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Fundação Cesgranrio: Prova Comentada Curso: Português p/ IBGE (Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas) Professor: Fabiano Sales

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Fundação Cesgranrio: Prova Comentada

Curso: Português p/ IBGE (Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas)

Professor: Fabiano Sales

Língua Portuguesa para IBGE Teoria e questões comentadas

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AULA 08 Vitoriosos alunos, este é nosso último encontro preparatório para

o INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE).

Nesta aula, apresentarei os comentários à prova de

Técnico Administrativo do BNDES, elaborada pela Fundação

CESGRANRIO.

Optei por comentar esta prova porque o corpo de questões reúne

os principais pontos cobrados pela banca, a saber: compreensão e

interpretação de textos, semântica, significação contextual de palavras e

expressões, emprego das classes de palavras, reescritura de frases e

de trechos do texto, valor semântico dos conectivos, vozes verbais,

flexão nominal, funções sintáticas, sintaxe de concordância, pontuação

e sintaxe de regência.

No decorrer da resolução das questões, vocês poderão reforçar

tudo o que aprendemos durante as aulas teóricas de Língua

Portuguesa. Caso surjam dúvidas, estarei à disposição no fórum.

Inicialmente, elencarei apenas o enunciado das questões, a fim de

que seja simulado o dia da prova. Ao final, apresentarei os comentários

e os respectivos gabaritos.

“Algo só é impossível até que alguém duvide e acabe provando o

contrário".

(Albert Einstein)

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TÉCNICO ADMINISTRATIVO - BNDES

LÍNGUA PORTUGUESA

Sonhos, ousadia e ação

Albert Einstein (1879-1955), físico alemão famoso por desenvolver a Teoria da

Relatividade, mencionou, durante sua vida, várias frases famosas. Uma delas é: “Nunca penso no futuro. Ele chega rápido demais”. Para um gênio como Einstein que vivia muito à frente de sua época, tal frase poderia ter certo sentido. Mas também deixa claro que sua preocupação era agir no presente, no hoje, e as consequências dessas ações seriam repercutidas no futuro.

Ainda utilizando frases do físico, mais uma vez ele quebra um paradigma quando cita: “A imaginação é mais importante do que o conhecimento”. Os céticos podem insistir em afirmar que o mais importante é adquirir conhecimento. No entanto, sem a criatividade nascida de uma boa imaginação, de nada adianta possuir conhecimento se você não tem curiosidade em ir além.

O conhecimento é muito importante para validar a criatividade e colocá-la em prática, mas antes de qualquer ação existiu a imaginação, um sonho que aliado ao conhecimento e habilidades pode transformar-se em algo concreto. Já a imaginação criativa, sem ações, permanece apenas como um sonho.

Ainda à frente de sua época e indiretamente colaborando para os dias atuais, Einstein mais uma vez apresenta uma citação interessante: “no meio de qualquer dificuldade encontra-se a oportunidade”. Ou seja, mesmo em meio a uma crise, podemos encontrar oportunidades. Oportunidades aos empreendedores, aos inovadores, às pessoas e empresas que tiverem atitude e criatividade, que saiam da mesmice, que não se apeguem a fatos já conhecidos, mas busquem o novo, o desconhecido.

Como profissionais, precisamos ser flexíveis e multifuncionais. Devemos deixar de nos conformarmos em saber executar apenas uma atividade e conhecer várias outras, nas quais com interesse e dedicação podemos ser diferenciados. Já as organizações devem encontrar, em uma nova realidade, novos usos de produtos e boas oportunidades para os mercados que passaram a existir.

E para fechar este artigo com chave de ouro, cito outra sábia frase de Einstein: “Algo só é impossível até que alguém duvide e acabe provando o contrário”. Acredite, tudo é possível desde que seja dado o primeiro passo. Você pode realizar seus sonhos se tiver confiança e lutar por eles. Poderá encontrar novas oportunidades desde que olhe “fora da caixa” e seja o primeiro a descobrir uma chance que ninguém está conseguindo ver.

Para se chegar a uma longa distância é preciso, antes de tudo, dar o primeiro passo. Parecia impossível o homem voar e ir à lua. Quem imaginou, 30 anos atrás, que poderíamos acessar milhares de informações em milésimos de segundos através da Internet? Mas para estas perguntas, por mais óbvias que sejam as soluções, faço das palavras de Einstein minha resposta: alguém que duvidou e provou o contrário. CAMPOS, Wagner. Disponível em: <http://tbc.rosier.com.br/oktiva.net/2163/nota/158049>. Acesso em: 02 jul 2010. (adaptado) 1. A passagem destacada, no contexto em que se insere, NÃO corresponde, semanticamente, à característica a ela atribuída em (A) “...que tiverem atitude...”: ação. (B) “...que saiam da mesmice,”: sonho. (C) “...mas busquem o novo,”: ousadia. (D) “...saber executar apenas uma atividade...”: multifuncionalidade. (E) “...conhecer várias outras”: flexibilidade.

