Porcos Criacao

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  • Boletim Informativo Pesquisa & Extenso

    BIPERSBIPERSPublicao conjunta do Centro Nacional de Pesquisa de Sunos e Aves EMBRAPA e daAssociao Riograndense de Empreendimentos de Assistncia Tcnica e Extenso Rural EMATER/RS

    JUNHO/2002

    SISTEMA INTENSIVO DE SUNOS CRIADOS AO ARLIVRE SISCAL

    Sunos e Aves

    Osmar Antnio Dalla CostaRoberto DieselElder Joel Coelho LopesRomo da Cunha NunesCarmo HoldeferSimone Colombo

  • ANO 9 BIPERS no 13 JUNHO/2002

    Boletim Informativo de PesquisaEmbrapa Sunos eAves e ExtensoEMATER/RS

    Articulao da Embrapa Sunos e Aves com aAssociao Riograndense de Empreendimentos deAssistncia Tcnica e Extenso Rural EMATER/RS

    Circulao: SemestralTiragem: 2000Coordenao: Roberto Diesel, ENGo Agro

    Correspondncias, sugestes e questionamentos sobre a matria constanteneste boletim podero ser enviados Coordenao do BIPERS.

    Embrapa Sunos e AvesBR 153, km 110, Vila TamanduCaixa Postal 21CEP 89700-000 Concrdia, SCFone: (49) 442-8555Fax: (49) 442-8559http: / / www.cnpsa.embrapa.br /[email protected]

    EMATER/RSRua Botafogo 1051Caixa Postal 2727CEP 90150-053 Porto Alegre, RSFone: (51) 233-3144Fax: (51) 229-6199http: / / www.emater.tche.br /

  • Sistema Intensivo de Sunos Criados ao Ar Livre SISCAL

    Osmar Antnio Dalla Costa 1Roberto Diesel 2

    Elder Joel Coelho Lopes 3Romo da Cunha Nunes 4

    Carmo Holdefer 5Simone Colombo 6

    1Pesquisador M. Sc., Embrapa Sunos e Aves. Programa de Ps-Graduao em Zootecnia(Produo Animal), FCAV/UNESP Jaboticabal SP.2Extensionista EMATER/RS3Zootec., estagirio, convnio Embrapa Sunos e Aves e UnC Concrdia4Professor EV/UFG, Cx Postal 131, CEP 74001-970 Goinia GO.5Auxiliar de operaes, Embrapa Sunos e Aves6Informt., estagiria, convnio Embrapa Sunos e Aves e UnC Concrdia.

  • Sumrio1 Introduo 7

    2 Consideraes gerais sobre a instalao do sistema 72.1 Escolha do local . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82.2 Cobertura vegetal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

    2.2.1 Sugestes para manuteno da cobertura vegetal . . . . . . . . 92.2.2 Escolha das espcies forrageiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92.2.3 Implantao de forragens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132.2.4 Melhorias de pastagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132.2.5 Manejo das reas degradadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

    3 Origem das leitoas de reposio 14

    4 Aspecto sanitrio 15

    5 Manejo do SISCAL 15

    6 Taxa de lotao 15

    7 Tempo e forma de ocupao dos piquetes 15

    8 Escalonamento da produo 16

    9 Dimensionamento da produo 169.1 Dimensionamento de um sistema de produo de sunos, para produzir

    27 animais a cada 21 dias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179.1.1 Definio dos coeficientes tcnicos . . . . . . . . . . . . . . . . 19

    9.2 Dimensionamento das instalaes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229.2.1 Cobrio e gestao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229.2.2 Cachaos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229.2.3 Maternidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239.2.4 Creche . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239.2.5 Reposio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

    9.3 Consumo dirio de rao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 259.3.1 Gestao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 259.3.2 Maternidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 259.3.3 Creche . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

    9.4 Consumo total de rao de uma unidade produtora de leites . . . . . . 25

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  • 10 Instalaes e equipamentos 2610.1 Cabanas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2610.2 Comedouros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2710.3 Cercas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2810.4 Rede de Abastecimento de gua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2810.5 Bebedouros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2910.6 Sombreadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2910.7 Escritrio e depsito de rao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3010.8 Brete de conteno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

    11 Referncias Bibliogrficas 30

    12 Anexo 1 Dimensionamneto do Sistema de Produo 3212.1 Descrio do sistema de produo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3212.2 Estimativa do material necessrio para a instalao da rede hidrulica . 3212.3 Estimativa do material necessrio para a instalao da cerca eltrica . 32

    13 Anexo 2 Cabana Cela parideira com lona plstica 34

    14 Anexo 3 Cabana cela parideira tipo chal 40

    15 Anexo 4 Creche mvel sobre cama para sunos 44

    16 Anexo 5 Comedouro de gestao 51

    17 Anexo 6 Comedouro de maternidade 53

    18 Anexo 7 Comedouro de creche 56

    19 Anexo 8 Bebedouro vasos comunicantes 61

    20 Anexo 9 Bebedouro de vaso comunicante geminado Santa Rosa 6220.1 Localizao dos bebedouros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6220.2 Instalao dos bebedouros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

    21 Anexo 10 Sombreador mvel 64

    22 Anexo 11 Brete de manejo e carregador 66

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  • 1 IntroduoO sucesso da agricultura familiar, entre outras coisas, depende da combinao da

    atividade agrcola com a pecuria.Tradicionalmente, a suinocultura, por permitir uma produo intensiva em pe-

    quenas reas e estar presente na maioria das propriedades familiares do Rio Grandedo Sul e Santa Catarina, tem se revelado como uma das atividades, juntamente coma bovinocultura de leite, que melhor combina com as caractersticas da pequenapropriedade rural.

    No entanto, muitos produtores jovens ou proprietrios no tm condies deimobilizar elevadas somas de capital para construir ou melhorar suas instalaes e/ouequipamentos numa atividade que se revela incerta. Assim, a utilizao de um sistemade produo que seja tecnicamente vivel e que no envolva elevados investimentosvem sendo uma boa opo para tais situaes. com esta perspectiva que o SistemaIntensivo de Sunos Criados ao Ar Livre (SISCAL) tem sido uma alternativa para quemvai ingressar na produo de sunos ou aumentar a sua produo e no dispe derecursos financeiros.

    Nesse sentido, o SISCAL permite a flexibilidade que o atual momento econmicoexige de toda a atividade economicamente vivel e, em especial, da produoagropecuria.

    No entanto, para que o sistema atenda os seus objetivos, preciso que o mesmorespeite uma srie de etapas e critrios que o fundamentam enquanto sistemazootecnicamente eficiente, economicamente vivel e ecologicamente adequado.

    Esta publicao foi elaborada pela Embrapa Sunos e Aves e pela Emater RS,com objetivo de informar os princpios bsicos do SISCAL para tcnicos e produtores,no sentido de otimizar a produo.

    2 Consideraes gerais sobre a instalao do sistemaO Sistema Intensivo de Sunos Criados ao Ar Livre (SISCAL) adotado por

    produtores de vrios pases do mundo. No Brasil, existe um nmero considervelde produtores de sunos localizados em sua maioria na regio Sul, que utilizam essesistema de criao.

    O sucesso do SISCAL depende fundamentalmente de trs aspectos: da adoodos princpios bsicos na sua implantao, do manejo e do homem responsvel pelacriao.

    Quando o sistema bem planejado, torna-se uma boa opo para aquelessuinocultores que querem iniciar na atividade suincola e no podem fazer grandesinvestimentos, ou tm a produo instalada e pretendem ampliar e proporcionandoum melhor bem estar aos animais com a prespectiva de produzir um suno com umamenor agresso ao meio-ambiente.

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  • Os ndices de produtividade obtidos neste sistema de produo, normalmente, somenores aos obtidos nos sistemas confinados, mas a rentabilidade deste sistemapode ser maior em funo do menor custo de implantao e manuteno.

    Antes de implantar o sistema em uma propriedade, produtores e tcnicos,preferencialmente, devem visitar um sistema em produo com objetivo de sanar todasas suas dvidas, pois assim podemos evitar erros na implantao e na execuo.

    2.1 Escolha do localNa escolha do local para a implantao do SISCAL deve-se dar preferncia aos

    terrenos com topografia levemente inclinada. No se deve instalar este sistema emsolos com declividade superior a 20%.

    D-se a preferncia a solos com boa capacidade de drenagem, evitando-se osmidos e pedregosos. Outros fatores, tais como tamanho da criao, densidadeanimal, regime de chuvas e direo predominante dos ventos, tambm devem serconsiderados.

    Se necessrio, deve-se implantar prticas de conservao do solo a fim de evitar aentrada das guas da chuva para dentro do sistema e facilitar o seu escorrimento parafora. Uma pequena inclinao no terreno facilita o escoamento das guas pluviais.

    Deve-se verificar, antes da implantao do sistema, se no local existem plantastxicas como o Mio-Mio, Samambaia, Fedegoso e Timb, pois estas podem provocarintoxicaes nos animais, quando ingeridas.

    2.2 Cobertura vegetalA cobertura vegetal, entre outros fatores, desempenha um importante papel no

    equilbrio do meio-ambiente por proteger o solo do impacto das gotas da chuva, dosraios solares e do pisoteio animal, entre outros fatores. Por isso, deve-se manter area sempre com uma boa cobertura vegetal durante todo o ano.

    Como os animais tm a tendncia de seguir sempre os mesmos caminhos, asreas prximas dos bebedouros, das cabanas, cercas e nas sombras so as quemais degradam, em funo do pisoteio contnuo dos sunos.

    Neste sistema sugere-se o uso de forrageiras que produzam muita massa verdee proporcionem boa cobertura do solo. Estas podem variar dentro de cada regiodependendo de sua adaptao s condies locais.

    As forragens do SISCAL devem ser implantadas, principalmente, para manter osolo coberto e no para alimentao das matrizes. Muitas vezes, o produtor e otcnico, preocupados em agilizar a implantao do sistema, acabam descuidando-sedos aspectos relacionados cobertura vegetal. Isto pode se constituir num grandeproblema ambiental para a propriedade no futuro.

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  • 2.2.1 Sugestes para manuteno da cobertura vegetal Colocar os sunos nos piquetes s quando a pastagem estiver totalmenteformada;

    Distribuir bem os equipamentos nos piquetes, o que permite uma melhorutilizao pelos animais;

    Instalar, sempre que possvel, os bebedouros nas partes mais baixas dospiquetes;

    Usar cabanas, comedouros e sombreadores leves para facilitar a mudana; Trocar de lugar as cabanas, comedouros e os sombreadores dentro dospiquetes, sempre que for observado o incio da degradao da cobertura vegetal;

    Manter as matrizes sempre destrompadas; Fazer rotao de piquetes; Usar uma boa rea por animal; Isolar as reas de pastagens degradadas e providenciar o reimplante de novasmudas.

    2.2.2 Escolha das espcies forrageirasAs forrageiras mais indicadas para o SISCAL devem possuir as seguintes

    caractersticas: boa adaptao, perene; estolonfera, rizomatosa; facilidade em seestabelecer e dominar; bom crescimento durante todo ano e resistente ao pisoteio.No entanto, devido dificuldade de conseguir uma forrageira que atenda todas estascaractersticas, sugere-se a consorciao de duas ou mais espcies que, juntas,atendam as condies desejadas.

    No SISCAL da Embrapa sunos e aves vem sendo utilizada uma combinao deespcies de gramneas como a missioneira, a estrela africana, a bermuda e o quicuio.

    As semeaduras de azevm anual, de aveia de ervilhaca, so feitas no inverno sem,no entanto, remover a estrutura do solo.

    Entre as espcies que podem ser utilizadas nas vrias regies do Brasil esto:

    Gramneas anuais de inverno Aveia Preta (Avena strigosa): gramnea anual de inverno, de porte ereto,cespitosa, reproduzida por sementes. Sua forragem muito tenra e nutritiva.Pode ser utilizada tanto para pastoreio como para cortes. Quando consorciadacom azevm aumenta seu perodo de pastoreio em cerca de trinta dias, se nohouver perodos de estiagem.

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  • Azevm (Lolium multiflorum): gramnea anual de inverno-primavera, cespitosa,reproduzida por sementes, pode perenizar-se por ressemeadura natural. Preferesolos pouco midos e bem drenados. mais utilizado para pastoreio do que paracorte. Tem alto valor forrageiro e sua palatibilidade boa. Pode ser consorciadacom aveia e ervilhaca. Pode produzir at 25 t/ha/ano e permite at quatro cortesanuais.

