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Por isso, o BRDE abre as portas na ACIL.É o Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul financiando a pequena e média empresa de Londrina e do Paraná. E cada vez mais próximo de você.

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EDITORIAL

Paulo BriguetCoordenaçãoFernanda BressanEdiçãoSusan NaimeReportagemJosoé de CarvalhoFotografiaThiago MazzeiProjeto gráfico

Diego Rigon MenãoSuperintendenteClaudia Motta PechinCoord. Comercial e SPCBarbara Della LiberaAnalista de MarketingColaboradoresAlexandre SanchesFernanda CarreiraGisele Rech

Mercado em Foco é uma publicação da Associação Comercial e Industrial de Londrina. Distribuição gratuita. Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da Associação ou pelo e-mail [email protected]

DIRETORIA DA ACIL – GESTÃO 2012/2014

Fundada em 5 de junho de 1937

Rua Minas Gerais 297 – 1º andarEd. Palácio do ComércioLondrina (PR) – CEP 86010-905Telefone (43) 3374-3000Fax (43) 3374-3060E-mail [email protected]

Flávio Montenegro BalanPresidenteLuiz Carlos I. AdatiVice-PresidenteAry SudanDiretor SecretárioFabricio Massi Salla2º Diretor SecretárioRogério Pena ChinezeDiretor FinanceiroRodolfo Tramontini Zanluchi2º Diretor Financeiro

Marcelo Paganucci OntiveroDiretor ComercialHerson R. Figueiredo JúniorDiretor IndustrialMarcelo Bisatto CardosoDiretor de ServiçosBrasilio Armando FonsecaDiretor de Comércio InternacionalLuigi Carrer FilhoDiretor de ProdutosFernando Lopes KireeffDiretor Institucional

Rosangela KhaterPresidente do Conselho da Mulher Empresária

CONSELHO DELIBERATIVOCarlos Alberto De Souza FariaDavid Dequêch NetoEduardo Yoshimura AjitaEnio Luiz Sehn JúniorFábio Aurélio Mansano MelaréJosé Guidugli Júnior

Marcelo Massayuki CassaNivaldo BenvenhoOswaldo PitolRubens Benedito AugustoSilvana Martins CavicchioliValter Luiz OrsiWellington Moreira

CONSELHO FISCAL

TitularesJaime Celeste PonceMichel Menegazzo GouvêaRonaldo Pena Chineze

SuplentesMarcus Vinícius Bossa GrassanoMarcus Vinicius GimenesRafael Andrade Lopes

JotaJuliana MasteliniMaria Eduarda G. de OliveiraMuriel AmaralRenato Oliveira

ImpressãoMidiografTiragem8 mil exemplares

Orgulho de ser ACILQuem trabalha ou doa seu tempo na ACIL ganha um novo sobrenome. Todas as pessoas que fazem parte de nossa equipe – diretores, conselheiros, associados, voluntários, colaboradores – são reconhecidos assim. O João que trabalha conosco passa a ser o João da ACIL. A Ana se apresenta como Ana da ACIL. O Marcelo vira Marcelo da ACIL. Wilson Battini, com mais de 30 anos de atuação na entidade, hoje é chamado de Sr. ACIL. E até virou nome de sala!Isso acontece porque a ACIL é mais do que uma entidade: é uma identidade. A marca da ACIL pode ser vista em todos os momentos importantes da história de Londrina – e também naquelas pequenas ações que, somadas, proporcionam o desenvolvimento da cidade. Aqui na ACIL aprendemos que uma questão aparentemente pequena – por exemplo: as pombas no centro – na verdade pode ser decisiva para o bem-estar de todas as pessoas, não só para o comércio.

Tema da reportagem de capa desta edição, a Sercomtel tem um grande valor para a cidade, a ponto de não ser possível imaginar Londrina sem a sua mais importante empresa. Prestes a completar 50 anos, a telefônica vive a pior crise de sua história. É nos momentos difíceis que se conhece a verdadeira amizade: por isso, a ACIL se solidariza com os esforços para recuperar a força desta empresa que orgulha o povo londrinense. Pensando bem, trata-se de uma chance de ouro para unir toda a cidade em torno de uma causa comum e justa: – Vamos reerguer a Sercomtel! A ACIL existe para lutar o bom combate. Jamais iremos nos omitir diante das causas importantes de Londrina. Não olharemos exclusivamente as questões pertinentes ao nosso universo; a exemplo de nossos fundadores, temos em vista a cidade como um todo.  Ao mesmo tempo, continuaremos oferecendo serviços e produtos de alta qualidade para nossos associados.

ERRAMOSNa edição de agosto, uma fotografia foi publicada na matéria “Mais médicos, mais saúde?, na página 37, como sendo de João Campos. A pessoa da foto era Rodrigo Avanço, da Secretaria de Saúde. Essa é a foto correta do professor João Campos, da UEL. Pedimos desculpas pelo equívoco.

As pessoas que conhecem a ACIL entram na entidade em busca de benefícios – e efetivamente os alcançam, como demonstra outra reportagem desta edição. Com o tempo, descobrimos que o maior benefício, entre tantos, é o orgulho de ser ACIL. Venha também você fazer parte desta história!

Flávio Montenegro BalanPresidente da ACIL

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Agenda outubro 2013

FINANÇAS GESTÃO DE RH DIVERSOSMARKETINGATENDIMENTO E VENDAS WEB

Prepare- se para vender maisSheila Dal Ry07 e 08 de outubro19h às 23h• Passoapassodavenda• Estratégiasdeumvendedorconsultor• Pré-venda,venda,pósvenda• TécnicadeFechamentodeVendaNãoassociados:R$ 152,00Associados:R$ 76,00

Administração de custos e formação do preço de vendaSivaldo Dal Ry07 à 10 de outubro19h às 22h45• Margembrutadecomercializaçãoea

margemdelucratividade• Acomposiçãodomixdepreçosesua

importânciaparaadeterminaçãodospreçosdeVenda

• Cálculodopreçodevendaaprazo• Cálculodopontodeequilíbrio• Custeiobaseadoematividades-ABCNãoassociados:R$217,00Associados:R$108,00

Formação de preços, custos e documentos nas importações e exportaçõesTânia Pryplotski08 de outubro8h às 12h e das 13h às 17h• Análisedasdocumentaçõesnecessárias

paraexportaçãoeimportação• Modalidadesdepagamentos

internacionais• Comissãodeagentes• Incotermseconhecimentode

transportes• Formaçãoacomposiçãodopreçode

exportação• Análisedecustoseincentivospara

formaçãodoscustosnasimportaçõeseexportações

NãoassociadosR$250,00AssociadosR$200,00

Qualidade no atendimento ao cliente como diferencial competitivoNicéia Candida14 e 15 de outubro19h às 23h • Conhecendooperfildocliente-Oque

motivaoseucomportamento?• Comoatrair,reterefidelizarclientes• Administrandoconflitosno

atendimento• Atitude:Diferencialcompetitivono

atendimentoNãoassociados: R$152,00Associados:R$76,00

Atendimento ao públicoSidney Kayamori14 à 16 de outubro19h às 23h• Fatoresquefacilitamoubloqueiamo

relacionamentocomosClientes• Comoaperfeiçoaronosso

relacionamentocomosdiversostiposdeClientes

• NegociaçãonoAtendimento• Avantagemcompetitivadeconheceros

produtosouserviços• PósAtendimentoouPósServiçosNãoassociados:R$173,00Associados:R$86,00

Gerente comercial: formação e atualização 3ª ediçãoMilton Betoni15, 16 e 17 de outubro19h às 23h• Perfildogerentecomercial• Negociandoemmercadoscompetitivos• Inteligênciaemocionalnasnegociações• Negociaçãoorientadaspormetas• Estilosdecondução• RecrutamentoeseleçãodeequipeNãoassociadosR$320,00AssociadosR$250,00

Intensivo em vitrines – incluindo dicas para vitrines natalinasPaula Polizeli16 de outubro8h30 às 12h e das 13h às 17h30• Consumidoreaintençãodecompra• Analisandoopontodevendas:

ambienteexterno,internoetiposdemobiliário

• Conhecendoasvitrines:tiposefunções• Planejamentodasvitrines• Técnicasdeexposição:composiçãoe

materialdeapoio• Iluminaçãodavitrine• CalendáriopromocionalNãoassociados:R$250,00Associados:R$195,00

Intensivo em gestão financeira: contas a pagar, contas a receber e tesourariaThiago Terzoni16 e 17 de outubro19h às 23h• Conceitosdecapitaldegiro,ciclo

operacionaleciclofinanceiro.• Índicesquerefletemnaadministração

docaixa• Normaseprocedimentos• Fluxosdeprocessos:responsabilidades

econferências• Administraçãodecontasapagar:

processosdepagamentos,fluxooperacional,funçõesdecontasapagar,controledecontasapagar,ciclodepagamentos,riscos

Saiba mais:[email protected] ou3374.3082 com Tatiane Goes:[email protected]

Associação Comercial e Industrial de Londrina Rua Minas Gerais, 297, 1º andar, Londrina, PR

Av. Saul Elkind, 1820 | Regional Nortewww.acil.com.br Curta

• Administraçãodecontasareceber:controledecontasareceber,funçãodacobrança,processodecobrança,meiosdecobrança

NãoassociadosR$ 250,00AssociadosR$ 195,00

Chefia e LiderançaFilomena Regina Storti Minetto18 e 19 de outubroDia 18 – 19h às 22hDia 19 – 8h às 17h• Oprocessodetomardecisões• Delegaçãodeatribuiçõeseautoridade• Liderançagerencial(característicae

estilosdaboaliderança)• IncentivoatravésdofeedbackNãoassociados:R$173,00Associados:R$86,00

Advertência, suspensão e justa causa: quando e como aplicarDra. Bethânia Marconi de CastroGrassano & Associados 22 de outubro19h• Poderdiretivo• Advertência• Suspensão• HipótesesparaaplicaçãodeJustaCausaPalestra Gratuita

Intensivo em contabilidade para não contadoresElisangela da Silveira Cardoso29 e 30 de outubro19h às 23h• Conceitos,objetivoseusuáriosda

contabilidade• Diferençaentrebens,direitose

obrigações• Escrituração• Planosdecontas• Balancetes• DRE–DemonstraçãodoResultadodo

Exercício• NotasexplicativasNãoassociados:R$250,00Associados:R$195,00

ABRASEL CURSO DE BOAS PRÁTICAS E HIGIENIZAÇÃO NAS MANIPULAÇÕES DE ALIMENTOS29,30e31deoutubro13:30hàs17:30hLocal:BlueTreePremiunInformações:3327-0202AssociadodaACIL:R$60,00

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 5

ATENDIMENTOQuem é bem recebido sempre volta .................................... 6

LICITAÇÃOIncentivo à economia local ................................................ 10

NOVA SERGIPECai o muro. Renasce uma rua ............................................ 12

SEMPRE PERTONegócios em família ........................................................... 16

CADASTRO POSITIVOA vez dos bons pagadores ................................................... 19

PERFILAmizade e bom relacionamento fidelizaram clientes ............................................................ 20

PRESERVAÇÃODocumentos que recontam a história ................................ 26

NICHO DE MERCADODe braços abertos para os universitários ......................... 28

O MONITOR DA CÂMARA”Farra dos Diplomas” voltou .............................................. 31

COMUNICAÇÃOA arte de pensar ao contrário ............................................. 36

NOTAS ACILCampanha do Dia dos Pais premia 50 consumidores ................................................................ 39

HUMORPalavras, imagens e ideias de Jota ..................................... 42

ÍNDICE

32

SAÚDE X MEIO AMBIENTE Pombas no Centro. A hora do abate?

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PARCERIASAssociado ACIL tem desconto

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VANDALISMOComunidade é essencial para combater a pichação

TELEFÔNICA MUNICIPALSercomtel arruma a casa

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BEM-VINDO

QUEM É BEM RECEBIDOSEMPRE VOLTAEscutar o cliente é a principal dica de consultorias; venda é uma consequência do bom atendimento

Por Maria Eduarda Gomes de Oliveira

A vitrine pode estar linda, a loja impecável e os produtos serem os mais eficientes do mercado, mas tudo isto corre o risco de passar despercebido se, na hora que o cliente chega até a loja, o atendimento não o satisfaz. De acordo com uma pesquisa de 2012, realizada pela Shopper Experience em parceria com a revista Consumidor Moderno, que mede o nível de satisfação

dos clientes, o segundo atributo mais relevante para os consumidores é a qualidade no atendimento, seja no âmbito virtual, telefônico ou nas lojas físicas. Ainda não são todos os empresários que se atentam para estes números e investem em melhorias no atendimento em suas lojas. A consultora em desenvolvimento humano e organizacional Nicéia Henrichsen, que atua na área de RH há 22 anos, explica que os gestores

estão começando a entender agora a importância do atendimento. “Em 1990 implantou-se no Brasil a chamada ‘Qualidade Total’, na qual se falava sobre a importância de colocar o cliente em primeiro lugar. Só agora, depois de muitos anos, que as empresas estão pensando nisso”, afirma. De acordo com a consultora, a preocupação das empresas é a de manter seu negócio no mercado de trabalho, e o

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 7

“O ATENDER BEM ESTREITA O RELACIONAMENTO ENTRE EMPRESA E CLIENTE”

bom atendimento pode ser fator decisivo. “Antigamente as empresas e organizações falavam muito em perpetuar seu negócio, hoje, com essas mudanças constantes, falam em manter e quem dá essa oportunidade para elas são os clientes”.

