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Portfolio from the subject "Fundamentos do design" ESAD, 2010

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: portfólioAna Lourenço . 1909

ESAD 2010Fundamentos do Design

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Portfólio: a história de um ano.

“Construção de um objec-to gráfico, livro ou suporte mulimédia.Coordenação da estrutura gráfica, fontes utilizadas, qualidade fotográfica, re-dacção de textos etc...Conte em 100 páginas como foi o ano- o que foi mais e menos rel-evante na descoberta dosfundamentos do design.”

No âmbito da última proposta de Fundamentos do Design, fomos convidados a contar a história do nosso ano através da elaboração de um portfólio. Assim, reuni todos os trabalhos elaborados ao longo do ano, co-mentários que tinha sobre eles, esboços e fotos tiradas durante a sua elaboração, assim como fo-tos de trabalhos de outros cole-gas da turma e combinei-os num livro. Dando especial atenção à organização das páginas, pro-curei dar-lhes um carácter limpo.

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Trazer 1 objecto 1 material e 1 imagem para se apresentar.8

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A apresentação, apesar de ponto fundamental para iniciar cada ciclo, é um enorme bicho de sete cabeças que acaba por nos deixar um tanto nervosos. A von-tade de causar boa impressão e de ao mesmo tempo continu-armos a deter a nossa própria autenticidade pode levar a que uma simples escolha de um ob-jecto, um material e uma imagem, seja algo bastante complexo. Foi bem mais difícil escolher do que justificar as minhas escolhas. Assim, após poucos segundos tinha decidido o objecto: o meu telemóvel. É fácil argumentar a sua escolha com base na minha personalidade, o facto de me esquecer constantemente das coisas leva a que a agenda do telemóvel seja um trunfo sempre à mão; o facto de estar sempre em contacto com as outras pes-soas é igualmente importante e por ultimo, a grande paixão pe-las tecnologias.

No que diz respeito à foto, da-tada de Janeiro de 2009, sem-pre me fascinou. O facto de es-tar meia cortada deixa só por si algo em aberto para o público a quem me estava a apresentar. A minha mota em segundo plano, uma das minhas grandes paixões não podia cá faltar.

Por fim, o material que escolhi foi o papel. No caderno tinha apon-tado quatro palavras que justi-ficavam esta escolha, continuo a concordar com estas para justi-ficar a escolha: “vazio”, “novo”, “inicio” e “ponto de partida”.

Como opinião em relação ao tra-balho, penso que foi um óptimo exercício para criar os primeiros laços entre a turma.

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Na história, no dia-a-dia, na relação com os objectos,…Nas partes – cabeça, mão, pé, dedos,…1. Quanto mede o meu palmo? 8 cm2. Um metro meu são quantos

palmos? 12,5 palmos.3. O que no meu corpo mede um metro? Distancia do ombro à ponta dos dedos da mão con-trária. 4. Qual é a minha largura de ombros? 40 cm

5. Quanto mede o meu passo? 82 cm6. Uma altura confortavel para estar sentado é x palmos - x cm? 4,5 palmos, 36 cm.7. Uma altura confortável para estar ao balcao? 60 cm

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“ O Corpo Humano é de tal forma projectado pela natureza que o rosto, do queixo até ao topo da testa e a mais baixa raiz dos ca-belos, é a décima parte de toda a sua altura; a mesma medida tem a mão aberta do pulso até a ponta do dedo médio; a ponta do queixo à coroa da cabeça equivale a um oitavo de sua altu-ra; e incluindo o pescoço e ombro, do topo até a mais baixa raiz de cabelo é um sexto; do meio do peito ao topo da cabeça é um quarto. Se tomarmos a altura da face, a distancia da parte inferi-or do queixo até a parte inferior das narinas é um terço dela; o nariz, a partir da parte inferior das narinas, até uma linha entre sombracelhas é igual; daí até a mais baixa raiz dos cabelos é tambem um terço, compreenden-do a testa. O comprimento do pé é um sexto da altura do corpo;

o do antebraço, um quarto. Os outros membros também têm suas próprias proporções simétricas e foi o uso dessas proporções queos famosos pintores e ecultores da antiguidade atingiram re-nome mundial.

