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REVISTA Ano XIX – Edição 168 - 2015 Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo Chevrolet: setor de locação de veículos é estratégico para montadora Estudo da Anfavea prevê que as cidades pequenas são o futuro do mercado automobilístico SINDLOC Em evento do Sindloc-SP, economista Ricardo Amorim analisa cenário nacional e afirma: “Brasil pode voltar a crescer no próximo ano” POR UM 2016 MELHOR SP

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REVISTA

Ano XIX – Edição 168 - 2015

Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo

Chevrolet: setor de locação de veículos é estratégico para montadora

Estudo da Anfavea prevê que as cidades pequenas são o futuro do mercado automobilístico

Sindloc

Em evento do Sindloc-SP,economista Ricardo Amorim analisa cenário nacional e afirma:“Brasil pode voltar a crescerno próximo ano”

POR UM 2016MELHOR

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EDITORIAL

A Revista Sindloc-SP é uma publicação do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo, distribuída gratuitamente a empresas do setor, indústria automobilística, indústria do turismo, executivos financeiros e jornalistas.

Presidente: Eladio Paniagua Junior

Vice-presidente: Luiz Carlos de Carvalho Pinto Lang

Diretor Secretário: Paulo Miguel Jr.

Diretor: Luiz Antonio Cabral

Conselho Fiscal: : Flávio Gerdulo, Paulo Gaba Jr.

e Paulo Hermas Bonilha Jr.

Produção Editorial: Scritta – www.scritta.com.brCoordenação: Leandro Luize

Redação: Arthur Cagliari, Bete Hoppe e Katia Simões

Diagramação: Graziele Tomé - ECo Soluções em

Conteúdo - www.ecoeditorial.com.brFotos: Erica DalBello e Marcos Fiore

Revisão: Júlio Yamamoto

Jornalista Responsável: Paulo Piratininga - MTPS 17.095 -

[email protected]

Impressão: Gráfica Revelação

Tiragem: 5 mil exemplares

Circulação: distribuição eletrônica para 7 mil

leitores cadastrados

Endereço: Praça Ramos de Azevedo, 209 – cjs. 22 e 23 Telefone: (11) 3123-3131

E-mail: [email protected]

É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens,

desde que citada a fonte.

EXPEDIENTE

QUE PAÍS É ESTE? SERÁ QUE ESGOTAMOS NOSSO ESTOQUE DE ESCÂNDALOS?

Somos uma nação superlativa, mas, infelizmente, no sentido negativo. Mensalão, petro-lão, corrupção. Diante dos escândalos que mancham a imagem do país mundo afora, in-dignação é o sentimento de todo brasileiro honesto, que trabalha duro e paga impostos escorchantes para ver o fruto de seu suor ser vilipendiado por políticos e empresários ga-nanciosos e torpes.

R$ 1,3 bilhão em mais de 30 bancos suíços, em 300 contas de pessoas físicas e jurídicas investigadas na Operação Lava-Jato. O balanço divulgado pela Petrobras com cinco meses de atraso revelou um prejuízo de quase R$ 22 bilhões em 2014, dos quais R$ 6,2 bi foram resultado de desvio de dinheiro.

Propina para financiar uma campanha eleitoral para a Presidência, tão mentirosa quanto milionária. Nada de tarifaço, prometeu a então candidata à reeleição Dilma Rousseff. Men-tira! Com os valores subsidiados em favor de interesses eleitoreiros, o aumento de preços dos combustíveis e das tarifas de água e energia elétrica era inevitável. Resultado? Inflação, perda de poder de compra, alta de juros e economia estanque.

Nesse cenário, ficamos na expectativa de qual será o próximo escândalo? Será que esgo-tamos nossa cota de atos imorais e indecorosos? Enquanto isso, os empresários continuam produzindo riqueza e emprego. Mais de 3.000 empresas no estado de São Paulo, associadas ao Sindloc-SP, criam 200 mil empregos (diretos e indiretos), faturam em torno de R$ 5,3 bilhões por ano e arrecadam cerca de R$ 2,6 bilhões de impostos.

Esperamos que a postura inflexível do juiz federal à frente da Lava-Jato, Sergio Moro, inspire a atitude de todos os cidadãos para resistir aos interesses escusos de agentes públicos e privados.

Para voltarmos a crescer moral e economicamente, precisamos passar o Brasil a limpo e virar a página da corrupção. Se depender do apoio e da participação de cada um dos em-presários que compõem nossa categoria no estado de São Paulo com certeza seremos um grande país outra vez.

Unidos somos fortes!

Eladio Paniagua JuniorPresidente do Sindloc-SP

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sumáRIO

08 MERCADO Estudo da Anfavea mostra que ascidades pequenas são o futuro do mercado automobilístico

10 LINHA DE MONTAGEMChevrolet investe no setor de locação de automóveis para alavancar as vendas ainda neste ano

12 ECONOMIAEm evento promovido pelo Sindloc-SP,o economista Ricardo Amorimaponta o caminho para vencer a crise

14Relatório da PwC revela que o momento econômico é propício para investimentos em fusões e aquisições de pequeno porte

GESTÃO

APP 20 Aplicativo ajuda motoristas esquecidos a localizar o carro estacionado

ESPECIALISTA18 Milad Kalume, da JATO Dynamics: como manter a saúde financeira da empresa

Istoc

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Foto

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Data para a exigência do extintor ABC é adiada mais uma vez

SEGURANÇA

Foi prorrogado mais uma vez o dia em que entrará em vi-

gor a obrigatoriedade do uso do extintor veicular de incên-

dio do tipo ABC. A multa por não possuir o equipamento

adequado só poderá ser aplicada a partir de julho. O motivo

do atraso é o mesmo da resolução anterior do começo des-

te ano: número insuficiente do produto no mercado. A alte-

ração da data foi requisitada diretamente pelo ministro das

Cidades, Gilberto Kassab, ao Conselho Nacional de Trânsito

(Contran). O modelo exigido é mais eficaz e completo do

que o BC utilizado por alguns veículos. Com validade de

cinco anos, o novo extintor é mais eficiente no combate a

incêndio em materiais como madeira e tecido.

A partir de 30 de junho, todos os automóveis brasileiros serão obrigados a possuir um chip de identificação eletrônica. A tecnologia, que faz parte do Sistema Nacional de Identificação de Veículos (Siniav), será instalada no para-brisa, como ocorre com os aparelhos de cobrança de pedágio. A ideia é aprimorar o sistema de fiscalização, criando uma “placa eletrônica” que informe o chassis, o ano, o modelo e a placa. A Resolução 412 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), porém, não determina o valor do equipa-mento e quem fará a instalação. Embora a obrigatoriedade comece a valer no fim de junho, apenas o estado de Roraima começou a adotar o aparelho nos carros. Isso significa, portanto, que a data-limite deve ser adiada mais uma vez, a pedido dos departamentos estaduais de trânsito (Detrans).