Por que buscar este diferencial?Atualmente as empresas não competem somente com as lojas de sua vizinhança ou da cidade; a competição também se dá no âmbito virtual, onde o e-commerce oferece os mais variados tipos de produto. Devido a isso, lojas físicas devem apostar ainda mais no seu diferencial: o atendimento humano, face a face. Segundo Fafita Lopes Perpétuo, consultora de empresas e proprietária da Foco Consultorias e Treinamentos, é possível, por um bom atendimento face a face, transmitir para os clientes conforto e segurança. “O atender bem estreita o relacionamento entre empresa e cliente. Hoje encontramos produtos muito similares no mercado. Por que, ainda assim, alguns escolhem uma determinada

loja? Porque eles se sentem confortáveis, seguros e a loja transmite confiança”, afirma. A evolução das relações de consumo faz surgir um novo tipo de consumidor – o que gera e reproduz a experiência vivida por toda a rede, seja ela positiva ou negativa. Este novo consumidor tem a possibilidade de espalhar não somente para o conhecido o que viveu e, sim, para todo o mundo. Segundo Fafita, este fortalecimento de laços entre cliente e empresa faz com que o consumidor volte, compre mais vezes, adquira um mix diferenciado de produtos e, ainda, indique para amigos, família e conhecidos.

Identificar e corrigir falhas Este consumidor que interage de forma mais direta com as marcas e busca maior transparência por parte das organizações com as quais se relaciona preza pelo bom atendimento e pela eficiência dos processos. Para identificar falhas no atendimento,

basta estar atento ao número de vendas das lojas e à taxa de retorno dos clientes. Segundo Nicéia, “A queda de clientes é uma das maneiras de perceber a falha”, e a perda de clientes fiéis também é um sinal claro do atendimento não suficiente. Para isso, a empresa tem que se atualizar. Fafita explica que as evidências de gargalos no atendimento são transmitidas diretamente pelo cliente e que os gestores podem perceber isso pela observação. “Ele começa a observar que o cliente que comprava com alguma regularidade não vem à loja dele, não liga mais, não compra mais. Ou até mesmo reclama”. A consultora diz também que o empresário, além da consciência, tem que ter a disposição de querer e procurar ajuda para resolver este problema. “Não basta somente os funcionários fazerem os treinamentos e participarem das consultorias. Toda a empresa tem que ser envolvida, todos os funcionários, da liderança à logística”, afirma. Fafita explica que o bom atendimento tem que fazer parte da cultura da empresa. “Todos têm que trabalhar em prol de atender o cliente da melhor maneira possível. É o financeiro que mandará a cobrança no dia certo, o pacote que

Nicéia Henrichsen: “Antigamente as empresas e organizações falavam muito em perpetuar seu negócio, hoje, com essas mudanças

constantes, falam em manter e quem dá essa oportunidade

para elas são os clientes”

Fafita Lopes Perpétuo: “Todos têm que trabalhar

em prol de atender o cliente da melhor maneira possível. É o financeiro que mandará

a cobrança no dia certo, o pacote que chegará à data combinada, o pessoal do

estoque que garante que tudo esteja em ordem”

Andressa Donansan Gomes: “O primeiro

passo é procurar entender o que o cliente

está buscando, saber o que ele procura de

verdade, escutá-lo realmente”.

Valmir Pereira: “Indague, o que está acontecendo,

escute o cliente em primeiro lugar, não

temos resposta pronta para nada, precisamos

primeiramente entender o que ele quer”

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chegará à data combinada, o pessoal do estoque que garante que tudo esteja em ordem.”Nicéia reforça esta ideia e diz que gestores precisam ser qualificados para identificar os comportamentos, tanto do cliente, quanto dos colaboradores. “Eles precisam entender o perfil, ter uma liderança situacional para que saibam direcionar cada situação de acordo com o que está sendo exigido”. O empresário Valmir Pereira é dono da Cia. Das Águas, estabelecimento que comercializa piscinas, banheiras, saunas, aquecedores e outros produtos relacionados, apostou no serviço de treinamento de atendimento para a sua empresa e teve bons resultados. “A gente percebe que os clientes estão gostando do atendimento e eles também nos elogiam. Eles falam que estão fechando o negócio com a gente porque atendemos bem, com responsabilidade e na hora marcada”, conta. Segundo Andressa Donansan Gomes,

colaboradora da Cia das Águas, a venda é uma consequência do bom atendimento. Ela dá uma dica valiosa para a área. “O primeiro passo é procurar entender o que o cliente está buscando, saber o que ele procura de verdade, escutá-lo realmente”. A funcionária também frisa a importância do cliente confiar no vendedor. “Ele (o cliente) precisa ter segurança de que está fazendo um bom negócio, quem passa isto para ele é o vendedor, quem transmite a cara da empresa. O que é fundamental para o cliente é que você possa entendê-lo, saber quais são as reais necessidades”, afirma. Não minimizando a importância dos treinamentos técnicos, Nicéia explica que o seu treinamento é voltado para a parte dos conhecimentos comportamentais. “Eles têm que conhecer o produto que estão vendendo, é lógico, mas 80% do atendimento é comportamental”. Ela lista algumas competências comportamentais que ensina durante os treinamentos. “Olhar para o cliente

de forma assertiva, ser comprometido, passar confiabilidade, ter iniciativa e responsabilidade com quem está atendendo”. Fafita fala da importância de ser sincero com os clientes. “Explicar o tempo real que tudo levará para acontecer, se o produto realmente oferece o que ele está procurando. Isso transmite segurança e credibilidade”. Segundo os entrevistados, o mais importante para um bom atendimento, em primeiro lugar é conversar com o cliente. Segundo Valmir, perguntar o que o cliente quer é essencial. “Indague, o que está acontecendo, escute o cliente em primeiro lugar, não temos resposta pronta para nada, precisamos primeiramente entender o que ele quer”. “Entender o cliente, ouvir o que ele procura, quais são as expectativas dele, como ele gostaria de ser atendido. A dica é escutar o cliente, sempre.”, finaliza Fafita.

PARA SATISFAZER O CLIENTE, É PRECISO ANTES ENTENDÊ-LO

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CICLO DE PALESTRAS28 a 31 de outubro de 2013LOCAL: AUDITÓRIO DO CEAL/SINDUSCON • Av. Maringá, 2400 • Londrina - PR

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01/11 - JANTAR COMEMORATIVO / 60 ANOS CEAL - BUFFET PLANALTOINSCRIÇÕES GRATUÍTAS • VAGAS LIMITADAS - PÚBLICO: ENGENHEIROS E ARQUITETOS

MOUNIR KHALIL EL DEBSEngenheiro Civil, Mestre em Engenharia de Estruturas e Doutor em Engenharia – Área de Estruturas pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo – USP, onde atua como Livre-docente e Professor Titular.

CARACTERÍSTICAS, APLICAÇÕES E TENDÊNCIAS DOS PRÉ-FABRICADOS DE CONCRETO29

/10

MANOEL DE OLIVEIRA FILHOArquiteto e UrbanistaConselheiro Titular do CAU/PRMembro da Comissão Permanente de Acessibilidade de Maringá/PR

ACESSIBILIDADE NA ARQUITETURA

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Engenheiro Civil e responsável técnico da região sul da empresa Allonda Geossintéticos Ambientais Ltda.

FERNANDO JOÃO RODRIGUES DE BARROS

COMO CONSTRUIR DE FORMASUSTENTÁVEL28

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Engenheiro Civil, formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), CREA RJ 27699/D. Especializou-se em Planejamento e Gestão Ambiental pela Universidade Cândido Mendes do Rio de Janeiro e é mestre em Engenharia de Edificações e Saneamento pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Empresa Master Ambiental / Londrina

Av. Maringá, 2400 • Fone: (43) 3348.3100 • Londrina - PR • www.ceal-londrina.com.br

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LICITAÇÃO

Por Fernanda Carreira

Criar um painel de oportunidades de compras públicas para que empresas de Londrina possam se capacitar e participar mais vezes de processos licitatórios de órgãos públicos e entidades locais, aproximando os setores e fomentando a economia local. Este é o principal objetivo do Programa `Compra Londrina´, uma idealização da ACIL e do Observatório de Gestão Pública de Londrina em parceria com o Sebrae, lançado no último dia 27 com a participação de cerca de 30 gestores de órgãos e entidades do município.A ação consiste em um programa permanente de incentivo e capacitação às empresas locais para participação em compras públicas, por meio de uma ação coordenada e cooperativa de entidades e órgãos públicos e privados. O intuito é estimular o desenvolvimento e a competitividade das empresas londrinenses por meio da participação em licitações, pregões eletrônicos e outras modalidades definidas pela lei.“Com a participação das empresas locais nesses processos licitatórios, os recursos tendem a permanecer na cidade, gerando riquezas, valores e arrecadação”, explica o consultor do Sebrae, Sergio Ozorio. Entre as vantagens da participação das empresas londrinenses no fornecimento de bens e serviços a órgãos públicos, Ozorio cita o aumento da quantidade de moeda em circulação na cidade; do tempo de “residência” da moeda; da velocidade de circulação do dinheiro; e, por fim, da prosperidade econômica local.E as oportunidades não são poucas, de acordo com dados obtidos pelo Sebrae. Para se ter uma ideia, no primeiro semestre de 2012, as entidades públicas da cidade gastaram R$ 31 milhões em apenas cinco produtos e quatro serviços. A Prefeitura de Londrina – que é uma dentre as 63 entidades de caráter público na cidade – gasta em média R$ 300 milhões em compras por ano. “Quando os empresários locais não participam das compras públicas, a maior parte desse dinheiro vai para outras cidades”, diz o gerente do Sebrae Londrina, Heverson Feliciano.No entanto, enquanto as oportunidades de negócio crescem a cada ano na cidade, o empresariado local parece ainda não ter se dado conta do quanto perde quando não participa de processos licitatórios de compras pública, como detalha Ozorio. Uma pesquisa realizada pelo Sebrae/Instituto Chiusoli há dois anos, com uma amostra de 193 empresas locais, evidencia que apenas 28% das empresas londrinenses acompanham as vendas do setor público, enquanto 79% desconhecem o potencial de vendas dos órgãos e entidades que realizam licitações e pregões eletrônicos. 68%

Heverson Feliciano: “Quando os empresários locais não participam das compras públicas, a maior parte desse dinheiro vai para outras cidades”,

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 11

“JANELA DE OPORTUNIDADES, TANTO PARA GRANDES QUANTO PARA PEQUENOS EMPREENDEDORES”

jamais participaram de uma compra pública e, mesmo entre os que participaram desse tipo de compra, 73% não fizeram um planejamento prévio.Para aproximar os dois setores e colocar em prática o programa, a ACIL está criando um bureau de informações exclusivamente voltado às compras públicas. “Atuaremos como intermediários entre os empresários e os órgãos públicos, fornecendo todas as informações necessárias para facilitar a participação de empresários locais nas compras do setor público. Essa será uma excelente janela de oportunidades tanto para grandes, quantos pequenos empreendedores”, salienta o superintendente da ACIL, Diego Rigon Menão.Para o presidente do Observatório de Londrina, Waldomiro Grade, com mais empresas locais participando das compras públicas, maior será também a credibilidade e a transparência dos processos licitatórios. Segundo ele, este é o momento exato para superar antigos mitos de que empresas públicas não pagam ou pagam com atraso. “Isso é coisa do passado. Com a Lei de Responsabilidade Fiscal e os avanços tecnológicos – como o pregão eletrônico –, atrasos e irregularidades se tornaram muito mais difíceis. Quanto mais empresários locais participarem das licitações, mais teremos transparência e credibilidade no processo”, acredita.Para isso, o vice-prefeito de Londrina, Guto Bellusci, garantiu que o Município vai colocar todo empenho em estimular a participação de empresários locais nos processos licitatórios. “A

adesão ao programa Compra Londrina é um compromisso assumido pelo prefeito Alexandre Kireeff.”O gerente do Sebrae acredita que todos querem e buscam o desenvolvimento local. “Com o programa, todos temos a ganhar. Tantos os empresários que poderão se capacitar e vender mais, quanto os órgãos públicos, que poderão comprar de forma mais simples e barata”,

menciona Feliciano. “É terrível quando você tem um fornecedor de uma cidade mais longe, como Curitiba, por exemplo, e enfrenta algum problema e precisa se comunicar com o fornecedor para solucionar o problema. Não adianta você reclamar com ele, que ele não estará aqui sentindo o problema. Já com um fornecedor local, a comunicação é muito mais próxima e direta. A gestão de compras públicas acaba se dando uma forma muito melhor”, completa.O Programa Compra Londrina começou a ser discutido no Fórum Desenvolve Londrina em 2008. Neste ano, 14 cidades do Paraná já iniciaram as primeiras discussões e outras a efetiva implantação do Programa. Na segunda quinzena de outubro, a ACIL e o Sebrae realizarão uma rodada de negócios em compras públicas, aproximando as duas partes interessadas: os empresários e os gestores de órgãos públicos.

Compradores esperam conquistar fornecedores locais

Com 843 fornecedores cadastrados na região, mas apenas 10% dos serviços contratados sendo fornecidos por empresários locais, o diretor de planejamento da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em Londrina, Cassiano Andrade, afirma que o Programa `Compra Londrina´ pode ser um passo importante para uma maior participação desses fornecedores nas compras públicas do município. “Para determinados tipos de serviço,

o fornecedor local é muito mais adequado. Você imagina o que significa para nós, por exemplo, ter um prestador de serviço ou de produtos, de Belém, como temos hoje, e ele precisar vir de lá até aqui para uma simples reunião?”A mesma dificuldade tem encontrado o superintendente da Infraero em Londrina, Marcos Vinícius Pio, ao realizar a compra de produtos para o órgão federal. “Às vezes eu compro um lote de canetas que vem lá do Ceará e, caso uma grande parte delas venha com defeito, eu não tenho como reclamar, nem devolver, devido à distância desse meu fornecedor”, compartilha. “Com um programa como esse, eu espero que tenhamos mais facilidade de comprar de fornecedores daqui, porque realmente encontramos muita dificuldade para comprar na região de Londrina. Sofremos aquele estigma de que órgão público não paga, quando compramos e pagamos como qualquer empresa privada”, afirma, completando que diversas vezes solicitou orçamento a empresários de Londrina para a compra de determinados produtos e não recebeu sequer uma resposta.