...Uma vez mais, o ponto central no corpo humano é naturalmente o umbigo. Se o homem for colo-cado deitado de costas, com as mãos e pés estendidos e um com-passo for centrado em seu umbi-go, os dedos das mãos e dos pés irão tocar toda a circunferencia descrita a partir daquele ponto. E da mesma forma que o corpo humano permite um traço circu-lar, uma figura quadrada tam-

bém pode surgir dele. Pois , se medirmos a distancia das solas dos pés até o topo da cabeça, e então aplicarmos a medida aos braços estendidos e aber-tos a amplitude encontrada será a mesma que a altura, como no caso de superfícies planas que são perfeitamente quadradas.”

“Eles (os gregos) extraíam dos membros do corpo humano as dimensões proporcionais, que pareciam necessárias em to-das as operações construtivas, o dedo ou polegada. o palmo, o pé, o cúbito.”

Vitrúvio I a.c Roma_

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Sala durante o levantamento das medidas e desenho do corpo no papel de cenário.

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Andar a medir a sala em palmos ou pés foi algo bastante difer-ente. Reconheço a importância do exercício pois nunca me havia lembrado de medir áreas tão grandes através de pés (no meu caso foi a medida escolhida – all star, tamanho 6).

Foi igualmente interessante com-parar os limites dos diferentes corpos delimitados no papel de cenário.

No desenho original, 1,7 cm (ou seja a largura de um dedo, cor-responde a 8 pés.

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"Colour helps to express light,not the physical phenomenon,but the only light that really exists.that in the artist's brain."Henri Matisse

experimentação dos contrastes de côr das proporções aúreas trabalho em suporte construido também de forma harmónica e segundo uma estrutura montada também a partir da proporção áurea .

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Resultado final do contraste en-tre azul (frio) e salmão (quente).

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no contraste quente-frio falamos da sensação de temperatura. A cor azul acalma a circulação e a cor vermelha activa-a; O que faz com que uma transmita a sensação de frio e a outra de calor; ou que uma acalme ou excite os ânimos de uma pessoa. O óxido de manganés é a cor mais fria e o vermelho de Saturno a cor mais quente. A propriedade quente ou fria de uma cor está igualmente relacio-nada com a cor que com esta contrasta, já que, o verde pode ser quente quando em contacto com cores frias ou fria quando em contacto com cores quentes.

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12meses52semanas-365dias8760horas

_ escolher um mês e identificar, seleccionar e agrupar os concei-tos e ideias.

_ organizar e justificar 4 painéis temáticos referentes ao mês es-

colhido, de um modo experimen-tal e especulativo….

1.painel música; 2.painel cheiro/sabor; 3.painel cor; 4.painel ob-jectos: cada painel tem por di-mensão 15x15cm;cada painel deve ter a infor-mação organizada segundo uma retícula regular que tenha em conta a composição e ahierarquia de todos os elemen-tos/imagens; cada painel deve vir acompanhado por uma memória justificativa das opções.

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Começando num brainstorming à cerca do mês, Julho, surgiram as palavras: praia, fruta, férias, areia, festas, noite, amarelo, lar-anja, vermelho, melancia, melão, meloa, flores, havaianas, bikinis, brilhos, sete, churrascos, manga, leão e sol. Partindo destes con-ceitos resolvi a disposição dos quadrados.

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Apesar de recortar quatro-centos quadrados de um por um centímetro ter parecido ao inicio algo absurdo e primário, veio-se a revelar um trabalho bem complexo quando tentei conjugar esses quadrados num quadrado maior e que, por si só, conseguisse revelar ou apelar a um sentido.

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Textura _ dando um olhar so-bre o um dia do mês de Julho, podemos sentir todas as texturas dos vestidos, bikinis, da areia e outras. Assim, recorri a recortes de texturas ricas em cores, pro-

curando tons de azul e laranja, criando um padrão que compila-do num só nos apelasse ao tacto.