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2. Em “nas quais com interesse e dedicação podemos ser diferenciados”, o vocábulo destacado pode ser substituído, sem alteração de sentido, por (A) indiscriminados. (B) inatingíveis. (C) preteridos. (D) disseminados. (E) destacados. 3. Em “Ou seja, mesmo em meio a uma crise, podemos encontrar oportunidades”, o conector destacado introduz uma (A) explicação. (B) retificação. (C) conclusão. (D) consequência. (E) exemplificação. 4. NÃO há correspondência entre o parágrafo e a abordagem nele contida em (A) 1o parágrafo: especificação quanto ao momento da ação. (B) 3o parágrafo: o grau de importância do conhecimento numa escala de valores. (C) 4o parágrafo: a possibilidade de êxito condicionada a experiências passadas. (D) 5o parágrafo: a necessidade de constante atualização. (E) 6o parágrafo: o valor da determinação e do arrojo para a consecução de um objetivo. 5. A expressão “...olhe ‘fora da caixa’...”, no contexto em que se insere, significa (A) procure sonhar. (B) tenha conhecimento. (C) aja com parcimônia. (D) amplie sua visão. (E) meça as consequências. 6. De acordo com as ideias do texto, é INCORRETO afirmar que a(o) (A) criatividade se alicerça no conhecimento. (B) criatividade procede da imaginação. (C) criatividade está relacionada ao sonho e à ação. (D) sonho se configura como início da ação. (E) conhecimento é importante para a ação. 7. “Já as organizações devem encontrar, em uma nova realidade, novos usos de produtos e boas oportunidades para os mercados que passaram a existir.” Reescrevendo o período acima, o sentido se mantém inalterado em (A) As organizações devem encontrar, já, para os mercados que passaram a existir em uma nova realidade, novos usos de produtos e boas oportunidades. (B) Já as organizações devem, em uma nova realidade, encontrar, para os mercados que passaram a existir, novos usos de produtos e boas oportunidades. (C) Logo, devem encontrar as organizações novos usos de produtos e boas oportunidades para os mercados que, em uma nova realidade, passaram a existir.

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(D) Porém novos usos de produtos e boas oportunidades nas organizações devem ser encontrados para os mercados que passaram a existir em uma nova realidade. (E) As organizações devem, já em uma nova realidade, encontrar novos usos de produtos para os mercados que passaram a existir e boas oportunidades. 8. Transpondo-se a oração “no meio de qualquer dificuldade encontra-se a oportunidade.” da voz passiva pronominal para a passiva analítica, a forma verbal equivalente, semântica e gramaticalmente, à destacada é (A) havia sido encontrada. (B) é encontrada. (C) terá encontrado. (D) encontra. (E) teria sido encontrada. 9. Em “No entanto, sem a criatividade nascida de uma boa imaginação”, na linha argumentativa do texto, o conector destacado introduz um enunciado que, em relação ao anterior, se configura como (A) adição. (B) alternância. (C) condição. (D) oposição. (E) consequência. 10. A palavra destacada em “Algo só é impossível...” pode ser substituída, sem alterar o sentido, por (A) então. (B) também. (C) apenas. (D) até. (E) ainda. 11. Em “A imaginação é mais importante do que o conhecimento”, o vocábulo destacado só apresenta uma forma de plural. Dentre os substantivos listados abaixo, aquele que também só apresenta uma forma de plural é (A) cidadão. (B) corrimão. (C) vulcão. (D) refrão. (E) guardião. 12. O pronome relativo que difere dos demais, nos trechos listados abaixo, quanto à função sintática, é (A) “...que aliado ao conhecimento e habilidades pode transformar-se...” (B) “...que tiverem atitude e criatividade,” (C) “...que passaram a existir.” (D) “...que ninguém está conseguindo ver.” (E) “...que duvidou e provou o contrário.”

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13. Em que frase, dentre as apresentadas abaixo, o(s) sinal(is) de pontuação está(ão) em DESACORDO com o registro culto e formal da língua? (A) Esperava por novas oportunidades, mas, se não desse o primeiro passo, seu objetivo não seria alcançado. (B) As frases famosas do físico alemão, despertaram o interesse do conferencista, e do público presente. (C) Quem, até então, diria que suas ações fossem causar tamanho impacto? (D) Por iniciativa própria, resolveu, finalmente, descobrir alternativas que solucionassem o impasse. (E) Hoje, para se chegar ao sucesso, é preciso enxergar o que os outros não veem. 14. Em relação à regência nominal ou verbal, qual a frase em que NÃO se emprega o pronome relativo precedido de preposição? (A) O físico ______ frase sempre me recordo quebrou paradigmas com sua nova forma de pensar. (B) A conferência ______ assistimos marcou o início de uma nova etapa em nossa vida. (C) Era impossível aceitar as provocações ______ foram submetidos durante o discurso. (D) As provações ________ estamos expostos são importantes para descobrirmos novas oportunidades. (E) Os obstáculos _______ transpusemos ao longo da vida profissional nos ajudaram a atingirmos o sucesso. 15. Há uma transgressão ao registro culto e formal da língua, quanto à concordância verbal e nominal em qual das frases abaixo? (A) Faz anos que procuramos descobrir a razão de tamanha preocupação com o futuro. (B) É preciso que se busque o novo haja vista o mercado que passou a existir. (C) Em meio a uma crise, ela mesma conseguiu reunir esforços para superar esse momento. (D) Os céticos discordam, mas pode haver sonhos passíveis de realização se lutarmos por eles. (E) Não se tratam de respostas para questionamentos de difíceis soluções.

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COMENTÁRIOS À PROVA

Sonhos, ousadia e ação

Albert Einstein (1879-1955), físico alemão famoso por desenvolver a Teoria da

Relatividade, mencionou, durante sua vida, várias frases famosas. Uma delas é: “Nunca penso no futuro. Ele chega rápido demais”. Para um gênio como Einstein que vivia muito à frente de sua época, tal frase poderia ter certo sentido. Mas também deixa claro que sua preocupação era agir no presente, no hoje, e as consequências dessas ações seriam repercutidas no futuro.