    Leguminosas anuais de inverno Ervilhaca (Vicia sativa): leguminosa anual de inverno, largamente utilizada comoadubao verde e tambm para corte. Desenvolve-se bem em solos profundose resiste bem ao frio, porm umidade excessiva e pH so limitantes ao cultivo.

    Gramneas perenes de inverno Cevadilha (Bromus catharticus): gramnea anual, bienal e em alguns casosperene,. cespitosa, ereta e reproduzida por sementes (3040 kg/ha). Produzat 27 t/ha em um nico corte. tima para pastagens permanentes, feno e paraconsorciao com trevo branco.

    Festuca (Festuca arundinacea): gramnea permanente, originria da Europa.Possui rizomas que no se espalham muito; cresce em touceiras. Utilizada paraconsorciao com trevos, e resiste s temperaturas abaixo de zero.

    Gramneas anuais de vero Capim Italiano ou milheto (Penisetum tiphoides): gramnea anual de vero, eretae cespitosa, com colmos grossos e suculentos, muito apreciada pelos sunos.Reproduzida por sementes. Apresenta altas produes de massa verde porhectare. Constitui-se numa alternativa para pastoreio e para cortes. Substituio sorgo como forragem. O gro pode ser utilizado na rao.

    Gramneas perenes de vero Capim Andropogon (Andropogon gayanus): capim tropical,cespitoso originrioda Nigria, com porte alto, resistente seca e ao frio, apresentando cerca de11% de protena bruta, produzindo cerca de 12 t/ha/ano de matria seca em seiscortes. Implantao inicial muito lenta com um ciclo de produo de novembro aabril.

    Capim Colonio (Panicum maximum): capim cespitoso, de porte mdio, comfolhas e colmos finos. Produz cerca de 12 toneladas de matria seca por hectareano, com cerca de 5,5% de protena bruta.

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  • Capim Quicuio (Pennisetum clandestinum): espcie perene, agressiva, estolon-fera e rizomatosa, adapta-se bem ao Alto Vale do Itaja, Planalto e ao OesteCatarinense e todo Rio grande do Sul, muito exigente em fertilidade do solo.Tem boa qualidade e resistente ao frio. Produz sementes com alto vigor,porm a implantao por mudas em funo da dificuldade de colheita e da nodisponibilidade da mesma no mercado. O seu estabelecimento normalmentemais lento que a estrela africana. Tem afinidade com o trevo branco e o azevm.Apresenta cerca de 10,8% de protena bruta.

    Capim Elefante (Penisetum purpureum): capim perene, de touceiras colmoseretos prprio para o corte, mas tambm serve para pastejo. Apresenta cercade 12% de protena bruta no pico e rende cerca de 50 t/ha/ano em 35 cortes.

    Capim de Rhodes (Chloris gayana): gramnea perene, de estabelecimentolento no primeiro ano, ereta, que forma touceiras, natural da frica do Sul eTanznia, reproduzida por sementes (24 kg de sementes/ha), produz cerca de15 toneladas de matria seca por hectare em quatro a cinco cortes anuais parafenao. Apresenta cerca de 7,9% de protena bruta.

    Capim Jaragu (Hyparhenia rufa): gramnea perene de colmos eretos e firmes,constitui densas e vigorosas touceiras com inmeros perflios basais, originriada frica Tropical. Produz 10 toneladas de matria seca hectare ano para feno.

    Capim Pangola (Digitaria decumbens): grama tropical para altitudes de 600 a800m, perene rasteira com estoles superficiais que cobrem todo o terreno.Produz at 10 toneladas de feno/ha/ano, com cerca de 4,8% de protena bruta.

    Capim Gordura (Melinis minutiflora): gramnea perene, cespitosa com colmoseretos. Apresenta cerca de 7,5% de protena bruta e rende de 4 a 4,5 t/ha/anode matria seca, em quatro cortes. Muito utilizado nos Estados de So Paulo eMinas Gerais.

    Grama Bermuda (Cynodon dactylon): gramnea de clima subtropical temperado,perene e rizomatosa, de fcil adaptao a vrios ambientes. A espcie possuivrios hbridos de importncia sob o ponto de vista forrageiro. Entre elesdestacamos as cultivares Coast Cross, Tifton 85 e 68 e Florakirk. sensvelao sombreamento, tolera um pouco a geada e relativamente exigente emfertilidade do solo. Apresenta cerca de 7,9% de protena bruta.

    Brachiaria Humidcola (Brachiaria humidcola): gramnea perene, ereta, esto-lonfera e rizomatosa, muito agressiva. No tolerante ao frio. Adapta-se aregies secas e a solos pobres e midos. Sua qualidade considerada baixa. Aimplantao se d rapidamente por mudas e lentamente por sementes. Tempotencial para o Litoral em funo de sua grande rusticidade, boa coberturado solo e por ser possivel a implantao por sementes. Apresenta 11,9% deprotena bruta e produz 910 t/ha/ano de matria seca.

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  • Brachiaria (Brachiaria decumbens): gramnea perene, prostrada que emitegrandes quantidades de estoles, dificultando a consorciao com leguminosas.Muito rstica, resistente seca e tolerante a deficincias minerais do solo.No adaptada a solos midos, implanta-se facilmente atravs de sementes.Apresenta baixa qualidade e no tolera o frio. Tem potencial para o litoral,principalmente em funo de sua rusticidade e grande facilidade de implantaopor semente. De difcil consorciao pela agressividade.

    Estrela Africana (Cynodon plectostachyium): perene, muito agressiva, estolon-fera e rizomatosa, adaptada em quase todo o estado de Santa catarina, comexceo das reas mais frias. Tem qualidade mdia, suporta solos pobres,midos e de pH baixo. Quando bem manejada, proporciona boa coberturavegetal. Sua reproduo exclusivamente vegetativa.

    Hermathria (Hermathria altissima): perene, agressiva, rizomatosa e estolonfera.Tem boa tolerncia ao frio e aos solos pobres e midos. Apresenta qualidademdia a superior. Sua implantao exclusivamente por mudas. Tem potencialcomo pastagem para sunos em funo de sua rusticidade e boa cobertura.

    Grama Missioneira (Axonopu ampressus): pouco exigente em fertilidade do solo,est adaptada s condies do Planalto e Oeste Catarinense. Sua implantao feita atravs de mudas. tolerante ao frio e tem qualidade considerada baixa.

    Grama Jesuta (Axonopus jesuiticus): muito semelhante grama missioneira,porm tem as folhas mais estreitas, menos produtiva e de menor qualidade.Produz sementes pouco frteis, por isso propagada atravs de mudas. Espciemuito utilizada em pastagens para sunos e na recuperao de reas degradadasdevido a sua notvel resistncia ao pisoteio e recuperao aps o pastoreio.

    Pensacola (Paspalum saurae): perene, rizomatosa, suporta bem perodos deestiagem, possui tolerncia ao encharcamento. Pouco exigente em fertilidade dosolo. Tem crescimento lento e suas sementes necessitam ser escarificadas paraquebra de dormncia. Produz 57 t/ha/ano.

    Setria (Setaria arreps). Apresenta cerca de 9% de protena bruta e rende de1015 t/ha/ano de feno.

    Leguminosas perenes de inverno Trevo Branco (Trifolium repens): leguminosa perene, por ser estolonfera adaptada ao pastoreio intensivo. Exigente em fertilidade do solo e luminosidade.

    Trevo Vermelho ou Roxo (Trifolium pratense): leguminosa perene, no muitopersistente, porm se implanta rapidamente e com facilidade. Exigente emfertilidade e no tolera acidez do solo. Boa produtora de sementes. No suportapastoreio contnuo. A forragem verde tenra e de alta palatibilidade.

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  • Trevo Vesiculoso (Trifolium vesiculosum): leguminosa anual, pode perenizar-sepor ressemeadura natural.

    Cornicho (Lotus corniculatus): leguminosa perene, cespitosa, nutritiva, exigenteem manejo, no entanto relativamente pouco exigente em solo e muito tolerante seca. No suporta pastoreio prolongado, melhor no rotativo.

    Leguminosas perenes de vero Alfafa (Medicago sativa): leguminosa perene de elevado valor nutritivo. Emfuno da exigncia em solo fica restrita quelas reas com alta fertilidadenatural. indicada como pasto verde porque uma forrageira de perodo decrescimento mais longo, proporcionando maior nmero de cortes. Tem boaresistncia seca.

    Lotus pedunculatus ou uliginosos (Lotus pedunculatus cv. Maku): leguminosaperene. Embora no tenha semente disponvel no mercado, permite reproduopor mudas.

    2.2.3 Implantao de forragensOs sunos possuem um comportamento de pastoreio diferente dos bovinos. So

    altamente seletivos, apresentam o hbito de fuar e de revolver a terra e, em funoda pequena superfcie do casco, determinam considervel compactao do solo.

    Quando da implantao do SISCAL, em reas de campo nativo ou em outro tipode pastagem j estabelecida, deve-se procurar manter essa vegetao para cobrir osolo. Alm disso a substituio dessas forragens poder favorecer a compactao dosolo pelo pisoteio. Com o passar do tempo e com o aumento da fertilidade do solopode-se enriquecer esta cobertura com espcies mais nobres, como as leguminosas.

    Nas reas sem pastagens, o sistema deve ser implantado sobre gramneasagressivas, resistentes ao pisoteio, de baixa exigncia em fertilidade, estolonferas,e que permitem uma rpida cobertura do solo.

    A semeadura das espcies forrageiras pode ser feita a lano, com distribuidorcentrfugo ou atravs de semeadoras especficas.

    Quando a rotao com lavouras estiver prevista deve-se evitar usar forrageirascomo o capim quicuio, a grama estrela roxa e outras do gnero Cynodon, de difcilerradicao, que podem acabar tornando-se invasoras. Neste caso espcies comograma missioneira, grama jesuta e hermathria podero ser usadas.

    2.2.4 Melhorias de pastagensEsta tecnologia pode ser utilizada, com relativa facilidade, em pastoreio que utiliza

    o sistema rotativo. J no sistema de uso contnuo mais difcil a sobre-semeadura,em funo das dificuldade de implantao das sementes ou das mudas e do pisoteiodos animais.

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  • As forrageiras que apresentam um alto valor nutritivo (leguminosas) so, em geral,exigentes em fertilidade do solo. Isto pode aumentar os custos de implantaoem solos deficientes. Em funo disto, deve-se procurar ter uma pastagem bsicaconstituda por espcies rsticas (gramneas), pouco exigentes e persistentes, eenriquec-las pela introduo de novas espcies, medida que melhorarem ascondies do solo.

    Pode ser feita a introduo de espcies perenes, ou a semeadura de espciesanuais que, em condies corretas de manejo, no necessitaro mais seremsemeadas e ou a semeadura de espcies anuais.

    As forrageiras de inverno devem ser semeadas em solos frteis e com bom pH.Caso haja necessidade de aplicao de calcrio, este deve ser colocado em coberturae sua quantidade deve ser de no mximo um quarto da recomendao do ROLAS. Ofsforo e outros nutrientes podem ser aplicados junto com a semeadura, ou at 15 a20 dias aps a germinao.

    A semeadura das leguminosas perenes poder ser feita nos meses de junho ejulho, enquanto que as gramneas e as leguminosas anuais a partir de fevereiro.

    Uma das principais prticas recomendadas, no sistema, o pastoreio rotativo,que adensa e recupera a forragem provocando enraizamento profundo, favorecendo adistribuio dos dejetos e o combate da verminose.

    A grande maioria das criaes intensivas de sunos a campo usam o pastoreiocontnuo pela maior facilidade de manejo e pelo menor custo das instalaes. Nestesistema, muito difcil manter uma cobertura vegetal adequada do solo ao longo dotempo, em funo do comportamento agressivo dos sunos, em relao s pastagens.

    2.2.5 Manejo das reas degradadasEstes locais devem ser isolados por um ou dois fios eletrificados para realizar o

    replantio das forragens. Essa rea somente deve ser liberada quando o solo estivertotalmente coberto.

    3 Origem das leitoas de reposioO plantel do SISCAL dever ser constitudo por matrizes cruzadas, tambm

    chamadas de hbridas ou F1, e acasaladas com machos sintticos que possamimprimir em seus descendentes uma boa porcentagem de carne magra.

