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Montes Claros2013
ADRIANA PEREIRA QUEIROZ
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADONOME DO CURSO
GESTAO INDUSTRIAL
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Montes Claros2013
GESTAO INDUSTRIAL
Trabalho apresentado ao Curso de Cincias Contbeisda UNOPAR - Universidade Norte do Paran, para asdisciplinas de Contabilidade de Custos, ContabilidadeIndustrial, Contabilidade Gerencial e Sistema deInformao.
Professores: Daniel Ramos Nogueira, Jose Manoel daCosta, Marcelo Resquetti Tarifa e Fernando Soares daSilva.
ADRIANA PEREIRA QUEIROZ
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SUMRIO
1 INTRODUO...........................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................4
8 REFERNCIAS.......................................................................................................47
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1 INTRODUO
O contexto econmico atual se caracteriza pela alta competitividade,
pela sofisticao dos consumidores e pela velocidade com que as mudanas
ocorrem. A eficcia operacional, baseada na reduo dos custos, no aumento da
produtividade e na melhoria dos produtos , atualmente, um imperativo para que as
empresas consigam transitar num mercado cada vez mais competitivo. Por outro
lado, as organizaes devem ser flexveis o suficiente para atender as novas
demandas dos consumidores, oferecendo produtos de qualidade, adequado s
necessidades e com preo justo.Na atual conjuntura do mercado, a busca pela competitividade um
fator chave para o sucesso de qualquer empresa. Por isso, identificar e desenvolver
ferramentas gerenciais eficazes so muito importantes para que as organizaes
alcancem a sustentabilidade e possam atender s crescentes exigncias do
mercado.
Em meio a esse ambiente que surge a necessidade de adoo de
um correto ponto de equilbrio para a anlise da organizao, pois o grau de relao
entre diversas variveis - como o preo de venda, custos fixos e variveis, margens
de contribuio, etc. - possibilita aos gestores assumirem premissas que os
auxiliaro no processo de tomada de deciso de curto prazo. Devido as suas
caractersticas e objetivos, o ponto de equilbrio considerado uma das mais
importantes ferramentas de gesto da atualidade. .
Com o advento da abertura do mercado nacional e insero doBrasil na competio global, associado aos avanos tecnolgicos e a proliferao de
produtos, as empresas se veem num clima de concorrncia acirrada, onde so
foradas a se aprimorarem para poder alcanar os seus objetivos e, at mesmo,
sobreviverem no mercado.
Nesse contexto, as empresas se empenham para obter
competitividade, implementando diversas aes de melhorias que contribuem para
atingir as metas organizacionais.
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2 DESENVOLVIMENTO
Empresa industrial aquela que se constitui juridicamente e
legalmente, com intuito de aplicar o seu capital no consumo, produo e distribuio
de riquezas, para se obter uma legtima remunerao desse capital.
Assim empresa toda atividade econmica, com fins lucrativos, sob
qualquer forma jurdica, para explorao de uma atividade lcita.
Por sua vez, atividade industrial caracteriza-se pela transformao
de coisas, que originalmente em latim, significa, indu-struere, significando,
habilidade para se fazer determinada coisa.
Dentro dessa filosofia de pensamentos, que a palavra nos revela,podemos consider-la:
. na acepo ampla, indstria toda e qualquer atividade ou trabalho humano;
. na acepo mdia, indstria significa trabalho material que exige o emprego da
fora humana:
. na acepo estrita ou tcnica, indstria conjunto de atos de transformaes
exercidas sobre a matria, com o fim de adapt-la a satisfao das necessidades
humanas.Empresa industrial ou de produo um conjunto orgnico de
pessoas e de bens que sob uma administrao, destina-se a transformao ou ao
beneficiamento de utilidades, tornando-as por isso apta a satisfazer as necessidades
humanas, tendo por finalidade auferir o lucro, que a diferena entre o valor de
venda e o valor de custo dessa utilidade.
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2.1 DEFINIOES CONCEITURAIS
2.1.1 CRITRIOS DE RATEIOS DOS CUSTOS INDUSTRIAIS
Os critrios de rateio modificam o custo dos produtos, portanto, so
necessrios cautela e bom senso ao adot-los. Sempre existir um certo grau de
subjetividade na escolha do critrio de rateio, mas essa subjetividade pode ser
reduzida, quando analisamos, detalhadamente, a natureza dos custos indiretos,
antes de adotar o critrio. Os Custos Indiretos de Fabricao rateveis em relao
s vrias unidades de custeamento encontrar-se-o classificados por natureza,
resultando ento que: Energia Eltrica, Depreciao de Equipamentos, Depreciaode Imveis, Jornais Revistas e Livros Tcnicos, Telefones e Telex, Aluguis,
Viagens e Estadas, Gastos c/Reprografia, Anncios e Editais e outros custos
indiretos, cada um dever ter seus valores respectivos rateados em
proporcionalidade tima, segundo critrios definidos compatveis com a natureza de
cada qual, e com as caractersticas prprias de cada organizao.
Os critrios de rateio modificam o custo dos produtos, portanto, so
necessrios cautela e bom senso ao adot-los. Sempre existir um certo grau desubjetividade na escolha do critrio de rateio, mas essa subjetividade pode ser
reduzida, quando analisamos, detalhadamente, a natureza dos custos indiretos,
antes de adotar o critrio. O objetivo desta aula fornecer elementos para essa
anlise da natureza dos custos indiretos envolvidos na fabricao dos produtos.
Pela prpria definio, custos indiretos so aqueles que no podem
ser mensurados aos produtos, podendo, portanto ser apropriados somente de forma
indireta, mediante uma estimativa de gasto. As estimativas feitas para apropriaresses custos contm certo grau de subjetivismo, dependendo do critrio utilizado
para distribuir o custo. Alguns gastos podem ser classificados como custo ou
despesa, dependendo de sua utilizao. Por exemplo, no seguro do prdio de uma
empresa que abriga a rea industrial e a rea de administrao, pode-se utilizar a
rea ocupada por cada setor ou a importncia segurada de cada setor, se esta for
de maior relevncia. Os custos indiretos comuns a vrios departamentos so
apropriados de acordo com a sua natureza, por exemplo, a energia consumida, o
seguro, o aluguel etc. Para fazer a apropriao dos custos dos departamentos de
servios aos departamentos de produo, no faz muito sentido e seria pouco til e
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prtico distribuirmos, novamente, cada item de custo; faz mais sentido, de maior
utilidade e praticidade apropriarmos o total de custos indiretos recebidos em cada
departamento de servio para os departamentos de produo, com base em algum
critrio, como uma estimativa de quanto um determinado departamento de produo
utiliza do servio de um departamento de apoio. O mesmo acontece quando vamos
apropriar os custos dos departamentos de produo aos produtos. No vamos nos
importar mais com as apropriaes anteriores, basta encontrarmos um critrio
adequado para ratear o total de custos de um determinado departamento de
produo aos produtos manufaturados por ele. Departamentos cujos custos sejam
predominantemente fixos devem ser rateados base de potencial de uso, e
departamentos cujos custos sejam predominantemente variveis devem serrateados base do servio realmente prestado. Se no houver predominncia de
um ou outro e se o valor em reais do custo total for grande, pode haver um rateio
misto. (MARTINS,1996, p.88). Exemplo: Se uma empresa mantm um ambulatrio
mdico para atender emergncias de seus funcionrios, a maior parte dos custos
desse servio fixa. Em determinado ms, pode acontecer de atender somente
funcionrios de um departamento especfico, isto no significa que todo o seu custo
deva ser atribudo a esse departamento, pois o ambulatrio existe para atendertodos os que dele necessitarem. O mais correto, ento, seria fazer a apropriao a
cada departamento pelo nmero de funcionrios que poderiam utilizar-se do servio
ou pela utilizao mdia de cada departamento nos ltimos 12 meses.
Todos os custos indiretos s podem ser apropriados mediante
estimativas ou critrios de rateio; Em funo disso, a arbitrariedade e o subjetivismo
sempre vo existir nessas alocaes; Quando se faz a apropriao dos custos dos
departamentos aos produtos, necessrio verificar quais so as bases maisadequadas para essa distribuio;
aquele que pode ser identificado e diretamente apropriado a cada
tipo de obra a ser custeado, no momento de sua ocorrncia, isto , est ligado
diretamente a cada tipo de bem ou funo de custo. aquele que pode ser atribudo
(ou identificado) direto a um produto, linha de produto, centro de custo ou
departamento. No necessita de rateios para ser atribudo ao objeto custeado. Ou
ainda, so aqueles diretamente includos no clculo dos produtos.
Exemplos de custos diretos:
-Matrias-primas usados na fabricao do produto;
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-Mo-de-obra direta;
-Servios subcontratados e aplicados diretamente nos produtos ou servios.
Os custos diretos tem a propriedade de ser perfeitamente
mensurveis de maneira objetiva. Os custos so qualificados aos portadores finais
(produtos), individualmente considerados. Os custos diretos constituem todos
aqueles elementos de custo individualizveis com respeito ao produto ou servio,
isto , se identificam imediatamente com a produo dos mesmos, mantendo uma
correspondncia proporcional. Um mero ato de medio necessrio para
determinar estes custos.
2.1.2 Apropriao dos custos diretos
Para conhecer o consumo de materiais, basta a empresa manter um
sistema de requisies, de modo, a saber, sempre para qual produto foi utilizado o
material retirado do Almoxarifado. Para conhecer o consumo de mo-de-obra direta,
preciso, a empresa mantenha um sistema de apontamentos, por meio do qual se
verifica quais os operrios que trabalham em cada produto (ou servio) no perodo
(dia, semana, ms) e por quanto tempo (minutos, horas).Nas empresas de servios,
normalmente se faz o acompanhamento da ordem de servio, anotando os custos
alocados diretamente (mo de obra, materiais aplicados e servios subcontratados).
