Portugal linha do tua

68
Toda esta beleza é “TUA” Clic

Transcript of Portugal linha do tua

Toda esta beleza é “TUA”

Clic

Apertem bem os ténis e iniciemos então a

caminhada a partir da estação do Tua, em direcção a montante.

Foz do rio Tua, vendo-se ao fundo a ponte da linha do

Douro.

Eis a beleza do primeiro túnel, uma obra d’arte,

escavado na escarpa granítica e repara também neste penhasco.

Sentido contrário da entrada do túnel.

Ponte rodoviária sobre o rio Tua, junto à foz no rio Douro, vendo-se em frente a linha de caminho de

ferro e a entrada do mesmo túnel.

Chegada de uma composição ao túnel, com locomotiva a gasóleo.

O outro lado do túnel.

Bonito trecho da linha.

Repara no corte da escarpa para a passagem da linha.

O serpentear do rio entre as montanhas, sendo visível a “fita” da linha, acompanhando os

seus contornos.

Idem

Apeadeiro de Tralhariz, visto do outro lado do rio, entre paisagem de sobreiros, espécie

que abunda ao longo do rio.

Apeadeiro de Tralhariz.

A beleza da linha suspensa na escarpa, à passagem duma composição do Metro de

Mirandela, vendo-se a abertura do túnel de Tralhariz, no lado direito.

Um dos quatro ou cinco túneis a vencer o maciço rochedo.

Não passa despercebida a simetria da abóbada do túnel, bem visível em contraste de dentro

para fora.

Apeadeiro do Tralhão

Estação de Santa Luzia.

Do lado direito, a estação de Santa Luzia e do lado esquerdo, em frente, a aldeia de Amieiro,

concelho de Alijó.

Bonita paisagem envolvente, sendo visíveis no plano mais próximo marcas do flagelo dos

incêndios de verão.

O rio e a linha inseparáveis por entre o desfiladeiro.

Apeadeiro de S. Lourenço, junto às caldas com o mesmo nome, bem visíveis lá ao fundo.

Apeadeiro de S. Lourenço.

Apeadeiro e caldas de S. Lourenço numa perspectiva mais ampla, envolvidos pela

soberba paisagem.

A beleza selvagem do rio e um pequeno trecho da linha que se molda aos seus contornos, por entre a

exuberante vegetação.

Paisagem de verão.

Escarpas verticais na margem do rio.

Mais um corte na rocha a martelo e cinzel.

Estação de Brunheda.

Brunheda

Trecho rectilíneo da linha, algures entre Brunheda e Codeçais, pouco frequente

neste percurso, indiciando a aproximação de terreno mais plano.

Estação de Codeçais. O autor tomou aqui o combóio, muitas vezes, depois de percorrer cerca de quatro quilómetros por caminhos

sinuosos, vindo de Folgares, passando pelas aldeias de Pereiros e Codeçais.

Ponte da Cabreira, sob a qual passa uma ribeira, afluente do rio Tua, que passa em Freixiel, Vila Flor,

freguesia da naturalidade do autor.

Ponte rodoviária de Abreiro sobre o rio Tua.

Estação de Abreiro fotografada em sentido contrário, da ponte rodoviária.

Estação de Abreiro, à chegada da velha automotora.

Estação de Abreiro, que servia a freguesia de Freixiel-Vila Flor, onde tantas vezes o autor também tomou o transporte.

Foi a partir desta estação que muita gente de Freixiel, e não só, partiu neste velhinho comboio, rumo a novos horizontes.

Chegada do velho comboio a Abreiro.

No mesmo local uma composição do Metro de Mirandela.

Perspectiva a partir da ponte rodoviária de Abreiro, em direcção a montante. A seta indica o que resta de uma ponte que ali existiu antes da actual.

Já é visível a aproximação de terreno mais plano, algures entre Abreiro e Ribeirinha.

Chegámos ao destino. Como podem ver o terreno já é plano, em direcção a

Mirandela.

Estação de Ribeirinha.

Velhas locomotivas a carvão

Em jeito de conclusão, ao longo do percurso, como devem ter notado, não obstante toda a beleza do desfiladeiro, é bem visível o estado de abandono deste importante património, quer no que se refere à linha, quer quanto às instalações das estações.

Estações essas que outrora foram palco de tantas emoções:

As lágrimas de tristeza dos que partiam, muitas

vezes para nunca mais regressarem e,

ao invés, as lágrimas de alegria para os que tinham a sorte de voltar.

Até aos anos 70 do século passado, ainda me lembro bem, a linha estava cuidada, as instalações, no contexto da época, eram um luxo, tal era o seu estado de conservação, e eram utilizadas pelos funcionários da CP, quer como espaço de trabalho, quer como residências.

Os espaços envolventes das

estações estavam caprichosamente ajardinadas, onde dava gosto estar

enquanto se aguardava a chegado do

combóio.

Para cúmulo, para grande tristeza de muitos, em que eu estou incluído, vai

aqui ser construída uma barragem, neste

trecho de rio visível, depois do

túnel, cuja albufeira vai

submergir a linha.

Assim, as imagens que vos proporcionei, dentro em breve, passarão a ser recordações deste tesouro submerso.

Se estiver ao vosso alcance fazer

alguma coisa para o evitar… Passando

as imagens para os vossos contactos,

por exemplo, como forma de

sensibilizar a opinião pública,

tantas vezes importante para

pressionar a classe política a desistir

das suas desastrosas

decisões, como esta.

Gostei da vossa

companhia. Até breve.

Fotografias:Pesquisadas no windows internet explorer.

Música:

ABBA ( Tiger).

Edição:Manuel Sousa, Folgares, Vila Flor.

Janeiro 2011

F I M