Programa foi lançado na ACIL; uma rodada de negócios em compras públicas, aproximando empresários e os gestores de

órgãos públicos, está prevista para outubro

Guto Belusci: “A adesão ao programa Compra Londrina é um compromisso assumido pelo prefeito Alexandre Kireeff”

Marcos Vinícius Pio: “Com um programa como esse, eu espero que tenhamos mais facilidade de comprar de fornecedores daqui, porque realmente encontramos muita dificuldade para comprar na região de Londrina.

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NOVA SERGIPE

Por Paulo Briguet

De que é feita uma rua? Alguns responderiam que ela é feita de asfalto. Mas nem sempre isso é verdade: as primeiras ruas de Londrina eram todas de terra, com poeira nos dias de sol e lama nos dias de chuva. Outros diriam que uma rua é feita de casas. Isso está mais próximo da verdade, mas as casas podem assumir diferentes formas: casas de alvenaria, casas de madeira, prédios de apartamentos, lojas comerciais, até delegacias de polícia. Na verdade, a resposta mais completa seria: uma rua é feita de gente.Assim é a Rua Sergipe. A mais antiga e tradicional rua do comércio londrinense é feita por pessoas e suas histórias. A mais triste história da via começou há exatamente 70 anos – e está terminando agora. Em 1943, na esquina da Sergipe com a Brasil, foi construído o Cadeião de Londrina. Com o passar do tempo, aquele local se tornou um símbolo do desrespeito aos seres humanos e à cidade. Os presos ficavam em celas fétidas e superlotadas. Quem passava pela frente do prédio podia até conversar com os detentos pelas janelas, que ficavam bem próximas à rua. Em consequência das inúmeras tentativas de fuga, o prédio virou um queijo suíço de buracos e túneis.A presença soturna do Cadeião acabou estigmatizando as redondezas. Em 1993, com a construção da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL), o velho

Cai o muro.Renasce uma ruaReforma no antigo Cadeião, que será transformado em centro cultural do Sesc, é um marco no Projeto Nova Sergipe e na reinvenção do varejo londrinense

presídio foi desativado. O governador da época tentou demolir o prédio, mas um grupo de londrinenses, liderado pelo arquiteto Marcos Barnabé e o escritor Domingos Pellegrini, impediu que isso acontecesse. Afinal, aquele era um prédio histórico.Vinte anos depois da tentativa de demolição, o prédio do Cadeião está ganhando vida nova. Em abril deste ano, o Sesc Londrina iniciou as obras de restauração para transformá-lo em centro cultural. É interessante a coincidência das datas: em 1943, o Cadeião foi construído; em 1953 e 1963, ampliado e reinaugurado; em 1993, desativado; e agora, em 2013, está renascendo.A transformação do antigo Cadeião em centro cultural é uma das conquistas do Projeto Nova Sergipe, desenvolvido em parceria entre a ACIL, o Sebrae, a Prefeitura de Londrina, a Rede Massa e os comerciantes locais.Dias atrás, o superintendente da ACIL, Diego Rigon Menão, estava passando pela Rua Sergipe e viu que o antigo muro do Cadeião foi derrubado, como parte das obras de restauração que se realizam no local. “Olhei para aquele muro e pensei: isso tem um significado muito grande. É como se fosse a queda de um pequeno Muro de Berlim que simbolizava o abandono daquela região da cidade.”O gerente-executivo do Sesc Londrina, Cilas Fonseca Vianna, diz que a reforma do Cadeião é a realização de um sonho. “O centro cultural vai resgatar aquele local

da cidade. Tanto que já está acontecendo uma valorização dos imóveis da Rua Sergipe e do entorno”, diz. Segundo ele, o modelo para a restauração foi o Paço da Liberdade, antiga sede da Prefeitura de Curitiba, também transformado em centro cultural pelo Sistema Fecomércio. “Esse prédio histórico curitibano estava fechado, às moscas. A restauração acabou recuperando aquele local da cidade.”A reforma do Cadeião prevê a preservação das características arquitetônicas do prédio original. Uma das celas será deixada exatamente como era: com as

De cadeião a centro cultural: reforma vai preservar as características arquitetônicas do

prédio original

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NO PÁTIO EM QUE OS PRESOS TOMAVAM SOL, SERÁ INSTALADO UM CAFÉ

grades, as portas, os escritos na parede, os beliches de concreto. Mas a maior parte será totalmente transformada. O lugar em que antigamente os presos se acotovelavam agora vai receber peças de teatro, concertos musicais, encontros literários, exposições artísticas. “O Cadeião vai virar um polo irradiador de cultura”, define Vianna. No pátio central, onde os presos tomavam sol, será instalado um café. Estuda-se a possibilidade de criar um calçadão no trecho da Sergipe situado entre a Avenida Leste-Oeste e a Rua Brasil.

“Sozinho eu não sou nada”Os comerciantes que participam do Projeto Nova Sergipe estão entusiasmados com as mudanças. É o caso de Mauricius Gonszales Castello Branco, proprietário do estacionamento Eco Park, no quarteirão entre a Rua Mato Grosso e a Avenida Duque de Caxias.Desde a infância, Mauricius conhece bem a Sergipe. Seu pai tinha um estacionamento na rua, nos anos 80. Em 1993, Mauricius foi estudar Engenharia Mecânica em São Paulo e trabalhou por 11 anos numa grande seguradora de veículos. Há dois anos, resolveu voltar para Londrina e abrir o próprio negócio.“A Sergipe é uma rua histórica, sempre teve bom movimento, por isso escolhi esse endereço para abrir o Eco Park”, diz. “Vivi, cresci e sempre vi a Sergipe

como uma rua de comércio muito forte. Hoje as lojas têm um perfil mais popular. Eu comparo a Sergipe à Rua 25 de Março, em São Paulo.”Procurado pelo Sebrae e a ACIL há seis meses, o empresário começou a participar do Projeto Nova Sergipe e passou a se interessar mais pelo bom funcionamento e a qualificação das lojas do entorno. “Quem atua no ramo de estacionamento é, na verdade, um prestador de serviços para as lojas. Se as lojas vendem mais e atraem um número maior de pessoas, o meu faturamento cresce. O estacionamento está ali para servir. Sozinho, eu não sou nada.”Mauricius também se entusiasma com a reforma no Cadeião. “Acredito que este centro cultural será um renascimento da Sergipe. É o comecinho da rua, e a mudança vai se refletir em toda a rua”, diz o empresário, que com o Nova Sergipe teve oportunidade de conhecer bem os seus colegas da rua. “Agora, um ajuda mais o outro”, comenta Mauricius, dando uma lição prática de associativismo.

Mudanças na rua e nas pessoasA empresária Júlia Kato, da D´July Moda Íntima, abriu sua loja na Sergipe em 2004. “Eu observo uma grande melhora nas quadras que já foram reformadas”, afirma. Segundo ela, o público da Sergipe está mais variado e, com a sequência do projeto, a tendência é que isso se reflita

no aumento de vendas e do ticket médio das lojas.Desde 2009, Júlia participa ativamente das reuniões da Nova Sergipe. Moradora de Londrina há mais de 30 anos, ela diz que a Rua Sergipe tem um significado especial em sua vida. “Foi onde eu comecei, onde eu descobri esse amor pelo comércio de rua. Conheci a antiga rodoviária, que passou a ser Museu de Arte. Acompanhei as mudanças com a Lei Cidade Limpa. Era uma rua visualmente poluída, hoje não é mais. Está melhorando e vai melhorar ainda mais.”Júlia fez vários cursos do Projeto Nova Sergipe. Melhorou a gestão de suas lojas, capacitou funcionárias e elevou a qualidade de atendimento. Neste ano, já está matriculada em um curso de coaching ministrado pelo Sebrae. “Estou aguardando ansiosamente as aulas”, revela.A reforma no Cadeião, para ela, é um marco. “Aquela parte da cidade estava muito abandonada, agora vai ficar bonita. E eu percebo que muitos colegas também estão mudando, deixando suas lojas mais bonitas, investindo no treinamento e na capacitação, caprichando no atendimento.”Uma rua é feita de gente. Assim é o Projeto Nova Sergipe: não muda apenas a rua, mas também muda as pessoas. Para melhor.Mauricius Castello Branco: “Se as lojas

vendem mais e atraem um número maior de pessoas, o meu faturamento cresce.

O estacionamento está ali para servir. Sozinho, eu não sou nada.”

Cilas Vianna: “O centro cultural vai resgatar aquele local da cidade.

Tanto que já está acontecendo uma valorização dos imóveis da Rua Sergipe

e do entorno”

Júlia Kato: “Percebo que muitos colegas também estão mudando, deixando suas lojas mais bonitas, investindo no treinamento e na capacitação, caprichando no atendimento.”

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PARCERIAS

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“BENEFÍCIO É ESTENDIDO AOS FUNCIONÁRIOS DAS EMPRESAS ASSOCIADAS”

Por Fernanda Bressan

Educação, saúde é crédito. Essas três palavras fazem parte de nosso dia a dia e custam. Mas para quem é associado ACIL, ter acesso a esses bens essenciais é mais barato graças a parcerias firmadas na cidade. Escolas e faculdades, planos de saúde e instituições financeiras oferecem condições especiais e descontos para quem pertence à entidade. “Esse benefício é estendido aos funcionários das empresas associadas, que podem investir, por exemplo, em capacitação”, completa o presidente da ACIL, Flávio Balan.

Para quem tem filho em idade escolar, colégios como Maxi, Mãe de Deus e Portinari são opões interessantes. No Portinari o desconto chega a 25% nas mensalidades, uma economia importante dentro do orçamento doméstico. No Maxi o desconto é de 10% para o primeiro e segundo filhos e chega a 15% para quem tem o terceiro na prole. O preço especial é extensivo aos funcionários das empresas e seus dependentes. No Mãe de Deus, empresários e funcionários de empresas associadas pagam 25% menos para estudar os filhos. Da educação infantil ao ensino médio, o associado economiza com os gastos em educação.

Aliás, o benefício chega ao Terceiro Grau. A Faculdade Pitágoras, por exemplo, é 15% mais barata para associados ACIL. Os colaboradores e seus dependentes podem fazer qualquer um dos cursos de graduação ou pós-graduação, aprimorando o conhecimento. “Pela educação, os colaboradores podem se aperfeiçoar e crescer dentro das empresas. Ela é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento do nosso país”, avalia Balan. Na Universidade Cesumar, que tem um polo de educação à distância em Londrina, o desconto é de 10%. Filiados à ACIL também podem buscar os cursos de MBA e Pós-Graduação do Senai. O desconto nas mensalidades também é de 10%.

Para quem precisa cuidar da saúde bucal, também há parcerias. A Oral Master oferece 20% de desconto nos tratamentos para associados. Aqueles que querem fazer um plano de saúde, podem entrar em contato com a Unimed, que tem condições especiais para os convênios. As empresas podem oferecer o benefício a seus colaboradores pagando menos. Os descontos valem para planos a partir de 4 colaboradores. Na Unipax, plano de assistência familiar que oferece convênio médico, odontológico, assistência funeral, dentre outros serviços, as condições de pagamento também são facilitadas para quem é da ACIL. Quem contrata plano empresarial tem desconto de 10% na mensalidade.

O empresário que precisa investir no próprio negócio tem acesso às taxas de juros diferenciadas oferecidas pelo Sicredi e pelo Sicoob. Há diversas opções de linhas de crédito como antecipação de recebíveis, capital de giro, construção e reforma, aquisição de máquinas, equipamentos eletrônicos e veículos, além de microcrédito para microempreendedor. “Hoje é preciso estar sempre buscando novidades, investindo em tecnologia, em um visual diferente para atender melhor o cliente. O objetivo da ACIL com essas parcerias é trazer vantagens para quem faz parte da nossa entidade, essa é uma das grandes características do associativismo, buscar a melhoria de todos pelo trabalho conjunto”, diz Balan.

Para ter acesso ao benefício, é preciso levar às empresas parceiras um documento do RH da empresa em que o colaborador trabalha comprovando que é ela associada à ACIL e também que pessoa compõe o quadro funcionários daquela empresa (isso para os benefícios extensivos aos colaboradores). Em alguns casos, é solicitado ainda o último holerite. Para empresas, é preciso comprovar que faz parte da ACIL.

As parcerias integram o rol de benefícios que são oferecidos aos associados da ACIL. Todos os produtos podem ser conhecidos no site www.acil.com.br na aba “Produtos e Serviços”. Dentre eles estão a Certificação Digital, agenda mensal de cursos e treinamentos e locação de espaços para eventos, reuniões e palestras.