2.1.3 Custos Indiretos
Indireto o custo que no se pode apropriar diretamente a cada tipo
de bem ou funo de custo no momento de sua ocorrncia. Os custos indiretos so
apropriados aos portadores finais mediante o emprego de critrios pr-determinados
e vinculados a causas correlatas, como mo-de-obra indireta, rateada por
horas/homem da mo de obra direta, gastos com energia, com base em
horas/mquinas utilizadas, etc. Atribui-se parcelas de custos a cada tipo de bem ou
funo por meio de critrios de rateio. um custo comum a muitos tipos diferentes
de bens, sem que se possa separar a parcela referente a cada um, no momento de
sua ocorrncia. Ou ainda, pode ser entendida, como aquele custo que no pode ser
atribudo (ou identificado) diretamente a um produto, linha de produto, centro de
custo ou departamento. Necessita de taxas/critrios de rateio ou parmetros para
atribuio ao objeto custeado. So aqueles que apenas mediante aproximao
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podem ser atribudos aos produtos por algum critrio de rateio.
Exemplos:
1. Mo-de-obra indireta: representada pelo trabalho nos departamentos auxiliares
nas indstrias ou prestadores de servios e que no so mensurveis em nenhum
produto ou servio executado, como a mo de obra de supervisores, controle de
qualidade, etc.
2. Materiais indiretos: so materiais empregados nas atividades auxiliares de
produo, ou cujo relacionamento com o produto irrelevante. So eles: graxas e
lubrificantes, lixas etc.
3. Outros custos indiretos: so os custos que dizem respeito existncia do setor
fabril ou de prestao de servios, como depreciao, seguros, manuteno deequipamentos, etc.
2.1.4 Custeio por Absoro
Custeio por Absoro o mtodo derivado da aplicao dos
Princpios Fundamentais de Contabilidade. Consiste na apropriao de todos os
custos (diretos e indiretos, fixos e variveis) causados pelo uso de recursos da
produo aos bens elaborados, e s os de produo, isto dentro do ciclo operacional
interno. Todos os gastos relativos ao esforo de fabricao so distribudos para
todos os produtos feitos. O Custeio por absoro aquele que faz debitar ao custo
dos produtos todos os custos da rea de fabricao, sejam esses custos definidos
como custos diretos ou indiretos, fixos ou variveis, de estrutura ou operacionais. O
prprio nome do critrio revelador dessa particularidade, ou seja, o procedimento
fazer com que cada produto absorva parcela dos custos diretos e indiretos,relacionados fabricao.
O Custeio por Absoro muito importante para os contadores, pois
as empresas so obrigadas a apresentar suas demonstraes para o fisco
utilizando-se desse critrio. O Custeio por Absoro consiste na apropriao de
todos os custos (sejam eles fixos ou variveis, diretos ou indiretos) produo do
perodo. Os gastos que no so efetuados para a produo (despesas) so
excludos;
a distino principal no custeio por absoro entre custos e despesas.
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Essa separao importante porque as despesas so
contabilizadas imediatamente contra o resultado do perodo;
somente os custos relativos aos produtos vendidos tero o mesmo tratamento. A
seguir, apresentaremos a importncia da distino entre custos e Despesas.
Suponhamos uma empresa que tenha fabricado 1.000 unidades de um determinado
produto, incorrendo em custos de R$ 9.000 e despesas operacionais de R$ 3.000.
Foram vendidas 800 unidades a R$ 20,00 cada.
Dessas informaes, conclumos:
Custo Unitrio Mdio de Cada Produto Fabricado: R$ 9.000/1.000
unidades = R$ 9,00 /unidade.
Assim, teremos a seguinte DRE para o perodo considerado:Demonstrao do Resultado do Exerccio (DRE)
Vendas (800 u. x R$ 20) R$ 16.000
(-) Custo dos Produtos Vendidos (800u. X R$ 9) (R$ 7.200)
(=) Lucro Bruto R$ 8.800
(-) Despesas Operacionais (R$ 3.000)
______________
(=) Lucro Lquido R$ 5.800
O Custeio por Absoro o nico aceito pelo Imposto de Renda do
Brasil e pela Auditoria Externa, por atender aos seguintes princpios contbeis:
Princpio da Realizao da Receita: Ocorre a realizao da receita quando da
transferncia do bem vendido para terceiros;
Princpio da Confrontao: As despesas devem ser reconhecidas medida que
so realizadas as receitas que ajudam a gerar (direta ou indiretamente); Princpio da Competncia: As despesas e receitas devem ser reconhecidas nos
perodos de sua competncia, ou seja, no perodo em que ocorrer o seu fato
gerador.
Os seguintes passos devem ser seguidos para a apurao do
resultado do exerccio:
Separao de custos e despesas;
Apropriao dos custos diretos e indiretos produo realizada no perodo;
Apurao do custo dos produtos em elaborao;
Apurao do custo da produo acabada;
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Apurao do custo dos produtos vendidos;
Apurao do resultado.
Ex.: A empresa Alfa apurou, em determinado perodo, os seguintes Custos de
Produo:
Material Direto
Matria-Prima R$ 75.000
Embalagem R$ 10.000
Mo-de-Obra Direta
Mo-de-Obra Direta R$ 50.000
Custos Indiretos de Fabricao (CIF)
Materiais Indiretos R$ 24.750Mo-de-Obra Indireta R$ 24.000
Energia Eltrica-fbrica R$ 10.000
Combustveis R$ 1.350
Manuteno de Mquinas R$ 2.500
Telefone da Fbrica R$ 4.550
Depreciao e Seguros (fbrica) R$ 4.250
IPTU R$ 2.250Total R$ 210.000
Bornia (2009, p. 35) nos diz que No custeio por absoro integral,
ou total, a totalidade dos custos (fixos e variveis) distribuda aos produtos.
Aponta portando um custo geral que ser usado para acrescer uma margem de
lucro, gerando assim o preo de venda. Por ser permitido pela legislao brasileira,
este mtodo o mais utilizado para finalidades contbeis. Em termos gerenciais,porem, costuma receber varias criticas. (Wernke, 2008, p. 21) Esse princpio
controla e gerencia utilizando a contabilidade de custos, mas tambm focando na
contabilidade financeira, levando informaes para diversos interessados. Porem,
por tratar-se de alocar os resultados por critrios de rateio (os custos fixos), ele
entendido como o menos adequado para o gerenciamento, podendo alocar mais
gastos a determinados produtos e menos a outros.
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2.1.5 Produtos em Processo
So aqueles produtos cuja fabricao foi iniciada no ms, mas que
ainda no foi concluda at o ltimo dia do ms. O estoque de produtos em processo
avaliado pela soma dos materiais, mo-de-obra e outros custos de produo
incorridos at a fase de produo em que se encontram.
Este sistema normalmente empregado quando a empresa utiliza-
se de uma produo em massa, ou seja, vrias unidades de um mesmo produto, ou
ainda, por etapas de fabricao, porm mantendo a homogeneidade.
O procedimento bsico deste sistema de custeio o de acumular os
custos incorridos deum perodo inteiro de um determinado departamento ouoperao, e na sequncia dividir pelo total de unidades produzidas neste mesmo
perodo.
2.1.6 Produtos Acabados
So os produtos prontos para vendas aos clientes. No caso das
editoras, os livros, as revistas, as brochuras etc., cujo processo produtivo j estejaconcludo, permanecendo estocados at a emisso do pedido de venda e das notas
fiscais que autorizem a entrega para os clientes. O estoque de produtos acabados
avaliado pela soma de todos os custos incorridos no processo produtivo.
2.2 UNIDADES EQUIVALENTES DE PRODUAO
O valor dado a uma unidade em processamento com relao a uma
unidade totalmente acabada calculado atravs do percentual do grau de
acabamento em processamento. Com a utilizao do percentual de grau de
acabamento possvel fazer uma equivalncia entre as unidades que se encontram
em processamento e essas mesmas unidades, considerando o momento em que
elas estejam totalmente acabadas. Assim em um determinado perodo, o montante
de unidades equivalentes de produo corresponde ao montante de unidades em
processamento convertidas em unidades prontas por meio da aplicao do grau de
acabamento definido. o quanto equivalem em unidades acabadas os custos
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acumulados nas unidades que esto em processo. Quando ficam produtos em
processo no final do perodo, preciso determinar o estgio de fabricao (grau de
acabamento) em que se encontram essas unidades para poder distribuir os Custosde Produo entre as unidades concludas e as que ficaram em processo.A
avaliao da produo equivalente feita pela Engenharia de Produo.
Exemplo:
Custos de Produo de uma empresa no perodo:
Material Direto R$ 10.000,00
Mo de obra Direta R$ 8.000,00 Custos Indiretos de Fabricao R$ 6.000,00
Estoque inicial 0
Produo iniciada 1.000 unidades
Produo concluda e transferida para o departamento seguinte 800
unidades
As unidades em processo esto num estgio de fabricao correspondente a
80% em mdia
Determinao das unidades equivalentes de produo
200 unidades x 0,80 = 160 unidades equivalentes
800 unidades acabadas + 160 unidades equivalentes = 960 unidades de
produo
Custo unitrio = Custo de Produo/Produo Equivalente = R$24.000,00/960 unidades = R$ 25,00
Custo da Produo transferida para o departamento seguinte: 800 unidades x R$ 25,00 = R$ 20.000,00
Valor das unidades em processo (Estoque em Processo): 160 unidades equivalentes x R$ 25,00 = R$ 4.000,00
Custo unitrio das unidades em processo: R$ 4.000,00/200 unidades = R$ 20,00
2.3 FORMAAO DO PREO DE VENDA
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A fixao de preos uma deciso de suma importncia para a
administrao, por ser o fator primordial de sobrevivncia, lucratividade e
posicionamento da empresa no mercado, j que a sua correta definio permitir amanuteno e o crescimento autossustentado.