Chip eletrônico nos carrosRESOLUÇÃO 412

NOTAs

Levantamento realizado pelo Jornal do Carro mostra a po-

pularidade variada dos veículos de acordo com as regiões do

país. Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de

Veículos Automotores (Fenabrave), até o primeiro trimestre

deste ano, apenas duas das cinco regiões do Brasil não têm

o Fiat Palio no topo da lista dos mais vendidos. Enquanto o

Nordeste, o Centro-Oeste e o Sudeste põem o modelo na li-

derança de vendas, a Região Sul elege o Chevrolet Onix e a

Norte, o Fiat Strada.

Além dos veículos da Fiat e do Onix, da Chevrolet, aparecem

entre os três mais vendidos das regiões os seguintes automó-

veis: Ford Ka, Volkswagen Gol e Chevrolet Prisma. Confira as

posições na tabela:

MERCADORegiões do país divergem quanto ao campeão de vendas

NortE NordEStE Centro-oeste SudEStE Sul

1o Fiat Strada: 1.621

1o Fiat Palio: 5.445

1o Fiat Palio:3.145

1o Fiat Palio: 10.762

1o Chevrolet Onix: 3.847

2o Fiat Palio: 1.613

2o Fiat Strada: 5.225

2o Fiat Strada: 2.612

2o Chevrolet Onix: 10.506

2o Fiat Palio: 3.810

3o Chevrolet Prisma: 1.012

3o Chevrolet Onix: 4.302

3o VW Gol:2.063

3o Ford Ka: 8.711

3o Fiat Strada: 3.525

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Com a escassez de vagas para estacionamento

nos centros urbanos é cada vez mais comum o

serviço de valet, encontrado em polos atrativos

de público, como restaurantes, feiras e exposi-

ções, festas, entre outros.

A principal diferença em relação ao mano-

brista tradicional é que no valet a entrega e a

devolução do veículo são feitas no meio-fio, e,

por consequência, seu deslocamento se dá em

via pública até o local em que será estacionado.

No uso de um veículo de propriedade particular

já há certa resistência em confiá-lo a um amigo,

parente ou conhecido, e parece quase impensá-

vel cedê-lo a um desconhecido. Mas isso ocorre

no caso do valet.

A confiança nesse desconhecido supera aquela depositada

em pessoas próximas, mas as situações em que o serviço está

disponível (restaurante, festas...) tornam constrangedor pedir

a apresentação da carteira de habilitação, verificar sua valida-

de e ainda confirmar se o profissional está com o direito de

dirigir suspenso.

É desnecessário dizer que os princípios de confiança, de

responsabilidade objetiva e de segurança do consumidor em

relação ao fornecedor são perfeitos até a ocorrência do confli-

to. Nesse caso, o conflito são o cometimento de infrações de

trânsito, o estacionamento do veículo em locais proibidos, o

envolvimento em acidentes, entre outros.

Nos contratos de locação de curto período é prática comum

que sejam relacionados o condutor principal e outros autori-

zados, que ficarão responsáveis pelas infrações cometidas no

período de locação.

A utilização do veículo por terceiros não autorizados poderá

implicar descumprimento de cláusula do contrato de locação

ou, ainda, prejudicar a proteção contratada, mesmo que o con-

dutor esteja com o direito de dirigir regularmente. É dispensá-

Valet parking eas locadoras

vel citar que a indisposição entre as partes é certa no caso de

alguma irregularidade.

Obviamente que não seria razoável restringir o locatário ao

uso de serviços, entre outras práticas cotidianas e usuais para

qualquer motorista que utilize seu veículo pessoal, mas não se-

ria excesso de zelo orientá-lo a tomar precauções, consultar se

o valet tem seguro de percurso e, em especial, anotar o período

em que o veículo esteve na posse desse terceiro desconhecido.

Marcelo José Araújo Advogado e assessordo Sindloc-SP

TRâNsITO

“...os princípios de confiança, responsabilidade objetiva e

segurança do consumidorem relação ao fornecedor são

perfeitos até a ocorrênciado conflito...”

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O desempenho do setor automotivo no primeiro trimestre de 2015 continua fraco. Segundo a Associação Nacional dos Fabri-cantes de Veículos Automotores (Anfavea), o licenciamento em março registrou 234,6 mil unidades, alta de 26,2% em relação a fevereiro. Mas ao comparar com o mesmo mês do ano passado, a retração foi de 2,6% — 240,8 mil unidades —, e, no acumulado do

ano, o setor emplacou 17% a menos: 674,4 mil em 2015 e 812,7 mil em 2014.

Para Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, o resultado positivo de mar-ço ante fevereiro era esperado: “É preciso lembrar que em 2014 as festividades do

Carnaval ocorreram em março, enquanto neste ano foram em fevereiro. O fato é que o desempenho do primeiro trimestre confirma

a perplexidade conjuntural que estamos vivenciando, com di-versos fatores com impacto direto na confiança do consumidor e dos investidores”.

RUMO AO INTERIOR

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Luiz Moan Yabiku Junior, presidente

da Anfavea

MERCADO

A produção em março apresentou contração de 7% em relação ao mesmo mês do ano passado — 253,6 mil unidades contra 272,8 mil — e elevação de 22,9% frente a fevereiro, quando saíram das linhas de montagem 206,3 mil automóveis. O total de unidades produzidas no trimestre ficou 16,2% abaixo do mesmo período de 2014: 663,1 mil unidades em 2015 contra 791,7 no ano passado.

Os números do primeiro trimestre motivaram a revisão da pro-jeção para 2015: queda de 13,2% no licenciamento e de 10% na produção. “Não tínhamos dúvida de que os primeiros três meses seriam extremamente difíceis, mas o desempenho ficou abaixo das expectativas. Entendemos a necessidade dos ajustes na economia e temos a expectativa de que eles sejam concluídos o mais rápido possível para que as atividades como um todo sejam retomadas”, analisa Moan.

PEquENaS NotávEiSMesmo com esse cenário, o presidente da Anfavea aposta que

o Brasil vai consumir 6,9 milhões de veículos em 2034, conside-

RUMO AO INTERIORSegundo estudo da Anfavea, as pequenas cidades vão alavancar o crescimento do mercado automotivo brasileiro

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cados pela entidade mensalmente têm uma base diferente dos da pesquisa da Anfavea, o que impossibilita comparações.

“O estudo produzido pela Anfavea teve como objetivo pri-mário detalhar o impacto do grande crescimento nas vendas de veículos, ocorrido na primeira década do século 21, sob o prisma da mobilidade urbana. Por isso o longo período analisa-do. O universo que estudamos explica a velocidade que o mer-cado imprime ao negócio de comercialização de veículos que já fazem parte da frota nacional, entre diferentes proprietários, e apenas apontamos o movimento que existe no mercado de seminovos, sem aumentar a frota já existente”, explica Ilídio.