    Os cuidados mais importantes na hora de adquirir as leitoas para reposioreferem-se aos aspectos sanitrios e genticos. A maioria das doenas dos sunosentram nos rebanhos atravs da introduo de animais infectados, sem, no entanto,apresentarem sinais de doenas. Por essa razo, os produtores devem somenteadquirir animais oriundos de Granja de Sunos com o Mnimo de Doenas (GSMD)ou de Granjas de Sunos Certificadas (GSC) que fazem regularmente controles paraBrucelose, Leptospirose, Peste suna clssica e Doena de Aujeszky. Alm disso,

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  • recomenda-se dar preferncia a um nico fornecedor de leitoas, com o objetivo dereduzir as chances de introduzir novas doenas no rebanho.

    4 Aspecto sanitrioO status sanitrio dos sunos criados ao ar livre, normalmente, melhor em relao

    aos sunos criados junto ao sistema confinado. Independente disto, h necessidadede estabelecer um programa sanitrio do plantel. Esse programa poder ser ajustadodentro de cada regio do Brasil. primordial realizar um controle eficiente deendoparasitas e ectoparasitas atravs de um plano de monitoramento para avaliaodo estado de sade dos animais.

    Quando do estabelecimento do programa sanitrio, devemos levar em consi-derao a necessidade do uso de vacinas tais como parvovirose, leptospirose,erisipela, aujeszky e colibacilose.

    5 Manejo do SISCALO SISCAL deve ser manejado de forma organizada, atravs da formao de lotes e

    do escalonamento da produo, obtendo com isso um controle dos dados produtivos,reprodutivos, econmicos e otimizao da mo-de-obra.

    A ateno dispensada a todas as fases de manejo deve ser muito bem planejadana sua execuo, pois o sistema demanda uma maior necessidade de tempo e/oumo-de-obra.

    6 Taxa de lotaoA taxa de lotao e o manejo dos animais influem diretamente na manuteno da

    cobertura vegetal e da fertilidade do solo. Assim, sugere-se o uso de 800 m2 porfmea instalada em um sistema de rodzio dos piquetes, o que permite uma lotaode 10 fmeas por hectare em gestao ou lactao.

    Na fase de creche, sugere-se usar uma taxa de lotao de 50 m2 por animalalojado em piquetes e de 0,5 m2 no sistema de creche mvel sobre cama. Estosendo desenvolvidas pesquisas em relao a um novo sistema de creche sobre camaonde o leito permanece confinado durante todo o perodo de creche.

    7 Tempo e forma de ocupao dos piquetesA rea por animal depende de fatores como condies climticas, caractersticas

    do solo e tipo de cobertura vegetal.

    15

  • A rea total do SISCAL dividida em piquetes de gestao, de machos, de lactaoe creche. Para de cada fase sugere-se que seja subdividida em piquetes distribudosde maneira que se possa trabalhar com rodzios dos piquetes. Para a gestaosugere-se subdividir a rea total do piquete ocupado pelo lote em quatro subpiquetes.Para maternidade e creche sugere-se subdividir os piquetes em dois subpiquetes.

    Os piquetes so ligados aos corredores de manejo, que possuem largura suficientepara possibilitar o trnsito de mquinas e animais.

    O tempo de ocupao dos piquetes deve ser aquele que permita a manutenoconstante da cobertura vegetal sobre o solo e uma recuperao rpida da mesma.Em geral, um perodo de 35 dias permitir a renovao da forragem. Porm,esta recuperao est diretamente influenciada pelas condies climticas. Quandohouver intensa pluviosidade, ou seca, deve-se diminuir o tempo de ocupao devidoao desgaste da pastagem e do solo.

    Sempre que o sistema apresentar problemas de conservao de pastagens,ou problemas srios de sanidade, recomenda-se a rotao da rea ocupada pelosistema.

    8 Escalonamento da produoO escalonamento permite a organizao das atividades ao longo do tempo. Ela

    defina na implantao do sistema e pode ser semanal, quinzenal, ou a cada 21 dias.

    9 Dimensionamento da produoUm sistema de produo de sunos constitudo por um conjunto interrelacionado

    de componentes que tem por objetivo produzir sunos. Fazem parte deste sistema ohomem, as edificaes e os equipamentos, os animais, a alimentao e a gua, oscontaminantes e o manejo do rebanho. Para atingir bons nveis de produo precisoque todos os componentes estejam em harmonia.

    Homem

    Edif icaes e equipamentos

    Animais

    Alimentao e gua

    C ontaminantes

    Mane jo Performance

    Es tado de sade

    Sada s

    Figura 1 Representao grfica de um esquema de produo de sunos.

    16

  • Da mesma maneira que no sistema confinado de produo, no SISCAL hnecessidade de dividir os animais nas diferentes fases da vida (cobrio, gestao,maternidade, creche, crescimento e terminao). O fluxo dos animais no sistemadeve seguir um esquema lgico de produo.

    9.1 Dimensionamento de um sistema de produo de sunos,para produzir 27 animais a cada 21 dias

    A administrao rural uma cincia que estuda as relaes que se estabelecementre os diversos fatores na propriedade agrcola com o objetivo de obter a maiorrentabilidade possvel. E para tanto, o produtor precisa saber o que, como e quantoproduzir e, principalmente, para quem vender seus produtos.

    Por isso que, na deciso do produtor, no curto, mdio ou longo prazo, oconhecimento de tcnicas de produo de sunos de fundamental importncia nodesempenho e sucesso junto atividade agrcola.

    O planejamento um processo dinmico que no meio rural objetiva a racionali-zao da produo agropecuria. O planejamento a funo mais importante a serexecutada dentro do processo administrativo, pois determina os objetivos a atingir eos tipos de controles que a administrao da propriedade dever utilizar.

    O planejamento consta de uma formulao sistemtica e devidamente integranteque expressa uma srie de propsitos a serem realizados dentro de determinadosprazos, levadas em conta as limitaes impostas pelos recursos disponveis, bemcomo as metas prioritrias definidas.

    Os objetivos ou os propsitos devem adaptar-se s necessidades e aos anseiosdo produtor, aos recursos disponveis (mo-de-obra, terra, capital, etc), e tambm sdemandas do mercado e as condies de meio-ambiente no seu mais amplo aspecto.

    O produtor deve, por sua vez, buscar os meios (recursos, formas de controle,tecnologia, etc) para produzir. A busca de resultados econmicos e formas adequadasde controle justificam a elaborao de planos que devem, primordialmente, concentrar-se nos objetivos previamente definidos.

    No planejamento, deve-se sistematizar o processo de deciso e programar asaes futuras observando os seguidos aspectos:

    Oportunidade; Planos derivados; Resposta e questionamentos; Prazos.

    Na suinocultura, o planejamento tem considerado, principalmente, a parte tcnicada atividade. Planos que envolvam todas as reas, normalmente, tm sido elaboradosquando o objetivo a implantao de uma nova unidade de produo de sunos.

    17

  • Quando da implantao de um sistema de produo de sunos em uma proprieda-de agrcola, vrios aspectos e fatores devem ser considerados: tipos e tamanho daspropriedades, localizao, disponibilidade e necessidade de mo-de-obra, capacidadepara a produo de insumos/alimentos e investimentos.

    Os projetos de produo de sunos devem compreender, obrigatoriamente, umestudo tcnico e econmico. Como o estudo tcnico deve levar em conta as dispo-nibilidades dos fatores de produo, capital e trabalho para definir, principalmente, adimenso e o grau de especializao de produo, devendo, tambm, caracterizar omanejo de todo o sistema de produo e de cada fase em particular.

    O estudo econmico efetuado a partir do estudo tcnico e deve definir o montantede investimento e seu financiamento, o cronograma dos trabalhos de implantao,fluxo fsico de entrada dos animais em produo, o fluxo fsico de venda de animais eo fluxo de caixa decorrente das previses de produo e de preos.

    A deciso definitiva, relacionada ao tamanho da produo e do sistema deproduo a ser adotado, ser tomado aps esse estudo e, principalmente, aps oexerccio de algumas simulaes.

    Na produo de sunos podemos utilizar os seguintes sistemas:Extensivo: a forma de criao solta de sunos que coexistem com explorao

    de florestas ou de pomares de rvores adultas e de casca grossa, como abacateirose mangueiras. Neste sistema de produo de sunos no h preocupao comprodutividade e economicidade, sendo mais uma forma de cultura extrativa ousubsistncia, no havendo nenhum controle sobre a criao, sendo que todos ossunos de diferentes idades permanecem juntos numa mesma rea e disputam, entreeles, o mesmo alimento.

    Intensivo: acumula o trabalho e capital em terreno relativamente restrito.Apresenta preocupao com a produtividade e a economicidade, podendo ser parasubsistncia, para gerar parte da renda ou ser a fonte de renda famliar.

    Dentro dos sistemas intensivos de produo de sunos podemos mencionar osseguintes sistemas:

    Sistemas tradicionais confinado de baixo, mdia ou alta tecnologia

    Ciclo Completo Produtores de leites Terminados

    Sistemas alternativos ao ar livre de baixa, mdia ou alta tecnologia

    solta controlada Semi-confinado Produo agroecolgica SISCAL Sistema intensivo de sunos criados ao ar livre

    18

  • Quando da implantao de um sistema de produo de sunos, h necessidadede se fazer um estudo tcnico e econmico da propriedade, com o objetivo deverificar a viabilidade desta nova atividade agrcola. Estes estudos devem levarem conta alguns aspectos, tais como:

    Disponibilidade de rea para a instalao; Capacidade de utilizao de mo-de-obra, bem como sua qualificao; Capacidade de produo de milho, soja e de outros alimentos alternativos; Condies para engordar os sunos produzidos (crescimento e terminao); Mercado para a produo de leites entre outros fatores que podem serconsiderados quando da instalao de sistemas de produo de sunos;

    Para se dimensionar um plantel necessrio definir o nmero de animaisa serem vendidos por perodo. A ttulo de exemplo, ser apresentado umsistema onde pretende-se produzir 27 leites a cada 21 dias. Para tal,necessita-se estabelecer uma srie de indicadores e coeficientes tcnicos quesero fundamentais para o dimensionamento da granja.

    9.1.1 Definio dos coeficientes tcnicos

    Os coeficientes tcnicos, que servem de exemplo para orientar neste clculo,so:

    Coeficientes tcnicos Siglas ValoresNmero de leites vendidos por perodo NLVP 27,0Intervalo de produo (dias) IP 21,0Nmero de partos/porca/ano NPPA 2,25Taxa de retorno ao cio % TRC 10,0Intervalo mdio desmame-cio (dias) IDC 10,0Taxa de reposio porcas ou leitoas (%) TRP 25,0Taxa de reposio de cachaos(%) TRM 50,0Nmero de leites nascidos vivos/parto NLNV 10,0Taxa de mortalidade leites na maternidade (%) TMLM 8,0Nmero de leites desmamados/parto NLDP 9,2Nmero de leites desmamados/porca/ano NLDPA 19,32Taxa de mortalidade de leites na creche (%) TMLC 2,0Nmero de leites vendidos/parto NLVPA 9,0Nmero de leites vendidos porca ano NLVPA 18,90Tempo de deteco do cio (dias) TDC 42Idade de desmame (dias) ID 28

    19

  • Nmero de partos por lote (NPL) encontrado dividindo-se o nmero de animaisa serem vendidos por perodo (NLVP) pelo nmero de leites a serem vendidos porparto (NLVPA)

    NPL = NLVP / NLVPA 27/9 = 3 partos.

    Intervalo entre partos (IP) obtido pela soma dos perodos de gestao (PG),durao da lactao (DL) e intervalo desmame-cio frtil (IDC).

    IP = PG + DL + IDC 114 + 28 + 10 = 152 dias

    Nmero de lotes de matrizes (NL) dentro do sistema encontrado pela divisodo intervalo entre partos (IP) pelo intervalo entre lotes (IL).

    NL = IP/ IL 152/21 = 7,23 7,0 lotes.

    Nmero de partos/porca/ano (NPPA) obtido atravs da diviso do nmero dedias do ano (NDA) pelo intervalo entre partos (IP).

    NPPA = NDA / IP 365/152 = 2,40 2,25 partos.

    Este valor est acima dos resultados normalmente alcanados na produo desunos, pois no se est considerando os retornos ao cio e a data da entrada dasmatrizes no plantel. Para efeito de clculo foram considerados 2,25 partos/porca/ano.

    Nmero total de matrizes em produo (NTP) obtido entre o produto donmero de partos por lote (NPL) e o nmero de lotes (NL) de matrizes, acrescidodo produto entre nmero de partos por lote (NPL), taxa de retorno ao cio (TRC) nestecaso 10% e o tempo de deteco de cio, acrescido da espera por uma nova cobertura(TDC) 42 dias, dividido pelo intervalo de produo (IP).