Em qualquer empresa para que seja bem sucedida um dos
fatores importantes so os preos de vendas de seus produtos. Precisa-se escolher
bem o mtodo a qual vai ser aplicado. O preo ideal de venda aquele que cobre
todos os custos do produto e servios e ainda proporciona o retorno desejado pela
empresa. Os preos so muitas vezes formados pela lei da oferta e procura, ou seja,
escassez e demanda do comrcio. A empresa faz os clculos de seus produtos em
cima de uma margem que cubra todos suas despesas e visando um lucro, desde
que esses preos fiquem competitivos no mercado. No ambiente de mercado atual,
a adequada determinao de preos de venda questo fundamental para a
sobrevivncia e o crescimento das empresas, independentemente de seus portes e
de suas reas de atuao (WERNKE, 2005).
As empresas necessitam adotar uma poltica eficiente de preos,
pois dessa forma conseguem atingir seus objetivos de lucro, desenvolvimento e
crescimento a longo prazo, entre outros. Segundo Assef (1997), essa poltica de
preos deve ser perfeitamente identificada com o mercado de atuao, devendo
contemplar a anlise dos custos gerais da empresa, seu equilbrio operacional e o
retorno desejado pelos acionistas.
A poltica de formao de preos praticada pela empresa deve
observar a lucratividade proporcionada por seus produtos e, principalmente, a sua
estrutura operacional. Caso contrrio, pode no atingir os seus respectivos
equilbrios operacionais e vir a comprometer a sua sobrevivncia no mercado. Para
Bruni & Fam (2004, p. 321), o sucesso empresarial pode no ser consequncia
direta da deciso acerca dos preos. Todavia, um preo equivocado de um produto
ou servio certamente causa sua runa.
Em economia sujeita a inflao, a venda a preo superior aos custos
de aquisio e/ou fabricao pode determinar a iluso monetria de lucro; na
formao do preo, como se deve partir de consideraes de custo, devem ser
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tomadas precaues especiais visando atualizao dos custos de compras e/ou
produo. So adotados pelas empresas os seguintes mtodos para a formao de
preos.- Mtodo baseado no custo da mercadoria.
- Mtodo baseado nas decises das empresas concorrentes.
- Mtodo baseado nas caractersticas do mercado.
- Mtodo misto.
2.3.1 Mtodo Baseado no custo da mercadoria
O mtodo baseado no custo da mercadoria o mais comum na
pratica dos negcios. Se a base for o custo total, a margem adicionada deve ser
suficiente para cobrir os lucros desejados pela empresa.
Se a base for os custos e despesas variveis, a margem adicionada
deve cobrir alm dos lucros, os custos fixos. O processo de adicionar margem fixa a
um custo-base geralmente conhecido pela expresso mark-up. Esse mtodo
muito usado no comrcio atacadista e varejista. O mtodo simples, mas pode levar
a administrao a tomar decises que muitas vezes no condizem com a realidade
dos negcios. Quando o processo mark-up adotado pela indstria, calculado em
funo do custo de produo; a margem fixa serviria para cobrir os lucros e demais
gastos.
2.3.2 Mtodo baseado nas decises das empresas concorrentes.
Qualquer mtodo de determinao de preos deve ser comparadocom os preos das empresas concorrentes, que porventura existam no mercado.
Esse mtodo pode ser desdobrado em:
a) Mtodo do preo corrente: So adotados para os casos de produtos vendidos a
um preo por todos os concorrentes. Essa homogeneidade no preo pode decorrer
de questes de costume, ou de caractersticas econmicas do ramo (oligoplio,
convnio de preos etc.)
b) Mtodo de imitao de preos: Esse mtodo prev que os mesmos sejamadotados por uma empresa concorrente selecionada no mercado. Isso ocorre muitas
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vezes em razo da falta de conhecimento tcnico para a sua determinao ou custo
da informao.
c) Mtodo de preos agressivos: O mtodo de preos agressivos ocorre quando um
grupo de empresas concorrentes estabelece a tendncia de uma reduo drstica
de preos at serem atingidos, em certos casos, nveis economicamente
injustificveis abaixo do custo das mercadorias.
d) Mtodo de preos promocionais: O mtodo de preos promocionais caracteriza a
situao em que as empresas oferecem certas mercadorias (caso tpico de
supermercados) a preos tentadores com o intuito de atrair para o local de venda;
dessa forma intensificando o trfego de clientes potenciais, em funo do que
estimulam as vendas de outros artigos a preos normais.
2.3.3 Mtodo Baseado nas Caractersticas do Mercado
O mtodo baseado nas caractersticas do mercado exige
conhecimento profundo do mercado por parte da empresa. O conhecimento do
mercado permite ao administrador decidir se vender o seu produto a um preo mais
alto, de modo que possa atrair as classes economicamente mais elevadas, ou a umpreo popular para que possa atrair a ateno das camadas mais pobres.
2.3.4 Mtodo Misto
O mtodo misto para a formao de preos deve observar a
combinao dos seguintes fatores:
- Custos envolvidos;- Decises de concorrncia;
- Caractersticas do mercado.
Seria bastante temeroso para a administrao de uma empresa
estabelecer preos sem a combinao desses fatores. Cedo ou tarde ela teria de
arcar com as consequncias de srios erros que poderiam deixar de ser cometidos.
O problema da formao dos preos est ligado s condies de mercado, s
exigncias governamentais, aos custos, ao nvel de atividade e remunerao do
capital investido (lucro).
O clculo do preo de venda deve levar a um valor:
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- que traga empresa a maximizao dos lucros;
- que seja possvel manter a qualidade, atender aos anseios do mercado quele
preo determinado;
- que melhor aproveite os nveis de produo etc.
Condies que devem ser observadas na formao do preo venda:
- forma-se um preo base;
- critica-se o preo-base luz das caractersticas existentes do mercado, como
preo dos concorrentes, volume de vendas, prazo, condies de entrega, qualidade,
aspectos promocionais etc.;
- testa-se o preo s condies do mercado, levando-se em considerao as
relaes custo/volume/lucro e demais aspectos econmicos e financeiros daempresa;
- fixa-se o preo mais apropriado com condies diferenciadas para atender:
- volumes diferentes;
- prazos diferentes de financiamento de vendas;
- descontos para prazos mais curtos;
- comisses s/venda para cada condies
Fatores que Interferem na Formao do Preo de VendaNa misso de formar o preo de venda, devem ser levados em conta os seguintes
fatores:
- a qualidade do produto em relao s necessidades do mercado consumidor
- a exigncia de produtos substitutos a preos mais competitivos;
- a demanda esperada do produto;
- o mercado de atuao do produto
- o controle de preos impostos pelo CIP - Conselho Interministerial de Preos;- os nveis de produo e de vendas que se pretende ou que se pode operar;13
- os custos e despesas de fabricar, administrar e comercializar o produto;
- os nveis de produo e de venda desejados etc.
2.3.5 Formao do Mark-up e do Preo de Venda a vista
O Mark-up um ndice aplicado sobre o custo de um bem ou servio
para a formao do preo de venda.
O confeiteiro, por exemplo, aplica o ndice 2 sobre o custo de produo de um quilo
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de bolo para a formao do preo de venda. O dono de um bar aplica o ndice 1,5
sobre o preo de compra de determinado litro de bebida, tambm para formar o
preo de venda.
Esses dois casos servem para caracterizar objetivamente o que vem
a ser o mark-up.
2.3.6 Finalidade do mark-up
O mark-up tem por finalidade cobrir as seguintes contas:
- impostos sobre vendas; taxas variveis sobre vendas; despesas administrativas
fixas;- despesas de vendas fixas;
- custos indiretos de produo fixos;
- lucro.
2.3.7 Formao do mark-up para venda a vista
Vamos admitir que determinada empresa tenha incorrido nosseguintes gastos para produzir e vender determinado produto:
- Matria-prima $ 700,00
- Outros custos (MOD + CIP varivel) $ 300,00 $1.000,00
2.4 ANALISE CUSTO/VOLUME/LUCRO
Sabe-se que o processo de planejamento empresarial envolve aseleo de objetivos, bem como a definio dos meios para atingir tais objetivos.
Neste sentido, cabe assinalar que a maximizao dos lucros constitui o objetivo mais
relevante e clssico de qualquer organizao empresarial com fins de lucro.
Contudo, o lucro uma varivel-resultado, ou seja, a consequncia final da gesto
empresarial, para qual concorrem muitas outras variveis tais como receitas, custos,
despesas, volume ou nvel de atividade etc. Por esta razo, para a alta
administrao das organizaes empresariais, de vital importncia dispor de umatcnica de anlise que permita estudar os inter-relacionamentos entre as variveis
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acima mencionadas, bem como a influncia das mesmas em relao ao lucro., Tal
tcnica existe e conhecida como Anlise de Custo-Volume-Lucro, doravante
denotada por ACVL. A ACVL est baseada numa srie de supostos simplificadores,
dentre os quais cabe mencionar os seguintes:
a) Os preos de venda permanecero constantes para qualquer nvel de
atividade ou, em outras palavras, no h interdependncia entre o preo
unitrio e o volume de produo. Este suposto garante que a receita ser
uma funo linear, que depender apenas do volume de vendas e,
consequentemente, poder ser representada, graficamente, por uma reta.
b) Todos os custos e despesas podem ser decompostos em uma parte fixa eoutra varivel ou, em outras palavras, qualquer custo e/ou despesa poder
ser classificado como custo ou despesa varivel, ou como custo ou despesa
fixo. Este suposto inclui os custos e despesas semi-variveis ou semi-fixos,
os quais devero ser decompostos para efeitos da anlise.
c) O montante dos custos fixos permanecer constante para qualquer nvel de
atividade, ou seja, os custos fixos totais independem do volume de produo.
importante salientar que este suposto diz respeito aos custos fixos totais eno aos custos fixos por unidade, dado que, neste ltimo caso, haver uma
relao inversamente proporcional entre o volume de produo e o custo fixo
por unidade.
d) O montante dos custos variveis ser diretamente proporcional ao volume de
produo ou, em outras palavras, ser uma funo linear que depender
apenas do nvel de atividade, e poder ser representado por uma linha reta.