A principal dificuldade foi a com-binação dos recortes. Através

de tentativas acabei por criar uma espécie de xadrez com os tons quentes e distribuir os azuis de uma forma um pouco mais aleatória._

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Sabor _ Sendo Julho um mês quente de verão, seleccionei ali-mentos vegetais para apelar ao sentido do sabor.

Utilizei desde tomates a al-

faces, peras e maçãs, jogando o verde com o vermelho que in-vade grande parte das refeições deste mês.

A composição foi pensada como

um degrade que contrastava as cores, de uma forma equilibra-da, tendo cada tom igual numero de quadrados.

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Cor _ No painel da cor pro-curei transmitir a força dos dias no mês de Julho. Fazendo um con-traste entre cores frias e quentes, procuro confrontar os tons azuis do mar e os laranjas, vermelhos

e amarelos que recordam, tanto o sol, como todas as cores pre-sentes na praia.

Para compor a imagem final pro-curei contrastar, de certa forma,

aleatoriamente as cores.

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Som _ Verão é sinonimo de férias e estas estão ricas em sons. Através do recorte de pes-soas nas mais variadas situações (praia, concertos, multidões, etc.) procurei transmitir o som das con-

versas, risos, brincadeiras carac-terísticas de um bom dia de Julho passado em boa companhia.

A ordem segundo foram organi-zados os recortes foi aleatória,

procurando apenas não concen-trar as bocas nos mesmos locais criando, assim, alguma confusão nos outros recortes.

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Um olhar geral para outros trabalhos da turma.

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Campos e estruturas

p.4.1 CAMPO com variação na grelha (regular) OBJECTO/FOR-MA constante

DESENHO MODULAR DE 1 CAM-PO (20cmX20cm)_ Construção de campos modu-lares: variação na grelha regular_ Definição de um módulo: cara-cterísticas dos objectos/formas e campos_ Distribuição do módulo no cam-po: Interacções simples entre ob-jectos/formas e campos e mod-elos simples de repetição

p.4.2 CAMPO com grelha regu-lar (com intervalos)OBJECTO/FORMA com transfor-mação progressiva

DESENHO MODULAR 10 CAM-POS X 10 OBJECTOS/FORMAS EM MUTAÇÃO (1, 03m)_ Definição e progressão do módulo: interacções espaciais entre e campos objectos/formas (gradiente, contraste, concen-tração)_ Distribuição do módulo nos campos: variações da com-posição entre objectos/formas e campos (transformações pro-gressivas, alinhamentos, posição, escala, forma).

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O primeiro exercicio sobre campos e estruturas baseou-se o desenho do espaço que envolvia os clips e o espaço que estes ocupavam quando sobrepostos. São desenhos à mão livre através de lápis de grafite e tinham como objectivo perceber o espaço.

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Quadrado com 20x20 cm, grelha fixa de 2x2 cm e com um modulo de 1x1 cm repetido ao longo do quadrado maior.

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Quadrado com 20x20 cm, grelha fixa de 2x2 cm em que o módulo (retângulo) varia a sua espessura ao longo da grelha.

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Composição MODU-LAR DE 1 CAMPO ( cmX cm /50 páginas) explorar a figura e o fundo.

1. flip book é uma coleção de imagens organizadas sequen-cialmente, em geral no formato de um livro para ser folheadodando impressão de movimento, criando uma sequênciaanimada sem a ajuda de uma máquina.

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Para nos ajudar a perceber um pouco melhor todo o campo da composição e integração das figuras no seu fundo, assistimos à curta metragem produzida por Jorge Neves.

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Para a elaboração do meu flip-book pensei contar inicialmente uma história. Uma espécie de mutação da qual iria resultar uma figura simpática. Apesar de pensar que toda a forma

funcionou bem, deveria ter-me abstraído mais do aspecto figu-rativo e concentrar-me apenas na relação que as formas geo-métricas teriam com o espaço e o fundo.