Contudo, o presidente da Fenauto diz que a tendência de interiorização apontada pela pesquisa da Anfavea vem ao en-contro de uma crença pessoal: “Costumo falar aos associados que desviem o olhar dos grandes centros e prestem mais aten-ção ao entorno, para pensarem melhor sobre o potencial do mercado do interior”.

MErcado PauliStaUma pesquisa sobre o mercado de locação de automóveis,

que vem sendo desenvolvida pelo Sindloc-SP desde o ano passado, aponta que há um equilíbrio entre a quantidade de locadoras existentes na capital (35%) e na Grande São Paulo (15%) e a das instaladas no interior do estado (50%).

Contudo, em relação ao tamanho da cidade, a análise da dis-tribuição das 2.551 empresas vinculadas ao Sindloc-SP revela que a capital paulista, com mais de 10 milhões de habitantes, concentra 34,8% das locadoras, seguida de cidades com mais de 100 mil até 500 mil habitantes (31,8%), e apenas 0,8% localiza-se em municípios com até 5 mil habitantes (veja o quadro abaixo):

Ilídio Gonçalves dos Santos, presidente

da Fenauto

rando um crescimento médio de 3% ao ano a partir de 2015. O otimismo baseia-se no estudo que a entidade realizou sobre a in-teriorização da motorização no país. A pesquisa abrange de 2007 a 2013, e os dados ainda não foram atualizados, mas a previsão se mantém (veja o quadro abaixo):

O setor ainda tem muito a crescer no país nos próximos 20 anos. A taxa de motorização no Brasil, de um carro para cada 5,2 habitantes, é baixa se comparada, por exemplo, com a dos Estados Unidos (1,3 habitante por veículo), de Japão, França e Alemanha (1,7 hab./v.), do México (3,6 hab./v.) e da Argentina (3,7 hab./v.). Mas, se a frota ainda é pequena e o potencial de vendas é grande, como será possível trafegar nos grandes cen-tros urbanos, que já têm um trânsito saturado, com um volume maior de veículos?

Simples: os 638 municípios brasileiros com mais de 500 mil habitantes estão apenas mantendo as vendas estabilizadas. A frota vem aumentando no interior. Conforme o estudo da An-favea, quanto menor a cidade, maior foi a expansão. Nos 1.252 municípios com menos de 5 mil habitantes as vendas de veícu-los cresceram incríveis 142% em seis anos, enquanto o mercado geral expandiu-se apenas 53% no período.

“É preciso enxergar o país como um todo. O aumento da renda rural é muito grande. A expectativa é

que esse mercado continue crescendo”, afirma Luiz Moan.

olhar atENtoPara Ilídio Gonçalves dos Santos, pre-

sidente da Federação Nacional das As-sociações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), os dados publi-

crESciMENto dE vENdaS Por taMaNho dE cidadEdE 2007 a 2013

Municípios até 5 mil hab. 142%

Mais de 5 mil e até 10 mil hab. 124%

Mais de 10 mil e até 20 mil hab. 98%

Mais de 20 mil e até 50 mil hab. 106%

Mais de 50 mil e até 100 mil hab. 65%

Mais de 100 mil e até 500 mil hab. 73%

Mais de 500 mil e até 1 milhão de hab. 49%

Mais de 1 milhão até 2 milhões de hab. 27%

Mais de 2 milhões até 3 milhões de hab. 46%

Mais de 3 milhões até 10 milhões de hab. 29%

Mais de 10 milhões (só cidade de São Paulo) 6%

Fonte: Anfavea

quaNtidadE dE locadoraS Por taMaNho dE Cidade no estado de são Paulo  -  2014

Dimensão Qtde de locadoras Participação

Municípios até 5 mil hab. 21 0,8%

Mais de 5 mil e até 10 mil hab. 31 1,2%

Mais de 10 mil e até 20 mil hab. 56 2,2%

Mais de 20 mil e até 50 mil hab. 180 7,1%

Mais de 50 mil e até 100 mil hab. 181 7,1%

Mais de 100 mil e até 500 mil hab. 810 31,8%

Mais de 500 mil e até 1 milhão de hab. 271 10,6%

Mais de 1 milhão até 2 milhões de hab. 114 4,5%

Mais de 10 milhões de hab.(só cidade de São Paulo) 887 34,8%

total 2.551 100,0%

Fonte: Sindloc SP - IBGE

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LINhA DE mONTAgEm

Chevrolet investe em políticas comerciais especiais para as locadoras de veículos

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Desde que iniciou suas atividades no Brasil, na década de 20, a Chevrolet considera o segmento de vendas diretas um dos seus principais canais de comercialização no mercado nacional.

Desde o início, com a primeira linha de montagem da Chevro-let no Brasil em 1925, foi evidente a preocupação da empresa em atender tanto o mercado corporativo quanto o de pessoa física. “A Chevrolet figura entre as três maiores montadoras no canal de vendas diretas, sendo que 22% do total é para o segmento de lo-cadoras”, afirma Paulo César Souza, gerente divisional de vendas diretas. “Entre os modelos mais vendidos para o setor na atualida-de figuram o Onix, Cobalt, Prisma, Spin, Montana e S-10”, detalha.

De acordo com o executivo, o segmento de locação de veícu-los é estratégico para qualquer grande fabricante e importante

A CHEVROLET em números

carros emplacados em 2014, o equivalente a 16,6% de participação do mercado

579 mil 26% do total de vendas da marca é para o segmento de vendas diretas

QUEM É QUEM

Para facilitar seu acesso aos produtos e serviços que a Chevrolet disponibiliza especialmente às locadoras, apresentamos os contatos dos gerentes de vendas diretas da marca:

CAPITAL E GRANDE SÃO PAULOPaulo César SouzaE-mail: [email protected].: (11) 99607-9244

INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULOGuilherme Bianchi Jr.E-mail: [email protected].: (41) 9115-2265

para a economia do país. “Só no ano passado, movimentou R$ 14,7 bilhões, atendendo 25 milhões de usuários, com uma frota de cerca de 770 mil unidades, sendo um percentual bastante sig-nificativo com a marca Chevrolet”, observa Souza. Diante desse cenário, a montadora investe em políticas comerciais especiais para as locadoras e demais segmentos do canal de venda direta.

Alinhada com o potencial do segmento das locadoras, a Chevrolet mantém uma política para estreitar as relações co-merciais com o setor, desenvolvendo e disponibilizando condi-ções especiais para potencializar as vendas às locadoras.

No ano passado, a Chevrolet emplacou 578,7 mil automó-veis, o que representa 16,7% de participação do mercado. Em março de 2015, o Onix foi pela primeira vez o carro mais vendi-do do país. Um feito para comemorar, segundo Souza.