Ainda utilizando frases do físico, mais uma vez ele quebra um paradigma quando cita: “A imaginação é mais importante do que o conhecimento”. Os céticos podem insistir em afirmar que o mais importante é adquirir conhecimento. No entanto, sem a criatividade nascida de uma boa imaginação, de nada adianta possuir conhecimento se você não tem curiosidade em ir além.

O conhecimento é muito importante para validar a criatividade e colocá-la em prática, mas antes de qualquer ação existiu a imaginação, um sonho que aliado ao conhecimento e habilidades pode transformar-se em algo concreto. Já a imaginação criativa, sem ações, permanece apenas como um sonho.

Ainda à frente de sua época e indiretamente colaborando para os dias atuais, Einstein mais uma vez apresenta uma citação interessante: “no meio de qualquer dificuldade encontra-se a oportunidade”. Ou seja, mesmo em meio a uma crise, podemos encontrar oportunidades. Oportunidades aos empreendedores, aos inovadores, às pessoas e empresas que tiverem atitude e criatividade, que saiam da mesmice, que não se apeguem a fatos já conhecidos, mas busquem o novo, o desconhecido.

Como profissionais, precisamos ser flexíveis e multifuncionais. Devemos deixar de nos conformarmos em saber executar apenas uma atividade e conhecer várias outras, nas quais com interesse e dedicação podemos ser diferenciados. Já as organizações devem encontrar, em uma nova realidade, novos usos de produtos e boas oportunidades para os mercados que passaram a existir.

E para fechar este artigo com chave de ouro, cito outra sábia frase de Einstein: “Algo só é impossível até que alguém duvide e acabe provando o contrário”. Acredite, tudo é possível desde que seja dado o primeiro passo. Você pode realizar seus sonhos se tiver confiança e lutar por eles. Poderá encontrar novas oportunidades desde que olhe “fora da caixa” e seja o primeiro a descobrir uma chance que ninguém está conseguindo ver.

Para se chegar a uma longa distância é preciso, antes de tudo, dar o primeiro passo. Parecia impossível o homem voar e ir à lua. Quem imaginou, 30 anos atrás, que poderíamos acessar milhares de informações em milésimos de segundos através da Internet? Mas para estas perguntas, por mais óbvias que sejam as soluções, faço das palavras de Einstein minha resposta: alguém que duvidou e provou o contrário. CAMPOS, Wagner. Disponível em: <http://tbc.rosier.com.br/oktiva.net/2163/nota/158049>. Acesso em: 02 jul 2010. (adaptado) 1. A passagem destacada, no contexto em que se insere, NÃO corresponde, semanticamente, à característica a ela atribuída em (A) “...que tiverem atitude...”: ação. (B) “...que saiam da mesmice,”: sonho. (C) “...mas busquem o novo,”: ousadia. (D) “...saber executar apenas uma atividade...”: multifuncionalidade. (E) “...conhecer várias outras”: flexibilidade.

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Comentário: As passagens elencadas nas opções foram extraídas do seguinte excerto: “Ainda à frente de sua época e indiretamente colaborando para os dias atuais, Einstein mais uma vez apresenta uma citação interessante: "no meio de qualquer dificuldade encontra-se a oportunidade". Ou seja, mesmo em meio a uma crise, podemos encontrar oportunidades. Oportunidades aos empreendedores, aos inovadores, às pessoas e empresas que tiverem atitude(a) e criatividade, que saiam da mesmice(b), que não se apeguem a fatos já conhecidos, mas busquem o novo(c), o desconhecido”. Percebe-se, dessa forma, que a característica “sonho” não corresponde, semanticamente e no contexto em que se insere, à expressão “que saiam da mesmice”. A essa passagem pode ser atribuída, por exemplo, a característica de “inconformismo”, ou seja, “aquele que não se conforma facilmente”. Logo, a letra (B) é nossa resposta. Gabarito: B. 2. Em “nas quais com interesse e dedicação podemos ser diferenciados”, o vocábulo destacado pode ser substituído, sem alteração de sentido, por (A) indiscriminados. (B) inatingíveis. (C) preteridos. (D) disseminados. (E) destacados. Comentário: De acordo com o contexto, as palavras podem assumir diferentes significados. No excerto “nas quais com interesse e dedicação podemos ser diferenciados”, o vocábulo em epígrafe foi empregado na acepção de “ter diferencial”, isto é, “destacar-se dos demais”. Por conseguinte, o adjetivo “destacados”, constante da assertiva (E), mantém o sentido original e atende ao comando do enunciado. As demais opções alterariam a significação original do texto, pois: a) “indiscriminados” significa “confundido, indistinto”. b) “inatingíveis” traz a noção daquilo “que não pode ser atingido, alcançado”. c) “preteridos” apresenta-se sob a acepção de “ser deixado de lado, esquecido”. d) “disseminados”, por fim, significa “espalhado, difundido”. Gabarito: E. 3. Em “Ou seja, mesmo em meio a uma crise, podemos encontrar oportunidades”, o conector destacado introduz uma (A) explicação. (B) retificação. (C) conclusão. (D) consequência. (E) exemplificação. Comentário: A questão aborda as palavras e expressões denotativas. Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), esses vocábulos e locuções não pertencem a qualquer das dez classes gramaticais, sendo classificados de acordo com a ideia que expressam no contexto. As principais são:

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IDEIA DE...