Um outro problema foram os acabamentos pois foi um pouco difícil controlar, em certos casos, a utilização da tinta-da-china.

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A elaboração do flipbook pas-sou desde a escolha de um tema até à concretização do livrinho. Apesar dos acabamentos não terem ficado o mais perfeitos, penso que no fim até funcionou bastante bem.

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Resultado final do flipbook.

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Um olhar geral para outros trabalhos da turma.

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Campos Bidimension-al e Tridimensional

construção a partir de PLA-NOS SERIADOS(...) Para compreender um objec-to tridimensional temos que vê-lo a partir de ângulos e distân-cias diferentes e reunir na nossa mente todas as informações para compreender a sua realidade tridimensional. Através da mente humana o mundo tridimensional ganha o seu significado.

Planos seriadosPara construir uma forma volumé-trica, podemos pensar nas suas secções transversais, e montar cada plano obtido com intervalos regulares. Cada plano seriado pode ser considerado como um

módulo, que poderá ser utilizado em repetição o em gradação.Na repetição a figura e a dimen-são dos módulos fica igual.Na gradação há uma variação gradual do módulo e pode ser obtida por três vias:

a)Gradação de dimensão e repetição de figura;b) Gradação de figura e repetição de dimensão;c) Gradação de figura e de di-mensão.

Variação de posição e direcção.A direcção dos planos pode ser variada de três maneiras:a) Rotação sobre um eixo verti-cal;b) Rotação sobre um eixo hori-zontal;c) Rotação sobre o mesmo plano.

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Planos seriados são um conjunto de planos que deter-minam um volume, ou seja, são a representação do movimento do plano que forma o volume.

Para construir um volume podem-os pensar em termos das suas secções transversais, como por exemplo, os cortes em intervalos regulares.

Cada plano seriado é o cor-respondente a um módulo que pode ser utilizado através de repetição ou gradação. _

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Resultados finais dos dois volumes.

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Após a criação de um volume através de planos seriados ad-quiri vários conhecimentos no que diz respeito aos objectos tridi-mensionais.

Ao imaginarmos um objecto, ger-almente pensamos nele apenas como um volume compacto e nunca na sua origem. Um volume parte sempre de um conjunto de planos e a sua forma é altera-da conforme a forma do plano. Este pode ser tratado como um módulo pois será repetido ao longo dos planos. No caso dos meus volumes, optei por pensar primeiro num paralelepípedo; ao subdividi-lo em planos é fácil de concluir que este se torna um quadrado.

A realização da maqueta aju-dou, em grande parte, na com-preensão do conceito.

O módulo pode ser repetido ao longo do volume através de três vias: gradação de tamanho e

repetição da figura; gradação de figura e repetição do taman-ho; ou gradação da figura e do seu tamanho. Para testar algu-mas destas vias, no meu primeiro módulo repeti o módulo com a mesma figura e mesma dimensão em todos os planos, o que resultou num paralelepípedo regular. Já no segundo, optei por manter a figura mas alterar a sua posição em relação aos restantes. Ao torcer o quadrado, resultou num volume dinâmico com algum movimento. Assim, pude concluir que o mesmo módulo poderá dar origem a diferentes tipos de volumes consoante o modo como o repetimos.

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Experimentação Con-ceptual - MIMETISMO

Escolha Tipografica - uma pala-vra /interpretação- uma fonte- um enquadramentoExperimentação em fotocopia - suporte quadrado 20x20Contrastes tipograficos: pequeno BOLD grande LIGHT.Ampliação de letras até ao limite do seu reconhecimento.Palavra | Frase: construção em 4 paineis da entoação.A posição no espaço, a repetição, o ritmo, enunciar significados.