O executivo ressalta que o Brasil continua entre os maiores mercados automotivos do mundo e há um grande potencial de crescimento para a indústria. Por isso, a Chevrolet está inves-tindo R$ 6,5 bilhões na renovação de sua linha de produtos, no desenvolvimento de novos modelos e em tecnologias ligadas à eficiência energética e conectividade.

Paulo César Souza, gerente divisional de vendas diretas

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o que exige atenção redobrada do setor. “Mas, pela primeira vez em cinco anos, deveremos terminar 2015 melhor do que começamos e com perspectivas positivas para os próximos exercícios”, pondera. “A diferença entre este e o próximo ano depende da profundidade dos ajustes a serem feitos. Quanto mais significativas forem as medidas agora, mais rápido a economia vai se recuperar para o futuro.”

Amorim enfatiza que é hora de controlar custos, evitar endivi-damentos excessivos e focar em inovações que melhorem a atra-tividade dos produtos e serviços. Independentemente do setor, há uma grande oportunidade de fazer ajustes que permitirão um cres-cimento mais acelerado e sustentado quando a situação econômica melhorar. “Nos períodos de bonança, o barco se move rapidamente sem que sequer tenhamos de cuidar das velas. Assim, nos torna-mos displicentes, preguiçosos e acomodados”, observa. Entre 2004 e 2008, com a economia crescendo em média 5% ao ano, dezenas de milhões de brasileiros sendo incorporados aos mercados de tra-balho e de consumo, a demanda dos produtos brasileiros batendo recordes no exterior e os salários subindo acima da inflação, os lu-cros das empresas cresciam e o desequilíbrio das contas públicas parecia controlado.

O cessar do crescimento expôs a insustentabilidade dessas situa-ções. Os salários só aumentam acima da inflação se a produtividade cresce. Para ganhar mais, o trabalhador tem de produzir mais ou o produto/serviço encarecerá e não será mais comprado, a empresa perderá dinheiro e o trabalhador, o seu emprego. Sem um programa nacional profundo de automação e qualificação de mão de obra, a produtividade brasileira estagnou. “É responsabilidade do governo e das empresas criar programas assim. Mas, se queremos ganhar mais,

ECONOmIA

“Se arrumarmos a casa em 2015, retomando a confiança de empresários e consumidores, poderemos resgatar um ciclo de crescimento mais acelerado a partir do fim do ano.” Com essa mensagem otimista em um momento difícil para o Brasil, o eco-nomista Ricardo Amorim, presidente da Ricam Consultoria, rece-beu os mais de 350 participantes no primeiro encontro do ano organizado pelo Sindloc-SP. Realizado no Centro de Convenções Rebouças, em 16 de abril, o evento integra o ciclo de palestras promovido pela entidade para estreitar o relacionamento com ges-tores, parceiros, fornecedores e associados. O sindicato contou com o patrocínio da Chevrolet, Fiat, Ford, Renault, Toyota, Volkswagen, além da CN Auto e Segplus.

Na visão de Amorim, o primeiro semestre será marcado por de-sempenhos bastante distintos entre os setores de bens não duráveis – como supermercados e farmácias – e duráveis – caso do automo-tivo e do imobiliário. Com um dos mais baixos níveis de confiança da história, o consumidor relega a troca de carro e casa para o futuro,

Trabalhando POR UM 2016

MELHOR

Em evento do Sindloc-SP, o economista Ricardo Amorim deu a receita para vencer a crise: controlar custos, evitar endividamentos e focar em inovações

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cabe, também, a cada um de nós se qualificar, independentemente das políticas do governo e das empresas em que atuamos”, reforça.

diaS dE dESafioSA economia mundial passa por um momento delicado: os

Estados Unidos tiveram um desempenho favorável em 2014, a China desacelerou e a Europa, o Japão, o Brasil e a Rússia vive-ram recessões. Em 2015, o que se vê é o oposto. No entanto, segundo Amorim, há riscos no cenário externo que poderiam desencadear uma nova crise financeira global. “Poderíamos, por exemplo, ter a saída da Grécia e de outros países da Zona do Euro e da Grã-Bretanha da União Europeia; uma crise imobi-liária e de crédito na China e o estouro de uma bolha acionária nos Estados Unidos, sem falar em crises de países emergentes, como a Rússia”, adverte. Com esse cenário, o maior desafio do Brasil será enfrentar a crise política e retomar a confiança de empresários e consumidores para que investimentos produti-vos e o consumo voltem a se fortalecer.

dEPuração do MErcadoPara o economista, os setores mais dependentes de crédito

são os que mais sofrem quando há crise de confiança. Por ordem, os segmentos imobiliário e automotivo são os mais atingidos e terão um 2015 mais difícil. “Acredito que, uma vez retomada a confiança, a recuperação deve ser forte, até porque eles se be-neficiarão com a da volta ao mercado do apetite por consumo reprimido nos dois últimos anos, o que deve contribuir para um crescimento significativo da demanda”, afirma.

Amorim destaca que uma situação mais adversa reduz o cresci-mento da área de turismo e viagens em geral, impactando negati-vamente o mercado de locação de automóveis. Além disso, a ter-ceirização de frotas, embora não citada pelo economista, também sente o efeito desse cenário. Por outro lado, as empresas com o caixa mais apertado tendem a desmobilizar as frotas e optar pelo aluguel; em menor grau, o mesmo tende a ocorrer com as pessoas físicas. “As empresas que se perpetuarem serão aquelas capazes de se fortalecer em ambientes desafiadores”, acredita.

ESPaço Para networkingPara os associados, o evento, além de instrutivo, foi uma opor-

tunidade para estreitar relacionamentos e fazer negócios. Fábio Campos, da diretoria de vendas corporativas da Volkswagen, res-salta que o ambiente propiciou reflexões importantes sobre as oportunidades do mercado: “Podemos mostrar nossos produtos e conversar diretamente com os clientes”. Na visão de Hélio Netto, proprietário da Maxirent Locação de Veículos, franquia da Thrifty Rent a Car, o espaço é oportuno para discutir as movimentações do setor no dia a dia. “É o momento ideal para fortalecer relacio-namentos e aumentar a rede de contatos.”

Para Marcelo Vieira, da diretoria regional de vendas diretas da Fiat, em São Paulo, “o evento com o Amorim ocorreu num momento propício para se falar sobre economia”. Já o sócio-proprietário da Tumi Locadora, Paulo Henrique Scheufen, diz que “esse relacionamento que o sindicato promove é essencial para todo o segmento automobilístico”.

O Sindloc-SP convidou o palestrante Ricardo Amorim com o intuito de esclarecer os associados sobre as as reviravoltas da eco-nomia brasileira. Para o presidente do sindicato, Eladio Paniagua Ju-nior, “o propósito é saber se há uma luz no fim do túnel, em meio à recessão em que vivemos”. Embora reconheça as dificuldades que muitos setores enfrentam, o dirigente é otimista. “Períodos de reces-são econômica podem nos ajudar, pois quem vende o automóvel para evitar gastos e precisa de um veículo para se locomover resolve esse dilema alugando um carro”, analisa.