PALAVRAS (E LOCUÇÕES)

DENOTATIVAS

EXEMPLO

Adição

ademais; além disso; ainda; ainda

por cima, além de tudo ...

Ajudou-me a construir minha casa. Além disso, casou-se comigo.

Afastamento

embora

“Vou-me embora pra Pasárgada” (Manuel Bandeira)

Afetividade

ainda bem que; felizmente; infelizmente ...

Lamentavelmente, perdemos o jogo. Ainda bem que você é meu amigo!

Aproximação

quase, praticamente, cerca de,

aproximadamente, mais ou menos, lá por ...

Havia cerca de vinte pessoas. Sairei lá pelas oito horas.

Concessão

mesmo; assim mesmo; ainda

assim ...

Mesmo com muito sono, permaneceu ao volante.

Designação

eis ...

Eis o concurso por que tanto estudo.

Exclusão

apenas; exceto; sequer; só;

somente, unicamente, exclusivamente, salvo, fora,

sequer, senão, menos ...

Só (=apenas) você passou no concurso. Viajaram todos, menos (=exceto) eu.

Explicação

a saber; isto é; por exemplo, quer dizer, ou seja ...

Amanhã, ou seja, sábado, será o meu dia. Viajamos quatro, a saber: Bruno, Rodrigo, Samir e eu.

Inclusão

até; até mesmo; inclusive;

mesmo; também ...

Romário fez uma ótima jogada. Até (=inclusive) a torcida adversária o aplaudiu.

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Negação

não, tampouco, absolutamente, pois sim ...

- Você me empresta seu carro? - Pois sim. - Você me apoia? - Absolutamente, discordo de sua posição.

Realce (Pode ser retira-da

do período sem prejuízo para a

estrutura sintática)

é que; é quem; mesmo ...

Eu é que passei no concurso. Você é quem foi aprovado. Aproveite as férias! Vá mesmo viajar!

Restrição

em termos; em parte; relativamente ...

Você, em parte, é muito linda. Você fará uma prova relativamente boa.

Retificação

aliás; isto é; ou melhor; ou antes,

digo ...

Meu irmão tem 33 anos, aliás (=ou melhor, isto é, perdão), 34.

Situação

afinal; então, agora, em suma ...

Afinal (=então), você passou no concurso?

Voltando à questão da prova...

No contexto, o conector “ou seja” introduz uma explicação – “mesmo em meio a uma crise, podemos encontrar oportunidades” – para a citação de Einstein: “no meio de qualquer dificuldade encontra-se a oportunidade”. Logo, a letra (A) é nossa resposta. Gabarito: A. 4. NÃO há correspondência entre o parágrafo e a abordagem nele contida em (A) 1o parágrafo: especificação quanto ao momento da ação. (B) 3o parágrafo: o grau de importância do conhecimento numa escala de valores. (C) 4o parágrafo: a possibilidade de êxito condicionada a experiências passadas. (D) 5o parágrafo: a necessidade de constante atualização. (E) 6o parágrafo: o valor da determinação e do arrojo para a consecução de um objetivo. Comentário: Vamos analisar as assertivas. a) Correta. No início do parágrafo, o autor faz alusão a Einstein, citando que o físico alemão “nunca pensava no futuro, pois ele (o futuro) chegava rápido demais”. Logo em seguida, porém, ocorre uma especificação do momento da ação, de acordo com a citação “sua preocupação era agir no presente, no hoje”.

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b) Correta. O quarto parágrafo do texto apresenta o grau de importância do conhecimento, bem como seu valor para a validação da criatividade. No decorrer deste segmento textual, o autor evidencia essa escala por meio do trecho “o conhecimento é muito importante para validar a criatividade, mas antes de qualquer ação existiu a imaginação”. c) Esta é a resposta da questão. A ideia central do parágrafo é a de que a inovação se torna possível até em meio a dificuldades. Para ratificar essa noção, o autor orienta o leitor a “não se apegar a fatos já conhecidos”, ou seja, a “buscar o novo, o desconhecido”, saindo da “mesmice”. d) Correta. O quinto parágrafo orienta as pessoas e as empresas a serem “flexíveis” e “multifuncionais”, afastando-se do conformismo e tornando-se diferenciadas em seus campos de atuação. e) Correta. O autor menciona, neste parágrafo, que o objetivo pode ser alcançado se a pessoa “tiver confiança e lutar por eles”, pondo em evidência a determinação e o arrojo para sua consecução. Gabarito: C. 5. A expressão “...olhe ‘fora da caixa’...”, no contexto em que se insere, significa (A) procure sonhar. (B) tenha conhecimento. (C) aja com parcimônia. (D) amplie sua visão. (E) meça as consequências. Comentário: No início do sexto parágrafo, o autor menciona a seguinte citação de Einstein: “Algo só é impossível até que alguém duvide e acabe provando o contrário”. Essa informação nos remete à ideia de que é necessário “sair da mesmice”, não se apegar a “fatos já conhecidos”. Com a expressão “olhe fora da caixa”, o autor nos orienta a buscar “uma chance que ninguém está conseguindo ver”, ou seja, “ampliar a visão”. Gabarito: D. 6. De acordo com as ideias do texto, é INCORRETO afirmar que a(o) (A) criatividade se alicerça no conhecimento. (B) criatividade procede da imaginação. (C) criatividade está relacionada ao sonho e à ação. (D) sonho se configura como início da ação. (E) conhecimento é importante para a ação. Comentário: Vamos analisar as assertivas. a) Correta. No terceiro parágrafo do texto, o autor menciona que “o conhecimento é muito importante para validar a criatividade”. Esse trecho nos permite inferir, portanto, que a “criatividade” se baseia no “conhecimento”. b) Correta. No início do segundo parágrafo, o autor menciona que “a imaginação é mais importante do que o conhecimento”. Logo em seguida, porém, ele afirma que “sem a criatividade nascida de uma boa imaginação, de nada adianta possuir conhecimento”, o que nos permite concluir que a “criatividade procede da imaginação”. c) Correta. No decorrer da superfície textual, o autor cita que “antes de qualquer ação existiu a imaginação”, definindo esta última como sendo “um sonho que aliado ao

