População_Estatísticas Demográficas 2014.2015

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Desde 1960 a população evoluiu de forma irregular refletindo o comportamento das

variáveis de que depende: natalidade, mortalidade (saldo natural), imigração e

emigração (saldo migratório). Desde 2010, houve um decréscimo de cerca de 145

mil pessoas devido a, ambos os saldos, serem negativos: saldo natural de – 47 505

pessoas e saldo migratório de – 97 915 pessoas.

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De 1941 a 2012, a taxa de crescimento

migratório sofreu grandes oscilações que se

refletiram no crescimento populacional.

À exceção dos períodos entre 1941/50 e

1981/83 nos quais houve predomínio do

crescimento natural, nos restantes anos foi

notória a influência do saldo migratório.

Taxas de crescimento natural, migratório e

efetivo (%), Portugal, 1941 - 2012

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1960/70: emigração para a Europa e fuga ao serviço militar

(emigração legal e clandestina)

1974/76: imigração de África (Movimento dos Retornados)

(processo de descolonização)

1981/91: novos fluxos de emigração

(incremento da emigração temporária, quebra da emigração

definitiva)

1991/01: aumento da imigração

(queda do Muro de Berlim e colapso da URSS; investimentos

portugueses em infraestruturas: atração de estrangeiros do Leste

Europeu, dos PALOP e do Brasil)

2001/11: redução do saldo migratório de 0,65%, em 2000,

para 0,04% em 2010

(crise económica mundial, europeia e nacional; desemprego;

incremento de emigração definitiva e menor imigração)

2011/12: taxas de crescimento migratório negativas

(permanência da crise económica).

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Como tem evoluído a taxa bruta de natalidade desde 1960?

1960 – 24‰ 2012 - 7,8‰

A um ritmo irregular, verifica-se um decréscimo acentuado

da taxa de natalidade.

Apesar do seu valor ser inferior a 8‰, a tendência parece

apontar para que desça ainda mais.

Fonte – INE e PORDATA

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Como tem evoluído a taxa bruta de mortalidade e a taxa de

mortalidade infantil desde 1960?

TMI

TBM

1960 – 9,1‰ 2012 - 9 ‰

Ao longo dos últimos 52 anos a taxa bruta de mortalidade

manteve-se estável, com pequenas oscilações.

Já a TMI registou uma evolução excecional, de 77‰ para 3‰

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População portuguesa: variação relativa (1950-2011)

Fonte – Censos da população, INE 8

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Causas da variação intercensitária (1960-2011)

1960/1970: -2,6%

Surto emigratório para os países da Europa Ocidental em reconstrução

Mobilização militar para combater os movimentos de guerrilha nas ex-colónias

Reforço da emigração clandestina

Diminuição real ou efetiva da população -2,6%

Perdas mais acentuadas nos distritos do Interior

Despovoamento de aldeias do Interior do país

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Consequências

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1970/1981: 13,5%

Subida acentuada do preço do petróleo

Revolução dos cravos, 25 de abril de 1974

Independência das ex-colónias (de África a Timor)

Crise económica do sistema capitalista

Regresso de emigrantes da Europa

Regresso dos militares das ex-colónias

Movimento dos retornados das ex-colónias

Aumento acentuado da população efetiva +13,5%

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1981/1991: 0,34%

Continuação da tendência decrescente das taxas de crescimento natural

Aumento da emigração temporária

Quebra da emigração definitiva

Aumento da imigração oriunda, principalmente, de África (ex-colónias)

Crescimento real positivo particularmente em distritos do litoral: Lisboa, Setúbal, Porto, Faro.

Aumento significativo do saldo migratório (I>E)

Desaceleração do crescimento efetivo +0,34%

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1991/2001: 4,95%

Aumento da imigração, particularmente, dos países do Leste Europeu (fim dos regimes socialistas, na URSS, desde 1917, e dos países do Leste Europeu sujeitos ao regime soviético depois de 1945),

do Brasil e das ex-colónias.

Decréscimo do crescimento natural devido á descida continuada da taxa de natalidade

Agravamento da tendência para o envelhecimento da população

Acentuação dos contrastes demográficos regionais: litoral povoado – interior despovoado

Ligeiro crescimento efetivo +4,95%12

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2001/2011: 1,98%

Crise económica internacional com reflexos na Zona Euro

Decréscimo do número de imigrantes

Aumento significativo da emigração definitiva

Saldos naturais negativos

Saldos migratórios negativos

Incapacidade de renovação das gerações

Forte envelhecimento

Tendência acentuada de perda real da população absoluta

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2010

2030 2060

2050

Estrutura etária da população

portuguesa, 2010 a 2060

De população adulta em 2010, Portugal

evoluiu no sentido de uma verdadeira

inversão da sua pirâmide etária.

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Fonte - INE

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O que dizem as estatísticas mais recentes

O número de nados vivos e o de óbitos desceram de 2012 para 2013

O índice sintético de fecundidade foi de 1,21 filhos (1,28 em 2012)

O número de emigrantes permanentes (53 786) ultrapassou, em 2013, o de imigrantes permanentes (17 554).

Saldos naturais e migratórios negativos contribuem para o agravamento da tendência de envelhecimento demográfico, da redução do peso relativo da população jovem e da população em idade ativa e do aumento da proporção de pessoas idosas.

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2012 2013

Nascimentos 89 841 82 787

Óbitos 107 612 106 543

População 10 487 289 10 427 301

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População residente (Nº), Portugal, 2008-2013

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Entre 2008 e 2010, a população manteve-se praticamente

estável (0,09%).

De 2010 até 2013, a diminuição do número de habitantes é

cada vez mais acentuada (-1,38%).

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Variação populacional e suas componentes (Nº), 2008-2013

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De 2008 a 2010 o saldo migratório compensava o saldo

natural negativo. A partir de 2010, ambos os saldos são

negativos. Portugal perde população!

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Nados-vivos (Nº) e Índice sintético de fecundidade (Nº), Portugal, 2008-2013

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A incapacidade de renovação das gerações agrava-se de

ano para ano.

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Óbitos (Nº) e Taxa de mortalidade (‰), Portugal, 2008-2013

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Esperança de vida à nascença (anos), Portugal, 2006-2008 a 2011-2013

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Para além da redução da natalidade, a esperança de vida à

nascença contribui significativamente para o envelhecimento .

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Saldo migratório e suas componentes (Nº), Portugal, 2008-2013

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Reflexo da crise económica recente, Portugal tornou-se um

país pouco atrativo: a emigração aumentou; a imigração

baixou. Ambas, indiciam uma estagnação em 2012 e 2013.

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Estrutura etária da população portuguesa, 2010

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Estrutura etária da população portuguesa, 2060

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