... 10

Transporte Aéreo ............................................................................................................. 10

Telecomunicações ........................................................................................................... 11

Organização Política e Administrativa ............................................................................. 12

Organização política ......................................................................................................... 12

Organização administrativa .............................................................................................. 13

Organizações e acordos internacionais ............................................................................ 14

Economia, Moeda e Finanças ........................................................................................... 15

Conjuntura econômica ..................................................................................................... 15

Dados gerais .................................................................................................................... 16

Setor primário ................................................................................................................... 17

Setor secundário .............................................................................................................. 18

Setor terciário ................................................................................................................... 19

Moeda .............................................................................................................................. 19

Comércio Exterior .............................................................................................................. 21

Relações comerciais com outros países .......................................................................... 21

Balança comercial ............................................................................................................ 21

A Itália por dentro .............................................................................................................. 22

História ............................................................................................................................. 22

Geografia ......................................................................................................................... 24

Relevo .............................................................................................................................. 25

Clima ................................................................................................................................ 25

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Hidrografia ....................................................................................................................... 26

Vegetação ........................................................................................................................ 27

Vulcões ............................................................................................................................ 27

Terremotos ....................................................................................................................... 28

Ilhas ................................................................................................................................. 28

Cultura Italiana ................................................................................................................. 29

A Itália em Números .......................................................................................................... 30

Governo ........................................................................................................................... 30

Economia ......................................................................................................................... 30

Comunicação ................................................................................................................... 31

Transportes ...................................................................................................................... 31

Forças Militares ................................................................................................................ 32

Geografia ......................................................................................................................... 32

Curiosidades ...................................................................................................................... 34

Itália: cidade proíbe construção de castelos de areia ....................................................... 34

Bibliografia ......................................................................................................................... 36

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Aspectos Gerais

A República Italiana

Nome oficial: República Italiana

Capital: Roma

Cidade mais populosa: Roma (2.546.804 hab. - 2001)

Área total: 301.230 km²

Governo: República parlamentarista

Formação: Unificação (17/03/1861) e República (02/06/1946)

Importância econômica e política do país

A República Italiana é composta pela península,

situada na Europa meridional junto ao mar

Mediterrâneo, e por várias ilhas adjacentes. As duas

principais são a Sicília, a sudoeste, e a Sardenha, a

oeste. Os Alpes formam uma fronteira natural, ao

norte, sendo os países fronteiriços a França, a

noroeste, a Suíça e Áustria, ao norte, e a Eslovênia,

a nordeste. O país também compartilha uma

fronteira marítima através do mar Adriático com a

Croácia e a Eslovênia e através do Mar Lígure com

a França. Os estados independentes de San Marino e a Cidade do Vaticano são enclaves

no território italiano¹1. Também pertence ao país a comuna de Campione d'Italia, um enclave

no território da Suíça de língua italiana. O país inclui 92% da região física de língua italiana,

delimitada convencionalmente pelo divisor de águas alpino. A língua principal é o italiano.

A área do país é 301.333 km² (excluindo a República de São Marino e o Vaticano),

da qual 38% é composta por terras aráveis e colheitas, 15% por pastos e 21% por florestas,

segundo dados de 1999. De acordo com o censo de 2001, a população eleva-se a 57

milhões, mas as estimativas do Economist Intelligence Unit (EIU) apontavam para 58

milhões, em 2003. O crescimento demográfico foi rápido nos anos 60 (apesar da emigração

substancial), mas diminui bastante entre os anos 70 e 80. Como a taxa de mortalidade foi

superior a de natalidade entre 1993 e o princípio dos anos 2000, o crescimento populacional

resultou da imigração. Existem muitas cidades de tamanho médio na Itália, 42 das quais têm

uma população de 100 mil habitantes. As principais cidades são Roma, a capital (2,7

milhões de habitantes), Milão (1,3 milhões), Nápoles (1 milhão), Turim (901 mil), Palermo

(679 mil) e Genova (632 mil).

As principais cidades italianas abrigam um patrimônio histórico e artístico de valor

incalculável, o que atrai mais de 35 milhões de turistas anualmente.

Uma das grandes potências econômicas do mundo, a Itália apresenta grande

disparidade interna: o norte é bastante industrializado, enquanto o sul é agrícola e mais

1 Além dos enclaves supracitados, os territórios seguintes não pertencem ao país: o Principado de Mônaco, Nice com Briga e Tenda, algumas

listras dos Alpes próximas à fronteira francesa (Monginevro, Moncenisio e Piccolo San Bernardo), a região suíça de língua italiana (Cantão de Tessino e alguns vales de Grigioni), a península da Ístria e uma parte de Friuli-Venezia Giulia, a ilha da Córsega e o arquipélago de Malta

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pobre. A marca de sua história política recente é a instabilidade: 59 gabinetes já se

sucederam desde o fim da II Guerra Mundial, em 1945.

Apesar disso, a Itália é um país desenvolvido com o décimo PIB mais alto em 2007,

membro do G8, da OMC, da OTAN e fundador da União Européia, tendo assinado o Tratado

de Roma em 1957. A Itália é chamada il Belpaese ("belo país", em italiano) pelos seus

habitantes, devido à beleza e a variedade das suas paisagens e por ter o maior patrimônio

artístico do mundo; o país detém o maior número de patrimônios mundiais da UNESCO.

População, densidade e principais cidades

Em Janeiro de 2008, a população italiana passou de 59,6 milhões, a quarta maior

da União Européia, e a 23ª maior do mundo. A densidade populacional é de 196,1

habitantes por km², o quinto maior da União Européia, sendo o norte a parte mais densa; um

terço do país contém quase a metade da população. Depois da II Guerra Mundial, a Itália

passou por um grande crescimento econômico que levou a população rural a mover-se para

as cidades, e ao mesmo tempo passou de uma nação caracterizada por massiva emigração

à um país receptor de imigrantes. A alta fertilidade persistiu até a década de 1970, e depois

passou para abaixo da taxa de reposição como em 2007, um em cada cinco italianos é

aposentado. Apesar disso, graças principalmente a imigração das décadas de 80 e 90, nos

anos 2000 a Itália viu um acréscimo populacional natural pela primeira vez em anos.

As maiores regiões metropolitanas da Itália são:

Grande Milão - 7,4 milhões de pessoas

Grande Roma - 3,8 milhões de pessoas

Grande Nápoles - 3,1 milhões de pessoas

Grande Turim - 2,4 milhões de pessoas

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Migração, grupos étnicos, idiomas e religião

Etnicidade

A Itália apresenta uma reduzida diversidade étnica (a

população residente é italiana em mais de 95%). Merecem

destaques algumas minorias étnicas, mas de nacionalidade

italiana, concentradas nos vales alpinos fronteiriços

(franceses no Valle d’Aosta, bávaros-austríacos em

Trentino-Alto Ádige e eslavos em Friuli-Venezia Giulia e no

Trieste) e nas regiões e ilhas do sul (gregos e albaneses).

Estão presentes na Itália pequenas minorias de

marroquinos, chineses e filipinos, sobretudo no norte.

Migração

Depois da unificação italiana, o feudalismo que controlava por séculos as terras do

país ruiu, e muitos italianos passaram por severas situações de pobreza. O norte foi o

primeiro afetado, e grandes levas de imigrantes saíram do país principalmente em direção

ao Brasil e à Argentina, a partir da década de 1870. Anos depois, a região sul também

sentiu os efeitos da mudança política na agricultura, e a imigração dobrou de número em

1900 e o destino principal agora era os Estados Unidos. O pico foi em 1913, quando

872.598 pessoas deixaram a Itália. O fenômeno só diminuiu devido à eclosão da I Guerra

Mundial, quando a Itália precisou da população para reconstruir o país e a instalação do

regime fascista, que restringiu a imigração na década de 1920.

O primeiro grande

movimento migratório de

italianos em direção ao Brasil

ocorreu logo após a unificação,

em 1875, pioneiramente para o

sul do país, embora a maior

massa de imigrantes tenha se

instalado em São Paulo, para

trabalhar na colheita do café. A

imigração italiana foi massiva

até o começo do século XX,

mas depois das constantes

notícias de trabalho semi-escravo no Brasil, a Itália baixou o "decreto Prinetti" que proibia a

imigração subsidiada em direção ao país, direcionando o fluxo imigratório italiano para os

Estados Unidos e a Argentina. As maiores comunidades italianas se encontram em São

Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde profundamente fazem parte da

cultura local.

Depois da II Guerra Mundial, o país que era uma das maiores fontes de imigrantes

do mundo, passou a receber imigrantes vindos do mundo todo, intensificado principalmente

depois da década de 1970. No fim de 2006, estrangeiros compreendiam 5% da população

ou quase 3 milhões de pessoas, um aumento de 270.000 desde o ano antecedente. Em

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algumas cidades italianas, como Brescia, Milão e Pádua, o total de imigrantes é maior que

10% da população.