Experimentação Conceptual – MIMETISMO

Descobrir propriedades simbóli-cas de relação e expressão dos

objectos e dos materiais. Pesquisar em 5 objectos ex-istentes a evidencia da forma do material do contexto ou do uso, o reforço da ideia ponto de partida e dos conceitos a ela as-sociados.Re [criar] um objecto que contex-tualize e comunique a mensagem trabalhada na frase composta. Deve ser apresentado um objec-to / protótipo a sua embalagem com instrução de uso / monta-gem, target, eventuais riscos, etc …Apresentação multimédia (mu-sica/imagem)- definição de mimetismo e sinón-imos- sequencia de palavras tra-balhadas – Solução palavra – Solução frase - pesquisa de objectos deve con-ter nome, autor e ano- o objecto deve ser fotografado isoladamente Imagens de contextualização de uso e outros elementos gráficos associados.

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O mimetismo é uma espécie de ilusão criada por determinados animais para lhes possibilitar a fuga a ataques. Assim, o animal em questão, apresenta carac-terísticas semelhantes a outro que faz com que se confundam. Esta ilusão dáse principalmente no padrão da cor, textura, forma do corpo, comportamento ou carac-terísticas químicas.

O mimetismo é frequentemente confundido com a camuflagem. Embora ambos tenham como objectivo a defesa do animal, a camufl agem ocorre quando o animal possui um aspecto semel-hanteao meio que o envolve e que torna difícil a sua detecção, en-quanto no mimetismo, o animal adquire características de outro o que o torna igualmente difícil de detectar.

É possível dividir o mimetismo em três tipos, já que este pode ser adaptado a várias situações. O

primeiro, denominado de mimet-ismo Batesiano, o animal de-sprovido de armas de defesa é apenas semelhante a outro cujos espinhos ou outras defesas o que lhe proporciona protecção contra os predadores.

O mimetismo Muellerian, surge quando uma espécie imita a coloração de outra cujo preda-dor receia e confunde as duas espécies.

Por fim, o Auto-mimetismo, em que o animal imita outra parte do seu corpo para iludir o pre-dador ou, no caso do predador, parecer inofensivo.

Pode-se então concluir que o Mimetismo não é senão uma for-ma de ilusão.

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Começando num brainstorm-ing em torno do significado da palavra Mimetismo, surgiram as palavras: disfarçar, omitir, proteger camaleão, defesa, ilusão, desaparecer, adequação, imperceptível, cópia, matreiro, duplo, igualdade, persuadir, representação, mimese, mu-tação, confundir, metamorfose, mimalho, mascara, desaparecer, coloração, mistério, semel-hante, fenómeno, sósia, padrão, convencer, encarnar, variar, camuflar, mudar “consoante o meio”, irreconhecer, artificio, efeito, despercebido, enganar, mascarar, fantasia, imaginação, aldrabar, surpresa, misturar, invi-sível, traiçoeiro, aparência, arte, converter, induzir, incorporar.

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Ao pensar em imaginar surgi-ram-me algumas ideias sobre produtos de várias áreas pelo que tentei encontrar pontos co-muns nestes. A palavra imaginar remete para algo mais infantil e os pontos comuns nos objectos revelam exactamente isso. Tendo o mundo infantil como referencia, lembrei-me de um episodio de uma serie de desenhos animados infantis na qual o protagonista entrava para uma caixa vazia e conseguia imaginar várias situações entre brincadeiras. As-sociada a esta ideia está outra em que, para uma criança, uma caixa pode ser um mundo de brincadeiras. Assim, como ob-jecto, decidi adaptar o formato comum de uma caixa de papel para um espaço de brincadeiras. A caixa teria a mesma forma cúbica mas seria uma espécie de puzzle desmontável que permitia a sua fácil arrumação e trans-porte. Através de alguns estudos e pro-jectos, conclui que a caixa se-ria constituída por 4 peças de cartão, cada uma com 80cm de

largura por 120cm de altura e cada uma teria uma dobra, que fazia com que a caixa montada ficasse com 80x80. Para encaix-ar as peças, conclui que utilizar fita autocolante com 1cm apli-cada em algumas das arestas da peça concebia resistência e ao mesmo tempo facilitavam a montagem.