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conhecimento e habilidades pode transformar-se em algo concreto”. Ele finaliza essa relação mencionando que “a imaginação criativa, sem ações, permanece apenas como um sonho”. d) Esta é a resposta da questão. De acordo com as ideias do texto, o sonho se configura como imaginação criativa. Essa afirmação é ratificada pelo excerto “a imaginação criativa, sem ações, permanece apenas como um sonho”. e) Correta. Com efeito, o conhecimento é importante para a ação, em conformidade com o segmento “o conhecimento é muito importante para validar a criatividade e colocá-la em prática (=agir)”. Gabarito: D. 7. “Já as organizações devem encontrar, em uma nova realidade, novos usos de produtos e boas oportunidades para os mercados que passaram a existir.” Reescrevendo o período acima, o sentido se mantém inalterado em (A) As organizações devem encontrar, já, para os mercados que passaram a existir em uma nova realidade, novos usos de produtos e boas oportunidades. (B) Já as organizações devem, em uma nova realidade, encontrar, para os mercados que passaram a existir, novos usos de produtos e boas oportunidades. (C) Logo, devem encontrar as organizações novos usos de produtos e boas oportunidades para os mercados que, em uma nova realidade, passaram a existir. (D) Porém novos usos de produtos e boas oportunidades nas organizações devem ser encontrados para os mercados que passaram a existir em uma nova realidade. (E) As organizações devem, já em uma nova realidade, encontrar novos usos de produtos para os mercados que passaram a existir e boas oportunidades. Comentário: A questão pede a alternativa cuja reescrita mantém o sentido original, ou seja, o examinador quer que o candidato identifique o trecho que caracteriza uma paráfrase. Por paráfrase compreende-se a forma de reprodução de um texto sem alteração de sentido original. Trocando em miúdos, parafrasear é transmitir a mesma mensagem com outras palavras. Por exemplo, se eu disser que “A mente de Deus, bem como a internet, pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo.”, seria possível manter o sentido inicial utilizando as seguintes reescrituras: Qualquer um pode acessar a mente de Deus e a internet, no mundo todo. No mundo todo, qualquer um pode acessar a mente de Deus e a internet. A mente de Deus pode ser acessada, no mundo todo, por qualquer um, da mesma forma que a internet. Tanto a internet quanto a mente de Deus podem ser acessadas, no mundo todo, por qualquer um. As frases acima mantêm o sentido original do enunciado. Portanto, são paráfrases.

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Entretanto, uma construção que não representa uma paráfrase do enunciado original é “A mente de Deus pode acessar, como qualquer um, no mundo todo, a internet”. Vejam que, no período, o agente da ação verbal passa a ser “A mente de Deus”. Entretanto, na ideia original, “a mente de Deus” é paciente, ou seja, sofre a ação de “ser acessada”.

Voltando à questão da prova ... Percebemos que ocorre paráfrase na assertiva (B). O trecho sofreu apenas modificações na ordem dos constituintes no discurso. Entretanto, manteve a ideia do período apresentado no enunciado. Para facilitar a visualização, vamos transcrever o excerto na ordem direta: “Já as organizações devem encontrar novos usos de produtos e boas oportunidade para os mercados que passaram a existir em uma nova realidade”. As assertivas (C) e (D) estão erradas por apresentar os conectores “logo” e “porém”, pois o período inicial não contém ideia conclusiva ou adversativa, respectivamente. Por fim, nas opções (A) e (E), o deslocamento do vocábulo “já” provocou alteração do sentido inicial, exprimindo ideia de tempo. Gabarito: B. 8. Transpondo-se a oração “no meio de qualquer dificuldade encontra-se a oportunidade.” da voz passiva pronominal para a passiva analítica, a forma verbal equivalente, semântica e gramaticalmente, à destacada é (A) havia sido encontrada. (B) é encontrada. (C) terá encontrado. (D) encontra. (E) teria sido encontrada. Comentário: Questão sobre conversão de vozes verbais. No trecho “encontra-se a oportunidade”, temos o verbo transitivo direto “encontrar”, seguido da partícula apassivadora “se”. Devido a isso, a expressão “a oportunidade” desempenha a função de sujeito paciente:

“(...) encontra-se a oportunidade.” V.T.D pron.apass. sujeito

Conforme prescrevem as lições gramaticais, a voz passiva analítica é formada pela locução verbal de voz passiva:

Verbo “SER” + particípio do verbo principal

Teremos, assim, a seguinte estrutura: A oportunidade é encontrada. Repare que o verbo auxiliar da locução (“é”) permaneceu no presente do indicativo, tempo inicialmente apresentado na estrutura de voz passiva sintética “encontra-se a oportunidade”. Ademais, o particípio “encontrada”, constante da locução verbal, concordou em gênero e número com a expressão “a oportunidade”. Logo, a letra (B) é o gabarito da questão. Gabarito: B.