Igual ao caso anterior, este suposto refere-se aos custos variveis totais e
no aos custos variveis unitrios, dado que, estes ltimos, devero
permanecer constantes para qualquer nvel de atividade.
e) Os preos dos insumos permanecero constantes para qualquer volume de
compras ou, em outras palavras, no haver interdependncia entre o preo
unitrio dos insumos e a quantidade de insumos comprados e/ou utilizados.
f) Durante o perodo de tempo correspondente ao horizonte de planejamento,
no haver mudanas na poltica administrativa, no processo produtivo, na
eficincia de homens e mquinas, nem no controle de custos. Este suposto
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garante que o comportamento dos custos e despesas no sofrer
modificaes durante o perodo de planejamento.
g) No caso de empresas multiprodutoras, a participao dos diversos produtos
na receita total, durante o perodo de planejamento, obedecer a uma relao
predeterminada. Este suposto garante que a participao de cada produto na
receita total, permanecer constante, mesmo que a receita aumente ou
diminua.
h) O volume de produo e o volume de vendas apresentaro um alto grau de
sincronizao, isto , no haver mudanas significativas dos nveis de
inventrio.
evidente que a validade de alguns supostos maior do que a de
outros, e que esta validade diminui, em geral, gradativamente na medida em que
o horizonte de planejamento maior. Por esta razo, importante que quem
efetue, ou interpreta a ACVL, tenha presente os supostos a fim de compreender
suas limitaes.
A ACVL pode ser utilizada com sucesso para subsidiar a tomada de
decises, bem como para auxiliar os processos de planejamento e controleempresariais. Entre as decises que podem ser abordadas satisfatoriamente por
esta tcnica cabe mencionar, por exemplo, decises de fabricar ou comprar,
substituio de equipamentos, decises de fechamento de empresas, introduo
de novas linhas de produtos e/ou eliminao de outras, determinao de preos
de venda etc.
Em relao ao planejamento e controle empresariais, a ACVL
fornece importantes subsdios que facilitam a elaborao de oramentos, bem,como a projeo do lucro, dado que a anlise supe conhecido o comportamento
dos custos e despesas, em relao ao nvel de atividade, o qual constitui um
requisito indispensvel para a elaborao de qualquer oramento.
Finalmente, cabe salientar que a ACVL pode ser aplicada tanto em
empresas industriais, quanto em empresas de servios, pblicas ou privadas,
com fins lucrativos ou sem eles.
2.4.1 Suposies da Analise Custo-Volume-Lucro
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A anlise CVL est baseada num conjunto de suposies que
limitam suas concluses e especificaes:
Preo de venda no se altera com a quantidade vendida;
A empresa trabalha com um nico produto;
Os custos podem ser segregados em fixos e variveis e o comportamento
destes obedece a uma expresso linear;
A produtividade e eficincia so constantes;
A quantidade produzida igual quantidade vendida.
2.4.2 Formao de resultado diante do comportamento dos custos fixos e
variveis
A anlise do comportamento dos custos, diante de parmetros
definidos, tais como volume de produo ou outras medidas fsicas, constitui
relaes objetivas nos modelos de planejamento, controle e tomada de decises.
Alguns custos so tradicionalmente identificveis, como, por exemplo, o custo de
material direto, que possui comportamento bastante definido em relao s unidades
produzidas, o que denominamos de custo varivel. Os custos variveis mudam em
proporo s mudanas no nvel de produo.
Os custos fixos so aqueles que, durante perodos de tempo,
no se alteram em funo do volume de produo. o caso do salrio do chefe da
fbrica, que no varia em funo da produo ou do volume de vendas.
O fator crtico para compreender o comportamento dos custos
reconhecer que os gestores devem conhecer sua demanda efetiva antes de
comprometer o suprimento dos recursosPara uma avaliao de resultados em funo do comportamento dos
custos, os gestores devem saber qual o nvel de produo que gerar receita
necessria e suficiente para a cobertura dos custos totais. Denomina-se PONTO DE
EQUILBRIO o nvel em que o volume de vendas se iguala aos custos totais, ou
seja, o ponto em que o lucro se iguala a zero. A anlise Custo Volume Lucro
identifica como o lucro e os custos iro se alterar com a mudana do volume. Mais
especificamente, observa os efeitos no lucro das mudanas de fatores como custosfixos, variveis, preos de venda etc. Esse estudo pode ser til nas decises de
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planejamento e controle da empresa A anlise do ponto de equilbrio uma parte da
anlise CVL e determina o nvel de vendas em que os custos sero iguais s
receitas.
A anlise poder responder a questes como: Qual o volume de
vendas exigido para o ponto de equilbrio? Qual o nvel de vendas para obter
determinado lucro desejado? Qual o lucro que pode ser esperado para um dado
nvel de vendas? Como a mudana no preo de vendas, nos custos variveis, nos
custos fixos ou na quantidade ir afetar os lucros.
Alm dos conceitos de custos fixos e de custos variveis, preciso
conhecer os seguintes conceitos:
2.4.3 Margem de Contribuiao
Margem de contribuio Total (MC): diferena entre a receita de vendas (R) e
os custos variveis (V). A margem de contribuio deve ser superior aos
custos fixos para que a empresa possa estar operando com lucro. MC = R
CV
Margem de contribuio unitria (Mcu): diferena entre o preo de venda doproduto (p) e os custo varivel unitrio (v). Representa quanto cada unidade
adicional de um produto que vendido pela empresa contribui para o
aumento no lucro. Simbolicamente: Mcu = p v.
Taxa da Margem de contribuio: representa a relao entre a margem de
contribuio e as receitas de vendas isto :
% MC = MC/R
%MC = Mcu/p
2.4.4 Ponto de Equilbrio
O ponto de equilbrio representa quantidade que a empresa deve
vender para ter um lucro igual zero. A anlise do ponto de equilbrio pode ser feita
por meio da expresso matemtica ou por meios grficos. Sua expresso encontra-
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se baseada nos conceitos, desenvolvidos anteriormente, de custos variveis e fixos
e variaes desses custos a mudanas no volume de atividades.
De acordo com os pressupostos que foram destacados
anteriormente, sob os quais se estrutura a ACVL, possvel representar por meio de
linhas retas cada um dos custos incorridos na empresa, assim como as receitas
obtidas pela venda de seus produtos. Com este objetivo, representar-se- esta
situao em um sistema de coordenadas, onde, no eixo das abscissas, figuram os
diversos nveis de atividades (volume), medidos sobre uma certa base dada e, no
eixo das ordenadas, representam-se tanto os custos quanto as receitas.
A anlise do ponto de equilbrio baseia-se na decomposio dos
custos fixos e variveis. A equao do custo pode ser descrita da seguinte forma:
CT = CF + CV
Em que:
CT = custo total
CF = custo fixo
CV = custo varivel
CV = cv x q
Se a produo de Q unidades vendida ao preo de $ P por
unidades, a receita de unidades totaliza P x Q. O lucro dessa operao dado pela
seguinte operao
Receita = P x Q
Lucro = R CT
Podendo ser tambm:
Lucro = Margem de contribuio total Custo Fixo
A diferena (P V) entre o preo e o custo varivel unitrio
definida como margem de contribuio unitria. Esse o montante com que cada
unidade produzida e vendida contribui para cobrir os custos fixos e obter lucro. A
equao do lucro fica da seguinte forma:
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Lucro = Margem de contribuio Unitria x Produo em Unidades Custos Fixos
Para determinar o ponto de equilbrio em unidades (Q), considere-se o lucro igual a
zero:
Peq =VCPV
CF
PONTO DE EQUILBRIO EM UNIDADES =UNITRIANTRIBUIOMARGEMDECO
SCUSTOSFIXO
A anlise do ponto de equilbrio pode ser utilizada quando
precisamos determinar o nvel de produo necessrio para atender expectativa
de um lucro predeterminado, um lucro meta (LM). Assim, a equao do lucro fica da
seguinte forma:
Peq =CVPV
LMCF
+
Peq=UNITRIANTRIBUIOMARGEMDECO
LUCROMETASCUSTOSFIXO +
Existe uma segunda situao, que a determinao do lucrodesejado dada como percentual das vendas:
Peq = pMCuCF
%.
Para demonstrar essas duas situaes considerem os seguintes
nmeros apresentados (preo = $ 20,00; custo varivel unitrio = $ 12,00; e custo
fixo = $ 5.000). Na primeira situao, suponha um lucro de $ 3.000. Nesse caso, a
quantidade necessria para obter esse valor dada por:
Peq=unidades000.100,8/000.8
1220
000.3000.5==
+
Comprovando:
Unitrio Quantidade Valor total
Receita de vendas 20,00 1.000 20.000,00
Custos Variveis 12,00 1.000 12.000,00
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Margem de
contribuio
8,00 8.000,00
Custos Fixos 5.000,00
Lucro 3.000,00
Suponha que a empresa deseje obter 20% de lucro sobre as
vendas. Nesse caso, a quantidade necessria de vendas seria dada por:
PeqLM% = unidadesx
250.100,4/000.500,2020,000,8
000.5==
Comprovando:
Unitrio Quantidade Valor total
Receita de vendas 20,00 1.250 25.000,00
Custos Variveis 12,00 1.250 15.000,00
Margem de
contribuio
8,00 10.000,00
Custos Fixos 5.000,00
Lucro 5.000,00
O ponto de equilbrio determinado pela diviso dos custos fixos
pela Margem de contribuio unitria.