A mais recente onda de migração tem vindo principalmente das nações européias

(47,75%), particularmente da Europa oriental, substituindo o Norte da África (17,43%) como

a maior fonte de imigrantes. Por volta de 500.000 romenos estão oficialmente registrados

como habitantes da Itália, mas estimativas não-oficiais afirmam que o número atual pode ser

duas vezes maior, ou ainda mais. Em 2006, os outros imigrantes vinham da Ásia (17,43%) e

América Latina (8,90%). Pequenos grupos vinham da África subsaariana e América do

Norte.

Idioma

O idioma oficial é o italiano, falado por quase toda a população. O italiano padrão é

uma língua derivada do dialeto da Toscana, sobretudo aquele falado na região de Florença.

Existem diversas línguas e dialetos falados no dia-a-dia pela população italiana, como o

sardo (na Sardenha), napolitano (em Campânia), vêneto (no Vêneto), friulano (em Friuli-

Venezia Giulia), francês (no Valle d'Aosta), alemão (em Trentino-Alto Ádige), esloveno (em

Trieste).

Religião

O Catolicismo Romano é de longe a maior religião do país,

embora a Igreja Católica não seja mais a religião oficial do

estado. 87,8% dos italianos identificam-se católicos romanos,

embora apenas um terço descrevem-se como membros ativos

(36,8%). A sede mundial da Igreja Católica Romana situa-se

no Vaticano, um Estado religioso independente, encravado

em território Italiano, e que tem por representante a figura do

Papa. Outros grupos cristãos na Itália incluem mais de

700.000 cristãos ortodoxos, incluindo 470.000 imigrantes, e

por volta de 180.000 Gregos ortodoxos, 550.000

Pentecostais e Evangélicos (0,8%), dos quais 400.000 são

membros da Assembléia de Deus, 235.685 Testemunhos de

Jeová (0,4%), e 104.000 de outras religiões. A minoria

religiosa mais antiga do país é comunidade judaica, que

compreende por volta de 45.000 pessoas, mas não é mais o

maior grupo não-cristão da Itália. Como resultado da

significante imigração de outras partes do mundo, 825.000

Muçulmanos (1.4% da população total) moram no país, mas

apenas 50.000 são cidadãos italianos. Ainda, tem 110.000

budistas (0,2%), 70.000 Sikhs, e 70.000 Hindus (0.1%) na Itália.

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Transportes e Comunicação

Transportes

A localização estratégica, em uma Europa interessada em intensificar as relações

comerciais com jovens países como a Eslovênia ou a Croácia, obriga a uma eficiente

articulação entre os vários modelos de transportes, os “interfaces” com a rede ferroviária e o

aproveitamento das condições portuárias subjacentes ao estatuto da península.

Existem cerca de 654.676 km de rodovias utilizáveis na Itália, incluindo os 6.957 km

de autoestradas.[6] Existem cerca de 133 aeroportos na Itália, incluindo os dois hubs de

Malpensa Internacional (perto de Milão) e o Internacional Leonardo Da Vinci-Fiumicino

(perto de Roma). O país tem 27 grandes portos, sendo o maior em Gênova, que também é o

segundo maior do Mar Mediterrâneo, depois de Marselha. 2.400 km de hidrovias passam

pela Itália.

Transporte Rodoviário

Nos últimos anos, vimos uma intensificação na construção de estradas na Itália. Em

1995, a rede rodoviária era de 307,8 mil quilômetros,sendo que atualmente já atinge mais de

650 mil quilômetros.

A Autoestrade, empresa pública até 1999, foi a principal dinamizadora deste ritmo

de construção. Paralelamente à sua alienação, o Governo optou por aplicar uma certa

descentralização na gestão das estradas italianas, transferindo para o âmbito regional a

responsabilidade pela gestão de cerca de 30 mil quilômetros de estradas.

O forte incremento do tráfego de veículos pesados, componente essencial no

transporte e distribuição de mercadorias atualmente, coloca novas necessidades às infra-

estruturas rodoviárias italianas.

Transporte Ferroviário

A rede ferroviária abrange cerca de 20 mil quilômetros, 80%

dos quais controlados pela Ferrovie dello stato (FS). Nos

últimos anos algumas linhas foram descontinuadas, devido à

fraca utilização, e verifica-se uma melhor integração das

várias redes.

Apesar da fraca participação do setor privado, o processo

gradual de liberalização do setor ferroviário iniciou-se em

200, com a atribuição de sete licenças (relativas a serviços já

liberalizados pela união Européia) a empresas privadas. O

governo italiano já manifestou, também, a intenção de dividir

a Ferrovie dello Stato em quatro áreas de negócios autônomas (transporte de mercadorias,

transporte inter-cidades, infra-estrutura e transporte local), com o intuito de privatizar as

duas primeiras áreas.

As linhas férreas na Itália totalizam 16.627 km, a 17ª maior do mundo. Trens de alta

velocidade incluem os trens classe ETR, dos quais o ETR 500 viaja a 300 km/h. Em 1991, a

Treno Alta Velocità SpA foi criada, uma sociedade de propósito específico pertencente a RFI

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(controlada pela Ferrovie dello Stato) para o planejamento e construção de linhas para trem

de alta velocidade ao longo das linhas mais importantes da Itália e saturadas. O objetivo da

construção do TAV é de melhorar a viagem ao longo das linhas ferroviárias mais saturadas

da Itália e adicionar novos trilhos a estas linhas, notadamente Milão-Nápoles e Turim-Milão-

Veneza. Um dos focos do projeto é tornar a rede ferroviária da Itália em um sistema

ferroviário de passageiros moderno e de alta tecnologia, de acordo com os atuais padrões

ferroviários. Um propósito secundário era de introduzir os trens de alta velocidade ao país e

os seus corredores principais. Quando a demanda das linhas regulares for reduzida com a

abertura de linhas de alta velocidade dedicadas, as linhas regulares serão utilizados

prioritariamente para a trens regionais de baixa velocidade

e trens de carga. Com estas idéias concretizadas, a rede

ferroviária italiana poderá ser integrada com outras redes

ferroviárias européias, particularmente o TGV francês, o

ICE alemão e o espanhol AVE.

Transporte Marítimo

A via marítima tem sido uma forma privilegiada para o

transporte de alimentos, especialmente para um país

importador líquido desses bens e como uma costa

marítima de aproximadamente 7.600 quilômetros.

Os portos mais importantes são Gênova (na foto),

Gióia Tauro (principal porto de contêineres da

Europa), La Spezia, Livorno, Nápoles, Palermo (na

Sicília), Trieste e Veneza.

Apesar de a Itália possuir uma das maiores frotas de

mundo e beneficiar de uma geografia favorável à

exploração da via marítima, os portos nacionais são subaproveitados, devido à falta de

integração entre o transporte marítimo e o rodoviário. Porém, medidas estão sendo tomadas

no intuito de permitir aos portos italianos uma maior competitividade, estabelecendo

autoridades independentes (nos 19 principais) e uma progressiva liberalização dos serviços

portuários.

Transporte Aéreo

Existem na Itália mais de uma centena de

aeroportos operacionais, porém o pais ainda não possui

um transporte aéreo eficaz, devido a dificuldades de

viabilização da companhia de aviação doméstica (Alitalia).

Mesmo depois da ajuda de três bilhões de liras (em 1997)

com a prévia autorização da Comissão européia, e de

aliança com a holandesa KLM, que se romperia em 2000

dados os sucessivos atrasos na privatização da Alitalia, a

empresa continua a acumular perdas. Depois dos acontecimentos de 11 de setembro, já

foram demitidos cerca de 2.500 funcionários, houve a alienação de 7 aviões Boeing e o

cancelamento de dezenas de rotas.

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O aeroporto Leonardo Da Vinci (Fiumicino), em Roma, e o Malpensa, em Milão, são

eleitos para vôos de longa distância, enquanto o aeroporto Ciampino, em Roma, e o Linate,

em Milão, asseguram os vôos europeus. Existem, ainda, vôos internacionais regulares para

Veneza, Turim, Nápoles, Pisa, Florença, Genova, Bologna, Bérgamo e Verona, justificados

pela permanente chegada de turistas (a Itália é o quarto destino turístico do mundo).

Telecomunicações

Assim como os outros estados membros da União

Européia, o segmento dos telefones fixos foi

completamente liberalizado no início de 2001,

finalizando um processo que iniciou em 1994.

Nessa altura, a rede de telecomunicações, e

atividades associadas, era monopolizada pela

Telecom Itália. Esse monopólio estatal começou a

ser privatizado em 1997 para, dois anos depois,

passar a ser controlado pela Olivetti (uma das

principais empresas italianas, que tinha abandonado

a área de produção de computadores por

dificuldades financeiras).

No segmento de celulares, o processo de liberalização também começou em 1994

com a atribuição da segunda licença à Omnitel (agora controlada pela britânica Vodafone),

que passava a concorrer com a subsidiária da Telecom Itália para os celulares, a TIM

(Telecom Itália Mobile). Após quatro anos também entrou no mercado um terceiro operador,

a Wind, uma “joint-venture” entre a Ente Nazionale per l’EnergiaElettrica (Enel) e a France

Télécom. Finalmente, em 2000. O mercado passou a contar com um quarto operador, a Blu,

liderada pela Autoestrade e pela British Telecom.