Contatos dos nossos parceiros:

Colégio Mãe de Deus3878-6800

Colégio Maxi3372-5555

Colégio Portinari3328-2000

Faculdade Pitágoras3373-7333

Oral Master3321-5200

SENAI Londrina3294-5100

Sicredi3305-4000

Sicoob3306-2100

Unimed3375-6000 - Anieli

Unipax3315-6550

Universidade CesumarPolo Londrina 3027-6361

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SEMPRE PERTO

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PAIXÃO E RESPEITO PELA PROFISSÃO GARANTEM SUCESSO EM FAMÍLIA

Por Gisele Rech

A família Bueno se encaixa com perfeição no ditado popular que assegura: filho de peixe, peixinho é. Para o clã, a arte de cortar cabelos passa de geração para geração. Começou com o senhor Esídio Bueno, já falecido, lá pelos idos dos anos 50. Ele dividia a clientela do pequeno salão com o filho Nilson. Quando se aposentou, passou o bastão – ou melhor, a navalha - ao neto, Luciano, que com apenas 14 anos já era habitué da barbearia. Hoje, Luciano vê, com orgulho, o filho Gabriel, de 16 anos, seguir na mesma profissão. “Ele se formou cabeleireiro recentemente e está mostrando serviço”, diz o pai coruja.Além de Gabriel, Luciano tem hoje uma parceira e tanto no salão FL & Capelli, no Jardim Shangri-La. A esposa, Flávia Zequini Bueno, também vem de uma família cheia de intimidade com cabelos e tesouras. “Meus tios tinham essa profissão, que tanto me orgulha”, diz. Flávia foi decisiva para que Luciano decidisse investir mais alto na empresa familiar. Atualmente, o salão tem nove pessoas trabalhando – Seo Nilson, pai de Luciano, acabou voltando à pequena barbearia da Vila Nova, onde divide o serviço com o outro filho, Juliano. “Foi uma opção dele ficar em um estabelecimento menor, com atendimento exclusivo ao público masculino”.Apesar da divisão de parte da família, Luciano segue firme com a esposa e o filho, em uma relação marcada essencialmente por uma virtude: união. “A gente pensa em crescer junto. Temos

um laço muito forte e isso acaba sendo decisivo para a busca pelo sucesso”. Para Flávia, outro ponto positivo em ter uma empresa familiar é ter um convívio mais intenso. “Estamos sempre juntos. No começo, meu filho não queria muito, mas agora está entusiasmado”, comemora.Mas este convívio intenso não provoca algumas desavenças? Flávia confessa que sim, talvez por haver mais intimidade. “Acredito que o maior problema é que, às vezes, levamos problemas do salão para casa. Mas isso é pouco perto da satisfação de evoluir ao lado de quem amamos”, garante.E por falar em amor, a cabeleireira é enfática ao destacar a paixão e respeito pela profissão como denominador comum fundamental para o bom andamento dos negócios. “O dinheiro é a consequência da nossa dedicação”. Coincidência ou não, o ambiente acaba atraindo muitas famílias ao salão. “É o nosso público maior”.

De filho para paiNo caso da 5D Modelismo, o processo foi inverso ao da família de cabeleireiros. O filho, o administrador de empresas Diego Bosso, viu no filão das pequenas réplicas de aviões, carros e barcos uma oportunidade única de ter o próprio negócio. “Um colega na empresa que eu trabalhava passou o ponto e chamei meu pai para dar uma força”, diz Diego. A força inicial acabou virando sociedade e hoje os dois, pai e filho, tocam a loja que fica na Rua Piauí e também vendem para todo o

Brasil no sistema de e-commerce.A empreitada começou há quatro anos, quando a loja ainda possuía um mix de produtos mais variados – incluindo alguns tipos de brinquedos e som de carro. “Fomos filtrando e percebendo as carências no mercado e apostando na especialização”, explica o pai e sócio, Ivo Basso. Em sintonia, o planejamento dos passos seguintes foi – e continua sendo - feito a quatro mãos, seguindo a máxima de que “duas cabeças pensam melhor que uma”.No entanto, apesar da sintonia flagrante entre os dois, manter o negócio familiar é um eterno exercício de concessões. “Nós pensamos diferente em algumas coisas, mas sabemos como nos acertar”, diz. Na empresa, a divisão das funções

Maria Izabel Fantini tem o apoio dos filhos na padaria: “Eles sempre vinham comigo e o meu

esposo e agora me ajudam no atendimento”

Família Bueno e a tradição de cortar cabelos: “A gente pensa em crescer junto. Temos um laço muito forte e isso acaba sendo decisivo

para a busca pelo sucesso”

Ivo e Diego Basso, pai e filho unidos no negócio: “duas cabeças pensam

melhor que uma”

Nós pensamos diferente em algumas coisas, mas sabemos como nos acertar. Duas cabeças pensam melhor que uma,

Ivo Basso

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também é fundamental para o trabalho fluir com perfeição. “Eu fico mais na parte administrativa e ele na parte de atendimento, já que é ele quem tem mais habilidade para lidar com os produtos”, explica Ivo. Com apenas um concorrente na cidade e com uma clientela cada vez mais cativa – seja no comércio físico ou virtual – a dupla segue firme, já de olho na expansão dos negócios.

Pão quentinhoQuem também tem clientela fiel é a comerciante Maria Izabel Fantini, que faz sucesso no Saltinho, na Região Sul de Londrina. Ela é a proprietária da Padaria Coelho, que comandava ao lado do marido até ele falecer, há três anos. Com dez anos no mesmo endereço, o estabelecimento já virou tradição na vizinhança. “Tenho concorrentes, mas minha padaria sempre tem muito

movimento”, diz orgulhosa. Para atender tanta gente, Izabel conta com o apoio dos filhos Alisson, de 20 anos, e Andressa, de 17, que praticamente cresceram no estabelecimento. “Eles sempre vinham comigo e o meu esposo e agora me ajudam no atendimento”, diz. Na empreitada no ramo da panificação, Izabel tem ainda o apoio da irmã, Luzia Cristina, que dá à padaria um caráter ainda mais familiar.Para Izabel, ter os filhos trabalhando ao lado dela não tem preço. “É maravilhoso estar perto deles no tempo em que eles não estão na escola”, diz. A filha, Andressa, também confessa gostar de trabalhar em uma empresa familiar. “É melhor porque há mais flexibilidade. E como a gente se conhece melhor, a gente se entende”, acredita.No entanto, hoje Izabel vive a ansiedade de boa parte dos empresários que investem parte de suas vidas em um negócio: não sabe se os filhos vão dar

continuidade ao trabalho. “Por enquanto eles pretendem seguir outro caminho – um quer veterinária; outro, medicina. Vou apoiá-los no que decidirem, mas acho que ainda são novos para tomarem uma posição definitiva”, diz. Enquanto o futuro não chega, a família segue unida, apostando todas as fichas no carinho no atendimento ao cliente.

Serviço

FL & CapelliAv Pandia Calógeras, 43 , Jd Shangri-la(43) 3027-4570

5D ModelismoRua Piauí, 399 Loja 14(43) 3027-1334http://www.5dmodelismo.com.br/

Padaria CoelhoRua Ivone Freitas Lopes, 461 – Saltinho(43) 3341-5396

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CADASTRO POSITIVO

Por Fernanda Bressan

Desde 1955 os brasileiros estão habituados às consultas de inadimplentes. Os cadastros de quem não estava em dia com os pagamentos – ou mesmo não quitavam suas dívidas - foram criados para trazer mais segurança nas vendas, protegendo o comércio. Mas esse ano uma novidade entrou nesse segmento: o cadastro dos bons pagadores. Desde o dia 1º de agosto já é possível incluir o nome na lista de quem não tem dívidas ou pendências financeiras. Chamado Cadastro Positivo, esse novo sistema trará benefícios para a outra ponta – os consumidores podem se beneficiar com a possibilidade de pagar juros menores ou prazos de pagamento maiores pelo risco reduzido de calote.

Em Londrina, a ACIL tem o Serviço de Proteção ao Crédito, ligado à Base Centralizadora Faciap (BCF). Segundo o coordenador da Base, Edson Araújo Filho, a expectativa é de que no Paraná os consumidores adimplentes comecem a ser incluídos ainda nesse segundo semestre. “As Associações Comerciais participantes da BCF serão as entidades condutoras do processo de implantação do Cadastro Positivo no nosso estado e serão os pontos onde os consumidores poderão realizar seu cadastro positivo. Em pouco tempo, as adesões aumentarão e os primeiros resultados serão visualizados”, acredita.

O trabalho será em médio prazo, na análise de Edson Araújo Filho: “O desafio é grande e levará algum tempo para que os consumidores se beneficiem por autorizarem fazer parte desse cadastro, mas os primeiros são os que verão as vantagens mais rapidamente”, diz.

Em nível nacional, consumidores já podem aderir ao Cadastro Positivo. Nenhum nome será incluído sem a autorização; quem optar por participar da lista de bom pagador deve solicitar sua inclusão gratuitamente. Também será possível retirar o nome a qualquer momento, caso seja este o desejo do consumidor. O Cadastro Positivo funcionará como um prontuário, no qual o consumidor acumula informações ao longo do tempo. Na medida em que o tempo passa, o cadastro positivo do consumidor vai melhorando a pontuação e o posicionamento dentro do ranking de bons pagadores.

Para o professor de Economia da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e consultor da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Renato Pianowski, os consumidores podem ter benefícios. “Isso acontecerá se os comerciantes repassarem a economia que terão com a pesquisa de crédito a eles, separando o joio do trigo”, pontua. Segundo ele, os benefícios não serão imediatos, mas tendem a ser sentidos dentre 6 meses a um ano. “No Brasil as coisas demoram um pouco para pegar”, critica.

Do outro lado do balcão, os comerciantes também lucrarão. “Eles vão perder menos tempo e terão dados em mãos da nata dos consumidores”, sinaliza o economista. Segundo Pianowski, será interessante que os empresários repassem esse benefício aos consumidores que estarão no Cadastro Positivo, até para conquistar a confiança deles. Cabe ressaltar que o Cadastro Positivo não substituirá o cadastro negativo. Os dois continuarão coexistindo, auxiliando empresários a vender em segurança.

Edson Araújo Filho: “As Associações Comerciais participantes da BCF serão as entidades condutoras do processo de implantação do Cadastro Positivo no nosso estado”

A VEZ DOS BONS PAGADORESBanco de dados de quem está em dia com as contas trará benefícios; no Paraná, a coleta de dados está prevista para iniciar no segundo semestre

Isso acontecerá (ganho por parte dos consumidores) se os comerciantes repassarem a eles a economia que terão com a pesquisa de crédito, separando o joio do trigo. Já os comerciantes vão perder menos tempo e terão dados em mãos da nata dos consumidores

Renato Pianowski

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PERFIL

Por Muriel Amaral

Quando a atendente repassou o telefone para o empresário Sérgio Alves Pereira, ele dizia efusivamente a alguém: “Muito obrigado, volte sempre”. Estava se despedindo de uma cliente que deixava a loja depois de realizar uma compra. O proprietário da Tecelagem Adriana não deixa de fazer contato com sua clientela: conversa e tem uma relação de amizade e comprometimento com alguns deles.Mas, mesmo trazendo no sangue a afinidade com o comércio, ele não começou a vida profissional entre os balcões de algum estabelecimento comercial. Filho de comerciante, o pai dele exerceu a profissão por 40 anos. Ele trabalhou no extinto Banestado. Com a privatização da instituição e a possibilidade de receber uma quantia considerável pelo Plano de Demissão Voluntária (PDV), Sérgio refletiu bem e achou melhor deixar a vida de bancário e se dedicar ao

comércio. “Depois de alguns anos de banco, fiquei sem saber o que poderia fazer”, analisa o empresário. Com o dinheiro que conseguiu com os

acordos trabalhistas, ele poderia dar uma guinada em algum empreendimento que pudesse ser próspero. Foi daí que

começou o interesse em ingressar no ramo. A loja está localizada há 20 anos na

Avenida Saul Elkind, a artéria principal da Região Norte.

Sérgio Alves Pereira: “O meu público se encontra com mais peso aqui na zona norte,

não tem o porquê sair daqui”

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Há uma gama de artigos de confecção, cama, mesa e banho.

Todavia, nem sempre foi lá o endereço comercial. Antes, a loja estava entre tantos

outros estabelecimentos de confecções que o Centro da cidade comporta. O empresário está no comando do estabelecimento há 11 anos, quando ele já estava na Região Norte.Atualmente, Sérgio tem um acervo de 10 mil clientes cadastrados, mas nem todos estão ativos. Entretanto, a grande quantidade de clientes oferece um panorama da abrangência que a empresa tem naquela região. São duas lojas e ambas se encontram ao longo da avenida Saul Elkind. O sucesso da primeira unidade, que tem 600 metros quadrados de loja, foi o estopim para que a outra loja fosse aberta há pouco mais de um ano. Ainda engatinhando, a unidade mais nova, que tem 130 metros quadrados, não trouxe os rendimentos esperados. Mas uma coisa ele tem em mente sobre o futuro dela: “Se tiver que fechar essa loja, eu pretendo abrir [outra] aqui mesmo na zona norte”. A vontade de permanecer na região é justamente pelos laços criados com os moradores daqueles bairros. “Muitos dos nossos clientes são tratados pelo nome, muito informal e um clima bem amistoso”, relata. Além dos anos de permanência naquele ponto, há também as formas de créditos, as facilidades de pagamento e também a qualidade do produto, estratégias primordiais, segundo ele, para fidelizar os clientes. “Acompanhamos os interesses dos nossos clientes”, aponta.Esse ambiente bairrista e de amizade é também o lema das campanhas de vendas organizadas pelo empresário. Nada de anúncio em rádio, televisão ou veiculação em jornais da cidade; a publicidade é basicamente nos bairros da Região Norte por propagandas que são feitas por carros e moto som, além de patrocínio em eventos organizados pela igreja

local. “O meu público está aqui”, afirma. Outra estratégia é participar de ações realizadas em

parceria com ACIL, como o Londrinatal, campanha realizada para alavancar as vendas do Natal. Os laços com a Região Norte sempre foram muito estreitos. Nem mesmo a ocorrência de quatro assaltos durante o tempo em que é proprietário foi suficiente para que Sérgio procurasse outro endereço para a loja. Quando cogitou a possibilidade de abandonar o ponto e procurar um espaço mais seguro, uma unidade da polícia militar se instalou nas proximidades do estabelecimento. Com isso, os assaltos e a criminalidade na região do estabelecimento caíram consideravelmente. “Nunca mais tive problemas dessa ordem. A loja está em uma área segura”, anuncia aliviado.Por ser proprietário de um estabelecimento comercial próspero, Sérgio já recebeu várias propostas de locadores de prédios comerciais no Centro da cidade. A alternativa de se mudar para o centro já foi cogitada, mas hoje a possibilidade está cada vez mais distante, justamente pela fidelização dos clientes adquirida ao longo desses anos. “O meu público se encontra com mais peso aqui na zona norte, não tem o porquê sair daqui”, afirma. E quando questionado sobre a sugestão para que outros empresários venham a se instalar na região, ele analisa. “Certamente que tem que haver planejamento e investimento. Um estabelecimento comercial requer muito cuidado e dedicação; e os lucros nem sempre aparecem rapidamente. Mas eu fui muito feliz em escolher por ficar na zona norte”, conclui.