    NTP = NPL NL + (( NPL TRC TDC) / IP)NTP = 3 7 + (3 0,10 42)/21NTP = 21 + 0,6 = 21,6 22 Fmeas.

    Nmero de matrizes de reposio por ano (NMRA) no plantel obtido peloproduto do nmero total de matrizes em produo (NTP) e a taxa de reposio anual(TRP) de 25%.

    NMRA = NTP TRP 22 0,25 = 5,5 6 matrizes /ano.

    Obs: Pode-se fazer a reposio em dois lotes de 3 leitoas.

    20

  • O nmero de matrizes por lote (NML) obtido pela diviso do nmero total dematrizes em produo (NTP), pelo nmero de lotes (NL). NML = NTP / NLP 22/7 = 3,14 matrizes /lote. Neste caso trabalha-se com 7 lotes de 3 matrizes, (6 lotesde 3 fmeas e 1 lote de 4 fmeas). Tem-se 1 fmea a mais no plantel para garantir aproduo, caso haja retorno ao cio.

    Nmero de cachaos (NC) a serem utilizados obtido pela diviso do nmerototal de matrizes em produo (NTP), pela relao de cachao / fmea (um reprodutorpara 15 matrizes).

    Recomenda-se 1 cachao para cada 15 porcas. Para este tamanho de plantel, estevalor pode ser alternado em funo do nmero de matrizes no sistema de produo.

    NC = NTP / 15 22 / 15 = 1,46 2 cachaos.

    Nmero de cachaos de reposio (NCRA) obtido pelo produto do nmero decachaos pela taxa de reposio ao ano (TRM) de 50%.

    NCRA = NC TRM 2 0,5 = 1,0 cachao/ano.

    Nmero de leites desmamados por lote (NLDL) obtido pelo produto donmero de partos por lote (NPL) e nmero de leites desmamados por parto (NLDP).

    NLDL = NPL NLDP 3 9,2 = 27,6 leites/lote.

    Nmero total de leites desmamados/porca/ano (NLDPA) obtido pelo produtodo nmero de leites desmamados por parto (NLDP) pelo nmero de partos /porca/ano (NPPA)

    NLDPA = NLDP NPPA 9,2 2,25 = 20,7 leites/porca/ano.

    Nmero total de leites desmamados por ano (NTLDA) o resultado doproduto do nmero de leites desmamados por parto (NLDP) pelo nmero de partos/porca/ano (NPPA), e o nmero total de matrizes em produo (NTP).

    NTLDA = NLDP NPPA NTP 9,2 2,25 22 = 455,4leites/desmamados/ano.

    Nmero de leites vendidos por lote (NLVL) obtido pela diferena entre donmero de leites desmamados por lote (NLDL) e o nmero de leites mortos nacreche por lote (NLMC), que obtido pelo produto do nmero de leites desmamadospor lote (NLDL) e a taxa de mortalidade na creche (TMLC).

    NLMC = NLDL TMLC 27,6 0,02 = 0,552 1,0 leito morto por loteNLVL = 27,6 1,0 26,6 27

    21

  • 9.2 Dimensionamento das instalaes9.2.1 Cobrio e gestao

    Este sistema de produo de sunos est organizado para trabalhar com sete lotesde 3 fmeas, com intervalos de produo de 21 dias.

    Quando se utilizar um cronograma de 21 dias de intervalo entre lotes, teremos umlote de matrizes em lactao e um lote entrando ou saindo da maternidade, assimassume-se que sempre teremos 5 ou 6 lotes na gestao, e um ou dois lotes namaternidade e dois lotes de leites na creche.

    Durante a gestao as matrizes sero mantidas em grupos de trs por piquete, ecada piquete ser subdividido em 3 subpiquetes, com o objetivo de fazer a rotao darea ocupada pelas matrizes.

    O nmero de matrizes em gestao ou cobrio (NMG) obtido pela diferenaentre o nmero total de matrizes em produo (NTP) e o nmero de partos por lote(NPL).

    NMG = NTP NPL 22 3 = 19 matrizes em gestao ou em cobertura.

    O nmero de piquetes de gestao e cobertura (NPG) obtido pela diviso donmero de matrizes em gestao (NMG) pelo nmero de matrizes por lote dentro dospiquetes (no recomenda-se fazer lotes com mais de 6 matrizes/piquete, pois dificultao manejo da alimentao).

    NPG = NMG / NML 19/3 = 6,33 6,0 piquetes com 3 matrizes.

    OBS: NSP = Cada piquete dever ser subdividido em 3 subpiquetes.

    NSPG = 6 3 = 18 subpiquetesA rea ocupada pela gestao (AG) determinada pelo produto do nmero de

    matrizes em gestao (NMG) e a rea recomendada por matriz (AM). No SISCALrecomenda-se utilizar uma rea de 800 m2 por matriz na gestao e lactao.

    AG = NMG AM 19 800 = 15.200 m2.

    9.2.2 CachaosEst prevista a utilizao de 2 cachaos no sistema de produo de sunos. A rea

    utilizada por cachao ser de 800 m2 e cada piquete ser dividido em 2 subpiquetesde 400 m2 para que se possa utilizar o sistema de rotao dos piquetes.

    O nmero de piquetes de cachaos igual ao nmero de cachaos utilizados naproduo de sunos, pois no se recomenda manter os reprodutores em piquetescoletivos.

    A rea ocupada pelos cachaos (AC) determinada pelo produto do nmerode cachaos (NM) e a rea recomendada para o cachao (ACA). No SISCAL

    22

  • recomenda-se utilizar uma rea de 800 m2 por reprodutor.

    AC = NM 800 m2 2 800 = 1.600 m2.

    9.2.3 MaternidadePara dimensionar a maternidade e a creche necessrio definir algumas variveis.Determinar o perodo de ocupao dos piquetes de maternidade (POMA). Esse

    tempo de ocupao determinado pela soma do perodo de adaptao da porca nopiquete (PA), durao da lactao (DL) e o perodo de recuperao da pastagens (PR).

    POMA = PA + DL + PR 7 + 28 + 35 = 70 dias.

    Calcular o nmero de lotes na maternidade (NLMA), o qual obtido pela divisodo perodo de ocupao dos piquetes de maternidade (POMA) e pelo intervalo entrelotes (IL).

    NLMA = POMA/IL 70/21 = 3,33 3,0 lotes na maternidade.

    O nmero de piquetes na maternidade (NPMA) o produto do nmero de matrizespor lote (NML) e o nmero de lotes na maternidade (NLMA).

    Em alguns momentos podemos ter 4 matrizes por lote, assim estaremosassumindo que o nmero de matrizes por lote (NML) ser de 4 matrizes.

    NPMA = NML NLMA 4 3 = 12 piquetes de 400 m2

    Alm dos 9 piquetes calculados mais 1 de reserva, porque num dado momentoteremos um grupo de 4 porcas na maternidade e isto permite tambm garantir o grupode 3 fmeas, se falhar uma cobertura.

    A rea da maternidade (AMA) obtida pelo produto do nmero de piquetes namaternidade (NPMA) e a rea dos piquetes 400m2.

    AMA = NPMA 400 12 400 = 4.800 m2

    9.2.4 CrecheDeterminar o perodo de ocupao dos piquetes da creche (POCE). Esse tempo

    de ocupao determinado pela soma do perodo de ocupao dos piquetes (PO) eo perodo de recuperao das pastagens (PR).

    POCE = PO + PR 42 + 35 = 77 dias

    23

  • Calcular o nmero de lote na creche (NLCE), o qual obtido pela diviso doperodo de ocupao dos piquetes (POCE) e pelo intervalo entre lote (IL).

    NLCE = POCE / IL 77/21 = 3,66 4,0 lotes na creche

    O nmero de piquetes na creche (NPCE) o resultado da diviso do nmerode leites desmamados por lote (NLDL) pelo nmero de leites por piquete (NLP),(sugere-se no colocar mais de 30 leites por piquete) e multiplicado pelo nmero delotes na creche (NLCE).

    NPCE = (NLDL / NLP) NLCE 27,6 / 30 4 = 3,68 4 piquetes de 1.400 m2divididos em 8 subpiquetes de 700m2.

    A rea dos piquetes da creche (ACE) obtida pelo produto do nmero de piquetesna creche (NPCE ) e a rea dos piquetes a qual obtida pelo produto do nmero deleites desmamados (NLDL), e a rea por leito (ALC) na creche 50m2

    APC = NLDL ALC 28 50 = 1.400 m2 ACE = NPCE APC 4 1.400 =5.600 m2

    Na fase de creche pode-se tambm utilizar o sistema de creche mvel sobre cama,podendo assim diminuir a rea ocupada pelo sistema de produo de sunos.

    Quando da utilizao desse sistema de creche mvel sobre cama deveremos teros devidos cuidados com a linfadenite e o manejo da cama com as moscas.

    9.2.5 ReposioA rea de reposio de leitoas/ano (ARLA) em funo do nmero de matrizes e

    varres, o qual obtido pelo produto do nmero de matriz/ reposta/ ano (NMRA) e area por matriz de 800m2.

    Esta rea determinada em funo do nmero de matrizes a serem introduzidasno sistema de produo de sunos. Neste caso est prevista a reposio de dois lotescom trs leitoas e um macho por ano. Portanto ser necessrio o dimensionamento deum piquete para a introduo dos mesmos e o descarte das matrizes e reprodutores.

    Utiliza-se um piquete coletivo com capacidade para alojar as porcas e os cachaosde reposio e de descarte de animais.

    ARLA = NMRA 800 2 800 = 1.600 m2.

    Como nosso sistema composto somente por 21 matrizes sero construdossomente dois piquetes de 840 m2 para a introduo de leitoas de reposio e odescarte de matrizes.

    Nmero de piquetes, rea ocupada pelo sistema nmero de equipamentosutilizados e a descrio da estimativa do material a serem utilizado para a instalao

    24

  • de uma unidade de produo de leites com capacidade para produzir 27 leites acada 21 dias esto no (Anexo 1).

    9.3 Consumo dirio de rao9.3.1 Gestao

    O consumo dirio de rao de gestao (CDRG) obtido pelo produto do nmerode matrizes em gestao (NMG) pelo consumo dirio de rao por matriz na gestao(CDRG).

    CDRG = NMG CDRG 19 2,1 = 39,9 kg/dia.

    O consumo dirio de rao dos cachaos (CDRC) obtido pelo produto do nmerode vares (NM) pelo consumo dirio de rao dos cachaos (CDRC).

    CDRC = NM CDC 2 2,1 = 4,2 kg/dia.

    9.3.2 MaternidadeO consumo dirio de rao lactao (CDRL) obtido pelo produto do nmero de

    matrizes em lactao (NML) pelo consumo dirio de rao por matriz na lactao(CDRL).

    CDRL = NML CDRL 3 6,0 = 18,0 kg/dia.

    9.3.3 CrecheO consumo dirio de rao na creche (CDRCE) obtido pelo produto do nmero

    de leites desmamados por lote (NLDL), nmero de lotes de leites na creche (NLLC)e consumo dirio de rao por leito (CDRLE).

    CDRCE = NLDL NLLC CDRLE 27,6 2,0 0,725 = 40,02 kg/dia.

    9.4 Consumo total de rao de uma unidade produtora de leitesO consumo total dirio de rao (CTDR) do sistema de produo obtido pela

    soma do consumo dirio de rao de gestao (CDRG), consumo dirio de raodos cachaos (CDRC), consumo dirio de rao lactao (CDRL), consumo dirio derao na creche (CDRCE).

    CTDR = CDRG + CDRC + CDRL + CDRCE CTDR = 39,9 + 4,2 + 18,0 + 40,02 =102,12 kg/dia.

    25

  • O consumo anual de rao (CAR) obtido pelo produto do consumo total dirio derao (CTDR) pelo nmero de dias do ano (NDA).

    CAR = CTDR NDA 102,12 365 = 37.274 kg ou 37,27 t.

    O consumo de milho anual (CMA) obtido pelo produto do consumo anual derao (CAR) pela porcentagem de milho nas raes (PMR).

    CMA = CAR PMR 37,27 0,70 = 26,08 t/milho/ano.

    10 Instalaes e equipamentosAs instalaes e os equipamentos necessrios para implantao do Siscal

    basicamente so: cabanas, cercas, comedouros, bebedouros, sombras, depsito derao, bretes de conteno e rede hidrulica.

    10.1 CabanasTm por objetivo servir de alojamento e abrigar os animais de intempries.As cabanas podem ser confeccionadas de madeira, metal ou outro tipo de material,

    porm devem ser leves e resistentes para facilitar o seu deslocamento.So mais utilizadas as cabanas tipo Cela Parideira, Chal, Igl e Galpo.