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9. Em “No entanto, sem a criatividade nascida de uma boa imaginação”, na linha argumentativa do texto, o conector destacado introduz um enunciado que, em relação ao anterior, se configura como (A) adição. (B) alternância. (C) condição. (D) oposição. (E) consequência. Comentário: Questão acerca do valor semântico dos conectivos. Inicialmente, vamos transcrever os enunciados a que o examinador se referiu.

“(...). Os céticos podem insistir em afirmar que o mais importante é adquirir conhecimento. No entanto, sem a criatividade nascida de uma boa imaginação, de nada adianta possuir conhecimento se você não tem curiosidade em ir além.” A fim de evitar a imprudente ‘decoreba’ da lista de conectivos, recomendo que você avalie o conteúdo dos excertos destacados.

Analisando o contexto, identificamos que a ideia principal do primeiro período é a de que “o mais importante é adquirir conhecimento”. Por outro lado, o trecho seguinte apresenta uma noção contrária ao que foi mencionado anteriormente ao afirmar que “sem a criatividade nascida de uma boa imaginação, de nada adianta possuir conhecimento se você não tem curiosidade em ir além”. Dessa forma, percebemos uma relação de oposição entre as sentenças, sendo essa acepção introduzida pelo conector “no entanto”. Logo, a assertiva (D) é o gabarito da questão. Gabarito: D. 10. A palavra destacada em “Algo só é impossível...” pode ser substituída, sem alterar o sentido, por (A) então. (B) também. (C) apenas. (D) até. (E) ainda. Comentário: Em conformidade com as lições de Domingos Paschoal Cegalla, na obra Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, editora Companhia Nacional, p. 444: “SÓ Como adjetivo, só [=sozinho, único] concorda em número com o substantivo. Exemplo: Eles estavam sós (=sozinhos) na sala iluminada.

Como palavra denotativa de limitação, equivalente a apenas, somente, é invariável”. Exemplos:

(1) Elas só (=apenas, somente) passeiam de carro. (2) Só (=Apenas, Somente) elas estavam na sala.”

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É nesta última classificação que se enquadra o vocábulo “só”, do trecho “Algo só

(=apenas) é possível...”. Portanto, a letra (C) é a resposta da questão. Gabarito: C. 11. Em “A imaginação é mais importante do que o conhecimento”, o vocábulo destacado só apresenta uma forma de plural. Dentre os substantivos listados abaixo, aquele que também só apresenta uma forma de plural é (A) cidadão. (B) corrimão. (C) vulcão. (D) refrão. (E) guardião. Comentário: A questão versa sobre a flexão de número dos substantivos terminados em ‘-ão’. Os vocábulos encerrados por essa terminação podem fazer três plurais: ‘-ões’, ‘-ãos’ e ‘-ães’. A flexão, entretanto, dependerá da origem do vocábulo, ou seja, de sua etimologia. Exemplos:

A palavra ‘mão’ provém do latim ‘manu(m)’. Durante a evolução, o vocábulo perdeu o –n– intervocálico e ganhou o til, que faz a nasalização, originando ‘mão’. Por sua vez, o vocábulo ‘pão’ tem sua origem encontrada na forma latina ‘pane(m)’, originando o plural ‘pães’.

Já a palavra ‘leão’ advém da forma latina ‘leone(m)’, razão por que faz plural em ‘-ões’: ‘leões’.

Para efeito de concurso, todavia, vamos utilizar as prescrições contidas nas gramáticas. Segundo a norma culta, o plural em ‘-ões’ constitui o grupo mais numeroso (é a flexão mais eufônica): ação – ações balão – balões limão – limões imaginação – imaginações (palavra constante do enunciado) Todos os paroxítonos – a terminação ‘-ão’ recai na sílaba átona – fazem plural com o acréscimo do morfema de plural ‘-s’, ou seja, são flexionados em ‘-ãos’: acórdão – acórdãos bênção – bênçãos gólfão – gólfãos órfão – órfãos órgão – órgãos sótão - sótãos

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Esse processo também ocorre com alguns vocábulos monossílabos e oxítonos: (as palavras a seguir admitem apenas uma forma pluralizada) chão – chãos cidadão – cidadãos (letra (A): a resposta de nossa questão) cristão – cristãos grão – grãos mão – mãos Alguns monossílabos e oxítonos formam plural apenas em ‘-ães’: alemão – alemães bastião – bastiães cão – cães capelão – capelães capitão – capitães catalão – catalães charlatão – charlatães escrivão – escrivães pão – pães sacristão – sacristães tabelião – tabeliães Por sua vez, alguns vocábulos oxítonos admitem mais de um plural: aldeão – aldeãos, aldeões corrimão – corrimãos, corrimões (assertiva (B) da questão) guardião – guardiães, guardiões (assertiva (E) da questão) refrão – refrãos, refrões (assertiva (D) da questão) sultão – sultães, sultões vulcão – vulcãos, vulcões (assertiva (C) da questão) verão – verãos, verões Portanto, a letra (A) é o gabarito da questão. Gabarito: A. 12. O pronome relativo que difere dos demais, nos trechos listados abaixo, quanto à função sintática, é (A) “...que aliado ao conhecimento e habilidades pode transformar-se...” (B) “...que tiverem atitude e criatividade,” (C) “...que passaram a existir.” (D) “...que ninguém está conseguindo ver.” (E) “...que duvidou e provou o contrário.” Comentário: Os pronomes relativos substituem um nome antecedente (substantivo ou pronome), evitando sua repetição desnecessária no texto. Devido a essa substituição, podem exercer diferentes funções sintáticas nas orações. Vejamos algumas:

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OBJETO DIRETO:

(1) O livro que comprei é de Português.

