Porque Lavamos as Patas Dos Bichos

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  • 8/12/2019 Porque Lavamos as Patas Dos Bichos

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    Porque lavamos as patas dos bichos?

    UMA LENDA ....

    PORQUE LAVAMOS AS PATAS DOS BICHOS ??

    Em tempos remotos, existiu num local prximo a cidade de w, uma matasagrada denominada de Elkute, com suas rvore gigantescas, arbustos efolhagens utilizadas para cerimnias e sacrifcios. Os sacerdotes utilizavam-nadebaixo de mscaras e vestimentas especiais, exercendo seus costumes.Porser sagrada, os mais velhos da cidade tomaram medidas especiais parapreserva-la de uma destruio.Era costume os fazendeiros queimarem seuscampos antes de plantar suas sementes.A preocupao de que isso poderiaatingir. Elkute fez o conselho dos mais velhos dar a penalidade de morte aquem queimasse a mata sagrada.Entre os homens do conselho encontrava-seuma pessoa chamada kko, palavra que, futuramente, viria significar galo.Era de uma famlia bem conhecida e muito respeitada por suas aes egenerosidade com todos .Seus campos eram bem conservados, mesmodividindo a responsabilidade de defesa da cidade.Certo dia, kuko estavaandando por um caminho do outro lado da cidade, quando observou doismeninos pequenos chorando juntos.kko perguntou o que havia acontecido.Noincio eles ficaram receosos de falar, mais , diante da insistncia resolveramcontar o que havia acontecido: Estvamos indo para w, para fazenda denossos pais, levando cinzas para que eles pudessem ter fogo.Der repente, umvento forte bateu em cima da gente, soprando cinzas para dentro da mata deElkute,provocando uma queimada.Agora, ns seremos punidos.kko ouviuatentamente e ficou preocupado:Eles no tinham inteno de queimar a matasagrada, mas isso no seria levado em considerao porque a penalidade no

    isenta ningum, nem mesmo crianas.E conclui: Ser que estes meninospodero suplicar sua inocncia?Aps ter penado muito, disse a eles, que

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    voltassem cidade, no contassem nada a ningum. Pediu que lheentregassem o que havia restado das cinzas em direo a fazenda de seuspais .E, seguida, kko voltou para cidade.A essa altura, a notcia de que amata de Elkute havia sido queimada j tinha chegado aos ouvidos de todos.kko foi at a casa do chefe da comunidade disse .Aconteceu uma coisa

    lamentvel.Eu estava carregando as cinzas para os meus campos quando umvento forte soprou as fascas para a mata de Elkute.Eu no tinha inteno deprejudicar a cidade.O chefe respondeu: Isto um assunto muitosrio.Convocou, ento todos os conselheiros para uma reunio, relatando oocorrido.Os conselheiros disseram.Deixem o prprio Akko falar.Tomando apalavra, kko declarou. Todo povo de w conhece minha famlia. Ns nuncacausamos qualquer dano comunidade e ajudamos a todos que algum diaprecisaram de ns. Eu estava saindo para os campos coma as cinzas, aquando um vento soprou de cima espalhando as cinzas.Eu sou o senhor dosventos?No claro queno. O vento soprou as cinzas carrengando para mata, Eu j fiz alguma coisacontra o bem estar de w?Vamos esquecer este acontecimento e continuar anossa vida Um dos mais velhos replicou. Calma, vamos devagar .Deixe-nosconsiderar melhor o assunto.Discutiram a situao e chegaram a concluso deque havia sido um crime srio queimar as matas sagradas.Decretou-se ento,que quem quer que fosse deveria morrer pela forca.Voc,kko, no estava nareunio quando foi decidido isto?.Agora voc diz para esquecermos tudo?Voccarregava as cinzas, mas era sua a responsabilidade de que nenhuma fascaescapasse. Quando concordamos sobre a penalidade, falou-se que a punioseria somente para a espcie de pessoa e no para outra?Alguns ponderarama favor de kko.Devemos considerar que ele tem sido generoso em nossacidade.Muitos j receberam sementes de seu celeiro para plantar noscampos.Quem no tem bebido vinho de palma com kko? Ele no temdistribudo donativos nos festivais?Quando o inimigo nos ataca ele no pegasuas armas e nos defende? O que existe para falar dele so somente asfascas que flutuam ao vento para a mata do Elkute. Propomos consideraresta questo com moderao. Diante desta exposio, tomaram umadeciso.Em considerao ao bom nome de ku`ko, estabeleceram uma multade 2.400 bzios que deveria ser paga ata o quinto dia da semanaseguinte.Caso contrrio, ele seria enforcado.kko ficou confuso. Ondepoderei obter tantos bzios, assim?Nem Oba teria condies de pagarsemelhante multa. No tendo alternativa, saiu procura de parentes e amigos.