    Normalmente so cobertas com lona plastificada, chapa galvanizada, esteiras detaquara ou capins. As suas dimenses variam de acordo com a fase animal.

    As cabanas de gestao so de uso coletivo e s devem ser utilizadas em regiesde muito frio, devem possuir duas sees abertas em lados opostos, abrigando maisde uma fmea.

    Na sada dos lotes de fmeas da gestao para a maternidade deve-se posicionara cabana de p, virada para o norte, para proporcionar uma desinfeco da mesmaatravs da radiao solar.

    Devem ser trocadas de lugar sempre que a cobertura vegetal em seu interior sedegradar.

    A cabana da maternidade individual e abriga uma fmea com sua respectivaleitegada. A Embrapa Sunos e Aves est recomendando o uso de duas novascabanas para a maternidade: a tipo cela parideira coberta com lona plastificada(Anexo 2) e a cela parideira tipo chal (Anexo 3).

    A cabana cela parideira uma cabana de madeira, coberta com lona plastificada,colocada sobre uma camada de capim e outra lona plstica que serve de suporte.Possui abertura nas extremidades opostas e um assoalho mvel. Tem dimenses de2,20 m de comprimento, 1,60 m de largura e 1,20 m de altura.

    No seu interior existe uma proteo contra esmagamento de leites, composta por2 canos galvanizados de cada lado (Figura 3 d), sendo que o primeiro cano deve estar

    26

  • afastado 0,30 m do assoalho e o segundo situado a 0,30 m do primeiro. A matrizpossui rea til de 0,75 m2.

    A cabana tipo chal tem dimenses de 2,20 m de comprimento, 1,80 m de largurae 1,30 m de altura. Possui duas aberturas nas extremidades opostas, e 2 ripas decada lado que servem de proteo contra o esmagamento dos leites. A primeiradeve estar distanciada 0,25 m do cho e a segunda a 0,10 m da mesma.

    Tem como principais vantagens: um melhor conforto trmico e um custo menor.Porm, mais pesada e tem uma menor durabilidade do material.

    Na parte interna das cabanas deve ser colocada uma camada de 0,10 m de palhaou capim seco para que a fmea possa fazer o seu ninho. importante repor a camasempre que necessrio.

    Durante o inverno deve ser colocada uma cortina em frente porta, impedindo acorrente de ar em seu interior.

    As cabanas de maternidade devem possuir um assoalho, e esse no deve serfixado na cabana, sendo uma pea da mesma.

    As cabanas da creche possuem as mesmas dimenses das cabanas de gestao,acrescidas de um assoalho mvel, podendo abrigar at 2 leitegadas.

    As cabanas dos machos tm as mesmas dimenses das cabanas de maternidade.Nessas cabanas no h necessidade de usar o assoalho, nem a proteo contra oesmagamento.

    O sistema de creche mvel sobre cama (Anexo 4) um sistema alternativode baixo custo de implantao em relao ao sistema confinado, onde os sunosso criados sobre um leito formado por maravalha ou palha. Os dejetos sofremuma compostagem dentro da cabana reduzindo os riscos de poluio ambiental emelhorando sua valorizao agronmica.

    A creche mvel sobre cama constituda por peas ajustveis que podem serconstrudas na propriedade. composta por bebedouros, comedouros, estrado e osistema de cobertura.

    10.2 ComedourosOs comedouros devem ser mveis e fabricados com materiais leves e resistentes

    tais como madeira, metal ou pneu (Anexo 5).Com o pisoteio constante dos sunos prximo ao comedouro, o solo pode ficar sem

    cobertura vegetal e compactado. Isso pode ser evitado mudando-se o comedouro delugar.

    Para a fase de gestao so usados comedouros feitos com pneus usados e ferrosseparadores de baixo custo e de fcil manejo.

    Em dias chuvosos, os comedouros da gestao devem ser virados aps asmatrizes consumirem toda a rao, evitando que as mesmas retornem ao local dealimentao e danifiquem a cobertura do solo.

    Para a maternidade so indicados comedouros confeccionados de madeira,cobertos com folha galvanizada. Esses possuem uma capacidade de armazenamento

    27

  • de 40 kg de rao (Anexo 6). A rao na maternidade deve ser fornecida vontade matriz.

    Em pocas de chuva deve-se observar se no h rao mida dentro doscomedouros.

    Sua localizao deve estar prxima cabana, sombra e o bebedouro e em umlugar plano e seco.

    Para a fase de creche os comedouros normalmente so de madeira, cobertoscom folha galvanizada e apresentam de 10 a 12 bocas para os leites. O espaoutilizado por boca corresponde a 0,13 m de comprimento, 0,20 m de largura e 0,15 mde profundidade. O fornecimento de rao deve ser vontade e com capacidade para70 kg de rao (Anexo 7).

    10.3 CercasTm por objetivo manter os animais dentro dos piquetes.Os piquetes so delimitados por cercas eletrificadas compostas por eletrificadores,

    isoladores, palanques com dimenses de 1,10 0,08 0,08 m, distanciados a cada50 a 60 m; e por estacas intermedirias com dimenses de 1,0 0,04 0,04 m,distanciados a cada 8 a 10 m e por 2 fios de arame galvanizado ou de nylon, colocadosa 0,35 m e 0,60 m de altura em relao ao solo, respectivamente.

    As cercas podem ser confeccionadas de madeira, de ferro de construo, deplstico ou bambu, entre outros materiais.

    Para eletrizar as cerca, so utilizados eletrificadores disponveis no mercado.A creche deve ser cercada com tela metlica de arame galvanizado, com malha

    nmero 4 ou 5.Colocar na parte interna do piquete um fio de arame eletrificado, a 0,10 m do solo

    por um perodo de dez dias aps o desmame. A distncia entre as estacas varia de 6a 9 m de forma a permitir uma boa tenso entre os fios.

    Deve-se limpar periodicamente o local sob as cercas, atravs de roadas, evitando-se capinas, pois o solo deve permanecer coberto, a fim de permitir boa visualizaodos fios e evitar curtos-circuitos.

    O uso de herbicidas no recomendado porque pode afetar a cobertura do solo econtaminar os animais.

    10.4 Rede de Abastecimento de guaA gua tem influncia direta no desempenho da criao. Deve ser de boa

    qualidade, ou seja, potvel e em quantidade suficiente para os animais.A rede hidrulica de preferncia deve ser construda com tubos de PVC rgido,

    com dimetro suficiente para conseguir vazo adequada nos bebedouros. Tanto arede principal como as secundrias devem ser enterradas a 0,35 m de profundidadepara evitar danos aos canos e manter a temperatura da gua sem grandes variaes.

    28

  • 10.5 BebedourosTm por objetivo fornecer gua aos animais nos piquetes.O sistema de fornecimento de gua deve ser feito mantendo-se uma caixa dgua

    como reservatrio num ponto mais alto do terreno. A canalizao deve ser enterradaa uma profundidade aproximada de 35 cm, evitando-se assim o aquecimento da guanos dias mais quentes.

    Deve-se evitar que a gua escorra para o interior dos piquetes, com a finalidadede impedir a formao de lamaal. Por isso, deve-se colocar uma proteo sob osbebedouros e instalar os mesmos na parte mais baixa do piquete.

    O bebedouro fixo. Normalmente usam-se os bebedouros de vasos comunicantes.Podendo-se utilizar os bebedouros do tipo vasos comunicantes com bia, construdosem concreto individual (Anexos 8) ou do tipo santa rosa (Anexos 9).

    Recomenda-se colocar 1 bebedouro para cada 7 matrizes. Na creche a propororecomendada de 1 bebedouro para cada 12 leites.

    Deve-se ter o cuidado de isolar com mangueiras plsticas os fios da cerca emfrente ao bebedouro, para evitar que os animais levem choques ao beberem gua.

    Devem ser limpos diariamente e protegidos da ao solar.Quando a parte externa dos bebedouros ficar dentro da rea dos piquetes, essa

    deve ser cercada, para evitar que os animais tenham acesso a essa parte dobebedouro. Nesse caso e quando a gua coletada dos bebedouros escorrer paradentro dos piquetes, deve-se construir sumidouros, para evitar a degradao do solo.

    Com o uso do sistema de rotao nos piquetes, os bebedouros que no estosendo utilizados devem ser desligados do sistema de fornecimento da gua, evitandodesperdcios.

    10.6 SombreadoresSo utilizados para fornecer sombra aos animais nos piquetes, principalmente

    no vero. Esta sombra pode ser natural, com arborizao ou fornecida atravsde sombreadores artificiais (Anexo 10), que normalmente possuem sustentao demadeira, ferro ou bambu e so cobertos de capim, folhas de palmeira, sombrite ouesteira de bambu.

    A rea do sombreador mvel deve ser de 3 m2 por fmea na lactao e 3 m2 pormatriz na gestao. Para o macho recomenda-se uma rea de 9 m2. Na creche aproporo de rea corresponde a 0,8 m2 por animal alojado.

    Quando o SISCAL for implantado em locais com sombra natural deve-se ter ocuidado de proteger as rvores da ao das matrizes, pois estas podem comer acasca das rvores, matando-as. A melhor forma isol-las com fios eletrificados quepassam por trs sarrafos fincados ao redor do tronco e conectados cerca eltricapor uma extenso ou usar uma tela de malha 4 ou 5.

    importante que todos os piquetes do sistema tenham uma boa rea de sombra.Sugere-se a utilizao de espcies caduciflias, que perdem as folhas no perodo

    29

  • hibernal, proporcionando uma boa insolao no inverno e sombreamento no vero. AUva do Japo constitui-se em uma boa opo.

    10.7 Escritrio e depsito de raoConsiste num depsito medindo 20 m2 que serve para armazenar rao e realizar

    prticas bsicas nos animais, principalmente mossagem, castrao, pesagem, cortedos dentes e medicao entre outras. Sua localizao deve ser prxima aos piquetes,para facilitar os servios de mo-de-obra.

    10.8 Brete de contenoConsiste num brete de madeira medindo 16 m2 que serve para conteno dos

    leites, por ocasio do desmame. Deve estar situado juntamente do depsito de raopara facilitar o manejo dos animais (Anexo 11).

    11 Referncias BibliogrficasARAJO, A. A. Melhoramento de pastagens; agrostologia rio-grandense. 4o ed.

    Porto Alegre: Sulina; 1976. 208p. (Coleo Tcnica Rural).BONET, L. P; MONTICELLI, C. J. Sunos: O produtor pergunta, a Embrapa

    responde. 2o ed.Brasilia: Embrapa-SPI/ Concrdia: EMBRAPA CNPSA, 1998.243p. (Coleo 500 perguntas 500 respostas).

    BOTREL, M. A. Algumas consideraes sobre gramneas e leguminosas forra-geiras. Coronel Pacheco: EMBRAPA-CNPGL, 1983. 59p. (EMBRAPA CNPGL.Documentos 09).

    DALLA COSTA O. A.; HOLDEFER, C.; DIESE, R.; LOPES E. C.; COLOMBO, S.Sistema Intensivo de Sunos Criados ao Ar Livre - SISCAL: Bebedouro devaso comunicante - geminado - Santa Rosa. Concrdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001. 3p. (EMBRAPA-CNPSA. Comunicado Tcnico, 290).

    DALLA COSTA O. A.; DIESE, R.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; COLOMBO, S. Siste-ma Intensivo de Sunos Criados ao Ar Livre - SISCAL: Dimensionamento deum sistema. Concrdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001. 5p. (EMBRAPA-CNPSA.Comunicado Tcnico, 289)

    DALLA COSTA O. A.; DIESE, R.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; COLOMBO, S.Sistema Intensivo de Sunos Criados ao Ar Livre - SISCAL: Cabanas dematernidade. Concrdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001. 11p. (EMBRAPA-CNPSA. Comunicado Tcnico, 283).

    DALLA COSTA O. A.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; DIESE, R.; COLOMBO, S.Sistema Intensivo de Sunos Criados ao Ar Livre - SISCAL: Comedouro decreche. Concrdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001. 5p. (EMBRAPA-CNPSA.Comunicado Tcnico, 282).

    30

  • DALLA COSTA O. A.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; DIESE, R.; COLOMBO, S.Sistema Intensivo de Sunos Criados ao Ar Livre - SISCAL: Comedourode maternidade. Concrdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001. 4p. (EMBRAPA-CNPSA. Comunicado Tcnico, 281).