� Em (1), temos a união de duas orações:

Comprei o livro.

O livro é de Português.

Percebemos, assim, que o pronome relativo “que” substitui o nome “livro”: Comprei o livro. Logo, o “que” exerce a função de objeto direto do verbo “comprar”.

OBJETO INDIRETO:

(2) Comprei o livro de que gosto.

� Em (2), temos a união de duas orações:

Comprei o livro.

Gosto do livro.

Em (2), o “que” substitui o nome “livro”: Gosto do livro. Sendo assim, o “que” exerce a função de objeto indireto do verbo “gostar”. SUJEITO:

(3) A igreja que é antiga está em ruínas.

� Em (3), temos a união de duas orações:

A igreja está em ruínas.

A igreja é antiga.

Em (3), o “que” substitui o nome “igreja”: A igreja é antiga. Portanto, o pronome relativo “que” exerce a função de sujeito da oração subordinada “que é antiga”.

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ADJUNTO ADNOMINAL:

(4) Veremos o filme cuja protagonista é linda.

refere-se concorda com ao termo o termo anterior posterior

� Em (4), temos a união de duas orações:

Veremos o filme.

A protagonista do filme é linda.

Em (4), o pronome relativo “cuja” estabelece uma relação de posse entre os termos “filme” e “A protagonista”. Fiquem “ligados”, pois o pronome relativo “cujo” (e flexões) sempre exercerá a função sintática de adjunto adnominal: (“veremos o filme” � a protagonista do filme � relação de posse � adjunto adnominal).

Voltando à questão da prova ... Percebemos, então, que a resposta se encontra na opção (D). No trecho “(...) que ninguém está conseguindo ver”, o pronome relativo “que” retoma a expressão “uma chance”, desempenhando a função de objeto direto do verbo “ver”. Para facilitar a visualização, vamos transcrever o trecho na ordem direta: “Ninguém está conseguindo ver uma chance (OD)”. Nas demais opções, o pronome relativo “que” exerce a função de sujeito. Gabarito: D. 13. Em que frase, dentre as apresentadas abaixo, o(s) sinal(is) de pontuação está(ão) em DESACORDO com o registro culto e formal da língua? (A) Esperava por novas oportunidades, mas, se não desse o primeiro passo, seu objetivo não seria alcançado. (B) As frases famosas do físico alemão, despertaram o interesse do conferencista, e do público presente. (C) Quem, até então, diria que suas ações fossem causar tamanho impacto? (D) Por iniciativa própria, resolveu, finalmente, descobrir alternativas que solucionassem o impasse. (E) Hoje, para se chegar ao sucesso, é preciso enxergar o que os outros não veem. Comentário: Questão sobre o emprego dos sinais de pontuação. Analisando as opções, identificamos erros na assertiva (B). Inicialmente, a vírgula antes da forma verbal “despertaram” desrespeitou o pré-requisito básico para o emprego desse sinal de pontuação: não separar sujeito e verbo. Para que seja obtida a correção gramatical, portanto, devemos retirar a primeira vírgula do contexto. Por fim, a vírgula também foi mal utilizada antes do conector “e”, o qual tem caráter aditivo. Logo, a letra (B) é o gabarito da questão.

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Nas demais opções, o emprego dos sinais de pontuação obedeceu ao registro formal da língua. Vejamos: a) A vírgula antes do conector “mas” introduziu a oração coordenada sindética adversativa (indica ideia contrária àquela da oração principal). Por sua vez, o trecho “se não desse o primeiro passo” é uma oração subordinada adverbial condicional, a qual está intercalada na oração “mas seu objetivo não seria alcançado”. Por essa razão, justifica-se o isolamento por vírgulas. c) A expressão “até então” desempenha a função de adjunto adverbial. Por estar a locução deslocada, está correto o isolamento entre vírgulas. d) O trecho “Por iniciativa própria” tem caráter explicativo e, por estar antecipado, foi corretamente isolado por uma vírgula. Por seu turno, “finalmente” é adjunto adverbial deslocado, estando correto seu isolamento por vírgulas. e) Inicialmente, a vírgula após o vocábulo “hoje” foi empregada para isolar o adjunto adverbial antecipado. Por fim, o trecho “para se chegar ao sucesso” é uma oração subordinada adverbial final. Por estar antecipada à oração principal, a norma culta prescreve que essa antecipação deve ser demarcada por uma vírgula. Gabarito: B. 14. Em relação à regência nominal ou verbal, qual a frase em que NÃO se emprega o pronome relativo precedido de preposição? (A) O físico ______ frase sempre me recordo quebrou paradigmas com sua nova forma de pensar. (B) A conferência ______ assistimos marcou o início de uma nova etapa em nossa vida. (C) Era impossível aceitar as provocações ______ foram submetidos durante o discurso. (D) As provações ________ estamos expostos são importantes para descobrirmos novas oportunidades. (E) Os obstáculos _______ transpusemos ao longo da vida profissional nos ajudaram a atingirmos o sucesso. Comentário: A questão mescla conhecimento acerca do emprego dos pronomes relativos e de regência. Vamos analisar as opções. a) No trecho em comento, percebe-se que há uma relação de posse entre o “físico” e a “frase”. Assim, já identificamos que deve ser empregado o relativo “cuja”, pois apenas essa forma pronominal exprime essa noção. Para verificar se o pronome deve ou não ser antecedido de preposição, é necessário analisar o termo regente. No contexto, a forma verbal “me recordo” exige o emprego da preposição “de”. Esse elemento, por sua vez, deve anteceder o pronome relativo “cuja”: “O físico de cuja frase sempre me recordo (...)”. b) Conforme nos ensinam as lições gramaticais, o verbo “assistir” rege o emprego da preposição “a” quando for utilizado na acepção de “ver, presenciar”. Dessa forma, a lacuna deve ser preenchida com a expressão “a que”: A conferência a que assistimos (...)”. c) Nesta assertiva, temos um caso de regência nominal. O adjetivo “submetidos” rege o emprego da preposição “a”, elemento que deverá anteceder o pronome relativo “que”: “Era impossível aceitar as provocações a que foram submetidos (...)”. d) O caso em análise assemelha-se ao da alternativa anterior, uma vez que o adjetivo “expostos” rege o emprego da preposição “a”: “As provações a que estamos expostos (...)”. e) Esta é a resposta da questão. No contexto, a forma verbal “transpusemos” deriva do verbo “transpor”. Segundo as lições de Celso Pedro Luft, na obra Dicionário Prático de Regência Verbal, editora Ática, p. 513, quando empregado na acepção de “passar além de”. “deixar para trás”, “superar”, o verbo “transpor” é transitivo direto. Por essa razão, dispensa