“NOSSOS CLIENTES SÃO TRATADOS PELO NOME, EM CLIMA INFORMAL E AMISTOSO”

Um estabelecimento comercial requer muito cuidado e dedicação; e os lucros nem sempre aparecem rapidamente. Mas eu fui muito feliz em escolher por ficar na zona norte

“ “

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TELEFÔNICA MUNICIPAL

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PREFEITURA E COPEL DEVEM FAZER INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL

Por Susan Naime Pensar na extinção da Sercomtel é quase tão surreal como idealizar a sua recuperação, possível, de acordo com os atuais gestores. Imaginar a cidade sem os tradicionais orelhões amarelos ou as réplicas das cabines inglesas mexeu com o coração londrinense. Exaltada durante muitas décadas como fonte geradora de riquezas para Londrina e braço forte nas administrações, hoje a empresa pública mais tradicional da cidade atravessa a pior crise de sua história. Entre o “disse-me-disse”, os rumores sobre a venda ou privatização da telefônica provocaram um alvoroço em toda a população e incentivaram discussões nos mais diversos segmentos da sociedade. Mas determinar um período para o início da crise na Sercomtel não é tão simples como se imagina. Uma série de fatores empurrou a companhia para a crise, como os gastos excessivos com anúncios publicitários e patrocínios. Para o presidente da empresa, Christian Schneider, as dificuldades ficaram evidentes quando a telefônica se lançou para o mercado competitivo, em meados de 1996. “Quando você sai de um modelo de monopólio para um modelo de competitividade, para se adaptar a um mercado todo diferenciado, você tem um perigo de transição”, ressalta. De 2002 a 2012, a telefônica acumulou R$ 103.217.690,00 em prejuízo, o que resultou na perda de R$ 143.678.342,00 de patrimônio líquido. Só em 2012 foram R$ 65.403.267,27. “A empresa é viável desde

que mude a sua governança corporativa e o seu foco. Se a gente não resolver a vida da Sercomtel até julho de 2014, fica difícil discutir o futuro”, avalia Schneider.

Sercomtel no mercado A Sercomtel nasceu de forma atípica em Londrina. Enquanto a iniciativa privada era responsável pela instalação das telecomunicações na década de 60, o ousado prefeito da época, José Hosken de Novaes, queria uma operadora telefônica londrinense e enviou à Câmara um projeto que sugeria a sua criação. Em 1964 tornou-se a Lei 934 e recebeu o nome de Serviço de Comunicações Telefônicas de Londrina – Sercomtel. Tratava-se de um departamento da Prefeitura. Em 1966 a Lei 1.058 converteu a Sercomtel em Autarquia Municipal. No dia 6 de julho de 1968, aconteceu a inauguração oficial da telefônica londrinense. Após 45 anos, a Sercomtel opera em 62 cidades do Paraná, 13 com recursos próprios e 49 em parceria com a Copel. Em 2012 recolheu R$ 64,5 milhões em impostos e, neste ano, foi classificada como a 42ª empresa em arrecadação de ICMS no estado. Recentemente, a operadora obteve

nota 100 na telefonia fixa longa distância e serviço móvel pessoal (celular). No segmento telefonia fixa local, a Sercomtel também aparece em primeiro lugar, com nota 94,403. Os dados são do Índice de Desempenho no Atendimento, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). São 1.500 empregos diretos e indiretos. Para o mercado, a empresa disponibiliza telefonia fixa e móvel na modalidade pós e pré-paga; acesso à internet banda larga; e plano pré-pago de internet para inclusão digital. São 200.346 acessos fixos, 61.233 móveis e 89.820 de banda larga.

Caixa azul em 2014 Em 2012, a Sercomtel implementou o Programa de Sucessão e Desligamento Voluntário (PDV) com a adesão de 99 colaboradores. A um custo de R$ 9.355.802,00, a ação promoverá, a partir de março de 2014, uma economia mensal de aproximadamente R$ 650 mil. Para o PDV 2013 houve a adesão de 57 colaboradores a um custo de R$ 4.162.374,00, a economia será de cerca de R$ 572 mil, a contar de abril do próximo ano. Outras ações também serão executadas para que seja possível resgatar o equilíbrio da empresa, como o encerramento das

A Sercomtel é presença viva no dia a dia londrinense, seja nas ligações telefônicas ou nos típicos orelhões espalhados pela cidade

Muita gente considera a Sercomtel inviável e vai ter uma surpresa no ano que vem. Eu digo o ano que vem porque nós vamos estar com o fluxo de caixa equilibrado

Christian Schneider, presidente da Sercomtel

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operações das unidades Adatel de Osasco e São José, além da SMTV de Maringá; revisão dos contratos com terceirizadas para reduzir custos; limitação aos investimentos necessários para a garantia da qualidade dos serviços; implementação de políticas comerciais agressivas na telefonia celular em função do Plano Geral de Metas de Concorrência; reestruturação da própria diretoria e a diminuição das gerências e coordenações da empresa. A expectativa é de que, com o conjunto de todas as ações anunciadas, a Sercomtel opere com o caixa positivo a partir de julho de 2014, e seja lucrativa em 2015.

Aporte de capital Em razão do recorrente desequilíbrio econômico-financeiro, e na possibilidade

de intervenção da agência reguladora Anatel, a telefônica londrinense solicitou aos seus sócios – Prefeitura e Copel – o aporte de R$ 47 milhões de reais. O valor foi reduzido para R$ 30 milhões; porém, apenas a metade seria concedida agora. Sem dinheiro em caixa, a Prefeitura, proprietária de 55% das ações, sugeriu entregar dois terrenos públicos para capitalizar a empresa e tornar viável a execução do projeto de reestruturação elaborado pela telefônica. O primeiro imóvel avaliado está localizado na rua João Huss, na Gleba Palhano, tem cerca de 3.685,70 metros quadrados e está orçado em R$ 3,1 milhões. O segundo terreno, avaliado em R$ 4,4 milhões, fica próximo aos loteamentos Alphaville 1 e 2 e possui aproximadamente 12.784,25 metros quadrados. Juntos, os dois imóveis custam R$ 7,6 milhões.

Do outro lado, cerca de R$ 7,25 milhões em dinheiro seriam disponibilizados pela Copel, que possui 45% das ações. Somados os valores seria possível o aporte de cerca de R$ 15 milhões. Caso não receba o repasse de pelo menos R$ 7 milhões até 30 de setembro, a Sercomtel poderá sofrer uma intervenção da Anatel.“Nós não estamos doando terreno ou dando dinheiro para a Sercomtel. À medida que você faz essa integralização de capital, ou através de financeiro ou através de um bem imobiliário, você vai aumentar o número de ações, seja ordinárias ou preferenciais do município. Não há perda de patrimônio do município. Ele está substituindo um patrimônio que hoje é um bem imobilizável por um patrimônio em ação na Sercomtel”, defende Christian Schneider.

Autorização Para que a Sercomtel receba o aporte de capital por meio de terrenos públicos, a Prefeitura precisa enviar à Câmara Municipal um projeto de lei que deverá passar pela aprovação dos vereadores. Assim que o documento chegar à Casa, ele é despachado durante uma sessão ordinária. Em seguida é encaminhado à Comissão de Justiça, que irá analisar a sua legalidade para dar sequência na tramitação. O prazo para o parecer é de 20 dias. Após esse aval, o projeto tramitará, paralelamente, pelas comissões necessárias, com o mesmo período de prazo para cada uma. Caso o Executivo ou algum vereador solicite urgência na tramitação, o pedido é analisado e votado em plenário. Nesta situação, a Lei Orgânica do Município permite que toda a tramitação tenha o prazo máximo de 45 dias. “Muita gente considera a Sercomtel inviável e vai ter uma surpresa no ano que vem. Eu digo o ano que vem porque nós vamos estar com o fluxo de caixa equilibrado. A partir daí a gente pode pensar em novos investimentos, crescimentos e aí sim discutir o futuro da Sercomtel como empresa. Sem arrumar a casa, nós não chegamos até lá, essa é a grande verdade”, enfatiza Christian Schneider.

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PRESERVAÇÃO

Por Juliana Mastelini

Nas páginas dos jornais antigos se percebe o andar de Londrina em outro momento histórico. Nas fotografias, as características do cotidiano. Nas atas e relatórios de empresas, as decisões importantes que fizeram parte da história da cidade. São documentos como estes que interessam e são preservados pelo Centro de Documentação e Pesquisa Histórica da UEL (CDPH). Documentos produzidos com o objetivo de atender a uma necessidade do dia a dia e que, com o tempo, adquirem um valor histórico. A historiadora Cacilda Maesima explica que esses documentos podem responder a questões referentes ao passado, já que mostram o cotidiano.Com ênfase na memória do Norte do Paraná, o acervo do CDPH é composto de arquivos de instituições públicas e privadas e documentos pessoais. “Em sua maioria, os documentos são de caráter arquivístico. É uma documentação feita e/ou acumulada por uma pessoa física ou jurídica no exercício de suas funções. Por isso, é um documento único, é uma carta, um ofício, um relatório, uma foto”, explica a historiadora. Alguns desses conjuntos documentais guardam também a memória empresarial da cidade. Como conteúdos publicados nos jornais locais, fotografias e mesmo arquivos de empresas que ao encerrarem suas atividades doaram seus documentos ao centro.Foi através de doação que os negativos fotográficos do Foto Estrela chegaram ao CDPH. O centro guarda cerca de 10 mil negativos da empresa que realizava atividade importante numa época em que a fotografia não era acessível a todos, explica Cacilda. Marco Antônio Neves Soares, coordenador do CDPH, lembra que essas fotografias retratam o cotidiano das pessoas. “No acervo do Foto Estrela aparecem cerimônias, celebrações, casamentos. Ele apresenta um cotidiano de diversas camadas sociais da cidade e não tinha a preocupação de ficar tirando fotos artísticas, a intenção era retratar o cotidiano”, destaca.Esse cotidiano também é percebido nas páginas dos jornais. “Você vê os ramos do comércio que existiam, os tipos de serviços: propaganda de médico, dentista, alfaiate, que é uma profissão que hoje em dia quase inexiste em função da

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“O CENTRO NÃO ATENDE SÓ A PESQUISADORES, MAS TAMBÉM AO CIDADÃO COMUM”

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industrialização”, comenta Cacilda Maesima.Os documentos da Fazenda Santa Branca, de propriedade da família Mayrink Góes, também fazem parte do acervo do centro. Antigos funcionários da empresa procuraram o CDPH para acessar informações trabalhistas nos livros fiscais da fazenda. O centro emitiu declaração com cópia autenticada dos documentos e o INSS considerou para a contagem de tempo para aposentadoria. “O centro não atende só a pesquisadores, mas também ao cidadão comum. Muitos arquivos que temos aqui contêm informações sobre questões trabalhistas que podem servir para esses cidadãos pleitearem seus direitos, como os documentos da Mayrink Góes”, explica Marco Antônio.Nos arquivos do centro de documentação é possível perceber também como alguns aspectos de empresas foram se modernizando. É o caso da TV Tibagi. O CDPH tem um acervo de filmes 16mm e slides produzidos pela emissora. O slide é uma espécie de fotografia, tecnologia utilizada na década de 60, antes do vídeo tape. “Como se fazia TV quando não havia vídeo tape? O telejornal era ao vivo e quando ia dar uma notícia de uma pessoa, por exemplo, colocava o slide da pessoa”, conta Cacilda.A historiadora explica que o acervo da TV Tibagi está preservado, mas ainda não foi digitalizado por falta de recurso. “Se por um lado a gente ainda não consegue dar acesso, por outro a gente por enquanto conserva. Se não estivesse aqui poderia ter se perdido.”O centro possui também documentos referentes à fundação da Sociedade Rural do Paraná. Documentos escritos, atas e fotografias importantes para a história da região, explica Marco Antônio Soares. “Inclusive o CDPH disponibilizou essa documentação para que o Museu da Sociedade Rural fizesse cópias para seu acervo.” O psicólogo e professor Marcio Francisco Dias, ex-aluno da UEL, visitou o CDPH no ano passado para conhecer o centro. Ele conta que foi recebido por funcionários que explicaram todo processo de catalogação dos materiais. “Deu pra perceber que tem bastante coisa. Encontrei um livro de geografia de quando eu estudava em 92. Vi também o preparo e o cuidado que eles têm pra guardar o material pra não degradar. Cuidado com a temperatura, com a umidade”, completa.

Memória InstitucionalMarco Antônio Neves Soares e Cacilda Maesima lembram da importância de se preservar a memória institucional das empresas seguindo os critérios da Arquivística, o que garante que a informação fique organizada, preservada e acessível e ajuda numa tomada de decisão. “Ao mesmo tempo, esta memória representa uma tradição da empresa no mercado e na cidade, consolidando-a”, completa Cacilda.“Por exemplo, uma ata de reunião de conselho deliberativo da empresa tem que ser preservada. Tem que se educar todos que trabalham no setor de que isso é um documento de caráter permanente e vai se tornar histórico porque contém todas as deliberações da diretoria da empresa, informações que vão contar a história da empresa”, explica Soares. Além disso, Cacilda fala que a empresa dá uma contribuição pra sociedade local ao valorizar sua história e divulgá-la.