Eladio Paniagua, presidente do Sindloc-SP (à esquerda), Amorim eLuiz Cabral, diretor do sindicato

Jantar com palestra atraiu um grande público ao Centro de Convenções Rebouças

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14 revista sindloc

gEsTãO

Chegou a hora de investir em FUSõES E AQUISIçõES?Saiba como seguir esse caminho e fazer seu negócio decolar

As fusões e aquisições de pequeno porte, cujas tran-sações somam até US$ 100 milhões, dominaram o mercado brasileiro em 2014, segundo relatório da consultoria PWC. O levantamento revela que as operações dentro dessa faixa representaram 63,6% das 266 transações que tiveram o valor divulgado. No total, foram feitas 879 operações, porém 613 não revelaram valores. O volume total, contudo, foi 8,3% superior ao de 2013. Este número aponta um caminho que, na visão de especialistas, pode ser promissor para os empresários em busca de um norte para a expansão dos negócios.

A maior parte das transações foi de aquisição majoritária, repre-sentando 48,7% das operações, enquanto as transações de com-

pras com participações minoritárias foram responsáveis por 38,3% dos negócios, as joint ventures por 45% e as incorporações, fusões e cisões pelos demais 8,5% das operações. Ainda segundo a PWC, o setor que mais registrou fusões e aquisições foi o de TI, com 141 ope-rações (16% do total) em 2014. Os serviços auxiliares aparecem na segunda colocação, com 83 transações, e os bancos na sequência, com 78 negócios.

Para o sócio da consultoria ba}Stockler, Luis Henrique Sto-ckler, ouvido com exclusividade pela revista Sindloc-SP, as transações de menor porte foram impulsionadas principal-mente pelo desaquecimento da economia e pelas incertezas de 2014. “O cenário macroeconômico ainda negativo em 2015,

Luis Henrique Stockler, sócio da consultoria

ba}Stockler

Istoc

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revista sindloc 15

com juros altos, inflação e baixo crescimento, deve pressionar as empresas menores a acelerar os processos de fusão e aqui-sição. Todos os mercados segmentados estão sendo sondados por grupos financeiros consolidadores”, afirma. “Quando os ju-ros baixarem e a economia voltar à normalidade, os fundos de private equity vão em busca das companhias de médio porte, que lideram boa fatia de mercado, injetando dinheiro para que eles saiam comprando os menores. Trata-se de um movimento claro de consolidação”, acredita.

Stockler adverte que, à exceção das cinco grandes compa-nhias de cada mercado, as demais estão sujeitas a receber ofer-tas e a passar pelo processo. Para se tornarem atraentes, con-tudo, as empresas precisam trabalhar a governança, o controle financeiro, os indicadores de performance, adotar processos de gestão internos bem definidos, além de ter uma gestão de re-cursos humanos bem desenvolvida. “Os fundos demonstram interesse por negócios médios bem organizados, mais precisa-

mente por aqueles que um dia sonham ser grandes e, portanto, trabalham para isso”, declara o consultor. Quem quiser crescer e ser visto tem, entretanto, de se profissionalizar, olhar para dentro de casa e arrumar a rota. Afinal, a concorrência tende a ser cada vez mais acirrada.

Vale destacar, ainda, que todos os segmentos estão sujeitos a passar por processos de fusões e aquisições, inclusive o setor de locação de automóveis, bastante pulverizado e com muitas empresas de pequeno e médio porte. Além disso, a locação é um ramo de capital intensivo. Quem não tem escala não ga-nha dinheiro, na visão do consultor. “Os fundos olham para as locadoras médias, bem organizadas e com gestão aprimorada, capazes de ser investidas”, pontua Stockler. “Estas, por sua vez, quando capitalizadas, vão atrás de outras pequenas, com me-nor nível organizacional e sem passivo potencial muito grande. Por melhor que seja a operação, ninguém olha para passivos fora da curva”, completa.

UNIÃO SEM TRAUMASn Confira o passo a passo para o sucesso dos processos de fusão e aquisição: Cada empresa possui identidade própria, o que pode provocar conflitos. O caminho é traçar metas, processos e expectativas da nova empresa com base no que há de melhor em cada um dos negócios

n Deve-se manter a memória de todas as empresas envolvidas na transação para não perder o aprendizado anterior

n É preciso deixar claro para a equipe o verdadeiro motivo do negócio e revelar quais etapas vão marcar a transição, a possibilidade de áreas e funções serem extintas e os objetivos a serem alcançados

n Cuidar da gestão durante o processo de fusão ou aquisição é essencial, assim como não subestimar as sinergias. Recomenda-se gastar entre 5% e 10% do valor da compra em acertos ligados a recursos humanos (demissões, transferências, promoções)

n Para conseguir a colaboração e a confiança da equipe, a direção deve mostrar segurança e coerência. O empresário precisa estar preparado psicologicamente para dividir o poder

n Para darem certo juntas, as empresas envolvidas precisam de sintonia nas operações e nas finanças, além de um planejamento estratégico com objetivos claros e rápidos. Se esses propósitos não estiverem bem alinhados, os resultados tendem a ficar abaixo do esperado

n Além da gestão e do planejamento de curto prazo, os empresários precisam traçar um planejamento de longo prazo e projetar o negócio para os próximos cinco ou dez anos

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16 revista sindloc

Como é do conhecimento de muitos, o gover-

no do estado de São Paulo realizou em 2007 as

operações fiscais Rosa Negra e De Olho na Placa

com o objetivo de punir os proprietários de veí-

culos licenciados em outros estados da federação,

pessoa física ou jurídica, que, embora de acordo

com as regras vigentes (Lei nº 6.606/89), eram sus-

peitos de ter simulado o endereço informado, o

que possibilitou que recolhessem alíquota menor

de IPVA, vigente no Paraná e Tocantins.

A Secretaria da Fazenda do Estado de São Pau-

lo lavrou diversos autos de infração, exigindo que

esses proprietários fossem obrigados a registrar

os veículos em São Paulo, para o posterior reco-

lhimento do IPVA, desde o ano da aquisição das

montadoras até a data da lavratura da infração.

Em várias situações, antes mesmo de julgados,

esses autos de infração apuram se os veículos

devem ou não ser registrados no estado, e fo-

ram iniciadas as execuções fiscais cobrando o

respectivo IPVA. Isso causou e ainda causa aos

contribuintes dificuldades no andamento de

suas atividades, em razão dos débitos aponta-

dos e até mesmo de protestos levados a efeito

pelo Fisco paulista, em verdadeiro ato de ganân-

cia tributária.