Entender o comportamento dos custos facilita a anlise de
determinao do nvel de operao provvel para maximizar os lucros.
2.4.5 Ponto de Equilbrio em unidades monetrias
O ponto de equilbrio pode ser expresso tanto em unidades
fsicas quanto em unidades monetrias. No segundo caso, o ponto de equilbrio
corresponde receita de vendas que permite, exatamente, dar cobertura aos custos
fixos e variveis.
No caso de empresas mono-produtoras, o clculo do ponto de
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equilbrio em unidades monetrias torna-se extremamente simples se conhecido o
ponto de equilbrio em unidades fsicas.
PEQ$ = p x PEQ
Porm, em empresas multi-produtoras impossvel utilizar a
expresso anterior dado que, como ser visto posteriormente, o ponto de equilbrio
em unidades fsicas s pode ser determinado depois de calcular o ponto de
equilbrio em unidades monetrias. Por esta razo, interessante aproveitar a
simplicidade que caracteriza o caso de empresas mono-produtoras, a fim de deduzir
uma expresso que permita determinar o ponto de equilbrio em unidades
monetrias, sem necessidade de conhecer previamente o ponto de equilbrio em
unidades fsicas.
Sabe-se que: Peq$pcv
CF
/1
2.4.6 Anlise de Custo-Volume-Lucro em Empresas Multi-produtoras
At agora tem sido apresentada a anlise de custo-volume-lucro para
empresa que fabricam s um produto. Porm, a ACVL pode ser aplicada tambm,
em empresas que fabricam mais de um produto.
No caso de empresas multi-produtoras ser necessrio calcular,
primeiramente, o ponto de equilbrio expresso em unidades monetrias para,
posteriormente, determinar o ponto de equilbrio em unidades fsicas.
A necessidade de observar esta seqncia tem sua origem na
impossibilidade de expressar o volume total de vendas em unidades fsicas, porque
os produtos fabricados pela empresa no necessariamente apresentam a mesma
unidade de medida.
A primeira dificuldade no caso da produo mltipla, que cada
um dos produtos fabricados pela empresa ter seu prprio preo de venda, sua
prpria razo de contribuio e seu prprio custo varivel unitrio e, portanto, pode-
se ter tantas razes de contribuio diferentes quanto produtos fabricados pela
empresa. Os produtos ento contribuiro em distintas propores para cobrir os
custos fixos, conforme os volumes de venda de cada um deles. Por esta razo,
deve-se determinar uma Razo de Contribuio Ponderada, para o qual preciso
conhecer, alm da razo de contribuio de cada produto, que parte da receita total
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de vendas da empresa originada pela venda de cada um dos produtos que se
fabricam, ou seja, preciso conhecer a composio das vendas.
2.4.7 Pontos de Equilbrio Contbil, Econmico e Financeiro.
Seja ainda a empresa do exemplo anterior em que o
Preo de venda = R$ 0,60/u
Custos variveis = R$ 0,50/u
Custos fixos = R$ 6.000,00 por ano
Ento,
Ponto de equilbrio contbil =
sanodeVendaanoouRuu
ano
cvpv
CF/00,000.36$/000.60
50,0/60,0
/000.6=
=
A frmula do ponto de equilbrio tal como deduzido
anteriormente, que o ponto onde o lucro igual a zero, representa pois o ponto deequilbrio contbil.
2.4.8 Ponto de equilbrio econmico
Supondo que a empresa tenha tido um patrimnio lquido, no incio do ano, de
R$ 20.000,00 e colocado a render um mnimo de 10% ao ano tem-se um lucro
lquido anual desejado de R$ 2.000,00.
Nesse caso, ento, ao custo fixo devero ser adicionados R$ 2.000,00, pois,
no caso, o equilbrio de receitas e despesas s se dar no ponto de lucro igual a R$
2.000,00 e no no do lucro igual a zero, como no caso clssico.
Ponto de equilbrio econmico =
anodeVendaanoouRucvpv
ADOLUCRODESEJCF /00,000.48$/000.8050,060,0
2000000.6 =
+=
+
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2.4.9 Ponto de equilbrio Financeiro
Supondo, por outro lado, que exista uma depreciao de R$
1.000,00 e como no representam desembolsos de caixa, tudo se passa como se os
desembolsos fixos fossem de apenas R$ 5.000,0
Ponto de equilbrio financeiro =
sanodeVendaanoouRucvpv
CF/00,000.30$/000.50
50,060,0
000.5=
=
2.4.1.0 Limitaes da Anlise de Custo-Volume-Lucro
As limitaes da anlise do custo-volume-lucro se originam,
fundamentalmente, a partir dos pressupostos nos quais se baseiam. A anlise supe
uma situao esttica, a qual no pode manter-se por muito tempo, posto que so
muitas as variveis que, em definitiva, determinam o comportamento dos custos e,
em conseqncia, qualquer mudana que elas experimentam significar uma
mudana na estrutura de custo-volume-lucro.Alm disto, a relao existente entre custos, volume e lucro, est
estreitamente vinculada ao nvel de atividade que a empresa apresenta num
determinado momento, e no se pode esperar que ela se mantivesse constante
perante flutuaes considerveis no nvel de atividade, visto que o comportamento
dos custos deixa de ser linear por causa de descontos, aumento de desperdcios,
tempo ocioso, baixa produtividade etc.
Outra das limitaes que deve ser ressaltada, diz respeito formacomo se costuma representar graficamente as relaes custo-volume-lucro. Via de
regra, as retas de receitas e custos totais se traam desde a origem. Contudo, a um
certo nvel de atividade, inferior ao ponto de fechamento, a empresa no deve
continuar operando posto que, neste caso, os prejuzos que sofreria seriam maiores
aos que ocorreriam se optasse pelo fechamento da empresa.
Por outro lado, direta do grfico, o traado de retas de receitas e
custos deixam a impresso de que se poderia prolongar sem limite. Porm, este
prolongamento est limitado, logicamente, pela capacidade instalada da empresa.
Alem disto, dentro dos limites mximo e mnimo, ou seja, capacidade
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instalada e ponto de fechamento haver um intervalo relevante para o qual ser
vlida a relao custo-volume-lucro, dado que, fora deste intervalo, se produziro
distores significativas no comportamento dos custos, o que implicar numa
alterao de dita relao.
Imagine, para efeito de exemplificao, que uma pizzaria com
entrega em domiclio, especializada em pizzas de mussarela, vende seu produto a $
10 a unidades e que tenha projetado seus custos para uma produo mensal entre
3.000 e 3.600 unidades.
Itens se custo Estimativa de 10.000 unid.Farinha $ 3.100Tomates $ 2.000
Mussarela $ 2.500Fermento $ 1.500Outros ingredientes $ 3.000Pessoal de cozinha $ 4.000Pessoal de entrega $ 2.000Aluguel $ 1.500Publicidade $ 1.000Custo totais $ 20.600
O segundo passo identificar quais so os custos fixos e os custos
variveis. O custo varivel total de cada item dever ser dividido pela quantidade
produzida para se determinar o custo varivel unitrio.
Assim, tem-se:
Itens Tipo de custo Custo Fixo Custo Varivel unit.Farinha Varivel $ 0,31Tomates Varivel $ 0,20Mussarela Varivel $ 0,25Fermento Varivel $ 0,15Outros
Ingredientes
Varivel $ 0,30
Pessoal de cozinha Fixo $ 4.000Pessoal de entrega Varivel $ 0,20Aluguel Fixo $ 1.500Publicidade Fixo $ 1.000Total $ 6.500 $ 1,41
A margem de contribuio por pizza de mussarela calculada pela
diferena entre preo unitrio de venda e o custo varivel unitrio (pv cv)
Margem de Contribuio Unitria = $ 10 - $ 1,41
Margem de Contribuio Unitria = $ 8,59O ponto de equilbrio (PE) em unidades de pizza determinado pela
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Demonstrando:
Unitrio Quantidade Valor total R$Receita de vendas R$ 10,00 3.085u 30.850Custos Variveis R$ 1,41 3.085u 4.349,85Margem de
Contribuio
R$ 8,59 26500,15
Custo Fixo 6.500Lucro Operacional 20.000,15
R = CT
pv. q = cvu . q
10, x 3085= 1,41 x 3.085+ (6.500 +20.000)
30.850 = 4.349,85 + 26500
30.850 = 30.849,85
Entender a relao entre a produo e seus respectivos custos
permite que os gestores desenvolvam modelos de planejamento e executem a
anlise do ponto de equilbrio. Essa anlise importante para avaliar as alternativas
da empresa s mudanas na lucratividade com as mudanas nos nveis das
atividades de produo e vendas.
2.5 IMPORTANCIA DE UM SISTEMA INTEGRADO PARA GERAR
INFORMAOES
Com o avano tecnolgico e a necessidade de gerenciar
informaes tornou-se imprescindvel a parceria da contabilidade com a tecnologia
da informao sendo representada nesse caso pelos Sistemas de Informao.
A importncia dessa parceria tamanha que chega a depender oprprio futuro da contabilidade moderna, sendo impossvel sem o gerenciamento de
informaes por meio de tecnologias especificas.
S para ter ideia da importncia, pense em como gerenciar tantas
informaes adquiridas diariamente por uma organizao contbil sem o auxilio de
um programa especifico para tal. O sistema de informao contbil um dos
componentes do sistema de informao gerencial (SIG, em linguagem da TI ou
tecnologia da informao). Em geral dever ser composto das seguintes partes (oumdulos):
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_informa%C3%A7%C3%A3o_gerencialhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia_da_informa%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia_da_informa%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_informa%C3%A7%C3%A3o_gerencial -
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Contabilidade geral: direcionada ao registro contbil nos moldes do
padro internacional, com o foco nos itens monetrios de Balano ( Contabilidade
financeira). Pode disponibilizar trabalhos adicionais como a elaborao de fluxo de
caixa, planilhas de emprstimos, clculo dejuros, etc.);
Contabilidade patrimonial: direcionada a informao para a gesto
dos chamados itens no monetrios do balano: contas do Ativo Permanente e do
Patrimnio Lquido, clculo da Depreciao, Reavaliao, etc.