No final de 2000, o Governo decidiu vender cinco licenças para os celulares de

terceira geração (UMTS), obtendo com essa transação, uma receita inferior à esperada:

26,75 bilhões de liras contra os 40 bilhões previstos pelos vários responsáveis

governamentais, apesar de terem sido orçamentados 25 bilhões de liras.

Os novos detentores de licenças para os UMTS são a TIM, a Omnitel, a Wind (os

três já a operar no GSM), a Ipse, liderada pelos espanhóis da Telefonica e pelos finlandeses

da Sonera, e a Andala, controlada pela Hutchison Whampoa e Tiscali.

A principal crítica ao relativo fracasso na atribuição das licenças para o UMTS deve-

se ao modelo escolhido, que já havia fracassado na Holanda quando sete consórcios

concorreram a seis licenças. Também as desavenças públicas entre a Autostrade e a British

Telecom não favoreceram a motivação para parcerias entre empresas estrangeiras e

italianas.

Apesar de a Itália apresentar um baixo nível de computadores per capita

relativamente a outros países europeus (191,8 computadores pessoais por cada mil

habitantes em 1999), a utilização da internet está em franca expansão, em parte devido ao

acesso gratuito introduzido em 2000.

O Plano de Ação para a Sociedade de Informação, aprovado em junho de 2000,

estabelece cursos e centros universitários de tecnologias de informação, bem como investe

fortemente na informatização das escolas e na formação acadêmica no setor.

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Organização Política e Administrativa

Organização política

A Constituição italiana de 1948 estabeleceu um

parlamento bicameral, que é formado por uma Câmara dos

Deputados (Camera dei Deputati) e de um Senado (Senato della

Repubblica) além de um sistema judiciário; e um sistema

executivo composto de um Conselho de Ministros (Consiglio dei

ministri), encabeçado pelo primeiro-ministro (Presidente del

consiglio dei ministri). O presidente da república (Presidente della

Repubblica, atualmente Giorgio Napolitano) tem direito a um

mandato de sete anos e é ele quem escolhe o primeiro-ministro, e

este propõe os outros ministros, que são aprovados pelo

presidente. O Conselho de Ministros precisa ter apoio (fiducia -

confiança) de ambas as casas do parlamento.

Os deputados que são eleitos para o parlamento são eleitos diretamente pela

população. De acordo com a legislação italiana de 1993, a Itália tem membros únicos de

cada distrito do país, para 75% dos postos no parlamento. Os outros 25% dos postos

parlamentares são distribuídos regularmente. A Câmara dos Deputados possui oficialmente

630 membros (mas de fato, são apenas 619 depois das eleições italianas de 2001). O

Senado é composto por 315 senadores, eleitos pelo voto popular, bem como ex-presidentes

e outras pessoas (não mais que cinco), indicadas pelo presidente da república, de acordo

com provisões constitucionais especiais. Ambos, a Câmara de Deputados e o Senado, são

eleitos para um mandato de no máximo cinco anos de duração, mas eles podem ser

dissolvidos antes do término do mandato. Leis podem ser criadas na Câmara de deputados

ou no Senado, e para serem aprovadas, precisam da maioria em ambas as Câmaras.

Serão apresentadas aos eleitores listas de coalizão e partidos para ambas as

casas. Os partidos e as coalizões precisarão de um mínimo de votos para alocar cadeiras.

As cadeiras serão alocadas de acordo com a posição de um candidato na

respectiva lista do partido. Aqueles, nos primeiros lugares, têm uma chance melhor de

conquistar uma cadeira do que os que estiverem mais abaixo.

O governo de Berlusconi (atual primeiro-ministro) aprovou

grandes mudanças no sistema eleitoral em dezembro de

2005, restaurando na Itália um sistema de representação

proporcional plena e revertendo reformas que vigoravam

há mais de dez anos.

Críticos dizem que a iniciativa de Berlusconi foi deliberada

para melhorar a posição da coalizão de governo na

eleição de abril, e prejudicar as chances da oposição de

obter uma maioria significativa.

Mas o governo alegou que o novo sistema garante maior

estabilidade, porque garante que a coalizão que obtiver a maioria dos votos pelo menos 340

dos 630 assentos da Câmara dos Deputados, dando-lhe automaticamente uma maioria.

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O sistema judiciário italiano é baseado nas leis romanas, modificadas pelo Código

Napoleônico e outros estatutos adicionados posteriormente. Há também uma corte

constitucional (Corte Costituzionale), uma inovação pós-segunda guerra mundial.

Organização administrativa

As vinte regiões da Itália integram a primeira subdivisão do país, tendo sido

instituídas com a Constituição de 1948 com o objetivo de reconhecer, proteger e promover a

autonomia local.

Cinco regiões possuem um estatuto especial (Friuli-Venezia Giulia, Sardenha,

Sicília, Trentino-Alto Ádige, e Vale de Aosta), o que lhes garante maior autonomia para

legislar sobre diversas matérias independentes do governo central. Estas cinco regiões são

autônomas por fatores culturais, lingüísticos e geográficos. Cada região tem um conselho

(consiglio regionale, na Sicília assemblea regionale) eleito e uma junta (giunta regionale)

encabeçada por um presidente.

As quinze regiões de estatuto ordinário foram estabelecidas nos anos 70 e elas

serviam prioritariamente para descentralizar a máquina de governo do estado. Depois de

uma reforma da constituição em 2001, as competências legislativas das regiões de estatuto

ordinário foram ampliadas e os controlos estatais foram significativamente reduzidos senão

completamente apagados, como o comissário do governo central. Mas a autonomia

financeira é ainda muito limitada.

Além da capital, Roma, três outras cidades têm mais de um milhão de habitantes:

Milão, a mais rica do país, Nápoles e Turim. Outras cidades importantes são Gênova,

Veneza, Florença e Bolonha.

Fonte: The Europa World Yearbook

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Organizações e acordos internacionais

A Itália é membro, entre outras, das seguintes organizações internacionais:

Banco Asiático de Desenvolvimento (BAsD)

Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento (BERD)

Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID)

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)

Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE)

Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)

Organização das Nações Unidas (ONU) e dos seus organismos especializados, dos

quais se destacam:

AID (Associação Internacional de desenvolvimento)

BIRD (Banco Interamericano para a Reconstrução e Desenvolvimento)

FAO (Organização para a Agricultura e Alimentação)

FMI (Fundo Monetário Internacional)

OIT (Organização Mundial do Trabalho)

OMC (Organização Mundial de Saúde)

UIT (União Internacional das Telecomunicações)

UNESCO (Organização para a Educação, Ciência e cultura)

UNIDO (Organização para o Desenvolvimento Industrial)

WIPO (Organização Internacional da Propriedade Intelectual)

A nível regional, a Itália integra o Conselho da Europa, a União da Europa Ocidental

(UEO) e a União Européia (EU).

A União Européia, de que a Itália é membro fundador, é uma organização regional

de integração, constituída originariamente em 1957 (então sob a designação de

Comunidade Econômica Européia). A união Européia é, atualmente, composta por 25

membros.

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Economia, Moeda e Finanças

Conjuntura econômica

Segundo o PIB, a Itália foi a sétima maior economia do

mundo em 2006 e a quarto maior da Europa. Segundo a

OCDE, em 2004, a Itália foi a sexta maior exportadora de

produtos manufaturados do mundo. Essa economia permanece

dividida em um norte industrialmente desenvolvido, dominado

por empresas privadas, e um menos desenvolvido e agrícola

sul. No Índice de Liberdade Econômica de 2008 o país foi

classificado em 64° de 162 países, ou 29° de 41 países

europeus, a mais baixa qualificação do UE-15 e atrás de muitos

países europeus ex-socialistas. De acordo com esses dados do Banco Mundial, a Itália tem

elevados níveis de liberdade de investir, fazer negócios, e comércio. Por outro lado, a Itália

tem uma burocracia ineficiente, direitos de propriedade relativamente baixos e altos níveis

de corrupção (comparado com outros países europeus), altos impostos, e grande consumo

público de cerca de metade do PIB. A Itália tem sido muitas vezes chamada de o homem

doente da Europa, com governos tendo dificuldades em prosseguir com essas reformas

importantes.

A Itália tem estado em declínio econômico, se comparado com a maioria dos outros

países do UE-15. A maioria das matérias-primas necessárias às indústrias italianas, e mais

de 75% das necessidades energéticas, são importadas. Ao longo da última década, a Itália

tem prosseguido uma política fiscal apertada, a fim de satisfazer as exigências da União

Econômica e Monetária e tem sido beneficiada com baixas de taxas de juro e inflação. A

Itália aderiu ao euro a partir da sua introdução no bloco em 1999.

O desempenho econômico da Itália foi, em algumas vezes, mais

atrasado do que o dos seus parceiros da UE, e o atual governo tem

adotado numerosas reformas de curto prazo destinadas a melhorar a

competitividade e o crescimento a longo prazo. Apesar disso, ela tem

andado devagar na execução de certas reformas estruturais

aconselhada por economistas, tais como a diminuição da carga fiscal, a

flexibilização das leis trabalhistas e a revisão do caro sistema de

pensão, devido ao abrandamento econômico e da oposição de

sindicatos trabalhistas.