Mantendo o princípio de imagi-nar, apliquei ainda o desenho de janelas e portas estilizadas diferenciadas pela cor vermelha e preta e que seriam utilizadas como referências para a person-alização da caixa através do corte de estas mesmas formas.

Para facilitar a compactação, elaborei uma fita de cartão (o mesmo material da caixa) com um auto-colante para que, quan-do as peças fossem dobradas, pudesse ser facilmente arrumado e transportado.

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A primeira parte do trabalho consistia na elaboração de quatro painéis explorando a relação da tipografia, tamanho, estilo e posição da letra com o espaço e o seu conceito.

Dos quatro painéis elaborados, optei por escolher a fonte “walk on the walk”. Apesar do vasto conceito de imaginação, segui o caminho do desenho, assim a fonte pareceu-me adequar-se

ao conceito pelas suas semel-hanças bastante evidentes com o mundo do desenho e formas infantis.

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“Além do imaginar” foi a frase escolhida. O senso comum costuma afirmar não haver limites para a imaginação, mas geralmente tendemos a encon-trar um limite em tudo e tentar ir além deste. Assim, a frase

tem como objectivo ir mais além. No que diz respeito ao painel, acabei por optar por uma letra mais caligráfica, pois, a meu ver criava uma ligação mais harmo-niosa com a palavra do exercí-cio anterior. Optei por alinhar

as duas primeiras palavras à esquerda para dar um ar mais leve ao imaginar. Procurei igual-mente deixar grande parte da página sem preenchimento para existir espaço para dar lugar à imaginação.

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Na apresentação multimédia, optei por escolher a música “Godet” de Gui Boratto, primeiro por ser apenas um instrumental. O facto de não existir letra leva-nos a imagi-nar uma história e a formar os nossos próprios cenários. Assim, tendo isto por base, pensei que esta se adaptava ao conceito de imaginar. Esta poderá bem ser a banda sonora de uma das brincadeiras, apesar de melancólica, a meu ver, a música encaixa-se já que está ligada a necessidade de brincarmos sozinhos, apenas acompanhados pela imaginação.

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Visita a Serralves.

Até ao final de Novembro (2009) deverá visitar o museu de Serralves, fotografar uma obra, pesquisar o seu autor e elaborar um slide em Power Point.

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Festival de Fort Boyard, Colecção de 6 cartazes de publicidade ao festival, que nunca teve lugar, con-cebida por Serge Beguier, Gianni Bertini e Henri Chopin.

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Festival de Fort BoyardProjecto colectivo por Henri ChopinSerigrafia s/ Papel 68x52 cm

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Levantamento técnico e repre-sentação técnica rigorsa de um engenho. Pesquisa de engenho identicos. Desenho à mão levantada de reconhecimento do mecanismo. Levantamento e registo de todas as medidas.Representação à escala 2:1 das 6 vistas segundo o método eu-ropeu. Representação à escala 2:1 dos cortes longitudinal e transversal. Utilização de todas as normas de representação - tipo de linha, cotagem, rótulo, etc. Análise de requisitos para o desenho de uma nova “pele”Desenho técnico rigoroso da nova “pele”. Construção do modelo. Apresentação em dos-sier A4 de todos os elementos proposta.

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A caixa de múscia é um instru-mento musical mecânico criado no século XIX. Desde músicas mais simples, às mais compl-exas, a caixa de música era verdadeiramente apreciada por Franceses, já que, adapta-vam as músicas mais notáveis a este instumento. “Il pleut, il pleut bergère” é uma musica france-sa, escrita por Fabre d’Eglantine (1750-1794) e foi retirada da opereta “Laure et Pétrarque” - 1780.

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Desenho rigoroso da caixa de música. Representação à escala 2:1.

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A elaboração da caixa de músi-ca foi um processo complexo. Além da escolha do material, foi tambem necessário adquar a forma projectada de forma a que funcionasse como uma pele perfeita.