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o emprego de preposição antes do relativo “que”: “Os obstáculos que transpusemos ao longo (...)”. Gabarito: E. 15. Há uma transgressão ao registro culto e formal da língua, quanto à concordância verbal e nominal em qual das frases abaixo? (A) Faz anos que procuramos descobrir a razão de tamanha preocupação com o futuro. (B) É preciso que se busque o novo haja vista o mercado que passou a existir. (C) Em meio a uma crise, ela mesma conseguiu reunir esforços para superar esse momento. (D) Os céticos discordam, mas pode haver sonhos passíveis de realização se lutarmos por eles. (E) Não se tratam de respostas para questionamentos de difíceis soluções. Comentário: A resposta da questão encontra-se na assertiva (E). De acordo com Celso Pedro Luft, na obra Dicionário Prático de Regência Verbal, editora Ática, p. 515, na estrutura “tratar-se de”, o verbo é transitivo indireto e “fica sempre na terceira pessoa do singular: trata(va)-se de obras, tratar-se-á de símbolos”. Portanto, no trecho constante desta opção, o correto é “Não se trata de respostas para questionamentos de difíceis soluções”. Nas demais opções, houve pleno respeito ao registro formal da língua. Vejamos: a) No contexto, o verbo “fazer” foi empregado na acepção de tempo pretérito, decorrido. Segundo as lições gramaticais, portanto, trata-se de um verbo impessoal, devendo permanecer na terceira pessoa do singular, tal como ocorreu em “Faz anos que procuramos (...)”. b) A forma verbal “haja”, da locução “haja vista”, será invariável caso o nome a que se refere esteja no singular. Exemplo: Esforçou-se para passar no concurso, haja vista o incentivo do pai. É este caso que ocorre no trecho “É preciso que se busque o novo haja vista o mercado que passou a existir”. De acordo com as lições de Domingos Paschoal Cegalla, na obra Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, editora Companhia Nacional, p. 467, o verbo poderá ficar no singular ou no plural, caso o nome a que se refere esteja no plural. A “concordância mais usual”, entretanto, ocorre no singular. c) Em conformidade com as lições de Evanildo Bechara, na obra Moderna Gramática Portuguesa, editora Lucerna, p. 548, “mesmo (...) concorda com a palavra determinada em gênero e número: Ele mesmo disse a verdade. Ela mesma disse a verdade”. d) Na acepção de existir, acontecer ou ocorrer, ou no sentido de tempo pretérito, o verbo “haver” é impessoal, devendo permanecer na terceira pessoa do singular. Exemplos: Como havia poucas vagas, o povo fazia filas na escola. objeto direto Gabaritei aquela prova há dois dias. (“há” indicando tempo decorrido)

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Vale ressaltar que, quando o verbo HAVER for o principal de uma locução verbal,

será impessoal e transmitirá sua impessoalidade ao verbo auxiliar, que deverá permanecer na terceira pessoa do singular. Exemplo: Não deixará de haver experimentos bem-sucedidos. loc. verbal objeto direto

Contudo, é importante chamar sua atenção para o fato de que os verbos existir, acontecer e ocorrer são pessoais. Portanto, devem concordar com o sujeito. Exemplos: Como existiam poucas vagas, o povo fazia filas na escola. sujeito Não deixarão de existir experimentos bem-sucedidos. loc. verbal sujeito Gabarito: E.

GABARITO

01. B 09. D 02. E 10. C 03. A 11. A 04. C 12. D 05. D 13. B 06. D 14. E 07. B 15. E 08. B

Pessoal, encerramos nosso preparatório de Português para o IBGE. Desejo a todos vocês, que se empenharam bastante durante o curso, muito sucesso no dia da prova!

Grande abraço! Fabiano Sales. "Gostaria de te desejar tantas coisas. Mas nada seria suficiente. Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos. Desejos grandes. E que eles possam te mover a cada minuto, ao rumo da sua felicidade!"

(Carlos Drummond de Andrade)

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