    DALLA COSTA O. A.; DIESE, R.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; COLOMBO, S.Sistema Intensivo de Sunos Criados ao Ar Livre - SISCAL: Comedouro degestao. Concrdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001. 2p. (EMBRAPA-CNPSA.Comunicado Tcnico, 280)

    DALLA COSTA, O. A.; OLIVEIRA, P. A. V.; DIESE, R.; LOPES E. C.; HOLDEFER,C.; COLOMBO S. Sistema Intensivo de Sunos Criados ao Ar Livre - SISCAL:Creche mvel sobre cama para sunos. Concrdia, SC: EMBRAPA-CNPSA,2001. 8p. (EMBRAPA-CNPSA. Comunicado Tcnico, 278).

    DALLA COSTA, O. A.; DIESE, R.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; COLOMBO, S.Sistema Intensivo de Sunos Criados ao Ar Livre - SISCAL: Sombreadormvel. Concrdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001. 3p. (EMBRAPA-CNPSA.Comunicado Tcnico, 277).

    DALLA COSTA, O. A.; DIESE, R.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; MLLER A.Sistema Intensivo de Sunos Criados ao Ar Livre - SISCAL: Brete de manejoe carregadouro mvel de sunos. Concrdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001.3p. (EMBRAPA-CNPSA. Comunicado Tcnico, 275).

    DALLA COSTA, O. A. Sistema intensivo de sunos criados ao ar livre - SISCAL.Recomendaes para instalao e manejo de bebedouros. Concrdia:EMBRAPA-CNPSA, 1998, 2p. (EMBRAPA-CNPSA. Instruo Tcnica para oSuinocultor, 8)

    DALLA COSTA, O. A; MONTICELLI, C. J. Sugestes para a implantao do sistemaintensivo de sunos ao ar livre (SISCAL). Suinocultura Dinmica, v.III, n.14,p.13, 1994.

    DALLA COSTA, O. A. Sistema intensivo de sunos criados ao ar livre SISCAL.Recomendaes para instalao e manejo de bebedouros. Concrdia:EMBRAPA-CNPSA, 1998. 2p. (EMBRAPA-CNPSA. Instruo Tcnica para oSuinocultor, 8)

    MITIDIERI, J. Manual de gramneas e leguminosas par a pastos tropicais. SoPaulo; Nobel,. 1983. 198p.

    31

  • 12 Anexo 1 Dimensionamneto do Sistema deProduo

    12.1 Descrio do sistema de produo12.2 Estimativa do material necessrio para a instalao da rede

    hidrulica1 caixa de gua de 1000 L2 flanges de 25 mm700 m de cano de PVC 25 mm100 m de cano de PVC 20 mm50 flexveis 20 mm4 registros 25 mm44 T 25 mm p / 20 mm4 T 25 mm2 joelhos 25 mm45 tampes de 1250 conexes 12"55 bias de 12"4 tubos de cola4 veda rosca44 bebedouros de vaso comunicantes simples ou 21 geminados Santa Rosa.

    12.3 Estimativa do material necessrio para a instalao da cercaeltrica

    1 aparelho de cerca eltrica com capacidade 20.000 m2 astes de cobre2 braadeiras4 m de fio 10 mm4.200 m fio de arame galvanizado550 m tela tipo malha 5 ou 6 de 0,60m de altura150 palanques de 0,07 0,07 1,20 m480 estacas de 0,05 0,05 1,20 m1.000 isoladores grandes de cerca6 kg de prego 17 27

    32

  • (Todas as medidas so em metros)

    - Porteira

    480

    20 20 20 20

    50

    2525

    C1a C1b

    C2a C2b

    C3a C3b

    C4a C4b

    M1a M1b

    M2a

    M3a M3b

    M2b

    M4a M4b

    M5a M5b

    M6a M6b

    20 20

    40

    4040

    80

    R

    Cob1 Cob2

    Cob3

    RG1a

    bG1 G1c

    G2a G2b

    G3aG2c

    G3b G3c

    G4a G4b

    G4c G5a

    G5b G5c

    2828

    28

    112

    28

    3

    2020

    2020

    120

    2020

    2121

    21105

    2121

    4

    235

    2121

    126

    2121

    21

    R - ReposioG - GestaoCob - CobrioC - CrecheM - Maternidade

    - Rede hidrulica- Macho Reprodutor

    - Caixa d gua- Brete

    - Depsito de rao/escritrio/brete de manejo

    Legenda- Bebedouro

    21

    Figura 2 Croquis do Sistema Intensivo de Sunos Criados ao Ar Livre SISCAL,para 23 matrizes e dois reprodutores.

    33

  • Tabela 1 Sistema Intensivo de Sunos Criados ao Ar Livre SISCAL para 23 matrizes

    PIQUETESNo Tamanho (m) rea e (m2) rea total (m2)

    Cobrio COB 3 21 40 840 2.520Gestao G 15 21 40 840 12.600Maternidade M 12 20 20 400 4.800Creche C 8 25 28 700 5.600Macho 4 20 21 420 1.680Reposio R 2 40 21 840 1.680Depsito de raoEscritrio brete demanejo e reas de

    circulao

    200

    REA TOTAL 29.080 m2

    13 Anexo 2 Cabana Cela parideira com lona plsticaA cabana cela parideira construda em 8 etapas, assim descritas:

    1. Estrado (removvel)O estrado removvel confeccionado pela justa posio de 5 (cinco) tbuas sendo 4 (quatro) com dimenses de 0,30 m 1,98 m e 1 (uma) de 0,18 m 1,98 m. Esse tablado fica assentado (pregado) sobre 3 (trs) caibros de 0,08 m 0,08 m 1,38 m (Figura 3a).

    2. Estrutura da Cabana com Cantoneiras de ContraventamentoMoldura constituda por 2 (dois) caibros de 0,10 m0,10 m 2,20 m e poroutros 2 (dois) caibros de 0,10 m 0,10 m 1,60 m. A moldura deveadquir a forma retangular e com dimenses externas de 2,20 m 1,60 m(comprimentolargura).O contraventamento dessa estrutura proporcionado pela fixao de cantonei-ras de madeira, nos quatro cantos - lado =0,25 m (Figura 3b).

    3. Cabeceiras e EscorasO fechamento das duas cabeceiras se d pela utilizao de: 4 (quatro) tbuasde 0,30 m com 0,75 m no lado menor e 0,92 m no lado maior; 2 (duas) tbuasde 0,30 m com 0,92 m no lado menor e 1,09 m no lado maior; 2 (duas) tbuasde 0,20 m com 0,92 m no lado menor e 1,03 m no lado maior.Essas cabeceiras posteriormente, sero escoradas por 4 (quatro) caibros0,08 m 0,08 m 0,55 m (Figura 3c).

    34

  • 4. Laterais e Canos de Proteo aos LeitesA lateral, que possui fechamento fixo, confeccionada pela sobreposio de 2(duas) tbuas de 0,30 m 2,24 m e 1 (uma) de 0,15 m 2,24 m, fixadas scabeceiras e estrutura da cabana.Na lateral oposta utilizada somente de 1 (uma) guia de 0,15 m 2,20 m, fixadano vrtice superior externo das cabeceiras.A proteo aos leites recm-nascidos (neonatos) se d pela fixao de 4(quatro) canos de 3/4" com 2,24 m, afastados entre si em 0,30 m, bem como0,30 m entre o piso do estrado e o primeiro cano. A fixao dos canos obtida aovazar (furar) as tbuas junto s entradas da cabana, nas alturas acima descritas.Para que os canos no saiam das posies, dota-se esses de contra-pinosinternos (Figura 3d).

    5. Cobertura: estrutura de madeiramentoA estrutura da cobertura feita atravs da utilizao de: 4 (quatro) ripas de0,06 m 0,92 m, nas cabeceiras; 3 (trs) ripas de 0,06 m 2,20 m, nas lateraise cumeeira; 6 (seis) ripas de 0,04 m 0,88 m, nas travessas e 8 (oito) ripas de0,04 m 0,53 m nas entre-travessas.A tesoura de duas guas possui vo de 1,60 m e o ponto central da cumeeiraest a 0,45 m (Figura 3e).

    6. Cobertura: telado sobre madeiramento e palhada sobre teladoUma tela do tipo malha nmero 6, com dimenses de 1,90 m 2,30 m, sobreposta e fixada estrutura de madeiramento.Sobre a tela, acrescenta-se uma camada de 0,05 m de cobertura vegetal seca(palhada capim) (Figura 3f).

    7. Recobrimento com Lona PlsticaSobre a camada de palhada colocada uma lona plstica, com dimenses de3,00 m 2,50 m, que fixada por ripas de 0,03 m 0,015 m.Oportunamente (em perodos quentes), a lateral que protegida somente porlona plstica, ter o recurso de ser mvel (recolhendo-se), proporcionandoventilao no interior da cabana.

    8. Solrio para Leites recm nascidosPara permitir que os leites recm-nascidos tenham acesso ao meio externo dacabana, sem no entanto dispersarem-se, at o terceiro dia aps o parto usa-seem ambas as aberturas um cercado em guias de madeira com altura de 0,15 m 1,00 m de lado. Ao dotar-se essas guias com dobradias, proporciona-sea formao natural e firme dos cantos, bem como praticidade na operao demontagem e desmontagem (Figura 4c e d).

    35

  • Tabela 2 Material de necessrio para montagem da cabana cela parideiraQuanti-dade

    Uni-dade Especificao Tamanho (m) Utilizao

    4 Un Tbuas 1,98 0,3 1" Estrado assoalho1 Un Tbuas 1,98 0,18 1" Estrado assoalho

    4 Un Tbuas0,3 0,75 ladomenor e 0,92lado maior 1"

    Cabeceira

    2 Un Tbuas0,3 0,92 ladomenor e 1,09lado maior 1

    Cabeceira

    2 Un Tbuas0,2 0,92 ladomenor e 1,03lado maior 1

    Cabeceira

    2 Un Tbuas 2,24 0,30 1" Laterais1 Un Tbua 2,24 0,15 1" Laterais1 Un Guia 2,20 0,15 1" Laterais6 Un Guias 1,0 0,15 1" Solrio4 Un Ripas 0,92 0,06 1" Coberturacabeceira3 Un Ripas 2,20 0,06 1" Cobertura6 Un Ripas 0,88 0,04 1" Coberturatravessa8 Un Ripas 0,53 0,04 1" Cobertura entretravessas10 m Ripas 0,015 0,03 1" Fixao dacobertura3 Un Caibros 1,38 0,08 0,08 Estrado assoalho2 Un Caibros 2,20 0,10 0,10 Estrutura2 Un Caibros 1,60 0,10 0,10 Estrutura4 Un Caibros 0,55 0,08 0,08 Cabeceira4 Un Cantoneiras 0,25 1" Estrutura4 Un Canos galvanizados3/4" 2,24 Proteo dos leites

    1 Un Tela tipo malha 6 1,90 2,30 Cobertura1 Un Cortina de avirio 3,00 2,50 Cobertura4 Un Dobradias 2" Solrio40 m Arame Fixao cobertura40 Kg Palha seca Cobertura1 Kg Pregos 17 27 Fixao

    36

  • a b

    c

    ....d

    ef

    1,38 m 1,95 m.. .

    1,60 m 2,20 m

    .

    ...

    0,60 m

    0,50 m

    0,50 m

    ..

    0,75 m

    .

    ...

    .

    Figura 3 Cabana cela parideira: a) Estrado Independente (removvel); b) Estruturada cabana com cantoneiras de contraventamento; c) Cabeceiras eescoras; d) Laterais e canos de proteo aos leites; e) Cobertura:estrutura de madeiramento; f) Cobertura: telhado sobre madeiramentoe palhada sobre telado.

    37

  • ca b

    d

    .1 m

    .

    . 1 m

    . 0,15 m..

    Figura 4 Cabana cela parideira: a) Cabana recoberta com lona vista fronto-esquerda; b) Cabana recoberta com lona vista fronto-direita; c) Solriopara leites recm-nascidos; d) Detalhe do solrio articulvel (comdobradias).

    38

  • ...

    .

    1,60 m

    2,20

    m

    ....

    0,45

    m0,

    75 m

    1, 2

    0 m

    .

    .

    .

    .

    .

    ..

    .

    . ...

    .

    0.60 m 0.50 m 0.50 m

    ...

    a

    b

    c d

    e

    0,30 m

    0,30 m

    Figura 5 Cortes: a) Planta baixa; b) Corte longitudinal; c) Corte transversal; d)Fachada lateral; e) Fachada frontal.