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Azulejo

Levantamento através de foto-grafia e recolha de dimensõesAnálise do padrão, fachada e composição de azulejo Detecção das estruturas, soma e subtracçao das formas, eixos de simetria (etc)._ Pesquisa e análise: fotografia e desenho fachada e uni-dadades compositivas_ Detecção das estruturas basilar, modular (procura do elemento mínimo de desenho), e projectiva._ construção de dossier sintese da análise - 20x20 planea-mento e execução de grelhas de paginação. proposta

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Tabuleiro

inf. Ponte

D.

Luis

Cais

da

Ribeira

Cais

da

Ribeira

R. dos Mercadores

R. dos Mercadores

R. do Clube

Fluvial Portuense

(Túnel)

O edifício que contém o azulejo em análise situa-se no cruza-mento da Rua do Clube Fluvial Portuense com a rua dos Merca-dores, com os números 5, 7, 9 e 11 – Porto.

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“ O termo azulejo designa uma peça de cerâmica de pouca espessura, geralmente, quadrada, em que uma das faces é vidrada, resultado da

cozedura de um revestimento geralmente denominado como esmalte, que se torna imper-meável e brilhante “ . _

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Vecturização do Azulejo. Este trabalho inclui também estruturas projectivas e estruturas portantes do módulo (Azulejo).

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Vecturização do Padrão formado pelo azulejo na fachada do prédio. O trabalho analisa igualmete o padrão, as suas rotações e simetrias, e a estrutura projectiva.

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- A partir do conjunto de for-mas/ poligonos existentes em 2 Tangrams,construirir na area interiror de 1 quadrado equivalente a 4 tangrams uma conjugação de formas, alinhamentos, simetrias que explorando os espaços cheios e vazios sugira uma nova proposta de composição para azulejo.- Definição das estruturas, soma e subtracçao das formas, eixos de simetria (etc).-Construção do padrão através da rotação simetrias ou altern-ancias.- Proposta de cores baseada na escolha de contraste: comple-tares, saturação...

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O Tangram é um jogo, tipo que-bra-cabeças, Oriental constituído por 7 peças (5 triângulos, 1 qua-drado e 1 paralelogramo).O objectivo deste jogo é conse-guir fazer uma determinada for-ma, usando as sete peças.A data de concepção do Tan-

gram e o seu inventor não são conhecidos. Existem apenas refe-rencias que nos remetem a que seja de origem Chinesa. A simplicidade, a capacidade de representar uma grande va-riedade de formas (“segundo a enciclopédia do tangram, é pos-

sível montar mais de 1700 figu-ras com as 7 peças” – wikipédia) e, ao mesmo tempo, toda a difi-culdade na resolução, explica o porquê da adopção do jogo por parte de vários países e o seu su-cesso até à actualidade. _

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Segundo a proposta de Funda-mentos do Design, organizei as peças do tangram num espaço compositivo quadrado que deve-ria ter o tamanho de quatro tan-gram para solucionar um azulejo, utilizando apenas dois tangram, ou seja, 14 peças. Para a dispo-

sição fina, fui desconstruíndo a figura. Nas cores, optei por uti-lizar sete diferentes, uma para cada peça, como opção e para que as peças fossem de possível percepção, mas todas dentro de um estilo um pouco Retro. _

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Após criar um módulo decidi igualmente criar dois padrões. Um através de rotação do mó-dulo inicial sobre um eixo e outro por repetição.

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O Quarto da Sra Or-lowskaExercicio de pesquisa contextual; esboços.Representação à escala e Me-todo Europeu semi-rigoroso.Representação do espaço em Maqueta.Escala 1/20

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“ Elizbieta Orlowska – a bela Polaca, como toda a gente lhe chamava no bairro – é uma mul-her de uns trinta anos, corpulen-ta, majestosa e grave, com uma pesada cabeleira loira quase sempre puxada em carrapito, olhos azuis escuros, pele muito branca, pescoço carnudo, ligado a ombros redondos e quase gor-dos. De pé, no seu quarto, quase no centro da sala, com um braço no ar, está a limpar um pequeno candeeiro de tecto com braços de cobre arredondado que parece uma cópia reduzida de um lustre de interior irlandês.