Contabilidade de custos: integrada a movimentao dos
almoxarifados e direcionada a informao sobre a apropriao e os rateios contbeis
dos custos e despesas;
Contabilidade gerencial: informao para a gesto administrativacom nfase nas anlises financeira e econmica (esta ltima principalmente em
relao aos custos e investimentos), converso em moeda estrangeira, consolidao
de balanos, etc.;
Controladoria: integrada aos Oramentos de curto-prazo, e
direcionadas s informaes dos chamados itens controlveis do Balano;
Contabilidade Estratgica: integrada aos Oramentos e Programas
de Longo-Prazo, direcionadas a informao para a chamada Gesto Estratgica.Como os softwares desse tipo seguem o padro internacional (vide
Contabilidade internacional), as especializaes brasileiras como Contabilidade
tributria e Contabilidade Pblica quando necessrias devem ser adaptadas
(customizadas) "plataforma" original dos programas, o que traz imensas
dificuldades aos profissionais contbeis do pas.
Uma das aplicaes originrias do avano de tecnologias o
desenvolvimento dos Sistemas Integrados de Gesto que permitem a automaointegrada das informaes resultantes das operaes realizadas atravs dos vrios
processos de gesto e operao, realizados dentro da empresa.
Um Sistema Integrado de Gesto (SIG) ou Enterprise Resource
Planning (ERP) pode ser definido como uma ferramenta de tecnologia da informao
concebida para integrar os processos empresariais. Este sistema, tambm chamado
no Brasil de Sistema Integrado de Gesto Empresarial, tem como objetivo planejar,
controlar e fornecer suporte a todos os processos operacionais, produtivos,
administrativos e comerciais da empresa.
Todas as transaes realizadas pela empresa devem ser registradas
31
http://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_financeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_financeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_de_caixahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_de_caixahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Empr%C3%A9stimohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Juroshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ativohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio_L%C3%ADquidohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio_L%C3%ADquidohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Deprecia%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_de_custoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Custohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_gerencialhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Controladoriahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Softwarehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_internacionalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_tribut%C3%A1riahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_tribut%C3%A1riahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_P%C3%BAblicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_financeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_financeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_de_caixahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_de_caixahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Empr%C3%A9stimohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Juroshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ativohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio_L%C3%ADquidohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Deprecia%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_de_custoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Custohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_gerencialhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Controladoriahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Softwarehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_internacionalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_tribut%C3%A1riahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_tribut%C3%A1riahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_P%C3%BAblica -
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e armazenadas de forma centralizada, para que os dados extrados do sistema
possam transformar-se em informaes rpidas, precisas e adequadas.
Os Sistemas Integrados de Gesto - Enterprise Resource Planning
(ERP) constitui-se em um diferencial competitivo, na medida em que agilizam o fluxo
de informaes e eliminam trabalhos redundantes, aumentando, desse modo, a
eficincia e eficcia das empresas.
As empresas necessitam de ter acesso seguro e atualizado s suas
informaes internas, alm de seus fornecedores e rede de distribuidores, em tempo
real. Por esta razo, se tem observado, especialmente desde a dcada de 90, uma
crescente aquisio e implementao por parte das empresas dos sistemas
integrados de gesto. Uma das vantagens dos Sistemas Integrados de Gesto queproporcionam, aos executivos, informaes disponveis em tempo real e de forma
integrada, ou seja, revelam o resultado do que est ocorrendo simultaneamente nas
vrias reas da empresa.
2.6 DEMONSTRAOES CONTABEIS
As Demonstraes Contbeis so preparadas e apresentadas para
usurios externos em geral, tendo em vista suas finalidades distintas e necessidades
diversas. Governos, rgos reguladores ou autoridades fiscais, por exemplo, podem,
especificamente determinar exigncias para atender a seus prprios fins.Essas exigncias, no entanto, no devem afetar as Demonstraes
Contbeis elaboradas segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade editadas
pelo CFC.
A gerao das Demonstraes Financeiras sob o regramento das
NBCs objetiva fornecer informaes que sejam teis na tomada de decises e
avaliaes por parte dos usurios em geral, no tendo o propsito de atender
finalidade ou necessidade especfica de determinados grupos de usurios, em
especial o fisco.
As demonstraes contbeis so preparadas e apresentadas pelo
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menos anualmente e visam atender s necessidades comuns de informaes de um
grande nmero de usurios.
As Demonstraes Contbeis so parte integrante das informaes
financeiras divulgadas por uma entidade. O conjunto completo de Demonstraes
Contbeis inclui, normalmente, o balano patrimonial, a demonstrao do resultado
do exerccio, a demonstrao das mutaes na posio financeira (demonstrao
dos fluxos de caixa, de resultado abrangente ou alternativa reconhecida e aceitvel),
a demonstrao das mutaes do patrimnio lquido, demonstrao do valor
adicionado, notas explicativas e outras demonstraes e material explicativo que so
parte integrante desse conjunto devendo ser inclusas e transcritas no livro dirio,
completando-se com as assinaturas do titular ou de representante legal da entidadee do profissional da contabilidade legalmente habilitado.
As Demonstraes Contbeis tambm englobam notas explicativas,
quadros suplementares e outras informaes. Por exemplo, podem conter
informaes adicionais que sejam relevantes s necessidades dos usurios sobre
itens constantes do balano patrimonial e da demonstrao do resultado. Podem
incluir divulgaes sobre os riscos e incertezas que afetem a entidade e quaisquer
recursos e/ou obrigaes para os quais no exista obrigatoriedade de seremreconhecidos no balano patrimonial, tais como reservas minerais. Informaes
sobre segmentos industriais ou geogrficos e o efeito de mudanas de preos sobre
a entidade podem tambm ser fornecidos sob a forma de dados suplementares.
O objetivo das Demonstraes Contbeis fornecer informaes
sobre a posio patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanas na posio
financeira da entidade, que sejam teis a um grande nmero de usurios em suas
avaliaes e tomadas de deciso econmica.As Demonstraes Contbeis tambm objetivam apresentar os
resultados da atuao da administrao na gesto da entidade e sua capacitao na
prestao de contas quanto aos recursos que lhe foram confiados. Aqueles usurios
que desejam avaliar a atuao ou prestao de contas da administrao fazem-no
com a finalidade de estar em condies de tomar decises econmicas que podem
incluir, por exemplo, manter ou vender seus investimentos na entidade, reeleger ou
substituir a administrao. A anlise e leitura das Demonstraes Contbeis indicam
que as informaes sobre a posio patrimonial e financeira so principalmente
fornecidas pelo balano patrimonial.
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As informaes sobre o desempenho so basicamente fornecidas na
demonstrao do resultado. As informaes sobre as mutaes na posio
financeira so fornecidas nas Demonstraes Contbeis por meio de uma
demonstrao em separado, tal como a de fluxos de caixa, mutaes do patrimnio
lquido, etc.
As demonstraes contbeis so os meios pelos quais as empresas
e as demais entidades informam sociedade as condies de seu patrimnio. A
legislao societria exige que as sociedades annimas publiquem suas
demonstraes em jornais de grande circulao, j as sociedades constitudas sob
outros tipos societrios necessitam apenas manter as demonstraes publicadas no
Livro Dirio e, quando solicitado, enviar cpias a bancos, fornecedores, outrosparceiros comerciais e investidores.
A obrigatoriedade de elaborao das demonstraes contbeis, a
nosso ver, ultrapassa o mbito legal e passa a ser uma necessidade para que a
entidade possa suprir as informaes exigidas pelo mercado no qual atua. Quanto
mais completas, claras e transparentes forem as informaes divulgadas, maior ser
a credibilidade do mercado e da sociedade de maneira geral atribuda s operaes
da empresa.Quando falamos de sociedade em geral, sabemos que dificilmente o
cidado comum ir fazer uma leitura detalhada de uma demonstrao contbil.
Todavia, h formadores de opinio que analisam as demonstraes
contbeis das empresas e passam suas consideraes aos demais setores da
sociedade. Portanto, mesmo que de forma indireta, a sociedade civil recebe algum
tipo de informao sobre as empresas.
Alm das empresas, tambm devemos destacar o grandecrescimento de entidades sem fins lucrativos, cujas operaes beneficiam
diretamente a sociedade que, para prestarem contas da utilizao dos recursos
levantados e atrarem novos recursos, colaboradores e parcerias, alm de darem
mostras efetivas do trabalho que realizam, tm nas demonstraes contbeis um
meio importante de divulgao de suas atividades. Neste trabalho vamos enumerar
as demonstraes contbeis que a legislao comercial, fiscal, societria e as
Normas Brasileiras de Contabilidade exigem das entidades. importante observar
que a no obrigatoriedade de apresentao no significa impedimento de se
elaborar espontaneamente a demonstrao.
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2.6.1 Demonstraes Contbeis Exigidas pela Lei das S.A.
A Lei das S.A. n 6.404/76, de observncia obrigatria s
sociedades por aes, s demais sociedades tributadas pelo Imposto de Renda com
base no lucro real e pelas sociedades limitadas que tenham optado por sua regncia
supletiva determina, em seu art. 176, que ao fim de cada exerccio social, a diretoria
das sociedades far elaborar, com base na escriturao mercantil da companhia, as
seguintes demonstraes financeiras:
a) balano patrimonial;
b) demonstrao dos lucros ou prejuzos acumulados; Nota Cenofisco:Destaca-se que a alterao promovida pela Lei n 11.941/09 Lei das S.A. no que
se refere impossibilidade de apresentao de saldo positivo no balano a ttulo de
lucros acumulados apurados nos exerccios iniciados a partir de 2008 no afetou a
obrigatoriedade de elaborao da Demonstrao de Lucros ou Prejuzos
Acumulados (DLPL).
c) demonstrao do resultado do exerccio;
d) demonstrao dos fluxos de caixa;e) se companhia aberta, demonstrao do valor adicionado.