Ocorre que muitas são as variáveis que dão

guarida aos contribuintes que decidiram por dis-

cutir o assunto, destacadamente no segmento

das locadoras. Entre elas, o fato do contribuinte

de direito, que está sujeito ao recolhimento do

imposto, ser o adquirente do veículo, e em mui-

tas das situações constar as instituições financei-

ras, e não as locadoras; assim como o fato de não

existir o registro do veículo no estado.Istoc

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OPERAçõES ARRECADATóRIAS Rosa Negra e De Olho na Placa: cobranças barradas pela Justiça

ARTIgO

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revista sindloc 17

Além disso, a legislação paulista vigente na data dessas ope-

rações fiscais não se referia ao local onde o veículo circulava,

mas onde ele foi adquirido. Por isso, ainda que o endereço

indicado do adquirente não reflita sua residência, o estado de

São Paulo não podia penalizar aqueles que pretenderam se de-

fender, com o recolhimento menor do IPVA.

Posteriormente, entrou em vigência a Lei nº 13.296/08, para

alcançar, a partir de 1º de janeiro de 2009, os veículos regis-

trados em outro estado do país flagrados circulando em São

Paulo, de forma permanente, os quais deveriam recolher o que

passou a ser exigido em São Paulo, afastando o lo-

cal de aquisição como sendo a orientação para o

recolhimento do IPVA.

O Fisco paulista tem encontrado dificuldades

com as cobranças, em razão da demora nos julga-

mentos dos processos que questionaram a exigên-

cia. Isso porque uma importante decisão do Supe-

rior Tribunal de Justiça (STJ), proferida em março

de 2010 (Agravo de Instrumento nº 1.251.793-SP),

reconheceu que, por ser o IPVA um imposto su-

jeito a lançamento de ofício, a constituição do

crédito se dá no momento da notificação para o

pagamento e não na data da lavratura do auto de

infração que aplicou a multa por causa do não pa-

gamento do tributo.

Com a notificação de cobrança do IPVA envia-

da no início do ano, para pagamento à vista ou

em três parcelas (janeiro, fevereiro e março), é em janeiro que

ocorrem o lançamento do débito e a constituição definitiva

do crédito tributário.

Como a cobrança do tributo se dá pela falta do seu reco-

lhimento, é essa a data de contagem inicial do prazo para a

realização válida da respectiva execução fiscal, que deve ser

realizada em até cinco anos, sob pena de não poder prosseguir

com o processo, em razão da aplicação do instituto da prescri-

ção, que impede o Fisco de cobrar.

A aplicação prática dessa decisão é que o governo do es-

tado não poderá mais efetuar a cobrança do IPVA, nos casos

em que o imposto dos exercícios de 2006 a 2008 não tenha se

iniciado, com a distribuição da execução fiscal, no período de

até cinco anos da data do envio das notificações de cobranças,

ou seja, de 2011 a 2013, respectivamente, independentemente

da data que tenha sido lavrado o auto de infração.

Assim, os contribuintes que estiverem nessa situação devem

considerar mais essa questão relevante em suas defesas, que

poderá beneficiar a todos, independentemente do mérito,

que, aliás, também vem encontrando respaldo no Tribunal de

Justiça de São Paulo (TJ-SP), que reconhece o direito daqueles

que foram cobrados por tal prática.

Vale destacar o acórdão proferido pela 9ª Câmara de Direito

Público do TJ-SP, em julgamento de 2/7/2014, que decidiu ser

inaplicável a Lei Estadual nº 13.296/08, por estar em vigor as re-

gras do Código de Trânsito Brasileiro e da Lei Estadual nº 6.606/89,

sendo possível a escolha do registro e recolhimento do imposto

em qualquer dos estados onde se situem as filiais (proc. 0158291-

46.2010.08.26.0100).

Por isso, em diversos casos que estão no Poder Judiciário, os

contribuintes vêm ganhando das investidas do Fisco paulista,

conseguindo, dessa forma, assegurar seu planejamento de re-

colher o imposto em local mais benéfico, ante a voracidade do

Estado em praticar o que mais sabe fazer: arrecadar.

Eduardo Gouveia GioielliAdvogado especializado em direito tributário, sócio de Gouveia Gioielli Advogados

“...por ser o IPVA um imposto sujeito a lançamento de ofício, a constituição do crédito se dá

no momento da notificação para o pagamento e não na data da

lavratura do auto de infração que aplicou a multa em razão do não

pagamento do tributo...”

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18 revista sindloc

EsPECIALIsTA

Um bom planejamento é fundamental para manter a saúde financeira da empresa

Contas NO AzUL

Planejamento financeiro pode ser defini-do como projetar receitas e despesas com o objetivo de indicar a situação econômica da empresa. Este é um tema de suma importân-cia para a sobrevivência das locadoras de au-tomóveis, que envolve elementos lógicos de administração inerentes a qualquer negócio.

“De forma macro e teórica, deve-se com-prar bem, otimizar os recursos disponíveis para maximizar os lucros e vender o veícu-lo maximizando as receitas”, explica Milad Kalume Neto, gerente de desenvolvimento de negócios da JATO Dynamics, provedo-ra de inteligência de mercado para o setor automotivo. “O processo de compra exige amplo conhecimento do mercado, entendi-mento das necessidades do seu cliente e de vantagens na negociação.”

Informações corretas ajudam na tomada de decisão mais coerente para cada mo-mento. “É um mercado cada vez menos amador, e o empirismo tende a desaparecer com o tempo”, analisa o especialista. Kalu-me elenca os pontos básicos para manter a saúde financeira da empresa.

1) Para administrar bem os recursos, é fundamental que se tenha pleno

entendimento do ciclo operacional da empresa: ter à disposição os valores ne-cessários para o capital de giro, para evitar o pagamento de juros, e saber quanto vai

pagar em cada etapa, mensurando corre-tamente o capital a ser disponibilizado.

2) Ter controle absoluto dos custos inclui os juros. Quanto menos se

pagam juros, maior a chance de ter lucro ao final da operação. Deve-se evitar de qualquer forma os juros de curto prazo, em geral muito altos.

3) O crescimento das empresas de locação de automóveis está atrela-

do ao financiamento. Na hora de renovar a frota, é preciso negociar os melhores juros de longo prazo e as melhores con-dições. O tempo de retorno do capital investido é fundamental para que a recei-ta adicional decorrente do investimento possa pagar os juros.

4) Controle das duplicatas a receber. Muitas vezes, o gerenciamento das

contas a receber não é realizado de perto, e as políticas de cobrança são ineficientes ou mesmo inexistentes. As contas da empresa são da empresa e as da pessoa física são da pessoa física. Não se pode confundi-las.