A Itália tem um número menor de corporações multinacionais do que

outras economias de mesma dimensão. Em vez disso, a principal força

econômica do país tem sido a sua grande base de pequenas e médias

empresas. Algumas destas empresas fabricam produtos que são tecnologicamente

avançados e, por isso, fazem frente a crescente concorrência da China e outras economias

emergentes da Ásia, que são capazes de oferecer um produto mais barato devido aos

baixos custos trabalhistas. Estas empresas italianas reagem à concorrência asiática

concentrando-se em produtos mais avançados tecnologicamente, enquanto deslocam

manufaturas de menor nível tecnológico para fábricas instaladas em países onde a mão-de-

obra é mais barata. As empresas italianas são, em média, de pequeno porte, permanece

como um fator limitante à economia, e o governo vem trabalhando para incentivar

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integrações e fusões e para reformar as rígidas regulamentações que tradicionalmente têm

sido um obstáculo ao desenvolvimento de grandes corporações no país.

As principais exportações da Itália são automóveis (Grupo Fiat, Aprilia, Ducati,

Piaggio), produtos químicos, petroquímicos (Eni), eletricidade (Enel, Edison),

eletrodomésticos (Merloni, Candy), tecnologia aeroespacial e de defesa (Alenia, Agusta,

Finmeccanica), armas de fogo (Beretta); mas os produtos exportados mais famosos do país

estão nos campos da moda (Armani, Valentino, Versace, Dolce & Gabbana, Roberto Cavalli,

Benetton, Prada, Luxottica), alimentos (Ferrero, Barilla, Martini & Rossi, Campari, Parmalat),

veículos de luxo (Ferrari, Maserati, Lamborghini, Pagani) e iates (Ferretti, Azimut).

O Turismo também é muito importante para a economia italiana: com mais de 37

milhões de turistas por ano, a Itália é classificada como o quinto principal destino turístico do

mundo

Dados sobre o PIB Italiano

Anos 2001 2002 2003

USD/Bilhões 1.093 1.189 1.454

Crescimetno PIB - % 1,8 0,4 0,4 Fonte: Banco Central da Itália

Inflação

Taxa de inflação 2001 2002 2003 2004 (p)

% 2,8 2,5 2,7 1,9 Fonte: Banco Central da Itália - (p) Previsão

Desemprego

Anos 2001 2002 2003 2004 (p)

Taxa de desemprego % 9,5 9,0 8,9 9,0 Fonte: Banco Central da Itália - (p) Previsão 2004

Dados gerais

Produto interno bruto nominal: 1,836 trilhão de dólares

Produto interno bruto PPP: 1,694 trilhão de dólares

Produto nacional bruto: 1,724 bilhão de dólares

Renda per capita nominal: 31 874 dólares

Renda per capita PPP: 29 414 dólares

Moeda: Euro

Inflação: ~2.6%

Crescimento econômico anual: ~1,9%

Desemprego: 8,5%

Déficit da administração pública: 1,25%

Dívida nacional: ~62% do PIB nominal

Balança comercial: déficit de 1,3 bilhões de dólares

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Setor primário

A Itália, nos anos que antecederam a Segunda

Guerra Mundial - mais exatamente, os anos do

fascismo italiano - era um país agrário. A agricultura

empregava mais de 50% da força de trabalho do

país até a ascensão do fascismo - que promoveu a

industrialização da Itália. Em 1953, 8 anos após o

fim da guerra, apenas 30% da força de trabalho

trabalhava na agricultura. Atualmente, esta taxa é

de apenas 9,5%. Aproximadamente um milhão de

pessoas trabalha em fazendas.

Uma geografia acidentada, com relativamente

pouco terreno propício à prática da agricultura ou

da pecuária (relativo à população do país) fazem

com que a Itália seja uma importadora de

alimentos. Cerca de 40% da Itália é cultivável. A

maior parte das fazendas do país é pequena - a

área média de uma fazenda é de sete hectares,

com mais de 75% das fazendas italianas tendo

menos de cinco hectares de tamanho. A maior

parte das fazendas do país são os donos da

fazenda na qual eles trabalham. Os agricultores do norte do país conseguem se sustentar

muito bem, conseguindo obter dinheiro para melhorias, modernização e mecanização de

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suas fazendas, e, assim, compensar pela falta de mão-de-obra na região. Já os agricultores

do sul do país são pobres, em sua maioria. A maioria das grandes fazendas e latifúndios da

Itália localizam-se no sul do país. Estas fazendas utilizam-se primariamente de mão-de-obra

humana.

O norte da Itália produz primariamente grãos, arroz, soja e carne, enquanto o sul do

país produz primariamente frutas, vegetais, óleo de oliva, vinho e trigo. O país possui

quantidades expressivas de bovinos, ovinos, suínos e aviários, mas a quantidade de carne

produzida pela pecuária italiana é insuficiente para atender à demanda da população do

país. A maioria da carne do país é importada de outros países - especialmente a Argentina.

A pesca e a indústria madeireira empregam aproximadamente 150 mil pessoas.

No total, o setor primário da Itália emprega aproximadamente 1,18 milhões de

pessoas, e é responsável por 3% do PIB nacional.

Setor secundário

O setor secundário da Itália é

responsável por 25% do PIB italiano,

empregando aproximadamente 5 milhões de

pessoas. A Itália é um país altamente

industrializado. Porém, esta industrialização não

é uniforme no país. A maior parte - mais de 82%

- dos produtos industrializados na Itália são

fabricados no noroeste do país, em um triângulo

formado pelas cidades de Milão, Gênova e

Turim. O governo italiano tem tentado, desde o

final da década de 1950, estimular a

industrialização da região sul do país, tendo obtido, porém, pouco sucesso.

Muito dos produtos industrializados na Itália são exportados para outros países. A

principal indústria de manufaturação do país é a indústria têxtil: a Itália é uma das maiores

fabricantes de roupas e tecidos em geral do mundo. Outras importantes indústrias de

manufaturação na Itália são, em ordem decrescente de importância, produtos alimentícios,

derivados de petróleo e gás natural, maquinário industrial, equipamentos de transporte, e

produtos químicos. As maiores empresas do país são a ENI, uma empresa petrolífera; a

Fiat, empresa automobilística; e a Parmalat, que lida com produtos alimentícios. A indústria

de manufatura responde por 23,25% do PIB italiano, empregando 4,75 milhões de pessoas.

A mineração de recursos naturais na Itália é limitada, devido à ausência de grandes

quantidades de reservas naturais no país. A Itália depende de importações procedentes de

outros países para a fabricação de seus produtos industrializados. Algumas reservas

minerais expressivas - ferro, alumínio, carvão, granito e fosfato - estão localizadas ao sul do

país. O recurso natural mais importante da Itália é o gás natural. O país possui quantidades

razoáveis deste recurso no Vale do Rio Pó, que é transportado em gasodutos para o norte

do país. Reservas de petróleo são muito limitadas - o país possui pequenas reservas de

petróleo na Sicília - e é obrigada a importar este recurso natural para a geração de

eletricidade, A maior parte do petróleo italiano vêm da Líbia e do Irã. A mineração emprega

50 mil trabalhadores, e responde por 0,25% do PIB italiano.

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A maior parte da eletricidade no país é gerada em usinas termoelétricas, que

utiizam-se da queima de carvão para a geração de energia elétrica. Cerca de 25% da

eletricidade italiana é gerada em hidrelétricas, e aproximadamente um quinto da eletricidade

consumida no país é importada da Alemanha ou da França. A geração de eletricidade

responde por 1% do PIB italiano e emprega aproximadamente 200 mil pessoas.

A indústria de construção corresponde por 5% do PIB do país, e emprega

aproximadamente 1,5 milhões de pessoas.

Setor terciário

O setor terciário da Itália é responsável por cerca de 68%

do PIB da Itália. A maior fonte de renda terciária do país é

o turismo - a Itália é um pólo turístico conhecido

internacionalmente, e suas várias atrações e pontos de

interesse atraem milhões de turistas das mais variadas

parte do mundo anualmente. A Itália é o terceiro país mais

visitado por turistas estrangeiros, somente atrás da

Espanha e da França. O turismo é a principal fonte de

renda de várias cidades italianas como Roma, Nápoles e

Veneza. Se contarmos todos os restaurantes, hotéis e lojas e redes comerciais - todas

dependentes do turismo, em diferentes degraus de importância - o comércio corresponde

por 17% do PIB italiano, e empregando mais de quatro milhões de pessoas.

Serviços públicos e governamentais, tais como atividades militares e administração

pública, respondem por 19% do PIB da Itália, e emprega mais de 4,6 milhões de pessoas.

Já os serviços pessoais, comunitários e sociais correspondem por 10% do PIB do país,

empregando aproximadamente um milhão de pessoas. Esta última categoria inclui

estabelecimentos como pequenas empresas instituições de educação tais como escolas e

universidades, firmas de advocacia e centros hospitalares.