Alm das demonstraes aqui relacionadas, os 4 e 5 do art.
176 da Lei das S.A. dispem que as demonstraes sero complementadas por
notas explicativas e outros quadros analticos ou demonstraes contbeis
necessrios para esclarecimento da situao patrimonial e dos resultados do
exerccio.
2.6.2 As notas explicativas devem:
a) apresentar informaes sobre a base de preparao das demonstraes
financeiras e das prticas contbeis especficas selecionadas e aplicadas para
negcios e eventos significativos;
b) divulgar as informaes exigidas pelas prticas contbeis adotadas no Brasil que
no estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstraes financeiras;
c) fornecer informaes adicionais no indicadas nas prprias demonstraes
financeiras e consideradas necessrias para uma apresentao adequada; e
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d) indicar:
d.1) os principais critrios de avaliao dos elementos patrimoniais, especialmente
estoques, dos clculos de depreciao, amortizao e exausto, de constituio de
provises para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas provveis na
realizao de elementos do ativo;
d.2) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes;
d.3) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliaes;
d.4) os nus reais constitudos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a
terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes;
d.5) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigaes a longo
prazo;d.6) o nmero, as espcies e as classes das aes do capital social;
d.7) as opes de compra de aes outorgadas e exercidas no exerccio;
d.8) os ajustes de exerccios anteriores;
d.9) os eventos subsequentes data de encerramento do exerccio que tenham, ou
possam vir a ter, efeito relevante sobre a situao financeira e os resultados futuros
da companhia.
2.6.3 Demonstraes Contbeis Exigidas pelo RIR/99
O art. 274 do Decreto n 3.000/99 (RIR/99) determina s empresas
tributadas pelo Imposto de Renda com base no lucro real que, ao fim de cada
perodo de incidncia do imposto apurem o lucro lquido mediante a elaborao, com
observncia das disposies da lei comercial:
a) do balano patrimonial;
b) da demonstrao do resultado do perodo de apurao;c) da demonstrao de lucros ou prejuzos acumulados.
2.6.4 Demonstraes Contbeis Exigidas pelo Novo Cdigo Civil
O art. 1.179 do Novo Cdigo Civil (Lei n 10.406/02) determina que o
empresrio e a sociedade empresria, exceto o pequeno empresrio de que trata o
art. 970 dessa mesma Lei, so obrigados a levantar anualmente:
a) o balano patrimonial; e
b) o balano de resultado econmico.
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O art. 1.189 do Cdigo Civil determina que o balano de resultado
econmico ou demonstrao da conta de lucros e perdas acompanhar o balano
patrimonial e dele constaro crdito e dbito, na forma da lei especial. Aqui h um
seno que incomoda bastante a classe contbil: resultado econmico um termo
inapropriado para uma demonstrao contbil, pois as cincias econmicas levam
em considerao aspectos subjetivos, como, por exemplo, o custo de oportunidade
que a contabilidade no registra.
A demonstrao da conta de lucros e perdas no mais utilizada
pela contabilidade, pois a Lei das S.A. n 6.404/76, que a principal lei de regncia
para assuntos contbeis, prev a elaborao da demonstrao do resultado do
exerccio.A propsito do assunto, no Manual de Procedimentos Contabilidade
- Assuntos Diversos n 1/08, fizemos alguns comentrios mais especficos, os quais
embora no tragam novidades, proporcionam maior esclarecimento acerca da
impropriedade utilizada pelo Cdigo Civil.
2.6.5 Exigncias Adicionais da Comisso de Valores Mobilirios (CVM)
O item 8 da Deliberao CVM n 488/05 aprovou o Pronunciamentodo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON) NPC 27
Demonstraes Contbeis - Apresentao e Divulgao, ao tratar dos Componentes
das Demonstraes Contbeis reza que um conjunto completo de demonstraes
contbeis inclui os seguintes componentes:
a) balano patrimonial;
b) demonstrao do resultado;
c) demonstrao das mutaes do patrimnio lquido;d) demonstrao dos fluxos de caixa;
e) demonstrao do valor adicionado, se divulgada pela entidade; e
f) notas explicativas, incluindo a descrio das prticas contbeis.
Este mesmo pronunciamento ainda observa que muitas entidades
apresentam, juntamente com as demonstraes contbeis bsicas, um relatrio da
Administrao descrevendo e explicando as caractersticas principais do
desempenho financeiro da entidade e os principais riscos e incertezas que
enfrentam. Esse relatrio deve contemplar, alm do solicitado pela lei, entre outras,
as seguintes informaes:
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a) descrio dos negcios, produtos e servios:
a.1) comentrios sobre a conjuntura econmica geral relacionada entidade,
incluindo concorrncia nos mercados, atos governamentais e outros fatores
exgenos materiais sobre o desempenho da companhia;
a.2) informaes sobre recursos humanos;
a.3) investimentos realizados;
a.4) pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e servios;
a.5) reorganizaes societrias e programas de racionalizao;
a.6) direitos dos acionistas e polticas de dividendos, societrias e perspectivas e
planos para o perodo em curso e os futuros;
b) fatores principais e influncias que determinam o desempenho, incluindomudanas no ambiente no qual a entidade opera, a resposta da entidade s
mudanas e seu efeito, a sua poltica de investimento para manter e melhorar o
desempenho;
c) fontes de obteno de recursos da entidade; e
d) os recursos da entidade no reconhecidos no balano por no atenderem
definio de ativos.
Muitas entidades apresentam, alm das demonstraes contbeis,informaes adicionais, como balano social, relatrios sobre custos e outros fatores
relacionados a questes ambientais, particularmente em setores de indstria em que
esses fatores so materiais no processo de tomada de deciso econmica pelos
usurios das demonstraes contbeis. Esses relatrios e demonstraes adicionais
no esto abrangidos pelas normas que regulam a emisso de um conjunto
completo de demonstraes contbeis. Assim, quando divulgadas, sero efetuadas
como informao complementar s demonstraes contbeis, no se confundindocom os quadros desta ou com as notas explicativas.
2.6.6 Instruo CVM n 59/86 - Demonstrao das mutaes do patrimnio
lquido.
A Comisso de Valores Mobilirios, por intermdio da Instruo
CVM n 59/86, exige que as companhias abertas apresentem a Demonstrao das
Mutaes do Patrimnio Lquido (DMPL). Por meio dessa demonstrao, a
companhia aberta evidencia todo o Patrimnio Lquido, em vez de apenas
apresentar a conta Lucros ou Prejuzos Acumulados.
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2.6.7 Nota Cenofisco:
Com as alteraes promovidas pela Lei n 11.941/09 Lei das S.A.,
a conta de lucros acumulados no pode mais apresentar saldo positivo no balano,
uma vez que a legislao de regncia exige que todo saldo a esse ttulo seja
destinado por meio do pagamento de dividendos ou transferido para a conta de
reservas de lucros. Importante frisar que esse procedimento apenas se aplica s
sociedades annimas.
2.6.8 Notas explicativas
A CVM divulga em seu site (www.cvm.gov.br) o rol de notasexplicativas vigentes e lembra que a lista no deve esgotar a necessidade de
divulgao de outras informaes relevantes. A lista de notas explicativas a ser
elaborada pelas companhias abertas pode ser a seguinte:
1. Aes em tesouraria;
2. Acordo geral do setor eltrico;
3. gio/desgio;
4. Ajustes de exerccios anteriores;5. Alterao de mtodo ou critrio contbil;
6. Arrendamento mercantil (leasing);
7. Ativo contingente;
8. Benefcios a empregados;
9. Capacidade ociosa;
10. Capital social;
11. Capital social autorizado;12. Contingncias passivas;
13. Continuidade normal dos negcios;
14. Critrios de avaliao;
15. Debntures;
16. Demonstraes em moeda de capacidade aquisitiva constante;
17. Demonstraes condensadas;
18. Demonstraes contbeis consolidadas;
19. Destinao de lucros constantes em acordo de acionistas;
20. Dividendo por ao;
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21. Dividendos propostos;
22. Empreendimentos em fase de implantao;
23. Equivalncia patrimonial;
24. Estoques;
25. Eventos subsequentes;
26. Fundo imobilirio;
27. Imposto de Renda e Contribuio Social;
28. Incentivos fiscais;
29. Incorporao, fuso e ciso;
30. Instrumentos financeiros;
31. Investimentos societrios no exterior;32. Juros sobre o capital prprio;
33. Lucro ou prejuzo por ao;
34. Obrigaes de longo prazo;
35. nus, garantias e responsabilidades eventuais e contingentes;
36. Opes de compra de aes;
37. Programa de desestatizao;
38. Proviso para crdito de liquidao duvidosa;39. Reavaliao de ativos;
40. REFIS;
41. Remunerao dos administradores;
42. Reservas - detalhamento;
43. Reserva de lucros a realizar;
44. Reteno de lucros;
45. Informao por segmento de negcio;46. Seguros;
47. Transaes com partes relacionadas;
48. Variao cambial;
49. Vendas ou servios a realizar;
50. Voto mltiplo.
Divulgao em mercados mltiplos. Reproduzimos, a seguir, o item
1.5 do Ofcio-Circular CVM-SNC-SEP n 1/05, que trata da divulgao das
informaes contbeis em mltiplos mercados, onde est definida a necessidade de
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A exigncia da Demonstrao dos Fluxos de Caixa em mercados
estrangeiros e da Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos (DOAR)
pela legislao societria brasileira, por exemplo, torna necessrio que essas
demonstraes, que organizam de forma diferente as informaes de recursos e
caixa, sejam divulgadas em outros mercados da mesma forma que no mercado
onde foi divulgado por fora de normas contbeis especficas. As implicaes legais
esto previstas no artigo 157 da Lei 6.404/76, que trata extensamente do dever de
informar e nas normas da CVM, particularmente nas Instrues CVM de nmeros
248/1996, 331/2000 e 358/2002, que tratam da divulgao das demonstraes
contbeis requeridas em situao de registro em mltiplos mercados e da
divulgao de fatos relevantes, inclusive daqueles relativos a mudanas de critrioscontbeis.