ServiçoO CDPH fica no Centro de Ciências Humanas (CCH) no campus da UEL. O acesso aos documentos é público e gratuito. O centro funciona de segunda a sexta-feira nos três períodos (manhã, tarde e noite). O centro também recebe visitas agendadas e os profissionais ministram cursos destinados a preservação, conservação e organização de acervo e estratégias de história oral.O CDPH recebe doações de arquivos pessoais, familiares e de instituições que encerraram suas atividades.Informações pelo telefone: 3371-4825.

Marco Antônio Neves Soares e Cacilda Maesima no CDPH

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NICHO DE MERCADO

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PÚBLICO UNIVERSITÁRIO UTILIZA E FORTALECE VÁRIOS RAMOS DE SERVIÇOS

Por Alexandre Sanches

Londrina possui uma característica importante em sua fonte produtiva, que é a prestação de serviços. Entre os serviços que movimentam boa parte da economia local está o ensino universitário, atualmente com cinco universidades – duas públicas e três privadas – e diversas faculdades que trazem milhares de pessoas todos os anos para estudar e ter uma profissão.As instituições de ensino superior têm ajudado Londrina a mudar o seu perfil urbano, transformando ruas residenciais em comerciais, atraindo em seu entorno empresas, além de imóveis voltados a hospedar os estudantes. A Universidade Estadual de Londrina (UEL), que durante décadas foi considerada fora da área urbana, hoje está praticamente integrada à cidade, com conjuntos residenciais voltados a solteiros e, principalmente, a estudantes. Eles ficam nas imediações das ruas do campus. Com esses imóveis, vários serviços como bares, lanchonetes e restaurantes também se instalaram na região.Em outro ponto da cidade também foi a movimentação universitária que criou o nicho. O Restaurante Universitário, que por décadas funcionou anexo à antiga Casa do Estudante Universitário, na curva da Avenida JK com a Rua Canudos, levou a região do Jardim Higienópolis a se transformar numa área repleta de repúblicas, pensionatos e casas de estudantes. Sem falar que a principal via de acesso dos ônibus ao campus, a Rua Humaitá, passa pelo local. Mesmo com o fim da Casa do Estudante e a implantação do RU no campus da UEL, essa região se mantém como tradicional área de moradia universitária.

Na área central, a Unifil também ajudou a manter muitos imóveis voltados a hospedar estudantes na região, unindo-se com o Jardim Higienópolis, sem falar em serviços voltados a atender esse público. A Universidade do Norte do Paraná (Unopar), que começou com as faculdades de Educação Física e de Fonoaudiologia, localizadas na área central da cidade, teve uma grande expansão e montou um campus no Jardim Piza, um bairro de tradição residencial. Aos poucos, com o crescimento do empreendimento e a transformação em universidade, houve a necessidade de comprar imóveis vizinhos nessa expansão. Mas não foram só aqueles que venderam seus imóveis que viram oportunidade de lucrar com a Unopar. Na Avenida Paris, diversas casas foram transformadas em padarias, restaurantes, lanchonetes, pensionatos e até mesmo quitinetes. Hoje, há serviços de livraria e papelaria, fotocopiadoras e cybercafé que atendem as necessidades básicas dos estudantes.O campus da Unopar da Rua Tietê, na Vila Nova, região de residências e oficinas mecânicas, ganhou estabelecimentos voltados a fornecer lanches e serviços de fotocopiadoras, adaptando-se às novas necessidades criadas pela universidade.

Adaptação comercialDe olho neste movimento estudantil com graduação e pós-graduação, empresas procuram prestar serviços específicos, como no ramo de alimentação. Apesar de não estar próximo de universidades, na área central, o restaurante Beef ’s House, na Avenida Higienópolis, esquina com a Rua Guararapes, está estrategicamente localizada no caminho dos acadêmicos rumo à UEL.Há 22 anos trabalhando no local, o empresário Dayson Ribeiro de Pádua, 44 anos, disse que os estudantes representam mais de

Dayson Ribeiro de Pádua: “Pela nossa localização, temos

clientes fiéis que chegam a fazer falta no período de férias”

Cidade Universitária – condomínios vizinhos à UEL atraem estudantes

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30% de seu rendimento mensal. E a cada ano esse público cresce. “A gente sabe que na UEL há o restaurante universitário e as cantinas. Mas muitas pessoas preferem comer aqui no Centro. Pela nossa localização, temos clientes fiéis que chegam a fazer falta no período de férias”, salienta.Atualmente, Pádua serve cerca de 350 refeições/dia. Recentemente, o estabelecimento foi reformado para melhor atender aos clientes, em especial os estudantes que, no horário do almoço, tem provocado uma lotação expressiva. “Para 2014 vamos fechar a área externa e climatizar o ambiente, servindo refeições por quilo com serviço de churrascaria agregado”, afirmou.

LimpezaHá comerciantes preocupados em oferecer a praticidade de roupa lavada e passada aos estudantes. É o caso de Urânia Martins Rodrigues, proprietária da Lavanderia El-Shadai Nacional, localizada na Rua Humaitá, área tradicional de Londrina que concentra grande números de pensionatos e repúblicas.Instalada nesta via há cerca de 10 anos, a lavanderia havia mudado para lá pela comodidade do imóvel. “Aos poucos fomos vendo uma clientela diferente, os estudantes universitários que vivem em pensionatos e repúblicas ou mesmo sozinhos em apartamentos. Por isso, passamos a investir neles, acreditando no potencial dessa clientela”, enfatiza, lembrando que uma das primeiras promoções foi justamente voltada a atrair o público estudantil com descontos.“Hoje eles representam de 40% a 50% do nosso faturamento. Atendemos mais a homens, pois as estudantes ainda não se importam de lavar e passar suas roupas. Com as férias do meio de ano e de dezembro a fevereiro, sentimos uma queda significativa no volume de trabalho.” A rotatividade, por conta daqueles que terminam o curso

e dos que entram no vestibular, é grande a cada ano. “Já pensamos até em nos mudar para um imóvel melhor, mas ficamos receosos em perder parte destes clientes, indo para uma casa em outro ponto. Preferimos continuar a investir nessa região que também é rota de passagem da universidade para outros bairros da cidade.”

Universitário é bom cliente para imobiliáriasSe por um lado há a necessidade de comerciantes se adaptarem à realidade dos universitários, por outro há a necessidade de se oferecer imóveis para que eles possam se hospedar. E as construtoras e imobiliárias estão de olho nesse filão. “Os estudantes universitários, pela sua condição de ter o pai como locador ou fiador dos imóveis, acabam sendo os melhores pagadores. Dificilmente dão problemas no pagamento dos aluguéis”, conta o corretor de imóveis Dárcio Scandelai, da Imobiliária Veneza.

“Temos uma grande procura por imóveis de um ou dois quartos voltados para estudantes, principalmente nos meses de janeiro e fevereiro”, aponta. Ele lembra que por conta dos calouros que ingressam nas universidades, chega a ter fila de espera por imóveis nesse período.

Os empreendedores, em especial as construtoras, já não enxergam apenas a UEL como foco potencial para buscar novos clientes. A região da Pontifícia Universidade Católica (PUC), na zona oeste, ganhará em breve um empreendimento da MRV Construtora com 480 imóveis com um e dois quartos, voltados principalmente para os estudantes universitários. “Já estamos com uma procura grande dos estudantes por esses apartamentos, visto que havia uma carência nessa região”, salienta.

Do outro lado da cidade, na região leste, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) também provocou mudanças nos bairros vizinhos, com construções de prédios de apartamentos de um e dois quartos. Dentro do projeto de expansão de Londrina, há empresas que já projetam condomínios fechados naquela região, levando cada vez mais a cidade em direção a Ibiporã. É a educação movimentando a economia.

Urânia Martins Rodrigues: “Hoje eles (universitários) representam de 40% a 50%

do nosso faturamento. Atendemos mais a homens, pois as estudantes ainda não se importam de lavar e passar suas roupas”

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Por Susan Naime O presidente da Câmara, Rony Alves (PTB), repudiou a decisão do juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública, Emil Gonçalves, que determinou a retomada do pagamento das vantagens obtidas através de progressões por conhecimento aos servidores do Legislativo. A ação, assinada pelo Sindicato dos Servidores Públicos (Sindserv), solicita o desbloqueio das promoções de 32 funcionários, o que resulta no montante de R$ 65 mil mensais. Apenas quatro servidores são filiados ao Sindserv. “Tem servidor que fez curso de 5 horas e recebeu por 500 horas; tem gente que recebeu promoções por curso de obstetrícia, de preparação de cadáver; teve caso de apresentação de certificado de curso de preparação de coquetéis e de mesário da Justiça Eleitoral. É isso mesmo que querem que esse presidente assuma que está correto dentro desta Casa? Alguns servidores muito irresponsáveis deveriam responder nas rédeas da lei. E que seja responsabilizado quem está me ordenando a tomar essa decisão. A situação é muito mais grave do que se pensa. Alguns servidores deveriam, vergonhosamente, reconhecer que fraudaram o erário. E nós vamos levar à justiça aqueles que fraudaram o erário”, desabafa.

Mal-estarAs declarações do vereador Rony Alves sobre os benefícios proporcionados aos servidores da Casa através das progressões por conhecimento causaram um mal-estar no plenário. Em um momento de desabafo, o presidente do Legislativo também disparou que “deveriam responder nas rédeas da lei presidentes que foram omissos a isso”. O fato não agradou José Roque Neto (PR), que esteve à frente da presidência da Câmara no biênio 2009/2010. “Não gostei. Quero informações sobre o momento em que fui omisso”, disse, na época. Para consertar a situação, Rony Alves disse que as acusações não atingem Padre Roque e nem Gerson Araújo (PSD), que também já presidiu o Legislativo.

“FARRA DOS DIPLOMAS” ESQUENTA CLIMA NA CÂMARA DE LONDRINA Em um momento de desabafo, o presidente do Legislativo, Rony Alves (PTB), acusou servidores de terem fraudado o erário. A declaração causou mal-estar na Casa

Servidores cobram declaração sobre fraudeNão foi apenas entre os vereadores que o clima ficou tenso, no que diz respeito à farra dos diplomas. Os servidores da Câmara também não gostaram das declarações dadas pelo presidente Rony Alves. “Os servidores se sentiram ofendidos, principalmente com a colocação da palavra fraude. Mas se houve fraude, já faz seis meses que isso está correndo, por que não foi visto isso anteriormente? Na cabeça dos servidores, ninguém fez nada errado”, reclamou o presidente da Associação dos Servidores da Câmara, Bartolomeu Lopes Sobrinho. Segundo Sobrinho, o vereador Rony Alves negou ter utilizado a palavra fraude. “Não vamos tomar medidas contra as declarações do presidente da Câmara. É a consciência do presidente e a consciência dos servidores. Nós só gostaríamos que ele se retratasse com os servidores. Mas isso ele vai decidir”, disse. Relembre o casoOs pagamentos dos acréscimos salariais foram retidos no final do mês de março após recomendação do Ministério Público. Uma carga mínima de 100 horas garantia reajustes que variam de 2,5% a 10,4%. Dessa forma, alguns servidores estavam recebendo o teto de R$ 13 mil. A Câmara analisou a situação de 57 funcionários que apresentaram certificados para adquirir progressões por conhecimento. A abertura de uma sindicância não foi descartada pelo presidente do Legislativo.

Câmara x Lei da MuralhaA muralha voltou a assombrar a Câmara de Londrina. O advogado Vinicius Borba ajuizou na 1ª Vara da Fazenda Pública uma ação popular em que questiona a lei que altera o zoneamento na Rua Ulrico Zuinglio, na Gleba Palhano, para a instalação do Hipermercado Angeloni. São réus o prefeito Alexandre Kireeff (PSD), o Município, a Câmara de Londrina e o seu presidente, Rony Alves. A liminar solicita o impedimento do início das obras do empreendimento ou a não liberação

do seu alvará de funcionamento. Na época em que era discutido, o projeto foi apontado como inconstitucional pelo procurador-geral do Município, Zulmar Fachin. Já o prefeito Alexandre Kireeff decidiu não vetar e nem sancionar a lei. Coube aos vereadores a sua aprovação.

PGM não concorda com liminarApesar de ter apontado inconstitucionalidade sobre a Lei Angeloni quando o projeto ainda tramitava na Casa, o procurador-geral Zulmar Facchin acredita que a liminar é inapropriada para o momento já que a Lei 11.847/2013 está vigorando há três meses.

Fato curiosoA ação causou estranheza ao presidente da Câmara e também autor do projeto, Rony Alves, já que também assina o documento o advogado Miguel Aranega Garcia. Ele foi procurador jurídico na Casa quando a tramitação do projeto Angeloni teve início. “Fico me perguntando como é que o procurador estava aqui dentro, viu todos os trâmites e, se viu alguma irregularidade, se omitiu a ela? Até porque nem há o que se questionar naquela lei”, disse Alves. Improbidade administrativaNo mês de agosto a vereadora Sandra Graça (PP) e o seu ex-assessor, Salvador Kanehise, foram condenados por improbidade administrativa pelo juiz Emil Tomaz Gonçalves, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Londrina. Kanehise teria recebido salários entre abril e dezembro de 2008 mesmo sem comparecer ao gabinete da legisladora. De acordo com o despacho do juiz, Sandra Graça e o ex-assessor precisam devolver aos cofres da Câmara de Londrina o valor de R$ 9 mil, além de ter suspensos os direitos políticos por oito anos e não poder contratar com o poder público por 10 anos. A vereadora não quis comentar o assunto. A decisão ainda cabe recurso.