Moeda

Euro (EUR ou €) é a moeda comum para as nações que

pertencem à União Européia e que aderiram à zona Euro. As

moedas de euro têm dois lados diferentes; um lado comum,

europeu, mostrando o valor da moeda e um lado nacional,

mostrando um desenho escolhido pelo país membro da UE onde a

moeda foi cunhada. Cada país membro tem um ou vários desenhos

únicos a esse país.

As moedas de euro italianas possuem cada uma um

desenho único, mas referentes a um tema comum que visa honrar as obras de arte italianas

mais conhecidas. Cada moeda foi desenhada por um designer diferente, nomeadamente, da

moeda de 1 cêntimo à de 2 euros: Eugenio Driutti, Luciana De Simoni, Ettore Lorenzo

Frapiccini, Claudia Momoni, Maria Angela Cassol, Roberto Mauri, Laura Cretara e Maria

Carmela Colaneri. Todos os desenhos têm em comum as 12 estrelas do União do fundo de

quintal, o ano de distribuição e as letras sobrepostas "RI", de Repubblica Italiana (República

Italiana).

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Não há moedas italianas com data anterior a 2002, porque apesar de a sua

cunhagem ter começado antes, só foram distribuídas ao público em 2001

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Comércio Exterior

Relações comerciais com outros países

O maior parceiro da Itália é a União Européia - com quem a Itália faz cerca de 59%

de suas trocas comerciais - seguida pelos Estados Unidos da América. Os quatro maiores

parceiros comerciais da Itália são a Alemanha, a França, os Estados Unidos e os Países

Baixos. A percentagem de cada uma nas relações e trocas comerciais são de 19%, 13%,

9% e 6%, respectivamente. Outros parceiros comerciais importantes são a Argentina, o

Brasil, a Líbia e o Irã. A Itália é membro-fundadora da União Européia e do G8.

À parte da União Européia, os Estados Unidos são o maior parceiro comercial da

Itália. Em 2000, a balança comercial entre os Estados Unidos e a Itália foi de 39,9 bilhões de

dólares. O valor das exportações de produtos italianos aos Estados Unidos foi de 24,5

bilhões de dólares, enquanto que o valor das importações de produtos americanos à Itália

foi de 12,4 bilhões de dólares, gerando um ávit comercial de 12,1 bilhões de dólares à Itália,

nas relações comerciais Estados Unidos - Itália. Em 1999, os Estados Unidos investiram

cerca de 14,1 bilhões de dólares na Itália.

Balança comercial

Desde a década de 1980, a balança comercial (exportações - importações) da Itália

tem sido negativa, ou seja, o custo das importações tem sido maior que o dinheiro ganho

nas exportações. O maior responsável por este desbalanceamento é o petróleo - a Itália,

que se utiliza de grandes quantidades de petróleo para a geração de eletricidade, uso como

combustível e fabricação de plástico, produz apenas 6% do petróleo que consome. O déficit

da Itália na sua balança comercial é de 1,3 bilhões de dólares.

O turismo e o dinheiro gasto pelos turistas (na ordem dos bilhões de dólares) no

país equilibram positivamente esta balança comercial. Contando-se o turismo e somente o

dinheiro gasto pelos turistas (aproximadamente 50 bilhões de dólares, ou 2,7% do PIB

italiano), o ávit da balança comercial da Itália é de mais de 48 bilhões de dólares.

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A Itália por dentro

História

A história da Itália influenciou fortemente a cultura e

o desenvolvimento social, tanto na Europa como no resto do

mundo.

A população da Itália remonta aos tempos pré-

históricos, época da qual foram encontrados importantes

vestígios arqueológicos.

Entre os diversos povos da Antigüidade são dignos

de menção, em particular, os Lígures, os Vênetos e os

Celtas no norte, os latinos e os etruscos Samnitas no centro,

enquanto no sul prosperaram colônias Gregas (Magna

Grécia), e na Sardenha desde o segundo milênio a.C.

floresceu a antiga civilização dos Sardenhos.

Uma das mais importantes culturas antigas

desenvolvidas em solo italiano foi a Etrusca (a partir do

século VIII a.C.), que influenciou profundamente Roma e sua

civilização, na qual muitas tradições importantes de origem Mediterrânea e Eurasiática

encontraram a mais original e duradoura síntese política, econômica e cultural. Nascida na

Península Itálica, desde sempre terra de origem e de encontro entre diversos povos e

culturas, a civilização romana foi capaz de explorar as contribuições provenientes dos

etruscos e de outros povos itálicos, da Grécia e de outras regiões do Mediterrâneo Oriental

(Palestina - o berço do Cristianismo - Síria, Fenícia e Egito). Graças ao seu império, Roma

difundiu a cultura Heleno-romana pela Europa e pelo Norte de África que foram os limites de

sua civilização.

Após a queda do Império Romano do Ocidente, o território da península se dividiu

em vários estados, alguns independentes, alguns parte de estados maiores (inclusive fora

da península Itálica). O mais duradouro entre eles foram os Estados Pontifícios, que

resistiram até a tomada italiana de Roma em 1870 e que foi mais tarde reconstituído como o

Vaticano, no coração da capital italiana. Depois da queda do último imperador romano do

Ocidente, seguiu-se a o domínio dos Hérulos e, em seguida, dos Ostrogodos. A reanexação

da Itália ao Império Romano do Oriente realizado por Justiniano, em virtude das Guerras

Góticas, na metade do século VI d.C., foi curta, uma vez que, já entre 568 e 570, os

lombardos, povos germânicos provenientes da Hungria, ocuparam parte do país, mas

representaram uma formidável continuidade política e cultural e a garantia da prosperidade

econômica da península e de toda a Europa por muitos anos.

Depois a área sob domínio romano-bizantino foi sujeita a fragmentações territoriais,

mas conseguiu resistir até o final do século XI, enquanto os lombardos tiveram que se

submeter aos Francos comandados por Carlos Magno a partir da segunda metade do

século VIII. No ano 800, a Itália central tornou-se parte do Sacro Império Romano-

Germânico, embora pouco depois a Sicília tenha passado ao domínio árabe. O

desenvolvimento de cidades-estado (a partir do século XI) deu novo impulso à vida

econômica e cultural do norte e centro da Itália, enquanto no Sul, com a invasão normanda,

formou o Reino da Sicília um dos mais modernos, tolerantes e mais bem administrados da

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Europa naquela época. Dos municípios formaram-se as repúblicas marítimas e mais tarde,

as signorias.

Durante a época das cidades-estado começou o Humanismo e o Renascimento,

caracterizado por um grande renascimento das artes, que teve grande influência no resto da

Europa. A ocupação estrangeira e as diversas transformações dos estados que tinham se

formado continuaram até a primeira metade do século XIX, quando se desenvolveu,

influenciados pela Revolução Francesa e as Guerras Napoleônicas, uma série de

movimentos a favor da criação de uma Itália independente e unificada; este período é

chamado de Risorgimento.

A Itália contemporânea nasceu como um estado unitário,

quando em 17 de março de 1861, a maioria dos estados

da península e as duas principais ilhas foram unidas sob

o comando do Rei da Sardenha Vittorio Emanuele II da

casa de Sabóia. O arquiteto da unificação da Itália era o

primeiro-ministro da Sardenha, conde Camillo Benso de

Cavour, que apoiou (embora não reconhecendo

diretamente) Giuseppe Garibaldi, permitindo a anexação

do Reino das Duas Sicílias ao Reino da Sardenha-

Piemonte.

O processo de unificação teve a ajuda da França, que - juntamente com o Reino

Unido - tinha um interesse em criar um estado anti-Habsburgo comandado por uma dinastia

amiga (Sabóia) e capaz de impedir o surgimento de um estado republicano e democrático

na Itália (desejada por alguns "patriotas", como Mazzini e como já tinha acontecido em

parte, em Roma, Milão, Florença e Veneza durante o movimento revolucionário de 1848).

A primeira capital foi Turim, a antiga capital do Reino de Sardenha e ponto de

partida do processo de unificação da Itália. Depois da Convenção de setembro (1864), a

capital foi transferida para Florença.

Em 1866, a Itália adquiriu do Império Austríaco, o Vêneto, após a guerra, na qual a

Itália era aliada à Prússia de Bismarck. Na unificação, permaneceram excluídos a Córsega e

a região de Nice, cidade natal de Garibaldi, assim como Roma e os territórios vizinhos que

estavam sob o controle do Papa e protegido por Napoleão III. Graças à derrota da França

pelos Prussianos, após uma rápida ação militar em 20 de setembro de 1870, também fora

anexada Roma e proclamada a capital do reino. Mais tarde, com o Tratado de Latrão em

1929, o Papa obteve a soberania da Cidade do Vaticano. Outra entidade autônoma dentro

das fronteiras italianas é a República de San Marino.

Mas mesmo após a conquista de Roma em 1870, a Unificação da Itália ainda não

estava completa, pois faltavam ainda as chamadas "terras irredentas": O Trentino, Trieste, a

Ístria e a a Dalmácia que os nacionalistas clamavam como pertencentes à Itália. O Trentino,

Trieste, a Ístria e Fiume foram anexados depois dos tratados de paz, após a Primeira Guerra

Mundial, impostos pela França, Inglaterra e Estados Unidos aos Impérios Centrais,

perdedores da guerra.