Por fora dessas normas, as companhias abertas que divulgarem,
no exterior, demonstraes ou informaes adicionais s requeridas pela legislao
societria devero, simultaneamente, divulg-las tambm no Pas. A infrao a
estas normas, ou seja, a distribuio e uso de informao divulgada de forma
desigual ou privilegiada, configura responsabilidade legal dos administradores e
deve ser objeto de processo administrativo nesta CVM. Observe-se, ainda, que oregistro nos rgos reguladores de mercados mobilirios configura que, legalmente,
a informao foi posta para o acesso de todos.
2.6.9 Consolidao com o padro contbil internacional
A Instruo CVM n 457/07 dispe sobre a elaborao e divulgao
das demonstraes financeiras consolidadas, com base no padro contbilinternacional emitido pelo International Accounting Standards Board (IASB). Em
funo disso as companhias abertas devero, a partir do exerccio findo em 2010,
apresentar as suas demonstraes financeiras consolidadas adotando o padro
contbil internacional, de acordo com os pronunciamentos emitidos pelo IASB.
Contudo, at o exerccio social de 2009, fica facultado a essas
companhias a apresentao das suas demonstraes financeiras consolidadas com
a adoo do padro contbil internacional, emitido por aquele rgo, em substituio
ao padro contbil brasileiro.
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2.6.1.0 Entidades sem Fins Lucrativos - NBC T 10.19
A Norma Brasileira de Contabilidade NBC T 10.19 - Entidades sem
Finalidade de Lucros, aprovada pela Resoluo CFC n 877/00 e alteraes
posteriores, no item 10.19.3.1, determina que as demonstraes contbeis que
devem ser elaboradas pelas entidades sem finalidade de lucros so as
determinadas pela NBC T 3 - Conceito, Contedo, Estrutura e Nomenclatura das
Demonstraes Contbeis, aprovada pela Resoluo CFC n 686/90, com as
alteraes promovidas pela Instruo CVM n 485/10. Embora referida norma tenha
sido revogada pela Resoluo CFC n 1.283/10, uma vez que a temtica por ela
abordada encontra-se inserida em normas convergidas, entendemos que a suaaplicabilidade no resta prejudicada. A Estrutura Conceitual das Demonstraes
Contbeis regulamentada pelo Pronunciamento Tcnico Conceitual Bsico,
aprovado pela Resoluo CFC n 1.121/08 e pela Deliberao CVM n 539/08. Para
tanto, a conta Capital deve ser substituda por Patrimnio Social, integrante do
grupo Patrimnio Lquido, e a conta Lucros ou Prejuzos Acumulados por
supervit ou dficit do exerccio. Dessa forma, as demonstraes contbeis
obrigatrias para as entidades sem fins lucrativos so as seguintes:a) balano patrimonial;
b) demonstrao do resultado;
c) demonstrao do supervit ou dficit do exerccio;
d) demonstrao das mutaes do patrimnio lquido;
Nota Cenofisco:
Embora no constitua obrigatoriedade, de acordo com a previso
constante no art. 176, 6, da Lei n 6.404/76, as entidades sem fins lucrativos, paramaior transparncia contbil, se assim desejarem, podero elaborar e publicar a
Demonstrao dos Fluxos de Caixa (DFC). Atente-se, ainda, que o item 10.19.3.3 da
NBC T 10.19 tambm dispe que as demonstraes contbeis devem ser
complementadas por notas explicativas que contenham, pelo menos, as seguintes
informaes:
a) o resumo das principais prticas contbeis;
b) os critrios de apurao das receitas e das despesas, especialmente com
gratuidades, doaes, subvenes, contribuies e aplicaes de recursos;
c) as contribuies previdencirias relacionadas com a atividade assistencial devem
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ser demonstradas como se a entidade no gozasse de iseno, conforme as normas
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);
d) as subvenes recebidas pela entidade, a aplicao dos recursos e as
responsabilidades decorrentes dessas subvenes;
e) os fundos de aplicao restrita e as responsabilidades decorrentes desses
fundos;
f) evidenciao dos recursos sujeitos a restries ou vinculaes por parte do
doador;
g) eventos subsequentes data do encerramento do exerccio que tenham, ou
possam vir a ter, efeito relevante sobre a situao financeira e os resultados futuros
da entidade;h) as taxas de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigaes a longo
prazo;
i) informaes sobre os tipos de seguros contratados;
j) as entidades educacionais, alm das notas explicativas, devem evidenciar a
adequao das receitas com as despesas de pessoal, segundo parmetros
estabelecidos pela Lei das Diretrizes e Bases da Educao e sua regulamentao;
k) as entidades beneficiadas com a iseno de tributos e contribuies devemevidenciar em notas explicativas suas receitas com e sem gratuidade, de forma
segregada, e os benefcios fiscais gozados.
7 CONCLUSO
Diante de todo o exposto podemos concluir que no processo de
planejamento, os gestores devem adotar uma estratgia de determinao de preos
a fim de reconhecer a necessidade de receitas para cobrir os custos das fases, tanto
de desenvolvimento como de descontinuidade do produto, o administrador precisa
conhecer a estrutura do mercado onde atua, identificar as fontes de valor percebidas
pelo cliente, as formas de competio, sua posio relativa no mercado frente
concorrncia, suas metas de crescimento, bem como, por outro lado, entender suas
operaes internas, seus custos e despesas, alm dos fatores operacionais e
financeiros.
Margem de Contribuio quantia em dinheiro que sobra do preode venda de um produto, servio ou mercadoria aps reter o valor do custo varivel
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unitrio. Esta quantia que ir garantir a cobertura do custo fixo e o lucro, aps a
empresa ter atingido o Ponto de equilbrio, ou ponto crtico de vendas (Break-even-
point).O Custeio por absoro aquele que faz debitar ao custo dos
produtos todos os custos da rea de fabricao, sejam esses custos definidos como
custos diretos ou indiretos, fixos ou variveis, de estrutura ou operacionais. O
prprio nome do critrio revelador dessa particularidade, ou seja, o procedimento
fazer com que cada produto ou produo (ou servio) absorva parcela dos custos
diretos e indiretos, relacionados fabricao.
Os custos podem ser classificados de diversas maneiras, de acordo
com sua finalidade. Quanto ao volume de produo os custos so classificados em
fixos e variveis.
Quanto aos critrios de rateio dos custos indiretos clara a
importncia de uma tima eleio de critrios coerentes, uma vez que a alocao
dos custos tem por objetivo proporcionar a determinao de um "justo valor" dos
custos indiretos e das despesas rateados. Deve-se ter em conta que tudo aquilo
susceptvel de aumento e diminuio pode ser adotado como critrio para a
alocao de custo.
Nos ltimos anos, os sistemas integrados de gesto, ou ERP
(Enterprise Resource Planning), passaram a ser largamente utilizados pelas
empresas. Eles so apresentados como soluo para a maioria dos problemas
empresariais. So sistemas genricos capazes de integrar todas as informaes que
fluem pela empresa por intermdio de uma base de dados nica.
Observa-se que atualmente o Planejamento Financeiro de real
importncia para a sade de uma organizao. Se este for bem planejado resultar
em bons resultados, e vice-versa. V-se que realmente necessria a utilizao da
fase administrativa do controle pra ver se tal planejamento est mesmo de acordo
com o esperado e se est sendo cumprindo intrinsecamente. Nota-se tambm o
quo importante ele dar a opo de tornar o oramento flexvel, por meio da
aplicao de mtodos quantitativos e precisos que mostram uma realidade da
empresa e do mercado em que ela est inserida, sendo assim possvel a alterao
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no oramento e no plano a qualquer momento, sendo por uma insuficincia de caixa,
crise financeira no mercado, etc.
Isto tudo somente possvel graas a gama gigantesca que a
Contabilidade proporciona aos seus usurios. O que seriam das Empresas -
Sociedades Annimas, Limitadas, Microempresas, Empresas de Pequeno Porte,
etc., dos Empresrios, dos seus Clientes, Fornecedores e principalmente do Estado,
se no houvesse os demonstrativos contbeis que refletem a realidade da empresa
e se a mesma tambm esta obedecendo tudo que a legislao manda quanto a
formas de escriturao, compensao tributria, pagamento devido de impostos, etc.
Nota-se que a Contabilidade tem uma funo primordial na vida de
uma empresa, pois a mesma no conseguiria fazer um planejamento tantofinanceiro, quanto tributrio se no tivessem em mos os informes contbeis,
devidamente relacionados com ndices estatsticos e projees de aumento ou
declnio do lucro da empresa. O uso correto dessa maravilhosa ferramenta que a
contabilidade torna possvel que as organizaes permaneam ativas no mercado
financeiro do qual fazem parte.
Por fim, um conhecimento minucioso sobre as demonstraes
contbeis, sobre dados estatsticos, principais tributos cobrados pela AdministraoPblica e como se elaborar um bom planejamento financeiro que venha solucionar
os problemas da empresa e a projete para alavancar economicamente necessrio
para que todo profissional contbil seja cada vez mais eficiente e atualizado com as
normas vigentes e tenha assim a sua capacidade produtiva de trabalho bem
reconhecida.
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