5) As quatro principais frentes de venda de veículo existentes no

mercado, por ordem de rentabilidade, são: para pessoa física, concessionário, lo-jista e leilão. A melhor venda dependerá da pressa e necessidade de capitalização. É essencial vender na hora certa e antes que o veículo passe a operar com maiores custos de manutenção, para não perder dinheiro.

6) Deve-se considerar o valor futuro de venda do veículo, cujo cálculo

envolve muitas variáveis, como: impacto de lançamentos no segmento, ciclo de vida do carro, participação por canal de venda, evolução do mercado de automó-veis e a atual instabilidade econômica do setor. Essa projeção é a chave do sucesso no negócio, pois pode evidenciar a condi-ção real de mercado no futuro.

Istoc

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Milad Kalume Neto é engenheiro, advogado e gerente de desenvolvimento de negócios da JATo Dynamics, empresa provedora de inteligência de mercado para o setor automotivo global

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ulga

ção

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revista sindloc 19

CARRO

Primeiro carro da Jeep produzido no Brasil pelo grupo Fiat Chrysler reúne tecnologia e potência

Renegade chega para FAzER HISTóRIA

Depois de muita expectativa, o tão aguar-dado Jeep Renegade começou a ser vendi-do no Brasil. O primeiro lançamento da tra-dicional marca norte-americana desde que foi incorporada pelo grupo Fiat Chrysler também inaugura a linha de produção da moderna fábrica de Goiana (Pernambuco). Sem dúvida, um veículo interessante para agregar valor aos negócios das locadoras.

Para agradar diferentes gostos e estilos, o carro apresenta três versões de acabamen-to: o Sport, mais simples; o intermediário Longitude; e o top de linha, Trailhawk. São duas opções de motor: 1.8 flex e o inédito turbodiesel 2.0 MultiJet II, com força de 170 cavalos; 35,7 kgfm de torque e autonomia de 950 km. E mais uma boa notícia: o mo-delo básico também poderá ser equipado com o motor mais potente.

A tração pode ser 4x2 dianteira, 4x4 Ac-tive Drive ou Active Drive Low. As duas últi-mas estão disponíveis apenas no motor die-sel e incluem o recurso Select-Terrain com

modo automático, neve, areia, lama e pedra, características que vão agradar os gregos ur-banos e os troianos do off-road.

rEcurSoS E tEcNologiaO SUV compacto ainda se diferencia

dos concorrentes por trazer a transmissão de nove marchas, a mesma utilizada no Jeep Cherokee. Além da central multimí-dia Uconnect, com duas telas, o carro conta com freio de estacionamento elétrico, mo-nitores de ponto cego nos retrovisores late-rais e sete airbags. Será o primeiro veículo nacional com o prático ParkAssist, sistema capaz de estacionar o carro em vagas para-lelas e perpendiculares, quase sem o inter-médio do motorista.

Para fazer jus à tradição, o veículo ain-da traz dois sistemas de teto solar elétrico: Commandview, o mais conhecido, com painel duplo panorâmico; e o inédito My Sky, com dois painéis de deslizamentos e inclinação elétricos, que podem ser remo-vidos manualmente.

Alguns detalhes prestam homenagem a antigos veículos, além de darem um toque retrô a tanta modernidade. As lanternas tra-seiras, por exemplo, possuem um elemento em X e remetem aos galões metálicos de gasolina, os chamados jerrycans, muito co-muns nas traseiras dos antigos jipes. Outra Fo

tos:

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lgaç

ão

curiosidade é o tapete de borracha, que exi-be o mapa topográfico de Moab, no estado de Utah, cenário predileto dos amantes de off-road nos Estados Unidos.

De acordo com o site da Fiat Chrysler, os preços devem variar entre R$ 69.900 e R$ 116.900. Para o CEO da Jeep, Mike Manley, o veículo construído no Brasil é perfeito para o mercado latino-americano. “O novo Renegade reúne como nenhum outro o espírito de aventura e a iniciativa do povo brasileiro”, afirma.

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20 revista sindloc

APP

Atire a primeira pedra quem nunca

“perdeu” o carro em estacionamentos

de grandes estabelecimentos comerci-

ais, como hipermercados, aeroportos e

shoppings, ou pensou que o veículo foi

furtado ao procurá-lo pela rua feito um

louco. Para o alívio dos desorientados, a

Mobilevel desenvolveu o Onde Parei?,

aplicativo de localização veicular para

smartphone e uma ferramenta preciosa

para o gerenciamento de frota.

Disponível em português para Android

e iOS, o app é gratuito e fácil de usar, des-

de que o GPS do celular esteja ativado. Ao

estacionar, basta marcar no mapa o local

exato em que o carro está situado e clicar

no botão salvar. Surgirá na tela o ícone de

um carrinho onde foi feita a marcação in-

dicada. Além de identificar com precisão

Onde Parei? Aplicativo da Mobilevel acaba com a agonia de lembrar onde o carro está estacionado

o local em que o automóvel está estacio-

nado, o aplicativo pode registrar imagens

de algum ponto de referência, como o

número da vaga, a fachada de um prédio

ou uma praça próximos.

Entre outras vantagens, o Onde Parei?

permite inserir textos, como o nome da

rua, o número do telefone do estacio-

namento ou outras informações mais

detalhadas, e programar um alerta, para

lembrar o motorista há quanto tempo o

carro está parado em determinado local.

Ao atingir o limite de tempo programa-

do, o telefone emite um sinal sonoro,

como um despertador. Um ótimo recur-

so para evitar gastos extras com estacio-

namento, seja privado, seja rotativo pago

em via pública, do tipo Zona Azul, em

uso na capital paulista.

Mão Na roda

As locadoras de automóveis podem

indicar o Onde Parei? aos clientes e gan-

har alguns pontos no quesito simpatia.

É comum o motorista não lembrar a

placa ou mesmo as características do

carro alugado. Sem falar no visitante

pouco familiarizado com a cidade, que

pode esquecer o local em que estacio-

nou o veículo.

Apesar de tantas facilidades, é bom lem-

brar que o software depende de conexão

para que o GPS funcione. Portanto, é grande

a possibilidade de não haver sinal em estacio-

namentos subterrâneos.

Mas quem tem smartphone não precisa

se preocupar: basta usar a máquina fotográ-

fica ou o gravador de voz do celular para

registrar o local da vaga.

O aplicativo ocupa menos de 9 MB do

espaço de memória do celular e já está

disponível para iPhone, Android, Black-

berry e Windows. E o mais importante: o

serviço não tem custo algum – o down-

load é gratuito.

Tela do dispositivo

Istoc

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revista sindloc 21

Istoc

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TECNOLOgIA

Startups de serviços on-line fazem sucesso com o público, mas são uma dor de cabeça para taxistas e locadoras de automóveis

VILõES virtuais

Os celulares modernos permitem que os usuários realizem as mais diferentes tarefas com poucos cliques. Mas, se facilitam a vida de uns, podem significar uma ameaça para alguns setores de serviços.