    Alguns lhe deram todo o dinheiro eu tinham, a outros pediu emprstimos.Houveaqueles que se recusaram achando que ele deveria ser enforcado.Diziam: Sporque voc de boa famlia, no quer dizer que no devo pagar pelocrime.No quinto dia do prazo,kko foi at o chefe: Minha famlia me deu ariqueza que possua.Meus amigos tambm , mas no o suficiente.O cheferespondeu: Neste caso, a sentena a morte.Ao ouvi-la, o povo agarrou kkoamarrou-lhe os braos para trs e conduziram no at o local da execuo.kko percebeu que o povo o queria morto e disse.Todos vocs esquecerama generosidade de meu pai e de meu av ? Elas responderam. No implore porsua vida.Seja corajoso e enfrente a morte.E o dilogo se estabeleceu durantetodo o trajeto.Eu vejo que vocs desejam a minha morte.Mas escutam o que

    tenho a dizer.Eu sempre quis coisas boas para w e em troca estourecebendo isto de vocs .Se me executarem uma grande desgraa cair sobre

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    w. No haver colheitas nos campos e a cidade no prosperar mais.Asmulheres no tero mais filhos.Se eu morrer, vocs sero os primeiros amorrer na prxima luta contra os inimigos.Diante destas palavras , o povorespondia.Voc est falando demais.Suas maldies no tmsentido.Enforquem-no.

    O volume de pessoas acabou se tornando um grande cortejo, tendo a frentetocadora de atabaques, que cantavam canes que diziam.Enforquem kko,dizia mais uma . Se eu morrer, o rio correr para cima eretornar ao lugar em que ele nasce,.O povo gargalhava, dizendo: Os riosnunca correm para cima.E para no mais ouvir kko falar amarraram-lhe umpano na boca. O cortejo alcanou o rio, e ao atravess-lo, fizeram-no pela partemais rasa. Foi quando kko parou por instantes e lavou suas mos e seusps.O povo admirou-se com a quilo, mas continuaram a arrasta-lo ata o localda execuo.E , l kko, foi enforcado em uma rvore.O povo dizia; Bem, oassunto esta encerrado, e retornando para suas casas.Mas o caso noencerrou a, pois a maldio d kk para a cidade continuava viva. Algumtempo mais tarde, os guerreiro de w foram travar luta contra o inimigo.Oge,o chefe dos tocadores de atabaques, que tinham dito.Enforquem Akuko, foi oprimeiro a morrer.Nos campos da cidade, as colheitas comearam diminuir .Oshomens de w tornaran-se impotentes, e a populao foi diminuindo.A cidadeque era prspera tornou-se seca e sem vida.As famlias ficaram pobres.e omais incrvel foi o rio w passou a correr para cima conforma a maldio de kuk .Foram feitos sacrifcios e oferendas, implorando a inverso do curso dorio, mas seus pedidos no foram a tendidos.Com respeito a kko, elereencarnou como um galo.Mesmo hoje, aps geraes muitas toma-se grandecuidado ao se lavar as partas do galo, antes de ele se abatido.Isso feito emmemria do enforcamento de kko, que antes de atravessar o rio lavou suaspernas..Concluso.O oferecimento de um galo nos ritos de sacrifcio se destina, deuma maneira geral, aos risa, que indicam atividades de luta e ao. s,gun e Sng costumam receber essas aves cujas tonalidades das penasprocuram ser identificadas com as cores dos Orisa.Se for oferecido juntamentecom um animal de quatro patas, galos e galinhas sero consideradas bs, ousela eles calaro ara quatro patas do animal.B-calar, es-ps...