Porto de Roterdã

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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA – CEFET/RJ PORTO DE ROTERDÃ Manuella Carvalho dos Santos Portos, meios e vias navegáveis. Professor: Carlos Alexandre

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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

CELSO SUCKOW DA FONSECA – CEFET/RJ

PORTO DE ROTERDÃ

Manuella Carvalho dos Santos

Portos, meios e vias navegáveis.

Professor: Carlos Alexandre

RIO DE JANEIRO

MARÇO / 2013

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O MELHOR PORTO DO MUNDO

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1. INTRODUÇÃO

O Porto de Roterdão é o maior porto de toda a Europa. Serviu como o maior porto do mundo por 42 anos entre 1962 e 2004, antes de ter sido superado por Cingapura e Xangai, nesta ordem. É um dos dois únicos portos capazes de receber o Berge Stahl, maior graneleiro do mundo. O outro é o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, no Maranhão.

“Arrasado durante a Segunda Guerra,o porto de Roterdã renasceu das cinzas

e virou um exemplo de modernidadee eficiência.”

(Felipe Seibe, de Revista Exame)

2. O PORTO

Quem chega ao porto de Roterdã, na Holanda, quase não se dá conta de que está entrando no mais moderno e num dos mais movimentados terminais portuários do mundo. Não se vê a algazarra típica dos grandes portos do Brasil. A eficiência é tamanha que o visitante tem a impressão de não haver um intenso entra-e-sai de navios.

A surpresa é maior se a visita começar pelo Ghost Terminal, ou Terminal Fantasma. Ele é assim chamado porque não há motoristas dirigindo caminhões nem operadores manobrando empilhadeiras -- tudo é informatizado e controlado por uma torre. Depois de percorrer outras instalações, percebe-se que Roterdã é mais do que um complexo portuário. É quase uma cidade -- um lugar bem planejado e organizado que, entre outras atividades, faz transporte de cargas.

O porto holandês é o terceiro mais movimentado do mundo. Enquanto o porto de Santos, o maior terminal de cargas da América Latina, recebeu 3.800 navios de longo curso em 2004, em Roterdã foram 30.000 embarcações. Santos teve nesse mesmo ano um movimento recorde de quase 68 milhões de toneladas. Em Roterdã foram 352 milhões de toneladas, cinco vezes mais do que no porto brasileiro.

Uma das vantagens de Roterdã é a sua localização privilegiada, na "entrada" da Europa. Por ficar de frente para o mar, o acesso dos navios é facilitado. Além disso, não há restrições de calado, a profundidade de água necessária para uma embarcação flutuar. Graças à posição geográfica estratégica, as cargas podem ser escoadas por diversos meios de transporte, como rodovias, hidrovias, ferrovias e dutos. Por todas essas facilidades, o porto holandês funciona como um grande centro de distribuição de produtos para toda a Europa.

3. MODELO DE GESTÃO

Roterdã tem quase oito séculos de existência. Destruído durante a Segunda Guerra, recuperou-se rapidamente e se tornou o mais movimentado do mundo, posição que perdeu apenas em 2004, quando Cingapura assumiu a liderança na esteira do crescimento dos Tigres Asiáticos.

Muito do sucesso de Roterdã se deve ao seu modelo de gestão. Desde o início de 2004 o porto funciona como uma empresa privada. Os dirigentes são escolhidos por um conselho

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formado por representantes da comunidade, das empresas, de entidades ambientalistas e do governo. A autonomia dos administradores é ampla, as autoridades públicas não interferem em suas atividades. Resultado: maior rapidez na tomada de decisões. O modelo de administração gera confiança nas empresas, que se sentem seguras para investir. As metas são traçadas, estabelecidas e cobradas.

"O mercado exige agilidade.Hoje, os complexos portuários que não forem eficazes estão condenados ao ostracismo”,

(André Lettieri, representante do porto de Roterdã no Brasil)

É uma realidade bem diferente da brasileira. Aqui o controle dos portos não é centralizado e há inúmeras estatais que interferem no cotidiano dos terminais. O setor sofre também com as constantes greves de categorias profissionais, que são vitais para o funcionamento dos portos. "Tem a Polícia Federal, a Receita Federal, os ministérios da Agricultura e da Saúde... Quando qualquer um deles interrompe as atividades, tudo pára", diz Paulo Fleury, coordenador do Centro de Estudo em Logística da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Figura 1 – Porto de Roterdã, modelo de organização e eficiência.

4. PONTO CRÍTICO

Um dos principais problemas do porto de Roterdã é a limitação do espaço, e a expansão é essencial para continuar a atender a crescente demanda no futuro e para manter o seu papel de liderança.

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Para superar essa restrição criou-se o projeto batizado de Maasvlakte 2, que se trata da expansão da área por meio do aterramento de 20 quilômetros quadrados do mar do Norte, três vezes a área do porto de Santos. Apesar de grande impacto ambiental, vale ressaltar que a expansão do porto e a melhoria da qualidade de vida na região caminham de mãos dadas. A natureza perdida com a obra será amplamente compensada com a criação de uma área de proteção do leito marítimo e o alargamento da área de dunas.

Figura 2 – Porto de Roterdã, vista superior.

5. CONCLUSÃO - AS LIÇÕES DE ROTERDÃ

O que os portos brasileiros, e todos os portos do mundo, podem aprender com o complexo portuário holandês?

Administração - O modelo de gestão, que inclui a participação de empresas, assegura rapidez na tomada de decisões do dia-a-dia do porto;

Planejamento - O futuro do porto é traçado com décadas de antecedência, e a realização das obras é garantida pelos gestores;

Operação - A autonomia da gestão reduz a burocracia na movimentação de cargas e permite agilidade na realização de novos investimentos, como em obras constantes de dragagem;

Tecnologia - O uso de instrumentos modernos, como o satélite, evita a fila de navios e ajuda na logística do porto.

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6. BIBLIOGRAFIA

Site Gigantes do Mundo, em 24/02/2013:http://gigantesdomundo.blogspot.com.br/2012/02/os-10-maiores-portos-do-mundo.html

Revista Exame Online, em 25/02/2013:http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0856/noticias/o-melhor- porto -do- mundo-m0080225

Site do Porto de Roterdã, em 25/02/2013:http://www.portofrotterdam.com/en/Port/Pages/default.aspx

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