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SAÚDE X MEIO AMBIENTE

Por Renato Oliveira

A superpopulação de pombas na região do bosque central de Londrina é um problema de saúde pública. São aproximadamente 340 mil aves, segundo contagem apresentada pelo município ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), em 2009, quando o poder público requereu o abate pela primeira vez. A criptococose, doença presente nas fezes das pombas, matou três pessoas nos últimos cinco anos e o controle do problema de ordem sanitária é urgente. Diante do risco de endemias ou epidemias, a ACIL cobra das autoridades públicas uma solução definitiva para caos sanitário que se instalou na cidade. Além de transmitir doença, a sujeira que se espalha pelos mobiliários urbanos, lojas e ruas da região central reduz o movimento e traz prejuízos ao comércio de rua. O presidente da ACIL, Flávio Montenegro Balan, defende o abate de parte das aves como “solução viável e necessária” para dedetizar o centro.“A cobrança está sendo branda (até agora),

ACIL defende que sim e cobra decisão definitiva em nome da saúde pública e da limpeza do Centro. Prefeitura é contra, mas chegou a admitir a hipótese em março, quando o um taxista de 47 anos morreu de criptococose; em cinco anos, doença matou três pessoas

pois se entende que é um problema questionável em âmbito ambiental. Mas se trata de saúde da população. Estamos mantendo um ambiente propício para circulação de ‘roedores com asas’. Não podemos confundir qualidade de vida com manutenção da vida dos pombos”, argumenta Balan.O presidente da ACIL ressalta que o problema poderia estar parcialmente resolvido. Em 2009, durante a gestão do prefeito Barbosa Neto (PDT), o secretário de Meio ambiente conseguiu autorização do IBAMA para o abate, mas descartou a possibilidade em nome de alternativas “ecologicamente corretas” como repelência eletrônica, corte de árvores e construção de pombais. “De lá para cá o problema só vem aumentando”, pontua.Para o economista Renato Pianowski, o doutor em manejo de resíduos ambientais, o abate é necessário por causa do crescimento desordenado da população de aves nos últimos 10 anos. Ele afirma que levantamentos feitos pelo departamento de

Medicina Veterinária da Unifil, em 2003, mostravam 170 mil pombas habitavam o espaço central da cidade.“Houve um descontrole. A profilaxia seria (que a população) não alimentasse os pássaros. Ou então espalhar anticoncepcionais e destruir os ovos. Ou mesmo abater as pombas. Algum controle tem que ter. Mas ninguém fez nada e estamos diante de um problema”, diz. Segundo o economista, há lugares no centro que estão sem condições de tráfego para pedestres por causa do acúmulo das fezes. “Onde está mais lotado é na Praça Sete de Setembro, na Praça da Bandeira, na região da Catedral. E ainda há aquelas que estão no telhado do Hospital Universitário, da Santa Casa, lugares em que há pessoas doentes”, diz.Para Pianowski, o repelente eletromagnético – que desorienta as aves e afastam os bichos da região de abrangência do aparelho – foi testado no bosque e não funcionou. Em Irerê, a alternativa conseguiu espantar as pombas do terminal de transporte coletivo. No entanto, elas migraram para o telhado do

POMBAS NO CENTRO. A HORA DO ABATE?

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“AFUGENTAR AS POMBAS DE UM LUGAR PARA O OUTRO NÃO RESOLVE O PROBLEMA”

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barracão de uma igreja nas imediações.“O que ele faz (o repelente)? Afugenta as pombas de um lugar, mas elas vão para outro. Isso não resolve o problema, só o transfere. A situação perdeu completamente o controle. Com soluções paliativas, joga-se dinheiro fora. É necessário que uma decisão definitiva seja tomada”, ressalta Pianowski.

Comerciantes apontam incômodo e prejuízos

Quem tem comércio perto de algum foco das fezes da pomba não aguenta mais conviver com a sujeira e o mau cheiro. O restaurante Tá em Casa fica em frente à praça Sete de Setembro e o acúmulo de fezes nas calçadas espanta a clientela. O gerente, Ramiro Maia, é a favor do abate para que a redução das pombas aconteça de verdade.“Temos restaurante aqui há 15 anos e a falta de higiene afasta os clientes do nosso tipo de estabelecimento. Antes, nosso movimento

era 30% maior. Resolver esse problema das pombas iria ajudar o nosso negócio e de outros comerciantes também”, diz. Outro beneficiado seria o pedestre, que convive diariamente com as fezes das aves. “Mas o pior mesmo é quando dá uma garoa, uma chuva leve. Fica um cheiro insuportável.”O proprietário da casa de massas Rivoli, Marcos Henrique Marangoni, acredita que a melhor alternativa para a praça que fica em frente seu estabelecimento é o corte das árvores. “Essas árvores são exóticas e podem ser cortadas. Deixaria apenas o pau-brasil, que é nativo. Também acho que tem muita calçada. Se fosse maior a área de gramado, o pedestre estaria menos exposto à sujeira. E no lugar dessas árvores poderia até plantar coqueiros”, sugere. Para o bosque, cortar os galhos que se projetam até a calçada seria a solução. “Mas o abate, acho pouco viável”, opina.

Abate já chegou a ser cogitado pelo poder público

A última vez que foi cogitado o abate das pombas junto à opinião pública foi no final de março. A morte de um taxista por criptococose colocou o poder público contra a parede com o dilema: Que vale mais? A vida do ser humano ou das pombas? Uma reunião em abril, que reuniu poder público, entidades e opinião pública, chegou a acender as esperanças de quem deseja ver o desfecho da situação. No dia 5 de maio, a Sema recuou. A pressão agora veio da ala ambiental da opinião pública e forçou, mais uma vez, a administração municipal buscar soluções “ecologicamente corretas”. “Quarenta dias depois da reunião, para nossa grande decepção, a Secretaria de Meio Ambiente tentou nos empurrar goela abaixo soluções paliativas, demoradas e ineficientes”, critica Balan.Enquanto o poder público não toma uma decisão firme, o comércio de rua paga a conta. Além da concorrência dos shoppings, que cresce a cada ano, a concorrência com as fezes das pombas que afasta a clientela deixa o comerciante desanimado. “Dizem que o abate de pombos pode ‘pegar mal’ perante a opinião pública. Mas pergunto: a atual situação pega bem? O mau cheiro pega bem? A sujeira pega bem? O caos no bosque, na catedral, no centro histórico pega bem?

Os prejuízos do comércio de rua pegam bem? Os riscos à saúde da população pegam bem?”, questiona.

SEMA descarta abate e insiste no Plano de Manejo

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente descarta o abate das pombas no centro de Londrina. A decisão foi tomada por uma comissão formada por oito membros de diferentes representantes da sociedade como Prefeitura de Londrina, Câmara de Londrina, Universidade Estadual de Londrina (Uel). De acordo com o secretário Cleuber Moraes, ficou definido um Plano de Manejo com 11 ações para o combate à superpopulação de pombas. “Mas o abate por enquanto não”, diz. Ele afirma que abater é considerado do ponto de vista da vigilância sanitária como “medida paliativa”. “Você terá um ‘refresco’ com três, quatro ou cinco meses? Vai. Mas se nada for feito na causa do problema, na verdade, você vai voltar a ter essa população de pombos. O problema é mais amplo, complexo e depende de um conjunto de ações”, argumenta.A repelência está praticamente descartada e será instituído um “Plano B”. A empresa responsável pela repelência vai tentar aprimorar essa primeira experiência. “Talvez buscar outro método como a repelência com gases, mas nada está definido. A empresa ficou de se reunir com os técnicos e desenvolver um plano alternativo. Até o final de setembro teremos uma segunda alternativa”, diz Cleuber.

Marcos Marangoni: “Se fosse maior a área de gramado, o pedestre estaria menos

exposto à sujeira”

Ramiro Maia: “Temos restaurante aqui há 15 anos e a falta de

higiene afasta os clientes do nosso tipo de estabelecimento”

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Por Fernanda Bressan “A comunidade é o olho da polícia em todos os cantos da cidade”. Assim o secretário municipal de Defesa Social, coronel Rubens Guimarães, definiu a importância da população no combate à pichação, ação criminosa que está sendo combatida com trabalho conjunto das polícias Civil, Militar e Guarda Municipal, com o apoio da ACIL. Elas lançaram a campanha “Pichação é crime”, trabalho que nasceu dentro no Núcleo de Segurança Pública, que se reúne semanalmente na ACIL para debater questões relacionadas ao tema.No dia do lançamento da campanha, foram convidados empresários do setor de tintas para auxiliar no combate. Juliana Rissi compareceu. Proprietária da Guaporé Tintas, ela disse que esperava uma maior

VANDALISMO

participação. “Esperava mais comerciantes porque é de interesse nosso saber como podemos vender os sprays. E foi proveitoso participar.”O coronel Rubens Guimarães, que é secretário municipal de Defesa Social, explica que a Lei 12.408 de 2011 estabeleceu novas regras para a venda de sprays – que pode ser destinado para a pichação mas também para outros tipos de pinturas (estas, legalizadas). Desde então, é proibido vender o produto a menores de idade. Para quem tem mais de 18 anos, é preciso apresentar RG ao comprar o spray e o nome do comprador fica identificado na nota fiscal, uma forma de coibir o mau uso do produto. “A empresa que não cumpre essas regras pode ter a suspensão do alvará ou mesmo a cassação dele”, enfatiza o coronel.Para quem picha muros e fachadas, ele

Camila Forbeck: “Nossa intenção agora é pegar um artista de rua e fazer um trabalho em todo o muro, que é preto, para ver se os pichadores vão respeitar. Queremos alguém com a intenção de fazer arte”

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esclarece que as medidas podem incluir pena de 3 meses a 1 ano de prisão. Mas faz uma ressalva: “Grafite não é crime, a pessoa apenas precisa da autorização do proprietário do imóvel – particular ou poder público – para expor a sua arte”. Já para os vândalos, o coronel diz que muitos atuam em gangues. Muitas vezes a pichação é usada para mostrar a força desses grupos, demarcar poder. Ele reafirma a importância da denúncia, que pode ser feita pelos telefones 153, 190 e 197. O delegado-chefe da Polícia Civil em Londrina, Márcio Amaro, aponta que o flagrante é a maneira mais fácil de identificar os pichadores. “Esperamos que a comunidade se engaje e denuncie, cabe até pedidos de mandados de busca em residência para ver como essas gangues estão se organizando”. Depois do lançamento da campanha, uma denúncia chegou pelo 197 e uma equipe está cuidando do caso. “Estamos investigando os sinais que eles deixam, as logomarcas dos grupos, um até já foi conduzido para a delegacia e seria de um grupo da Zona Leste. O que precisamos é que as pessoas denunciem mais, ainda não estão vindo muitas denúncias”, solicita. Segundo ele, atualmente o mais comum para os casos de pichadores é que se lavre um termo circunstanciado, que é encaminhado ao Ministério Público, que pode optar por multa ou advertência ao infrator. “As vezes as pessoas têm a sensação de que isso não tem resultado, mas quem pretende fazer um concurso público, abrir uma firma ou outra atividade, quando vai pedir os antecedentes criminais, aparece o registro”, apontou. Sem falar que em caso de qualquer outro delito, a pessoa já é caracterizada como reincidente. Em Curitiba uma ação semelhante de combate à pichação feita esse ano já mostrou os primeiros resultados. Em 120 dias, 700

denúncias foram feitas quando o normal para o período não chegava a 50. Por lá, o perfil dos pichadores inclui pessoas entre 12 e 36 anos de classe média e alta. Para minimizar os prejuízos ao patrimônio público e particular provocados pela pichação é preciso a adesão de todos. No que depender da empresária Juliana, o

primeiro passo já foi dado: “Somos integrantes da comunidade, e o que for importante para ela, nós vamos fazer.”

Fachadas sofrem com pichaçõesA arquiteta Camila Forbeck sabe bem do desconforto de ver o muro invadido. A fachada do escritório da IN Arquitetura foi pichado 2 vezes em 15 dias. “Primeiro picharam o muro com letras bem grandes e, uns 15 dias depois, voltaram e picharam a placa. Até pensei em pintar, mas a imobiliária que tem aqui do lado também foi pichada, eles pintaram o muro e os pichadores voltaram a pichar, eles pintaram novamente e o muro foi novamente atacado”, lembra.A ideia agora é buscar uma alternativa diferente. “Nossa intenção é pegar um artista de rua e fazer um trabalho em todo o muro, que é preto, para ver se os pichadores vão respeitar. Queremos alguém com a intenção de fazer arte”, antecipa.Para Camila, que também é urbanista, a pichação é um prejuízo para a cidade. “A gente sabe que a cidade fala, que temos uma responsabilidade social, mas dói ver o muro pichado, isso é vandalismo, não é arte de rua. É só um recado de que ele dominou o meu muro”, compara. A ação de combate aos pichadores é vista com bons olhos por ela. “Nem sabia que podia registrar BO para isso. A pichação é um dos atos de vandalismo. Quando andamos pela cidade, não vemos uma praça que não sofra vandalismo, alguém tem que olhar para isso e atender às denúncias”, frisa.