O Uber é o vilão do momento. Disponível em 56 países, o aplicativo gratuito funciona da seguinte maneira: motoristas profissionais, que se enquadram no perfil requisitado pela em-presa, cadastram-se no sistema e seus serviços de transporte são oferecidos aos passageiros que acessarem o app. O sistema assemelha-se ao trabalho dos taxistas e, por isso, vem causando controvérsia, inclusive no Brasil.

Aqui, a categoria alega que a atividade oferecida pelo aplicativo é ilegal. A Lei no 12.468/2011 estabelece que a utilização de veícu-lo automotor, próprio ou de terceiros, para o transporte público individual remunerado é uma atividade privativa dos profissionais taxistas. O porta-voz do Uber no Brasil, Fábio Sabba, rebate, afirmando que a empresa apenas desenvolveu a plataforma tecnológica que faz a ponte entre os interessados e, portanto, não fornece serviço de táxi. Mas convém lembrar que o apli-cativo também calcula o valor da viagem, o que é uma função semelhante à do taxímetro.

Polêmica à parte, o fato é que os taxistas são registrados e pa-gam tributos para exercer a atividade. Muitos trabalham com frotas, enquanto a plataforma apenas intermedeia o negócio. O único vínculo dos motoristas particulares com a startup norte-a-mericana é repassar para a empresa uma parcela do faturamento.

Não é à toa que, em 29 de abril, o Tribunal de Justiça de São Pau-lo determinou a suspensão do serviço do Uber em todo o Brasil, com multa diária de R$ 100 mil caso a ordem seja desobedecida. Dias depois, porém, a Justiça voltou atrás e o aplicativo teve a ope-ração liberada. Vale lembrar que ainda cabe recurso. No que tange às locadoras, a ameaça vem do custo-benefício. Para clientes que precisam se locomover com rapidez, buscam conforto e não que-

rem pensar em estacionamento e combustível, e o app pode surgir como uma alternativa e substituir a locação.

PEdra No SaPatoSe o Uber respinga no mercado das empresas de locação de

veículos, o Fleety aparece como a grande ameaça. Primeira rede de compartilhamento de automóveis do Brasil, a plataforma vem tirando carros parados das garagens da Grande São Paulo e de Curitiba e assegurando uma receita extra para os proprie-tários. O serviço é simples: o usuário que possui um automóvel, mas não o utiliza com frequência, pode cadastrá-lo, via rede so-cial, na página do Fleety, para que outras pessoas de seu círculo de amigos possam alugá-lo.

Com pouca divulgação e menos de um ano em operação, o Fleety tem grandes ambições. A startup 100% nacional já firmou parceria com as seguradoras Porto Seguro e SulAmérica. Também assinou um acordo com a Visa, que desenvolveu um cartão de crédito exclusivo para os usuários do sistema.

De acordo com o diretor de operações do Fleety, Clayton Gui-marães, a expectativa é aumentar o número de clientes com a ex-pansão da área de cobertura e chegar a 22 mil carros cadastrados no sistema até dezembro. Se a projeção se concretizar, a rede pro-mete tornar-se a pedra no sapato das locadoras de veículos, pois deve abocanhar uma fatia considerável do mercado.

“Serviços muito revolucionários, na maioria das vezes, são pon-tuais. Mas isso não significa que possamos ignorar as mudanças propostas por eles”, analisa Eladio Paniagua Junior, presidente do Sindloc-SP. Na visão do dirigente, as empresas do setor devem estar sempre atentas às novidades tecnológicas para se adequar e aprimorar o trabalho. “Hoje, muitas locadoras já trabalham na plataforma on-line, mas ainda são poucas as experiências com aplicativos”, conclui.

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22 revista sindloc

ORIENTAÇãO EmPREsARIAL

1) Pretendo me afastar do comando da locado-

ra em dois anos e ninguém da família quer to-

car o negócio. É aconselhável contratar um exe-

cutivo agora para que ele esteja preparado para

assumir a empresa quando eu me aposentar?

O empreendedor não ter alguém na família que dese-

je ou não tenha condições de assumir o encargo da ges-

tão é uma questão recorrente em empresas familiares.

Para que a transição seja tranquila, é conveniente

ter um adjunto para ser preparado para substituir o

dirigente em um ou, no máximo, dois anos.

Recomenda-se verificar se há alguém na empresa

em condições de ser preparado para assumir o car-

go mais alto num futuro próximo. Seria uma opor-

tunidade de progressão na carreira para alguém que

seja “prata da casa”.

A outra medida, mais radical, é contratar alguém experiente, se

possível do mesmo ramo, para assumir a gestão no curto prazo,

num espaço de tempo suficiente para que haja a integração.

2) desde julho do ano passado, quando um gerente antigo e

muito estimado por todos se aposentou, não consigo encon-

trar um substituto. três pessoas já tentaram liderar a equi-

pe, mas não foram capazes de vencer a resistência do grupo

em aceitar um novo estilo de chefia. o que devo fazer?

A primeira providência é saber se há alguém entre os subor-

dinados capaz de receber treinamento para assumir uma po-

sição de liderança, a fim de substituir o profissional que saiu.

Caso não encontre o substituto entre os membros da em-

presa, selecione com cuidado um profissional comprovada-

mente hábil na liderança de pessoas.

Depois reúna a equipe e comunique que foi necessário pôr

outra pessoa no cargo porque não houve uma solução interna.

José augusto Minarelli, presidente da Lens & Minarelli, consultoria de outplacement e aconselhamento de carreira

Deixe claro que o mais importante é que o novo chefe é um

líder capaz, um bom desenvolvedor de pessoas, que vai cola-

borar e ajudar a equipe a crescer. É natural a resistência a uma

pessoa nova, pois cada chefe tem um estilo próprio. Mas essa

diferença não é necessariamente ruim nem boa.

Com o tempo, os funcionários vão perceber que essas ca-

racterísticas fazem do novo membro um chefe tão bom ou

melhor do que o anterior.

É comum um chefe com muitos anos na empresa assumir

a figura de um paizão para a equipe. Por isso, a tendência é

resistir ao novo. Mas se esse líder é justo, correto e estimulante

para a equipe, em poucos meses ele vai conquistar o respeito

e a confiança de todos.

Sob nova direçãoMudanças no comando de equipes são inevitáveis.Cabe ao líder conquistar a confiança dos subordinados

“É natural a resistência a uma pessoa nova, pois cada chefe

tem um estilo próprio...Mas se esse líder é justo,

correto e estimulante para a equipe, em poucos meses ele vai conquistar o respeito e a

confiança de todos.”

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Job: 2014-Fiat-Varejo-Setembro -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 32831-009-Fiat-VarejoSP-NovoUno2015-BrancoFrontal-21x28_pag001.pdfRegistro: 155675 -- Data: 15:47:23 22/09/2014