População de rua e a Copa do Mundo de 2014

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POPULAÇÃO DE RUA E A COPA 2014 Mas de Cem milhões de pessoas vivem nas ruas em todo mundo

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Apresentação feita em 17/06/2013 por Robson Mendonça à Câmara Municipal de São Paulo.

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POPULAÇÃO DE RUA E A COPA 2014

Mas de Cem milhões de pessoas vivem nas ruas em todo mundo

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A primeira tentativa de abrigar moradores de rua aconteceu na Inglaterra, no século XVI. O ato de morar na rua é um

fenômeno mundial.

De acordo com a ONU, existem cerca de mais de cem milhões de pessoas vivendo nas ruas das grandes cidades

do planeta. Trabalhadores, mas desempregados: essa é uma das realidades do morador de rua da grande São

Paulo, a maior cidade do país.

E numa metrópole, que acolhe brasileiros de todo o país e também estrangeiros, a realidade de suas ruas não é

diferente das demais cidades do país.

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CRIANÇAS E ADOLESCENTES QUE SÃO REFÉNS DOS TRAFICANTES POR ABANDONO DOS GAVERNANTES EM NOME

DO ECA “ESTATUTO DA CRIANÇA E ADOLESCENTES”.

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O Retrato do Brasil que “NÃO QUEREMOS”.

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“O Brasil precisa ser reavaliado constantemente, pois aqui é nossa casa, nosso pequeno mundo. Para

vivermos melhor, necessitamos de uma compreensão dos nossos fatos e de uma reação por parte do nosso

povo”. DALMO DALLARI, um dos mais brilhantes juristas brasileiros, autor de diversos livros,

colaborador da Constituinte de 1988

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Violência SocialViolência contra a pessoa humana é tudo aquilo que atenta contra

a integridade física ou psíquica da pessoa ou contra a sua dignidade. Normalmente o que vai para as manchetes de jornais é

a violência física, de um indivíduo contra outro e em situações isoladas.

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Como isto é que tem mais realce, é disto que se fala mais. É muito comum que as pessoas, quando falam sobre violência, ou querem

alguma coisa contra ela, pensem imediatamente numa ação policial: "é preciso mais polícia para acabar com a violência; é

preciso que a polícia seja mais violenta para acabar com a violência."

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É preciso se dar conta da outra espécie de violência: a violência que eu chamaria de institucional, que é decorrente de uma ordem social injusta ou

da existência de governos injustos. São duas coisas que comumente se conjugam: a ordem injusta e o governo injusto. E isto significa uma violência

profunda, ampla, que, em grande parte, é a causa da primeira violência.

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Ordem Social e jurídica injustaComeçaria mencionando algumas situações de violência,

começando pela referência a uma ordem social e jurídica injusta. Estou plenamente consciente de que em termos jurídicos nós

estamos vivendo um momento revolucionário no mundo, no fim de um ciclo histórico.

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Direitos negadosA questão da previdência, por exemplo, é chocante

pelos efeitos sociais. Deve ser vista por dois ângulos: há uma brutal sonegação de contribuição à

previdência, há um número enorme de empresas que descontam do empregado e ficam com o dinheiro. Por que não se fiscaliza, se corrige, com rigor? No outro lado, trata-se o aposentado como um criminoso. Isto tudo é feito com base na lei. Ainda indo adiante nisto, temos a questão da propriedade. A Propriedade, no

Brasil, tem sido mais um privilégio do que um direito. Quantos brasileiros não têm, sequer, a hipótese de

sonhar com sua casa própria? No entanto, nós sabemos que todos os seres humanos necessitam de

uma casa.

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"Lei do mercado é quando eu vou ganhar, não importa a pessoa humana. Então, uma política baseada nas leis do mercado fatalmente é uma política

injusta."

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Governo InjustoVoltando à questão das violências impostas pelo governo injusto, enfatizo a opção política do governo pelos objetivos econômicos e financeiros, com absoluto desprezo pelo aspecto humano. Não importa se é justo ou injusto. Importa se produz dinheiro, se atrai

investimento, capitais. Se isto vai gerar desemprego, injustiça, nem se discute.

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Quem são os responsáveisSão todos os que promovem as injustiças sociais e se beneficiam

delas, a começar pela sociedade capitalista, que manda e desmanda no país. Ela governa como presidente absoluta. Ela

executa as políticas econômicas e financeiras que estão atreladas ao EU QUERO MAIS. O comércio não tem uma política social.

Tudo é estabelecido visando a resultados financeiros e comprometendo a área social.

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O Congresso é omisso porque não faz leis. As medidas provisórias

vigoram por vários anos, alternando apenas um parágrafo,

mensalmente. Em terceiro lugar, os culpados são os juízes e Tribunais

Superiores, pois infelizmente existem juízes que abrem mão da legalidade e aceitam a razão do

Estado.

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ParticipaçãoAs violências sociais não são necessárias

para o Brasil. Esta é a grande conclusão. Foi uma opção que os governos fizeram. O

Brasil não necessita rastejar; temos todas as potencialidades para progredir.

Precisamos tomar consciência e reagir a isto. O povo tem que ser sujeito de sua própria história e os governos devem

respeitar o povo. Somente assim criaremos possibilidades para conquistar a paz.

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UM PAÍS QUE NÃO INVESTE NA CULTURA DO SEU POVO É UM PAIS MISERAVEL E INJUSTO, ONDE AS CRIANÇAS E

ADOLESCENTES QUE VIVEM NAS RUA SERÃO OS MORADORES DE RUA QUE NÃO TEM DIREITO A CULTURA.

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“QUANDO O SONHO É TÃO GRANDE A

REALIDADE APRENDE”

Valter Hugo Mãe.