    39

  • 14 Anexo 3 Cabana cela parideira tipo chalAs cabana de maternidade cela parideira do tipo chal so construdas em 6

    etapas assim descritas:1. Base

    A base da cabana constituda por moldura formada por quatro tbuas, sendoduas tbuas laterais de 2,20 m 0,25 m 1" e por outras duas tbuas nacabeceira de 1,80 m 0,15 m. As tbuas laterais so perfuradas em quatropontos equidistantes para proporcionar a posterior fixao da lona de cobertura(Figura 6a).

    2. CabeceirasAs cabeceiras da cabana so fechadas atravs de 12 tbuas com as seguintesdimenses: 4 tbuas de 0,20 m com o lado menor de 0,25 m e o lado maior de0,42 m; 4 tbuas de 0,20 m com o lado menor de 0,42 m e o lado maior de 0,62m; 4 tbuas de 0,20 m com o lado menor de 0,62 m e o lado maior de 0,85 m(Figura 6b) e conforme detalhe (Figura 7g).

    3. Linhas de Inclinao da Cobertura e Linhas de Proteo aos LeitesAs linhas de inclinao da cobertura so formadas por quatro ripas de 1,30 m 0,10 m 1", fixadas nas tbuas das cabeceiras (Figura 6c).As barras de proteo aos leites se constituem na fixao de duas tbuas de2,20 m 0,20 m 1" a 0,25 m do cho e outras duas tbuas de 2,20 m 0,10 m 1". A distncia entre as tbuas de 0,10 m. A fixao das linhas de proteoaos leites proporcionada por uma escora de 0,45 m 0,05 m 0,025 m,pregada interiormente parede de cabeceira, no limiar (0,025 m) da abertura(Figura 6c).

    4. Teras de Cobertura e CumeeiraTrs guias de 2,25 m 0,05 m 0,025 m so pregadas sobre e entre ascabeceiras da cabana (Figura 6d)

    5. Cobertura EsteiraUma esteira de taquara de dimenses 2,30 m 2,65 m fixada sobre as guiasque so fixadas nas cabeceiras (Figura 6e).

    6. Cobertura PalhaSobre a esteira de taquara acrescenta-se uma camada de 0,08 m de coberturavegetal seca (palha - capim).

    7. Cobertura Lona Plstica.Sobre a camada de palha, colocada uma lona de avirio de dimenses de3,00 m 2,50 m. A fixao feita atravs de duas barras de ferro de construo

    40

  • 12" de 2,25 m com a lona tencionada nas laterais da cabana. Essas barras sointroduzidas na bainha e fixadas junto s tbuas laterais da base (Figura 6f).

    Tabela 3 Material necessrio para montagem da cabana cela parideira tipochal

    Quanti-dade

    Uni-dade Especificao Tamanho (m) Utilizao

    2 Un Tbuas 2,20 0,25 1" Base2 Un Tbuas 1,80 0,15 1" Base

    4 Un Tbuas0,20 0,25lado menor e

    0,42 lado maior 1"Cabeceira

    4 Un Tbuas0,20 0,42lado menor e

    0,62 lado maior 1"Cabeceira

    4 Un Tbuas0,2 0,62lado menor e

    0,82 lado maior 1"Cabeceira

    4 Un Tbuas 1,30 0,20 1" Inclinao cobertura2 Un Tbua 2,20 0,20 1" Proteo dos leites2 Un Tbua 2,20 0,10 1" Proteo dos leites4 Un Sarrafos 0,45 0,025 0,05 Proteo dos leites3 Un Guia 2,25 0,025 0,05 Teras Cumeeira1 Un Esteira detaquara 2,65 2,30 Cobertura6 Un Guias 1,0 0,15 1" Solrio4 Un Dobradias 2" Solrio40 m Arame Fixao cobertura40 Kg Palha seca Cobertura1 Kg Pregos 17 27 Fixao2 Un Ferro construo 1/2" 2,25 Cobertura

    41

  • da b

    c

    .

    ..

    .

    e f

    1,80 m.

    .

    2,20 m .

    .

    x x x xx x x x

    0,60 m

    0,60 m

    0,60 m

    inclinao

    proteo

    . .. .

    teras

    0,25 m

    esteira

    .

    Figura 6 Cabana de maternidade Tipo Chal: a) Base; b) Cabeceira; c)Inclinao da cobertura e proteo aos leites; d) Teras e cumeeiras;e) Cobertura Esteira; f) Cobertura Palhada sob cortina de avirio.

    42

  • Figura 7 Cabana de maternidade Tipo Chal: a) Planta baixa; b) Cortelongitudinal; c) Corte transversal; d) Vista lateral sem cobertura; e) Vistafrontal; f) Vista lateral com cobertura da esteira; g) Detalhe g; h) Esteirade taquara.

    43

  • 15 Anexo 4 Creche mvel sobre cama para sunosO modelo de creche mvel um sistema de criao de leites, construdo em

    estrutura de madeira, coberto com lona em PVC para caminho, medindo 6 m 3,5 m,colocada sobre uma estrutura de ferro (CA60 e CA50). Possui dimenses de 6 m 2,4 m 1,2 m (comprimento, largura, altura).

    O modelo composto por 4 mdulos 3 m 1,2 m, e 2 mdulos de 2,4 m 1,2 m(Figuras 1 e 2) sendo:

    mdulos 1, 2, 4 e 5 mdulos laterais mdulo 3 porto mdulo 6 comedouroOs mdulos 1, 2, 4 e 5, so constitudos por 2 tbuas de madeira de 3 m 0,25 m;

    4 montantes, que so caibros de 0,06 m 0,08 m 1,20 m (comprimento largura altura); 1 guia superior com 0,10 m 3 m; 1 guia de beiral de 0,15 m 3,0 m; 4apoios para a guia de beiral na forma de tringulo equiltero de 0,10 m de lado; telametlica tipo avirio, malha 6, de 0,70 m 3,0 m.

    O detalhe dos cantos, nos ltimos mdulos laterais, que formam os cantos dacreche, logo abaixo da guia beiral, fixado um conjunto de dobradias em quea primeira pea consiste em uma chapa metlica 0,03 m 0,14 m, com 4 mmde espessura (DC1), com uma extremidade soldada em um elemento metlico fixo(macho). A parte mvel da dobradia (DC2) soldada a uma chapa de 0,03 0,07 m, um segmento de cano, que a parte (fmea) da dobradia. Essa pea parafusada ao montante do porto mvel da cabeceira de acesso. Esse conjunto(encaixe/dobradia) tambm fixado na parte inferior do canto, assim como em todosos cantos da creche mvel, inclusive na cabeceira dos comedouros (Figura 10).

    O detalhe de amarramento conforme detalhado em (DA2), em cada montante deamarramento (entre mdulos laterais e entre mdulos de comedouros) fixa-se umachapa metlica de 0,03 0,05 m, soldada a esta chapa, um segmento de canoque transpassar um ferrolho de amarrao (DA3). Na base dos montantes deamarramento (entre mdulos e cantos) fixa-se uma cantoneira metlica (DA4), comparafusos e essa perfurada para que se processe estaqueamento (Figura 11).

    O mdulo 3 (porto) constitudo por 4 tbuas de madeira de 1,2 m 0,25 m; 4montantes, que so caibros de 0,06 m 0,08 m 1,20 m (comprimento largura altura); 2 guias superiores com 0,10 m 1,2 m; 2 guias de beiral de 0,15 m 3,0 m;8 apoios para a guia de beiral na forma de tringulo equiltero de 0,10 m de lado; telametlica - tipo avirio, malha 6, possuindo 0,70 m 2,4 m. Esse mdulo divididoao meio, de forma que as duas metades formam o porto de acesso ao interior dasinstalaes (Figura 12). Possui cortinado de lona de avirio, formando um semi-crculode 1,5 m de raio.

    O mdulo 6 (comedouro) constitudo por dois comedouros e um tablado demadeira. Cada comedouro possui 1,0 m 0,8 m 0,3 m (comprimento altura largura), posicionado entre os montantes da cabeceira. Esses comedouros (Figuras13 e 14) so constitudos de:

    44

  • 1 tampa superior (j1) em prancha de 1,0 m 0,30 m; depsito de rao (j2) formado por um funil de duas tbuas justapostas de 1,06m 0,20 m;

    fundo do cocho (j3) em prancha de 1,0 m 0,30 m, afastado do nvel do cho0,20 m, coincidindo com a altura do estrado (k);

    limiar do cocho (j4) em madeira de 0,96 m 0,80 m; gradil separador (j5) em ferros de construo, com 0,20 m, distribudosequidistantes entre o limiar do cocho e o funil do depsito de rao.

    Para que haja fluxo de rao do depsito de rao ao cocho, dota-se o comedourode duas barras mveis (j6) em ferro de construo, suspensas por uma barra fixa deferro entre um lado e outro do comedouro (internamente ao depsito de rao). A faceposterior do comedouro (j7), que consiste na cabeceira dos comedouros, constitudapor trs pranchas justapostas de 1,20 m 0,30 m, para cada mdulo.

    O tablado possui dimenses de 2,25 m 1,25 m e 0,20 m de altura.A estrutura da cobertura confeccionada em arcos de ferros de 1/2", sendo

    que suas extremidades so dotadas com dispositivo de encache ao montante (i),conforme detalhe (DA1). Esse dispositivo confeccionado em chapa de 1/4".Tambm esses arcos so unidos por trs segmentos de canos galvanizados, 0,03m, no sentido transversal e distribudos eqidistantes barra estrutural. Os cursores(Figura 15) proporcionam o contraventamento dos arcos estruturais, via parafuso,pressionando as barras de contraventamento (c) aos arcos estruturais. As barras decontraventamento em ferro de 1/2" possuem 6 m de comprimento.

    Legenda adotada aos desenhos de creche mvel sobre cama:1 Cabeceira de acesso

    a Lona de coberturab Arcos estruturais da coberturac Barras de contraventamentod Fechamento cortinado da cabeceirae Guia superior do portof Guia beiralg Tela metlicah Fechamento inferior do portoi Montantesj Comedourok Estrados Guia superior do mdulo

    45

  • Tabela 4 Material necessrio para montagem da creche mvel sobre camaTotalizao de materiais para montagem do Brete de manejo

    Quanti-dade

    Uni-dade Especificao Tamanho (mt) Utilizao

    1 Un Lona de cobertura 6 3,5 Cobertura2 Un Lona de avirio Semi crculo de1,5 m raio Cabeceiras

    7 Barras Ferro de construo 1/2" 3,5 Cobertura

    14 Un Encaches dos arcosdas estruturais aos montantes Cobertura

    21 Un Cursores soldados asbarras de estruturais Cobertura

    3 Barras Ferro de construo 1/2" 6 Cobertura1 Un Guia de madeira 2,4 0,10 1" Porto1 Un Guia de madeira 3,0 ,010 1" Guia lateral1 Un Tela metlica tipo malha 6 2,40 0,70 Porto4 Un Tela metlica tipo malha 6 3,0 0,70 Mdulo lateral4 Un Tbua de madeira 1,0 0,3 1" Comedouro8 Un Tbua de madeira 0,96 0,3 1" Comedouro2 Un Guias de madeira 0,9,6 0,1 1" Comedouro18 Barras Ferro de construo 1/2" 0,20 Comedouro4 Barras Ferro de construo 1/2" 1,0 Comedouro2 Barras Ferro de construo 1/2" 1,1 Comedouro5 Un Tbua de madeira 2,25 0,30 1" Estrado3 Un Tbua de madeira 1,50 0,20 1" Estrado8 Un Tbua de madeira 3,0 0,25 1" Mdulo lateral23 Un Caibros de madeira 1,2 0,08 0,06 Montante4 Un Guias de madeira 3,0 0,05 0,05 Mdulo lateral4 Un Guias de madeira 3,0 0,10 1" Mdulo lateral16 Un Apoio das guias Tringulos de 0,15 mde lados Mdulo lateral

    8 Un Dobradias Cantos

    3 Un Encaixes Amarrao entreos mdulos10 Un Cantoneiras metlicas3 Un Bebedouros Creche Mdulo laterais88 Un Parafusos 5/16 5" Fixao estrutura35 Un Parafusos 5/16 2" Arcos da cobertura2 Kg Prego 18 30 Fixao1 Kg Grampo de cerca Fixao da tela30 Un Borrachas com ganchos Fixao da lona

    46

  • jmdu lo 5

    mdu lo

    4

    Detalhe D C

    Detalhe A Dmdu

    lo 2

    i

    fs

    mdu lo 3

    c

    b

    mdu lo

    1mdu lo 6

    .

    ..