Após a Primeira Guerra Mundial, instalou-se a ditadura fascista, que envolveu a

perda da liberdade política por mais de vinte anos e a desastrosa participação do país na

Segunda Guerra Mundial junto com a Alemanha. Após o fim da guerra, em 2 de junho de

1946, um referendo estabeleceu o abandono da monarquia como uma forma de governo e a

adoção de uma república parlamentar. No mesmo dia os cidadãos italianos foram

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convidados a votar para a eleição de uma Assembléia Constituinte, que em dezembro de

1946, começou a trabalhar na elaboração de uma Constituição. A nova Constituição entrou

em vigor em 1° de Janeiro de 1948.

A Itália é um membro fundador da OTAN e da União Européia, tendo criado junto

com Bélgica, França, Alemanha Ocidental, Luxemburgo, Países Baixos em 18 de abril de

1951 (através do Tratado de Paris), a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) e

tem participado de todos os principais tratados de unificação da Europa, incluindo a entrada

na zona do euro em 1999, quando substituiu a antiga lira italiana.

Geografia

A Itália é uma península do Sul da Europa, onde

predomina o clima temperado mediterrânico. É limitada a

norte pelos Alpes e ladeado a oeste pelo Mar Tirreno e a

este pelo Adriático. Itália é, além de por uma península,

constituída por várias ilhas, das quais a Sicília e a Sardenha

são as maiores. O território italiano tem uma superfície de

301.401 km², com um comprimento máximo de 1.300 km, e

uma largura de 600 km.

A Itália é vinte e oito vezes menor que o Brasil.

Correspondente ao território do estado do Rio Grande do

Sul. A Itália estende-se no centro do mar Mediterrâneo,

tendo ao sul e ao oeste duas grandes ilhas: a Sicilia e a

Sardenha. Ao norte da Sicília situa-se o arquipélago das

Eólicas, composto pelas pequenas ilhas vulcânicas de

Stromboli, Lipari, Vulcano, Alicudi, Filicudi, Salina e Panarea.

O país é delimitado ao norte pelos Alpes, que se estendem em amplo semicírculo

por cerca de 1.300 km, e compreendem as montanhas mais altas da Europa: o Monte

Branco (com seus 4.810 m), o Monte Rosa (4.638 m) e o Monte Cervino (4.478 m).

O país faz fronteira a noroeste com a França, a norte com a Suíça e a Áustria e a

nordeste com a Eslovênia.

No extremo ponto ocidental do arco alpino, começam os Apeninos que se

estendem ao longo da península por cerca de 1200 km, alcançando a altitude máxima no

Gran Sasso d'Italia (2.924 m).

Delimitada pelo arco alpino ao norte e pela parte setentrional dos Apeninos ao sul,

estende-se por 46.000 km² a Pianura Padana, a maior planície da Europa Meridional. Ela

deve seu nome ao maior rio italiano, o "Pó" (652 km), que percorre em todo o seu

comprimento. Outros rios importantes são o Adige (410 km), o Tevere (405 km) e o rio Arno

(224 km).

Numerosos são também os lagos; entre eles o de Garda (370 km²), o Maggiore

(212 km²), o de Como (148 km²) e o Trasimeno (128 km²).

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Relevo

A Itália possui um relevo variado. Tem altas

cordilheiras ao norte, com o ponto culminante, o Monte

Branco com 4810m. Possui montanhas altas ao longo

da península, com os Apeninos que formam o

esqueleto da Itália. Também possui planícies, como a

do Pó. Dois vulcões ativos existem no país: Etna e

Vesúvio.

Apeninos

Os Apeninos (italiano: Appennini) estendem-se por

1000 km do norte ao sul da Itália ao longo da costa

leste, formando a coluna dorsal do país. Deram seu

nome à Península Apenina, que forma a maior parte da Itália. As montanhas são verdes e

arborizadas, apesar de um lado do pico mais elevado, o Corno Grande (2912 m), ser

parcialmente coberto pela geleira mais meridional da Europa. As elevações mais a leste,

perto do Mar Adriático, são abruptas, enquanto que as do oeste formam uma planície onde

se localizam a maior parte das cidades históricas italianas.

Gran Sasso

Gran Sasso (italiano para pedra grande), é um maciço localizado na região de

Abruzzo da Itália central. Também é a peça central do parque nacional chamado Parco

Nazionale del Gran Sasso e Monti della Laga (estabelecido em 1991). A cidade mais

próxima é L'Aquila. O pico mais alto de Gran Sasso é Corno Grande, com 2.912 m de altura.

Planície do Rio Pó

É o maior rio italiano, passando por muitas cidades importantes, incluindo Turim, e

ainda nas proximidades de Milão – nesta última cidade o rio penetra em uma rede de canais

chamados navigli. Perto do fim do seu curso, o rio dá lugar a um grande delta, com centenas

de pequenos canais e cinco cursos fluviais principais, chamados Po di Maestra, Po della

Pila, Po e Gália Transpadana (a Norte do Pó); em italiano, o vale é chamado de Pianura

Padana.

Clima

O clima da Itália pode variar de região para região.

O norte italiano (Milão, Turim e Bolonha) tem um clima

Continental, quando abaixo de Florença apresenta o clima

Mediterrâneo. O clima das áreas litorâneas da Península é

muito diferente do interior, particularmente nos meses de

inverno. As áreas mais elevadas são frias, úmidas e

frequentemente recebem a precipitação de neve. As regiões

litorâneas têm um clima Mediterrâneo típico com invernos

suaves e verões quentes, geralmente secos. A região alpina

é marcada por um clima frio de montanha, com invernos rigorosos e verões um pouco

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menos frios. Stelvio, por exemplo possui médias de -12°C de inverno e 5°C de verão. Há

diferenças notável nas temperaturas, sobretudo durante o inverno: em certos dias em

Dezembro ou Janeiro pode-se nevar em Milão a -2°C, quando em Palermo ou Nápoles as

temperaturas então em +17°C. Certas manhãs Turim pode amanhecer com -10°C, quando

no mesmo tempo Roma se encontra com +6°C e Reggio Calabria +12°C. No verão a

diferença é mais clara, a costa leste não está tão úmida como a costa ocidental, mas no

inverno está geralmente mais fria. Nos meses de inverno os Apeninos recebem neve

regularmente.

A Itália é sujeita a condições altamente diversificadas no outono, inverno,

primavera, quando o verão é geralmente mais estável mesmo nas cidades do norte, como

Turim, Milão, Pavia, Verona ou Udine podem vir chuvas durante o dia. Já abaixo de

Florença o verão é tipicamente seco e ensolarado. Entre novembro e março o Vale do Rio

Pó é freqüentemente coberto pela neve, sobretudo a zona central (Pavia e Cremona). A

neve é algo completamente comum entre dezembro e fevereiro em cidades como Turim,

Milão e Bolonha, nos últimos invernos (2005 - 2006), Milão recebeu aproximadamente

70/80cm de neve, Como em torno de 1m, Pavia 50cm, Trento 1,60m, Vicenza em torno de

45cm, Bolonha em torno de 30cm e Piacenza ao redor de 80cm. Geralmente o mês mais

quente, é agosto no sul, e julho no norte, nesses meses os termômetros podem marcar

42°C no sul e 33°C no norte. O mês mais frio é janeiro, com médias no Vale do Rio Pó de

0°C, Florença 5°C/6°C, Roma 7°C/8°C. As temperaturas podem chegar na manhã a -14°C

no Vale do Rio Pó, -5°C/-6°C em Florença, -4°C em Roma, -2° em Nápoles e em Palermo

pode chegar a 1°C.

Hidrografia

Como o território italiano é estreito e comprido, os seus

rios não poderiam ser longos em função da posição das

cadeias de montanhas onde nascem, ou seja, são

relativamente curtos. O maior rio da Itália, que nasce no

monte Viso e desemboca no mar Adriático, é o Pó, com

643km. Na sua foz ele forma um delta de cinco braços. O

Adige, que nasce ao norte, perto do lago de Resia, é o

segundo em extensão, com 408km. O Brenta e o Piave

nascem nos Alpes e desembocam no mar Adriático. O

volume de águas desses rios alcança o máximo na

primavera, quando as neves das montanhas se derretem. Essa origem das águas e o solo

calcário da maior parte das regiões atravessadas pelos rios italianos propiciam que suas

águas sejam muito claras, favorecendo a formação de belas paisagens. Dos Apeninos,

correm para o mar Adriático, o Reno (220km), o Savio e o Rubicão. Outros rios caudalosos

são o Arno (241km), em cujas margens está Florença, e o Tibre (405km), que banha Roma.

Na Sicília destacam-se o Simeto e o Salso, e na Sardenha o Tirso. Turistas que percorrem a

Itália se surpreendem, muitas vezes, com o leito praticamente seco de muitos rios no

período do inverno, pois suas águas são desviadas para sistemas de abastecimento de

água das cidades e pequenos lagos na área rural, para utilização na agricultura.