É PROIBIDO VENDER SPRAY A MENORES DE 18 ANOS

Força-tarefa para combater o crime foi apresentada na ACIL

Coronel Rubens Guimarães e delegado Márcio Amaro pedem ajuda para as denúncias que podem ser

feitas pelo 153, 190 ou 197

Associação Comercial e Industrial de Londrina 35

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COMUNICAÇÃO

Stalimir Vieira, grande nome da publicidade brasileira, faz palestra em Londrina em 10 de outubro em evento promovido pela RPC TV Londrina e ACIL

Por Paulo Briguet

Em 1967, um garoto chamado Stalimir obteve o segundo lugar em um concurso de redações da Rádio Difusora de Porto Alegre. O tema do concurso era “O que eu quero ser quando crescer”. O primeiro lugar coube a um estudante que desejava se tornar general – e foi premiado com uma bicicleta. O vice, que queria ser jornalista, teve de se contentar com o prêmio atribuído ao segundo melhor texto: uma coleção de livros. Mas o que era para ser consolação, acabou sendo destino. “Ler é abastecer-se de vocabulário, é aprender a organizar o pensamento, é estimular a imaginação e a criatividade. Quem precisa comunicar-se para alcançar os seus objetivos não pode abrir mão dessas ferramentas. Para o profissional de comunicação, não é apenas uma questão de gosto, mas uma necessidade

A ARTE DE PENSAR AO CONTRÁRIO

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BRIEFING É MOMENTO FUNDAMENTAL PARA O SUCESSO DE UMA CAMPANHA

37Associação Comercial e Industrial de Londrina

“O mais importante é focar no aprendizado e praticar, praticar, praticar, incansavelmente. Não

ter preguiça de fazer e refazer um trabalho até que ele fique bom.

Aceitar as críticas com naturalidade e procurar corrigi-las. Encantamento é a palavra-chave para sentir prazer no

trabalho.”(Stalimir Vieira, publicitário)

básica”, diz Stalimir Vieira, que não se tornou jornalista nem general, mas hoje comanda a agência CMC, uma das melhores empresas para se trabalhar no Brasil. No dia 10 de outubro, ele estará em Londrina para contar essa e outras histórias, numa palestra no Auditório David Dequech, promovida pela ACIL e a RPC TV Londrina.A leitura dos livros não dispensa a leitura do mundo; ambas são complementares. Stalimir teve grandes mestres na prática publicitária: em 1981, entrou na lendária agência DPZ, em São Paulo, onde trabalhava com o não menos lendário Washington Olivetto. Certo dia, a Sadia precisava desenvolver uma campanha para seu hambúrguer – mas Olivetto estava viajando. Então, chamaram o jovem Stalimir para dar conta do recado. Não foi fácil, até porque ele trabalharia ao lado de Francesc Petit, não exatamente conhecido pelo bom humor. Mas Stalimir conseguiu criar o slogan perfeito para o produto: Hambúrguer Sadia – É pra já. Um slogan que ele retirou da observação cotidiana.Trabalhar com mestres – Olivetto, Petit, Zaragoza, Roberto Duailibi, Murilo Felisberto – exige uma atenção constante; só assim é possível desenvolver um estilo próprio na publicidade. “A primeira coisa que os mestres nos ensinam é observar com atenção e humildade o que está sendo feito. Depois que compreendemos o processo criativo e nos tornamos capazes de praticá-lo, aí devemos começar a buscar o nosso jeito de fazer a mesma coisa. Trabalhar com eles me estimulou a pensar ao contrário, ou seja, a busca por fazer mais do que apenas diferente, mas por surpreender verdadeiramente.”Em seu livro “Raciocínio criativo em publicidade”, Stalimir afirma que não existe uma fórmula pronta para ser criativo. Seria como perguntar ao mestre de xadrez qual é o melhor lance de todos: dependerá do contexto de cada partida... O que existe é uma disposição intelectual: uma atitude aberta à informação, à sensibilidade,

à reflexão. A lâmpada da criatividade não se acende com o interruptor, mas com a presença de espírito. Stalimir tem várias estratégias pessoais para criar conceitos e campanhas publicitárias: dormir com o problema e acordar com a solução é uma. “Pensar ao contrário” é outra. Mas ele lembra que só é capaz de pensar ao contrário quem é também capaz de pensar à maneira convencional. “Acho que a principal prática é provocar a sensibilidade. E como isso ocorre? Primeiro, buscando informação. Segundo, transformando informação em reflexão. É assim que acabaremos, através da junção de várias informações de fontes diferentes, criando uma ideia nova. Então, é isso: informação e reflexão, como estimulantes da sensibilidade. É isso que leva à inspiração.”Há um momento fundamental para que uma campanha publicitária tenha sucesso, ou seja, atenda às expectativas do anunciante. Este momento se chama briefing: é a conversa em que empresário expõe seus objetivos ao publicitário. “Quando há clareza do papel de cada um, creio que o publicitário tem muito a contribuir e o empresário, muito a ganhar em boas ideias”, observa. “Quanto mais potencial de valor percebido tenham os diferenciais do produto ou do serviço, mais elementos o publicitário terá para desenvolver um conceito com apelo mobilizador. Acho que um bom publicitário tem a obrigação de orientar o empresário, com humildade e segurança técnica.”Em quarenta anos de profissão, Stalimir tem um currículo de primeira grandeza: publicitário, profissional de marketing, conferencista, escritor, diretor de criação (DPZ, W/Brasil, DDB argentina), professor e coordenador de inovação da ESPM, autor de campanhas para Nestlé, Johnson & Jonhson, Itaú, Bradesco, Sadia, McDonald´s. Perguntamos a Stalimir qual foi o maior orgulho de sua carreira. Ele revela especial carinho pela campanha que desenvolveu para uma pequena rede de supermercados na Argentina: “O cliente não tinha verba, então fizemos comerciais toscos,

absurdos, horrorosos, absolutamente amadores e assinávamos: ‘A oferta é tão boa que não importa que o comercial seja tão ruim.’ Fez muito sucesso e ganhou prêmios. Pensei ao contrário e funcionou”. O livro e o seriado “Mad Men”, inspirados nas memórias de Jerry Della Femina, mostram saborosas histórias da publicidade americana nos anos 60. O Brasil também tem os seus “Mad Men” – e Stalimir Vieira foi um deles. No dia 10 de outubro, o público que comparecer à ACIL certamente terá a chance de ouvir muitas destas histórias que dariam um livro. Ou uma coleção de livros...

Serviço: Mais informações para a palestra com Stalimir Vieira pelo telefone 3377-3473

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Campanha do Dia dos Pais sorteia 50 consumidoresPela primeira vez, a ACIL fez uma campanha premiada no Dia dos Pais. Os consumidores que compraram nas lojas participantes receberam cupons para concorrer a 50 cartões pré-pagos para gastar no comércio no valor de R$ 1 mil. Foram realizados dois sorteios - dias 8 e 16 de agosto – acompanhados de auditor da Caixa Econômica Federal. A campanha teve o apoio do Sicredi, Midiograf, Coopercard e Sercomtel. Abaixo, a lista dos ganhadores, seguido no nome do estabelecimento comercial em que compraram.

COLUNA DA ACIL

Thiago Cândido dos Santos - Supermercado Viscardi Denilza Ribeiro Souza - Supermercado ViscardiMaria Lucia da Silva - Supermercado ViscardiCarlos Henrique Ferreira - Casa das AntenasSueli M. Rocha - Casas AjitaIvonete Almeida Medeiros - Big Ben Jóias e Relógios Benedita Aparecida Ferreira - Casa das Bolsas Alexsânia Hema Tanferri - Casas Ajita Valter Alves Moreira - (Não identificado)Orindina Luzia Lima - Casas AjitaRubens Farias Pires - Calçados Aracalce Marcos Valerio Fresqui - Casas Ajita Dirce Ariano Tarmagnani - (Não identificado) Aline Oliveira do Carmo - (Não identificado) Lucia Semiguem - (Não identificado) Shoidi Higashi - Ótica Asahi Meganê Vera Bolelli - (Não identificado)

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Mannuelly Rodrigues dos Santos - (Não identificado) Moisés Montanher - Supermercado Viscardi Doroti Munhon - (Não identificado) Daniela Figueiredo Matos - (Não identificado)Olavo Trevisani - Supermercado Viscardi Roberto Vieira Rodrigues - (Não identificado) Isabelle de Boni - Supermercado 88 Valdemar de Souza - Supermercado ViscardiJosé Antônio de Oliveira – Supermercado ViscardiIara Jéssica Chuan Maffra – Casas AjitaLorran Bach – Jorrovi CalçadosJuarez Francisco da Silva - Casas AjitaPatrícia Ramos – Mobi DesignIsaura Aparecida Cimitan – K.M.N Comércio de RoupasJamile Serezuella - (Não identificado) Geni de Camargo Silva – Supermercado ViscardiLusinete Cordeiro de Sousa – F.K.N.C Comércio de Roupas Thelma Morais de Melo - (Não identificado) Maria da Silva Leite – Supermercado ViscardiFabiano Soares - (Não identificado) Kauan Augusto Nagao - (Não identificado) Maria Aparecida de Oliveira – Calçados JóiaDelma Ribeiro de Souza – Supermercado ViscardiEdilaine Dias dos Santos - (Não identificado) Valdecir Reche – Mobi Design - (Não identificado) Elsa Ferreira da Costa – Ótica VisãoAdair da Luz Marinardes Brito - Sueko Joias e RelógiosSimone D. Tramontini – Bolivar CalçadosRonaldo Conceição – Supermercado 88Cleusa M. Cruz Oliveira – K.N.C.S. Comércio de RoupasAdelino Nascimento - (Não identificado) Elza Froehlich Valerio – Casas AjitaLucy Maurício Schimiti – Supermercado Viscardi

Londrina e Manitoba: mais próximas do que se imaginaUma comitiva de Manitoba, no Canadá, visitou Londrina no dia 26 e foi recebida em almoço na ACIL. O vice-presidente da entidade, Luiz Carlos Adati, saudou os visitantes e fez uma comparação entre a província canadense e a nossa cidade. “Se pensarmos bem, veremos que Londrina e a província de Manitoba têm tudo para firmar uma grande amizade”, disse Adati ao ministro do Empreendedorismo da província canadense, Peter Borjnson. O dirigente da ACIL lembrou que a cidade e a província têm solos férteis e ricos; alcançaram posições de destaque na produção agrícola; orgulham-se de seus lagos (Igapó e Winnipeg); possuem vocação econômica diversificada; foram desenvolvidas por imigrantes de várias origens; têm localização estratégica, respectivamente na América do Sul e na América do Norte; possuem grande potencial turístico e atratividade de eventos; e ainda têm o Red River (Rio Vermelho) e a Terra Vermelha. “Além disso, vale destacar que Londrina e Winnipeg, a capital de Manitoba, são cidades com o mesmo porte, tendo cada uma cerca de 600 mil habitantes”, observou Adati.Os canadenses de Manitoba vieram ao Norte do Paraná em busca de parcerias nas áreas de agricultura de precisão, máquinas e implementos agrícolas, armazenagem e manuseio de grãos,

monitoramento de plantações. Também há um forte interesse nas áreas de educação, medicina e transportes.“Hoje Manitoba é o mais importante entreposto de grãos

na América do Norte”, disse o ministro Peter Bjornson. “Também temos empresas e pesquisa avançada na área de alimentos processados e máquinas agrícolas. Em Manitoba, produzimos o maior trator agrícola do mundo e temos a maior fábrica de ônibus urbanos e interurbanos da América”, informou Bjorson, que estava acompanhado de Alfred Durhack (diretor da Manitoba Trade and Investiment) e do representante de Manitoba no Brasil, James Mohr-Bell.Na ACIL, os visitantes canadenses conheceram o trabalho da empresa Belagrícola, representada pelo diretor Carlos Barbosa Andreo. Ele revelou bastante interesse nas tecnologias de monitoramento de lavouras por satélite, um sistema desenvolvido em Manitoba. “Estamos atentos às tecnologias que possam nos auxiliar no grande desafio da empresa: crescer em escala sem perder a qualidade”, afirmou Andreo. A Belagrícola tem sede em Londrina e mais de 2 mil funcionários em diversos municípios.Em Londrina, a comitiva também cumpriu agenda no gabinete do prefeito Alexandre Kireeff, Sebrae, Cooperativa Integrada e Iapar. A visita dos canadenses teve a coordenação do Sebrae, com apoio da ACIL e Agência Terra Roxa.

5 passos para Excelência em Vendas

A revista Venda Mais, em parceria com a ACIL e o Aguativa Resort, trouxe dezenas de pessoas ao auditório David Dequech para uma palestra direcionada a

empresários, excetivos, empreendedores e pessoas que atuam na área comercial. Fabio Fiorini, da Net Branding, falou sobre 5 estratégias para elevar as vendas. O segredo está em ver o negócio com uma visão diferenciada.Entre os tópicos, Fiorini abordou temas como estratégia diferenciada para aumentar as vendas; como recrutar e selecionar equipes de alto desempenho; a realização de treinamentos simples com foco em resultados; indicadores que levam às vendas; como liderar mercados com inteligência.Parte da renda do evento foi doada para a ONG Viver, que ajuda crianças e adolescentes em tratamento de câncer.

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ASSOCIADOS TÊM ACESSO A LINHAS DE CRÉDITO COM JUROS REDUZIDOS

Seminário de Crédito leva mais de 150 empresários à ACIL

No dia 3 de setembro o auditório da ACIL esteve lotado durante o Seminário de Crédito promovido pelo Sebrae com o apoio da Associação. Representantes de diversas entidades e empresários estiveram presentes para conhecer as diversas linhas de crédito disponíveis no mercado. Os representantes de cada instituição financeira fizeram uma breve explanação e depois disso

atenderam os interessados em buscar recursos para investir no seu negócio. Na própria ACIL é possível buscar linhas de crédito com juros reduzidos pelo Banco do Empreendedor e BRDE. Os juros variam entre 0,33 e 1% ao mês. Informações com Valéria Sitta no 3374-3000.

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Quem faz tudo para alcançar o poder geralmente não faz mais

nada quando chega lá.

HUMOR

O problema do faroeste brasileiro é que no nosso nunca tem “The End”.

Que a Justiça é cega a gente sabe. Mas pelo tanto que falam mal dela espero que seja também surda.

Se eu pudesse viver de novo faria tudo igual, inclusive esta frase.

O impressionante no Brasil não é o grande número de escãndalos. Espantoso mesmo é a imensa quantidade de inocentes em todos eles.

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