O quarto é muito pequeno e está bem arrumado. À esquerda, co-lado à parede, o leito, uma ban-queta estreita ornamentada com algumas almofadas, debaixo da qual foram metidas gavetas; depois, uma mesa de madeira branca , com uma máquina de escrever portátil e diversos pa-peis, e outra mesa ainda mais pequena, desmontável, de metal,

sobre a qual estão um camping-gás e vários utensílios de cozinha. Encostada à parede da direita há uma cama de grades e um banquinho. Outro banco, ao lado da banqueta, enchendo o es-paço estreito que a separa da porta, serve de mesa de cabe-ceira: aí estão, muito juntos, um candeeiro de pé espiralado, um cinzeiro octogonal de faiança branca, uma caixinha de cigarros de madeira esculpida a imitar a forma de uma barrica, um volu-moso ensaio intitulado The Arabi-an Knights. New Visions of Islamic Feudalism in the Beginnings of the Hegira, assinado por um tal Charles Nunneley, e um romance policial de Lawewnce Wargrave, O Juiz é o assassino: X matou A de tal maneira que a justiça, que o sabe, não o pode acusar. O Juiz de instrução mata B de tal maneira que X é suspeito, preso, julgado, considerado culpado e executado sem nunca ter podido fazer nada para provar a sua inocência.

O chão é coberto por um oleado vermelho escuro. As paredes, com prateleiras onde estão arru-madas as roupas, livros, a loiça, etc., estão pintadas de beije cla-ro. Dois cartazes de cores muito vivas, na parede da direita, en-tre a cama da criança e a porta, dão-lhe um pouco de vida: o primeiro é o retrato de um pal-haço, com um nariz em forma de bola de pingue-pongue, com uma mancha de cabelo vermelho-cen-oura, um fato aos quadrados, um gigantesco laço de borboleta às pintinhas e longos sapatos muito achatados. O segundo represen-ta seis homens de pé uns ao lado dos outros: um tem barba com-pleta, uma barba preta, o outro tem um anel no dedo, o outro cin-to vermelho, outro tem calças ras-gadas nos joelhos, outro tem só um olho aberto e o último mostra os dentes.“ _ A Vida Modo de Usar - Georges Perec

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O desenho rigoroso do quarto da senhora Orlowska foi origi-nalmente representado à escala de 1:20.

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Resultados finais da maqueta do quarto da Sra. Orlowska

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Na elaboração da maqueta, optei por não esconder a na-tureza dos materiais utilizados. Assim , apesar de o “chão ser vermelho” e as paredes beijes, preferí manter o castanho da balsa no chão e o branco do k-line nas paredes. A banqueta foi elaborada através da união de cartão-madeira e balsa para a sua estructura e esponja para a parte do colchão e almofadas. As suas dimenções reais são 2m x 1m x 0,85m. Para conceber

a cama de grades utilizei balsa, alfinetes, cartão-madeira e es-ponja. A mesa branca foi reali-zada através da junção de balsa (pernas) e de cartão-madeira (tampo). A mesa de metal pode ser desmontada. Se retirarmos o seu tampo, as peças laterais são fáceis de desmontar e transpor-tar. Realizada apenas com balsa. Os dois bancos, diferem apenas na almofada. O facto de um servir de mesa-de-cabeceira impossi-

bilita-o de ter igualmente a al-mofada. Foram elaborados com balsa, cartão-madeira e, um, com es-ponja. O candeeiro de pé é feito de balsa, cartão-madeira para o pé e papel-cenário para o abajour. As prateleiras, sendo este um quarto de uma criada deveriam ser simples. Assim optei por linhas simples, apenas com meio circulo nas laterais da prateleira.Peças todas realizadas em balsa.

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: portfólioAna Lourenço . 1909Fundamentos do Design

ESAD 2010