Muitos lagos italianos, principalmente próximos aos Alpes na Lombardia, na região

norte, são grandes atrações turísticas, recebendo milhares de visitantes todos os anos,

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especialmente no verão. Destacam-se os lagos Garda (370km²), Maggiore (212km²), Como

(145km²), Lugano, Iseo. No sul da Itália há lagos que ocupam crateras de vulcões extintos

(Trasimeno, Bolsena, Vico e Bracciano). Esses lagos compõem belas paisagens, de forte

atração turística.

Vegetação

Quanto à vegetação, antes de tudo, deve-se evidenciar a quase nula ocorrência de

incêndio na região, e assim o Parque de Sulcis, em geral, é uma das reservas de bosques

mais preservadas da Sardenha. Prevalecem os bosques de azinheiro, sobreiro, as matas,

em particular érica e medronheiro. No subsolo, encontram-se o viburno, samambaias, como

a Asplenium onopteris L., o polipódio meridional, esplêndida florescência dos cíclames e

numerosas espécies de cogumelos. Nas clareiras ou nas margens dos bosques mais

frescos, se encontram freqüentemente cipós como a clematite Vitalba, conhecida como

dedaleira vermelha e espécies farmacêuticas como a erva-cavalinha maro ou erva-gata. Nas

regiões mais próximas aos torrentes, predominam as matas, tipo oleandro, os bosques de

salgueiro vermelho e os bosques de amieiro. Este último na região de Is Frociddus e Perdu

Melis, formando verdadeiros corredores de bosques, nos quais os mais freqüentes são o

salgueiro de Arrigoniosmunda regale e erica tirrenica. A vegetação muda de lugar para

lugar. No sul e centro predomina a vegetação mediterrânea, nas regiões mais altas do

Apeninos a vegetação de altitude e no norte as florestas temperadas (árvores de folhas

caducas).

Vulcões

A Itália possui um grande número de vulcões.

O vulcão Etna (foto) é o maior e mais ativo dos vulcões da

Europa. Este vulcão esta cheio de grandes achados

arqueológicos e de maravilhas vulcânicas. Está localizado na

Itália, ilha Sicília. E no rifte das placas tectónicas euro-

asiática e a placa de África. O seu nome vem do grego Aitne,

significa “que eu queimo”. Tem uma elevação de

aproximadamente 11,000 pés (3,350 metros), dependendo

das deformações da sua mais recente erupção.

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O Vesúvio é um vulcão do tipo composto, que expele material em fluxo intenso.

Localiza-se em Nápoles, atingindo uma altura de 1.281 metros. Antes da tragédia de

Pompéia em 79, o Vesúvio encontrava-se inativo havia 1500 anos. Só foram iniciadas

escavações na região em 1738. Elas revelaram ruas, paredes de edifícios e até pinturas

inteiras.Segundo Lacroix é designado “Vulcano-estromboliano” porque umas vezes existem

explosões com grande produção de cinzas e lava espessa (do tipo vulcaniano) e outras

eclodem com magma fluído, poucas cinzas, mas muitos gases explosivos, projectando

materiais sólidos (do tipo estromboliano). Segundo Scarth é Pliniano, porque a sua lava é

muito fragmentada e espalha-se por uma grande área, atingindo grande espessura (pode

exceder os 100 km3 de volume). A coluna de gases e cinzas pode ter alguns km de altura.

O Vesúvio é um vulcão misto, que se encontra em margens de placas destrutivas (margens

convergentes), geralmente associados a arcos insulares e a cadeias de montanhas litorais.

O magma, rico em sílica, tem essencialmente origem no material da própria placa. As lavas

produzidas são muito viscosas e solidificam rapidamente, formando um relevo vulcânico

com vertentes abruptas. Segundo outros autores o vulcão é considerado explosivo, mas

tendo em conta que, ao longo do seu período de actividade, ocorreram erupções alternadas,

é mais correcto designá-lo por misto.

Terremotos

Os fenômenos sísmicos constituem uma

característica do terreno italiano. São ligados

geralmente aos fenômenos dos vulcões. Todas as

regiões italianas não são sujeitam igualmente aos

movimentos sísmicos. A região alpina é a que

menos apresenta abalos sísmicos. São mais

freqüentes os terremotos desastrosos que

acontecem na zona do Apeninos. Entre terremotos

graves são recordados os de 1908, 1915, 1929,

1932, 1968, 1976, 1980, 1997 e 2002.

Ilhas

As ilhas da Itália apresentam interessantes sistemas

montanhosos. A Sicília representa na realidade uma

continuação dos Apeninos, além de possuir o único vulcão

ativo da Europa, o Etna, com 3400m. As erupções mais

violentas e com as maiores conseqüências para a população

produziram-se no ano de 1669, destruindo parte da Catânia, e

em 1928. Sardenha não conta com nenhum vulcão, porém tem

como característica o fato de que suas elevações procedem de um antigo maciço, o

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Tirrénido, que na maior parte encontra-se afundado. Os rios de ilhas são de caráter

torrencial e sofrem graves acréscimos no inverno, enquanto que no verão aparecem

totalmente secos. Sardenha e Elba também fazem parte das mais importantes ilhas

italianas.

Cultura Italiana

A Itália é um dos países que mais influência teve e tem na cultura

européia e mundial, em todas as áreas da arte e cultura. Enquanto

país, não existia antes da unificação das Cidades-Estado. A

unificação só se concluiu em 1870. Em função disto, muitas

tradições culturais que hoje reconhecemos como italianas são

mais associadas a regiões específicas do país.

A Itália é o local de nascimento de diversos movimentos artísticos

e intelectuais que se espalharam pela Europa e pelo mundo, como

o Renascimento e o Barroco. A contribuição italiana para a arte e

cultura surge das obras de Michelangelo, Leonardo da Vinci,

Donatello, Botticelli, Fra Angelico, Tintoretto, Caravaggio, Bernini,

Ticiano e Rafael, entre outros. Além da pintura, escultura e

arquitetura, as contribuições da Itália para a literatura, ciência e

música são indiscutíveis.

A base da moderna língua italiana foi estabelecida pelo poeta florentino Dante Alighieri, cuja

obra A Divina Comédia é considerada a mais importante do período medieval. Em italiano

escreveram Boccaccio, Castiglione e Pirandello, além dos poetas Tasso, Ariosto, Leopardi,

e Petrarca, cujo mais famoso estilo é o soneto, uma invenção italiana. Grandes filósofos são

Bruno, Ficino, Maquiavel, Vico, Gentile, e Eco.

Na atividade científica destacam-se os nomes de Galileu Galilei, Leonardo da Vinci,

Fermi, Cassini, Volta, Lagrange, Fibonacci e Marconi.

Da música popular à clássica, a expressão dos sons tem um papel importatíssimo

na cultura italiana. A Itália é o local onde nasceu a ópera, por Claudio Monteverdi.

Instrumentos inventados em Itália como o piano e violino permitem executar formas

artísticas como a sinfonia, concerto, e sonata. Alguns dos compositores italianos mais

célebres são Palestrina e Monteverdi, ambos da época da Renascença, os compositores do

Barroco Corelli e Vivaldi, os clássicos Paganini e Rossini, os românticos Verdi e Puccini e os

contemporâneos Berio e Nono.

O cinema italiano também exerceu decisiva influência com o movimento do

neorealismo, movimento nascido no país e que revelou grandes diretores como Roberto

Rossellini, Vittorio De Sica e Luchino Visconti. Outros diretores se incluem no panteão dos

maiores mestres da sétima arte, como Michelangelo Antonioni, Federico Fellini, Sergio

Leone, Pier Paolo Pasolini, Ettore Scola, Bernardo Bertolucci, Mario Monicelli, Dino Risi,

Marco Bellochio, e mais recentemente, Nanni Moretti. Todos eles, de estilos diversos e

fascinantes, possuem ao menos um ponto em comum: são alguns dos mais polêmicos,

criativos e mordazes investigadores e críticos da sociedade contemporânea, isso nas artes

em geral. Atores como Sophia Loren, Marcello Mastroianni, Vittorio Gassman, Anna

Magnani e Monica Vitti são alguns dos mais conhecidos de todos os tempos.

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A Itália em Números

Governo

Nome do País:

Forma convencional longa: República Italiana

Forma convencional curta: Itália

Executivo:

Chefe de Estado: Presidente Giorgio Napolitano

Líder de Governo: Primeiro Ministro Silvio Berlusconi

Legislativo: O Parlamento é composto pelo Senado (315 membros) e pela Câmara dos

Deputados (630 membros).

Judiciário: Corte Constitucional (composto por 15 juízes – 1/3 indicado pelo presidente; 1/3

eleito pelo Parlamento; 1/3 eleito pela Suprema Corte)

Representante diplomático no Brasil: Michele Valensise

Representante brasileiro na Itália: Adhemar Gabriel Bahadian

Tipo de governo: República

Capital: Roma

Independência: 17 de março de 1861 (proclamado Reino da Itália)

Feriado Nacional: Dia da República, 02 de junho (1946)

Sistema legal:

Baseado no sistema civil de leis; apelos tratados como novos julgamentos; revisões judiciais

sobre determinadas condições na Corte Constitucional; não aceita jurisdição compulsória da

Corte Internacional de Justiça

Direito a voto:

Acima de 18 anos; todos podem votar, exceto nas eleições do senado, onde o mínimo

exigido é de 25 anos.