    Figura 8 Perspectiva do modelo de creche

    i i

    k

    j

    j

    M L 3 .0 0 M L 3 .0 0

    2.40

    Figura 9 Planta baixa do modelo de creche

    47

  • DC 1

    s

    f

    DC 2

    Figura 10 DC Detalhe de canto

    DA 3DA 2

    i

    DA 1

    DA 4

    b.

    .

    .

    Figura 11 DA Detalhe de Amarramento

    48

  • abc

    defghi

    Figura 12 Vista do mdulo 3 porto

    k

    j1

    . . .

    .

    . . . . .

    .

    .. . . . . . . . .

    Figura 13 Perspectiva do mdulo 6 Comedouro

    49

  • ...

    ..

    . ..j3

    k

    j7j6

    j1

    j4j5

    j2

    Figura 14 Corte transversal do comedouro

    cb

    Figura 15 Detalhe DD

    50

  • 16 Anexo 5 Comedouro de gestaoO modelo do comedouro composto por 3 partes: parte 1 base (pneu); parte 2 aros e raios (ferro); parte 3 tampa (madeira).

    Etapas de confeco:Divida-se ao meio um pneu 1000. Em seguida confeccione um aro de ferro (4mm)

    com 1 m de dimetro e um anel de ferro com 0,05 m de dimetro. Serre 8 pedaos deferro de construo 3/8" de o,20 m de comprimento e 4 pedaos de ferro chato de 4mm com 0,05 m de comprimento. Separe 4 parafusos 5/16 1 1/2".

    A montagem do comedouro simples: inicia-se pela construo da tampa docomedouro que constituda por tbuas, proporcionando um crculo de raio de 0,55 me fixadas uma as outras por 2 caibros de 0,06 m 0,06 m 0,50 m e fixado aopneu via um caibro central de 0,06 0,06 0,60 (detalhe c16). Solde os 4 pedaosde ferro chato junto ao aro externo de ferro (1 m dimetro). Posteriormente soldedos 8 pedaos de ferro (raios) de construo entre o aro externo e o anel central(Figura 16a).

    51

  • .. ..

    ..

    ....

    .

    ..

    . ... .

    ..

    .

    Legenda:

    1 - pneu 1000 (100 cm) sem arames2 - Aro externo confeccionado em ferro chato de 4 m m(1 m dimetro)3 - 8 ferros de construo 3/8, soldados equidistantes aoaro e a um anel central (raios)4 - Tampa de madeira (0,25 m ) com dim etro de 0,5 5 m5 - F ixao da tampa de madeira, pela parte inferior docomedouro, por caibro de m adeira 0,06 x 0,06 x 0,6 m6 - C hapas metlicas (4 mm ) com dimenses de 0,02 x0,05 m soldadas equidistantes ao aro externo. Perfuradaspara proporcionar fixao, via parafuso, ao pneu.7 - Anel central (0,05 m de dimetro).

    2

    314

    A

    B

    1

    4

    5a b

    34

    2

    1

    5

    .

    c

    d

    2

    6

    1

    .

    7

    7

    Figura 16 Comedouro confeccionado com pneu 1000 usado; a)Vista superior; b) Vista inferior; c) Corte AB; d) Detalhede fixao do aro externo do pneu.

    52

  • 17 Anexo 6 Comedouro de maternidadeO modelo do comedouro apresentado em 5 etapas (Figura 17) sendo: etapa 1 base e fechamento posterior (a); etapa 2 fechamento laterais (b); etapa 3 depsito de rao (c); etapa 4 colarinhos e ripa limiar (d); etapa 5 cobertura e estacas (e).

    A base confeccionada pela justaposio de 2 tbuas, sendo uma com dimensode 0,30 m 0,46 m e a outra com 0,20 m 0,46 m, proporcionando que o tablado defundo obtenha as dimenses totais de 0,46 m 0,50 m. Esse tablado fica (pregado)sobre 2 caibros de 0,70 m 0,08 m 0,08 m (comprimento largura altura)(Figura 17a).

    O fechamento posterior se d pela justaposio de 2 tbuas, sendo uma com0,30 m 0,80 m e a outra com 0,20 m 0,80 m, proporcionando o fechamentoposterior com dimenses de 0,50 m 0,80 m (Figura 17b ).

    As laterais tm a dimenso total de 0,50 m na base inferior e 0,80 m no lado menor(fundos), e 1,0 m no lado maior (frente). Quando confeccionadas pela justaposiode tbuas, essas tm as seguintes dimenses: largura de 0,20 m 0,80 m na alturamenor e 0,88 m na altura maior e, outra com largura de 0,30 m por 0,88 m na alturamenor e 1,0 m na altura maior (Figura 17b).

    O depsito de rao consiste na fixao de uma prancha com as dimensesde 0,46 m 0,90 m, formando um funil em direo ao fundo do comedouro(Figura 1c). O apoio e fixao dessa prancha proporcionado por ripas de0,02 m 0,02 m 0,90 m (largura altura comprimento), fixado na diagonalinterna de cada lado (Figura 17d). Na parte superior externa, em ambas as lateraisfixa-se uma ripa de 0,025 m 0,04 m 0,56 m, e na parte posterior com 0,54 m.

    fixada uma ripa frontal de 0,045 m 0,07 m 0,46 m. Na base do comedouro,onde o animal ter acesso rao, de extrema importncia que essa ripa limiar sejafixada com inclinao de 60 graus e recoberta com chapa galvanizada (Figura 17d).

    A cobertura do comedouro consiste de uma chapa galvanizada com dimenses de0,70 m 0,70 m. Em uma das extremidade so fixadas 2 dobradias de 2" que seficam presas colarinho posterior (Figura 17i).

    Para fixar o comedouro ao solo so necessrias 2 estacas (ganchos), confeccio-nadas em ferro de construo com dimenses de 0,40 m, dobradas sobre os caibrosda base, na frente do comedouro, com enterrio de 0,30 m (Figura 17e).

    de grande valia que o interior da base do cocho (fundo) seja revestido com chapagalvanizada, formando uma bandeja. Essa chapa dever, obrigatoriamente, recobrira ripa limiar.

    Opcionalmente poder ser revestido todo o interior do comedouro com chapagalvanizada.

    53

  • Para evitar que a tampa de cobertura venha a ser aberta por ao de ventos,usa-se amarrar (arame macio) a chapa galvanizada prancha do depsito de rao.

    A justaposio de chapas de madeira tem melhor eficincia de vedao se foradotado junta macho e fmea ou mata-junta.

    Tabela 5 Totalizao de materiais para montagem do comedouro de maternidadeQuanti-dade

    Uni-dade Especificao Tamanho Utilizao

    2 Un Caibros 0,08 m 0,08 m 0,70 m Base1 Un Tbua 0,3 m 0,46 m 1" Base1 Un Tbua 0,2 m 0,46 m 1" Base1 Un Tbua 0,3 m 0,80 m 1" Fechamento posterior1 Un Tbua 0,2 m 0,80 m 1" Fechamento posterior2 Un Tbuas 0,2 m 0,80 m 0,88 m 1" Fechamento lateral2 Un Tbuas 0,3 m 0,80 m 0,88 m 1" Fechamento lateral1 Un Tbua 0,46 m 0,90 m 1" Depsito de rao2 Un Ripa 0,02 m 0,02mm 0,90 m Depsito de rao1 Un Ripa 0,025 m 0,04 m 0,46 m Colarinho1 Un Ripa 0,025 m 0,04 m 0,50 m Colarinho1 Un Ripa 0,045 m 0,07m 0,46 m Ripa limiar1 Un Chapa 0,70 m 0,70 m Cobertura

    galvanizada2 Un Ferro de 0,7 m Fixao

    construo2 Un Dobradias 2" Cobertura articulao

    54

  • 0,50 m

    ..

    b

    .

    c

    d f

    g h i

    0,46 m0,80

    m

    0,70 m a

    ..

    ..

    ...

    . ..

    ..

    .

    1m

    0,50 m

    0,50 m

    0,80

    m

    ...

    e

    0,70 m

    0,70 m

    D obradias

    .

    Figura 17 Comedouro de maternidade: a) base e fechamento posterior docomedouro; b) fechamentos laterais; c) depsito de rao/dosador; d)colarinhos e ripa limiar; e) cobertura e estacas; f) vista lateral; g) cortetransversal; h) vista frontal; i) vista posterior.

    55

  • 18 Anexo 7 Comedouro de creche1. Base do Comedouro

    Base confeccionada pela justaposio de 5 (cinco) tbuas de 0,20 m 1 m,proporcionando um tablado com dimenses de 1 m 1 m. O fundo decomedouro fixado sobre 3 (trs) caibros de 0,05 m x 0,05 m 1 m, sendoum em cada extremidade e outro sobre o meio (Figura 18a).

    2. Direcionador de RaoConsiste em fixar duas tbuas com dimenses de 0,15 m 1 m, dando a formatriangular, sendo que a base do tringulo tambm de 0,15 m, fixada ao centroda base do comedouro, no sentido longitudinal (Figura 18a).

    3. Laterais do ComedouroConsiste de 4 (quatro) peas, com dimenses conforme Figura 18 detalhe (d),fixadas nas laterais da base do comedouro.

    4. Anteparo do ComedouroCada face do cocho, fixada sobre o fundo do comedouro em suas extremidadese entre as laterais do cocho, dotada de uma pea com dimenses de0,08 m 0,96 m. A inclinao ir acompanhar a da lateral, ou seja, 60o.

    5. Limiar do ComedouroCada face do comedouro, fixada sobre os anteparos do cocho, e s laterais dococho, dotada de uma pea de 0,03 m 0,05 m 1 m (largura altura comprimento).

    6. Laterais do Depsito de RaoConsiste de (2) duas peas com dimenses de 0,30 m 0,65 m, sendo umapara cada lateral do cocho, fixada lateralmente base do comedouro e central esta.

    7. Depsito de RaoCom a finalidade de depositar e distribuir continuamente a rao.Para cada face do depsito necessrio duas tbuas de 0,30 m 1 m e outrasduas tbuas de 0,10 m 1 m, fixadas nas laterais do depsito de rao, sendoque devem ficar inclinadas em direo ao direcionador de rao, formando umfunil proporcionado pelas duas faces do depsito (Figura 18c).

    8. Colunas de Sustentao da CoberturaConsiste em fixar uma pea de 0,10 m 1,10 m em cada lateral do comedouro,sobre as laterais do depsito de rao.

    56

  • 9. Laterais da coberturaFixadas internamente s colunas de sustentao, consistem em peas triangu-lares com base de 1 m e com altura de 0,30 m.

    10. Estrutura da CoberturaConsiste de 3 (trs) sarrafos de 0,04 m 0,04m 0,98 m (altura largura comprimento), fixados entre as laterais da cobertura, sendo um no vrticesuperior (cumeeira) e os outros dois nos vrtices inferiores.

    11. CoberturaConsiste de 1 (uma) chapa galvanizada com dimenses de 1,15 m 1,30 m,fixada sobre as laterais da cobertura e aos sarrafos da cobertura. Possui duasguas proporcionadas pelo vinco de cumeeira. Cada gua ter 0,65 m.

    12. Divisores da boca do comedouroConsiste na colocao de 4 (quatro) pedaos de ferro de construo de 1/2" de0,30 m de comprimento, colocadas a cada 0,20 m de distncia uma da outra.

    57

  • Tabela 6 Totalizao de materiais para montagem do comedouro de crecheQuanti-dade

    Uni-dade Especificao Tamanho (m) Utilizao

    5 Un Tbuas 1,0 0,20 1" Fundo3 Un Caibro 0,05 0,05 1 Fundo2 Un Tbuas 1,0 0,15 1" Direcionador de Rao4 Un Tbuas 0,48 0,42 1" Laterais (detalhe d)2 Un Ripas 0,08 0,96 1" Anteparo2 Un Tbuas 0,03 0,05 1" Limiares2 Un Tbuas 0,3 0,65 1" Laterais do Depsito4 Un Tbuas 0,3 1,0 1" Depsito de rao4 Un Tbuas 0,10 1,0 1" Depsito de rao2 Un Ripas 0,1 1,10 1" Colunas de Sustentaoda Cobertura2 Un Ripas 0,30 1,0 1" Laterais da cobertura3 Un Ripas 0,04 0,04 0,98 Estrutura da Cobertura8 Un Ferro de 1/2 0,30 Bocas do comedouro

    construo1 Un Chapa 1,15 1,0 Cobertura

    galvanizada

    58

  • . ...

    .... .

    .

    ab

    c

    d

    e

    0,48 m

    0,085 m

    0,42 m

    0,065 m

    0,27 m

    Figura 18 Detalhe da const