Economia

Produto interno bruto nominal: 1,836 trilhão de dólares

Produto interno bruto PPP: 1,694 trilhão de dólares

Produto nacional bruto: 1,724 bilhão de dólares

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Renda per capita nominal: 31 874 dólares

Renda per capita PPP: 29 414 dólares

Moeda: Euro

Inflação: ~2.6%

Crescimento econômico anual: ~1,9%

Desemprego: 8,5%

Déficit da administração pública: 1,25%

Balança comercial: Déficit de 1,3 bilhões de dólares.

Produtos agrícolas: Frutas, vegetais, batatas, soja, peixe, nabo

Indústria:

Turismo, maquinário, ferro e aço, química, processamento de alimentos, têxtil, automotiva,

roupas, sapatos, cerâmicas

Comunicação

Telefones residenciais em uso: 26.89 milhões (2006)

Telefones celulares: 78.571 milhões (2006)

Estações de Rádios: AM – 100; FM – 4.600

Aparelhos de rádio: 50.5 milhões

Estações de Televisão: 358

Aparelhos de televisão: 30.3 milhões

Código do país na internet: .it

Usuários de internet: 32 milhões

Transportes

Aeroportos: 132

Aeroportos com vias pavimentadas: 101

Aeroportos com vias não-pavimentadas: 31

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Forças Militares

Divisões Militares:

Exército Italiano (Esercito Italiano, EI), Marinha Italiana (Marina Militare Italiana, MMI),

Aeronáutica Militar Italiana (Aeronautica Militare Italiana, AMI), Corporação Carabinieri

(Arma dei Carabinieri, CC)

Força Humana disponível:

Homens de 16 a 49 anos: 13.884.079

Mulheres de 16 a 49 anos: 13.158.378 (2008 est.)

Geografia

Localização:

Ao sul da Europa, prolonga-se para o mar Mediterrâneo, a nordeste da Tunísia

Coordenadas geográficas: 42 50 N, 12 50 L

Área: Total: 301,230 km2

Terra: 294,020 km2

Água: 7,210 km2

Obs: inclui Sardenha e Sicília

Fronteiras:

Áustria - 430 km, França - 488 km, Cidade do Vaticano - 3.2 km, San Marino - 39 km,

Eslovênia - 199 km, Suíça - 740 km.

Linha da costa: 7.600km

População: 58,145,320 (estimativa jul/08)

Faixas etárias:

0-14 anos: 13.6% (homem 4,086,951 / mulher 3,842,765)

15-64 anos: 66.3% (homem 19,534,247 / mulher 19,024,776)

65 anos ou mais: 20% (homem 4,864,189 / mulher 6,792,393) (2008 est.)

Média de idade: Geral 42.9 anos; Homens: 41.4 anos; Mulheres: 44.4 anos (2008 est.)

Taxa de nascimento: 8.36 nascimentos/1000 habitantes (2008 est.)

Taxa de mortalidade: 10.61 mortes/1.000 habitantes (2008 est.)

Taxa de mortalidade infantil: Total: 5.61 mortes/ 1.000 nascimentos

Homem: 6.19 mortes / 1.000 nascimentos

Mulher: 5 mortes / 1.000 nascimentos

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Expectativa de vida: Geral: 80.07 anos; Homens: 77.13 anos; Mulheres: 83.2 anos

Taxa de alfabetização: Acima de 15 anos sabem ler e escrever

Total da população: 98.4%

Homem: 98.8%

Mulher: 98% (censo de 2001)

Gastos com Educação: 4,5% do PIB (2005)

Acordo internacional do meio ambiente:

Participa de: Protocolo de Kyoto – Mudança Climática, Antártida-Protocolo Ambiental,

Recursos Vivos Marinhos-Antártida, Antártico Selos, Tratado Antártico, Espécies

ameaçadas, Proteção da camada de Ozônio.

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Curiosidades

Itália: cidade proíbe construção de castelos de areia

Com maior poder e autonomia para garantir a segurança pública em

suas cidades, os prefeitos italianos deram asas à imaginação

aprovando normas polêmicas como a proibição de construir castelos

de areia na praia, se beijar dentro de automóveis e andar de

tamancos.

Algumas leis que entraram em vigor em agosto, pleno verão europeu,

causaram surpresa e irritação nos italianos.

Em determinadas cidades, fica proibido circular com garrafas de vinho

ou latas de cerveja na mão, andar sem camisa, soltar fogos de

artifício em festas privadas - exceto aos sábados entre as 20h30 às 23h - e cortar grama nos

finais de semana.

Nas turísticas Positano e Capri, usar tamancos pode dar multa de 50 euros (cerca de R$

120), por causa do barulho que fazem. Circular em grupos de mais de duas pessoas nos

parques públicos de Novara, no norte do país, depois das 23h30 pode dar até 500 euros de

multa (cerca de R$ 1,2 mil).

A mesma cifra pode ser cobrada de um casal que se beijar no carro na cidade de Eboli, no

sul da Itália.

Autonomia

A onda de legislações bizarras se explica pelo maior poder aos prefeitos concedido

pelo pacote de leis sobre segurança pública aprovada pelo governo de Silvio Berlusconi e

em vigor desde o final de julho.

De acordo com a nova legislação, os mandatários municipais são encarregados de

vigiar "tudo o que possa interessar à segurança e à ordem pública".

A medida está sendo vista como uma contradição do governo Berlusconi, que

também instituiu um Ministério especialmente para eliminar leis desnecessárias e agilizar a

burocracia italiana.

Em poucas semanas, os prefeitos exercitaram sua criatividade, conforme foi

sugerido a eles pelo ministro do interior, Roberto Maroni.

Em Veneza e Assis, terra natal de São Francisco, é proibido pedir esmolas. Em

Verona, os clientes de prostitutas podem ser multados em 500 euros, cerca de R$ 1,2 mil

reais.

Flanelinhas, além de multados em cerca de R$ 120, também têm o dinheiro ganho

apreendido pela policia.

Estão proibidas em toda a Itália as massagens profissionais nas praias. Os

massagistas podem levar multa de ate R$ 1 mil euros (cerca de R$ 2,5 mil) e o tradicional

top less, muito apreciado pelas italianas, é vetado no litoral de Ravenna.

O prefeito da cidade de Verona, Flavio Tosi, um dos mais ativos na promulgação de

normas para garantir segurança e a "compostura", multa também quem for pego andando

sem camisa ou comendo e bebendo perto de monumentos.

"É uma legislação em prol da compostura. É o povo que pede estas medidas",

disse Flavio Tosi, do partido conservador e separatista Liga Norte, ao jornal La Repubblica.

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Ele reivindica mais poder "para colocar na cadeia, por 24 horas, vândalos, bêbados

e quem cria confusão". Segundo Tosi, medidas do gênero são tomadas também por

prefeitos da esquerda.

Confusão

Como mudam de cidade para cidade, as medidas impostas pelos prefeitos geram

confusão nos italianos e nos milhões de turistas que freqüentam o país.

Em Gênova, por exemplo, é vetado circular pelas ruas com garrafas de vinho ou

latas de cerveja na mão.

Em Eraclea, perto de Veneza, o prefeito decretou que é proibido fazer castelos de

areia na praia. Quem colher conchas e levar areia para casa pode pegar multa de 25 a 250

euros (R$ 75 a R$ 750).

O problema de leis diferentes nas diversas cidades chamou a atenção de alguns

prefeitos, que sugerem a adoção de legislações semelhantes.

"É necessário tornar mais uniformes as normas aprovadas pelas várias cidades",

admitiu o prefeito de Roma, Gianni Alemanno ao jornal La Repubblica.

Sorte ou Azar

Uma lei criada na Itália proíbe que homens peguem em suas partes íntimas em

locais públicos por ser “um ato contrário à decência pública”. O problema é que o ato, para

os italianos, é considerado uma superstição para atrair a sorte.

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Bibliografia

Fontes: - MRE - Ministério das Relações Exteriores - MDIC - Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio - Embaixada Brasileira na Itália - Embaixada Italiana no Brasil Fontes oficiais italianas: - Banco Central da Itália - Câmara de Comércio Brasil-Itália - Instituto Italiano de Comércio Exterior Outras fontes oficiais internacionais: - Fundo Monetário Internacional - Agência Central de Inteligência Americana Internet – Sites: www.mre.gov.br – Ministério das Relações Exteriores www.mdic.gov.br - Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio www.ambasciatadelbrasile.it - Embaixada Brasileira na Itália www.ambbrasilia.esteri.it/ - Embaixada Italiana no Brasil www.cia.gov/ - Central Intelligence Agency www.italia.gov.it – Portal do Cidadão Italiano www.governo.it/ - Governo Italiano www.ferroviedellostato.it/ - Ferrovia do Estado da Itália http://trenitalia.it/ - Trenitalia, Grupo Ferroviário da Itália www.ice.it/ www.italtrade.com/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Italia